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KM SERVIÇOS, CONSULTORIA, ESTUDOS E PROJETOS LTDA.
RECIFE, JUNHO/2019
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIANASECRETARIA DE URBANISMO, OBRAS E PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO
VOLUME - 3C
EXTENSÃO: 8,75KM
ADEQUAÇÃO DE PROJETO DE ENGENHARIA EXISTENTE DA CENTENÁRIAESTRADA DECAJUEIRO, NO TRECHO CONTIDO ENTRE A BR-101 ETEJUCUPAPO, NO MUNICÍPIO DE GOIANA/PE.
O DISTRITO DE
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL
DER PE
Sumário
DER PE
Sumário
1. Apresentação ......................................................................... 04
2. Mapa de Situação .................................................................. 06
3. Estudos Ambientais ............................................................... 07
3.1. Considerações Gerais ........................................................... 08
3.2 Levantamento do Passivo Ambiental .................................. 08
3.3 Metodologia ......................................................................... 09
3.4 Levantamento ...................................................................... 09
3.5 Diagnóstico Ambiental da área do Projeto .......................... 09
3.6 Caracterização Ambiental .................................................... 11
3.7 Caracterização do Trecho .................................................... 15
3.8 Determinação da Prioridade nas Intervenções ..................... 17
3.9 Análise de Confronto das Intervenções previstas com
o Código Florestal e as Resoluções CONAMA .................. 21
4. Projeto Ambiental ................................................................. 23
4.1. Passivo Ambiental ............................................................... 24
4.2. Critérios para Recuperação das Ocorrências a serem
Exploradas ........................................................................... 24
4.3. Detalhamento das Etapas para Recuperação das Áreas
Degradadas .......................................................................... 29
4.4. Escolhas das Espécies Vegetais .......................................... 32
4.5. Orientações Quanto aos Cuidados com o Meio
Ambiente .............................................................................. 34
DER PE
1. Apresentação
Rua José de Holanda, 472 - SALA 201 – TORRE – RECIFE/PE CEP- 50.710-140
FONE /FAX: (81) 3227-9803 CNPJ 01.856.351/0001-61 E-mail: mksltda@superig.com.br
A MKS – Serviços, Consultoria, Estudos e Projetos Ltda., empresa sediada na Rua José de Holanda, 472 – Sala 201 – Torre – Recife/PE, inscrita no CNPJ sob o nº 01.856.351/0001-61, tendo como Responsável Técnico o Engº Sylvio Mamede Torres, CREA nº 12.951-D/PE apresenta a Prefeitura Municipal de Goiana/PE, o Volume – 3C Relatório de Avaliação Ambiental, componente da Adequação de Projeto de Engenharia Existente da Centenária Estrada de Cajueiro, no Trecho contido entre a BR-101 e o Distrito de Tejucupapo, no Município de Goiana/PE, com extensão de 8,75km, conforme Contrato Nº 072/2019.
Recife, Junho/2019
DER PE
2. Mapa de Situação
PERNAMBUCO
RECIFE
PARAÍBA
BAHIAALAGOAS
MAPA DE SITUAÇÃO
CEARÁ
PIAUÍ
PERNAMBUCOBRASIL
KM
TEJUCUPAPO
Tejucupapo
GOIANA
048
049
101
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIANA/PE
NO MUNICÍPIO DE GOIANA/PE.EXTENSÃO: 8,75Km
ADEQUAÇÃO DE PROJETO DE ENGENHARIA EXISTENTEDA CENTENÁRIA ESTRADA DE CAJUEIRO, NO TRECHOCONTIDO ENTRE A BR-101 E O DISTRITO DE TEJUCUPAPO,
DER PE
3. Estudos Ambientais
DER PE
3.1 Estudo Ambiental
Os Estudos Ambientais e o Projeto Ambiental seguiram as orientações da ISA-246
do DNIT, onde se inclui o levantamento do Passivo Ambiental, conforme sistemática indicada
no “Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais” do DNIT, o
cadastramento das áreas degradada ocorrentes no interior da faixa de domínio e adjacências e
um diagnóstico ambiental para determinação das prioridades nas intervenções e uma análise
dos riscos de possibilidade de confrontos entre as intervenções previstas e a legislação
ambiental.
O Projeto Ambiental, em síntese, consiste na explicitação e quantificação das
medidas corretivas para solução dos problemas identificados nos Estudos Ambientais,
apresentando-se os quantitativos pertinentes, as referências às Especificações, os croquis com
as soluções, a escolha das espécies vegetais a serem introduzidas, dentre outros aspectos.
3.2 Levantamento Passivo Ambiental
Conceitualmente define-se Passivo Ambiental de redes viárias (DNIT ISA-246)
como: “toda ocorrência decorrente da falha de construção, restauração ou manutenção da
rodovia capaz de atuar como fator de dano ou degradação ambiental à área de influência
direta, ao corpo estradal ou ao usuário, ou a causada por terceiros ou por condições climáticas
adversas, capaz de atuar como fator de dano ou degradação ambiental ao corpo estradal ou ao
usuário”, situando-se, pois, no âmbito da situação atual, ou seja, dos impactos ambientais
gerados ao longo do tempo pela presença da rodovia.
DER PE
3.3 Metodologia
No levantamento do Passivo Ambiental do Projeto em apreço, levou-se em conta
a identificação dos problemas nos seguintes agrupamentos:
Grupo I: Faixa de Domínio e Áreas Adjacentes;
Grupo II: Áreas exploradas (pedreiras, areais, jazidas, empréstimos e bota-
foras);
Grupo III: Problemas decorrentes da Ação de Terceiros;
Grupo IV: Interferência com Aglomerações/Equipamentos Urbanos.
3.4 Levantamento
O Passivo Ambiental em estudo é pouco relevante, tendo-se encontrado ocorrências
relacionada aos Grupos: Grupo I: Faixa de Domínio e Áreas Adjacentes e Grupo II: Áreas
exploradas (pedreiras, areais, jazidas, empréstimos e bota-foras).
Grupo I: Faixa de Domínio e Áreas Adjacentes;
Foram observados processos erosivos na plataforma da estrada, principalmente pela
inexistência de dispositivos de drenagem superficial e profunda.
Medidas Corretivas: Este problema será equacionado com a implantação de dispositivo de
drenagem previsto no Projeto de Drenagem.
Grupo II: Áreas Exploradas;
A pedreira a ser utilizada no trecho, é uma pedreira comercial Bela Rosa, situada a
43,5km da estaca 0+0,00 no município de Itambé e o Areal Rio Tracunhaém comercial
situado a 4,2km do trecho, no entanto, não se prevê atividades de recuperação ambiental.
3.5 Diagnóstico Ambiental da Área do Projeto Este item apresenta um diagnóstico ambiental, abrangendo: meio físico: clima,
solos, geomorfologia e geologia; meio biótico – vegetação e; meio antrópico.
Atende a dois objetivos:
prover um mínimo de subsídios para a avaliação dos impactos ambientais do
projeto de implantação da rodovia;
fornecer suporte para determinação dos Índices Técnicos (IT), de Risco (IR) e
de Prioridade (IP), os quais, por sua vez, determinarão um nível de intervenção
DER PE
para correção dos eventuais problemas ambientais gerados pelo
empreendimento, compatível com a importância da rodovia e sistemas
geoambiental onde está inserida, evitando-se, assim, a proposição de soluções
descabidas quanto à complexidade e custos (conforme metodologia do Manual
Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais –
DNER,1996).
