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Estado de São Paulo
Poder LegislativoDiário da Assembleia Legislativa – 18ª Legislatura
Cauê Macris – Presidente Luiz Fernando T. Ferreira: 1º SecretárioEstevam Galvão: 2º SecretárioChico Sardelli: 3º SecretárioAdilson Rossi: 4º Secretário
Analice Fernandes: 1ª Vice-PresidenteMaria Lúcia Amary: 2ª Vice-PresidenteMilton Vieira: 3º Vice-PresidenteJooji Hato: 4º Vice-Presidente
Palácio 9 de Julho • Av. Pedro Álvares Cabral, 201 • Ibirapuera • São Paulo • CEP 04097-900 • Tel. 11 3886-6000 www.al.sp.gov.br
85º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932
Volume 127 • Número 127 • São Paulo, sábado, 8 de julho de 2017
Para além de tijolos e concreto, um lugar se estabelece a partir das pessoas que escrevem sua história. É sob a perspectiva do i nd iv íduo, sua s ex per iênc ia s e marcas, que esse espaço se reconhece e se redimensiona, dando contorno a universos particulares e coletivos. E permitindo que seus traços arquitetônicos
se misturem às contradições e vivências daqueles que o ocupam.
Nesse imaginário coletivo, nem sempre é possível dizer onde começa um e acaba o outro. A história da Assembleia é, portanto, a história das pessoas que por lá passaram. Que lá ainda estão. Nada mais legítimo, portanto, que a Casa do Povo
tenha suas linhas escritas por sua gente.Por isso, a Assembleia Legislativa de São
Paulo resolveu destinar um espaço aos seus perso nagens. Às pessoas que contribuíram por meio de seu trabalho e que, por que não dizer, foram fundamentais na construção do maior Legislativo do País.
Sejam bem-vindos à FuncionAL! - Pág. 2
Com vocês, Carlos.
Marina Mendes Foto: Maurício G. de souza
Neste domingo, 9 de julho de 2017, comemoram-se 85 anos do movimento armado paulista que visou à derrubada do Governo de Getúlio Vargas e à promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Para celebrar a data, a Assembleia Legislativa realizará uma cerimônia em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932.
VargasUma era: Getúlio governaria
o país, pela primeira vez, durante 15 anos consecutivos. Seu período inicial divide-se em Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional (1934-1937) e Estado Novo (1937-1945). Entre 1951 e 1954 haveria ainda o segundo governo Vargas.
Até 1930, a política nacional organizava-se sob a forma do que ficou conhecido como a República Velha, caracterizada por uma alternância do Poder Executivo federal entre paulistas e mineiros: a política do “café-com-leite”.
Naquele ano a eleição de Júlio Prestes para a presidência ocorreu em meio a uma série de instabilidades e revoltas, culminando com a sua deposição (e fuga, junto com o vice Washington Luís). O Provisório foi então instaurado, com Getúlio Vargas à frente. Era o fim da República Velha.
O objetivo declarado era reorganizar a vida política do país – e sob esse pretexto deu-se um
processo de centralização do poder, que eliminou os órgãos legislativos em todas as esferas (federal, estadual e municipal). Assim, quando estourou a Revolução Constitucionalista paulista, em 9 de julho de 1932, a Alesp estava fechada.
a revolução de 1932Desde 1930 esperava-se por
uma constituição federal. Em São Paulo, um levante que almejava a recondução do país a uma ordem constitucional. Ter sido voluntário na Revolução de 1932 era sinônimo de bravura, de amor a São Paulo e também à democracia. Mas há quem se refira à revolução como uma manifestação conservadora de inspiração oligárquica.
Embora seja um movimento controverso até mesmo entre os historiadores, o fato é que os paulistas pegaram em armas por tal demanda, em 1932.
a luta e os fatosO objetivo da Revolução
de 1932 era invadir o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, e depor Getúlio Vargas, sem derramamento de sangue.
Em meio à revolução, São Paulo foi abandonado por três Estados que haviam se comprometido a apoiá-lo, o que eliminou as possibilidades de sucesso do movimento. Contando apenas com a ajuda do então Mato Grosso, São Paulo foi isolado e cercado pelas armas federais. Esgotados seus recursos, em 2 de outubro o governo paulista
divulgou uma carta de armistício. Estava encerrado o conflito.
Apesar de derrotado belicamente, a revolução paulista teve seu efeito: pressionado, Vargas convocou eleições para a Constituinte. Em 1934, a nova Constituição Federal foi promulgada.
discursos“São Paulo levantou-se
em armas em 9 de julho de 1932 para livrar o Brasil de um governo que se apossaria de sua direção por efeito de uma revolução (...) e se perpetuava indefinidamente no poder, esmagando os direitos de um povo livre (...) que trazia o sempre glorioso São Paulo debaixo das botas e do chicote do senhor!”
Discurso de Adhemar de Barros, futuro governador do Estado de São Paulo por três vezes, proferido em Santos, enquanto combatente-médico, sobre a revolução de 1932.
“Só uma explicação é possível. A ambição do poder, caracterizada por um movimento de revanche contra o de 1930, visando restaurar o passado. (...) No Brasil renascente, esta revolta constitui a derradeira investida para a restauração da velha mentalidade oligárquica (...).”
Manifesto de Getúlio Vargas, chefe do Governo Provisório, ao povo paulista, em 20 de setembro de 1932.
afinal, o que os paulistas comemoram em 9 de julho? O movimento que, embora derrotado, acelerou a
reconstitucionalização do país. A Carta de 1934 adotou medidas democráticas, como a instituição do voto secreto e do voto feminino, e também criou as bases para a legislação trabalhista.
Com essas resoluções de grande popularidade e com apoio da maioria do Congresso, Vargas garantiu mais um mandato.
o Legislativo paulista e a revoluçãoA sede da Assembleia Legislativa chama-se Palácio 9 de Julho.•O Acervo Histórico da Alesp disponibiliza ao público, desde 2015, •o inventário da documentação de 1932, sob sua guarda.A Constituição Estadual paulista de 1935 foi propo sitadamente •promulgada em 9 de julho de 1935.O dia 9 de julho foi instituído como feriado civil estadual 5 de •março de 1997, por meio da Lei 9.497.
comemorandoO aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932
será comemorado em ato solene na Alesp às 12h horas do domingo, 9/7, no Plenário Juscelino Kubitschek. A iniciativa é do deputado Coronel Telhada (PSDB).
Capas das revistas do Acervo Histórico
* Com a contribuição da equipe do Acervo Histórico da Alesp
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