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DIMENSEREESTRUTURPRODU
Ensaios de sociologia d
Giovan
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Trabalho e Mundializao do Capital A NovaDegradao do Trabalho na Era da Globalizao
Giovanni Alves
Dimenses da Globalizao O Capital eSuas ContradiesGiovanni Alves
Dialtica do Ciberespao - Trabalho, Tecnologia e
Poltica no Capitalismo GlobalGiovanni Alves (org.) e Vincio Martinez (org.)
Limites do Sindicalismo - Marx, Engels e aCrtica da Economia PolticaGiovanni Alves
Novos Desequilibrios Capitalistas Paradoxos doCapital e Competio GlobalLuciano Vasapollo
TecncratesAntonino Infranca
Desafios do Trabalho Capital e Luta de
Classes no Sculo XXIRoberto Batista (org.) e Renan Arajo (org.)
Universidade e NeoliberalismoO Banco Mundial e a Reforma Universitria naArgentina (1989 1999)
Trabalho e EducaContradies do Cap
Giovanni Alves (orgJorge Gonzles (Org
Trabalho e Cinema Atravs do Cinema Giovanni Alves
SRIE
1. O Outro Virtual -Giovanni Alves, VinPaula Carolei
2. Democracia VirtuFractalVinicio Martinez
3. Leviat - Ensaios Marcelo Fernandes
4. Trabalho e Globa
mo PropositivoAriovaldo de Olivei
5. Concertao Sociacalismo Norte-AmeAriovaldo Santos
Projeto Editorial Praxishttp://editorapraxis.cjb.net
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DIMENSEREESTRUTURPRODUEnsaios de sociologia d
Giovan
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Copyright do Autor, 2007
ISBN 978-85-99728-10-9
Conselho Editorial
Prof. Dr. Antonio Thomaz Jnior UNESP
Prof. Dr. Ariovaldo de Oliveira Santos UEL
Prof. Dr. Francisco Luis Corsi UNESPProf. Dr. Jorge Luis Cammarano Gonzles UNISO
Prof. Dr. Jorge Machado USP
Prof. Dr. Jos Meneleu Neto UECE
Prof. DR. Vincio Martinez - UNIVEM
Produo Grfica
Canal6 Projetos Editoriaiswww.canal6.com.br
G979c Alves, Giovanni.Dimenses da Reestruturao Prod
de sociologia do trabalho / Giovanni A Londrina: Praxis; Bauru: Canal 6, 2007
288 p. ; 21 cm.
Inclui bibliografia.ISBN 978-85-99728-10-9
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APRESE
Neste livro que est em sua 2. Edio amplamentemos ensaios escritos nos ltimos anos (2002-200tacar o carter ensaistico destes escritos, que buscamconsideraes criticas sobre importantes dimenses
balho nas condies do capitalismo global. O cerne pr a discusso do novo complexo de reestruturao pro mundo do trabalho nos ltimos trinta anos. Para nmomento predominante da reestruturao produtimundializao do capital. Apresentamos, deste modo
uma tese que desenvolvemos desde os livros Trabalhdo Capital (1999) e o O novo (e precrio) mundo do
Por outro lado, o carter ensaistico do livro perapresentar, a ttulo de sugesto para uma investigade novos elementos categoriais para a anlise do com
rao produtiva. Por exemplo, pela primeira vez, expoo complexo de reestruturao produtiva constituddimenso, isto , as inovaes organizacionais, incas e inovaes scio-metablicas. Consideramos q
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inconsciente estendido para explicar a nova densidapsquica alienada que surge de uma sociedade hiperfdies de uma subjetividade complexa. Na verdade, manipulatrio, cada vez mais importante dissecarmtrole e dominao do capital no apenas no plano p
mas psicossocial.Apresentamos tambm, nestes ensaios, o conce
bolismo da barbrie que busca salientar as novas conlismo social do capitalismo global. Levantamos a hipcio-metabolismo da barbrie que cria os pressuposto
dos consentimentos esprios instaurados pelo capitdade no constituda apenas pela mente, mas tambisso, a captura da subjetividade significa a constitrfico mente-corpo. Isto , na medida em que o toyotcao subjetiva do fordismo, ela tem repercusses na
(como parte constitutiva da subjetividade). Deste moque o toyotismo tende a constituir uma nova forma demente-corpo. o que denominarmos de compressonalmente, colocamos o estresse como a doena unive
Portanto, o livro Dimenses da Reestrutura
saios de Sociologia do Trabalho uma contribuiotica sobre as transformaes da objetividade e subjetsob a mundializao do capital. Nosso objetivo primuma srie de novos insights categoriais que surgiram
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sociais da UNESP - Campus de Marilia. O Projeto Teduzo com o apoio de lson Menegazzo, Paulo Mazzincontribudo, por meio das anlises de filmes, com imcategoriais para explicar as novas condies da proletAlm disso, agradeo o apoio da colega Mrcia Silva
Janeiro e de Augusto Petta, do CES - Centro de EstudoPaulo, pela oportunidade dada para proferir cursos sreestruturao produtiva do capital, atividade que mno plano terico-categorial buscando decifrar o enigcrio) mundo do trabalho.
Alm disso, importante destacar que as reflelivro parte da pesquisa intitulada A Tessitura da Rerincias da Precariedade e da Precarizao do TrabaProjeto OPT Observatrio da Precarizao do Trabazidos com o apoio inestimvel do CNPq.
Londrina,
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AlwProvrbio do c
Ns j no sabemos muito bem quande quando no
Ns estaremos constantemem fazer todos os tipo
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S
PARTE I
ELEMENTOS CRTICOS DE SOCIOLOGIA DO T
15 Capitulo 1
A Natureza do Capital
31 Capitulo 2
Trabalho e Capitalismo
55 Capitulo 3
Trabalho e Ciberespao
71 Capitulo 4
Metamorfoses do Trabalho
111 Captulo 5
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185 Capitulo 7
Toyotismo e Captura da Subjetividade
209 Capitulo 8
Trabalho, Corpo e Subjetividade
233 Capitulo 9
Toyotismo e Estresse
245 Capitulo 10
Reestruturao Produtiva, Novas Qualifica
Empregabilidade
257 Capitulo 11O Precrio Mundo do Trabalho no Brasil
285 Bibliografia
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P
ELEMENTOSCRTSOCIOLOGIADOTR
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A NATUREZADO
Ocapital uma categoria moderna. Apesar de scompositivas terem origens pr-capitalistas, conetrio ou capital comercial, isto , terem existido
produo capitalista, sendo partes de outros modos
metabolismo social, o capital como sistema de contrlico, como diria Meszros, uma categoria intrinseca
que significa que pertence, em si e para si, tempora
modo de produo capitalista.
A critica do capital , em sua dimenso essenci
dernidade. Karl Marx , deste modo, critico da mode
desta forma histrica de controle do metabolismo s
tuiu a partir do modo de produo capitalista, cujas o
d d i d l XVI A d fl
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DIMENSES DA REEST
O PROCESSODE MODERNIZAODO CAPIT
O cerne essencial e finalidade intrnseca da ordsocial metablica do capital aproduo de mais
no podemos reduzir a dinmica da sociedade burghistrico-social que surge a partir do sculo XVI no Oproduo de mais-valia. Ou seja, uma totalidade socapenas de economia, mas de poltica, cultura, psicoAlm destas instncias irredutveis economia, imque na formao social burguesa existem mltiplasoutros modos de produo pr-capitalistas, que incnmica social. Entretanto, a economia ou a esfera davalia, no sentido preciso de base material da produtncia diretamente determinante da reproduo socmercantil complexa, que o capitalismo.
A sociedade burguesa que surge com o capitalsociedade mais socialque se constituiu no decorrerna. O que significa que nesta formao social que oc
ficativo das barreiras naturais em virtude do desenas produtivas do trabalho social. A natureza , cadasocial ou socializada, no sentido de ser constituda, edeterminaes sociais. Cada vez mais o ser social imna paisagem natural. E ainda: a natureza tende a sofdeterminaes de uma ordem de metabolismo social
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CAPTULO 1. A Natureza do Capital
tir do scio-metabolismo da barbrie tende a emergestranhada, decorrente do desemprego estrutural e dalienao social.
A frmula geral do capital, indicada por Marx, igual a dinheiro, M mercadoria e D o dinheiro acres
como Marx nos apresenta no captulo IV de sua obrageral possui um sentido ontolgico, ou seja, fundamenapreendermos a natureza do capital ou da categoria sotemporalidade histrica da modernidade (MARX, 198
Nesta pequena frmula-sntese, Marx apresent
turante da sociabilidade moderna ou sociabilidade domento, Marx est sendo minimalista. Uma simplesM-D contm o principio universal fundante e fundamproduo e reproduo do metabolismo social do cap
D-M-D significa que oprocesso de moderniz
si e para si, na lgica do capital ou seja, no movimenbusca fazer mais dinheiro atravs da venda de mercafica, num primeiro momento, a posio do mercado mercado tenha surgido com o modo de produomercado nas sociedades antigas. Entretanto, enqua
positiva do capital, o mercado, sob o modo de produsumiu uma dimenso indita.
Sob o sistema capitalista, o mercado passa aprodutivo e reprodutivo-social Por que ocorreu i
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DIMENSES DA REEST
que atravs da forma-mercadoria que ocorre a acuvalia, objetivo essencial da produo material ou do capitalista. Assim, o simples frmula geral (D-M-D)mentos categoriais ampliados, tende a nos dizer munomenologia da sociedade burguesa.
Mas importante salientar algo: existe uma decial cuja transformao histrica em mercadoria queapenas o modo de produo capitalista, mas a prpriacantilizao universal. Como iremos apresentar no pato primordial de constituio da sociedade merc
transformao da prpria fora de trabalho em mO capitalismo o nico modo histrico de produ
de trabalho mercadoria. Alis, a transformao estrabalho em mercadoria, atravs da instaurao do tranos a chave da acumulao de mais-valia. Sem trabal
trabalho como mercadoria, no existiria produo de ma fora de trabalho como mercadoria capaz de produ
No inicio do captulo, destacamos que o capitaMszros, expansionista, incontrolvel,incorrigvDe onde provm tais caractersticas da ordem de r
metablica do capital? Elas provm da dinmica essfrmula geral D-M-D. Ou seja, diferentemente da fexpressa a circulao simples de mercadoria, a outrao do capital, D-M-D, possui, em si, um carter exp
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CAPTULO 1. A Natureza do Capital
detm em nenhuma materialidade propriamente ditamomentos fugazes de um movimento perpetuo de significa que, a rigor, o capital , como nos diz Marxsim o prprio movimento de auto-valorizao). desplica seu carter expansionista e incontrolvel. no b
sistmico de valorizao do capital-dinheiro que se cma social capaz de reproduzir, nos seus laos de socperptua de acumulao de riqueza abstrata. A sociconstitui atravs da produo de uma outra naturenatureza, natureza social que se impe de forma estr
a frustrar as expectativas dos agentes humanos.Esta teoria critica do capital, desenvolvida po
sim, no apenas uma teoria da explorao, que expda produo de mais-valia atravs da explorao damas uma teoria do estranhamento, que expressa do capital.
