análise do filme: what the bleep do we know!?
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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
DANIELA SANTIAGO
PRISCILA ABREU
PRISCILA OLIVEIRA
RAMON CARDOSO VIANA PAIVA
TIAGO CALHAU
ANÁLISE DO FILME: WHAT THE BLEEP DO WE KNOW!?
Lauro de Freitas-BA
Outubro de 2009
DANIELA SANTIAGO
PRISCILA ABREU
PRISCILA OLIVEIRA
RAMON CARDOSO VIANA PAIVA
TIAGO CALHAU
ANÁLISE DO FILME: WHAT THE BLEEP DO WE KNOW!?
Trabalho acadêmico apresentado como requisito parcial à aprovação na disciplina Humanidades II, do curso de graduação em farmácia, da faculdade de ciências a-grárias e da saúde da UNIME. Orientador: Profo. ME. Luis Eduardo Andrade
Lauro de Freitas - BA
Outubro de 2009
SUMÁRIO
1 O QUE É REALIDADE? ....................................................................................... 3
2 O SER HUMANO PODE MUDAR A REALIDADE? ............................................. 4
3 QUAL O PAPEL DA INTENÇÃO NA REALIDADE? ........................................... 4
4 O QUE É CONSCIÊNCIA E COMO FUNCIONA? ............................................... 5
5 O QUE É ENTRELAÇAMENTO E COMO FUNCIONA?...................................... 5
6 COMO FUNCIONAM AS EMOÇÕES E COMO INTERFEREM NO COMPOR-TAMENO SOCIAL? .................................................................................................... 6
7 EXISTEM RELAÇÕES ENTRE MENTE E CORPO? QUAIS? ............................. 7
8 MODIFICAÇÕES/APRIMORAMENTOS DA FARMÁCIA FRENTE NOVAS DESCOBERTAS CIENTÍFICAS APRENSENTADAS NO FILME .............................. 8
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 9
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1 O QUE É REALIDADE?
O filme retrata a realidade a partir do ponto de vista quântico. Contudo,
precisamos entender o trivial da mecânica quântica. Através da física newtoniana
(clássica) as radiações eletromagnéticas deveriam se comportam como ondas. Con-
tudo, estudos apresentados por Albert Einstein e Max Karl Ernst Ludwig Planck veri-
ficaram-se propriedades de partículas nestas radiações as quais chamaram de
“quanta”. Posteriormente, Louis Victor Pierre Raymond (Louis de Broglie) na tentati-
va de analisar os movimentos ondulatórios nas partículas propõe um postulado
chamado de: Dualidade onda-partícula. Neste estudo, é mostrado como uma partí-
cula ao mesmo tempo em que demonstra propriedades materiais, apresenta também
propriedades ondulatórias (propagação energética) Quando uma partícula não é ob-
servada ela possui infinitas ondas de possibilidades e quando observada torna-se
uma partícula de experiência. Sendo assim, segundo esse principio uma partícula
que hora é partícula e atua como tal e hora é onda e atua como tal pode-se apresen-
tar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Diante de tal implicação associada ao
princípio da Incerteza de Werner Karl Heisenberg considerado hoje um dos pilares
da mecânica quântica (propõem que quanto mais preciso for a localização de uma
partícula menos preciso será sua velocidade e quanto mais preciso for sua velocida-
de menos preciso será sua localização), física relativista de Albert Einstein (com a
teoria da relatividade restrita e posteriormente com a teoria da relatividade geral),
teoria do modelo atômico de Niels Henrik David Bohr, teoria do caos entre outros,
forma o que conhecemos hoje por física moderna, na qual a física quântica faz parte.
Os três grandes campos da física são: Física clássica (muitas vezes chamada de
física newtoniana), física relativista (teoria da relatividade) e física quântica dentre a
qual se encontra principalmente a mecânica quântica.
