a vida da palavra
Post on 25-Jan-2017
230 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Palavras, só palavras
E com vocês, A PALAVRA: Suada, molhada, escrita, falada;
Sabida, querida, mal-ouvida, detestada; Amiga, pedida, desejada, sofrida; Amarga, segura, safada, atrevida.
Palavra dita, sussurrada, gritada, muda; Escrachada, chorada, amada, lembrada;
Palavra que aproxima... palavra que afasta... Palavra que revela, desnuda, descobre; Palavra que esconde, protege e encobre.
Palavras, só palavras... E o que seria do amor, da dor, da paixão, do tesão, da verdade, da
mentira, sem a palavra? Palavra é vida, enfim, palavra viva!!!
É, a palavra arrasta, destrói, constrói, mistifica, modifica... A palavra é
o mais doce vinho e o mais amargo fel; ela transforma, anula, revive,
derruba, pois sua força vem do desejo de quem a escreve, fala ou pensa.
O desejo é vivo, ardente, crescente e se concretiza em sílabas simples ou
complexas. Amor e ódio, guerra e paz, saúde e doença..., são desejos
inconscientes expressos pela força viva da palavra. Tudo é palavra, pois
palavra é fluido energético. A palavra transborda qual espuma de
champagne: suave, serena, sensual ou chega ardente como um gole de
cachaça que insiste em mostrar-nos o que não queremos ver nem saber.
Palavras são como orgasmos: múltiplos, únicos, intensos, castrados, raros,
espaçosos..., mas todos feitos e ditos com muito prazer. Então, depois de
um orgasmo há possibilidades de uma nova vida; com a palavra também.
Você renasce das cinzas e começa de novo. Para isto, basta mostrar a
força viva que a palavra dá ao significado de nossa existência, nos fazendo
ter desejos e expressa-los através dela.
A palavra nos salva ou nos condena. Ela induz mudanças nos mais íntimos
desejos e segredos. Acolhe e protege, nos fazendo sentir vivos... pessoas.
Salvando, ela nos revela, descobre, desnuda das amarras da vergonha e
da culpa, pois quem as ouve se aproxima... E se não? Ela nos condena ou
nos condenam. Há os que prefiram o silêncio. Ainda assim são palavras.
Palavras não ditas, mudas, pensadas, engasgadas que visam esconder,
proteger, encobrir... Mentiras? Meias verdades? Verdades inteiras? São
rumos que escolhemos em nossas vidas através das palavras... Elas
denunciam nossos atos, nos fazem viver... Palavras, só palavras. As
novas, as antigas, as vividas, as criadas... Palavra é a vida, enfim,
palavra VIVA.
Por: Cláudia Regina Teixeira de Souza é professora Licenciada em Ciências
com Habilitação em Biologia pela UNEB campus II, pós-graduada em:
Especialização em Planejamento e Prática do Ensino Superior pela ABEC –
UNIBA, atuando hoje na UNEB, Campus II .
top related