O capital o prprio sistema do estranhamenria de estranhamento uma das mais significativas cacas. ela que constitui o contedo material da categ
a ltima se confunde com a primeira. Atravs da catemento (ou alienao) podemos dar uma inteligibilidmenologia da reproduo social na sociedade burgue
Um detalhe: ao falarmos estranhamento, qu
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DIMENSES DA REEST
ou exteriorizao. atravs do processo de objetivque o animal homem se tornou ser humano.
Entretanto, sob determinadas condies histrde privada e da diviso hierrquica do trabalho, a pse interverteu em produo de coisas-mercadorias. O
(ou o produto do trabalho) se tornou coisal, ou seja, sa, produto-mercadoria, intransparente, fetichizado,sujeito humano, o ser genrico do homem. A objetivmodo, uma forma estranhada.
Sob o modo de produo capitalista o estranham
forma sistmica. Por isso, a sociedade burguesa osocial. O modo de produo capitalista constituiu utranhamento social ao desenvolver exausto, as tegoriais do estranhamento social, algumas delas, em sociedade antigas, como o mercado ou capital me
capital monetrio.O que antes era to-somente formas residuais
tria, como o mercado e a forma-mercadoria, tornouproduo do capital, eixo estruturante da sociabilidsocial. Assim, o estranhamento social constituiu o p
bolismo do Ocidente e hoje, doglobo.No livro A Ideologia Alem, Karl Marx nos in
histricos do processo social que deu origem alienato Sua origem categorial explicada pelo surgimento
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CAPTULO 1. A Natureza do Capital
gredo dofetichismo da mercadoria. Ele trata dofetsua forma mais simples, o fetichismo da mercadorespecificamente do categoria de estranhamento sociameia, como pressuposto lgico-ontolgico, todo o livfetichismo da mercadoria a manifestao particular
nhamento no plano da conscincia social (MARX, 19Na sociedade do estranhamento social, os pr
tendem a ocultar sua prpria natureza social. Assimmercadoria a ocultao da natureza da forma-mercdo produto-mercadoria como produto da atividade
Deste modo, Marx descobriu que, uma das dimenseguesa ser uma sociedade intransparente, que oculdio fundamental e fundante: ser sociedade do trab
A sociedade burguesa aparece assim, de formsociedade do capital. O fetichismo social um tipo
ou manifestao estranhada da percepo (e da conobjetividade social aparece de forma opaca para os ano conseguem vislumbrar com clareza as relaes s
Na seo intitulada O fetichismo da mercadoMarx expe o trao essencial da sociedade burgues
explorao da fora de trabalho tende a estar oculta eparente para o mundo do trabalho. Na verdade, sob acapitalpe-se a necessidade de uma teoria critica ctureza do capital e a raiz da explorao do trabalho
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DIMENSES DA REEST
nologia) e o mais denso: o fetiche do capital. E mais esta segunda natureza, se impe sobre homens e msuas expectativas, negando a possibilidade do prprideste modo, uma forma de manifestao conscientelogia no sentido defalsa conscincia, da objetividad
scio-metablico do capital (valores-fetiche).O objeto-fetiche (ou a coisa, o que explicaria
o ou reificao) , em si, incontrolvel, no sentido dno estar sob o controle dos prprios homens e mulheem virtude, da inverso (e perverso) do objeto que s
o fetichismo da mercadoria, tende a ocorrer a negaopois, sob tais condies histricas determinadas, ocprprio sujeito humano. Assim, em 1867, ao tratar ddoria e seu segredo, Marx prenunciava a morte do Suestranhado do capital (um dos traos ontolgicos des
cial que iria se intensificar sob a crise estrutural do cCom isso explicamos, primeiro, porque a ordem
do capital expansionista. Ela intrinsecamente eem vista que se constituiu como sistema da auto-vasistema do movimento reiterativo de acumulao d
expresso atravs da frmula-geral D-M-D.A ordem scio-metablica do capital intrin
trolvelporque ela expressa o sistema do fetiche, qunegao da subjetividade humana Por isso, o ideal s
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CAPTULO 1. A Natureza do Capital
de controle social sui generis. Com a sociedade burgvez no desenvolvimento da sociedade humana, surgepropriamente dito; ou seja, como nos diz Mszroscontrole totalizadora das mais poderosas, que se coma global. A idia de global pressupe constrangi
para reformas locais (MSZROS, 2002).Enfim, nesta perspectiva heurstica essencial
no livro A Ideologia Alem, de 1847, salientou a socialismo num s pas. Nesta longa passagem que abaixo, buscamos destacar a lucidez deles em apreen
ricas s evidentes depois dos fracassos das experincdo sculo XX. Diz ele:
Esta alienao, para usar um termo compreepode ser superada, naturalmente, apenas sob dois prePara que ela se torne um poder insuportvel, isto
o qual se faz uma revoluo, necessrio que tenha da humanidade como massa totalmente destituda que se encontre, ao mesmo tempo, em contradio riquezas e de cultura existente de fato coisas quambos os casos, um grande incremento da fora pro
alto grau de seu desenvolvimento; por outro lado, esto das foras produtivas (que contm simultaneamenexistncia humana emprica, dada num plano histrna vida puramente local dos homens) um pressupo
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DIMENSES DA REEST
indivduos locais. Sem isso, 1.) o comunismo no pser como fenmeno local; 2.) as prprias foras do iriam podido se desenvolver como foras universais,tveis, e permaneceriam circunstncias domsticae 3) toda ampliao do intercmbio superaria o
(MARX e ENGELS, 1987)A ordem scio-metablica do capital um siste
tvel tendo em vista que, como nos diz o prprio Msinstituir os princpios positivos de um desenvolvimevel, guiado por critrios de objetivos humanamente sat
perseguio cega da auto-expanso do capital. (MSZ
PERIODIZAOHISTRICADAMODERNIDADE
Iremos apresentar, a ttulo heurstico-sistemtico histrica da modernidade do capital. Ela pode
primeira, segunda e terceira modernidade. atravimento histrico que poderemos apreender a manifenatureza da categoria de capital.
O capital adquire sua dimenso efetiva to-somiremos denominar de segunda modernidade, ou setaurao do modo de produo capitalista propriameo sistema de maquinas e da grande indstria base
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CAPTULO 1. A Natureza do Capital
sionante vigor literrio por Karl Marx e Friedich EngComunista, de 1848.
A segunda modernidade do capital a modtemporalidade histrica em que constituiu um estilo tilo de poltica e de sensibilidade esttica que poder
como modernista. Foi nessa etapa de desenvolvimeocidental, no bojo do qual se desenvolveu o processoque a ocidentalizao se interverteu emglobalizaoAtravs dela, cumpriu-se aquilo que o prprio mometablica do capital, ou seja, tudo que slido se
Por isso, encontramos na trajetria histrica da segude, no apenas a constituio dos pilares da modernidita, mas sua prpria negao tendencial no interior dsistmico do capital.
Na segunda modernidade do capital que s
para si, as classes sociais fundamentais do modo dlista propriamente dito, burguesia e proletariado, e nacionalem torno da qual se consolida o territrioda Nao e da Cidade. So tais determinaes essencia identidade socialde homens e mulheres da segu
Mas, na medida em que se desenvolve, a modernidmesmo, pois no deixa de ser modernidade do capitamodernidade clivada de contradies sociais, fratuririam se manifestar, em sua plenitude, na etapa de su
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DIMENSES DA REEST
quinaria e a grande indstria. Estamos tratando, portvolvimento histrico contraditrio de longa durao, de descontinuidade no interior de uma continuidade tituio do capital como sistema de controle do meta
Consideramos importante tal periodizao hi
mos nosso tempo histrico-particular. Sejamos mais nidade entendemos um conjunto de experincias ddo espao e do tempo, de si mesmo e dos outros, dperigos da vida, que hoje em dia compartilhado por em toda parte do mundo. Assim, desde o sculo XVI,
dente a modernidade do capital, que assume diversatemporais, por conta do desenvolvimento do modo d
Diremos com Marshall Berman que ser modernos em um meio-ambiente que nos promete aventucrescimento, transformao de ns mesmos e do m
mesmo tempo, ameaa destruir tudo o que temos, tumos, tudo o que somos. Ambientes e experincias motodas as fronteiras de geografia e de etnias, de classe religio e ideologia; neste sentido, pode-se dizer que atodo o gnero humano. Mas uma unidade paradox
desunidade: envolve-nos a todos num redemoinho pgrao e renovao, de luta e contradio, de ambigSer moderno ser parte de um universo em que, como que slido se desmancha no ar. (BERMAN, 1987)
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CAPTULO 1. A Natureza do Capital
nismo so vises e valores permeados de utopia sociapolticas da expansividade crtica do capital. E saliennum perodo histrico-social determinado. O modepoltico-cultural da segunda modernidade do capital
Por exemplo, o projeto utpico do comunismo p
ca clssica do modernismo da segunda modernidadpropriamente dita, aquela que se desenvolve a partirluo Industrial, da grande indstria e do surgimenindustrial como sujeito histrico da emancipao soc
Portanto, na periodizao histrica de longa d
nidade do capital que estamos sugerindo, haveria udernidade, que transcorreria do sculo XVI, primrdmoderno, ao fim do sculo XVIII e comeo do scumodernidade seria o perodo histrico do capitalismpitalismo manufatureiro, onde as sociedades europ
riam ainda imersas em relaes sociais tradicionais de classe aristocrtico-feudal, subsumidas lgica do
A segunda modernidade do capital seria a mmeira e Segunda Revoluo Industrial, do surgimenttria, do modo de produo capitalista propriamente
real do trabalho ao capital, da transio dolorosa e luma modernidade do capital, a terceira modernidade.
