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S R É
V RÉS-VÉS
Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão - Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos - Ano 2 - nº6- fev. 2012—0,50 RV
Escola Segura conquista alunos
Da Josefa para Mundo - Pedro Matos
Ex aluno da Josefa luta por um lugar nos Jogos Olímpicos. P6
Entre nós, o Dia dos Namorados
celebra o amor, a paixão entre
amantes e a partilha de sentimentos.
Todos os anos, no dia 14 de Feve-
reiro, ocorre a azáfama da troca de
chocolates, envio de postais e de
oferta de flores. P12
“Love is in the air” na Josefa Uma aliança “de seu Valentim”
Josefa solidária
Foram cerca de 150 os convivas que se reuniram em 12 de Fevereiro, para o primeiro almoço Cabover-diano de apoio à aquisição, urgen-te, de uma cadeira de rodas para nosso aluno Roberto. P4
Os agentes que constituem a equipa da Esco-la Segura da nossa zona são vistos cada vez mais como amigos pelos estudantes. P7
Ano Europeu do envelhecimento ativo
6ºC visita lar na Lapa. P12
2 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Editorial
Rés-Vés Propriedade do Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de
Gusmão. Escola sede - Escola Básica e Secundária Josefa de Óbi-
dos - Rua Coronel Ribeiro Viana, nº11 - 1399-040 Lisboa - tel.
213929000, fax.-213929003
Coordenação: F. Lopes e Rui F. Pires
Paginação: RPI Produções
Professores Colaboradores: Alexandra Lopes, Ana Correia,
Ana Marques, Fernanda Pinto, Helena Falcão, Helena Medeiros,
Maria do Anjo, Maria José Dias e Mário Araújo.
Redacão (alunos): Assunção Gomes de Abreu, Dinis Freire,
Francisca Alves, Joana Almas, Joana Simões, Madalena Nobre,
Margarida Matos, Maria Campos, Maria Lobo, Matilde Durão,
Matilde Silva, Violeta Adão.
Não apaguem a memó-
ria! A História são as nossas
memórias, aquilo de que
somos feitos, o que nos foi
transmitido, e o que iremos
transmitir às gerações futu-
ras. Situa-nos no tempo,
deixa-nos compreender
melhor os nossos próprios
ciclos, o nosso crescimen-
to.
Um povo sem história é um
povo vazio. E quem não
relembra os feitos do seu
povo, não vive, não tem
alma, não sente a vida, não
vibra.
O Holocausto ―marcou o
auge da crueldade humana
e configurou o maior episó-
dio de violência e covardia
da nossa história, um epi-
sódio que não deveria ter
ocorrido e que não pode
mais voltar a ocorrer.‖ Para
que fatos como este não
caem no esquecimento, a
ONU instituiu, em 2005, a
data de 27 de janeiro como
dia internacional em
memória das vítimas do
holocausto.
Requiem ao professor e
amigo António Melo
Qualquer perda deixa mar-
ca, mas de facto a maior é
aquela que nos faz perder
alguém que se ama/estima
muito e é levado pela mor-
te. O final ano de 2011,
sem respeito sem contem-
plação arrebatou-nos o
António e deixou-nos um
aperto no coração e a
noção da fragilidade do ser
humano perante o real.
António Mello, arquiteto e
professor desta escola era
querido, culto, gostava de
uma boa discussão mas
sabia reconhecer quando
uma outra idéia era melhor
do que a dele. Criador do
1º site da Escola, desenhou
o logótipo que identifica a
nossa Escola, colaborou no
projecto de integração da
Biblioteca na Rede de
Bibliotecas Escolares,
dinamizou o centro de
recursos e várias atividades
ligadas ao desenho e às
artes.
Ele não morreu, partiu à
nossa frente. Fique em paz.
Um gesto de amor
No dia dos namorados, um
aluno do secundário, da
nossa escola, para demons-
trar publicamente o seu
amor à namorada, aprovei-
tou a data para lhe oferecer
uma aliança. Sem dúvida
uma forma doce de
terminar este editorial. A Redação
A Abrir Fevereiro 2012
Em qualquer parte do mun-
do, um dos maiores obstá-
culos de cada imigrante é o
desconhecimento da língua.
Tudo torna-se confuso e
demasiado complicado
quando não se consegue
obter nem as coisas mais
básicas, devido à barreira
difícil que a língua cria.
Portugal é um país de aco-
lhimento, há já algumas
décadas, tanto para os imi-
grantes do Leste da Europa,
como para os da África e da
Ásia.
Segundo os últimos dados
do Ministério da Educação,
em 2005 os alunos estran-
geiros constituíam, em Por-
tugal, 6% da população
estudantil até aos 15 anos
de idade. Actualmente,
existem imigrantes prove-
nientes de mais de 180 paí-
ses.
Para realizar um trabalho
solicitado no âmbito da
disciplina de Comunicação
Intercultural, resolvi entre-
vistar alunos da minha anti-
ga escola (Escola Secundá-
ria Josefa de Óbidos). Con-
segui encontrar quatro alu-
nos de diferentes nacionali-
dades, idades e estadias em
Portugal.
Anastacia é natural da
Ucrânia, tem 17 anos e che-
gou a Portugal aos 7 anos
de idade. Desde o início
dos seus estudos em Portu-
gal, estudou, em paralelo
com as suas aulas na escola
portuguesa, numa outra
escola ucraniana onde tinha
disciplinas como Físico-
química, Matemática, His-
tória e outras em ucraniano.
Praab é de origem indiana,
tem 16 anos e está cá há um
ano. Confessa que as aulas
de apoio fora do seu horá-
rio escolar são muito úteis,
pois estuda muitos dos cos-
tumes portugueses e graças
a estas aulas, começou a
falar português.
João é o único estudante
entrevistado que nasceu em
Portugal, tem 16 anos e
d u p l a na c io na l ida de
(chinesa e portuguesa) para
além da portuguesa.
Embora Portugal seja a sua
―casa‖, João não pretende
ficar num único lugar: um
dos seus sonhos é viver e
ter um emprego em Nova
Iorque.
