gargalos da construcao civil

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  • 8/10/2019 Gargalos da construcao civil

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    Levantamento dos Gargalos TecnolgicosCadeia Produtiva da

    Construo Civil

    Curitiba, 29 de julho de 2007

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    Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010-100. Curitiba . Paran . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849

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    Levantamento dos Gargalos TecnolgicosCadeia Produtiva da Construo Civil

    SumrioOBJETIVO...................................................................................................5 CONSIDERAES......................................................................................5

    AMBIENTE COMPETITIVO.........................................................................7 Mercado ...................................................................................................7 Paran......................................................................................................8 Internacionalizao ................................................................................9Perdas......................................................................................................9

    Produtividade..........................................................................................9 Comercializao ...................................................................................10 Cooperativas .........................................................................................10 Caso Tenda ...........................................................................................10Casa Fcil ..............................................................................................11 Casa 1.0 .................................................................................................11

    TECNOLOGIA DE PRODUO................................................................12 Gesto....................................................................................................12 Construo enxuta ...............................................................................13 Qualidade ..............................................................................................14 Mo-de-obra ..........................................................................................15 Oramentao.......................................................................................15

    Madeira ..................................................................................................15 Concreto ................................................................................................16 Cal ..........................................................................................................16 Argamassas ..........................................................................................16Argamassa estabilizada .......................................................................17 Lajes ......................................................................................................17Tilt-up.....................................................................................................18 PVC ........................................................................................................19 Policarbonato........................................................................................19 Construes metlicas.........................................................................19 Isolantes trmicos ................................................................................20 Tintas .....................................................................................................20 Tcnicas construtivas ..........................................................................20 Outras experincias inovadoras .........................................................21CaseCasa Prtica.................................................................................22 Simuladores ..........................................................................................22 Aditivos..................................................................................................23 Resduos................................................................................................23 Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat ........24Andaimes e elevadores ........................................................................24

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    Sistemas de aquecimento ....................................................................24

    Outras tecnologias ...............................................................................25 Tecnologias obsoletas .........................................................................26 Segurana do Trabalho ........................................................................26

    TECNOLOGIA DE PRODUTOS................................................................26 Materiais construtivos..........................................................................26 Novos materiais ....................................................................................29

    SERVIOS TECNOLGICOS...................................................................31 Certificaes .........................................................................................31 Patologia das construes ..................................................................32 Destinao de resduos........................................................................32 Ensaios e anlises qumicas ...............................................................32

    FORNECEDORES.....................................................................................33

    Oramentao.......................................................................................33 Elevadores.............................................................................................33 Placas e painis ....................................................................................34 Gerenciamento do subsolo..................................................................34 Softwares...............................................................................................34

    LEGISLAO............................................................................................35 Legislao Federal ...............................................................................36Legislao municipal (de Curitiba) .....................................................37Normas ..................................................................................................37

    TENDNCIAS............................................................................................39 Economia de energia............................................................................39 Energia solar.........................................................................................41

    Economia de gua ................................................................................41 Tratamento domstico de esgoto .......................................................42Acessibilidade.......................................................................................42 Terceirizao.........................................................................................43 Pr-fabricados.......................................................................................43 Especializao ......................................................................................44 Informatizao ......................................................................................44Reciclagem............................................................................................44 Certificao ...........................................................................................45 Tijolo de solo-cimento..........................................................................45 Uso de massa de concreteiras ............................................................46 Aluguel de equipamentos e formas ....................................................46 Arquitetura ............................................................................................46Marketing...............................................................................................47 Outras tendncias ................................................................................47

    PESQUISA & DESENVOLVIMENTO........................................................47 Eventos..................................................................................................48 Capacitao...........................................................................................50

    PROCESSO PRODUTIVO.........................................................................51 Planejamento e acompanhamento ......................................................51

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    Licenciamento.......................................................................................52

    Clculo estrutural .................................................................................52 Locao topogrfica.............................................................................52 Sondagem .............................................................................................52 Venda.....................................................................................................52 Percias ..................................................................................................53 Manuteno...........................................................................................53 Descarte de resduos ...........................................................................53

    OPORTUNIDADES....................................................................................53 CONCLUSES..........................................................................................57 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..........................................................59

    Anexo I - Conceitos e definies ............................................................60 Anexo II - Contatos realizados ................................................................62

    ORGANIZAES E INSTITUIES .....................................................62 EMPRESAS............................................................................................63 ESPECIALISTAS ...................................................................................67

    Anexo III Outras fontes de informao................................................69 INSTITUIES.......................................................................................69 ENTIDADES INTERNACIONAIS ...........................................................75 REVISTAS E BOLETINS .......................................................................76FORNECEDORES .................................................................................78SITES NA INTERNET ............................................................................81

    Anexo IV Oportunidades de Negcio ..................................................82

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    Levantamento dos Gargalos Tecnolgicos

    Cadeia Produtiva da Construo Civil

    OBJETIVOEste relatrio tem a finalidade de registrar o esforo e os resultados dotrabalho de levantamento dos gargalos tecnolgicos da Cadeia Produtiva daConstruo Civil, com o propsito principal de suportar os trabalhos doSEBRAE/PR sobre este tema.

    CONSIDERAESO levantamento foi focado em dificuldades de carter tecnolgico e priorizou

    aspectos que poderiam oferecer oportunidades de negcio para micro epequenas empresas paranaenses. Entretanto, outras informaes obtidasnas visitas tcnicas e entrevistas, julgadas potencialmente teis para asatividades do SEBRAE, foram includas.

    O trabalho cobriu toda a extenso da cadeia produtiva e, em algunsmomentos, levou em conta o ciclo de vida dos produtos. Na execuo foramrealizadas aes visando a:

    1. Identificao dos gargalos tecnolgicos no processo produtivo, incluindo aoferta de matria-prima, produo, embalagem, distribuio e destinaodas sobras dos processos.

    2. Identificao de solues e instituies que podem contribuir para asuperao dos gargalos identificados.

    3. Identificao de novas oportunidades de negcios, decorrentes dasoluo dos gargalos.

    4. Identificao de tecnologias obsoletas e de baixa competitividade, assimcomo de tecnologias emergentes que possam elevar a competitividade dacadeia.

    Para o levantamento das informaes necessrias ao trabalho foram feitasvisitas tcnicas e entrevistadas pessoas que representam empresas,entidades associativas e rgos governamentais, alm de especialistas. Umarelao detalhada destes contatos aparece no anexo II.

    O conjunto das organizaes visitadas foi variado, incluindo desdeconstrutoras e profissionais liberais a escolas, exposies e canteiros deobras.

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    Para o planejamento das visitas e entrevistas foi tomada como referncia a

    cadeia produtiva, em toda sua extenso, o que compreende a produo dosmateriais usados na construo, o trabalho de construo propriamente dito ea comercializao das unidades.

    A cadeia produtiva da construo civil inclui as seguintes atividadesprincipais:

    Fabricao de vidro e produtos de vidro Fabricao de cimento Fabricao de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque Fabricao de produtos cermicos Aparelhamento de pedras Fabricao de cal e outros produtos de minerais no-metlicos Fabricao de estruturas metlicas Projetos arquitetnicos, hidrulicos, eltricos, estruturais, etc. Topografia, sondagem e avaliao dos terrenos. Construo de casas, edifcios, galpes, obras de arte, etc. Comercializao das unidades produzidas Fiscalizao dos requisitos legais e tcnicos das obras Percias e anlises de qualidade de materiais. Trabalhos de demolio. Descarte da calia e outros resduos.

    A construo civil exige um elevado nmero projetos. Tais projetos so,

    usualmente, realizados por profissionais especializados e legalmentehabilitados. No caso das obras pblicas e outras de maior porte, a fase deprojeto precedida de planos diretores e estudos que tambm fazem parteda cadeia.

    O negcio da construo civil tem superposio com o da decorao deambientes, pois peas como toalheiros, suportes para papel higinico,saboneteiras de parede e outros acessrios so frequentemente incluidos noescopo da obra e comprados pelas construtoras. Ferragens para portas e

    janelas tambm so selecionadas pelos engenheiros e arquitetos.

    Para que se tenha uma viso do impacto social da indstria, s o setor de

    cermica vermelha brasileiro uma das matrias-primas do processo - formado por aproximadamente 12 mil empresas, geradoras de umfaturamento anual de R$ 6 bilhes e responsveis por 650 mil empregosdiretos e dois milhes indiretamente.

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    Tabela I - Empregados na Construo Civil

    Brasil, agosto de 2007Setores Pessoas

    Preparao de terreno 63.654

    Edificaes 1.078.689

    Infra-estrutura 98.326

    Obras de instalao 125.232

    Obras de acabamento 59.854

    Obras 1.425.755

    Incorp. de imveis 88.464

    Eng. e arquit. 149.002

    Servios 237.466

    Fonte: SindusCon-SP/ FGV Projetos e Ministrio do Trabalho e Emprego. Disponvel emhttp://www.sindusconsp.com.br/secao/secao.asp?area=Emprego&numpai=1&descpai=economia, em 17.11.07

    AMBIENTE COMPETITIVOO elevado volume de negcios envolvidos na construo civil fica evidente seolharmos as especialidades necessrias para a construo de um edifcio,por exemplo: geologia, clculo estrutural, arquitetura, hidrulica, eltrica, civil,

    segurana, etc. Mas a indstria da construo civil bem mais ampla do queo atendimento as demandas de moradia suas atividades incluem aconstruo de fbricas e galpes industriais, alm de obras pblicas comoestradas, monumentos, portos, barragens, pontes e viadutos, entre outras.

    Ao mesmo tempo em que o uso de prticas tradicionais faz da construocivil um dos maiores geradores de empregos para pessoas com baixaqualificao, isto tambm resulta em baixa produtividade e numa exageradagerao de resduos. Alm do aspecto puramente econmico, estes resduosacabam tomando espao em aterros e agravam o problema de deposio dolixo.

