análise do comércio internacional catarinense 2012
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ANÁLISE DO
COMÉRCIO INTERNACIONAL
CATARINENSE 2012
Apoio Realização
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Elaboração
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Diretoria de Relações Industriais - DRI
Centro Internacional de Negócios - CIN
Equipe Técnica
Henry Uliano Quaresma
Tatiani Leal
Daniel Tubino
Mauro Victor Silveira de Souza
Gisele de Andrade Polidoro Müller
Moacir Rohling Volpato
Consultoria editorial
Vladimir Brandão
Revisão
Sérgio Ribeiro
Direção de arte
Luiz Acácio de Souza
Edição de arte
João Henrique Moço
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 5.988, de 14/12/73.
F293a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Análise do comércio internacional catarinense. / Federação
das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC. –
Florianópolis: FIESC, 2012.
112 p. : il. color.
1. Comércio internacional – Santa Catarina. 2. Economia – Santa Catarina – Dados
estatísticos. I. Título.
CDD 382.021
Ficha catalográfica elaborada por Ana Claudia P O Silva CRB – 14/769
FIESC - Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 - Itacorubi - Florianópolis/SC. CEP 88034-001
Fone: (48) 3231-4651 - Fax: (48) 3231-4669
e-mail: cin@fiescnet.com.br
www.fiescnet.com.br
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Sumário
Apresentação .................................................................................................................................................... 4
1. Contextualização ........................................................................................................................................ 6
2. Cenário Internacional ................................................................................................................................ 82.1 A economia mundial e o comércio internacional em 2011 .........................................................................................................................11
2.2 Perspectivas da economia mundial .............................................................................................................................................................................18
2.3 O Brasil no comércio internacional ...............................................................................................................................................................................24
3. Santa Catarina ............................................................................................................................................323.1 Análise das importações catarinenses .......................................................................................................................................................................35
3.2 Análise das exportações catarinenses ........................................................................................................................................................................39
3.3 Desempenho exportador de Santa Catarina no mercado mundial ........................................................................................................49
4. Resultados da pesquisa ..........................................................................................................................534.1 Caracterização das empresas ...........................................................................................................................................................................................53
4.2 Análise das empresas exportadoras.............................................................................................................................................................................58
4.3 Análise das empresas importadoras ............................................................................................................................................................................68
4.4 Experiência das empresas na internacionalização ..............................................................................................................................................75
5. Conclusões ..................................................................................................................................................80
6. Anexos ..........................................................................................................................................................866.1 Principais premissas do cenário-base para as estimativas de 2012/2013 ............................................................................................86
6.2 Os 50 principais produtos (SH4) importados por SC em 2011....................................................................................................................88
6.3 Evolução das importações entre 2001 e 2011dos 50 produtos mais importados por SC em 2011 ....................................89
6.4 Os 50 principais países importadores de SC em 2011 .....................................................................................................................................91
6.5 Comparativo das exportações entre 2001-2011 para os principais países importadores de SC ...........................................92
6.6 Os 50 principais produtos exportados por SC em 2011..................................................................................................................................93
6.7 Evolução das exportações entre 2001 e 2011 dos 50 produtos mais exportados por SC em 2011 ....................................94
6.8 Evolução das exportações mundiais entre 2001 e 2010 dos 50 produtos mais exportados por SC em 2011 .............96
6.9 Evolução das exportações mundiais entre 2006 e 2010 dos 50 produtos mais exportados por SC em 2011 .............98
6.10 Produtos com maior potencial exportador no mercado mundial .....................................................................................................100
6.11 Questionário Aplicado na Pesquisa ........................................................................................................................................................................104
6.12 Listagem das Empresas Participantes da Pesquisa .......................................................................................................................................108
Lista de siglasBACEN - Banco Central do Brasil
BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
CEI – Comunidade dos Estados Independentes
FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
FUNCEX – Fundação Estudos de Comércio Exterior
MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
OMC – Organização Mundial do Comércio
ONU – Organização das Nações Unidas
SECEX – Secretaria de Comércio Exterior
SH – Sistema Harmonizado
UNCTAD – Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento
4 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Apresentação
A “Análise do Comércio Internacional Catarinense” apresenta a trajetória e as transformações
ocorridas no comércio internacional de Santa Catarina nos últimos dez anos, além de examinar
o cenário recente e as perspectivas da economia mundial para os próximos anos.
Abordando questões contemporâneas de forma aprofundada, com base em estatísticas de
importação e exportação de bens no comércio global e em informações obtidas diretamente
junto ao setor empresarial de Santa Catarina, a publicação tem o objetivo de contribuir para
uma reflexão a respeito da necessidade de um redirecionamento das estratégias de interna-
cionalização das empresas do Estado, visando ao melhor posicionamento da indústria catari-
nense nesse mercado.
Espera-se que a presente publicação possa auxiliar as decisões das indústrias que operam
nesses mercados, proporcionando-lhes melhores condições de competitividade em um am-
biente cada vez mais desafiador. Ao mesmo tempo, a FIESC utilizará os principais resultados e
conclusões da publicação para buscar, junto às entidades intervenientes do comércio exterior
brasileiro, soluções para os entraves que vêm prejudicando o processo de internacionalização
do setor produtivo catarinense.
Trabalhando com propósitos bem definidos, poderemos avançar em uma agenda que resul-
tará em perspectivas mais promissoras para o comércio internacional de Santa Catarina, no
médio e longo prazos.
Glauco José CôrtePRESIDENTE DO SISTEMA FIESC
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6 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Santa Catarina se tornou um estado diferenciado graças à força de sua indústria. À exceção de
Amazonas, que conta com a Zona Franca de Manaus, Santa Catarina é o estado brasileiro com
maior participação da indústria de transformação na composição do Produto Interno Bruto
(PIB)1. Com apenas 1% da área brasileira e cerca de 3% da população, o estado gera 4,0% do
PIB nacional. Diversificada e bem distribuída por todas as regiões do estado, a indústria foi
determinante para oferecer aos catarinenses a melhor qualidade de vida do país. O Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de Santa Catarina é o mais elevado dentre os estados da Fe-
deração, ficando atrás somente do Distrito Federal, que possui características socioeconômicas
diferenciadas. A participação relevante de Santa Catarina no comércio internacional teve papel
determinante para a construção desse cenário.
A indústria catarinense começou a desenvolver seu perfil exportador nos anos 1970, quando
as exportações do estado representavam 2% do total nacional. Mas foi nos anos 80, a “década
perdida” do Brasil, quando o país enfrentava recessão econômica associada à inflação, que
a indústria de Santa Catarina vislumbrou oportunidades no mercado externo. Por conta do
empreendedorismo e do arrojo que são típicos do empresário catarinense, associados a um
eficiente trabalho de prospecção e abertura de novos mercados realizado com o suporte
de entidades públicas e privadas, como o próprio Sistema FIESC, a indústria deu um grande
passo no comércio mundial. Terminada a “década perdida”, Santa Catarina respondia por 6%
das vendas externas brasileiras. Sua pauta de exportações ficou muito mais diversificada.
Além de artigos têxteis e alimentícios, foram incluídos produtos como motocompressores,
papel kraft, pisos e azulejos, refrigeradores e calçados na pauta exportadora do estado. Mais
de 70% dos produtos exportados por Santa Catarina nesse período eram industrializados
ou semi-industrializados.
A inserção internacional de Santa Catarina foi fundamental para que suas indústrias – muitas
delas já de classe mundial – enfrentassem o processo de abertura comercial dos anos 90. A
queda de barreiras alfandegárias a produtos importados impactou fortemente vários setores
industriais brasileiros. As empresas que se mantiveram no mercado obtiveram ganhos de pro-
dutividade, incorporaram avanços tecnológicos, investiram em inovação e se tornaram mais
ágeis e flexíveis. A indústria catarinense atingiu um padrão de categoria mundial, o que per-
mitiu sua integração às novas cadeias produtivas globais que se organizavam. Suas principais
empresas mostravam-se aptas para a competição tanto com produtos importados em terri-
tório nacional quanto no exterior.
A chegada do século 21, entretanto, trouxe uma significativa mudança de cenário para o seg-
mento industrial do estado. A economia brasileira cresceu baseada no aumento do consumo
das famílias, porém a indústria não foi necessariamente beneficiada. Em decorrência do câm-
bio apreciado e da falta de competitividade sistêmica oriunda do “Custo Brasil”, o país ampliou
consideravelmente as importações de bens de consumo sem que a indústria nacional pudes-
1 32,8% em 2009, incluindo indústria de transformação, construção, geração e distribuição de energia, água e saneamento; excluindo indústria extrativa
1. Contextualização
7
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
SISTEMA FIESC
Contextualização
se, em muitos casos, competir em igualdade de condições. Daí decorre, em grande parte, o
tão discutido fenômeno da “desindustrialização”, que é a diminuição do peso da indústria na
formação total de riquezas do país. O equilíbrio das contas externas do período foi garantido
pela formidável elevação da exportação de commodities minerais e agrícolas, cuja demanda
foi puxada pelo acelerado crescimento da China.
Nesse cenário, Santa Catarina sofreu as consequências do novo arranjo econômico vigente.
Sendo um dos estados mais industrializados do país e sem contar com alta produção de com-
modities exportáveis, as possibilidades de aumento das vendas externas tornaram-se mais li-
mitadas. Aliado a isso, o baixo crescimento mundial decorrente da crise financeira global de
2008 e 2009 encolheu ainda mais as oportunidades em mercados consumidores de produtos
catarinenses, particularmente na União Europeia e nos Estados Unidos.
Mesmo com as dificuldades que os exportadores têm encontrado nos últimos anos, o novo
arranjo econômico global traz uma série de novas oportunidades de negócios. Se os merca-
dos tradicionais de Santa Catarina estão com suas economias estagnadas, há outros países em
processo de crescimento. Se alguns dos produtos catarinenses têm menores condições de
competitividade no exterior, outros produtos podem ser explorados para conquistar clientes
estrangeiros. Se há dificuldades em se lidar com a competição de produtos asiáticos, pode-
-se buscar concretizar mais negócios em países dessa região, muitos dos quais estão em as-
censão econômica. A Ásia não possui somente um grande mercado consumidor, mas suas
empresas também ofertam máquinas para modernizar o parque fabril catarinense e insumos
para agregar valor às nossas indústrias, além da possibilidade de complementação de linhas
de produção – o que já está sendo feito por algumas das mais bem-sucedidas empresas de
Santa Catarina da atualidade.
Esta publicação, realizada de modo pioneiro pelo Sistema FIESC, pretende apontar alguns des-
ses caminhos. Ao fazer uma análise aprofundada do comércio exterior, considerando uma série
histórica de 10 anos e um grande número de países e produtos, busca-se apresentar um mapa
das transformações do comércio internacional catarinense da última década. Com base nes-
sas informações, o industrial do estado poderá vislumbrar oportunidades em novos mercados
e/ou em novos nichos de negócios.
Além da análise histórica do comércio internacional de Santa Catarina, a FIESC ampliou o escopo
de seu tradicional “Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense”, que anualmente apresentava
resultados de pesquisas realizadas com empresas exportadoras do estado sobre a evolução
e o desempenho no comércio exterior. Com novas e mais profundas questões, que remetem
ao período estudado neste documento, o Diagnóstico foi aqui incorporado, permitindo uma
abrangente visão dos desafios e oportunidades existentes para a indústria catarinense no ce-
nário mundial. Além de servir de orientação às empresas, espera-se que esta publicação contri-
bua para a formulação de políticas públicas destinadas ao fomento do comércio internacional
brasileiro e, particularmente, de Santa Catarina.
8 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
2. Cenário Internacional
Uma década de mudanças
Desde o início do século 21 o mundo viveu uma notável expansão do comércio internacional. Entre 2001 e 2011 o volume
de exportações globais triplicou, saindo da casa dos US$ 6 trilhões para US$ 18 trilhões. Números semelhantes ilustram
a evolução das importações mundiais. O crescimento do comércio foi superior ao crescimento do Produto Interno Bruto
global no período, quando este praticamente dobrou, chegando a US$ 70 trilhões em 2011.
Nesse contexto de “boom” comercial, os países em desenvolvimento, liderados pelos chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia
e China), ganharam peso econômico global ao longo do período, provocando mudanças nos padrões do comércio inter-
nacional. Entre 1995 e 2010, a participação do conjunto dos países emergentes no volume do comércio mundial aumen-
tou de 28,5% para 41,2%. No caso específico dos BRICs, o Brasil se firmou como um importante fornecedor mundial de
alimentos, a Rússia de fontes de energia, a Índia de bens intensivos em mão de obra e a China de bens de alta tecnologia.
Importando e exportando mais, o grupo de países elevou sua riqueza absoluta e relativa. Em 2010, os BRICs eram respon-
sáveis por 16% da riqueza gerada no mundo, contra uma participação no PIB global de 8% na década anterior. Nesse ritmo,
entre 2002 e 2011, a China passou de quinto maior exportador mundial de mercadorias para a primeira posição, deixando
para trás os Estados Unidos. No caso das importações, a China galgou da sexta para a segunda posição, passando a deter
quase 10% das importações globais. A Rússia passou da 17ª para a 9ª posição entre os exportadores no período, enquanto
a Índia evoluiu da 31ª posição para a 19ª. Já o Brasil terminou 2011 como o 22° maior exportador mundial.
Foi o bloco dos chamados países em desenvolvimento que garantiu a atenuação da crise econômica global iniciada em
2008. Tais países mostraram-se mais resistentes à crise e dão sinais de que sua importância no comércio mundial tende a
aumentar. Em 2011, lideraram a recuperação da demanda externa, contribuindo com metade do crescimento da importa-
ção mundial, em comparação com 43% em média nos três anos anteriores à crise.
A fraqueza acentuada da demanda de importações dos países desenvolvidos na sequência do colapso em 2008-2009 sur-
ge de um declínio de uma década de sua predominância no comércio internacional. Entre 1995 e 2010, a sua quota de
valor no comércio mundial de mercadorias declinou de 69% para 55%, enquanto que a dos países em desenvolvimento
aumentou de 29% para 41%.
9SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Ganhos e perdas nas participações do comércio internacional de mercadorias (%)1
Paísesdesenvolvidos
Países emdesenvolvimento
Economiasem transição
Economiasemergentes2
China Índia
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1995 2000 2007 2010
Fonte: Nações Unidas/DESA, 20121 Participação do total das exportações e importações nas exportações e importações mundiais2 Inclui Brasil, China, Índia, México, República da Coreia, Rússia e África do Sul
Durante este período de quinze anos, a participação da China sozinha aumentou quatro vezes – de 2,6% para cerca de 10%.
No mesmo período, a quota de mercado da América Latina e Caribe aumentou de 4,5% para 5,9%. O valor das exportações
de mercadorias da África subiu de US$ 100 bilhões em 1995 para US$ 560 bilhões em 2010, enquanto sua participação no
comércio mundial melhorou modestamente, de 2% para 3,2%.
Os padrões de mudança de comércio estão associados ao rápido crescimento industrial de uma gama de países em de-
senvolvimento. Mover-se da agricultura e de outros bens de produção primária para a manufatura tende a aumentar a
intensidade de importação da produção. Tome-se mais uma vez o caso da China, que ao longo da primeira década do
século 21 obteve uma taxa anual de crescimento do PIB próxima a 10%. Para sustentar o crescimento da infraestrutura e
da produção industrial, o país importa grandes quantidades de insumos, como minério de ferro e combustíveis. Tirando
milhões de pessoas da pobreza todos os anos, necessita importar alimentos. Na outra ponta, tornou-se em 2010 a maior
potência manufatureira do planeta, superando os Estados Unidos.
Além disso, o comércio global cada vez mais envolve cadeias de valor em diferentes localizações geográficas, contribuin-
do com várias partes para os processos de produção. Tais padrões de mudança no comércio, bem como o aumento da
demanda por produtos primários das economias em rápido crescimento, reforçou o comércio Sul-Sul, conforme verifica-
-se na figura a seguir.
Cenário Internacional
10 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Cotas bilaterais de economias desenvolvidas (Norte) e em desenvolvimento (Sul)1 nas exportações
mundiais, 1995 e 2010 (%)
Norte-Norte Norte-Sul2 Sul-Norte3 Sul-Sul
60
50
40
30
20
10
0
1995 2010
Fonte: Cálculos do Secretariado da UNCTAD, baseado no UN Comtrade1 Economias desenvolvidas (Norte) e economias em desenvolvimento (Sul) são baseadas na classificação de país da UNCTAD2 Exportações do Norte para o Sul3 Exportações do Sul para o Norte
O Comércio Sul-Sul aumentou a uma taxa de 13,7% por ano entre 1995 e 2010, bem acima da média mundial de 8,7%. No
mesmo período, as exportações de mercadorias do Sul para o Norte aumentaram 9,5% ao ano.
Entretanto, enquanto a demanda de importação recente na maioria dos países em desenvolvimento manteve-se vigorosa,
apenas alguns desses países conseguiram subir na cadeia de valor global e diversificar sua base de exportação para atender
a mercados anteriormente dominados pelas economias desenvolvidas.
Termos voláteis do comércio
O comércio afeta a renda nacional através de três fatores: os preços das exportações, os preços das importações e o volume
de demanda. Os termos internacionais de comércio (definidos como a razão do preço médio de exportação e os índices de
preços de importação) fornecem uma medida sintética das relativas mudanças de preços ao longo do tempo. Estimativas
preliminares para 2011 sugerem que os termos de troca das economias exportadoras de minérios e de petróleo continu-
aram sua recuperação a partir da queda nos preços de exportação ocorrida em 2009.
Cenário Internacional
11SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Termos de comércio de grupos selecionados de países, por estrutura exportadora, 2000-2013Indicador: 2000=100
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
240
220
200
180
160
140
120
100
80
60
Exportadores de petróleo Exportadores de minérios Exportadores de produtos agrícolas Exportadores de produtos manufaturados
Fonte: UNCTAD/Stat e Nações Unidas/DESA, 2012
Exportadores de minérios, incluindo petróleo, têm visto grandes choques de preços dramaticamente desde 2007. Ainda assim,
os preços do mercado mundial desses produtos parecem estar em uma tendência de alta no longo prazo. Em contraste, os
termos do comércio para as economias que predominantemente exportam bens manufaturados se deterioraram na média.
Economias com uma especialização mais diversificada de exportação enfrentaram choques de comércio mais suaves nos
últimos três anos e também têm receitas de exportação e níveis de demanda de importação mais estáveis, permitindo o
crescimento mais estável da produção. Um padrão semelhante é observado em países especializados na exportação de
manufaturados, que, apesar de terem sofrido um declínio em seus termos de comércio, também têm visto um crescimento
constante da demanda em suas exportações.
2.1 A economia mundial e o comércio internacional em 2011
De acordo com a Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento - UNCTAD - a economia mundial ainda
está em processo de recuperação da crise financeira recente. A taxa de crescimento da produção mundial caiu para 2,4%
em 2011, mais baixa que a taxa de 3,8% no ano anterior. A economia global foi afetada pela crise da dívida soberana em
curso na Europa, por interrupções na cadeia de fornecimento em virtude de desastres naturais no Japão e na Tailândia e
por conflitos nos países árabes. O ritmo de expansão ficou bem abaixo da média de 3,2% verificada ao longo dos 20 anos
que antecederam a crise financeira mundial de 2008.
Cenário Internacional
12 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Evolução anual do PIB e de comércio de mercadorias por região (%)
PIB Exportações Importações
2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011
Mundial -2,6 3,8 2,4 -12,0 13,8 5,0 -12,9 13,7 4,9
América do Norte -3,6 3,2 1,9 -14,8 14,9 6,2 -16,6 15,7 4,7
Estados Unidos -3,5 3,0 1,7 -14,0 15,4 7,2 -16,4 14,8 3,7
Américas do Sul e Central 1 -0,3 6,1 4,5 -8,1 5,6 5,3 -16,5 22,9 10,4
Europa -4,1 2,2 1,7 -14,1 10,9 5,0 -14,1 9,7 2,4
União Europeia -4,3 2,1 1,5 -14,5 11,5 5,2 -14,1 9,5 2,0
Comunidades dos Estados
Independentes (CEI)-6,9 4,7 4,6 -4,8 6,0 1,8 -28,0 18,6 16,7
África 2,2 4,6 2,3 -3,7 3,0 -8,3 -5,1 7,3 5,0
Oriente Médio 1,0 4,5 4,9 -4,6 6,5 5,4 -7,7 7,5 5,3
Ásia -0,1 6,4 3,5 -11,4 22,7 6,6 -7,7 18,2 6,4
China 9,2 10,4 9,2 -10,5 28,4 9,3 2,9 22,1 9,7
Japão -6,3 4,0 -0,5 -24,9 27,5 -0,5 -12,2 10,1 1,9
Índia 6,8 10,1 7,8 -6,0 22 16,1 3,6 22,7 6,6
Economias recém-industrializadas2 -0,6 8,0 4,2 -5,7 20,9 6,0 -11,4 17,9 2,0
Nota: Economias desenvolvidas -4,1 2,9 1,5 -15,1 13,0 4,7 -14,4 10,9 2,8
Nota: Países em desenvolvimento e CEI 2,2 7,2 5,7 -7,4 14,9 5,4 -10,5 18,1 7,9
Fonte: Secretariado da OMC, 20121 Inclui o Caribe2 Hong Kong, China, República da Coreia e Taiwan
Os problemas presentes na economia global são múltiplos e interligados. Os desafios mais prementes a serem enfrentados
são a contínua crise no emprego e perspectivas do crescimento econômico em declínio, especialmente nos países desen-
volvidos. Como o desemprego permanece elevado, em cerca de 9%, e com os rendimentos estagnados, a recuperação é
lenta no curto prazo, devido à falta de demanda agregada.
A economia em rápido desaquecimento tem sido tanto uma causa como um efeito da crise da dívida soberana na zona
do euro e dos problemas fiscais em outros países. A crise da dívida em vários países europeus piorou ainda mais em 2011
e agravou deficiências já existentes no setor bancário. As medidas de austeridade fiscal tomadas em resposta estão enfra-
quecendo ainda mais o crescimento e as perspectivas de emprego, tornando o ajuste fiscal e a reparação do balanço do
setor financeiro ainda mais desafiadores.
A economia dos Estados Unidos também está enfrentando um elevado e persistente nível de desemprego, o abalo da
confiança das empresas e do consumidor e a fragilidade do setor financeiro. A União Europeia (UE) e os Estados Unidos
são as duas maiores economias do mundo, que estão profundamente entrelaçadas. Seus problemas podem facilmente se
retroalimentar e levar a outra recessão mundial. Os países em desenvolvimento, que se recuperaram fortemente da reces-
são global de 2009, seriam atingidos através dos canais de comércio e financeiro.
Além dos problemas nos Estados Unidos e União Europeia, o Japão enfrentou contração de 0,5% na produção em 2011, em
função do terremoto catastrófico de março de 2011. Tudo somado, o crescimento das economias desenvolvidas em 2011
foi de tímidos 1,5%. O crescimento do PIB nos Estados Unidos foi ligeiramente superior à média: ficou em 1,7%, enquanto
o incremento na União Européia esteve em linha com a média de 1,5%.
Os grandes e persistentes desequilíbrios externos na economia global que se desenvolveram na última década continu-
am a ser um ponto de preocupação para os formuladores de políticas. Na prática, depois de um estreitamento substancial
Cenário Internacional
13SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
durante a Grande Recessão, os desequilíbrios externos das principais economias foram estabilizados em cerca de metade
do nível de pico pré-crise (em relação ao PIB) no período 2010-2011.
Os Estados Unidos continuaram sendo a maior economia deficitária, embora o déficit tenha caído substancialmente des-
de o pico registrado em 2006. Os superávits externos na China, Alemanha, Japão e um grupo de países exportadores de
petróleo, que formam a contrapartida do déficit dos Estados Unidos, estreitaram-se, embora em graus variados. Enquanto
o excedente da Alemanha manteve-se em cerca de 5% do PIB em 2011, a conta corrente na zona do euro como um todo
praticamente manteve-se em equilíbrio. Grandes excedentes, em relação ao PIB, foram ainda encontrados em países ex-
portadores de petróleo, atingindo 20% ou mais do PIB em alguns dos países exportadores de petróleo na Ásia Ocidental.
A maioria das economias desenvolvidas está sofrendo de impasses persistentes resultantes da crise financeira global. Os
bancos e as famílias ainda estão em processo de desalavancagem, o que está segurando o fornecimento de crédito. Os
déficits orçamentários e a dívida pública aumentaram, principalmente, por causa da crise e, em menor grau, em virtude
do estímulo fiscal. As políticas monetárias permanecem ajustadas com o uso de várias medidas não convencionais, mas
perderam a sua eficácia, devido à contínua fragilidade do setor financeiro e altos níveis de desemprego persistentes, que
estão segurando a demanda do consumidor e a de investimentos. Preocupações com altos níveis da dívida pública têm
levado os governos a agir com austeridade fiscal, o que deprime ainda mais a demanda agregada.
Os problemas econômicos em muitas nações desenvolvidas são um fator importante por trás da desaceleração nos países
em desenvolvimento. O PIB do Brasil, por exemplo, cresceu 3,7% em 2011, apenas metade da forte recuperação de 7,5%
em 2010. Países de baixa renda também têm experimentado desaceleração, ainda que leve. Em termos per capita, o cres-
cimento da renda desacelerou de 3,8% em 2010 para 3,5% em 2011.
Ainda assim, os países em desenvolvimento foram os que exibiram melhores resultados em 2011. As regiões de maior
crescimento foram o Oriente Médio (4,9%), seguido pela Comunidade dos Estados Independentes (4,6%) e pelas Américas
Central e do Sul (4,5%). O crescimento do PIB da África, de 2,3%, poderia ter sido maior se não tivessem ocorrido conflitos
na Líbia, na Tunísia, no Egito e em outros países da região.
Mais uma vez, o crescimento do PIB da China ultrapassou o do resto do mundo, atingindo 9,2%, mas o valor não foi supe-
rior ao que o país alcançou no pico da crise financeira global em 2009. Em contraste a esse desempenho, as economias
recém-industrializadas de Hong Kong, China, República da Coreia, Cingapura e Taiwan cresceram a menos da metade do
índice da China (4,2%). As economias em desenvolvimento e a Comunidades dos Estados Independentes juntas registra-
ram um aumento de 5,7% em 2011.
Economias com maiores crescimentos em 2011 (%)
Oriente Médio 4,9
CEI 4,6
Américas Central e do Sul 4,5
China 9,2
Economias com menores crescimentos em 2011 (%)
Japão -0,5
EUA 1,7
União Europeia 1,5
Fonte: Secretariado da OMC, 2012
Cenário Internacional
14 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Comércio Internacional
A recuperação do comércio mundial foi tão vigorosa em 2010 como tinha sido seu declínio em 2009. Em 2011, no entanto,
perdeu grande impulso. O crescimento do volume de comércio mundial desacelerou de 13,8% em 2010 para 6,6% no ano
passado. Um crescimento mais fraco da economia mundial, especialmente entre as economias desenvolvidas, é o principal
fator por trás da desaceleração. A figura a seguir mostra a relação entre o crescimento do volume de mercadorias transa-
cionadas e o crescimento do PIB mundial.
