3. relatÓrio anual de actividades - caaj-mj.pt · º relatÓrio anual de actividades (1 abril de...
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SIGLAS UTILIZADAS .......................................................................................................................... 6
PARTE I - O 3.º ANO DE ACTIVIDADE DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS
EXECUÇÕES ........................................................................................................................................ 9
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 9 2. O FUNCIONAMENTO DA CPEE EM PLENÁRIO E EM GRUPO DE GESTÃO ......................................... 9 2.1. PLENÁRIO .......................................................................................................................................... 9
A.) COMPOSIÇÃO ................................................................................................................................................ 9 B.) CALENDÁRIO DAS REUNIÕES .................................................................................................................... 10 C.) ORDENS DE TRABALHO ............................................................................................................................. 11 D.) DELIBERAÇÕES ........................................................................................................................................... 11
2.2. GRUPO DE GESTÃO .......................................................................................................................... 12 A.) COMPOSIÇÃO ................................................................................................................................................. 12 B.) CALENDARIZAÇÃO DAS REUNIÕES .............................................................................................................. 12 C.) ORDENS DE TRABALHO ................................................................................................................................ 14 D.) DELIBERAÇÕES .............................................................................................................................................. 14
3. O ACÓRDÃO N.º 25/2012, DE 13 DE FEVEREIRO, DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL: A NÃO
INCONSTITUCIONALIDADE DA CPEE .................................................................................................... 15
PARTE II - COMPETÊNCIAS E ACTIVIDADES DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS
EXECUÇÕES ...................................................................................................................................... 22
§§ 1.º – A EMISSÃO DAS 105 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - PLENÁRIO - NOVEMBRO DE 2011 .............. 22 4. A EMISSÃO DE 72 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES....................................... 27 5. OS GRUPOS DE TRABALHO DA CPEE ............................................................................................... 31 5.1. O RESULTADO ALCANÇADO PELO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE IMPLEMENTAÇÃO DE
SOLUÇÕES ELECTRÓNICAS - 2010: A REALIZAÇÃO DE CITAÇÕES ELECTRÓNICAS DESDE JANEIRO DE 2011
(CPEE-GT-ISE) ..................................................................................................................................... 31 5.2. O GRUPO DE TRABALHO DA CPEE PARA A AGILIZAÇÃO DA PENHORA ELECTRÓNICA - 2011 (CPEE-GT-PE)) ........................................................................................................................................................ 32 5.3. O GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES - 2011 (CPEE-GT-EAE) ..33 5.4. O ACOMPANHAMENTO DO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PARA A DIMINUIÇÃO DA
PENDÊNCIA (2011) E A CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO COM ELEVADO
N.º DE PROCESSOS - 2012 (GT-CPEE-RP) ................................................................................................ 36 5.5. A PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE JANEIRO: GÉNESE E MONITORIZAÇÃO DE ENTRADA EM
FUNCIONAMENTO .................................................................................................................................. 38 A.) A GÉNESE ................................................................................................................................................... 38 B.) MONITORIZAÇÃO DA ENTRADA EM FUNCIONAMENTO DA PORTARIA: CPEEGG, ITIJ E CS .......... 40
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6. A EMISSÃO DE 33 RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO EM
NOVEMBRO DE 2011 .............................................................................................................................. 41 6.1. AS INICIATIVAS DA CPEE TENDO EM VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO ..................... 41
A.) A 2.ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA CPEE "PROMOVER A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES" E
WORKSHOP “AS BOAS PRÁTICAS NA ACTIVIDADE DO AGENTE DE EXECUÇÃO” - DIAS 23 E 24 DE
SETEMBRO DE 2011............................................................................................................................................. 41 B.) AS INTERVENÇÕES DA CPEE EM SEMINÁRIOS, ACÇÕES DE FORMAÇÃO E EVENTOS TENDO EM
VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO ......................................................................................... 42 6.2. O LABOR DAS ENTIDADES COM ASSENTO NO PLENÁRIO DA CPEE .................................................... 46 6.3. ACTIVIDADE DISCIPLINAR DA CPEE: AS CAUSAS DE DESTITUIÇÃO E OS ILÍCITOS DISCIPLINARES
TENDO EM VISTA A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE AGENTES DE EXECUÇÃO ....... 48 §§ 2.º – OS 1.º, 2.º E 3.º ESTÁGIOS – PLENÁRIO ............................................................................. 52 7. A FIXAÇÃO DO N.º DE CANDIDATOS A ADMITIR AO 3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO ............. 52 8. A ESCOLHA E DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE EXTERNA RESPONSÁVEL PELO EXAME DE ADMISSÃO AO
3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO, BEM COMO PELA AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO
DESENVOLVIDO PELOS ESTAGIÁRIOS ................................................................................................... 52 9. OS 1.º, 2.º E 3.º ESTÁGIOS DE AGENTES DE EXECUÇÃO....................................................................... 53 9.1. O FINAL DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO – ABRIL DE 2011 ............................................. 53 9.2. O DESENVOLVIMENTO DO 2.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO – ENTRE MARÇO DE 2011 E
MARÇO DE 2012 ..................................................................................................................................... 54 9.3. O EXAME DE ACESSO AO 3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO – ABRIL DE 2012 ........................... 54 §§ 3.º – ÓRGÃO DE DISCIPLINA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - GRUPO DE GESTÃO ... 55 10. A ACÇÃO DISCIPLINAR DA CPEE ..................................................................................................... 55 §§ 4.º – ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO E INSPECÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - GRUPO DE GESTÃO ......................................................................................................................... 61 11. A EFECTIVA FISCALIZAÇÃO, O AUMENTO EXPONENCIAL DO N.º DE FISCALIZAÇÕES E O COMBATE À
PENDÊNCIA PROCESSUAL ...................................................................................................................................... 61 12. A FISCALIZAÇÃO ELECTRÓNICA (À DISTÂNCIA): REPORTE DE INFORMAÇÃO PELOS AGENTES DE
EXECUÇÃO JUNTO DA CPEE .................................................................................................................................. 62 13. A FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES DA CPEE ........................ 64 14. A COOPERAÇÃO COM O ITIJ E CS AO ABRIGO DO N.º 4 DO ARTIGO 10.º DA PORTARIA N.º 2/2012, DE
2 DE JANEIRO ........................................................................................................................................................... 64 §§ 5.º – DEONTOLOGIA E ÉTICA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO – PLENÁRIO E GRUPO DE GESTÃO ........................................................................................................................................ 67 15. PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS .............................................................. 67 16. PARECER QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO ............................................... 68 17. IMPEDIMENTOS/ SUSPEIÇÕES / ESCUSAS ....................................................................................... 69 18. DEFINIÇÃO DA ACTUAÇÃO DA CPEE NO ÂMBITO DE PROCEDIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO .......... 70
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PARTE III - DIVULGAÇÃO DA CPEE ............................................................................................. 76
19. O SÍTIO DA CPEE NA INTERNET - DIVULGAÇÃO, TRANSPARÊNCIA PROXIMIDADE AOS CIDADÃOS76 20. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM CONFERÊNCIAS, COLÓQUIOS E ACÇÕES DE FORMAÇÃO .................... 78 20.1. A NÍVEL NACIONAL ........................................................................................................................ 78 20.2. A NÍVEL INTERNACIONAL ............................................................................................................... 80 21. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM AUDIÇÕES/EVENTOS/REUNIÕES/ SESSÕES PÚBLICAS ................... 82 21.1. AUDIÇÃO PÚBLICA DA PRESIDENTE DA CPEE NO PARLAMENTO EUROPEU – JULHO 2011 ................ 82 21.2. AUDIÊNCIA DA PRESIDENTE DA CPEE COM S. EXA. A MINISTRA DA JUSTIÇA – AGOSTO 2011 .......... 82 21.3. AUDIÇÃO PÚBLICA DA PRESIDENTE DA CPEE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA/SET 2011 .................. 82 21.4. SESSÃO SOLENE DE ABERTURA DO ANO JUDICIAL – JANEIRO 2012......................................................... 83 22. A CPEE NA COMUNICAÇÃO SOCIAL.............................................................................................................. 83 22.1. NA TELEVISÃO ............................................................................................................................... 84 22.2. NA IMPRENSA ESCRITA ................................................................................................................................... 85 23. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À TVI (CANAL DE TELEVISÃO DE PORTUGAL) ................. 88 24. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À HBT (CANAL DE TELEVISÃO DA FEDERAÇÃO RUSSA) . 88 25. PUBLICAÇÕES DA PRESIDENTE DA CPEE ................................................................................................... 89
PARTE IV - COOPERAÇÃO COM OUTRAS ENTIDADES ........................................................... 91
26. VISITAS À SEDE DA CPEE ................................................................................................................ 91 26.1. DRA. MARIA JOSÉ MORGADO, DIRECTORA DO DIAP DE LISBOA .................................................... 91 26.2. DR. NUNO DE VILLA-LOBOS, DIRECTOR DO CENTRO DE ARBITRAGEM ADMINISTRATIVA .............. 91 26.3. DR. EURICO DOS REIS, JUIZ DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA .................. 91 26.4. DR. PAULO RIJO FERREIRA, JUIZ DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA ........... 91 27. PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO ...................................................................................................... 92 27.1. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE LISBOA ......................................................................... 92 27.2. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE COIMBRA ...................................................................... 92 27.3. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DO PORTO ......................................................................... 93 28. PARTICIPAÇÃO DA CPEE NO PROCEDIMENTO LEGISLATIVO......................................................... 93 28.1. DESPACHO DA MINISTRA DA JUSTIÇA QUE APROVA O PLANO DE ACÇÃO PARA A JUSTIÇA NA
SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO – DESPACHO N.º 16171/2011, DE 29 DE NOVEMBRO ................................. 93 28.2. PORTARIA N.º 308/2011, DE 21 DE DEZEMBRO – 4.ª ALTERAÇÃO DA PORTARIA N.º 331-B/2009, DE 30
DE MARÇO - TRANSPARÊNCIA NAS CONTAS-CLIENTES DOS AGENTES DE EXECUÇÃO............................... 93 28.3. PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE JANEIRO – PREVÊ O ACESSO DA CPEE AOS SISTEMAS INFORMÁTICOS
CITIUS E SISAAE (2011) ....................................................................................................................... 95 28.4. CONCLUSÕES DA COMISSÃO PARA A REFORMA DO PROCESSO CIVIL ............................................... 95 29. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM GRUPOS DE TRABALHO ..................................................................... 96 29.1. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO “E-JUSTIÇA II”, DO ISCSP ................................................ 96 29.2. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PARA REDUÇÃO DA PENDÊNCIA
.............................................................................................................................................................. 97 29.3. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SOBRE O PLANO DE ACÇÃO
PARA A JUSTIÇA NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO ................................................................................... 97
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30. AS REUNIÕES ENTRE A CPEE E OS REPRESENTANTES DA CE-BCE-FMI (TROIKA): A INCLUSÃO DA
CPEE NAS REVISÕES DE SETEMBRO E DEZEMBRO DE 2011 .............................................................. 100
PARTE V - OS DADOS ESTATÍSTICOS E SUA ANÁLISE ........................................................... 104
31. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA ACÇÃO EXECUTIVA DIVULGADOS PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA .... 104 32. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA CPEE DO 3.º ANO DE ACTIVIDADE E A SUA ANÁLISE ...................... 107 32.1. PLENÁRIO ................................................................................................................................... 107
A.) PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS (ANEXO VIII)............................................. 107 B.) PARECERES QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO (ANEXO IX) ........................... 111
32.2. GRUPO DE GESTÃO...................................................................................................................... 114 A.) IMPEDIMENTOS, ESCUSAS E SUSPEIÇÕES (ANEXO X) .............................................................................. 114 B.) PARTICIPAÇÕES (ANEXO XI) ....................................................................................................................... 119 C.) PROCESSOS DISCIPLINARES (ANEXO XII) .................................................................................................. 124 D.) FISCALIZAÇÕES (ANEXO XIII) .................................................................................................................... 132
PARTE VI - A FALTA DE APOIO FINANCEIRO DA ACTIVIDADE DA CPEE ......................... 137 33. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA .................... 137 33.1. DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS A), B), C) E D) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO ................................................................................................................... 137 33.2. A FALTA DE DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS – ALÍNEA C) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO.................................................................................. 139 33.3. OS FUNDAMENTOS QUE JUSTIFICAM A NECESSIDADE E A ESPECIAL URGÊNCIA DA EMISSÃO DO
DESPACHO MINISTERIAL QUE PREVÊ O RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS E/OU PERITOS PARA ASSESSORAR O
GRUPO DE GESTÃO DA CPEE ............................................................................................................... 141 34. A NECESSIDADE DE MELHORIA NO ACESSO DA CPEE AO SISTEMA INFORMÁTICO CITIUS ........... 146 35. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES ............ 148 35.1. DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS D), E) E G) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE
22/07 ................................................................................................................................................... 148 35.2. DA FALTA DE INSTALAÇÃO DA APLICAÇÃO INFORMÁTICA PARA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS
DISCIPLINARES E DE FISCALIZAÇÃO – ALÍNEA A) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07 .. 149 35.3. A FALTA DE ADEQUAÇÃO DA REMUNERAÇÃO NO ÂMBITO DAS FISCALIZAÇÕES - ALÍNEA B) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07 .............................................................................................. 151 35.4. A INSUFICIÊNCIA DO SECRETARIADO - ALÍNEA C) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE
22/07 ................................................................................................................................................... 155 35.5. A FALTA DE MATERIAL INFORMATIVO E DE DIVULGAÇÃO DA CPEE - ALÍNEA F) DO ART. 2.º DO
DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07 ................................................................................................... 156 36. A MELHORIA DO ACESSO AO SISAAE ......................................................................................................... 157
PARTE VII - CONCLUSÕES ............................................................................................................ 161
37. OBJECTIVO I ................................................................................................................................... 161 38. OBJECTIVO II ................................................................................................................................ 164 39. OBJECTIVO III ............................................................................................................................... 167 40. A URGENTE NECESSIDADE DE APOIO FINANCEIRO À CPEE PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E
CÂMARA DOS SOLICITADORES - AS DIRECTRIZES CE-BCE-FMI ............................................................ 169
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ANEXO I ORDENS DE TRABALHO DAS REUNIÕES DO PLENÁRIO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS
EXECUÇÕES ANEXO II DELIBERAÇÕES DO PLENÁRIO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES
ANEXO III ORDENS DE TRABALHO DAS REUNIÕES DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA
DAS EXECUÇÕES
ANEXO IV DELIBERAÇÕES DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES
ANEXO V ACÓRDÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL N.º 25/2012, DE 13 DE FEVEREIRO: NÃO
INCONSTITUCIONALIDADE E NÃO ILEGALIDADE DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES
ANEXO VI BOLETIM ESTATÍSTICO DO GABINETE DE APOIO AO SOBREENDIVIDADO – DEZEMBRO 2011
ANEXO VII BOLETIM ESTATÍSTICO DO GABINETE DE APOIO AO SOBREENDIVIDADO – JANEIRO 2012
ANEXO VIII DADOS ESTATÍSTICOS DO PLENÁRIO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES: PEDIDOS
DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS
ANEXO IX DADOS ESTATÍSTICOS DO PLENÁRIO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:
PARECERES EMITIDOS RELATIVAMENTE AOS PEDIDOS DE REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE
EXECUÇÃO
ANEXO X DADOS ESTATÍSTICOS DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:
IMPEDIMENTOS, ESCUSAS E SUSPEIÇÕES DOS AGENTES DE EXECUÇÃO
ANEXO XI DADOS ESTATÍSTICOS DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:
PARTICIPAÇÕES RELATIVAS À ACTIVIDADE DOS AGENTES DE EXECUÇÃO
ANEXO XII DADOS ESTATÍSTICOS DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:
PROCESSOS DISCIPLINARES DOS AGENTES DE EXECUÇÃO
ANEXO XIII DADOS ESTATÍSTICOS DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:
FISCALIZAÇÕES À ACTIVIDADE DOS AGENTES DE EXECUÇÃO
ANEXO XIV MONITORIZAÇÃO DA ENTRADA EM FUNCIONAMENTO DA PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE
JANEIRO
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SIGLAS UTILIZADAS
ACOP - Associação de Consumidores de Portugal
APB - Associação Portuguesa de Bancos
APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação
BCE – Banco Central Europeu
BdP – Banco de Portugal
CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal
CC – Código Civil
Cód.CP - Código dos Contratos Públicos
CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal
CEAE - Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução, da Câmara dos Solicitadores
CEPEJ - Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça, do Conselho da Europa
CES - Conselho Económico e Social
CIP – Confederação Empresarial de Portugal - CIP
CITIUS - Sistema Informático dos Tribunais, gerido pelo Ministério da Justiça
CGTP – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional
CPC - Código de Processo Civil
CPEE – Comissão para a Eficácia das Execuções (Portugal)
CPEEP – Comissão para a Eficácia das Execuções, em Plenário (Portugal)
CPEEGG – Comissão para a Eficácia das Execuções, em Grupo de Gestão (Portugal)
CPPT - Código de Processo e Procedimento Tributário
CPTA - Código de Processo nos Tribunais Administrativos
CRP – Constituição da República Portuguesa
CS – Câmara dos Solicitadores
CSM – Conselho Superior de Magistratura
CTP - Confederação do Turismo Português
DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor
DGPJ – Direcção-Geral da Política de Justiça do Ministério da Justiça
DIAP – Departamento de Investigação e Acção Penal
ELFDUCP – Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa
ECS – Estatuto da Câmara dos Solicitadores, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de
Novembro
FENACOOP - Federação Nacional das Cooperativas de Consumidores, FCRL
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FDUNL – Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
FMI – Fundo Monetário Internacional
GAS - Gabinetes de Apoio ao Sobreendividado, da DECO
GT-CPEE-APE - Grupo de Trabalho da CPEE para a Agilização da Penhora Electrónica
GT-CPEE-EAE - Grupo de Trabalho da CPEE de Análise da Eficácia da Acção Executiva
GT-CPEE-ICE - Grupo de Trabalho da CPEE de Implementação de Soluções Electrónicas
GDLE - Grupo Dinamizador da Detecção e Liquidação de Processos de Execução
ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa
ITIJ - Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça do Ministério da Justiça
MF – Ministério das Finanças
MJ – Ministério da Justiça
MSSS – Ministério da Solidariedade e Segurança Social
OA – Ordem dos Advogados
Programa de Acção da CPEE 2009/2012 - Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE para o
triénio de 2009/2012, aprovado pelo Plenário da CPEE em 21/09/2009
REC. – Recomendação da CPEE
RCM – Resolução de Conselho de Ministros
93 Recomendações da CPEE 2009/2010 – Recomendações da CPEE sobre a Eficácia das Execuções e a
Formação dos Agentes de Execução 2009/2010, aprovadas pelo Plenário da CPEE em 13/07/2010
105 Recomendações da CPEE 2011/2012 – Recomendações da CPEE sobre a Eficácia das Execuções e a
Formação dos Agentes de Execução 2011/2012, aprovadas pela Deliberação n.º 35/2011, de 22/11/2011, do
Plenário da CPEE
SGMJ – Secretaria-Geral do Ministério da Justiça
SISAAE – Sistema Informático de Suporte à Actividade dos Agentes de Execução, gerido pela Câmara dos
Solicitadores
TC - Tribunal Constitucional
UIHJ – Union International des Huissiers de Justice e Officiers Judiciaires (Associação Internacional dos
Agentes de Execução)
UGC – União Geral dos Consumidores
UGT - União Geral de Trabalhadores
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PARTE I
O 3.º ANO DE ACTIVIDADE DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES
1. INTRODUÇÃO
O presente Relatório diz respeito à actividade da Comissão para a Eficácia das Execuções (CPEE) durante o
período compreendido entre o dia 1 de Abril de 2011 e o dia 6 de Março de 2012 (data da realização da 23.º
reunião do Plenário da CPEE, na qual o presente relatório foi aprovado), ou seja, durante o 3.º ano de
actividade do órgão público independente criado pelo Decreto-Lei nº 226/2008, de 20 de Novembro, e em
funcionamento desde o dia 31 de Março de 2009, contemplando os dados da actividade compreendidos entre
os dias 1 de Abril de 2011 e o dia 16 de Fevereiro de 2012.
2. O FUNCIONAMENTO DA CPEE EM PLENÁRIO E EM GRUPO DE GESTÃO
2.1. PLENÁRIO
A.) COMPOSIÇÃO
No 3.º ano de actividade exerceram o mandato de Membros do Plenário da CPEE:
a) A Presidente da Comissão, Mestre Paula Meira Lourenço, eleita por unanimidade dos restantes
Membros em 31/03/2009;
b) Um Vogal designado pelo Conselho Superior da Magistratura - Dra. Laurinda Gemas (desde
31/03/2009);
c) Um Vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da justiça - Dra. Ana
Vargas (entre 19/01/2010 e 21/12/2011) e o Dr. António Costa Moura (desde 17/01/2012);
d) Um Vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área das finanças - Dra. Maria
da Guia Meirinha (desde 31/03/2009);
e) Um Vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da segurança social - Dra.
Luísa Guimarães (de 31/03/2009 a 20/09/2011) e Dr. Nelson da Silva Ferreira (desde 21/11/2011);
f) Um Vogal designado pelo Presidente da Câmara dos Solicitadores - Agente de Execução Dr.
Armando A. Oliveira (desde 06/01/2011);
g) Um Vogal designado pelo Bastonário da Ordem dos Advogados - Dra. Márcia Gonçalves (desde
31/03/2009);
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h) O Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução - Agente de Execução Dr.
Carlos Matos (desde 17/01/2012);
i) Um Vogal designado pelas associações representativas dos consumidores ou de utentes de
serviços de justiça1 - Dra. Célia Marques (desde 31/03/2009);
j) Dois Vogais designados pelas Confederações com assento na Comissão Permanente de
Concertação Social do Conselho Económico e Social2 - Dr. Joaquim Dionísio, da Confederação
Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (desde 31/03/2009), e Dr. Vasco
Álvares de Mello, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (desde 19/01/2010).
A CPEE, funcionando em Plenário, tem ainda a possibilidade de ter um Vogal nomeado pelo Conselho
Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e/ou pelo Conselho Superior do Ministério Público, com
assento e direito de voto no Plenário da CPEE, sempre que na ordem de trabalhos sejam incluídos assuntos
da competência específica da jurisdição administrativa ou do Ministério Público, respectivamente.
Podem ainda participar nas reuniões do Plenário representantes de outras entidades relevantes para a
discussão e execução de tarefas específicas, mas sem direito a voto.
B.) CALENDÁRIO DAS REUNIÕES
No 3.º ano de actividade, realizaram-se 6 reuniões do Plenário da CPEE, entre a 18.ª e a 23.ª reunião,
ou seja, entre o 2.º e 4.º trimestre do ano de 2011, a CPEE reuniu em Plenário 4 (quatro) vezes, de acordo
com o seguinte Calendário (Fig. 1):
REUNIÃO DATA LOCAL HORA
18.ª 17.05.2011 Sede da CPEE 10h30
19.ª 12.07.2011 Sede da CPEE 10h30
20.ª 20.09.2011 Sede da CPEE 10h30
21.ª 22.11.2011 Sede da CPEE 10h30
Fig. 1 – Calendário das reuniões de Plenário da CPEE entre o 2.º e o 4.º trimestre do ano de 2011
1 As 4 (quatro) associações que têm assento no Plenário da CPEE, e que nomearam um Vogal da CPEE são as seguintes: a Associação Portuguesa de Consumidores (ACOP), a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor – DECO, a Federação Nacional das Cooperativas de Consumidores, FCRL (FENACOOP) e a União Geral dos Consumidores (UGC). 2 Importa relembrar as 6 (seis) Confederações que têm assento no Plenário da CPEE, tendo nomeado dois representantes como Vogais da CPEE: a Confederação dos Agricultores de Portugal, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a CIP - Confederação Empresarial de Portugal, a Confederação do Turismo Português, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical e a União Geral de Trabalhadores.
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E já no 1.º trimestre de 2012, a CPEE reuniu em Plenário 2 (duas) vezes, de acordo com o seguinte
Calendário (Fig. 2):
REUNIÃO DATA LOCAL HORA
22.ª 17.01.2012 Sede da CPEE 10h30
23.ª 06.03.2012 Sede da CPEE 10h30
Fig. 2 – Calendário das reuniões de Plenário da CPEE no 1.º trimestre do ano de 2012
C.) ORDENS DE TRABALHO
As ordens de trabalho das reuniões do Plenário da CPEE podem ser consultadas no ANEXO I ao
presente Relatório Anual de Actividades, e foram sendo divulgadas no sítio da CPEE na Internet à medida
que foram sendo realizadas, tendo em vista divulgar a actividade da CPEE junto dos cidadãos e das empresas
da CPEE - as ordens de trabalho estão disponíveis ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_PLENARIO_2011_CALENDARIO_REUNIOES.pdf e em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_PLENARIO_2012_CALENDARIO_REUNIOES_.pdf).
D.) DELIBERAÇÕES
No 3.º ano de actividade, o Plenário da CPEE tomou 34 deliberações, constantes das actas n.º s 19 a 23,
inscritas nos livros de actas n.º s 4 e 5 do Plenário da CPEE, e cujo conteúdo se sintetiza no ANEXO II ao
presente Relatório Anual de Actividades, a saber:
a) 24 (vinte e quatro) deliberações entre o 2.º e 4.º trimestre do ano de 2011;
b) 10 (dez) deliberações no 1.º trimestre de 2012.
Após a aprovação do presente relatório, todas as deliberações do Plenário da CPEE constantes do ANEXO II
do presente Relatório serão disponibilizadas no sítio da CPEE na Internet (à semelhança das deliberações dos
1.º e 2.º anos de actividade da CPEE), tendo em vista assegurar a total transparência da nossa actividade junto
do público em geral.
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2.2. GRUPO DE GESTÃO
A.) COMPOSIÇÃO
No 3.º ano de actividade exerceram o mandato de Membro do Grupo de Gestão da CPEE:
a) A Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, eleita por unanimidade dos Membros do
Plenário na reunião de 31/03/2009;
b) O Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução, o Agente de Execução
Dr. Carlos Matos (desde 06/01/2012);
c) Os três Membros escolhidos pela Presidente da CPEE e votados favoravelmente pelo
Plenário da CPEE, a saber: 1.) a Dra. Ana Luísa Rodrigues (desde 25/06/2009); 2.) a Dra. Inês
Caeiros (desde 25/11/2009); 3.) o Dr. António Delicado (entre 07/02/2011 e 19/07/2011) e a Dra.
Ana Cabral (desde 20/07/2011).
No exercício das competências enquanto órgão disciplinar e de fiscalização, e ainda das competências
referidas nas alíneas b) a d) do artigo 69.º-C do ECS, a CPEEGG deve ser assessorado por peritos ou
técnicos por si escolhidos, a recrutar dentro da dotação máxima anual a fixar por despacho conjunto dos
membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça, sendo a SGMJ responsável pelo
pagamento dos técnicos, ao abrigo do disposto na alínea c) do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, que
prevê: “(c)abe à Secretaria -Geral do Ministério da Justiça suportar os seguintes encargos relativos ao funcionamento da
CPEE: (…) O pagamento da assessoria técnica à CPEE, nos termos do n.º 3 do artigo 69.º -F do Estatuto da Câmara dos
Solicitadores".
Porém, à semelhança do que ocorrera no 2.º ano de actividade, a CPEEGG durante o seu 3.º ano de
actividade, não teve qualquer assessoria técnica, porque não foi emitido o despacho conjunto dos membros
do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça que iria prever a dotação máxima dos anos de
2011 e de 2012, tal como também não havia sido emitido o despacho relativo ao ano de 2010.
B.) CALENDARIZAÇÃO DAS REUNIÕES
No 3.º ano de actividade, entre 01/04/2011 e 06/03/2012, realizaram-se 39 (trinta e nove) reuniões do
Grupo de Gestão da CPEE, entre a 78.ª e a 116.ª reunião.
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Entre o 2.º e 4.º trimestre do ano de 2011, a CPEE reuniu em Grupo de Gestão 31 (trinta e uma) vezes, de
acordo com o seguinte Calendário (Fig. 3):
REUNIÃO DATA LOCAL HORA
78.ª 07.04.2011 Sede da CPEE 10h30
79.ª 14.04.2011 Sede da CPEE 10h30
80.ª 21.04.2011 Sede da CPEE 10h30
81.ª 28.04.2011 Sede da CPEE 10h30
82.ª 05.05.2011 Sede da CPEE 10h30
83.ª 19.05.2011 Sede da CPEE 10h30
84.ª 26.05.2011 Sede da CPEE 10h30
85.ª 02.06.2011 Sede da CPEE 10h30
86.ª 16.06.2011 Sede da CPEE 10h30
87.ª 22.06.2011 Sede da CPEE 10h30
88.ª 30.06.2011 Sede da CPEE 10h00
89.ª 07.07.2011 Sede da CPEE 10h30
90.ª 14.07.2011 Sede da CPEE 10h30
91.ª 21.07.2011 Sede da CPEE 10h30
92.ª 28.07.2011 Sede da CPEE 10h30
93.ª 04.08.2011 Sede da CPEE 10h30
94.ª 01.09.2011 Sede da CPEE 10h30
95.ª 15.09.2011 Sede da CPEE 10h30
96.ª 29.09.2011 Sede da CPEE 10h30
97.ª 13.10.2011 Sede da CPEE 10h30
98.ª 20.10.2011 Sede da CPEE 10h30
99.ª 27.10.2011 Sede da CPEE 10h30
100.ª 03.11.2011 Sede da CPEE 10h30
101.ª 10.11.2011 Sede da CPEE 10h30
102.ª 17.11.2011 Sede da CPEE 10h30
103.ª 18.11.2011 Sede da CPEE 19h30
104.ª 24.11.2011 Sede da CPEE 10h30
105.ª 30.11.2011 Sede da CPEE 10h30
106.ª 07.12.2011 Sede da CPEE 10h30
107.ª 15.12.2011 Sede da CPEE 10h30
108.ª 22.12.2011 Sede da CPEE 10h30
Fig. 3 – Calendário das reuniões de Grupo de Gestão da CPEE entre o 2.º e o 4.º trimestre do ano de 2011
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Durante o 1.º trimestre do ano de 2012 (até ao dia 06/03/2012), a CPEE reuniu em Grupo de Gestão 8 (oito)
vezes, de acordo com o seguinte Calendário (Fig. 4):
REUNIÃO DATA LOCAL HORA
109.ª 12.01.2012 Sede da CPEE 10h30
110.ª 19.01.2012 Sede da CPEE 10h30
111.ª 26.01.2012 Sede da CPEE 11h00
112.ª 03.02.2012 Sede da CPEE 16h00
113.ª 09.02.2012 Sede da CPEE 17h00
114.ª 16.02.2012 Sede da CPEE 10h30
115.ª 23.02.2012 Sede da CPEE 14h30
116.ª 01.03.2012 Sede da CPEE 10h30
Fig. 4 – Calendário das reuniões de Grupo de Gestão da CPEE no 1.º trimestre do ano de 2012,
até ao dia 06/03/2012
C.) ORDENS DE TRABALHO
As ordens de trabalho das reuniões do Grupo de Gestão podem ser consultadas no ANEXO III ao presente
Relatório Anual de Actividades, e foram sendo divulgadas no sítio da CPEE na Internet à medida que foram
sendo realizadas (semanalmente), tendo em vista divulgar a actividade da CPEE junto dos cidadãos e das
empresas da CPEE (disponíveis em http://www.cpee.pt/CPEE_GRUPO_DE_GESTAO_2011_OT/ e
http://www.cpee.pt/CPEE_GRUPO_DE_GESTAO_2012_OT/).
D.) DELIBERAÇÕES
Entre os dias 01/04/2011 e 06/03/2012, o Grupo de Gestão da CPEE tomou 424 deliberações,
constantes das actas n.º s 78 a 116, inscritas nos livros de actas n.º s 7 a 11 do Grupo de Gestão da CPEE, e
cujo conteúdo se sintetiza no ANEXO IV ao presente Relatório Anual de Actividades, a saber:
a) 342 (trezentas e quarenta e duas) deliberações entre o 2.º e 4.º trimestre de 2011;
b) 82 (oitenta e duas) deliberações no 1.º trimestre de 2012, até ao dia 06/03/2012.
Após a aprovação do presente relatório, as deliberações do CPEEGG constantes do ANEXO IV do presente
Relatório serão disponibilizadas no sítio da CPEE na Internet (à semelhança das deliberações tomadas
durante o 1.º e o 2.º anos de actividade da CPEE), tendo em vista assegurar a total transparência da nossa
actividade junto do público em geral.
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3. O ACÓRDÃO N.º 25/2012, DE 13 DE FEVEREIRO, DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL: A NÃO
INCONSTITUCIONALIDADE DA CPEE
O Acórdão n.º 25/2012, de 13 de Fevereiro, do Tribunal Constitucional, que declarou a não
ilegalidade e a não inconstitucionalidade da composição da Comissão para a Eficácia das
Execuções (CPEE), designadamente das normas constantes do artigo 69.º-D, n.º 1, alíneas a) a j), do
Estatuto da Câmara dos Solicitadores, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 88/2003, de 26 de Abril, na redacção
que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, encontra-se disponível ao público
no sítio da CPEE na Internet em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Ac_TC_25_2012_13_02.pdf, e é um
marco de relevância incontornável na criação da CPEE e na sua actividade, razão pela qual merece
aqui destaque.