    MercadoO mercado da construo civil est fortemente vinculado a existncia definanciamentos para o comprador, dado o elevado valor de seus produtos. Oaumento de recursos para financiamento da casa prpria e a entrada dasgrandes construtoras no mercado de aes onde o dinheiro custa maisbarato est criando um ambiente propcio para o crescimento do setor.Junto com a internacionalizao da indstria chegam, tambm, novas e

    http://www.sindusconsp.com.br/secao/secao.asp?area=Emprego&numpai=1&descpai=economia
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    modernas tcnicas de gesto, que levam reduo de custo e ampliam as

    possibilidades do mercado.

    Assim, o valor a ser pago pelo comprador durante a obra caiu de 40 paracerca de 20% do valor total, o nmero de bancos que trabalham com linhasde crdito imobilirio cresceu muito, os juros caram e a legislao queprotege o comprador foi aprimorada. Atualmente, cada empreendimento temcontabilidade prpria e separada das operaes da incorporadora em casode falncia, o imvel em construo no entra nas contas do patrimnio damassa falida, o que se traduz em maior segurana para o comprador.

    No Brasil, 37% da populao urbana moram em favelas. Estima-se que 7,9milhes de famlias no tenham casa prpria a maioria das quais sem

    poupana, na informalidade e com fluxo irregular de renda. Esta parcela domercado ir influenciar significativamente a indstria da construo civil nasprximas dcadas.

    A cadeia da construo civil nacional sofre grande influncia dosconsumidores da autoconstruo freqentemente chamado de mercadoformiguinha que compra pequenas quantidades de materiais comocimento, tijolos e ferro para ampliaes feitas, na maioria das vezes, de formaamadora e sem qualquer orientao tcnica.

    Quase a metade (47,8%) dos municpios brasileiros no dispe de rede deesgotos. Assim, o mercado de saneamento bsico e drenagem de guas

    pluviais um dos importantes nichos de mercado, tanto para construtoras eempreiteiras, quanto para fabricantes de tubos de concreto.

    ParanUm grande problema da construo civil a informalidade. O IBGE avaliou(2004) que 52% dos trabalhadores no tinham registro em carteira. NoParan, um levantamento do SINDUSCON registrou informalidade de 80%nas obras particulares e de 30% nas empresas de construo.

    Isto em uma situao privilegiada, pois um estudo feito pela CorporaoFinanceira Internacional IFC, ligada ao Banco Mundial, apontou Curitiba

    como a melhor cidade brasileira para obteno de alvars de construo,aps analisar 25 municpios nos quesitos: informaes, infra-estrutura,tecnologia e facilidades ao empreendedor. possvel obter acesso a toda alegislao e demais informaes sobre o andamento dos processos atravsdo site www.curitiba.pr.gov.br.

    Apesar do intenso esforo de fiscalizao por parte do CREA, o nmero deobras sem um responsvel tcnico qualificado ainda alto. Especialmentenas construes e reformas para fins residenciais.

    http://www.curitiba.pr.gov.br/
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    Internacionalizao

    A competncia da engenharia nacional demonstrada pelo grande nmerode empresas que tem contratos no exterior. Para fortalecer ainda mais aindstria nacional, o MDIC criou um programa de exportao de servios deengenharia nas reas de Consultoria de Engenharia e Arquitetura eMontagens e Construo Civil.

    Entretanto, a indstria da construo civil ainda importa bem mais do queseria esperado, dada as competncias existentes no pas. Os materiaiseltricos representam o item individual de maior peso nas importaes.Outros materiais importados so: vidros planos, tintas e PVC.

    Perdas

    Na dcada de 80, o desperdcio na construo civil era estimado em 30%.Uma pesquisa realizada no final dos anos 90 por 16 universidades, com oapoio da Financiadora de Estudos e Projetos FINEP, do Instituto Brasileiro deTecnologia e Qualidade na Construo ITQ e do SENAI-Nordeste, mostrouque a relao de desperdcio ficava em torno de 20%. Entre as causas dasperdas so apontadas a falta de planejamento, a mo-de-obra desqualificadae as falhas de gesto durante a execuo. Mas, segundo o presidente doTeitelbaun Engenharia, Joal Teiltelbaun, as perdas j caram para cerca de5% [1].

    Pesquisa mais recente, realizada pelo Departamento de Engenharia de

    Construo Civil da Escola Politcnica da USP, avaliou o desperdcio em 85canteiros de obras de 75 empresas construtoras em 12 estados, medindo oconsumo e perdas relativos a 18 tipos de materiais e diversos servios. Otrabalho constatou uma grande variao no desempenho entre as empresas,tais como perdas mnimas (2,5%) comparveis aos melhores ndicesinternacionais ao mesmo tempo em que identificaram um desperdcioalarmante (133%). Tambm foram constatadas diferenas dentro de umamesma empresa, de um servio para outro. O estudo mostrou,principalmente, que o desperdcio, em mdia, muito menor que o lendrio edivulgado desperdcio de 30%, ou de uma casa a cada trs construdas. Porexemplo, no caso do concreto usinado a maior perda registrada foi de23,34%, a mdia ficou em 9,59%, e a mediana em 8,41% [2].

    Produtividade

    A produtividade da construo civil no Brasil de um tero da americana.Nos Estados Unidos, a produtividade mdia da mo-de-obra na construoresidencial era de 85 m/mil horas trabalhadas, enquanto no Brasil, de 27m/mil horas trabalhadas. Os nveis mais baixos de produtividade eram osregistrados nas construes para a populao de menor poder aquisitivo,chegando a at 20% da produtividade americana. Conforme estudo daMcKinsey [3], 60% do hiato de produtividade poderiam ser superados com

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    melhorias no planejamento da obra e os 40% restantes com o uso de

    materiais padronizados modulares que, entretanto, exigem avanos naindstria brasileira.

    Uma importante contribuio para o aumento da produtividade e da qualidadedas construes o aumento no percentual mdio de conformidade com asnormas tcnicas dos materiais de construo.

    ComercializaoDe modo geral as moradias no so comercializadas pelas construtoras, poisse trata de um negcio distinto que requer habilidades especficas. Aindaassim, pequenas construtoras se aventuram nas vendas e, para isto, adotamabordagens diferenciadas como a construo pelo preo de custo, onde

    acordado com os proprietrios o pagamento de uma taxa de administrao.Outra prtica comum a venda na planta. Neste caso, uma boa parte dasdespesas de construo bancada pelos compradores, reduzindo anecessidade de capital de giro. Como contrapartida normalmente oferecidamaior facilidade para customizao da obra, como escolha dos pisos erevestimentos e, em alguns casos, at liberdade para mudanas na divisointerna do imvel.

    CooperativasAs cooperativas habitacionais so empresas sem fins lucrativos, formadas porgrupos de pessoas fsicas com o propsito de adquirir imveis por um valormais baixo. As pessoas se renem em nmero mnimo de 20 e criam umacooperativa com estatuto, contrato social, clusulas, sede, foro, etc. Osprprios cooperados decidem o tipo da carteira a ser adotada, ascaractersticas do bem e o valor das mensalidades a serem pagas.

    A administrao das cooperativas habitacionais exercida por um grupo depessoas previamente escolhido e que fiscaliza o trabalho das construtoras,cuida dos pagamentos, define o valor das mensalidades, etc. Mas, o registrona Organizao das Cooperativas do Estado a que pertence e JuntaComercial imprescindvel. Os maiores problemas encontrados emcooperativas habitacionais esto relacionados inadimplncia e aos atrasosnas mensalidades.

    Caso Tenda

    A construtora Tenda, de Minas Gerais, encontrou uma forma diferenciada deconduzir seu negcio. Visando atender a elevada parcela da populao debaixa renda, optou por construir moradias menores e mais baratas, fazendoum financiamento direto, com boletos bancrios mensais, como usual navenda de eletrodomsticos. A unidade padro tem dois dormitrios e rea de45 m2, chegando ao consumidor final por R$ 60.000,00. O baixo custo conseguido com imveis padronizados, feitos em linha de produo e

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    utilizando os materiais mais baratos disponveis no mercado. As casas

    tambm so construdas em grupos de quatro ou dez unidades assim, avenda das primeiras financia a construo das demais. Tambm adotadaelevada terceirizao, com um grupo selecionado de prestadoras de servios.Com este modelo, j foram construdas mais de 25.000 casas e apartamentos.No final de 2006 a empresa, fiel ao seu modelo de negcio, colocou umestande no feiro das Casas Bahia e vendeu cerca de 500 apartamentos [4].

    Casa FcilO Casa Fcil um programa, coordenado pelo CREA, que objetiva ampliar aoferta de moradias dentro das exigncias tcnicas e das exigncias dalegislao municipal. O programa, que objetiva atender famlias com renda deat trs salrios-mnimos, muitas vezes inclui a regularizao de obras

    informais. O trabalho realizado em parceria. A Prefeitura faz a triagem doscandidatos e dispensa o pagamento do alvar. A Associao dos Engenheirose Arquitetos fornece o projeto arquitetnico, muitas vezes personalizado, eorienta a execuo da obra, enquanto o CREA isenta o pagamento da ART. Oprograma atende mais de 300 municpios do Paran e j construiu cerca de140 mil moradias.

    Casa 1.0A Casa 1.0, nome dado em analogia aos carros populares de baixapotncia, uma edificao de interesse social, voltado para moradia defamlias com renda de at 5 salrios mnimos. O programa prev odesenvolvimento de um projeto de conjunto habitacional modular de boaqualidade, com processo construtivo de alta produtividade, por meio daconstruo em srie de um sistema modulado, com a utilizao de kitshidrulicos de plsticos pr-montados, frmas metlicas pr-montadas eparedes em concreto celular ou alvenaria estrutural. As casas tm 40m2 derea construda e 04 cmodos, divididos em sala/cozinha, 02 quartos ebanheiro, com possibilidade de futura ampliao para mais 02 cmodos.