Variação do comércio mundial de mercadorias (volume) e do PIB (%)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
15
10
5
0
-5
-10
-15
Exportações PIB
Crescimento médio das exportações1991-2011
Crescimento médio do PIB1991 -2011
Fonte: Secretariado da OMC, 2012
A desaceleração do crescimento tanto do comércio quanto do produto mundial tinha sido prevista para 2011, mas diver-
sos acontecimentos durante o ano – no Japão, na Tailândia e no norte da África, por exemplo – prejudicaram ainda mais a
economia e o comércio mundial. Adicionalmente, a evolução negativa do PIB da União Europeia reduziu a demanda por
mercadorias importadas no quarto trimestre do ano, quando a crise da dívida soberana do euro veio à tona. Como resul-
tado, o crescimento global das exportações ficou abaixo da previsão inicial da OMC, de 5,8%.
O crescimento do comércio mundial de mercadorias em 2011 esteve abaixo da média de 6% na pré-crise entre 1990-2008,
e foi inferior à média dos últimos 20 anos, incluindo o período de colapso do comércio (5,4%). Como resultado, o volume
do comércio esteve ainda mais longe de sua tendência de pré-crise ao final de 2011 do que foi no ano anterior. Na ver-
dade, essa diferença deve continuar a aumentar na medida em que taxa de expansão comercial estiver aquém dos níveis
anteriores, como demonstra a figura a seguir.
Cenário Internacional
15SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Volume das exportações mundiais de mercadorias (índice 1990=100)400
350
300
250
200
150
100
50
Volume de exportações Tendência (1990-2008)
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: Secretariado da OMC, 2012
Flutuações significativas da taxa de câmbio ocorreram durante 2011, o que mudou as posições competitivas de alguns
grandes players mundiais e resultou em novas políticas em países como Suíça e Brasil. As flutuações foram conduzidas, em
grande parte, por atitudes de risco relacionadas à crise da dívida soberana do euro. O valor do dólar americano caiu 4,6%
em termos nominais, contra uma cesta ampla de moedas, de acordo com dados do Federal Reserve, e 4,9 % em termos reais,
de acordo com o Fundo Monetário Internacional, tornando os produtos norte-americanos, em geral, menos caros para a
exportação. A depreciação nominal do dólar também teria inflado o valor em dólares de algumas transações internacionais.
O valor total em dólares das exportações mundiais de mercadorias avançou 19%, para US$ 18,2 trilhões em 2011, como
demonstra a tabela abaixo. Esse aumento foi quase tão grande quanto o incremento de 22% em 2010. Ele foi impulsiona-
do em grande parte pelo aumento dos preços das commodities primárias. As exportações de serviços comerciais também
cresceram, a uma taxa de 11% em 2011, alcançando US$ 4,1 trilhões.
Exportações mundiais em 2011 e evolução anual
2011US$ bilhões
2009%
2010%
2011%
2005-11% média
Mercadorias 18.217 -22 22 19 10Serviços comerciais 4.149 -11 10 11 9Transporte 855 -23 15 8 7Viagem 1.063 -9 9 12 7Outros serviços comerciais 2.228 -7 8 11 10
Fonte: Secretariado da OMC para Mercadorias e Secretariado da OMC e da UNCTAD para Serviços comerciais, 2012
Os preços das commodities aumentaram, mas continuam altamente voláteis. Para muitas commodities, a tendência de su-
bida dos preços, que começou em junho de 2010, estendeu-se em 2011. Após atingir o pico durante a primeira metade
do ano, os preços diminuíram ligeiramente. No entanto, no caso do petróleo, metais, matérias-primas agrícolas e bebidas
tropicais, os níveis de preço médio para o ano de 2011 como um todo ultrapassaram as médias recordes atingidas em 2008.
Exportadores de commodities que se beneficiaram da melhoria das condições de comércio nos dois últimos anos perma-
necem expostos a pressões de redução de preços, o que pode ser significativamente amplificado pela especulação finan-
ceira em caso de uma recessão.
Cenário Internacional
16 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
O comércio de serviços, por sua vez, está refletindo a evolução do comércio de mercadorias. Em 2010, o comércio de ser-
viços voltou a um crescimento positivo em todas as regiões e grupos de países, especialmente nos países em desenvolvi-
mento, particularmente naqueles menos desenvolvidos. Como o comércio de serviços mostrou menor sensibilidade para
a crise financeira em comparação com o comércio de mercadorias, sua recuperação também foi menos pronunciada em
2010 e 2011. Os países em desenvolvimento continuam sendo importadores líquidos de serviços, mas seu papel como ex-
portadores de serviços está crescendo continuamente, especialmente nos setores de transporte e turismo.
Durante a crise, o volume de importação dos países em desenvolvimento caiu para cerca de 13% abaixo da tendência, mas
recuperou-se fortemente e quase totalmente com a tendência de rápido crescimento experimentada no início dos anos
2000, como mostra a figura a seguir.
Tendências divergentes no crescimento das importações mundiais, 2002-2013
2002 2003 2004 2005 2006
300
250
200
150
100
2007 2008 2009 2010 2011 20121 20132
Tendências dos países em desenvolvimento(2001-2007)
Nível de importações dospaíses em desenvolvimento(2001=100)
Tendências dos países desenvolvidos(2001-2007)
Nível de importaçõesdos países desenvolvidos(2001=100)
Fonte: Nações Unidas/DESA, 20121 Parcialmente estimado2 Projeções
Entre as regiões em desenvolvimento, o Leste e o Sul da Ásia lideraram a recuperação da demanda externa, respondendo
por cerca de três quartos do crescimento das importações das economias em desenvolvimento em 2010, seguidas pela
América Latina e Caribe, responsáveis por 17%; a Ásia Ocidental e a África contribuíram com cerca de 7% e 2%, respecti-
vamente. A China continua a ser o principal motor do crescimento das importações entre os países em desenvolvimento,
representando 37% do crescimento das importações de todos os países em desenvolvimento em 2010.
A recuperação abaixo da tendência do comércio mundial é quase totalmente explicada pela fraca demanda de importações
nas economias desenvolvidas. A demanda de importação caiu para 21% abaixo da tendência até 2009 e não se recuperou
depois. Espera-se que essa diferença aumente ainda mais, para 30% até 2013.
Os cinco maiores exportadores de mercadorias em 2011 foram a China, os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão e a Holanda.
Os principais importadores foram os Estados Unidos, a China, a Alemanha, o Japão e a França. A tabela a seguir apresenta
as exportações e importações dos principais países no cenário mundial, e sua participação no comércio global.
Cenário Internacional
17SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Principais exportadores e importadores de mercadorias em 2011
Pos. ExportadoresUS$
bilhõesPartic.*
%Variação
anual (%)Pos. Importadores
US$ bilhões
Partic.*%
Variação anual (%)
1 China 1.899 10,4 20 1 Estados Unidos 2.265 12,3 15
2 Estados Unidos 1.481 8,1 16 2 China 1.743 9,5 25
3 Alemanha 1.474 8,1 17 3 Alemanha 1.254 6,8 19
4 Japão 823 4,5 7 4 Japão 854 4,6 23
5 Holanda 660 3,6 15 5 França 715 3,9 17
6 França 597 3,3 14 6 Reino Unido 636 3,5 13
7 República da Coreia 555 3 19 7 Holanda 597 3,2 16
8 Itália 523 2,9 17 8 Itália 557 3 14
9 Federação Russa 522 2,9 30 9 República da Coreia 524 2,9 23
10 Bélgica 476 2,6 17 10 Hong Kong, China 511 2,8 16
Importações retidas 130 0,7 16
11 Reino Unido 473 2,6 17 11 Canadá1 462 2,5 15
12 Hong Kong, China 456 2,5 14 12 Bélgica 461 2,5 17
Exportações domésticas 17 1,1 14
Re-exportações 439 2,4 14
13 Canadá 452 2,5 17 13 Índia 4.513 2,5 29
14 Cingapura 410 2,2 16 14 Cingapura 366 2 18
Exportações domésticas 224 1,2 23 Importações retidas2 180 2 18
Re-exportações 186 1 10
15 Reino da Arábia Saudita 365 2 45 15 Espanha 362 2 11
TOTAL ACIMA3 12.032 66,9 - TOTAL ACIMA3 16.130 67,1 -
MUNDIAL 18.215 100 19 MUNDIAL 18.380 100 191 Importações em valores FOB2 As importações retidas em Cingapura significam importações menos re-exportações3 Incluem re-exportações ou importações para re-exportação substanciais
* Participação no total mundial.
Fonte: Secretariado da OMC, 2012
O quadro abaixo mostra os países que tiveram maiores crescimentos e quedas no comércio internacional em 2011:
Exportações com maiores crescimentos (%)
Índia 16,1
China 9,2
EUA 7,2
Exportações em declínio (%)
África -8,3
Japão -0,5
Filipinas -14,3
Importações com maiores crescimentos (%)
China 9,7
Índia 6,6
Importações em declínio (%)
Grécia em torno de -20
Taiwan em torno de -3
Fonte: Secretariado da OMC, 2012
Quanto ao comércio por grandes regiões do globo, o valor das exportações de mercadorias da América do Norte aumentou
16%, enquanto as importações cresceram 15%. Na Europa, as taxas foram parecidas: 17%, tanto para exportações quanto
para importações.
Cenário Internacional
18 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
No mesmo patamar ficaram as exportações da Ásia, que detém quase um terço do comércio mundial. Suas vendas exter-
nas cresceram 18% e as importações, 23%. A África cresceu 17% e 18% nas exportações e importações, respectivamente.
Já as outras regiões tiveram taxas de crescimento comercial em patamar superior. As exportações das Américas do Sul e
Central avançaram 27%, impulsionadas por aumentos nos preços de produtos primários, enquanto as importações au-
mentaram 24%. Na Comunidade dos Estados Independentes – CEI – o motor das exportações foi o aumento nos preços
de energia. As exportações e importações cresceram, respectivamente, 34% e 30%. O aumento dos preços de petróleo
fizeram as exportações do Oriente Médio elevarem-se 37% em 2011.
Vale ressaltar que a participação das economias em desenvolvimento e da Comunidade dos Estados Independentes no
total mundial subiu para 47% no lado das exportações e 42% no lado das importações, os maiores níveis já registrados em
uma série de dados que remonta a 1948.
O mapa a seguir resume as variações e a participação no comércio internacional das grandes regiões do globo.
Exportações e importações de mercadorias por região em 2011
AMÉRICA DO NORTEExportações
Importações
EUROPAExportações
Importações
AMÉRICAS DO SUL E CENTRAL Exportações
Importações
ÁFRICAExportações
Importações
COMUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES Exportações
Importações
ÁSIAExportações
Importações
ORIENTE MÉDIOExportações
Importações
Fonte: Secretariado da OMC, 2012
2.2 Perspectivas da economia mundial
O cenário adotado como base pelas Nações Unidas para as pesrpectivas da economia é relativamente positivo, uma vez
que assume como premissa um conjunto de condições otimistas, incluindo o pressuposto de que a crise da dívida sobe-
rana na Europa será circunscrita a uma ou algumas poucas pequenas economias e que os problemas da dívida podem ser
trabalhados de forma mais ou menos ordenada. O Anexo 6.1 deste estudo contém uma explicação a respeito dos pressu-
postos assumidos pelas Nações Unidas para as estimativas do cenário-base para 2012 e 2013.
Cenário Internacional
19SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
O cenário-base ainda assume que as políticas monetárias entre os principais países desenvolvidos permanecerão flexíveis,
enquanto a mudança para a austeridade fiscal na maioria deles não deverá envolver cortes mais profundos. O cenário tam-
bém indica que os preços das commodities-chave deverão cair ligeiramente, enquanto as taxas de câmbio entre as princi-
pais moedas flutuarão em torno dos níveis atuais, sem tornar esse tema ameaçador.
No cenário-base da ONU, o crescimento do PIB mundial atingirá 2,6% em 2012 e 3,2% em 2013. De qualquer maneira, isso
implica um rebaixamento significativo (em um ponto percentual) a partir da previsão inicial em meados de 2011, mas está
em linha com o cenário pessimista colocado ao final de 2010. A desaceleração já foi visível em 2011, quando a economia
global cresceu estimados 2,4%, ante os 3,8% alcançados em 2010.
Crescimento previsto do PIB mundial (%)
2006
5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
2007 2008 2009 2010 2011 20121 20132
Cenário otimista
Cenário-base
Cenário pessimista
4,1 4,0
1,5
-2,4
4,0
2,8
0,5
2,63,9
4,0
3,2
2,2
Fonte: Nações Unidas/DESA, 20121 Estimativas2 Previsões das Nações Unidas
Os países em desenvolvimento e as economias em transição deverão continuar impulsionando o crescimento da econo-
mia mundial, com um incremento médio de 5,6% em 2012 e 5,9% em 2013, no cenário-base. Esses números estão bem
abaixo do ritmo de 7,5% alcançado em 2010, quando o crescimento da produção entre as maiores economias emergentes
na Ásia e América Latina, como Brasil, China e Índia, tinha sido particularmente robusto.
Estima-se que o crescimento do PIB da China e da Índia mantenha-se em nível alto, mas em desaceleração. Na China, o
crescimento abrandou de 10,4% em 2010 para 9,3% em 2011, e está projetado para ficar abaixo de 9% em 2012 e em 2013.
A economia da Índia deverá crescer entre 7,7 e 7,9 % em 2012 e, em 2013, abaixo dos 9% observados em 2010.
O Brasil e o México devem sofrer as desacelerações mais visíveis. A Organização das Nações Unidas – ONU – avalia que
o PIB brasileiro crescerá 2,7% em 2012, mas o desempenho da economia pode ser ainda menor que 2%, de acordo com
previsões mais recentes de mercado. A economia mexicana desacelerou de 5,8% em 2010 para 3,8% em 2011, e não deve
passar de 2,5% no cenário de referência para 2012.
Apesar da desaceleração global, os países mais pobres poderão ver o crescimento da renda média um pouco acima dessa
taxa em 2012 e 2013. O mesmo vale para o crescimento médio entre a categoria dos países menos desenvolvidos das Nações
Unidas. No entanto, o crescimento deverá manter-se abaixo de seu potencial na maior parte dessas economias. Em 2011 e
2012, o crescimento da renda per capita deverá atingir entre 2% e 2,5%, bem abaixo da média anual de 5% entre 2004 e 2007.
Cenário Internacional
20 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Crescimento previsto do PIB por grupos de países (%)
2006 2007 2008 2009 2010 2011 20121 20132
10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
Economias desenvolvidas Economias em transição Economias em desenvolvimento Economias menos desenvolvidas
Fonte: Nações Unidas/DESA, 20121 Estimativas2 Previsões das Nações Unidas
Cenários base e pessimista de crescimento do PIB em 2012 (%)
-4 -2 0 2 4 6 8 10
2012 Cenário pessimista 2012 Cenário-base
México
Brasil
Índia
China
África do Sul
Nigéria
Países em desenvolvimento
Rússia
Economias em transição
União Europeia
Japão
Estados Unidos
Economias desenvolvidas
Mundo
Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012
Cenário Internacional
21SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Evolução anual da produção mundial (%)
Diferença das previsões atuais em relação às previsões
de junho de 20114
2005-2008 1 2009 2010 2 20113 20123 20133 2011 2012
Mundo 3,3 -2,4 4,0 2,8 2,6 3,2 -0,5 -1,0
Economias desenvolvidas 1,9 -4,0 1,3 1,3 1,9 -0,7 -1,1
Estados Unidos 1,8 -3,5 3,0 1,7 1,5 2,0 -0,9 -1,3
Japão 1,3 -6,3 4,0 -0,5 2,0 2,0 -1,2 -0,8
União Europeia 2,2 4,3 2,0 1,6 0,7 1,7 -0,1 -1.2
Economias em transição 7,1 -6,6 4,1 4,1 3,9 4,1 -0,3 -0,7
Rússia 7,1 -7,8 4,0 4,0 3,9 4,0 -0,4 -0,7
Economias em desenvolvimento 6,9 2,4 7,5 6,0 5,6 5,9 -0,2 -0,6
África 5,4 0,8 3,9 2,7 5,0 5,1 0,9 0,4
China 11,9 9,2 10,4 9,3 8,7 8,5 0,2 -0,2
Índia 9,0 7,0 9,0 7,6 7,7 7,9 -0,5 -0,5
Brasil 4,6 -0,6 7,5 3,7 2,7 3,8 -1,4 -2,6
México 3,2 -6,3 5,8 3,8 2,5 3,6 0,1 -1,8
Fonte: Nações Unidas/DESA, 20121 Evolução (%) anual2 Dado real ou estimativa mais recente3 Previsões, baseadas em parte no Projeto LINK das Nações Unidas/DESA4 Publicação “Situação econômica mundial e perspectivas de meados de 2011”
Riscos e incertezas
A fragilidade nas políticas formuladas, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, para lidar com a crise do emprego e
evitar a escalada de problemas com a dívida soberana e com a fragilidade do setor financeiro, constitui o risco mais grave
para a economia global nas perspectivas para 2012-2013, com a possibilidade distinta de uma renovada recessão global.
As economias desenvolvidas estão à beira de uma espiral descendente impulsionada por quatro fraquezas que se reforçam
mutuamente: as incertezas causadas pela dívida soberana, frágeis setores bancários, fraca demanda agregada (associada
à elevada taxa de desemprego) e paralisia na política causada por impasses políticos e deficiências institucionais. Essas de-
ficiências já estão presentes, mas o agravamento de uma delas poderia desencadear um círculo vicioso que levaria a uma
grave crise financeira e a uma recessão econômica. Isso também afetaria seriamente mercados emergentes e outros países
em desenvolvimento.
As economias em desenvolvimento e as economias em transição provavelmente seriam negativamente afetadas. O impacto
iria variar de acordo com as ligações econômicas e financeiras desses países com as principais economias desenvolvidas. Pa-
íses asiáticos em desenvolvimento, particularmente os da Ásia Oriental, sofreriam principalmente através de uma queda em
suas exportações para as principais economias desenvolvidas, enquanto aqueles na África, América Latina e Ásia Ocidental,
juntamente com as principais economias em transição, seriam afetados pelo declínio dos preços das commodities primárias.
Comércio internacional
Por consequência de um fôlego pós-crise de 2009, o comércio internacional recuperou-se em 2010. Em 2011, entretanto,
o ritmo caiu para 5%. A Organização Mundial do Comércio – OMC – prevê uma nova desaceleração no volume de comér-
cio de mercadorias: 3,7% em 2012. Neste ano, as exportações deverão crescer 2% nos países desenvolvidos e 5,6% nas
Cenário Internacional
22 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
economias em desenvolvimento (incluindo a Comunidade dos Estados Independentes). No lado da importação, a OMC
está projetando 1,9% de crescimento para os países desenvolvidos e 6,2% para as economias em desenvolvimento e a CEI,
como apresenta a tabela abaixo.
Evolução anual do comércio mundial de mercadorias e do PIB – 2008-2013 (%)
2008 2009 2010 2011 2012* 2013*
Volume do comércio mundial
de mercadorias 2,3 -12,0 13,8 5,0 3,7 5,6
Exportação
- Economias desenvolvidas 0,9 -15,1 13,8 4,7 2,0 4,1
- Economias em desenvolvimento e CEI 4,2 -7,5 14,9 5,4 5,6 7,2
Importação
- Economias desenvolvidas -1,1 -14,4 10,9 2,8 1,9 3,9
- Economias em desenvolvimento e CEI 8,6 -10,5 18,1 7,9 6,2 7,8
PIB real a taxas de câmbio de mercado 1,3 -2,6 3,8 2,4 2,1 2,7
- Economias desenvolvidas 0,0 -4,0 2,8 1,5 1,1 1,8
- Economias em desenvolvimento e CEI 5,6 2,2 7,2 5,7 5,0 5,4
Fonte: Secretariado da OMC, 2012
* Os dados para 2012 e 2013 são projeções
As estimativas do comércio global da OMC assumem um crescimento do PIB mundial de 2,1% em 2012, com as economias
desenvolvidas avançando 1,1% e o resto do mundo crescendo a uma taxa de 5% ao ano. A projeção para 2013 assume
uma aceleração do crescimento global para 2,7%, com as economias desenvolvidas crescendo 1,8% e o resto do mundo
avançando 5,4%.
Os dados relativos a 2013 são estimativas baseadas em suposições sobre a trajetória de longo prazo do PIB e devem ser
interpretados com um grau adequado de cautela. Espera-se que o volume do comércio em 2013 se recupere, alcançando
uma expansão de 5,6% sobre 2012. As exportações de países desenvolvidos e em desenvolvimento devem aumentar em
4,1% e 7,2%, respectivamente. Do lado das importações, as economias desenvolvidas devem registrar um crescimento de
3,9%, enquanto as economias em desenvolvimento devem avançar 7,8%.
Mesmo com as hipóteses otimistas da linha de base, o comércio mundial continuaria evoluindo longe da tendência, con-
forme demonstra a figura a seguir. Neste cenário, o volume do comércio mundial estaria 30% abaixo do nível que poderia
ter sido alcançado se não houvesse a crise financeira global.
Cenário Internacional
23SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Crescimento abaixo da tendência do comércio mundial de mercadorias, 2002-2013
200620052002 2003 2004 2007 2008 2009 2010 2011 20121 20132
15
10
5
0
-5
-10
-15
240
220
200
180
160
140
120
100
Volume de importação
mundial (escala à esquerda)
% US$ trilhões
Crescimento da produção
mundial (escala à esquerda)
Tendência das importações mundiais
(escala à direita)
Nível das importações mundiais
(2001=100) (escala à direita)
Fonte: Nações Unidas/DESA, 20121 Parcialmente estimado2 Projeções
Uma razoável recuperação depende de uma conformação de fatos positivos. Um cenário concebível seria presenciar os
riscos da dívida soberana do euro sendo dissipados após a reestruturação ordenada da dívida do governo grego, e uma
economia mais forte dos EUA sustentando a demanda global e aumentando as exportações das economias emergentes
e em desenvolvimento. Isso levaria a um círculo virtuoso de melhoria das condições econômicas, com a consequente ex-
pansão do comércio.
No entanto, o panorama mais provável continua sendo de uma recessão moderada na Europa, um crescimento mais lento
nos países em desenvolvimento e recuperações moderadas nos Estados Unidos e no Japão.
Uma recessão mais profunda na zona do euro aumentaria os pagamentos de transferência social, privando os governos das
tão necessárias receitas e lançando dúvidas sobre a capacidade e a vontade dos países em saldar suas dívidas. Isso elevaria
os custos de empréstimos para países com finanças desafiadoras, o que poderia resultar em recessão.
Os preços ascendentes das commodities também constituem um fator de risco, mas seus efeitos distributivos são mais
ambíguos. Altos preços do petróleo, em particular, restringem a atividade econômica e estão associados a recessões nos
países importadores. No entanto, os preços flutuantes também aumentam as receitas de exportação dos produtores des-
ses recursos, que são desproporcionalmente economias emergentes e em desenvolvimento.
Cenário Internacional
24 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
ESTIMATIVAS PARA 2012
RISCOS PROVÁVEIS
CENÁRIO POSITIVO (menos provável)
2.3 O Brasil no comércio internacional
Conforme verifica-se na tabela e no gráfico a seguir, em 2011 o Brasil teve um saldo superavitário de US$ 29,7 bilhões, com
US$ 256 bilhões em exportações (crescimento de 26,8% em relação a 2010) e importações totalizando US$ 226,2 bilhões
(aumento de 24,5% no comparativo com 2010). A corrente de comércio (exportações + importações), por sua vez, totalizou
US$ 482,3 bilhões, valor 25,7% maior ao obtido em 2010.
O gráfico também demonstra que as importações vêm crescendo de forma mais acentuada que as exportações, ano após
ano, com exceção de 2009, em função da crise econômica e financeira internacional ocorrida naquele período. Ainda as-
sim, durante todos os anos analisados, a balança comercial brasileira tem se mantido superavitária, com um saldo recorde
em 2006, quando o superávit foi da ordem de US$ 46,5 bilhões.
Cenário Internacional
25SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Balança comercial brasileira – US$ milhões - 2001 a 2011
Ano Exportação Importação Saldo
2001 58.286,6 55.601,8 2.684,8
2002 60.438,7 47.242,7 13.196,0
2003 73.203,2 48.325,6 24.877,7
2004 96.677,5 62.835,6 33.841,9
2005 118.529,2 73.600,4 44.928,8
2006 137.807,5 91.350,8 46.456,6
2007 160.649,1 120.617,4 40.031,6
2008 197.942,4 172.984,8 24.957,7
2009 152.994,7 127.722,3 25.272,4
2010 201.915,3 181.768,4 20.146,9
2011 256.039,6 226.243,4 29.796,2
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
300
250
200
150
100
50
0
Exportação Importação Saldo
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Para o comércio exterior brasileiro, a FUNCEX projeta para 2012 um superávit de US$ 15 bilhões na balança comercial, com
exportações da ordem de US$ 264 bilhões (incremento de 3,11% em relação a 2011) e importações totalizando US$ 249
bilhões (aumento de 10,06% sobre 2011). De acordo com a mesma Fundação, tanto as exportações quanto as importações
deverão apresentar estabilidade nos preços em 2012; assim, o crescimento deverá ser resultante da evolução positiva do
quantum exportado e importado.
Importações
Desde os anos 90, o Brasil iniciou um considerável processo de abertura comercial. No final dos anos 80, a alíquota média
nominal do imposto de importação no Brasil era próxima a 60%, tendo sido reduzida a menos de 14% em 2008, segundo
a Organização Mundial do Comércio – OMC. A partir de meados dos anos 90, com a estabilização da economia e a cres-
cente incorporação das camadas mais pobres da população ao mundo do consumo, um mercado de quase 200 milhões
de habitantes configurou-se no país. A elevada apreciação cambial observada nos últimos anos completou um quadro ex-
tremamente atraente para a entrada de artigos importados no país. Assim, num período de duas décadas, o Brasil dobrou
sua participação nas compras mundiais, passando de 0,63% do total em 1990 para 1,29% em 2011.
Cenário Internacional
26 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Entre 2001 e 2011, as importações brasileiras foram de US$ 55,6 bilhões para US$ 226,2 bilhões, ou seja, quadruplicaram. É
interessante notar as variações quanto às categorias de uso das importações. Em 2001, a parcela de compras de bens de
consumo era de 12,8% do total importado, mas em 2011 essa categoria atingiria 17,7% do total das importações. A partici-
pação de bens importados no mercado brasileiro de consumo atingiu o recorde 22% entre abril de 2011 e março de 2012.
A proporção de combustíveis na pauta de importações também cresceu, ao passo que os bens de capital, assim como
as matérias-primas, perderam participação. Ou seja, proporcionalmente, o Brasil comprou mais produtos prontos para o
consumo e menos equipamentos e insumos para a produção local. Em números absolutos, entretanto, todos os bens im-
portados cresceram significativamente.
Especificamente em 2011, nas importações foram observadas evoluções positivas em todas as categorias de uso, mas os
combustíveis e os bens de consumo duráveis se destacaram, com altas de 43,7% e 34,4% em relação a 2010, respectiva-
mente. As demais categorias também tiveram crescimento significativo, embora bem mais fraco no caso dos bens de ca-
pital (18,1%) e dos bens intermediários (20%).