Tem como objetivo prover um conhecimento regional e localizado dos aspectos
geoambientais e sócio-econômicos do entorno da rodovia e sua área de influência, com os
seguintes objetivos específicos:
Dados climáticos: permitirá identificar as possibilidades de ocorrência de
eventuais problemas relacionados com: fontes de estabelecimento d’água para
o projeto; períodos de impedimentos à execução das obras; resistência à erosão
dos solos (em função da intensidade pluviométrica), dentre outros;
Vegetação: sendo um bem ambiental dos mais importantes, sujeito á proteção
legal em vários dispositivos da legislação federal, estadual e municipal, sua
caracterização permitirá identificar possíveis restrições no que se refere aos
desmatamentos necessários à implantação das obras (exploração de jazidas e
empréstimos laterais, abertura de caminhos de serviço, etc) de modo a se evitar
interferências em áreas de proteção ambientais legalmente instituídas, tais
como: matas ciliares, mata atlântica (latu sensu), vegetação protetora de
encosta e topos de relevo, etc;
Geologia/Geomorfologia/Relevo: facultará o conhecimento dos eventuais
obstáculos de transposição topográfica que poderão envolver grande
movimentação de terras; as áreas sujeitas a alagamentos; os pontos e/ou sub
trechos cuja caracterização topográfica poderá desencadear processos erosivos;
os pontos notáveis de valorização da paisagem, etc;
Hidrografia: permitirá identificar os recursos superficiais e subterrâneos
passíveis de preservação em função do uso atual e potencial de abastecimento
humano; as faixas de preservação ambiental dos cursos d’água em
conformidade com a legislação pertinente; os dados preliminares para os
estudos hidrológicos a serem desenvolvidos no projeto, dentre outros aspectos;
DER PE
Solos: a caracterização pedológica fornecerá conhecimentos acerca da
susceptibilidade erosiva dos solos; da estabilidade dos taludes em função da
conjunção dos parâmetros textura, estrutura e permeabilidade; da fertilidade, o
que norteará a reabilitação de áreas degradadas (Passivo Ambiental) e áreas a
serem degradadas (exploração de jazidas, etc).
3.6 Caracterização Geoambiental
I. Solos
Os solos mais comumente encontrados na região destacam-se Latossolos e
Podzólicos, além de solos aluviais, todos agricultáveis.
Os Latossolos Vermelho Amarelo Distróficos e os Podzólicos Vermelho Amarelo
Distróficos, embora sejam todos desenvolvidos, com elevada capacidade de aproveitamento
das chuvas e retenção hídrica, são, quimicamente, ácidos, de baixa fertilidade não
dispensando calagens e adubações complementares para um uso agrícola mais intensivo. São
poucos susceptíveis a erosão nas fases de relevo plano e suave ondulado. Esboçam sinais de
vossarocas nas encostas e talvegues nas fases ondulados ou mais ingremes. Nesses casos,
praticas de conservação de solos, devem ser adotadas. Tais solos são apropriados para
agricultura de ciclo curto e longo. Já são utilizados com plantios de cana-de-açúcar.
Os solos desenvolvidos em aluviões são, em geral, férteis e úmidos em
consequência do nível subsuperficial do lençol freático (que os torna bons aqüíferos rasos),
sendo largamente utilizados com culturas de cana-de-açúcar, fruteiras, e forrageiras ou ainda
para localização de núcleos rurais e urbanos e instalação de indústria.
II. Geologia/Geomorfologia
O trecho encontra-se inserido geologicamente, na Província Borborema, sendo
constituído:
Litotipos dos complexos Salgadinho e Vertentes;
Formação Beberibe do Grupo Barreiras; e,
Depósitos Flúvio-marinhos, Flúvio-lagunares e Aluvionares.
A região litoral norte está representada predominantemente por sedimentos da
Bacia Sedimentar Pernambuco-Paraíba além de rochas do embasamento cristalino Pré-
Cambriano.
DER PE
A Bacia Sedimentar Pernambuco-Paraíba, de idade terciária apresenta-se,
estruturalmente, como uma homoclinal, com o embasamento cristalino mergulhando
suavemente para leste, constituindo uma faixa continental de largura média em torno de 20km
ao longo de todo o litoral norte, estreitando-se quase que abruptamente nas proximidades do
Lineamento Pernambuco, para assumir uma largura média de 8km. Abrange as seguintes
unidades lito-estratigráficas: Formação Barreiras, Formação Beberibe do Cretáceo Superior,
Formação Gramame do Cretáceo Superior e Formação Maria Farinha do Terciário.
As rochas cristalinas afloram na porção oeste da área, ao longo de toda a borda da
bacia sedimentar e servem de substrato para os sedimentos desta. São representantes do
Complexo Migmatítico-Gnáissico do Pré-Cambriano Indiviso Modalmente, constituem-se de
migmatitos diversos, dos tipos estromatític, nebulítico e epibolítico, com composição
predominantemente gradoniorítica, além de gnaisses. Essas rochas cristalinas afloram numa
área de 297,3km2, porém, o seu limite para a bacia sedimentar acha-se encoberto pelos
depósitos da Formação Barreiras, numa área de aproximadamente 200km2.
Formação Barreiras - é a mais extensa dentre as unidades geológicas que ocorrem no
segmento litorâneo em causa. Aflora, é encontrada de forma predominante, em toda a
extensão norte-sul da porção central da área, encontrando-se confinada do lado oeste pelos
terrenos do Embasamento Cristalino e, do lado leste, pelas formações geológicas cretáceas
que são as Formações Beberibe e Gramame. Ocorre também na porção oriental da área,
ora confinando com os Terraços Marinhos Pleistocênicos (em Carne de Vaca e em Ponta
de Pedras) ora sobrepondo-se aos depósitos da Formação Gramame.
Formação Beberibe - ocorre extensivamente na Bacia Pernambuco-Paraíba, ao norte da
RMR, assentada diretamente sobre o embasamento cristalino, e aflorando nos leitos dos
rios. Possui espessura média da ordem de 180m, alcançando valores máximos de 250 a
300m na zona litorânea entre Olinda e Itamaracá, reduzindo-se no sentido norte-sul e
aumentando de oeste para leste. É constituída de arenitos quartzosos continentais de
granulação variável contendo intercalações de silte e argilas na seção inferior (Beberibe
Inferior) e arenitos calcíferos de caráter marinho na seção superior (Beberibe Superior).
Incluem-se os depósitos localizados no trecho que se estende dos arredores da vila de
Tejucupapo até as vizinhanças da povoação, Atapuz, São Lourenço, na porção norte da
Ilha de Itapessoca e em toda a Ilha de Itamaracá.
DER PE
Formação Gramame - ocorre restritamente ao longo de uma faixa estreita e descontínua na
porção leste da Bacia Sedimentar PE-PB, de Olinda para o norte recobrindo os arenitos
calcíferos da Formação Beberibe em contato concordante e gradacional, e geralmente
encoberto por sedimentos da Formação Barreiras. É constituída, da base para o topo, de
arenitos calcíferos que gradam para calcários arenosos e culminam com calcário
dolomítico e margoso muito fossilífero, não lhe conferindo importância alguma como
reservatório de água subterrânea.
Formação Maria Farinha - embora constituindo uma unidade estratigráfica individualizada
em termos de conteúdo fossilífero, esta formação tem características litológicas e modo de
ocorrência idênticos aos da Formação Gramame que lhe é subjacente e concordante, tendo
também pouco valor como reservatório de água subterrânea. Sua ocorrência é restrita
tanto em superfície como em sub-superfície, à região norte, nos municípios de Itamaracá e
Igarassu.
Como pontos críticos de ordem geológica, devido erosão na Estaca 205+0,00, será
projetado um muro do tipo gabião.
III. Cobertura Vegetal
A vegetação nativa da região do tipo Floresta Subperenifólia, com partes de
Floresta Subcaducifólia e cerrado/ floresta e mangue. No Litoral Norte, os depósitos de
mangue mais extensos estão localizados no estuário dos rios Goiana-Megaó, Itapessoca,
Botafogo-Arataca, Igarassu, Timbó e no Canal de Santa Cruz. A riqueza em nutrientes e a alta
produtividade das águas, nesses ambientes, tornam o manguezal habitat de uma fauna
diversificada e abundante, isto, sem falar na importância desse ecossistema na reprodução das
espécies marinhas que, ali, realizam parte de seu ciclo biológico.
Faz parte dessa vegetação a cultura da cana-de-açúcar, dividindo esse papel com o
coco, à medida que se avizinhada orla marítima, onde o coqueiro era, até bem pouco tempo, o
elemento dominante da paisagem. Abaixo o mapa da vegetação da região.