Zoe é alemã, também tem
16 anos e está cá desde os 3
anos de idade. É com um
largo sorriso que conta que,
apesar de falar em casa
com a mãe, em alemão, é-
lhe igual falar em qualquer
das duas línguas, porque as
duas já fazem parte dela. (continua na pág.11)
Ex-alunos da Josefa colaboram com o Rés-Vés
Português Língua Não Materna
Aline, ex-aluna da Josefa
Fevereiro 2012 História: O “Holocausto”
3 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Vinte e sete de Janeiro de
1945 foi a data da libertação
do Campo de concentração e
de extermínio de AUSCH-
WITZ-BIRKENAU (sul da
Polónia) pelos soldados do
60.º corpo do exército sovié-
tico. Oito mil prisioneiros
foram libertados, a maioria
em situação deplorável devi-
do ao martírio que enfrenta-
ram.
AUSCHWITZ um dos maio-
res campos de concentração
nazi de que há memória, fundado a 14
de junho de 1940 com o objectivo da
eliminação física de milhões de
homens, mulheres e crianças, tornou-se
no símbolo máximo do ―Holocausto‖ e
é lembrado todos os anos nesta data em
que a ONU comemora, o Dia Interna-
cional dedicado à memória das vítimas
(do “Holocausto”).
―Holocausto‖, esta palavra exprime o
sofrimento e a humilhação a que foi
sujeito o povo judaico, durante o nazis-
mo.
"Holocausto" é uma palavra de origem
grega que significa "sacrifício pelo
fogo".
Adolfo Hitler grande defensor da supe-
rioridade da raça ariana, da qual, segun-
do a sua teoria, descendia o povo ale-
mão, sobe ao poder na Alemanha em
1933, começa a perseguição dos seus
adversários, sobretudo dos Judeus. O
regime Nazi, para além das característi-
cas de um Estado totalitário, era tam-
bém racista e, sobretudo, anti-semita.
Com as Leis de Nuremberga de 1935,
os Judeus – considerados os bodes
expiatórios dos problemas da Alema-
nha, - perderam o seu estatuto de cida-
dãos alemães e foram destituídos de
todos os cargos públicos e de todas as
actividades económicas.
Durante a segunda Guerra Mundial os
Judeus dos países ocupados pela Ale-
manha foram também perseguidos e
deportados para campos de trabalho e
campos de extermínio na Polónia, Ale-
manha e Áustria. No total, foram mor-
tos 6 milhões de Judeus.
O presidente Lula da Silva num discur-
so comemorativo retratou bem Holo-
causto dizendo que este ―marcou o
auge da crueldade humana e configu-
rou o maior episódio de violência e
covardia de nossa história, um episódio
que não deveria ter ocorrido e que não
pode, nunca mais, voltar a ocorrer.”
Este ano, o dia internacional da come-
moração é dedicado às crianças. "Um
milhão e meio de crianças judias pere-
ceram no Holocausto, vítimas de perse-
guição cometidas pelos nazis e seus
simpatizantes". "Além disso, dezenas de
milhares de crianças foram assassina-
das, incluindo pessoas com deficiên-
cia‖, recorda o Secretário-Geral da
ONU, Ban Ki-moon, na sua Mensagem
do Dia Internacional em Memória das
Vítimas do Holocausto, 27 de janeiro
de 2012. Exortou "todos os países para
proteger os mais vulneráveis, indepen-
dentemente da sua raça, cor, sexo ou
crenças religiosas". "As crianças são
especialmente vulneráveis ao pior da
humanidade. Devemos mostrar-lhes o
melhor que este mundo tem para ofere-
cer".
É sempre importante lembrar estes
momentos importantes da História,
para, desta forma, promover o respeito
pelos Direitos do Homem e das mino-
rias; sensibilizar os cidadãos dos peri-
gos dos movimentos radicais, extremis-
tas e dos regimes totalitários.
Profs F.Lopes e M.J. Dias
Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Não apaguem a memória! O rapaz do pijama às riscas
A história passa-
se em 1940 e
Bruno de nove anos
não sabe nada
sobre o Holocausto
e a Solução Final
contra os Judeus.
Também não faz
idéia de que o seu
país está em guerra
com boa parte da
Europa e, muito menos, de que sua
família está envolvida no conflito.
Na verdade, o seu pai, um oficial nazi,
e toda a família têm de sair de Berlim
e mudar para uma região desolada, no
campo, onde ele não tem ninguém
para brincar nem nada para fazer. Da
janela do quarto, Bruno pode ver uma
vedação, e, para além dela, centenas
de pessoas de pijama. No entanto,
acredita que poderá fazer aí novos
amigos, pergunta se pode visitar os
vizinhos, o que lhe é negado.
O Bruno desobedece à ordem
dada pelos pais, sai e conhece
Shmuel, um menino do outro lado da
vedação, que está sempre com um
pijama às riscas. As visitas de Bruno
passam a ser diárias e a amizade entre
os dois meninos começa a crescer.
Um dia, querendo ajudar o amigo a
procurar o pai que tinha
―desaparecido‖, Bruno troca de roupa,
veste um pijama às riscas e passa para
o outro lado da vedação... O desfecho
final é dramático e emocionante...
mas mostra a verdade dos fatos da
época. Levados no meio de um grupo
que vai para a câmara de gás, os
amigos acabam por morrer. RV
A visão ingénua de uma criança
Soldados soviéticos libertam
prisioneiros de Auschwitz.
4 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secaundária Josefa de Óbidos
Notícias da Josefa Fevereiro 2012
Foram cerca de 150 os convivas
que se reuniram em 12 de Feve-
reiro, para o primeiro almoço
Caboverdiano iniciativa promo-
vida pela APEEJO e a Direção
da escola e integrada na Cam-
panha de aquisição, urgente, de
uma cadeira de rodas para nos-
so aluno Roberto que se realizou
na nossa escola. O Roberto é um aluno da nossa esco-
la, sofre de Paralisia Cerebral Atetó-
sica, apresenta um comprometimento
nas funções do corpo designadamente
do tipo Neuromusculo-esqueléticas
relacionado com a motricidade global
e fina, isto é, não consegue deslocar-
se, utilizar os movimentos finos das
mãos, para comer, escrever …etc.
(atestado com 90% de incapacidade).