Importações brasileiras por categorias de uso (participação no total %)
Ano Bens de capital Bens de consumoCombustíveis e
lubrificantesMatérias-primas e
produtos intermediários
2001 26,6 12,8 11,3 49,3
2002 24,7 12,5 13,2 49,6
2003 21,4 11,5 13,6 53,5
2004 19,4 10,9 16,4 53,3
2005 20,9 11,6 16,2 51,3
2006 20,7 13,1 16,6 49,6
2007 20,8 13,3 16,6 49,3
2008 20,8 13,0 18,2 48,0
2009 23,2 16,9 13,1 46,8
2010 22,6 17,2 14,0 46,2
2011 21,2 17,7 16,0 45,1
Fonte: SECEX/MDIC
A tendência se manteve em 2011. A análise do crescimento no quantum importado permite esse vislumbre, pois ele foi lide-
rado pela categoria de bens de consumo duráveis (27,1%) e não duráveis (15,3%). Os bens intermediários, que têm o maior
peso na pauta, cresceram 6,5%. O gráfico a seguir apresenta a evolução do quantum das importações brasileiras em 2011
segundo categorias de uso. Perceba-se que a base do gráfico é o mês de setembro de 2008. Assim, no caso dos bens de
consumo duráveis, é possível deduzir que a quantidade de bens importados pelo país praticamente dobrou em três anos.
Cenário Internacional
27SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Quantum das importações brasileiras por categorias de uso – Média móvel de 12 meses (set/2008=100)
Nov/10 Dez/10 Jan/11 Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11
200
190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
70
Combustíveis Intermediários Bens de capital Duráveis Não duráveis
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012
Exportações
Entre 2001 e 2011, o Brasil elevou suas exportações do patamar dos US$ 60 bilhões para US$ 256 bilhões. Com isso, am-
pliou sua participação nas exportações mundiais, que ficavam em torno de 1% do total, para 1,44% em 2011. No período,
houve um aumento na participação de produtos básicos diante do total exportado, em detrimento dos industrializados,
situação conhecida como “comoditização” da pauta de exportações brasileira. Em 2001, os básicos representavam cerca de
26% do total das vendas externas, enquanto os industrializados representavam 56,5%. Em 2011, a proporção era de quase
48% para os básicos e 36% para os industrializados, conforme demonstra a tabela a seguir.
Exportações brasileiras por fator agregado (participação no total %)
Ano Básicos Semimanufaturados Manufaturados Operações especiais
2001 26,4 14,1 56,5 3,0
2006 29,2 14,2 54,4 2,2
2011 47,7 14,1 36,1 2,1
Fonte: SECEX/MDIC
Esta tendência parece também aprofundar-se recentemente. Os produtos básicos apresentaram em 2011 um aumento de
36,1% em relação ao valor exportado em 2010. Os produtos manufaturados e semimanufaturados cresceram 16% e 27,7%
no comparativo 2011/2010, respectivamente. A tabela a seguir apresenta o desempenho das exportações brasileiras por
setores da economia, de acordo com o código CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas.
Cenário Internacional
28 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Exportações brasileiras por setor em 2011
Setores US$ milhões FOBVariação
2011/2010 (%)Partic. s/ total
exportações (%)
Agricultura e pecuária 32.236 40 12,6
Silvicultura e exploração florestal 160 24,3 0,1
Pesca e aquicultura 21 -30,1 0
Extração de carvão mineral 10 * 0
Extração de petróleo 21.632 32,8 8,4
Extração de minerais metálicos 44.218 43,4 17,3
Extração de minerais não metálicos 816 9,7 0,3
Produtos alimentícios e bebidas 45.516 19,4 17,8
Produtos do fumo 57 1,9 0
Produtos têxteis 2.720 40,5 1,1
Confecção de artigos do vestuário e acessórios 218 4,8 0,1
Preparação de couros, seus artefatos e calçados 3.602 3,9 1,4
Produtos de madeira 1.905 -1,2 0,7
Celulose, papel e produtos de papel 7.170 6,3 2,8
Edição, impressão e reprodução de gravações 88 4,5 0
Coque, refino de petróleo e combustíveis 6.179 41,6 2,4
Produtos químicos 13.337 21 5,2
Artigos de borracha e plástico 3.394 18,4 1,3
Produtos de minerais não metálicos 1.697 0,9 0,7
Metalurgia básica 21.721 32,9 8,5
Produtos de metal 2.056 17,1 0,8
Máquinas e equipamentos 10.803 25,8 4,2
Máquinas para escritório e de informática 406 17,5 0,2
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 3.503 9,4 1,4
Material eletrônico e de comunicações 1.458 -16,9 0,6
Equipamentos médico-hospitalares, de automação industrial e de precisão 1.012 18,2 0,4
Veículos automotores, reboques e carrocerias 15.781 13,9 6,2
Outros equipamentos de transporte 7.249 17,5 2,8
Móveis e indústrias diversas 1.427 6,3 0,6
TOTAL 256.040 26,8 97,8
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC
De acordo com a tabela anterior, verifica-se que a concentração na pauta de exportações em poucos setores continua ele-
vada, com apenas três setores representando 47,7% do total exportado em 2011: produtos alimentícios e bebidas, extra-
ção de minerais metálicos e agricultura e pecuária. Ressalte-se a predominância de commodities agropecuárias e minerais
neste conjunto. Os setores com melhores desempenhos na exportação no Brasil em 2011, e respectivas taxas de variação,
foram, em ordem de importância:
Melhores desempenhos nas exportações brasileiras em 2011
Setores Variação (%)
Extração de minerais metálicos 43,4
Coque, refino de petróleo e combustíveis 41,6
Produtos têxteis 40,5
Agricultura e pecuária 40
Metalurgia básica 32,9
Cenário Internacional
29SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Dos 29 setores analisados, somente três apresentaram crescimento negativo nas exportações em 2011: pesca e aquicultura
(-30,1%), material eletrônico e de comunicações (-16,9%) e produtos de madeira (-1,2%).
De acordo com a FUNCEX, o crescimento nas exportações brasileiras em 2011 foi resultado, em sua maior parte, do aumento
de preços (23,2%), ainda que o quantum (volume) exportado também tenha sido positivo (2,9%). Vale ressaltar que o aumen-
to de preços é bastante desigual para as várias categorias de produtos. A tabela a seguir apresenta a variação de preços das
mercadorias exportadas desde 2006 (2006=100). As altas de preços mais significativas foram justamente das commodities
minerais e agropecuárias, nos três itens que encabeçam a pauta brasileira. Isso decorre da demanda crescente por com-
modities dos países em desenvolvimento, especialmente a China, e do esfriamento da demanda nos países desenvolvidos.
Índice de preço das exportações brasileiras – base média 2006=100
Setores 2011Variação
no ano (%)
Agricultura e pecuária 31,9
Extração de petróleo 39,7
Extração de minerais metálicos 34,6
Extração de minerais não metálicos 10,0
Produtos alimentícios e bebidas 23,7
Produtos têxteis 26,1
Confecção de artigos do vestuário e acessórios 15,2
Preparação de couros, seus artefatos e calçados 14,4
Produtos de madeira 7,3
Celulose, papel e produtos de papel 6,0
Coque, refino de petróleo e combustíveis 32,5
Produtos químicos 17,2
Artigos de borracha e plástico 15,5
Produtos de minerais não metálicos 5,8
Metalurgia básica 19,6
Produtos de metal 12,4
Máquinas e equipamentos 13,4
Máquinas para escritório e de informática 4,9
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 12,3
Material eletrônico e de comunicações 4,2
Equipamentos médico-hospitalares, de automação industrial e de precisão 6,6
Veículos automotores, reboques e carrocerias 6,6
Outros equipamentos de transporte 3,9
Móveis e indústrias diversas 15,3
TOTAL 211,9 23,2
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC
A tabela a seguir mostra a variação no quantum das exportações. Ao se observar os produtos líderes e cotejar o quantum
com a variação dos preços demonstrada na tabela anterior, percebe-se que, desde 2006, o preço subiu em razão muito su-
perior à quantidade exportada. Conclui-se daí que o crescimento das exportações brasileiras dos últimos anos deu-se em
grande parte devido à alta de preços de commodities agrícolas e minerais.
Cenário Internacional
30 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Índice de quantum das exportações brasileiras – base média 2006=100
Setores 2011Variação
no ano (%)
Agricultura e pecuária 6,1
Extração de petróleo -4,9
Extração de minerais metálicos 6,5
Extração de minerais não metálicos -0,3
Produtos alimentícios e bebidas -3,4
Produtos têxteis 11,4
Confecção de artigos do vestuário e acessórios -9
Preparação de couros, seus artefatos e calçados -9,2
Produtos de madeira -7,9
Celulose, papel e produtos de papel 0,2
Coque, refino de petróleo e combustíveis 6,9
Produtos químicos 3,3
Artigos de borracha e plástico 2,5
Produtos de minerais não metálicos -4,6
Metalurgia básica 11
Produtos de metal 4,1
Máquinas e equipamentos 11
Máquinas para escritório e de informática 12
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos -2,6
Material eletrônico e de comunicações -20,3
Equipamentos médico-hospitalares, de automação industrial e de precisão 10,9
Veículos automotores, reboques e carrocerias 6,8
Outros equipamentos de transporte 13,1
Móveis e indústrias diversas -7,8
TOTAL 130,7 2,9
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC
Em 2011, enquanto todos os setores analisados apresentaram crescimento positivo no índice de preço das exportações,
no quantum das exportações 10 dos 29 setores tiveram reduções:
Maiores reduções nas exportações em 2011
SetoresVariação do quantum
(%)
Material eletrônico e de comunicações -20,3
Preparação de couros, seus artefatos e calçados -9,2
Confecção de artigos do vestuário e acessórios -9
Produtos de madeira -7,9
Móveis e indústrias diversas -7,8
Extração de petróleo -4,9
Produtos de minerais não metálicos -4,6
Produtos alimentícios e bebidas -3,4
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos -2,6
Extração de minerais não metálicos -0,3
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC
Cenário Internacional
31SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Fazendo-se a análise das exportações por classes de produtos, chega-se a conclusões semelhantes às obtidas pela observa-
ção dos principais setores. Considerando-se 2011, a respeito dos preços de exportação, verifica-se o melhor desempenho
nos bens básicos (+31,3%), seguidos pelos produtos semimanufaturados (+20,9%) e produtos manufaturados (+14,1%).
No quantum exportado, houve alta em todas as classes de produtos, com destaque para os semimanufaturados (+5,6%).
O gráfico a seguir demonstra que o quantum das exportações brasileiras apresentou trajetória ascendente em 2011,
ainda que com poucas variações durante o ano. O crescimento mais forte foi no segmento de produtos semimanufatu-
rados (5,6%) e o mais fraco no segmento de manufaturados (aumento de apenas 1,7%). O gráfico permite ainda obser-
var a variação entre o final de 2008 (set/2008=100) e o final de 2011. Nesse período de três anos, o volume de produtos
básicos exportados cresceu e o de artigos industrializados caiu. Isso dá uma boa dimensão das dificuldades enfrentadas
pela indústria de transformação.
Índice de quantum das exportações brasileiras, segundo classes de produtos – média móvel de
12 meses (set/2008=100)
Nov/10 Dez/10 Jan/11 Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11
120
115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
Total Básicos Manufaturados Semimanufaturados
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012
Cenário Internacional
32 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
3. Santa Catarina
Um novo perfil comercial
A história econômica recente de Santa Catarina está vinculada a uma forte participação de sua indústria no comércio in-
ternacional por meio de exportações. Desde os seus primórdios, a indústria catarinense teve que buscar clientes longe de
suas bases, por estar localizada em mercados relativamente pequenos. Com o passar dos anos e o amadurecimento da
indústria, essa vocação se materializou novamente nos anos 1980, o período que ficou conhecido como década perdida
brasileira. Na década anterior, durante os anos do “Milagre Brasileiro”, de alto crescimento econômico, a indústria catarinen-
se ganhou diversificação e robustez. Com a crise que se seguiu nos anos 80, encontrou o caminho do mercado externo
com grande sucesso.
As exportações foram ampliadas e diversificadas, e Santa Catarina conquistou espaço relevante nos mercados de alimentos,
máquinas e equipamentos elétricos, móveis, papel e celulose, cerâmicas de revestimento e os tradicionais artigos têxteis
e de vestuário, que já compunham a pauta. Nos anos 70, o estado respondia por 2% das exportações nacionais. No início
da década de 90, essa participação havia subido para 6%. Novos produtos foram agregados à pauta de exportações, como
eletrodomésticos, equipamentos odontológicos e autopeças. Em vários itens, como roupas de toucador, móveis de madeira,
motores elétricos e revestimentos cerâmicos, o estado posicionou-se como maior exportador do Brasil.
No caso dos frangos, principal item da pauta catarinense de exportações, o estado é responsável por cerca de 14% de todas
as vendas externas desse produto no mundo. Nesse segmento, a indústria consolidou mais de dois mil cortes diferentes
de carne, o que exigiu o desenvolvimento de complexos maquinários e sofisticados sistemas de informação e logística,
tornando-se a principal referência mundial no setor. Casos semelhantes ocorreram em vários segmentos e o estado cons-
truiu, ao longo dos anos, uma sólida reputação no comércio internacional. No decorrer dos anos 90 e início do século 21,
Santa Catarina firmou-se como o quinto maior exportador nacional no ranking dos estados.
Nos últimos anos, entretanto, alterações significativas na balança comercial catarinense vêm ocorrendo. Santa Catarina
conseguiu manter um saldo superavitário, e sempre crescente, de 2001 a 2005. De 2006 a 2008 o saldo continuou a ser po-
sitivo, mas em declínio. A partir de 2009, a balança comercial catarinense passou a ser deficitária, com um saldo negativo
crescente, começando com US$ 860 mil em 2009 e finalizando 2011 com um déficit na ordem de US$ 5,8 bilhões, como
demonstram a tabela e o gráfico a seguir.
33SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Santa Catarina
Balança Comercial de SC – 2001 a 2011 (US$ milhões)
Ano Exportação Importação Saldo
2001 3.031,2 860,4 2.170,8
2002 3.160,5 931,4 2.229,1
2003 3.701,9 993,8 2.708,0
2004 4.862,6 1.509,0 3.353,7
2005 5.594,2 2.188,5 3.405,7
2006 5.982,1 3.468,8 2.513,3
2007 7.381,8 5.000,2 2.381,6
2008 8.331,1 7.940,7 390,4
2009 6.427,7 7.288,2 -860,5
2010 7.582,0 11.978,1 -4.396,1
2011 9.051,0 14.854,4 -5.803,4
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
20
15
10
5
0
-5
-10
Exportação Importação Saldo
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Uma das razões para o aumento de mais de 1.600% nas importações em Santa Catarina entre 2001 e 2011 é o substancial
incremento no número de empresas importadoras. Em 2001, havia 1.567 importadoras atuando no estado, número que
subiu para 2.411 em 2011. Entre 2001 e 2011 o número de empresas importadoras cresceu mais de 53% no estado, ao passo
que o número de exportadoras manteve-se praticamente constante, oscilando entre 1.400 e 1.600 empresas.
34 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Número de empresas exportadoras e importadoras em SC
Exportadoras Importadoras
2001 1.447 1.567
2002 1.448 1.406
2003 1.492 1.286
2004 1.613 1.343
2005 1.513 1.443
2006 1.463 1.625
2007 1.582 1.837
2008 1.531 1.942
2009 1.459 1.993
2010 1.402 2.242
2011 1.436 2.411
2006200520022001 2003 2004 2007 2008 2009 2010 2011
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
Exportadoras Importadoras
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Diante desse cenário, verifica-se que a contribuição do número de exportadoras catarinenses em relação ao total de em-
presas exportadoras brasileiras diminuiu de 7,86%, em 2001, para 6,54%, em 2011, enquanto a participação do número de
importadoras cresceu de 4,44% em 2001 para 5,13% em 2011.
Em termos de valores exportados, a participação de Santa Catarina no total das exportações brasileiras caiu de 5,2% em
2001 para 3,54% em 2011. Com isso o estado passou de quinto maior exportador do país para a décima posição. Já nas
importações o estado passou de uma contribuição de 1,55% em 2001 para 6,57% em 2011, no total importado pelo Brasil.
A conjuntura já exposta anteriormente – o crescimento da demanda interna e a apreciação cambial – abriu oportunida-
des para a importação de mercadorias no Brasil. Santa Catarina, entretanto, teve outros fatores que contribuíram para o
crescimento de suas importações. Um deles é a infraestrutura portuária existente no estado. Outro fator foi o programa de
incentivos fiscais criado em 2007 pelo governo estadual – chamado Pró-Emprego, que concedeu redução da alíquota de
ICMS para produtos importados por território catarinense.
Essas informações resumem as profundas mudanças vividas por Santa Catarina em sua atuação no comércio internacional.
Os detalhes dessas transformações serão analisados de forma mais aprofundada a seguir.
Santa Catarina
35SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
3.1 Análise das importações catarinenses
Blocos econômicos
O gráfico a seguir apresenta a evolução das importações em Santa Catarina por representatividade dos blocos econômicos,
em 2001, 2006 e 2011. Em termos de crescimento na representatividade o destaque é a Ásia, que passou de uma partici-
pação de 12,7% em 2001 para 43,06% em 2011. Também destacam-se os países pertencentes à ALADI, que cresceram sua
participação nas importações catarinenses de 5,4% em 2001 para 19,1% em 2011. Por outro lado, União Europeia, Mercosul
e EUA tiveram suas participações drasticamente reduzidas, como se observa:
Importações de SC – principais blocos econômicos de origem (participação %)
União Europeia Ásia Mercosul EUA ALADI Demais blocos
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
2001 2006 2011
13,32 12,71
27,86
43,06
24,724,01
10,86
13,52
8,186,66 5,44
16,48
19,11
9,15
5,916,99
17,56
34,48
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Essa evolução está em sintonia com as tendências seguidas pelo comércio internacional na última década, conforme visto
anteriormente. Considerando-se que as importações realizadas por Santa Catarina não se destinam totalmente ao estado,
mas entram no Brasil pelos seus portos, era de se esperar um grande aumento no volume de bens de consumo oriundos
de países asiáticos nos últimos anos.
Setores de contas nacionais
Como demonstram a tabela e o gráfico a seguir, que apresentam as importações de Santa Catarina por setores de contas
nacionais em 2001, 2006 e 2011, a maior representatividade no total das importações é de insumos industriais (44% em
2001, 57% em 2011), seguido de bens de capital (35% em 2001 e 18% em 2011). Enquanto este último setor, assim como
o de alimentos e bebidas destinados à indústria, tem decrescido sua participação no total das importações catarinenses,
verifica-se um aumento substancial nas categorias de bens de consumo.
Santa Catarina
36 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Importações de SC por setores de contas nacionais (participação %)
2001 2006 2011
Insumos industriais 43,64 59,44 57,27
Bens de capital 35,09 19,34 17,93
Alimentos e bebidas destinados à indústria 9,86 5,26 1,3
Bens de consumo não duráveis 7,66 10,75 15,14
Bens de consumo duráveis 1,62 2,89 3,53
Peças e acessórios de equipamentos de transportes 0,93 1,96 3,53
Equipamentos de transporte de uso industrial 0,77 0,02 1,02
Combustíveis e lubrificantes 0,43 0,34 0,28
Bens de capital Alimentos e bebidas destinados à indústria
Insumos industriais Peças e acessórios de equipamentos de
transportes
Bens de consumo duráveis
Bens de consumonão duráveis
70
60
50
40
30
20
10
0
2001 2006 2011
1,96
10,7515,14
7,663,532,89
1,62
3,53
0,93
57,2759,44
43,64
1,3
5,269,86
17,9319,35
35,09
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Fator agregado
As importações catarinenses são fortemente dependentes de produtos manufaturados, que em 2001 representaram 75,6%
e em 2011 77,9% do total importado pelo estado. Em consonância com os gráficos apresentados anteriormente, em 2011
esses produtos manufaturados foram basicamente compostos, em ordem de importância, por insumos industriais, bens
de capital e bens de consumo não duráveis.
Santa Catarina
37SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Importações de SC por fator agregado – 2001 a 2011 (US$ milhões)
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Básicos
Semimanufaturados
Manufaturados
Importação total
2007 2008 2009 2010 2011Variação
2001-2011 (%)
Básicos
Semimanufaturados
Manufaturados
Importação total 11.978,1
2006200520022001 2003 2004 2007 2008 2009 2010 2011
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Básicos Semi manufaturados Manufaturados Importação total
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Produtos importados
A tabela do Anexo 6.2 apresenta os 50 principais produtos (SH 4) importados por Santa Catarina em 2011, que correspon-
deram a aproximadamente 55% do total das importações catarinenses nesse período. A grande maioria desses produtos
são insumos manufaturados utilizados pelas indústrias, mas também fazem parte da relação bens de consumo duráveis e
não duráveis e alguns bens de capital.
Desses produtos, 14 tiveram importações superiores a US$ 150 milhões em 2011, conforme mostra a tabela a seguir. So-
mente três dos produtos listados na tabela são bens de consumo – pneus novos de borracha, aparelhos elétricos para te-
lefonia e instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária. Todos os demais são matérias-primas
e insumos utilizados para processamento pelo setor industrial.
Santa Catarina
38 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Principais produtos importados por SC em 2011
Pos. Produtos US$ mil
1 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas
2 Polímeros de etileno, em formas primárias
3 Pneumáticos novos, de borracha
4 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, laminados a quente
5 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar)
6 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias
7 Alumínio em formas brutas
8 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias
9 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar)
10 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar)
11 Borracha natural, balata, guta-percha, guaiule, chicle e gomas naturais análogas
12 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos telefônicos
13 Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados ou chapeados, ou revestidos
14 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Entre 2001 e 2011, as importações catarinenses aumentaram aproximadamente 1.626%. Dos 50 produtos do Anexo 6.2,
33 tiveram um incremento maior que o incremento geral (superior a 1.626%). Os maiores crescimentos foram observados
em produtos das categorias de bens de consumo não duráveis e duráveis e insumos industriais, como apresenta a tabela
do Anexo 6.3.
A tabela a seguir identifica os 14 produtos com importações superiores a US$ 150 milhões em 2011 e respectivos incre-
mentos no período 2001-2011. Verifica-se que três desses produtos – cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas,
alumínio em formas brutas e fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar) – não faziam parte da pauta
de produtos importados por Santa Catarina em 2001 e que no ano passado tiveram grande participação no total das im-
portações do estado.
Evolução das importações entre 2001 e 2011 dos principais produtos importados por SC em 2011(US$ mil)
Incremento superior a 15.000%
Incremento entre 3.000% e 15.000%
Incremento próximo ao geral (1.630%)
Novos produtos (dentre os 50 mais importados em 2011)
Incremento inferior ao geral
Pos. Descrição dos produtos 2011 2001 Incremento
1 Borracha natural, balata e gomas naturais análogas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras
2 Pneumáticos novos, de borracha
3 Prod. laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados
4 Polímeros de etileno, em formas primárias
5 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho
6 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias
7 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, laminados a quente
8 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária
9 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias
10 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos telefônicos por fio
11 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho
12 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas
13 Alumínio em formas brutas
14 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Santa Catarina
39SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
3.2 Análise das exportações catarinenses
Blocos econômicos e países
O gráfico a seguir apresenta a evolução das exportações em Santa Catarina por representatividade dos blocos econô-
micos, em 2001, 2006 e 2011. Em termos de crescimento na representatividade, o destaque é a Ásia que passou de uma
participação de 8,56% em 2001 para 20,74% em 2011. Por outro lado, os EUA tiveram sua participação bastante reduzida
nas exportações do estado, de 24,52% em 2001 para 11,16% em 2011. As exportações para a União Europeia e o Mercosul
tiveram uma ligeira queda. As exportações para os países da ALADI e demais blocos econômicos permaneceram pratica-
mente estáveis no período em questão.
Exportações de SC – principais blocos econômicos de destino (participação %)
União Europeia Ásia Mercosul EUA ALADI2006 E 2007
Demais blocos Europa Oriental(2001)
30
25
20
15
10
5
0
2001 2006 2011
21,44
9,6111,16
11,85
20,74
25,2
21,1
9,73
23,22
9,9910,6
25,36
20,8
7,9
24,52
12,09
8,56
26,85
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Ao observar o gráfico acima, o fato mais impactante é mesmo a “troca” de participação entre a Ásia e os EUA, embora este
ainda seja o principal importador de Santa Catarina. Como se verá adiante, uma característica fundamental do período em
análise é a pulverização das exportações catarinenses, em detrimento dos clientes tradicionais.
A tabela do Anexo 6.4 apresenta os 50 principais países importadores de Santa Catarina em 2011, que representaram mais
de 93% do total exportado pelo estado. Doze desses países tiveram valores em importações superiores a US$ 200 milhões
em 2011, como demonstra a tabela a seguir.
Santa Catarina
40 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Principais importadores de SC em 2011
Pos. País US$ mil
1 ESTADOS UNIDOS
2 JAPÃO
3 ARGENTINA
4 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA)
5 CHINA
6 REINO UNIDO
7 ALEMANHA
8 RÚSSIA
9 HONG KONG
10 MÉXICO
11 ÁFRICA DO SUL
12 PARAGUAI
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Ao comparar-se o perfil dos 30 principais mercados importadores de Santa Catarina em 2011 com seus 30 principais mer-
cados em 2001, conforme tabela a seguir, verifica-se que, ainda que muitos desses mercados sejam coincidentes nos dois
períodos, a importância relativa de cada país no total exportado pelo estado foi substancialmente alterada.
Principais importadores de SC, em 2001 e 2011
2001 2011
País US$ mil Partic. País US$ mil Partic.
1 ESTADOS UNIDOS 1 ESTADOS UNIDOS
2 ARGENTINA 2 JAPÃO
3 ALEMANHA 3 ARGENTINA
4 RÚSSIA, FEDERAÇÃO DA 4 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA)
5 REINO UNIDO 5 CHINA
6 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 6 REINO UNIDO
7 JAPÃO 7 ALEMANHA
8 ARÁBIA SAUDITA 8 RÚSSIA
9 FRANÇA 9 HONG KONG
10 CHILE 10 MÉXICO
11 MÉXICO 11 ÁFRICA DO SUL
12 ITÁLIA 12 PARAGUAI
13 URUGUAI 13 ITÁLIA
14 ESPANHA 14 VENEZUELA
15 PARAGUAI 15 BÉLGICA
16 HONG KONG 16 ARÁBIA SAUDITA
17 ÁFRICA DO SUL 17 URUGUAI 159.750,8
18 CANADÁ 18 FRANÇA
19 BÉLGICA 19 CHILE
20 PORTO RICO 20 COREIA DO SUL
21 VENEZUELA 21 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
22 CUBA 22 CINGAPURA
23 CINGAPURA 23 ESPANHA
24 CHINA 24 ANGOLA
25 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 25 BOLÍVIA
26 IRLANDA 26 UCRÂNIA
27 COREIA DO SUL 27 EGITO
28 BOLÍVIA 28 COLÔMBIA
29 AUSTRÁLIA 29 PERU
30 COLÔMBIA 30 CANADÁ
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Santa Catarina
41SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
A comparação entre as duas tabelas anteriores permite concluir que muitas posições no ranking dos principais mercados
importadores de Santa Catarina foram modificadas, como, por exemplo, com a inclusão em 2011 de países que não faziam
parte da relação dos principais mercados em 2001, dentre esses: China (24ª posição em 2001 e 5ª posição em 2011), Vene-
zuela (21ª posição em 2001 e 14ª posição em 2011) e Coreia do Sul (27ª posição em 2001 e 20ª posição em 2011).