    Exemplo semelhante de construo popular a chamada Casa 1000.Segundo o Sindicato das Indstrias de Cermica para Construo e Olaria noEstado de Minas Gerais, possvel construir uma casa em 4 dias, utilizandoblocos cermicos estruturais, telhas e tubos cermicos para a rede de

    esgoto. O custo estimado como sendo 30% inferior ao da construoconvencional..

    Outro modelo fornecido pela SH, empresa nacional que fornece frmas,andaimes e escoramentos metlicos. A SH lanou um sistema, composto defrmas modulares para paredes em concreto que substituem os tradicionaisblocos e elimina as etapas de alvenaria, que promete reduzir os custos e osprazos da obra. Com o sistema, uma equipe de cinco pessoas monta e

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    desmonta uma casa de 50m em apenas um dia, o que significa uma reduo

    de at 70% de mo-de-obra.TECNOLOGIA DE PRODUOTrs fatores de competitividade so especialmente importantes naconstruo civil. O primeiro a disponibilidade de materiais construtivosbaratos e de qualidade. O segundo so tcnicas construtivas modernas quefazem uso de conjuntos pr-fabricados e reduzem as perdas no canteiro.Finalmente, a adoo de mtodos de gesto que permitam o melhoraproveitamento possvel da infra-estrutura e do pessoal necessrio sconstrues.

    Uma forma de ampliar a produtividade adotar materiais e solues

    diferentes dos tradicionais, fundamentados em concreto, tijolos e argamassa.Como exemplo, temos: gesso acartonado para divisrias internas, soluesem ao para habitao popular, sistema de alvenaria estrutural e de concretocelular, dentre outros.

    Outra o uso de recursos tecnolgicos que dem mais eficincia aoprocesso construtivo. Por exemplo, o emprego de um simples dispositivo desuporte do mangote utilizado no bombeamento de argamassa permite que oservente realize uma atividade que agrega valor, como espalhar aargamassa, ao invs de simplesmente segurar o mangote.

    GestoEmbora as atividades de construo civil tipicamente envolvam ogerenciamento de um grande nmero de atividades e recursos, as tcnicasmais modernas de gesto de projetos, como as recomendadas pelo ProjectManagement Institute PMI e International Project Management AssociationIPMA, raramente so utilizadas. Mas algumas empresas, por exigncia dosclientes, j realizam trabalhos mais elaborados de planejamento, com o usode softwares como o MS Project, ou contratam o gerenciamento e controle deexecuo da obra.

    A prpria certificao ISO9001 ainda vista, pelas empresas de mdio porte,como um esforo burocrtico que no se paga. Assim, muitas contrataram

    consultorias e fizeram algum esforo de adequao, mas acabaramdecidindo no prosseguir com o processo de certificao.

    Outro ponto importante na gesto das empresas o uso de indicadores,tanto para medir o desempenho dos processos de construo quanto paraavaliar a qualidade dos produtos e a satisfao dos clientes. No Canad, porexemplo, usado um ndice de Caminhabilidade para medir a adequaodos passeios e outras reas de circulao de pedestres. Um trabalhointeressante, denominado SISIND-NET, foi desenvolvido pela UFGRS para

    http://www.indicadores.locaweb.com.br/
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    oferecer s construtoras alguns resultados de desempenho que podem ser

    teis como referncias (benchmarks) para o aprimoramento de suasatividades.

    Uma evidncia da importncia da gesto nos negcios da construo dadapelas estatsticas do projeto Construindo o Futuro, realizado em parceria peloSEBRAE/PR, SINDUSCON e FIEP/SENAI. As empresas participantes doprimeiro grupo do projeto tiveram um aumento mdio de receita de aprox.30%, com um aumento na margem de lucro da ordem de 12,8% em 2006.

    Construo enxutaEstima-se que dois teros do tempo despendido pelos trabalhadores em umcanteiro de obras so gastos em operaes que no agregam valor, como

    transporte, espera por material, retrabalhos, etc. Da a importncia de sebuscar novas formas de gesto. Um conceito novo na construo civil aConstruo Enxuta, baseado na Qualidade Total e aplicado inicialmente naindstria automobilstica japonesa. O revolucionrio sistema de produovisava primeiramente atender s necessidades dos clientes ao menor custo.Graas ao sucesso da metodologia, e a universalidade dos conceitos, aproduo enxuta alcanou o status de benchmarkpara os mais diversos tiposde organizaes no mundo todo. O sucesso dessa forma de gerenciamentoda produo passou a ser difundido para vrios outros setores, inclusive o daConstruo Civil.

    Uma anlise muito didtica dos fluxos de materiais e de trabalho em umaobra descrita em trabalho realizado pelo Ncleo Orientado para a Inovaoda Edificao NORIE, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul [5]. Otexto tambm fornece orientaes prticas para a aplicao dos conceitos daConstruo Enxuta.

    Apesar da construo civil se caracterizar pela produo de produtosnicos, no mercado brasileiro verifica-se uma grande semelhana entre oscanteiros, quase todos baseados na mesma organizao da mo-de-obra ebastante limitados quanto s solues adotadas.

    A filosofia gerencial da construo enxuta se baseia nas seguintes premissas

    [6]:1. Reduo das atividades que no agregam valor.2. Aumento do valor de sada atravs da considerao sistemtica dos

    requisitos dos clientes.3. Reduo da variabilidade.4. Reduo do tempo de ciclo.5. Simplificao atravs da reduo do nmero de pessoas, partes e

    ligaes.6. Aumento da flexibilidade de sada.

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    7. Aumento da transparncia do processo.

    8. Foco no controle do processo como um todo.9. Construo da melhoria contnua no processo.10.Balanceamento de melhoria nos fluxos e nas converses.11.Realizao de benchmarking.

    O estudo de um caso real, realizado por pesquisadores da UniversidadeFederal do Cear [6], mostras as seguintes aes de natureza prticaadotadas para viabilizar a aplicao da Construo Enxuta em obras: As entregas dos materiais eram realizadas just-in-time, em pequenos

    lotes e diretamente nos locais onde seriam utilizadas. Diviso da construo em sistemas e no em etapas isoladas assim,

    todos os servios eram analisados de forma global, enfocando as

    possveis alteraes nas demais etapas do empreendimento. Estudo das precedncias das atividades, com verificao das

    dependncias de cada etapa, para identificar as que poderiam serexecutadas simultaneamente e as inovaes que poderiam ser inseridasvisando a agilizar todo o processo.

    Racionalizao do movimento de materiais e mo-de-obra, com aeliminao ou diminuio de todas as atividades de movimentao demateriais ou de mo-de-obra desnecessrias.

    Adoo do conceito de docas, para o descarregamento dos caminhespelos equipamentos de movimentao de materiais da obra diretamenteno pavimento de utilizao do material.

    Como exemplo da aplicao das diretrizes citadas, pode-se citar a colocaodo piso e a execuo das instalaes anteriormente etapa de alvenaria devedao. Tambm foram providenciadas, nos postos de trabalho, condiespara que os operrios no precisassem se deslocar. Deste modo, cadapavimento ganhou mesa para almoo e lanches, local para rede e gua. Asrefeies e lanches passaram a ser entregues no pavimento. A obra nopossua almoxarifado os materiais eram entregues em data prxima da suautilizao, pelo fornecedor, diretamente no local de aplicao.

    QualidadeO esforo governamental para melhorar a qualidade da cosntruo ocorreprincipamente atravs do Programa Brasileiro de Qualidade da Habiltao

    PBQP H. Devido a acirrada concorrncia, os atestados de qualidadeoferecidos pelas certificaes ISO9001 e PBQP-H so usados para conseguiruma diferenciao no mercado

    Apesar de existirem normas para a ampla maioria dos produtos usados naconstruo civil, o mercado est repleto de produtos no-conforme. Parareduzir o problema, SEBRAE, SENAI e SINDUSCON esto desenvolvendo oprojeto Fornecedor de Qualidade, que avaliza as empresas com bonsresultados tcnicos. A Associao dos Fabricantes de Lajes Pr-Moldadas do

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    Norte do Paran tambm criou um Selo de Conformidade para as empresas

    associadas.

    Pesquisa realizada pela Universidade Tecnolgica Federal do ParanUTFPR, entre julho e setembro de 2006, mostrou que 94% dos blocoscermicos vermelhos (tijolos) a venda em Curitiba no atendem aosrequisitos da norma 15270 da ABNT. Alm dos riscos para a qualidade finaldas obras, as no-conformidades aumentam a produo de resduos. Oesforo para a normatizao e certificao dos produtos de cermicavermelha est sendo conduzido por meio do Programa Setorial de QualidadePSQ.

    Mo-de-obra

    A indstria da construo civil um dos maiores empregadores do pas eoferece oportunidades para um nmero muito elevado de pessoas compouca ou nenhuma qualificao, que comeam como ajudantes ecarregadores. Em decorrncia, apesar da contribuio social pois muitosdestes empregados acabam buscando capacitao e progridem no meio huma baixa produtividade e um elevadssimo ndice de ocorrncia deacidentes.

    Para superar a dificuldade, as empresas de maior porte adotaram programasinternos de alfabetizao e treinamento entretanto este esforo prejudicadopela rotatividade da mo-de-obra, que das mais elevadas.

    Tambm h um movimento incipiente na indstria para a aplicao daremunerao por desempenho, atravs de bonificaes associadas aocumprimento de metas.

