5. pesquisas linguagem

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Pesquisas da linguagem na arte moderna e pós-moderna

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Cap. II Arte nas fronteiras3. As pesquisas da linguagem

Arte conceitual é antes de mais nada uma arte cujo material é o conceito, como o material da música é o som. Sendo que o conceito está ligado à linguagem, a arte conceitual é um tipo de arte cujo material é a linguagem. (FLINT Henry, “Concept Art”, 1961)[...]Qualquer tentativa de definir a arte conceitual inevitavelmente levanta o problema de que a definição é justamente o que está em questionamento na arte conceitual. A arte conceitual [...] é sobre o ato cultural da definição. (OSBORNE, Peter, Conceptual Art, 2002)

-Produção artística auto-reflexiva, auto crítica-Produção artística crítica das instituições da arte-Maior interesse na linguagem que no objeto-Maior interesse no significado que deriva do objeto que no objeto-Mais importante a experiência de significação do público do que o significado prescrito pelo artista-Menos preocupação com a permanência e materialidade da obra-Maior interesse em objetos culturais, relações sociais e tecnologia. Ives Kline, Pulo no vazio, 1960

Arte conceitual décadas 1960 - 1970Sol LeWitt 1969Os artistas conceituais são místicos ao

invés de racionalistas. Eles chegam a conclusões que a lógica não pode alcançar.

A Arte Formal é essencialmente racional. Pensamentos irracionais devem ser

seguidos de maneira absoluta e lógica.

A vontade do artista é secundária ao processo que ele inicia, desde a idéia até sua concretização. Sua voluntariedade pode ser pura manifestação do ego.

Artforum, 1967 , Sentenças sobre a Arte Conceitual

Sentenças sobre arte conceitualSol LeWitt, “123454321+”

4. As pesquisas da linguagem

15. Dado que nenhuma forma é intrinsecamente superior à outra, o artista pode usar, igualmente, qualquer forma, desde uma expressão verbal (escrita ou falada) até a realidade física

16. Se palavras são usadas e procedem de idéias sobre arte, estas são arte e não literatura; números não são matemática.

17. Todas as idéias são arte se referem à arte e encaixam-se nas convenções da arte.

19. As convenções da arte são alteradas por obras de arte.

24. A percepção é subjetiva. 32. Idéias banais não podem ser

redimidas através de uma bela execução.

35. Essas frases são comentários sobre arte e não são arte.

Josph Beuys “Como explicar os quadros a um coelho morto” 1965

Joseph Kosuth ‘Uma e três cadeiras” 1965

Bruce Nauman“Elke deixando que

o chão flutue por cima dela” vídeo

performance1973

Ives Kline

Antropometrias, 1960Vitória de Samotrace

Gino de Dominicis, Calamidade Cósmica

Fluxus– 1961 – 1978 -

Arte como evento e como atitudeOs eventos em 1959 reuniram músicos como John Cage, La Monte Young e George Maciunas, mas foram as performances realizadas no estúdio de Yoko Ono entre 1960 e 1961 em que se formou Fluxus. O nome foi dado por Maciunas na série de conferências “Musica Antiga e Nova”Procuram a diluição dos limites entre arte e vida

PerformanceHappeningConcertosExibiçõesFestivaisRevista

Allan Kaprow, Happenings, 1959

Nam June Paik

O meio possibilita a linguagem ou a linguagem determina o meio?As formas determinam as idéias ou as déias determinam as formas?

Nam June Paik “TV Buda” 1974

Concerto Fluxus, 1963 Yoko Ono ‘Sim”

Arte Povera – 1965 - 1990Germano Celant definiu o nome em 1967“Uma coexistência imprevisível entre força e precariedade existencial que desconcerta e põe em crise toda afirmação”...”o artista se torna guerrilheiro”Pesquisa “pobre” porque tecida na identificação ação-homem, comportamento-homem, oposta à riqueza instrumental e informacional que faz uma dicotomia entre arte e vida. Procura pela materialidade. Recusa de projeto porque elimina a disponibilidade lingüística.

Mario Merz, Plug-in No. 33 Igloo preto, (1967-1979) 1994 e Lingoto, 1968

Jannis Kounellis

Eu não parto da matéria, depois que saímos das telas, é o espaço mesmo que é a tela, que é a matéria [...] A partir do momento em que saímos da tela tudo se tornou tela, é por isso que me considero um pintor. Jannis Kounellis

Sergio Lombardo, 30 hastes, 1967

Luciano Fabro, a dupla face do céu, 1986 Michelangelo Pistoletto, Papagaio, 1973

Arte Feminista – 1970 - 1980

Judy Chicago, The dinner party , 1974-79, pratos de cerâmica para 39 mulheres destacadas e toalha de mesa bordada com 999 nomes de outras mulheres importantes

Surge no final dos anos 60 com a idéia particular de fazer uma arte que se diferencie da arte feita pelos homens que dominaram na História da Arte.