Os países com as maiores quedas na participação do total exportado pelo estado, comparando-se 2011 com 2001, foram os
EUA (de 23,58% em 2001 para 10,96% em 2011), a Alemanha (de 7,27% em 2001 para 4,06% em 2011) e a Rússia (de 6,43%
em 2001 para 3,17% em 2011). Por outro lado, os países com os maiores incrementos na participação do total exportado
pelo estado foram a China (de 0,6% em 2001 para 4,53% em 2011), o Japão (de 3,86% em 2001 para 7,56% em 2011) e os
Países Baixos (de 3,87% em 2001 para 7,08% em 2011).
Outra análise interessante a respeito dos mercados importadores de Santa Catarina é em relação ao incremento observado
entre 2001 e 2011 para cada um desses países. Nesse período as exportações catarinenses cresceram, globalmente, 198,60%.
Cinquenta e quatro países tiveram incremento superior ao crescimento global, sendo que a maior parte desses países é
proveniente de mercados emergentes na Ásia, África, Oriente Médio, Leste Europeu e América Latina.
Muitas variações altas foram obtidas devido à base de comparação muito baixa. Para diminuir essa distorção, a tabela do
Anexo 6.5 apresenta a variação das exportações catarinenses por país de destino no período analisado, considerando os
países que representaram, em 2011, mais de 0,5% do total das exportações catarinenses. No caso dos novos mercados, são
apresentados aqueles que compraram mais de US$ 10 milhões do estado em 2011.
Da Europa Ocidental, poucos países apresentaram incremento superior ao incremento global verificado: Suécia (com 1.063%
de aumento), Países Baixos (com 446% de aumento), Bélgica (com 377% de aumento) e Portugal (com 305% de aumento).
A maior parte dos países da Europa Ocidental fez parte do grupo de mercados com incremento inferior ao incremento
global, assim como a Rússia (incremento de 47%), o Canadá (44%) e os EUA (39%). Na América do Sul, fizeram parte deste
grupo a Argentina (incremento de 169%), o Uruguai (162%) e o Chile (91%).
No total, 52 novos mercados foram conquistados por empresas exportadoras catarinenses entre 2001 e 2011 e oito países
apresentaram queda no total exportado: Dinamarca, El Salvador, Martinica, Guadalupe, Cuba, Irlanda, Porto Rico e Noruega.
A tabela a seguir apresenta os países importadores de Santa Catarina em 2011 com valores superiores a US$ 100 milhões,
com os respectivos valores importados em 2001 e os incrementos obtidos no período em questão.
Santa Catarina
42 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Comparativo das exportações de SC entre 2001 e 2011 para os principais países importadores em 2011
Incremento superior ao geral
Incremento inferior ao geral (até 198%)
País 2011 (US$ mil) 2001 (US$ mil) Incremento
1 CHINA 410.297 18.283
2 COREIA DO SUL 130.344 14.822
3 VENEZUELA 176.638 23.407
4 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 128.712 17.685
5 JAPÃO 684.398 116.974
6 CINGAPURA 125.790 22.842
7 HONG KONG 280.591 51.267
8 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 640.723 117.439
9 ÁFRICA DO SUL 259.031 49.234
10 BÉLGICA 168.764 35.384
11 PARAGUAI 234.230 53.931
12 MÉXICO 280.402 69.357
13 ITÁLIA 185.076 67.041
14 ARGENTINA 678.511 252.078
15 URUGUAI 159.751 60.900
16 REINO UNIDO 368.912 173.499
17 CHILE 141.392 74.047
18 FRANÇA 152.494 83.323
19 ARÁBIA SAUDITA 165.608 94.977
20 ALEMANHA 367.067 220.499
21 RÚSSIA 287.251 194.908
22 ESTADOS UNIDOS 992.441 714.630
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Setores de contas nacionais
Quando se analisam as exportações de Santa Catarina por setores de contas nacionais, a maior representatividade é de bens
de consumo não duráveis (42% em 2001, 31% em 2006 e 39% em 2011), liderados por produtos como a carne de frango
(líder da pauta) e de suínos. Na sequência, vêm insumos industriais (27% em 2001, 32% em 2006 e 28% em 2011) e bens
de capital (15% em 2001, 19% em 2006 e 20% em 2011).
Este último setor é o único que tem aumentado constantemente sua participação no total das exportações catarinenses.
Por outro lado, verifica-se uma redução substancial na participação de bens de consumo duráveis no total exportado pelo
estado – de 9,18% em 2001 para 3,21% em 2011.
Santa Catarina
43SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Exportações de SC – setores de contas nacionais (participação % no total)
2001 2006 2011
Insumos industriais 26,98 32,21 27,75
Bens de capital 14,93 19,32 20,3
Alimentos e bebidas destinados à indústria 1,27 1,59 3,69
Bens de consumo não duráveis 42,2 31,26 38,78
Bens de consumo duráveis 9,18 8,4 3,21
Peças e acessórios de equipamentos de transportes 5,1 7,02 5,95
Equipamentos de transporte de uso industrial 0,33 0,13 0,15
Combustíveis e lubrificantes 0,01 0,07 0,17
Bens de capital Alimentos e bebidas destinados à indústria
Insumos industriais Peças e acessórios de equipamentos de
transportes
Bens de consumo duráveis
Bens de consumonão duráveis
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
2001 2006 2011
38,78
3,215,95
27,75
3,69
20,3
8,4
31,26
7,02
32,21
1,59
19,32
42,2
9,18
5,1
1,27
26,98
14,93
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Fator agregado
As exportações de Santa Catarina são lideradas por produtos manufaturados, ainda que a representatividade desses pro-
dutos tenha sido reduzida ao longo dos anos. Em 2001, os manufaturados representaram 62% do total das exportações
catarinenses, enquanto que em 2011 a participação caiu para 52%. Em contrapartida, a participação de produtos básicos
aumentou substancialmente (de 33% em 2001 para 46% em 2011).
Santa Catarina
44 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Exportações de SC por fator agregado –2001 a 2011 (US$ milhões)
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Básicos
Semimanufaturados
Manufaturados
Exportação total
2007 2008 2009 2010 2011Variação
2001-2011
Básicos
Semimanufaturados
Manufaturados
Exportação total
2006200520022001 2003 2004 2007 2008 2009 2010 2011
10.000.000
9.000.000
8.000.000
7.000.000
6.000.000
5.000.000
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
0
Básicos Semimanufaturados Manufaturados Exportação total
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Produtos exportados
A tabela do Anexo 6.6 apresenta o grupo dos 50 principais produtos (SH 4) exportados por Santa Catarina em 2011, que
corresponderam a aproximadamente 89% do total das exportações catarinenses no período. É uma pauta relativamente
diversificada, que inclui produtos básicos, especialmente alimentos e derivados, tabaco e madeira, insumos semimanufa-
turados para uso industrial, assim como bens de consumo duráveis e alguns bens de capital. A tabela a seguir apresenta os
produtos exportados por Santa Catarina em 2011 que tiveram exportações superiores a US$ 100 milhões.
Santa Catarina
45SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Principais produtos exportados por SC em 2011(US$ mil)
Pos. Produtos Exportações
1 Carnes e miudezas de aves comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas 1.933.145,6
2 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 898.880,5
3 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 591.226,7
4 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores 508.813,2
5 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 452.018,8
6 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas a motores 435.487,3
7 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 396.580,8
8 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas 263.434,3
9 Soja, mesmo triturada 217.934,6
10 Outros móveis e suas partes 186.439,4
11 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas 163.551,0
12 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 147.467,3
13 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares e os painéis para soalhos 126.410,0
14 Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou esmaltados, de cerâmica 107.379,6
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
É importante observar que grande parte dos principais produtos exportados por Santa Catarina em 2011 obteve cresci-
mento superior à média das exportações no mercado mundial. Trata-se de uma avaliação que, por si só, aponta algumas
tendências positivas para o comércio internacional catarinense. Entre 2001 e 2011, as exportações catarinenses aumenta-
ram aproximadamente 199%, e 34 dos 50 principais produtos tiveram um incremento superior a essa média. Os maiores
crescimentos foram observados em produtos das categorias de bens de consumo não duráveis (principalmente alimen-
tos e derivados), insumos industriais e bens de capital. A tabela do Anexo 6.7 apresenta esse detalhamento, enquanto a
tabela a seguir apresenta a evolução das exportações entre 2001 e 2011dos principais produtos exportados em 2011 com
valores acima de US$ 100 milhões.
Evolução das exportações entre 2001-2011dos principais produtos exportados por SC em 2011
Incremento superior ao incremento geral
Incremento próximo ao geral
Incremento inferior ao geral
Redução nas exportações
Pos. Produtos exportados 2011 2001 Incremento
1 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas; farinhas e pós, comestíveis
2 Soja, mesmo triturada
3 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja
4 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue
5 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco
6 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408
7 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos
8 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105
9 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas
10 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes)
11 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803
12 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis para soalhos
13Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados
ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas
14 Outros móveis e suas partes
Fonte: SECEX/MDIC, 2012
Santa Catarina
46 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Pelos dados informados na tabela anterior, conclui-se que os melhores desempenhos – com taxa superior a 1.000% entre
2001 e 2011 – têm sido observados em produtos do setor de alimentos, que ocupam as quatro primeiras posições.
Outra análise realizada foi verificar, para os 50 produtos mais exportados por Santa Catarina em 2011, como se deu
a evolução das exportações desses produtos no mercado mundial em período semelhante. Porém, não havia dados
disponíveis das exportações mundiais por produtos de 2011 até a conclusão deste trabalho e por isso procedeu-se
com a análise utilizando-se dados de 2010. Assim, é possível identificar aqueles produtos da pauta de exportações
de Santa Catarina que tiveram maior dinamismo no cenário mundial, e posteriormente cotejar esses dados com o
desempenho catarinense.
Entre 2001 e 2010, as exportações mundiais aumentaram 141,27%, um crescimento médio anual de 15,7%. A conclusão é
que, dos 50 produtos listados na tabela apresentada no Anexo 6.8, 17 tiveram desempenho superior ao crescimento geral
das exportações mundiais. A maior parte são bens básicos, como alimentos e produtos derivados, couros e peles, e produ-
tos manufaturados e semimanufaturados para uso industrial.
Seis produtos apresentaram incremento próximo à média geral do período, e para 26 produtos o crescimento foi inferior
ao geral. Somente um produto apresentou redução nas exportações mundiais (couros e peles curtidos ou em crosta, de
bovinos ou de equídeos), cujas exportações globais reduziram-se em 56,4%.
A tabela resumida, a seguir, apresenta a evolução no período 2001-2010 dos principais produtos exportados por
Santa Catarina em 2011, cujo faturamento em exportações no mercado mundial tenha sido superior a US$ 10 bi-
lhões em 2010.
Evolução das exportações mundiais entre 2001 e 2010 dos produtos mais exportados por SC em 2011
Incremento superior ao incremento geral (maior que 141%)
Incremento próximo ao geral (135%-140%)
Incremento inferior ao geral (menor que 135%)
Pos. Produtos
Exportações mundiais(US$ milhões) Incremento
2010 2001
1 Soja, mesmo triturada 44.210.194 11.810.054
2 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 28.181.011 8.869.924
3Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos46.921.566 16.296.236
4 Arroz 19.277.534 6.809.040
5 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 24.016.688 8.770.691
6Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas)
e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras68.284.669 25.493.346
7 Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames (excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas 44.572.869 16.742.073
8 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos 53.831.600 20.647.420
9 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 11.889.936 4.593.393
10 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico 17.445.269 6.836.665
11Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos
roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços31.011.493 12.193.497
12Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,
por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução87.654.729 35.706.877
13Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos
para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro35.194.654 14.688.024
Santa Catarina
47SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
14 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 20.761.897 8.757.242
15 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) 61.613.552 26.014.856
16 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 45.862.131 19.398.568
17 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. 15.924.533 6.964.125
18 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 31.384.633 13.737.888
19 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 57.794.285 25.919.561
20 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 16.000.240 7.223.530
21 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 25.031.230 11.564.074
22 Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool 13.341.867 6.179.306
23 Aparelhos para interrupção, seccionamento, protecção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 85.131.329 39.624.521
24 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 41.318.447 19.695.315
25 Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por faísca ou por compressão 15.855.355 7.669.002
26 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 278.767.681 135.170.717
27Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão,
pasta (ouate) de celulose ou de mantas de fibras de celulose17.853.069 8.852.507
28 Outros móveis e suas partes 63.647.912 33.694.995
29 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 19.946.111 10.640.390
30Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares,
os painéis para soalhos e as fasquias para telhados 11.139.499 6.057.421
31Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes10.600.559 5.839.929
32 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 11.938.039 6.966.810
33 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 11.818.130 7.035.554
34 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 11.343.084 7.082.914
35Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados
nem compreendidos em outras posições deste capítulo57.409.642 36.548.829
36 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm 29.760.811 23.574.634
Fonte: Trade Map/ITC, 2012
Obs.: produtos com exportações superiores a US$ 10 bilhões em 2010.
Também buscou-se conhecer no mercado mundial a evolução das exportações dos produtos que mais interessam a Santa
Catarina (os que o estado mais exportou em 2011) em período mais recente, entre 2006 e 2010. Neste período, as expor-
tações mundiais apresentaram crescimento de 3% ao ano.
Pela tabela apresentada no Anexo 6.9, pode-se constatar que, dos 50 produtos analisados, 27 tiveram incremento superior
ao crescimento geral, sendo que 13 desses produtos são produtos básicos (alimentos e produtos derivados e tabaco), ou-
tros 13 compreendem bens de capital e produtos manufaturados e semimanufaturados para uso industrial e um produto
é um bem de consumo não durável (roupa de cama, mesa ou cozinha).
Três produtos apresentaram incremento igual ao crescimento geral (3% ao ano) e outros oito tiveram crescimento inferior
(de 1% a 2%). Quatro produtos não tiveram crescimento e sete apresentaram crescimento negativo (na ordem de -1% a
-10%). Dentre os que tiveram reduções nas exportações, estão produtos de madeira e marcenaria, produtos de couro e
derivados, e ladrilhos e revestimentos cerâmicos.
A tabela resumida a seguir apresenta a evolução no período 2006-2010 dos principais produtos exportados por Santa
Catarina em 2011 cujo faturamento em exportações no mercado mundial tenha sido superior a US$ 10 bilhões em 2010.
Santa Catarina
48 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Evolução das exportações mundiais entre 2006 e 2010 dos produtos mais exportados por SC em 2011
Incremento superior ao incremento geral
Incremento igual ao geral (3%)
Incremento inferior ao geral (1% e 2%)
Sem crescimento
Redução nas exportações
Produtos
Valor exportado
em 2010 (US$ milhões)
Crescimento em valor
2010/2009 (%)
Crescimento anual das
exportações mundiais
entre 2006 e 2010
(% ao ano)
TOTAL Todos os produtos 15.230.973,0 21 3
1 Soja, mesmo triturada 23 24
2 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 4 18
3 Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, de aves 13 13
4 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 1 11
5Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,
por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução27 9
6 Máquinas e aparelhos mecânicos com função própria 54 9
7 Peixes congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes 11 8
8Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas
às máquinas das posições 85.01 ou 85.02-3 7
9 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou de sangue 4 7
10 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 5 6
11Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos
semelhantes, para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes16 5
12
Árvores de transmissão (incluídas as árvores de “cames” e virabrequins) e manivelas;
mancais e “bronzes”; engrenagens e rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes;
redutores, multiplicadores, caixas de transmissão e variadores de velocidade
22 5
13 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos; aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 12 5
14 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos. 22 5
15Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (“ouate”) de celulose ou
de mantas de fibras de celulose; cartonagens para escritórios, lojas e estabelecimentos semelhantes10 4
16 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos 13 4
17 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 16 4
18Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas
aspirantes para extração ou reciclagem, com ventilador incorporado, mesmo filtrantes21 4
19 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 20 4
20Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para
motores de ignição por centelha ou por compressão 24 3
21Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas,
contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão) e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço30 3
22Sucos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados,
sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes4 3
23 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 29 2
24 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 29 2
25 Outros móveis e suas partes 11 2
26 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05 30 1
27Refrigeradores, congeladores (“freezers”) e outros materiais, máquinas e
aparelhos para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro16 1
28Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos36 1
Santa Catarina
49SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
29 Papel e cartão Kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto os das posições 48.02 e 48.03 23 0
30 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado. 33 0
31Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas
aos motores das posições 84.07 ou 84.08.28 0
32
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados
ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para
mosaicos, vidrados ou esmaltados, de cerâmica, mesmo com suporte
11 -1
33 Madeira compensada (contraplacada), madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 26 -3
34Obras de marcenaria ou de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis
montados para revestimento de pavimentos (pisos) e as fasquias para telhados, de madeira11 -5
35Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos
(incluídos os búfalos) ou de equídeos, depilados, mesmo divididos, exceto os da posição 41.1425 -7
36Madeira serrada ou fendida longitudinalmente, cortada transversalm ente ou desenrolada,
mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades, de espessura superior a 6 mm24 -7
Fonte: Trade Map/ITC, 2012
Obs.: produtos com exportações superiores a US$ 10 bilhões em 2010.
3.3 Desempenho exportador de Santa Catarina no mercado mundial
Após a identificação e da análise de aspectos referentes aos principais parceiros comerciais de Santa Catarina, assim como
dos principais produtos exportados pelo estado, é possível chegar a algumas conclusões acerca do desempenho exporta-
dor catarinense no mercado mundial.
Produtos
A tabela a seguir apresenta aqueles produtos exportados por Santa Catarina em 2011 que tiveram crescimento igual ou
superior ao crescimento global:
1. Nas exportações catarinenses entre 2001 e 2011 (igual ou maior a 199% em todo o período);
2. Nas exportações mundiais entre 2001 e 2010 (igual ou maior a 130% em todo o período);
3. Nas exportações mundiais entre 2006 e 2010 (igual ou maior a 3% anualmente).
Dos 50 produtos identificados anteriormente, 17 fazem parte da tabela apresentada a seguir, o que significa que gran-
de parte dos principais produtos exportados por Santa Catarina não tem um grau de dinamismo elevado no comércio
mundial.
Santa Catarina
50 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Principais produtos exportados por SC em 2011 com elevado grau de dinamismo no comércio mundial
Pos. SH4 Produtos
1 0206 Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina, frescas, refrigeradas ou congeladas
2 0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105
3 0504 Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados
4 1201 Soja, mesmo triturada
5 1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados
6 1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias
7 1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue
8 2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja
9 2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos
10 3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico
11 7318 Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas ou troços
12 8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos
13 8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases
14 8432 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura
15 8481 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes
16 8483 Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames (excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas
17 8504 Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância
Fonte: elaboração própria, com base nos dados da SECEX/MDIC, 2012 e do Trade Map/ITC, 2012
Interessante notar que os primeiros oito produtos são derivados da indústria de alimentos e que os demais são bens
semimanufaturados ou manufaturados utilizados como insumos industriais, além de alguns bens de capital.
Um dos produtos analisados, descrito abaixo, que fez parte da pauta exportadora catarinense em 2011, apresentou dina-
mismo no comércio mundial entre 2001 e 2010 e, mais recentemente, entre 2006 e 2010. No entanto, este produto teve
um crescimento inferior ao crescimento global nas exportações catarinenses entre 2001 e 2011.
SH8414
Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes)
O desempenho catarinense está em sintonia com o desenvolvimento do comércio exterior mundial e brasileiro, conforme
visto anteriormente, pois os produtos básicos, e em especial as commodities, têm apresentado desempenho superior, prin-
cipalmente em relação aos bens manufaturados, que têm sofrido maior retração com a desaceleração econômica recente.
Adicionalmente, os produtos manufaturados também têm obtido o pior desempenho em relação ao incremento nos pre-
ços, principalmente se comparados aos básicos.
Os dados da FUNCEX apresentados demonstram que as exportações brasileiras têm crescido mais em função do aumento
dos preços que do aumento do volume exportado. Dos 10 setores que apresentaram redução no volume exportado em 2011,
oito são setores fortes da economia catarinense e cujas empresas certamente sofreram perdas no comércio internacional.
O Anexo 6.10 apresenta uma relação de 82 produtos com taxas de crescimento nas exportações anuais (2006 a 2010) su-
periores a 10%. Além disso, esses produtos tiveram valores importados superiores a US$ 1 bilhão em 2010 e taxas de cres-
cimento positivas em valor e quantidade (entre 2006 e 2010) e em valor (entre 2009 e 2010).
É certo que muitos desses produtos são commodities minerais e vegetais que Santa Catarina não tem condições de expor-
tar por não possuir os correspondentes recursos naturais, como minério de ferro, ouro, café e cacau. Por outro lado, a lista
Santa Catarina
51SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
revela oportunidades em segmentos industriais já presentes na economia do estado. É o caso das indústrias naval – que
recentemente tem se desenvolvido de forma mais vigorosa em Santa Catarina –, de vidros, aparelhos telefônicos e produ-
tos alimentícios de maior valor agregado.
Mercados
Buscou-se também conhecer no mercado mundial a evolução das exportações para os principais países importadores en-
tre 2006 e 2010 – período em que as exportações mundiais cresceram 3% ao ano. Para isso, foi realizada uma triagem com
aqueles países que tiveram crescimento igual ou superior a 3% ao ano no período. A listagem final, apresentada na tabela
a seguir, incluiu somente os países com participação superior a 0,1% nas importações mundiais, o que significa valores de
importações iguais ou acima de US$ 15 bilhões, e cujo crescimento em valor entre 2009 e 2010 tenha sido positivo.
Evolução das exportações no comércio global em mercados importadores selecionados*
Incremento igual ou superior a 10%
Incremento entre 4% e 9%
Incremento igual ao geral (3%)
Países importadoresImportações
em 2010 (US$ mil)
Balança comercial em
2010 (US$ mil)
Crescimento anual em valor
entre 2006 e 2010 (%)
Crescimento das importações entre 2009 e
2010 (%)
Participação nas importações mundiais (%)
1 Iraque 26.292.962 21.948.281 27 16 0,2
2 Libéria 16.210.136 -15.289.286 24 39 0,1
3 Líbia 19.815.231 28.361.091 22 3 0,1
4 Indonésia 135.663.280 22.115.823 20 40 0,9
5 Vietnã 91.385.907 -15.779.365 19 29 0,6
6 Líbano 17.969.735 -13.715.550 18 11 0,1
7 Algéria 40.999.891 16.051.083 18 4 0,3
8 Bangladesh 25.753.417 -5.549.599 17 40 0,2
9 Nigéria 44.235.269 42.332.644 15 30 0,3
10 Omã 19.972.734 16.626.972 14 12 0,1
11 China 1.396.001.565 181.762.186 13 39 9,2
12 Equador 20.590.848 -3.100.926 12 36 0,1
13 Rússia 248.700.000 151.400.000 11 46 1,6
14 Índia 268.629.377 -48.220.881 11 1 1,8
15 Panamá 16.737.103 -5.750.500 10 21 0,1
16 Arábia Saudita 106.862.965 144.280.068 10 12 0,7
17 Síria 17.594.314 -9.195.763 9 14 0,1
18 Peru 29.879.500 5.193.749 9 37 0,2
19 Belarus 34.868.204 -9.642.340 9 22 0,2
20 Marrocos 35.378.882 -17.614.091 9 8 0,2
21 Colômbia 40.682.508 -862.979 9 24 0,3
22 Argentina 56.501.293 11.632.782 9 46 0,4
23 TunÍsia 22.215.362 -5.788.792 8 16 0,1
24 Irã 54.697.236 29.087.764 8 0,4
25 Austrália 188.740.660 17.964.476 8 19 1,2
26 Eslováquia 65.916.188 -1.229.623 7 20 0,4
27 Emirados Árabes Unidos 151.708.867 -3.020.831 7 8 1
28 Jordânia 15.262.001 -8.238.864 6 8 0,1
29 Polônia 178.062.901 -18.305.278 6 19 1,2
30 Tailândia 182.393.380 12.918.140 6 36 1,2
Santa Catarina
52 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
31 Coreia do Sul 425.094.209 42.636.000 6 32 2,8
32 República Tcheca 125.690.658 6.450.256 5 20 0,8
33 Cingapura 310.791.134 41.076.033 5 26 2
34 Hong Kong 441.369.198 -40.677.183 5 25 2,9
35 Paquistão 37.537.025 -16.123.922 4 19 0,2
36 Suíça 176.280.626 19.328.654 4 13 1,2
37 Turquia 185.541.037 -71.561.585 4 32 1,2
38 Sérvia 16.734.435 -6.939.894 3 4 0,1
39 Kuwait 18.235.196 46.187.099 3 23 0,1
40 Israel 59.193.894 -780.866 3 25 0,4
41 Ucrânia 60.737.135 -9.306.849 3 34 0,4
42 Malásia 164.586.273 34.204.418 3 33 1,1
43 Países Baixos 439.986.633 52.659.239 3 15 2,9
Fonte: elaboração própria, com base nos dados da SECEX/MDIC, 2012 e do Trade Map/ITC, 2012
* Países que tiveram crescimento igual ou superior a 3% ao ano no período, com participação superior a 0,1% nas importações mundiais e cujo crescimento em valor entre 2009 e 2010 tenha sido positivo.
Pela tabela apresentada pode-se constatar que, dos 43 países analisados, nove não fazem parte da lista dos países para os
quais Santa Catarina tem aumentado suas exportações a uma taxa superior à das exportações globais no período de 2001
a 2011. Esses países são:
Outros nove países foram mercados conquistados por Santa Catarina no decorrer do período informado:
É positivo o fato de Santa Catarina já exportar para aqueles mercados que têm apresentado maior dinamismo no mercado
mundial. Entretanto, é necessário aproveitar melhor o potencial existente nos países identificados, principalmente naque-
les em que as exportações catarinenses tiveram um crescimento inferior ao crescimento global no período 2001-2011.
Santa Catarina
53SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
4. Resultados da pesquisa
A visão das empresas
A seção anterior apresentou em detalhes os novos rumos do comércio exterior catarinense no mercado mundial, conside-
rando principalmente os principais produtos das pautas de exportação e importação do estado e, no caso das exportações,
os principais países de destino das mercadorias. A análise foi realizada com base em dados e estatísticas disponibilizados
por órgãos oficiais e entidades ligadas ao comércio internacional. Para complementar o trabalho, executou-se uma pes-
quisa junto às empresas importadoras e exportadoras de Santa Catarina, com o objetivo de saber como foram impactadas
pelas mudanças e como se posicionaram estrategicamente para se beneficiarem do novo cenário, assim como identificar
e compreender suas limitações na tomada de ações.
Em síntese, a pesquisa procurou revelar o atual panorama e as perspectivas das empresas no tocante a seus processos de
internacionalização, consolidando algumas das conclusões obtidas na análise estatística. Também foram buscadas infor-
mações adicionais que venham a contribuir para o direcionamento de ações e políticas voltadas ao fortalecimento do co-
mércio internacional catarinense.
A pesquisa foi realizada por meio da aplicação de um formulário eletrônico, que foi disponibilizado através da internet a
todas as empresas do estado que efetuaram exportações e importações em 2011, de acordo com os dados fornecidos pela
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O formulário aplicado, cujo modelo encontra-se no Anexo 6.11, foi preenchido por 83 empresas. Para se obter resultados
representativos, assegurou-se que as maiores empresas do estado, em termos de valores exportados e importados em 2011,
participassem da pesquisa. A listagem com os nomes das empresas participantes está no Anexo 6.12.
