a moça do taxi

Post on 06-Apr-2016

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Sou a professora Hilda Andrade, trabalho atualmente na Biblioteca da Escola Municipal Comandante Klautau. A Ideia de produzir este trabalho surgiu a partir do interesse dos alunos pela lenda urbana “A MOÇA DO TÁXI”, contada no Livro do escritor Walcyr Monteiro, Visagens e assombrações da Amazônia. Estávamos trabalhando um projeto em Hagáquê denominado “Quadrinhos amazônicos: Conhecendo os autores paraenses”, cujo objetivo principal era promover o interesse pela leitura e produção de histórias em quadrinhos. Como não tínhamos muito material em Hagáquê, comecei a criar histórias para trabalhar com os alunos, criei histórias da Matinta, do Curupira, do Boitatá e a História da Moça do táxi. As Ilustrações todas foram criadas por mim, no programa Inkscape. O trabalho foi muito significativo com resultados positivos, pois a partir das minhas histórias os alunos se animaram para produzir as suas e quem sabe assim estaremos garantindo novos escritores para o futuro. Quanto a mim, estou apaixo

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Texto e ilustrações: Hilda Andrade

Cerca de 22 horas, João, dirige o seu táxi.

Quase ao chegar à TV. Dr. Moraes, uma jovem fez sinal para ele parar.

POR FAVOR, LEVE-ME

AO BAIRRO DA CIDADE

VELHA, MAS VÁ BEM

DEVAGAR, POIS QUERO

APRECIAR A PAISAGEM!

O motorista percorreu várias ruas e já estava meio desconfiado porque não sabia ao certo aonde a

moça gostaria de ir.

Mas afinal, aonde a

senhorita quer ficar?

Depois eu lhe direi.

Não se aborreça comigo. O senhor

pode cobrar o quanto quiser, eu

não vou a lugar nenhum!

Estou só passeando!

Eu heim!

Que mulher maluca!

Sabe, hoje é meu aniversário, e

todos os anos, meu pai me dá de

presente uma volta de táxi pela

cidade!

Eu adoro andar de táxi!

Depois de muitas e muitas voltas, por quase todas as ruas do centro da cidade de Belém...

... A moça pediu para ficar na Rua José Bonifácio, em frente ao Cemitério de Santa Isabel.

Pode me deixar aqui! Agora vou

andar um pouco a pé. Muito

obrigada por tudo, e

principalmente por sua paciência

comigo.

Muito bem moça. Feliz

Aniversário! Mas... E a corrida?

Ah, me desculpe! Eu ia

esquecendo. Cobre com meu pai

neste endereço, diga-lhe que é

meu presente de aniversário.

Muito obrigada! Té logo!

No dia seguinte pela manhã, João vai ao endereço dado pela moça.

Com o endereço em mãos, foi fácil localizar a residência.

Bom dia senhora, é aqui

que mora o senhor

Juventino?

Sim, é aqui mesmo. O que

o senhor deseja?

Vim cobrar uma corrida de

táxi da filha dele.

Deve haver algum engano

moço, porque eu sou a

esposa dele, e nós não

temos filhos!

O endereço é daqui sim,

mas, não temos filha

nenhuma.

João relembra, todo o percurso que fez em seu táxi com a estranha moça.

Não é possível! Ontem à

noite uma moça correu toda

a cidade em meu táxi...

E ela me disse que o passeio

era o seu presente de

aniversário.

A senhora fica pálida, se emociona e chora.

Olhe, já lhe disse que não

temos filha! Peço que o

senhor se retire, por favor!

Nesse momento, pela porta entreaberta, o motorista nota o retrato de uma moça, e apontando

diz:

A moça é aquela ali!

A Senhora rompe em lágrimas e desesperada diz:

Aquela moça era a nossa filha, mas ela já

morreu há muito tempo, e realmente o pai

dela costumava lhe dar um passeio de

presente...

Uma volta de Táxi pela cidade...

Nossa filha adorava passear de táxi.

O caso é solucionado com a chegada do esposo, o seu Juventino que confirma toda a história, e

convida João, o motorista, para ir ao cemitério visitar o túmulo de sua filha.

Em meio a toda essa confusão, o motorista nervoso, não quer saber do dinheiro da corrida e nem se a moça que

pegou o seu táxi estava viva ou morta. Mas, agora tinha que ver o fim desse mistério.

Chegando ao Cemitério Santa Isabel, o casal indica o caminho onde fica o túmulo de sua amada filha.

...Onde o motorista vê um retrato igual ao que havia na casa...

FIM

Sou a professora Hilda Andrade, trabalho atualmente na Biblioteca da Escola Municipal Comandante Klautau.

A Ideia de produzir este trabalho surgiu a partir do interesse dos alunos pela lenda urbana “A MOÇA DO TÁXI”, contada no Livro do escritor

Walcyr Monteiro, Visagens e assombrações da Amazônia.

Estávamos trabalhando um projeto em Hagáquê denominado “Quadrinhos amazônicos: Conhecendo os autores paraenses”, cujo objetivo

principal era promover o interesse pela leitura e produção de histórias em quadrinhos. Como não tínhamos muito material em Hagáquê,

comecei a criar histórias para trabalhar com os alunos, criei histórias da Matinta, do Curupira, do Boitatá e a História da Moça do táxi.

As Ilustrações todas foram criadas por mim, no programa Inkscape.

O trabalho foi muito significativo com resultados positivos, pois a partir das minhas histórias os alunos se animaram para produzir as suas e

quem sabe assim estaremos garantindo novos escritores para o futuro.

Quanto a mim, estou apaixonada, espero me aperfeiçoar e me envolver cada vez mais neste mundo fascinante da imaginação.

Hilda Andrade

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