DER PE
IV. Clima O clima é considerado tropical atlântico (AW), segundo o modelo de Köppen, e a
média anual das temperaturas é de 24,6 °C. Por se tratar de uma cidade litorânea, o efeito
da maritimidade é bastante perceptível, traduzindo-se em amplitudes térmicas relativamente
baixas. A média anual das temperaturas médias máximas mensais é 26,51 °C, e das médias
mínimas mensais, 20,35 °C. Já as médias anuais das temperaturas máximas e mínimas
absolutas aferidas em cada mês ficam, respectivamente, em 31,1 °C e 18,8 °C. julho é
o mês mais frio, com médias máxima e mínima de 26,2 °C e 18,9 °C, e janeiro, o mais quente
(31,1 °C e 20,8 °C).
A estação chuvosa se inicia em fevereiro com término em outubro e a
precipitação média anual é de 935,8mm. Os índices de umidade relativa do ar variam em
torno de 62% é maior nos meses de abril a julho e atinge o mínimo anual na primavera.
É apresentado a seguir, o histograma que representa a pluviometria máxima
mensal e média mensal do posto de Igarassu e Condado, que caracteriza a região em estudo.
DER PE
PLUVIOMETRIA MENSAL POSTO IGARASSU / PE
Nº 3950623
103,
2
150,
7 253,
3
321,
4
357,
5
318,
9
308,
0
183,
5
107,
7
38,3
34,1
49,8
249,
2
473,
6
685,
0
935,
8
674,
3
601,
5
601,
5
526,
3
243,
5
146,
2
79,4
174,
6
17,362,1
99,4 85,8
191,0115,6 125,2
38,9 17,2 7,4 5,2 5,80
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
MESES
PR
EC
IPIT
AÇ
ÃO
(m
m)
M édia M áxima M ínima
V Hidrografia
Baseado na carta planialtimétrica da região, em escala 1:25.000 postas sobre carta
do Google Earth, e nos dados obtidos durante a visita técnica observamos que o trecho está
contida na bacia do rio Goiana. Provavelmente na época da construção, As águas poderão ser
obtidas comercialmente no Distrito de Tejucupapo.
3.7 Caracterização da Trecho O trecho tem início na estaca 1+0,00 na Estrada de Cajueiro, (entre a BR-101 e o
Distrito de Tejucupapo), até atingir a estaca 437+9,55 no Distrito de Tejucupapo, totalizando
8.750,00m metros de extensão a serem projetados.
O trecho tem características de rodovia não pavimentada com segmentos em
revestimento primário de solo siltosos e areais siltosas, numa extensão total de 8,75km,
apresentando até a presente data regulares a boas condições de trafegabilidade no período
chuvoso e não chuvoso. O revestimento primário aplicado apresenta deficiência quanto à
PLUVIOMETRIA MENSALPOSTO CONDADO / PE
Nº 3859183
78,2
100,
4 179,
9
176,
9
220,
6
215,
3
233,
4
112,
5
78,2
38,7
36,2
37,4
217,
3
236,
0
394,
2
381,
8
387,
6
393,
3
594,
7
275,
7
222,
2
152,
2
114,
7
127,
0
7,2 7,052,6
19,2 0,0
79,0 59,0 39,66,8 0,0 0,0 2,6
0
100
200
300
400
500
600
700
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
MESES
PR
EC
IPIT
AÇ
ÃO
(m
m)
M édia M áxima M ínima
DER PE
compacidade e larguras variáveis com erosões nos bordos da rodovia, tendo em vista a
inexistência de dispositivos de drenagem.
a) Interesse Estratégico
Considerando-se, na avaliação deste item os seguintes parâmetros:
rota de evacuação de regiões de risco de catástrofes (naturais ou não);
traçado alternativo para eventual interrupção de vias principais;
via de ligação a pontos estratégicos de segurança pública/nacional.
O trecho em estudo não apresenta singularidade com relação a estes parâmetros.
b) Interesse Sócio-Econômico
O trecho em estudo terá grande importância no desenvolvimento econômico da
região, além de melhorar a trafegabilidade da população que se destina a Goiana, Itaquitinga e
ao Estado da Paraíba e vice-versa, bem como, diminuir os custos com transportes de empresas
de exploração de cana-de-açúcar, das chácaras e fazendas de coco, e dos Distritos de
Tejucupapo e Pontas de Pedras, diminuindo a distância entre estes e os municípios.
A agricultura é predominante com maior potencialidade de desenvolvimento para
plantio de cana-de-açúcar.
c) Risco de Danos Ambientais
Este item tem com objeto a identificação de bens ambientais (biofísicos e
antrópicos) que possam ser prejudicados com os elementos dos empreendimentos. São
considerados bens ambientais as áreas protegidas por lei (parque, reservas, APAs, etc) além
de corpos hídricos que abasteçam centros urbanos e industriais (rios, lagos, reservatórios,
represas), onde acidentes possam por em risco a qualidade/quantidade das águas destinadas ao
uso.
Consideram-se ainda neste item os ditames legais da Resolução CONAMA
004/95, o Código Florestal e o recente Decreto 750 da Presidência da República, os quais, de
uma forma ou de outra, encontra-se incorporados à Legislação Estadual e o que objetivamente
visam proteger as margens e nascentes dos rios, dos lagos, dos reservatórios de água, a
Floresta Ombrófila e sistemas associados (manguezais e restingas), além das formas
peculiares do relevo (serras, bordas de chapadas, etc.)
DER PE
Quanto ao relevo, certamente a implantação do greide de terraplenagem bem
como a exploração de jazidas não ofertará as formas peculiares previstas na legislação (bordas
de tabuleiros e/ou chapadas, serras, etc.), em face de ausência de acidentes geográficos de
porte.
O Código Florestal e a Resolução CONAMA 004/95, hoje, é uma boa referência
genérica para análise das implicações legais de um projeto que tem nos seus componentes a
exploração de jazidas de material e a implantação de uma pista em áreas de terreno natural.
3.8 Determinação da Prioridade nas Intervenções
Este item objetiva determinar, com base no breve diagnóstico anterior, um índice
técnico e risco geoambiental para o projeto e, consequentemente um índice de prioridade para
as intervenções ambientais corretivas que se fizerem necessárias. Estão embutidos no conceito
de risco, não só os parâmetros de natureza biofísica, mas, também, os de natureza técnica e
sócio-econômica, de sorte que, o índice de prioridade resultante decorre de um corpo de um
conjunto integrado de fatores.
A caracterização ambiental apresentada anteriormente encadeou o preenchimento
do quadro determinação da prioridade nas intervenções, apresentado a seguir, atingindo-se os
seguintes índices:
Índice de Risco Técnico (IT) = 2 (baixo)
Índice de Risco Geoambiental/Climático (IR) = 0 (nulo)
Índice de Prioridade (IP) = 1 (baixo)
Interpretando-se os resultados alcançados, têm-se as seguintes conclusões:
A resultante dos dois índices referidos é um índice de prioridade (IP) = 1, ou seja,
de baixa magnitude, o que significa que não há necessidade de se adotar medidas complexas e
onerosas para mitigar os impactos a serem gerados pelo empreendimento, o nível de
intervenção correspondente, no Nível 1.
O valor atribuído ao Índice Técnico decorre da conjunção dos fatores importância
sócio-econômica e do volume de tráfego e o fato de não ser pavimentada. Por sua vez, a baixa
precipitação pluviométrica e os médios atributos de risco de erosão levaram a um índice de
Risco Geoambiental baixo.
DER PE
Uma das maiores vantagens da metodologia em apreço é que ela permite que se
determine um nível de intervenção que seja compatível com a importância sócio-econômica e
geoambiental do segmento rodoviário em estudo, evitando a proposição de soluções
descabidas no que se concerne à complexidade e custos, valorizando, pois, a racionalidade nas
intervenções, as quais estão assim classificadas:
Nível 1 (Índice de Prioridade na faixa de 1 a 2):
Intervenções com menor custo de implantação, indicadas para Índice de
Prioridade, por exemplo: execução de canaletas de drenagem sem revestimento ou revestidas
com grama; acerto manual de taludes; aplicação de solo cimento ensacado para obturação de
taludes eroditos, pequenas operações de terraplenagem para correção da inclinação de taludes,
etc.