A terceira modernidade do capital a modmodernidade sem modernismo ou a modernidade
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DIMENSES DA REEST
capital. Ela a modernidade do modernismo como nhe de projetos de utopias concretas (como diria Ernprojetos sociais do comunismo poltico; no mais decomo a de Thomas Morus (A Utopia) ou de Tom(Cidade do Sol), que marcaram a primeira moderni
Charles Fourier ou mesmo Robert Owen, que nos primmodernidade, no conseguiram discernir atravs dosocialismo utpico, a lgica frrea da nova ordem bur
Poderamos dizer que a segunda modernidadecia de si em meados do sculo XIX, no bojo da prim
do capitalismo ocidental . Seu marco histrico madursociais de 1848, evento crucial que inspirou oManifeKarl Marx e Friedrich Engels. As revolues sociais novo perodo histrico da luta de classes (MARX e EN
O processo social da segunda modernidade do
denominado de modernismo, contraditoriamentejunto de doutrinas e prticas estticas e polticas dendernismo amplamente heterclito, assincrnicocontraditrio, como a prpria modernizao do capsua ascenso histrica.
No perodo da segunda modernidade do capitcenso e crise do Estado social, de partidos e sindicprojetos de utopias sociais, do comunismo social-dConstituiu-se o mundo do trabalho que chegamos a c
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CAPTULO 1. A Natureza do Capital
do capital, a modernidade propriamente dita, KarEngels nOManifesto Comunista de 1848. Neste odescrio dos novos tempos contm a utopia social dseu sujeito histrico, o proletariado industrial.
Na temporalidade histrica da segunda mode
ocorre o surgimento e desenvolvimento dos Estados ntaque para a constituio hegemnica dos Estados Ucomo nao moderna. Ocorre a crise europia e oslistas da Primeira e Segunda Guerra Mundial, a colozao e ocidentalizao do Terceiro Mundo; o surgim
cultural e da modernizao avassaladora em todas associal (o que s ocorreu aps a Segunda Guerra Munperodo de intensa destruio criativa, perodo hisdo capital, com a destruio de modos de vida tradi dominao de classes aristocrticas e agrrias, que
aps as duas guerras mundiais que atingem o Contitransio do tradicionalpara o moderno que d aambigidade tpica do modernismo, euforia e rebemovimentos culturais modernistas, do surrealismo aThe Beatles).
O perodo da segunda modernidade caracteso de introduo da cincia e da tecnologia moderna nque constitui a grande indstria propriamente dita, atifica do trabalho (taylorismo) e o fordismo, com a p
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DIMENSES DA REEST
Segundo, um movimento de introduoda tcbase scio-reprodutiva da sociedade burguesa, to cquanto o primeiro. Ele caracteriza a vida moderna com seus novos aparatos tecnolgicos e as novas expepartilhadas por homens e mulheres. Este movimento
vida social transfigura espaos urbanos e a organizahomens e mulheres. Assim, cultura industrial e inda reproduo tcnica da obra de arte e da prpria vidaesse segundo movimento, to importante quanto o psenvolvimento (e crise) da segunda modernidade do
Enfim, so movimentos dplices, sincrnicos mltiplas temporalidades, que comporiam a segundpartir da Segunda Guerra Mundial, do alvorecer da TTecnolgica, com o surgimento daquilo que Ernest terizar como capitalismo tardio, ou que poderam
modernidade, que o processo de modernizao se intensidade e amplitude. Por serem a nao modernaEUA conduz, a partir de 1945, a ocidentalizao do mem si, no apenas o esprito da segunda modernidadra modernidade do capital, o da modernidade do p
A crise da segunda modernidade do capital ocdcada de 1960, dcada de transio, anunciando, nodo capital, a passagem para a terceira modernidadtardia, a modernidade sem modernismo. Ela se cons
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TRABALHOE CAPI
Ocapital um modo de controle do metabolismo formas histricas de intercmbio produtivo dos s
a natureza e entre si qualitativamente novas, radicrveis com outros antecedentes histricos de controlO modo de operao do sistema do capital que conscomo a primeira civilizao planetria, alterou, e destacar neste captulo, no apenas a relao dos hdo homem com a natureza, mas do homem com suscio-produtiva, o trabalho.
com o modo de produo capitalista que o prtorna-sepressuposto negado, em si e para si, do pro. nessa perspectiva que, um dos grandes legadosMarx no foi apenas descobrir e desenvolver em su
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DIMENSES DA REEST
za atravs do trabalho, ou seja, desta atividade humaprocesso de hominizao e humanizao.
Estas determinaes sociais de novo tipo, insestranhamento, so da mais alta relevncia historialteram no apenas a forma de ser, mas a prpria n
so do trabalho e das mltiplas significaes vinculaa ele (por exemplo, a questo da qualificao profisda cincia e da tecnologia). Assim, poderamos dizede produo capitalista propriamente dito, da mqumquinas, que instaura a grande indstria, o trabal
meira vez, o seu lugar como agente social ativo do po. De termo inicial, o trabalho vivo torna-se mero tesubsumido mquina. , com certeza, um momentocivilizacional com mltiplos impactos nas formas dsegunda e terceira modernidade que tratamos no cap
portanto, o sentido radical do estranhamento na ormo social do capital.
De inicio, poderamos dizer que a mercadorisociedade burguesa, resultado do processo produracterizado pela unidade ineliminvel entreprocesso
cesso de valorizao. Ao falarmos ento em procecapitalismo no podemos esquecer que ele , acima dvalorizao, processo de produo de mais-valia e bredeterminao particular-concreta do processo de
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CAPTULO 2. Trabalho e Capitalismo
de troca, mas, segundo, e eis o ponto crucial, a partduo especificamente capitalista, ao incorporar a mde mquinas, o processo de trabalho tende a se negarde trabalho.
Assim, destacamos dois momentos cruciais. Pr
de trabalho que se constitui com o modo de produse volta produo de objetos que satisfaam a necevalores de uso, mas sim a produo de valores e, mte, mais-valia. Segundo, no interior deste prprio prcapitalista ocorrem mudanas significativas, por co
mento das foras produtivas do trabalho social, que anatureza intrnseca.
A cooperao simples e a diviso manufatucontribuem para o desenvolvimento das foras prodsocial que aparecem como forar produtivas do cap
duo das mquinas e do sistema de mquinas, indstria, que tende a negar (e dar novas significaeprocesso de trabalho originalmente posto.
Podemos discernir as seguintes categorias soprocesso de trabalho enquanto processo humano-g
a toda forma societria de desenvolvimento da espdeterminao natural scio-ontolgica do processo dhumanizao, tende a assumir a forma de atividade de criar valores-de-uso, de se apropriar os elementos
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DIMENSES DA REEST
O processo de trabalho capitalista se apropria docesso de trabalho em sua determinao natural, alterformais, instaurando, por exemplo, a cooperao simpnufatureira do trabalho, mas sem alterar ainda suaso que significa que, apesar da subsuno formaldo tr
trabalho vivo ainda o termo inicial (ou ativo) da prodFinalmente,com a mquina e o sistema de m
de indstria, o processo de trabalho propriamente dsi prprio como processo de trabalho, sob a direobalho vivo, para tornar-se processo de produo do
pelo trabalho morto. O que significa que, neste caso,cado do processo de trabalho, deixando de ser elememeramente elemento passivo, mero suporte do sisteo que Marx ir denominar de passagem da subsunsubsuno realde trabalho ao capital. Na perspectiv
gem scio-ontolgica da subsuno formal subsunao capital que ir caracterizar a longa transio dsegunda modernidade do capital.
O que antes era mera subsuno formaltorna-tcnica mquina - subsuno realdo trabalho aopassagem altera-se radicalmente a natureza da ativEla negada em si e para si, instaurando, o que j destanterior, como sendo o sistema de controle scio-met
Todo o sculo XX se caracteriza pelo processo
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CAPTULO 2. Trabalho e Capitalismo
Processo de TrabalhoValor de Uso
Trabalhos ConcretosHomem Instrumento Natureza
NaturezaObjetivao/Exteriorizao
Processo de Trabalho CapitalistaValor de Troca
Trabalho Abstrato
Cooperao SimplesDiviso do TrabalhoSubsuno formal
Homem Instrumento NaturezaNatureza x Sociedade
Estranhamento
Processo de Produo do CapitaValor de troca
Trabalho Abstrato
Maquinaria e Grande IndstriaSubsuno realFerramenta Homem Natureza
Sociedade
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Ao ser negado, oprocesso de trabalho sob a dirtrabalho vivo, em virtude das mediaes estranhadaco do modo de produo capitalista, as mediaes etrabalho assalariado, diviso hierrquica do tracantil e propriedade privada) deixa de ser o que
aparecendo como outra coisa. Isto , num primeiro mde trabalho capitalista e depois, mero processo de pro
Mas no podemos esquecer que o movimentomente dialtico e a categoria de negao significaconservao num patamar superior, comopressupo
no deixa de ser efetiva, no sentido de representar, dria, a verdade do ser do real).
Para compreendermos o significado destas mnicas de impacto decisivo na produo (e reproduoque significa, originariamente, o processo de trabalh
UNIDADE/CISO/NEGAODO PROCESSOD
Oprocesso de trabalho, em sua dimenso nat
essencialmente, pelos seguintes elementos composiatividade laborativa (trabalho vivo), o instrumento d
jeto de trabalho (a Natureza).
