3estetica semiotica
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III. Estética Semiótica
1. Estética e Semiótica - Modernidade
Ciências com um caráter extremamente geral e abstrato, ciências normativas (estudam valores, normas e ideais)
• Tríade da filosofia: – Estética: que ideais guiam
nossos sentimentos? Ideal último
– Ética: que ideais orientam nossa conduta? Força de vontade
– Lógica ou semiótica: que ideais ou normas conduzem nosso pensamento? leis do pensamento, condição da verdade
Estética moderna
Valores modernos: liberdade, individualidade, independência.
• Teorias da arte modernas:– Arte como forma pura
(teoria formalista)– Arte como expressão
(teoria expressionista) – Arte como símbolo
(teoria simbolista)• Da beleza objetiva à
beleza subjetiva– Percepção– Sentimentos– Imaginação
• Da conquista do espaço à conquista do tempo
Eadweard Muybridge, finais século XIX
Marcel Duchamp, Nu descendo a escada, 1912
Diego Velásquez, As meninas, 1656
• A estética se desenvolve no bojo de paradigmas como o marxismo, a fenomenologia, a psicanálise, o existencialismo e a semiótica.
Hannah Hoech, L’coquete II, 1923
Josef Fenneker
Se a beleza não está mais no objeto, qualquer objeto pode ser belo?
Século XX:Beleza das máquinasBeleza da matériaBeleza da provocaçãoBeleza do consumo
Marcel Duchamp “A noiva despida” 1915Man Ray "Objeto
Indestructível" 1920
Francis Picabia Retrato de Alfred Stieglitz de 291, 1916
Marcel Duchamp “Fonte” 1917
Walter Benjamin: a arte perde a aura de objeto original na época da reprodutibilidade técnica
Duchamp L.H.Q.Q.
Andy Warhol
Rita Hayworth
Alberto Burri, Vernello
Jackson Pollock “Full Phantom Five” 1949
Andy Warhol
Duane
Semiótica moderna
Matrizes de estudos
semióticos
Abordagem estruturalista Ferdinand de
Saussure
Abordagem fenomenológica: Charles Sanders
Peirce
Abordagem cultural
Yuri Lotman
Abordagem estruturalista
Anos 50, semiologia estrutural
Louis Hjelmslev, Roman Jakobson e Roland BarthesA língua como sistema de linguagem maior para os estudos das outras linguagens não verbais.
Eric Buyssens, semiologia estuda estruturas, semiótica estuda função comunicativa.
Aljirdas Julien Greimas chama a semiologia de semiótica narrativa e discursiva (semiologia cai em desuso). Faz diferença entre comunicação e informação: comunicação como enunciação.
Luis Prieto, signos instrumentos da comunicação. Semiologia da comunicação estuda estruturas semióticas, semiologia da significação estudo da cultura.
Roland BarthesHomem se caracteriza e se diferencia pela “criação de significados”
O Estruturalismo vê o homem como Homo significans, para o qual o interesse cognitivo concentra-se no ato, no processo e no fenômeno da origem do significado
Caráter referencial da linguagem:Os humanos com a ajuda da linguagem referem-se as coisas que são externas a eles: os objetos e os fatos realmente existentes. Os signos lingüísticos não são unicamente sons físicos, são também impressões psíquicas.
• primeira ordem de significação - Denotação;- Significação óbvia; senso comum;- Campo objetivo
• segunda ordem de significação - Influências dos valores, emoções cultura;- Campo subjetivo e inter-subjetivo;- Conotação + Mito +Símbolos
Prieto: O Modelo da Comunicação
Comunicação: processo de informação (semiosis)
IntencionalidadeIntenção de comunicar
ComunicaçãoFluxo da informação
SignificaçãoResposta interpretativa
Emissor Mensagem Receptor
Código
Contexto de referência
meio
meio
Código:Convenções entre formas de conteúdo e formas de expressão
Convencionais ou arbitráriosMotivados ou naturais
Abordagem cultural
Yuri Lotman– Estudo dos sistemas
antes que dos processos de comunicação
– Conceito de semiosfera
• Peirce interpreta a experiência e a construção do pensamento segundo as categorias fenomenológicas ou modos de ser de qualquer fenômeno:
– Primeiridade(qualidade de sentimento) modo qualitativo ESTËTICA
– Secundidade (relação de alteridade) modo existencialÉTICA
– Terceiridade (mediação, produção de sentido) modo genéricoLÓGICA
O objeto da fenomenologia é o fenômeno universal (phaneron)
Abordagem fenomenológica
RotkhoDuchamp
Kruguer
Signo = médium de comunicação entre um objeto e uma idéia interpretante que o signo produz ou modifica (Santaella)
Mediação e meio – diferença entre signo e meios de comunicação (canal, veículo, corporificações do signo)
Presentificação - íconeApresentação - índiceRepresentação – símbolo
Nem todo signo representa (Husserl, Schütz)
Signos genuínos = a relação signo – objeto – interpretante é genuinamente triádico
Signos degenerados = relação diádica ou monádica
Quase – signos = o que pode chegar a ser um signo
CASA
A relação Triádica de Peirce
SIGNO
Produtor de signos
Objeto a serdenotado
Intérprete
• Sintaxe– Relações entre signo
• Semântica– relações entre signo e seus objetos
• Pragmática– relações entre signo, seus objetos e seu
interpretante
Funções do produto: função estética, função indicativa e função simbólica
Mark Rothko
• Behaviorista: Charles Morris, comunicador é organismo que produz um signo, signo é mediador, destinatário é quem interpreta o signo. Conceito de comunicagem e comunização.