Nível 2 (Índice de Prioridade na faixa de 3 a 5):
Intervenções de natureza executiva mais complexa, envolvendo equipamentos de
maior porte, equipes humanas, com especialização adequada aos serviços, e, em alguns casos,
necessitam de matéria prima obedecendo às especificações técnicas. Estas soluções serão
indicadas para índices e Prioridades médios, podendo-se citar como exemplo: canaletas de
drenagem revestidas em concreto; acerto de taludes pelo uso de equipamentos de
terraplenagem; utilização de gabiões na recuperação de taludes eroditos; confecção de muros
de peso; aplicação de drenos sub-horizontais, etc.
Nível 3 (Índice de Prioridade na faixa de 6 a 7):
Finalmente, neste grupo encontram-se aquelas soluções com o custo de
implantação mais elevado entre os três níveis considerados, tendo como exemplos: cortinas
atirantadas; muros em concreto armado; terra armada; aplicação de estaca raiz, etc.
É necessário frisar que a proteção vegetal deve ser considerada como
complemento a todos os níveis, independentemente da solução adotada.
O quadro de Determinação das Prioridades e Levantamento de Parâmetros para
Caracterização do trecho é apresentado a seguir:
1. Condições Gerais da Via / Pista e Acostamento
V1: Mau V2: Regular V3: Bom
1a. Estado de Conservação
Condições Insuficiente Insuficiente Suficiente Suficiente
Gerais da Via Bem Conservada Mau Conservada Mau Conservada
V1: Mau Mau Mau Regular
V2: Regular Regular Regular Ótimo
V3: Bom Bom Bom Ótimo
2.Índice Técnico
Estado de Conservação < 300 < 700
Ótimo 0 1
Bom 1 1
Regular 1 2
Mau 2 3
Péssimo 3 3
2a. Interesse Estratégico + 1
Interesse Sócio-Eoconômico + 1 IT =1+1 =2
Risco de Dano Ambiental + 1
TABELA 3. Risco Geo-Ambiental
Tipo/Estado do Solo Densa/Adequada Densa/Inadequada Esparsa/Adequada Esparsa/Nula/Inadequada
Estável G0 G2
Médio G1 G3
Instável G2 G4
TABELA 3a. Risco Climático
Nulo Precipitação até 1000 mm/ano sem estiagem prolongada
Baixo Precipitação até 1000 mm/ano com estiagem prolongada
Médio Precipitação < 2000 mm/ano
Alto Precipitação > 2000 mm/ano
TABELA 3b. Índice de Risco
RISCO GEO-AMBIENTAL NULO BAIXO MÉDIO ALTO
G0 0 0 1 1
G1 0 1 1 2
G2 1 1 2 3
G3 2 2 3 4
G4 3 3 4 5
TABELA 4. Índice de Prioridade (IP)
0 1 2 3 4 5
< = 1 1 1 2 2 3 3
2 IP = 1 2 2 3 3 4
3 2 2 3 3 4 4
4 2 3 3 4 4 5
5 3 3 4 4 5 5
6 3 4 4 5 5 6
> = 7 3 4 5 6 6 7
TÉCNICO
G3
VOLUME MÉDIO DE TRÁFEGO DIÁRIO
COBERTURA AMBIENTAL
RISCO CLIMÁTICO
2
3
3
4
< 1400
DETERMINAÇÃO DOS ÍNDICES IT, IR E IP
G1
G2
ÍNDICE DE RISCOÍNDICE
SISTEMA DE DRENAGEM
1
< 3000
2
> 3000
5
3
4
5
6
2 2
3
4
X
X
3. Volume de Tráfego
O VDM é baixo atualmente devido as condições de trafegabilidade e ausência de continuidade viária.
1. Condição Geral da Via / Pista e Acostamento
Péssimo Regular Bom
Suficiente Insuficiente
Bem Conservado Mal Conservado
QUADRO DE LEVANTAMENTO DE PARÂMETROS PARA CARACTERIZAÇÃO DA RODOVIA
2. Sistema de Drenagem
4. Características de Interesse Antrópico
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIANA/PEADEQUAÇÃO DE PROJETO DE ENGENHARIA EXISTENTE DA CENTENÁRIA ESTRADA DE CAJUEIRO, NO TRECHO CONTIDO ENTRE A BR-101 E O DISTRITO DE TEJUCUPAPO, NO MUNICÍPIO DE GOIANA/PE.EXTENSÃO: 8,75km
Sim X Não
Sim Não X
Sim Não X
Densa X Nula
Adequada: Sim X Não
X
X
5. Cobertura Vegetal
7. Clima
Estável Médio Instável
Esparsa
6. Solo / Taludes
Interesse sócio-econômico
Precipitação: 935,8mm média anual
Estiagem prolongada Sim Não
Interesse estratégico
Risco de dano ambiental
DER PE
3.9 Análise dos Riscos da Exploração das Jazidas
Para pavimentação do trecho em estudo será necessária, a utilização de 2 jazidas,
para utilização na sub-base e base, 1 pedreira (Bela Rosa) e 1 areal (Tracunhaém) e 1 Areal
(Bela Vista) para possível exploração, para concretos utilizados em obras de arte correntes e
drenagem superficial e na pavimentação. Para a terraplenagem serão utilizados 4 empréstimos
laterais localizados ao longo de toda a rodovia.
Localização Vegetação
Benfeitorias Risco Ambiental
Estaca de Projeto Lado
Distância (m) Pré-existente Antrópico Biofísico
J1 437 +9,549 D 3.170 Não há Não há Baixo Baixo J2 437 +9,549 D 5.200 Não há Não há Baixo Baixo E1 28+0,00 D 40,00 Não há Não há Baixo Baixo E2 380 A 390 E Margem Coqueiros Capoeira Baixo Baixo E3 437+9,549 D 2.730 Rasteira Cana-de-açúcar Baixo Baixo E4 437+9,549 D 2.900 Arbustiva rala Não há Baixo Baixo
Areal 0+0,00 E 4.310 Não há Não há Baixo Baixo Areal 0+0,00 D 9.700 Não há Não há Baixo Baixo
Pedreira 0+0,00 E 46.610 Não há Não há Baixo Baixo a) Quanto ao risco de erosão devido aos fatores RELEVO x TEXTURA
Conforme Resende (1983), a influência da textura dos solos nos processos
erosivos leva ao comportamento apresentado a seguir:
PARÂMETROS PARA DETERMINAÇÃO DOS EFEITOS DA TEXTURA NA EROSÃO DOS SOLOS
Textura Facilidade Composição Efeitos Principais
Argilosa Transporte Grão simples São retirados do sistema junto com os nutrientes
Siltosa Deslocamento e transporte Grãos simples e agregados São retirados do sistema junto com os nutrientes
Areia fina Deslocamento e transporte Grãos simples e agregados São retirados do sistema junto com os nutrientes
de areia e silte ou apenas retrabalhados
Areia grossa Decomposição Grãos simples e agregados de Tendem a permanecer na superfície dando proteção ao solo.
argila, argila, silte e areia fina
Cascalho, seixo Permanecem como
Pedaços de rochas ou de cristais Permanecem na superfície reduzindo a erosão.
e matacão resíduo
Segundo o mesmo autor, em condições desfavoráveis de relevo, tem-se o seguinte
comportamento dos solos, relativamente à textura:
DER PE
Em materiais argilosos, com o empacotamento da argila, o atalhamento em
profundidade é difícil, mas o transporte é facilitado devido à menor massa;
embora em função da agregação, a erosão se torna difícil;
Os arenosos, por serem mais pesados, têm um transporte mais difícil, porém
devido à falta de agregação, a erosão profunda é mais fácil;
O silte é de fácil transporte e fácil desagregação tendo, quando em declive, um
entalhamento profundo em todos os lados.
