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S R É V RÉS-VÉS Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão - Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos - Ano 2 - nº6- fev. 20120,50 RV Escola Segura conquista alunos Da Josefa para Mundo - Pedro Matos Ex aluno da Josefa luta por um lugar nos Jogos Olímpicos. P6 Entre nós, o Dia dos Namorados celebra o amor, a paixão entre amantes e a partilha de sentimentos. Todos os anos, no dia 14 de Feve- reiro, ocorre a azáfama da troca de chocolates, envio de postais e de oferta de flores. P12 “Love is in the air” na Josefa Uma aliança “de seu Valentim” Josefa solidária Foram cerca de 150 os convivas que se reuniram em 12 de Fevereiro, para o primeiro almoço Cabover- diano de apoio à aquisição, urgen- te, de uma cadeira de rodas para nosso aluno Roberto. P4 Os agentes que constituem a equipa da Esco- la Segura da nossa zona são vistos cada vez mais como amigos pelos estudantes. P7 Ano Europeu do envelhecimento ativo 6ºC visita lar na Lapa. P12

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S R É

V RÉS-VÉS

Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão - Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos - Ano 2 - nº6- fev. 2012—0,50 RV

Escola Segura conquista alunos

Da Josefa para Mundo - Pedro Matos

Ex aluno da Josefa luta por um lugar nos Jogos Olímpicos. P6

Entre nós, o Dia dos Namorados

celebra o amor, a paixão entre

amantes e a partilha de sentimentos.

Todos os anos, no dia 14 de Feve-

reiro, ocorre a azáfama da troca de

chocolates, envio de postais e de

oferta de flores. P12

“Love is in the air” na Josefa Uma aliança “de seu Valentim”

Josefa solidária

Foram cerca de 150 os convivas que se reuniram em 12 de Fevereiro, para o primeiro almoço Cabover-diano de apoio à aquisição, urgen-te, de uma cadeira de rodas para nosso aluno Roberto. P4

Os agentes que constituem a equipa da Esco-la Segura da nossa zona são vistos cada vez mais como amigos pelos estudantes. P7

Ano Europeu do envelhecimento ativo

6ºC visita lar na Lapa. P12

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2 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Editorial

Rés-Vés Propriedade do Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de

Gusmão. Escola sede - Escola Básica e Secundária Josefa de Óbi-

dos - Rua Coronel Ribeiro Viana, nº11 - 1399-040 Lisboa - tel.

213929000, fax.-213929003

Coordenação: F. Lopes e Rui F. Pires

Paginação: RPI Produções

Professores Colaboradores: Alexandra Lopes, Ana Correia,

Ana Marques, Fernanda Pinto, Helena Falcão, Helena Medeiros,

Maria do Anjo, Maria José Dias e Mário Araújo.

Redacão (alunos): Assunção Gomes de Abreu, Dinis Freire,

Francisca Alves, Joana Almas, Joana Simões, Madalena Nobre,

Margarida Matos, Maria Campos, Maria Lobo, Matilde Durão,

Matilde Silva, Violeta Adão.

Não apaguem a memó-

ria! A História são as nossas

memórias, aquilo de que

somos feitos, o que nos foi

transmitido, e o que iremos

transmitir às gerações futu-

ras. Situa-nos no tempo,

deixa-nos compreender

melhor os nossos próprios

ciclos, o nosso crescimen-

to.

Um povo sem história é um

povo vazio. E quem não

relembra os feitos do seu

povo, não vive, não tem

alma, não sente a vida, não

vibra.

O Holocausto ―marcou o

auge da crueldade humana

e configurou o maior episó-

dio de violência e covardia

da nossa história, um epi-

sódio que não deveria ter

ocorrido e que não pode

mais voltar a ocorrer.‖ Para

que fatos como este não

caem no esquecimento, a

ONU instituiu, em 2005, a

data de 27 de janeiro como

dia internacional em

memória das vítimas do

holocausto.

Requiem ao professor e

amigo António Melo

Qualquer perda deixa mar-

ca, mas de facto a maior é

aquela que nos faz perder

alguém que se ama/estima

muito e é levado pela mor-

te. O final ano de 2011,

sem respeito sem contem-

plação arrebatou-nos o

António e deixou-nos um

aperto no coração e a

noção da fragilidade do ser

humano perante o real.

António Mello, arquiteto e

professor desta escola era

querido, culto, gostava de

uma boa discussão mas

sabia reconhecer quando

uma outra idéia era melhor

do que a dele. Criador do

1º site da Escola, desenhou

o logótipo que identifica a

nossa Escola, colaborou no

projecto de integração da

Biblioteca na Rede de

Bibliotecas Escolares,

dinamizou o centro de

recursos e várias atividades

ligadas ao desenho e às

artes.

Ele não morreu, partiu à

nossa frente. Fique em paz.

Um gesto de amor

No dia dos namorados, um

aluno do secundário, da

nossa escola, para demons-

trar publicamente o seu

amor à namorada, aprovei-

tou a data para lhe oferecer

uma aliança. Sem dúvida

uma forma doce de

terminar este editorial. A Redação

A Abrir Fevereiro 2012

Em qualquer parte do mun-

do, um dos maiores obstá-

culos de cada imigrante é o

desconhecimento da língua.

Tudo torna-se confuso e

demasiado complicado

quando não se consegue

obter nem as coisas mais

básicas, devido à barreira

difícil que a língua cria.

Portugal é um país de aco-

lhimento, há já algumas

décadas, tanto para os imi-

grantes do Leste da Europa,

como para os da África e da

Ásia.

Segundo os últimos dados

do Ministério da Educação,

em 2005 os alunos estran-

geiros constituíam, em Por-

tugal, 6% da população

estudantil até aos 15 anos

de idade. Actualmente,

existem imigrantes prove-

nientes de mais de 180 paí-

ses.

Para realizar um trabalho

solicitado no âmbito da

disciplina de Comunicação

Intercultural, resolvi entre-

vistar alunos da minha anti-

ga escola (Escola Secundá-

ria Josefa de Óbidos). Con-

segui encontrar quatro alu-

nos de diferentes nacionali-

dades, idades e estadias em

Portugal.

Anastacia é natural da

Ucrânia, tem 17 anos e che-

gou a Portugal aos 7 anos

de idade. Desde o início

dos seus estudos em Portu-

gal, estudou, em paralelo

com as suas aulas na escola

portuguesa, numa outra

escola ucraniana onde tinha

disciplinas como Físico-

química, Matemática, His-

tória e outras em ucraniano.