O Roberto usa uma cadeira de rodas
para as suas deslocações na escola e
na comunidade oferecida pela A.S.E.
da C.M. de Lisboa e que atualmente
não se encontra em boas condições,
magoando-o e, a qualquer, momento
pode ficar inoperacional com conse-
quências drásticas para o jovem
Entre os convidados de honra [que
foram todos os presentes] a iniciativa
contou com a presença da represen-
tante do Sr. Presidente da Junta de
Freguesia de S. Condestável, Drª Isa-
bel Almeida, parceiro direto na
implementação desta atividade.
Ganhamos a primeira batalha, fica-
mos felizes pelos resultados atingidos
e que certa maneira, foram bons. No
entanto, ficamos com um sabor a
pouco pois o apelo para este evento
devia tocar todos e a resposta mais
ampla e, sobretudo, mais consentânea
com os princípios subjacentes.
A ementa era diversificada e em
grande quantidade satisfazendo as
vontades e a fome dos presentes que
se deliciaram com vários sabores
C’mida de Terra caboverdiana Como
entrada: bôla, chouriço assado, fari-
nheira,―fringinote‖de porco, pastéis
diversos, torresmos, courato assado, a
famosa e genuína Cachupa de Cabo
Verde [confecionada no local pelo
chefe Nanai e a sua equipa], raia frita
com arroz de feijão à moda cabover-
diana, arroz de frango; sobremesas:
mousses de manga e camoca (milho
torrado e triturado em farinha…);
pudim, arroz doce, doce de bolacha,
bolo de chocolate, brownies, donuts
com coco, cuscuz….e bebidas de
onde se destacam os licores da D.
Antónia, mãe do
Roberto
Receber este sor-
riso [expresso na
foto] e ouvi-lo
d i z e r
―OBRIGADO A
TODOS” já é
recompensa sufi-
ciente para qual-
quer esforço que
possamos fazer para ajudar o Roberto
cuja família tem grandes dificuldades
económicas, para alcançar a sua tão
desejada cadeira de rodas. A organi-
zação comprometeu-se não desistir e
continuar a criar atitividades até a
c a d e i r a
existir..
Texto: F.L., Rosa Pinheiro & RV
Almoço com o Roberto foi um sucesso
Os convivas pousando para a posterioridade.
Sabores Caboverdianos
João Afonso
PitraArmstrong
Vamos todos embarcar neste
"comboio da solidariedade",
ainda tem muitos lugares
por ocupar!!
Fevereiro 2012 Notícias da Josefa
5 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
“Porque o que ele faz
não é o simples deitar
de uma história na
página do livro. Mais
do que isso: ele cria
uma história para a
nossa própria vida.”
Mia Couto.
Ondjaki começou a escrever aos treze
anos a sua primeira obra:
Actu sanguíneu, um livro de poesia
editado em 2000, pelo qual ganhou a
Menção Honrosa no prémio António
Jacinto.
Na conversa que Ondjaki teve o RV,
expressou a sua opinião sobre a escri-
ta, dizendo: ―Escrever nunca é muito
calmo. É um acto de inspiração, mas
também de entrega e concentração.
Sou um pouco ansioso a escrever,
pois penso mais rápido do que escre-
vo. Normalmente escrevo à noite, de
madrugada. Com ou sem luz de velas.
Com ou sem incenso. Com ou sem
música.‖ Ondjaki prefere escrever em
casa, mas também escreve em cafés,
em bibliotecas, em aviões, na rua, e
em jardins.
Um dos seus livros infantis mais
conhecidos chama-se Ynary, a meni-
na das cinco tranças (romance,
2004), sobre os cinco sentidos, uma
menina que quer acabar com a guerra
e fazer a paz. Este livro é dado nas
escolas primárias portuguesas, e faz
parte do P.N.L. (Plano Nacional de
Leitura).
Entre os seus livros mais conhecidos
estão: o romance Bom Dia Camara-
das, de 2001; os contos do livro
Momentos de aqui de 2001; a novela
O Assobiador, de 2002; o livro de
poesia Há Prendisajens com o Xão,
de 2002; um outro romance Quantas
Madrugadas Tem a Noite, de 2004;
um texto poético Materiais para con-
fecção de um espanador de tristezas,
de 2009, entre muitos outros.
Em 2007 ganha o Grande Prémio
APE e o Grande Prémio de Conto
Camilo Castelo Branco, com o livro
Os da Minha Rua. Em 2010 ganha os
prémios: JABUTI e FNLIJ, com o
livro AvóDezanove e o segredo do
soviético.
O seu livro mais recente é A bicicleta
que tinha bigodes, de 2012.
A felicidade que ele nos dá enquanto
leitores, é por ser tão dedicado e ins-
pirado na escrita dos seus livros:
―Sinto algo especial que não sei bem
explicar. Poucas vezes é um prazer,
algumas vezes é uma sensação espe-
cial, de celebração muito grande.‖
Ondjaki, uma vida em Portugal
Muitos conhecem a sua infância dos
livros, mas muito poucos sabem sobre
a sua vida na altura da adolescência.
Ndalu de Almeida, conhecido por
Ondjaki, escritor e poeta, nasceu em
1977 em Luanda capital de Angola.
Começou a escrever na sua terra
natal.
Filho de pai e mãe angolanos, não
conseguindo viver em Angola, mudou
-se para Portugal aos dezasseis anos.
Alojado na casa da tia paterna, no
Cacém decidiu ir estudar numa escola
secundária da Brandoa, pois nessa
escola estava a única pessoa de Luan-
da que ele conhecia, Romina.
Romina era a melhor amiga de Ondja-
ki quando estudava em Luanda, e por
isso quando veio para Portugal pediu
para ficar na mesma escola.
Para ir até a escola demorava uma
hora e meia, apanhava dois autocarros
e um comboio. Como devem calcular
ele tinha aulas às oito e quinze, tinha
que se levantar por volta das seis e
quarenta da manhã!
Apesar de se levantar cedo, fundou
um grupo na sua escola, onde come-
çou uma das paixões da sua vida, o
teatro.
Aos dezoito anos entrou na ISCSP
(Instituto de Ciências Sociais e Políti-
cas), para estudar jornalismo, e a
seguir na ISCTE (Faculdade de Ciên-
cias Sociais e Humanas de Lisboa)
para estudar Sociologia. Ondjaki foi
em 2003 para os E.U.A. estudar cine-
ma durante um ano na Columbia Uni-
versity (Nova Iorque) saindo em
Fevereiro de 2004. Depois volta para
Lisboa e faz um doutoramento na
Universidade de Nápoles, Itália, con-
cluindo-o em 2010.