Com efeito, o pedido de inconstitucionalidade deduzido pelo Provedor de Justiça junto do Tribunal
Constitucional3, e a defesa apresentada pelo Governo, assentaram, em síntese, nos seguintes argumentos:
a) O Provedor de Justiça deduziu pedido de fiscalização abstracta sucessiva, requerendo a
declaração de ilegalidade e inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, das normas que
constam do artigo 69.º -D, n.º 1, alíneas a) a j), do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 88/2003, de 26 de Abril, na redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de
20 de Novembro, invocando, em síntese:
a.1.) Ilegalidade: atendendo a que a CPEE tinha sido criada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de
Novembro, enquanto órgão independente da Câmara dos Solicitadores, ao abrigo de uma lei de autorização
parlamentar (Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril), como a introdução da representação dos Agentes de Execução
inscritos na Ordem dos Advogados (OA) na CPEE era a inovação expressamente autorizada pelo
Parlamento, a manutenção da natureza associativa desse órgão impunha que, na sua composição, pelo menos
a maioria dos seus membros encontrasse legitimação na autotutela associativa devolvida pelo Estado às
classes profissionais em causa. Ora, apenas dois dos onze membros da CPEE são representantes da Câmara
dos Solicitadores (CS), a que se soma apenas mais um da Ordem dos Advogados, pelo que sendo o peso dos
membros estranhos às referidas associações profissionais consideravelmente superior aos membros
representantes dessas associações, alegou-se que o Governo actuara sem credencial parlamentar, contrariando
o sentido da autorização concedida. Por isso, as normas constantes do artigo 69.º -D, n.º 1, alíneas a) a j), do
3 Este pedido do Provedor de Justiça junto do TC baseou-se num Parecer jurídico solicitado pela Câmara dos Solicitadores e entregue ao Provedor de Justiça em 2010, tal como indicado pelo Presidente da CS ao Plenário da CPEE.
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ECS padeceriam de ilegalidade material, por violação do sentido da lei de autorização legislativa contido no
artigo 5.º, alínea b), da Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril.
a.2.) Inconstitucionalidade: i) Inconstitucionalidade por violação do n.º 4 do artigo 267.º da CRP, porque
as associações públicas, como a CS, têm que ter uma “organização interna baseada no respeito dos seus
membros e na formação democrática dos seus órgãos”, e a CPEE, órgão integrado na CS com amplos
poderes decisórios, tinha sido imposta pelo legislador à CS, não sendo a esmagadora maioria dos seus
membros designada pela CS, o que violaria os direitos de participação democrática dos membros da CS e o
princípio da formação democrática dos órgãos desta associação pública, princípios esses que decorrem da
parte final do n.º 4 do artigo 267.º da CRP; ii) Inconstitucionalidade por violação da alínea d), do artigo 199.º,
da CRP, pois ao Governo compete apenas o exercício de uma tutela da legalidade sobre a administração
autónoma. Tendo a CPEE poderes decisórios e integrando a sua composição três membros com direito a
voto nomeados pelo Governo (alíneas b), c) e d), do n.º 1, do artigo 69.º -D, do ECS), e cabendo a estes
efectivos poderes de decisão que não se enquadram nos limites da mera tutela da legalidade para a qual nos
remete a norma do artigo 199.º, alínea d), da CRP, o poder de decisão do Governo no âmbito da CPEE, viola
a norma inserida no artigo 199.º, alínea d), da CRP, na parte respeitante à administração pública autónoma.
b) O Primeiro-Ministro respondeu, afirmando, em síntese, que:
b.1.) A alegações de inconstitucionalidade e de ilegalidade, partiam de dois equívocos substanciais,
a saber:
O 1.º equívoco do Requerente é o de que a CPEE, especificamente na formação de plenário,
é o órgão ao qual compete a regulação e o exercício do poder disciplinar sobre os agentes de
execução.
O pedido do Requerente ignora a configuração de órgão complexo que o legislador deu à
CPEE; este é um órgão que, mais do que funcionando em duas formações, compreende dois
órgãos distintos e com competências diferentes.
A CPEE funciona como Plenário (CPEEP) e como Grupo de Gestão (CPEEGG).
Em matéria disciplinar, a CPEEP apenas funciona como órgão de recurso (um recurso hierárquico
impróprio, facultativo), para as decisões da CPEEGG que apliquem penas de suspensão e de
expulsão (alínea b), do n.º 1, do artigo 69.º-F, do ECS na redacção actual).
É como CPEEGG que a Comissão actua no âmbito da regulação profissional, enquanto a CPEEP
apenas define orientações gerais e através de recomendações, para além de definir o número de
estagiários admitidos e escolher a entidade externa que intervém na avaliação.
O 2.º equívoco do Requerente é a afirmação de que a CPEE é, sem qualquer especificidade,
um órgão da pessoa colectiva associativa CS, porque a CPEE apenas formalmente está
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associada à CS por razões logísticas e de funcionamento administrativo, mas que goza de
um estatuto de independência.
b.2.) Quanto à questão da invocada ilegalidade por violação da autorização legislativa, o Governo criou, tal
como previsto, um órgão destinado a disciplinar a eficácia das execuções (a CPEE), tendo adoptado
um esquema orgânico de «órgão complexo» sem discriminar imediatamente a proveniência
profissional da totalidade dos membros do órgão com competências de «regulação profissional» (a
CPEEGG).
Esta opção em nada contraria a lei de autorização legislativa, uma vez que o Governo não atribuiu as
competências de «regulação profissional» a um órgão com uma composição estranha às profissões de
solicitador e de advogado.
E, apesar de pouco valer, não deixa de ser relevante recordar que o Governo, com a proposta de lei de
autorização, enviou ao Parlamento o projecto de Decreto-Lei autorizado: a «credencial» não só existe como,
quando foi aprovada, já se conhecia o que se «credenciava».
b.3.) No que respeita à invocada inconstitucionalidade por violação da norma da formação democrática dos
órgãos, não sendo a CPEE um órgão próprio da estrutura orgânica da CS, pois não prossegue as
atribuições desta, seria estranho que a sua composição resultasse da expressão democrática dos
solicitadores.
b.4.) Quanto à inconstitucionalidade por violação do limite tutelar de interferência, há que ter presente que a
tutela que está prevista na alínea d), do artigo 199.º da CRP é um mecanismo de controlo e de fiscalização da
legalidade dos actos e condutas dos sujeitos tutelados (eventualmente aferindo também sobre o exercício
«correcto» da discricionariedade) e não uma medida que se repercuta na forma como o legislador organiza ou
configura normativamente a estrutura desses mesmos sujeitos e a composição dos seus órgãos.
Sendo a CPEEP um órgão praticamente consultivo (emite recomendações) e, no que não o é,
apenas se pronuncia sobre aspectos estratégicos da profissão de agente de execução, não se vê em
que medida pode a presença de membros designados pelo Governo invadir um espaço de
autonomia que se possa reconhecer a um órgão independente da administração autónoma.
E concluiu pela improcedência das alegações de ilegalidade e inconstitucionalidade das normas constantes das
alíneas a) a j), do artigo 69.º-D do ECS, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 88/2003, de 26 de Abril, e alterado
pelo Decreto -Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro.
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Elaborado pelo Presidente do Tribunal Constitucional (TC) o memorando a que se refere o artigo 63.º da Lei
do TC, e tendo este sido submetido a debate, nos termos do n.º 2, do referido preceito, o Tribunal decidiu:
“o Tribunal Constitucional não declara a ilegalidade, nem a inconstitucionalidade, das
normas constantes do artigo 69.º-D, n.º 1, alíneas a) a j), do Estatuto da Câmara dos
Solicitadores, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 88/2003, de 26 de Abril, na redacção que lhe foi
conferida pelo Decreto -Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro”.
A fundamentação que serviu de base à fixação do Acórdão do TC, fundou-se em 4 (quatro)
argumentos os quais importa aqui destacar, em súmula, atenta a sua relevância para a actividade da
CPEE:
1 - As normas questionadas no pedido de fiscalização definem somente a composição da CPEE, na qualidade
de órgão responsável em matéria de acesso e admissão a estágio, de avaliação dos agentes de execução
estagiários e de disciplina dos agentes de execução, não estando em causa a constitucionalidade da inserção
deste órgão na estrutura da CS (artigo 69.º-B do ECS), uma vez que os poderes de cognição do TC estão
limitados pelo pedido de fiscalização deduzido.
A Proposta de Lei (n.º 176/X) apresentada à Assembleia da República autorizou o Governo a aprovar um
conjunto de medidas destinadas a aperfeiçoar o novo modelo adoptado pela «Reforma da acção executiva»,
aprofundando-o e criando condições para ser mais simples e eficaz. Entre essas medidas encontrava-se o
reforço do papel do agente de execução na tramitação das acções executivas, alargando-se a
possibilidade de desempenho dessas funções a advogados, face à necessidade de aumentar o
número de agentes de execução que garantisse uma efectiva possibilidade de escolha pelo
exequente. Este alargamento do espectro de agentes de execução foi acompanhado por propostas
de alteração ao regime de incompatibilidades, impedimentos e suspeições dos agentes de execução,
visando restringir as condições de exercício desta função, e de criação de um órgão destinado a
promover a eficácia das execuções, ao qual também competisse o exercício do poder disciplinar
sobre os agentes de execução, de forma a garantir uma maior transparência e confiança no sistema.
A proposta foi aprovada pela Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril, que além do mais, autorizou o Governo a
alterar o ECS de modo a (artigo 5.º):
“a) Modificar a estrutura orgânica da CS e alterar as competências dos órgãos actuais;
b) Criar um órgão destinado a disciplinar a eficácia das execuções ao qual compita o exercício do poder disciplinar sobre os
agentes de execução, com possibilidade de delegação, prevendo as suas demais competências e composição, tendo em conta a alínea
a) do artigo 2.º”
sendo que a alínea a) do artigo 2.º da referida Lei n.º 18/2008, dispôs:
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“Fica o Governo autorizado a criar o estatuto de agente de execução, adaptando o estatuto do solicitador de execução,
nomeadamente para o efeito de:
a) Permitir que advogados e solicitadores possam exercer funções de agentes de execução”.
Ao abrigo desta autorização legislativa, o Governo aprovou o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,
que separou a função de Agente de Execução da profissão de Solicitador, permitindo o acesso dos
Advogados, e criou um órgão novo com competências em matéria de acesso e admissão a estágio, de
avaliação dos agentes de execução estagiários e de disciplina dos agentes de execução, previsto no artigo 69.º-
B e seguintes do ECS — a CPEE.
A CPEE funciona em Plenário de todos os seus membros (CPEEP), para o exercício das
competências definidas no n.º 1, do artigo 69.º-F, do ECS, e em Grupo de Gestão (CPEEGG) no
exercício das competências elencadas no n.º 2, do mesmo preceito.
Foi precisamente a legalidade e constitucionalidade da composição do órgão Plenário que foi colocada em
causa no recurso apresentado pelo Sr. Provedor de Justiça.
2 – O Requerente questionou, em 1.º lugar, a legalidade destas normas, por entender que o Governo ao
definir a composição da CPEE contrariou o sentido da autorização legislativa concedida pela Assembleia da
República, uma vez que dos onze membros que integram este órgão apenas três são designados ou provêm
das associações profissionais dos solicitadores e dos advogados (um vogal é designado pelo Presidente da
Câmara dos Solicitadores, outro é designado pelo Bastonário da Ordem dos Advogados, e um terceiro é o
Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução).
Da leitura conjugada das alínea a) e b), do artigo 5.º, da Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril, o TC concluiu que
o legislador parlamentar autorizou o Governo a criar, no âmbito da estrutura da CS, um órgão
especificamente destinado a disciplinar a eficácia das execuções, ao qual competisse também o
exercício do poder disciplinar sobre os agentes de execução, conferindo-lhe poderes para prever estas e
outras competências e definir a composição deste novo órgão.
Mais concluiu o TC que “se o legislador, com a extensão aos advogados do acesso à profissão de
agente de execução, por um lado, sentiu que a supervisão desta função não podia continuar
entregue aos órgãos da associação representativa dos interesses dos solicitadores, revelando-se
necessária a criação de um novo órgão que desempenhasse especificamente essa actividade
fiscalizadora, por outro lado, não quis desligar completamente esse novo órgão da Câmara dos
Solicitadores”. Daí que a sua previsão (alínea b) do artigo 5.º) implicasse uma modificação da estrutura
orgânica da CS e uma alteração das competências dos seus órgãos (alínea a) do artigo 5.º).
Contudo, “apesar da lei de autorização pretender que o novo órgão funcionasse inserido na estrutura da CS, não definiu a sua
natureza, nem o modo como essa inserção se deveria processar, não se tendo imposto que o mesmo assumisse um cariz
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representativo dos membros desta associação profissional,” pelo que o TC não considerou possível extrair da indicação
da localização do órgão, uma directriz no sentido de que a sua composição deveria satisfazer uma
representação maioritária de qualquer classe profissional, designadamente a dos solicitadores, pois nos termos
da lei de autorização legislativa, a previsão pelo Governo da composição do novo órgão apenas estava
obrigada a tomar em consideração que a função de agente de execução passava a poder ser exercida não só
por solicitadores, mas também por advogados (alínea a) do artigo 2.º, por remissão da parte final da aliena b)
do artigo 5.º).
Se a imposição desta ponderação obrigava à participação na CPEE das associações das quais aqueles
profissionais liberais obrigatoriamente são membros (CS e OA), nada permite afirmar que essa participação
tivesse que assumir um peso maioritário ou que aquele que lhe foi atribuído pelo Decreto-Lei n.º 226/2008,
de 20 de Novembro, fosse insuficiente para satisfazer o sentido da autorização do legislador parlamentar.
Assim, o TC concluiu que da análise dos termos da Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril, não resultava que a
definição da composição da CPEE efectuada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,
contrariava o sentido da autorização legislativa, não se verifica o vício apontado pelo Requerente.
3 - O Requerente invocou, em 2.º lugar, a inconstitucionalidade das normas definidoras da composição da
CPEE, por considerar que violariam o n.º 4 do artigo 267.º da CRP. Como entendeu o TC, “o artigo 69.º-D
do ECS, aditado pelo artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, optou por uma
composição pluralista da CPEE, procurando que nesta estivessem representados todos os sectores
com interesse na eficácia da acção executiva, como as entidades representativas dos consumidores
ou utentes de serviços de justiça, parceiros sociais, o Governo, o Conselho Superior da Magistratura,
a Ordem dos Advogados e a Câmara dos Solicitadores. Nas palavras do legislador, pretendeu -se
que esta composição plural tornasse a Comissão para a Eficácia das Execuções um fórum
privilegiado para a troca de opiniões e de experiências sobre o desempenho dos agentes de
execução, facilitando o diálogo entre aqueles que utilizam os serviços destes agentes, os que podem
promover a sua eficácia e os próprios operadores judiciários preâmbulo do Decreto -Lei n.º
165/2009, de 22 de Julho, que regula aspectos relativos ao funcionamento da CPEE”.
Importa ter em linha de conta a natureza e o especial posicionamento da CPEE no interior da CS, enquanto
órgão independente da CS - desde logo o novo artigo 69.º-B do ECS qualifica a CPEE como um órgão
independente da CS, sendo que “esta independência assume-se precisamente face à Câmara dos
Solicitadores, pelo que a sua ligação a esta associação pública é meramente formal, tendo apenas
reflexos logísticos e financeiros (artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, e n.º 3 do
artigo 127.º do ECS)”.
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A CPEE, destinando-se a superintender em matérias de acesso à função e de disciplina dos agentes de
execução, tendo as competências legais previstas no artigo 69.º-C do ECS, e tendo em atenção que os agentes
de execução tanto podem ser solicitadores, como advogados, tais atribuições não se podem considerar
inseridas nas finalidades específicas da CS, revelando-se, por isso, “de acordo com a sua substância a
qualificação da CPEE como órgão independente da Câmara dos Solicitadores, não sendo possível
considerá-lo como representativo da classe profissional solicitadores.
Daí que na enumeração dos órgãos da Câmara constante do artigo 11.º, do ECS, a CPEE não figure.
Deste modo, sendo a CPEE um órgão independente da Câmara dos Solicitadores, apesar de
formalmente nela alojado, a sua composição plural, na qual em onze membros apenas um é
designado pelo Presidente da Câmara dos Solicitadores e outro é o Presidente do Colégio da
Especialidade dos Agentes de Execução, não infringe os princípios democráticos que devem
presidir à formação dos órgãos das associações públicas”.
4 - O Requerente alegou, por último, que o disposto no n.º 1 do artigo 69.º-D do ECS, viola a alínea d) do
artigo 199.º da CRP, vez que a composição da CPEE é integrada por três vogais designados pelo Governo
(um vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da justiça, outro pelo membro do
Governo responsável pela área das finanças e outro pelo membro do Governo responsável pela área da
segurança social - alíneas b), c) e d), do n.º 1 do artigo 69.º-D do ECS).
Porém, a intervenção do Governo cessa com a designação das pessoas que irão ocupar o lugar de
vogais da CPEE, não estando estes, no exercício dos seus cargos, sujeitos a quaisquer orientações,
directivas ou recomendações, não respondendo perante o Governo, que os não pode destituir,
agindo os vogais designados pelos membros do Governo das áreas da justiça, finanças e segurança
social, no seio da CPEE, com total autonomia e liberdade, não existindo qualquer controlo de
conformidade da sua actuação com as políticas governamentais.
“Daí que o aludido poder de designação, desacompanhado de um poder de controlo sobre a
actuação dos vogais indicados, não corresponda à consagração de qualquer regime de tutela sobre
órgãos da administração autónoma que se possa considerar não estar abrangido pelo disposto no
artigo 199.º, d) da Constituição, pelo que também não merece acolhimento este fundamento de
inconstitucionalidade invocado pelo Requerente”.
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PARTE II
COMPETÊNCIAS E ACTIVIDADES DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS
EXECUÇÕES
§§ 1.º – A EMISSÃO DAS 105 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E A FORMAÇÃO DOS
AGENTES DE EXECUÇÃO - PLENÁRIO - NOVEMBRO DE 2011
Em 22/11/2011, o Plenário da CPEE aprovou as Recomendações da CPEE 2011/2012, sobre a Eficácia
das Execuções e a Formação dos Agentes de Execução, através da Deliberação n.º 35/2011, de 22/11/2011
(de ora em diante apenas designadas 105 Recomendações da CPEE 2011/2012), constantes do documento
Recomendações da CPEE 2011/2012, com 118 páginas, e que está disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/RECOMENDACOES_DA_CPEE_EFICACIA_DAS_EXECUCOE
S_FORMACAO_DOS_AGENTES_EXECUCAO_2011_2012_.pdf.
As 105 Recomendações da CPEE 2011/2012 repartem-se entre:
72 Recomendações sobre a Eficácia das Execuções;
33 Recomendações sobre a Formação dos Agentes de Execução.
Trata-se da 2.º vez que a CPEE emitiu as suas recomendações, dado que o exercício desta importante
competência legal segue uma metodologia específica, a qual assenta na análise anual da vigência do sistema
legal de execuções cíveis após o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, que criou a CPEE (em vigor
depois do dia 31/03/2009), e bem assim na recolha de ideias e de contributos de todos, e no seu amplo
debate público (através da realização pela CPEE de uma Conferência anual para o efeito), pelo que, entre
Julho de 2010 (data da 1.ª emissão de recomendações pela CPEE) e Novembro de 2011, a CPEE:
a) Monitorizou a execução das 93 Recomendações da CPEE 2009/2010, aprovadas na 12.ª reunião do
Plenário da CPEE, de dia 13/07/2010;
b) Monitorizou o 2.º ano de vigência do regime da acção executiva (Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de
Novembro), através de 10 critérios de análise – a maioria dos quais utilizados pela Comissão
Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ), do Conselho da Europa -, sendo de destacar: a
movimentação processual; a taxa de resolução processual; o critério financeiro; o critério da
implementação das soluções tecnológicas; o estágio dos Agentes de Execução; a conduta disciplinar
dos Agentes de Execução; os resultados das fiscalizações feitas aos Agentes de Execução; as
Recomendações da CEPEJ, da Associação Internacional dos Agentes de Execução (UIHJ) e do
Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado português e a CE-BCE-FMI;
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c) Recolheu contributos junto dos Membros do Plenário da CPEE, que representam os operadores
judiciários, os responsáveis políticos pela política de Justiça, os consumidores e utentes da Justiça, os
cidadãos e as empresas; junto dos Membros do Grupo de Gestão da CPEE; e junto dos 10 Agentes
de Execução Fiscalizadores da CPEE;
d) Convidou todos os Agentes de Execução a participar, em especial, os 626 Agentes de Execução alvo
de uma fiscalização electrónica pela CPEE em Junho/Setembro de 2011, tendo sido recebidas
sugestões de cerca de 100 Agentes de Execução;
e) Promoveu o amplo debate junto do público em geral, convidando reputados oradores nacionais e
internacionais, peritos em matéria de acção executiva e prestadores do serviço público de Justiça, a
participar na 2.ª Conferência Internacional da CPEE “Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop
“As Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que se realizou nos dias 23 e 24 de Setembro de
2011, no Centro Multimeios de Espinho – as conclusões da Conferência foram anexadas às 105
Recomendações da CPEE 2011/2012, e quer estas, quer as intervenções dos oradores estão disponíveis
ao público no sítio da CPEE na Internet em http://www.cpee.pt/.
Toda a metodologia atrás enunciada consta do documento Recomendações da CPEE 2011/2012, e bem
assim as 105 Recomendações da CPEE 2011/2012, sendo de assinalar que apenas 31 Recomendações são novas
Recomendações, pois as restantes 74 Recomendações já tinham sido emitidas pelo Plenário da CPEE em
13/07/2010, em Novembro de 2011 encontravam-se ainda por concretizar, ou seja, as 105 Recomendações da
CPEE 2011/2012 repartem-se por
a) 74 Recomendações antigas, já emitidas pelo Plenário da CPEE em 13/07/2010, encontrando-se
por concretizar em Novembro de 2011;
b) 31 Recomendações novas.
Com efeito, da monitorização das 93 Recomendações da CPEE 2009/2010, aprovadas pelo Plenário da CPEE
em 13/07/2010, resultou que em Novembro de 2011:
a) Apenas 24,5% das recomendações da CPEE sobre a eficácia das execuções tinham sido executadas,
encontrando-se 75,4% das recomendações em falta, da responsabilidade das entidades elencadas na
Fig. 5;
b) Apenas 12,5% das recomendações da CPEE sobre a formação dos Agentes de Execução tinham sido
executadas, encontrando-se 87,4% das recomendações em falta, da responsabilidade das entidades
elencadas na Fig. 6.
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ENTIDADES DESTINATÁRIAS: N.º TOTAL DE
RECOMENDAÇÕES
N.º DE RECOMENDAÇÕES
EXECUTADAS
N.º DE RECOMENDAÇÕES
EM FALTA
A) MJ 26 2 24
B) COOPERAÇÃO ENTRE MJ E CS 3 1 2
C) COOPERAÇÃO ENTRE MF E CS 1 0 1
D) COOPERAÇÃO ENTRE MJ, MF, MSSS E CS 2 1 1
E) CS 19 4 15
F) AGENTES DE EXECUÇÃO: OFICIAIS DE JUSTIÇA/
SOLICITADORES /ADVOGADOS 2 0 2
G) ENTIDADES QUE CONCEDEM
CRÉDITO 1 0 1
H) DIVULGAÇÃO AO PÚBLICO DO
REGIME LEGAL EM VIGOR
DESDE 31/03/2009 E DA
ANÁLISE DE EFICIÊNCIA POR
TRIBUNAL 7 7 0
TOTAIS 61 15 46
Fig. 5 – RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:
EXECUTADAS E EM FALTA
Fonte: CPEE4
ENTIDADE
DESTINATÁRIA: CÂMARA DOS
SOLICITADORES
N.º TOTAL DE RECOMENDAÇÕES
N.º DE RECOMENDAÇÕES
EXECUTADAS
N.º DE RECOMENDAÇÕES EM
FALTA
1. FORMAÇÃO INICIAL 19 4 15
2. FORMAÇÃO CONTÍNUA
OBRIGATÓRIA 13 0 13
TOTAIS 32 4 28
Fig. 6 – RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/2010 SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO:
EXECUTADAS E EM FALTA
Fonte: CPEE5
4 Cfr. 105 Recomendações da CPEE 2011/2012, p. 38. 5 Cfr. 105 Recomendações da CPEE 2011/2012, p. 39.
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Do total das 105 Recomendações da CPEE 2011/2012, salientemos as seguintes 10 Recomendações
antigas (de 12.07.2010) cuja execução estava em falta em Novembro de 2011:
a) REC. 3 - Criação da comissão de fiscalização da actividade dos centros de arbitragem
institucionalizada na acção executiva – a criação de centros de arbitragem pode aliviar os tribunais da
entrada anual de milhares de acções para cobrança de dívidas de pequeno valor (litigantes de massa);
b) REC. 11 - Possibilidade de o Autor prosseguir a imediata execução da sentença através do CITIUS –
é já hoje possível prever a imediata execução de sentença, faltando apenas o desenvolvimento
informático dessa funcionalidade no CITIUS;
c) REC. 14 - Previsão do pré-pagamento ao Agente de Execução do valor fixo da tarifa para a Fase 1 –
milhares de acções executivas insaturadas após Março de 2009 estão paradas porque o
credor/Exequente não paga o valor da Fase 1 ao Agente de Execução, não sendo justo que se lhe
exija que avance com as diligências sem receber a devida provisão;
d) REC. 22 - Responsabilização do credor que concede crédito ao devedor já inscrito na Lista Pública de
Execuções, e enquanto o devedor constar desta lista – visa-se evitar o sobreendividamento;
Mecanismos de sincronização em tempo real (para que os actos do agente de execução sejam
vertidos no CITIUS/HABILUS, e os actos do juiz, mandatário judicial e oficial sejam vertidos
no SISAAE);
Uniformização do registo electrónico dos actos processuais no SISAAE e do tipo de acto
visualizado no CITIUS/Habilus;
f) REC. 44 - Assegurar a efectiva extinção das acções executivas pendentes por falta de bens do
devedor por aplicação do n.º 6 do artigo 833.º-B do CPC (inclusive em relação a processos anteriores
a 2009) – milhares de acções para cobrança de dívidas estão pendentes, apesar de não existir bens. A
extinção destas acções inviáveis libertará os tribunais de processos que estão parados, sem que seja
possível assegurar o pagamento, e renovará a imagem de Portugal do ponto de vista financeiro e
económico;
g) REC. 58 - Realização pelo Agente de Execução da penhora electrónica através do SISAAE de
imóveis, quotas de sociedades, marcas e patentes, saldos bancários e créditos fiscais;
h) REC. 61 - Criação de meios electrónicos para conclusão dos processos pelo Agente de Execução
directamente ao juiz, por oposição aos actos que devam ser remetidos à secretaria do Tribunal – visa-
se evitar o entupimento dos tribunais com milhares de comunicações electrónicas de actos “não
classificados” que originam tarefas inúteis ou a simples paragem dos processos;
e) REC. 43 - Assegurar que o processo electrónico seja constituído pelos mesmos actos, diligências e
notificações no CITIUS/HABILUS e no SISAAE, através de:
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j) REC. 89 - Formação Contínua Obrigatória dos Agentes de Execução.
E destaquemos as seguintes 10 Recomendações novas (de 22.11.2011) do total das 105 Recomendações da
CPEE 2011/2012:
a) REC. 25 - Criação de um modelo eficaz de gestão dos tribunais, electrónico, que assegure a
qualidade da prestação de serviço público;
b) REC. 26 - Adoptar sistemas informáticos de gestão de processos judiciais em todas as comarcas
piloto, tendo como modelo o Projecto "X" da comarca da Grande Lisboa-Noroeste (Juízo de
Execução de Sintra);
c) REC. 29 - Colocação de “informação e alarmes electrónicos automáticos” no CITIUS, que serão enviados à
CPEE sempre que o processo executivo esteja parado há mais de X meses (a determinar pela
CPEE);
d) REC. 31 - Operacionalização da criação dos centros de arbitragem da acção executiva prevista no
Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro - tramitação das acções executivas dos litigantes de
massa;
e) REC. 32 - Garantir uma relação efectiva entre os sistemas de apoio ao sobreendividamento
autorizados pelo Ministério da Justiça ao abrigo da Portaria n.º 312/2009, de 30 de Março, e os
centros de arbitragem da acção executiva, permitindo que as situações de sobreendividamento
detectadas, sejam encaminhadas para os sistemas de apoio ao sobreendividamento – trata-se de uma
medida de Justiça social que deve ser ponderada em contrapartida às medidas de austeridade exigidas
aos cidadãos e às empresas;
f) REC. 34 - Divulgar a possibilidade legal prevista no Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,
de suspender os processos de execução submetidos a centros de arbitragem quando os mesmos
digam respeito a devedores sobreendividados;
g) REC. 35 - Prever a extinção das execuções por falta de bens penhoráveis nas execuções instauradas
antes de 15/09/2003, o que possibilitará a extinção de um número muito significativo de acções
executivas, contribuindo para libertar os tribunais judiciais das “falsas pendências processuais” – trata-se
i) REC. 75 - Desenvolvimento informático nos sistemas informáticos CITIUS/HABILUS e SISAAE
do Perfil do agente de execução estagiário tendo em vista:
Possibilitar a nomeação pelo Exequente do agente de execução estagiário para processos
executivos de valor inferior a € 5.000;
Assegurar a prática de actos processuais e diligências pelo agente de execução estagiário nos
processos executivos de valor inferior a € 5.000 (seja nos processos em que tenha sido nomeado
pelo Exequente, seja nos processos do Patrono).
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de uma media que permite a extinção de milhares de processos instaurados antes de 2003, mas que
ainda estão pendentes, porque apesar da falta de bens, não há norma legal que permita a sua efectiva
extinção, apesar de se tratar de acções inviáveis;
h) REC. 36 - Publicar um Decreto-Lei que permita à CPEE aceder de forma directa (sem
intermediários) e electrónica aos processos executivos electrónicos, através do CITIUS e do SISAAE,
para efeitos de fiscalização dos Agentes de Execução, e que determine o reforço institucional e a
independência financeira da CPEE – ponto 7.3. do 1.º Relatório de Avaliação do Memorando de
Entendimento com o Estado Português, de Setembro de 2011;
i) REC. 37 - Junção numa única Lista das actuais 3 Listas: Lista dos devedores do Ministério das
Finanças, da Lista de Pessoas e Empresas Insolventes, e da Lista Pública de Execuções – ao
concentrar esta informação relevante num único ponto, facilitará a sua consulta pelos cidadãos e
pelas empresas, podendo a sua divulgação evitar a celebração de negócios ruinosos. A CPEE ajudou
já a concretizar esta medida, ao disponibilizar ao público no seu sítio na Internet, um campo que
reúne estas 3 Listas - http://www.cpee.pt/listas_publicas/;
j) REC. 69 - Disponibilização de um acesso electrónico ao SISAAE pelo Juiz, as partes, Mandatários
Judiciais e pela CPEE para visualização da conta-corrente dos processos executivos (conciliação
entre a conta-cliente e os actos processuais praticados pelo Agente de Execução); ou, assegurar a
possibilidade da sua visualização na plataforma CITIUS – importa assegurar a total transparência da
gestão das contas-cliente pelos Agentes de Execução, factor essencial à recuperação da confiança dos
cidadãos e das empresas na acção executiva.
