apostila legislação prf
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CURSO DE LEGISLAÇAO RELATIVA À PRFTeoria e Questões Comentadas
Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00
SUMÁRIO PÁGINA1. Apresentação 12. Cronograma 33. Desenvolvimento 34. Questões comentadas 285. Lista de Questões 356. Gabarito 398. Comentários Finais 39
1. Apresentação
Olá Pessoal,
Antes de conversarmos sobre nosso Curso de Legislação relativa à
PRF, vou fazer uma breve apresentação pessoal. Meu nome é Adriano
Carvalho Barreto, comecei a dar aulas de Matemática e Raciocínio Lógico
em cursos preparatórios em 1997, após ter sido aluno do Colégio Naval e
Cadete da Academia da Força Aérea. Em 2004 fui aprovado para a Polícia
Rodoviária Federal, instituição na qual trabalho até hoje. Em 2006, fui
convidado a dar aulas de Legislação de Trânsito em um curso onde era
professor das matérias citadas. Amigos, pensem em um desafio! Resolvi
aceitar e, desde então, além das disciplinas de Matemática e Raciocínio
Lógico, também leciono Legislação de Trânsito em diversos cursos
preparatórios. Atualmente sou professor do Pró-Cursos, Grancursos, ambos
em Brasília, e Obcursos de Goiânia, sou autor do livro “Legislação de
Trânsito”, da Editora Vestcon, e tenho cursos online lançados tanto pela
Vestcon, quanto pelo Pró-Cursos.
As aulas 1 e 2 serão escritas em parceria com a minha colega
Carolina Araújo, que atualmente trabalha como Analista da Caixa
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AULA 00: ARTIGO 20 da LEI 9.503/97
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00Econômica Federal, aprovada em diversos concursos, entre os quais PRF
de 2009 e Polícia Civil do Distrito Federal.
Nesses 19 anos que vivo no mundo dos concursos, seja como
concursando ou professor, aprendi que uma preparação depende de três
fatores: Foco, Estratégia e Disciplina.
Foco: Você precisa saber o que quer, escolha um concurso e se
dedique a ele. De nada adianta você tentar em uma mesma tacada
um concurso para polícia, outro para tribunal, outro para banco e
assim por diante. Lamento em informar que dificilmente você será
aprovado em algum deles.
Definido o foco, o concurso almejado, é necessário montar uma
estratégia para se atingir o alvo. Uma estratégia compreende desde
a escolha do material a ser utilizado (simplesmente por estar lendo
esta aula inicial, percebe-se que você já deu o primeiro passo da
melhor forma possível, no melhor lugar que poderia encontrar um
material de qualidade), até o planejamento minucioso dos estudos,
envolvendo metas e tempo a ser dedicado a cada disciplina.
Definidos o foco e a estratégia, é a hora mais difícil, a tal da
disciplina. Há uma imensidão de pessoas querendo uma vaga em
algum cargo público, isto é fato. No entanto, para chegar onde poucos
chegam, é necessário fazer o que poucos fazem. Faça um horário de
estudos realista e cumpra-o. Será cansativo, desgastante e tortuoso,
mas também será gratificante e recompensador. Tenha prazer nos
estudos, faça com alegria, sem a tal da síndrome da hiena Hardy: “Oh
Vida, Oh Céus!”. Lembre-se que quando você resolveu fazer um
concurso, o compromisso assumido foi com você mesmo, então
cumpra este compromisso que, com certeza, os louros da vitória serão
colhidos.
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2. Cronograma
O cronograma de nosso curso será o seguinte:
Aula 00
(Demonstrativa)
Artigo 20 da Lei 9.503/97
Aula 01
(29/09)
Perfil Constitucional: Funções institucionais, e Decreto
1655/95;Aula 02
(06/10)
Decreto 6061/07
3. Desenvolvimento
Cada aula será composta da teoria, questões comentadas de
concursos anteriores ou de nossa autoria e, sempre que necessário, um
resumo.
Pois bem amigos, vamos começar nosso curso de Legislação relativa
à PRF e dar início a uma jornada rumo à aprovação. Qualquer dúvida que
tenham, não deixem de saná-la, procurarei responder a todos os
questionamentos de forma mais breve possível. Bons estudos e mantenham
sempre o ânimo!!!
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3.1. Introdução
Nossa aula inaugural terá início com conceitos básicos que serão
utilizados no decorrer do curso. Veremos que vários destes conceitos são
utilizados de forma equivocada no dia a dia. Vamos então começar nossa
jornada!
I – CONCEITOS INICIAIS :
Em 1969, o Brasil foi um dos países signatários da Convenção de
Viena que, entre outros assuntos, tratou de uniformizar ao máximo possível
a matéria trânsito entre os países participantes desta Convenção, desde a
unificação de termos técnicos e sinalização de trânsito, até a exigência de
novos equipamentos obrigatórios. Ou seja, mesmo que um cidadão
brasileiro não tivesse nenhum conhecimento da língua inglesa, por
exemplo, ele seria capaz de conduzir veículo automotor nos EUA, que foi
um dos países participantes de tal Convenção.
Em 1992, foi celebrado a Regulamentação Básica Unificada de Trânsito
(RBUT), que tinha por objetivo unificar os procedimentos de trânsito, seus
diversos sinais e forma de conduzir, entre os países do Mercosul.
O atual Código de Trânsito Brasileiro (CTB), foi instituído pela lei
9.503/97, para que o Brasil se adequasse a estes tratados. Devemos
primeiramente entender como funciona o ordenamento jurídico na
legislação de trânsito. Podemos considerar o CTB como sendo uma espécie
de espinha dorsal da legislação de trânsito. Como assim professor? Simples,
o CTB dita as normas gerais e, em determinados casos, algumas
específicas. Entretanto, vários artigos carecem de regulamentação, o que se
dá através das resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00Por exemplo, o CTB, no caput do art. 115, versa que “O veículo será
identificado externamente por meio de placas dianteira e traseira, sendo
esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos
estabelecidos pelo CONTRAN”. Tais especificações e modelos previstos
neste artigo são especificadas pelas resoluções 231/07, 241/07, 288/08,
309/09 e 372/11 do CONTRAN.