Ainda, segundo Resende, co-relacionando-se coerência e erosão, tem-se, de
maneira geral:
Solos muito coerentes: erosão do tipo laminar
Solos pouco coerentes: erosão em sulcos
Reportando-se as saibreiras a serem exploradas, todas elas localizadas em áreas
planas ou relevo suavemente ondulado com espessura média utilizável não ultrapassando os 2
metros, o que por si só reduz os riscos de erosão.
Quanto à textura, por sua vez, os solos nas saibreiras sendo de textura média
podem sofrer arraste pelas chuvas sendo, portanto, susceptíveis “a erosão, o que é armazenado
pelas características do relevo”.
b) Quanto à perda da biota (fauna e flora)
Na saibreira e nos empréstimos, o risco é muito baixo já que são áreas na maioria
antropizadas.
c) Quanto aos impactos antrópico
Este impacto será muito baixo na exploração das jazidas, levando-se em conta que
se reportarão, basicamente, a perda de produção. Os caminhos se serviço, por sua vez são
rurais, podendo haver um conflito de tráfego, o que será minimizado com a implantação de
sinalização de advertência.
DER PE
4. Projeto Ambiental
DER PE
O Projeto Ambiental contempla a recuperação do Passivo Ambiental e das
ocorrências a serem exploradas.
4.1 Recuperação do Passivo Ambiental Conforme relação e comentários constantes do Estudo Ambiental inexistem
ocorrências de Passivo Ambiental, sujeitas a um Projeto Ambiental. Foram encontradas
ocorrências relacionadas:
Grupo I: Faixa de Domínio e Áreas Adjacentes - foram observados processos
erosivos na plataforma da estrada, principalmente pela inexistência de
dispositivos de drenagem superficial e profunda; e,
Grupo II: Áreas Exploradas - a pedreira a ser utilizada no trecho, é uma
pedreira comercial Bela Rosa, situada no município de Itambé;
4.2 Critérios para Recuperação das Ocorrências a serem Exploradas
a) Jazidas, Empréstimos, Areais, Pedreiras, Bota-Foras e Acampamento
Para recuperação dessas áreas utilizou-se dos seguintes critérios:
Jazidas: a revegetação será executada de acordo com a cobertura vegetal pré-
existente, ou seja, nas áreas de vegetação de Caatinga, revegeta-se com
espécies semelhantes (as mais aptas – ver escolha das espécies vegetais
adiante), associadas a gramíneas, de sorte a se conseguir uma cobertura mista,
DER PE
com plantio de sementes misturadas a lanço manual. Quando da ocorrência de
vegetação rasteira – pastos – a revegetação se dará com as gramíneas e
leguminosas a lanço manual constante da Especificação DNER-ES-341/97;
Empréstimos Laterais: para aqueles localizados no interior ou contíguo à faixa
de domínio, optou-se pela revegetação com as gramíneas e leguminosa a lanço
manual, constantes da Especificação DNER-ES-341/97, evitando-se a
introdução de árvores de grande porte, que além de gerar risco para os usuários
da estrada, a sua utilização deve se restringir ao Projeto de Paisagismo, em
locais apropriados. Quanto às árvores de médio porte, é permitido, desde que
obedeça a especificação e não comprometa a segurança da rodovia.
Areais: quando no leito de cursos d’água, não se indica recuperação, mas,
apenas, recomendações para não se devastar a vegetação ciliar (de preservação
permanente nos termos legais – Código Florestal), utilizando-se as “clareiras”
que, via de regra, são existentes nos rios da região;
Pedreira: estando em exploração, não se indica recuperação, uma vez que têm
licenciamentos ambientais próprios e, normalmente, têm continuidade
exploratória.
Bota-Foras: conforme orientação do próprio DNIT devem preferencialmente,
serem utilizados para preenchimentos das caixas de empréstimo (nivelamento),
com subsequente espalhamento da camada fértil previamente estocada e
plantio de gramíneas e leguminosas a lanço manual;
Acampamento: Revegetação com gramíneas e leguminosas conforme
Especificação DNER-ES-341/97, após desmobilização; e,
Caminhos de Serviço: À parte os caminhos de serviços no interior da faixa de
domínio abertos para formação do corpo estradal, os demais serão de pequena
monta, uma vez que, praticamente todos os acessos às jazidas de materiais
encontram-se consolidados. Desta forma, não se prevê um Projeto Ambiental
para os caminhos de serviço, devendo-se, entretanto, se adotar as seguintes
medidas na recomposição dos caminhos:
Estocagem prévia nas laterais dos caminhos da camada de húmus raspada;
DER PE
Descompactação do piso endurecido pela passagem dos veículos e
máquinas, através de aração, por uma escarificação ou uma subsolagem,
sempre perpendicular ao sentido das águas e, preferencialmente, com o solo
seco; e,
Espalhamento do solo orgânico.
Especificações Gerais e Particulares
A reabilitação ambiental das áreas deverá se pautar pelas seguintes especificações
gerais do DNIT:
ES-341/97 – Proteção do Corpo Estradal – Proteção Vegetal, com ênfase para
o item 5.3.2 – Áreas Planas ou de Pouca Declividade (atividades de
revegetação por aração mecanizada e semeadura a lanço manual) nas jazidas e
empréstimos;
ES-281/97 – Terraplenagem – Empréstimos, com destaque para o item 6 –
Manejo Ambiental;
DNIT-018/2006 – Sarjetas e valetas de drenagem, com destaque para o subitem
5.3.2 Sarjetas e Valetas com Revestimento Vegetal e item 6 – Manejo
Ambiental.
No quadro QD-4.2.1 do Projeto Ambiental, apresenta-se à discriminação e
quantificação dos serviços a realizar, com os devidos comentários logo a seguir, seguidos do
QD-4.2.2 quadro Localização de Materiais.
DISTÂNCIA Vegetação Área
AO EIXO (m) Pré-Existente Utilizada (m²)
E.01 LD 300,00 Não há 20.000
E.02 LE Margem Capoeira 8.000
E.03 LD 2.730,00 Rasteira 3.200
E.04 LD 2.900,00 Arbustiva Rala 8.100
c) Jazidas
J.01 LD 2.100,00 Não há 4.500
J.02 LD 5.500,00 Não há 8.550
d) Areal (obs.2)
Valetas revestidas de grama VPC-02 (m)
OCORRÊNCIAS ESTACA LADOPlantio de
grama/leguminosas lanço manual (m²)
a) Passivo Ambiental (obs.1)
b) Empréstimos
28+0,00
380 a 390
437+9,549
237
3428.550
437+9,549 4.500
437+9,549
437+9,549 8.100 360
50020.000
8.000
3.200
280
160
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,75k
m
d) Areal (obs.2)
A1- Rio Tracunháem LE 4.310,00 Não há
Bela Vista LD 9.700,00 Não há
e) Pedreira (obs.3)
P1- Pedreira Bela Rosa LE 43.610,00 Não há
f) Canteiro de Obras LD 1.228,00 Rala 10.000
g) Valetas de Proteção (VPC -02)
Recobrimento vegetal (taludes de cortes e aterro)
437+9,549 10.000
437+9,549
42.654,77
1.879,85
1+0,00
1+0,00
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LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS
QD-4.2.2
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIANA/PEADEQUAÇÃO DE PROJETO DE ENGENHARIA EXISTENTE DA CENTENÁRIAESTRADA DE CAJUEIRO, NO TRECHO CONTIDO ENTRE A BR-101 E O DISTRITO DETEJUCUPAPO, NO MUNICÍPIO DE GOIANA/PE.EXTENSÃO: 8,75Km
INÍCIODOTRECHO
AcampamentoUsinadeAsfalto/Solos
P.1PedreiraBelaRosa A43,61Km
L.E.
FINALDOTRECHO
A2,1KmL.D.J.1.NovaDivisão
A5,5KmL.D.J.2.SãoLourenço
A9,7KmL.D.
BelaVista
A4,31KmL.E.
A.1RioTracunhaém
A4,31KmL.E.Fonted’água
CanalGoiana
A1,23KmL.D.
