a terra é o corpo

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Performance apresentada na exposição Terra Falsa, com curadoria de Fernando Ticolaut, realizado em um estacionamento no bairro da Sana Cecília, em São Paulo, SP, no dia 25 de junho de 2016

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a terra éo corpo

“(Indígena) gerado dentro da terra que lhe é própria, originário da terra em que vive.”

“Pertencer à terra, em lugar de ser proprietário dela, é o que define o indígena.”

“A terra é o corpo dos índios.”

[Eduardo Viveiros de Castro]

O corpo não aguenta mais. O lucro é privado mas a calamidade é pública. O coletivo é desprezado, o voto ignorado, e o R$ não é real. Tratada a ferro e fogo, nem a natureza é natural, e somos construídos sobre a desgraça coletiva. Nossa terra era roxa, hoje é preta, dura e de asfalto: é falsa. Antes tinha índio, mas não tinha f,l,r (fé, lei, rei). Agora não tem índio, mas tem f,l,r (fel, locupletação, repressão). Diante da falência múltipla do sistema, o Brasil é um defunto. Neste contexto, qual o papel da arte contemporânea e sua verve de engajamento sociopolítico? Como podemos nos recompor a partir dos cacos que nos restam e enxergar algum porvir que não as trevas? Certamente não há uma resposta única para este debate, mas neste sábado, dia 25 de junho, me arrisco a indicar algumas possibilidades na minha curadoria da exposição Terra Falsa. [Apresentação da exposição, de Fernando Ticoulat, em um estacionamento na Rua Santa Isabel, 197 | Santa Cecília, São Paulo, SP, no dia 25 de junho de 2016]

A terra é o corpo | performance | dimensões variáveis | 2016

Fábio Tremonteissuu.com/fabiotremonte

fabio.tremonte@gmail.com

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