amós estudo 02

Prof. Pr. João Ricardo Ferreira de França

I – AMÓS COMO PREGADOR DA I – AMÓS COMO PREGADOR DA JUSTIÇAJUSTIÇA

Já vimos que a nação como um todo havia gozado de uma prosperidade singular, entretanto havia muitas injustiças presentes neste período. Deus anuncia que o povo de Israel já tinha alcançado a medida de seus pecados (Amós 8.1-3); e isto era resultado das injustiças sociais dominante na nação (Amós 8.4); o profeta se levantava contra essas coisas aponto de ser odiado pelos destinatários de sua mensagem (Amós 5.10); O discurso profético de Amós é contra toda a prática de injustiça social, corrupção moral e espiritual do povo. Isto é bem retratado no capítulo 8.4-7. A pregação do profeta era um oráculo de juízo contra a idolatria dominante de Israel que desembocava em injustiça.

II - II - Analisando as Três Primeiras Visões Analisando as Três Primeiras Visões de Amós (7.1-8):de Amós (7.1-8):

Três visões que formam o oráculo de Juízo divino contra o povo de Israel:A primeira visão é da praga de gafanhotos (vs.1) o rei havia recolhido a primeira erva, como uma forma de tributo para os seus cavalos e mulas, isto não era obrigatório, mas o rei poderia exigi-lo (1º Reis 18.5).O juízo de Deus e iminente sobre o povo conforme podemos observar no verso 2: “Tendo eles comido de todo a erva da terra...” esta palavra “erva” (שב ( ע–‘eseb – é usada para toda a vegetação; o profeta vê toda a plantação devastada pelos gafanhotos; e lamenta, ele clama a Deus em oração, ele implora a Deus o perdão.

II - Analisando II - Analisando as Três Primeiras Visões de Amós (7.1-as Três Primeiras Visões de Amós (7.1-

8)8) A segunda visão é a da seca conforme é descrita nos versos 4-6. O fogo chamado pelo Senhor havia secado as fontes do grande abismo. Que é uma referência as águas subterrâneas.

No verso 5 temos o profeta mais uma vez intercedendo pelo povo e Deus de forma misericordiosa suspende novamente o castigo sobre povo, isto devido a oração do profeta Amós.

II - Analisando II - Analisando as Três Primeiras Visões de Amós (7.1-as Três Primeiras Visões de Amós (7.1-

8)8) A terceira visão é o fio do prumo. A figura de emblemática de uma ferramenta de um pedreiro (vs.7,8). A nação de Israel é medida como um muro e Deus o vê como fora do prumo. E aqui somos informados que o profeta não intercede pelo povo.

II – O CONTEXTO DA PROFECIA DE II – O CONTEXTO DA PROFECIA DE AMÓS AMÓS Durante o período que engloba essa profecia havia uma grande prosperidade para os dois reinos (Norte e Sul) conforme parece indicar-nos o texto de Amós 6.1-6.E o mais notável que o texto nos apresenta é que “junto com o crescimento” veio um “grande desprezo pelos pobres”.A mensagem que Javé ordenou que fosse transmitida por seu profeta a Israel pode ser resumida nas seguintes palavras: ‘chegou o fim para o meu povo de Israel’ (8.1-2). Tudo o mais não passa de interpretação e explicação deste veredito. Javé comunica esta decisão ao profeta através de cinco visões, que encontramos em 7.1-8; 8.1-2 e 9.1-4. O profeta se torna, pois, co-sabedor daquilo que está por vir

2.2 – O Contexto Religioso nos tempos 2.2 – O Contexto Religioso nos tempos do Profeta do Profeta Conforme sabemos o Reino do Norte foi estabelecido sob a idolatria. O rei Jeroboão I não querendo perder seus súditos para o Sul (Judá), onde ficava o Templo de Jerusalém “criou dois bezerros de ouro, um em Betel e outro em Dã” (1º Reis 12.26-29) observemos o mapa:

III - III - Análise da quarta visão de Amós Análise da quarta visão de Amós (8.1,2(8.1,2

Aqui de forma bem lacônica anuncia o fim do Reino do Norte. A visão quer dizer que o povo de Israel “estava maduro para ser apanhado e recolhido”. Parece haver agora um anti-êxodo. Com o “êxodo, Israel foi trazido de uma terra estranha para uma terra que recebeu como sua. Agora, com o anti-êxodo, será levado da terra que lhe fora dada para uma terra estranha.” A certeza do juízo divino é assegurada no verso 7 !”. O que ocasionou tão profunda severidade divina para com Israel, além da idolatria, foi certamente as injustiças sociais presentes na nação (Amos 8.4-8). E nos versos seguintes Yahweh descreve seu juízo na linguagem do dia do Senhor como um dia de profundo juízo sobre o povo.

IV IV – Analisando a quinta visão (9.1- – Analisando a quinta visão (9.1-4)4)

Uma visão que descreve a total ruína do Reino do Norte. As figuras mais emblemáticas estão presentes aqui. A palavra hebraica para “abismo” é “שאול ” [she’ol] geralmente com o significado de mundo dos mortos ou inferno. Aqui está sendo usada de forma figurada. No verso 4 há apresentação do cativeiro que breve virá sobre o povo, esta declaração reveladora de Amós enseja que tal humilhação (ser levado cativo) era resultado da vontade soberana de Deus para exercer seu juízo contra uma nação terrivelmente pecadora.

UM CULTO AOS NOSSOS DESEJOS...UM CULTO AOS NOSSOS DESEJOS...No serviço litúrgico o povo queria dar a Deus aquilo que estava no coração deles, mas não o que Deu requeria em Sua Palavra. Em Amós 4.5 somos lembrado dessa faceta da adoração quando é corrompida; porque aquilo que “agrada o povo” é odiado por Deus (Amós 5.21). O escritor Bonora declara: “Deus afirma, com desprezo, que esses são os ‘vossos’ sacrifícios e as ‘vossas’ oferendas: ele não quer mais tomar conhecimento deles”

Essa era trágica situação da religião do povo da aliança, era peso para Yahweh tal prática religiosa:Ainda que os grandes santuários estavam em plena atividade, repletos de adoradores e magnificamente providos, a religião não se conservava em sua pureza. Muitos santuários eram abertamente pagãos, fomentando os cultos de fertilidade e a prostituição sagrada. Outros, a maioria, ainda que se apresentassem como santuários de Yahweh, cumpriam una função totalmente negativa: apaziguar a divindade com ritos e sacrifícios que garantiam a tranqüilidade de consciência e o bem-estar do país.

Deus exorta este povo dizendo-lhe que a única saída para a vida é a buscar por ele, conforme vimos, no capítulo 5 verso 4 e 6 Yahweh deixa clara que para os homens possam ter vida é necessário que o busquem. O povo da aliança estava sendo exortado a ter vida no processo de buscar (ter comunhão com Deus) e viver por causa da bondade de Deus.  O verbo “buscar” aqui é apresentado sufixado “דרשוני ” A ideia aqui é de recorrer, de consultar. E o resultado disso seria vida. Mas, Israel rejeitou isso! No verso 14 do capítulo 5 a palavra “bem” [טוב ] – tov – é um substitutivo para o nome de Deus.