4. A EMISSÃO DE 72 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES
Das 72 Recomendações da CPEE sobre a eficácia das execuções, aprovadas em 22/11/2011, e que se
encontram disponíveis ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/ELENCO_DAS_105_RECOMENDACOES_DA_CPEE_SOBRE_A
_EFICACIA_DAS_EXECUCOES_E_A_FORMACAO_AGENTES_DE_EXECUCAO_2010_2011_.pdf:
46 Recomendações são antigas, já emitidas pelo Plenário da CPEE em 13/07/2010, encontrando-
se por concretizar em Novembro de 2011;
26 Recomendações são novas, de Novembro de 2011, a saber:
a) REC. 25 - Criação de um modelo eficaz de gestão dos tribunais, electrónico, que assegure a
qualidade da prestação de serviço público;
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b) REC. 26 - Adoptar sistemas informáticos de gestão de processos judiciais em todas as comarcas
piloto, tendo como modelo o Projecto "X" da comarca da Grande Lisboa-Noroeste (Juízo de
Execução de Sintra);
c) REC. 27 - Despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da
Justiça, de fixação da dotação máxima anual destinada ao recrutamento de peritos ou técnicos da
assessoria do Grupo de Gestão da CPEE, relativamente aos anos de 2011 e 2012 – urgente (cfr. o n.º
3 do artigo 69.º-F do ECS, conjugado com a alínea c) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de
22 de Julho);
d) REC. 28 - Previsão do acesso directo/electrónico da CPEE à vista que o Mandatário Judicial do
Exequente tem no CITIUS, em todos os processos de um determinado Agente de Execução;
e) REC. 29 - Colocação de “informação e alarmes electrónicos automáticos” no CITIUS, que serão
enviados à CPEE sempre que o processo executivo esteja parado há mais de X meses (a determinar
pela CPEE);
f) REC. 30 - Efectuar um levantamento do n.º de execuções nas quais existem incidentes declarativos;
calcular a duração média do tempo dos processos declarativos enxertados nos processos executivos e
ponderar o estabelecimento de prazos de decisão judicial nestes casos, a avaliar para efeitos de
progressão na carreira;
g) REC. 31 - Operacionalização da criação dos centros de arbitragem da acção executiva prevista no
Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro - tramitação das acções executivas dos litigantes de
massa;
h) REC. 32 - Garantir uma relação efectiva entre os sistemas de apoio ao sobreendividamento
autorizados pelo Ministério da Justiça ao abrigo da Portaria n.º 312/2009, de 30 de Março, e os
centros dearbitragem da acção executiva, permitindo que as situações de sobreendividamento
detectadas sejam encaminhadas para os sistemas de apoio ao sobreendividamento;
i) REC. 33 - Divulgar a possibilidade legal prevista no Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,
de suspender a inclusão do registo dos dados do Executado sobreendividado na Lista Pública das
Execuções quando este aderir a um plano de pagamentos, e enquanto o estiver a cumprir;
j) REC. 34 - Divulgar a possibilidade legal prevista no Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,
de suspender os processos de execução submetidos a centros de arbitragem quando os mesmos
digam respeito a devedores sobreendividados;
k) REC. 35 - Prever a extinção das execuções por falta de bens penhoráveis nas execuções instauradas
antes de 15/09/2003, o que possibilitará a extinção de um número muito significativo de acções
executivas, contribuindo para libertar os tribunais judiciais das “falsas pendências processuais”;
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l) REC. 36 - Publicar um Decreto-Lei que permita à CPEE aceder de forma directa (sem
intermediários) e electrónica aos processos executivos electrónicos, através do CITIUS e do SISAAE,
para efeitos de fiscalização dos Agentes de Execução, e que determine o reforço institucional e a
independência financeira da CPEE – ponto 7.3. do 1.º Relatório de Avaliação do Memorando de
Entendimento com o Estado Português (Setembro de 2011);
m) REC. 37 - Junção numa única Lista das actuais 3 Listas: Lista dos devedores do Ministério das
Finanças, da Lista de Pessoas e Empresas Insolventes, e da Lista Pública de Execuções;
n) REC. 38 - Inclusão de prazos peremptórios para que o Agente de Execução efectue pagamentos ao
Exequente e ao Executado, após despacho judicial, após extinção da instância e apresentação da nota
final, e caso não seja cumprido esse prazo lhes ser aplicada uma cominação, sanção pecuniária
compulsória, multa no valor de X a Y consoante o valor a transferir;
o) REC. 39 - Clarificar quem extingue a instância pelo depósito da quantia exequenda, se o Juiz ou o
Agente de Execução, nos processos instaurados em data anterior a 31/03/2009 – uniformização de
regimes;
p) REC. 40. - Inclusão dos Agentes de Execução e da CPEE na lei relativa ao branqueamento de
capitais (uma vez que só faz menção aos solicitadores e aos advogados);
q) REC. 41 - A entidade que concede crédito a um devedor que já se encontra registado na Lista dos
devedores do Ministério das Finanças, na Lista de Pessoas e Empresas Insolventes ou na Lista
Pública de Execuções (nesta data encontram-se actualmente cerca de 19.500 registos), fica
impossibilitado de tentar obter o crédito por via judicial, se a situação patrimonial do devedor se
mantiver ou agravar, devendo recorrer a meios alternativos de resolução do litígio (arbitragem);
r) REC. 42 - Previsão da obrigatoriedade de prestação de informação pelos Agentes de Execução à
CPEE, via automática, através de um formulário electrónico, a enviar mensalmente, contendo
informação relativa aos montantes pecuniários depositados nas contas-cliente, conciliação destas
quantias com cada processo judicial a seu cargo (conciliação global), a conta corrente de cada
processo judicial a seu cargo, e demais contabilidade do escritório;
s) REC. 45 - Permitir que o Agente de Execução seja desassociado e associado nos sistemas
informáticos (CITIUS e SISAAE), por uma única entidade, a saber, a CS, o Tribunal ou a CPEE,
para efeito de execução directa e electrónica das decisões tomadas no âmbito das respectivas
competências legais (ex.: CS: cessação voluntária da actividade do Agente de Execução; Tribunal:
cumprimento da destituição judicial; CPEE: cumprimento da destituição administrativa nos
processos instaurados após 31/03/2009 ou de deferimento de impedimento legal do Agente de
Execução);
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t) REC. 63 - Previsão de pagamento aos Agentes de Execução que são designados para tramitar os
processos dos Agentes de Execução suspensos preventivamente – cfr. n.º 3 do artigo 127.º do ECS,
n.º 2 do artigo 131.º do ECS, conjugado com a alínea b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009,
de 22 de Julho;
u) REC. 64 - Colocação de “informação e alarmes electrónicos automáticos” no SISAAE, que serão enviados à
CPEE sempre que o processo executivo esteja parado há mais de X meses (a determinar pela
CPEE);
v) REC. 65 - Pagamento aos Agentes de Execução Fiscalizadores pela análise dos elementos recolhidos
em sede de fiscalização presencial (ex.: processos judiciais, extractos bancários) e pela elaboração dos
relatórios de fiscalização a submeter à CPEE (actualmente, cada relatório é composto de 150 páginas,
em média) – cfr. n.º 3 do artigo 127.º do ECS, n.º 2 do artigo 131.º do ECS, conjugado com a alínea
b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho;
w) REC. 66. - Pagamento à assessoria técnica das Comissões de Fiscalização, pela análise dos elementos
recolhidos em sede de fiscalização presencial (ex.: processos judiciais, extractos bancários) e pela
elaboração dos relatórios de fiscalização a submeter à CPEE (actualmente, cada relatório é composto
de 150 páginas, em média) – cfr. n.º 3 do artigo 127.º do ECS, n.º 2 do artigo 131.º do ECS,
conjugado com a alínea b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho;
x) REC. 67 - Pagamento de assessoria técnica para a análise dos elementos recolhidos em sede de
fiscalização electrónica realizada aos 626 Agentes de Execução (626 relatórios pendentes);
y) REC. 68 - Solicitação à instituição de crédito depositária das contas-clientes dos Agentes de
Execução (actualmente o Millenium BCP) da emissão de extractos bancários digitais, e sua
disponibilização no SISAAE, como forma de permitir ao Agente de Execução a fácil elaboração da
conta corrente de cada processo, e o acesso das partes a esta conta-corrente (maior transparência da
actividade do Agente de Execução).
z) REC. 69 - Disponibilização de um acesso electrónico ao SISAAE pelo Juiz, as partes, Mandatários
Judiciais e pela CPEE para visualização da conta-corrente dos processos executivos (conciliação
entre a conta-cliente e os actos processuais praticados pelo Agente de Execução); ou, assegurar a
possibilidade da sua visualização na plataforma CITIUS (n.º s 4, 5 e 8 do artigo 124.º do ECS).
31/287
5. OS GRUPOS DE TRABALHO DA CPEE
5.1. O RESULTADO ALCANÇADO PELO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE IMPLEMENTAÇÃO DE
SOLUÇÕES ELECTRÓNICAS - 2010: A REALIZAÇÃO DE CITAÇÕES ELECTRÓNICAS DESDE JANEIRO DE
2011 (CPEE-GT-ISE)
O Grupo de Trabalho da CPEE de implementação de soluções electrónicas (CPEE-GT-ISE) foi criado pelo
Plenário da CPEE para que se executasse a norma legal em vigor desde 31/03/2009 que previa um processo
executivo integralmente electrónico e, consequentemente, a necessidade de os Agentes de Execução
procederem à citação dos credores públicos (Administração Fiscal e Segurança Social) através de meios
electrónicos, ou seja, através do SISAAE (gerida pela CS), e em comunicação com os sistemas informáticos
Administração Fiscal e Segurança Social.
Tratando-se de uma solução legal que implica um desenvolvimento técnico de, pelo menos, 3 entidades, e
tendo todas as entidades assento no Plenário da CPEE, aproveitou-se a composição alargada do Plenário da
CPEE para se proceder à realização de reuniões de trabalho tendo em vista a implementação e o
desenvolvimento informático integrado das soluções, que acabaram por ter a participação não de 3 (como se
pensava ao início), mas de 4 sistemas informáticos: o CITIUS, o SISAAE e os sistemas informáticos
Administração Fiscal e Segurança Social.
O CPEE-GT-ICE, sob coordenação da Dra. Joana Bernardo, Membro do Grupo de Gestão da CPEE,
reuniu diversas vezes na sede da CPEE durante o ano de 2010, e graças ao elevado empenho e competência
técnica dos serviços de informática do MJ, ITIJ, MF, MSSS e da CS, foi possível colocar em funcionamento a
partir de 21/01/2011, a citação electrónica dos credores públicos, permitindo agora destacar Portugal como o
1.º país da Europa a conseguir ligar 4 sistemas informáticos diferentes (sistemas informáticos de 3 Ministérios
e o da Câmara dos Solicitadores) em prol da eficácia do processo executivo de cobrança de dívidas, porque
torna o processo mais rápido, mais transparente e mais barato, contribuindo assim para a credibilização da
nossa economia.
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O CPEE-GT-ICE continua activo, sob a coordenação da Dra. Inês Caeiros, Membro do Grupo de Gestão
da CPEE, tendo em vista acompanhar esta ferramenta electrónica da maior relevância e as melhorias
efectuadas nas diversas funcionalidades que estão relacionadas com as citações electrónicas, sobretudo no que
diz respeito à realização de citações electrónicas também pelos oficiais de justiça, em prol da eficácia das
execuções, sendo de destacar os seguintes resultados durante o ano de 2011:
a) 72.383 citações electrónicas realizadas no ano de 2011(Fonte: CS);
b) Uma média de 6.372 de citações electrónicas por mês, entre 01/04/2011 e 16/02/2012 (Fonte:
CS).
5.2. O GRUPO DE TRABALHO DA CPEE PARA A AGILIZAÇÃO DA PENHORA ELECTRÓNICA - 2011 (CPEE-
GT-APE)
No dia 22/03/2011, o Plenário da CPEE deliberou a criação do Grupo de Trabalho para a agilização da
penhora electrónica (CPEE-GT-APE), em especial, da penhora electrónica dos depósitos bancários, dado
que apesar da previsão legal desde 2003 (art. 861.º-A do CPC), até à presente data ainda não é possível fazê-la
(Deliberação n.º 9/2011, de 22/03/2011, do CPEEP). O CPEE-GT-APE foi inicialmente coordenado pelo
Dr. António Delicado, Membro do CPEEGG entre 07/02/2011 e 19/07/2011, sendo actualmente
acompanhado pela Dra. Ana Cabral, actual Membro do CPEEGG. Nesta senda, a CPEE encetou contactos
em 2011 com as cinco instituições de crédito que maior peso têm na acção executiva, com a Associação
Portuguesa de Bancos (APB) e com a CS, estando empenhada e ao corrente desta matéria.
Em Outubro de 2011, a CPEE recebeu a SIBS Processos que tem como missão a concepção, implementação e
gestão de soluções de valor acrescentado de BPO – Business Process Outsourcing e/ou BPaaS - Business Process as a
Service, em áreas de processamento intensivo, utilizando tecnologias que permitem a optimização de processos,
tendo assistido a uma apresentação de uma solução informática construída com o objectivo de permitir a
penhora electrónica dos depósitos bancários.
E entre Outubro e Novembro de 2011, a CPEE encetou contactos com a APB, tendo em vista fazer um
ponto de situação sobre os novos desenvolvimentos da implementação das penhoras electrónicas de saldos
bancários e a recolher contributos sobre a solução informática apresentada pela SIBS Processos.
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5.3. O GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES –
2011 (CPEE-GT-EAE)
Tendo ainda presente os resultados positivos obtidos pelo Grupo de Trabalho da CPEE de implementação
de soluções electrónicas, o Plenário da CPEE deliberou no dia 22/03/2011 criar o Grupo de Trabalho da
CPEE de Análise da Eficácia da Acção Executiva (CPEE-GT-EAE), que visa elaborar critérios de análise dos
dados estatísticos das acções executivas, e recolha de novos dados (baseada nos dados que também são
analisados pela CEPEJ), desde 1996 até 31/03/2012, relativamente à evolução do movimento global de
acções executivas entradas, findas e pendentes, com detecção de pontos de aceleração e desaceleração da
tramitação da acção executiva, tendo em vista o exercício das competências legais da CPEE no que concerne
à emissão de recomendações para a eficácia das execuções e formação dos Agentes de Execução (Deliberação
n.º 10/2011, de 22/03/2011, do CPEEP). O CPEE-GT-EAE é coordenado pela Dra. Ana Luísa Rodrigues,
Membro do Grupo de Gestão da CPEE.
Quanto a este grupo de trabalho importa fazer uma referência ao fenómeno do sobreendividamento, dado
que a eficácia das execuções não pode ser analisada sem se levar em linha de conta o seu impacto no
desenrolar dos processos executivos.
Atenta a representação no Plenário da Vogal que representa os utentes e consumidores da Justiça (nomeada
pela ACOP, DECO, FENACOOP e UGC), vejamos de seguida os dados e a análise feita pela UGC e pela
DECO, tendo em vista a sua inclusão no presente relatório.
A.) O SOBREENDIVIDAMENTO – OS DADOS DA UGC
O sobreendividamento tem sido um fenómeno crescente na sociedade portuguesa, fruto da profunda crise
económica que se vive tanto internamente como a nível europeu. A verdade é que no ano de 2011 o
sobreendividamento das famílias portuguesas atingiu níveis deveras preocupantes. Em consequência desta
situação, no ano de 2011 o Gabinete Jurídico da UGC recebeu um total de 680 contactos por parte de
consumidores sobreendividados que se encontravam já em situação de incumprimento nos contratos de
crédito que haviam celebrado.
Verifica-se que a maior percentagem (cerca de 80%) das situações de sobreendividamento se devem a
situações de desemprego sendo possível configurar várias situações:
Um ou mais membros do agregado familiar membro ficou desempregado não tendo direito à
prestação social de subsídio de desemprego;
34/287
O subsídio de desemprego chegou ao fim do seu prazo, não tendo sido possível a constituição de
nova situação de contrato de trabalho;
Por outro lado, existem ainda situações de sobreendividamento que derivam da ocorrência de situações de
divórcio ou separação (cerca de 15%), ou até de doença súbita ou morte de algum membro do agregado
familiar (cerca de 5%).
Finalmente, fruto do crédito fácil e largamente publicitado, existem casos de consumidores que auferem
pouco mais do que o ordenado mínimo nacional e são titulares de cinco ou seis contratos de crédito que, no
seu todo, atingem valores da ordem dos € 60.000 a € 80.000. A verdade é que não tem havido, da parte das
instituições financeiras que concedem créditos, o cuidado na análise dos pedidos de créditos, designadamente,
no que se refere à avaliação da real situação financeira de quem recorre ao crédito, verificando-se que os
consumidores, na maior parte dos casos não percebem que os juros nestes contratos de crédito chegam a
atingir os 30%.
A maior parte dos casos de sobreendividamento que chegam ao Gabinete Jurídico da UGC encontra-se já
numa fase judicial de acção executiva, com penhora de bens e/ou de vencimentos, o que impossibilita
qualquer diligência de renegociação da dívida6.
B.) OS GABINETES DE APOIO AO SOBREENDIVIDADO DA DECO
A DECO criou no ano 2000 os Gabinetes de Apoio ao Sobreendividado (GAS), um instrumento
extrajudicial de apoio aos consumidores que se encontram excessivamente endividados ou mesmo em
situação de sobreendividamento, disponíveis na sede da DECO, em Lisboa, e nas delegações da DECO no
Porto, Coimbra, Santarém Évora, Viana do Castelo e Algarve.
6 O texto e os dados estatísticos foram disponibilizados pela UGC, deixando-se aqui um especial agradecimento à Vogal do Plenário da CPEE em representação dos utentes e consumidores, Dra. Célia Marques
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Durante os doze anos de existência destes Gabinetes, foram inúmeras as famílias que pediram ajuda a esta
associação. A principal razão apresentada pelas famílias para as dificuldades advém da diminuição dos
rendimentos, decorrente de situações de desemprego. No entanto, para as dificuldades sentidas contribui,
também, uma elevada taxa de esforço e a ausência de poupança.
Quando o consumidor pede ajuda junto do GAS, em regra, todos os créditos já se encontram em situação de
incumprimento e já existe informação negativa na central de riscos do Banco de Portugal. No entanto, as
famílias que pedem ajuda ao GAS querem reorganizar o seu orçamento familiar, nomeadamente, no que
concerne aos encargos com créditos.
Verifica-se, especialmente em 2012, um crescente número de solicitações da parte dos consumidores,
justificado desde logo pela actual situação sócio económica, pela elevada taxa de desemprego, pelos cortes
salariais, pelo aumento da Euribor entre outros factores.
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5.4. O ACOMPANHAMENTO DO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PARA A
DIMINUIÇÃO DA PENDÊNCIA (2011) E A CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO DOS AGENTES DE
EXECUÇÃO COM ELEVADO N.º DE PROCESSOS - 2012 (GT-CPEE-RP)
Atento o compromisso assumido entre o Estado Português e a Comissão Europeia (CE), o Banco Central
Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito do Memorando de Entendimento
sobre as Condicionalidades de Política Económica, tendo em vista melhorar o funcionamento do sistema
judicial através da diminuição da pendência processual da acção executiva, o Plenário da CPEE deliberou
acompanhar activamente o Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para a diminuição da pendência
processual, criado através do Despacho Ministerial n.º 16.445/2011, de 05/12/2011 - Deliberação n.º
34/2011, de 22/11/2011, da CPEEP.
Conjugando a participação da CPEE no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça com as Recomendações
do CPEEP de 22/11/2011, de entre as quais se salienta as Recomendações da CPEE n.º s 43, 44, 70 e 71,
relativas à necessidade de sincronizar os sistemas informáticos CITIUS e SISAAE e de assegurar a efectiva
extinção de processos executivos quando já não há bens penhoráveis, eliminando-se as falsas pendências
processuais (Deliberação n.º 35/2011, de 22/11/2011, da CPEEP), a CPEE entendeu realizar reuniões com 8
Agentes de Execução responsáveis por um elevado número de processos, convidando-os a integrar o Grupo
de Trabalho denominado GT-CPEE-RP, pois a sua participação activa, e a das respectivas equipas de
funcionários forenses (estimado em cerca de 450 funcionários) é essencial para a obtenção de 3 objectivos
prioritários (constantes das Recomendações da CPEE n.º s 43, 44, 70 e 71):
1.º - Extinguir os processos executivos inviáveis, pendentes no sistema judicial sem motivo, quando já não
há bens penhoráveis.
2.º - Actualizar as bases de dados do SISAAE, para extinguir informaticamente no SISAAE os processos
executivos extintos “de facto”, mas que constam no SISAAE como processos executivos “activos”.
3.º - Actualizar as bases de dados do SISAAE com base numa lista geral da fase processual/causa de
pendência, informação a partilhar electronicamente com as bases de dados dos Tribunais, das quais se
retiram os dados oficiais da Justiça.
Assim, durante Novembro e Dezembro de 2011 e no 1.º trimestre de 2012, a CPEE tem vindo a participar
activamente no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça e realizado diversas reuniões com os 8 Agentes
de Execução que integram o GT-CPEE-RP, incluindo de monitorização do trabalho efectuado, de acordo
com o seguinte cronograma:
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NOVEMBRO DE 2011:
22/11/2011 – Deliberação n.º 34/2011, de 22/11/2011, da CPEEP: articulação da CPEE com o Grupo
de Trabalho do Ministério da Justiça para a diminuição da pendência processual, no quadro dos
compromissos firmados por Portugal com a CE-BC-FMI para a área da Justiça (Despacho Ministerial
n.º 16.445/2011, de 05/12/2011);
29/11/2011 – Decisão da Presidente da CPEE n.º 38/2011, de 29/11/2011: designação dos
representantes da CPEE no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça: Dra. Célia Marques (Membro
do CPEEP) e Dra. Ana Luísa Rodrigues (Membro do CPEEGG);
30/11/2011 – Participação da Representante da CPEEGG, Dra. Ana Luísa Rodrigues, na 1.ª Reunião do
Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça.
DEZEMBRO DE 2011:
13/12/2011 – Recolha de dados referentes às respostas dos 626 Agentes de Execução no âmbito da
Fiscalização Electrónica;
19/12/2011 – Participação de duas Representantes da CPEE, Dra. Célia Marques e Dra. Ana Luísa
Rodrigues, na 2.ª Reunião do Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça;
27/12/2011 – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE, o Presidente do ITIJ, a Juiz Presidente da
Comarca de Grande-Lisboa Noroeste e o Administrador Judiciário da Comarca de Grande-Lisboa
Noroeste , que teve lugar no Tribunal Comarca de Grande-Lisboa Noroeste, em Sintra.
JANEIRO DE 2012:
09/01/2012 – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE, um dos Membros da CPEEGG e a DGPJ,
que teve lugar na DGPJ.
11/01/2012, manhã – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE e o Representante do Conselho
Superior da Magistratura, Dr. Artur Dionísio, que teve lugar na CPEE;
11/01/2012, tarde – Participação da Presidente da CPEE, na 3.ª Reunião do Grupo de Trabalho do
Ministério da Justiça;
12/01/2012 – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE, o Presidente do CEAE, um dos Membros
do CPEEGG e 4 Agentes de Execução responsáveis por elevado número de processos;
13/01/2012 – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE, o Presidente do CEAE e 4 Agentes de
Execução responsáveis por um elevado número de processos;
17/01/2012 – Deliberação n.º 7/2012, de 17/01/2012, da CPEEP: Emissão de um Comunicado do
Plenário da CPEE relativo à pendência processual: apuramento das causas de pendência processual e sua
extinção;
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31/01/2012 – Recolha de dados relativos às respostas dos 8 Agentes de Execução responsáveis por um
elevado número de processos, no que respeita à extinção de processos findos no período entre
13/01/2012 e 31/01/2012 – em cooperação com o ITIJ, a DGPJ e o CEAE.
FEVEREIRO DE 2012:
01/02/2012 – Participação da Presidente da CPEE na 4.ª Reunião do Grupo de Trabalho do Ministério
da Justiça – apresentação dos resultados:
a) Deliberação n.º 7/2012, de 17/01/2012, da CPEEP: Emissão de um Comunicado do Plenário da
CPEE relativo à pendência processual: apuramento das causas de pendência processual e sua
extinção;
b) 3.804 – N.º de Processos Judiciais indicados pelos 8 Agentes de Execução responsáveis por um
elevado número de processos, como tendo sido extintos no período entre 13/01/2012 e
31/01/2012), o que significa a extinção de cerca de 293 processos por dia (numa média de 475
processos extintos por cada Agente de Execução).
10/02/2012, tarde – Participação da Representante da CPEEGG, Dra. Ana Luísa Rodrigues, na 5.ª
Reunião do Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça – apresentação dos resultados: monitorização
da execução da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro.
15/02/2012 - Reunião realizada entre um Membro da CPEEGG, o Presidente do CEAE, a DGPJ (Eng.
Ângela Moura Loureiro), e 7 Agentes de Execução responsáveis por um elevado número de processos:
monitorização; formação sobre actualização estatística e extinção de processos no SISAAE;
Entre 16/02/2012 e 27/02/2012 - Recolha de dados relativos às respostas dos 8 Agentes de Execução
responsáveis por um elevado número de processos, no que respeita às causas de pendência processual –
sempre em cooperação com o ITIJ, a DGPJ e o CEAE.
5.5. A PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE JANEIRO: GÉNESE E MONITORIZAÇÃO DE ENTRADA EM
FUNCIONAMENTO
A.) A GÉNESE
Entre Agosto de 2011 e Dezembro de 2011, o CPEEGG manteve uma profícua colaboração com o
Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça e a DGPJ, tendo em vista a elaboração e a aprovação da
Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, como concretização do ponto 7.3. da 1.ª avaliação da CE-BCE-FMI, de
Setembro de 2011, que previu:
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“7.3. Given the pivotal role of enforcement agents in the debt enforcement process, strengthen the legal and
institutional framework in line with international practice with a particular focus on the
financing structure and authority of the oversight body, including adopting a decree-law by
end December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files”.
No dia 21/11/2011, o Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça enviou à CPEE o Projecto de
Portaria relativo ao acesso electrónico da CPEE à informação disponível no CITIUS e SISAAE, para audição
no prazo de 10 dias, o qual resultou da estreita colaboração entre a CPEE e o Ministério da Justiça no sentido
de serem criados todos os mecanismos legais e operacionais que permitissem o acesso da CPEE aos sistemas
de informação CITIUS e SISAAE, tendo em vista reforçar e simplificar o exercício das competências da
CPEE em matéria de disciplina e fiscalização dos Agentes de Execução.
Com efeito, na sequência da apresentação de algumas soluções acerca do reforço das competências de
controlo e supervisão da CPEE, na audiência concedida à CPEE por Sua Excelência a Ministra da Justiça,
que teve lugar no dia 01/08/2011, a CPEE apresentou a Sua Excelência a Ministra da Justiça, em
12/08/2011, um Projecto de Portaria que visava regular o acesso directo e a consulta aos sistemas
informáticos CITIUS e SISAAE pela CPEE no exercício das competências legais, proposta essa que serviu de
base ao anteprojecto de Portaria em análise.
O Projecto de Portaria contemplava o acesso pela CPEE às seguintes funcionalidades electrónicas:
Introdução de forma imediata no CITIUS e no SISAAE das suas decisões que decorressem do
exercício das suas competências em matéria disciplinar e de fiscalização dos Agentes de Execução;
Comunicação electrónica com Magistrados, Mandatários Judiciais, Agentes de Execução,
intervenientes processuais e entidades públicas que já tenham acesso aos sistemas informáticos;
Visualização da tramitação processual e os actos processuais promovidos por cada Agente de
Execução em cada processo de execução sob a sua responsabilidade;
Acesso aos movimentos efectuados nas contas-clientes exequentes e executados e aos extractos
bancários digitais das contas-clientes;
Notificação electrónica dos Agentes de Execução para que estes procedessem ao envio, pela mesma
via, da documentação solicitada pela CPEE, para efeitos de fiscalização;
Recepção de um registo electrónico com a indicação dos processos executivos que não estivessem a
ser tramitados há mais de três meses a contar da última diligência ou acto processual em cada
Processo Judicial, no final de cada trimestre.
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Atendendo à composição pluralista e democrática da CPEE, e aos seus dois modos de funcionamento, a
Presidente da CPEE distribuiu o Projecto de Portaria acima referido pelos Membros da CPEE e fez constar
como:
a) Ponto 9 da ordem de trabalhos da 21.ª reunião do Plenário da CPEE, que teve lugar no dia
22/11/2011, tendo em vista recolher todas as sugestões e contributos que se revelassem úteis para a
apreciação do anteprojecto em causa, e posterior comunicação ao Gabinete de Sua Excelência a
Ministra da Justiça (dado que o Anteprojecto havia sido recebido no dia anterior à reunião, não
existindo assim condições para proceder à emissão de um parecer sobre o mesmo pelos Membros do
Plenário);
b) Ponto 3 da ordem de trabalhos da 104.ª reunião do Grupo de Gestão da CPEE, solicitando-se a
análise e a aprovação de parecer acerca do Anteprojecto de Portaria em causa.
Assim, o Grupo de Gestão da CPEE, na sua 104.ª reunião ordinária, realizada no dia 24/11/2011, deliberou
por unanimidade aprovar o PARECER FAVORÁVEL e PROPOSTA DE ADITAMENTO (aditamento de um
novo artigo respeitante à emissão de certidão em caso de substituição de Agentes de Execução) relativamente
ao Projecto de Portaria que regulamenta o acesso electrónico da CPEE à informação disponível no CITIUS e
no SISAAE, e procedeu ao seu urgente envio ao Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça
(Deliberação n.º 399/2011, de 24/11/2012, da CPEEGG).
B.) MONITORIZAÇÃO DA ENTRADA EM FUNCIONAMENTO DA PORTARIA: CPEEGG, ITIJ E CS
O artigo 17.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, define uma entrada em vigor faseada da Portaria,
estipulando três datas de entrada em vigor, a saber:
a) 30/01/2012;
b) 30/03/2012;
c) 29/06/2012;
Tendo em vista proceder à monitorização da entrada faseada em funcionamento da Portaria n.º 2/2012, a
CPEEGG, em estreita colaboração com o ITIJ e a CS, elaborou um quadro de monitorização da entrada em
vigor da Portaria, resumindo as alterações que se encontram em desenvolvimento nas aplicações informáticas
CITIUS e SISAAE pelo ITIJ e pela CS em 10/02/2012, após reunião na mesma data – a monitorização
consta do ANEXO XIV ao presente Relatório, e dele faz parte integrante
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6. A EMISSÃO DE 33 RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO EM
NOVEMBRO DE 2011
Das 33 Recomendações da CPEE sobre a formação dos Agentes de Execução, aprovadas em 22/11/2011, e
que se encontram disponíveis ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/ELENCO_DAS_105_RECOMENDACOES_DA_CPEE_SOBRE_A
_EFICACIA_DAS_EXECUCOES_E_A_FORMACAO_AGENTES_DE_EXECUCAO_2010_2011_.pdf,
importa ter em conta que
a) 28 Recomendações são antigas, pois já emitidas pelo Plenário da CPEE em 13/07/2010,
encontrando-se por concretizar em Novembro de 2011;
b) 5 Recomendações são novas, a saber:
REC. 88 - Possibilitar a abertura de contas-clientes pelos Agentes de Execução estagiários;
REC. 102 - Elaboração de Manuais de Boas Práticas sobre a actividade do Agente de
Execução, com disponibilização de minutas que contribuam para a uniformização da
tramitação processual;
REC. 103 - Realizar formações interactivas com os Agentes de Execução, recorrendo ao uso e
demonstrações no computador de como se utilizam as principais funcionalidades do SISAAE;
REC. 104 - Criar uma base de dados ou biblioteca digital com a compilação da legislação e dos
regulamentos aplicáveis à actividade do agente de execução, actualizada permanentemente,
com possibilidade de criar alertas electrónicos para as novidades;
REC. 105 - Distribuir a formação dos Agentes de Execução de forma equilibrada por todo o
país.
6.1. AS INICIATIVAS DA CPEE TENDO EM VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO
A.) A 2.ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA CPEE "PROMOVER A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES"
E WORKSHOP “AS BOAS PRÁTICAS NA ACTIVIDADE DO AGENTE DE EXECUÇÃO” - DIAS 23 E
24 DE SETEMBRO DE 2011
Sem prejuízo da competência da CPEE ao nível da formação inicial dos Agentes de Execução (que é
desenvolvida no §§ 3.º desta Parte), e das acções de divulgação da CPEE através da participação da
Presidente da CPEE e de diversos Membros do Grupo de Gestão em diversos colóquios (a que se dedica a
Parte III do presente relatório), importa destacar a 2.ª Conferência Internacional da CPEE "Promover a
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Eficácia das Execuções"” e Workshop “As Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”,
que teve lugar nos dias 23 e 24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho.
A 2.ª Conferência Internacional da CPEE e Workshop teve em vista manter a mesma metodologia de
debate público e a ampla participação democrática dos operadores judiciários, dos cidadãos e das empresas,
acerca da acção executiva, que a CPEEP tanto preza, e que serve de base à emissão das Recomendações
anuais pelo Plenário da CPEE, e que neste 3.º ano de actividade da CPEE incluiu o Workshop “As Boas
Práticas na Actividade do Agente de Execução”, porquanto a CPEE verificou que era necessário apoiar a
formação contínua dos Agentes de Execução, e nada melhor do que um Workshop para o fazer, pois foi
constituído por um painel alargado de participantes, os quais responderam de forma clara e esclarecida às
diversas dúvidas colocadas pelos Agentes de Execução.
Em sede de contributos de peritos estrangeiros sobre a matéria, destacamos a presença de Françoise
Andrieux, Secretária-Geral da UIHJ, Anton Snoeren, Director da Agência Independente de Supervisão da
Actividade dos Agentes de Execução na Holanda, e de Jos Uitedhaag, Agente de Execução na Holanda e
Perito da UIHJ.
No âmbito da 2.ª Conferência Internacional “Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop “As Boas Práticas na
Actividade do Agente de Execução”, em face da extensão do Programa e do elevado nível académico dos oradores
nacionais e internacionais convidados, foram elaboradas as Conclusões da 2.ª Conferência Internacional
“Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop “As Boas Práticas na Actividade do Agente de
Execução”, que constituem um resumo das intervenções dos diversos oradores, e que foram juntas em
anexo ao documento Recomendações da CPEE 2011/2012, aprovado pela CPEEP em 22/11/2012, e
também ficaram disponíveis ao público no sítio da CPEE na Internet em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CONCLUSOES_2_CONFERENCIA_INTERNACIONAL_WORKS
HOP_CPEE_SETEMBRO_2011.pdf .
