a geração 2.0 e os novos saberes (2009)

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Apresentação no Seminário "O Papel dos Media", Jornadas "Cá Fora Também se Aprende", do CNE, e na "4ª Conferência Ibérica de Sistemas de Informação, CISTI 2009".

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A Geração 2.0 e os

Novos Saberes 19 de JUNHO, 2009 4ª Conferência Ibérica de Sistemas e Tecnologias da Informação – CISTI 2009 PÓVOA DE VARZIM

15 de JUNHO, 2009 Jornadas CÁ FORA TAMBÉM SE APRENDE Seminário O PAPEL DOS MEDIA CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, LISBOA

1. GERAÇÃO 2.0

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

4. MEDIA SOCIAIS E APRENDIZAGEM

6. CONCLUSÕES

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

Geração 0.0

Geração 1.0

Geração 2.0

1. GERAÇÃO 2.0

Nativos da Internet

Nativos da oralidade

Nativos da escrita

Dominante até à massificação das escolas

Dominante nos séculos XIX e XX

Começa a tornar-se expressiva

(G0.1, G0.2, G0.3, ...)

(G1.1, G1.2, G1.3, ...)

(G2.1, G2.2)

1. GERAÇÃO 2.0

Geração 1.0 Geração 2.0 relacionamento

com a informação passivo

(consumo) activo

(construção) gestão de

tarefas monocrónica policrónica

literacia escrita e aritmética multimedia

tempo da aprendizagem just-in-case just-in-time

relacionamento c/ teconologias uso habitação

percepção do virtual é outro mundo é uma parte

do mundo real

1. GERAÇÃO 2.0

Outras características dos hábitos de aprendizagem da Geração 2.0:

•  não sequenciais •  interactivos

•  assíncronos •  multi-tarefa

•  colaborativos

1. GERAÇÃO 2.0

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

4. MEDIA SOCIAIS E APRENDIZAGEM

6. CONCLUSÕES

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

Alternativas à literacia tradicional tem contribuído para que esta se

encontre em degeneração

mas também novas barreiras e inibições

Novas formas de discurso, sustentadas por novos instrumentos e práticas de mediação,

tem feito despontar novas retóricas

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

DOIS CENÁRIOS EXTREMOS:

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

Fim tranquilo da literacia tradicional e surgimento

de novas literacias

Novas formas de vivência linguística e fruição cultural

Literacia tradicional como território de cultivo só por

alguns

Literacia abarca competências, mas também ideias e valores

Linguagem é preocupação connosco próprios, como indivíduos e como espécie

É vital construir uma literacia crítica e emancipatória

cenário 1 cenário 2

CENÁRIO 1 O FIM DA LITERACIA TRADICIONAL 

 Mihai Nadin (1997) The Civilization of Illiteracy

Nem todos necessitam de dominar profundamente a literacia tradicional

Bastam competências básicas para o dia-a-dia e para aprender, em contexto, quando necessário

Culto do instantâneo e da mudança Deficiências de literacia ↔ Dinâmicas transformadoras

Decadência da literacia ↔ Aumento das interacções

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

A literacia tradicional não desaparecerá, mas passará a ser domínio de cultivo exclusivo por profissionais e conhecedores:

•  Os que têm a literacia como domínio de competência profissional (autores, editores, educadores),

•  Os que exploram os limites da literacia, definindo novos métodos de comunicação e interacção

(especialistas da comunicação, marketers),

•  Os que se deleitam com a riqueza da ficção, da poesia, do ensaio, da história, da filosofia ou usam a literacia para

estudar os valores por ela sustentados.

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

A relutância em reconhecer a mudança não evita que aconteça e pode impedir-nos de tirar o melhor partido

É importante reconhecer a irreversibilidade do fenómeno e reflectir sobre a nova linguagem

Houve vida antes da literacia e haverá vida depois da literacia, sustentada por novas literacias que porão

cada vez mais em causa a literacia tradicional.