    OramentaoA soluo tradicional para oramentao de obras civis so as tabelas PINI,que tem composies de custo para as mais diversas situaes. Tambmexistem diversos softwares que acessam bases de dados atualizadas,simplificando a tarefa.

    A Gerncia de Inovao e Acesso Tecnologia do SEBRAE est conduzindo

    um projeto de incentivo ao Comrcio Eletrnico na Indstria da ConstruoCivil, para que se constitua em uma ferramenta de qualidade, produtividade ecompetitividade. Como resultado deste tipo de iniciativa, o prprio processode oramentao dever sofrer mudanas.

    MadeiraEmbora exista um elevado uso de madeira em estruturas, principalmente paratelhados, no Brasil falta cultura de uso da madeira na construo civil. Afacilidade de construo e a disponibilidade de matria prima que existia at a

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    pouco tempo, tornaram a casa de tbuas e sarrafos muito popular. Como

    conseqncia, as casas de madeira passaram a ser vistas, no Brasil, comocoisa de pobre. Nas construes para o pblico de maior poder aquisitivo ouso da madeira se concentra em pisos, forros, vigas parentes, prgulas edecks de madeiras nobres.

    As casas pr-fabricadas so feitas de madeira tropical, quando poderiam serfeitas em Pinus, com o uso da tecnologia adequada.

    Concreto

    O concreto pode ser produzido na obra, com o auxlio de misturadoras oubetoneiras, ou comprado pronto. Com a reduo do custo, mesmo obrasrelativamente pequenas, com uma nica laje, esto passando a comprar o

    concreto pronto, fornecido por empresas especializadas que garantem aqualidade do produto entregue.

    Outro material o Concreto de Alto Desempenho CAD 90, que apresenta umaresistncia de 90 MPa o triplo dos produtos convencionais e que permiteconstruir estruturas mais leves, com economia de ao e mo de obra. Estetipo de concreto obtido com uma baixa relao gua/aglomerante, o uso deslica ativa e de aditivos superfluidificantes. Por ser um produto inovador, seuuso no previsto na norma NBR6118.

    CalO grande nmero de pequenos produtores de cal, muitos na informalidade,torna este mercado inseguro para a indstria da construo civil. Assim,diversas iniciativas tm sido feitas com a finalidade de garantir a qualidade dacal. Destas, a mais bem sucedida parece ser a da Associao Brasileira dosProdutores de Cal, que fornece tanto listas de produtores certificados quantode produtores que no atendem s exigncias de qualidade.

    Argamassas

    O mercado rico em variedades de argamassas, adesivos, colantes eimpermeabilizantes. Cada produto tem caractersticas adequadas a aplicaesespecificas, como: reas internas ou externas, para porcelanatos, etc. Estaespecializao, que oferece uma srie de vantagens, acaba exigindo, em

    contrapartida, uma maior capacitao para a seleo e aplicao, para que osbenefcios prometidos sejam efetivamente obtidos.

    As argamassa so classificadas, segundo a sua finalidade, em argamassaspara assentamento e revestimento de paredes e tetos. As argamassasindustrializadas para aplicao de revestimentos cermicos so conhecidascomo argamassas colantes. Elas apresentam os tipos AC-I (para uso interno),

    AC-II (uso externo), AC III e AC III.

    http://www.abpc.org.br/
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    As argamassas para assentamento so usadas para unir blocos ou tijolos das

    alvenarias. Servem tambm para a colocao de azulejos, tacos, ladrilhos ecermica. As trs primeiras fiadas de uma parede de blocos ou tijolos devemser revestidas inicialmente com uma camada de argamassa deimpermeabilizao, que protege a parede contra a penetrao da umidade.

    As superfcies das paredes e tetos devem receber uma camada de chapisco,qualquer que seja o acabamento. Sem o chapisco, que a base dorevestimento, as outras camadas podem descolar e at cair. Em alguns casos,como em muros, esse pode ser o nico revestimento.

    Sobre o chapisco aplicada uma camada de massa grossa ou emboo, pararegularizar a superfcie. Por ltimo, vai a massa fina ou o reboco, que d o

    acabamento final. Em alguns casos no usado o reboco, por motivo deeconomia.

    Azulejos, ladrilhos e cermicas so aplicados sobre o emboo. O acabamentode paredes mais econmico o cimentado liso, aplicado diretamente sobre ochapisco. O chapisco, o reboco e o emboo no so usados em pisos. Ocimentado o piso de argamassa mais econmico.

    Um Guia das Argamassas nas Construes [7], que descreve de forma clarae sria o preparo das argamassas feitas com cal hidratada, cimento, areia egua, fornecido gratuitamente pelaAssociao Brasileira dos Produtores deCal. A associao tambm oferece consultas gratuitas sobre este material.

    Argamassa estabilizadaO uso da argamassa estabilizada, devido ao elevado perodo de cura (36 ou72 horas) oferece uma grande flexibilidade aos construtores. Nas obras, otradicional que a primeira atividade seja o preparo da argamassa que vai serutilizada no dia. Com o uso da argamassa estabilizada, o material entregueno dia anterior e estocado em tanques, estando pronto para uso no incio da

    jornada de trabalho. Mesmo nos fins de semana, com o uso da argamassa de72 horas, a descarga pode ser feita na sexta-feira e, sem prejuzo para aqualidade da obra, ter sua aplicao feita apenas na segunda-feira.

    Lajes

    A tcnica de fabricao das lajes pr-moldadas tem evoludo, para reduzir oconsumo de materiais e torn-las mais leves. Para isto so usadas formasmetlicas que aumentam os espaos vazios, sem prejuzo para a resistncia.

    Para reduzir o custo e o peso, os blocos de cermica usados nas lajestreliadas esto sendo substitudas por EPS, com uma tela superior de ferro.Uma dificuldade tcnica, ainda no bem resolvida, a aderncia da massa na

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    parte inferior do material. A matria-prima para a confeco de lajes treliadas

    vem de So Paulo.

    Na montagem dos ferros, na construo das lajes, j comum o uso deespaadores de plstico, reduzindo os riscos dos ferros ficarem prximos parede e sofrerem ataques corrosivos, especialmente em ambientesindustriais ou com maresia.

    No suporte das lajes, durante a etapa construtiva, as escoras de madeira normalmente eucalipto esto dando lugar ao escoramento metlico.

    Para a oramentao, j que se trata de produto feito sob medida, pode serusado o software Trelias.

    Tilt-upImplantada no Brasil h muitos anos, a tecnologia do tilt-up est em francaevoluo e cada vez mais os construtores esto percebendo as vantagens dosistema. O sistema baseia-se na fabricao de placas de concreto de grandesdimenses, autoportantes, que tm funo estrutural e de fechamento. Essasparedes podem apresentar as mais variadas formas e texturas, so moldadasem concreto armado e executadas no prprio canteiro de obras, utilizando asuperfcie do piso como frma na posio horizontal.

    Segundo especialistas no setor, o sistema tilt-up s no mais utilizado noBrasil porque ainda faltam conhecimento e domnio dessa tecnologia por partedos arquitetos e projetistas. De acordo com seus defensores, o tilt-up ofereceexcelentes resultados em termos de criao, exclusividade e personalizao,o que tem muito a ver com a criatividade e talento dos profissionaisbrasileiros. Entretanto, esse potencial fica reduzido pela falta de recursostcnicos. Isso faz com que o arquiteto seja, em determinados pontos, refm daconstrutora ou do engenheiro construtor.

    Um dos principais destaques do sistema tilt-up sua versatilidade e apossibilidade de utilizao em qualquer tipo de construo. Outro pontopositivo que o tilt-up no necessita do transporte do produto de um centrofabricante at o local da obra. Essa caracterstica pode ser uma das

    explicaes para o fato de o sistema j estar disseminado em pases tambmcontinentais como Estados Unidos, Canad, Austrlia e Mxico.

    Visando difundir a ampla variedade de possibilidades de uso, foi criada a TCA- Tilt-up Concrete Association, que anualmente promove o Tilt-up Awards, quepremia obras que se destacam pelo uso da tecnologia.

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    PVC

    O uso de esquadrias e janelas em materiais plsticos j no uma novidade,mas os novos modelos, em materiais com maior resistncia e com designmais sofisticado, incluindo possibilidade de vidros duplos e outros recursos,esto mudando as tcnicas de construo. Tambm tem ampliado o uso emforros.

    O PVC suporta ambientes entre -10C e 70C, sendo imune a cupins e acorroso, alm de no propagar fogo. Alm do custo reduzido e dasfacilidades de manuteno, as possibilidades de reciclagem tambm tm sidousadas como argumento de venda.

    Policarbonato

    O uso do policarbonato para coberturas transparentes encontra utilizao emprotees, passarelas, garagens, piscinas e reas industriais. Devido leveza, um produto bastante utilizado em sistemas de cobertura mvel,geralmente acionadas por motores eltricos, permitindo que os usuriosusufruam do clima apenas quando conveniente.

    Construes metlicas

    O setor siderrgico aponta as seguintes vantagens da construo em metal,em relao construo convencional: Reduo dos prazos de construo, com fabricao industrial e seriada Reduo das perdas de materiais e de mo de obra Reduo das fundaes, devido ao menos peso prprio Enobrecimento da mo de obra Reduo do impacto ambiental, pois o ao totalmente reciclvel e diminui

    o uso de madeiras para as formas de concreto Facilidade para futuras reformas, ampliaes e recuperaes da estrutura.

