a criança de zero a dois anos de idade

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FASE DA PRIMEIRA INFÂNCIA

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A criança de zero a dois anos de idade( PRIMEIRA INFÂNCIA)

Compreender cada etapa do desenvolvimento da criança e não tentar acelerar é muito importante para a criança e prazeroso para quem acompanha de perto essa evolução natural

O desenvolvimento da criança se inicia a partir da concepção

e evolui abrangendo aspectos neurológicos, cognitivos,

afetivos, motores e perceptivos. 

Podemos fazer uma analogia do cérebro da criança como uma

clareira, enorme, disponível e receptiva. É como se fosse uma

esponja pronta para absorver experiências, perceber e fazer

sinapses. Toda experiência vivida por esses pequenos será

parte integrante e importante da formação da personalidade

do adulto que virá a ser. Por isso, conhecendo um pouco de

como se desenvolvem poderemos auxiliar estimulando

adequadamente sem exigir algo que não é apropriado para a

etapa de desenvolvimento e também sem desprezar o aparato

neuropsicomotor e cognitivo que têm, pronto para aprender e

crescer de forma saudável.

SER PENSANTE

A criança, de acordo com a teoria piagetiana, até os dois anos

de idade experimenta o período sensório motor em que a

aquisição do conhecimento acontece por meio dos sentidos. A

criança nessa fase necessita tocar e levar tudo à boca,

maneira que conhece e experimenta o mundo. Essas ações

acontecem de uma forma reflexiva, não há intenção nos atos. 

Após essa etapa, a criança passa ao estágio pré-operatório

que perdura  aproximadamente até os sete anos de idade. No

início dessa fase, a criança ainda acha - na verdade tem

certeza - de que é o centro do universo. Egocêntrica, crê que

tudo o que acontece é em função dela, as ações são

irreversíveis e o raciocínio lógico ainda está em

desenvolvimento. Ela não compreende as transformações e a

reversibilidade, mesmo que ocorram na sua frente. Ao

pegarmos, por exemplo, uma bola de massinha de modelar e

esticá-la em uma cobrinha, a criança acreditará que na

cobrinha há mais massinha. Ao colocarmos um fantoche do

lobo nas mãos, a criança dará vida a ele ignorando que o viu

sendo vestido pela mamãe ou professora. O jogo do faz de

conta é importante para que os pequenos simbolizem o que

sentem e elaborem seus conflitos, recriando experiências do

seu dia a dia, representando o imaginário no mundo real,

utilizando suas habilidades cognitivas e motoras.

SER EM MOVIMENTO

Até por volta dos três meses, o bebê ainda não consegue

segurar objetos intencionalmente, somente por reflexos.

Nesta fase é importante estimular os sentidos cantando,

abraçando e acariciando o bebê. Os pais podem exagerar nas

fisionomias bem próximas ao rosto da criança, demonstrando

alegria e satisfação. Será um prazer único receber um sorriso

de volta!

Em seguida, o bebê passa do estado de quase inércia para as

primeiras reações intencionais.  Ele diverte-se quando é

levado ao alto e gosta de fixar o olhar em objetos atraentes e

coloridos e permanece maior tempo fixando o olhar nesses

objetos. 

Dos oito meses até o primeiro aniversário, aproximadamente,

o bebê aprecia interagir com jogos simples e buscar por

algum objeto de desejo. Gosta de bichinhos de pelúcia e

bonecos, com muita cor.

De um ano a um ano e meio adora brincar de espalhar e

guardar tudo, claro que a seu modo. Por volta de um ano a

criança normalmente já tem seu aparato motor pronto para

andar, mas se ela andar aos dez meses ou um ano e meio,

ainda não é o caso de se preocupar, pois há diferenças

individuais. É importante que ela passe por todas as fases de

se arrastar, segurar, trepar, engatinhar e andar.

Um impulso que muitos pais têm nesse momento é oferecer o

andador para a criança. Cuidado !!!!!! O andador só serve

para dar sossego aos pais e é um dos maiores causadores de

acidentes infantis graves e muitas vezes irreversíveis. Há

países em que sua comercialização é proibida. O andador

força a passagem das fases do arrastar para o andar, pulando

etapas importantes na maturação motora. Estudos

comprovam que essa antecipação pode comprometer também

o desenvolvimento de outras áreas como a fala, por exemplo.

Todas as etapas são imprescindíveis e a evolução de cada um

deve ser respeitada e estimulada adequadamente.

Depois disso e até cerca dos dois anos de idade começa a

reconhecer algumas cores e formas. Sabe procurar e

encontrar objetos que guardou. Gosta de brinquedos que

possa empurrar, puxar, encaixar e explorar com os dedos. É

uma verdadeira pesquisadora referenciada tentando

descobrir como as coisas funcionam. Os pais podem achar que

não é cuidadosa, que destrói brinquedos, mas na verdade ela

os multiplica e o faz para compreender o funcionamento. Por

isso, brinquedos caros nessa fase nem pensar. Sucata e

brinquedinhos de plástico (com os devidos cuidados com

peças pequenas) são ideais para atender a essa curiosidade.

Dos dois aos três anos a coordenação fina está mais segura e

é, geralmente, nessa época que a lateralidade (destra ou

canhota) normalmente se define.