B.) AS INTERVENÇÕES DA CPEE EM SEMINÁRIOS, ACÇÕES DE FORMAÇÃO E EVENTOS TENDO
EM VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO
Importa ainda destacar as 15 (quinze) intervenções da CPEE em Seminários, acções de formação e
outros eventos com o objectivo de promover a formação dos Agentes de Execução:
a) Dia 07/04/2011 - VI Encontro Nacional de Estudantes de Solicitadoria, organizado pela Escola
Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria - Intervenção do Membro do
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Grupo de Gestão da CPEE, Dra. Ana Luísa Rodrigues (em representação da Presidente da CPEE),
subordinada ao tema "A actuação da Comissão para a Eficácia das Execuções: a exigência no
acesso à profissão de agente de execução e transparência no exercício de funções públicas –
a relevância da disciplina e da fiscalização", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_ACTUACAO_DA_CPEE_EXIGENCIA_NO_ACESSO
_A_PROFISSAO_RELEVANCIA_DA_FISCALIZACAO_E_DISCIPLINA.pdf ;
b) Dia 08/06/2011 - 2.ª Conferência Internacional sobre Eficiência da Execução das Decisões Judiciais
e de outras Autoridades, que teve lugar nos dias 8 a 10 de Junho, em Kazan (Federação Russa), no
quadro do Projecto de Cooperação entre a União Europeia e a Federação Russa "Execução e
Eficiência da Justiça na Federação Russa" - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao
tema “O sistema de controlo dos Agentes de Execução em Portugal de acordo com os
critérios da Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ) do Conselho da
Europa”, disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/PRESIDENT_OF_CPEE_2011_RUSSIA_Portuguese_system_co
ntrol_CEPEJ_criteria_2__.pdf;
c) Dia 12/07/2011 - Audição pública da Presidente da CPEE no Parlamento Europeu, que teve lugar
em Bruxelas, a convite do Presidente do Comité de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu, o
Eurodeputado Klaus-Heiner Lehne, subordinada ao tema “Um instrumento horizontal para a
tutela judicial colectiva na Europa?”, disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Experience_Portugal_Paula_Meira_Lourenco_HEARING_12_07_
2011_PT.pdf;
d) Dia 15/07/2011 - "II Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução", organizadas pelo Colégio
de Especialidade de Agentes de Execução e da CS, e que tiveram lugar no Auditório Cardeal
Medeiros da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa – Intervenção do Membro do Grupo de
Gestão, Dra. Inês Caeiros (em representação da Presidente da CPEE), subordinada ao tema "A
Relevância da Agilização do Processo de Despejo para Eficácia das Execuções", disponível
ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_relevancia_agilizacao_processo_despejo_para_eficacia_execucoes
_15_07_2011.pdf;
e) Dia 20/09/2011 - Audição da Presidente da CPEE pela Comissão de Assuntos Constitucionais,
Direitos, Liberdades e Garantias, da Assembleia da República, relativamente ao balanço dos 2 anos
de actividade da CPEE. Foram salientadas as principais melhorias no sistema das execuções após o
dia 31 de Março de 2009, em especial, a celeridade e transparência do processo de execução,
integralmente electrónico, possibilitando a consulta pelo juiz, pela CPEE e pelas partes de todos os
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actos processuais registados no CITIUS, e a efectiva disciplina e fiscalização que tem sido assegurada
pela CPEE, apresentando como prova os dados estatísticos relativos à actividade da CPEE, e a
respectiva análise, retirando aqui a necessidade de assegurar: 1.) A formação contínua obrigatória dos
agentes de execução; 2.) A concessão à CPEE dos meios financeiros e materiais para o exercício da
sua actividade, em especial, através da criação de um perfil independente/próprio de acesso directo e
integral aos processos executivos e contas-cliente da responsabilidade dos agentes de execução,
através dos actuais sistemas informáticos CITIUS (do Ministério da Justiça) e SISAAE (da Câmara
dos Solicitadores), tendo em vista a realização de uma fiscalização preventiva, como aquela que
ocorre com sucesso noutros países europeus, como por exemplo na Holanda, onde a supervisão dos
agentes de execução também é assegurada por uma entidade pública independente e de forma
integralmente electrónica. A apresentação da Presidente da CPEE no início da audição encontram-se
disponíveis ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Audicao_Presidente_da_CPEE_Assembleia_da_Republica_20_09_2011.pdf e
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/ANEXO_MONITORIZACAO_DAS_RECOMENDACOES_CPEE.pdf, podendo
a audição ser visualizada na íntegra em http://80.251.167.42/videos-
canal/XII/SL1/02_com/01_cacdlg/20110920cacdlg_pml.wmv;
f) Dia 23/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho – Discurso da Presidente da CPEE, na
Sessão de Abertura. O discurso pode ser visualizado no sítio na Internet da JustiçaTV
em http://www.justicatv.com/index.php?p=816;
g) Dia 23/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção do Membro do Grupo de
Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Luísa Rodrigues, subordinada ao tema
"A concretização pela CPEE das recomendações da CEPEJ e da UIHJ", disponível ao
público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_concretizacao_pela_CPEE_das_recomendacoes_CEPEJ_UIHJ_A
NA_LUISA_RODRIGUES_Membro_da_CPEE___.pdf;
h) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção do Membro do Grupo de
Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Cabral, subordinada ao tema "A
45/287
arbitragem na acção executiva", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_arbitragem_na_accao_executiva_Ana_Cabral_Membro_da_CPEE__.pdf;
i) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção da Presidente da CPEE,
subordinada ao tema "O contributo da CPEE: o 2.º ano de actividade e propostas para o
futuro", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/O_contributo_da_CPEE_PAULA_MEIRA_LOURENCO_Presi
dente_CPEE___.pdf;
j) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho – Discurso da Presidente da CPEE na
Sessão de Encerramento da Conferência;
k) Dia 06/10/2011 - "Jornada Internacional de Solicitadoria", que teve lugar no Instituto Superior
de Ciências da Administração, em Lisboa - Intervenção do Membro do Grupo de Gestão da
Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Cabral, subordinada ao tema "A Actividade do
Agente de Execução – o contributo dos Solicitadores e da CPEE", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/stories/APRESENTAO_AC_ISCAD_A_ACTIVIDADE_DO_AE_CONTRI
BUTO_SOLICITADORES_E_CPEE_06_10_2011.pdf;
l) Dia 07/10/2011 - Conferência Internacional «L’Huissier de Justice: moteur économique grâce à son rôle dans
l’administration de la preuve», organizada pela Union International des Huissires de Justice (UIHJ), que
teve lugar em Atenas - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao tema «Les procédures
Électroniques d`exécution au Portugal et le rôle de l `Agent d`Exécution», disponível ao
público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Le_Procedures_electroniques_e_execution_au_Portugal_le_role_de_l_Agent_a_Exe
cution_PAULA_MEIRA_LOURENCO_07_10_2011.pdf;
m) Dia 08/10/2011 - 7.º Seminário Internacional “Legislação sobre a execução da decisão judicial
na Federação Russa e nos países da União Europeia: análise de Direito Comparado e
experiência da sua aplicação”, que teve lugar nos dias 7 e 8 de Outubro de 2011, na Academia de
Direito Russo do Ministério da Justiça da Federação Russa, em Moscovo – Intervenção da Presidente
da CPEE, subordinada ao tema "The role of the Portuguese Enforcement Agent and the
competences of the Commission for the Efficiency of Enforcement Procedures", disponível
ao público em
46/287
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Role_of_Enforcement_Agent_and_the_CPEE_competences_PAULA_MEIRA_
LOURENCO_Oral_Presentation_EN_.pdf;
n) Dia 13/10/2011 - Seminário "Cobranças - Novas Ferramentas para a recuperação de
Créditos", co-organizado pela sociedade BPO Advogados e a Câmara de Comércio e Indústria
Luso-Espanhola, que teve lugar no Hotel Tiara Park Atlantic, em Lisboa - Intervenção do Membro
do Grupo de Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Inês Caeiros, subordinada ao
tema "As Funções do Agente de Execução e o Papel da CPEE na Acção Executiva",
disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/APRESENTACAO_IC_CCILE_BPO_AS_FUNCOES_DO_AE_O_P
APEL_DA_CPEE_NA_ACCAO_EXECUTIVA_13_10_2011.pdf;
o) Dia 03/11/2011 - Conferência “A Acção Executiva”, que teve lugar no Conselho Distrital de
Lisboa da Ordem dos Advogados - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao tema "A
actividade da CPEE: Balanço e Propostas para o Futuro", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_actividade_da_CPEE_Balanco_e_Propostas_para_o_Futuro_Presi
dente__CPEE_03_11_2011.pdf.
6.2. O LABOR DAS ENTIDADES COM ASSENTO NO PLENÁRIO DA CPEE
A cargo da CS esteve a formação inicial do 2.º Estágio de Agentes de Execução, que decorreu entre
26/03/2011 e o dia 26/03/2012, em relação a 226 agentes de execução estagiários, em 3 centros de estágio:
Lisboa, Coimbra e Porto.
A.) A CÂMARA DOS SOLICITADORES
Do Conselho Geral da CS e Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução:
a) Dia 04/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Barcelos;
b) Dia 05/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Porto;
c) Dia 06/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Coimbra;
d) Dia 08/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Albufeira;
e) Dia 09/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Lisboa;
f) Dia 15 de Julho 2011 - II Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução, que teve lugar no Auditório
Cardeal Medeiros da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa - uma iniciativa organizada pela
CS e pelo Colégio de Especialidade de Agentes de Execução, a qual contou com a intervenção do
Membro do Grupo de Gestão, Dra. Inês Caeiros (em representação da Presidente da CPEE, Mestre
47/287
Paula Meira Lourenço), num painel subordinado ao tema "O Processo de Despejo" - a
apresentação está disponível ao público no sítio da CPEE na Internet em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_relevancia_agilizacao_processo_despejo_para_eficacia_execucoes
_15_07_2011.pdf;
g) Dias 07/10/2011 e 08/10/2011 - V Congresso dos Solicitadores, no Hotel Altis, em Lisboa -
Sessão "A Execução num quadro de crise económica: independência e limites na actuação
do Agente de Execução";
h) Dia 26/11/2011 - Workshop "A Venda na Acção Executiva", no Porto, destinado a Juízes,
Agentes de Execução, Agentes de Execução Estagiários (com carácter de obrigatoriedade para estes),
Solicitadores, Solicitadores Estagiários, Advogados, Empregados Forenses e teve como principal
objectivo proporcionar a apreciação de questões práticas referentes à venda no âmbito do processo
executivo e compreender o papel e as competências dos vários agentes judiciários, com vista a
alcançar respostas concretas que permitam ajudar a ultrapassar questões, algumas delas recorrentes,
neste domínio;
i) Dia 10/12/2011 - Workshop "A Venda na Acção Executiva", em Lisboa, destinado aos mesmos
destinatários referidos na alínea anterior.
Do Conselho Regional do Norte da CS:
a) Dia 30/04/2011 - "As Obrigações Fiscais dos Agentes de Execução" e "A fiscalização dos
Escritórios dos Agentes de Execução" - Barcelos;
b) Dia 18/05/2011 - "A Fiscalização dos Escritórios dos Agentes de Execução" - Matosinhos;
c) Dia 19/09/2011 - "A Fiscalização dos Escritórios dos Agentes de Execução" - Castelo Branco;
d) Novembro/Dezembro de 2011 - Curso Processo Civil de preparação para exame de admissão ao
estágio de agentes de execução.
B.) A ORDEM DOS ADVOGADOS
Do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados: no dia 29/04/2011 no Conselho Distrital
de Coimbra da Ordem dos Advogados, teve lugar a Conferência "Propostas da Reforma da Acção
Executiva", tendo como orador o Professor Doutor Remédio Marques, da Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra.
48/287
Do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados:
a) Dia 03/11/2011 o Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, em colaboração com a
CPEE, promoveu a Conferência "A Acção Executiva", onde foram abordadas e discutidas diversas
temáticas no âmbito da Acção Executiva, tais como a actividade da Comissão para a Eficácia das
Execuções, o papel do Advogado na Acção Executiva, o Despacho Liminar e a Citação Prévia, a
Penhora e a Venda de Bens Comuns do Casal e de Bens em Compropriedade, e a Oposição à
Execução e à Penhora, tendo tido como oradores o Dr. Vasco Marques Correia, a Mestre Paula
Meira Lourenço, Presidente da CPEE, o Dr. João Jorge Almeida, o Dr. André Sequeira e a Dra.
Susana Oliveira Alves. O debate teve ainda como moderadores o Dr. António Jaime Martins e o Dr.
António Neves Laranjeira;
b) Conferência “A Actualidade da Acção Executiva”, tendo como orador o Mestre João Basílio;
c) “Curso Pós-Graduado de Aperfeiçoamento em Direito Processual Civil” em parceria com a
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e o Centro de Estudos Judiciários.
Do Conselho Distrital de Évora da Ordem dos Advogados: no dia 18/11/2011 o Conselho Distrital de
Évora da Ordem dos Advogados, promoveu a Conferência "Suspensão e Extinção da Execução", em
que foi orador o Agente de Execução João Coelho.
Do Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Advogados: no ano de 2011 o Conselho Distrital da
Madeira da Ordem dos Advogados promoveu a formação intitulada "A Acção Executiva: passado,
presente e futuro", na qual foram abordados o ponto da situação actual proposta de revisão – linhas gerais e
propostas concretas, tendo como formador o Dr. Paulo Pimenta.
6.3. ACTIVIDADE DISCIPLINAR DA CPEE: AS CAUSAS DE DESTITUIÇÃO E OS ILÍCITOS DISCIPLINARES
TENDO EM VISTA A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE AGENTES DE EXECUÇÃO
No âmbito da competência disciplinar da CPEE, durante o 3.º ano de actividade, concluiu-se, uma vez mais,
que o comportamento disciplinar dos Agentes de Execução e a respectiva análise do Grupo de Gestão da
CPEE é muito relevante, e deve ser tomada em linha de conta para efeitos de exercício pelo Plenário da
CPEE da competência legal de emissão de recomendações sobre a formação dos agentes de execução, e bem
assim reiterar o teor de algumas recomendações já emitidas em Julho de 2010 e em Novembro de 2011, quer
para a eficácia quer sobre a formação dos agentes de execução.
49/287
Assim, a maioria das participações que chegam à CPEE fundam-se em factos que indiciaram a
instauração de processos disciplinares, pela seguinte ordem de grandeza:
a) Violação de deveres deontológicos, disposições legais e regulamentos;
b) Não manter as contas-clientes segundo o Estatuto da Câmara dos Solicitadores;
c) Violação do dever de diligência;
d) Falta de provisão ou indícios de irregularidade nas contas-clientes;
e) Não correcção das irregularidades verificadas na sua conta-cliente;
f) Impedir ou por qualquer forma obstruir a fiscalização;
g) Não aplicar devidamente as quantias e coisas que lhe estão confiadas (52 %).
Entre o 2.º e o 4.º trimestre de 2011 assumiu especial relevância os factos que indiciavam a actuação
processual com violação do dever de diligência, falta de restituição de quantias e objectos e a
realização de penhora excessiva/ilegal, como principais fundamentos para apresentação de queixas junto
da CPEE e subsequentemente como causas de instauração de processo disciplinar. Tal constatação permitiu à
CPEE concluir que ainda existiam agentes de execução cuja conduta suscitaria problemas do ponto de vista
da violação dos deveres éticos e deontológicos, no que respeita à actuação com violação do dever de
diligência, à falta de restituição de objectos e quantias e ainda do ponto de vista técnico, no que concerne à
penhora excessiva/ilegal.
No período ora em análise, em virtude do aumento exponencial das participações apresentadas à
CPEE (1541), atendendo ao exercício de funções em exclusividade dos 4 membros do Grupo de
Gestão da CPEE (incluindo a Presidente da CPEE), da falta de assessoria técnica ao Grupo de
Gestão, situação recorrente desde o 2.º ano de actividade da CPEE (2010) e da ausência de um
sistema de recolha e registo informático de dados estatísticos, verificou-se incomportável uma
análise detalhada e estatística sobre os factos subjacentes às mesmas.
No entanto, a conclusão a retirar dos dados estatísticos, que resultam dos registos da CPEE, e atento o
crescendo cada vez maior das participações que chegam junto da CPEE, incidirá necessariamente numa
extrema necessidade em persistir na correspondência entre uma actuação punitiva exercida pelo órgão
disciplinar (Grupo de Gestão da CPEE) dos agentes de execução com o acompanhamento da actividade
destes através de uma actuação preventiva e positiva, no sentido da concretização e implementação de todas
as recomendações sobre a formação dos agentes de execução e bem assim da necessidade de acolhimento das
mesmas já emitidas pelo Plenário da CPEE.
50/287
Com efeito, ao verificar-se que restavam implementar algumas recomendações sobre a formação dos Agentes
de Execução, consideradas urgentes pela CPEE aquando da sua emissão em Julho de 2010, apontou-se o
caminho no sentido da absoluta necessidade de reiterar o teor das mesmas, a título abstracto, quanto à
formação contínua dos agentes de execução e para efeitos preventivos e práticos, a ponto de tornar, em
última análise, desnecessária a apresentação de participação contra o Agente de Execução.
Neste sentido, em 22/11/2011, o Plenário da CPEE deliberou emitir 33 recomendações sobre a formação
dos agentes de execução, reiterando 28 das recomendações já emitidas em 2010, e emitindo 5 novas
recomendações, acima destacadas.
Quanto aos processos disciplinares, no 3.º ano de actividade a CPEEGG deliberou instaurar 134
(cento e trinta e quatro) processos disciplinares, sendo que um número considerável de deliberações
de instauração de processos disciplinares tem por base:
a) A violação de deveres deontológicos, disposições legais e regulamentos (14);
b) A falta de manutenção das contas-clientes segundo o ECS (12);
c) A violação do dever de diligência 11);
d) A falta de provisão ou indícios de irregularidade nas contas-clientes (11);
e) A não correcção das irregularidades verificadas na sua conta-cliente (9);
f) O impedir ou por qualquer forma obstruir a fiscalização (16);
g) A aplicação indevida das quantias e coisas que estão confiadas ao Agente de Execução (8).
Em face do exposto, a CPEE reitera como sendo essencial a tomada de medidas urgentes em sede de emissão
de recomendações, tendentes a minorar a prática de tais ilícitos e que incidam sobre o seguinte:
a) Formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução no que respeita a conciliação bancária e
contabilidade associada à profissão de agente de execução;
b) Formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução no que respeita à observância das normas
legais que têm de aplicar no exercício das sua funções, em especial, as normas do CPC e legislação
conexa à actividade do agente de execução;
c) Formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução no que respeita à observância das normas
éticas e deontológicas a que estão adstritos, designadamente as constantes do ECS e dos
regulamentos da CS a que estão adstritos.
51/287
Acresce que da análise dos ilícitos que serviram de fundamento aos processos disciplinares
instaurados pela CPEE resultantes das fiscalizações realizadas pela CPEE, constatou-se, uma vez
mais, que vários Agentes de Execução:
a) Não mantêm as contas-clientes segundo o ECS;
b) Têm indícios de irregularidade na movimentação das contas-clientes (5).
Em face do exposto, a CPEE considerou prioritária a tomada de medidas urgentes e eficazes em sede da
emissão de recomendações, tendentes a minorar a prática de tais ilícitos e que incidam sobre o seguinte:
a) Frequência de formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução de sessões de
formação, no que respeita à observância das normas legais que têm de aplicar no exercício
das sua funções em relação às contas-cliente, em especial, a realização de operações
bancárias com total transparência e a conciliação bancária entre as todas as operações
realizadas no âmbito de cada Processo Judicial a seu cargo;
b) Frequência de formação contínua e obrigatória dos Agentes de Execução de sessões de
formação, no que respeita à contabilidade inerente à actividade de agente de execução no
SISAAE.
Para tanto, será necessária a promoção de acções de formação a realizar sobre:
a) Todas as funcionalidades do SISAAE (em especial as contabilísticas);
b) Comunicabilidade entre sistemas informáticos SISAAE e CITIUS;
c) Conciliação bancária das contas-clientes do agente de execução no SISAAE;
Estas conclusões resultam da actividade diária e efectiva da CPEEGG, que enquanto órgão disciplinar e de
fiscalização operacional, levada a efeito pelos Membros do Grupo de Gestão nos escritórios dos Agentes de
Execução, e bem assim pelo labor efectuado pelos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE.
Tal trabalho apenas pode resultar mais profícuo e eficaz se a CPEE for dotada dos meios financeiros e
humanos necessários para a efectiva realização das suas competências legais, disciplinares e de fiscalização,
respectivamente a cargo das suas entidades financiadoras (MJ e CS), o que até à data a que o presente
relatório se reporta (16/02/2012) não ocorreu, não obstante todas as diligências efectuadas pela CPEE junto
de cada uma das suas entidades financiadoras nesse sentido.
52/287
§§ 2.º – OS 1.º, 2.º E 3.º ESTÁGIOS – PLENÁRIO
7. A FIXAÇÃO DO N.º DE CANDIDATOS A ADMITIR AO 3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO
Em 17/05/2011, a CPEEP definiu o número de candidatos a admitir no 3.º estágio de agente de execução:
250, com base num estudo apresentado pela DGPJ, intitulado "Análise sobre o dimensionamento do número de
admissões ao curso de estágio", no qual se concluiu que "(n)ão existem, por enquanto, evidências que conduzam à alteração
do objectivo a 3 anos anteriormente estabelecido (com admissão de 300 candidatos a estágio nos dois primeiros anos e de 250 no
terceiro)." - (Deliberação n.º 17/2011, de 17/05/2012, da CPEEP).
8. A ESCOLHA E DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE EXTERNA RESPONSÁVEL PELO EXAME DE ADMISSÃO AO
3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO, E PELA AVALIAÇÃO FINAL DOS ESTAGIÁRIOS
Na sequência das Deliberações n.º 23 a 25/2011, 19/07/2011, da CPEEP, para cumprimento do disposto
nos termos do artigo 69.º-B do ECS, conjugado com a alínea d) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de
22 de Julho, a CPEE propôs à SGMJ, na qualidade de Entidade Adjudicante: i) a abertura de procedimento
de contratação pública por ajuste directo; ii) o convite à apresentação de propostas no âmbito do
procedimento de contratação pública, de 5 entidades (a Faculdade de Direito da Universidade Clássica de
Lisboa; a Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa; a Faculdade de Direito da Universidade do
Porto; a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; a Escola de Direito da Universidade do Minho);
iii) o caderno de encargos, onde consta mencionado que a adjudicação seria feita segundo o critério do mais
baixo preço (cfr. ofício da CPEE n.º 2338/2011, de 05/08/2011, recebido em 08/08/2011).
O procedimento de ajuste directo decorreu de acordo com o estabelecido nas disposições legais aplicáveis,
sob o número da SGMJ 7/DAC/CPEE/2011.
No âmbito do referido procedimento, as 5 Universidades seleccionadas pela CPEEP foram convidadas a
apresentar propostas até ao dia 25/12/2011, tendo a Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
(FDUNL) apresentado a sua proposta em 23/12/2011, a qual foi objecto de análise por parte da CPEE, que
reputou não existirem quaisquer esclarecimentos adicionais, nem melhoramentos a serem prestados e/ ou
efectuados ao abrigo do n.º 2 do artigo 125.º do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, na medida em
que estava de acordo com o preceituado no Caderno de Encargos incluso no procedimento aberto pela
SGMJ, o qual havia sido aprovado pela CPEEP na sua reunião de 19/07/2011, com as alterações ao preço
base previstas na lei.
53/287
Assim, ao abrigo da Deliberação n.º 4/2012, de 17 de Janeiro, a CPEEP escolheu e designou a FDUNL
como a nova entidade externa e independente, nos termos da alínea c) do artigo 69.º-C do ECS, deliberação
que foi comunicada à SGMJ, na qualidade de órgão competente para a decisão de contratar, tendo o contrato
sido celebrado entre a SGMJ e a FDUNL no dia 23/02/2012.
9. OS 1.º, 2.º E 3.º ESTÁGIOS DE AGENTES DE EXECUÇÃO
9.1. O FINAL DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO – ABRIL DE 2011
A CPEE monitorizou a execução do contrato, nomeadamente quanto à fase de avaliação final do trabalho
desenvolvido pelo agente de execução estagiário durante o 1.º estágio de agentes de execução, podendo as
fases processuais da tramitação referentes ao 1.º estágio de Agentes de Execução sumariar-se nos seguintes
termos:
a) O exame nacional de acesso ao 1.º estágio, da responsabilidade da Faculdade de Direito da
Universidade Católica Portuguesa (FDLUCP), decorreu em Janeiro de 2010 - Inscrição de 1.383
candidatos (1.162 advogados e 221 solicitadores);
b) A sessão solene de abertura do 1.º estágio de Agentes de Execução realizou-se no dia 27/02/2010;
c) Como o prazo legal do estágio é de 10 meses (cfr. o n.º 1 do art. 118.º do ECS) -, dividido entre o 1.º
período de 3 meses, e o 2.º período de 7 meses, o 1.º estágio deveria ter terminado em Dezembro de
2010.
Contudo, em Novembro de 2010 a CS publicitou que o estágio só terminava em Fevereiro de 2011
(perfazendo na prática 12 meses), porque o 1.º período de 3 meses, que deveria ter terminado em Maio
de 2010, tinha-se prolongado até Julho de 2010, altura em que se realizaram as provas de aferição, e só
depois destas é que se iniciava o 2.º período de estágio de 7 meses. Este desfasamento de 2 meses em
relação ao prazo legal originou um pedido de esclarecimentos pela SGMJ, o qual foi oportunamente
respondido pela CPEE;
d) 272 Agentes de Execução estagiários realizaram as provas finais na FDLUCP durante a semana de 11 a
15 de Abril de 2011;
e) Em 02/05/2011, após concluir a avaliação final de 272 Agentes de Execução Estagiários, a
FDLUCP publicou a pauta contendo os resultados finais: 269 Agentes de Execução estagiários
aprovados e 3 reprovados.
Assim se concretizou o efectivo aumento do número de Agentes de Execução, uma das medidas prosseguidas
pela Comissão para a Eficácia das Execuções tendo em vista promover a celeridade e a eficiência económica
54/287
das execuções cíveis, a transparência da actividade e o rigor e a elevada qualidade técnica na formação inicial
dos novos Agentes de Execução.
9.2. O DESENVOLVIMENTO DO 2.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO – ENTRE MARÇO DE 2011 E
MARÇO DE 2012
À semelhança do que sucedeu com o 1.º estágio de agentes de execução, a CPEE monitorizou a execução do
contrato, relativamente às fases de acesso e de avaliação final do trabalho desenvolvido pelo agente de
execução estagiário do 2.º estágio de agentes de execução, podendo as suas fases processuais sintetizar-se nos
seguintes termos:
a) O exame nacional de acesso ao 2.º estágio, da responsabilidade da FDLUCP teve lugar em Janeiro de
2011 - Inscrição de 985 candidatos;
b) A sessão solene de abertura do 2.º estágio de Agentes de Execução decorreu no dia 26/03/2011.
c) Entre Março de 2011 e Janeiro de 2012 – deveria decorrer o 2.º Estágio de Agentes de Execução dos
226 candidatos admitidos, da responsabilidade da Câmara dos Solicitadores.
Contudo, também neste 2.º estágio se verificou um desfasamento de meses em relação ao prazo legal,
do qual foi alertada a CS pela CPEE. O final do estágio está fixado pela CS para o dia 26/03/2012;
d) Após o estágio – Avaliação final dos Agentes de Execução estagiários pela Faculdade de Direito de
Lisboa da Universidade Católica Portuguesa.
9.3. O EXAME DE ACESSO AO 3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO – ABRIL DE 2012
Tendo em vista uniformizar os procedimentos de acesso ao 3.º estágio de Agente de Execução, a CPEE criou
um Grupo de Trabalho composto por elementos da CPEEGG, da FDUNL e da CPEEP (CS e OA), que
reuniram na CPEE no dia 22/02/2012, pelas 15H00, tendo em vista o estabelecimento da calendarização
referente ao 3.º estágio de agentes de execução [contemplando o período de inscrições (entre 01/03/2012 e
16/03/2012), a data de realização do exame de acesso (dia 28/04/2012), o período de 10 meses de duração
do 3.º estágio (entre Maio de 2012 e Março de 2013)], a minuta de formulário de inscrição junto da OA e da
CS, e o Anúncio n.º 1 da FDUNL (que desde 28/02/2012 está disponível ao público o sítio desta Faculdade
na Internet www.fd.unl.pt, e bem assim nos sítios da Internet da CPEE, da CS e da OA.
55/287
§§ 3.º – ÓRGÃO DE DISCIPLINA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - GRUPO DE GESTÃO
10. A ACÇÃO DISCIPLINAR DA CPEE
A acção disciplinar sobre todos os Agentes de Execução constitui uma das actividades nucleares da CPEE,
importando, em especial:
a) A apreciação/análise liminar das 2.382 queixas apresentadas na CPEE entre 31/03/2009 e o dia
16/02/2012;
b) As 71 deliberações de arquivamento de queixas;
c) As 28 deliberações de remessa para outros órgãos da CS;
d) As 266 deliberações de instauração de processos disciplinares;
e) A instrução dos 266 processos disciplinares insaturados e a aplicação das respectivas sanções
disciplinares.
Devido à falta de emissão quanto aos anos de 2010, 2011 e de 2012, do despacho ministerial conjunto
(membros do governo responsáveis pelas áreas da Justiça e Finanças) que estabeleceria a dotação máxima
anual para que a CPEE pudesse recrutar assessoria técnica, esta actividade tem sido exercida apenas pelos 3
Membros da CPEEGG em exclusividade de funções (escolhidos pela Presidente e votados favoravelmente
pelo CPEEP), tendo durante o ano de 2011 o Presidente do CEAE sido chamado a colaborar como Instrutor
em 3 Processos Disciplinares (pese embora seja Agente de Execução e Solicitador, não se encontrando em
exclusividade de funções na CPEE).
Dentro deste quadro de absoluta escassez de meios humanos, podemos retirar as seguintes conclusões em
sede de actuação da CPEE em matéria disciplinar:
a) Aumento exponencial do n.º de queixas apresentadas na CPEE;
Em 2009 entraram 71 queixas;
Em 2010 entraram 414 queixas;
Em 2011 entraram 1.595 queixas;
Até 16/02/2012 já entraram 302 queixas;
num total de 2.382 participações entradas na CPEE desde o seu início de actividade;
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b) Aumento exponencial do n.º de instaurações de processos disciplinares:
Em 2009 foram instaurados 28 processos disciplinares;
Em 2010 foram instaurados 104 processos disciplinares (duplicou);
Em 2011 foram instaurados 126 processos disciplinares (duplicou);
Até 16/02/2012 já foram instaurados 8 processos disciplinares;
num total de 266 processos disciplinares instaurados pela CPEEGG desde o seu início de actividade;
c) A pendência processual da CPEE mantém-se nos 85% em sede da apreciação das queixas
apresentadas junto da CPEE, uma vez que apenas 15% puderam ser analisadas;
d) A pendência processual da CPEE dos processos disciplinares em curso mantém-se nos 82%
(pois apenas 18% se encontram findos).
Não obstante a falta de meios, a acção disciplinar da CPEE tem sido efectiva em sede de prevenção do ilícito
e aplicação das penas disciplinares ajustadas à gravidade das infracções disciplinares cometidas, sendo de
destacar a aplicação das seguintes medidas cautelares entre 01/04/2011 e 16/02/2012:
a) 14 medidas cautelares de suspensão preventiva;
b) 14 medidas cautelares de bloqueio a débito de contas-clientes;
c) 14 de suspensão de aceitação de novos processos por 60 dias;
d) 2 expulsões (pena disciplinar);
e) 1 suspensão de actividade por 3 anos (pena disciplinar);
f) 1 multa de € 500 (pena disciplinar);
g) 2 sanções acessórias de restituição de quantias;
h) 2 sanções acessórias de perda de honorários.
Importa pois salientar a urgência na emissão do referido despacho ministerial conjunto para a assessoria da
CPEE, cuja iniciativa é de Sua Excelência a Ministra da Justiça, por se tratar de um encargo financeiro da
responsabilidade da SGMJ, nos termos da alínea c) do artigo 2.º deste Decreto-Lei n.º 165/2009, que foi
sendo salientado pela CPEE por diversas vezes junto do Ministério da Justiça, em especial, durante a
audiência concedida à Presidente da CPEE em 01/08/2011 por Sua Excelência a Ministra da Justiça e na
audição pública da Presidente da CPEE na Assembleia da República em 20/09/2011.
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Com efeito, a falta de assessoria técnica na CPEE origina as seguintes consequências negativas:
a) 85% de pendência processual relativamente às Participações/Queixas contra Agentes de
Execução (2.382 Queixas) – de salientar que na apreciação liminar a CPEE pode solicitar
esclarecimentos e informações ao tribunal, às partes e ao próprio agente de execução em causa, em
especial, para decidir da instauração processo disciplinar contra o agente de execução visado ou do
arquivamento da queixa, incumbindo, neste caso, à CPEE todas as diligências no âmbito da
respectiva fase instrutória/ recolha de prova);
b) 82% de pendência processual relativamente à instrução dos processos disciplinares (266
processos instaurados);
c) Eventual prescrição das infracções disciplinares em causa.
Ademais, a CPEE, apesar de não dispor de serviço de atendimento pessoal ao público em geral, encontra-se,
desde sempre disponível para o acolhimento das queixas dos cidadãos e dos demais operadores judiciários,
para dar resposta às respectivas interpelações, consistindo muitas vezes na recolha e prestação de informação
sobre o estado de processos e pedidos de intervenção, para o tratamento e resposta das questões colocadas
através de diversos meios:
a) “Queixa Electrónica” disponível em http://www.cpee.pt/;
b) Requerimentos ou correspondência escrita;
c) Correio electrónico;
d) Reenvio de outras instituições públicas - Tribunais, Provedoria de Justiça, Serviços do Ministério
Público e órgãos da CS.
Esta resposta dada preferencialmente pela via electrónica permite esclarecer o público e os operadores
judiciários sobre as competências e sobre o funcionamento da CPEE, detectar situações em que se mostra
necessária ou conveniente a tomada de medidas de gestão e proceder ao acompanhamento dos casos em que
se justifica uma intervenção de natureza administrativa ou disciplinar, com carácter de urgência.
Pese embora a inexistência dos meios financeiros e humanos necessários a uma maior eficiência do exercício
das suas competências legais, e à falta de autonomia financeira da CPEE, a sua actuação assenta numa
estratégia sustentada, baseada no estabelecimento de prioridades e na imediata intervenção em situações
muito graves/graves quer em sede disciplinar, quer em sede de fiscalização. Também por isso se explica e
justifica algum atraso na apreciação e tramitação, designadamente, de participações referentes a condutas
menos graves e referentes a faltas mais leves.
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Para o superar, e porque o investimento nesta área tem enormes benefícios na concretização de um direito
fundamental dos cidadãos que assumem a qualidade de credores e, consequentemente, na liquidez de
cidadãos e empresas, assim podendo contribuir fortemente para a melhoria do ambiente económico nacional,
a CPEE tem-se batido pela obtenção das ferramentas adequadas para atingir tal desiderato.