    Os sistemas construtivos em metal mais conhecidos so: Casa Fcil Gerdau Estrutura para Telhado em ao zincado, Sistema Modular Misto e Alvenaria

    Leve, da CSN Usiteto, da Usiminas

    Como forma de popularizar o uso de seus produtos na construo civil, o setorsiderrgico criou o manual Edificaes Habitacionais ConvencionaisEstruturadas em Ao: Requisitos e Critrios Mnimos para Financiamento pelaCAIXA. E, com o apoio da Caixa Econmica Federal, do SindusconSP e defabricantes, est elaborando um manual para o sistema construtivodenominado Steel Framing,

    http://www.usiminas.com.br/ext/steelframe/index.htm
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    Isolantes trmicos

    Embora as condies climticas do Brasil sejam menos exigentes que naEuropa, por exemplo, a utilizao de materiais isolantes trmicos temaumentado na construo civil. Esta tendncia decorre do aumento do poderaquisitivo, que leva a uma maior exigncia de conforto, e a preocupaoambiental de reduzir o consumo de energia, seja para aquecimento, seja pararesfriamento.

    Os principais isolantes trmicos utilizados na indstria da construo civil so:L de rocha

    A l de rocha , produzida a partir de rochas baslticas com at 15% de Fe2O3e seu principal uso na construo civil como isolante acstico,L de vidro

    Do mesmo modo que a l de rocha, seu uso na construo civil bastantelimitado no pas. Sua utilizao mais comum na forma de dry walls,coberturas e isolamento acstico. produzido por uma nica empresa noBrasil.Silicato de clcioSeu uso mais comum em instalaes industriais e caracteriza-se porelevada resistncia mecnica.IsoporDevido s caractersticas isolantes e sua facilidade de manuseio, associadas baixa densidade, o isopor o material isolante mais comum nas construes.

    TintasO Brasil o 5 maior plo produtor de tintas, com 968 milhes de litrosproduzidos em 2006.Os trabalhos de pesquisa, que j comeam a influenciar o mercado,concentram-se nos aspectos ambientais, reduzindo a utilizao de pigmentosperigosos e minimizando as emisses de compostos orgnicos volteis VOC.

    Tcnicas construtivasEscoramento metlicoO uso do escoramento metlico, alm dos benefcios ambientais em relao madeira, oferece uma maior produtividade na montagem, j que as peastm sempre as mesmas dimenses. Aquelas com cabeote removvel ainda

    permitem que as formas, vigas e travessas sejam removidas para outroestgio da obra sem deslocar a escora de seu ponto de apoio, permitindoestender o tempo de cura sob escora.

    Formas em polipropilenoUma alternativa ao uso do concreto celular, blocos de concreto, tijoloscermicos e ao isopor nas lajes nervuradas a adoo de formas empolipropileno. Dentre as vantagens apontadas est a no incorporao do

    http://www.atex.com.br/
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    material construo, a possibilidade de locar as formas e a reduo de

    custo da obra.

    SculoO sculo um elemento de ligao do piso acabado, que antecede avedao vertical e incorpora o futuro rodap. caracterizado por rodapsparalelos conformados por espaador e forma travada por escora telescpicaao teto e vazio preenchido com argamassa de gesso ou cimento.

    Escada industrializadaTrata-se de uma soluo mista, de concreto e ao. O produto, premiado noConcurso Falco Bauer, caracteriza-se por possuir duas vigas metlicaslongitudinais paralelas que apiam vigas transversais de concreto alveolar.

    Os degraus so ligados entre si por insertsmetlicos removveis.

    Sistemas prediaisSo conjuntos pr-montados, composto por inovaes na utilizao de itensrelacionados a instalaes prediais, como shafts, ralo sifo, caixa sifonada,ligaes flexveis e gua pluvial por pavimento. O ralo sifo (ralo sifonado dePVC sem tampa) substitui o sifo e as vlvulas convencionais. A caixasifonada externa colocada no shaft ou na parede. As ligaes flexveispermitem a mudana das conexes por mangote de automvel. gua pluvialpor pavimento so conjuntos ralo (reduo excntrica) tubo que escoam emefeito cascata.

    Emolduramento de perfilados e extrudados uma soluo mista de ao e argamassa que se caracteriza por possuiralma e banzo de perfilados (de baixa espessura) argamassados. Essacaracterstica promove maior flexibilidade, diminuio do custo e elevao daprodutividade.

    Outras experincias inovadoras

    Muitas experincias esto em andamento visando utilizao de materiaisno convencionais para a construo de moradias de baixo custo. NaUniversidade Estadual de Londrina UEL est em estudo um sistema complacas leves de alto desempenho e ossatura de madeira de reflorestamento

    que ter seu primeiro prottipo construdo ainda em 2007.A inovao tambm ocorre nos materiais construtivos. Os seguintes produtosexemplificam:

    Armaes de blocos e sapatasA Flexfer desenvolveu um sistema de armao de blocos e sapatas noformato contnuo. Trata-se de duas molas que, colocadas na posio correta,isto , uma dentro da outra na posio transversal, so abertas e amarradaspelas extremidades, formando o bloco. A mesma empresa produz um estribo

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    contnuo, para vigas e colunas, que simplifica a montagem e economiza

    material e mo-de-obra.

    Concreto reforado com fibrasA adio de fibras ou fitas de materiais inertes, como o polipropileno, massa de concreto, melhora suas qualidades mecnicas. O maior benefcioapontado pelos fornecedores de fibras para este uso que a distribuioirregular das fibras aumenta a resistncia tridimensional dos blocos, emcomparao com o reforo uni ou bidimensional das malhas metlicas.

    As fibras so adicionadas ao concreto em sua fase de mistura (com osagregados grados ou aps a completa mistura), seja ela na usina deconcreto ou mesmo na prpria obra (recebimento do concreto). A adio

    simples, bastando lanar os sacos hidrossolveis contendo fibras,diretamente no caminho betoneira, ou na prpria esteira de abastecimento.Dado o carter inovador do produto, dos quais o Concrefil e o Forta Ferro soexemplos, os fornecedores oferecem assistncia tcnica e orientao.

    CaseCasa Prtica

    Os painis Wall System, criados pela MVC, do grupo Marco Plo (So Josdos Pinhais PR) so formados por lminas de plstico reforado e recheadoscom fibra de vidro suportado por uma estrutura em ao. As construes comeste material, conhecidas como Casa Prtica, podem ser montadas em 10dias e tem isolamento trmico e acstico, alm de serem a prova de fogo. Osistema eltrico vem no kit e a montagem praticamente no gera resduos.

    Este tipo de construo consegue financiamento da Caixa EconmicaFederal e apresenta custo baixo, comparativamente construoconvencional uma casa de 63m2, com portas e janelas, sai poraproximadamente R$ 48 mil. A tcnica tambm permite construes maiores,como uma escola de 5.352m2, em dois pavimentos, construda recentementeem Angola. Em 2006 a empresa comercializou 18.000m2.

    SimuladoresQuando Itaipu foi construda, na dcada de 70, muito do esforo de projeto foifeito a partir de um modelo em escala construdo no Centro Politcnico da

    UFPR. Naquela poca, esta era a tecnologia mais sofisticada para avaliar osfluxos hdricos e os esforos hidrodinmicos de um projeto complexo.

    Atualmente, este tipo de estudo feito com a ajuda de softwares sofisticadosque permitem, a custo bastante reduzido, avaliar alternativas e testarmodificaes, contribuindo muito para a qualidade e baixo custo da obra final.

    http://www.sofibras.com/downloads/Fibra%20Forta.pdfhttp://www.orpecengenharia.com.br/
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    Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat

    O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat PBQP-H foiinstitudo pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Presidncia daRepblica e, alm da habitao, cobre tambm as reas de saneamento einfra-estrutura.

    Para incentivar a participao das empresas no programa, diversasentidades, como a Caixa Econmica Federal e governos estaduais,passaram a exigir a qualificao das empresas construtoras, conformeprevisto no Sistema de Qualificao de Empresas de Servios e Obras (SiQ-Construtoras) do PBQP-H. Isto significa que somente so concedidosfinanciamentos para a indstria de materiais de construo e paraconstrutoras que tenham aderido ao PBQP-H.

    A Portaria 127, do INMETRO, que estabelece as exigncias dimensionaispara componentes cermicos para alvenaria como blocos, tijolo macio,elemento vazado e canaletas levou as empresas a reduzir a variedade deblocos oferecidos ao mercado.

    O sucesso do Programa pode ser medido, por exemplo, pelo indicador deconformidade da cal que, h 12 anos, estava prximo de 65% e que j estperto de 90%, que a meta do PBQP-H para a conformidade mnima dosprodutos que compe a cesta bsica de materiais de construo.

    Andaimes e elevadoresA construo civil, mesmo de obras com um nico piso, exige a utilizao deandaimes. Embora nas construes mais simples ainda seja comum o uso depranchas de madeira colocadas sobre cavaletes, cada vez mais comum ouso de andaimes metlicos. Dentre as vantagens destes esto a facilidade ea flexibilidade de montagem e desmontagem, a oferta de acessrios comoescadas acoplveis, sapatas e rodzios. Muitos sistemas de andaimesmetlicos tambm contam com plataformas antiderrapantes e suportes pararodaps, necessrios para garantir a segurana dos trabalhadores e atenderaos requisitos da NR18. Para o trabalho vertical tambm so usadoselevadores a cabo, para pessoal e carga, e guinchos. Nas etapas definalizao das obras, em reformas ou em pinturas, os andaimes tm sido

    substitudos por cadeirinhas de alpinista, que exigem pessoal maisqualificado, mas tornam as operaes mais rpidas e baratas.