Agora vive viajando entre o Rio de
Janeiro, Luanda e Lisboa. Dinis Freire
Ondjaki, o criador de histórias
Dinis Freire
Escritor angolano encantou com a sua descontração e capacidade de comunicação com os alunos.
Ondjaki na biblioteca BEJO fala para uma plateia atenta e interessada.
Alunos da EB1+JI Ressano Garcia
com a professora Ana Rosa.
Destaque - Da Josefa para o Mundo Fevereiro 2012
6 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Pedro Matos começou a praticar
boxe aos 18 anos, ainda estudava na
Josefa, por influência de um amigo.
Hoje em dia, com 24 anos, é consi-
derado por muitos como o melhor
pugilista português de sempre.
Agora, o seu grande objetivo é con-
seguir o apuramento para os Jogos
Olímpicos, na categoria de 52 kg, a
realizar este ano em Londres, de 27
de Julho a 12 de Agosto. Pedro
sempre teve o sonho de participar
nesta competição. A prova de apu-
ramento será num torneio a reali-
zar na Turquia, em Istambul, em
Abril. Vão participar 40 atletas de
vários países. Serão apurados ape-
nas os 3 primeiros. Esperemos que
este antigo aluno da nossa
escola possa ser um deles.
Jornal Rés– Vés: Pedro, Fale-
nos um pouco acerca deste des-
porto de combate que é o boxe.
Pedro Matos: o boxe é um des-
porto muito exigente mas tam-
bém muito gratificante quando
ganhamos porque é preciso mui-
to para conseguir algo.
O boxe tem duas vertentes. A
amadora, na qual os jogos olímpicos é
a prova mais importante. O ponto
mais importante da vertente profissio-
nal será ganhar um título mundial.
Onde treina e quantas vezes o faz
por semana?
Treino no Lisboa Futebol Clube, em
Campolide. Em média treino 6 vezes
por semana. Como trabalho numa loja
de Informática, das 8h às 17h, nos
dias de folga faço treinos bi-diários,
1,5h de manhã e 1,5h à tarde. Nos
restantes dias é sempre 1,5h ou 2h.
Aconselha os jovens a praticar
boxe?
Sim. Atualmente o boxe apesar de ser
um desporto de combate é seguro. Os
atletas têm proteções adequadas. Este
desporto obriga a sermos disciplina-
dos e mais calmos em situações de
potencial conflito. O que é sempre
ótimo para os jovens.
Hoje em dia no ginásio do Lisboa
Futebol Clube treinam crianças do
bairro de Campolide, atores e até can-
tores, como o João Pedro Pais. Há
que ver que o boxe não é só um des-
porto de competição, é também de
manutenção.
O actor principal de um filme portu-
guês, que está em fase de produção,
está a aprender connosco, no nosso
ginásio. A realizadora deste filme
não tinha qualquer conhecimento do
mundo do boxe e mudou a sua opi-
nião sobre este desporto de combate.
Ela verificou que no ringue há com-
petição, mas fora dele há respeito e
amizade entre pugilistas que no rin-
gue eram adversários. São poucas as
rivalidades que passam cá para fora.
Em média, qual o número de pes-
soas que assiste a um combate de
boxe?
Em Portugal assistem aos combates
500/700 pessoas. Em Las Vegas esti-
veram cerca de 20.000 pessoas assis-
tiram a um combate meu.
Voltou à Josefa de Óbi-
dos 6 anos depois de ter
concluído o 12º ano. Qual
a sensação?
A escola está muito dife-
rente. Está mais bonita.
Dos funcionários lembro-
me perfeitamente daquele
senhor careca…
O sr. Diamantino?
Isso mesmo. O sr. Diaman-
tino é, de facto, uma pes-
soa especial que fica na
memória de qualquer aluno
que passou pela Josefa.
Pedro, o Rés-Vés deseja-lhe felici-
dades e votos que no verão o possa-
mos ver em Londres. RV
Cronologia de um campeão
Abril 2009 - Integrado na seleção de
Portugal de Boxe, obtém a medalha
de ouro num prestigiado torneio em
Espanha, o BOXAM, onde estiveram
presentes as melhores seleções do
mundo. Foi o melhor resultado de
sempre em torneios de boxe olímpico
além fronteiras.
Setembro 2009 - Medalha de bronze
no Torneio Internacional Gee Bee, na
Finlândia.
Outubro de 2010 - Pela primeira vez
na Historia do boxe amador, um pugi-
lista fez parte da equipa dos melhores
pugilistas mundiais, Pedro Matos foi
o representante Português na Liga
WSB PRO onde fez parte do lote dos
melhores pugilistas Mundiais amado-
res para participar na liga WSB Pro
destinada a combates de neo/
Profissional.
Outubro de 2010 - Medalha de prata
no torneio internacional de boxe
olímpico, realizado na Finlândia.
Participaram 23 países.
RV
Objetivo: Jogos Olímpicos 2012 Pedro estudou na Josefa até 2006. É um dos melhores pugilistas nacionais.
Pedro Matos com as jornalistas Assunção Abreu,
Maria Campos, Joana Almas e Francisca Alves.
Pedro Matos em mais uma vitória.
Fevereiro 2012 Destaque - Escola Segura
7 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
O Jornal Rés-Vés recebeu
os agentes que constituem
uma das equipas da Esco-
la Segura de Lisboa. O
programa Escola Segura
é uma iniciativa conjunta
do Ministério da Admi-
nistração Interna e do
Ministério da Educação.
Visa garantir e promover
condições e comporta-
mentos de segurança da
população escolar. Isto
através da vigilância das
escolas e das áreas envol-
ventes, do policiamento
dos percursos habituais
de acesso à escolas e de
ações de sensibilização
junto dos alunos para as
questões da segurança.
Um episódio que diz muito
da boa relação existente
entre a Escola Segura e os
alunos foi contado por um
dos agentes. Numa das
habituais visitas a escolas
de Lisboa, enquanto o
agente falava cordialmente
com uma aluna, no exterior
da escola, de repente aquela
grita para um grupo de
colegas que estava nas pro-
ximidades: ―Vem aí o carro
da bófia» Ao que o agente
questiona: «Então, mas eu
sou o quê?» A jovem res-
ponde: «Mas tu és diferen-
te. És um amigo!»