Temos também as portarias do Departamento Nacional de Trânsito
(DENATRAN), utilizadas para uniformizar procedimentos. Por exemplo, a
resolução 168/04 do CONTRAN permite a utilização da Carteira Nacional de
Habilitação por até 30 dias após o vencimento da mesma, mas nada diz
sobre a permissão para dirigir. Desta forma, cada Departamento Estadual
de Trânsito (Detran) agia de uma forma. Alguns aplicavam o prazo de 30
dias também à permissão, enquanto outros não davam prazo algum. Como
o princípio da isonomia estava sendo ferido, o DENATRAN, através da
portaria nº 28, unificou os procedimentos entre os DETRANS, devendo
todos estenderem o prazo de 30 dias também às permissões.
Além das resoluções e portarias, temos leis que alteram o código. O
maior exemplo que podemos citar é a lei 11.705/08, conhecida
internacionalmente em Nova Iguaçu e no resto do Brasil como “Lei Seca”,
que alterou a forma de fiscalização de embriaguez ao volante.
O CTB em seu Art. 1º, parágrafo 1º, define trânsito como sendo: “
a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou
em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga”. Que tal
detalharmos um pouco mais este texto?
Vamos inicialmente entender vias. Via e Pista são definições distintas,
sendo que na prova do DETRAN/DF, em 2002, foi objeto de uma questão.
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00Segundo o anexo I do CTB, Pista é “parte da via normalmente
utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos
separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas
ou aos canteiros centrais”, enquanto Via é a “superfície por onde
transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a
calçada, o acostamento, ilha e canteiro central”. Resumindo, a Via
engloba tudo, canteiro central, calçada, acostamento etc, enquanto pista é
a parte da via por onde circulam os veículos.
A Via é classificada em dois tipos: as Vias Públicas e Particulares. As
Vias Públicas, objeto do nosso estudo na parte específica de fiscalização de
trânsito, se dividem em: Vias Urbanas, subdivididas em Vias de Trânsito
Rápido, Arteriais, Coletoras e Locais, e as Vias Rurais, subdivididas em
Estradas e Rodovias.
O parágrafo 2º do art. 1º do CTB diz que “Os órgãos e entidades
componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no
âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos
causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na
execução e manutenção de programas, projetos e serviços que
garantam o exercício do direito do trânsito seguro”. Este parágrafo
merece uma atenção muito especial, tem sido cobrado constantemente em
provas, principalmente as elaboradas pelo CESPE. Alguns estudiosos do
Direito Administrativo consideram que o Estado deve responder
objetivamente por suas ações e subjetivamente por suas omissões. No
entanto, este parágrafo é bem claro em relação aos órgãos ou entidades do
Sistema Nacional de Trânsito (SNT), independente da falha ter ocorrido por
ação ou omissão, o responsável responderá sempre objetivamente.
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Alguns exemplos:
SITUAÇÃO 1: Uma pessoa conduz tranquilamente seu veículo em uma
via urbana. O órgão com circunscrição sobre a via instala de forma errônea
uma placa de via preferencial, levando ao condutor a um erro que gera um
acidente de trânsito. Neste caso, o órgão deverá responder objetivamente
por uma ação (colocar a placa) falha.
SITUAÇÃO 2: Em uma rodovia que não recebe manutenção regular
(coisa raríssima em nossas rodovias), começaram a surgir buracos na pista
de rolamento. Um condutor não consegue desviar de uma desses buracos e
quebra a roda de seu veículo. Neste caso, o órgão deverá responder
objetivamente por uma omissão (não realizar manutenção adequada na
rodovia) falha.
SITUAÇÃO 3: Um veículo foi removido para o depósito de um órgão
fiscalizador de forma legal e regular. Em função de uma chuva de granizo, o
veículo teve seus vidros danificados. Neste caso, o órgão não deverá
responder de forma alguma, uma vez que trata-se de uma exceção, um
caso fortuito, que é um “acontecimento natural, cuja previsibilidade
foge à capacidade de percepção do homem, em virtude do que lhe é
impossível evitar as consequências” (Definição em
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/294387/caso-fortuito).
De suma importância é que você consiga distinguir “Agente de
Trânsito” de “Autoridade de Trânsito”. Autoridade de Trânsito é o
dirigente máximo de um órgão ou entidade do Sistema Nacional de Trânsito
(SNT), é a Diretora da PRF, por exemplo, ou o Comandante Geral de alguma
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00Polícia Militar ou, ainda, o Diretor do DENATRAN. Já o Agente de Trânsito
(ou Agente da Autoridade de Trânsito), é a pessoa que efetivamente
fiscaliza, ou seja, é o Policial Rodoviário Federal, o Policial Militar, ou o
Agente de Trânsito do Detran, o Agente de trânsito também é
carinhosamente conhecido como “Guarda”.
Mas por que tal distinção é tão importante? Vocês devem estar se
perguntando. Simples, em nosso dia a dia , utilizamos erroneamente tais
termos. Quer ver? Todos nós já ouvimos alguém falar ou falamos: “- Poxa,
só(sic) porque eu estava sem cinto, bêbado, falando ao celular e com a
velocidade acima da permitida, aquele policial (ou guarda) me multou”.
Onde está o erro nesta frase? No sujeito acusado de multar. Guarda,
Policial, Agente de trânsito ou qualquer congênere não multa ninguém,
simplesmente porque o Agente de Trânsito nunca aplica penalidades,
simplesmente autua e aplica medidas administrativas.
Agora lascou!!! Calma, respire fundo, relaxe e vamos seguir. Toda
infração de trânsito gera uma penalidade e pode gerar uma medida
administrativa. Eis a diferença entre estas duas figuras:
1. Penalidade: Aplicada pela Autoridade de Trânsito, após processo
administrativo em que seja garantida a ampla defesa. Não tem
aplicação imediata, ou seja, não são aplicadas no momento da
fiscalização. O CTB prevê as seguintes penalidades:
a) Multa;
b) Advertência por Escrito;
c) Suspensão do Direito de Dirigir;
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00d) Cassação da Habilitação;
e) Apreensão do Veículo; e
f) Frequência Obrigatória em Curso de Reciclagem.
2. Medidas Administrativas: São aplicadas pelo Agente de Trânsito,
a fim de cessar uma infração. Tem aplicação imediata, no ato da
fiscalização e devem começar por “RE”:
a) Retenção do Veículo;
b) Remoção do Veículo;
c) Recolhimento de Documentos Obrigatórios (CNH, CRLV ou CRV)
d) Remoção de Animais ou Objetos sobre a via;
e) Realização de Teste de Alcoolemia; e
f) Realização de Transbordo de carga excedente (neste caso forcei a barra,
o nome da medida administrativa é somente “Transbordo de Carga
Excedente”).