    Sistemas de aquecimento

    O mercado oferece um grande nmero de recursos para controle trmico dosambientes. Desde os tradicionais sistemas de ar condicionado e de calefaopor resistncias eltricas at sistemas para deslocamento das coberturas esistemas computadorizados que ajustam venezianas que protegem o interiorda luz do sol.

    http://www.inmetro.gov.br/http://www.inmetro.gov.br/rtac/resultado_pesquisa.asp?seq_classe=1&sel_tipo_ato_legal=1&sel_orgao_regulamentador=--&sel_categoria=3&num_ato=127&ano_assinatura=2005&palavra_chave=http://www.cidades.gov.br/pbqp-h
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    Um produto de aplicao mais recente e que est se popularizando nas

    construes para o mercado de maior poder aquisitivo, apesar do custo e dosreflexos ambientais que o maior consumo de energia traz, so os pisosaquecidos. O mercado oferece uma grande variedade de tecnologias deaquecimento, destacando-se os baseados em resistncias eltricas. Mas,sistemas que fazem uso de gua quente, e que podem ser acoplados aaquecedores solares, tambm esto venda.

    Outras tecnologiasFormas metlicas - A EDIPLAN, empresa incubada na INTERP do Pantanal,desenvolveu um sistema de construo baseado em formas metlicas queprovoca uma sensvel economia de tempo e de custos na construo, aomesmo tempo em que facilita o uso de materiais alternativos, como garrafas

    PET, lascas de pneus e isopor [8].

    Elevador hidrulico - Nas construes com diversos pisos, mas com alturalimitada, cada vez mais comum a adoo do elevador hidrulico.

    Escada industrializada Soluo mista de concreto e ao. Caracteriza-se porpossuir duas vigas metlicas longitudinais paralelas que apiam vigastransversais de concreto alveolar. Os degraus so ligados entre si por insertsmetlicos removveis. A execuo das escadas nas obras so demoradas ecomplicadas quando so pr-fabricadas necessitam de equipamentos demovimentao maiores, como a grua, o que inviabiliza o uso em obraspequenas. A utilizao desse elemento inovador possibilita ganhos emprodutividade, padronizao, agilidade na montagem, baixo custo ediminuio do desperdcio. Outro fator importante a no exigncia deacabamento da escada aps a sua montagem.

    Jacking pipe - Outra tcnica de construo que ainda novidade nomercado, denominado jacking pipe, consiste em executar tneis pelacravao direta de tubos de concreto, evitando interferir na superfcie.Tambm comeam a ser usados tubos de concreto para guas pluviais com

    junta elstica, resultando em uma rede estanque e com maior velocidade deexecuo.

    Sistema Concreto-PVCUm sistema construtivo inovador, que est sendo comercializado pela RoyalBrasil Technologies, faz uso de perfis leves e modulares de PVC, de simplesencaixe, que so preenchidos com concreto e ao. Este sistema dispensa oacabamento e promete elevada durabilidade.

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    Tecnologias obsoletas

    Dentre as tecnologias que esto caindo em desuso temos:- O uso da cal, para dar plasticidade argamassa o produto est sendosubstitudo por um silicato.- Peneiramento da areia na obra, mesmo para uso nas massas derevestimento.

    Segurana do Trabalho

    A indstria da construo civil uma das campes de acidentes no Brasil.Assim, aes no sentido de prevenir acidentes, ou minimizar seus efeitos,so particularmente importantes para o setor.Programas como o Trabalho Seguro e Saudvel, gerenciado pelo Ministriodo Trabalho e Emprego MTE, e o Programa de Sade e Segurana,administrado pelo Servio Social do SINDUSCON/PR, com o apoio doSENAI, so algumas das iniciativas que buscam melhorar a situao.

    S recentemente as construtoras incluram o tema ergonomia em sua pautade preocupaes e, portanto, os resultados ainda so incipientes.

    TECNOLOGIA DE PRODUTOSOs produtos da construo civil tm muitas caractersticas de desempenho edurabilidade estabelecidas pelos materiais e tecnologias usadas, alm daforte influncia do projeto original. Assim, projetos realizados com respeito

    ecolgico ou voltados para baixo custo de conservao acabam influenciandotoda a vida til das construes. Destacamos, a seguir, alguns pontosrelevantes para tais resultados:

    Materiais construtivos

    Telhas e tijolos cermicosMesmo sendo os materiais mais tradicionais, sua qualidade ou falta de afetam de forma decisiva a gerao de resduos na obra e podem criarproblemas na conservao. Produtos certificados, existentes em grandequantidade no mercado, deveriam ser de uso comum. Mas, devido prticada compra por milheiro, mesmo as dimenses de muitos blocos cermicosencontrados no varejo esto abaixo do estabelecido em norma.

    CimentoO cimento portland fabricado com calcrio, argila, gessos e outros materiaisdenominados adies. Devido necessidade de instalaes grandes e caraspara sua produo, o mercado de cimento atendido exclusivamente porempresas de porte que atendem s exigncias das normas de qualidade,garantindo produtos confiveis.

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    Pela mesma razo, a indstria cimenteira est buscando se ajustar as

    exigncias ambientais e participa ativamente de busca de solues. Um frumusado a Iniciativa de Sustentabilidade da Indstria Cimenteira (CSI Cement Sustainability Initiative).

    Pisos cermicosOs pisos cermicos, a princpio, eram destinados a revestimento debanheiros, cozinhas e ambientes em que se utiliza gua. Com a evoluo dastcnicas de vidrao e decorao, seu uso foi se diversificando, ganhandolugar nos ambientes mais nobres das residncias. Alm disso, para efeitodecorativo e s vezes monocromtico, os pisos cermicos passaram a serusados, tambm em todas as paredes dos banheiros, cozinhas e outrasreas molhveis.

    Com o avano da tecnologia, as dimenses dos pisos e azulejos, que erampequenas (entre 25 cm2 e 225 cm2), j chegaram a 4.000 cm2 (40 cm x 100cm) e devem continuar a crescer. Alm do aspecto esttico, o aumento dasdimenses visa economia industrial, facilidade de assentamento e eliminao de juntas, consideradas locais de acmulo de sujeira.

    Este tipo de produto bastante sujeito modismos e, em residncias de altopadro, sofre substituio com razovel freqncia, com o intuito de seadequar ao visual do momento. Isto, s vezes, feito pela mudana daestampa, s vezes, pela troca de tamanho das peas e, mais recentemente,pela incluso de peas acompanhadas de faixas decorativas.

    PastilhasAs pastilhas, ou mosaicos, so peas de pequenas dimenses (mximo de5,0 cm x 5,0 cm) utilizadas para revestimento de paredes e pisos. O processode fabricao semelhante ao de azulejos ou de pisos e a massa decermica branca, como a de azulejos ou de porcelanas. A oferta, entretanto, mais limitada, j que existem apenas trs fabricantes no pas.

    Mrmores e granitosPor se tratar de material natural, suas caractersticas no so uniformes. Suaimagem est associada a custo elevado e sua aplicao ocorreprincipalmente em construes de alto padro. No h norma reguladorareferente aplicao de rochas na construo civil. As normas disponveisvisam caracterizao tecnolgica e algumas especificaes, tambmdisponveis, fornecem elementos bsicos para avaliao do material.

    O procedimento para especificar material para uma determinada obra caracteriz-lo tecnologicamente com vista aplicao desejada. Nacaracterizao feito o reconhecimento da rocha e a definio do tipo que

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    ser considerado padro. Essa caracterizao feita por meio de ensaios

    tecnolgicos normalizados.

    A American Society for Testing and Materials ASTM especifica os valoresmnimos para algumas propriedades, entre elas a flexo, para avaliao domaterial a ser utilizado em algumas aplicaes como, por exemplo, emfachadas. Mas os nmeros servem apenas de guia e refletem a resistnciana espessura determinada na norma. Caso sejam encontrados valoresinferiores, no implica na sua no aceitao, pois caso se mude a forma ou aespessura, eventualmente o material poder ser utilizado.

    Os mrmores e granitos encontram nas peas cermicas um forteconcorrente nas aplicaes de maior volume, como pisos. Nas aplicaes em

    tampos e bancadas acaba competindo com o ao e com alguns plsticosespeciais.

    MadeiraA ausncia de padronizao uma das queixas freqentes do setor deconstruo civil, sendo, portanto, necessrio tomar medidas efetivas para aresoluo desse problema. De qualquer modo, existem normas referentes aodesempenho e dimenses das peas, assim como sobre tratamentosqumicos que contribuam para aumentar a sua durabilidade.

    VidrosOs vidros, que antes eram usados apenas nas aberturas, freqentemente so

    utilizados para revestir toda a construo, principalmente edifcios, devido beleza e resistncia s intempries. O mercado oferece vidros planos ecurvos, alm de grande variedade de cores e espessuras.

    AoAs estruturas de ao ainda no so comuns nas construes para finsresidenciais. Para reverter este quadro, o setor siderrgico est divulgando omanual Edificaes Habitacionais Convencionais Estruturadas em Ao:Requisitos e Critrios Mnimos para Financiamento pela CAIXA. A indstriatambm est elaborando o Manual para o Sistema STEEL FRAMING, comoforma de popularizar seus produtos. O ao corresponde a 75,5% dasesquadrias usadas no mercado nacional, enquanto o alumnio fica com 12,6%,a madeira com 11,3% e o PVC com apenas 0,6%.

    AlumnioO alumnio usado especialmente em esquadrias. Devido influnciaeuropia, tambm est aumentando a aplicao na forma de perfis,componentes e acabamentos.

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    Gesso

    O gesso, embora tradicional na construo, ainda usado essencialmenteem acabamentos e em solues de decorao. Com a disseminao dostetos falsos, a demanda pelo produto tem crescido bastante. A aplicao dogesso acartonado para divisrias internas tambm tem ampliado suautilizao.

    Placas e painisA utilizao das placas de fibrocimento criou toda uma linha de produtos eacessrios como: elementos de fixao e tratamento de juntas, isolantes, etc.Este tipo de material, principalmente na forma de paredes duplas comisolante termo-acstico no interior, muito utilizado no exterior, mas, porrazes culturais, ainda no tem ampla aceitao no mercado brasileiro.