Praab é de origem indiana,

tem 16 anos e está cá há um

ano. Confessa que as aulas

de apoio fora do seu horá-

rio escolar são muito úteis,

pois estuda muitos dos cos-

tumes portugueses e graças

a estas aulas, começou a

falar português.

João é o único estudante

entrevistado que nasceu em

Portugal, tem 16 anos e

d u p l a na c io na l ida de

(chinesa e portuguesa) para

além da portuguesa.

Embora Portugal seja a sua

―casa‖, João não pretende

ficar num único lugar: um

dos seus sonhos é viver e

ter um emprego em Nova

Iorque.

Zoe é alemã, também tem

16 anos e está cá desde os 3

anos de idade. É com um

largo sorriso que conta que,

apesar de falar em casa

com a mãe, em alemão, é-

lhe igual falar em qualquer

das duas línguas, porque as

duas já fazem parte dela. (continua na pág.11)

Ex-alunos da Josefa colaboram com o Rés-Vés

Português Língua Não Materna

Aline, ex-aluna da Josefa

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Fevereiro 2012 História: O “Holocausto”

3 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Vinte e sete de Janeiro de

1945 foi a data da libertação

do Campo de concentração e

de extermínio de AUSCH-

WITZ-BIRKENAU (sul da

Polónia) pelos soldados do

60.º corpo do exército sovié-

tico. Oito mil prisioneiros

foram libertados, a maioria

em situação deplorável devi-

do ao martírio que enfrenta-

ram.

AUSCHWITZ um dos maio-

res campos de concentração

nazi de que há memória, fundado a 14

de junho de 1940 com o objectivo da

eliminação física de milhões de

homens, mulheres e crianças, tornou-se

no símbolo máximo do ―Holocausto‖ e

é lembrado todos os anos nesta data em

que a ONU comemora, o Dia Interna-

cional dedicado à memória das vítimas

(do “Holocausto”).

―Holocausto‖, esta palavra exprime o

sofrimento e a humilhação a que foi

sujeito o povo judaico, durante o nazis-

mo.

"Holocausto" é uma palavra de origem

grega que significa "sacrifício pelo

fogo".

Adolfo Hitler grande defensor da supe-

rioridade da raça ariana, da qual, segun-

do a sua teoria, descendia o povo ale-

mão, sobe ao poder na Alemanha em

1933, começa a perseguição dos seus

adversários, sobretudo dos Judeus. O

regime Nazi, para além das característi-

cas de um Estado totalitário, era tam-

bém racista e, sobretudo, anti-semita.

Com as Leis de Nuremberga de 1935,

os Judeus – considerados os bodes

expiatórios dos problemas da Alema-

nha, - perderam o seu estatuto de cida-

dãos alemães e foram destituídos de

todos os cargos públicos e de todas as

actividades económicas.

Durante a segunda Guerra Mundial os

Judeus dos países ocupados pela Ale-

manha foram também perseguidos e

deportados para campos de trabalho e

campos de extermínio na Polónia, Ale-

manha e Áustria. No total, foram mor-

tos 6 milhões de Judeus.

O presidente Lula da Silva num discur-

so comemorativo retratou bem Holo-

causto dizendo que este ―marcou o

auge da crueldade humana e configu-

rou o maior episódio de violência e

covardia de nossa história, um episódio

que não deveria ter ocorrido e que não

pode, nunca mais, voltar a ocorrer.”

Este ano, o dia internacional da come-

moração é dedicado às crianças. "Um

milhão e meio de crianças judias pere-

ceram no Holocausto, vítimas de perse-

guição cometidas pelos nazis e seus

simpatizantes". "Além disso, dezenas de

milhares de crianças foram assassina-

das, incluindo pessoas com deficiên-

cia‖, recorda o Secretário-Geral da

ONU, Ban Ki-moon, na sua Mensagem

do Dia Internacional em Memória das

Vítimas do Holocausto, 27 de janeiro

de 2012. Exortou "todos os países para

proteger os mais vulneráveis, indepen-

dentemente da sua raça, cor, sexo ou

crenças religiosas". "As crianças são

especialmente vulneráveis ao pior da

humanidade. Devemos mostrar-lhes o

melhor que este mundo tem para ofere-

cer".

É sempre importante lembrar estes

momentos importantes da História,

para, desta forma, promover o respeito

pelos Direitos do Homem e das mino-

rias; sensibilizar os cidadãos dos peri-

gos dos movimentos radicais, extremis-

tas e dos regimes totalitários.

Profs F.Lopes e M.J. Dias

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Não apaguem a memória! O rapaz do pijama às riscas

A história passa-

se em 1940 e

Bruno de nove anos

não sabe nada

sobre o Holocausto

e a Solução Final

contra os Judeus.

Também não faz

idéia de que o seu

país está em guerra

com boa parte da

Europa e, muito menos, de que sua

família está envolvida no conflito.

Na verdade, o seu pai, um oficial nazi,

e toda a família têm de sair de Berlim

e mudar para uma região desolada, no

campo, onde ele não tem ninguém

para brincar nem nada para fazer. Da

janela do quarto, Bruno pode ver uma

vedação, e, para além dela, centenas

de pessoas de pijama. No entanto,

acredita que poderá fazer aí novos

amigos, pergunta se pode visitar os

vizinhos, o que lhe é negado.

O Bruno desobedece à ordem

dada pelos pais, sai e conhece

Shmuel, um menino do outro lado da

vedação, que está sempre com um

pijama às riscas. As visitas de Bruno

passam a ser diárias e a amizade entre

os dois meninos começa a crescer.

Um dia, querendo ajudar o amigo a

procurar o pai que tinha

―desaparecido‖, Bruno troca de roupa,

veste um pijama às riscas e passa para

o outro lado da vedação... O desfecho

final é dramático e emocionante...

mas mostra a verdade dos fatos da

época. Levados no meio de um grupo

que vai para a câmara de gás, os

amigos acabam por morrer. RV

A visão ingénua de uma criança

Soldados soviéticos libertam

prisioneiros de Auschwitz.