Inicialmente, as empresas participantes são caracterizadas a partir de seu porte, setor de atividade e experiência internacio-
nal. A segunda parte da pesquisa apresenta informações relativas à prática exportadora das empresas, tais como valores e
evolução das exportações, formas de exportação, principais mercados importadores, estratégias adotadas na exportação
e perspectivas para 2012, dentre outros aspectos. A terceira parte analisa as empresas importadoras, apresentando temas
como categorias de produtos importados, valores e evolução das importações, formas de importação, principais merca-
dos fornecedores e expectativas. A última parte da pesquisa aborda a experiência das empresas na internacionalização,
englobando aspectos como os principais obstáculos internos e externos enfrentados, motivos que levaram as empresas a
internacionalizarem-se, áreas que devem ser priorizadas pelo governo no fomento ao comércio internacional e estratégias
de internacionalização mais utilizadas.
4.1 Caracterização das empresas
Inicialmente, buscou-se identificar o porte das empresas pesquisadas, com base na classificação utilizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a seguir descrita:
� 1 – 19 funcionários: Microempresas
� 20 – 99 funcionários: Pequenas empresas
� 100 – 499 funcionários: Médias empresas
� 500 ou mais funcionários: Grandes empresas
54 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
No presente trabalho, há uma maior participação de empresas de médio e de grande porte (67% do total) em virtude de
obter-se uma maior representatividade da amostra em relação aos volumes exportados e importados em 2011. Por ou-
tro lado, verifica-se também uma participação expressiva de micro e pequenas exportadoras (33%) na pesquisa realizada.
Número de funcionários
46%21%
11%
22%
Esta amostra, contemplando empresas de diferentes tamanhos, reflete a realidade do segmento exportador e importador
catarinense no tocante às dificuldades e obstáculos enfrentados, que em determinadas situações são distintos, principal-
mente em função do porte das empresas pesquisadas.
A pesquisa contou com a participação de empresas predominantemente da indústria (91% das respondentes), de 17 seto-
res que compõem a economia de Santa Catarina, englobando organizações de todas as regiões do estado. Também parti-
ciparam empresas do comércio atacadista e varejista (6% do total) e do setor de serviços (3% do total).
Setores das empresas pesquisadas
1%
10%
6%
4%
3%
3%
8%
3%
1%
4%
19%
14%
1%
6% 2%
8%
7%
Resultados da pesquisa
55SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Observa-se a participação de empresas dos mais importantes setores do estado, em termos de número de estabeleci-
mentos. Os cinco setores com maior participação de empresas, totalizando quase 60% da amostra, foram, em ordem
de importância: máquinas e equipamentos (19%), madeira (14%), têxtil (10%), borracha e plástico (8%) e móveis e in-
dústrias diversas (8%).
Não obstante, a pesquisa também contou com a participação de empresas de outros 12 segmentos. Esta diversidade setorial
contribuiu para a análise dos resultados, uma vez que o processo de internacionalização muitas vezes também é afetado
por fatores especificamente relacionados aos segmentos a que estas empresas pertencem.
A respeito da origem do capital das empresas pesquisadas, há uma concentração de empresas com 100% do capital na-
cional (90% do total da amostra). Somente um pequeno percentual é de capital totalmente estrangeiro (5%), seguidas de
empresas com capital misto (5%). Estes números refletem a tradição do estado de Santa Catarina, cujas empresas fundadas
em território catarinense com capital nacional historicamente têm participado de forma ativa no comércio internacional.
Composição do capital da empresa
90%
1%
4%
5%
O gráfico a seguir demonstra que uma pequena parcela das empresas pesquisadas (17%), principalmente de médio e
grande porte, também está investindo em filiais em outros países. Destas empresas, os principais países citados nos quais
possuem unidades foram os Estados Unidos, a Argentina e a China.
Unidades no exterior
17%
NÃO
83%
Resultados da pesquisa
56 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
A respeito da natureza das unidades no exterior, grande parte das empresas informou que desenvolvem ações comerciais
através de escritórios próprios ou que possuem plantas fabris para produção e comercialização de seus produtos. Essas
ações muitas vezes buscam dotar as empresas das capacidades necessárias para atuar em mercados onde a concorrência
é mais acirrada, ou em função da necessidade de maior proximidade com seus clientes finais.
A respeito da experiência em atividades internacionais, para a maioria das empresas (64%) esta experiência é relativamente
recente, pois iniciaram as atividades internacionais após 1991. Não obstante, também participaram da pesquisa várias em-
presas com trajetória mais longa de internacionalização: 25% têm mais de 30 anos de experiência internacional.
Início das atividades internacionais
1971-1980
13%
1981-1990
11%
1991-2000
28%
2001-2010
32%
4%
12%
A maior parte da amostra envolve empresas que são, ao mesmo tempo, exportadoras e importadoras (71%). Do restante
das empresas pesquisadas, 17% são somente exportadoras e 12% são somente importadoras. Este é um aspecto favorável
na análise dos resultados, uma vez que há uma alta participação de empresas respondentes que realizam tanto atividades
de exportação quanto de importação e uma distribuição equilibrada entre somente exportadoras e somente importadoras.
Natureza da atividade internacional
17%
12%
71%
Resultados da pesquisa
57SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
4.2 Análise das empresas exportadoras
A pesquisa abrangeu empresas que exportam diversas categorias de produtos, com a predominância de exportadoras de
bens de consumo duráveis (40%), insumos industriais (19%), bens de consumo não duráveis (18%) e bens de capital (8%).
Esta distribuição da amostra também é muito positiva para a análise dos resultados, uma vez que, como se verificou na
seção 3.2, as exportações de Santa Catarina em 2011 foram lideradas por bens de consumo não duráveis (39% do total ex-
portado), seguidos de insumos industriais (28%) e bens de capital (20%).
Exportações por setor de conta nacional
7%
1%
7%
19% 8%
18%
40%
Com relação às formas de exportação, quase metade das empresas pesquisadas (49%) exporta de forma direta, enquanto
que outros 30% delas exporta a maior parte diretamente, e indiretamente apenas alguns pedidos ocasionais. Isso demons-
tra que, de forma geral, grande parte das empresas respondentes possui uma estrutura interna própria capaz de executar
as atividades inerentes aos processos de exportação, com profissionais qualificados para exercer estas funções.
Formas de exportação
1%
8%
12%
30%
49%
Resultados da pesquisa
58 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Para as empresas que utilizam a exportação indireta, os principais meios são, em ordem de importância, tradings e/ou co-
merciais exportadoras localizadas no Brasil (41%), agentes e/ou distribuidores no exterior (37%) e agentes e/ou distribui-
dores no Brasil (20%).
Meios de exportação indireta
37%20%
2%
41%
O gráfico a seguir apresenta o porte das empresas pesquisadas de acordo com o volume exportado em 2011. Verifica-se
uma distribuição equilibrada em quase todas as faixas de valores, com maior predominância de empresas que exportaram
entre US$ 100 mil e US$ 999 mil (38%) e entre US$ 1 milhão e US$ 9,9 milhões (38%). Um número menor de empresas,
mas ainda significativo, exportou até US$ 99 mil (15%). Somente 9% das empresas pesquisadas exportaram mais de US$
10 milhões em 2011.
Faixas de valores de exportação em 2011 – US$
2%
7%
38%
38%15%
Para 64% das empresas, a exportação representou até 10% do faturamento total em 2011. Possivelmente devido à perda
de rentabilidade no mercado externo em função da valorização do real ocorrida até o ano passado e pelo aquecimento no
mercado interno, grande parte das respondentes decidiu redirecionar seus esforços de vendas para atender a demanda
doméstica. Por outro lado, o gráfico a seguir também demonstra que, no outro extremo, 17% das empresas tiveram suas
exportações contribuindo com mais de 30% do total faturado.
Resultados da pesquisa
59SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Participação das exportações no faturamento em 2011
7%
5%
5%
7%
12%
64%
As empresas também informaram qual foi o maior percentual de participação das exportações no faturamento anual da
empresa desde as primeiras vendas externas. Para 39% delas a exportação teve uma participação máxima de 10% sobre
o total do faturamento, enquanto que para 26% das empresas a exportação chegou a representar mais da metade do fa-
turamento global.
Maior percentual de participação das exportações
13%
13%
8%
12%
15%
39%
No tocante aos destinos das exportações catarinenses, merecem destaque dois países do Mercosul (Argentina e Paraguai),
que representaram os dois principais mercados em 2011, para 18% e 11% das empresas pesquisadas, respectivamente. A
Venezuela, os Estados Unidos e o Uruguai aparecem na terceira colocação, com 7% do total das respostas. Outros países
latino-americanos – Bolívia, Chile e Colômbia – também foram mais citados na pesquisa.
Resultados da pesquisa
60 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Principais mercados importadores em 2011
2%FRANÇA
2%
CANADÁ2%
ALEMANHA2%
2%
2%
2%
4%
4%4%
4% 5%
6%
7%
EUA7%
VENEZUELA7%
9%
11%18%
A maioria das empresas pesquisadas (51%) exportou para até cinco países em 2011. Somente um número reduzido das
empresas (13%) atendeu mais de 20 mercados, como apresenta o gráfico a seguir.
Número aproximado de mercados importadores atendidos pela empresa em 2011
5%
8%
16% 20%
51%
Por outro lado, ao considerar-se o número aproximado de mercados importadores atendidos pelas empresas desde as
primeiras exportações, verifica-se que o cenário é um pouco diferente. Um maior número de empresas exportou para um
maior número de países neste horizonte de tempo. Somente 27% das empresas exportaram para até cinco países, enquanto
outros 27% exportaram para seis a 10 países e 15% tiveram exportações para mais de 40 países. Estes números provavel-
mente indicam que as empresas nem sempre têm conseguido manter clientes nos mercados importadores em que atuam
e, por diversas razões, deixam de atender esses mercados.
Resultados da pesquisa
61SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Número aproximado de mercados importadores atendidos pela empresa desde as primeiras
exportações
15%
5%
12%
14%
27%
27%
Ao analisar-se o desempenho das exportações em dólares nos últimos cinco anos, verifica-se, pelo gráfico a seguir, que
mais de um quarto das empresas pesquisadas obteve estabilidade nos valores exportados. Já 37% delas informaram que
os valores foram incrementados neste período, sendo que para 25% o aumento médio anual tem sido de até 10%. Por ou-
tro lado, para 37% das empresas os valores exportados em dólar foram reduzidos. E 14% delas informaram queda anual de
até 10% nos últimos cinco anos.
Desempenho das exportações em US$ entre 2007 e 2011
7%
6%
10%
14% 1%
6%
5%
25%
26%
A razão mais apontada para as reduções das exportações foi a política cambial desfavorável. Em seguida, as empresas
apontaram a perda da competitividade no mercado mundial devido ao acirramento da concorrência estrangeira. Outras
razões entre as mais citadas foram o aumento do custo de produção, associado ao Custo Brasil, e a deterioração do poder
de compra dos importadores, como resultado da recente crise internacional.
Resultados da pesquisa
62 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
A respeito da evolução dos preços em dólares dos produtos exportados nos últimos cinco anos, o gráfico a seguir aponta
que, para 42% das empresas respondentes os preços têm se mantido estáveis, enquanto 30% informam que os preços fo-
ram parcialmente aumentados e 16% afirmam que os preços foram parcialmente reduzidos.
Evolução dos preços em US$ dos produtos exportados entre 2007 e 2011
8%
30% 4%
16%
42%
Já quando se analisa a evolução das quantidades exportadas entre 2007 e 2011, 42% das empresas informaram que os vo-
lumes estão sendo reduzidos, ao passo que para 27% os volumes estão se mantendo relativamente estáveis. Para 22% das
empresas, os volumes exportados estão sendo parcialmente aumentados.
Evolução das quantidades exportadas entre 2007 e 2011
9%
22% 24%
18%
27%
Sobre a política de desenvolvimento de produtos voltados à exportação adotada pelas empresas pesquisadas, as respostas
foram muito equilibradas, como apresenta o gráfico a seguir. A maior parte (39%) tem priorizado o desenvolvimento de
produtos para o mercado interno, posteriormente adaptando e ofertando esses produtos também para o mercado externo.
Já 30% delas têm buscado diversificar a produção/comercialização, com a inclusão de novos produtos em seu portfólio de
exportação, visando alcançar novos nichos de mercado. Somente uma pequena parcela das respondentes (9%) reduziu a
linha de produtos voltados à exportação.
Resultados da pesquisa
63SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Desenvolvimento de produtos para a exportação
9%
30%
39%
22%
As empresas foram solicitadas a informar as estratégias que vêm adotando para melhor posicionarem-se no mercado in-
ternacional. Das 21 estratégias listadas, as seis mais adotadas pelas empresas pesquisadas foram, em ordem decrescente
de citações:
� Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado
� Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante
� Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização
� Conquista de certificações internacionais (produtos e/ou processos)
� Implementação de programas de qualidade total
� Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos
Estratégias que as empresas adotam para melhor posicionamento no mercado internacional (%)
3 17 8 1 12 4 16 9 2 11 5 14 19 21 7 20 13 10 15 6 18
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
3. Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado
17. Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante
8. Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização
1. Conquista de certificações internacionais (produtos e/ou processos)
12. Implementação de programas de qualidade total
Resultados da pesquisa
64 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
4. Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos
16. Contratação de empresa especializada em logística internacional
9. Diversificação de mercados em países com maior dinamismo no comércio internacional
2. Desenvolvimento de estratégias dinâmicas de marketing e marca
11. Investigação e monitoramento do ambiente competitivo internacional
5. Estruturação da rede de distribuição em países-chave
14. Contratação de profissionais especializados para atender às demandas de internacionalização da empresa
19. Mudanças na estrutura organizacional e em processos internos da empresa
21. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no exterior
7. Disponibilização de novos serviços de pré e pós-venda
20. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no Brasil
13. Programas de benchmarking com empresas nacionais e estrangeiras
10. Programas de desenvolvimento de capacidade de gestão e comercialização internacionais
15. Contratação de seguros de créditos para aumentar as opções de pagamento e prazos aos importadores
6. Implementação de planos/modelos de internacionalização
18. Segmentação da produção em área/linha dedicada exclusivamente à exportação
Também solicitou-se que as empresas informassem, para as 21 estratégias listadas, aquelas que não adotam mas que acre-
ditam que se adotassem, poderiam melhorar seu posicionamento no mercado internacional. As seis estratégias mais cita-
das, em ordem decrescente de citações, foram:
� Implementação de planos/modelos de internacionalização
� Desenvolvimento de estratégias dinâmicas de marketing e marca
� Programas de desenvolvimento de capacidade de gestão e comercialização internacionais
� Estruturação da rede de distribuição em países-chave
� Contratação de seguros de créditos para aumentar as opções de pagamento e prazos aos importadores
� Segmentação da produção em área/linha dedicada exclusivamente à exportação
Estratégias que as empresas deveriam adotar para melhor posicionamento no mercado internacional (%)
6 2 10 5 15 18 7 9 13 8 11 1 14 21 3 4 20 19 17 12 16
8
7
6
5
4
3
2
1
0
6. Implementação de planos/modelos de internacionalização
2. Desenvolvimento de estratégias dinâmicas de marketing e marca
Resultados da pesquisa
65SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
10. Programas de desenvolvimento de capacidade de gestão e comercialização internacionais
5. Estruturação da rede de distribuição em países-chave
15. Contratação de seguros de créditos para aumentar as opções de pagamento e prazos aos importadores
18. Segmentação da produção em área/linha dedicada exclusivamente à exportação
7. Disponibilização de novos serviços de pré e pós-venda
9. Diversificação de mercados em países com maior dinamismo no comércio internacional
13. Programas de benchmarking com empresas nacionais e estrangeiras
8. Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização
11. Investigação e monitoramento do ambiente competitivo internacional
1. Conquista de certificações internacionais (produtos e/ou processos)
14. Contratação de profissionais especializados para atender às demandas de internacionalização da empresa
21. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no exterior
3. Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado
4. Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos
20. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no Brasil
19. Mudanças na estrutura organizacional e em processos internos da empresa
17. Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante
12. Implementação de programas de qualidade total
16. Contratação de empresa especializada em logística internacional
As empresas informaram os motivos pelos quais não implementam as estratégias que consideram mais adequadas para
melhor posicionamento no mercado internacional. O motivo mais citado foi a priorização do mercado brasileiro, que se
encontra aquecido e que, por isso, tem sido o principal alvo de suas operações. Outra razão bastante citada foi a falta dos
recursos financeiros necessários para a implementação de algumas das estratégias. As empresas também informaram que
a conjuntura atual, tanto no Brasil, devido à política cambial vigente, quanto internacionalmente, em função da alta con-
corrência asiática e dos efeitos da recente crise financeira internacional, não tem sido favorável para a adoção de determi-
nadas estratégias.
A pesquisa procurou analisar o grau de conhecimento e utilização dos principais programas e incentivos à exportação e re-
gimes aduaneiros especiais existentes no Brasil. Os instrumentos que as empresas têm utilizado de forma mais efetiva são a
desoneração de IPI e ICMS (87%), a restituição de PIS e COFINS (83%) e os adiantamentos cambiais ACC (59%) e ACE (51%).
Alguns dos instrumentos apresentados no formulário são desconhecidos por grande parte das empresas respondentes.
Mais de um terço das empresas pesquisadas não conhecem seis dos 16 instrumentos informados, listados a seguir:
� Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado – RECOF
� Sistema de Registro de Informações de Promoção – SISPROM
� Programa de Geração de Emprego e Renda - PROGER Exportação
� Despacho Aduaneiro Expresso – Linha Azul
� BNDES Exim Pós-Embarque
� BNDES Exim Pré-Embarque
A respeito das linhas de financiamento BNDES Exim, uma parcela significativa das empresas também informa não estar
conseguindo utilizar o Pós-Embarque (22%), o Pré-Embarque (20%), a Linha Azul (36%) e o PROEX (25%).
Resultados da pesquisa
66 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Conhecimento e utilização dos programas e incentivos à exportação e regimes aduaneiros especiais (%)
6 12
81
7
9
46
18
27
14
59
6
21
15
54
6
25
53
2
10
35
71
4
22
3
24
39
16
21
34
32
12
22
41
7
35
17
26
27
24
23
20
32
16
32
30
32
15
23
51
7
14
28
34
9
21
36
34
18
20
28
87
7
1 2 34 5 678 9 101112 13 141516
Não conhece Utiliza Não tem interesse Não consegue utilizar
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1. Desoneração IPI e ICMS
2. Restituição PIS/COFINS
4. ACC
5. ACE
3. Drawback
8. Exportações Simplificadas – SIMPLEX
12. Porto Seco
9. SISCARGA
13. REDEX
11. PROEX
16. BNDES Exim Pré-Embarque
15. BNDES Exim Pós-Embarque
10. Despacho Aduaneiro Expresso – Linha Azul
14. PROGER Exportação
7. SISPROM
6. RECOF – Entreposto Industrial
Torna-se necessário verificar os obstáculos que as empresas vêm enfrentando que as impossibilitam de utilizar esses instru-
mentos e, ao mesmo tempo, auxiliar os órgãos competentes na promoção mais eficaz daqueles instrumentos que ainda
são desconhecidos. A correta utilização dos mecanismos apresentados pode contribuir significativamente para o maior
grau de competitividade das exportadoras catarinenses.
Perspectivas
Quando questionadas sobre a projeção das exportações para 2012, mais da metade das empresas pesquisadas (56%) aponta
perspectivas de incremento: 25% esperam obter crescimento de até 10%, enquanto 19% acreditam que suas exportações
crescerão de 11% a 30%. Somente 12% das empresas estimam que aumentarão as exportações em mais de 30%, compa-
rativamente a 2011.
Por outro lado, 29% das empresas projetam estabilidade nos valores exportados e 15% estimam que suas exportações
sofrerão queda em 2012. Deste último grupo de empresas, a maior parte (10%) acredita que suas exportações deverão
reduzir-se em até 10% quando comparadas com 2011.
Resultados da pesquisa
67SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Projeção das exportações para 2012
1%
1%
3%
10%
9%
3%
19%
25%
29%
Para as empresas que acreditam que suas exportações de 2012 serão inferiores às de 2011, os principais motivos apontados
para tal foram as barreiras comerciais na exportação para a Argentina, com as medidas de restrição às importações imple-
mentadas no país, a priorização das empresas no mercado brasileiro e a perda de competitividade internacional, além das
dificuldades associadas à política cambial adotada no Brasil.
Mais da metade das empresas pesquisadas pretende realizar ações em 2012 visando a abertura de novos mercados impor-
tadores. Possivelmente devido ao fato de que suas exportações vêm crescendo de forma mais substancial em mercados
emergentes ou em países em desenvolvimento, ou em função de recentemente as economias destes países estarem cres-
cendo acima da média mundial, como demonstrou-se nos capítulos anteriores da publicação, as empresas informaram que,
em 2012, irão focar seus esforços de vendas buscando novos mercados importadores principalmente em países da América
do Sul (30%), da África (15%), da América Central (14%) e do Oriente Médio (12%). Ainda assim, mercados tradicionalmente
importadores de produtos catarinenses, como os EUA, também são importantes alvos para expansão em 2012. A América
do Norte aparece na segunda colocação (com 17%), conforme apresenta o gráfico a seguir.
Abertura de novos mercados importadores em 2012
15%
1%
5%
12% 3%
3%
14%
17%
30%
Resultados da pesquisa
68 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
As empresas que buscarão abrir novos mercados em 2012 foram solicitadas a informar os critérios que as auxiliaram na
definição destes mercados. A maior parte respondeu que se utilizou de indicadores associados ao potencial de consumo
de seus produtos, tais como crescimento econômico recente, cenário social e político, evolução recente das importações
e tamanho do mercado consumidor.
4.3 Análise das empresas importadoras
Buscou-se na pesquisa informações que pudessem ser comparadas com as estatísticas apresentadas na seção 3.1, em que
foi constatada uma mudança no perfil das importações catarinenses ao longo dos últimos 10 anos, com incrementos mais
significativos dos bens de consumo duráveis e não duráveis e uma redução na participação de bens de capital sobre o
total importado.
Insumos industriais (47%) foi a categoria de produtos mais citada pelas empresas pesquisadas no início de suas importa-
ções, seguidos de bens de capital (19%) e bens de consumo duráveis (17%).
Importações iniciais por setor de conta nacional
4%
1%
3%
3%
47%
19%
6%17%
A respeito das categorias de produtos atualmente importados pelas empresas, os percentuais foram parcialmente alterados.
Insumos industriais ainda foi a categoria mais citada, mas com uma pequena redução (41%). Bens de consumo duráveis
aparece na segunda posição, com 21% de citações. Houve também uma leve redução na citação de bens de capital (17%)
e um pequeno incremento nas citações de bens de consumo não duráveis (8%).
Questionadas sobre os motivos que as levaram a expandir as categorias de produtos importados ao longo dos últimos
anos, as empresas responderam que buscaram principalmente reduzir custos e melhorar a competitividade, através da
modernização do parque fabril pela aquisição de bens de capital importados. As empresas que reduziram as categorias de
produtos importados desde as primeiras importações informaram que substituíram estes bens por produtos fabricados
no mercado interno.
Resultados da pesquisa
69SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Importações atuais por setor de conta nacional
5%
2%
3%
3%
41%
17%
8%21%
Assim como nas exportações, grande parte das empresas importadoras pesquisadas (43%) realiza as importações de forma
direta. Para 29% delas, a maior parte das importações é realizada de forma direta, mas também utilizam a forma indireta
para a importação de alguns pedidos ocasionais.
Formas de importação
7%
15%
6%
29%
43%
Mais de três quartos das empresas que importam indiretamente (77%) utilizam os serviços de tradings e/ou empresas co-
merciais importadoras no Brasil, como apresenta o gráfico a seguir.
Resultados da pesquisa
70 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Meios de importação indireta
2%
3%
9%
9%
77%
A respeito do destino final das mercadorias importadas, o gráfico a seguir aponta que, para 48% das empresas participan-
tes, as mercadorias são destinadas ao consumo próprio. Por outro lado, para 24% das empresas, os produtos são destinados
ao consumo de terceiros. E para 13%, a maior parte das mercadorias importadas é para consumo próprio, mas parte delas
também é destinada ao consumo de terceiros.
Destino final dos produtos importados
24%
6% 9%
13%
48%
Para as empresas que realizaram importações cujos produtos foram destinados ao consumo de terceiros (total ou parcial-
mente), 75% informaram que a maioria dos consumidores finais estava localizada em outros estados brasileiros, mas parte
também estava em Santa Catarina, como demonstra o gráfico a seguir.
Resultados da pesquisa
71SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Localização dos consumidores dos produtos importados destinados ao consumo de terceiros
75%
6%19%
Quase metade das empresas pesquisadas (46%) importou entre US$ 100 mil e US$ 999 mil em 2011, seguidas de empre-
sas que importaram entre US$ 1 milhão e US$ 9,9 milhões (25% do total). Estes valores são compatíveis com os portes das
empresas pesquisadas e proporcionais à estratificação da amostra, em termos de porte de empresas.
Valor das importações em 2011
1%
11%
25%
46%
17%
Os valores importados em 2011 corresponderam a até 10% do total das compras efetuadas para 48% das empresas pes-
quisadas. Por outro lado, para 16% destas empresas as importações representaram mais de 70% das compras globais. Estes
números demonstram que algumas empresas são muito dependentes das importações em suas operações.
Resultados da pesquisa
72 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Participação das importações no total das compras em 2011
16%
5%
8%6%
17%
48%
Tomando-se como base o gráfico anterior, o gráfico a seguir demonstra que, realizando-se uma análise histórica da partici-
pação das importações no total das compras das empresas desde as primeiras importações, verifica-se que não ocorreram
alterações substanciais nos percentuais apresentados em 2011. A mudança mais significativa foi no grupo de empresas
que importaram até 10% das compras globais (reduzindo de 48% para 42%) e da parcela das empresas que importaram
de 11 a 20% do total (aumentando de 17% para 23%). Ou seja, para algumas das empresas pesquisadas as importações já
tiveram uma representatividade maior no passado.
Maior percentual de participação das importações no total das compras desde as primeiras importações
16%
3%
8%8%
23%
42%
No tocante aos principais países fornecedores das empresas pesquisadas em 2011, o mercado mais citado (26% do total)
foi a China, seguida da Alemanha (com 15%), dos EUA (12%) e da Itália (11%). Coincidentemente, estes quatro países fazem
parte da relação dos 10 principais países fornecedores para Santa Catarina em 2011, além de Chile, Argentina, Peru, Coreia do
Sul, Índia e México, alguns deles também dentre os mais citados pelas empresas pesquisadas, como apresentado no gráfico.
Resultados da pesquisa
73SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Principais países fornecedores em 2011
16%
FRANÇA
2%
2%
3%
4%4%
5%
11%
12%
ALEMANHA
15%26%
Quando questionadas sobre a evolução das importações nos últimos cinco anos, um quarto das empresas informou que
houve estabilidade nos valores importados. Somente 10% afirmam que as importações tiveram valores reduzidos nesse
período. O restante das empresas (65%) informou que as importações foram incrementadas entre 2007 e 2011. Para 31%
das empresas, o crescimento médio anual foi de 11 a 30%, enquanto para 26% delas foi de até 10%.
Desempenho das importações em US$ entre 2007 e 2011
2%
2%
6%
3%
5% 31%
26%
25%
Sobre a evolução dos preços em dólares dos produtos importados nos últimos cinco anos, mais da metade das empresas
(53%) informou que os preços estão mantendo-se estáveis, ao passo que 30% afirmam que estão sendo parcialmente au-
mentados. Interessante notar que 12% das respondentes informaram que os preços estão sendo parcialmente reduzidos.