    Novos materiais

    A indstria da construo civil est passando por uma fase de grande avanotecnolgico. Assim, alm dos materiais clssicos, como a madeira, tijoloscermicos e o concreto, inmeros outros produtos esto sendo incorporadosaos processos construtivos. Destacamos:

    Granito sintticoTrata-se de um produto conhecido como SSM sigla de superfcie slidamineral produzido a partir de resduos cermicos que pode substituir granito,mrmore, frmica e at ao inoxidvel. A comercializao, feita pela DuPontsob a marca Corian, ainda est concentrada na produo de cubas para pias,balces e bancadas para cozinhas e hospitais.

    Malhas de polisterO uso de malhas de polister, intercaladas com camadas de terracompactada, apesar de fazer uso de materiais importados (malha Huester)representa uma soluo prtica para a construo de muros de conteno.Este tipo de produto j foi aplicado na extremidade leste do sistema de tneisferrovirios existente em Maring.

    CeluloseO Centro de Pesquisa e Desenvolvimento CEPED, da Bahia realiza estudos

    sobre argamassa celulsica, ou reciclagem de papel como material deconstruo civil, h duas dcadas. Foram testadas fibras de coco, sisal,piaava, bambu e cana-de-acar, entre outras. A maior dificuldade pareceser a decomposio da lignina, que acaba fragilizando o produto final. Asoluo est sendo encaminhada pelo uso de tratamentos prvios e pelaadio de fibras sintticas. A USP tambm conduz pesquisas para uso defibras celulsicas na pasta de cimento. Um reboco celulsico fabricado compapel reciclado - apresenta grande vantagem de isolamento trmico e j comercializado no sul do pas pela Paretrmica.

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    SERVIOS TECNOLGICOSA indstria da construo civil se apia em diversos prestadores de serviostcnicos.

    A USP e o SEBRAE oferecem um servio, denominado Disque-Tecnologia,que oferece solues. Consultas tcnicas tambm so respondidasgratuitamente pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas SBRT e pelaEMBRAPA. Entretanto, tais servios so praticamente desconhecidos dospequenos empresrios.

    A Rede de Tecnologia do Paran - RETEC/PR fornece informaes eservios de cunho tecnolgico ou relacionados gesto empresarial Dentre

    os servios oferecidos esto levantamentos bibliogrficos, informaestcnicas sobre processos, produtos e mercado, alm de informaes sobrelinhas de financiamento para micro, pequena e mdia empresa voltadas capacitao tecnolgica e gesto empresarial.

    Certificaes

    O TECPAR faz a certificao de conformidade das empresas construtorassegundo o PBQP-H.

    A Associao Brasileira de Cimento Portland ABCP criou um selo dequalidade para blocos de concreto, com o intuito de certificar a conformidade

    dos produtos com as Normas Brasileiras e, dessa forma, contribuir para amelhoria da qualidade dos sistemas construtivos base de cimento. Osprodutos so certificados quanto suas dimenses, sua aparncia, suadurabilidade e quanto resistncia adequada a sua aplicao. Os produtoresfiliados ao Programa qualificam-se para atender s obras financiadas pelosgovernos federal, estadual e municipal, bem como a todo tipo de edificaocujo empreendedor exija o atendimento ao PBQP-H e ao Cdigo de Defesa doConsumidor.

    AAssociao Brasileira dos Produtores de Cal ABPC mantm o Programa daQualidade da Cal Hidratada para a Construo Civil, que avalia osfabricantes a cada 3 meses e publica uma relao no site do Programa

    Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat PBQP-H.

    O Centro Cermico do Brasil CCB um organismo credenciado peloINMETRO para realizar a certificao da qualidade de telhas e blocoscermicos. A instituio fornece orientaes e um roteiro s indstrias quedesejam certificar seus produtos, alm de executar os ensaios de avaliao.

    O Programa Brasileiro de Certificao Florestal - CERFLOR foi desenvolvidopelo Sistema Brasileiro de Avaliao da Conformidade SBAC e implantado

    http://www.ccb.org.br/http://www.cidades.gov.br/pbqp-h/fabricantes.htmhttp://www.abpc.org.br/http://www.tecpar.br/http://www.pr.retec.org.br%29/http://sbrt.ibict.br/
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    e gerenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade

    Industrial - INMETRO.

    A United States Green Building Council USGBC fornece a certificaoLeadership in Energy and Environmental LEED, levando em conta osconceitos que caracterizam um edifcio ecologicamente correto em todo omundo os critrios incluem a utilizao de madeira certificada, o reuso dagua e o aproveitamento das energias solar e elica.

    O SENAI/MG conduz um programa de certificao de profissionais daconstruo civil.

    Patologia das construes

    As construes so projetadas para uma determinada vida til. Mas, paraque sua durao seja a planejada, so necessrias atividades demanuteno como pinturas peridicas, eliminao de trincas, etc.Construes que no sofrem as manutenes necessrias, ou que estosujeitas a condies ambientais muito severas, como aquelas prximas aambientes industriais ou sujeitas ao ar marinho, tendem a degradar maisrapidamente. Tais construes, que apresentam deformaes ou sofremataques qumicos ou biolgicos, precisam ter suas patologias corretamenteidentificadas para que possam ser corrigidas da forma mais barata e eficazpossvel.

    O trabalho de anlise das patologias, realizado por profissionaisespecializados, complementado pelos resultados de anlises fsicas equmicas realizadas por laboratrios especializados.

    Destinao de resduos

    O reaproveitamento dos resduos de construo e entulhos de demolioexige tecnologias especficas. Uma entidade que oferece conhecimentosamplos nesta rea o Laboratrio de Tecnologia Ambiental, doDepartamento de Engenharia Qumica da UFPR.

    Outras organizaes so focadas em dar destinao a produtosselecionados, como, por exemplo, a Comrcio de Tintas Piquiri Ltda. que

    atua na reciclagem de tintas, vernizes e solventes. A Piquiri tambm utilizaborras de gesso sobra de obras como carga na produo de tintas, com obenefcio ambiental adicional de reduzir a necessidade de minerao dematrias-primas para esta funo.

    Ensaios e anlises qumicasAnlises fsicas e qumicas para verificao do atendimento aos requisitosdas normas construtivas e avaliao das caractersticas das construespodem ser obtidas junto a diversas organizaes.

    http://www.usgbc.org/DisplayPage.aspx?CMSPageID=64http://www.usgbc.org/
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    Dentre os servios tcnicos mais comuns destacam-se:

    Extrao de testemunho de concreto

    Teste de aderncia de revestimento de argamassa Determinao do teor de cloretos

    Alm dos laboratrios privados, muitos laboratrios de universidadesrealizam testes e ensaios. A oferta de servios laboratoriais, porm, estconcentrada nas regies Sudeste e Sul. Os laboratrios de avaliaoexercem importante papel de validao junto aos sistemas construtivosinovadores, devido s exigncias das entidades financiadoras de vincular aliberao dos recursos a sistemas construtivos avaliados e testados.

    O laboratrio de Furnas (GO) efetua testes de sistemas construtivos, tais

    como avaliao de desempenho durabilidade (simular vida til de 30 a 50anos de uma habitao), conforto ambiental (acstico, trmico, condies deincndio, etc.) e conservao de recursos naturais, como energia e gua.

    O TECPAR presta diversos servios tcnicos relacionados qualidade deobras em especial, domina as tcnicas para acompanhamento e avaliaode obras virias.

    FORNECEDORESUma listagem de empresas de engenharia civil e de muitos fornecedores

    pode ser encontrada no Catlogo Empresarial de Engenharia, Arquitetura eAgronomia do Estado do Paran, publicado pelo CREA-PR.

    Alguns fornecedores citados pelas empresas e profissionais visitados estocitados no anexo III. Seguem comentrios sobre itens especficos.

    Oramentao

    Embora muitas construtoras tenham seus sistemas prprios deacompanhamento de preos e oramentao, o Sistema PINI quase umpadro no setor. Mas outras solues, inclusive com um foco mais regional,como a Construtiba, tambm esto disponveis no mercado.

    ElevadoresCom a popularizao dos edifcios com muitos pavimentos, devido ao custodos terrenos, h uma grande demanda por sistemas de transporte vertical depessoas e cargas. Embora as escadas rolantes cumpram esta funo emespaos pblicos maiores, em prdios residenciais e de escritrios a soluocomumente adotada o elevador. Mesmo assim, o mercado de elevadores atendido por um nmero bastante limitado de fornecedores. Destacam-se:

    Atlas Schindler e ThyssenKrupp.

    http://www.construtiba.com/http://www.crea-pr.org.br/http://www.tecpar.br/
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    Placas e painis

    O uso de cimento amianto questionado h bastante tempo, mas, srecentemente produtos isentos de amianto tm entrado no mercado emcondies competitivas, viabilizando a eliminao do produto, consideradocancergeno. Um exemplo a placa BrasiPlac, que atende norma 8336classe A3/B3.

    Outro tipo de painel disponvel no mercado, e que pode mudar asconstrues, a placa de ao dupla, preenchida internamento compoliuretano ou poliisocianurato. Este tipo de produto tem caractersticasisolantes excepcionais, alm de agilizar o processo construtivo. O mercadotambm oferece telhas deste material.

    Gerenciamento do subsoloA grande quantidade de linhas e sistemas enterrados aumenta o risco deuma obra. Para mapear locais em que a documentao disponvel nooferece informaes seguras podem ser usadas tecnologias como o ultra-som e radar. Sistemas eletromagnticos conseguem preciso de at 93% emprofundidade de at 3 metros.

    SoftwaresDevido complexidade da cadeia, que compreende grande nmero denegcios e processos, a variedade de softwares que do suporte asatividades tambm muito grande. Segue uma lista com alguns produtos e

    respectivos fornecedores, por rea de utilizao:

    Planejamento e controle operacional de obraPlantracker Permite a coleta de dados a partir de computadores de mo nocanteiro de obras, facilitando o planejamento e controle da obra.MS Project o software mais tradicional para o gerenciamento decronogramas de obras.