Toda atividade de objetivao e de produo de
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CAPTULO 2. Trabalho e Capitalismo
em si, esto pressupostos (como pressupostos negadoso de trabalho capitalista, como no processo de produ
Noprocesso de trabalho capitalista ocorre umo natural originria. Com a propriedade privada/ddo trabalho, o produtor tende a perder a propriedad
meios de produo. Com a civilizao do capital emenovo tipo, o trabalho assalariado (ou o que Marx coestranhado) ou o regime de salariato. Ocorre a sepadies subjetivas e as condies objetivas do procesum lado, o homem, e de outro, os meios de produo
de um lado, a concha e de outro o caracol. claro que, antes do modo de produo cap
modo de produo escravista, a ciso da relao nade produo. No trabalho escravo, o produtor, alm dmeios de produo, no era dono de si prprio e de su
Ou seja,o escravo no era sujeito de direitos. O que sibalho escravo possua um estatuto scio-histrico es
Diferentemente do trabalhador assalariado, oreconhecido como membro do corpo social. Era umreconhecido como membro da espcie humana. Ape
vatura na Antiguidade, o modo de operao do escramodo, exteriorao scio-metabolismo das sociedade
Alm do que, a explorao e o estranhamento quao modo de produo escravista como no eram feti
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DIMENSES DA REEST
ainda a atividade do pequeno produtor agrcola. O arprodutor aparece como o sujeito que atravs de seu ibalho, como extenso de si, atua sobre a natureza, prouso para satisfazer suas necessidades humanas.
aforma histrica de trabalho capitalista,
lariato, que ir cindir tal unidade natural entre homduo (ou entre o homem e si mesmo), instaurando social, o processo de trabalho como processo de vadeste modo, no interior do processo de estranhamenAo serem separados do sujeito-que-trabalha, os meio
dem, sob a mediao estranhada do capital (proprieso hierrquica do trabalho), a se erguerem diante de
Nesse caso, a separao entre o sujeito-que-traproduo intrinsecamente alienao, no sentido lhador assalariado, em si e para si, est alienado das
do trabalho social (o que significa que perdeu o conto de sua vida material). Est imerso numa relao nidade, ou seja, relao social de produo capitalist
Alis, pode-se dizer que, a rigor, todos os que emeios de produo da sua vida material, so traba
dos. Na verdade, todos os que esto imersos em algde subalternidade diante das mediaes estranhadasto/propriedade privada/diviso hierrquica do trabatil) podem ser considerados trabalhadores assalari
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CAPTULO 2. Trabalho e Capitalismo
histricas. Mais uma vez, importante destacar: o trou o regime do salariato uma inveno da moder
A separao entre o produtor e seus meios de proddente, atravs de meios extra-econmicos de violncia mta, a partir do sculo XV, a histria do capitalismo colon
ocorreu a constituio do sistema de controle scio-mpor meio da expropriaode pequenos produtores, posdas bases materiais (e sociais) do modo de produo cacondies histricas especficas, que surgiu, com as mgue, a figura do capitalista e com ele, a figura do trabal
interessante acompanhar afenomenologia do do ou sua forma histrica de ser, at nossos dias. A condassalariado tornou-se uma condio humana, sendo eledanormalidade social. Entretanto, ao surgir, em sociedvidade manufatureira-industrial de forma incipiente, o t
possua o estigma da escravido, tendo em vista que os lariados, vulgo proletrios, a plebe andrajosa, eram no ados meios de produo, mas de quaisquer direitos de ciclasse negativa cujo movimento social tendia a negar
Mas, os trabalhadores assalariados ou prolet
contrrio dos escravos da Antiguidade, eram, na ticltica liberal do sculo XVIII, trabalhadores livres, quela poca, os proletrios no tivessem ainda conqcidadania. Em nossos dias, a ideologia do trabalh
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malmente pertence ao capital, pois ainda tem algumsobre os meios de produo, no sentido de habilidadesionais (embora ele no seja proprietrio dos meios deobjetos de trabalho), verificamos que o operrio qude produo, numa relao que, malgrado o capital, m
natural. Na poca da primeira modernidade do captrabalho capitalista ainda aparecia como processo de
Entretanto, importante salientar que, do poncesso de valorizao, as coisas se apresentem diferendiz Marx, no o operrio quem utiliza os meios d
meios de produo que utilizam o operrio. E Marxterizando o processo do trabalho capitalista: No se realiza no trabalho objetivo como em seu rgo obobjetivo que se conserva e aumenta pela absoro deas ao qual se converte em um valor que se valoriza,
tal funciona. Os meios de produo aparecem unicamventes da maior quantidade possvel de trabalho vivoapenas como meio de valorizao de valores existentete, de sua capitalizao. (MARX, 1987)
Ora, o que Marx est nos descrevendo uma
ocorrida com o processo de trabalho capitalista, pois essncia, processo de valorizao. Eis a determinaoo ou estranhamento que Marx denunciou, com vtos. Para ele, em sntese, a base material da desefetiva
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CAPTULO 2. Trabalho e Capitalismo
o, o trabalho torna-se trabalho abstrato. Eis um dde inflexo decisivo na nova lgica societria posta pelho como atividade humano-genrica tende a tornaatividade exclusiva, trabalho estranhado como meroo do valor. Isto , o trabalho abstrado do homem
Como diz Marx: O trabalho no mais um atribque o homem, enquanto operrio, que no seno (MARX, 1987). E diremos: personificao estranhada,lho abstrato. O homem, o trabalhador assalariado, contem que personifica o trabalho abstrato, o trabalho pro
Assim, com oprocesso de trabalho capitalisparado do homem, tornando-se outra coisa, isto ,Seguindo os passos da teoria do estranhamento de assimilado coisa, a qual, precisamente por fora demina o homem na condio de capital. E o produto qu
tor tem, ele prprio, uma personificao na figura dopersonificao de uma coisa.
Pela teoria do estranhamento, o produto tendedutor. Ocorre a converso do sujeito em objeto e vicporque, com a separao entre o homem/produtor e m
os meios de produo esto sob a propriedade (e o conprivado; assim, aparecem e se defrontam com trabalhde modo de existncia do capital, da coisa que se ergueno apenas no sentido de que, quanto propriedade,
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subsumidos a ela). O trabalho do produtor se intervedo capital, e afora do homem torna-se afora da c
Existe assim, no apenas uma separao doprode produo, mas uma subordinao, ou melhor, submal, no caso da manufatura do trabalho vivo ao capit
mal, ainda subsuno do trabalho ao capital, pois um domnio sobre o trabalhador assalariado, ditandode operao) da produo de mercadorias.
Estamos tratando at agora, do processo de tda subsuno formal do trabalho ao capital. No cas
embora o trabalhador assalariado no tenha a propriproduo, nem seu controle material, no sentido de getrabalho, ele ainda exerce suas habilidades tcnicas sde trabalho. Apesar disso, embora garanta ainda suhabilidade tcnica, por estar imerso no salariato, no
milado coisa. Por isso, precisamente subsuno edinao, tendo em vista que subsuno traduz, de cde subordinao incorporada, assimilada prpriaexistncia do capital.
Como observa Marx, enquanto criador de valorbalhador assalariado no atividade pessoal, nemem vista que, como trabalhador assalariado est alieproduo e do trabalho como atividade humano-gen
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Como vimos ento, o que ocorre no apenas unao formaldo trabalho ao capital, mas, sim, subtrabalho ao capital, no sentido de que, alm do capitafora alheia diante do trabalho, o prprio trabalho estdo como trabalho abstrato.
MOVIMENTOSDAABSTRAODOTRABALHOFORMALSUBSUNOREAL
claro que at agora tratamos do processo de em sua subsuno formal do trabalho ao capital, momalienao/estranhamento do trabalho vivo diante davas de produo social. Vimos que, ao ocorrer a instada produo da vida material, alterou-se o prprio s
ele tornou-se trabalho abstrato, incorporado e portaprocesso de auto-valorizao do capital. O processo de expressar a fora do homem e o trabalho do opernum grau iminente, a fora da coisa e a valorizao dtrabalho vivo ainda mantenha o domnio sobre os in
balho e o trabalhador assalariado seja plo ativo da pAo ocorrer a ciso da unidade natural entre h
produo, o novo ordenamento scio-metablico do pressupostos materiais no apenas da subsuno f
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transforma a estrutura tcnica da produo de mercamogneo a si. Com o sistema de mquinas temos a hforma tcnica do capital.
A introduo da maquina instaura o que Marx dde produo especificamente capitalista. Ela marc
que consideramos a segunda modernidade do capitde modernizao. como se, a partir da Revoluo Indvoluo das Mquinas, nos primrdios do sculo XIX, scio-metablico do capital se constitui como sistemaplas determinaes sociais que ainda conservavam inc
Esseprocesso de modernizao, que marca a loda segunda modernidade, de transio de sociedadesreiras para sociedades urbano-industriais, ou de socipara sociedades modernas, permeia o sculo XIX e a mXX. Atinge as sociedades ocidentais de forma desigua
ele ocorre bojo da expanso do mercado mundial. Estrico da grande indstria, onde o taylorismo e o fordtoyotismo, aparecem como determinaes compositiv
Essa transio complexa da subsuno formarealdo trabalho ao capital, a passagem da manufa
indstria, do instrumento para a ferramenta como sis um dos momentos histrico-ontolgico de mais alta
Diramos: depois da mquina e do sistema de zao do capital tornou-se plenamente a civilizao
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modo particular de existncia do capital, determinadglobal, como capital fixo. O capital alterou apenas a rtre os agentes produtivos, no alterando aforma matos do processo de trabalho. O capital se apropria deprodutivas anteriores ao capitalismo, mas no cons
sua forma material. Por isso, homens e mulheres prtrabalho e at objetos de trabalho do perodo histricotria ainda preservam traos de natureza de tradio mundo agrrio-comunitria.
Nesse perodo, como salientamos acima, a sub
lgica do capital meramenteformal, no sentido do regime do salariato, isto , surgiu o trabalho assalao ou o trabalho social. Ocorre, claro, um desenvolprodutivas sociais, com a cooperao e a diviso mabalho (e, por conseguinte, o trabalhador coletivo),
manufatura. Temos uma acumulao ampliada de cade trabalho como processo de valorizao.
Entretanto, sob a subsuno formal, o meio dmeio de trabalho propriamente dito, mediao entrereza, instrumento de trabalho como termo intermedi
to dos rgos que o operrio possui naturalmente emO trabalho vivo aparece como agente ativo da produprocesso de trabalho, elemento de subjetividade e de herdadas de modos de produo anteriores ao capital
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e mantm, na dimenso scio-reprodutiva, um compprticas de vida de cariz tradicional-comunitrio); ecapital, as relaes sociais de produo capitalista, vigncia do trabalho abstrato, em seu primeiro proconde o trabalho tende a ser destacado de toda sua na
e, nesse sentido, reduzido realmente mera explicitborativa humano-genrica trabalho abstrato.