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4 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secaundária Josefa de Óbidos

Notícias da Josefa Fevereiro 2012

Foram cerca de 150 os convivas

que se reuniram em 12 de Feve-

reiro, para o primeiro almoço

Caboverdiano iniciativa promo-

vida pela APEEJO e a Direção

da escola e integrada na Cam-

panha de aquisição, urgente, de

uma cadeira de rodas para nos-

so aluno Roberto que se realizou

na nossa escola. O Roberto é um aluno da nossa esco-

la, sofre de Paralisia Cerebral Atetó-

sica, apresenta um comprometimento

nas funções do corpo designadamente

do tipo Neuromusculo-esqueléticas

relacionado com a motricidade global

e fina, isto é, não consegue deslocar-

se, utilizar os movimentos finos das

mãos, para comer, escrever …etc.

(atestado com 90% de incapacidade).

O Roberto usa uma cadeira de rodas

para as suas deslocações na escola e

na comunidade oferecida pela A.S.E.

da C.M. de Lisboa e que atualmente

não se encontra em boas condições,

magoando-o e, a qualquer, momento

pode ficar inoperacional com conse-

quências drásticas para o jovem

Entre os convidados de honra [que

foram todos os presentes] a iniciativa

contou com a presença da represen-

tante do Sr. Presidente da Junta de

Freguesia de S. Condestável, Drª Isa-

bel Almeida, parceiro direto na

implementação desta atividade.

Ganhamos a primeira batalha, fica-

mos felizes pelos resultados atingidos

e que certa maneira, foram bons. No

entanto, ficamos com um sabor a

pouco pois o apelo para este evento

devia tocar todos e a resposta mais

ampla e, sobretudo, mais consentânea

com os princípios subjacentes.

A ementa era diversificada e em

grande quantidade satisfazendo as

vontades e a fome dos presentes que

se deliciaram com vários sabores

C’mida de Terra caboverdiana Como

entrada: bôla, chouriço assado, fari-

nheira,―fringinote‖de porco, pastéis

diversos, torresmos, courato assado, a

famosa e genuína Cachupa de Cabo

Verde [confecionada no local pelo

chefe Nanai e a sua equipa], raia frita

com arroz de feijão à moda cabover-

diana, arroz de frango; sobremesas:

mousses de manga e camoca (milho

torrado e triturado em farinha…);

pudim, arroz doce, doce de bolacha,

bolo de chocolate, brownies, donuts

com coco, cuscuz….e bebidas de

onde se destacam os licores da D.

Antónia, mãe do

Roberto

Receber este sor-

riso [expresso na

foto] e ouvi-lo

d i z e r

―OBRIGADO A

TODOS” já é

recompensa sufi-

ciente para qual-

quer esforço que

possamos fazer para ajudar o Roberto

cuja família tem grandes dificuldades

económicas, para alcançar a sua tão

desejada cadeira de rodas. A organi-

zação comprometeu-se não desistir e

continuar a criar atitividades até a

c a d e i r a

existir..

Texto: F.L., Rosa Pinheiro & RV

Almoço com o Roberto foi um sucesso

Os convivas pousando para a posterioridade.

Sabores Caboverdianos

João Afonso

PitraArmstrong

Vamos todos embarcar neste

"comboio da solidariedade",

ainda tem muitos lugares

por ocupar!!

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Fevereiro 2012 Notícias da Josefa

5 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

“Porque o que ele faz

não é o simples deitar

de uma história na

página do livro. Mais

do que isso: ele cria

uma história para a

nossa própria vida.”

Mia Couto.

Ondjaki começou a escrever aos treze

anos a sua primeira obra:

Actu sanguíneu, um livro de poesia

editado em 2000, pelo qual ganhou a

Menção Honrosa no prémio António

Jacinto.

Na conversa que Ondjaki teve o RV,

expressou a sua opinião sobre a escri-

ta, dizendo: ―Escrever nunca é muito

calmo. É um acto de inspiração, mas

também de entrega e concentração.

Sou um pouco ansioso a escrever,

pois penso mais rápido do que escre-

vo. Normalmente escrevo à noite, de

madrugada. Com ou sem luz de velas.

Com ou sem incenso. Com ou sem

música.‖ Ondjaki prefere escrever em

casa, mas também escreve em cafés,

em bibliotecas, em aviões, na rua, e

em jardins.

Um dos seus livros infantis mais

conhecidos chama-se Ynary, a meni-

na das cinco tranças (romance,

2004), sobre os cinco sentidos, uma

menina que quer acabar com a guerra

e fazer a paz. Este livro é dado nas

escolas primárias portuguesas, e faz

parte do P.N.L. (Plano Nacional de

Leitura).

Entre os seus livros mais conhecidos

estão: o romance Bom Dia Camara-

das, de 2001; os contos do livro

Momentos de aqui de 2001; a novela

O Assobiador, de 2002; o livro de

poesia Há Prendisajens com o Xão,

de 2002; um outro romance Quantas

Madrugadas Tem a Noite, de 2004;

um texto poético Materiais para con-

fecção de um espanador de tristezas,

de 2009, entre muitos outros.

Em 2007 ganha o Grande Prémio

APE e o Grande Prémio de Conto

Camilo Castelo Branco, com o livro

Os da Minha Rua. Em 2010 ganha os

prémios: JABUTI e FNLIJ, com o

livro AvóDezanove e o segredo do

soviético.

O seu livro mais recente é A bicicleta

que tinha bigodes, de 2012.

A felicidade que ele nos dá enquanto

leitores, é por ser tão dedicado e ins-

pirado na escrita dos seus livros:

―Sinto algo especial que não sei bem

explicar. Poucas vezes é um prazer,

algumas vezes é uma sensação espe-

cial, de celebração muito grande.‖

Ondjaki, uma vida em Portugal

Muitos conhecem a sua infância dos

livros, mas muito poucos sabem sobre

a sua vida na altura da adolescência.

Ndalu de Almeida, conhecido por

Ondjaki, escritor e poeta, nasceu em

1977 em Luanda capital de Angola.

Começou a escrever na sua terra

natal.

Filho de pai e mãe angolanos, não

conseguindo viver em Angola, mudou

-se para Portugal aos dezasseis anos.

Alojado na casa da tia paterna, no

Cacém decidiu ir estudar numa escola

secundária da Brandoa, pois nessa

escola estava a única pessoa de Luan-

da que ele conhecia, Romina.

Romina era a melhor amiga de Ondja-

ki quando estudava em Luanda, e por

isso quando veio para Portugal pediu

para ficar na mesma escola.

Para ir até a escola demorava uma

hora e meia, apanhava dois autocarros

e um comboio. Como devem calcular

ele tinha aulas às oito e quinze, tinha

que se levantar por volta das seis e

quarenta da manhã!

