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BIANCA VANINI

A Grécia Antiga era conhecida como Hélade.

Seus habitantes eram os helenos.

Localizava-se em sua maior parte no sudeste da Europa e abrangia três importantes regiões:

a Grécia Continental

a Grécia Insular (ilhas)

e a Grécia Asiática (Ásia)

LOCALIZAÇÃO

Geografia da Grécia

Quase todo território grego apresentava um

solo pouco fértil, montanhoso e pedregoso.

Há também muitas ilhas, próximas umas das outras, sendo a maior delas a de Creta.

O relevo montanhoso da Grécia favoreceu o isolamento interno e a formação de cidades independentes umas das outras (cidade-Estado).

Já o seu vasto litoral,

facilmente navegável, e a existência de bons portos

naturais estimularam a navegação e o

comércio marítimo.

ATENÇÃO

Nunca houve um Estado grego unificado! O que chamamos de Grécia Antiga não foi nada além de um conjunto de poléis, isto é, cidades independentes e muitas vezes rivais.

O que os integrava eram alguns elementos culturais comuns: língua (embora existissem diferentes dialetos) e religião.

Os jogos olímpicos (ou pan helênicos), constitui um exemplo de unidade cultural.

Os helenos chamavam de bárbaros os povos que não tinham sua cultura e não falavam sua língua.

PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO

Período Lendário: lendas sobre as origens da ilha de Creta (minoicas) e sobre a cidade de Micenas (origens micênicas).

Por volta do ano 2000 a.C., o território grego foi invadido por povos indo-europeus.

Escrita Linear B – é o mais antigo registro em grego que se conhece.

Os AQUEUS

Foram os primeiros a chegar.

Fundaram as cidades de Micenas, Tirinto e Argos.

Construção de palácios, templos e fortalezas.

A civilização cretense

A ilha de Creta foi o berço de uma civilização

antiga que muito influenciou a dos gregos.

A cidade de Micenas entrou em contato com a ilha de Creta através da navegação e do comércio.

Creta era mais desenvolvida do que a cidade de Micenas.

Os aqueus absorveram o conhecimento dos cretenses dando origem à cultura creto-micênica.

Por volta de 1450 a. C., Creta, foi conquistada

pelos aqueus Lenda do Minotauro.

JÔNIOS e EÓLIOS,

Integraram às populações que habitavam a região.

DÓRIOS

Não se sabe o que aconteceu, mas as cidades e os palácios dos aqueus foram destruídos.

Coincide com a chegada dos DÓRIOS.

Os habitantes forma submetidos à servidão, outros fugiram para o interior e para as ilhas vizinhas.

Assim, aqueus, jônios, eólios e dórios deram origem aos antigos

gregos.

Homero é o suposto autor das obras “Ilíada” e “Odisseia”, essas obras são

grande fonte de referência histórica para se conhecer a história dos gregos.

A GUERRA DE TRÓIA

A Ilíada narra a Guerra de Tróia.

A Odisseia narra as aventuras do herói grego Ulisses (Odisseu) para sua ilha natal.

OS GENOS

UMA NOVA SOCIEDADE SE ORGANIZOU BASEADA NA

AGRICULTURA E NO PASTOREIO.

Sistema gentílico (clãs)

Com a destruição das cidades e a fuga das populações, a vida na Grécia passou a ter por base a grande família ou os genos.

Economia: coletiva (trabalho e meios de produção).

Baseava-se na agricultura rudimentar e no pastoreio.

Patriarca (Pater famílias): era quem governava o geno.

Sociedade: diferenciação dependia da proximidade com o Pater.

Com o crescimento dos clãs e a falta de terras férteis,

as terras coletivas foram desigualmente divididas.

O PATRIARCA e os seus parentes ficaram com as melhores terras (eupátridas) e os parentes mais afastados com as piores.

A sociedade passou a ser constituída por grandes proprietários de terra, pequenos agricultores e os que nada possuíam.

Desintegração do sistema gentílico

Os eupátridas monopolizando o poder político e constituindo uma aristocracia de base fundiária (estavam com as melhores terras). Esses aristocratas se agrupavam em fratrias.

Um grupo de fratrias, por sua vez, formava uma tribo.

A reunião de várias tribos deu origem a pequenos Estados locais, a pólis ou cidade-Estado.

Evolução política

Genos = fratria = tribos = pólis.

As cidades-estados desenvolveram e muitos de seus habitantes fundaram

colônias gregas em terras longínquas.

O crescimento

populacional, a escassez de

alimentos e terras cultiváveis, o ideal

de aventura, o espírito de navegação e o próprio interesse

das principais cidades em manter colônias em outras

regiões.

Nessas, terras, organizaram povoados ligados culturalmente às cidades de origem.

Estabeleceram relações comerciais, vendendo cereais e cerâmicas, o

que aumentou o comércio e gerou a

necessidade de se usar moeda.

