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ACT – Terapia de aceitação e CompromissoCurso de Especialização em

Psicoterapia Cognitivo-comportamental e Análise do

ComportamentoTurma IV – 31 de maio e 01 de junho

de 2014

ACT – Plano de ensinoComportamento verbal e Terceira

Onda – Terapias contextualistasUm enfoque contextual para a

mudança terapêutica (Hayes, 1987) – Distanciamento criativo

ACT – Hexágono de flexibilidade psicológica

Artigo

A Terceira Onda na terapia comportamental: proposta e objeçõesMsc. Maria Estela Martins SilvaCRP 08/09716

Uma ciência do comportamentoUma ciência naturalAplicação do método

experimentalInfluências: empirismo,

pragmatismo, descobertas da fisiologia (reflexo condicionado), seleção natural…

Proposta Behaviorista

Behaviorismo Metodológico ( S R)

Eventos privados rejeitados como objeto da ciência (impossibilidade

de consenso público)

Behaviorismo Radical (R S)Teoria Consequencialista -

Comportamento é o produto da interação/relação entre organismo e ambiente

Aplicação clínica

Modelo Respondente Modelo Operante

Técnicas padronizadas(Inibição Recíproca)

Terapia ComportamentalClássica

Análise Funcional

Modificação do Comportamento

Primeira Onda – década de 50◦Terapia Comportamental clássica: Aplicação em consultórios clínicos

◦Modificação do Comportamento: Desenvolvimento atípico e instituições

Crítica da época: - não contemplaria a complexidade das “funções mentais superiores” e da “linguagem”

Segunda Onda: década de 60•Revolução Cognitiva

- Reestruturação cognitiva (crenças)

- Terapias cognitivo-comportamentais

- Paradigma Mediacional

A B C

• 2a. Onda: No Brasil a segunda onda não teve a mesma repercussão e desafiou os analistas do comportamento a avançar em pesquisa : Comportamento Verbal e Equivalência de Estímulos (Sidman,1971)

Preparando o terreno para a 3ª. Onda: Estudos sobre Comportamento verbal/ simbólico

É possível produzir sofrimento verbalmente

“I hunger for your touch…I need your love…”

I hunger…

I need…

I hunger… …I need

“I hunger for your touch…I need your love…”

“Are you still mine?”

Imaginar o próprio velórioHistória do Hamster e seu irmão

“Cachorro” (som)

CACHORRO

(escrito)

Identidade entre palavras e seus referentes

É útil ◦poupa tempo (receita)◦Poupa sofrimento (experiências

ruins)◦Responsável pelo avanço da ciência ◦Instrumento de controle do

comportamento (outro e si mesmo)

Equivalência de estímulosEm um pareamento de estímulos

são transferidas as funções de um para outro.

Algumas funções são transferidas de um estímulo para outro outras não. (Pedido por escrito ou falado)

Na infância e na psicose (entre outros) é possível transferir todas as propriedades/funções.

Relações de equivalência: simetria, reflexibilidade e transitividade

Ao treinar duas relações entre três estímulos gera-se mais sete relações

Além das relações de identidade há muitas outras: oposição, relação temporal, distinção (diferente), comparação (melhor).

Depois que aprende a “simetriar”, não precisa do treino para emergir relações

• Igual e diferente•Rápido ou vagaroso

•Maior ou menor•Pior ou melhor•Cedo ou tarde

•Próximo ou distante•Meu ou seu•Aqui ou lá

•….

Somos capazes de relacionar arbitrariamenteRelacionar copa do mundo e

átomoTristeza é oposto à alegria, amor

e ódio, (não diferente, apenas mas oposto como o quente e o frio)

Transformação de função

Teoria dos Quadros Relacionais

Transformação de função… A = A =

B =

C =

João

Chico

Joanas Chica

Para refletirReforçadores verbais (antes de

entrar em contato com ele) – valores: estímulos reforçadores verbalmente construídos

Reforçadores positivos podem ser criados com base numa história de aversivos!