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

A literacia como fenómeno ideológico e político

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, pelo que a posterior leitura desta não pode prescindir da

continuidade da leitura daquele Linguagem e realidade prendem-se

dinamicamente. A compreensão do texto, conseguida pela sua leitura crítica, implica a

percepção das relações entre texto e contexto

CENÁRIO 2 POR UMA LITERACIA CRÍTICA 

 Paulo Freire (1997) Pedagogia do Oprimido

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

Numa civilização de múltiplas literacias a gradual compreensão do mundo liga-se intimamente à conquista da

capacidade para ler e (re-)escrever esse mundo

A compreensão crítica do acto de ler não se esgota na descodificação pura da linguagem escrita, mas antecipa-se e alonga-se na inteligência do mundo

O contexto gera a compreensão do texto, mas a leitura deste enriquece a compreensão daquele

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

Adquirir literacia não é apenas aprender a codificar e descodificar as linguagens dos novos medias – é também

interiorizar, pela acção e pela interacção, as culturas nas quais esses novos medias se inscrevem

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

A literacia é um processo crescente de criação de consciência, de libertação e auto-capacitação, que permite aos cidadãos transformarem as condições sociais que os submetem à

desigualdade e à opressão

1. GERAÇÃO 2.0

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

4. MEDIA SOCIAIS E APRENDIZAGEM

6. CONCLUSÕES

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

Mundo global, de mudança, centrado no conhecimento,

onde todos competem com todos, sem fronteiras

Produzir valor, com criatividade e competência,

é factor de sobrevivência

Os menos competentes são substituídos pelos que em

outras partes do mundo oferecem melhor resposta

Desemprego e emprego precário generalizam-se, engrossando as periferias sociais – o precariado

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

Pleno emprego

Plena actividade

capitalismo industrial

capitalismo cognitivo (globalização, intelectualização do trabalho,

economias dos serviços, hegemonia do capital financeiro internacional)

emprego estável

trabalho temporário

PRESENTE/FUTURO

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

OPORTUNIDADE

plena actividade

AMEAÇA

precariado

emprego estável

trabalho temporário

PASSADO

AMEAÇA

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

Escolas distantes desta realidade, por enquanto apostadas unicamente

em produzir funcionários

OPORTUNIDADE

Cidadãos podem hoje construir autonomamente a sua capacidade

para criar valor e empreender

Imperativos de sobrevivência imporão a aquisição

dessa capacidade

Se não puder ser adquirida graças à escola

terá de ser adquirida, de forma sustentada, apesar da escola

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

1. GERAÇÃO 2.0

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

4. MEDIA SOCIAIS E APRENDIZAGEM

6. CONCLUSÕES

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

Alguns exemplos de media sociais e do seu potencial

para a aprendizagem

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

4. MEDIAS SOCIAIS E APRENDIZAGEM

Blogs Plataformas que oferecem sequências de contribuições regulares sobre um tópico ou família de tópicos, com aceitação de comentários. Oferecem, por vezes, saberes encapsulados de grande valor, proporcionados tanto pelos conteúdos como pelos diálogos. Os observadores ‘passivos’ podem aprender muito e têm um papel social importante. 

Wikis Plataformas para a escrita parDlhada de textos. O exemplo mais conhecido, a Wikipedia (10 milhões de autores registados, cerca de 160.000 acDvos), é uma das formas mais expressivas de colaboração na Internet e a fonte gratuita de conhecimento mais completa da Humanidade.  

Criação e gestão de redes sociais e micro‐blogging. Os utentes podem convidar‐se mutuamente para integrarem redes com as temáDcas mais diversas e comunicarem entre si. Permite parDlha de informação e ajuda mútua nas formas mais variadas. 

4. MEDIAS SOCIAIS E APRENDIZAGEM

Criação e gestão de redes sociais e micro‐blogging onde os utentes enviam uns ao outros, publicamente, mensagens de texto com até 140 caracteres – os twi$s. Proporciona formas muito imaginaDvas de cooperação e aprendizagem. 

Criação e gestão de redes sociais para fins profissionais. Em Maio de 2009 Dnha mais de 40 milhões de utentes registados. Permite contactos e apoio mútuo entre profissionais dos domínios mais variados. 