As empresas que tiveram suas importações aumentadas recentemente foram solicitadas a informar os motivos que oca-
sionaram este incremento. O principal motivo citado, pela maioria das empresas respondentes, foi o aumento das vendas
no mercado interno e o aumento da produção. Algumas empresas também apontaram a melhor acessibilidade aos itens
importados, por custos mais reduzidos e pela política cambial favorável às importações no Brasil, o que trouxe ganhos de
competitividade a essas empresas.
Resultados da pesquisa
74 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Evolução dos preços em US$ dos produtos importados entre 2007 e 2011
5%
30%12%
53%
As empresas também foram questionadas sobre a evolução das quantidades dos produtos importados entre 2007 e 2011.
Mais da metade (54%) informou que as quantidades estão sendo aumentadas, e 36% responderam que estão mantendo-
-se estáveis.
Evolução das quantidades importadas entre 2007 e 2011
13%
41%
2%
8%
36%
Ao final desta seção da pesquisa, as empresas informaram suas expectativas em relação à evolução das importações para
este ano, em comparação a 2011. A maior parte delas (61%) projeta incremento nas importações em 2012, em contraste
com 21% das empresas pesquisadas, que acreditam que as importações permanecerão estáveis, e com 18% que preveem
redução. Para 32% das empresas, o incremento será de até 10%, enquanto 21% estimam um aumento entre 11 e 30% nas
importações para 2012, como apresenta o gráfico a seguir.
Resultados da pesquisa
75SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Projeção das importações para 2012
6%
1%
3%
8%
3%
5%
21%
32%
21%
Para as empresas que projetam crescimento nas importações, o principal motivo informado é o aumento das vendas ou
da produção, em função da maior demanda interna. As empresas também citaram que este aumento será decorrente de
investimentos na modernização de seus parques fabris, pela compra de bens de capital importados, e da busca pela redu-
ção de custos, através da aquisição de matéria-prima e insumos importados com preços mais competitivos.
4.4 Experiência das empresas na internacionalização
Em sua etapa final, a pesquisa buscou analisar o que motiva as empresas a internacionalizar seus negócios, que estratégias
são adotadas, quais as principais dificuldades encontradas, assim como propor recomendações ao governo do empresa-
riado catarinense para o fomento do comércio exterior.
O principal motivo que levou as empresas à internacionalização, citado por 25% delas foi o “crescimento da em-
presa”, seguido de “acesso a novos mercados” (16%), “aumento de competitividade” (11%) e “posicionamento no
mercado” (11%).
Resultados da pesquisa
76 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Motivos para a empresa internacionalizar-se
1%
5%
2%
3%
3%
3%
16%
9%
11%
2%
11%
9%
25%
Sobre as estratégias de internacionalização mais utilizadas pelas empresas pesquisadas, verifica-se a predominância da expor-
tação direta (32%), importação direta (25%), exportação através de terceiros (14%) e importação através de terceiros (12%).
Estratégias de internacionalização
7%
2%
1%
1%
5%
12%
25%
1%
14%
32%
Uma pequena parcela (7%) das empresas também realiza associação/alianças estratégicas com empresas estrangeiras que
não implicam em investimentos. Para 50% destas empresas, estas parcerias têm natureza comercial. E 14% informaram que
as alianças têm a finalidade de compras, enquanto 14% também vêm desenvolvendo acordos de cooperação tecnológica,
como apresenta o gráfico seguinte.
Resultados da pesquisa
77SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Natureza das alianças estratégicas
14%
7%
14%
11%
50%
4%
No tocante às barreiras internas à internacionalização consideradas mais relevantes, para 28% das empresas pesquisadas as
economias de escala são reduzidas, o que torna os custos de produção elevados em relação aos concorrentes internacio-
nais. As empresas também apontam como outros principais obstáculos internos à internacionalização o fato de o mercado
doméstico atender a seus objetivos (18%), a dificuldade de acesso aos canais de distribuição em outros países (15%) e as
dificuldades em formar parcerias internacionais (14%).
Barreiras internas à internacionalização
10%
5%
3%
7% 14%
28%
15%18%
Conforme demonstra o próximo gráfico, as empresas pesquisadas informaram que os principais obstáculos externos em
seu processo de internacionalização considerados muito relevantes ou relevantes foram, em ordem de importância: a con-
corrência internacional, a política cambial desfavorável às exportações, a burocracia excessiva em órgãos governamentais
brasileiros, a recessão em outros países, o elevado custo do transporte internacional e a falta de incentivos fiscais ofereci-
dos pelo governo brasileiro.
Resultados da pesquisa
78 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Barreiras externas à internacionalização
4 6
37
58
11
38
51
14
49
37
11
53
36
37
49
14
13
45
42
37
35
28
30
48
22
47
45
8
54
38
8
32
64
1 2 3 4 5 67 8 9 1011
Sem relevância Relevante Muito relevante
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1. Acirrada concorrência internacional
2. Política cambial desfavorável às exportações
3. Burocracia excessiva em órgãos governamentais no Brasil
7. Recessão em outros países
4. Elevado custo do transporte internacional
5. Falta de incentivos fiscais oferecidos pelo governo brasileiro
8. Insegurança jurídica do Mercosul
9. Barreiras técnicas nos países importadores
6. Falta de financiamento às exportações de produtos brasileiros
11. Acesso a sistemas de seguros de crédito ineficazes
10. Carência de escalas de navegação
Em consonância com os resultados apresentados, verifica-se que a desoneração tributária, para 21% das empresas, e a
desburocratização e redução de custos da atividade exportadora e o estabelecimento de uma política cambial favorável à
exportação, para 13% das empresas, são consideradas áreas que devem ser priorizadas pelo governo federal para o fomen-
to à internacionalização. Para 10% das empresas o governo também deve priorizar a redução dos custos de transportes e
portos, como verifica-se no gráfico a seguir.
Resultados da pesquisa
79SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Áreas que devem ser priorizadas pelo governo visando o fomento à internacionalização (%)
3%
1%
1%
13%
6%
3%
1%
8%
10%
8%
13%
1%
3%
8%
21%
Para mais da metade das empresas participantes da pesquisa (56%), a experiência de internacionalização tem sido muito
positiva e o aprendizado obtido até o momento tem favorecido o crescimento e contribuído para o alcance dos objetivos
organizacionais. Ao mesmo tempo, para 26% das empresas a experiência internacional adquirida ao longo dos anos trouxe
benefícios, mas recentemente passaram a focar seus esforços no mercado doméstico devido aos obstáculos enfrentados
no cenário internacional.
Avaliação do processo de inserção internacional
8%
10% 26%
56%
Resultados da pesquisa
80 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
5. Conclusões
Desafios e oportunidades para Santa Catarina
A globalização da economia, a formação de blocos econômicos e o crescimento do número de acordos de comércio bila-
terais e multilaterais têm provocado uma redução das distâncias geográficas e culturais entre os países. O eixo do comércio
tem se alterado sensivelmente nos últimos anos. Os países emergentes vêm alcançando fatias cada vez mais crescentes
das compras e vendas mundiais de mercadorias, em detrimento dos países desenvolvidos, que entraram em crise a partir
de 2008, ocasionando novas alterações nos fluxos internacionais de produtos. Esse conjunto de fatores delineou um ce-
nário complexo e desafiador para o comércio internacional desde o início do século 21, impondo a necessidade de novas
estratégias de inserção para empresas e países.
Assim como no resto do mundo, o Brasil vem sofrendo o impacto das transformações, caracterizadas por um ambiente al-
tamente concorrencial e de acelerada evolução tecnológica. Cada vez mais, as empresas devem estar preparadas para fazer
frente à crescente competição imposta pela globalização e pelas pressões dos mercados internacionais. Um dos grandes
benefícios advindos desse processo é a possibilidade de conquista de novos mercados, antes não acessados. A inserção
em mercados internacionais tem se tornado fundamental não apenas para a expansão das empresas, mas como estratégia
de diversificação e redução de riscos perante as oscilações do mercado interno.
Face às constantes mudanças que influem na dinâmica do comércio internacional, governos e empresas têm buscado es-
tratégias que garantam ganhos em competitividade, acesso a mercados, diminuição dos riscos de operação e novas fontes
de financiamento, entre outras. Nesse novo contexto, observa-se a intensificação da integração dos países e empresas ao
mercado mundial, a integração produtiva e comercial em busca do aumento das vantagens comparativas e a superação de
obstáculos dentro de um cenário marcado pelo forte ritmo de crescimento do comércio e do investimento entre nações.
A identificação de desafios e entraves a serem superados para o aumento da competitividade das empresas catarinenses
frente às novas dinâmicas da economia mundial é extremamente relevante para a formulação de estratégias para a inserção
no mercado internacional. O delineamento dessas estratégias permite a determinação clara de prioridades e problemas,
oportunidades e obstáculos, bem como a definição da atuação e da coordenação das ações pertinentes, tanto do setor
público como do privado, no apoio à internacionalização de empresas. O quadro a seguir sintetiza as características do ce-
nário atual com as quais é preciso lidar para a formulação de estratégias de inserção internacional.
Características atuais do ambiente global
Esta publicação apresentou a evolução do comércio internacional catarinense nos últimos 10 anos, além de abordar
o cenário recente e as perspectivas da economia mundial para os próximos anos. Com as informações apresentadas,
conclui-se que o futuro próximo é desafiador, em virtude da desaceleração econômica mundial e da crise atualmente
vivenciada na Europa e nos Estados Unidos.
Ainda assim, oportunidades existem e precisam ser melhor exploradas em determinados segmentos de produtos e países,
de forma que o estado consiga ampliar substancialmente sua participação no comércio internacional através do incre-
mento constante de suas exportações.
81SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Diante desse novo panorama, consideradas algumas ressalvas sobre aspectos macroeconômicos anteriormente abordados,
a internacionalização de empresas assume papel crucial, principalmente para países emergentes que formulam políticas
para o crescimento econômico sustentável, como é o caso do Brasil.
Na pesquisa realizada pela FIESC, cujos resultados foram apresentados no capítulo anterior, constatou-se que, apesar da gran-
de maioria das empresas respondentes serem relativamente novas em atividades de exportação e/ou importação, estão es-
truturadas para executar estas atividades. Entretanto, a participação das exportações sobre o faturamento dessas empresas
perdeu importância ao longo dos últimos anos (as exportações sofreram uma queda relativa), e quatro em cada 10 empresas
exportadoras experimentou redução no volume comercializado no exterior. As causas são claras para os empresários:
Razões para a queda relativa das exportações catarinenses
Fonte: FIESC - Pesquisa com empresas exportadoras de Santa Catarina
Pela análise estatística apresentada, também é possível concluir que houve um incremento considerável nas importações
catarinenses:
Parte desse crescimento pode ser explicada pelo aumento no número de empresas importadoras em Santa Catarina, cuja
instalação foi estimulada pelo programa de incentivos fiscais do governo do estado e por todo um contexto que benefi-
ciou o crescimento das importações, o que inclui o câmbio apreciado e o crescimento do mercado consumidor interno.
Uma constatação preocupante diz respeito ao perfil dos produtos importados por Santa Catarina. Enquanto a categoria
bens de capital vem decrescendo em termos de participação no total importado pelo estado (35% em 2001 para 18% em
2011), a categoria de bens de consumo, tanto duráveis quanto não duráveis, tem aumentado, representando, juntos, quase
19% do total em 2011, dobrando sua participação na pauta importadora catarinense.
Grande parte das empresas pesquisadas (71%) informou que suas importações foram incrementadas em valor (US$) en-
tre 2007 e 2011, o que foi resultado de maiores vendas no mercado interno ou em função do aumento da produção. Para
mais da metade das empresas os preços em dólares das mercadorias importadas estão se mantendo estáveis, enquanto
as quantidades importadas estão sendo incrementadas.
A maior parte das empresas pesquisadas pela FIESC projeta crescimento nas importações em 2012, em função da maior
demanda interna. As empresas, também citaram que esse aumento será decorrente de investimentos na modernização de
seus parques fabris e da busca pela redução de custos, através da aquisição de matéria-prima e de insumos importados com
preços mais competitivos.
Importações catarinenses – quadro-síntese
No lado das exportações, a maior representatividade na pauta de produtos catarinenses é de bens de consumo não du-
ráveis e insumos industriais, que em 2011 representaram 39% e 28%, respectivamente. Mas a categoria de bens de capital
também vem ganhando importância ao longo do tempo, aumentando sua participação no total exportado, de 15% em
2001 para 20% em 2011.
Conclusões
82 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Ainda que as exportações catarinenses sejam lideradas por bens manufaturados, sua participação no total das exportações
tem decrescido ano após ano (de 62% em 2001 para 52% em 2011). Ao mesmo tempo, tem aumentado a participação de
bens básicos, que cresceu de 33% em 2001 para 46% em 2011. Essa situação, na verdade, reflete o cenário do comércio
mundial, que tem apresentado melhor desempenho na demanda por produtos primários.
Adicionalmente, verificou-se que dos principais produtos exportados por Santa Catarina, somente uma pequena parte
tem apresentado maior dinamismo no comércio mundial, o que reforça a ideia de que novos nichos de mercado devem
ser explorados por empresas catarinenses. O cenário atual indica que há necessidade de maior diversificação na pauta ex-
portadora do estado, com mais empresas investindo na produção e venda de produtos que apresentam maior dinamismo
no comércio mundial.
Exportações catarinenses – quadro-síntese
Pela pesquisa, conclui-se que o desenvolvimento de produtos para a exportação é relegado a segundo plano pela maioria
das empresas, priorizando-se o desenvolvimento de produtos destinados ao mercado interno, e adaptando esses produtos
posteriormente para serem ofertados em seu portfolio de exportação.
Para internacionalizarem-se as empresas precisam adotar estratégias adequadas, como atitude competitiva, concentração
geográfica, mecanismos de gestão e de coordenação de atividades, desenvolvimento interno de competências dinâmicas,
absorção e integração de conhecimento, relação com outras empresas (concorrentes, clientes, fornecedores) e capacida-
de de adaptação e articulação das diferentes condições locais – especificidades culturais, econômicas, regulamentares e
linguísticas dos países ou regiões.
Para que as empresas sejam competitivas, a importância do estabelecimento de estratégias é indiscutível, principalmente
quando se refere ao mercado externo, pois são boas estratégias que farão frente às oportunidades e ameaças impostas
pelo ambiente externo, na busca de vantagens competitivas ou de um melhor posicionamento.
A este respeito, as estratégias mais adotadas pelas empresas pesquisadas pela FIESC incluem a oferta de novos produtos
(com maior diferencial competitivo ou agregação de valor), a promoção comercial em feiras internacionais e o desenvol-
vimento de novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização. Paralelamente, estas empresas também vêm
buscando a redução de custos e o melhoramento de processos, com programas de qualidade total, obtenção de certifica-
ções e investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia e design.
Não obstante, há estratégias que grande parte das empresas pesquisadas não adota, mas que acredita que se adotasse
poderia ter um melhor posicionamento internacional. Envolvem principalmente a adoção de planos/modelos de interna-
cionalização, estratégias dinâmicas de marketing e marca, o desenvolvimento de gestão e comercialização internacionais,
a estruturação da rede de distribuição em países-chave e a segmentação da produção para exportação, dentre outras.
Santa Catarina já exporta para um grande número de países e, o que é ainda mais importante, a concentração das exporta-
ções em um número limitado de países vem decrescendo ao longo dos anos. Enquanto em 2001 os 10 principais mercados
importadores respondiam por mais de 67% das exportações, em 2011 essa participação foi reduzida para 55%. O quadro a
seguir aponta algumas particularidades a respeito dos mercados importadores de Santa Catarina:
Conclusões
83SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Mercados de destino de produtos de Santa Catarina
Mais da metade das empresas pesquisadas projeta incremento das exportações neste ano, enquanto um terço delas acre-
dita que suas exportações serão estáveis, comparativamente a 2011. Para as empresas que acreditam que suas exportações
serão inferiores em 2012, os principais motivos alegados são:
� Barreiras comerciais impostas na Argentina;
� Priorização do mercado doméstico;
� Política cambial desfavorável no Brasil;
� Perda de competitividade internacional.
Sobre o comércio com a Argentina, é importante destacar a pesquisa realizada pela FIESC em 2012, que objetivou com-
preender e mensurar o impacto das medidas implementadas pelo governo argentino para restringir as importações
naquele país.
Essa pesquisa, que contou com a participação de 38 empresas catarinenses que exportaram ou exportam para a Argentina,
buscou subsidiar o governo brasileiro com informações relativas às dificuldades comerciais nas exportações para o mercado
argentino, na tentativa de superar as barreiras existentes e fomentar cada vez mais a relação bilateral entre Brasil e Argentina.
Na ocasião constatou-se que mais da metade dessas empresas acredita que suas exportações para a Argentina seriam re-
duzidas em 2012, principalmente devido ao atraso e/ou demora na liberação das licenças de importação não automáticas
pelo governo argentino e à imposição de medidas relativas à Resolução DJAI – Declaração Jurada Antecipada de Importa-
ção –, que entrou em vigor em fevereiro de 2012.
Para a retomada do curso normal de comércio com a Argentina, a pesquisa concluiu que o governo brasileiro deveria
se posicionar de forma firme e enérgica em favor das exportadoras brasileiras e buscar uma solução imediata para
os entraves apresentados.
A internacionalização das empresas traz benefícios para todos, mas o processo não evoluirá sem a conjugação de esforços
entre sociedade, setor empresarial e governo. No lado empresarial, houve uma significativa evolução nos objetivos estra-
tégicos, com um grande movimento para ganhar capacidade competitiva e coragem para enfrentar novas realidades. Para
mais da metade das empresas participantes da pesquisa, a experiência de internacionalização tem sido muito positiva e o
aprendizado obtido até o momento tem favorecido o crescimento e contribuído para o alcance dos objetivos organizacionais.
No entanto, de acordo com as informações obtidas na pesquisa, constatou-se que as estratégias de internacionalização atu-
almente adotadas limitam-se à exportação e à importação diretas e indiretas. Somente um número reduzido das empresas
faz uso de outras estratégias, como licenciamento, joint-ventures e alianças estratégicas. O processo de internacionalização
é dificultado por uma série de barreiras.
Conclusões
84 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Barreiras internas à internacionalização Barreiras externas à internacionalização
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Fonte: FIESC - Pesquisa com empresas exportadoras e importadoras de SC
Nesse contexto, a pesquisa realizada identifica as áreas que devem ser priorizadas pelo governo federal para o fomento à
internacionalização de empresas brasileiras: a desoneração tributária, a desburocratização e redução de custos da atividade
exportadora e o estabelecimento de uma política cambial favorável à exportação.
De acordo com a publicação “Internacionalização de Empresas Brasileiras”, produzida pelo governo brasileiro, a literatura
acadêmica e empresarial aponta para um conjunto de ações governamentais que vem auxiliando no processo de interna-
cionalização das empresas brasileiras, conforme apresenta o quadro a seguir.
Ações do governo brasileiro no fomento à internacionalização de empresas
A mesma publicação ressalta a necessidade de adotar-se o modelo do Estado facilitador, caracterizado pela eliminação
de barreiras e entraves à internacionalização das empresas nacionais. Esse modelo se pauta pela criação de um ambiente
regulatório favorável à internacionalização, por meio, por exemplo, da redução, simplificação ou eliminação de barreiras
administrativas e cambiais, entre outras.
A estrutura de governança de uma economia determina a capacidade de ajustes na formulação e aplicação de estratégias
e ações que permitam aproveitar oportunidades, elevando seu nível de competitividade internacional. Por outro lado, as
estratégias de internacionalização de empresas não levam unicamente em conta os fatores externos para a obtenção de
resultados. Elas também se inserem no contexto mais geral da política econômica e industrial do país. A interação entre
as estratégias dos governos, de promover o desenvolvimento econômico, e as estratégias das empresas, de expansão no
mercado internacional, pode resultar em soluções de questões prementes que lhes permitam alcançar tais objetivos.
Com os efeitos ainda sentidos da recente crise internacional e diante do fraco crescimento econômico global, há necessi-
dade de um novo direcionamento por parte do setor exportador catarinense, com vistas a tornar-se mais competitivo no
cenário mundial e a ampliar sua participação no comércio internacional.
Pelo estudo, conclui-se que os países desenvolvidos ainda passarão por momentos difíceis nos próximos anos, e que os
países em desenvolvimento deverão continuar impulsionando o crescimento da economia mundial, ainda que em um
ritmo inferior ao dos anos mais recentes.
Conclusões
85SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Nesse cenário, cabe às empresas de Santa Catarina buscar ampliar negócios naqueles mercados em que se observa uma
evolução mais positiva no comércio internacional, particularmente em países emergentes da África, da Ásia, da América
Latina e do Oriente Médio. Mesmo que esses países apresentem economias menores, com valores de importação inferio-
res aos de países desenvolvidos, é neles que atualmente se encontram as oportunidades de negócios mais promissoras
no curto e no médio prazo.
Este trabalho buscou apresentar dados e informações que venham auxiliar as empresas catarinenses na reavaliação e, even-
tualmente, no re-direcionamento de suas estratégias de internacionalização, ainda que para isso seja também necessário o
engajamento dos governos estadual e federal e da iniciativa privada, principalmente através da implementação de medidas
efetivas de fomento às exportações brasileiras.
Os resultados proporcionados pela publicação também subsidiaram a FIESC na elaboração do “Programa Estratégico para
a Internacionalização da Indústria Catarinense”, que, uma vez implementado, buscará transpor alguns dos principais obs-
táculos enfrentados pelas empresas do estado em sua trajetória de internacionalização.
O referido plano prevê a execução pela FIESC em possíveis parcerias com outras instituições públicas e privadas que cola-
boram de forma direta ou indireta para o comércio exterior catarinense e brasileiro, atuando em grandes eixos: Promoção
das Exportações, Atração de Investimentos Estrangeiros, Fomento de Parcerias Internacionais, Inteligência Competitiva e
Capacitação e Infraestrutura.
Através dos resultados esperados a partir das ações a serem executadas nesses eixos, acredita-se que a FIESC e demais en-
tidades potenciais parceiras estarão contribuindo para que as empresas de Santa Catarina alcancem um patamar de supe-
rioridade no comércio mundial. Com um setor produtivo mais competitivo internacionalmente, os efeitos em termos de
desenvolvimento empresarial terão reflexo positivo no crescimento sustentável da economia catarinense.
Conclusões
86 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6. Anexos
6.1 Principais premissas do cenário-base para as estimativas de 2012/2013
As estimativas apresentadas no estudo da ONU são baseadas em cálculos usando o Modelo de Previsão Econômica Mun-
dial das Nações Unidas (WEFM), cujos dados são informados pelos participantes do Projeto Link, uma rede de instituições
e pesquisadores apoiados pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, de acordo com as
perspectivas econômicas previstas para cada país.
As previsões apresentadas individualmente por especialistas dos países são ajustadas com base em pressupostos globais
harmonizados e pela imposição de regras de consistência globais (especialmente para os fluxos comerciais, medidos em
volume e valor) definidas pelo WEFM. Os principais pressupostos globais são apresentados a seguir e formam o núcleo do
cenário de previsão – o cenário-base que apresenta a maior probabilidade de ocorrência.
Antecedentes dos pressupostos de base
Assume-se que dentro do intervalo do período de previsão, a crise da dívida soberana na Europa será contida e que me-
didas adequadas sejam tomadas para evitar uma crise de liquidez que poderia levar a maiores insolvências bancárias e a
uma crise de crédito renovada. Estas medidas incluem uma reestruturação ordenada da dívida grega, um certo grau de
recapitalização dos bancos e um reforço do Fundo de Estabilidade Financeira Europeu (EFSF), de modo que os mercados
se assegurem que há recursos suficientes para lidar com uma possível recessão em um dos maiores países-membros.
Nos Estados Unidos, assume-se que o Joint Select Committee on Deficit Reduction chegaria a um acordo sobre o pacote de
corte de US$ 1,2 trilhão em gastos do governo nos próximos 10 anos ou, no caso desse acordo não se concretizar, que o
plano de contingência para uma redução do orçamento anual de dimensões semelhantes de US$ 120 bilhões seria imple-
mentado. Mais amplamente, as políticas macroeconômicas planejadas das grandes economias para o curto prazo (2012-
2013), como reflete o Plano de Ação de Cannes para o Crescimento e o Emprego, adotado em 4 de novembro de 2011
pelos líderes do Grupo dos Vinte (G20), são assumidas a serem seguidas no cenário de referência.
Pressupostos das políticas monetária e fiscal para as principais economias
Assume-se que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) mantenha a taxa de juros dos fundos federais no seu nível baixo
atual, entre 0,0 e 0,25%, até ao final de 2013.
Também se assume que o Banco Central Europeu (BCE) deva fazer outro corte de 25 pontos-base na sua principal taxa até
o final do ano, elevando a taxa mínima de volta para 1%. O BCE deverá continuar a fornecer liquidez aos bancos através
de uma série de comodidades, tais como operações de refinanciamento de prazo de várias durações e compra de títulos
soberanos sob o programa Securities Market Programme (SMP).
Presume-se que o Banco do Japão (BoJ) mantenha sua principal taxa de juros em 0,05% e continue a usar seu balanço
patrimonial para gerir a liquidez através do Programa de Compra de Ativo (APP) para adquirir ativos de risco, como títulos
comerciais e bônus corporativos, além das obrigações e bilhetes do Tesouro. O BoJ também deve continuar a intervir no
mercado de câmbio estrangeiro para estabilizar o valor do iene.
Nas principais economias emergentes, o Banco do Povo da China (PBC) deverá manter em espera o seu aperto monetário,
com base em uma suposição contingente de que a inflação na economia começará a ser contida.
87SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Em termos de política fiscal, supõe-se que nos Estados Unidos apenas os itens para o corte de impostos da folha de pa-
gamento e para o seguro-desemprego de emergência da proposta American Jobs Act serão promulgados e que ações de
longo prazo para a redução do déficit entrarão em vigor a partir de janeiro de 2013.
Na área do euro, bem como na maioria das economias da Europa Ocidental, presume-se que os planos anunciados para a
consolidação fiscal serão totalmente implementados.
No Japão, o total do plano de cinco anos de reconstrução pós-terremoto é estimado para custar ¥19 trilhões, ou 4% do PIB,
a ser financiado principalmente por aumentos nos impostos.
Na China, a política orçamentária deverá manter-se “proativa”, com aumento dos gastos em educação, saúde e programas
sociais.
Taxas de câmbio entre as moedas mais importantes
Assume-se que o euro vai oscilar em torno de uma média anual de US$ 1,36 em 2012 e 2013, implicando em uma depre-
ciação de 2,5% do seu nível de 2011. Para o iene japonês estima-se uma média de cerca de ¥78 por dólar para o resto do
período de previsão, representando uma valorização de 2,4% em 2012, em comparação com a taxa de câmbio média de
2011. O renminbi chinês deverá alcançar em média CN¥ 6,20 por dólar americano em 2012 e CN¥ 6,02 em 2013, uma va-
lorização de 3,9% e 2,9%, respectivamente.
Preços do petróleo
Estima-se que os preços do petróleo em média alcançarão cerca de US$ 100 por barril (pb) durante 2012 e 2013, abaixo
dos US$107 pb ocorridos em 2011.