Apesar de se levantar cedo, fundou

um grupo na sua escola, onde come-

çou uma das paixões da sua vida, o

teatro.

Aos dezoito anos entrou na ISCSP

(Instituto de Ciências Sociais e Políti-

cas), para estudar jornalismo, e a

seguir na ISCTE (Faculdade de Ciên-

cias Sociais e Humanas de Lisboa)

para estudar Sociologia. Ondjaki foi

em 2003 para os E.U.A. estudar cine-

ma durante um ano na Columbia Uni-

versity (Nova Iorque) saindo em

Fevereiro de 2004. Depois volta para

Lisboa e faz um doutoramento na

Universidade de Nápoles, Itália, con-

cluindo-o em 2010.

Agora vive viajando entre o Rio de

Janeiro, Luanda e Lisboa. Dinis Freire

Ondjaki, o criador de histórias

Dinis Freire

Escritor angolano encantou com a sua descontração e capacidade de comunicação com os alunos.

Ondjaki na biblioteca BEJO fala para uma plateia atenta e interessada.

Alunos da EB1+JI Ressano Garcia

com a professora Ana Rosa.

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Destaque - Da Josefa para o Mundo Fevereiro 2012

6 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Pedro Matos começou a praticar

boxe aos 18 anos, ainda estudava na

Josefa, por influência de um amigo.

Hoje em dia, com 24 anos, é consi-

derado por muitos como o melhor

pugilista português de sempre.

Agora, o seu grande objetivo é con-

seguir o apuramento para os Jogos

Olímpicos, na categoria de 52 kg, a

realizar este ano em Londres, de 27

de Julho a 12 de Agosto. Pedro

sempre teve o sonho de participar

nesta competição. A prova de apu-

ramento será num torneio a reali-

zar na Turquia, em Istambul, em

Abril. Vão participar 40 atletas de

vários países. Serão apurados ape-

nas os 3 primeiros. Esperemos que

este antigo aluno da nossa

escola possa ser um deles.

Jornal Rés– Vés: Pedro, Fale-

nos um pouco acerca deste des-

porto de combate que é o boxe.

Pedro Matos: o boxe é um des-

porto muito exigente mas tam-

bém muito gratificante quando

ganhamos porque é preciso mui-

to para conseguir algo.

O boxe tem duas vertentes. A

amadora, na qual os jogos olímpicos é

a prova mais importante. O ponto

mais importante da vertente profissio-

nal será ganhar um título mundial.

Onde treina e quantas vezes o faz

por semana?

Treino no Lisboa Futebol Clube, em

Campolide. Em média treino 6 vezes

por semana. Como trabalho numa loja

de Informática, das 8h às 17h, nos

dias de folga faço treinos bi-diários,

1,5h de manhã e 1,5h à tarde. Nos

restantes dias é sempre 1,5h ou 2h.

Aconselha os jovens a praticar

boxe?

Sim. Atualmente o boxe apesar de ser

um desporto de combate é seguro. Os

atletas têm proteções adequadas. Este

desporto obriga a sermos disciplina-

dos e mais calmos em situações de

potencial conflito. O que é sempre

ótimo para os jovens.

Hoje em dia no ginásio do Lisboa

Futebol Clube treinam crianças do

bairro de Campolide, atores e até can-

tores, como o João Pedro Pais. Há

que ver que o boxe não é só um des-

porto de competição, é também de

manutenção.

O actor principal de um filme portu-

guês, que está em fase de produção,

está a aprender connosco, no nosso

ginásio. A realizadora deste filme

não tinha qualquer conhecimento do

mundo do boxe e mudou a sua opi-

nião sobre este desporto de combate.

Ela verificou que no ringue há com-

petição, mas fora dele há respeito e

amizade entre pugilistas que no rin-

gue eram adversários. São poucas as

rivalidades que passam cá para fora.

Em média, qual o número de pes-

soas que assiste a um combate de

boxe?

Em Portugal assistem aos combates

500/700 pessoas. Em Las Vegas esti-

veram cerca de 20.000 pessoas assis-

tiram a um combate meu.

Voltou à Josefa de Óbi-

dos 6 anos depois de ter

concluído o 12º ano. Qual

a sensação?

A escola está muito dife-

rente. Está mais bonita.

Dos funcionários lembro-

me perfeitamente daquele

senhor careca…

O sr. Diamantino?

Isso mesmo. O sr. Diaman-

tino é, de facto, uma pes-

soa especial que fica na

memória de qualquer aluno

que passou pela Josefa.

Pedro, o Rés-Vés deseja-lhe felici-

dades e votos que no verão o possa-

mos ver em Londres. RV

Cronologia de um campeão

Abril 2009 - Integrado na seleção de

Portugal de Boxe, obtém a medalha

de ouro num prestigiado torneio em

Espanha, o BOXAM, onde estiveram

presentes as melhores seleções do

mundo. Foi o melhor resultado de

sempre em torneios de boxe olímpico

além fronteiras.

Setembro 2009 - Medalha de bronze

no Torneio Internacional Gee Bee, na

Finlândia.

Outubro de 2010 - Pela primeira vez

na Historia do boxe amador, um pugi-

lista fez parte da equipa dos melhores

pugilistas mundiais, Pedro Matos foi

o representante Português na Liga

WSB PRO onde fez parte do lote dos

melhores pugilistas Mundiais amado-

res para participar na liga WSB Pro

destinada a combates de neo/

Profissional.

Outubro de 2010 - Medalha de prata

no torneio internacional de boxe

olímpico, realizado na Finlândia.

Participaram 23 países.

RV

Objetivo: Jogos Olímpicos 2012 Pedro estudou na Josefa até 2006. É um dos melhores pugilistas nacionais.

Pedro Matos com as jornalistas Assunção Abreu,

Maria Campos, Joana Almas e Francisca Alves.

Pedro Matos em mais uma vitória.

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Fevereiro 2012 Destaque - Escola Segura

7 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

O Jornal Rés-Vés recebeu

os agentes que constituem

uma das equipas da Esco-

la Segura de Lisboa. O

programa Escola Segura

é uma iniciativa conjunta

do Ministério da Admi-

nistração Interna e do

Ministério da Educação.

Visa garantir e promover

condições e comporta-

mentos de segurança da

população escolar. Isto

através da vigilância das

escolas e das áreas envol-

ventes, do policiamento

dos percursos habituais

de acesso à escolas e de

ações de sensibilização

junto dos alunos para as

questões da segurança.