Eis um processo histrico de longa durao edies, que atinge seu pice na idade da mquina, nameira para a segunda modernidade, mas prossegue
decorrer da prpria segunda modernidade.Vamos salientar um importante aspecto: sob a s
o trabalho humano trabalho abstrato, mas o procetrabalho assume uma forma especfica, ainda no pleque s ocorreria com a mquina e o sistema de mqu
sob o novo modo de produo capitalista em consthumano no conta pelas qualidades que o tornam calores de uso, mas sim por ser explicitao de energia que produz valores de troca, mercadorias destinadas
Neste momento, como destacamos acima, o tra
como agente ativo da produo e elemento de subjetdades tcitas, herdadas de modos de produo anterioMas na tica do capital emergente, do novo sistema dque produz mercadorias, o que conta o trabalho
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tcnica (e tecnolgica) dada pelo surgimento da mde mquinas.
importante destacar o seguinte: de fato, o trano pode ser abolido absolutamente. Estamos diantedo capital. O que significa que a abolio do trabalho
virtual, ou seja, projeta-se como merapossibilidaddo desenvolvimento da nova base tcnica.
Deste modo, a passagem para a subsuno realpital, com o surgimento da nova base tcnica do capitecnolgica voraz, abole apenas tendencialmente o t
expressa na substituio no interior da indstria (e talista, de trabalho vivo por trabalho morto (um dcrescente desemprego estrutural).
Assim, o que se desenvolve na segunda moderassume dimenses lancinantes na terceira moderni
a exacerbao de tendncias contraditrias inscritas ntablica do capital. A principal delas o carter destdo segundo movimento de abstrao do trabalhsubsuno real do trabalho ao capital.
O SISTEMADE MQUINACAPITALISTA
Se no primeiro movimento de abstrao com
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ponto de vista material, precisamente porque o trabano inicio do processo tcnico, mas apenas inserido ndirio desse processo.
Se antes, o trabalho era o termo ativo inicial, ao termo intermedirio. No caso de ter qualificaes
o trabalho recebe essas qualificaes e essas especimesmo, mas precisamente da mquina. Deste modomento de abstrao do trabalho, ou de exacerbaoque aparece como fetichismo da mercadoria, a mqusobre o trabalho do operrio suas qualificaes, que n
nientes da subjetividade do trabalho, mas sim das extura, da natureza dessa coisa que a mquina, que sedo processo produtivo.
A especificao do trabalho vivo, negado tende para si, a especificao feita inteiramente em fun
do instrumento tornado ferramenta, o qual tendo-se mquina, ou melhor, de sistema de maquinas, est, no inicio do processo tcnico e no mais num seu pon
Neste caso, o segundo movimento de abstraocorre com o surgimento da mquina ou do sistema dfica a intensificao ampliada dasformas estranhad
fetichismo social.
claro que, sob a subsuno formaldo traba
CAPTULO 2 T b lh C i li
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o sentido do estranhamento social: opoder socialapsocial estranhado (MARX E ENGELS, 1987)
Ao imprimir sua marca estranhada naquilo quevidade do trabalho social, o capital aparecia como sujnatureza social (o que um dos traos de seu controle
Mas a usurpao do capital tinha um sentido progrem que possui uma direo civilizatria: o desenvolprodutivas do trabalho social, o recuo das barreiras ntigado pelas prprias relaes sociais de produo capiintrnseco da civilizao do capital. O capital no apen
foras vivas de sociabilidade liberada por ele em seu msivo (como observou Lukcs, a sociedade burguesa socialque existiu), como, num processo intrinsecamao se apropriar da civilizao,frustrava, invertia epetempo, suas promessas civilizatorias (LUKCS, 1978)
Como contradio viva, o capital , ao mesmo e civilizao, no sentido de criar os pressupostdesenvolvimento social do ser genrico do homem. movimento perptuo de valorizao, sob a terceira mse explicita o scio-metabolismo da barbrie social,
das foras produtivas do trabalho como foras produtde, cada vez mais, a se interverter em produo destrhumana, dessocializao e estranhamento e fetichiforma exacerbada.
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O que significa que a mquina capitalista tentecnica empolivalncia, que aparece como uma forestranhada que se pe agora no processo produtivomquina conter apromessa da politecnia, as relapitalista obstaculizam o desenvolvimento concreto
ca, intervertendo-a em polivalncia (o que significa explorao do capital, com o trabalhador assalariadovigiar mltiplas mquinas alheias a si).
Finalmente, a passagem da subsuno formalreal do trabalho ao capital altera a relao da cin
a tecnologia, com o processo produtivo. Temos, desaspecto do estranhamento e do fetichismo social.
At agora temos destacado mltiplas determinmento e do fetichismo social, tanto em sua dimensentre trabalho vivo, meios de trabalho e objeto de tra
sua dimenso subjetiva (relao do trabalho vivo produtiva e com os resultados da produo social).
No tocante a cincia e tecnologia, a vigncia dtema de mquinas tende a alterar a relao do trabdos elementos ineliminveis do prprio processo de
conhecimento, atributo intrnseco do plo ativo primde trabalho, o trabalho vivo.
Na situao pr-capitalista, a ao que leva o p
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tural entre trabalho vivo e instrumento do trabalho, entre trabalho vivo e conhecimento, isto , cincia.
Este detalhe significa que aprofunda-se o nexocio-metabolismo do capital. A inverso da relao nlho vivo e instrumento do trabalho ou a separao
e conhecimento constitui, no plano da subjetividade base material para novas implicaes estranhadas. nos meios de produo subordina a si o trabalho vivo,o trabalho vivo, como se salienta acima, no tem outser fator de valorizao do trabalho objetivado.
importante observar que no a mera separavivo e conhecimento, isto , cincia objetivada como gina a implicao estranhada do agente social. O trameios de produo como trabalho objetivado, isto oprime o trabalho vivo apenas na medida em que
relao social de produo capitalista. A mquina vivo no porque exterior (ou separado) dele, no seno corpo da tcnica, em si, no ocasiona alienao e agentes sociais, mas sim, sua forma social estranhadcapital, ou seja, tecnologia. Na verdade, identificar e
negatividade atribuir tcnica um poder de dompossui (veremos isso mais adiante).
Com a grande indstria e a maquinaria, est pnao fundamental: como salientamos, a subsun
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que tende a assimilar todo o metabolismo social. Deslidade capitalista tende a tornar-se cada vez mais racgica. A racionalidade instrumental do capital tende mais uma racionalidade tcnica que permeia no de valor, base originrio desta implicao estranhada
lao social.Como tratamos logo acima, o estranhamentolista decorre no apenas da separao entre trabalhode trabalho (que se tornou ferramenta e sistema de fato de que a mquina e o sistema de mquinas tendem
no plano material, o trabalho vivo. Por isso, o domorto sobre o trabalho vivo, que perde no apenajetiva, de termo inicial ou ativo do trabalho, maspotrabalho se tornou mera ao mecnica e a cinciasubjetividade negada de quem trabalha.
Na verdade, a cincia foi pensada e constituda grandes laboratrios das corporaes industriais (execuo e concepo, concebida pela Organizaobalho, de F.W. Taylor) e no processo de trabalho, a presente no em quem trabalha, mas dentro de uma
na mquina ou no sistema de mquina.A negao processualda posio objetiva e suvivo constitui o processo de modernizao do capitaldesenvolvimento da segunda e da terceira modernida
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a cincia e sua extenso estranhada, a tecnologia, trabalho vivo, invertendo, pela primeira vez na histno apenas a relao entre o homem e seu instrummas entre o homem e o produto/processo de sua a(auto-alienao).
Com a mquina capitalista, o conhecimento e a te no esto mais no sujeito que trabalha, mas na atdo instrumento como ferramenta utilizado a servdo capital. Mesmo que o sujeito que trabalha seja residuais de saber-fazer tcito, intrnseco naturez
persistente, o processo de valorizao implica em co/apropriao pelo sistema de mquinas do savoir-trabalha. Como disse Marx: Dar produo cartedncia do capital (MARX, 1985). E diramos mais, tecnolgico, pois a racionalidade da Modernidade-M
a racionalidade tecnolgica. Por isso o capital desecincia, pois ela que permite o desenvolvimento teconquistar o mundo; uma cincia e, portanto, uma tmais tem a ver com o trabalho.
Importante observar que, o que se contrape ao
a mquina em geral, mas a mquina que colocadacesso de produo capitalista. Neste caso, inscreve-scontradio viva do capital: o desenvolvimento da mde mquina, atravs da cincia e da tecnologia, cont
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conhecemos so produto de uma tecnologia (e tambque foi toda pensada sobre a base do pressuposto doestranhado. A emancipao envolve, deste modo, altcesso de conhecimento e de realizao tcnica.
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TRABALHOE CIBE
Neste captulo pretendemos apresentar algumas na natureza do desenvolvimento da nova base t
destacando a dialtica entre trabalho e informao a po complexa da relao-capital em sua forma mais dde tudo, importante explicitar observaes metodo
dveis. Mais do que nunca, indispensvel apreendeem sua complexidade dialtica e radicalidade contrauma determinada totalidade concreta: o sistema munpredominantemente financeirizado. Qualquer discusmltiplas determinaes do ser social do capitalismo
no conseguir apreender os nexos essenciais do novdo processo civilizatrio do capital.
Surgem hoje vrias mistificaes da natureza evolvimento da sociedade capitalista nas ltimas dc
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volvimento do modo de produo capitalista em sua no mnimo, mistificador.