Com efeito, no artigo 8.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento
de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua
competência legal de aplicação de medidas cautelares aos agentes de execução, devendo constar do
SISAAE a seguinte informação:
a) A conta-corrente discriminada de cada processo de execução (entrada em vigor até 29/06/2012);
b) Em cada processo de execução, os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes,
contendo todas as quantias recebidas e destinadas a preparos, despesas e honorários do agente de
execução arguido (entrada em vigor até 29/06/2012);
c) Em cada processo de execução, os movimentos efectuados pelo agente de arguido na conta-cliente
dos executados, contendo todas as quantias recebidas e destinadas ao pagamento da quantia
exequenda e demais encargos com o processo (data de produção de efeitos até 29/06/2012);
d) Os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes e na conta-cliente dos executados, pelo
agente de execução arguido (entrada em vigor até 29/06/2012);
e) Notificação da CPEE ao Agente de Execução via electrónica da instauração de processo disciplinar,
no caso de se verificar falta de provisão em qualquer conta-cliente ou se houver indícios de
irregularidade na respectiva movimentação, e, ainda do prazo para corrigir ou sanar a irregularidade
sob pena de aplicação das medidas cautelares consideradas necessárias quando a irregularidade não
for corrigida ou sanada nas 48 horas previstas para o efeito, notificando a CPEE, pela mesma via, os
agentes de execução que assumam a responsabilidade das execuções em curso e a gestão das
respectivas contas-clientes a cargo do agente de execução suspenso preventivamente de funções
(entrada em vigor em 30/01/2012);
f) Envio da resposta do Agente de Execução Arguido à CPEE por via electrónica (entrada em vigor em
30/01/2012);
g) Execução da decisão de aplicação da medida cautelar de suspensão preventiva de funções de agente
de execução por mais de 10 dias directamente pela CPEE no SISAAE, implicando a desassociação
do Agente de Execução suspenso preventivamente de funções de todos os processos judiciais a seu
cargo e a agregação do agente de execução designado pela CPEE para assumir a responsabilidade
das execuções em curso e gestão das respectivas contas-clientes, ficando a informação disponível
para consulta no respectivo processo (entrada em vigor até 29/06/2012);
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Com efeito, no artigo 9.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento
de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua
competência legal de instrução dos processos disciplinares e aplicação das penas aos agentes de
execução, devendo constar do CITIUS e do SISAAE a seguinte informação:
a) No CITIUS, o histórico de cada processo de execução, incluindo as datas de recepção no processo
judicial das comunicações do agente de execução dirigidas ao Tribunal (entrada em vigor até
30/03/2012);
b) O registo de cada diligência, notificação e acto processual praticado pelo agente de execução arguido
em cada processo de execução, incluindo as datas de recepção das comunicações pelo agente de
execução no SISAAE (entrada em vigor em 30/01/2012);
c) A data em que o agente de execução cessou funções (data de produção de efeitos até 30/03/2012);
d) O número de processos disciplinares pendentes na Câmara dos Solicitadores em relação ao agente de
execução arguido (entrada em vigor até 29/06/2012);
e) O registo das penas disciplinares aplicadas ao agente de execução arguido (entrada em vigor em
30/01/2012);
f) Se no processo disciplinar houver indícios de irregularidade na movimentação das contas-clientes ou
falta de provisão em qualquer destas, o SISAAE disponibiliza ainda a informação sobre:
A conta-corrente discriminada de cada processo de execução;
Em cada processo de execução, os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes,
contendo todas as quantias recebidas e destinadas a preparos, despesas e honorários do agente
de execução arguido;
Em cada processo de execução, os movimentos efectuados pelo agente de arguido na conta-
cliente dos executados, contendo todas as quantias recebidas e destinadas ao pagamento da
quantia exequenda e demais encargos com o processo;
Os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes e na conta-cliente dos executados,
pelo agente de execução arguido (entrada em vigor até 29/06/2012);
g) Envio do relatório do agente de execução substituto à CPEE, para análise sobre a situação dos
processos executivos a cargo do agente de execução substituído, com os respectivos acertos de
contas e decisão sobre a instauração de processo disciplinar (entrada em vigor em 30/01/2012);
h) Notificação da CPEE ao agente de execução substituído e ao agente de execução substituto para
prestação de esclarecimentos (entrada em vigor em 30/01/2012);
i) Notificação da CPEE ao agente de execução arguido (entrada em vigor em 30/01/2012);
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j) Envio de defesa, de elementos e demais requerimentos pelo agente de execução arguido (entrada em
vigor em 30/01/2012).
Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, as alíneas dos
referidos artigos ainda não foram alvo do respectivo desenvolvimento informático no SISAAE por parte da
CS, nem no CITIUS, mantendo a CPEE a comunicação preferencialmente via correio electrónico com os
Agentes de Execução.
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§§ 4.º – ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO E INSPECÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - GRUPO
DE GESTÃO
11. A EFECTIVA FISCALIZAÇÃO, O AUMENTO EXPONENCIAL DO N.º DE FISCALIZAÇÕES E O COMBATE À
PENDÊNCIA PROCESSUAL
No 3.º ano de actividade, a CPEE deu continuidade à fiscalização e inspecção da actividade dos Agentes de
Execução, tendo feito um progresso muito considerável, sendo de destacar:
a) O reforço da tendência de aumento significativo do n.º de fiscalizações:
- 27 Processos de Fiscalização presenciais, na sua maioria, extraordinárias;
- 52 diligências presenciais (no âmbito dos 27 Processos de Fiscalização), num total de
105 diligências por parte de todos os fiscalizadores da CPEE (as Comissões de
Fiscalização podem ser compostas por equipas de 2/3 fiscalizadores);
- 626 Fiscalizações electrónicas (à distância), na sua maioria, ordinárias;
b) O aumento do n.º médio de fiscalizações/por Agente de Execução Fiscalizador da CPEE,
tendo em conta as diligências de fiscalização presencial realizadas (consoante a maior ou menor
intervenção exigida face à complexidade do processo de fiscalização):
- 11 Fiscalizações - n.º médio de fiscalizações presenciais realizadas por cada um dos 3
Membros do Grupo de Gestão da CPEE designados pela Presidente da CPEE e votados
favoravelmente pelo Plenário, e que estão em exclusividade de funções;
- 12 Fiscalizações - n.º médio de fiscalizações presenciais realizadas por cada um dos 9
Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE, (como estes Agentes de Execução não estão
em exclusividade de funções, o agendamento é efectuado de acordo com a disponibilidade de
cada um);
c) O aumento exponencial do n.º de fiscalizações realizadas pela CPEE face aos anos anteriores
No ano 2009 foram realizadas 4 fiscalizações; no ano de 2010 foram iniciadas 65 fiscalizações
(algumas das quais realizadas em 2011) e no ano de 2011 foram iniciadas 669 fiscalizações.
Contudo, também nas fiscalizações pela CPEE existe pendência processual, porque os dados recolhidos nas
fiscalizações, designadamente nas fiscalizações electrónicas, necessitam de análise (sobretudo, da tramitação
processual e análise contabilística das contas-clientes), e da elaboração do respectivo relatório de fiscalização,
mas a CPEE não tem obtido o necessário apoio financeiro, nem do MJ, nem da CS, para proceder à análise e
finalização dos Processos de Fiscalização.
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A falta dos meios da CPEE origina um aumento de pendência de 97%, pois com apenas 3 Membros da
CPEEGG não é possível dar vazão a todos os relatórios recebidos, tendo sido dada prioridade às
fiscalizações onde se tivessem constatado irregularidades graves e muito graves (como sejam, a má gestão das
contas-clientes e a falta de provisão das mesmas), e foi solicitado aos Agentes de Execução Fiscalizadores da
CPEE (que não estão em exclusividade, repete-se) um esforço no sentido da conclusão dos processos de
fiscalização e elaboração de relatórios, com incidência nos mais graves, antigos e nas fiscalizações presenciais.
Com efeito, a CPEEGG aprecia e analisa, quer a documentação que lhe é remetida pelas Comissões de
Fiscalização (constituídas por 3 elementos, sejam Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE, sejam os
Membros da CPEEGG), quer outras questões que resultam das fiscalizações tais como a necessidade de
(entre 01/04/2011 e 16/02/2012):
a) Aplicar a medida cautelar de suspensão preventiva do exercício de funções de Agente de Execução –
como aconteceu em relação a 13 Agentes de Execução;
b) Aplicar a medida cautelar de bloqueio a débito de movimentação das contas-clientes – como
aconteceu em relação a 13 Agentes de Execução;
c) Aplicar a medida cautelar de suspensão de aceitação de novos processos - num total de 5 Agentes de
Execução;
e bem assim o seu levantamento ou manutenção, as reclamações apresentadas sobre as mesmas, cuja
dimensão processual varia consoante o número e/ou a gravidade das irregularidades verificadas a
complexidade da fiscalização.
Por último, o novo procedimento de recrutamento de fiscalizadores da CPEE deliberado em 2011, irá ser
efectuado em 2012, porquanto é de facto necessário obter a cooperação de mais Agentes de Execução para a
acção fiscalizadora da CPEE.
12. DA FISCALIZAÇÃO ELECTRÓNICA (À DISTÂNCIA): REPORTE DE INFORMAÇÃO PELOS AGENTES DE
EXECUÇÃO JUNTO DA CPEE
A CPEE foi pioneira na fiscalização electrónica (à distância) dos Agentes de Execução, como forma de obter
uma fiscalização com as seguintes vantagens:
a) É célere – feita através do envio de um email a cada Agente de Execução (utilização das TIC);
b) É barata – permite uma elevada economia de meios financeiros;
c) É eficaz - assenta na colaboração dos Agentes de Execução a fiscalizar, o que permitirá à CPEE
seleccionar os escritórios que necessitarão de outro tipo de intervenção.
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Em 07/04/2011, a CPEEGG deliberou a metodologia a ser adoptada no âmbito da Fiscalização Ordinária, à
Distância, por cooperação dos Agentes de Execução (cfr. Deliberações n.º s 171/2011 e 172/2011, de
07/04/2011, da CPEEGG), tendo o Formulário Electrónico de Perguntas e Respostas (Check-List) utilizado
na fiscalização electrónica ficado a constar do próprio Manual de Procedimentos de Fiscalização da
CPEE 2011/2012, disponível em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/MANUAL_DE_PROCEDIMENTOS_DE_FISCALIZACAO_2011-
2012.pdf, e tendo sido enviado a 626 Agentes de Execução, entre Junho e Julho de 2011, através dos emails
indicados e autorizados pela CS como sendo os domicílios electrónicos dos Agentes de Execução
O preenchimento da Check-List tem em vista verificar, designadamente:
a) O n.º de processos judiciais pendentes a cargo de cada Agente de Execução;
b) O apuramento dos processos executivos que se encontram parados;
c) O ponto de situação sobre as contas-clientes tituladas pelos Agentes de Execução.
Assim, ao preencherem a referida Check – List, os Agentes de Execução prestam à CPEE informação sobre a
sua actividade profissional e sobre as estruturas e os meios que detêm para o exercício dessa actividade, tendo
até para o efeito a CPEE emitido e divulgado o Comunicado n.º 3/2011, de 30 de Junho, contendo linhas de
orientação sobre o preenchimento da referida Check-List, o qual está disponível ao público
em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Comunicado_3_2011_30_Junho_2011_.pdf .
A adesão à fiscalização electrónica foi de quase 100%, pois apenas 5 Agentes de Execução não
responderam ao formulário de fiscalização electrónica enviado pela CPEE, num universo total de 626
Agentes de Execução.
A metodologia adoptada pela CPEE consubstancia um procedimento mais célere na recolha de dados e
informação com vista à fiscalização de todos os agentes de execução, sem contudo descurar e prosseguindo
sempre o objectivo de fiscalização efectiva dos agentes de execução.
Ainda que no âmbito da fiscalização electrónica, a CPEE contou com a cooperação:
a) Da instituição de crédito Millennium BCP, tendo em vista a imediata disponibilização de
informações, e o envio de documentos que a CPEE reputou como necessários aos procedimentos
de fiscalização da CPEE;
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b) Dos Departamentos de Investigação e Acção Penal, em especial, de Lisboa, de Coimbra e do Porto,
ao abrigo dos Protocolos de Cooperação celebrados em 2011, tendo em vista a optimização de
recursos.
Sendo o processo de fiscalização um processo dinâmico, impõe-se também aqui salientar a necessidade da
dotação da CPEE de meios técnicos e humanos no sentido de se concluírem os procedimentos de
fiscalização em curso, de molde a imprimir dinâmica de celeridade na recolha e na análise dos dados
decorrentes dos processos de fiscalização.
13. A FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES DA CPEE
Tendo em vista assegurar o princípio de justiça material de igualdade de tratamento dos Agentes de Execução
fiscalizados, e bem assim a uniformização e o contínuo aperfeiçoamento dos procedimentos da CPEE em
sede de fiscalizações, a CPEE realizou a 2.ª acção de formação contínua dos Agentes de Execução
Fiscalizadores da CPEE, segundo um procedimento de aprendizagem colaborativa e interactiva, que teve
lugar no dia 01/06/2011, nas instalações do Conselho Regional do Norte da CS, sob a coordenação da Dra.
Ana Luísa Rodrigues, Membro do CPEEGG, contando com o apoio do Dr. Armando Branco, Fiscalizador
da CPEE e Membro do CPEEGG entre 31/03/2009 e 05/01/2011.
Esta formação foi bastante participada pelos Agentes de Execução e abordou aspectos relacionados com as
contas-clientes dos agentes de execução, a conciliação bancária e em especial a análise e detecção de
irregularidades nas contas-clientes e a simplificação dos procedimentos/ relatórios, com vista a aumentar a
eficácia e produtividade, mantendo o rigor e a qualidade, tendo-se reflectido acerca de assuntos relativos à
organização das fiscalizações, e às respectivas linhas de conduta e responsabilidades dos fiscalizadores.
14. A COOPERAÇÃO COM O ITIJ E A CS AO ABRIGO DO N.º 4 DO ARTIGO 10.º DA PORTARIA N.º 2/2012,
DE 2 DE JANEIRO
Também no âmbito dos procedimentos tendo em vista a Fiscalização Electrónica (Desmaterializada) da CPEE
em relação a todos os Agentes de Execução, na sequência da reunião havida na CPEE em 10/02/2012 com
vista à operacionalização das funcionalidades do CITIUS e do SISAAE, e concretização dos acessos da
CPEE previstos na Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, pese embora os acessos ainda não estarem a
funcionar, em 13/02/2012 o ITIJ disponibilizou à CPEE uma listagem contendo a identificação dos
processos executivos não movimentados nos últimos 3 (três) meses e a identificação dos Agentes de
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Execução responsáveis, de modo a que também por esta via de alerta a CPEE possa aferir das razões
adjacentes a tal omissão, detectar irregularidades e ainda prevenir o risco da sua ocorrência no futuro.
Com efeito, no artigo 10.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o
procedimento de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da
sua competência legal de fiscalização dos agentes de execução, devendo constar do CITIUS e do SISAAE a
seguinte informação:
a) A lista de todos os processos de execução a cargo do agente de execução fiscalizado, identificados
pelo respectivo número de processo (entrada em vigor até 30/03/2012);
b) O histórico de todos os processos de execução a cargo do agente de execução fiscalizado, incluindo
as datas de recepção no processo judicial das comunicações do agente de execução dirigidas ao
tribunal (entrada em vigor até 30/03/2012);
c) O registo de cada diligência, notificação e acto processual praticado pelo agente de execução
fiscalizado em cada processo de execução, incluindo as datas de recepção das comunicações pelo
agente de execução no SISAAE (entrada em vigor em 30/01/2012);
d) A conta-corrente discriminada de cada processo de execução a cargo do agente de execução
fiscalizado (entrada em vigor até 29/06/2012);
e) Os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes, contendo todas as quantias recebidas e
destinadas a reparos, despesas e honorários do agente de execução fiscalizado em cada processo de
execução (entrada em vigor até 29/06/2012);
f) Os movimentos efectuados na conta-cliente dos executados, contendo todas as quantias recebidas e
destinadas ao pagamento da quantia exequenda e demais encargos com o processo, em cada processo
de execução (entrada em vigor até 29/06/2012);
g) Todos os movimentos efectuados pelo agente de execução fiscalizado na conta-cliente dos
exequentes e na conta-cliente dos executados (entrada em vigor até 29/06/2012);
h) A lista de todos os processos de execução em que o agente de execução em causa foi substituído
(entrada em vigor em 30/01/2012);
i) Notificação da CPEE ou de cada membro pertencente à comissão de fiscalização ao agente de
execução fiscalizado (entrada em vigor em 30/01/2012);
j) Envio de elementos e demais requerimentos pelo agente de execução fiscalizado (entrada em vigor
em 30/01/2012);
k) No CITIUS, no final de cada trimestre, um registo electrónico com indicação dos processos
executivos que não estejam tramitados há mais de três meses, a contar da prática da última diligência
ou acto processual (entrada em vigor até 29/06/2012).
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Assim, atendendo a que a maioria das normas referidas no artigo 10.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro,
ainda não foram alvo de desenvolvimento informático no SISAAE (por parte da CS), e no CITIUS (por parte
do ITIJ), a CPEE continua a comunicar via correio electrónico com os Agentes de Execução Fiscalizados,
com as Comissões de Fiscalização e com o Millennium BCP, e a fiscalizar os Agentes de Execução de acordo
com a lei vigente e o Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012, aguardando-se
com expectativa o efectivo funcionamento na prática dos mecanismos de fiscalização previstos na Portaria n.º
2/2012, pelos enormes benefícios que certamente daí advirão.
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§§ 5.º – DEONTOLOGIA E ÉTICA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO – PLENÁRIO E GRUPO DE GESTÃO
15. PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS
O Plenário da CPEE, na qualidade de órgão competente para deliberar acerca dos pedidos de suspensão de
aceitar novos processos apresentados pelos Agentes de Execução, atendendo à multiplicidade de
fundamentos alegados e à diversidade de situações a que os pedidos se reportam, ponderou a necessidade de
disponibilização no SISAAE aos Agentes de Execução de formulários electrónicos para preenchimento pelo
Agentes de Execução e envio electrónico à CPEE, possibilitando-se logo de seguida também a execução pela
CPEE da sua deliberação no SISAAE.
Em 2009 o Grupo de Gestão da CPEE elaborou formulários electrónicos, mas estes ainda não foram
inseridos pela CS no SISAAE, pese embora o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro preveja que tais
comunicações entre a CPEE e os Agentes de Execução se façam exclusivamente por meios electrónicos.
Continua, assim prejudicada a comunicação electrónica via SISAAE entre a CPEE e os Agentes de Execução,
dado que a CPEE não tem acesso informático ao SISAAE para executar as suas próprias deliberações, sendo
para tanto necessária a existência de Perfil próprio e autónomo para a CPEE, já reivindicada nas
Recomendações da CPEE de 2010.
Com efeito, no artigo 5.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento
de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua
competência legal de decisão sobre os pedidos de agentes de execução quanto à suspensão de aceitação de
novos processos judiciais durante um determinado período de tempo, devendo constar no SISAAE a
seguinte informação:
a) Número de dias em que o Agente de Execução esteve suspenso de ser nomeado para novos
processos (entrada em vigor em 30/01/2012);
b) O requerimento do Agente de Execução dirigido à CPEE via electrónica (entrada em vigor em
30/01/2012);
c) A decisão/deliberação da CPEE de deferimento do pedido de agente de execução de suspensão de
nomeação para novos processos judiciais, por um determinado período de tempo (entrada em vigor
em 30/01/2012);
d) Execução da decisão/deliberação da CPEE directamente no SISAAE, no âmbito da lista informática
dos agentes de execução (entrada em vigor em 30/01/2012).
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Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, à excepção da
funcionalidade referida na alínea a) supra, as demais alíneas ainda não foram alvo do respectivo
desenvolvimento informático no SISAAE por parte da CS.
16. PARECER QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO
O Plenário da CPEE é o órgão competente para a emissão dos pareceres relativos à reinscrição como Agente
de Execução e bem assim, a Presidente da CPEE, através do despacho de delegação de competências n.º
5696/2010, de 29 de Março, no âmbito do qual o Plenário da CPEE delegou na sua Presidente a competência
para a realização de diligências e documentos preparatórios do exercício da competência pelo Plenário da
emissão de parecer favorável à reinscrição como agente de execução.
Como diligências preparatórias à emissão de parecer, destacam-se as seguintes:
a) Obtenção de informação sobre sanções aplicáveis ao requerente na qualidade de solicitador de
execução;
b) Obtenção de informação sobre existência de processos disciplinares pendentes contra o requerente;
c) Informação oficial da data da cessação de funções;
d) Relatório ou certidão emitida pelo competente Conselho Regional da Câmara dos Solicitadores
relativa ao procedimento de substituição em consequência da cessação de funções.
Com efeito, no artigo 4.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento
de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua
competência legal de emissão de parecer da CPEE quanto à reinscrição como Agente de Execução, devendo
constar do SISAAE a seguinte informação:
a) Data em que o agente de execução cessou funções (entrada em vigor em 30/03/2012);
b) Número de processos disciplinares pendentes em relação ao requerente, enquanto agente de
execução (entrada em vigor em 29/06/2012);
c) Registo das penas disciplinares aplicadas ao requerente, enquanto agente de execução (entrada em
vigor em 30/01/2012).
Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, à excepção da
funcionalidade referida na alínea c) supra, as demais alíneas ainda não foram alvo do respectivo
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desenvolvimento informático no SISAAE por parte da CS, aguardando-se que até às respectivas datas de
entrada em vigor das alíneas a) e b) tais funcionalidades se encontrem operacionais no SISAAE.
17. IMPEDIMENTOS/ SUSPEIÇÕES / ESCUSAS
O Grupo de Gestão da CPEE, na qualidade de órgão competente para decidir questões relacionadas com
impedimentos, escusas e suspeições de agentes de execução, atendendo à falta de fundamentos invocados
pelos requerentes, à multiplicidade de fundamentos alegados e à diversidade de situações a que os pedidos se
reportam, ponderou a necessidade de disponibilização aos Agentes de Execução de formulários para
preenchimento e envio ao órgão competente, com o objectivo de simplificar a elaboração do requerimento a
apresentar à CPEE e bem assim a análise dos diferentes pedidos e decisões perante cada caso concreto.
Tais formulários encontram-se elaborados pelo Grupo de Gestão desde 2009, porém ainda não foram
disponibilizados aos agentes de execução, uma vez que tal finalidade se cumprirá por mera comunicação
telemática, a ocorrer via SISAAE entre a CPEE e o agente de execução requerente.
As comunicações telemáticas entre a CPEE e os agentes de execução apenas ocorrerão quando à Comissão
for concedido o acesso informático ao SISAAE para executar as suas próprias decisões enquanto órgão
competente para decidir questões relacionadas com impedimentos, escusas e suspeições de agentes de
execução, exigindo-se para tanto a existência de Perfil próprio e autónomo para a CPEE.
Com efeito, no artigo 6.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento
de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua
competência legal de decidir os pedidos de escusa, impedimentos e suspeição dos agentes de execução,
devendo constar do SISAAE a seguinte informação:
a) Data de designação do agente de execução (entrada em vigor em 30/01/2012);
b) Data de disponibilização de acesso do agente de execução ao processo (entrada em vigor em
30/01/2012);
c) Envio do requerimento pelo Agente de Execução à CPEE via electrónica (entrada em vigor em
30/01/2012);
d) Notificação da decisão da CPEE ao Agente de Execução via electrónica, devendo a comunicação do
deferimento do pedido de escusa ou da declaração do impedimento legal ou da existência de
suspeição ao exequente ser efectuada preferencialmente pela mesma via quando o exequente pratique
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os actos por via electrónica, ficando a informação disponível para consulta no processo (entrada em
vigor em 30/01/2012);
e) Execução da decisão do deferimento do pedido de escusa, de declaração de impedimento legal ou da
existência de suspeição é directamente executada pela CPEE no SISAAE, implicando a desassociaçao
do Agente de Execução do processo de execução a seu cargo, ficando a informação disponível para
consulta no processo (entrada em vigor em 29/06/2012).
Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, à excepção da
funcionalidade referida na alínea a) supra, as demais alíneas ainda não foram alvo do respectivo
desenvolvimento informático no SISAAE por parte da CS.
18. DEFINIÇÃO DA ACTUAÇÃO DA CPEE NO ÂMBITO DE PROCEDIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO
A.) PROCEDIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO
Os procedimentos necessários à substituição de Agente de Execução são da competência da CPEE nos casos
seguintes (cfr. os n.º s 2 e 6 do artigo 8.º da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março):
Aplicação ao Agente de Execução da pena disciplinar de suspensão por período superior a 10 dias;
Aplicação ao Agente de Execução da pena disciplinar de expulsão.
Os procedimentos necessários à substituição de Agente de Execução são assegurados pelo Agente de
Execução substituído nos casos seguintes:
Substituição voluntária pelo Exequente (artigo 7.º n.º 6 da Portaria n.º 331-B/2009);
Destituição pela CPEE (processos iniciados após 31/03/2009 - cfr. o n.º 6 do artigo 9.º da
mesma Portaria n.º 331-B/2009) – se o Agente de Execução substituído não efectuar a
transferência a mesma tem de ser assegurada pela CPEE.
a) Procedimentos a adoptar
No caso de livre substituição pelo Exequente:
A substituição é apresentada pelo Exequente por transmissão electrónica de dados ou em
suporte papel (artigo 2.º e 3.º da Portaria n.º 331-B/2009) e implica necessariamente a
designação de Agente de Execução substituto);
O Agente de Execução substituído e o Agente de Execução substituto são notificados da
substituição através do SISAAE;
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Se o Agente de Execução substituto não aceitar a designação, a secretaria designa novo agente
de execução de acordo com as regras da distribuição;
O Agente de Execução substituído é responsável pela entrega ao Agente de Execução
substituto dos seguintes elementos no prazo de 10 dias após o pedido deste último:
O arquivo das execuções pendentes para as quais tenha sido designado;
Os registos e suportes informáticos de contabilidade, das contas-clientes do agente de
execução e das execuções para as quais tenha sido designado;
Os bens móveis de que o substituído era fiel depositário na qualidade de agente de
execução penhorados à ordem das execuções para as quais tenha sido designado;
O saldo das contas-clientes referentes às execuções para as quais tenha sido designado,
após liquidação das quantias devidas ao Agente de Execução substituído;
A qualidade de fiel depositário em execuções pendentes para as quais tenha sido
designado.
O agente de execução substituto apresenta um relatório sobre a situação das execuções
com os respectivos acertos de contas.
Não há lugar a emissão de certidão pela CPEE.
No caso de destituição pela CPEE:
Notificação efectuada pela CPEE, por via electrónica e automática, enviada em simultâneo
ao tribunal e ao exequente, produzindo a destituição efeitos desde a data da comunicação;
O exequente pode designar outro Agente de Execução;
Se a designação não for efectuada no prazo de 20 dias a contar da data em que o tribunal
recebeu a notificação da CPEE, ou caso o Agente de Execução designado pelo
Exequente não aceite a designação, a secretaria designa novo Agente de Execução de
acordo com as regras da distribuição;
O Agente de Execução substituto é notificado da substituição através do SISAAE;
O Agente de Execução substituído entrega no prazo de 10 dias a contar da solicitação
efectuada pelo Agente de Execução substituto os seguintes elementos:
O arquivo das execuções pendentes para as quais tenha sido designado;
Os registos e suportes informáticos de contabilidade, das contas-clientes do agente
de execução e das execuções para as quais tenha sido designado;
Os bens móveis de que o substituído era fiel depositário na qualidade de agente de
execução penhorados à ordem das execuções para as quais tenha sido designado;
Caso o Agente de Execução substituído não faça a entrega dos elementos, esta deve ser
assegurada pela CPEE.
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Com efeito, no artigo 7.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento
de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua
competência legal de destituição de agentes de execução, devendo constar do SISAAE a seguinte informação:
a) Informação constante do processo de execução em causa: registo de cada diligência; notificação e
actos processuais praticados pelo agente de execução cuja destituição está em causa, incluindo as
datas de recepção no processo judicial das comunicações do agente de execução dirigidas ao tribunal
e de recepção das comunicações pelo agente de execução no SISAAE (entrada em vigor em
30/03/2012);
b) Envio à CPEE ou pelo Tribunal ou pelo Exequente do pedido de destituição do agente de execução
(entrada em vigor em 30/03/2012);
c) Notificação da decisão da CPEE ao Tribunal e ao Exequente por via electrónica (entrada em vigor
em 30/03/2012);
d) Notificação da CPEE ao Agente de Execução para se pronunciar sobre o pedido de destituição por
via electrónica (entrada em vigor em 30/03/2012);
e) Pronúncia do Agente de Execução por via electrónica (entrada em vigor em 30/03/2012);
f) Execução da decisão/deliberação da CPEE de destituição de agente de execução num determinado
processo de execução directamente no SISAAE, implicando a desassociação do agente de execução
em causa, ficando a informação disponível para consulta do processo (entrada em vigor em
29/06/2012).
Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, à excepção da
funcionalidade referida na alínea a) supra, as demais alíneas ainda não foram alvo do respectivo
desenvolvimento informático no SISAAE por parte da CS.
B.) N.º DE SUBSTITUIÇÕES DO CONHECIMENTO DA CPEE
Salvo as substituições que ocorrem por força do exercício das suas competências legais, a CPEE não tem
acesso à informação relativa ao n.º de substituições de agentes de execução ocorridas entre os dias
01/04/2011 e 16/02/2012, mas tem continuado a ser diariamente notificada pelos Tribunais e pelos
respectivos Conselhos Regionais (Norte e Sul) da Câmara dos Solicitadores (via postal, telefax e pelo sistema
informático CITIUS) de inúmeras substituições de agentes de execução em determinados processos,
assegurando-se assim o cumprimento de uma boa cooperação institucional.
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N.º de substituições de Agente de Execução na sequência de Deferimento de Impedimento 189 7
N.º de substituições de Agente de Execução na sequência de Destituição pela CPEE 6
N.º de Livre substituições de Agente de Execução (a pedido do Exequente) 409
No entanto, não será demais referir que a CPEE, apesar de ser notificada por várias entidades para proceder à
desassociação de Agentes de Execução no SISAAE no âmbito de Processos Judiciais a seu cargo, motivadas
pela destituição judicial (processos anteriores a 31/03/2009) ou pela livre substituição de Agentes de
Execução pelo Exequente, ao abrigo do n.º 6 do artigo 808.º do CPC (processos posteriores a 31/03/2009),
apenas tem competência para destituir agentes de execução em processos judiciais executivos instaurados
após o dia 31/03/2009, ao abrigo do disposto no n.º 6 do artigo 808.º do Código de Processo Civil (na
redacção dada pelo referido Decreto-Lei n.º 226/2008), conjugado com o artigo 9.º da Portaria n.º 331-
B/2009, de 30 de Março, na redacção dada pela Portaria n.º 1148/2010, de 4 de Novembro, sob a epígrafe
“destituição” e que tal procedimento encontra-se, repete-se, em fase de desenvolvimento informático do
SISAAE pela CS, até 29/06/2012 (cfr. artigo 7.º e alínea b) do n.º 2 do artigo 17.º da Portaria n.º 2/2012, de
2 de Janeiro.
C.) PARTICIPAÇÃO DA CPEE NAS REUNIÕES DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DOS
AGENTES DE EXECUÇÃO DA CS
Em Outubro de 2011 a CPEE foi convidada a participar nas reuniões da Comissão de Acompanhamento e
Monitorização dos Agentes de Execução (CAMAE) da CS, no âmbito do exercício das competências legais
da CPEE e enquanto órgão independente da CS, tendo-se na 1.ª reunião, que teve lugar no dia 27/10/2011,
aflorado a necessidade de serem constituídas equipas de Agentes de Execução substitutos e liquidatários dos
processos de Agentes de Execução que cessam funções por força de:
a) Morte, incapacidade definitiva, incapacidade temporária, cessação voluntária de funções, aplicação
pelos 3 órgãos disciplinares da CS (Conselho Superior, SRDN e SRDS) das penas disciplinares de
suspensão de funções ou de expulsão - competência legal da CS;
b) Aplicação pela CPEE da medida cautelar de suspensão preventiva de funções (artigo 125.º/2 do
ECS), da pena disciplinar de suspensão de actividade por mais de 10 dias e da pena disciplinar de
expulsão enquanto agente de execução (artigo 131.º-B do ECS) - competência legal da CPEE.
7 Apenas as decisões de deferimento de impedimento que se verificaram durante o andamento do processo judicial (e não logo no início do mesmo) dão lugar a processo de substituição acompanhado pela CPEE.
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No âmbito da 2.ª reunião, que decorreu no dia 29/11/2011, pelas 16H00, foram distribuídas as seguintes
deliberações tomadas pelo Conselho Geral da CS em 19.11.2011:
a) A Deliberação do Conselho Geral da CS 20111119 - 8.2.3, relativa à nomeação e à remuneração dos
Agentes de Execução Liquidatários;
b) A Deliberação do Conselho Geral da CS 20111119 - 8.2.4, relativa à remuneração dos Agentes de
Execução Liquidatários.
Considera-se Agente de Execução Liquidatário o Agente de Execução responsável por reorganizar os
processos que estavam a cargo de um Agente de Execução que tenha cessado as suas funções a seu pedido ou
em caso de morte, incapacidade definitiva (da competência da CS) ou que tenha sido alvo pela CPEE das
penas disciplinares de suspensão de funções superior a 10 dias ou de expulsão, recuperando o histórico da
tramitação de cada processo executivo com vista a identificar e a reportar ao órgão competente todas as
diligências realizadas ao longo de cada processo e por recuperar o histórico de todas as movimentações
contabilísticas já realizadas no âmbito de cada processo, com vista a apresentar os respectivos acertos de
contas.
O Agente de Execução Liquidatário (objecto das Deliberações do Conselho Geral da CS de 19/11/2011) é
uma figura distinta do Agente de Execução Substituto (alvo da Deliberação do Grupo de Gestão da CPEE
n.º 92/2011, de 03/03/2011), porquanto:
a) O Agente de Execução Substituto é designado pelo Exequente de acordo com as regras de
designação de Agentes de Execução previstas no artigo 808.º do Código do Processo Civil (CPC) e
tem como função não só apresentar o estado dos processos de execução que estavam a cargo do
Agente de Execução substituído e os respectivos acertos de contas, bem como realizar todas as
diligências processuais e exercer as restantes competências legalmente atribuídas aos Agente de
Execução no âmbito dos processos executivos distribuídos;
b) O Agente de Execução Liquidatário será nomeado de acordo com um procedimento específico
aprovado pelo Conselho Geral da CS, descrito infra, e intervém no caso de um Agente de Execução
ter cessado as suas funções a seu pedido ou em caso de morte, incapacidade definitiva, suspensão de
funções superior a 10 dias ou expulsão, e o Exequente não ter procedido à designação de um
substituto, com o objectivo apenas de reorganizar os processos de execução que estavam a
cargo do Agente de Execução substituto e de realizar os respectivos acertos de contas, nada
impedindo, porém, que o Exequente, após a liquidação dos processos, aceite o Agente de Execução
Liquidatário como Agente de Execução Substituto num processo em concreto. Significa, por isso,
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que o Agente de Execução Liquidatário não está obrigado a prosseguir com o processo de execução,
excepto se o Exequente aceitar que o mesmo seja designado como Agente de Execução substituto.