Criação e gestão de endereços Web (bookmarks). Permite aos uDlizadores classificarem os síDos Web cujos endereços lhes interessam, atribuindo‐lhes rótulos ou palavras‐chave (tags). Trabalho gigantesco de indexação colecDva (folksonomy) realizado por mais de 5 milhões de utentes/indexadores. Permite dar acesso, de forma selecDva, a praDcamente tudo o que de melhor se encontra na Web.  

4. MEDIAS SOCIAIS E APRENDIZAGEM

ParDlha de transparências de apresentações. Permite criar redes sociais entre autores e diálogos a propósito das apresentações. Muitas transparências com valor pedagógico elevado. Alguns professores colocam lá os materiais dos seus cursos. 

ParDlha de vídeos. Conta entre os seus autores desde os mais anónimos amadores até aos mais poderosos operadores das indústrias culturais. Manancial de vídeos pedagógicos sobre os temas mais variados. 

ParDlha de fotografias e vídeo,  com funcionalidades de serviço Web e comunidade. Aplicações na educação e na aprendizagem, em parDcular no desenvolvimento de literacias visuais.  

Criação e gestão de redes sociais de académicos (professores e alunos), permiDndo a parDlha de materiais, trabalhos publicados e interesses académicos e cien_ficos. 

1. GERAÇÃO 2.0

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

4. MEDIA SOCIAIS E APRENDIZAGEM

6. CONCLUSÕES

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

Que saberes e competências são necessários para tirar partido deste

potencial e explorar com sucesso as oportunidades do mundo global?

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

Que saberes e competências são necessários para evitar

que o Darwinismo digital relegue a maioria para o precariado?

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

Competências para a aprendizagem e empregabilidade no século XXI:

comunicação, colaboração, criatividade, empreendedorismo, domínio das

tecnologias

Literacias da informação:

identificar, pesquisar, localizar, extrair, avaliar criticamente,

organizar, utilizar

Será que isto basta?

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

É nesse mundo (real e virtual) dos novos media que a

Geração 2.0 vai viver

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

É nesse mundo que vai encontrar mercado para os seus

saberes e competências

É nesse mundo que vai ser procurada

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

É nesse mundo que vai ser encontrada

para além das literacias tradicionais, que continuam a ser essenciais,

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

Por isso,

para além dos saberes e competências que tradicionalmente se associam ao século XXI,

(as competências de leitura e escrita são vitais porque é com

elas que constrói a nossa imagem)

tem de saber criar e manter, nesse mundo, a imagem de marca que lhe vai permitir

ser reconhecida e procurada

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

tem de interiorizar, pela acção e pela interacção, a cultura desse

novo mundo

(o “rasto na Web” ou “portefólio de vida”)

tem de aprender a viver, conviver, cooperar, colaborar,

liderar, empreender, auto-organizar e co-organizar nesse mundo

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

tem de aprender a criar valor que seja amplamente reconhecido

nesse mundo

1. GERAÇÃO 2.0

2. A LITERACIA JÁ NÃO É O QUE ERA

3. ADMIRÁVEL MUNDO PLANO

4. MEDIA SOCIAIS E APRENDIZAGEM

6. CONCLUSÕES

5. NOVOS MEDIA, NOVOS SABERES

para dar lugar lugar a formas alternativas de actividade

remunerada (que se pretende plena)

6. CONCLUSÕES

Num mundo global, complexo, com forte intelectualização do trabalho, onde

o emprego começa a deixar de existir,

tornou-se vital saber adquirir autonomamente, de forma sustentada,

os novos saberes e construir sobre eles, dia-a-dia, o nosso sucesso

6. CONCLUSÕES

Num mundo feito de novos media, onde o geográfico

e o virtual se confundem,

A Geração 2.0 e os

Novos Saberes 19 de JUNHO, 2009 4ª Conferência Ibérica de Sistemas e Tecnologias da Informação – CISTI 2009

FIM As transparências serão colocadas em:

http://www.slideshare.net/adfigueiredoPT

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