O desenvolvimento do sistema mundial do capitadesenvolvida possui como pressuposto material o desenbase tcnica complexa de matriz informacional, caracte
formticas e telemticas, capazes de integrar os locis glreproduo da sociedade de mercadorias. Pela primeira vilizao humana, constitui-se uma sociedade global c dada pelo complexo social das redes virtuais, interatque contm e fazem circular pacotes de informaes
so as novas mercadorias da sociedade hipercapitalista tlgica da mercantilizao subsume a ltima fronteira dtransformar em mercadoria o prprio substrato da sociao social. Nesse contexto, surge uma indstria da inforre a produo, tratamento e controle dos nexos lingstic
comunicao e intersubjetividade scio-humana.Entretanto, importante salientar que, na medcadoria virtual, a informao-mercadoria contm ecandente da relao-capital. Seu enclausuramento ntensionado pelo seu valor de uso, como podemos ver
formas de dissiminao de pirataria que atentam ctoral. Os novos piratas do ciberespao apenas explicexplosiva entre valor de troca e valor de uso da mo. Mais do que nunca se explicita a contradio p
CAPTULO 3. Trabalho e Ciberespao
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das redes informacionais, possuem uma caractertcnicas inteligentes capazes de criar espaos virtcietal, sejam eles interativos ou controlativos. Ao utiinteligente buscamos salientar o uso de mquinas de desenvolver alguma forma de inteligncia artific
prima a mercadoria-informao. (ALVES e MARTA IV Revoluo Tecnolgica instaurou uma ru(ou salto quntico) na evoluo do maquinrio no cso utilizada por Frederic Jameson, inspirado por Erntar dos estgios de revoluo tecnolgica no interior
Ele observa que a relao com a mquina e sua reprdialeticamente em cada um desses estgios qualitatide desenvolvimento tecnolgico (o chegamos a tratarespao e fetichismo, publicado em ALVES e MART
O que sugerimos uma nova periodizao qu
ltima grande revoluo geral da tecnologia, engendproduo capitalista, a revoluo das redes informaque se dissemina o ciberespao, seja como rede intrede controlativa, atravs das instncias de producial. Alm disso, com ela surge uma nova forma de se
mercadoria-informao.O ciberespao constitui as infovias hipervirtupedgios do capital que impe sua lgica da escasseterial Como destacamos acima, instaura-se um novo
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nica da IV Revoluo Tecnolgica propicia as condidesenvolvimento pleno (e tensionado) do capitalismo
possvel apresentar a seguinte periodizao nolgicas engendradas pelo capital desde a revolunal de fins do sculo XVIII e primrdios do sculo X
Primeira Idade da Mquina: a produvapor a partir de 1848
Segunda Idade da Mquina: a produ
tricos e de combusto a partir dos anos 9
Terceira Idade da Mquina: a produ
trnicos e nucleares a partir dos anos 40
Quarta Idade da Mquina: a produ
croeletrnicas e sua integrao em rede
trolativa (ciberespao) a partir dos anos
A cada salto tecnolgico, com sua respectiva pnas, corresponde uma forma mercadoria predominanse constitui a estrutura scio-reprodutiva. possvelmercadoria da Quarta Idade da Mquina a mercado a matriz do hipercapitalismo manipulatrio. A IV R
gica diz respeito a uma etapa do capitalismo modernmundializao do capital com seu novo regime de a(HARVEY, 1992). No meramente o capitalismo mconsumo como observa Jameson mas sim o capital
CAPTULO 3. Trabalho e Ciberespao
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mais do trabalho informacional, que lhe agrega valorestatura concorrencial altura dos tempos de crise drialidade est prenhe da imaterialidade conduzida como elemento mediador das mquinas inteligenteo-mercadoria viceja nas esferas do parasitarismo
da sociedade do capital. ela que alimenta os circuvalorizao fictcia, alm de ser matria-prima dos rios da teia midiatica.
possvel inclusive sugerir que, se o capital fium papel predominante na forma de produo e rep
do capitalismo mundial, a informao a mercadogime de acumulao predominantemente financeirodizer que a mercadoria-informao possui natureza tal fictcio, categoria utilizada por Marx para caractecapital a juros (ALVES, 2001).
ASREDESVIRTUAISCOMOMQUINASINFORM
Ocorre um salto qualitativo no processo scio-
Idade da Mquina: elas se tornam cada vez mais, mduo do que mquinas de produo propriamente dnossa capacidade de representao esttica, exignciaDe certo modo os limites entre produo e reprodu
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brie social. Ora, a valorizao do capital exacerba-seo que se torna sem medida, desmedida alucinadatransformao estrutural que est na base da crise esonde a financeirizao e a proliferano da mercadoseus sintomas derradeiros.
Ora, para ser mais preciso, pode-se dizer que informacionais sops-mquinas, pois instauram mente novas de relaes homem-mquina. Constituejetivas determinadas por uma nova forma de fetichisnamos alhures de ciberhominizao e que iremos
(ALVES e MARTINEZ, 2002). claro que a utilizacontm uma intensa carga na medida em que podequina no mais mquina. Entretanto, o que querecaso, uma posio dialtica onde a mquina no sua materialidade em si, apesar de continuar sendo
social do capital. e no , eis a dialtica da coisps-mquina, o estranhamento e fetichismo caractersociais de produo e reproduo capitalista.
Com o ciberespao, a ps-mquina contribscio-reprodutivo e este novo meio tcnico complex
culiar esttica da reproduo social. Nas condies tal como modo de controle scio-metablico, a esttprincipalmente em sua dimenso de controle (ou conta-se numa forma estranhada (como podemos apr
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nos oferece uma forma de representar nosso entendide poder e de controle que ainda mais difcil de sernossas mentes e por nossa imaginao, a saber todadescentrada do terceiro estgio do capital. (JAMESOtedo latente do imaginrio do apocalipse estrandistopias flmicas da fico-cientfica ps-moderna, os filmes da srieMatrix, dos Irmos Wachowski (1
A cultura do ciberespao ou o que veio a ser dtura ps-moderna, to bem analisada por Jameson teriza por ser uma cultura cada vez mais dominada
lgica espacial. De certo modo, sintoma de uma crise da organizao da temporalidade em geral.
O capital em crise tende a criar um campo dremedivel da temporalidade scio-humana. Temp
presente e tempo futuro perdem sua direo e sent
VES, 2002). E Mszros quem observa: A tempordo capital a posteriori e retrospectiva. No pode haadiante, em um sentido significativo do termo, j qadmissvel j chegou na forma dos parmetros existtabelecida, bem antes que se pudesse levantar a questfeito.(MSZROS, 2002).
O esmaecimento de nossa historicidade, instaulismo social crtico do capital, contribui para o surgimcultural prprio: o pastiche do passado estereotp
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CAPTULO 3. Trabalho e Ciberespao
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em que ele aparece como um espao de interao sctcnica, construdo pela prxis social complexa e capem si, novas formas de virtualizao. Nesse caso, as mticas constituem apenas a mediao complexa das (e controlativas) que exigem um alto grau de habilid
vas (tomada de decises e escolhas).Nesse caso, com a ps-mquina do ciberespao
qualitativo, a implicao subjetiva homem-mquinaconstitui como matria socialque abre possibilidad
produo de subjetividade, estranhada ou no, de
pela forma social no interior da qual se desenvolve o duao (ALVES, 2002).
Com o ciberespao como rede informacional, ser meramente apndice do processo de produomquina da grande indstria, e torna-se, pelo men
plo ativo de um processo de produo processo deanalisarmos as novas condies do capitalismo dapreciso levar em considerao a categoria de trabalhforma complexa da categoria de trabalho concretoontolgico da prxis social). Ora, s existe processo
mbito do trabalho imaterial como elemento compoda produo material.
Com o ciberespao, a nova mquina reposta a
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As novas mquinas da IV Revoluo Tecnolgipao, tm mais poder de fetichizao do que as mindstria, tendo em vista que elas representam, comas contradies ampliadas do sistema scio-metablpossuem em si, a promessa frustrada (e reprimida) dmediao plena de uma sociabilidade humana omnil
Sob as determinaes sociais do capital, a idiaou as categorias de subjetividade e de trabalho immente espectros antecipadores de possibilidades Tais determinaes complexas da nova sociabilidadencontram condies histrico-concretas para se desmente. Tornam-se, portanto, em-si e para-si, meros edores de uma futuridade travada pelo sistema do cano deixam de possuir uma efetividade real-objetiva
O ciberespao a utopia tcnica da ps-mqu
que sua materialidade de mquina inadequada paprodutivas do capital. Ao dizermos que inadequada mar que no possa ser apropriada ou at desenvolvidado capital, mas sim que, o seu desenvolvimento concrflagrante, os limites estruturais da forma social estran
Na verdade, a plena disseminao do ciberespapelos sujeitos sociais expe uma contradio viva nosocialdo capital. Apesar dos sujeitos sociais no se apda nova objetivao tcnica complexa, eles tornam-se
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SIGNIFICADODOTRABALHOIMATERIAL
Nos ltimos trinta anos, o sistema produtor dsido atingido por candentes contradies intrnsecamercadoria. Na forma-mercadoria, clula-materda
sa, est contido a virtualidade das suas crises incisivacclicas, crise orgnica ou crise estrutural. Na medseu pleno desenvolvimento scio-histrico, sob a terdo capital, a forma-mercadoria explicita, ampla e inteterminidades negativas. Na verdade, o sistema scio-m
tal tende a ser afetado de negaes no interior do prA crise estrutural do capital expe num sentido
ramentos intrnsecos forma-mercadoria, ou seja, aentre valor de troca (valor econmico) e valor de usointensificao e nova amplitude da crise da forma-
condies histricas da crise estrutural do capital, occrise do trabalho abstrato, o trabalho produtor de valvalor de troca. A crise do trabalho abstrato aparece medida do valor.
Alucinada pelo desmanche de seu fundamen
ma-mercadoria se transfigura, perdendo tendencialmediativo na formula geral do capital (D-M-D). Ema frmula espria D-D, explicitao da reproduo hqueza abstrata estigma da financeirziao que repr
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dio, sendo incorporado na produo do capital. umdo denominado setor tercirio. No apreender o sitolgico do trabalho imaterial mistificar o que ele, dum trao de negao do capitalismo no interior do pe que atinge o sistema scio-metablico do capital emestrutural.
Ora, o trabalho imaterial no o nico elemeque tende a desmanchar a forma-mercadoria. Primmento da composio orgnica do capital, da substde trabalho vivo por trabalho morto, que reduz o qutrabalho na esfera da produo do capital, atingindo (lembremos que s trabalho vivo produz mais-valia)
Deste modo, destacaramos como duas deteda crise do trabalho abstrato, (1) uma dinmica es produo do capital, que percorre a passagem da grande indstria e a prpria temporalidade da granda substituio progressiva de trabalho vivo por trabagem da subsuno formal para a subsuno real do e (2) a constituio de um novo saber, ligados s atdo capitalismo tardio, nas instncias dinmicas de presistente s determinaes do trabalho abstrato.
Este novo sabervinculado ao trabalho imatedesenvolvimento da nova base tcnica do sistema pdorias, com as novas mquinas complexas constituin
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abstrato pois , em si, irredutvel quantificao peloo que significa que no passvel de serprecificadoo como suporte de valor de troca). Pode at ter presimulacro de valor de troca. O novo trabalho compleformalizado e, portanto, transformado coisificado e
como ocorre, por exemplo, com o conhecimento qinterverte em mquina (isto , capital fixo ou trabalh
Na verdade, o trabalho imaterial tende a ser mento, sempre tensionado, na ordem produtiva do capfica que o novo saber no esteja integrado e no seja pa
produo do capital. Pelo contrrio, ele parte do capor sua lgica. Entretanto, o capital est diante de sea natureza anmica do trabalho vivo.