• Dialogia : Mikhail Bakhtin, a ação física do homem deve ser interpretada como atitude (vontade) ; mas não se pode interpretar a atitude fora da sua eventual expressão semiótica. Expressão semiótica é dialógica. Contexto também determina o que é comunicado (como o que não foi dito)
2. Estética e Semiótica pós-moderna
Tratam o fenômeno estético enquanto signo; mas enfatizam diferentes aspectos e estruturas semióticas do fenômeno artísticoSão pós-estruturalistasO significado é uma construção ativa, dependente do contexto
A estética pós-moderna se centra entorno de:-Tempo e evento-Velocidade, aceleração e desaparição - Relações de poder-Simulacro- Estratégias de guerra- Hibridação -Estética do pós-humano
Xiao - Yu "Ran" partes de corpos de animais e humanos combinados
Patricia Piccinini
Win Delvoye, “Cloaca”, 2000
Maurice Benayoun ‘O túnel sob o Atlântico” 1995
Andersen: Semiótica Computacional
• Comparte o esquema estruturalista de Hjelmslev (formas de conteúdo e formas de expressão) com a tríade de Peirce.
• O indivíduo, é o criador, o intérprete e a referência dos sinais.
• O sistema informatizado: sistema de expressões "vazias”
• Programar é se comunicar• Sinais computacionais são sinais
candidatos.• Programador define limites da
comunicação com sinais
A interface é uma coleção de sinais computacionais
Mídia computacional:propriedades manipuláveis: propriedades modificáveispropriedades permanentesrealizam ações sobre outros sinais: refletem as ações do sistema
• Semiótica da comunicação– Estímulos que evocam
reações automáticas
• Semiótica da significação– Pressupõe sentido,
interpretação humana
Umberto Eco Conceito de “campo semiótico”
Análise de fenômenos culturais
Os códigos são regras de transformação que podem ser decifrados, decodificados
• Gilles DeleuzeArte tem estrutura e realidade
própria, autônoma; mas não é universal e imutável, é nômade, esta em constante devir.
A arte provoca sensações, não por causa da mente do espectador, a analise da sensação se da na própria obra.
Lógica da sensação: a definição do sujeito e do objeto é confusa. Reverte o subjetivismo moderno
Os objetos se estetizam: styling
Eduardo Kac, Brasil, "Alba, a coelha fluorescente" 1999
• Jacques Derrida - Desconstrução– Múltiplas capas de
significado– A língua não é fixa
no seu significado– Crítica do
logocentrismo ocidental
– Todo signo só significa quando se opõe a outro signo
Guerrilla Girls, outdoor publicitário, 1990
• Theodor Adorno– Na indústria cultural as
coisas não são possuídas pela sua necessidade mas pelo seu significado, pelo que comunica. Os bens são símbolos e os símbolos são bens.
• Jean Baudrillard– Ilusão da diferença entre o objeto e sua representação se
desvanece– Noção de catástrofe semiótica: guerra semiótica de signos contra
signos perdida de sentido, perdida da origem– Método semiótico na analise do cotidiano. A linguagem dos objetos:
as coisas falam, informam quem são seus proprietários e seus valores e desejos.
Mariko Mori, “Empty Dreams”, 1995, cibacrome print
O iconiclasmo moderno não consiste em destruir imagens mas em fabricar imagens, uma profusão de imagens em que não há nada mais para ver;Estética do insignificante
René Magritte, “Decalcomania," 1966
Um mundo em que a mais alta definição do signo é fazer que desapareça a realidade e esconder sua desaparição.
Webteca
• Arte e sensação, a natureza sintética da sensação na experiência artística segundo Deleuze, por Eduardo Cardoso Braga
• Peirce e Foucault: Signo Estético e Enunciado, Daniele Fernandes
• Estruturalismo e pós-estruturalismo, Michael Peters• Jean Baudrillard, a Simulação desencantada, Jose
Aloise Bahia, O Vetebral, artigos, crônicas e utopias• Ilusión y desilusión estética, Jean Baudrillard (espanhol
com muitas imagens)
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