a política nacional de his os gargalos para a difusão da autogestão habitacional a política...
Post on 22-Apr-2015
107 Views
Preview:
TRANSCRIPT
A política nacional de HISe
os gargalos para a difusão da autogestão habitacional
no Brasil e no Rio de Janeiro
PESQUISAA PRODUÇÃO HABITACIONAL POR AUTOGESTÃO
COLETIVA
Coord.: Luciana Lago
Equipe: Regina Ferreira (IPPUR), Irene Mello (IPPUR), Joísa Barroso (IPPUR), Felipe Drago (PROPUR), Julia Wartchow (PROPUR), Rafaelle Monteiro (IPPUR), Thaís Velasco (IPPUR), Michelle Guimarães (IPPUR), Allan Pessôa (IPPUR).
Fontes de informação: Mcidades/Base de dados dos contratos CEF - Associações; trabalho de campo em empreendimentos no município de São Paulo, RM
Porto Alegre, município do Rio de Janeiro; entrevistas com gestores da CEF nacional e regional (POA, SP e RJ).
A POLÍTICA DE FINANCIAMENTO HABITACIONAL NO GOVERNO LULA:
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA PARA PRODUÇÃO EMPRESARIAL:
R$ 38 BILHÕES 790.000 unidades habitacionais contratadas. (2009 -2011)
PROGRAMA PARA PRODUÇÃO ASSOCIATIVA POR AUTOGESTÃO:R$ 800 MILHÕES 29.500 unidades habitacionais contratadas (2004 – 2011)
A AUTOGESTÃO COLETIVA NO NOVO QUADRO DA POLÍTICA HABITACIONAL.
Programas Federais:
Programa Crédito Solidário (PCS) - 2004
Ação de Produção Social da Moradia - 2008
Programa Minha Casa Minha Vida Entidades - 2009
PCS + PMCMVE = 29.500 unidades contratadas = R$800 milhões (2004-2011)
PMCMV Empresarial = R$ 38 BILHÕES 790.000 unidades contratadas. (2009 -2010)450.000 unidades contratadas (0 a 3 salários)
Programa Crédito Solidário
2.759 propostas preliminares em 2004, sendo 684 selecionadas em quase todo o país.
Nos anos de 2005, 2006 e 2007, apenas 158 empreendimentos urbanos chegaram à efetiva contratação.
BLOQUEIOS (GIDUR/CEF)
SNHIS - FNHIS
Criação do Fundo em 2005: projeto de iniciativa popular de 1991 centralização dos recursos e programas de urbanização de assentamentos precários e produção habitacional de baixa renda.
Programa Produção Social da Moradia (2008)
Conquista formal
Programa Crédito Solidário- recurso oneroso de entidades financeiras no FDS
- beneficiário retorna integralmente o valor de investimento, em até 20 anos, sem taxa de juros.
Programa MCMV – Entidades- Recursos do OGU no FDS- Financiamento segundo a capacidade de pagamento da família beneficiária, fixando as mensalidades em 10% da renda família e prazo de pagamento em 10 anos. Subsídio em até 90% do VF.
Ano PCS - UH MCMV E - UH Total - UH
2005 1117 1117
2006 4376 4376
2007 5208 5208
2008 7839 7839
2009 1540 309 1849
2010 40 7564 7604
2011 50 1522 1572
Total 20170 9395 29565
Distribuição de unidades contratadasna Faixa de 0 a 3 sm por Programa
Programas Total Uhs
MCMV - FAR 404.407
MCMV-E - FDS 9.395
PNHR 5.167
Municípios abaixo de 50 mil 63.772
FGTS 88.580
Total 571.321
Fonte: MCidades, 2011
Programas habitacionais (CS e MCMVE) entendidos como expressão de um Estado mais conflituoso/poroso a interesses de grupos diversos, uma porosidade que reproduz as relações de poder históricas.