Anexos
88 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.2 Os 50 principais produtos (SH4) importados por SC em 2011
SH4 Descrição dos produtos Importações - US$ mil
7403 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas 1.577.613,6
3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 705.152,6
4011 Pneumáticos novos, de borracha 317.911,5
7208 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, laminados a quente 284.212,5
5402 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar) 272.971,1
3902 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias 238.639,9
7601 Alumínio em formas brutas 200.571,3
3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias 199.035,9
5509 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar) 183.868,7
5510 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar) 181.844,4
4001 Borracha natural, balata, guta-percha, guaiule, chicle e gomas naturais análogas 169.168,5
8517 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos telefônicos 160.492,7
7210 Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados ou chapeados, ou revestidos 159.144,5
9018 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária 158.656,4
8415 Máquinas e aparelhos de ar-condicionado, contendo um ventilador motorizado 143.159,5
7408 Fios de cobre 134.684,6
3923 Artigos de transporte ou de embalagem, de plástico; rolhas, tampas, cápsulas de plástico 123.712,7
8443 Máquinas e aparelhos para impressão por meio de caracteres tipográficos, clichês, blocos 120.092,5
3002 Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, profiláticos ou de diagnóstico 120.090,0
8516 Aquecedores elétricos de água, incluídos os de imersão; aparelhos elétricos para aquecimento 117.126,6
4202 Malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudantes 116.889,9
6907 Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, de cerâmica 110.811,2
5407 Tecidos de fios de filamentos sintéticos 109.183,2
5205 Fios de algodão (exceto linhas para costurar), contendo pelo menos 85%, em peso, de algodão 107.340,6
0304 Filetes de peixes e outra carne de peixes (mesmo picada), frescos, refrigerados ou congelados 106.993,8
7901 Zinco em formas brutas 105.435,2
2713 Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo 103.479,0
9022 Aparelhos de raios X e aparelhos que utilizem as radiações alfa, beta ou gama 101.927,0
7801 Chumbo em formas brutas 101.162,8
7209 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, não folheados ou chapeados, nem revestidos 100.930,1
8542 Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos 99.284,0
1509 Azeite de oliveira e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 92.436,9
4015 Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes), de borracha vulcanizada 90.588,5
6203 Ternos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras, bermudas e calções, de uso masculino 83.804,4
3822 Reagentes de diagnóstico ou de laboratório em qualquer suporte e reagentes de diagnóstico 82.114,3
3920 Outras chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, de plástico não alveolar, não reforçadas 81.284,6
2202 Águas, incluídas as águas minerais e as águas gaseificadas, adicionadas de açúcar 79.785,6
8471 Máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades; leitores magnéticos 78.312,3
1101 Farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio. 76.926,8
8479 Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria 74.499,8
8701 Tratores (exceto os da posição 8709) 72.710,1
8452 Máquinas de costuras; móveis, bases e tampas, próprios para máquinas de costura 72.556,7
3903 Polímeros de estireno, em formas primárias 71.568,6
7225 Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura igual ou superior a 600 mm 70.734,4
8903 Iates e outros barcos e embarcações de recreio ou de desporto; barcos a remos e canoas 70.225,2
0703 Cebolas, chalotas, alho comum, alho-porro e outros produtos hortícolas aliáceos 70.153,3
6204 Fatos de saia-casaco, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças etc. de uso feminino 69.888,9
9503 Outros brinquedos; modelos reduzidos e modelos semelhantes para divertimento, quebra-cabeças 69.741,1
9027 Instrumentos e aparelhos para análises físicas ou químicas 69.540,0
8477 Máquinas e aparelhos, para trabalhar borracha ou plástico 69.052,2
Anexos
89SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.3 Evolução das importações entre 2001 e 2011 dos 50 produtos mais importados
por SC em 2011
Incremento superior a 10.000%
Incremento entre 5.001% e 10.000%
Incremento entre 2.001% e 5.000%
Incremento próximo ao geral (1.630%-2.000%)
Incremento inferior ao geral
Novos produtos (dentre os 50 mais importados)
SH4 Descrição dos produtos2011
US$ mil2001
US$ milIncremento 2001-2011
4001Borracha natural, balata, guta-percha, chicle e gomas naturais análogas,
em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras
4202 Malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudantes
3002Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, profilácticos
ou de diagnóstico; antissoros, outras frações do sangue
1509 Azeite de oliveira e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados
8903 Iates e outros barcos e embarcações de recreio ou de desporto; barcos a remos e canoas
4011 Pneumáticos novos, de borracha
7210Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos
6203Fatos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras, bermudas e calções
(shorts) (exceto de banho), de uso masculino
6204Fatos de saia-casaco, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças,
jardineiras, bermudas e calções (shorts) (exceto de banho), de uso feminino
7408 Fios de cobre
1101 Farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio.
3901 Polímeros de etileno, em formas primárias
7209Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior
a 600 mm, laminados a frio, não folheados ou chapeados, nem revestidos
8415Máquinas e aparelhos de ar-condicionado, contendo um ventilador motorizado
e dispositivos próprios para modificar a temperatura e a umidade
0703 Cebolas, chalotas, alho comum, alho-porro e outros produtos hortícolas aliáceos, frescos ou refrigerados
7225 Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura igual ou superior a 600 mm
3923Artigos de transporte ou de embalagem, de plástico; rolhas, tampas, cápsulas
e outros dispositivos destinados a fechar recipientes, de plástico
5509 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho
3902 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias
9022Aparelhos de raios X e aparelhos que utilizem as radiações alfa, beta ou gama,
mesmo para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários
7208Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior
a 600 mm, laminados a quente, não folheados ou chapeados, nem revestidos
8516Aquecedores elétricos de água, incluídos os de imersão; aparelhos elétricos
para aquecimento de ambientes, do solo ou para usos semelhantes
9018Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária,
incluídos os aparelhos de cintilografia e outros aparelhos eletromédicos
9027Instrumentos e aparelhos para análises físicas ou químicas (por exemplo: polarímetros,
refractômetros, espectrômetros, analisadores de gases ou de fumos)
5407 Tecidos de fios de filamentos sintéticos, incluídos os tecidos obtidos a partir dos produtos da posição 5404
0304 Filetes de peixes e outra carne de peixes (mesmo picada), frescos, refrigerados ou congelados
8471Máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades; leitores
magnéticos ou ópticos, máquinas para registar dados em suporte
Anexos
90 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
3920Outras chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, de plástico não alveolar, não reforçadas
nem estratificadas, sem suporte, nem associadas a outras matérias
5205Fios de algodão (exceto linhas para costurar), contendo pelo menos 85 %,
em peso, de algodão, não acondicionados para venda a retalho
3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias
8452Máquinas de costura, exceto para costurar cadernos, da posição 8440;
móveis, bases e tampas, próprios para máquinas de costura
8443Máquinas e aparelhos para impressão por meio de caracteres tipográficos, clichês,
blocos, cilindros e outros elementos de impressão da posição 8442
8517Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos
telefônicos por fio combinados com auscultadores sem fio
3903 Polímeros de estireno, em formas primárias
8542 Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos
5402Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar), não acondicionados
para venda a retalho, incluídos os monofilamentos sintéticos
8479Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados
nem compreendidos em outras posições deste capítulo
8477 Máquinas e aparelhos, para trabalhar borracha ou plástico ou para fabricação de produtos dessas matérias
7403 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas
7601 Alumínio em formas brutas
5510 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho
6907Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, não vidrados nem
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para mosaicos
7901 Zinco em formas brutas
2713 Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos
7801 Chumbo em formas brutas
4015Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes), de
borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos
3822Reagentes de diagnóstico ou de laboratório em qualquer suporte e
reagentes de diagnóstico ou de laboratório preparados
2202Águas, incluídas as águas minerais e as águas gaseificadas, adicionadas de açúcar
ou de outros edulcorantes ou aromatizadas e outras bebidas não alcoólicas
8701 Tratores (exceto os da posição 8709)
9503Outros brinquedos; modelos reduzidos e modelos semelhantes para divertimento,
mesmo animados; quebra-cabeças (puzzles) de qualquer tipo
Anexos
91SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.4 Os 50 principais países importadores de SC em 2011
Países US$ mil
1 ESTADOS UNIDOS
2 JAPÃO
3 ARGENTINA
4 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA)
5 CHINA
6 REINO UNIDO
7 ALEMANHA
8 RÚSSIA
9 HONG KONG
10 MÉXICO
11 ÁFRICA DO SUL
12 PARAGUAI
13 ITÁLIA
14 VENEZUELA
15 BÉLGICA
16 ARÁBIA SAUDITA
17 URUGUAI
18 FRANÇA
19 CHILE
20 COREIA DO SUL
21 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
22 CINGAPURA
23 ESPANHA
24 ANGOLA
25 BOLÍVIA
26 UCRÂNIA
27 EGITO
28 COLÔMBIA
29 PERU
30 CANADÁ
31 POLÔNIA
32 AUSTRÁLIA
33 TURQUIA
34 IRAQUE
35 ROMÊNIA
36 EQUADOR
37 SUÉCIA
38 IRÃ
39 MALÁSIA
40 PORTUGAL
41 ÍNDIA
42 INDONÉSIA
43 VIETNÃ
44 KUWAIT
45 NIGÉRIA
46 FILIPINAS
47 SUÍÇA
48 CATAR
49 GUATEMALA
50 TAILÂNDIA
Anexos
92 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.5 Comparativo das exportações entre 2001 e 2011 para os principais países
importadores de SC
Incremento superior a 1.000%
Incremento entre 199% e 1.000%
Incremento inferior ao geral (1% a 198%)
Novos mercados
Países 2011
US$ mil2001
US$ mil Incremento
1 CHINA 410.297 18.283
2 ANGOLA 88.787 4.610
3 UCRÂNIA 79.609 4.402
4 FILIPINAS 29.291 1.763
5 POLÔNIA 60.971 4.443
6 SUÉCIA 46.133 3.967
7 ROMÊNIA 50.985 4.581
8 EGITO 77.763 7.947
9 COREIA (DO SUL), REPÚBLICA DA 130.344 14.822
10 VENEZUELA 176.638 23.407
11 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 128.712 17.685
12 PERU 67.575 9.715
13 TURQUIA 56.233 8.193
14 EQUADOR 50.130 7.828
15 COLÔMBIA 73.964 11.753
16 BOLÍVIA 80.103 13.289
17 JAPÃO 684.398 116.974
18 CINGAPURA 125.790 22.842
19 HONG KONG 280.591 51.267
20 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 640.723 117.439
21 ÁFRICA DO SUL 259.031 49.234
22 BÉLGICA 168.764 35.384
23 AUSTRÁLIA 58.148 13.052
24 PARAGUAI 234.230 53.931
25 MÉXICO 280.402 69.357
26 ITÁLIA 185.076 67.041
27 ARGENTINA 678.511 252.078
28 URUGUAI 159.751 60.900
29 REINO UNIDO 368.912 173.499
30 CHILE 141.392 74.047
31 FRANÇA 152.494 83.323
32 ARÁBIA SAUDITA 165.608 94.977
33 ALEMANHA 367.067 220.499
34 ESPANHA 92.491 60.349
35 RÚSSIA, FEDERAÇÃO DA 287.251 194.908
36 CANADÁ 62.116 43.127
37 ESTADOS UNIDOS 992.441 714.630
38 IRAQUE 54.525 -
39 VIETNÃ 34.860 -
40 HUNGRIA 19.264 -
41 JORDÂNIA 17.979 -
42 AZERBAIJÃO 13.122 -
Anexos
93SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.6 Os 50 principais produtos exportados por SC em 2011
SH4 Descrição dos produtos Exportações
US$ mil
0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 1.933.145,6
2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 898.880,5
8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 591.226,7
8414 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) 508.813,2
0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 452.018,8
8409 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 435.487,3
1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 396.580,8
0210 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas; farinhas e pós, comestíveis, de carnes ou de miudezas 263.434,3
1201 Soja, mesmo triturada 217.934,6
9403 Outros móveis e suas partes 186.439,4
4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 163.551,0
2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 147.467,3
4418 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis para soalhos e as fasquias para telhados 126.410,0
6908Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes107.379,6
1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 96.567,2
8504 Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução 94.274,4
7210 Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos 92.781,2
8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 91.685,0
4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 91.652,3
8418Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos
para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro89.607,0
4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm 76.118,4
8483 Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames (excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas 70.969,8
8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos 65.524,1
4819 Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta de celulose ou de mantas de fibras de celulose 50.032,4
1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias 49.146,2
8503 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. 45.411,1
8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 44.571,8
3503Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou retangular,
mesmo trabalhadas na superfície ou coradas) e seus derivados 43.833,4
6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 40.992,7
2009 Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool 35.483,6
8511 Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por faísca ou por compressão 34.218,0
0504 Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados 33.277,2
7318 Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços 33.243,2
8432 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura 32.564,0
9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 32.130,2
1006 Arroz 31.883,3
0206 Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina, cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas 30.815,4
4417 Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras, de madeira; formas, alargadeiras e esticadores, para calçados 30.537,0
5806 Fitas, exceto os artefatos da posição 5807; fitas sem trama, de fios ou fibras paralelizados e colados (bolducs) 29.161,6
4107 Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos (incluindo os búfalos) 28.361,5
8481 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras 25.822,0
7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 23.503,1
4104 Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados 23.402,1
3505 Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo: amidos e féculas pré-gelatinizados ou esterificados) 23.002,4
0303 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 22.475,9
8479 Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados nem compreendidos em outras posições deste capítulo 21.153,6
2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos 20.792,6
8536 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 19.712,9
3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico 19.120,5
4409 Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados) perfilada (com espigas, ranhuras, filetes, entalhes) 18.957,0
Anexos
94 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.7 Evolução das exportações entre 2001 e 2011 dos 50 produtos mais exportados
por SC em 2011
Incremento superior a 1.000%
Incremento entre 250% e 1.000%
Incremento próximo ao geral (199%-249%)
Incremento inferior ao geral
Redução nas exportações
Novos produtos (dentre os 50 mais exportados)
SH4 Descrição dos produtos2011
US$ mil2001
US$ milIncremento
0210 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas; farinhas e pós, comestíveis
5806 Fitas, exceto os artefatos da posição 5807; fitas sem trama, de fios ou fibras paralelizados e colados (bolducs)
8483Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames
(excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas
1006 Arroz
9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos
1201 Soja, mesmo triturada
0504Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços,
exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados
8479 Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria
8536 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos
8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases
8504 Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância
2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja
1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue
8432Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para
preparação ou trabalho do solo ou para cultura
2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos
2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco
0206Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina,
caprina, frescas, refrigeradas ou congeladas
8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos
4819 Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (ouate) de celulose
1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias
3505Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo:
amidos e féculas pré-gelatinizados ou esterificados)
4409Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados)
perfilada (com espigas, ranhuras, filetes, entalhes)
2009Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos
hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool
8503 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02.
8409 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408
3503 Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou retangular) e seus derivados
7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado
8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos
8481 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes
7318Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos
roscados, rebites, chavetas, cavilhas ou troços
8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705
3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico
Anexos
95SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados
0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105
4417 Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras, de madeira; formas para calçados
0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas
8414 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes)
8418 Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos para a produção de frio
4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803
4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes
0303 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304
4104 Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados
4418 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis para soalhos
8511Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para
motores de ignição por faísca ou por compressão
6908Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento,
vidrados ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas
9403 Outros móveis e suas partes
4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm
6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha
7210Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura
igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados
4107 Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos
Anexos
96 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.8 Evolução das exportações mundiais entre 2001 e 2010 dos 50 produtos mais
exportados por SC em 2011
Incremento superior a 1.000%
Incremento entre 145% e 1.000%
Incremento próximo ao geral (130%-144%)
Incremento inferior ao geral (100%-129%)
Incremento inferior ao geral (menos de 100%)
Redução nas exportações
SH 4 Descrição dos produtos2010
US$ mil2001
US$ milIncremento
4107Couros preparados após curtimento ou após secagem e couros e peles
apergaminhados, de bovinos (incluindo os búfalos)9.904.547 751.547
1201 Soja, mesmo triturada 44.210.194 11.810.054
7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 28.181.011 8.869.924
8432 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura 5.583.588 1.866.271
1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 8.577.718 2.921.667
7210Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos46.921.566 16.296.236
1006 Arroz 19.277.534 6.809.040
2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 24.016.688 8.770.691
1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias 3.444.142 1.266.914
8481Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas)
e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras68.284.669 25.493.346
8483Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames
(excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas44.572.869 16.742.073
8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos 53.831.600 20.647.420
1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 11.889.936 4.593.393
3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico 17.445.269 6.836.665
7318Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos
roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços31.011.493 12.193.497
0206Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina,
cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas5.291.729 2.082.678
8504Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,
por exemplo), bobinas de reactância e de autoindução87.654.729 35.706.877
8418Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos
para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro35.194.654 14.688.024
0504Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços,
exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados3.442.791 1.437.734
0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 20.761.897 8.757.242
8414 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) 61.613.552 26.014.856
8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 45.862.131 19.398.568
2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos 2.181.520 946.036
8503 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. 15.924.533 6.964.125
9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 31.384.633 13.737.888
8409 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 57.794.285 25.919.561
6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 16.000.240 7.223.530
0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 25.031.230 11.564.074
Anexos
97SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
2009Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos
hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool13.341.867 6.179.306
8536 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 85.131.329 39.624.521
8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 41.318.447 19.695.315
8511Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para
motores de ignição por faísca ou por compressão 15.855.355 7.669.002
8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 278.767.681 135.170.717
4819Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão,
pasta (ouate) de celulose ou de mantas de fibras de celulose17.853.069 8.852.507
3305Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo:
amidos e féculas pré-gelatinizados ou esterificados)3.104.271 1.545.792
9403 Outros móveis e suas partes 63.647.912 33.694.995
0303 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 19.946.111 10.640.390
4418Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares,
os painéis para soalhos e as fasquias para telhados 11.139.499 6.057.421
3503Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou
retangular, mesmo trabalhadas na superfície ou coradas) 1.375.687 750.383
6908Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes10.600.559 5.839.929
2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 11.938.039 6.966.810
0210Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas;
farinhas e pós comestíveis, de carnes ou de miudezas3.864.608 2.264.755
4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 11.818.130 7.035.554
4409Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados)
perfilada (com espigas, ranhuras, filetes, entalhes)4.657.681 2.820.620
5806 Fitas, exceto os artefatos da posição 5807; fitas sem trama, de fios ou fibras paralelizados e colados (bolducs) 3.023.588 1.836.359
4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 11.343.084 7.082.914
8479Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados
nem compreendidos em outras posições deste capítulo57.409.642 36.548.829
4417Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras,
de madeira; formas, alargadeiras e esticadores, para calçados265.423 170.688
4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm 29.760.811 23.574.634
4104 Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados 5.418.629 12.435.699
Anexos
98 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.9 Evolução das exportações mundiais entre 2006 e 2010 dos 50 produtos mais
exportados por SC em 2011
Incremento entre superior a10%
Incremento entre 4% e 10%
Incremento igual ao geral (3%)
Incremento inferior ao geral (1% e 2%)
Sem crescimento
Redução nas exportações
SH4 Descrição dos produtos
Valor exportado
em 2010(US$ milhões)
Crescimento em valor
2010/2009 (%)
Crescimento anual das
exportações mundiais
entre 2006 e 2010
(% ao ano)
TOTAL Todos os produtos 15.230.973,0 21 3
1201 Soja, mesmo triturada 23 24
2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja. 4 18
0206Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina,
cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas.11 18
0207 Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 01.05. 13 13
2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco. 1 11
8504Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,
por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução.27 9
8479Máquinas e aparelhos mecânicos com função própria, não especificados
nem compreendidos em outras posições deste Capítulo.54 9
0504Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes,
frescos, refrigerados, congelados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados.1 9
1601Enchidos e produtos semelhantes, de carne, miudezas ou sangue;
preparações alimentícias à base de tais produtos.0 9
1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados. 6 9
3503
Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou retangular,
mesmo trabalhadas na superfície ou coradas) e seus derivados; ictiocola; outras
colas de origem animal, exceto colas de caseína da posição 35.01.
1 9
0303 Peixes congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes da posição 03.04. 11 8
0210Carnes e miudezas, comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou
defumadas; farinhas e pós, comestíveis, de carnes ou de miudezas.-2 8
8503Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas
às máquinas das posições 85.01 ou 85.02.-3 7
8432Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho
do solo ou para cultura; rolos para gramados, ou para campos de esporte.2 7
1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou de sangue. 4 7
2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos. 31 6
0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas. 5 6
8481Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos
semelhantes, para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes.16 5
8483
Árvores de transmissão (incluídas as árvores de “cames” e virabrequins) e manivelas; mancais e “bronzes”;
engrenagens e rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes; redutores, multiplicadores, caixas de
transmissão e variadores de velocidade, incluídos os conversores de torque; volantes e polias, incluídas
as polias para cadernais; embreagens e dispositivos de acoplamento, incluídas as juntas de articulação.
22 5
8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos; aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases. 12 5
8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos. 22 5
Anexos
99SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
4819Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (“ouate”) de celulose ou
de mantas de fibras de celulose; cartonagens para escritórios, lojas e estabelecimentos semelhantes.10 4
3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos. 13 4
6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha. 16 4
8414Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas
aspirantes para extração ou reciclagem, com ventilador incorporado, mesmo filtrantes.21 4
8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos. 20 4
8511
Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por
centelha ou por compressão (por exemplo, magnetos, dínamos-magnetos, bobinas de
ignição, velas de ignição ou de aquecimento, motores de arranque); geradores (dínamos e
alternadores, por exemplo) e conjuntores-disjuntores utilizados com estes motores.)
24 3
7318Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas,
contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão) e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço.30 3
2009Sucos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados,
sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes.4 3
5806Fitas, exceto os artefatos da posição 58.07; fitas sem trama, de
fios ou fibras paralelizados e colados (“bolducs”).21 2
8536
Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos
elétricos (por exemplo, interruptores, comutadores, relés, corta-circuitos, eliminadores de onda,
plugues e tomadas de corrente, suportes para lâmpadas e outros conectores, caixas de junção), para
uma tensão não superior a 1.000V; conectores para fibras ópticas, feixes ou cabos de fibras ópticas.
29 2
9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos. 29 2
9403 Outros móveis e suas partes. 11 2
8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05. 30 1
8418
Refrigeradores, congeladores (“freezers”) e outros materiais, máquinas e aparelhos
para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro; bombas de calor,
exceto as máquinas e aparelhos de ar-condicionado da posição 84.15.
16 1
7210Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos.36 1
3505
Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo, amidos e
féculas pré-gelatinizados ou esterificados); colas à base de amidos ou de
féculas, de dextrina ou de outros amidos ou féculas modificados.
15 1
4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto os das posições 48.02 e 48.03. 23 0
4417Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras, de
madeira; formas, alargadeiras e esticadores, para calçados, de madeira.12 0
7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado. 33 0
8409Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas
aos motores das posições 84.07 ou 84.08.28 0
6908
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para mosaicos,
vidrados ou esmaltados, de cerâmica, mesmo com suporte.
11 -1
4412 Madeira compensada (contraplacada), madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes. 26 -3
4418
Obras de marcenaria ou de carpintaria para construções, incluídos os painéis
celulares, os painéis montados para revestimento de pavimentos (pisos) e
as fasquias para telhados (“shingles e shakes”), de madeira.
11 -5
4409
Madeira (incluídos os tacos e frisos de parquê, não montados) perfilada (com espigas, ranhuras, filetes,
entalhes, chanfrada, com juntas em V, com cercadura, boleada ou semelhantes) ao longo de uma
ou mais bordas, faces ou extremidades, mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades.
15 -6
4107Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos
(incluídos os búfalos) ou de equídeos, depilados, mesmo divididos, exceto os da posição 41.14.25 -7
4407Madeira serrada ou fendida longitudinalmente, cortada transversalm ente ou desenrolada,
mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades, de espessura superior a 6 mm.24 -7
4104Couros e peles curtidos ou “crust”, de bovinos (incluídos os búfalos) ou de equídeos,
depilados, mesmo divididos, mas não preparados de outro modo.45 -10
Anexos
100 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.10 Produtos com maior potencial exportador no mercado mundial (*)
Pos. SH 4 Descrição dos produtos
Indicadores
Valor importado em 2010 (US$
1.000)
Crescimento anual em
quantidade entre 2006
e 2010 (% ao ano)
Crescimento anual em
valor entre 2009 e
2010 (%)
Crescimento anual das
exportações mundiais
entre 2006 e 2010
(% ao ano)
Todos os produtos 15.230.972.953 21 3
1 7004Vidro estirado ou soprado, em folhas, mesmo com camada
absorvente, refletora ou não, mas não trabalhado de outro modo.2.068.921 34 80
2 8443
Máquinas e aparelhos de impressão por meio de blocos,
cilindros e outros elementos de impressão da posição 84.42;
outras impressoras, máquinas copiadoras e telecopiadores
(fax), mesmo combinados entre si; partes e acessórios.
117.401.727 35 19 43
3 2702 Linhitas, mesmo aglomeradas, exceto azeviche. 1.611.970 45 145 42
4 2602
Minérios de manganês e seus concentrados, incluídos os minérios
de manganês ferruginosos e seus concentrados, de teor em
manganês de 20% ou mais, em peso, sobre o produto seco.
5.758.043 7 69 36
5 8905
Barcos-faróis, barcos-bombas, dragas, guindastes flutuantes
e outras embarcações em que a navegação é acessória da
função principal; docas flutuantes; plataformas de perfuração
ou de exploração, flutuantes ou submersíveis.
15.208.928 16 33
6 8908 Embarcações e outras estruturas flutuantes, para serem desmontadas. 1.478.033 34 30 30
7 1805 Cacau em pó, sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes 2.594.759 4 84 30
8 2601Minérios de ferro e seus concentrados, incluídas as
piritas de ferro ustuladas (cinzas de piritas).133.408.582 7 72 30
9 7108Ouro (incluído o ouro platinado), em formas
brutas ou semimanufaturadas, ou em pó105.070.447 9 34 28
10 2605 Minérios de cobalto e seus concentrados. 1.165.751 24 55 28
11 1109 Glúten de trigo, mesmo seco. 1.119.340 9 13 25
12 1803 Pasta de cacau, mesmo desengordurada 3.020.732 4 46 24
13 1205 Sementes de nabo silvestre ou de colza, mesmo trituradas 8.301.969 14 5 24
14 1201 Soja, mesmo triturada 44.210.194 8 23 24
15 2303
Resíduos da fabricação do amido e resíduos semelhantes,
“polpas” de beterraba, bagaços de cana-de-açúcar e outros
desperdícios da indústria do açúcar, borras e desperdícios da
indústria da cerveja e das destilarias, mesmo em “pellets”.
4.059.670 20 37 23
16 1511Óleo de palma e respectivas frações, mesmo refinados,
mas não quimicamente modificados28.455.573 8 20 22
17 3002
Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos,
profiláticos ou de diagnóstico; antissoros, outras frações do
sangue, produtos imunológicos modificados, mesmo obtidos
por via biotecnológica; vacinas, toxinas, culturas de micro-
organismos (exceto leveduras) e produtos semelhantes.
75.908.956 7 18 22
18 8517
Aparelhos telefônicos, incluídos os telefones para redes celulares
e para outras redes sem fio; outros aparelhos para transmissão
ou recepção de voz, imagens ou outros dados, incluídos os
aparelhos para comunicação em redes por fio ou redes sem fio.