DER PE
OBSERVAÇÕES: 1. Conforme já discorrido nos estudos ambientais, não existem ocorrências de passivo
ambiental sujeita a um projeto ambiental, ocorrência relacionada aos Grupos: Grupo I:
Faixa de Domínio/ Áreas Adjacentes e Grupo II: Áreas Exploradas.
2. O Areal a ser explorado é Areal Tracunhaém, extraído do rio Tracunhaém no município de
Tracunhaém.
3. A Pedreira Bela Rosa é comercial, devendo ter continuidade exploratória, razão pelo qual
não se prevê atividades de recuperação ambiental;
4. Os Bota-foras deverão ser depositados nas caixas de empréstimo, nivelando-as, após os
que, receberão a camada fértil previamente estocada e revegetação posterior (conforme
orientação do DNIT).
5. No cálculo das extensões valetas das jazidas, empréstimos e canteiro de obras,
consideraram-se para fins de estimativa de quantidades que a extensão de cada valeta seria
igual à maior dimensão de cada jazida, empréstimo ou canteiro de obras.
6. Recobrimento vegetal de taludes de corte e aterro, executado com plantio de
gramíneas/leguminosa a lanço manual (m²).
4.3 Detalhamento das Etapas para Recuperação das Áreas Degradadas
O detalhamento das etapas, apresentado a seguir, para utilização da reabilitação de
áreas de empréstimos e jazidas, complementa os procedimentos constantes das Especificações
do DNIT, já referidas anteriormente.
a) Decapeamento e armazenamento da camada superficial do solo
A retirada do solo superficial (camadas A e B), aquele mais propício à
proliferação da flora e microorganismos, é uma etapa fundamental para a recuperação
ambiental de áreas degradas. O decapeamento consiste na retirada das camadas de material de
DER PE
solo para estocagem no entorno da jazida para posterior reaproveitem com as seguintes
etapas:
Remoção de toda a camada superficial de solo orgânico (Nível A), caso esta
ocorra, numa altura variável de até 30cm;
Remoção, em seguida, da segunda camada (horizontes B/C). Em jazidas já
exploradas, sem camada orgânica, onde o nível B/C está aparente, este,
também deverá ser decapeado. Esse material poderá ser o único elemento a se
contar para a revegetação. Ainda que possa apresentar uma natureza estéril,
suas qualidades químicas são facilmente alteráveis pela calagem e adubação;
Retirada gradual do solo, através de remoções sucessivas de acordo com o
desenvolvimento ou expansão da lavra; e,
Todos os resíduos orgânicos e a própria vegetação de porte herbáceo, devem
ser removidas conjuntamente com o solo.
b) Estocagem do Solo Superficial
Obtido o material do decapeamento, deverá ser procedida sua estocagem numa
área adequada ou no entorno da jazida, de modo a se formar duas pilhas distintas (níveis A e
B) sem misturá-las. As pilhas devem ser baixas (principalmente a do nível A), circundadas
por valetas para facilitar a drenagem e estocadas de modo a facilitar a reutilização posterior.
Após dois ou três meses, antes de sua reutilização (recobrimento das áreas exploradas),
promover um revolvimento das pilhas para melhorar a aeração e preservar a atividades
biológicas. Durante todo o período de estoque, procurar adicionar o máximo de matéria
orgânica às pilhas, principalmente na de material mais estéril (nível B).
c) Terraplenagem
Após o término da exploração ou da retirada de material de empréstimo deverão
ser feitos os serviços de terraplenagem para que se obtenha a remoldagem do terreno,
preparando-se para a fase posterior, de plantio. Este processo visa às melhorias estéticas da
paisagem, eliminando-se os efeitos do relevo conturbado, resultante da exploração.
DER PE
d) Implantação de Sistema de drenagem
A drenagem deverá ser implantada no sentido de se desviar as águas para o
interior das caixas de empréstimo e/ou jazidas, evitando-se o acúmulo de água. Como as áreas
a serem exploradas são relativamente planas, a drenagem deve ser efetuada, através de valetas
do tipo VPC-02 (valeta a céu aberto revestida com grama), no entorno de cada ocorrência
encaminhando-se as águas para os talvegues. As valetas devem ter a seção trapezoidal para
possibilitar o revestimento vegetal também de suas paredes. VPCO2
mínimo 3.00
ESCOAMENTO
ATERROCOMPACTADO
0.30
11
11
0.60
0,29 m³/m0,20 m³/m2,60 m²/m
CONSUMOS MÉDIOSESCAVAÇÃO
APILOAMENTO MANUAL
GRAMA e) Preparo da área para plantio
O preparo das áreas para o plantio será efetuado com a correção da acidez do solo,
utilizando, de preferência calcário dolomítico e fazendo-se aplicação de fertilizantes
fosfatados. Estes insumos deverão ser aplicados nas áreas a serem recuperadas, segundo as
recomendações baseadas nas análises do solo e sua incorporação deve ser feita por ocasião da
subsolagem das áreas. Nos taludes resultantes da exploração deve-se efetuar sulcos voltados
para o interior da ocorrência distanciada em cerca de 40cm para melhor fixação das sementes
de gramíneas/leguminosas.
f) Revegetação
Em primeiro lugar, reveste-se toda a área com sementes de gramíneas associadas à
leguminosa nativa a lanço manual, para fornecer o estrato herbáceo e sub-arbustiva e prover
uma cobertura imediata como a erosão. Sequencialmente, efetuando-se a abertura de covas
para plantio de árvores e arbustos.
DER PE
4.4 Escolha das Espécies Vegetais
A escolha das espécies vegetais a serem introduzidas na reabilitação das áreas a
serem exploradas corresponde a gramíneas associadas a leguminosas recomendadas na
especificação DNER-ES-341/97 (DNIT):
A associação com leguminosas, segundo a bibliografia especializada, é
importante, haja vista que estas possuem bactérias na sua raiz que tem a capacidade de fixar
nitrogênio no solo. Consequentemente, ajudam, naturalmente a fertilizá-lo, contribuindo para
o desenvolvimento das gramíneas.
A Especificação DNER-ES-341/97 (DNIT) descreve os procedimentos de plantio,
ali constando inclusive, uma listagem de gramíneas e leguminosas que têm maior capacidade
de consorciação e atributos desejáveis como agressividade e rusticidade, rápido
desenvolvimento, fácil propagação, baixo custo de implantação, pouca exigência nas
condições dos solos e nos cuidados de manutenção e fácil aquisição comercial.
A lista Gramíneas/Leguminosa mais aptas para os trabalhos de recuperação de
áreas degradas é apresentada a seguir:
Gramíneas:
Braquiaria Humidícola, Decumbens ou Brizantha
Paspalum notatum (grama batatais)
Axonopus Obtuzifolius
Eragrostis curvula (capim chorão)
Milinis Minitiflora (capim gordura ou meloso)
Loilium Multiflorum (azevêm)
Setária anceps (capim sectária)
Leguminosas:
Pueraria Phaseoloides (kudzu tropical)
Calopogonium Muconoides (calopo)
Cajanus Cajan (Feijão guandu)
Centrocema Pubescens (Centrosema)
Estizolobium anterrinum (mucuna)
DER PE
Pesquisa efetuada pelo IRI – Internacional Reaserch Institute para o DNIT, na
época DNER, foi conclusiva quanto às seguintes consorciações:
Braquiaria Humidícola com Pueraria Phaseoloides: melhor comportamento e
vantagens sobre todos os aspectos constantes dos atributos básicos desejáveis.
Braquiaria com Centrocema Pubescens ou Calopogonium Muconoides:
resultados satisfatórios, ficando em segundo plano.
Por sua vez, conforme Alcântara, Pedro Jr. Donzelli, 1993, as gramíneas capim
gordura e as branquiárias são os mais resistentes a condições adversas de solos, além de
deterem maior poder de proteção contra a erosão.
A equipe encarregada da supervisão ambiental, na fase de obras deverá promover
a análise dos solos de cada ocorrência, no sentido aferir a consorciação mais produtiva para
cada área a ser tratrada.