Dado que…•O comportamento verbal é baseado no estabelecimento de relações arbitrariamente aplicadas (pensamentos, inclusive)

•O comportamento ganha significado em seu contexto verbal e não-verbal

Terceira Onda – década de 80 Terapias Contextualistas

-Flexibilidade psicológica- Aceitação de sentimentos,

pensamentos e sensações- Técnica de Mindfulness (o aqui e o

agora)

Ferramentas: metáforas, paradoxos, exercícios,

para reduzir controle verbal

3a. onda: Terapias Contextualistas

• ACT – Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven Hayes)◦ Teoria dos Quadros Relacionais (RFT)

FAP - Terapia Analítico-Funcional (Robert Kohlenberg & Mavis Tsai)

• DBT – Terapia Comportamental Dialética (Marsha Linehan)

DBT – Terapia Comportamental DialéticaPré-tratamento: Orientação e

compromissoEstágio 1: alcançando

capacidades básicas◦Comportamentos que ameaçam a

vida◦Comportamentos que interferem na

terapia◦Comportamentos que interferem na

Q.V.◦Habilidades comportamentais

DBT – Terapia Comportamental Dialética

Estágio 2: redução de estresse pós-traumático◦Tratar esquiva experiencial

Estágio 3: Resolvendo problemas e aumentando o respeito próprio

Estágio 4: capacidade para liberdade e satisfação (aceitação e vivenciar o presente)

Estratégias - DBTEstratégias dialéticas: usar

paradoxos, metáforas… Confrontar para abrir mão de padrões rígidos de pensamento e comportamento, para que possam surgir outros mais espontâneos e flexíveis.

“livre para escolher o próprio comportamento, mas não continuará a terapia se não trabalhar para mudá-lo”

“Adquirir maior independência ao desenvolver maior habilidade para pedir ajuda”

“Não são responsáveis por ser como são, mas são responsáveis por aquilo que se tornam”.

Estratégias - DBTEstratégias centrais: validaçãoAnálise comportamentalSolução de problemas: treinamento

de habilidades, procedimentos de contingência (modelagem na sessão), exposição

Comunicação recíproca & irreverente

FAP Próximo módulo

ACT- Focos de Intervenção•Aceitação dos EP aversivos: para que possam vir e ir sem sofrimento adicional•Escolha: Escolhas consistentes baseadas em nossa experiência/ história•Ação: Na direção daquilo que pode ser mudado

Hexágono de Flexibilidade Psicológica

Momento presente

Aceitação Valores

Desfusão Ações

Self como contexto

Metáforas e técnicasDesesperança criativaNão pense!Detector de mentirasDesconforto limpo e sujoDesfusão: removendo função

simbólicaPassageiros no ônibusAvaliação x descrição (copo mau)

Metáforas e técnicas“E” em vez de “mas”“eu gosto do meu marido e ele me

irrita às vezes”Isto é um

pensamento/sentimento…Tabuleiro de xadrezO penetra maltrapilho na festaMindfulness

Objeções à Terceira OndaNão houve uma segunda ou

terceira onda no Brasil, mas uma continuidade teórica consistente

As propostas de aplicação avançaram para além dos dados produzidos experimentalmente

1976-1985: Período formativo da ACT com o nome de Distanciamento compreensivo e Terapia contextual

(estudavam Skinner: comportamento verbal (1957) e CGR (1966,1969))

1985- 1999: Desenvolvimento da RFT como extensão da Equivalência de Estímulos e Comportamento Governado por Regras (Transição)

1º livro da ACT – 1999 (Hayes, Strosahl

& Wilson) “Acceptance and Commitment Therapy: An Experiential Approach to Behavior Change”

Livro sobre RFT – 2001(Hayes, Barnes-Holmes & Roche) “Relational frame theory: A post skinnerian account of human language and cognition”

1999 a 2012: Disseminação

2005: Uso proposital de termos “cognitivistas” e do senso comum para aumentar a aceitação/ popularizar a teoria.

Carmen Luciano - Behaviorista estudando ACT: não usa o modelo hexaflex (critica a estratégia top-down – primeiro a aplicação e depois pressiona para achar os dados de laboratório, correto seria bottom-up)

Concluindo…Tivemos avanços e é preciso

avançar ainda mais na compreensão do comportamento para melhoria na qualidade de vida dos seres humanos

A parcimônia e autocrítica dentro da abordagem é bem-vinda para garantir consistência teórica e filosófica

ReferênciasAbib, J. A. D. (2004) O que é comportamentalismo. In:

BRANDÃO, M. Z. et al. Sobre Comportamento e Cognição. Santo André-SP: ESETec, 2004, v.13.

Hayes, S. C. (2004). Acceptance and commitment therapy and the new behavior therapies: mindfulness , acceptance and relationships. Em: S. Hayes; V. Follette & M. Linehan (Orgs.). Mindfulness and Acceptance: Expanding the cognitive behavioural tradition (pp. 1-29). New York: Guildford.

Kohlenberg, R.J.  &Tsai, M. - Psicoterapia analítica funcional: criando relações terapêuticas intensas e curativas. ESEtec, Santo André, 2004.

Linehan, M. M. (1987). Dialectical behavior therapy for borderline personality disorder: Theory and method. Journal of the Menninger Clinic, 51, 261-276.

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