No final do período, ganharam importância Esparta e Atenas, em razão da influência exercida sobre as demais

cidades e do profundo antagonismo existente entre elas.

SUPREMACIA DAS CIDADES-ESTADOS

Definição: unidade cultural e diversidade política.

Sempre houve rivalidades entre as cidades-estados, afinal elas eram totalmente independentes uma das.

As principais cidades-estados eram ATENAS E ESPARTA.

Ao longo da história da Grécia Antiga, algumas

cidades adotaram sistemas de governos diferentes:

MONARQUIA – governo no qual o governo é exercido por uma pessoa, o rei.

OLIGUARQUIA - governo no qual algumas pessoas governam de acordo com seus próprios interesses.

DEMOCRACIA - um governo em que todos os cidadãos votavam para escolher seu governante - pescadores, proprietários, joalheiros...

TIRANIA - um governo no qual o governante rouba o poder e se mantém no poder à força.

Sistemas de governos

ATENAS

Fundada: pelos jônios. Em seu território predominavam os jônios e os eólios.

Localização: Península Ática. Estava localizada próximo ao mar e aberta a influências externas.

Era uma cidade de navegadores, comerciantes, poetas, filósofos e artistas.

Economia: evoluiu da agricultura para o comércio marítimo.

Evolução política: monarquia, oligarquia, tirania e democracia.

Eupátridas – Grandes proprietários e descendentes dos jônios.

Demiurgos – pequenos agricultores, artesãos, comerciantes.

Metecos – estrangeiros.

Escravizados – prisioneiros de guerra ou escravos por dívidas.

Classes sociais

No início somente os eupátridas (os ricos)

podiam ocupar cargos públicos.

Insatisfeitos, artesãos, soldados e comerciantes passaram a exigir participação na vida política da cidade.

Alguns exigiam o fim da escravidão por dívidas.

Início de uma grave crise política.

Os legisladores, que governavam Atenas, propuseram algumas reformas.

Sólon – abolição da escravidão por dívidas; e criou um

regime censitário para participação política (o voto é definido pelo critério da riqueza).

Depois do governo de Sólon, vários tiranos assumiram o poder em Atenas.

Clistenes - realizou a reforma que implantou em Atenas a democracia. Nesse novo regime de governo, todos os cidadãos teriam direitos políticos, sendo a participação direta, mediante o comparecimento à Assembleia.

DEMO (POVO) E KRATOS (PODER)

Os legisladores atenienses

Eclésia – Assembleia dos Cidadãos – propunham soluções para os problemas da cidade e votavam as leis depois de encaminhadas para a Boulé.

Boulé ou Conselho dos 500 – analisava as leis propostas pela eclésia.

Areópago – Conselho especial composto de aristocratas. Era acionado em períodos de crise (recebia amplo poder).

Helieia – Tribunal popular.

Principais órgãos da democracia ateniense.

CIDADÃO ATENIENSE: filhos de pais

atenienses, maiores de 18 anos.

A democracia ateniense era considerada direta, pois todos os cidadãos tinham o direito de participar da eclésia e votar sobre os assuntos deliberados.

Obs. Mulheres, escravos e estrangeiros não eram considerados cidadãos, estavam todos excluídos do processo de votação.

OSTRACISMO

Ostracismo foi instituído por

Clístenes.

Consistia em um exílio forçado dos maus cidadãos por

dez anos.

Tinha por objetivo a formação completa do homem:

intelectual,

física

e artística.

Educação ateniense

ESPARTA

Governo OLIGÁRQUICO: o poder estava nas mãos da aristocracia.

Fundada: pelos dórios.

Localização: planície da Lacônia, interior da Península do Peloponeso.

Era uma cidade militarista, aristocrática e conservadora.

Economia: agrícola. Terras centrais pertencentes ao Estado.

Mão de obra escrava cedida pelo Estado.

Evolução política e social: conquista da Messênia pelos dórios. População reduzida à condição de escravos.

Espartanos ou Espartíatas – eram os cidadãos. Sua formação era dedicada à vida militar e à guerra.

Periécos – livres mais sem cidadania. Dedicavam ao comércio.

Hilotas: povos dominados e transformados em servos.

Sociedade estamental

Diarquia – dois reis (um militar e um religioso).

Gerúsia – composto por 28 anciões (gerontes + de 60 anos).

Ápela – assembleia deliberativa (aprovava as decisões dos gerontes).

ESTRUTURA POLÍTICA

Militarista e lacônica (evitar o espírito crítico).

Tinha por objetivo a formação de cidadãos-soldados com perfeição física, coragem e hábitos de obediência às leis, que o tornassem um soldado ideal.

As crianças que nasciam com algum defeito eram tiradas da mãe e arremessadas de um penhasco.

EDUCAÇÃO

Xenofobia – aversão a estrangeiros.

Laconismo – modo conciso, breve de falar.

MULHERES GREGAS

ATENAS

A atuação da mulher era reduzida.