A recuperação da bio-estrutura do solo, devida ao sistema radicular bastante
expansivo das gramíneas e leguminosas, produzindo e depositando no solo grande quantidade
de matéria orgânica, faz aumentar a capacidade de retenção do oxigênio e da água das
precipitações pluviométricas, vitais para o desenvolvimento e manutenção da vida vegetal.
O revestimento vegetal do solo funciona como anteparo natural da incidência
solar e a quebra do impacto das gotículas das chuvas, bem como, diminui a velocidade dos
fluxos d’água devido às mesmas, protegendo, portanto, o solo, do processo erosivo e
conseqüentemente o carreamento do mesmo para a formação de assoreamento das regiões
baixas da topografia local.
A proporção de aplicação usual é da ordem de 50 a 60kg/ha, grupando-se na
consorciação das sementes de mudas 3 a 4 espécies vegetais para gramíneas e para
leguminosas (devendo-se escolher sementes de leguminosas arbustivas nativas), as quais se
completam quanto às duas características botânicas e visuais planejadas.
Como referência, a ser levado em conta na escolha das espécies vegetais, indica-
se na tabela A1, a seguir, a tolerância de algumas gramíneas relativamente aos atributos:
DER PE
textura dos solos, fertilidade e capacidade de proteção contra a erosão (conforme Alcântara,
Pedro Jr. Donzelli, 1993).
TABELA A1 – INDICAÇÃO DE TOLERÂNCIA DE GRAMÍNEAS ÀS CONDIÇÕES DE SOLOS
TEXTURA DOS SOLOS FERTILIDADE DOS SOLOS PROTEÇÃO CONTRA A EROSÃO
Argilosos Médios Arenosos Férteis Médios Fracos Baixa Média Alta
Jaraguá Humidícola Colonião Colonião Jaraguá
B. decumbens Colonião Siratro Decumbens
Estrela Sirato Tobiatã Elefante Brizantha B.humidicola Elefante Galáxia Brizantha
Rhodes Galáxia Decumbens Estrela Ruziziensis Setárias Jaraguá Estrela Ruziziensis
Humidícola Puerária Brizantha Rhodes Galaxia Pangola Rhodes Puerária Humidicola
Elefante Calopogônio Ruziziensis Tobiatã Guiné Gordura Tobiatã Pangola Gordura
Branquiárias Kazangula
Sempre verde Siratro Leucena Estrela
Narok Leucena Centrosema Stylosanthes
Gordura Puerária Guiné
Pangola Stylosanthes Sempreverde
Stylosanthes Calopogônio
Guiné Setárias
Setária Andropogon
Sempre verde
Andropogon Fonte: Alcântara, Pedro Jr. Donzelli (1993)
Conforme se observa, as gramíneas capim gordura e as branquiaras são os mais
resistentes a condições adversas de solos, além de deterem maior poder de proteção contra a
erosão.
4.5 Orientações Gerais quanto aos Cuidados com o Meio Ambiente
Este item com objetivo prover a equipe encarregada da fiscalização ambiental na
fase de obras, de subsídios complementares visando uma gestão ambiental eficaz. O texto tem
como fonte várias especificações bem como o Manual Rodoviário de Conservação,
Monitoramento e Controle Ambientais do DNIT, sintetizando-se na forma de tabela, visando
maior objetivação expositiva.
Levando-se em conta que a pedreira Bela Rosa tem exploração e,
consequentemente, licenciamento ambiental próprio, não se contempla aqui os cuidados que
devem ser tomados com relação à pedreira.
DER PE
a) Orientações para a Gestão Ambiental na Fase de Obras
Os trabalhos rotineiros de fiscalização de obras rodoviárias envolvem:
Controle da qualidade dos serviços em função dos projetos;
Controle tecnológico dos materiais em função das especificações, e;
As medições.
À parte tais atividades, emergem como de interesse especial da Fiscalização, as
questões ambientais na dimensão biofísica e antrópica bem como as questões relacionadas
com a segurança do usuário e dos operários no transcorrer das obras.
Surgem então como de interesse especial da Fiscalização, os seguintes aspectos
que serão tratados a seguir:
1. Canteiros de Obras
2. Caminhos de Serviço
3. Cursos d’água
4. Sinalização de Obras
A Construtora deverá aproveitar o período chuvoso, para realizar as seguintes
atividades relacionadas com a recuperação das jazidas:
Realizar as análises pedológicas de cada jazida explorada para determinação
das necessidades de calagem e adubação;
Revegetação das áreas das jazidas de materiais, tomando-se partido da
disponibilidade de chuvas, o que proporcionará melhor “pega” das espécies
plantadas.
1. Canteiros de Obras
Possíveis Impactos Negativos
O mais das vezes, a implantação de canteiros de obras nos projetos rodoviários
resultam nos seguintes impactos negativos:
Descaracterização da paisagem por construções improvisadas;
DER PE
Carreamento de material pelas chuvas podendo gerar processos erosivos;
Contaminação de águas devido ao arrasto de substâncias não biodegradáveis
(óleos, graxas, material asfáltico, etc.) devido a vazamentos e escapes;
Transmissão de doenças infecto-contagiosas;
Alterações comportamentais gerando atritos motivados pela ingestão de
bebidas alcoólicas inatividades e isolamento das famílias;
Possibilidade de incômodo à população decorrente de maus odores carreados
pelo vento;
Prejuízo à biota quando instalado em áreas com vegetação nativa primária ou
secundária;
Risco de acidentes com máquinas e equipamentos além de acidentes
decorrentes do tráfego de veículos dentro e fora do canteiro;
Monitoramento para Mitigar os Impactos:
Informar a Prefeitura local acerca da instalação do Canteiro e observar a
legislação de uso e ocupação do solo vigente no Município de sorte a não
haver confrontação legal;
Prezar no sentido de que as contratações recaiam preferencialmente sobre a
mão-de-obra local;
Só aprovar a instalação do Canteiro em locais onde não ocorram: instalação
de processos erosivos, recalques, instabilidades físicas, topografia acidentada,
susceptibilidade a cheias e inundações, lençol freático aflorante, proximidade
de nascente de cursos d’água, direção de ventos para núcleos urbanos
próximos.
Prezar para que o Canteiro seja instalado em área onde não haja necessidade
de desmatamentos significativos, especialmente de vegetação nativa;
Exigir da Construtora a implantação de fossas sépticas nas áreas do canteiro;
Na desativação, fiscalizar o tratamento paisagístico da área se a mesma não já
estava antropizada;
Exigir a remoção sistemática da camada superficial de solo poluído com
substâncias não biodegradáveis (óleo, graxas, etc.);
Acompanhar a submissão periódica da mão-de-obra exames médicos, no
sentido de se investigar a ocorrência de doenças infecto-contagiosas;
DER PE
Promover palestras de conscientização ecológica junto aos operários e se
empenhar à ampliação de alternativas de entretenimento;
No caso das proximidades com núcleos urbanos, prezar para que não haja
conflito entre o horário das atividades e a lei do silêncio em vigor para evitar
incômodos à população;
Exigir da empreiteira um sistema de sinalização envolvendo advertências,
orientações, riscos e demais aspectos do ordenamento operacional do tráfego,
com objetivos internos e externos;
Realizar inspeções sistemáticas no Canteiro para observância da manutenção
das estruturas de segurança, saúde e lazer, em especial a adoção do programa
de segurança que consiste no cumprimento, por parte da Construtora, das
seguintes normas de segurança do trabalho:
NB-4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho – SESMET;
NB-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA;
NB-6 Equipamento de Proteção Individual – EPI;
NB-7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO
NB-15 Atividades e Operações Insalubres;
NR-16 Atividades e Operações Perigosas;
NR-17 Ergonomia;
NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção –
PCMAT;
NR-19 Explosivos;
NR-21 Trabalhos à Céu Aberto;
NR-26 Sinalização de Segurança.