Da Deliberação do Conselho Geral da CS de 19.11.2011 resulta, em síntese, que os Agentes de Execução
Liquidatários assumem dois relevantes papéis:
a) Reorganizador dos processos que estavam a cargo do Agente de Execução substituído, recuperando
o histórico da tramitação de cada processo executivo com vista a identificar e a reportar todas as
diligências realizadas ao longo de cada processo;
b) Gestor contabilístico dos processos que estavam a cargo do Agente de Execução substituído,
recuperando o histórico de todas as movimentações contabilísticas já realizadas no âmbito de cada
processo, com vista a apresentar os respectivos acertos de contas.
No dia 07/12/2011 a CPEEGG tomou posição acerca desta matéria tendo, em síntese, deliberado:
a) Concordar na generalidade com o conteúdo das duas Deliberações do Conselho Geral da CS,
relativas à nomeação e à remuneração dos Agentes de Execução Liquidatários e considerando-se, em
especial, que a previsão de regras específicas para a selecção de Agentes de Execução Liquidatários
que se responsabilizassem pela reorganização dos processos de execução e pelos acertos de contas
dos processos que estavam a cargo de um Agente de Execução que cessara funções, contribuía para a
eficácia das execuções (cfr. Deliberação n.º 412/2011, de 07/12/2011 da CPEEGG);
b) Aprovar as oito propostas de alteração à Deliberação do Conselho Geral da CS 20111119-8.2.3,
constantes da Informação n.º 3/AC/2011, de 6 de Dezembro (cfr. Deliberação n.º 413/2011, de
07/12/2011 da CPEEGG);
c) Independentemente do acolhimento pela CS das sugestões na generalidade e especialidade feitas pela
CPEEGG, aproveitar-se o modelo aprovado pela CS de “Anúncio para a criação de Lista de Agentes de
Execução Liquidatários”, eliminando-se a duplicação de anúncios e poupando-se em meios e recursos,
bastando que a CS concordasse em inserir no seu anúncio uma nova Parte, contendo as regras
especiais relativas à CPEE no que respeita aos Agentes de Execução Liquidatários a designar nos
termos das competências legais da CPEE, aprovadas nos termos da alínea b), com a redacção prevista
na Parte IV da Informação n.º 3/AC/2011, de 6 de Dezembro, em respeito pela independência da
CPEE e pela Deliberação n.º 92/2011, de 03/03/2011, da CPEEGG (cfr. Deliberação n.º 414/2011,
de 07/12/2011 da CPEEGG).
À data do presente relatório de actividades encontra-se a decorrer o processo de selecção e recrutamento dos
Agentes de Execução Liquidatários, mediante avaliação prévia, o qual tem sido acompanhado pela CPEE.
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PARTE III
DIVULGAÇÃO DA CPEE
19. O SÍTIO DA CPEE NA INTERNET - DIVULGAÇÃO, TRANSPARÊNCIA E PROXIMIDADE AOS CIDADÃOS
No quadro do Objectivo III do Programa de Acção da CPEE 2009-2012, e tendo em vista “Assegurar a
divulgação da CPEE”, considerou-se necessário desenvolver esforços no sentido de divulgar e aproximar a
CPEE dos operadores judiciários (maxime, os agentes de execução), cidadãos e empresas, para que estes
possam dirigir-se à CPEE sempre que o entendam conveniente, e desenvolver um canal de comunicação
entre a CPEE e os utentes da Justiça e o tecido económico, visando a credibilização da Justiça e a solução dos
problemas que se colocam na tramitação processual e que podem afectar os direitos dos cidadãos.
É no desenvolvimento deste quadro estratégico que se têm levado a cabo todos ao esforços empreendidos e
no âmbito dos quais o sítio da CPEE na Internet é o local privilegiado para a publicação dos mesmos.
A.) A ABERTURA DO SÍTIO DA CPEE NA INTERNET EM JUNHO DE 2009
O sítio da CPEE na Internet foi desde a criação da CPEE um dos principais objectivos da Presidente da
CPEE, tendo em vista:
a) Constituir um elo de ligação entre a CPEE e os cidadãos e as empresas, destinatários do serviço
público de Justiça prestado pela CPEE;
b) Abrir duas áreas de acesso reservado, uma para o Plenário da CPEE, e para todas as entidades nele
representadas, e outra para o Grupo de Gestão da CPEE, através do qual os Membros comunicam
electronicamente, e se guarda o arquivo electrónico relativo a todas as reuniões da CPEE;
c) Aumentar a transparência da actividade da CPEE.
Razão pela qual, logo na 2.ª reunião da CPEEP, realizada no dia 06/04/2009, dia da sua tomada de posse, a
Presidente da CPEE propôs a criação do sítio na Internet da CPEE, os seus conteúdos, e bem assim que a
gestão do sítio fosse unicamente feita por Membros da CPEE, tendo na 3.ª reunião da CPEEP, de
25/05/2009, sido deliberado que o sítio da CPEE na Internet estaria disponível em http://www.cpee.pt, o que
veio a efectivar-se em 23/06/2009.
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B.) A DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS
Desde a data da concepção do sítio na Internet e do seu início de funcionamento, os seus conteúdos têm sido
alvo de complemento, actualização e aperfeiçoamento constantes, sendo a definição de todos os conteúdos
do sítio na Internet, tal como a respectiva política de privacidade, da inteira responsabilidade da CPEEGG.
Desde a sua criação a CPEE tem procedido a uma divulgação pormenorizada daqueles que são os passos
considerados como susceptíveis de interessar aos nossos principais interlocutores, bem como ao público em
geral. Os conteúdos do sítio pretendem divulgar a constituição e actividades da CPEE, constando breves
currículos da Presidente e dos membros do Grupo de Gestão, bem como os calendários e ordens de trabalho
das reuniões; informações relevantes concernentes à acção executiva, em notícias e através do Manual de
Perguntas e Respostas sobre a Acção Executiva, que se encontra disponível online desde 14/09/2009;
documentos elaborados no seio da CPEE e outra documentação relevante, encontrando-se disponíveis o
Programa de Acção da CPEE 2009/2012, o Regulamento de Funcionamento, e os Manuais de
Procedimentos de Fiscalização e de Apreciação Liminar e Processo Disciplinar, para além da legislação e
regulamentação relevante na matéria. O sítio possibilita ainda a comunicação com os cidadãos,
disponibilizando para o efeito um formulário de contacto e o formulário “Queixa Electrónica”, que permite a
submissão de queixas à Comissão.
A CPEE divulga ainda através do sítio da Internet a sua actividade na prática, informando das diligências
externas em que participam a Presidente e os membros do Grupo de Gestão, publicitando todas as
comunicações proferidas em conferências e congressos, explicitando as competências da CPEE em matéria
de disciplina e fiscalizações e de acesso ao estágio de agente de execução.
No 3.º ano de actividade será de destacar a informação que, pela sua relevância, passou a constar dos
conteúdos do sítio da internet da CPEE:
Banners para os sítios da internet de todas as entidades representadas no Plenário da CPEE;
CPEE na comunicação social;
2.ª Conferência Internacional “Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop “As Boas
Práticas na Actividade de Agente de Execução”;
Agentes de Execução alvo de penas disciplinares aplicadas pela CPEE, constando deste campo as
deliberações da CPEEGG que aplicam as penas disciplinares, na íntegra;
CPEE - Audição Pública (Manual de Boas Práticas do Agente de Execução e Código Deontológico/Ética do
Agente de Execução)
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O sítio permite ainda reforçar as ligações de trabalho entre a CPEE e a CEPEJ, na medida em que foi
disponibilizado um campo para a divulgação das recomendações não só da CPEE como da CEPEJ, nos seus
relatórios bianuais.
C.) RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Importa salientar que a inclusão no sítio, na sua área reservada, da documentação referente a todas as
reuniões semanais do Grupo de Gestão e a todas as reuniões bimensais do Plenário, tem permitido evitar a
impressão e envio de significativas quantidades de papel, assim possibilitando, para além de uma maior
rapidez na comunicação com todos os elementos destes órgãos, uma poupança significativa.
20. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM CONFERÊNCIAS, COLÓQUIOS E ACÇÕES DE FORMAÇÃO
No quadro do Objectivo III do Programa de Acção da CPEE 2009-2012, a CPEE definiu como um dos
seus objectivos a divulgação da CPEE e das alterações legislativas recentes, contribuindo para a formação
nesta matéria, a Presidente da CPEE e os Membros da CPEEP e CPEEGG têm efectuado diversas
participações em conferências, colóquios, acções de formação, intervenções públicas e publicação de artigos
sobre esta matéria, entre as quais se desatacam as dos pontos seguintes:
20.1. A NÍVEL NACIONAL
a) Dia 07/04/2011 - VI Encontro Nacional de Estudantes de Solicitadoria, organizado pela Escola
Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria - Intervenção do Membro do
Grupo de Gestão da CPEE, Dra. Ana Luísa Rodrigues (em representação da Presidente da CPEE),
subordinada ao tema "A actuação da Comissão para a Eficácia das Execuções: a exigência no
acesso à profissão de agente de execução e transparência no exercício de funções públicas –
a relevância da disciplina e da fiscalização", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_ACTUACAO_DA_CPEE_EXIGENCIA_NO_ACESSO
_A_PROFISSAO_RELEVANCIA_DA_FISCALIZACAO_E_DISCIPLINA.pdf ;
b) Dia 15/07/2011 - "II Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução", organizadas pela CS e
pelo Colégio de Especialidade de Agentes de Execução, que tiveram lugar no Auditório Cardeal
Medeiros da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa – Intervenção do Membro do Grupo de
Gestão, Dra. Inês Caeiros (em representação da Presidente da CPEE), subordinada ao tema "A
Relevância da Agilização do Processo de Despejo para Eficácia das Execuções", disponível
79/287
ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_relevancia_agilizacao_processo_despejo_para_eficacia_execucoes
_15_07_2011.pdf;
c) Dia 23/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho – Discurso da Presidente da CPEE, na
Sessão de Abertura. O discurso pode ser visualizado no sítio na Internet da JustiçaTV
em http://www.justicatv.com/index.php?p=816;
d) Dia 23/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção do Membro do Grupo de
Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Luísa Rodrigues, subordinada ao tema
"A concretização pela CPEE das recomendações da CEPEJ e da UIHJ", disponível ao
público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_concretizacao_pela_CPEE_das_recomendacoes_CEPEJ_UIHJ_A
NA_LUISA_RODRIGUES_Membro_da_CPEE___.pdf;
e) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção do Membro do Grupo de
Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Cabral, subordinada ao tema "A
arbitragem na acção executiva", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_arbitragem_na_accao_executiva_Ana_Cabral_Membro_da_CPEE__.pdf;
f) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção da Presidente da CPEE,
subordinada ao tema "O contributo da CPEE: o 2.º ano de actividade e propostas para o
futuro", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/O_contributo_da_CPEE_PAULA_MEIRA_LOURENCO_Presi
dente_CPEE___.pdf;
g) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e
Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e
24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho – Discurso da Presidente da CPEE na
Sessão de Encerramento da Conferência;
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h) Dia 06/10/2011 - "Jornada Internacional de Solicitadoria", que teve lugar no Instituto Superior
de Ciências da Administração, em Lisboa - Intervenção do Membro do Grupo de Gestão da
Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Cabral, subordinada ao tema "A Actividade do
Agente de Execução – o contributo dos Solicitadores e da CPEE", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/stories/APRESENTAO_AC_ISCAD_A_ACTIVIDADE_DO_AE_CONTRI
BUTO_SOLICITADORES_E_CPEE_06_10_2011.pdf;
i) Dia 13/10/2011 - Seminário "Cobranças - Novas Ferramentas para a recuperação de Créditos", co-
organizado pela sociedade BPO Advogados e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola,
que teve lugar no Hotel Tiara Park Atlantic, em Lisboa - Intervenção do Membro do Grupo de
Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Inês Caeiros, subordinada ao tema "As
Funções do Agente de Execução e o Papel da CPEE na Acção Executiva", disponível ao
público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/APRESENTACAO_IC_CCILE_BPO_AS_FUNCOES_DO_AE_O_P
APEL_DA_CPEE_NA_ACCAO_EXECUTIVA_13_10_2011.pdf;
j) Dia 03/11/2011 - Conferência “A Acção Executiva”, que teve lugar no Conselho Distrital de Lisboa
da Ordem dos Advogados - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao tema "A
actividade da CPEE: Balanço e Propostas para o Futuro", disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_actividade_da_CPEE_Balanco_e_Propostas_para_o_Futuro_Presi
dente__CPEE_03_11_2011.pdf;
k) Dia 06/11/2011 – I Jornadas Processuais de Direito Processual Civil”, organizado pela Delegação de
Valpaços da Ordem dos Advogados e pela Delegação de Chaves da Ordem dos Advogados, sob a
coordenação científica do Juiz de Direito do Tribunal Judicial de Valpaços, que teve lugar nos dias 5
e 6 de Novembro de 2011, no Pavilhão Multiusos de Valpaços - Intervenção da Presidente da CPEE,
na sessão de encerramento da Conferência (06.11.2011), disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_relevancia_do_papel_da_CPEE_no_sistema_portugues_PAULA_
MEIRA_LOURENCO_Valpacos_Novembro_2011.pdf.
20.2. A NÍVEL INTERNACIONAL
Realça-se a participação da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, na reunião do Conselho
Científico da UIHJ, do qual é Membro desde Junho de 2008 (Instituto Jacques Isnard), que teve lugar no dia
06/10/2011, na sede da Associação dos Agentes de Execução da Grécia, em Atenas, e ainda as seguintes
intervenções:
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a) Dia 08/06/2011 - 2.ª Conferência Internacional sobre Eficiência da Execução das Decisões Judiciais
e de outras Autoridades, que teve lugar nos dias 8 a 10 de Junho, em Kazan (Federação Russa), no
quadro do Projecto de Cooperação entre a União Europeia e a Federação Russa "Execução e
Eficiência da Justiça na Federação Russa" - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao
tema “O sistema de controlo dos Agentes de Execução em Portugal de acordo com os
critérios da Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ) do Conselho da
Europa”, disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/PRESIDENT_OF_CPEE_2011_RUSSIA_Portuguese_system_co
ntrol_CEPEJ_criteria_2__.pdf;
b) Dia 12/07/2011 - Audição pública da Presidente da CPEE no Parlamento Europeu, que teve lugar
em Bruxelas, a convite do Presidente do Comité de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu, o
Eurodeputado Klaus-Heiner Lehne, subordinada ao tema “Um instrumento horizontal para a
tutela judicial colectiva na Europa?”, disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Experience_Portugal_Paula_Meira_Lourenco_HEARING_12_07_
2011_PT.pdf;
c) Dia 07/10/2011 - Conferência Internacional «L’Huissier de Justice: moteur économique grâce à son rôle dans
l’administration de la preuve», organizada pela Union International des Huissires de Justice (UIHJ), que
teve lugar em Atenas - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao tema “Les procédures
Électroniques d`exécution au Portugal et le rôle de l `Agent d`Exécution”, disponível ao
público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Le_Procedures_electroniques_e_execution_au_Portugal_le_role_de_l_Agent_a_Exe
cution_PAULA_MEIRA_LOURENCO_07_10_2011.pdf;
d) Dia 08/10/2011 - 7.º Seminário Internacional “Legislação sobre a execução da decisão judicial na
Federação Russa e nos países da União Europeia: análise de Direito Comparado e experiência da sua
aplicação”, que teve lugar nos dias 7 e 8 de Outubro de 2011, na Academia de Direito Russo do
Ministério da Justiça da Federação Russa, em Moscovo – Intervenção da Presidente da CPEE,
subordinada ao tema "The role of the Portuguese Enforcement Agent and the competences of
the Commission for the Efficiency of Enforcement Procedures”, disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Role_of_Enforcement_Agent_and_the_CPEE_competences_PAULA_MEIRA_
LOURENCO_Oral_Presentation_EN_.pdf.
82/287
21. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM AUDIÇÕES/EVENTOS/REUNIÕES/ SESSÕES PÚBLICAS
21.1. AUDIÇÃO PÚBLICA DA PRESIDENTE DA CPEE NO PARLAMENTO EUROPEU – JULHO 2011
No dia 12/07/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, a convite do Presidente do
Comité de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu, o Eurodeputado Klaus-Heiner Lehne, participou na
Audição Pública promovida pelo Parlamento Europeu, em Bruxelas, subordinada ao tema “Um
instrumento horizontal para a tutela judicial colectiva na Europa?”, tendo a audição sido aberta por
Viviane Reding, Vice-Presidente da Comissão Europeia e Comissária Europeia para a Justiça, Direitos
Fundamentais e Cidadania.
A intervenção da Presidente da CPEE está disponível ao público no sítio da CPEE na Internet em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Experience_Portugal_Paula_Meira_Lourenco_HEARING_12_07_2011_PT
.pdf.
21.2. AUDIÊNCIA DA PRESIDENTE DA CPEE COM S. EXA. A MINISTRA DA JUSTIÇA – AGOSTO 2011
No dia 01/08/2011, a Presidente da CPEE, acompanhada por dois membros do Grupo de Gestão, foi
recebida em audiência concedida por S. Exa. a Ministra da Justiça, no âmbito da qual foi apresentada a
actividade desenvolvida pela CPEE e os seus resultados e entregue cópia da Deliberação do Grupo de Gestão
da CPEE n.º 268/2011, de 28/07/2011, de aprovação do montante relativo à dotação anual para a assessoria
do Grupo de Gestão da CPE para o ano de 2012 em € 233.800,00, tendo em vista a competente
cabimentação orçamental para o ano de 2012 e a emissão do despacho conjunto respeitante ao recrutamento
de técnicos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE (cfr. ofício da CPEE n.º 2373/2011, de
29/07/2011).
21.3. AUDIÇÃO PÚBLICA DA PRESIDENTE DA CPEE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – SETEMBRO 2011
No dia 20/09/2011 a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, foi ouvida pela Comissão de
Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, da Assembleia da República, tendo apresentado o
balanço dos 2 anos de actividade da CPEE, salientado as principais melhorias no sistema das execuções após
o dia 31 de Março de 2009, em especial, a celeridade e transparência do processo de execução, integralmente
electrónico, possibilitando a consulta pelo juiz, pela CPEE e pelas partes de todos os actos processuais
registados no CITIUS, e a efectiva disciplina e fiscalização que tem sido assegurada pela CPEE, apresentando
83/287
como prova os dados estatísticos relativos à actividade da CPEE, e a respectiva análise, retirando aqui a
necessidade de assegurar:
a) A formação contínua obrigatória dos agentes de execução;
b) A concessão à CPEE dos meios financeiros e materiais para o exercício da sua actividade, em
especial, através da criação de um perfil independente/próprio de acesso directo e integral aos
processos executivos e contas-cliente da responsabilidade dos agentes de execução, através dos
actuais sistemas informáticos CITIUS (do Ministério da Justiça) e SISAAE (da Câmara dos
Solicitadores), tendo em vista a realização de uma fiscalização preventiva, como aquela que ocorre
com sucesso noutros países europeus, como por exemplo na Holanda, onde a supervisão dos agentes
de execução também é assegurada por uma entidade pública independente e de forma integralmente
electrónica.
A apresentação da Presidente da CPEE no início da audição encontram-se disponíveis ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Audicao_Presidente_da_CPEE_Assembleia_da_Republica_20_09_2011.pdf e
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/ANEXO_MONITORIZACAO_DAS_RECOMENDACOES_CPEE.pdf, podendo a
audição ser visualizada na íntegra em http://80.251.167.42/videos-
canal/XII/SL1/02_com/01_cacdlg/20110920cacdlg_pml.wmv.
21.4. SESSÃO SOLENE DE ABERTURA DO ANO JUDICIAL – JANEIRO 2012
No dia 31/01/2012, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, esteve presente na Sessão Solene
de Abertura do Ano Judicial, que teve lugar no Salão Nobre do Supremo Tribunal de Justiça, a qual foi
presidida por Sua Excelência o Presidente da República.
22. A CPEE NA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Importa ainda salientar o crescente interesse que vem suscitando junto da Comunicação Social a intervenção
desta Comissão, o que se poderá explicar por vários motivos, entre os quais se situam, desde logo, o peso da
acção executiva em matéria de pendências nos Tribunais, o relevo desta matéria para a economia, e a
apreciação que vem sendo feita do trabalho desenvolvido em matéria de recomendações, agilização da
implementação de medidas legais e actuação fiscalizadora e disciplinar efectivas por parte da Comissão.
Assim, importa registar que a Presidente concedeu entrevistas a diversos órgãos de Comunicação Social,
como foi o caso dos seguintes (as notícias encontram-se disponíveis para consulta no sítio da CPEE na
Internet no campo "CPEE na Comunicação Social", por ordem cronológica:
84/287
22.1. NA TELEVISÃO
a) Entrevista da Presidente da CPEE à Justiça TV (Portugal) – dia 12/04/2011: balanço dos 2
anos de actividade da CPEE
No dia 12/04/2011, Paula Meira Lourenço, Presidente da CPEE desde 31 de Março de 2009, data da sua
eleição por unanimidade pelos Membros do Plenário deste órgão independente ao serviço da Justiça Cível
(que representam 18 entidades), concedeu uma extensa entrevista à “Justiça TV”, a qual teve lugar na sede da
CPEE, em Lisboa, e durante a qual a Presidente da CPEE respondeu a várias questões que lhe foram
colocadas a propósito de vários temas.
A entrevista pode ser visualizada nos seguintes 3 links:
http://www.justicatv.com/index.php?p=617
Apresentação do trabalho da Comissão para a Eficácia das Execuções;
Independência da Comissão;
Fiscalização e inspecção dos agentes de execução;
Formação de agentes de execução;
Número de agentes de execução.
http://www.justicatv.com/index.php?p=618
Utilização de meios electrónicos pela CPEE e por outros actores da Acção Executiva;
Desmaterialização de actos no Processo Executivo, nomeadamente a penhora electrónica de
depósitos bancários;
Garantia da protecção de dados pessoais;
Exemplo de medidas relevantes, sugeridas pela Comissão, para tornar as execuções mais eficazes.
http://www.justicatv.com/index.php?p=619
Grupo de Gestão da CPEE;
Insuficiência de técnicos para assegurar uma adequada efectivação dos poderes inspectivos e
disciplinares da CPEE;
Eventual recandidatura ao cargo de Presidente da CPEE;
Visão académica e profissional da Mestre Paula Meira Lourenço sobre o Processo Executivo;
Papel agregador da CPEE, entre os diferentes operadores judiciais;
Âmbito do Protocolo de Cooperação entre o DIAP de Lisboa e a CPEE.
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b) Intervenções do Juiz Desembargador Rui Rangel e do Bastonário da Ordem dos Advogados,
Dr. Marinho Pinto no Programa “Justiça Cega”, do canal RTP Informação (Portugal) - dia
05/12/2011
No Programa “Justiça Cega,” do canal RTP Informação, emitido no dia 05/12/2011, o Juiz Desembargador
Rui Rangel, e o Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. António Marinho Pinto, fizeram as suas
intervenções, tendo destacado pela positiva o trabalho desenvolvido pela CPEE no âmbito das suas
competências legais.
As intervenções estão disponíveis no sítio da CPEE na Internet em http://www.cpee.pt/tv/ (sobre a CPEE aos
11:00 minutos).
22.2. NA IMPRENSA ESCRITA
a) Notícias sobre a celebração do Protocolo de Cooperação entre o DIAP de Lisboa e a CPEE em
12/04/2011
Jornal i 04/04/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DIAP_assina_protocolo_que_agiliza_informao_e_investigao_de_ilcitos_praticados_por_solicitadores.mht;
Revista Advocatus 08/04/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Revista_AVOCATUS_08_04_2011.pdf;
Sapo Notícias 12/04/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Hoje__notcia_-_Notcias_-_Sapo_Notcias.mht ;
b) Entrevista da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, ao "Jornal Negócios", de dia
06/04/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/JNegocios_CPEE_06_04_2011.pdf
c) Entrevista da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, ao Semanário "Expresso",
de dia 07/05/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Expresso_7_5_2011.pdf ;
d) Notícias sobre a celebração do Protocolo de Cooperação entre o DIAP de Coimbra e a CPEE
em 21/06/2011:
Correio da Manhã 19/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CM_19_06_2011.pdf ;
Revista Advocatus 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Protocolo_celebracao_DIAP_Coimbra_CPEE.pdf;
Diário de Notícias 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Diario_Noticias_20_06_2011.pdf;
A Bola 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_Bola_20_06_2011.pdf;
Justiça TV 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Justica_TV_20_06_2011.pdf;
86/287
Diário de Notícias 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DN_20_06_2011_1.pdf;
Diário de Notícias 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/dn_20_06_2011.pdf;
Diário de Notícias 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DN_21_06_2011__.pdf;
As Beiras 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/As_Beiras_22_06_2011.pdf;
Netmadeira 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/NetMadeira_21_06_2011.pdf;
Aeiou visão pt 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Accao_Executiva_21_06_2011.pdf;
Jornal de Notícias 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/JN_22_06_2011.pdf;
DN Portugal 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DNPortugal_22_06_2011.pdf;
SIC Notícias 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/SIC_Noticias_Protocolo_DIAP_CPEE_22_06_2011.pdf;
ionline 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Informacao_22_06_2011.pdf;
BPIonline 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/BPI_online_22_06_2011.pdf;
SIC Noticías 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/SIC_Noticias_Accao_Executiva_22_06_2011.pdf;
Sapo Notícias 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Sapo_Noticias_22_06_2011.pdf;
Negóciosonline 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Negocios_22_06_2011.pdf;
Diário As Beiras 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DB_22_07_2011.pdf.
e) CPEE queixa-se de falta de meios e admite que em Março havia perto de 600 participações
por analisar – Público, 09/07/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Publico_9_07_2011.pdf
f) CPEE divulga dados estatísticos relativos à disciplina e fiscalização dos Agentes de Execução
- Vida Económica, 22/07/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/VD_22_07_2011.pdf ;
g) CPEE apresenta à delegação de representantes do Banco Central Europeu, Comissão
Europeia e do Fundo Monetário Internacional um balanço sobre as recomendações da CPEE
acerca da eficácia das execuções e a formação dos Agentes de Execução, e bem assim sobre a
disciplina e fiscalização dos Agentes de Execução – Lusa, 29/07/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/lusa.pdf;
h) CPEE recebida em audiência pela Ministra da Justiça - Revista Advocatus 02/08/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Revista_Advocatus_02_08_2011_.pdf;
87/287
i) Entrevista da Presidente da CPEE “Jornal de Notícias” acerca do balanço da actividade da
CPEE feito na audiência concedida pela Ministra da Justiça - Jornal de Notícias, 03/08/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/JN_3_8_2011.pdf;
j) 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e Workshop “Boas
Práticas na Actividade do Agente de Execução” – dias 23 e 24 de Setembro de 2011,
organizada pela Comissão para a Eficácia das Execuções, com o apoio da Câmara Municipal
de Espinho - Revista Advocatus, 16/09/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/3997-espinho-acolhe-conferencia-sobre-eficacia-nas-
execucoes.pdf;
k) Presidente da CPEE recebida na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades
e Garantias, da Assembleia da República - Lusa e Público, 20/09/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Publico_21_09_2011.pdf;
l) Cobrança de dívidas: 13 Agentes Suspensos - Agência Financeira - IOL de 23/09/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Noticia_Agencia_Financeira_CPEE_suspende_preventiva
mente_13_AE_23_09_2011.pdf;
m) A CPEE: opinião do Advogado Dr. Rui Varela Gonçalves - Revista Advocatus, 03/11/2011:
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Advocatus_03_11_2011.pdf
n) Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro – acesso electrónico da CPEE a sistemas CITIUS e
SISAAE para o exercício das suas competências legais:
Wolters Kluwer 03/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Wolters_Kluwer_03_01_2012.pdf
Diário de Notícias 03/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DN_03_01_2012.pdf
Dinheiro Vivo 03/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Dinheiro_Vivo_03-01-2012.pdf
Portal Citius 04/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Citius_04_01_2012.pdf
Revista Advocatus 06/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Advocatus_06_01_2012.pdf.
o) A Comissão Para a Eficácia das Execuções chama a atenção para a importância da consulta
da Lista Pública de Execuções criada em 2009:
Correio da Manhã 02/03/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CM_2_3_2012.pdf
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23. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À TVI (CANAL DE TELEVISÃO DE PORTUGAL)
No dia 12/04/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, foi entrevistada pela jornalista
Cláudia Rosenbusch, tendo um excerto da mesma sido transmitida no "Jornal das 8" da estação televisiva
portuguesa TVI, no dia 11/07/2011, no âmbito da rubrica "Repórter TVI: cobrança de dívidas em «Pagar à força»".
A entrevista encontra-se disponível online no sítio da CPEE na Internet no campo "CPEE na
Comunicação Social / Televisão" (http://www.cpee.pt/tv/), aos 16 minutos e 20 segundos.
24. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À HBT (CANAL DE TELEVISÃO DA FEDERAÇÃO RUSSA)
No dia 10/06/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, foi entrevistada pela HTB (canal
de televisão da Federação Russa), a qual foi concedida no âmbito da intervenção da Presidente da CPEE na
2.ª Conferência Internacional sobre Eficiência da Execução das Decisões Judiciais e de outras Autoridades,
que se realizou em Kazan, nos dias 8 a 10 de Junho de 2011, no quadro do Projecto de Cooperação entre a
União Europeia e a Federação Russa "Execução e Eficiência da Justiça na Federação Russa, participação
subordinada ao tema “O sistema de controlo dos Agentes de Execução em Portugal de acordo com os
critérios da Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça do Conselho da Europa”.
A entrevista encontra-se disponível online no sítio da CPEE na Internet no campo "CPEE na
Comunicação Social / Televisão", através do link http://www.chp.ntv.ru/news/25892/ (entrevista aos
4 minutos e 25 segundos).
89/287
25. PUBLICAÇÕES DA PRESIDENTE DA CPEE
No 3.º ano de actividade, destacamos as seguintes publicações da Presidente da CPEE:
a) Maio de 2011 - “Du droit à l`exécution au droit de l`exécution”, in “ACTES DU COLLOQUE
INTERNATIONAL DE SIBIU (ROUMAINE) – 13-14-25 MAI 2009 - L`EUROPE JUDICIAIRE: 10 ANS
APRÈS LE CONSEIL DE TAMPERE; LE DROIT DE L`EXÉCUTION – PERSPECTIVES
TRANSNATIONALES”, Éditions Juridiques et Techniques, Paris, Maio, 2011, pp. 167-172, disponível
ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Presidente_CPEE_droit_a_l_execution_et_droit_de_l_execution_2011
.pdf (publicação da intervenção da Presidente da CPEE no dia 14/05/2009, no âmbito do Colóquio
Internacional organizado pela UIHJ, que decorreu na Faculdade de Direito de “Simion Barnutiu”»,
na Roménia);
b) Dezembro de 2011 - “O Papel da Comissão para a Eficácia das Execuções”, in Boletim da Ordem
dos Advogados, n.º 85, Dezembro, 2011, pp. 64-65, disponível ao público
em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/artigo_da_Presidente_CPEE_O_Papel_da_Comissao_Para_a_E
ficacia_das_Execucoes_BOA_Dezembro_2011.pdf ;
c) Novembro/Dezembro de 2011 - “A Relevância da Participação dos Cidadãos e das Empresas
na Comissão para a Eficácia das Execuções”, in Revista Indústria - Revista de Empresários e Negócios,
da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, n.º 90, Novembro/Dezembro, 2011, pp. 52-53,
disponível ao público
em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Artigo_da_Presidente_CPEE_A_Relevancia_da_Participacao_do
s_cidadaos_e_das_empresas_na_CPEE_Revista_CIP.pdf;
d) Dezembro de 2011 - “The Portuguese system of control over the profession of enforcement
agent, in compliance with criteria defined by the European Commission for the Efficiency of
Justice”, in “EFFICIENCY OF ENFORCEMENT PROCEEDINGS OF COURT JUDGMENTS AND ACTS OF OTHER
OFFICIAL AUTHORITIES”, Publications of the International Scientific Conference, June 8-11 2011,
Kazan (Volga Region), Federal University, 2011, pp. 291-306, disponível ao público em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Portuguese_system_control_the_CPEE_criteria_of_CEPEJ_PAULA
_MEIRA_LOURENCO_Junho_2011.pdf (publicação da intervenção da Presidente da CPEE no dia
08/06/2011, no âmbito da 2.ª Conferência Internacional sob o tema“Efficiency Proceedings of Court
90/287
Judgments and acts of other official authorities”, que teve lugar nos dias 8 a 11 de Junho de 2011, na
Universidade Federal de Direito de Kazan, da Federação Russa, no quadro do Projecto de
Cooperação entre a União Europeia e a Federação Russa "Execução e Eficiência da Justiça na
Federação Russa");
e) Fevereiro de 2012 - “The role of the Portuguese Enforcement Agent and the competences of
the Commission for the Efficiency of Enforcement Procedures”, publicado em homenagem ao
Professor Doutor Jorge Miranda, e disponível ao público no sítio da Internet da CPEE em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Role_of_Enforcement_Agent_and_the_CPEE_PAULA_MEIRA_LOUREN
CO_em_homenagem_ao_Prof_Doutor_Jorge_Miranda.pdf e também do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas
da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa - http://icjp.pt/seccoes/656 (publicação da
intervenção da Presidente da CPEE no dia 08/10/2011, no âmbito do 7.º Seminário Internacional
sob o tema “A Legislação acerca da acção executiva na Federação Russa e na União Europeia: análise teórica e
prática”, que teve lugar nos dias 7 e 8 de Outubro de 2011, na Academia de Direito da Federação
Russa).