É interessante, de facto, os
alunos verem nestes polí-
cias pessoas amigas com
quem podem conversar e
procurar algum apoio e
conforto, parecendo que a
farda que aqueles usam não
é mais do que uma moda
«Fashion» da criação da
estilista Fátima Lopes.
É evidente que nem tudo é
um mar de rosas, por vezes
há algumas ―tempestades‖
para serem ultrapassadas
com maior ou menor difi-
culdade.
As agentes também têm um
papel fundamental no con-
tacto com os alunos. Mui-
tas vezes há a necessidade
dos jovens terem a presen-
ça de uma figura feminina,
em situações delicadas em
que a agente é vista como
a mãe que não tiveram.
Esta forma de estar tem
ajudado na prevenção do
crime e da violência. As
estatíst icas assim o
demonstram ao revelarem
uma diminuição destas
ocorrências quer dentro,
quer fora da escola.
Talvez a ação mais impor-
tante da Escola Segura
tenha sido a conquista dos
espaços da escola (como é
bem patenteado nas fotos
que ilustram esta reporta-
gem), o fazerem-se ver e
passarem a ser vistos com
outros olhos.
Para além desta excelente
prevenção positiva, a Esco-
la Segura tem apostado for-
te nas ações de sensibiliza-
ção. Para este ano de 2012
estão previstas cerca de 200
sessões em sala de aula. Os
temas são: Toxicodepen-
dência e Alcoolismo; Com-
portamentos de Segurança /
Auto Proteção; Violência
na Escola; Delinquência
Juvenil, Bullying, Seguran-
ça na Internet, Segurança
Infantil; Violência Domés-
tica e no Namoro; proteção
ambiental , Prevenção
ambiental; Prevenção e
Educação Rodoviária, Ser
Polícia e Bombas de Carna-
val.
Seminário «A Segurança
Escolar»
No próximo mês de Abril,
a Escola Segura vai promo-
ver um seminário denomi-
nado ―A Segurança Esco-
lar‖ para professores, edu-
cadores e assistentes opera-
cionais.
Este evento promete ser um
dos pontos altos das ativi-
dades desta estrutura poli-
cial. Entre outros, estarão
presentes representantes da
Comissão para a Dissuasão
da Toxicodependência, da
Comissão de Proteção de
Crianças e Jovens e do Tri-
bunal de Família e Meno-
res. RV
Polícias fixes Agentes do programa Escola Segura são um elemento ativo do projeto educativo.
A Escola Segura patrulha e garante a segurança no interior e exterior de 118 escolas particula-
res e públicas em Lisboa ocidental. A equipa é constituída por 8 agentes e por duas viaturas.
Para além de melhorar o sentimento de segurança no meio escolar envolvente, os agentes des-
te programa apostam forte nas ações de sensibilização dentro da sala de aula.
Agentes e alunos da Escola Josefa de Óbidos. Da esquerda
para a direita, os agentes: Tânia Santos; José Ligeiro; Antero
Correia; Gustavo Almeida; Marta Rosa; Tiago Luís e o chefe
Francisco Franco.
A agente Tânia Santos num gesto de grande
cumplicidade com a aluna Wanyi, do 5ºC.
Os quatro abriram o portão
ferrugento que dava acesso
ao jardim exterior. Alex
pensava que aquele sítio
estava abandonado, mais ou
menos há cinco anos. Eles
caminhavam lentamente. O
caminho que dava passagem
para a mansão, era de casca-
lho e terra batida e ao lado,
estavam árvores, sem folhas
e mal cuidadas. Duas gran-
des gárgulas que representa-
vam corvos estavam fixadas
à parede.
Randal ia batendo à porta da
mansão, só que, por magia,
ela abriu-se sozinha. Os
quatro, muito receosos,
entraram.
Como Lily prevera, a porta
fechou-se e trancou-se sozi-
nha.
- Randal, não consegues
abrir esta porta estúpida? –
perguntou Alex.
- Não! O que se está a pas-
sar? Não consigo fazer feiti-
ços.
- Que bom! Era mesmo dis-
so que precisávamos. O nos-
so feiticeiro não consegue
fazer feitiços. Agora os
vampiros vão apanhar-nos!
– ironizou Lily assustada.
- Lily, os vampiros não exis-
tem! São só fruto da imagi-
nação. – esclareceu Bruna –
Vamos explorar a casa, só
para veres como tenho
razão.
Haviam formado as equipas:
Randal ia explorar o átrio da
mansão, a Lily, ia à cozinha,
a Bruna, à cave e Alex, os
quartos.
A chuva acabara.
Encontramo-nos exactamen-
te aqui. – afirmou Bruna.
De repente, ouviram um
barulho. Fugiram cada um
para o seu sítio combinado.
Bruna desceu as primeiras
escadas que viu. Eram em
espiral e chegou a uma sala
de pedra. As estantes exis-
tentes albergavam caixões
de todas as formas que se
possa imaginar: um muito
longo, outro feito de cobre
pintado de preto, outro ver-
melho, etc.
Bruna olhou de relance para
a parede. Tinha uma gada-
nha grande com um líquido
vermelho na lâmina. Ela
sentiu-se de repente assusta-
da e correu o mais que pôde
até à ala principal…
Quando Randal viu a pobre
rapariga em estado de
sobressalto, perguntou:
-O que foi? Parece que viste
um fantasma!
- Não – respondeu Bruna,
ainda a recuperar o fôlego –
Não te preocupes. Eu estou
bem.
O feiticeiro ainda fazia a
ronda à divisão. Parecia
tudo normal. Perto da porta,
havia um bengaleiro. No
outro extremo da divisão,
estava um grande relógio de
pêndulo, que dava um certo
ritmo à casa. Um candelabro
assentava numa mesa preci-
samente no meio da sala.
Duas grandes estátuas em
forma de corvo, erguiam-se
ao lado do relógio. Nas
paredes, estavam expostos
quadros com pessoas impo-
nentes, possivelmente de
elementos grandiosos na
família. Em todos os retra-
tos, havia uma nota de roda-
pé desbotada com o tempo,
que estava marcada na mol-
dura. Bruna sugeriu que,
provavelmente, o quadro
mostrava o nome da família:
Sheverington.