Realizar um Programa de Educação Ambiental, com o objetivo de
conscientizar os empregados da obra no que diz respeito aos cuidados a serem
tomados no trato com as questões ambientais. Deve-se dar ênfase aos
seguintes tópicos:
DER PE
a. a importância das matas ciliares na região e as conseqüências da sua
degradação (assoreamento e colmatação);
b. os processos erosivos decorrentes da descaracterização do relevo (abertura de
corte na estrada, desorganização da drenagem e erosões nas áreas das
jazidas);
c. explanação acerca dos riscos de exploração de cada jazida;
d. técnica de recuperação das áreas a serem degradadas;
e. explanação acerca de imperiosa necessidade de se evitar desmatamentos
desnecessários na faixa de domínio e área de jazidas;
f. cumprimento da sinalização de obras, enfocando-se, especialmente, os limites
de velocidade de caminhões e caçambas nos caminhos de serviço e trechos
urbanos críticos, com vistas a evitar acidentes com terceiros.
g. Fiscalizar a adequada deposição de lixo.
2. Caminhos de Serviço
Possíveis Impactos Negativos
Riscos de acidentes no tráfego de caminhões carregados de material para a
obra;
Levantamento de poeira devido ao tráfego de veículos pesados;
Interrupção de caminhos naturais da fauna;
Perda de biomassa devido ao desmatamento e decapeamento.
Monitoramento para Mitigar os Impactos
Promover o aguamento sistemático, na época seca para evitar o levantamento
de poeira devido ao tráfego dos veículos;
Recuperação posterior dos caminhos, quando de sua desatificação,
procedendo-se a uma subsolagem do solo, aguamento e espalhamento da
camada fértil estocada nas laterais visando facultar a regeneração natural da
vegetação;
Fiscalizar a velocidade dos veículos da obra;
Fiscalizar a implantação de sinalização de advertência.
DER PE
3. Cursos d’Água
Possíveis Impactos Negativos
Deverá ser dada uma importância especial às áreas de nascentes de rios e riachos,
por constituírem-se áreas de preservação permanente (Código Florestal e Resolução
CONAMA 04/95), cuja proteção deve ser assegurada.
Perda da biota, no caso de implantação/ ampliação de pontes e pontilhões;
Perda de matas ciliares, no caso implantação de acessos para exploração de
areais no leito de rios /riachos;
Erosões nos encontros de pontes recém construídas e/ou ampliadas com
carreamento de solos para o curso d’água;
Possibilidade de poluição das águas por esgotos (sem tratamento) oriundos do
acampamento, lançados “in natura”;
Possibilidade de poluição originária da lavagem de veículos nas margens dos
cursos d’água;
Possibilidade de carreamento de solos para os corpos d’água, devido à
disposição inadequada de bota-foras.
Monitoramento para Mitigar os Impactos
Prezar para que em nenhuma hipótese venha a ocorrer lançamento de esgotos
“in natura”, óleos e graxas e lixo de maneira geral no leito dos rios;
Fiscalizar a disposição adequada de bota-foras para não haver carreamentos
para o leito dos rios.
Construir instalações sanitária adequadas nos canteiros de obras, evitando o
lançamento “in natura”nos cursos d’água.
4. Sinalização de Obras
Possíveis Impactos Negativos
Possibilidade de ocorrência de acidentes e/ou transtornos em razão da ausência de
um ou mais equipamentos de sinalização para as seguintes situações:
DER PE
faixa central, esquerda ou direita impedida, pista escorregadia, distância do
local das obras, obras no acostamento, homens na pista, caminhões e
máquinas na pista, trecho impedido, desvio à direita e/ou à esquerda;
Possibilidade de ocorrência de acidentes em função da ausência de controle
de velocidade dos veículos das obras;
Ausência de sinalização, quando couber do tipo barreiras, cones, balizadores
e marcadores tubulares; iluminação artificial durante à noite; dispositivos
controladores de trânsitos com sinalizador com bandeira, carregador de
bandeira e carro piloto.
Monitoramento para Mitigar os Impactos
Antes do início das obras, deverão ser submetidos à fiscalização da Prefeitura,
para aprovação do respectivo projeto de sinalização de obras;
Todos os dispositivos e controle de trânsito deverão ter especificações
próprias;
Sinais não normatizados não poderão ser colocados nos locais das obras;
Os sinais deverão ser posicionados de forma a não interferir nas distâncias de
visibilidade e não se limitar às condições operacionais dos segmentos;
O âmbito dos dispositivos deverá se considerar:
sinais de trânsito, dispositivos de canalização, dispositivos luminosos e
controle de trânsito.
O trânsito, nos trechos em obras, será controlado por sinais de
regulamentação, advertência e indicação;
Os trechos em mão única deverão ser operados sinaleiro, barreiras e sinais
complementares.
A seguir ilustração linear das ocorrências no Projeto Ambiental.
PISTA
VALETA DE PROTEÇÃO
T.N.I =VAR.
TALUDE DE CORTETALUDE DE CORTE
SARJETA DE CORTESARJETA DE CORTE
PLATAFORMADE TERRAPLENAGEM
INCLINAÇÃO1 : X
T.N.
VALETA DE PROTEÇÃO
PRESERVAR VEGETAÇÃO PRESERVAR VEGETAÇÃO(CRISTA DO CORTE) (CRISTA DO CORTE)
PISTA
VALETA DE PROTEÇÃO T.N.
TALUDE DE CORTETALUDE DE CORTE PLATAFORMADE TERRAPLENAGEM
T.N. VALETA DE PROTEÇÃO
PRESERVAR VEGETAÇÃO PRESERVAR VEGETAÇÃO
REVESTIMENTOVEGETAL
REVESTIMENTOVEGETAL
GRAMÍNEAS GRAMÍNEAS
1:X
GUIA E SARJETA GUIA E SARJETA
INCORRETO INCORRETO CORRETO
0,30m 0,30m
0,08m
O revestimento vegetal dos taludes será executado por meio demudas, leivas ou hidrossemeadura. O processo a ser utilizado nos cortes
1 - PLANTIO DE MUDASSerá de acordo com o esquema abaixo:
0,20m 0,20m
AFASTAMENTO DAS MUDAS
As leivas serão preparadas em sementeiras. A leiva será constituídapor:
1 parte de terra vegetal, 2 partes de solo argiloso, e super-fosfatosimples, demodoa fornecer umaconcentraçãode 50g/m .
O transporte dos blocos de mudas para o talude será de acordo como esquema abaixo. Após o plantio, o talude será irrigado semanalmente e,
2
Aplicação da solução com sementes, fertilizantes, materialantierosivo e defensivos, se necessário, em taxas aprovadas pelaFiscalização, para cada tipo de solo.
Aplicação deumacamadadepalha e emulsão asfáltica.
Os taludes de corte onde será adotada a hidrossemeadura, nãodeverão receberacabamento com lâmina demotoniveladora.
TRANSPORTE DAS MUDAS NO CAMPO
Pó de serra úmido cobrindo as raízes
INCORRETO CORRETO
a)
b)
c)
2 - PLANTIO POR LEIVAS
3 - HIDROSSEMEADURA
Área Virgem Área Explorada
Área Restaurada Procedimento
- Evitar derrubar Ávores e estocar o solo orgânico e restos de vegetação.
- Pós a exploração, regularizar a superfície resultante e os taludes.
- Execução valetas de proteção, se necessário.
- Recompor a cobertura vegetal, inclusive nos taludes, espalhado no soloestocado, de modo uniforme.
Estoquede soloorgánico
Estoquede soloorgánico
Estoquede soloorgánico
LOCAL DA JAZIDAOU EMPRÉSTIMO
mínimo 3.00
ATERROCOMPACTADO
0.30
11
11
1.00
VPCO2
mínimo 3.00
ATERROCOMPACTADO
0.30
11
11
0.60
0,39 m³/m0,30 m³/m3,40 m²/m
CONSUMOS MÉDIOSESCAVAÇÃO
APILOAMENTO MANUAL
GRAMA
0,29 m³/m0,20 m³/m2,60 m²/m
CONSUMOS MÉDIOSESCAVAÇÃO
APILOAMENTO MANUAL
GRAMA
VCPC01
ESCOAMENTO
ESCOAMENTO
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