Um episódio que diz muito

da boa relação existente

entre a Escola Segura e os

alunos foi contado por um

dos agentes. Numa das

habituais visitas a escolas

de Lisboa, enquanto o

agente falava cordialmente

com uma aluna, no exterior

da escola, de repente aquela

grita para um grupo de

colegas que estava nas pro-

ximidades: ―Vem aí o carro

da bófia» Ao que o agente

questiona: «Então, mas eu

sou o quê?» A jovem res-

ponde: «Mas tu és diferen-

te. És um amigo!»

É interessante, de facto, os

alunos verem nestes polí-

cias pessoas amigas com

quem podem conversar e

procurar algum apoio e

conforto, parecendo que a

farda que aqueles usam não

é mais do que uma moda

«Fashion» da criação da

estilista Fátima Lopes.

É evidente que nem tudo é

um mar de rosas, por vezes

há algumas ―tempestades‖

para serem ultrapassadas

com maior ou menor difi-

culdade.

As agentes também têm um

papel fundamental no con-

tacto com os alunos. Mui-

tas vezes há a necessidade

dos jovens terem a presen-

ça de uma figura feminina,

em situações delicadas em

que a agente é vista como

a mãe que não tiveram.

Esta forma de estar tem

ajudado na prevenção do

crime e da violência. As

estatíst icas assim o

demonstram ao revelarem

uma diminuição destas

ocorrências quer dentro,

quer fora da escola.

Talvez a ação mais impor-

tante da Escola Segura

tenha sido a conquista dos

espaços da escola (como é

bem patenteado nas fotos

que ilustram esta reporta-

gem), o fazerem-se ver e

passarem a ser vistos com

outros olhos.

Para além desta excelente

prevenção positiva, a Esco-

la Segura tem apostado for-

te nas ações de sensibiliza-

ção. Para este ano de 2012

estão previstas cerca de 200

sessões em sala de aula. Os

temas são: Toxicodepen-

dência e Alcoolismo; Com-

portamentos de Segurança /

Auto Proteção; Violência

na Escola; Delinquência

Juvenil, Bullying, Seguran-

ça na Internet, Segurança

Infantil; Violência Domés-

tica e no Namoro; proteção

ambiental , Prevenção

ambiental; Prevenção e

Educação Rodoviária, Ser

Polícia e Bombas de Carna-

val.

Seminário «A Segurança

Escolar»

No próximo mês de Abril,

a Escola Segura vai promo-

ver um seminário denomi-

nado ―A Segurança Esco-

lar‖ para professores, edu-

cadores e assistentes opera-

cionais.

Este evento promete ser um

dos pontos altos das ativi-

dades desta estrutura poli-

cial. Entre outros, estarão

presentes representantes da

Comissão para a Dissuasão

da Toxicodependência, da

Comissão de Proteção de

Crianças e Jovens e do Tri-

bunal de Família e Meno-

res. RV

Polícias fixes Agentes do programa Escola Segura são um elemento ativo do projeto educativo.

A Escola Segura patrulha e garante a segurança no interior e exterior de 118 escolas particula-

res e públicas em Lisboa ocidental. A equipa é constituída por 8 agentes e por duas viaturas.

Para além de melhorar o sentimento de segurança no meio escolar envolvente, os agentes des-

te programa apostam forte nas ações de sensibilização dentro da sala de aula.

Agentes e alunos da Escola Josefa de Óbidos. Da esquerda

para a direita, os agentes: Tânia Santos; José Ligeiro; Antero

Correia; Gustavo Almeida; Marta Rosa; Tiago Luís e o chefe

Francisco Franco.

A agente Tânia Santos num gesto de grande

cumplicidade com a aluna Wanyi, do 5ºC.

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Os quatro abriram o portão

ferrugento que dava acesso

ao jardim exterior. Alex

pensava que aquele sítio

estava abandonado, mais ou

menos há cinco anos. Eles

caminhavam lentamente. O

caminho que dava passagem

para a mansão, era de casca-

lho e terra batida e ao lado,

estavam árvores, sem folhas

e mal cuidadas. Duas gran-

des gárgulas que representa-

vam corvos estavam fixadas

à parede.

Randal ia batendo à porta da

mansão, só que, por magia,

ela abriu-se sozinha. Os

quatro, muito receosos,

entraram.

Como Lily prevera, a porta

fechou-se e trancou-se sozi-

nha.

- Randal, não consegues

abrir esta porta estúpida? –

perguntou Alex.

- Não! O que se está a pas-

sar? Não consigo fazer feiti-

ços.

- Que bom! Era mesmo dis-

so que precisávamos. O nos-

so feiticeiro não consegue

fazer feitiços. Agora os

vampiros vão apanhar-nos!

– ironizou Lily assustada.

- Lily, os vampiros não exis-

tem! São só fruto da imagi-

nação. – esclareceu Bruna –

Vamos explorar a casa, só

para veres como tenho

razão.

Haviam formado as equipas:

Randal ia explorar o átrio da

mansão, a Lily, ia à cozinha,

a Bruna, à cave e Alex, os

quartos.

A chuva acabara.

Encontramo-nos exactamen-

te aqui. – afirmou Bruna.

De repente, ouviram um

barulho. Fugiram cada um

para o seu sítio combinado.

Bruna desceu as primeiras

escadas que viu. Eram em

espiral e chegou a uma sala

de pedra. As estantes exis-

tentes albergavam caixões

de todas as formas que se

possa imaginar: um muito

longo, outro feito de cobre

pintado de preto, outro ver-

melho, etc.

Bruna olhou de relance para

a parede. Tinha uma gada-

nha grande com um líquido

vermelho na lâmina. Ela

sentiu-se de repente assusta-

da e correu o mais que pôde

até à ala principal…

Quando Randal viu a pobre

rapariga em estado de

sobressalto, perguntou:

-O que foi? Parece que viste

um fantasma!

- Não – respondeu Bruna,

ainda a recuperar o fôlego –

Não te preocupes. Eu estou

bem.

O feiticeiro ainda fazia a

ronda à divisão. Parecia

tudo normal. Perto da porta,

havia um bengaleiro. No

outro extremo da divisão,

estava um grande relógio de

pêndulo, que dava um certo

ritmo à casa. Um candelabro

assentava numa mesa preci-

samente no meio da sala.