O feiticeiro, por sua vez, fez
outra descoberta: todos os
retratos mostravam ouro,
prata e pedras
preciosas, mos-
trando assim que
a família devia ser
e x t r e m a m e n t e
rica, suficiente-
mente rica para
comprar uma
ma n s ã o c o m
aquele tamanho.
Bruna reconheceu um rosto:
o terceiro quadro a contar da
direita, representava uma
mulher de face pálida, com
um fino colar de ouro ao
pescoço. Nos dedos, havia
anéis com jóias incrustadas.
Da cabeça, saía uma majes-
tosa coroa que mostrava
realmente quem ela era: a
Rainha D. Prudência Sheve-
rington, décima terceira
rainha do Reino.
Bruna continuava a observar
a monarca, enquanto Randal
fora pesquisar no outro lado
da sala.
A escuteira interrogava-se
porque é que a mulher tinha
um ar tão firme e despreza-
dor, como se todos fossem
hierarquicamente inferio-
res… Bruna fez uma expe-
riencia: andou cinco paços
para a direita. O olho da
rainha seguiu-a de modo a
que a mantivesse sob sua
visão. Só que isso é ridícu-
lo! Em lendas, afirmam que
se os olhos se movimentas-
sem, habitaria nessa casa um
fantasma. Bruna ficou de
novo assustada.
De repente, os objectos
começaram a levantar voo.
O candeeiro no tecto, que
ainda utilizava o sistema de
velas, acendia-se e apagava
logo de seguida. O relógio
movia os ponteiros rapida-
mente e tocava uma música
de funeral, só com o som
das badaladas. Vozes nostál-
gicas, melancólicas e atro-
zes terminavam este cenário
aterrador:
- Estou a ser atacada por um
lençol! – gritou Bruna.
De repente, o lençol caiu e
tapou Bruna completamente.
Ela, sem ver, andava aos
encontrões.
Randal, pensava que se tra-
tava de uma alma penada,
fugiu a correr para os quar-
tos onde Alex estava.
Bruna, confusa, tirou o len-
çol e seguiu Randal.
Alex entretera-se com uma
boneca de trapos, já sem um
olho e com algodão a sair da
barriga. Estava tão entretida
que nem tinha reparado na
chegada dos amigos estafa-
dos. Depois de contarem o
que sucedera, Alex afirmou:
- Realmente, têm-se passado
coisas muito estranhas, aqui.
Uma gadanha com sangue e
os objectos da sala a voar é
bastante estranho.
- Nos quartos, nada aconte-
ceu em especial. – afirmou
Alex. Logo de seguida,
mostrou a boneca esfarrapa-
da – Só encontrei isto.
Bruna deduziu que aquele
peluche era em tempos,
muito bonito e dispendio-
so. Vasco Lobo;Vanessa Dias;
Regina Valente; Joana Lourenço,
Oleksiy Odibtso e
João Lourenço
(Continua no RV Edição Páscoa.)
8 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
A casa assombrada À procura dos Monges da floresta - Capítulo 4, parte 1
Escritores com talento Fevereiro 2012
9 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Queridos
leitores:
Em Dezembro fui aos
E.U.A. com a minha mãe e
o meu irmão. Fomos feste-
jar o Natal em casa dos
meus tios e primas, em
Sterling, nos arredores de
Washington DC, no estado
da Virgínia.
As casas estavam todas
enfeitadas por dentro e por
fora. Cheias de luzes, bone-
cos de neve, renas, duendes
… algumas até recebiam
visitas em turnos para mos-
trar a decoração.
Em Washington DC visitei
o Lincoln Memorial, o Tho-
mas Jefferson Memorial e o
monumento em memória de
Martin Luther King. Passá-
mo s p e l o o b e l i s c o
(Washington Monument) e
pelo Capitólio.
Aprendi que Thomas Jeffer-
son foi o 3º presidente dos
E.U.A., entre 1801-1809, e
foi o mentor da declaração
de independência daquele
país e impulsionador dos
valores republicanos.
Sobre Abraham Lincoln
aprendi que foi o 16º presi-
dente dos E.U.A., entre
1861-1865. Teve um papel
decisivo na guerra ―Norte e
Sul americana‖, pondo fim
à escravatura neste país.
No Memorial de Martim
Luther King guardei uma
frase dele que não me vou
esquecer:
―O que me preocupa não é
o grito dos maus, mas o
silêncio dos bons…‖ Joana Almas, 5ºA
Histórias do Mundo da Matemática - parte 4
Em Mate-
l a n d i a
v i v i am -s e
t e m p o s
cheios de
cor e ale-
gria. A
M a t e f a d a
Joaninha andava muito
ocupada porque ia reali-
zar-se a feira anual de
feitiços e magias, e era
tradição que as Matefa-
das criassem magias com
os números.
A nossa amiga Matefada
Joaninha estava a confec-
cionar bolinhos em forma
de números e quem os
comesse conseguia voar.
Era difícil criar tal feitiço,
mesmo para uma fada
matemática tão experiente
como a nossa amiga, por
isso pediu ajuda ao Mocho
Sabe Tudo, ao Gato Mate-
mático das Botas,
ao Cão Euclides e
à Tartaruga Aqui-
les. Eles iriam ela-
borar uma tabela com o
preço dos bolinhos. Cada
bolinho mágico custava 0,5
matefazes, que é a moeda
matemática de Matefazen-
de.
Começaram então por fazer
a
seguinte tabela:
Designaram por N o núme-
ro de bolinhos comprados e
por P o preço a pagar.
De repente o Gato Matemá-
tico das Botas disse:
- Parece-me que estas duas
grandezas são directamente
proporcionais.
-Oh! Pois são! - exclamou
o Cão Euclides.
O Mocho Sabe Tudo
espreitou para o quadro
matemático do Cão Eucli-
des e entendeu logo.
O Cão Euclides tinha feito
o quociente entre o preço a
pagar e o número de boli-
nhos mágicos comprados, e
verificou que era constante
e igual a 0,5.
- E mais, a constante de
proporcionalidade directa é
0,5—afirmou a tartaruga
Aquiles.
- Então será que podemos
escrever uma expressão que
relacione P com N?- ques-
tionou-se em voz alta o
Gato Matemático das
Botas.
-Claro que sim! É
, e 0,5 é o
preço que custa cada boli-
nho! - exclamou o Mocho
Sabe Tudo.