Na medida em que o novo saberassume um pproduo do capital, por conta do desenvolvimento d
complexa, abre-se um campo de luta e de tenso pelatrabalho vivo pela captura da subjetividade da fortrabalho vivo pelo capital.
Alguns autores (Antonio Negri e Maurizio Lazadestacam o processo do trabalho imaterial como s
subjetividade. Mas o que ocorre com a utilizao donas condies da produo do capital, no mera pvidade, mas sim, captura da subjetividade do traba
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e sua transformao (ou formalizao) em conhecimecincia, transformado em tecnologia, forma social da
A mquina capitalista expresso da cristalizanhecimentofetichizado. O trabalho vivo se defronta estranha a si prprio, quando a mquina , na verdaum conhecimento apropriado pelo capital, reificaoto formalizado e que se transfigura em capital fixo. Eabstrao do trabalho vivo em trabalho morto o convimento do sistema de mquinas.
Como salientamos, a mquina a expresso supre
trato. Ao negar o trabalho vivo, a mquina tende a negafora de trabalho. Deste modo, o trabalho abstrato ao sude, negado pelo seu prprio movimento. A lei do valor tao surgir. Como um organismo vivo, comea a morrer a
O surgimento do sistema de mquinas express
volvimento contraditrio da produo de mercadoacompanhar o seu desenvolvimento histrico. devque as novas mquinas informacionais, sedentas debusquem repor, nas condies da crise estrutural dovivo negado tendencialmente pelo movimento datrabalho ao capital.
Entretanto, o trabalho vivo que se pe como tre-pem um novo saber, no o saber artesanal, tenpertencia a um estgio menos desenvolvido das fo
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complexas obrigadas a lidar com as novas mquinanas que exigem afetos e envolvimento. O saber imatmera formalizao abstrata que tanto alimentou a abstrato em sua odissia mecnico-industrial. Destezer que temos tendencialmente a crise da educaoadestramento profissional.
Enfim, o que observamos no o mero retornotendo em vista que o novo saber do trabalho imatersitiva ineliminvel (e contraditria) da mquina capimaterial e seu novo saber no uma exterioridade ido trabalho abstrato, sendo ele prprio, expresso datrabalho ao capital. Mas, uma interioridade agudavulsionada pela sua natureza de saber imaterial, instde trabalho, um novo campo de luta de classes.
O trabalho imaterial enquanto elemento comlhador coletivo complexo subsumido lgica do vano desenvolvimento da materialidade contraditria to. Ele nasce da contradio intrnseca forma-mqentreforma materialcomo tcnica eforma sociaseu momento mais desenvolvido, a contradio entrforma social se explicita na reproduo do trabalho vber, trabalho imaterial que expe, ao lado de outros etrabalho abstrato.
O desenvolvimento do setor de servios contm
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como agncia de explorao. Mas o trabalho imateriado valor, a produo de trabalho abstrato.
Enfim, os servios capitalizados so uma arenapanso da valorizao. O contedo material do setono ser adequado forma social do capital (o que nservios no possam ser capitalizados). A inadeqmaterial e forma social explica a crise dos serviosservios pblicos ora privatizados.
Portanto, o que buscamos salientar que a cripital nos ltimos trinta anos , antes de tudo, uma cristo , o novo saber imaterial irredutvel medidaquantificarprpria da lgica do valor); ou ainda, co, ou seja, a exacerbao das contradies intrnscadoria, contradio entre contedo (de valor de usocapital (a lgica do trabalho abstrato).
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METAMORFOSESDO TR
Acategoria trabalho uma das mais complexas clogia moderna, possuindo mltiplas significa
o grau de abstrao que possamos utilizar. Nesse minteressa destacar sua trplice significao. O laborgor analtico-categorial. isto o que tentaremos apresdesta distino precisa da categoria trabalho.
Em primeiro lugar, a categoria trabalho poshistorico-ontologico. Nesse caso, trabalho significa
gnico entre o homem e a Natureza. Eis o pressuestruturante) da atividade humano-social. O principtitutivo do ser social. um trao distintivo primordisapiens diante dos demais animais superiores. Apentornou-se capaz de constituir um intercmbio orgnino sentido de mudar as formas da matria constit
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A i h i l i d
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Apenas a espcie homem conseguiu evoluir e de linguagem atravs do trabalho, que deixou de sedade instrumental, tornando-se, deste modo, meio ddesenvolvimento das foras produtivas sociais. Alguncos primordiais como, por exemplo, o bipedalismo, qpara atividades laborativas, e o crebro avantajadogarantiram seu sucesso evolutivo. A seleo natural aposies morfolgicas e o trabalho de luta pela sobreveu as potencialidades contidas em seu aparato hum
O que noutras espcies de macacos era mera potmorfologia animal, na espcie humana tornou-se atopaz de dar um salto ontolgico diante do mundo nattolgico, que instaurou o ser social, ocorreu devido a a atividade de intercmbio orgnico com a Natureza,desenvolvimento da potencia morfolgica da espcie
Ao dizermos intercmbio orgnico com a Natum complexo de trabalho que possui mltiplas impli
Primeiro, um intercmbio consciente e, pracionalidade com respeito aos fins e aos meios. A cterminao reflexiva da categoria trabalho, pois semlho humano. A conscincia comoprvia-ideao prlado, um complexo lingstico que habilita a espcie ver a capacidade de abstrao e, portanto, de comuarticulando fala, signos lingsticos e estruturas sin
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d t b lh d i t ti i l N t
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de trabalho e de interveno prtico-social na Natuformas complexas de conscincia do mundo e de si pprimeiros mitos que traduzem, em si, o medo primdiante da Natureza inculta, potncia todo-poderosa dcial ainda limitado no desenvolvimento das suas for
Segundo, o intercmbio orgnico com a Naturezatcnico, ou seja, um intercmbio mediado por objetode produo da vida social, formas de objetivao que,Natureza, se impe sobre os homens, pois exigem, paralao, a observncia de determinadas habilidades prt
Se outros animais superiores, como macacos eram a elaborar, com um gro de conscincia animatrabalho rudimentares, o homem, no apenas os elabtituiu como objetos tcnicos, objetivaes constitutie meios de humanizao, desde que no estejam po
relaes sociais estranhadas, o que somente ocorreriadas sociedades de classe.
Eis, portanto, o trao distintivo da prtica instruela incisivamente tcnica e mais tarde, cientfica o homo sapiens, como animal que conhece, ir dese
da Natureza para lidar e intervir melhor sobre o mcando melhor adaptao e criando seu prprio mundsua imagem e semelhana. E ao desenvolver a tecnolo
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tri d t rmin d p l r l d pr pri d d
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tricas, determinada pelas relaes de propriedade sdesenvolvimento das foras produtivas.
A atividade de trabalho humano intrinsecamcial. O trabalho humano surge no seio da comunidbando ou da tribo. O espcime homo sapiens emergiuda socialidade reflexiva. Atravs dela surgiu sua idque o distinguiu das demais espcies homindeas. Aomentos da Natureza, a espcie homem agia em banque as atividades de trabalho eram verdadeiros ritue de cooperao social. A atividade em bando era qunatural, tendo em vista as dificuldades de lidar com hostil. O animal homem nasce carente e frgil diantisso a cooperao social se impe como uma necessidprprio processo de evoluo da espcie.
Por conta dos atributos da espcie homo sapminados, a cooperao social ir assumir uma formsocial e de socialidade plena, onde a conscincia, e coe a tcnica, iro retro-alimentar uma nova forma deser social surge comopressuposto da atividade do ttambm comoproduto da prpria atividade do traba
Na medida em que produto do trabalho humasumiu a forma de segunda natureza, um metaboliscontribuir, ou no, para o desenvolvimento do ser geA forma social que obstaculiza o desenvolvimento d
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liar de macaco que conseguiu atravs do trabalho tal
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liar de macaco que conseguiu, atravs do trabalho, tal acima, se distinguir das demais espcies e vencer a lutadiante de uma Natureza primordial inculta e indomv
O processo de hominizao e de humanizao odo de cerca de 2 a 3 milhes de anos. Entretanto, ele
nfimo comparado com a evoluo da natureza inorgpara lembrar, os dinossauros habitaram a Terra h cede anos). Na medida em que, por meio do trabalho, luta primordial pela existncia, o homem como espnatureza inspita e se imps atravs do desenvolvime
dutivas do trabalho social, ele conseguiu vencer o tempnegando a si prprio como ente social e espcie homoo curso da evoluo scio-orgnica e instituindo, atravformas de scio-metabolismo,formas estranhadas, social, que obstaculizam o desenvolvimento humano-
constituiu nos ltimos sculos com a civilizao do capA determinao mais geral da categoria trabal
bio orgnico do homem com a Natureza em sua formpressuposta, como base histrico-ontolgica, nas dembalho humano historicamente determinadas. Por exe
produo capitalista, o trabalho assalariado e o trprpria contm em si, a determinao ontolgica dotercmbio orgnico do homem com a Natureza. Nesse
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tante socializada por uma sociedade humana cada v
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tante socializada por uma sociedade humana cada vsentido de uma complexa diviso tcnica do trabalho
FORMAS HISTRICO-SOCIETAISDO TRABALH
Umaprimeira dimenso da categoria trabalhogorialque diz respeito a seu significado histrico-onlho como intercmbio orgnico entre o homem e pressuposto estrutural (e estruturante) da atividade
o principio ontolgico constitutivo do ser social. tmordial da espcie homo sapiens diante dos demais aApenas o animal homem tornou-se capaz de constitorgnico, consciente e racional, com a Natureza, no sformas da matria, constituindo objetivaes que ap
gunda natureza, em sua busca pela satisfao das neEntretanto, trataremos da segundadimenso c
goria trabalho, isto , o trabalho em suas mltiplas fcietais. Procuraremos destacar as formas de ser do trata. Na verdade, antes do modo de produo capitalista
formas societais do trabalho (no plural), pois mltipdes prtico-instrumentais de luta pela existncia do hoisso: elas no estavam integradas, como hoje, a um met
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tenderia envolver todas as demais atividades prtico-
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tenderia envolver todas as demais atividades prticoprocesso sistmico de acumulao de valor .