Resumindo, o Agente de Trânsito somente poderá aplicar o que
começa por “RE”, qualquer outra sanção gerada por uma infração terá
aplicação dada pela autoridade de trânsito.
Com isso, o guarda nunca multa ninguém, no máximo autua; nunca
apreende o veículo, no máximo remove; nunca suspende o direito de dirigir,
no máximo recolhe a habilitação. Devemos lembrar sempre que nenhuma
penalidade (aquelas que não começam por “RE”) podem ser aplicadas de
forma imediata.
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Pois bem, coleguinhas, vistos os conceitos iniciais, podemos estudar o
Sistema Nacional de Trânsito, para que possamos entender as competências
da PRF que estão no artigo 20 da Lei 9.503/97.
De uma maneira geral, a letra da lei não costuma ser muito amigável,
principalmente pra quem não tem formação em direito. Sendo assim,
vamos procurar exemplificar ao máximo o conteúdo adiante.
II – UMA BREVE APRESENTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE
TRÂNSITO (SNT)
No artigo 5º do Código de Trânsito Brasileiro temos que "O Sistema
Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por
finalidade o exercício das atividades de planejamento,
administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de
veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores,
educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento,
fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de
penalidades".
A coordenação máxima deste Sistema está a cargo do Conselho
Nacional de Trânsito, por força do artigo 7º, inciso I, do CTB, o qual, por
sua vez, está atualmente vinculado ao Ministério das Cidades, conforme
prevê o artigo 9º do Código, combinado com o Decreto federal nº 4.711, de
29/05/03. Desta maneira, podemos concluir que o Sistema Nacional de
Trânsito, como um todo, bem como os diversos órgãos de trânsito, estão
inseridos dentre os poderes governamentais, na área de atuação do Poder
Executivo, muito embora, como veremos a seguir, sejam desempenhadas
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00funções específicas dos outros Poderes, guardadas, logicamente, as devidas
proporções.
Desta forma, vejamos o que dispõe o artigo 7º do CTB, para, em
seguida, relacionar os órgãos de trânsito com as funções típicas dos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
"Art. 7º. Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes
órgãos e entidades:
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do
Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de
Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos
e coordenadores;
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (DNIT no âmbito da União,
DER’s no âmbito estadual)
V - a Polícia Rodoviária Federal;
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI."
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Como todo concursando gosta de dicas de memorização, aí vai
uma:
− Os órgãos que possuem caráter Consultivo e que Criam normas
também começam com a letra “C”. São eles: CONTRAN, CETRAN’S
e CONTRADIFE.
− Os órgãos que possuem caráter Judiciário, começam com “J”, são
eles: as JARI’s.
− Os demais órgãos possuem caráter executivo.
Para saber mais sobre o assunto, fique ligado no Curso Completo de
Legislação de Trânsito aqui no Estratégia Concursos.
Para entendermos um pouquinho melhor o SNT, vou mostrar a função
principal de cada órgão:
1. ATIVIDADE LEGISLATIVA DE TRÂNSITO: desenvolvida pelos
órgãos normativos, denominados Conselhos de Trânsito (que, por sinal,
inexistem no âmbito municipal). Neste aspecto, importante frisar que
apesar das leis, em sentido estrito, serem somente aquelas determinadas
pelo artigo 59 da Constituição Federal, o fato é que as normas emanadas do
Conselho Nacional de Trânsito (na forma de Resoluções ou Deliberações),
quando regularmente instituídas, na complementação da lei federal (Código
de Trânsito Brasileiro) possuem força de lei, a ponto de criarem obrigações
à sociedade, nos termos do artigo 5º, inciso II, da CF/88: "Art. 5º, II –
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei".
Isto se deve ao fato de que o legislador de trânsito preferiu, em
determinadas situações, deixar a cargo do órgão técnico a regulamentação
da matéria, prevendo, taxativamente, a necessidade de complementação
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00do texto legal pelo CONTRAN, como, a exemplo de tantos outros, nos
artigos a seguir transcritos:
"Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a
serem estabelecidos pelo CONTRAN:..."
"Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo:
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, painéis
decorativos ou pinturas, quando comprometer a segurança do veículo, na
forma de regulamentação do CONTRAN."
"Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio de
placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas
as especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN."
"Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à
aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos e à
autorização para conduzir ciclomotores serão regulamentados pelo
CONTRAN."
2. ATIVIDADE EXECUTIVA DE TRÂNSITO: desenvolvida, na esfera
de suas competências e de acordo com as atribuições previstas nos artigos
19 a 24 do CTB, pelos órgãos e entidades executivos de trânsito e
rodoviários, bem como pelos órgãos fiscalizadores (Polícias Militares e
Polícia Rodoviária Federal).
3. ATIVIDADE JULGADORA DE TRÂNSITO: desenvolvida, em
primeira instância, pelas Juntas Administrativas de Recursos de Infrações
(Jari’s), existentes junto a cada órgão ou entidade executivo de trânsito ou
rodoviário, e, em segunda e última instância, pelos Conselhos de Trânsito,
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00nos termos do artigo 289 do CTB. É importante salientar que optamos pelo
termo "julgadora", em vez de "jurisdicional", uma vez que a atividade
jurisdicional é exclusiva do Poder Judiciário.
Queridos amigos, logo abaixo temos um organograma do SNT para
melhor ilustrar o que tratamos até aqui:
Resumindo:
O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de todos os órgãos de
trânsito que desempenham suas atribuições conforme definidas no Código.
O SNT por si só não tem personalidade jurídica; suas ações, seus objetivos
definidos no artigo 6° são executados pelos órgãos que o compõe,
mormente pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e o órgão
máximo executivo de trânsito da União, hoje, Departamento Nacional de
Trânsito (DENATRAN).
O Ministério responsável pela coordenação máxima do Sistema
Nacional de Trânsito atualmente é o das Cidades, estando o CONTRAN a ele
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00vinculado. O CONTRAN, Conselho Nacional de Trânsito, é o órgão máximo
do SNT e é composto pelos representantes dos ministérios especificados no
artigo 10, sendo que o dirigente do DENATRAN (órgão máximo executivo de
trânsito da União) o seu presidente. O CONTRAN tem abrangência nacional.
As Câmaras Temáticas são órgãos formados por especialistas em
diversas áreas ligadas ao trânsito sendo vinculadas ao CONTRAN a fim de
lhe prestar assessoria e suporte técnico.
O Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN, e o Conselho de Trânsito
do Distrito Federal – CONTRANDIFE são órgãos normativos, consultivos e
coordenadores. Têm abrangência estadual. São estes órgãos que devem
coordenar os outros órgãos de trânsito existentes no respectivo estado/DF.
A Junta Administrativa de Recursos de Infrações – JARI é um
colegiado vinculado a órgão aplicador de penalidade e tem a competência
para julgar os recursos contra penalidades aplicadas por aqueles.
A Polícia Rodoviária Federal também compõe o Sistema Nacional de
Trânsito tendo suas atribuições definidas no artigo 20 do CTB.
Órgãos executivos rodoviários da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios: Estes são aqueles órgãos que se ocupam mais diretamente da
implantação, manutenção da via, sinalização e dispositivos de controle
viário nas rodovias e estradas. Ao se verificar que o órgão executivo
rodoviário da União é o DNIT- Departamento Nacional de Infra-Estrutura de
Transporte, antigo DNER - Departamento Nacional de Estradas de
Rodagem; e que o órgão executivo rodoviário do estado é o DER -
Departamento de Estradas de Rodagens (ou DEINFRA-SC, ou DAER-RS),
fica mais fácil a compreensão do que seria o órgão definido no artigo 21 do
CTB.
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Nota-se que o órgão executivo rodoviário é previsto em todas as
esferas: federal, estadual (Distrito Federal) e municipal; sendo as
atribuições comuns a cada qual, diferenciando apenas, obviamente, a
jurisdição onde executam suas atividades. O órgão executivo rodoviário do
município não é muito comum de ser encontrado atualmente.
Órgãos Executivos de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal: As
funções definidas no artigo 22 são executadas pelos DETRAN –
Departamento Estadual de Trânsito. Diferentemente do caso do órgão
executivo rodoviário, onde os órgãos das diferentes esferas possuem as
mesmas atribuições mudando apenas a jurisdição, os órgãos executivos de
trânsito estadual e municipal, não têm as mesmas funções, ou melhor
dizendo, as mesmas atribuições. As funções do órgão estadual (DETRAN)
estão definidas no artigo 22; já do órgão municipal estão definidas no artigo
24. Cada município deve criar seu órgão executivo municipal, estabelecendo
sua nomenclatura.
As Polícias Militares apesar de componente do Sistema Nacional de
Trânsito tem sua atuação restrita à celebração de convênios com o fim de
executar a fiscalização de trânsito.
III – O ARTIGO 20 DA LEI 9.503/97
Pois bem amigos, iniciaremos agora o estudo do Art. 20 da lei
9.503/97, que regulamenta as atribuições e competências da PRF no
Sistema Nacional de Trânsito. Vejamos a letra da lei:
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“Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das
rodovias e estradas federais:
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no
âmbito de suas atribuições;
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações
relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar a
ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros;
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito,
as medidas administrativas decorrentes e os valores provenientes de estada
e remoção de veículos, objetos, animais e escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas;
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos
serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas;
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de
segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e
transporte de carga indivisível;
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo
solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e zelar
pelo cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança,
promovendo a interdição de construções e instalações não autorizadas;
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de
trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas operacionais
preventivas e encaminhando-os ao órgão rodoviário federal;
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VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e
Educação de Trânsito;
IX - promover e participar de projetos e programas de educação e
segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na
área de sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários
de condutores de uma para outra unidade da Federação;
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos
pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o
estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às ações
específicas dos órgãos ambientais.”
A melhor forma de entendermos este artigo é estudarmos inciso
por inciso, relacionando-os sempre que necessário com outros artigos da
mesma lei ou de outras leis pertinentes.
O caput do referido artigo menciona que: “Compete à Polícia
Rodoviária Federal, no âmbito das rodovias e estradas federais”. Ou
seja, o CTB restringe a atuação da PRF às rodovias e estradas federais,
segundo o anexo I do CTB, Estrada é a Via Rural não pavimentada,
enquanto a Rodovia é Via Rural pavimentada. Na aula 01 veremos que
a PRF atua de uma forma mais ampla quando se trata de ações de combate
à criminalidade. No entanto, esta atuação está prevista no Decreto
1.655/95, de acordo com o CTB, a competência de atuação é circunscrita às
estradas e rodovias somente. Logo, se algum item do seu concurso
questionar, à luz do CTB (veja bem que a banca sempre vai remeter à lei
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00que quer analisar), sobre a área de atuação da PRF, devemos nos limitar ao
que diz o caput do art. 20.
O Inciso I, diz que a PRF deve: “cumprir e fazer cumprir a
legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições”.
E agora? Simples, antes de fazer cumprir a legislação, a PRF deve
cumprir esta legislação. Como assim? Uma viatura policial deve possuir, no
mínimo, os mesmos equipamentos obrigatórios, deve seguir e legislação de
trânsito, seja no que se refere à parte documental do veículo e condutor e
às regras de circulação. Por exemplo, pode uma viatura exceder o limite de
velocidade da via, mesmo estando em emergência? A resposta, sem dúvida
é NÃO! Mas professor, não é isso que é visto no dia a dia. Sim, eu sei, mas
não podemos confundir o que é praticado com aquilo que preconiza a lei.
Para você entender melhor, vou usar uma situação (verídica) ocorrida com
uma viatura da PRF. Houve um acidente na madrugada, a equipe da PRF foi
acionada para realizar o atendimento, os policiais deslocaram-se em
velocidade acima da permitida para a via, realizando ultrapassagens em
locais proibidos pela sinalização, sempre no intuito de socorrer às vítimas.
Em uma destas ultrapassagens, e viatura chocou-se de frente com um
veículo que transitava no sentido contrário. Resultado, os dois policiais que
estavam na viatura e os quatro ocupantes do outro veículo morreram na
hora, e o outro acidente não foi prontamente atendido. Resumindo, a
situação ficou pior do que estava.
Entretanto, o CTB prevê em seu art. 29, inciso VII que “os veículos
destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de
fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de
prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e
parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados
por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00vermelha intermitente (...)”. A prioridade citada acima é em relação aos
demais veículos e pedestres que estejam na iminência de atravessar a via,
além da livre circulação, estacionamento e parada, e não sobre a legislação
de trânsito.
A segunda parte do inciso I, do art. 20, fala em “fazer cumprir a
legislação de trânsito”. A PRF é um órgão de essência fiscalizadora, ou
seja, além de ser uma polícia ostensiva (Art. 144 da CF/88), também é uma
polícia administrativa que deve coibir as infrações de trânsito somente nas
rodovias e estradas federais (carinhosamente conhecidas como BR's). No
entanto, tal competência não é exclusiva, uma vez que o inciso I do art. 21
do CTB, atribui esta competência também ao Órgão Executivo Rodoviário da
União (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre – DNIT).