Renomados cientistas a partir de releituras de toda estruturação da física
moderna começaram uma quebra lenta e gradual de um velho paradigma materialis-
ta. Dentro do que a física quântica descreve, a realidade tende a ser múltipla (infini-
ta) em probabilidades e em potencial. Podemos co-existir num único ou em vários
ambientes no mesmo “tempo” (tempo neste caso deve ser entendido como uma
quarta dimensão como descrito por Einstein). Então a realidade é relativa. Interferi-
mos diretamente nela. Nossa consciência, ações, pensamentos, sentimentos todos
interconectados criando o que conhecemos como “realidade” que muitas vezes é
ambígua e paradoxal, quanticamente falando. A realidade é possível ou existente a
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partir das vibrações de ondas as supercordas, ou seja, onda de vibrações potenci-
ais. A realidade em que vivemos, “nossa realidade” é aquilo que conseguimos ob-
servar com nossos sentidos, entretanto acima disto existe a realidade que é univer-
sal e em muito transcende esta pequena fração de realidade na qual nos encontra-
mos. Todas sempre interconectadas. Como relatado no filme, é muito complicado a
definição da realidade. Einstein postulou que tudo é relativo e isso se vale até na
mecânica quântica uma vez que a grande descoberta da física do século XXI reside
num campo unificado entre a teoria da relatividade geral e a física quântica numa
grande teoria muito mais reveladora.
2 O SER HUMANO PODE MUDAR A REALIDADE?
Sim. Através de nossas ações alteramos os campos cósmicos (devido a
total inter-conectividade), que por sua vez mudado muda-nos! O universo é dinâmico
e infinito em possibilidades. Contudo, cada pessoa tem um potencial de modificação
da realidade, ou seja, pode mudar até certo ponto a realidade. Muda a realidade
como a percebe. Com isso, observamos que quanto mais pessoas adquirirem uma
postura muitas vezes chamada de holística, teremos maior potencial de mudança de
“nossa realidade”.
3 QUAL O PAPEL DA INTENÇÃO NA REALIDADE?
Através da intenção afetamos a “suprema realidade”. Então, o papel da
intenção é a modificação da realidade que por si modifica a “realidade observada”
(observador-matéria); que se da de forma cada vez maior, quanto maior for o núme-
ro de seres conscientes de sua relação com o universo e consequentemente contri-
buintes numa gradual e evolutiva “construção” de “realidade superior”.
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4 O QUE É CONSCIÊNCIA E COMO FUNCIONA?
É a capacidade intrínseca do homem de ser, saber e saber que sabe!
Tornando-o capaz de analisar o porquê das coisas, seus feitos e efeitos. E que se
dá, através da medida perceptiva da sua ligação com os campos energéticos cósmi-
cos (universo) que o cerca. Permitindo, a possibilidade de uma interação consciente
com eles (os quais possível segundo as descrições quânticas) a qual se tomaria
controle das energias a nossa volta. O que resultaria num poder inimaginável ao
homem. Devemos, portanto, ponderar que, sendo o universo altamente interconec-
tado (segundo as mesmas descrições quânticas) e que se comporta como organis-
mo, do mesmo jeito que existe a realidade cósmica, também haveria a consciência
que transcenderia em muito a humana (“consciência cósmica ou universal”). O que
possibilitaria uma “fina camada” ligando-a a moral e ética num nível muito mais ele-
vado.
Quanto mais descemos nos conceitos quânticos mais abstratos eles nos
parecem, contudo, ao chegarmos às supercordas e no campo unificado nos depa-
ramos com a pura abstração. A pura conscientização da consciência abstrata no seu
mais alto nível.