A dimenso histrico-ontolgica da categoriacomo intercmbio orgnico com a Natureza, e, portando processo civilizatrio humano-genrico), estpressdeterminao do trabalho: o trabalho como forma himodo de produo social. Mesmo em suaforma estrasocial tende a possuir, comopressuposto negado, o so/hominizao. Eis a contradio lancinante do siste
O modo de aperfeioamento do trabalho tendehistrico-sociais especificas. Toda forma de trabalhominado modo de cooperao social e de apropriao datividade do trabalho. Alm claro, de implicar um dmodo) de desenvolvimento das foras produtivas do
Como salientamos alhures, a forma de ser do ttalista mltipla e heterclita em si e para si. No eum mundo do trabalho, mas sim mltiplos mundosprimeiro momento, a atividade do trabalho meramhomem caador, coletor/extrator e pescador, usufdesenvolvimento das rudimentares tcnicas pr-hista Natureza primordial oferecia a ele. com a invenoo homem torna-se produtor social propriamente dito
claro que a caa, coleta, pesca e at extraonham uma atividade scio-gregria mas o trabalho
DIMENSES DA REEST
O desenvolvimento da atividade artesanal e da
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O desenvolvimento da atividade artesanal e daslios, artefatos, ferramentas e objetos tcnicos os ma
pari passu ao desenvolvimento do homo sapiens. Aum animal social produtor de objetos teis (utenslfundamentais (e fundantes) da atividade artesanal s(fora de trabalho), meio de trabalho (tcnica/ferranatureza (matria-prima). Eles que constituiro a cso de trabalho. O desenvolvimento dos meios de trabsociais iro alterar a forma de ser do trabalho artesaat os dias de hoje. claro que, ao estar imerso na relbalho artesanal tende a assumir outro contedo hist
O surgimento do mercado e da troca comercialinterstcios das sociedades antigas atravs do contatmanos, ir dar uma nova qualidade forma de ser do A produo de mercadorias no dominava o mundoseu lugar intersticial. O avano da forma-mercadoria
solvendo a socialidade tradicional, se confundia comses da Antiguidade.
O trabalho escravo acompanhou o surgimenhistricas. Mas suas origens complexas se confundeas guerras tribais, mas com o aparecimento da divitrabalho, da propriedade privada, do Estado polticoe das classes sociais. O prprio sentido da ideologiatncia de legitimao social e poltica das classes do
CAPTULO 4. Metamorfoses do Trabalho
mento ligado a metabolismo social primitivo, vincu
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mento gado a etabo s o soc a p t vo, v cues de poder poltico e de domnio de recursos natescassez e da apropriao de meios de trabalho e de grupos humanos particulares atravs da fora bruta.
Pode-se dizer que a Antiguidade no conhecianhado como ns o conhecemos. O trabalho escravtranhado, mas poderamos consider-lo exceoApesar das sociedades antigas basearem-se no trabalse integrava na forma societal. Na verdade, o trabacontrrio do trabalhador assalariado, por exemplo, constituindo mercado consumidor ou classe social Os homens escravos estavam imersos na negao totclusive como fora de trabalho, trabalho vivo, tendo em si, to-somente mercadorias.
O trabalho estranhado ir constituir o mundo m claro como trabalho escravo, mas sim, como trabacutado pelo trabalhador livre. Entretanto, na societrabalhador assalariado no umpria, mas um csociabilidade mercantil vigente e reconhecido como s
Voltemos ao Mundo Antigo: a atividade de tintegrada socialidade antiga, era o trabalho artete dito. O processo de trabalho do arteso no era trpropriamente dito, tendo em vista que ainda estavatrabalho vivo dos mestres-artesos e seus oficiais O
DIMENSES DA REEST
sculos de sua existncia, buscando expropriar o hom
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, p pseus objetos, de seus instrumentos e por fim, de suas h
Entretanto, importante destacar que, emboartesos tivessem domnio em suas atividades de tram autonomia nas atividades de vida poltica e ssubmissos s classes sociais dominantes e seu Estmodo, os mundos do trabalho livre na Antiguidadnoutras formas de estranhamentos (ou alienao),cietal, como a diviso hierrquica do trabalho socialseja de carter natural, com as barreiras naturais ireza insubmissa (o que significa que o estranhamenmeramente formal).
s com a sociedade burguesa que o scio-mnhado iria assumir sua dimenso real. Alm de presedeterminaes das sociedades de classe com sua do trabalho, e do Estado poltico com seu poder soctegoriais sociais vigentes nas sociedades antigas, a sir abolir, atravs do trabalho capitalista (ou trabacontrole que o trabalho vivo do arteso ou mesmo dosobre o processo de trabalho.
Na Antiguidade, a atividade artesanal ir caractatividade industrial propriamente dita, mas a atividadpons que trabalha com a famlia ou em grupos, a glevolvendo tcnicas de plantio irrigao e colheita Nes
CAPTULO 4. Metamorfoses do Trabalho
trabalho nas cidades (burgos), fugindo do domnio do
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g gras, ainda mantinha o domnio dos instrumentos e ha claro que, com o desenvolvimento do modo de promestre-arteso tenderia a perder o domnio do objeto dria-prima), fornecido pelo capitalista-comerciante.
Enfim, o desenvolvimento do processo de procomo observou Marx, o processo de alienao do htos do processo de trabalho, alienao dos objetos deprima), meios de trabalho (ferramentas) e inclusive dvivo (o artfice e suas habilidades cognitivas). o qOcidente, desde o sculo XV e que prossegue at os sendo um processo de largo espectro histrico. O surgde mquina tender a negaro processo de trabalho p
importante salientar que, com o capitalismo, isto , o trabalho vivo incorporado na produo de mbm mercadoria. Eis um fato histrico da mais alta imtituio social da fora de trabalho como mercadoriapara que a forma-mercadoria se torne a clula-matocidental. Por isso, Karl Marx comea o O Capital CPoltica, com o captulo intitulado A Mercadoria. ria que ir estruturar as relaes sociais de produoda vida de homens e mulheres.
Na Antiguidade, o produto-mercadoria no pminncia no metabolismo social como possui hoje
DIMENSES DA REEST
O TRABALHO CAPITALISTA
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Ao discorrermos sobre a categoria trabalho, prsuas mltiplas determinaes. Emprimeiro lugar, slgica, isto , a categoria trabalho como sendo o inte
tablico entre o homem e a natureza. um aspecto incie homem, elemento orgnico de mediao da sua ludo processo civilizatrio humano-genrico. Ao dizermsentido, nos referimos base natural do ser social, homem diante de outras espcies animais.
Dimenses do Trabalho
Dimenso histrico-ontolgic
Intercmbio orgnico Homem e Natur
Dimenso histrico-concreta
Formas societais de TrabalhoMundos do Trabalho
Forma histrica do Trabalho Capit
Trabalho Abstrato
CAPTULO 4. Metamorfoses do Trabalho
do ser social, a categoria trabalho intrinsecamente
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ele assume formas particulares-concretas.O que nos interessa tratar agora da forma hi
sob o modo de produo capitalista. Na sociedade buassume sua forma categorial mais desenvolvida, atingdesenvolvimento scio-histrico. Apenas numa socique a categoria trabalho assume sua forma social mcomplexa, que ele pode aparecer como trabalho emapenas em suas formas particulares (trabalho indumercial ou ainda trabalho agrcola).
Acima de tais formas particulares da atividadepodemos conceber o trabalho em geral, que, no casoo capitalista, aparece como trabalho abstrato, a fde trabalho no modo de produo capitalista. O traforma social do trabalho em geral e da atividade de pperpassando as mltiplas atividades sociais particula
Na tica do sujeito da produo de mercadtrabalho humano aparece apenas como trabalho mais-valia. O que lhe interessa que a atividade domais-valia, no importando o tipo de trabalho coexemplo, o trabalho de umprofessornuma escola pde um metalrgico na linha de produo de uma monveis, so expresses do trabalho abstrato, muito embparticulares em suas atividades concretas Enquanto
DIMENSES DA REEST
dernidade do capital. Se na Antiguidade, o que exis
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trabalho (no plural), tendo em vista que o trabalho nava em sua forma contingente, na sociedade burgueabstrato, surge o mundo do trabalho propriamente
O trabalho abstrato se impe como categoria sode produo capitalista o primeiro modo de produpcie homem baseado na lgica do mercado. A econeconomia mercantil mais complexa que j existiu. Smercado tende a dominar a dinmica social, imprimmltiplas relaes sociais. A vendabilidade universalo esprito contingente da produo capitalista.
claro que o mercado e as trocas mercantis capitalismo. Mas apenas com o modo de produo buculao de mercadorias tendeu a se tornar predominadinmica social. Por exemplo, na Antiguidade havia mproduo de mercadorias (produtos para a venda co
somente com o capitalismo, a lgica da vendabilidadum novo estatuto scio-ontolgico, passando a deter(tudo torna-se passvel de compra e venda).
O capitalismo aparece, portanto como o imptendo em vista que a forma-dinheiro a mediao scirculao de mercadorias. O dinheiro no apenas apcirculao, mas como reserva de valor, a partir da quaa medida da riqueza capitalista (uma riqueza abstrat
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de trabalho, tendo em vista que na sociedade do tra
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social dada pela posio estrutural na diviso socimelhor, o mercado de trabalho, mercado dominanburguesa, determina as formas de subjetivao do ho
com a modernidade do capital que, pela primria humana, a fora de trabalho torna-se mercadoritrabalhador de novo tipo, o trabalhador livre, ou sassalariado, integrado ao regime do salariato. Estaconstruo scio-historica, tendo em vista que o surgcapitalista, ou do trabalhador livre ou assalariado e, psalarial, ocorre a partir de complexas (e particulare
histrico-sociais, polticas e culturais das sociedadespalmente a partir do sculo XV.
longo o processo de construo do regime o capital como sistema de controle scio-metabliacumulao de riqueza atravs da produo de mer
enfrentar imensos obstculos histricos, culturais e ppela consolidao. A adaptao das comunidades humcom outra noo de tempo-espao, e com outro especiais no ditados pelo mercado, lgica salarial-capdolorosa e levou sculos para sua consolidao scio-
Principalmente desde o sculo XVI, presenciamrico da sociedade burguesa e de seu scio-metaboligenialidade, por Karl Marx e Friedrich Engels no Ma
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sia, o despossuimentouniversal de homens e mu
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dos meios de produo da vida material. O trabalhadiante de uma necessidade: ele precisa se dispor de trabalho, para poder sobreviver O capitalismo nemulheres e crianas despojadas, livres para seremproduzirem riqueza ou mais dinheiro para o Outro
e mulheres desempregados, que no sejam exploraddeixam de serem filhos do salariato. En
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