O Inciso II do art. 20 prevê também como competência
“realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações
relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar
a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de
terceiros”. Inicialmente vamos diferenciar patrulhamento ostensivo de
policiamento ostensivo. Vejamos as definições contidas no anxo I do
CTB:
- PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária Federal
com o objetivo de garantir obediência às normas de trânsito, assegurando a
livre circulação e evitando acidentes; e
- POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida
pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir atos
relacionados com a segurança pública e de garantir obediência às normas
relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando
acidentes.
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Ou seja, compete à PRF o patrulhamento ostensivo, enquanto às
Polícias Militares têm competência realizar o policiamento ostensivo.
Embora a diferença seja tênue, o CESPE adora estes detalhes, então fique
ligado!
Importante salientar que segurança pública não envolve
somente combate à criminalidade, é um conceito bem mais complexo que
vai desde o próprio combate à criminalidade até a prevenção de acidentes e
catástrofes, passando, inclusive, pelo socorro e salvamento de vítimas.
De qualquer forma, o objetivo principal do patrulhamento é
garantir a ordem pública e a incolumidade das pessoas e patrimônios, seja
da União ou de terceiros.
O Inciso III prevê como competência “aplicar e arrecadar
as multas impostas por infrações de trânsito, as medidas
administrativas decorrentes e os valores provenientes de estada e
remoção de veículos, objetos, animais e escolta de veículos de
cargas superdimensionadas ou perigosas”.
Vamos estudar este inciso da mesma forma que o Jack fazia, por
partes:
Inicialmente, ele menciona a competência de “aplicar e
arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito”. Como já
vimos, o CTB prevê as seguintes penalidades: Advertência por escrito,
Multa, Suspensão do Direito de Dirigir, Cassação da Habilitação, Apreensão
do Veículo e Frequência Obrigatória em Curso de Reciclagem. No entanto, a
única penalidade que a Polícia Rodoviária Federal pode aplicar é a multa, e
consequentemente arrecadar os valores provenientes desta aplicação.
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Logo após, o inciso menciona “as medidas administrativas
decorrentes” . Uma infração de trânsito gera pelo menos uma penalidade
das citadas (a multa é a única prevista em todas as infrações) e pode gerar
uma medida administrativa. A penalidade só pode ser aplicada após
processo administrativa em que seja garantida a ampla defesa e o
contraditório, ou seja, a pessoa que está prestes a sofrer a sanção poderá
defender-se. Enquanto a medida administrativa tem aplicação imediata e
serve para cessar uma irregularidade, e devem começar com RE (Retenção,
remoção, recolhimento e reallização). A penalidade é aplicada somente pela
autoridade de trânsito, enquanto as medidas administrativas são aplicadas
pelo agente de trânsito (Seu Guarda), no momento da fiscalização.
Então o inciso continua com “(arrecadar) valores
provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, animais e
escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas”.
Compete à PRF garantir a fluidez e segurança do trânsito, assim, deve
providenciar a remoção de veículos, objetos ou animais que coloque em
risco esta fluidez ou segurança. Para isso, deverá cobrar por este serviço de
remoção (guincho) e estada (diárias no depósito fixado pela PRF). Além
disso, é atribuição da PRF a escolta de cargas superdimensionadas ou
perigosas.
Não entendi, professor!
Vamos lá, é um assunto que me sinto bastante à vontade para
explicar, pois é o que menos gosto de fazer enquanto estou de plantão.
Toda carga, ou veículo, que exceda as dimensões legais ou coloque em risco
à segurança da população, ou do meio ambiente (carga radioativa, por
exemplo), só poderá transitar se possuir uma Autorização Especial de
Tráfego (AET), que é um documento expedido pelo Órgão Executivo
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00Rodoviário da União (DNIT), e poderá exigir a escolta da PRF. Caso exija
esta escolta, a PRF deverá realizar o serviço mediante a cobrança desta
tarifa.
Segundo Inciso IV, compete à PRF “efetuar levantamento
dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de atendimento,
socorro e salvamento de vítimas”. A PRF tem uma missão nobre, que é
proteger vidas. Para realização desta missão, a PRF tem que colher dados,
confecionar boletins de acidentes de trânsitos (BAT's), bem como manter
contato com órgãos que auxiliem nesta missão, como o SAMU ou Corpo de
Bombeiros. Por exemplo, ao ser informado de um acidente, compete ao
policial rodoviário federal acionar os serviços de socorro e salvamento de
vítimas, bem como deslocar-se imediatamente para o local do acidente para
que possa sinalizar a via (a fim de que não ocorra outros acidentes), bem
como realizar o levantamento do local de acidente (realizar medições,
colher dados dos envolvidos) para confeccionar o referido BAT.
O Inciso V que menciona a competência de “credenciar os
serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança
relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte
de carga indivisível”, nada mais é que um complemento do Inciso III.
Quando é solicitada uma AET (Autorização especial de Tráfego, lembra-se?!)
o DNIT impõe algumas condições para esta emissão. Entre as quais está a
contratação de um serviço particular de escolta, quando não for necessária
a escolta pela própria PRF. Este serviço particular de escolta só pode
funcionar se for devidamente credenciado e fiscalizado pela Polícia
Rodoviária Federal.
Compete à PRF: “assegurar a livre circulação nas rodovias
federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas
emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais relativas
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de construções e
instalações não autorizadas” segundo o inciso VI. Assegurar a livre
circulação nas rodovias federais é algo bem abrangente, vai desde um
desmoronamento até uma interdição de pista causada por algum grupo
protestando. Em um caso de desmoronamento, compete à PRF comunicar
ao órgão rodoviário sobre a situação com a finalidade que este órgão
providencie medidas que possibiltem a fluidez e segurança do trânsito.
As normas legais relativas ao direito de vizinhança dizem respeito ao
uso da tal faixa de domínio. A faixa de domínio é uma área delimitada
por duas linhas imaginárias que compreendem, em média, uma distância de
40 metros para cada uma das laterais a partir do centro de uma rodovia ou
estrada (como eu disse amigos, é uma média, há lugares que a faixa de
domínio termina no limite da rodovia, ou estrada, enquanto em outros a
faixa de domínio estende-se por centenas de metros). Esta área, está sob
circunscrição do órgão executivo rodoviário, sendo este órgão o responsável
por autorizar qualquer construção ou fixação de cartazes, outdoors, faixas,
etc. Caso alguém faça qualquer obra ou fixe algo sem a autorização do
órgão responsável, compete à PRF agir para coibir a irregularidade.
“Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes
de trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas
operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão rodoviário
federal” é mais uma competência prevista no artigo 20, desta vez no
inciso VII. É de conhecimento amplo que o trânsito no Brasil mata mais do
que qualquer guerra civil no mundo. Na verdade, atualmente, o trânsito é
uma verdadeira guerra! É impossível qualquer órgão fiscalizador colocar
uma viatura a em distâncias mínimas, até mesmo porque a grande maioria
dos acidentes são causados por falha humana, seja imperícia ou
imprudência. Nesses 8 anos que estou na PRF, TODOS os acidentes
(muitos!!!!) que atendi foram causados por falha humana. A única forma de
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00reduzir este índice é através de um serviço de inteligência. Não, amigos,
não é necessário espionar o povo no melhor estilo da C.I.A. ou K.G.B. Ao
coletar dados estatísticos e realizar um tratamento nestes dados, é possível
saber onde, quando e quais as causas são mais comuns entre os acidentes
rodoviários e, assim, usar melhor o (reduzido) efetivo para diminuir um
pouco esta tragédia nacional.
Os incisos VIII - “implementar as medidas da Política Nacional
de Segurança e Educação de Trânsito” e IX - “promover e
participar de projetos e programas de educação e segurança, de
acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN” referem-se a
um direito dos cidadãos e dever dos órgãos do SNT, previstos no Art. 74 do
CTB, vejam:
“Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui
dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito.
§ 1º. É obrigatória a existência de coordenação
educacional em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional
de Trânsito.”
Como vimos no § 1º é obrigatória a existência, em cada órgão do
SNT, a existência de uma coordenação de educação para o trânsito. Na PRF,
é a Coordenação de Ensino (COEN), subordinada à Coordenação Geral de
Recursos Humanos (CGRH), que possui esta atribuição.
Cada órgão executa de forma independente (ou através de convênios)
as suas ações de educação para o trânsito, mas sempre em consonância
com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN.
O financiamento destas campanhas se dá através de duas fontes
distintas:
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1 – dez por cento do que é repassado à previdência social do valor
arrecadado pela cobrança do seguro obrigatório do veículo - DPVAT – que é
um tributo federal (previsto no art. 78, parágrafo único); e
2 - “O percentual de cinco por cento do valor das multas de trânsito
arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta de fundo de âmbito
nacional destinado à segurança e educação de trânsito” (Art. 320, parágrafo
único).
Segundo o art. 75 do CTB, “O CONTRAN estabelecerá, anualmente,
os temas e os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que
deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema
Nacional de Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias
escolares, feriados prolongados e à Semana Nacional de Trânsito”. A
semana nacional de trânsito ocorrerá sempre no período de 18 a 25 de
setembro.
O inciso X prevê como competência da PRF: “integrar-se a outros
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de
arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua
competência, com vistas à unificação do licenciamento, à
simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de
prontuários de condutores de uma para outra unidade da
Federação”. Era muito comum um veículo de um estado da federação ser
autuado em outro estado e a notificação (multa) nunca chegar. Ou ainda, a
falta de integração dos sistemas dificultava saber se um veículo de outro
estado era objeto de roubo ou furto. Para evitar tais problemas, o CTB
previu a criação de Registros Nacionais, que seriam “alimentados” de
informações pelos órgãos dos SNT e administrados pelo Órgão Executivo de
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00Trânsito da União, o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).
Existem, então, os seguintes sistemas:
- RENAINF - Registro Nacional de Infrações;
- RENAEST – Registro Nacional de Estatísticas de Trânsito;
- RENAVAM – Registro Nacional de Veículos Automotores; e
- RENACH – Registro Nacional de Carteiras de Habilitação.
Resumindo amigos, se seu cunhado morar no Piauí e for autuado no
Rio Grande do Sul, a multinha vai chegar na casa dele. Falei no seu
cunhado, porque você, como futuro servidor da PRF não cometerá infrações
de trânsito, certo???? Até parece.... he he he.
O artigo 20 é encerrado com a seguinte competência prevista no
inciso XI - “fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo
com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solicitado,
às ações específicas dos órgãos ambientais”. Apesar da previsão, a
competência prevista neste artigo não é completamente cumprida. Não
pense que o “guarda” está prevaricando, mas é uma dessas “pegadinhas”
da lei. Tal inciso menciona “(...) de acordo com o estabelecido no art. 66,
(...)”, o problema é que o artigo 66 foi vetado, ele não está em vigor. Logo
não há previsão legal para realizar tal fiscalização.
No entanto, é muito comum a Polícia Rodoviária Federal apoiar ações
específicas de órgão ambientais, como o IBAMA, por exemplo. Além desse
apoio, a própria PRF realiza um combate intenso aos crimes ambientais,
como transporte irregular de madeira ou animais, entre outros crimes.
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00Queridíssimos, terminamos aqui a parte teórica da nossa Aula Zero,
vamos fazer algumas questões de concursos anteriores e outras inéditas
sobre o que estudamos?
Partiu? Então vamos...
4. QUESTÕES COMENTADAS
01 – (CESPE/PRF) A fim de evitar risco à vida de usuários do
sistema viário público, sempre que se configurar situação a que seja
aplicável a penalidade de suspensão do direito de dirigir ou a de
cassação do documento de habilitação, a aplicação da penalidade se
dará de modo automático.
Resposta: Errado.
Conforme estudamos, a aplicação de penalidades NUNCA se dará de
forma imediata, somente após um processo administrativo em que seja
garantida a ampla defesao contraditório
02 – (CESPE/PRF) Um posto de combustíveis margeia uma rodovia
federal em trecho desprovido de sinalização relativa a limite de
velocidade e sua área privativa alcança a extensão de 950m. A
partir de determinado dia, o gerente do estabelecimento
determinou aos seus empregados a implantação de decisão
emanada dos proprietários do posto, no sentido de proibir, nos
limites privativos do pátio do posto, a circulação de veículos
automotores em velocidade superior a 10km/h. Inconformado, um
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00consumidor apresentou queixa contra tal medida à Polícia
Rodoviária Federal.
Nessa situação, a despeito da velocidade mínima legalmente
prevista no CTB, não compete à Polícia Rodoviária Federal a tomada
de nenhuma medida, porquanto a área em apreço não é
considerada via pública, embora margeie uma rodovia federal.