- Com a tabela feita e todas
estas conclusões matemáti-
cas, e a minha magia pron-
ta, já podemos ir para a
feira— disse a Matefada
Joaninha, que tinha acaba-
do de regressar do seu labo-
ratório matemático experi-
mental de magias e feitiços.
E assim foi, os nossos ami-
guinhos foram todos para a
feira anual de magias e fei-
tiços e os bolinhos mágicos
da Matefada Joaninha fize-
ram grande sucesso. Quem
os comia conseguia voar
porque lhe cresciam asas
mágicas de cores variadas.
Foi lindo ver tantos núme-
ros, sólidos geométricos e
tantos outros seres matemá-
ticos a voar no céu mate-
mático de Matefazende.
Prfª Ana Correia
0,5P N
A feira das Magias e Feitiços
Nº bolinhos mágicos
comprados (N)
1 2 3 4 5 6
Preço a pagar em
Matefazes (P)
0,5 1 1,5 2 2,5 3
0,5 1 1,5 2 2,5 30,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
1 2 3 4 5 6
Fevereiro 2012 Contos e Contas
Postal da América
No dia 15 de
Dezembro de 2011,
os alunos da EB1 nº
18 participaram na
F E S T A D E
NATAL, organiza-
da pela Junta de
Freguesia dos Pra-
zeres, em conjunto
com a Escola Fer-
nanda de Castro. As «estrelas» da festa foram as
próprias crianças. O
Programa incluiu poe-
sia, música e teatro, sen-
do de destacar o
«Presépio vivo», peça
teatral representada pela
turma do 4º ano e as
canções de Natal.
10 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Eis que a rainha decide
brindar os Reis Magos com
um belo repasto. Os alunos
do Jardim Infantil percorre-
ram a viagem da esperança,
certos de encontrarem a sua
estrela. Encontraram um
belo supermercado e não
uma, mas várias estrelas em
formas de doces para a
mesa do dia de reis.
Antes do banquete ainda
houve tempo para um espe-
táculo de cantorias. Os alu-
nos do Jardim de Infância
foram «Cantar os Reis» às
turmas do 1º Ciclo e estas
retribuíram tão nobre atitu-
de.
Participaram os
alunos das educa-
d o r a s I s a b e l
Almeida e Marga-
rida e
todas as turmas do
1º ciclo, das pro-
fessoras Sandra
Carvalho, Lucinda
Costa, Carla Rute
Costa e Teresa.
Festa é festa! EB1 nº18 tem Natal divertido
Mesa dos sabores Reis… e Rainhas As salas do Jardim Infantil
da escola Rainha Santa
Isabel organizaram uma
atividade que teve como
objetivo a identificação dos
sabores de Outono. Vários
produtos desta estação do
ano foram dados a provar
aos alunos, os quais, de
olhos vendados, tinham de
adivinhar o que estavam a
degustar. Os alunos do 1º
Ciclo participaram neste
interessante concurso de
sabores.
N o f i n a l , t o d o s
(educadoras, professoras,
auxiliares e alunos do JI e
1º Ciclo) desfrutaram os
deliciosos sabores de Outo-
no.
A arte da guerra
Notícias do Agrupamento Bartolomeu de Gusmão Fevereiro 2012
Ressano Garcia canta
«Janeiras» na
Josefa
Turmas do 9º ano visitam museu
A impor-
tância do
uso da arte,
neste caso
ao serviço
da propa-
ganda. A
f o r m a
como os
diferentes
governos ditatoriais ou
democráticos, transmitiam
e faziam chegar a sua men-
sagem. As turmas do 9º
ano, A, B e C acompanha-
das pelos professores Alci-
na Coelho, Fernando Ema-
nuel e Jorge Marques tive-
ram o privilégio de conhe-
cer uma excelente coleção
sobre o tema, bem organi-
zada e bem apresentada no
CCB, Museu Berardo. Prof.Jorge Marques
Josefa
11 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
O Ano Internacional da
Química tem sido uma
oportunidade para repen-
sar, também, que a pers-
pectiva CTS-A (Ciência
Tecnologia e Sociedade
versus Ambiente) está
implícita e de forma
interdisciplinar, no con-
texto da disciplina de
Química.
Por este motivo, ocorreu-
me pensar numa área da
ciência , peculiar por si ,e
que tem inspirado os jovens
e os menos jovens. Quando
sentados diante de um plas-
ma, assistem, por exemplo,
ao CSI Miami, a um episó-
dio de Hercule Poirot ou de
outra forma, desvendam
através da leitura, trhillers
escritos por autores como
Tess…
Ao referir dados e contro-
vérsias variadas que carac-
terizam as causas da morte
de Napoleâo verificamos
que estão presentes as áreas
da História, da Química, da
Biologia, da psicologia, da
política, da filosofia…
A ciência, que sempre se
apresentou ―de braço
dado” com a prática expe-
rimental , vem, neste caso
concreto, reforçar a ideia de
que a área das ciências
forenses assume uma
importância cada vez maior
na actualidade. O rigor, a
segurança da prova científi-
ca, a complexidade das
questões ligadas aos meios
de prova e à obtenção da
prova permitem que se
confira à área das Ciências
Forenses a abordagem
multidisciplinar já referida.
Desenvolver o espírito
crítico, a conquista do
saber, a procura não
imediata da solução
(quando se nos depara
um problema) a
paciência, a procura da
verdade, será uma pro-
posta minha. S.Dias CFQ
Napoleão Bonaparte
morreu em Santa Helena
em 21 de Maio de 1821,
com 51 anos. A sua autop-
sia revelou que a morte foi
devida a um cancro no
estômago.
Em 1961, por análise quí-
mica de alguns dos seus
cabelos, revelou-se a pre-
sença de arsénio, tendo
sugerido então a teoria de
que teria sido envenenado.
Analises posteriores mos-
traram que a quantidade de
arsênio encontrada não
seria suficiente para provo-
car o envenenamento e,
recentemente, foi possível
saber qual a fonte desse
arsênio: as rosetas verdes
do papel de parede do seu
quarto. Os
compostos de arsênio usa-
dos nessa época como
corantes litográficos dos
papéis de parede (verde de
sheele e verde de Paris), na
presença de humidade e de
fungos, dariam origem a
formação de compostos
voláteis, que se desprende-
riam pela atmosfera do
quarto e seriam inspirados
pelas pessoas.