    Arquimedes Software modular com blocos para oramentao,levantamento de quantidades atravs de CAD e controle financeiro de obra.

    Compras e finanasConstruWeb Soluo gerencial de controle financeiro, via Internet, que

    possibilita a gerao de ordens de compra e oramentos, com integrao aocontrole de contas a receber e a pagar.

    Gerenciamento de resduosCerberon Ambiental - Gaea

    OramentaoArquimedes Permite acesso a diversas bases de dados de custo, comoEMOP (Empresa de Obras Pblicas do Rio de janeiro), DNIT e outras, alm

    http://www.multiplus.com/http://www.gaea.com.br/http://www.techresult.com.br/http://www.multiplus.com/http://www.techresult.com.br/http://www.brasilit.com.br/
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    de oferecer integrao com softwares como PRO-Eltrica, PRO-Hidrulica,

    CYPECAD, MS-Project, Excel, etc.Orse Desenvolvido e distribudo pelo departamento de obras do Sergipe.Mas, para oramentao de obras, os softwares mais usados so o Volare(da Pini) e o Excel.

    ProjetoDATACAD Software de arquitetura.PRO-Eltrica Software para projeto completo de instalaes eltricas.Tambm efetua o clculo luminotcnico dos ambientes.

    Softwares para clculo estruturalCYPECAD Software espanhol que atende a NBR6118:2003.

    CAD TQS Produto brasileiro, bem completo, para concreto armado. Incluicontrato de suporte e, inclusive, fornece um memorial. Entretanto, no calculaestruturas de madeira. protegido comhardlock.SAP2000 verso 9 Faz anlise geral de estruturas.EBERICK Software para clculos de concreto armado. Produto feito emSanta Catarina, com preo acessvel.

    AutoCad Produto tradicional e com boa oferta de pessoal especializado.Trelias Usado para o clculo de lajes produto da Belgo.Metlicas-3D Calcula estruturas metlicas em geral. Trabalha com asnormas NBR 8800, AISC, AISI, Eurocode e outras, Tambm tem um mduloopcional para estruturas de madeira. Opera em ambiente Windows e podecompartilhar arquivos DXF e DWG com outros softwares.

    Os softwares de clculo para estruturas de madeira, no Brasil, so apenaspara componentes. Para o conjunto completo usado um software alemo.

    Softwares para concreteirasBetonTEC - Formulao de trao.BetonMIX - Informatizao da Central.BetonGER - Custo gerencial.

    importante registrar que esta lista no uma recomendao de produtosou fornecedores, mas apenas uma referncia para que, conforme asnecessidades, sejam buscadas informaes com maior facilidade.

    LEGISLAOAs atividades de construo civil so altamente regulamentadas, dado o riscoque obras viciadas ou mal construdas podem representar para as pessoas.

    Assim, por exigncia legal (Lei 5194/66), todos os contratos referentes aqualquer ramo da engenharia ou arquitetura s tero validade se aelaborao dos projetos, a direo ou a execuo das obras estiver sob aresponsabilidade de profissional legalmente habilitado, o que inclui o registro

    http://www.kpconsulting.com.br/asp/interna.asp?ir=empresa.asphttp://www.kpconsulting.com.br/asp/interna.asp?ir=empresa.asphttp://www.kpconsulting.com.br/asp/interna.asp?ir=empresa.asphttp://www.multiplus.com/http://www.ecivilnet.com/softwares/trelicas_belgo_dimensionamento.htmhttp://www.tqs.com.br/http://www.multiplus.com/http://www.datacad.com.br/http://www.piniweb.com/software/sic/index.asp?p=2&swsswwn=32231vr.75http://www.cehop.se.gov.br/downloads.asp
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    no conselho profissional. A obra tambm dever contar com a emisso de

    uma Anotao de responsabilidade Tcnica ART.

    Para referncia, apresentamos a seguir os principais instrumentos legais quedevem ser obedecidos. Mas, antes de comear qualquer negcio nesta rea importante contar com ajuda especializada para identificar todos osrequisitos exigidos.

    Legislao FederalLei 8666/93 Lei de licitaes e contratos.Lei 10295, de 17.10.01, regulamentada pelo Decreto 4059 de 19.12.01 Regulamenta a Etiquetagem Voluntria de Eficincia Energtica de EdifciosComerciais e Pblicos.

    Lei 4950-A, de 22 de abril de 1966 Dispe sobre a remunerao deprofissionais diplomados em engenharia, qumica, arquitetura, agronomia eveterinria.Lei 6.530 de 1978 Regulamenta a profisso e estabelece que compete aoCorretor de Imveis exercer a intermediao na compra, venda, permuta elocao de imveis, podendo, ainda, opinar quanto comercializaoimobiliria.Projeto de lei 6981 Estabelece o servio pblico de assistncia tcnica paraconstrues.Lei 10295 Estabelece o Regulamento para a Etiquetagem Voluntria deEficincia Energtica de Edifcios Comerciais e Pblicos.Resoluo 9 Estabelece Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interior.Resoluo 218, de 1973 Estabelece as atribuies dos profissionais deengenharia.Resoluo 1010 Dever substituir a resoluo 218 est em fase deaprovao.Resoluo CONAMA n 307 - Dispe sobre os resduos da construo eestabelece a obrigatoriedade da execuo dos Projetos de Gerenciamento deResduos da Construo Civil.Portaria 127, do INMETRO - Estabelece as exigncias dimensionais paracomponentes cermicos para alvenaria como blocos, tijolo macio, elementovazado e canaletas.Os produtos e sua forma de comercializao devem atender ao Cdigo de

    Defesa do Consumidor (Lei n 8.078, de 11 de setembro de 1990.Adicionalmente s leis e decretos federais, importante atender legislaoestadual, geralmente disponvel nos sites das secretarias estaduais, e ocdigo de posturas do municpio onde se pretende executar a obra.

    http://www.mj.gov.br/DPDC/servicos/legislacao/cdc.htmhttp://www.inmetro.gov.br/http://www.inmetro.gov.br/rtac/resultado_pesquisa.asp?seq_classe=1&sel_tipo_ato_legal=1&sel_orgao_regulamentador=--&sel_categoria=3&num_ato=127&ano_assinatura=2005&palavra_chave=
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    Legislao municipal (de Curitiba)

    Decreto 212/2007 - Novo Regulamento de EdificaesLei Municipal 10785/2003 - Torna obrigatria a adoo de medidas depreservao, uso racional e utilizao de fontes alternativas para captao degua nas novas edificaes.O acesso a toda a legislao pode ser feito pelo site www.curitiba.pr.gov.br.

    Normas

    As Normas Tcnicas estabelecem mtodos e procedimentos de projeto,parmetros e critrios para especificao de materiais e sistemasconstrutivos, procedimentos e mtodos de trabalho para a execuo deservios, mtodos de ensaio para controle tecnolgico e outrosprocedimentos que definem o patamar mnimo de qualidade a serassegurado aos consumidores de um produto ou servio. Algumas dasnormas aplicveis construo civil so:

    NBR 5410 Instalaes Eltricas de Baixa Tenso.NBR5413 Clculos luminotcnicos.NBR5410 Instalaes eltricas de baixa tenso.NBR5444 Simbologia para projetos eltricos.NBR6118 Procedimento para projeto e execuo de obras de concretosimples, armado e protendido.NBR7171 Blocos cermicosNBR7175/03 Cal hidratada para argamassas Especificao.

    NBR7200 Execuo de revestimentos de paredes e tetos de argamassasinorgnicas Procedimento.NBR 7203 - Madeira serrada e beneficiada.NBR7680 Extrao, preparo, ensaio e anlise de testemunhos deestruturas de concretoNBR-8545 Execuo de alvenarias sem funo estrutural de tijoloscermicos.NBR8890 Tubos de concreto, de seo circular, para guas pluviais eesgotos sanitrios Requisitos e mtodos de ensaio.NBR9050 - Acessibilidade de pessoas portadoras de deficincias aedificaes, espao, mobilirio e equipamento urbanos - ProcedimentoNBR9480 - Classificao de madeira serrada de folhosas.

    NBR9574 Execuo de impermeabilizaoNBR9575 Impermeabilizao Seleo e projetoNBR12498 - Madeira serrada de conferas provenientes de reflorestamento,para usos geral: dimenses e lotes.NBR12721 Avaliao de custos unitrios e preparo de oramento deconstruo para incorporao de edifcios em condomnio ProcedimentoNBR13582 Telhas cermicasNBR13753 Revestimento de piso interno ou externo com placas cermicase com utilizao de argamassa colante

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  • 8/10/2019 Gargalos da construcao civil

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    Av. Visconde de Guarapuava, 2943 Centro 80010-100. Curitiba . Paran . Brasil . Fone: (41) 3321.7835 . Fax: (41) 3321.7849

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    NBR 13994 - Elevadores de passageiros - Elevadores para transporte de

    pessoa portadora de deficinciaNBR 14653-1 Avaliao de bens Parte 1: Procedimentos geraisNBR 14653-2 Avaliao de bens Parte 2: Imveis urbanosNBR 14653-3 Avaliao de bens Parte 3: Imveis ruraisNBR 14653-4 Avaliao de bens Parte 4: Empreendimentos

    As principais normas relacionadas segurana do trabalhador, e que afetama indstria so:NR5 Comisso Interna de Preveno de AcidentesNR10 Segurana em Instalaes e Servios de EletricidadeNR18 Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo

    O documento Condies e Meio Ambiente do Trabalho na Indstria daConstruo, publicado pela FUNDACENTRO, serve de divulgao da NR18.

    Embora sem fora de lei, as