SER EM COMUNICAÇÃO

O desenvolvimento da fala e da linguagem têm início no

nascimento e evoluirá por toda a vida. Os diferentes choros

são as primeiras interlocuções. Os pais nos primeiros dias de

contato com o bebê, já conseguem distinguir os significados

de dor, fome, incômodo ou manha em cada choro.

Então vêm os primeiros balbucios, aos três ou quatro meses.

Aos cinco ou seis as primeiras palavras decorrentes dos

balbucios “mãããmãmã“ “papapa”, “dadada” e as interações

quando se volta para a direção de onde vem o som e já emite

alguns ruídos com o intuito de chamar atenção. Gritinhos e

gargalhadas tornam a rotina, muitas vezes exaustiva, num

prazer inexplicável. Aos sete meses já atende e se volta, ao

ser chamado pelo nome.

Por volta dos oito meses o pequeno começa a concentrar-se

por um pequeno período de tempo, cinco ou dez minutos,

ouvindo uma história e repetindo a seu modo tudo o que

escuta, demonstrando aprovação. Gosta de reproduzir o que

aprendeu com o telefone ao ouvido. 

De um ano a um ano e meio adora imitar sons e aumenta seu

vocabulário, mas ainda não muito extenso. 

Após os dois anos a criança começa a descobrir o prazer em

brincar com o outro. O egocentrismo começa a sair de cena e

então começa o processo de socialização. Até os dois anos e

meio a criança assimila centenas de palavras em pouco

tempo. Já é capaz de construir frases simples completas e de

verbalizar muitas palavras, mesmo que com erros fonéticos.

Já anda por todo lado e é muito curiosa.

Compreende perfeitamente o significado da palavra “NÃO” e

outras palavras de ordem. Reconhece e classifica formas,

cores e espessuras.

Exagerem na cantoria, brinquem com palavras, músicas e

poesias!

Dos dois anos e meio aos três anos, papais e mamães

precisam ter bastante disponibilidade para responder a todos

os questionamentos da criança: “Como?”, “Quando?” e o

preferido “Por quê?”. Apesar da linguagem ainda estar em

desenvolvimento, seu vocabulário já é bastante extenso.

Consegue comunicar-se com perfeição. 

O aparelho neuropsicomotor amadurece aos poucos, no

sentido céfalo-caudal, ou seja, da cabeça para os pés. Por

isso, primeiro o bebê levanta sua cabeça, o tronco, senta-se

para depois andar. Há uma hierarquia e um amadurecimento

motor a ser completado antes de acontecer a etapa seguinte.

Sabemos que uma criança não irá andar aos dois meses de

idade certo? 

Por isso é preciso curtir os pequenos e aproveitar cada fase

sem ansiedade, evitando esperar resultados que ela ainda

não está madura para tal.

Cada etapa é única e não volta mais. Então, se deliciem com o

prazer de cada uma delas o que fará com que cresçam felizes

e saudáveis física, emocional e cognitivamente!

Cuidados com os dentes do bebê - de 0 a 2 anos

São 5 dicas para que os pais fiquem atentos e assim garantam uma boa formação dos dentes da criança

Amamentação materna

O leite materno é o alimento ideal para o bebê com relação

aos aspectos nutricionais e emocionais. Além disso, durante a

amamentação no peito materno o bebê realiza um exercício

físico oral que estimula toda a musculatura oral e respiração

nasal, favorecendo assim a respiração pelo nariz, fala e

posicionamento da língua e das arcadas. Este momento deve

ser tranqüilo e aconchegante para mãe e bebê.

Mamadeira

Quando por questões de saúde ou emocionais não é possível

o aleitamento materno deve-se utilizar a mamadeira com os

bicos anatômicos e sem aumentar os furos originais da

mamadeira. O importante é que ao oferecer a mamadeira não

se altere o carinho e tranqüilidade deste momento. Inclusive

o momento do início do desmame e a remoção final da

mamadeira deve ser o mesmo do aleitamento materno. A

mamadeira deve ser apenas a substituição do aleitamento

materno, não a comodidade de fazer o bebê tomar mais leite.

Chupeta e chupar o dedo

Hábitos de sucção de chupeta e dedo devem ser considerados

normais nesta fase oral. Apenas não se deve estimular a

sucção da chupeta em exagero, não oferecer a chupeta em

todos os choros do bebê, pois poderá ser outro motivo que

não a sucção, como fralda molhada, desconforto de posição e

necessidade de aconchego. A melhor época de remoção da

chupeta dependerá da capacidade física e emocional de cada

bebê, normalmente acontece por volta dos 2 anos de idade. A

sucção digital, normalmente perdura por um período mias

prolongado, pois o bebê terá acesso ao dedo 24 horas.

Boca aberta

O hábito de manter a boca aberta também deve ser

monitorado. Se a criança respire pela boca deve passar por

uma avaliação do Otorrinolaringologista para verificar se há

obstrução das vias aéreas. Muitas vezes, mesmo depois de

desobstruídas as narinas a criança mantém a boca aberta por

hábito e isto também deve ser corrigido ou evitado.

Paninhos

Deve-se evitar o hábito dos paninhos, pois podem provocar

acidentes como sufocamento (enrolar o pescoço, fechar as

narinas) e fraturas de dentes (por quedas, após tropeçar no

paninho).

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