202.092.741 3 23 22
19 2701Hulhas; briquetes, bolas em aglomerados e combustíveis
sólidos semelhantes, obtidos a partir da hulha.113.212.285 3 17 21
Anexos
101SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
20 2713Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos
dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos16.749.369 0 36 20
21 2610 Minérios de cromo e seus concentrados. 2.951.106 11 71 20
22 2306
Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados
ou em “pellets”, da extração de gorduras ou óleos
vegetais, exceto os das posições 23.04 e 23.05.
4.312.935 5 18 20
23 8901
Transatlânticos, barcos de excursão, “ferry-boats”,
cargueiros, chatas e embarcações semelhantes, para
o transporte de pessoas ou de mercadorias.
69.196.133 30 19
24 8604
Veículos para inspeção e manutenção de vias férreas ou
semelhantes, mesmo autopropulsados (por exemplo, vagões-
oficinas, vagões-guindastes, vagões equipados com batedores de
balastro, alinhadores de vias, viaturas para testes e dresinas).
1.235.500 9 9 19
25 2804 Hidrogênio, gases raros e outros elementos não metálicos. 13.941.052 6 32 19
26 0206Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina,
caprina, cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas.5.291.728 11 11 18
27 1513
Óleos de coco (óleo de copra), de amêndoa de palma
ou de babaçu, e respectivas frações, mesmo refinados,
mas não quimicamente modificados
5.565.377 17 42 18
28 7112
Desperdícios e resíduos de metais preciosos ou de metais folheados ou
chapeados de metais preciosos (plaquê); outros desperdícios e resíduos
contendo metais preciosos ou compostos de metais preciosos, do tipo
dos utilizados principalmente para a recuperação de metais preciosos.
15.575.001 7 34 18
29 6214Xales, echarpes, lenços de pescoço, cachenês, cachecóis,
mantilhas, véus e artefatos semelhantes.3.262.363 19 19 18
30 2304Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados
ou em “pellets”, da extração do óleo de soja24.016.688 1 4 18
31 0407 Ovos de aves, com casca, frescos, conservados ou cozidos. 3.063.019 13 5 17
32 0910Gengibre, açafrão, açafrão-da-terra, tomilho,
louro, caril e outras especiarias.2.043.633 3 35 17
33 2607 Minérios de chumbo e seus concentrados. 5.214.887 4 32 17
34 1514Óleos de nabo silvestre, de colza ou de mostarda, e respectivas
frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados.5.367.071 6 17 16
35 0409 Mel natural. 1.499.148 3 19 16
36 0713 Legumes de vagem, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos. 7.641.887 1 1 16
37 3103 Adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, fosfatados. 2.164.001 2 62 14
38 1518
Gorduras e óleos animais ou vegetais, e respectivas frações,
cozidos, oxidados, desidratados, sulfurados, aerados,
estandolizados ou modificados quimicamente por qualquer
outro processo, com exclusão dos da posição 15.16.
1.765.723 32 34 14
39 0703Cebolas, chalotas (“échalotes”), alhos, alhos-porros e outros
produtos hortícolas aliáceos, frescos ou refrigerados.5.836.863 4 45 14
40 8541
Diodos, transistores e dispositivos semelhantes semicondutores;
dispositivos fotossensíveis semicondutores, incluídas as células
fotovoltaicas, mesmo montadas em módulos ou em painéis;
diodos emissores de luz; cristais piezelétricos montados.
122.329.924 123 61 14
41 8513
Lanternas elétricas portáteis destinadas a funcionar por meio de sua
própria fonte de energia (por exemplo, de pilhas, de acumuladores, de
magnetos), excluídos os aparelhos de iluminação da posição 85.12.
2.500.793 2 27 14
42 6104
“Tailleurs”, conjuntos, “blazers”, vestidos, saias, saias-
calças, calças, jardineiras, bermudas e “shorts” (calções)
(exceto de banho), de malha, de uso feminino.
18.225.782 23 14
Anexos
102 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
43 1512Óleos de girassol, de cártamo ou de algodão, e respectivas frações,
mesmo refinados, mas não quimicamente modificados6.186.986 3 1 14
44 8541
Diodos, transistores e dispositivos semelhantes
semicondutores; dispositivos fotossensíveis
semicondutores, incluídas as células fotovoltaicas.
122.329.924 123 61 14
45 0105Galos, galinhas, patos, gansos, perus, peruas e galinhas-
d’angola, das espécies domésticas, vivos.2.280.429 6 13
46 1108 Amidos e féculas; inulina. 2.926.901 2 29 13
47 0207Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas
ou congeladas, das aves da posição 01.05.20.761.897 7 13 13
48 6601Guarda-chuvas, sombrinhas e guarda-sóis (incluídos as bengalas-
guarda-chuvas e os guarda-sóis de jardim e semelhantes).2.283.939 1 18 13
49 6401
Calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha
ou plásticos, em que a parte superior não tenha sido reunida à
sola exterior por costura ou por meio de rebites, pregos, parafusos,
saliências (espigões) ou dispositivos semelhantes, nem formada
por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos.
1.255.690 6 34 13
50 6404Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural
ou reconstituído e parte superior de matérias têxteis.13.135.753 5 23 13
51 8401
Reatores nucleares; elementos combustíveis (cartuchos)
não irradiados, para reatores nucleares; máquinas
e aparelhos para a separação de isótopos.
5.251.026 11 4 13
52 1214
Rutabagas, beterrabas forrageiras, raízes forrageiras, feno,
alfafa, trevo, sanfeno, couves forrageiras, tremoço, ervilhaca e
produtos forrageiros semelhantes, mesmo em “pellets”.
1.862.777 4 12 13
53 1101 Farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio. 3.896.665 7 3 13
54 3913
Polímeros naturais (por exemplo, ácido algínico) e polímeros
naturais modificados (por exemplo, proteínas endurecidas,
derivados químicos da borracha natural), não especificados nem
compreendidos em outras posições, em formas primárias.
2.641.002 3 31 13
55 9615Pentes, travessas para cabelo e artigos semelhantes; grampos para cabelo;
pinças, onduladores, bóbis e artefatos semelhantes para penteados1.208.117 4 21 12
56 9703Produções originais de arte estatuária ou de
escultura, de quaisquer matérias2.397.186 39 12
57 6309Artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus
e artefatos de uso semelhante, usados2.663.906 7 10 12
58 1804 Manteiga, gordura e óleo, de cacau 4.151.991 0 2 12
59 9021
Artigos e aparelhos ortopédicos, incluídas as cintas e fundas
médico-cirúrgicas e as muletas; talas, goteiras e outros
artigos e aparelhos para fraturas; artigos e aparelhos de
prótese; aparelhos para facilitar a audição dos surdos e outros
aparelhos para compensar deficiências ou enfermidades.
43.305.280 16 10 12
60 4702 Pastas químicas de madeira, para dissolução. 3.578.370 8 58 12
61 3006 Preparações e artigos farmacêuticos indicados na Nota 4 deste Capítulo. 11.165.293 7 2 12
62 2403Outros produtos de tabaco e seus sucedâneos, manufaturados; tabaco
“homogeneizado” ou “reconstituído”; extratos e molhos, de tabaco.3.727.942 4 16 12
63 0901Café, mesmo torrado ou descafeinado; cascas e películas de café;
sucedâneos do café contendo café em qualquer proporção.23.939.386 2 19 12
64 0712Produtos hortícolas secos, mesmo cortados em pedaços ou fatias,
ou ainda triturados ou em pó, mas sem qualquer outro preparo.2.398.295 3 29 12
65 8307 Tubos flexíveis de metais comuns, mesmo com acessórios. 1.775.108 5 15 12
66 6405 Outros calçados. 4.744.396 24 12
67 7227 Fio-máquina de outras ligas de aço. 2.998.139 4 88 11
Anexos
103SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
68 6402Outros calçados com sola exterior e parte
superior de borracha ou plásticos.26.186.208 2 22 11
69 7006
Vidro das posições 70.03, 70.04 ou 70.05, recurvado, biselado,
gravado, brocado, esmaltado ou trabalhado de outro modo,
mas não emoldurado nem associado a outras matérias.
2.602.690 4 46 11
70 0714
Raízes de mandioca, de araruta e de salepo, tupinambos, batatas-
doces e raízes ou tubérculos semelhantes, com elevado teor de fécula
ou de inulina, frescos, refrigerados, congelados ou secos, mesmo
cortados em pedaços ou em “pellets”; medula de sagueiro.
1.871.255 4 20 11
71 0902 Chá, mesmo aromatizado. 5.765.553 2 17 11
72 1005 Milho. 25.511.427 8 12 11
73 2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco. 11.938.041 1 1 11
74 1901Extratos de malte; preparações alimentícias de farinhas,
grumos, sêmolas, amidos, féculas ou de extratos de malte.11.725.232 3 9 11
75 2103Preparações para molhos e molhos preparados; condimentos e
temperos compostos; farinha de mostarda e mostarda preparada.8.595.581 4 7 11
76 2925Compostos de função carboxiimida (incluídos a
sacarina e seus sais) ou de função imina.1.063.056 1 7 11
77 4015Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes),
de borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos.6.007.093 7 24 11
78 1701Açúcares de cana ou de beterraba e sacarose
quimicamente pura, no estado sólido29.144.198 5 34 11
79 2515Mármores, travertinos, granitos belgas e outras
pedras calcárias de cantaria ou de construção2.384.873 6 42 11
80 0904Pimenta (do gênero Piper); pimentões e pimentas dos gêneros
Capsicum ou Pimenta, secos ou triturados ou em pó2.284.967 4 21 11
81 2302Sêmeas, farelos e outros resíduos, mesmo em “pellets”, da peneiração,
moagem ou de outros tratamentos de cereais ou de leguminosas1.115.849 4 21 11
82 7302
Elementos de vias férreas, de ferro fundido, ferro ou aço: trilhos,
contratrilhos e cremalheiras, agulhas, cróssimas, alavancas para
comando de agulhas e outros elementos de cruzamentos e desvios
4.241.848 3 9 11
Fonte: Trade Map/ITC, 2012
(*) Produtos com taxa de crescimento anual superior a 10% ao ano nas exportações mundiais entre 2006 e 2010 e com valor importado superior a US$ 1 bilhão em 2010, além de taxas de crescimento positivas em
valor e quantidade (entre 2006 e 2010) e em valor (entre 2009 e 2010).
Anexos
104 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
� � � �
INDÚSTRIA
COMÉRCIO
SERVIÇOS
� � � �
��
-
� �� �2001-2010
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2. PARA EMPRESAS EXPORTADORAS
� � � � � � � �
��
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� trading � trading � � �
valor total
� � � � �
faturamento
� �� �� �
faturamento anual
� �� �� �
países de destino
� � � � � �
� � � � � �
6.11 Questionário Aplicado na Pesquisa
Anexos
105SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
� � � � � � � � �
� � � � �
� � � � �
�
�
�
�
-
-
ADOTA ESTRATÉGIASDEVERIA
ADOTAR
benchmarking
Programas e incentivos
Não
Conhece
Conhece
UtilizaNão tem
Interesse
Não
Consegue
Utilizar
ACC
ACE
-
REDEX
� � � � � � � � �
-
���
���
���
Anexos
106 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
3. PARA EMPRESAS IMPORTADORAS
� � � � � � � �
˝ Bens de consumo duráveis ˝ Bens de consumo não-duráveis ˝ Bens de capital ˝ Insumos industriais ˝ Alimentos e bebidas destinados à indústria ˝ Equipamentos de transporte de uso industrial ˝ Combustíveis e lubrificantes ˝ Peças e equipamentos de transporte
˝ Todas as importações são realizadas de forma direta pela empresa ˝ A maior parte das importações são realizadas de forma direta pela
empresa, mas a empresa também importa de forma indireta al-guns pedidos ocasionais.
˝ A empresa importa direta e indiretamente, de maneira mais ou menos equilibrada
˝ A maior parte das importações são realizadas de forma indireta, mas a empresa também importa de forma direta alguns pedidos ocasionais
˝ Todas as importações são realizadas de forma indireta pela empre-sa
˝ Através de trading e/ou empresa comercial importadora no Brasil ˝ Através de trading e/ou empresa comercial importadora no exte-
rior ˝ Através de agentes e/ou distribuidores no Brasil ˝ Através de agentes e/ou distribuidores no exterior ˝ Outros, favor infor-
mar:______________________________________
˝ Ao consumo próprio da empresa ˝ A maior parte para consumo próprio, mas parte destinada ao con-
sumo de terceiros ˝ Aproximadamente metade das importações para consumo pró-
prio e metade para consumo de terceiros ˝ A maior parte para o consumo de terceiros, mas parte destinada
ao consumo próprio ˝ Ao consumo de terceiros
˝ Todos os consumidores finais estão localizados em Santa Catarina ˝ A maioria dos consumidores finais está localizada em Santa Catari-
na, mas parte também está em outros estados brasileiros ˝ Aproximadamente metade dos consumidores finais está localiza-
da em Santa Catarina e metade em outros estados brasileiros ˝ A maioria dos consumidores finais está localizada em outros esta-
dos brasileiros, mas parte também está em Santa Catarina ˝ o Todos os consumidores finais estão localizados em outros esta-
dos brasileiros
� � � � �
total das compras
� � � � � �
total das
compras
� � � � � �
países fornecedores
� � � � � � � � �
-
˝ Mantendo-se relativamente estáveis ˝ Sendo parcialmente reduzidos ˝ Sendo substancialmente reduzidos ˝ Sendo parcialmente aumentados ˝ Sendo substancialmente aumentados
˝ Mantendo-se relativamente estáveis ˝ Sendo parcialmente reduzidos ˝ Sendo substancialmente reduzidos ˝ Sendo parcialmente aumentados ˝ Sendo substancialmente aumentados
-
� � � � � � � �
4. INTERNACIONALIZAÇÃO
˝ Crescimento da empresa ˝ Redução de custos ˝ Posicionamento no mercado ˝ Redução de riscos
Anexos
107SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
˝ Aumento da competitividade ˝ Sobrevivência ˝ Acesso a novos mercados ˝ Aprendizado e desenvolvimento de novas competências ˝ Busca por economias de escala ˝ Pressão da concorrência global ˝ Excedente produtivo que não foi absorvido pelo mercado domés-
tico ˝ Efeito positivo para a imagem da empresa no país de origem ˝ Outros, favor infor-
mar:______________________________________
˝ xportação direta ˝ Exportação através de terceiros (tradings, distribuidores, agentes,
etc.) ˝ Consórcios ou cooperativas de exportação ˝ Importação direta ˝ Importação através de terceiros (tradings, distribuidores, agentes,
etc.) ˝ Instalação de escritórios próprios no exterior voltados à comer-
cialização ˝ Instalação de unidade de produção própria no exterior ˝ Licenciamento ˝ Joint-ventures ˝ Fusões e/ou aquisições ˝ Contrato de produção ou subcontratação ˝ Franchising ˝ Associação/alianças estratégicas com empresas estrangeiras que
não implicam em investimentos ˝ Não aplicável ˝ Outras, favor infor-
mar:______________________________________
� � � � � �
˝ O mercado doméstico atende aos objetivos da empresa ˝ Dificuldade de acesso aos canais de distribuição em outros países ˝ As economias de escala são reduzidas, tornando os custos de pro-
dução elevados em relação aos concorrentes internacionais ˝ Dificuldades em formar parcerias internacionais ˝ Pouca experiência e conhecimentos gerenciais para a internacio-
nalização ˝ Dificuldades em acessar e analisar informações sobre mercados
externos ˝ Diferenças culturais ˝ Dificuldades em oferecer produtos/serviços que atendam às ne-
cessidades de clientes internacionais ˝ Competências tecnológicas insuficientes ou inadequadas para
competir em custos e qualidade ˝ Outras, favor infor-
mar:______________________________________
˝ A experiência da empresa tem sido muito positiva e o aprendizado obtido até o momento tem favorecido o seu crescimento e contri-buído para o alcance dos objetivos organizacionais.
˝ A empresa tem se beneficiado da experiência internacional adqui-rida ao longo dos anos, mas recentemente passou a focar seus es-
forços no mercado doméstico devido aos obstáculos enfrentados. ˝ Os resultados alcançados com a inserção internacional não têm
sido muito favoráveis, mas a empresa continua com atividades no mercado externo por uma questão de sobrevivência no mercado interno, principalmente em função do acirramento da concorrên-cia internacional no Brasil.
˝ Cada vez mais a empresa tem reduzido seu processo de inserção internacional e a tendência é de que nos próximos anos passe a dedicar-se quase que exclusivamente ao mercado interno.
principais obstáculos externos
Obstáculos ExternosSem
RelevânciaRelevante
Muito
Relevante
-
-
-
três áreas de apoio
Áreas prioritárias
5. COMENTÁRIOS FINAIS
Anexos
108 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
6.12 Listagem das Empresas Participantes da Pesquisa
BEI COMÉRCIO E ASSESSORIA INTERNACIONAL LTDA.
AGROPEL AGROINDUSTRIAL PERAZZOLI LTDA.
ALBRECHT EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA.
ALL FILTRATION TECHNOLOGIES TECIDOS TÉCNICOS LTDA.
ALLTECH MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA.
ANGELGRES REVESTIMENTOS CERÂMICOS LTDA.
ANGELI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS LTDA. M.E.
ANGHEBEN COMÉRCIO EXTERIOR LTDA.
AQX INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA S/A
AUDACES AUTOM. E INFORMÁT. INDUSTRIAL LTDA.
AUTOMATIZA IND. E COM. DE EQUIP. ELETROELETRÔN. LTDA.
BAUMGARTEN GRÁFICA LTDA.
BRANDILI TÊXTIL LTDA.
BRASILUX IND. E COM., IMPORT. E EXPORT. LTDA.
BUETTNER S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO
BUGS & CIA. LTDA.
CALESITA INDÚSTRIA DE BRINQUEDOS LTDA.
COMPENSADOS PINHAL LTDA.
CONTROLLER COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.
COOPERATIVA CENTRAL AURORA ALIMENTOS
DÖHLER S/A
E G C INDÚSTRIA, COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA.
EPEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA.
ETP DO BRASIL LTDA. EPP
EXPLORER FUNDAÇÕES LTDA.
FAKINI MALHAS LTDA.
FARBEN S/A INDÚSTRIA QUÍMICA
FLATS OVER EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA LTDA.
FORVM GERENCIAMENTO DE PROJETOS LTDA.
FRANKLIN ELECTRIC INDÚSTRIA DE MOTOBOMBAS S/A
FRIGORÍFICO CATARINENSE LTDA.
FRIGORÍFICO RIOSULENSE S/A
FUND. UNIVERSITÁRIA DO DESENVOLVIMENTO DO OESTE
FUNDERG HIPPER FREIOS LTDA.
GOEDE LANG E CIA. LTDA.
HACKER INDUSTRIAL LTDA.
HACO ETIQUETAS LTDA.
HENGST INDÚSTRIA DE FILTROS LTDA.
ICON S/A - ESTAMPOS & MOLDES
INDÚSTRIA DE MÁQUINAS KREIS LTDA.
INDÚSTRIA DE MOLDURAS MOLDURARTE LTDA.
INDUSTRIAL CONVENTOS S/A
INDUSTRIAL MADEIREIRA S/A
INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S/A
INTELBRAS S/A IND. DE TELEC. E ELETRÔNICA BRASILEIRA
INTI REVESTIMENTOS CERÂMICOS
IRMÃOS FISCHER S/A IND. E COM.
SOLETRI INDÚSTRIA DE MATERIAIS ISOLANTES LTDA.
K K MÓVEIS LTDA.
KHOMP INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
KÖHLER TINTURARIA LTDA.
LAMINADOS AB LTDA.
MADALOSSO MARTINS IMPORT. E EXPORT. LTDA.
MADEIREIRA BARRA GRANDE LTDA.
MADEIREIRA SELEME LTDA.
MANNES LTDA.
MARCATTO S/A
MAXUL ALIMENTOS LTDA.
METALURGICA FEY S/A
METALÚRGICA SARAIVA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
METALÚRGICA TURBINA LTDA.
METISA METALÚRGICA TIMBOENSE S/A
MÓVEIS WEIHERMANN S/A
MUELLER FOGÕES LTDA.
NEREU RODRIGUES & CIA. LTDA.
PRÓSPERA TRADING IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.
RM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
SCHMITZ AGROINDUSTRIAL LTDA.
SCHWANKE INDÚSTRIA TÊXTIL LTDA.
SERPIL MÓVEIS LTDA.
SIEBERT QUÍMICA LTDA.
SOL SPORTS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
TABULAE INDÚSTRIA DE MÓVEIS LTDA.
TAF INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA.
TÊXTIL H. J. HERING LTDA.
TRACTEBEL ENERGIA S/A
TRITEC INDUSTRIAL LTDA.
TWIST INCOBRAS - INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES LTDA.
VANTEC - IND. DE MÁQUINAS LTDA.
VEMATE VERDINHA INDÚSTRIA DO MATE LTDA.
VIDRAÇARIA PRIMOS LTDA. M.E.
ZEN S/A INDÚSTRIA METALÚRGICA
Anexos
110 DESEMPENHO E PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA CATARINENSE
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Diretoria FIESC
Presidente – Glauco José Côrte1º Vice-Presidente – Mario Cezar de AguiarDiretor 1º Secretário – Edvaldo ÂngeloDiretor 2º Secretário – Cid Erwin LangDiretor 1º Tesoureiro – César Murilo BarbiDiretor 2º Tesoureiro – Carlos Toniolo
Vice-Presidentes para Assuntos Regionais
Gilberto Seleme – Centro-Norte
Alfredo Piotrovski – Litoral Sul
Jorge Luiz Strehl – Vale do Itajaí
Álvaro Luis de Mendonça – Alto Uruguai Catarinense
Vitor Mário Zanetti – Sudeste
Lino Rohden – Alto Vale do Itajaí
Célio Bayer – Vale do Itapocu
Diomício Vidal – Sul
Giordan Heidrich – Serra Catarinense
Anselmo Zanellato – Centro-Oeste
Astor Kist – Extremo Oeste
Maurício Cesar Pereira – Foz do Rio Itajaí
Udo Döhler – Norte-Nordeste
Waldemar Antonio Schmitz – Oeste
Arnaldo Huebl – Planalto Norte
Vice-Presidentes para Assuntos Estratégicos
Michel Miguel Mário LanznasterNey Osvaldo Silva Filho Ingo FischerRui Altenburg
Diretores
Adalberto RoederAlbano Schmidt Aldo Apolinário JoãoAlexandre d’Ávila da Cunha Amilcar Nicolau Pelaez Bárbara Paludo Carlos Alberto Barbosa Mattos Carlos Frederico da Cunha TeixeiraCharles Alfredo BretzkeCharles José Postali Conrado Coelho Costa Filho Dario Luiz Vitali Egon WernerEvair Oenning Flavio José Martins Ida Áurea da Costa Israel José Marcon Jacir Pamplona Luiz Antônio Botega Luiz Cesar MeneghettiOlvacir José Bez FontanaOsni Carlos VeronaOtmar Josef MüllerPedro Leal da Silva Neto Roberto Marcondes de MattosWalgenor Teixeira
Conselho Fiscal
Efetivos
Leonir João Pinheiro Fred Rubens KarstenTito Alfredo Schmitt
Suplentes
Amauri Eduardo KollrossCelso PanceriFlávio Henrique Fett
Delegação junto à CNI
Efetivos
Glauco José CôrteAlcantaro Corrêa
Suplentes
Mario Cezar de Aguiar João Stramosk
Diretoria Ciesc
Presidente – Glauco José CôrteVice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar Diretora 1ª Secretária – Sílvia Hoepcke da Silva Diretor 2º Secretário – José Fernando da Silva Rocha Diretor 1º Tesoureiro – Luciano Flávio AndrianiDiretor 2º Tesoureiro – Aldo Nienkötter
Conselho Consultivo
Adolfo FeyCésar Gomes Junior Cláudio Roberto Grando Evandro Müller de Castro Hilton Siqueira Leonetti Jair PhilippiJoão Paulo SchmalzJosé Adami Neto Nivaldo Pinheiro Noiodá José DamianiOdelir Battistella Rafael Boeing
Conselho Fiscal
Efetivos
Ademar Avi Juarez de Magalhães Rigon Marcelo Rodrigues
Suplentes
Luiz Gonzaga Coelho Márcio Anselmo Ribeiro Marconi Leonardo Pascoali
111DESEMPENHO E PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA CATARINENSE
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012
Diretoria SESI
Conselho Regional de Santa Catarina
Presidente – Glauco José Côrte Vice-Presidente – Mario Cezar de AguiarRepresentante da FIESC – Henrique de Bastos Malta
Representantes da Indústria
Titulares
José Fernando da Silva RochaLuis Angelo Noronha de FigueiredoLuis Carlos GuedesLuis Eduardo Broering
Suplentes
Ademir José Pereira Alfredo Ender Eliezer da Silva Matos Ramiro Cardoso
Representantes Institucionais
Titulares
Ari Oliveira Alano – Federação dos Trabalhadores nas Indútrias Metalúrgicas,
Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de SC
Célio Goulart – Governo do Estado de Santa Catarina
Rodrigo Minotto – Ministério do Trabalho e Emprego
Suplentes
Carlos Alberto Baldissera – Federação dos Trabalhadores nas Indútrias
Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de SC
Antônio Carlos Poletini – Governo do Estado de Santa Catarina
Alberto Caponi Causs – Ministério do Trabalho e Emprego
Diretoria SENAI
Conselho Regional de Santa Catarina
Presidente – Glauco José CôrteVice-Presidente – Mario Cezar de AguiarRepresentante da FIESC – Helio Cesar Bairros
Representantes da Indústria
Titulares
Cesar Augusto OlsenSergio Augusto Carvalho da SilvaMaria Regina de Loyola R. Alves Ulrich Kühn
Suplentes
Cidnei Luiz Barozzi Osvaldo Luciani Vilmar Radin Vincenzo Francesco Mastrogiacomo
Representantes Institucionais
Titulares
Rodrigo Minotto – Ministério do Trabalho e Emprego
Maria Clara Kaschny Schneider – Ministério da Educação
Carlos Artur Barboza – Trabalhadores da Indústria
Suplentes
Alberto Roberto Causs – Ministério do Trabalho e Emprego
Silvana Rosa Lisboa de Sá – Ministério da Educação
Altamiro Perdoná – Trabalhadores da Indústria
Diretoria IEL
Presidente – Glauco José CôrteVice-Presidente – Mario Cezar de AguiarDiretor Tesoureiro – Luciano Flávio Andriani Representante da FIESC – Bárbara Paludo
Conselho Consultivo
Efetivos
Ângela Teresa Zorzo Dal PivaHans Heinrich BetheLurivam BortoliMurilo Ghisoni BortoluzziVilmar RadinRonaldo BenkendorfValter Ros de Souza
Suplentes
Álvaro SchweglerAlceu GradeCelso MarcolinEduardo Seleme Heleny Mendonça Meister Maury Santos Júnior Orlíndio da Silva
Conselho Fiscal
Efetivos
Ilton Paschoal Rotta José Suppi Marcus Schlösser
Suplentes
Almir Manoel Atanázio dos SantosMarlene Pitt Dullius Roseli Steiner Hang
Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 - Itacorubi - Florianópolis/SC - CEP 88034-001
Fone: (48) 3231-4651 - Fax: (48) 3231-4669
e-mail: cin@fiescnet.com.br
www.fiescnet.com.br/cin
AN
ÁL
ISE
DO
CO
MÉ
RC
IO IN
TE
RN
AC
ION
AL
CA
TA
RIN
EN
SE
2012
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