Resposta: Correto.
O CTB só tem aplicação, em relação à fiscalização de trânsito, em vias
públicas, sejam as locais ou rurais. Pátio de posto de gasolina é local
particular.
03 – (CESPE/DETRAN DF) Características, especificações básicas,
configuração dos veículos e condições essenciais para registro,
licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo Sistema
Nacional de Trânsito por intermédio do CONTRADIFE.
Resposta: Errado.
O órgão do SNT competente para estabelecer as condições citadas
acima, é o CONTRAN. As normas do CONTRADIFE são supletivas àquelas do
CONTRAN e só tem abragêngia no Distrito Federal
04 . (CESPE/DETRAN DF) Um veículo só poderá transitar pela via
pública quando atender aos requisitos e condições de segurança
estabelecidos no CTB e em normas do DETRAN.
Resposta: Errada.
Como estudamos, os órgãos que podem criar normas são os
conselhos, começam pela letra C (lembram-se da dica), o que não é o caso
do DETRAN, que começa por D!
05 – (CESPE/PRF) Considere a seguinte situação hipotética:
Antônio, ao constatar a indicação do semáforo autorizando-o a
atravessar uma via arterial pela faixa de pedestres, percebeu a
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00aproximação de uma ambulância devidamente identificada, com
alarme sonoro e iluminação intermitente acionados.
Nessa situação, de acordo com o CTB, Antônio poderá
atravessar a via normalmente, pela faixa, uma vez que a prioridade
referida no Código para as ambulâncias exclui as faixas de travessia
de pedestres.
Resposta: Questão anulada.
O raciocínio é análogo ao que está previsto no Inciso I do Art. 20 do
CTB. Os órgãos devem cumprir a legislação de trânsito, isso é fato. Só que
quando em serviço de urgência ou emergência e devidamente identificados
com alarme sonoro (sirene) e luz intermitente vermelha acionados, este
veículo terá preferência sobre os demais veículos e os pedestres que
estejam na iminência de atravessar a via.
Porém, no entanto, entretanto, todavia, a questão não mencionou que
a luz intermitente acionada era vermelha, o que gerou dúvidas no pobre do
concurseiro, que já estava nervoso com o seu candidato ao lado comendo
fandangos e fazendo barulho. Logo, a questão foi justamente anulada.
06. (TRANSITO RR 2010) Compete às JARI:
a) julgar os recursos interpostos pelos infratores.
b) cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no
âmbito das respectivas atribuições.
c) elaborar normas no âmbito das respectivas competências.
d) responder a consultas relativas à aplicação da legislação e dos
procedimentos normativos de trânsito.
e) estimular e orientar a execução de campanhas educativas
detrânsito.
Resposta: Opção A
Conforme estudamos, às Jaris compete o julgamento dos recursos em
primeira instância.
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 0007. (TRANSITO RR 2010) Integram o COTRAN, EXCETO:
a) um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia.
b) um representante do Ministério da Educação e do Desporto.
c) um representante do Ministério do Exército.
d) um representante do Ministério Público.
e) um representante do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia
Legal.
Resposta: Opção D
A lei 11.705/08 incluiu no Art. 10 do CTB o representante do
Ministério da Justiça. Tal artigo já previu um representante dos seguintes
ministérios:
- Ciência e Tecnologia;
- Educação e Desport;
- Meio Ambiente e Amazônia Legal;
- Transportes;
- Exército; e
- Cidades (Atual órgão máximo do SNT).
Como vimos, não há previsão de um representante do Ministério
Público.
08. (TRANSITO RR 2010) As penalidades existentes às infrações de
trânsito previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro que devem ser
aplicadas pela autoridade de trânsito compreendem, EXCETO:
a) advertência por escrito.
b) reclusão do condutor.
c) suspensão do direito de dirigir.
d) apreensão do veículo.
e) freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
Resposta: Opção B
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00Reclusão é pena aplicada pela autoridade judiciária em decorrência do
cometimento de um crime. Penalidade é sanção administrativa aplicada pela
autoridade de trânsito, após o cometimento de uma infração de trânsito.
09. (TRANSITO RR 2010) São medidas administrativas às infrações
de trânsito previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro, EXCETO:
a) retenção do veículo.
b) remoção do veículo.
c) leilão do veículo.
d) recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
e) realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de
substância entorpecente ou que determine dependência
física ou psíquica.
Resposta: opção C
Questão fácil, qualquer medida administrativa tem que começar por
“RE” - Retenção, remoção, recolhimento.
Acerca do que dispõe o CTB, julgue os itens subsequentes.
10. (DETRAN DF – CESP 2009) O referido código aplica-se aos
transportes marítimo e aéreo.
Resposta: Errada
O CTB aplica-se aos veículos, pessoas e animais que estejam sobre a
via pública, seja local ou rural.
11. (DETRAN DF – CESP 2009) A PMDF compõe o Sistema
Nacional de Trânsito.
Resposta: Certa
A Polícia Militar do Distrito Federal compõe o SNT, mas só pode atuar
se possuir convênio.
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12. (DETRAN DF – CESP 2009) Compete a o DENATRAN estabelecer
as normas regulamentares referidas no CTB e as diretrizes da
Política Nacional de Trânsito.
Resposta: Errada
Conforme já visto, somente quem começa com a letra C (de
Conselhos) pode criar normas.
13. (DETRAN DF – CESP 2009) Do total dos valores arrecadados
destinados à Previdência Social e relativos ao prêmio do seguro
obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores
de via terrestre (DPVAT), 10% devem ser repassados mensalmente
ao coordenador do Sistema Nacional de Trânsito para aplicação
exclusiva em programas destinados à prevenção de acidentes de
trânsito.
Resposta: Errada
Questão muito boa meus amigos. O que deve ser destinado aos
programas de prevenção de acidentes de trânsito serão 10% do que é
repassado à previdência social do arrecadado pelo seguro obrigatório.
14. (SP VUNESP 2007) O art. 17 do Código de Trânsito Brasileiro
determina que julgar os recursos interpostos pelos infratores no
município numa primeira apelação compete
a) ao Detran.
b) ao Jarí.
c) ao Cetran.
d) ao Contran.
e) ao Ciretran.
Resposta: Opção B
Quem julga começa por J, lembram-se? Então, as Jaris possuem tal
competência.