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PARTE IV
COOPERAÇÃO COM OUTRAS ENTIDADES
26. VISITAS À SEDE DA CPEE
26.1. DRA. MARIA JOSÉ MORGADO, DIRECTORA DO DIAP DE LISBOA
Em Julho de 2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, recebeu a visita na sede da CPEE
da Dra. Maria José Morgado, Directora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa,
no âmbito da qual decorreu uma reunião de trabalho atento o Protocolo de cooperação celebrado com o
DIAP de Lisboa, que teve lugar no dia 12 Abril de 2011.
26.2. DR. NUNO DE VILLA-LOBOS, DIRECTOR DO CENTRO DE ARBITRAGEM ADMINISTRATIVA
Em Julho de 2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, recebeu a visita na sede da CPEE
do Dr. Nuno de Villa-Lobos, Director do Centro de Arbitragem Administrativa, no âmbito da qual decorreu
uma reunião de trabalho atinente às competências legais semelhantes e homólogas entre as instituições que
representam.
26.3. DR. EURICO DOS REIS, JUIZ DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA
Em Agosto de 2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, recebeu a visita na sede da CPEE
do Dr. Eurico dos Reis, Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa, no âmbito da qual decorreu
uma reunião de trabalho atenta a participação do Ilustre orador numa Conferência a organizar pela CPEE.
26.4. DR. PAULO RIJO FERREIRA, JUIZ DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA
Em Setembro de 2011, Paula Meira Lourenço, Presidente da CPEE, recebeu a visita na sede da CPEE do Dr.
Paulo Rijo Ferreira, Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa, no âmbito da qual decorreu uma
reunião de trabalho atenta a participação do Ilustre orador na 2.ª Conferência Internacional da CPEE
“Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop "As Boas Práticas na Actividade do Agente de
Execução", que teve lugar nos dias 23 e 24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho.
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27. PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO
No quadro da promoção da colaboração interinstitucional que se exige aos diferentes actores do sistema em
que se move a actuação da CPEE, objectivo que a CPEE tem prosseguido de forma a amplificar a eficácia da
sua acção e a sua capacidade de actuação, assim beneficiando também a promoção do interesse público que se
lhe encontra confiado, o ano em referência contou com importantes desenvolvimentos que, no essencial,
comportam.
27.1. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE LISBOA
Em 22/03/2011 o Plenário da CPEE aprovou por unanimidade a celebração de um Protocolo de
Cooperação entre a CPEE e o DIAP de Lisboa, o qual foi celebrado no dia 12/04/2011.
À celebração deste Protocolo subjaz o facto de as competências legais de fiscalização e de disciplina da
CPEE, em matéria da actividade desempenhada pelos Agentes de Execução, e as competências legais do
DIAP de Lisboa em matéria de prevenção e investigação criminal, terem áreas de actuação que, embora a
diferentes níveis (criminal para o DIAP de Lisboa, fiscalizador e disciplinar para a CPEE), podem ser
comuns, assim se potenciando a actuação de qualquer destas entidades.
Com a celebração deste Protocolo pretende-se promover o interesse público através da criação de sinergias,
tendo em vista, por um lado, o exercício cada vez mais eficiente dos poderes sancionatórios (criminal e
disciplinar), designadamente através da operacionalização de maiores contactos e de optimização dos recursos
das entidades envolvidas, acentuando também a eficácia preventiva da sua actuação, o que terá projecção,
designadamente, na melhoria do ambiente económico nacional.
27.2. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE COIMBRA
À semelhança do que ocorrera relativamente à celebração do Protocolo entre a CPEE e o DIAP de Lisboa
em 12/04/2011, no dia 17/05/2011 o Plenário da CPEE aprovou por unanimidade a celebração de um
Protocolo de Cooperação entre a CPEE e o DIAP de Coimbra, o qual foi celebrado no dia 21/06/2011.
À celebração deste Protocolo subjazem as mesmas razões que estiveram na base da celebração do Protocolo
de Cooperação com o DIAP de Lisboa, acima explanadas.
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27.3. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DO PORTO
À semelhança do que ocorrera relativamente o Protocolo entre a CPEE e os DIAP de Lisboa e Coimbra,
respectivamente celebrados em 12/04/2011 e 17/05/2011, no dia 25/10/2011 o Plenário da CPEE aprovou
por unanimidade a celebração de um Protocolo de Cooperação entre a CPEE e o DIAP do Porto, o qual foi
celebrado no dia 21/11/2011.
À celebração deste Protocolo subjazem as mesmas razões que estiveram na base da celebração do Protocolo
de Cooperação com o DIAP de Lisboa e o DIAP de Coimbra, supra enunciadas.
28. PARTICIPAÇÃO DA CPEE NO PROCEDIMENTO LEGISLATIVO
28.1. DESPACHO DA MINISTRA DA JUSTIÇA QUE APROVA O PLANO DE ACÇÃO PARA A JUSTIÇA NA
SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO – DESPACHO N.º 16171/2011, DE 29 DE NOVEMBRO
No dia 14/10/2011, o Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça enviou à CPEE o Projecto de
Despacho que aprovava o Plano de Acção para a Justiça na Sociedade de Informação, para audição no prazo
de 10 dias, tendo no dia 25/10/2011 a CPEE remetido ao mesmo Gabinete os pareceres emitidos pelo
Grupo de Gestão e pelo Plenário da CPEE, sendo de louvar a iniciativa de aprovação do Plano de Acção
para a Justiça na Sociedade de Informação, em especial, o facto de a CPEE ser ouvida e considerada uma das
entidades com as quais o grupo de trabalho para o desenvolvimento do Plano de Acção para a Justiça na
Sociedade de Informação tem vindo a estabelecer uma relação de cooperação (cfr. ofício CPEE 3377/2011,
de 25/10/2011).
28.2. PORTARIA N.º 308/2011, DE 21 DE DEZEMBRO – 4.ª ALTERAÇÃO DA PORTARIA N.º 331-B/2009, DE
30 DE MARÇO - TRANSPARÊNCIA NAS CONTAS-CLIENTES DOS AGENTES DE EXECUÇÃO
No dia 14/10/2011, o Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça enviou à CPEE o Projecto relativo à
3.ª alteração da Portaria 331-B/2009, de 30 de Março, que regulamenta vários aspectos das acções executivas
cíveis, para audição no prazo de 10 dias, tendo-se concluído que as alterações que se pretendiam introduzir à
Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março, tinham 3 objectivos:
1) Criar mecanismos que tornem a movimentação das contas-clientes mais transparente e que
facilitem a detecção de lapsos e comportamentos negligentes e culposos por parte de Agentes de
Execução;
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2) Permitir uma fiscalização mais eficaz e uma responsabilização mais célere em caso de
irregularidades;
3) Aumentar a confiança da Justiça e dos Cidadãos no papel desempenhado pelos Agentes de
Execução. Em face do conteúdo descrito na Parte II do Projecto de Parecer e atendendo ao
exercício das funções da CPEE enquanto órgão responsável pela disciplina e fiscalização dos
Agentes de Execuções, e pela emissão de recomendações para a eficácia das execuções e para a
formação dos Agentes de Execução.
Na 101.ª reunião do Grupo de Gestão da CPEE, realizada em 10/11/2011, a CPEEGG deliberou
CONCORDAR COM A GENERALIDADE do conteúdo do Projecto de alteração da Portaria n.º 331-B/2009, de
30 de Março, a qual se considerava representar uma clara vantagem para o exercício da actividade dos
Agentes de Execução de uma forma mais transparente, rigorosa e sujeita a uma fiscalização eficaz,
considerando-se, em especial, que o recurso à indicação obrigatória do número de identificação bancária no
âmbito de cada processo judicial permitiria no futuro detectar com mais facilidade e rapidez situações de
movimentações irregulares de contas-clientes por parte dos Agentes de Execução, pelo que se aplaudiram as
normas propostas no Projecto de Portaria em análise, e assinalou a necessidade de se propor ao Ministério da
Justiça o aperfeiçoamento da redacção de algumas normas constantes do mesmo, tais como (cfr. Deliberação
n.º 362/2011, de 10/11/2011, da CPEEGG):
1) A aclaração da redacção do n.º 2 do artigo 2.º-A do Anteprojecto de Portaria;
2) A simplificação da redacção do artigo 27.º-C do Anteprojecto de Portaria;
3) O aditamento de um novo artigo ao Anteprojecto de Portaria (Artigo 27.º-D), que reiterasse a
operacionalização do acesso directo e electrónico da CPEE aos sistemas informáticos CITIUS e
SISAAE, tendo em vista contribuir para uma fiscalização mais eficaz e uma responsabilização mais
célere em caso de irregularidades, com a seguinte redacção:
“A fiscalização da realização dos movimentos a crédito e a débito das contas-clientes
nos termos previstos nos artigos 27.º-A e 27.º-B é da responsabilidade da Comissão para
a Eficácia das Execuções, que acede electronicamente e de forma directa ao sistema
informático de suporte à actividade dos Agentes de Execução e ao CITIUS.”.
Assim, a CPEEGG remeteu ao Gabinete da Ministra da Justiça este PARECER FAVORÁVEL E PROPOSTA DE
ADITAMENTO da CPEEGG relativo ao Projecto de 3.ª alteração da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março
(cfr. ofício CPEE 3588/2011, de 14/11).
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28.3. PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE JANEIRO – PREVÊ O ACESSO DA CPEE AOS SISTEMAS
INFORMÁTICOS CITIUS E SISAAE (2011)
Na sequência da audiência de dia 01/08/2011, concedida à CPEE por Sua Excelência a Ministra da Justiça, e
da apresentação pela CPEE de algumas soluções acerca do reforço das suas competências de controlo e
supervisão, a CPEE apresentou a Sua Excelência a Ministra da Justiça um Projecto de Portaria que visava
regular o acesso directo e a consulta aos sistemas informáticos CITIUS e SISAAE pela CPEE no exercício
das competências legais, proposta essa que serviu de base à Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro.
Assim, no dia 14/10/2011, o Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça enviou à CPEE o referido, e
atendendo à composição pluralista e democrática da CPEE, e aos seus dois modos de funcionamento, a
Presidente da CPEE distribuiu o Projecto de Portaria acima referido pela CPEEP e CPEEGG, a saber:
c) Ponto 9 da ordem de trabalhos da 21.ª reunião da CPEEP, que teve lugar no dia 22/11/2011, tendo
em vista recolher todas as sugestões e contributos que se revelassem úteis para a apreciação do
anteprojecto em causa;
d) Ponto 3 da ordem de trabalhos da 104.ª reunião da CPEEGG, solicitando-se a análise e a aprovação
de parecer acerca do Anteprojecto de Portaria em causa, tendo a CPEEGG deliberado, por
unanimidade, aprovar o PARECER FAVORÁVEL e PROPOSTA DE ADITAMENTO (aditamento
de um novo artigo respeitante à emissão de certidão em caso de substituição de Agentes de Execução)
relativamente ao Projecto de Portaria que regulamenta o acesso electrónico da CPEE à informação
disponível no CITIUS e no SISAAE, e procedeu ao seu urgente envio ao Gabinete de Sua
Excelência a Ministra da Justiça (cfr. Deliberação n.º 399/2011, de 24/11/2012, da CPEEGG).
28.4. CONCLUSÕES DA COMISSÃO PARA A REFORMA DO PROCESSO CIVIL
No dia 13/01/2012, o Gabinete de Sua Excelência a Ministro da Justiça remeteu à CPEE as Conclusões da
Comissão Para a Reforma do Processo Civil compostas por uma “Exposição de Motivos” e dois articulados de
alteração legislativa do “Código de Processo Civil” e a “Normas Transitórias”.
Pese embora o ofício supra referido não faça menção à audição da CPEE (o que configurará certamente um
mero lapso, atendendo à audição da CPEE no âmbito de outros procedimentos legislativos), a CPEE não
poderá deixar de se pronunciar sobre as Conclusões da Comissão Para a Reforma do Processo Civil, atendendo a que
as propostas apresentadas constituem profundas alterações no âmbito do regime da acção executiva, do
estatuto do Agente de Execução e da estrutura orgânica da CPEE.
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Assim, como habitual, atendendo à composição pluralista e democrática da CPEE, as referidas Conclusões da
Comissão Para a Reforma do Processo Civil foram apresentadas aos Membros do Plenário da CPEE na 22.ª
reunião de dia 17/01/2012, e bem assim aos Membros do Grupo de Gestão da CPEE no dia da sua recepção,
encontrando-se em fase apreciação.
29. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM GRUPOS DE TRABALHO
29.1. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO “E-JUSTIÇA II”, DO ISCSP
No âmbito do Protocolo de Cooperação celebrado entre a CPEE e o ISCSP, a CPEE integra desde Julho de
2011 o Grupo de Trabalho “E-Justiça II”, criado pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (APDSI), coordenado pelo Professor Doutor João Bilhim, e co-coordenado pela
Professora Doutora Maria Helena Monteiro, e que funciona no Instituto Superior de Ciências Sociais e
Políticas da Universidade Técnica de Lisboa (ISCSP), com o objectivo de estudar e recolher diversos
contributos e boas práticas quanto ao seguinte tema “O que o sector da Justiça em Portugal tem a ganhar com o
desenvolvimento da Sociedade da Informação”.
Atendendo ao facto de desde 2006, em Portugal, terem sido planeadas e implementadas diversas soluções de
automatização e desmaterialização de processos no contexto da Justiça, nomeadamente, ao nível dos
Tribunais, Registos, Gestão da Documentação e Workflows, entre outras iniciativas inovadoras, o plano de
actividades da APDSI para 2011 incluiu o objectivo de desenvolver um novo estudo sobre o tema “O que o
sector da Justiça em Portugal tem a ganhar com o desenvolvimento da Sociedade da Informação” e que correspondesse a
uma segunda fase do estudo já desenvolvido em 2005 e apresentado em 2006 sobre E-Justiça em Portugal,
pelo que o Grupo de Trabalho “E-Justiça II” tendo por base o relatório do primeiro estudo apresentado
pelo mesmo grupo de trabalho, em Março de 2006, disponível em www.apdsi.pt.
Assim, desde 6 de Maio de 2011 que têm sido realizadas diversas reuniões no âmbito deste Grupo de
Trabalho tendo a CPEE participado na sua maioria, tendo em Novembro de 2011 a CPEE apresentado ao
Grupo de Trabalho o seu contributo mediante a entrega de um documento escrito denominado “A
Comissão para a Eficácia das Execuções: um órgão público, independente e democrático ao serviço
da justiça cível”, que será integrado no estudo final do grupo de trabalho a apresentar publicamente entre
Março e Abril de 2012.
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O contributo da CPEE no âmbito do Grupo de Trabalho “E-Justiça II” pretendeu dar a conhecer o
funcionamento e os resultados da CPEE enquanto órgão democrático e pluralista constituído pela CPEEP e
CPEEGG, onde se encontram representados os principais representantes do Governo, dos operadores
judiciários, dos utentes dos serviços da Justiça e das Confederações com assento na Comissão Permanente de
concertação social do Conselho Económico e Social, dando conta ainda dos objectivos da CPEE órgão que
tem como objectivos assegurar a eficácia e eficiência das execuções, a informatização e simplificação dos
serviços da Justiça relacionados com a acção executiva e a transparência e disciplina da actividade dos Agentes
de Execução.
A participação da CPEE no Grupo de Trabalho “E-Justiça II” representa uma mais-valia para o estudo e
divulgação de boas práticas no âmbito da acção executiva.
29.2. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PARA REDUÇÃO DA
PENDÊNCIA
A participação activa da CPEE no Grupo de Trabalho do Mistério da Justiça para a redução da pendência
processual já foi alvo da nossa atenção acima, no ponto 5.4.
29.3. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SOBRE O PLANO DE
ACÇÃO PARA A JUSTIÇA NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO
No dia 19/12/2011 a CPEE foi convidada a participar no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça sobre
o Plano de Acção para a Justiça na Sociedade de Informação, criado pelo Despacho n.º 16171/2011, de 29 de
Novembro, coordenado pelo Dr. João Miguel Barros, Chefe do Gabinete da Ministra da Justiça, e integrado
pelo Dr. Ricardo Negrão dos Santos, técnico especialista do Gabinete do Secretário de Estado da
Administração Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça, bem como representantes do ITIJ, do
Instituto dos Registos e do Notariado, da Direcção-Geral da Administração da Justiça e da DGPJ, devendo
estabelecer formas de colaboração com o Conselho Superior da Magistratura, o Conselho Superior dos
Tribunais Administrativos e Fiscais, a Procuradoria-Geral da República, a OA, a Ordem dos Notários, a CS, a
CPEE, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e o
Sindicato dos Funcionários Judiciais.
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Com vista a desenvolver as acções definidas no âmbito deste grupo de trabalho foram criados os seguintes
sub-grupos: (i) Grupo dos Tribunais; (ii) Grupo dos Registos e Notariado (iii) Grupo do Portal da Justiça e
que têm como principais objectivos os seguintes:
a) Grupo de Trabalho Tribunais: estabelecer as bases para um sistema de informatização da gestão
processual em todas as jurisdições, de alta segurança e com graus diferenciados de acesso, no respeito
do princípio da independência da justiça, e transformar os tribunais em organizações voltadas para o
cidadão, com níveis de serviço aceites e previsíveis, assegurando a eficácia, a eficiência e a satisfação
de todo os utilizadores do sistema.
b) Grupo de Trabalho Registos e Notariado: potenciar o portal da justiça como o local de acesso
privilegiado de contacto entre os cidadãos/agentes económicos e o Estado para efeitos de recolha e
gestão de informação relacionada com os actos jurídicos e os actos civis.
c) Grupo de Trabalho do Portal da Justiça: posicionar a Internet como o canal privilegiado de
relacionamento com os utentes, através da dinamização do portal da justiça. Para além de se
assegurar as interfaces adequadas para o acesso à justiça, esta acção visa ainda promover o
conhecimento e promover a sociedade da informação.
A CPEE esteve presente em todas as reuniões plenárias do Grupo de Trabalho realizada nos dias
21/12/2011 e em 08/02/2012 (presença da Presidente da CPEE e de um Membro da CPEEGG), e na
maioria das reuniões semanais do Grupo de Trabalho dos Tribunais tendo apresentado o seu contributo
na construção dos seguintes fluxogramas processuais
a) Tramitação processual da entrada de documento em tribunal;
b) Tramitação processual da acção declarativa comum;
c) Tramitação processual do processo de inventário;
d) Tramitação processual da acção executiva.
Até à data da aprovação do presente relatório de actividade (06.03.2012), as reuniões realizadas no âmbito
deste sub-grupo de trabalho têm como prioridades desenvolver uma arquitectura de sistemas de informação
para a justiça que assegure as bases para o desenvolvimento aplicacional, nomeadamente uma plataforma de
dados de referência sobre as empresas e os cidadãos, um repositório de documentos, vídeo e áudio comum a
todas as instituições da justiça e um conjunto de normas sobre o desenvolvimento das aplicações informáticas
da justiça, e actualizar e desenvolver, de acordo com o modelo de arquitectura desenhado, o sistema de gestão
processual integrado nos tribunais, dando suporte a todas as actividades realizadas, não apenas as
administrativas, mas também no registo pleno das múltiplas intervenções no tribunal, envolvendo todos os
intervenientes judiciários.
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Por sua vez a CPEE esteve ainda presente na reunião de 13/01/2012 do Grupo de Trabalho do Portal da
Justiça, tendo apresentado um conjunto de ideias e recomendações com vista a promover e a dinamizar a
comunicação entre os cidadãos e a informação sobre a área da Justiça, de uma forma simples e inovadora,
destacando-se as seguintes:
a) Campo aberto às sugestões/recomendações ;
b) Disponibilização de FAQ´S ;
c) Divulgação de Boas Práticas nos Tribunais e de outras boas práticas;
d) Campo reservado para documentos que se encontram em audição pública;
e) Disponibilização de legislação/regulamentação;
f) Disponibilização de acessos electrónicos às listas públicas mais relevantes em matéria da acção
executiva (Lista Pública de Execuções, Lista de Devedores às finanças e segurança social, Lista de
insolventes e Lista dos grandes litigantes);
g) Campo aberto à possibilidade de introdução de Inquéritos e da submissão da respectiva resposta;
h) Possibilidade de obter informações sobre em que estado se encontra um determinado Processo e a
possibilidade de qualquer operador judiciário poder submeter textos explicativos, que possam
futuramente ser integrados, designadamente, mediante a interligação do sítio da internet da CPEE a
um sistema de gestão documental e a um Workflow/Fluxograma da tramitação electrónica dos
procedimentos de apreciação liminar e de processo disciplinar prevista na Lei, traduzida numa
aplicação informática, cujo procedimento já foi projectado e apresentado pela CPEE à entidade
responsável por este encargo e que aguarda implementação.
i) Transmitir em directo Conferências/Colóquios/Aulas Abertas;
j) Introduzir um sistema de operador virtual que possa responder a questões colocadas pelos
utilizadores;
k) Notícias permanentemente actualizadas sobre legislação/regulamentação e sobre as principais
decisões que afectam o processo executivo;
l) Comunicados explicativos sobre legislação ou outras questões em matéria de Acção Executiva;
m) Guias práticos de aplicação da legislação (actualmente já existe um guia prático sobre a Reforma da
Acção Executiva que dificilmente é visível no CITIUS);
n) Campo de audição pública de iniciativas sobre a Acção Executiva;
o) Divulgação de Estatísticas;
p) Divulgação dos manuais de procedimentos da CPEE (disciplina e fiscalização) e dos Manuais da CS e
de outras entidades;
q) Recomendações de entidades.
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30. AS REUNIÕES ENTRE A CPEE E OS REPRESENTANTES DA CE-BCE-FMI (TROIKA): A INCLUSÃO DA
CPEE NAS REVISÕES DE SETEMBRO E DEZEMBRO DE 2011
A.) 1.ª REUNIÃO – CPEE/CE-BCE-FMI: DIA 29.07.2011
No dia 29/07/2011 a Presidente da CPEE e dois membros do Grupo de Gestão reuniram com uma das
delegações da Comissão Europeia (CE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário
Internacional (FMI), tendo a CPEE apresentado um documento contendo, em síntese, os seguintes
elementos:
a) Introdução - A actividade da CPEE em 2 anos de actividade
A CPEE concretiza em Portugal as linhas de orientação da CEPEJ;
A CPEE é o elo de ligação com a UIHJ;
b) As Recomendações da CPEE - monitorização
A metodologia da emissão de Recomendações pela CPEE;
Os critérios de análise da CPEE (inspirados na CEPEJ);
c) A emissão das Recomendações pela CPEE
Da publicação da opinião da presidente da CPEE: as medidas urgentes;
O balanço da execução das recomendações da CPEE (Junho de 2011);
d) Dos compromissos do memorando de entendimento (Mou) na área da justiça: a sua coincidência
com as recomendações da CPEE
Os compromissos no memorando de entendimento;
As Recomendações da CPEE em linha de orientação com o MoU;
e) As medidas de combate à pendência processual.
B.) 2.ª REUNIÃO – CPEE/CE-BCE-FMI: DIA 02.08.2011
Em 02/08/2011 a Presidente da CPEE e dois membros do Grupo de Gestão reuniram pela 2.ª vez com uma
das delegações da CPEE/CE-BCE-FMI, tendo a CPEE apresentado um documento contendo, em síntese,
uma análise prospectiva da CPEE, salientando-se os seguintes elementos:
a) Apresentação de sugestões para a diminuição da pendência e para o aumento da eficiência dos
tribunais;
b) A urgente necessidade de dotar a CPEE dos meios financeiros adequados;
c) A necessidade de aumentar o controlo e fiscalização da CPEE e a independência financeira da
CPEE;
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d) Iniciativas da CPEE Janeiro a Julho de 2011.
C.) O PONTO 7.3 DA 1.ª AVALIAÇÃO DA CPEE/CE-BCE-FMI, DE SETEMBRO DE 2011, REFERE A
NECESSIDADE DE REFORÇO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO DA CPEE
Na sequência das duas reuniões realizadas entre a CPEE e os representantes da CPEE/CE-BCE-FMI foi
possível descrever a forma de funcionamento da CPEE, os resultados da sua actividade, algumas sugestões
para a redução da pendência e para o aumento da eficiência da acção executiva, bem como as razões que
justificam a urgente necessidade de dotar a CPEE dos meios financeiros adequados ao exercício das suas
competências, o Relatório da 1.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira,
celebrado entre o Estado Português e a CPEE/CE-BCE-FMI faz referência a essa mesma necessidade de
dotar a CPEE de meios financeiros adequados, no seu ponto 7.3, que estabelece:
“7.3. Given the pivotal role of enforcement agents in the debt enforcement process, strengthen the legal and
institutional framework in line with international practice with a particular focus on the
financing structure and authority of the oversight body, including adopting a decree-law by
end December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files”.
D.) 3.ª REUNIÃO – CPEE/CE-BCE-FMI: DIA 11.11.2011
Em 11/11/2011 a Presidente da CPEE e um membro da CPEEGG reuniram pela 3.ª vez com uma das
delegações da CE-BCE-FMI, tendo a CPEE apresentado os seguintes elementos:
a) A situação financeira da CPEE: sem autonomia financeira
Financiamento da CPEE pelo Ministério da Justiça;
Financiamento da CPEE pela Câmara dos Solicitadores;
b) Os resultados da actividade da CPEE entre 31/03/2009 e 10/11/2011
c) Os poderes de disciplina e de fiscalização da CPEE, em particular:
A disciplina dos Agentes de Execução;
A fiscalização dos Agentes de Execução;
d) O acesso da CPEE aos sistemas informáticos CITIUS e SISAAE;
e) Propostas da CPEE para a eficácia do processo de execução: as recomendações da CPEE.
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E.) OS PONTOS 7.3 E 37 DA 2.ª AVALIAÇÃO DO CPEE/CE-BCE-FMI, DE NOVEMBRO DE 2011 –
MANUTENÇÃO DA NECESSIDADE DE REFORÇO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO DA CPEE
Mais uma vez, em Novembro de 2011, no âmbito do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de
Assistência Económica e Financeira, celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o
Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, mantêm-se as referências à eficácia da
acção executiva e à necessidade de garantir os meios financeiros e estruturais (acessos electrónicos, por
exemplo) necessários para o funcionamento do órgão responsável pela disciplina e fiscalização dos Agentes
de Execução, com pleno impacto na actividade da CPEE, a saber:
E.1.) Ponto 7.3. do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -
Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco
Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional
“7.3 Strengthen the legal and institutional framework for enforcement agents in line with international practice with a
particular focus on the financing structure and authority of the oversight body.
Adopt a regulation by end-December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files.
To improve the legal and institutional framework for the enforcement agents, prepare an action plan by end-February
2012 to: i) identify measures over the next twelve months to achieve the objectives of strengthening the authority and
financing structure of the oversight body and enhancing the accountability of enforcement agents, and ii) include an
analysis of the feasibility of a fee structure that incentivizes speedy enforcement. In addition, make the oversight body’s full
access to the enforcement case files, including financial data operational by 15 March 2012”.
E.2.) Ponto 37 do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -
Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco
Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional
“37. We are implementing targeted measures to achieve a steady reduction of the backlogged enforcement cases.
An inter-agency task force will be established by en-November 2011 to set quarterly targets for closing enforcement cases
and prepare quarterly reports on implementation status, with the first report to be completed by February, 15 2012. To
improve the legal and institutional framework for enforcement agents, we will prepare an action plan by end-February
2012 to: (i) identify measures over the next twelve months to achieve the objectives of strengthening the authority and
financing structure of the oversight body and enhancing the accountability of enforcement agents, and (ii) include an
analysis of the feasibility of a fee structure that incentivizes speedy enforcement. In addition, the oversight body’s full access
to the enforcement case files, including financial data, will become operational by March 15, 2012”.
103/287
F.) 4.ª REUNIÃO – CPEE/CE-BCE-FMI: DIA 26.02.2012
Por último, no dia 26/02/2012 a Presidente da CPEE e um membro do Grupo de Gestão reuniram pela 3.ª
vez com uma das delegações da CPEE/CE-BCE-FMI, na qual estiveram também presentes vários
representantes e dirigentes e organismos do Ministério da Justiça, tendo a CPEE apresentado os seguintes
elementos:
a) Os resultados da actividade da CPEE entre 31/03/2009 e 09/02/2012;
b) A eliminação da pendência processual – implementação do ponto 7.1 do MoU;
Recomendações da CPEE dirigidas ao Ministério da Justiça com a cooperação da Câmara dos
Solicitadores;
Recomendações da CPEE dirigidas aos Agentes de Execução;
O plano da CPEE;
c) A implementação dos pontos 7.3 e 37. da 2.ª Avaliação pela Troika (Novembro de 2011)
d) As 18 principais recomendações emitidas pela CPEE
11 Recomendações da CPEE dirigidas ao Ministério da Justiça;
7 Recomendações da CPEE dirigidas à Câmara dos Solicitadores.
e) A implementação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro.
104/287
PARTE V
OS DADOS ESTATÍSTICOS E SUA ANÁLISE
31. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA ACÇÃO EXECUTIVA DIVULGADOS PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
O exercício da actividade da CPEE depende da boa cooperação do MJ, gestor do sistema informático
CITIUS/HABILUS, e da CS, responsável pelo SISAAE, enquanto entidades gestoras dos sistemas
informáticos cujo bom funcionamento é nuclear à eficiência da acção executiva e do exercício da actividade
dos seus diversos prestadores de serviço público de Justiça.
Tendo em vista permitir o acesso directo pela CPEE aos dados estatísticos relativos às execuções cíveis do
Ministério da Justiça, a CPEE celebrou um Protocolo de Cooperação com a Direcção-Geral da Política de
Justiça (DGPJ), que lhe permite aceder a uma área reservada do Sistema de Informação das Estatísticas da
Justiça (SIEJ).
Sempre que os dados solicitados às supra referidas entidades não existam, não sejam recolhidos, não sejam
atempadamente disponibilizados ou os estudos necessários à ponderação dos critérios ainda não hajam sido
feitos ou divulgados, a CPEE não disporá do suporte estatístico necessário e crucial à ponderação dos
critérios infra referidos.
Importa sublinhar, uma vez mais, que foi a transparência do processo electrónico que permitiu identificar este
problema, para que, uma vez resolvido, se possa prosseguir efectuando uma análise rigorosa do sistema de
execuções cíveis em Portugal após o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, em comparação com as
execuções cíveis pendentes em 31/03/2009, e com base em critérios homogéneos de análise e suportados por
uma visão multidisciplinar (jurídica, económica, sociológica e de gestão).
Em face do exposto, a CPEE aguardou a disponibilização dos dados estatísticos do CITIUS em conjugação
com os dados estatísticos do SISAAE, após a qual poderia ser realizada uma análise multidisciplinar, com a
colaboração de especialistas em Economia, Sociologia e Gestão, a par dos cultores do Direito Processual Civil.
No entanto, dos dados divulgados pela DGPJ não resultaram destacados os dados específicos das acções
executivas (cíveis) em relação ao plano geral das acções cíveis existentes nos tribunais portugueses, nem tão
pouco das acções judiciais no panorama geral do sistema judicial português.
105/287
Neste sentido, inexistindo no supra referido estudo divulgado pela DGPJ dados estatísticos específicos e
delimitados no espaço e no tempo quanto ao impacto que a acção executiva cível tem actualmente no sistema
judicial português, é nesta sede que a CPEE, no âmbito da sua actividade, procede à recolha de dados
estatísticos junto do Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça (SIEJ) sobre a tramitação da acção
executiva nos Tribunais visando a sua análise, de forma a detectar eventuais problemas na tramitação e
movimentação processual, designadamente de acordo com os critérios fixados pela CPEE para esse efeito,
tendo em vista o exercício das competências da Comissão, como sendo a emissão de recomendações sobre a
eficácia das execuções, no âmbito do Protocolo celebrado com a DGPJ.
Por último, tendo por referência os dados da acção executiva referidos na alínea j) do ponto 75 das “Linhas
de Orientação para uma melhor aplicação das recomendações do Conselho da Europa acerca das
execuções” aprovadas pela CEPEJ em Dezembro de 2009, a saber:
“75. In order to undertake quality control of enforcement proceedings, each Member State should establish European quality standards/criteria aiming at assessing annually, through an independent review system and random on-site inspection, the efficiency of the enforcement services. Among these standards, there should be: (…) j. The procedure, on an annual basis:
the number of pending cases,
the number of incoming cases,
the number of executed cases,
the clearance rate,
the time taken to complete the enforcement,
the success rates (recovery of debts, successful evictions, remittance of amounts outstanding, etc.),
the services rendered in the course of the enforcement (attempts at enforcement, time input, decrees, etc.),
the enforcement costs incurred and how they are covered,
the number of complaints and remedies in relation to the number of cases settled.”
a CPEE solicitou dados à DGPJ, e obteve os resultados apresentados nas Figs. 7 e 8, infra:
106/287
FIG. 7 - ACÇÕES EXECUTIVAS CÍVEIS FINDAS, NOS TRIBUNAIS JUDICIAIS DE 1.ª INSTÂNCIA, SEGUNDO A DURAÇÃO MÉDIA (EM MESES), NO ANO DE 2010
FONTE: DGPJ
Ano 2010
Área Processual Tipo de Espécie do Processo Duração média
(em meses)
Justiça Cível Execuções 43
Notas:
a) A partir de 2007 os dados estatísticos sobre processos nos tribunais judiciais de 1.ª instância passaram a ser recolhidos a partir do sistema informático dos tribunais representando a situação dos processos registados nesse sistema b) Dados actualizados em: 19-10-2011. Nestes dados não são contabilizados os processos transitados, apensados, incorporados ou integrados, remetidos a outra entidade e os processos com termo "N.E." e modalidade do termo "N.E.".