Duas grandes estátuas em

forma de corvo, erguiam-se

ao lado do relógio. Nas

paredes, estavam expostos

quadros com pessoas impo-

nentes, possivelmente de

elementos grandiosos na

família. Em todos os retra-

tos, havia uma nota de roda-

pé desbotada com o tempo,

que estava marcada na mol-

dura. Bruna sugeriu que,

provavelmente, o quadro

mostrava o nome da família:

Sheverington.

O feiticeiro, por sua vez, fez

outra descoberta: todos os

retratos mostravam ouro,

prata e pedras

preciosas, mos-

trando assim que

a família devia ser

e x t r e m a m e n t e

rica, suficiente-

mente rica para

comprar uma

ma n s ã o c o m

aquele tamanho.

Bruna reconheceu um rosto:

o terceiro quadro a contar da

direita, representava uma

mulher de face pálida, com

um fino colar de ouro ao

pescoço. Nos dedos, havia

anéis com jóias incrustadas.

Da cabeça, saía uma majes-

tosa coroa que mostrava

realmente quem ela era: a

Rainha D. Prudência Sheve-

rington, décima terceira

rainha do Reino.

Bruna continuava a observar

a monarca, enquanto Randal

fora pesquisar no outro lado

da sala.

A escuteira interrogava-se

porque é que a mulher tinha

um ar tão firme e despreza-

dor, como se todos fossem

hierarquicamente inferio-

res… Bruna fez uma expe-

riencia: andou cinco paços

para a direita. O olho da

rainha seguiu-a de modo a

que a mantivesse sob sua

visão. Só que isso é ridícu-

lo! Em lendas, afirmam que

se os olhos se movimentas-

sem, habitaria nessa casa um

fantasma. Bruna ficou de

novo assustada.

De repente, os objectos

começaram a levantar voo.

O candeeiro no tecto, que

ainda utilizava o sistema de

velas, acendia-se e apagava

logo de seguida. O relógio

movia os ponteiros rapida-

mente e tocava uma música

de funeral, só com o som

das badaladas. Vozes nostál-

gicas, melancólicas e atro-

zes terminavam este cenário

aterrador:

- Estou a ser atacada por um

lençol! – gritou Bruna.

De repente, o lençol caiu e

tapou Bruna completamente.

Ela, sem ver, andava aos

encontrões.

Randal, pensava que se tra-

tava de uma alma penada,

fugiu a correr para os quar-

tos onde Alex estava.

Bruna, confusa, tirou o len-

çol e seguiu Randal.

Alex entretera-se com uma

boneca de trapos, já sem um

olho e com algodão a sair da

barriga. Estava tão entretida

que nem tinha reparado na

chegada dos amigos estafa-

dos. Depois de contarem o

que sucedera, Alex afirmou:

- Realmente, têm-se passado

coisas muito estranhas, aqui.

Uma gadanha com sangue e

os objectos da sala a voar é

bastante estranho.

- Nos quartos, nada aconte-

ceu em especial. – afirmou

Alex. Logo de seguida,

mostrou a boneca esfarrapa-

da – Só encontrei isto.

Bruna deduziu que aquele

peluche era em tempos,

muito bonito e dispendio-

so. Vasco Lobo;Vanessa Dias;

Regina Valente; Joana Lourenço,

Oleksiy Odibtso e

João Lourenço

(Continua no RV Edição Páscoa.)

8 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

A casa assombrada À procura dos Monges da floresta - Capítulo 4, parte 1

Escritores com talento Fevereiro 2012

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9 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Queridos

leitores:

Em Dezembro fui aos

E.U.A. com a minha mãe e

o meu irmão. Fomos feste-

jar o Natal em casa dos

meus tios e primas, em

Sterling, nos arredores de

Washington DC, no estado

da Virgínia.

As casas estavam todas

enfeitadas por dentro e por

fora. Cheias de luzes, bone-

cos de neve, renas, duendes

… algumas até recebiam

visitas em turnos para mos-

trar a decoração.

Em Washington DC visitei

o Lincoln Memorial, o Tho-

mas Jefferson Memorial e o

monumento em memória de

Martin Luther King. Passá-

mo s p e l o o b e l i s c o

(Washington Monument) e

pelo Capitólio.

Aprendi que Thomas Jeffer-

son foi o 3º presidente dos

E.U.A., entre 1801-1809, e

foi o mentor da declaração

de independência daquele

país e impulsionador dos

valores republicanos.

Sobre Abraham Lincoln

aprendi que foi o 16º presi-

dente dos E.U.A., entre

1861-1865. Teve um papel

decisivo na guerra ―Norte e

Sul americana‖, pondo fim

à escravatura neste país.

No Memorial de Martim

Luther King guardei uma

frase dele que não me vou

esquecer:

―O que me preocupa não é

o grito dos maus, mas o

silêncio dos bons…‖ Joana Almas, 5ºA

Histórias do Mundo da Matemática - parte 4

Em Mate-

l a n d i a

v i v i am -s e

t e m p o s

cheios de

cor e ale-

gria. A

M a t e f a d a

Joaninha andava muito

ocupada porque ia reali-

zar-se a feira anual de

feitiços e magias, e era

tradição que as Matefa-

das criassem magias com

os números.

A nossa amiga Matefada

Joaninha estava a confec-

cionar bolinhos em forma

de números e quem os

comesse conseguia voar.

Era difícil criar tal feitiço,

mesmo para uma fada

matemática tão experiente

como a nossa amiga, por

isso pediu ajuda ao Mocho

Sabe Tudo, ao Gato Mate-

mático das Botas,

ao Cão Euclides e

à Tartaruga Aqui-

les. Eles iriam ela-

borar uma tabela com o

preço dos bolinhos. Cada

bolinho mágico custava 0,5

matefazes, que é a moeda

matemática de Matefazen-

de.

Começaram então por fazer

a

seguinte tabela:

Designaram por N o núme-

ro de bolinhos comprados e

por P o preço a pagar.

De repente o Gato Matemá-

tico das Botas disse:

- Parece-me que estas duas

grandezas são directamente

proporcionais.

-Oh! Pois são! - exclamou

o Cão Euclides.

O Mocho Sabe Tudo

espreitou para o quadro

matemático do Cão Eucli-

des e entendeu logo.

O Cão Euclides tinha feito

o quociente entre o preço a

pagar e o número de boli-

nhos mágicos comprados, e

verificou que era constante

e igual a 0,5.

- E mais, a constante de

proporcionalidade directa é

0,5—afirmou a tartaruga

Aquiles.