5 O QUE É ENTRELAÇAMENTO E COMO FUNCIONA?
É uma propriedade física onde são estudados os eventos na forma mais
abstrata possível. Ao nos aprofundarmos nos conceitos quânticos, em suas funda-
mentações mais elementares nos deparamos com conceitos simples como: super-
gravidade, membranas com 10 dimensões, teoria M, p-branas, supercordas... . Ao
estudarmos uma partícula subatômica veremos que conforme Einstein ela é sim-
plesmente energia condensada. A condensação desta energia se dá através das
vibrações das ondas (potenciais energéticas) da energia com a qual a partícula é
feita. A vibração dessas ondas em potenciais no espaço-tempo causa o que Einstein
chamou de condensação da energia, ou seja, transformação em partícula ou o que a
mecânica quântica chama de colapso quando a energia deixa de ser potencial de
onda pra se tornar partícula experimental. Com isso, podemos observar um conceito
ainda mais perturbador. Segundo o principio da dualidade onda-partícula uma onda-
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partícula pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Segundo este mesmo
princípio isso se vale também para o espaço. Sendo assim, “dois espaços” distintos
são fundamentalmente o mesmo espaço. E desta forma duas partícula em espaços
diferentes estão totalmente interconectadas entre sí. Pois na verdade estão no
mesmo espaço-tempo. Por mais estranho que possa parecer esta afirmação ela se
prova verdadeira em eventos quânticos.
6 COMO FUNCIONAM AS EMOÇÕES E COMO INTERFEREM NO COMPORTA-MENO SOCIAL?
As emoções são produtos da físico-química. Bioquimicamente falando, as
emoções como reações bioquímicas começam no hipotálamo. Lá são geradas prote-
ínas (cadeias de aminoácidos ligados entre si por ligações peptídicas e pontes de
hidrogênio) e estes neuro-hormônios são liberados através da hipófise diretamente
na corrente sanguínea, conforme experimentamos um estado emocional específico.
Cada tipo de neuro-peptídeo lançado na corrente sanguínea destina-se a um tipo
específico de células ao quais eles se encaixam no modelo conhecido como chave-
fechadura. Neste momento em que há o acoplamento do neuro-hormônio aos recep-
tores da célula é enviada uma mensagem ao interior celular. Como todo hormônio,
estes também são substâncias excitantes. Eles excitam as células, produzem as
mais diversas reações bioquímicas no interior das células. Alguns deles chegam até
alterar o núcleo celular. As emoções alteram o estado psíquico do individuo, seu es-
tado emocional e interferem diretamente em como as pessoas se relacionam. Pois é
obvio que pessoas tristes ou depressivas não se relacionam com a mesma amplitu-
de que pessoas realizadas, alegres, felizes. Uma vez que as emoções podem ser
entendidas como reações bioquímicas conhecidas, podemos constatar que doenças
como a depressão nada mais são que alterações bioquímicas. E que pessoas que
possuem vícios ou o efeito bipolar (dupla personalidade) também são viciadas nes-
tes neuro-peptídeos que conforme estudos mostraram possuem uma alta capacida-
de em deixar o corpo dependente ou viciado.
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7 EXISTEM RELAÇÕES ENTRE MENTE E CORPO? QUAIS?
Sim. Conforme a teoria das supercordas, que fundamenta a particularida-
de do entrelaçamento, tudo no universo encontra-se conectado por meios de cordas
(as supercordas) energéticas ondulatórias em potencial. Tal efeito mostra que qual-
quer coisa que se altere no universo nos interfere e que com nossas ações e pen-
samentos somos capazes de interferir no universo. Devido às imensas complexida-
des do sistema nervoso central humano e seu cérebro avantajado quando se com-
parado a de animais o homem possui capacidades fantásticas ainda rudemente ex-
ploradas. O cérebro encontra-se quase que totalmente ocioso em suas potencialida-
des. Segundo o filme, quando a raça humana conseguir o acesso a sua capacidade
mental inerente, poderá efetuar coisas inimagináveis e hoje tidas como improváveis
ou mesmo impossíveis pela maioria das pessoas. A mente humana pode ser enten-
dida como a capacidade mental humana de se perceber como existente, e ao saber
que existe tomar consciência do que o cerca e poder interagir conscientemente com
o meio. As relações entre corpo e mente são claramente visíveis quando falamos de
assuntos como a emoção. Um estado emocional que é essencialmente bioquímico.