Educada para ser dócil e reservada ao mundo

doméstico, subjugadas pelo pai e após o

matrimônio, ao marido.

Não eram consideradas cidadãs.

Não participavam das questões políticas.

ESPARTA

Acreditavam que a mulher deveria ser fisicamente

preparada para que pudesse dar origem a indivíduos

aptos para compor o exército daquela cidade.

Participava de atividades esportivas.

Podiam controlar as finanças domésticas e

participar das reuniões públicas ligadas à vida

política espartana.

HISTÓRIA

Os gregos deram início à narrativa histórica, que tinha as realizações

humanas como foco principal.

GUERRAS MÉDICAS OU PÉRSICAS

GREGOS X PERSAS

A Guerra do Peloponeso

Foi um conflito militar entre as cidades-estados de Atenas e Esparta.

Depois da Guerra do Peloponeso, outras conflitos envolveram as polis gregas.

O período das guerras levou ao enfraquecimento geral das cidades-Estados gregas.

Os macedônios, povo de origem ariana que habitava a região ao norte da Grécia, liderados por seu rei Felipe II, conquistaram toda a Grécia na Batalha de Queroneia, em 338 a. C..

A RELIGIÃO E A MITOLOGIA

Os gregos eram politeístas. Imaginavam seus

deuses com formas e características humanas bem definidas.

AS DIVINDADES ERAM REPRESENTADAS COM ATRIBUTOS SEMELHANTES AOS DO HOMEM. Mesmo as fraquezas humanas, como a falsidade, o ciúme e a ira.

De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais.

Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas.

Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns.

Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.

Zeus - rei de todos os deuses.

Atena - sabedoria, guerra, justiça e artes.

Afrodite – amor.

Ares - guerra.

Hades - mundo dos mortos e do subterrâneo.

Hera - protetora das mulheres, do casamento e do nascimento.

DEUSES GREGOS

Poseidon - mares e oceanos.

Apolo - luz do Sol, poesia, música, artes, beleza masculina.

Artêmis - caça, castidade, animais selvagens e luz.

Deméter- colheita, agricultura.

Dionísio - festas, vinho e prazer.

Hermes- mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes, dos viajantes e dos diplomatas.

A MITOLOGIA

Para explicarem as coisas do mundo e transmitirem conhecimentos populares, os gregos criaram vários mitos e lendas.

As histórias eram transmitidas oralmente de geração para geração.

A mitologia grega era repleta de monstros, heróis, deuses e outras figuras mitológicas.

Ex.: Minotauro, Prometeu, Cavalo de Tróia, Medusa e Os Doze trabalhos de Hércules.

Foram os gregos que desenvolveram os Jogos

Olímpicos.

Surgira em 776 a.C., na cidade grega de Olímpia.

Aconteciam de quatro em quatro anos. Era uma homenagem aos deuses, principalmente a Zeus.

Durante os jogos, as guerras entre as cidades-estados gregas eram interrompidas.

Atletas de diversas cidades gregas se reuniam para disputarem esportes como, por exemplo, corrida, arremesso de disco entre outros.

O ESPORTE

Os vencedores das Olimpíadas eram recebidos em suas cidades como verdadeiros heróis.

As Olimpíadas foram interrompidas na Antiguidade pelo imperador romano Teodósio, em 393.

Apenas em 1896 os Jogos Olímpicos foram restabelecidos.

Os gregos buscavam criar explicações para o mundo.

A Filosofia, que significa “amor à sabedoria”, surgiu também como tentativa de buscar respostas para as questões da vida humana.

A cidade de Atenas foi palco de grande desenvolvimento filosófico da Grécia.

Podemos destacar como principais filósofos gregos Platão, Sócrates e Aristóteles.

FILOSOFIA GREGA

Na Grécia Antiga, não existia uma divisão entre as

ciências. Esses pensadores se dedicavam à filosofia, à matemática e à astronomia. Podemos citar Tales de Mileto, importante filósofo, matemático e astrônomo da Grécia Antiga.

A observação da humanidade e da natureza, o raciocínio e a elaboração de explicações contribuíram para o avanço da matemática.

Arquimedes é lembrado por seus cálculos matemáticos sofisticados. Ler p. 10.

A medicina

Destacou-se Hipócrates de Cós, no século V a.C.

Arquitetura e escultura

Arquitetura e escultura

ARTES PLÁSTICAS

Os gregos eram excelentes escultores, pois buscavam

retratar o corpo humano em sua perfeição.

Músculos, vestimentas, sentimentos e expressões

eram retratados pelos escultores gregos.

Influenciaram a arte romana e renascentista.

Surgiu na Grécia Antiga em meio às festas em homenagem a Dionísio, deus do vinho. Eram chamadas de Dionísias.

As peças eram apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores representavam usando máscaras. Os atores eram sempre homens, pois era proibida a participação das mulheres.

As comédias, dramas e sátiras retravam o comportamento e os conflitos do ser humano.

O TEATRO

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