Barbara Kruguer, sem título, 1981

Guerrilla Girls, outdoor publicitário, 1990

Ana Mendieta, ,“Imagem de Yagul", 1973 e “Transplantes de cabelo faciais” 1978

Gina Pane, "Ação sentimental" 1973 Carolee Schneemann, Interior Scroll, 1975

Eva Hesse, Contingente, 1968

Roberto Valcárcel, BolíviaVictor Grippo, Tabla, 1978, Argentina

Marta Minujin, Obelisco de pão doce, 1979; Carlos Gardel, 1981, da série ”Os Mitos e a Lei da gravidade”, Argentina

Neoconcretismo 1970 - 1990

Ver o vídeo Parangolé Hélio Oticica Vídeo 2 hélio Oticica

Movimento Neoconcreto 1959O Neoconcretismo do grupo Frente do Rio de Janeiro nasce como uma posição frente à perigosa exacerbação racionalista do Concretismo do Grupo Ruptura de São Paulo, por meio de uma manifesto assinado por Amilcar de Castro, Lygia Pape, Lygia Clark, Ferreira Gular , Franz Weissmann, Reinaldo Jardim e Theon Spanudis.Procuram o retorno à expressividade e á subjetividade. O objetivo maior é comunicar uma idéia complexa que engaje o espectador pelos sentidos na direção de uma experiência social.A função e o conteúdo são mais importantes que a forma. A obra de arte estimula a criatividade do participante e nega a noção de artista como criador solitário. Movimento Neoconcreto é ponto de ruptura com o passado (Ronaldo Brito)

Lygia Clark “Máscara do abismo”, 1968

Ver vídeo Lygia Clark

A partir de 68 a arte conceitual e a arte engajada politicamente são as duas vertentes no BrasilConceitual: Cildo Meireles, Waltercio Caldas Jr. e Regina Silveira

Anos 70 no Brasil; hiper-real, arte como ação, uso do “pastiche”, revival, recuperação mas sem ordem temporal, ao contrário há uma atemporalidade, instabilidade, mutabilidade, variabilidade, dispersão e perda de certezas.

Hélio Oiticica, Tropicália, 1967

Waltercio Caldas

Cildo Meireles, Inserções em circuitos ideológicos, Projeto Coca Cola, 1970

Como construir catedrais, 1987

Artur Barrio, Livro de carne, 1979

Lygia Pape

Regina Silveira, In Absentia M.D.

Arte Inconformista Soviético – 1953-1986

Entre 4 e 24 de maio de 1976 uma série de 6 exibições não oficiais foram feitas em apartamentos privados de Moscou com 7 artistas que trabalhavam em diferentes direções mas que compartilhavam

Arte Inconformista Soviético é aquele que se fez entre a morte de Stalin (1953) e a Perestroika (1986), oposta à arte “oficial” do Realismo Socialista.

Leonid Sokov, Dedo ameaçador, 1974Rimma Gerlovina, jogo do poema combinatório, 1976

Webteca

• História da arte contemporânea• O que é arte conceitual• Arte Conceitual anos 70• Fluxus Portal for the Internet• Cronologia e registros sonoros de Fluxus• Feminism and Feminist Art• Web das Guerrilla Girls• History of Art • Site de Rimma Gerlovina e Valerj Gerlovin• Movimento Concreto por Itaú Cultural• Neoconcretismo por Itaú Cultural• Museu virtual da Arte Brasileira• História da arte contemporânea• O que é arte conceitual• Arte Conceitual anos 70• As linguagens pós-modernas no Brasil • Artigo da Folha Online do livro Arte Brasileira Hoje de Agnaldo Farias• A História em Movimento: os Contextos da Arte, Katya Canton• Nova objetividade Brasileira Itaú cultural• Proyecto cultural y artístico de la Revista Nueva Visión, por Verónica Devalle• Arte Brasileira do Sec. XX, FAV-UFG• Henry Flynt, Concept Art, artigo da revista Fluxus, 1961

BibliografiaARGAN, GULIO CARLO. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras. 1992. BATTCOCK, GREGORY (Ed.). Minimal Art: a Critical Anthology. New York: e.P. Dutton & Co. Inc. 1968.DIDI HUBERMANN, G. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Editora 34, 2010.FERREIRA, G.; COTRIM, C. Escritos de Artistas, anos 60/70. RJ: Jorge Zahar Ed., 2009. – Ler escritos de: Yves Kline, Helio Oiticica, Allan Kaprow, Joseph Beuys, Sol Le Witt, Joseph Kosuth, Art & Language, John Cage, Jannis Kounellis. Lygia Clark.LUCIE - SMITH, EWDARD. 20th Century Latin American Art. Thames & Hudson, 2005.

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