Sendo as substâncias bioquímicas produzidas pelo hipotálamo que faz parte do cé-
rebro e consequentemente da mente humana. Tais alterações humorais alteram
muitos efeitos dos mais variados no corpo. É sabido que pessoas que sofreram
grandes perdas como um parente próximo possuem chances aumentadas exponen-
cialmente de desenvolverem câncer. Podemos ver a aí a ação da mente (no caso
deprimida) sobre o corpo (adoecendo-o). Reações contrarias também podem ser
facilmente vistas como no caso de gestantes em casamentos felizes. É tão nítida a
“emanação” de felicidade por parte da gestante que é relativamente comum as pes-
soas referirem-se a ela como se tivesse ficado mais bela. Com a pele mais bonita,
cabelos mais bonitos e etc. Obviamente incontáveis alterações endócrinas e das
mais varias reações bioquímicas estão ocorrendo. Mas, obviamente é a felicidade da
futura mamãe que contribui em muito para tais mudanças. Podemos comprovar isso
ao vermos que gestantes “acidentais” normalmente não desenvolvem a mesma “e-
xuberância” que as gestantes “programadas”. Exemplo de uma clara interação entre
mente e corpo.
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8 MODIFICAÇÕES/APRIMORAMENTOS DA FARMÁCIA FRENTE NOVAS DES-COBERTAS CIENTÍFICAS APRENSENTADAS NO FILME
Aparentemente não vemos aplicações práticas para a física quântica.
Contudo, a ciência farmacológica pode se valer das mais distintas formas de tais
avanços. Entre outras coisas, a mecânica quântica tem levado a uma profunda revi-
são da filosofia e análise ainda maior da psiconeurofisiologia. A interação entre neu-
rônios, suas ramificações. Com isso, o farmacêutico ganha uma ferramenta muito
mais aprimorada para entendimento das, por exemplo, drogas psicoativas. No cam-
po filosófico, a atuação pode ainda ser maior, pois, conforme assimilemos tais no-
ções de mundo, vemos o quanto errado esta o paradigma vigente e quão maior é a
necessidade na mudança deste paradigma. Devemos, pois, como farmacêuticos,
observar nosso paciente/cliente pela óptica não apenas de uma máquina biologia
em que os órgãos interagem como engrenagens e sim de um ser biológico. Entendo-
o como ser. No qual, todos os órgãos possuem em um nível escalar “inferior” uma
ligação muito mais tênue do que poderíamos julgar no paradigma mecanicista. Le-
vando-o com isso a mudança da visão primordial do farmacêutico como simples “fa-
bricante de fármacos” para a visão de um profissional muito mais profícuo; que o
levará além do simples “fabricante de remédio”. Projetá-lo-a, como profissional em
meio à sociedade numa tentativa maior de sensibilização de mudanças nos hábitos
de vida dos indivíduos o que contribuiria e muito numa correta utilização do fármaco
como produto viável apenas em último caso. Profissional consciente do seu papel na
sociedade e com isso consciente da correta terapêutica farmacológica como um co-
sistema que tem por objetivo levar o corpo a um reequilíbrio. Inúmeros são as modi-
ficações/aprimoramentos que este novo paradigma levará não só na farmácia mais
em todos os campos.
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e documentação: Trabalhos acadêmicos: Apresentação. Rio de Janeiro, 2005. ______. NBR 6023: Informação e documentação: Referências: Elaboração. Rio de Janeiro, 2003. UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA. MANUAL DE TRABA-LHOS ACADÊMICOS DA UNIME: Manual UNIME para formatação de trabalhos acadêmicos. Lauro de Freitas, 2008. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. NORMAS: Para apresentação de docu-mentos científicos. Paraná, 2002. WHAT THE BLEEP DO WE KNOW!?. Direção: William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente. Produção: William Arntz, Matthew Hoffman, Betsy Chasse e Mark Vicente. Intérpretes: Marlee Matlin, Elaine Hendrix e Barry Newman e outros. Estados Unidos da América, 2004. 1DVD (109 min), widescreen, color.
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