As rosetas verdes do papel
do quarto de Napoleão con-
tinham cerca de 0,3 g de
arsénio/m2, tendo-se verifi-
cado que isto não libertaria
para a atmosfera arsênio
suficiente para provocar a
morte de um ser humano. RV
A morte de Napoleão investigada por Física-Química
(continuação da pág.2) Com um olhar tímido e
discreto, Zoe diz que às
vezes tem saudades da Ale-
manha, mas, no entanto,
pretende ficar para sempre
em Portugal.
Cada um deles fala duas
línguas diariamente e tem
saudades do seu país mas,
apesar disso, nenhum pre-
tende voltar. Desejam criar,
simplesmente, fortes liga-
ções entre os dois países
para não perderem nenhu-
ma das identidades cultu-
rais que possuem.
A melhor forma de os aju-
dar a integrarem-se e de os
incentivar a estudar uma
língua que é fundamental
na sua integração, é criar
laços de amizade e tentar
com que se sintam aceites.
Nem todas as crianças
fazem face à sua difícil
adaptação e as consequên-
cias são: a dificuldade na
aprendizagem; a indiscipli-
na (que é uma das formas
de expressarem o seu
descontentamento em
relação à sua nova
vida) e o regresso ao
país de origem (situação
muito rara). Muitas
vezes sentem, também,
a ausência dos pais na
sua integração, pois
estes têm uma vida mais
concentrada no trabalho
e na forma como sobre-
viver.
Dentro das aulas, os alunos
de fora são os que demons-
tram mais respeito à autori-
dade, e nota-se que são
conscientes de que a finali-
zação da escolaridade é um
dos objectivos fundamen-
tais da sua vida.
Com as crianças imigrantes
do 1º ciclo, o processo de
integração é diferente, pois
adaptam-se, não propria-
mente através da língua,
mas através da linguagem
gestual (através de brinca-
deiras).
Quando soube que tinha
de fazer um trabalho sobre
os alunos estrangeiros já
tinha decidido que o ia
fazer na minha antiga esco-
la e foi uma óptima decisão
porque eu sabia que podia
ter o apoio de todos desta
escola. Agradeço-vos a
todos os que colaboraram
para o meu trabalho e espe-
ro que não vos vou desilu-
dir com a nota que vou
receber!.. Aline
Línguas não maternas
Fevereiro 2012 Escritores com Talento
Aline com os seus entrevistados.
12 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Underworld - O despertar. Nesta
nova sequela seguimos Selene (Kate
Beckinsale), que esteve em coma
durante quinze anos. Quando acorda,
descobre que tem que salvar a sua
filha híbrida, Nissa (India Eisley), de
um bando de lobisomens que a perse-
gue.
Pois é, pós conseguir escapar de um
cativeiro de 12 anos, a vampira Sele-
ne depara-se com uma realidade ines-
perada: descobertos pelos humanos,
os clãs de vampiros e lobisomens são
perseguidos e caçados como animais
selvagens. Agora, para salvar ambas
as espécies do extermínio total, Sele-
na vai ter de fazê-los compreender
que a sua hipótese de salvação reside
na superação das suas diferenças e na
união de todos contra o mesmo ini-
migo. Conseguindo-o, poderão ven-
cer a maior batalha das suas existên-
cias…Preço do bilhete com o cartão
de estudante desconto de 1€
Muitos casais planeiam jantares românticos, noites espe-
ciais e fazem planos para surpreender e agradar à sua «cara
-metade». Há também quem escolha este dia para se decla-
rar à pessoa amada e também quem avance com pedidos de
casamento, embebido pelo espírito do dia.
Na nossa escola também aconteceu uma situação de realce
neste dia de Namorados de 2012.
Um jovem, aluno do secundário para demonstrar publica-
mente o seu amor à namorada, colega do mesmo ano, apro-
veitou a data para lhe oferecer uma aliança. comemorativo
dos nove
meses de
namoro.
O R V
deseja-lhes
toda a feli-
cidade.
Última Página Fevereiro 2012
As propostas da Francisca: um livro, um álbum, um filme.
O Quarto de Jack. Esta obra é conta-
da através dos olhos de Jack, um
rapazinho de 5 anos para quem todo o
Mundo é o quarto em ele e a Mamã
habitam. Durante a narrativa - um
‗nadinha‘ semelhante ao que foi lido
em "Visto do Céu" - ficamos a saber
que a Mamã de Jack foi raptada por
"Nick Mafarrico" quando tinha 19
anos e desde aí tem vivido sempre
fechada, sempre sozinha, naquele
espaço exíguo... até que nasceu Jack.
Com o nascimento de Jack, foi neces-
sário criar divertimentos para educar
o menino. Jack descobre que todo o
Mundo tem mais do que 11 metros
quadrados, uma cama, um tapete ou
um guarda-Fatos. Preço: cerca de 15€
Francisca Alves
Sorry for
Party Roc-
king é o
segundo do
LMFAO. Os
singles de
sucesso são:
Party Rock
A n t h e m ;
C h a m p a g n e
Showers e
Sexy and I
K n o w I t .
D o w n l o a d
Digital por
faixa: cerca de
1€.
No âmbito Ano Europeu do Enve-
lhecimento Ativo e da Solidarieda-
de entre Gerações, que se assinala
em 2012 e em colaboração o projeto
Intergeracional ―Ao Encontro‖ da
Associação Resgate Os alunos do 6º
C, acompanhados pelos professores
Francisco Lopes e Rui Borges
(Diretor de Turma) visitaram o
Recolhimento de Nossa Senhora do
Carmo da Lapa, onde apresentaram
a dramatização ―1º de Dezembro de
1640” da autoria da professora de
HGP, da turma, Maria Teresa
Rodrigues.
Tratou-se de um momento gratifi-
cante, uma partilha fraterna
sobre o sentido da vida, invo-
cando valores como a solidarie-
dade, a discriminação, a inde-
pendência, a participação, a dig-
nidade, o cuidado e a autoreali-
zação das pessoas idosas.
Esta atividade serviu para o
engrandecimento pessoal, cultu-
ral de todos os participantes
tendo ficado acordado o levar a
efeito de outras atividades entre
as duas instituições. RV
...E ela disse que sim!
Ano Europeu do Envelhecimento Ativo
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