No campo da política urbana, entram
novos agentes e perpetuam-se os velhos pactos do setor imobiliário em torno da especulação fundiária.
Programas Crédito Solidário + MCMVE: unidades habitacionais contratadas
REGIÃO SUDESTE UH EMPREEND. UH/EMPR.
SÃO PAULO 2955 11,0% 26 114MINAS GERAIS 1959 7,3% 23 85
RIO DE JANEIRO 330 1,2% 4 83
ESPIRITO SANTO 28 0,1% 1 28REGIÃO SUL
PARANÁ 407 1,5% 14 29RIO GRANDE DO SUL 3570 13,3% 115 31
SANTA CATARINA 1739 6,5% 47 37REGIÃO NORDESTE
SERGIPE 268 1,0% 2 134PIAUI 1190 4,4% 16 74
PARAIBA 773 2,9% 6 129PERNAMBUCO 200 0,7% 2 100
MARANHÃO 2380 8,9% 19 125ALAGOAS 275 1,0% 2 138
BAHIA 2000 7,4% 10 200CEARÁ 128 0,5% 4 32
RIO GRANDE DO NORTE 512 1,9% 4 128REGIÃO NORTE
PARÁ 1223 4,6% 9 136TOCANTINS 400 1,5% 3 133RORAIMA 433 1,6% 6 72
AMAZONAS 0 0,0% 0 0ACRE 0 0,0% 0 0
AMAPÁ 0 0,0% 0 0
REGIÃO CENTRO OESTE MATO GROSSO DO SUL 2173 8,1% 29 75
GOIAS 3907 14,6% 45 87MATO GROSSO 0 0% 0 0
RONDONIA 0 0% 0 0TOTAL 26850 100% 387 69
São Paulo:
Concentração na metrópole.
Rio Grande do Sul:
Dispersão no estado.
A PRODUÇÃO HABITACIONAL POR AUTOGESTÃO COLETIVA
Potencialidades da produção associativa da moradia por autogestão na perspectiva da cidade democrática e justa:
2.1. Difusão da cooperação como princípio das relações sociais na
produção e uso da moradia e da cidade = HABITAÇÃO.
2.2. Qualidade dos projetos e da construção habitacional frente à produção empresarial, estatal e por autogestão individual adequação da habitação às necessidades da família.
2.3. Redução dos custos frente à produção empresarial.
2.4. Redução dos custos frente à produção por autogestão individual.
2.5. A propriedade coletiva como barreira à especulação imobiliária e à valorização da terra.
A (re)construção do ideal da cidade democrática e justa.
OBSTÁCULOS À AUTOGESTÃO HABITACIONAL
1. ACESSO À TERRA (doação ou compra) E A POLÍTICA URBANA LOCAL:
O FINANCIAMENTO HABITACIONAL PROVOCOU ENORME VALORIZAÇÃO DA TERRA E PRÁTICAS ESPECULATIVAS = GRANDE ESTOQUES DE TERRAS NAS PERIFERIAS URBANAS PELAS GRANDES EMPRESAS.
DES-REGULAÇÃO DO USO DO SOLO = FLEXIBILIZAÇÃO DAS LEIS URBANÍSTICAS E DO PADRÃO DE CONSTRUÇÃO HABITACIONAL.
APROVAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS SEM INFRAESTRUTURA.
AUSÊNCIA DE BANCO DE TERRAS PARA HABITAÇÃO POPULAR PELAS PREFEITURAS.
CONDIÇÕES DESIGUAIS NA DISPUTA POR TERRA URBANA.
OBSTÁCULOS À AUTOGESTÃO HABITACIONAL
1. Financiamento individual e não coletivo;
2. Os terrenos devem ter toda a regularidade previamente atestada;
3. Ausência de estatuto legal para a propriedade coletiva.
4. Ausência de procedimentos burocráticos específicos na Caixa para os programas de autogestão habitacional;
5. “Empreitada global”.
top related