- Então será que podemos

escrever uma expressão que

relacione P com N?- ques-

tionou-se em voz alta o

Gato Matemático das

Botas.

-Claro que sim! É

, e 0,5 é o

preço que custa cada boli-

nho! - exclamou o Mocho

Sabe Tudo.

- Com a tabela feita e todas

estas conclusões matemáti-

cas, e a minha magia pron-

ta, já podemos ir para a

feira— disse a Matefada

Joaninha, que tinha acaba-

do de regressar do seu labo-

ratório matemático experi-

mental de magias e feitiços.

E assim foi, os nossos ami-

guinhos foram todos para a

feira anual de magias e fei-

tiços e os bolinhos mágicos

da Matefada Joaninha fize-

ram grande sucesso. Quem

os comia conseguia voar

porque lhe cresciam asas

mágicas de cores variadas.

Foi lindo ver tantos núme-

ros, sólidos geométricos e

tantos outros seres matemá-

ticos a voar no céu mate-

mático de Matefazende.

Prfª Ana Correia

0,5P N

A feira das Magias e Feitiços

Nº bolinhos mágicos

comprados (N)

1 2 3 4 5 6

Preço a pagar em

Matefazes (P)

0,5 1 1,5 2 2,5 3

0,5 1 1,5 2 2,5 30,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5

1 2 3 4 5 6

Fevereiro 2012 Contos e Contas

Postal da América

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No dia 15 de

Dezembro de 2011,

os alunos da EB1 nº

18 participaram na

F E S T A D E

NATAL, organiza-

da pela Junta de

Freguesia dos Pra-

zeres, em conjunto

com a Escola Fer-

nanda de Castro. As «estrelas» da festa foram as

próprias crianças. O

Programa incluiu poe-

sia, música e teatro, sen-

do de destacar o

«Presépio vivo», peça

teatral representada pela

turma do 4º ano e as

canções de Natal.

10 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Eis que a rainha decide

brindar os Reis Magos com

um belo repasto. Os alunos

do Jardim Infantil percorre-

ram a viagem da esperança,

certos de encontrarem a sua

estrela. Encontraram um

belo supermercado e não

uma, mas várias estrelas em

formas de doces para a

mesa do dia de reis.

Antes do banquete ainda

houve tempo para um espe-

táculo de cantorias. Os alu-

nos do Jardim de Infância

foram «Cantar os Reis» às

turmas do 1º Ciclo e estas

retribuíram tão nobre atitu-

de.

Participaram os

alunos das educa-

d o r a s I s a b e l

Almeida e Marga-

rida e

todas as turmas do

1º ciclo, das pro-

fessoras Sandra

Carvalho, Lucinda

Costa, Carla Rute

Costa e Teresa.

Festa é festa! EB1 nº18 tem Natal divertido

Mesa dos sabores Reis… e Rainhas As salas do Jardim Infantil

da escola Rainha Santa

Isabel organizaram uma

atividade que teve como

objetivo a identificação dos

sabores de Outono. Vários

produtos desta estação do

ano foram dados a provar

aos alunos, os quais, de

olhos vendados, tinham de

adivinhar o que estavam a

degustar. Os alunos do 1º

Ciclo participaram neste

interessante concurso de

sabores.

N o f i n a l , t o d o s

(educadoras, professoras,

auxiliares e alunos do JI e

1º Ciclo) desfrutaram os

deliciosos sabores de Outo-

no.

A arte da guerra

Notícias do Agrupamento Bartolomeu de Gusmão Fevereiro 2012

Ressano Garcia canta

«Janeiras» na

Josefa

Turmas do 9º ano visitam museu

A impor-

tância do

uso da arte,

neste caso

ao serviço

da propa-

ganda. A

f o r m a

como os

diferentes

governos ditatoriais ou

democráticos, transmitiam

e faziam chegar a sua men-

sagem. As turmas do 9º

ano, A, B e C acompanha-

das pelos professores Alci-

na Coelho, Fernando Ema-

nuel e Jorge Marques tive-

ram o privilégio de conhe-

cer uma excelente coleção

sobre o tema, bem organi-

zada e bem apresentada no

CCB, Museu Berardo. Prof.Jorge Marques

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Josefa

11 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

O Ano Internacional da

Química tem sido uma

oportunidade para repen-

sar, também, que a pers-

pectiva CTS-A (Ciência

Tecnologia e Sociedade

versus Ambiente) está

implícita e de forma

interdisciplinar, no con-

texto da disciplina de

Química.

Por este motivo, ocorreu-

me pensar numa área da

ciência , peculiar por si ,e

que tem inspirado os jovens

e os menos jovens. Quando

sentados diante de um plas-

ma, assistem, por exemplo,

ao CSI Miami, a um episó-

dio de Hercule Poirot ou de

outra forma, desvendam

através da leitura, trhillers

escritos por autores como

Tess…

Ao referir dados e contro-

vérsias variadas que carac-

terizam as causas da morte

de Napoleâo verificamos

que estão presentes as áreas

da História, da Química, da

Biologia, da psicologia, da

política, da filosofia…

A ciência, que sempre se

apresentou ―de braço

dado” com a prática expe-

rimental , vem, neste caso

concreto, reforçar a ideia de

que a área das ciências

forenses assume uma

importância cada vez maior

na actualidade. O rigor, a

segurança da prova científi-

ca, a complexidade das

questões ligadas aos meios

de prova e à obtenção da

prova permitem que se

confira à área das Ciências

Forenses a abordagem

multidisciplinar já referida.

Desenvolver o espírito

crítico, a conquista do

saber, a procura não

imediata da solução

(quando se nos depara

um problema) a

paciência, a procura da

verdade, será uma pro-

posta minha. S.Dias CFQ

Napoleão Bonaparte

morreu em Santa Helena

em 21 de Maio de 1821,

com 51 anos. A sua autop-

sia revelou que a morte foi

devida a um cancro no

estômago.

Em 1961, por análise quí-

mica de alguns dos seus

cabelos, revelou-se a pre-

sença de arsénio, tendo

sugerido então a teoria de

que teria sido envenenado.

Analises posteriores mos-

traram que a quantidade de

arsênio encontrada não

seria suficiente para provo-

car o envenenamento e,

recentemente, foi possível

saber qual a fonte desse

arsênio: as rosetas verdes

do papel de parede do seu

quarto. Os

compostos de arsênio usa-

dos nessa época como

corantes litográficos dos

papéis de parede (verde de

sheele e verde de Paris), na

presença de humidade e de

fungos, dariam origem a

formação de compostos

voláteis, que se desprende-

riam pela atmosfera do

quarto e seriam inspirados

pelas pessoas.