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15. (FUNRIO MG 2008) Via aberta à circulação, classificada como
rural, é:
a) Avenida.
b) Rodovia.
c) Rua.
d) Caminho.
e) Viela.
Resposta: Opção B
Conforme vimos, as vias públicas dividem-se em Urbanas e Rurais, As
Vias Urbanas são divididas em Vias de Trânsito Rápido, Arteriais, Coletoras
e Locais; enquanto as Vias Rurais dividem-se em Estradas e Rodovias.
16. (SP CAIPIMES 2009) Aplicar e arrecadar as multas impostas por
infrações de trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os
valores provenientes de estada e remoção de veículos, objetos,
animais e escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou
perigosas, são atribuições:
a) do DETRAN.
b) da JARI.
c) da Polícia Rodoviária Federal.
d) do Agente de Trânsito
Resposta: Opção C
Tal competência é prevista no Inciso III do Art. 20 do CTB.
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5. LISTA DE QUESTÕES
01 – (CESPE/PRF) A fim de evitar risco à vida de usuários do sistema viário
público, sempre que se configurar situação a que seja aplicável a
penalidade de suspensão do direito de dirigir ou a de cassação do
documento de habilitação, a aplicação da penalidade se dará de modo
automático.
02 – (CESPE/PRF) Um posto de combustíveis margeia uma rodovia federal
em trecho desprovido de sinalização relativa a limite de velocidade e sua
área privativa alcança a extensão de 950m. A partir de determinado dia, o
gerente do estabelecimento determinou aos seus empregados a
implantação de decisão emanada dos proprietários do posto, no sentido de
proibir, nos limites privativos do pátio do posto, a circulação de veículos
automotores em velocidade superior a 10km/h. Inconformado, um
consumidor apresentou queixa contra tal medida à Polícia Rodoviária
Federal.
Nessa situação, a despeito da velocidade mínima legalmente prevista
no CTB, não compete à Polícia Rodoviária Federal a tomada de nenhuma
medida, porquanto a área em apreço não é considerada via pública, embora
margeie uma rodovia federal.
03 – (CESPE/DETRAN DF) Características, especificações básicas,
configuração dos veículos e condições essenciais para registro,
licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo Sistema Nacional de
Trânsito por intermédio do CONTRADIFE.
04 . (CESPE/DETRAN DF) Um veículo só poderá transitar pela via pública
quando atender aos requisitos e condições de segurança estabelecidos no
CTB e em normas do DETRAN.
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05 – (CESPE/PRF) Considere a seguinte situação hipotética:
Antônio, ao constatar a indicação do semáforo autorizando-o a
atravessar uma via arterial pela faixa de pedestres, percebeu a
aproximação de uma ambulância devidamente identificada, com alarme
sonoro e iluminação intermitente acionados.
Nessa situação, de acordo com o CTB, Antônio poderá atravessar a via
normalmente, pela faixa, uma vez que a prioridade referida no Código para
as ambulâncias exclui as faixas de travessia de pedestres.
06. (TRANSITO RR 2010) Compete às JARI:
a) julgar os recursos interpostos pelos infratores.
b) cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito
das respectivas atribuições.
c) elaborar normas no âmbito das respectivas competências.
d) responder a consultas relativas à aplicação da legislação e dos
procedimentos normativos de trânsito.
e) estimular e orientar a execução de campanhas educativas detrânsito.
07. (TRANSITO RR 2010) Integram o COTRAN, EXCETO:
a) um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia.
b) um representante do Ministério da Educação e do Desporto.
c) um representante do Ministério do Exército.
d) um representante do Ministério Público.
e) um representante do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal.
08. (TRANSITO RR 2010) As penalidades existentes às infrações de trânsito
previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro que devem ser aplicadas pela
autoridade de trânsito compreendem, EXCETO:
a) advertência por escrito.
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00b) reclusão do condutor.
c) suspensão do direito de dirigir.
d) apreensão do veículo.
e) freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
09. (TRANSITO RR 2010) São medidas administrativas às infrações de
trânsito previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro, EXCETO:
a) retenção do veículo.
b) remoção do veículo.
c) leilão do veículo.
d) recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
e) realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância
entorpecente ou que determine dependência
física ou psíquica.
Acerca do que dispõe o CTB, julgue os itens subsequentes.
10 - (DETRAN DF – CESPE 2009) O referido código aplica-se aos
transportes marítimo e aéreo.
11 - (DETRAN DF – CESPE 2009) A PMDF compõe o Sistema Nacional de
Trânsito.
12. (DETRAN DF – CESPE 2009) Compete a o DENATRAN estabelecer as
normas regulamentares referidas no CTB e as diretrizes da Política Nacional
de Trânsito.
13. (DETRAN DF – CESPE 2009) Do total dos valores arrecadados
destinados à Previdência Social e relativos ao prêmio do seguro obrigatório
de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre
(DPVAT), 10% devem ser repassados mensalmente ao coordenador do
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Prof. Adriano Barreto e Carolina Araujo – Aula 00Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas
destinados à prevenção de acidentes de trânsito.
14. (SP VUNESP 2007) O art. 17 do Código de Trânsito Brasileiro determina
que julgar os recursos interpostos pelos infratores no município numa
primeira apelação compete
a) ao Detran.
b) ao Jarí.
c) ao Cetran.
d) ao Contran.
e) ao Ciretran.
15. (FUNRIO MG 2008) Via aberta à circulação, classificada como rural, é:
a) Avenida.
b) Rodovia.
c) Rua.
d) Caminho.
e) Viela.
16. (SP CAIPIMES 2009) Aplicar e arrecadar as multas impostas por
infrações de trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os valores
provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, animais e escolta
de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas, são atribuições:
a) do DETRAN.
b) da JARI.
c) da Polícia Rodoviária Federal.
d) do Agente de Trânsito
di)
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6. GABARITO
01 - Errado 06 – A 11 - Certo
02 - Certo 07 – D 12 - Errado
03 - Errado 08 – B 13 - Errado
04 - Errado 09 - B 14 - B
05 - Anulada 10 - B 15 - B
16 – C
7. COMENTÁRIOS FINAIS
Terminamos por aqui nossa aula zero, foi um imenso prazer poder
estudar com vocês este tópico do nosso concurso. Leiam, releiam, façam
resumo, façam questões e, qualquer dúvida que possuam, escrevam.
Tentarei responder a todos os questionamento no menor tempo possível,
provavelmente todos os dias no período noturno.
Um abraço a todos, bons estudos e até a próxima aula!!!
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