As rosetas verdes do papel

do quarto de Napoleão con-

tinham cerca de 0,3 g de

arsénio/m2, tendo-se verifi-

cado que isto não libertaria

para a atmosfera arsênio

suficiente para provocar a

morte de um ser humano. RV

A morte de Napoleão investigada por Física-Química

(continuação da pág.2) Com um olhar tímido e

discreto, Zoe diz que às

vezes tem saudades da Ale-

manha, mas, no entanto,

pretende ficar para sempre

em Portugal.

Cada um deles fala duas

línguas diariamente e tem

saudades do seu país mas,

apesar disso, nenhum pre-

tende voltar. Desejam criar,

simplesmente, fortes liga-

ções entre os dois países

para não perderem nenhu-

ma das identidades cultu-

rais que possuem.

A melhor forma de os aju-

dar a integrarem-se e de os

incentivar a estudar uma

língua que é fundamental

na sua integração, é criar

laços de amizade e tentar

com que se sintam aceites.

Nem todas as crianças

fazem face à sua difícil

adaptação e as consequên-

cias são: a dificuldade na

aprendizagem; a indiscipli-

na (que é uma das formas

de expressarem o seu

descontentamento em

relação à sua nova

vida) e o regresso ao

país de origem (situação

muito rara). Muitas

vezes sentem, também,

a ausência dos pais na

sua integração, pois

estes têm uma vida mais

concentrada no trabalho

e na forma como sobre-

viver.

Dentro das aulas, os alunos

de fora são os que demons-

tram mais respeito à autori-

dade, e nota-se que são

conscientes de que a finali-

zação da escolaridade é um

dos objectivos fundamen-

tais da sua vida.

Com as crianças imigrantes

do 1º ciclo, o processo de

integração é diferente, pois

adaptam-se, não propria-

mente através da língua,

mas através da linguagem

gestual (através de brinca-

deiras).

Quando soube que tinha

de fazer um trabalho sobre

os alunos estrangeiros já

tinha decidido que o ia

fazer na minha antiga esco-

la e foi uma óptima decisão

porque eu sabia que podia

ter o apoio de todos desta

escola. Agradeço-vos a

todos os que colaboraram

para o meu trabalho e espe-

ro que não vos vou desilu-

dir com a nota que vou

receber!.. Aline

Línguas não maternas

Fevereiro 2012 Escritores com Talento

Aline com os seus entrevistados.

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12 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Underworld - O despertar. Nesta

nova sequela seguimos Selene (Kate

Beckinsale), que esteve em coma

durante quinze anos. Quando acorda,

descobre que tem que salvar a sua

filha híbrida, Nissa (India Eisley), de

um bando de lobisomens que a perse-

gue.

Pois é, pós conseguir escapar de um

cativeiro de 12 anos, a vampira Sele-

ne depara-se com uma realidade ines-

perada: descobertos pelos humanos,

os clãs de vampiros e lobisomens são

perseguidos e caçados como animais

selvagens. Agora, para salvar ambas

as espécies do extermínio total, Sele-

na vai ter de fazê-los compreender

que a sua hipótese de salvação reside

na superação das suas diferenças e na

união de todos contra o mesmo ini-

migo. Conseguindo-o, poderão ven-

cer a maior batalha das suas existên-

cias…Preço do bilhete com o cartão

de estudante desconto de 1€

Muitos casais planeiam jantares românticos, noites espe-

ciais e fazem planos para surpreender e agradar à sua «cara

-metade». Há também quem escolha este dia para se decla-

rar à pessoa amada e também quem avance com pedidos de

casamento, embebido pelo espírito do dia.

Na nossa escola também aconteceu uma situação de realce

neste dia de Namorados de 2012.

Um jovem, aluno do secundário para demonstrar publica-

mente o seu amor à namorada, colega do mesmo ano, apro-

veitou a data para lhe oferecer uma aliança. comemorativo

dos nove

meses de

namoro.

O R V

deseja-lhes

toda a feli-

cidade.

Última Página Fevereiro 2012

As propostas da Francisca: um livro, um álbum, um filme.

O Quarto de Jack. Esta obra é conta-

da através dos olhos de Jack, um

rapazinho de 5 anos para quem todo o

Mundo é o quarto em ele e a Mamã

habitam. Durante a narrativa - um

‗nadinha‘ semelhante ao que foi lido

em "Visto do Céu" - ficamos a saber

que a Mamã de Jack foi raptada por

"Nick Mafarrico" quando tinha 19

anos e desde aí tem vivido sempre

fechada, sempre sozinha, naquele

espaço exíguo... até que nasceu Jack.

Com o nascimento de Jack, foi neces-

sário criar divertimentos para educar

o menino. Jack descobre que todo o

Mundo tem mais do que 11 metros

quadrados, uma cama, um tapete ou

um guarda-Fatos. Preço: cerca de 15€

Francisca Alves

Sorry for

Party Roc-

king é o

segundo do

LMFAO. Os

singles de

sucesso são:

Party Rock

A n t h e m ;

C h a m p a g n e

Showers e

Sexy and I

K n o w I t .

D o w n l o a d

Digital por

faixa: cerca de

1€.

No âmbito Ano Europeu do Enve-

lhecimento Ativo e da Solidarieda-

de entre Gerações, que se assinala

em 2012 e em colaboração o projeto

Intergeracional ―Ao Encontro‖ da

Associação Resgate Os alunos do 6º

C, acompanhados pelos professores

Francisco Lopes e Rui Borges

(Diretor de Turma) visitaram o

Recolhimento de Nossa Senhora do

Carmo da Lapa, onde apresentaram

a dramatização ―1º de Dezembro de

1640” da autoria da professora de

HGP, da turma, Maria Teresa

Rodrigues.

Tratou-se de um momento gratifi-

cante, uma partilha fraterna

sobre o sentido da vida, invo-

cando valores como a solidarie-

dade, a discriminação, a inde-

pendência, a participação, a dig-

nidade, o cuidado e a autoreali-

zação das pessoas idosas.

Esta atividade serviu para o

engrandecimento pessoal, cultu-

ral de todos os participantes

tendo ficado acordado o levar a

efeito de outras atividades entre

as duas instituições. RV

...E ela disse que sim!

Ano Europeu do Envelhecimento Ativo