FIG. 8 - ACÇÕES EXECUTIVAS CÍVEIS FINDAS, NOS TRIBUNAIS JUDICIAIS DE 1.ª INSTÂNCIA, SEGUNDO
AS MODALIDADES DE TERMO EXTINÇÃO PARA PAGAMENTO INTEGRAL E EXTINÇÃO PARA PAGAMENTO PARCIAL, NO ANO DE 2010
FONTE: DGPJ
Ano 2010
Modalidade do termo N.º Processos
Total 164.737
Dos quais:
Extinção p/ Pagamento Integral 75.763
Extinção p/ Pagamento Parcial 2.820
Taxa de sucesso de extinção para pagamento integral 45,99%
Taxa de sucesso de extinção para pagamento parcial 1,71% Notas: a) A partir de 2007 os dados estatísticos sobre processos nos tribunais judiciais de 1.ª instância passaram a ser recolhidos a partir do sistema informático dos tribunais representando a situação dos processos registados nesse sistema b) Dados actualizados em: 19-10-2011. Nestes dados não são contabilizados os processos transitados, apensados, incorporados ou integrados, remetidos a outra entidade e os processos com termo "N.E." e modalidade do termo "N.E.".
107/287
32. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA CPEE DO 3.º ANO DE ACTIVIDADE E A SUA ANÁLISE
Atendendo a que o 3.º ano de actividade da CPEE compreende o período de Abril de 2011 a Fevereiro de
2012, à semelhança do 1.º e 2.º ano de actividade da CPEE foram recolhidos os dados estatísticos da
actividade da CPEE relativos a este período de tempo, os quais são apresentados nos Anexos VIII a XIII do
presente Relatório de Actividades, pela seguinte ordem:
a) Anexo VIII - Dados Estatísticos do Plenário - Pedidos de suspensão de aceitar novos processos;
b) Anexo IX - Dados Estatísticos do Plenário - Reinscrição como Agente de Execução;
c) Anexo X - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão - Impedimentos, escusas e suspeições;
d) Anexo XI - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão – Participações;
e) Anexo XII - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão - Processos Disciplinares;
f) Anexo XIII - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão – Fiscalizações.
De seguida, procede-se à análise dos dados estatísticos referidos que contribui não só para a apresentação dos
resultados da actividade da CPEE de forma transparente mas também para o estudo de soluções que
contribuam para a eficácia das execuções e para a formação dos Agentes de Execução.
32.1. PLENÁRIO
A.) PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS (ANEXO VIII)
No âmbito da sua competência legal para decidir pedidos de suspensão de aceitar novos processos (cfr. n.º 1
do artigo 122.º e alínea c) do n.º 1 do artigo 69.º-F do ECS), o CPEEP deferiu 38 pedidos de suspensão
de receber novos processos:
a) 33 Deferimentos totais;
b) 5 Deferimentos parciais.
Sendo o Plenário da CPEE competente para deliberar acerca dos pedidos de suspensão de aceitar novos
processos, foi delegada esta competência na Presidente da CPEE ao abrigo do Despacho n.º 5696/2010, de
29 de Março (publicado na 2.ª Série do Diário da República) ao abrigo do qual, no período compreendido
entre 01/04/2011 e 16/02/2012 foram tomadas pela Presidente da CPEE 32 decisões de suspensão de
aceitar novos processos, relativamente a pedidos apresentados por Agentes de Execução nesse
sentido.
108/287
FIG. 9 – TIPO DE DECISÕES – NUMERICAMENTE
FONTE: CPEE
FIG. 10 – TIPO DE DECISÕES – PERCENTUALMENTE
FONTE: CPEE
1
5
33
0 5 10 15 20 25 30 35
PENDENTE
DEFERIMENTO PARCIAL
DEFERIMENTO
2% 13%
85%
PENDENTE
DEFERIMENTO PARCIAL
DEFERIMENTO
109/287
FIG. 11 – N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO PRINCIPAL RAZÃO
FONTE: CPEE
FIG.12 – N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO PRINCIPAL RAZÃO (PERCENTUALMENTE)
FONTE: CPEE
1
1
1
1
4
4
4
4
20
0 5 10 15 20 25
TITULAR DE ÓRGÃO DIRIGENTE
DIFICULDADES TRAMITAÇÃO
GRAVIDEZ
MOTIVOS DE ORDEM PESSOAL
MOTIVOS DE SAÚDE
ORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO
ANDAMENTO PROCESSOS ANTIGOS
CESSAÇÃO DE FUNÇÕES
FÉRIAS
2% 2% 3% 3%
10%
10%
10%
10%
50%
TITULAR DE ÓRGÃO DIRIGENTE
DIFICULDADES TRAMITAÇÃO
GRAVIDEZ
MOTIVOS DE ORDEM PESSOAL
MOTIVOS DE SAÚDE
ORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO
ANDAMENTO PROCESSOS ANTIGOS
CESSAÇÃO DE FUNÇÕES
FÉRIAS
110/287
Ainda quanto aos pedidos de suspensão de aceitar novos processos, importa referir quais os principais
fundamentos invocados pelos agentes de execução para a apresentação do pedido à CPEE.
Assim, como se poderá verificar nas Figuras 11 e 12, no 3.º ano de actividade da CPEE (2011-2012) e no
âmbito do exercício desta competência legal, conclui-se que a principal razão apresentada pelos Agentes de
Execução que justificam os pedidos de suspensão de aceitar novos processos é o gozo de férias, que é
invocada como fundamento em 50 % dos casos. Por sua vez, são ainda indicadas como principais razões “os
motivos de saúde” (10% do total dos casos), “a cessação de actividade como agente de execução” (10% do
total dos casos), o “andamento dos processos antigos” (10 % do total dos casos) e a “organização do
escritório” (10 % do total dos casos).
FIG. 13 – N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO SEGUNDA RAZÃO
FONTE: CPEE
FIG. 14 – N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO SEGUNDA RAZÃO (PERCENTUALMENTE)
FONTE: CPEE
32
2
1
1
1
1
1
1
0 5 10 15 20 25 30 35
NÃO INDICA
ORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO
ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA
CESSAÇÃO DE FUNÇÕES
DELEGAÇÃO TOTAL DE PROCESSOS
DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIO
FÉRIAS
MOTIVOS DE SAÚDE
80%
5% 2%
2% 2% 3% 3% 3%
NÃO INDICA
ORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO
ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA
CESSAÇÃO DE FUNÇÕES
DELEGAÇÃO TOTAL DE PROCESSOS
DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIO
FÉRIAS
MOTIVOS DE SAÚDE
111/287
Note-se que estes fundamentos respeitam a vicissitudes habituais da vida profissional da população activa, o
que deve também merecer reflexão do ponto de vista da evolução do estatuto jurídico destes profissionais
liberais que exercem funções públicas e no quadro das matérias reflexamente resultantes deste estatuto.
Conclui-se ainda que, comparativamente aos 1.º e 2.º anos de actividade da CPEE, os principais fundamentos
invocados pelos agentes de execução se mantêm no 3.º ano de actividade da CPEE, elementos esses que
continuam a ser considerados pelo Plenário no quadro da ponderação e fixação do número de candidatos a
admitir nos estágios de agente de execução.
B.) PARECERES QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO (ANEXO IX)
Relativamente aos pedidos de emissão de parecer em relação à reinscrição enquanto Agente de Execução (a
CPEEP é competente para a emissão do referido parecer, ao abrigo do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo
117.º conjugado com a alínea c) do n.º 1 do artigo 69.º-F do ECS), no período compreendido entre
01/04/2011 e 16/02/2012 foram emitidos 8 (oito) pareceres de reinscrição de Agentes de Execução
pela CPEE: 5 (cinco) favoráveis e 1 (um) desfavorável, tendo a CPEE reencaminhado 1 (um) pedido para o
órgão legalmente competente (cfr. Figura 15).
Na data de aprovação do presente relatório, 1 (um) pedido de reinscrição como Agente de Execução
encontra-se pendente de deliberação pela CPEE.
Uma vez que a competência de emissão de parecer em relação à reinscrição enquanto Agente de Execução foi
delegada na Presidente da CPEE ao abrigo do Despacho n.º 5696/2010, de 29 de Março (publicado na 2.ª
Série do Diário da República), no período compreendido entre 01/04/2011 e 16/02/2012 foram tomadas
pela Presidente da CPEE 2 decisões de emissão de parecer favorável à reinscrição de agentes de
execução, relativamente a pedidos apresentados por Agentes de Execução nesse sentido.
112/287
FIG. 15 – N.º DE PARECERES EMITIDOS
FONTE: CPEE
FIG. 16 – EVOLUÇÃO MENSAL DOS PEDIDOS DE EMISSÃO DE PARECERES PELA CPEE
EM FUNÇÃO DO N.º DE REQUERIMENTOS APRESENTADOS
FONTE: CPEE
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
PARECER FAVORÁVEL PARECER NÃO FAVORÁVEL
PENDENTE REMESSA AO ÓRGÃO COMPETENTE
5
1 1 1
2
1
2
1 1 1
0
0,5
1
1,5
2
2,5
MARÇO DE 2011 MAIO DE 2011 JULHO DE 2011 NOVEMBRO DE 2011
DEZEMBRO DE 2011
JANEIRO DE 2012
113/287
FIG. 17– EVOLUÇÃO MENSAL DOS PEDIDOS DE EMISSÃO DE PARECERES PELA CPEE
EM FUNÇÃO DO N.º DE REQUERIMENTOS APRESENTADOS (PERCENTAGEM)
FONTE: CPEE
Relativamente à evolução mensal dos pedidos de reinscrição em função do número de requerimentos
apresentados, conclui-se pela análise das Figuras 16 e 17 que têm sido apresentados com uma cadência
irregular, sendo que 25 % dos pedidos foram apresentados em Março de 2011 e 25 % em Julho de 2011. Os
restantes pedidos de emissão de parecer têm sido apresentados de forma igualmente distribuída pelos
restantes meses (12 % em Maio de 2011 e Novembro de 2011, e 13 % em Dezembro de 2011 e Janeiro de
2012) .
Dos dados apresentados resulta evidente o quão residual é o uso do instrumento da reinscrição, um factor a
considerar também em sede de ponderação e fixação do número de candidatos a admitir nos estágios de
agente de execução.
25%
12%
25%
12%
13%
13% Março de 2011
Maio de 2011
Julho de 2011
Novembro de 2011
Dezembro de 2011
Janeiro de 2012
114/287
32.2. GRUPO DE GESTÃO
A.) IMPEDIMENTOS, ESCUSAS E SUSPEIÇÕES (ANEXO X)
No 3.º ano de actividade a CPEE recebeu no período em análise 24 (vinte e quatro) pedidos referentes à
apreciação de impedimentos, escusas e suspeições.
FIG. 18 – TIPO DE PEDIDOS – NUMERICAMENTE
FONTE: CPEE
De entre os 24 pedidos, foram apresentados 12 (doze) pedidos de verificação de impedimentos, 6 (seis)
pedidos de verificação de situações de escusa e 2 (dois) pedidos de verificação de suspeições (cfr. Figura 18).
0
2
4
6
8
10
12
IMPEDIMENTO ESCUSA SUSPEIÇÃO DESASSOCIAÇÃO NÃO ACEITAÇÃO DE PROCESSO
SUBSTITUIÇÃO
12
6
2 2
1 1
115/287
FIG. 19– TIPO DE PEDIDOS – PERCENTUALMENTE
FONTE: CPEE
Significa, por isso, que os pedidos referentes à apreciação de impedimentos representam 50 % do universo total dos
pedidos apresentados e os pedidos de verificação de situações de escusa representam 25 % (cfr. Figura 19).
FIG. 20 – FUNDAMENTOS INVOCADOS- NUMERICAMENTE
FONTE: CPEE
50%
25%
9%
8% 4% 4%
IMPEDIMENTO
ESCUSA
SUSPEIÇÃO
DESASSOCIAÇÃO
NÃO ACEITAÇÃO DE PROCESSO
SUBSTITUIÇÃO
1
2
2
2
3
3
3
4
4
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA DAS PARTES/AMIZADE COM UMA DAS PARTES
RELAÇÃO FAMILIAR COM MANDATÁRIO JUDICIAL
QUEBRA DE CONFIANÇA
OUTRO
RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA PARTE
AMEAÇAS E COAÇÃO GRAVE
NÃO INDICA
RELAÇÃO FAMILIAR COM UMA PARTE
INCOMPATIBILIDADES COM O EXEQUENTE E/OU O SEU MANDATÁRIO
116/287
Foram ainda apresentados 2 (dois) requerimentos relacionados com a desassociação de Agentes de Execução,
1 (um) relacionado com substituições e 1 (um) requerimentos relativos à não aceitação de processos por
Agentes de Execução.
FIG. 21 – FUNDAMENTOS INVOCADOS- PERCENTUALMENTE
FONTE: CPEE
Da análise das Figuras 20 e 21 constata-se que os motivos de “incompatibilidades com o exequente e/ou o
seu mandatário” e a “relação familiar com uma das partes” são os principais fundamentos invocados para a
apreciação de situações de impedimentos, escusas e suspeições de Agentes de Execução.
Significa que comparativamente ao 2.º ano de actividade da CPEE e à semelhança dos números do 1.º ano de
actividade da CPEE os principais fundamentos invocados no 3.º ano de actividade têm natureza mais
objectiva, na medida em que no 2.º ano de actividade da CPEE mais de 50 % dos casos apresentados ao
Grupo de Gestão tinham por base as “incompatibilidades com o exequente e/ou o seu mandatário”, a “falta
de isenção” e a “quebra de confiança”.
4% 8%
8%
8%
12%
13%
13%
17%
17%
RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA DAS PARTES/AMIZADE COM UMA DAS PARTES
RELAÇÃO FAMILIAR COM MANDATÁRIO JUDICIAL
QUEBRA DE CONFIANÇA
OUTRO
RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA PARTE
AMEAÇAS E COAÇÃO GRAVE
NÃO INDICA
RELAÇÃO FAMILIAR COM UMA PARTE
INCOMPATIBILIDADES COM O EXEQUENTE E/OU O SEU MANDATÁRIO
117/287
Estas situações foram frequentemente analisadas e decididas através da aplicação subsidiária aos Agentes de
Execução dos impedimentos gerais inerentes à profissão de solicitador e de advogado (cfr. n.º 4 do artigo
121.º do ECS).
FIG. 22 – TIPO DE DECISÕES – NUMERICAMENTE
FONTE: CPEE
FIG.23 – TIPO DE DECISÕES – PERCENTUALMENTE
FONTE: CPEE
1
1
2
5
5
10
0 2 4 6 8 10 12
DEFERIMENTO
INDEFERIMENTO PARCIAL E EXTINÇÃO POR INUTILIDADE PARCIAL
INUTILIDADE SUPERVENIENTE
INDEFERIMENTO
PENDENTE
DECLARAÇÃO DE IMPEDIMENTO LEGAL
4% 4%
8%
21%
21%
42%
DEFERIMENTO
INDEFERIMENTO PARCIAL E EXTINÇÃO POR INUTILIDADE PARCIAL
INUTILIDADE SUPERVENIENTE
INDEFERIMENTO
PENDENTE
DECLARAÇÃO DE IMPEDIMENTO LEGAL
118/287
Relativamente às decisões tomadas pelo Grupo de Gestão da CPEE quanto aos pedidos de verificação de
situações de impedimentos, suspeições e escusas constata-se da análise das Figuras 22 e 23 que 42 % dos
pedidos foram objecto de declaração de impedimento legal e apenas 21 % de indeferimento. Por outro lado,
conclui-se que à data do presente relatório de actividades 21 % das decisões encontram-se pendentes e 8 %
dos pedidos foram extintos por inutilidade superveniente.
119/287
B.) PARTICIPAÇÕES (ANEXO XI)
No âmbito da apreciação liminar das participações recebidas pela CPEE relativas aos comportamentos dos
Agentes de Execução, importa analisar alguns dados que nos permitem caracterizar os participantes mais
frequentes, a evolução do número de entradas de participações na CPEE, por mês, durante o 3.º ano de
actividade e o tratamento das queixas pela CPEE.
FIG.24 – TIPO DE PARTICIPANTES
FONTE: CPEE
936
205
129 119
69 40
21 1
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
TRIBUNAL EXECUTADO MANDATÁRIO DO
EXEQUENTE
EXEQUENTE AGENTE DE EXECUÇÃO
TERCEIRO MANDATÁRIO DO
EXECUTADO
MINISTÉRIO PÚBLICO
120/287
FIG. 25 – TIPO DE PARTICIPANTES- PERCENTUALMENTE
FONTE: CPEE
Assim, no 3.º ano de actividade (período compreendido entre 01/04/2011 e 16/02/2012) o
participante mais frequente é o tribunal, sendo responsável pela apresentação de 62 % das
participações. Os executados são responsáveis por apresentar 13% das participações, seguidos dos
exequentes e dos seus mandatários, que apresentam respectivamente 8% das participações (cfr. Figuras 24 e
25).
Constata-se, portanto, que quanto à autoria das participações os tribunais continuam a ser os principais
participantes à semelhança dos dados recolhidos pela CPEE nos 1.º e 2.º anos de actividade. Contudo, face
ao 2.º ano de actividade da CPEE em que o segundo maior participante era o mandatário do exequente, no
3.º ano de actividade o segundo maior participante é o executado, denotando-se uma tendência acrescida de
comunicação por parte dos executados de indícios de irregularidades disciplinares no âmbito de processos
executivos.
62% 13%
8%
8%
5% 3% 1% 0%
TRIBUNAL
EXECUTADO
MANDATÁRIO DO EXEQUENTE
EXEQUENTE
AGENTE DE EXECUÇÃO
TERCEIRO
MANDATÁRIO DO EXECUTADO
MINISTÉRIO PÚBLICO
121/287
FIG. 26 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE QUEIXAS ENTRADAS NA CPEE
NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE
FONTE: CPEE
Relativamente ao número de queixas entradas na CPEE durante o 3.º ano de actividade constata-se da análise
da Figura 26 que houve um aumento exponencial de entrada de participações na CPEE entre Abril e Maio
de 2011, sendo que em Abril registavam-se 94 participações e 174 participações em Maio de 2011, ocorrendo
um aumento na ordem dos 90 %.
Durante os meses de Maio e Julho de 2011 a entrada de participações manteve-se constante, na ordem das
150 a 160 participações, salvo em Agosto de 2011 que se verificou uma diminuição acentuada na entrada de
participações.
94
174
150 157
79
133 133
154
164 163
140
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
122/287
Por sua vez, o aumento crescente e constante registou-se novamente entre os meses de Setembro e Outubro
de 2011, registando-se a entrada de cerca de 133 participações nesses meses. De Novembro a Dezembro de
2011 registou-se um novo aumento de participações, com a entrada por mês de cerca de 160 participações,
tendência essa que se mantém constante até Fevereiro de 2012.
Por fim importa referir que, comparativamente ao 2.º ano de actividade da CPEE, ocorreu um aumento
exponencial de entrada de participações na CPEE, por mês, tanto que em Maio de 2009 se registou
uma entrada de 25 participações, e em Abril de 2010 deram entrada 174 participações.
FIG. 27 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE QUEIXAS ENTRADAS NA CPEE FONTE: CPEE
Relativamente ao número global de entrada de participações na CPEE, a evolução constante da Figura 27 é a
seguinte:
Em 2009 entraram 71 queixas;
Em 2010 entraram 414 queixas;
Em 2011 entraram 1.595 queixas;
Até 16/02/2012 já entraram 302 queixas.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
ANO DE 2009 ANO DE 2010 ANO DE 2011 ANO DE 2012 ATÉ 16 FEVEREIRO
71
414
1.595
302
123/287
FIG. 28 – TRATAMENTO DAS QUEIXAS PELA CPEE (NUMERICAMENTE)
FONTE: CPEE
Finalmente, importa referir que no 3.º ano de actividade a CPEE decidiu 336 queixas em apreciação liminar
encontrando-se pendentes 1975 (Fig. 28), ou seja, encontrando-se 85% dos processos por decidir (Fig. 29).
FIG. 29 – TIPO DE DECISÕES – PERCENTUALMENTE
FONTE: CPEE
1975
336
TOTAL DE QUEIXAS PENDENTES DE APRECIAÇÃO
TOTAL DE QUEIXAS DECIDIDAS
85%
15%
DECIDIDAS
EM ANÁLISE
124/287
C.) PROCESSOS DISCIPLINARES (ANEXO XII)
Relativamente ao exercício da competência disciplinar pela CPEE, constata-se da análise da Figura 30 que
houve um aumento exponencial do número de processos disciplinares instaurados pela CPEE tendo entre
2009 e 16 de Fevereiro de 2012, a CPEEGG decidido instaurar 266 Processos Disciplinares: 258
processos disciplinares entre 2009 e 2011, a que acresce 8 decisões de instauração de processos disciplinares
entre 01/01/2012 e 16/02/2012, em relação a um total de 114 Agentes de Execução.
FIG.30 – DECISÕES DE INSTAURAÇÃO DE PROCESSOS DISCIPLINARES ENTRE 31/03/2009 E 16/02/2012
FONTE: CPEE
0
20
40
60
80
100
120
140
2009 2010 2011 2012
28
104
126
8
125/287
FIG. 31 – PENDÊNCIA PROCESSUAL EM RELAÇÃO AOS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS
E EM CURSO NA CPEE (ENTRE 31/03/2009 E 16/02/2012)
FONTE: CPEE
Relativamente ao número de processos disciplinares que se encontram em curso na CPEE, conclui-se que 82 %
do número total dos processos disciplinares instaurados pela CPEE se encontram pendentes e 18 %
encontram-se concluídos (cfr. Figura 31).
Importa referir que a pendência de 82 % se justifica na sua maioria pelo facto de os processos
disciplinares serem distribuídos na sua maioria apenas pelos 3 membros da CPEEGG que se
encontram em exclusividade de funções e pelo facto de se manter o constrangimento financeiro da falta de
emissão do despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas Finanças e Justiça que fixa a
dotação anual para a contratação de equipas de apoio ao Grupo de Gestão para o exercício da sua
competência disciplinar.
82%
18%
TOTAIS
FINDOS
126/287
FIG. 32 – DECISÕES DA CPEE NO ÂMBITO DA ACÇÃO DISCIPLINAR (ENTRE 01/04/2011 E 16/02/2012)
FONTE: CPEE
Da análise da Figura 32 é possível verificar o total e o tipo de decisões da CPEE aplicadas no âmbito do
exercício da sua competência disciplinar. Nestas decisões incluem-se as decisões que são tomadas ao longo do
processo disciplinar, desde a aplicação de medidas cautelares como é o caso da suspensão preventiva de
funções ou o bloqueio de contas-clientes, às decisões da CPEE de acusar um Agente de Execução mediante a
elaboração de um despacho de acusação ou de arquivar os factos pelo qual o Agente de Execução estava
indiciado. Significa que as decisões aqui em causa não se confundem com as decisões finais de aplicação de
penas disciplinares, que serão analisadas mais adiante (cfr. Figura 37).
Assim, conclui-se que a medida disciplinar mais aplicada pela CPEE é a medida cautelar de
suspensão preventiva do exercício de funções de Agente de Execução (aplicada em 34 % dos casos),
seguida do bloqueio de contas-clientes tituladas pelos Agentes de Execução (34 %).
À semelhança do que já sucedia no 2.º ano de actividade as medidas cautelares de suspensão preventiva e de
bloqueio das contas-clientes são as medidas mais aplicadas no âmbito de processos disciplinares.
34%
34%
10%
10%
5% 5% 2%
SUSPENSÃO PREVENTIVA
BLOQUEIO DE CONTAS CLIENTES
APLICAÇÃO DE PENA
SUSPENSÃO DE ACEITAÇÃO DE NOVOS PROCESSOS POR 60 DIAS
ARQUIVAMENTO PARCIAL
DESTITUIÇÃO
DESPACHO DE ACUSAÇÃO
127/287
FIG. 33 – DECISÕES DA CPEE NO ÂMBITO DA ACÇÃO DISCIPLINAR/POR TIPO DE PARTICIPANTE
FONTE: CPEE
Das Figuras 32 e 33, acerca do total de decisões da CPEE no âmbito disciplinar e por tipo de participante,
importa salientar, designadamente, que no referente aos casos de “suspensão preventiva/bloqueio a débito das contas-
cliente”, que totalizam uma parte importante das decisões adoptadas em sede disciplinar, e que se referem a
uma realidade grave que merece uma especial atenção, as participações surgem essencialmente por via dos
Tribunais e das fiscalizações.
0 1 2 3 4 5 6 7
SUSPENSÃO DE PREVENTIVA DO EXERCÍCIO DE FUNÇÕES
BLOQUEIO A DÉBITO DAS CONTAS-CLIENTES
ARQUIVAMENTO PARCIAL
APLICAÇÃO DE PENA
DESTITUIÇÃO
ARQUIVAMENTO
SUSPENSÃO DE ACEITAÇÃO DE NOVOS PROCESSOS
SANÇÃO ACESSÓRIA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS
SANÇÃO ACESSÓRIA DE PERDA DE HONORÁRIOS
DESPACHO DE ACUSAÇÃO
7
7
2
5
1
1
6
6
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
CÂMARA DOS SOLICITADORES/ MP
MANDATÁRIO JUDICIAL DO EXECUTADO
MANDATÁRIO DO EXEQUENTE
AGENTE DE EXECUÇÃO
TRIBUNAL
FISCALIZAÇÃO
128/287
FIG. 34 – RELAÇÃO ENTRE O TIPO DE PARTICIPANTE E OS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE (ENTRE 01/04/2011 E 16/02/2012)
FONTE: CPEE
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
CÂMARA DOS SOLICITADORES
FISCALIZAÇÃO TRIBUNAL MANDATÁRIO JUDICIAL DO EXECUTADO
AGENTE DE EXECUÇÃO
MANDATÁRIO DO EXEQUENTE
46
12
9
2 1 1
129/287
FIG. 35 – RELAÇÃO ENTRE O TIPO DE PARTICIPANTE E OS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE (ENTRE 01/04/2010 E 16/02/2012) - PERCENTUALMENTE
FONTE: CPEE
Relativamente à caracterização dos participantes mais frequentes em relação aos processos disciplinares
instaurados, conclui-se que houve uma alteração face ao 2.º ano de actividade da CPEE, uma vez que no 3.º
ano de actividade o Participante mais frequente é a CS, representando 65 %, e já não o Tribunal (cfr.
Figuras 34 e 35).
Esta alteração pode justificar-se em parte pelo facto de a CS, nomeadamente as Secções Regionais
Deontológicas, terem remetido durante o 3.º ano de actividade da CPEE em larga quantidade as
participações que lhes são remetidas pelos tribunais, por serem da competência da CPEE uma vez que
dizem respeito a infracções cometidas pelos Agentes de Execução após 31/03/2009.
Constatou-se ainda que esses mesmos órgãos da CS remeteram à CPEE, sobretudo, no último trimestre de
2011 e até Fevereiro de 2012, processos disciplinares que já corriam termos nesses órgãos mas que no entanto
se enquadravam no âmbito da competência disciplinar da CPEE, tendo a CPEE em alguns desses casos
deliberado apensar a processos disciplinares já existentes na CPEE.
65%
17%
13%
1% 1% 3%
CÂMARA DOS SOLICITADORES
FISCALIZAÇÃO
TRIBUNAL
AGENTE DE EXECUÇÃO
MANDATÁRIO DO EXEQUENTE
MANDATÁRIO JUDICIAL DO EXECUTADO
130/287
FIG. 36 – RELAÇÃO ENTRE AS INFRACÇÕES DISCIPLINARES IMPUTADAS, OS DEVERES INDICIARIAMENTE
VIOLADOS E OS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE (ENTRE 01/04/2010 E 16/02/2012) – FONTE: CPEE
0 2 4 6 8 10 12 14
Viola deveres deontológicos, disposições legais e regulamentos
Não mantém as contas-clientes segundo ECS
Viola o dever de diligência
Falta de provisão ou indícios de irregularidade nas contas-clientes
Não corrige as irregularidades verificadas na sua conta-cliente
Impede a fiscalização
Por qualquer forma obstrui a fiscalização
Não aplica devidamente as quantias e coisas que lhe estão confiadas
Nãp presta os esclarecimentos solicitados pela partes
Não entrega prontamente as quantias
Não presta os esclarecimentos que lhe são solicitados pelo Tribunal
Não entrega prontamente as quantias
Execede o âmbito da sua competência
Não presta contas da actividade realizada
Usa meios ilegais no exercício das suas funções
Não cumpre ou executa as decisões do Juiz
Não pratica as tarifas aprovadas por portaria
Não regista actos no SISAAE
Não cumpre o dever de informar, designadamenrte sobre o …
Não regista informaticamente todos os movimentos das contas-…
Pratica actos próprios da sua qualidade de agente de execução sem …
Não disponibiliza suportes documentais e informaticos das contas-…
Não tem domicilio profissional
Não emite recibo de acordo com o artigo 16.º da Portaria 331-B
Não tem contabilidade organizada
Usa meios desproporcionais no exercício das suas funções
Não entrega documentos
Prejudica dolosamente o executado
Contrata ou mantém funcionários sem cumprir o regulamento da CS
Recusa, sem fundamento, do execício das suas funções
Não submete a decisão do Juiz
Não cumpre as notificações previstas artigo 15.º da Portaria n.º 331-…
Não arquiva nem conservar os documentos relativos às execuções
Não dispõe de duas contas-clientes (Exequente/ Executados)
Prejudicar dolosamente o Executado
14
11
11
11
9
8
8
8
7
6
6
6
6
5
4
4
3
3
3
2
2
2
2 2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
131/287
No que diz respeito ao tipo de infracções mais frequentes que estão indiciadas nos processos disciplinares
instaurados pela CPEE, conclui-se pela análise da Figura 36 que as principais infracções indiciadas são
as seguintes:
a) Violação dos deveres deontológicos e disposições legais aplicáveis – 14;
b) Não mantém as contas-clientes segundo o ECS – 11;
c) Falta de provisão ou indícios de irregularidades nas contas-clientes – 11;
d) Violação do dever de diligência e zelo – 11.
Verifica-se assim mais uma alteração face ao 2.º ano de actividade da CPEE na medida em que nesse ano de
actividade os principais indícios recaíam sobre a violação do dever de diligência e zelo (31 situações), seguido
da violação de deveres deontológicos e disposições legais e regulamentares aplicáveis.
Significa, portanto, que no 3.º ano de actividade os principais indícios que deram origem a
instauração de processos disciplinares se relacionam não só com a violação de deveres
deontológicos mas também com a organização e regularidade de contas-clientes tituladas por
Agentes de Execução, o que denota também uma especial atenção da CPEE na actuação imediata e
na análise e fiscalização nestas situações.
FIG. 37 – TIPOLOGIA DE PENAS APLICADAS PELA CPEE (ENTRE 01/04/2011 E 16/02/2012)
FONTE: CPEE
Por último, no que diz respeito ao tipo de penas disciplinares aplicadas pela CPEE durante o 3.º ano de
actividade, constata-se da análise da Figura 37 que em 25 % dos casos foi aplicada a pena de expulsão e
também em 25 % foi aplicada a sanção acessória de restituição de quantias.
25%
25% 25%
12%
13% EXPULSÃO
SANÇÃO ACESSÓRIA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS
SANÇÃO ACESSÓRIA DE PERDA DE HONORÁRIOS
MULTA
SUSPENSÃO DE ACTIVIDADE POR 3 ANOS
132/287
Diferentemente ao que sucedeu no 2.º ano de actividade em que a pena disciplinar mais aplicada foi
a advertência (37%), no 3.º ano de actividade a pena de expulsão foi a mais aplicada em cumulação
com a pena acessória de restituição de quantias. Significa isto que os processos disciplinares que
findaram no 3.º ano de actividade implicaram a apreciação de infracções disciplinares mais graves,
tendo dado origem à aplicação da pena disciplinar mais gravosa – a pena de expulsão.
D.) FISCALIZAÇÕES (ANEXO XIII)
Relativamente ao exercício da competência de fiscalização pela CPEE conclui-se da análise da Figura 38 que
no 3.º ano de actividade a CPEE realizou 654 fiscalizações: 28 fiscalizações presenciais e 626
fiscalizações electrónicas.
FIG. 38 – TIPO DE FISCALIZAÇÕES REALIZADAS PELA CPEE NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE
FONTE: CPEE
TOTAL DE FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS TOTAL DE FISCALIZAÇÕES ELECTRÓNICAS
28
626
133/287
FIG. 39 – TIPO DE FISCALIZAÇÕES REALIZADAS PELA CPEE NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE
FONTE: CPEE
Deve ainda assinalar-se que a CPEE assegurou, pela 1.ª vez, que todos os Agentes de Execução eram
alvo de fiscalização pela CPEE, sob a forma electrónica, mediante o envio de uma check-list aos Agentes de
Execução que deveria ser preenchida dentro de um determinado prazo (cfr. Figuras 38 e 39), o que constitui
um marco assinalável cujos efeitos preventivos são inelutáveis.
FIG. 40 – EVOLUÇÃO DAS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS PELA CPEE NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE
FONTE: CPEE
4%
96%
TOTAL DE FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS
TOTAL DE FISCALIZAÇÕES ELECTRÓNICAS
3%
97%
TOTAL DE FISCALIZAÇÕES CONCLUÍDAS
TOTAL DE FISCALIZAÇÕES ELECTRÓNICAS E PRESENCIAIS REALIZADAS
134/287
Relativamente à evolução das fiscalizações realizadas pela CPEE importa salientar que 3 % do total das
fiscalizações realizadas pela CPEE se encontram concluídas, e 97 % por concluir (cfr. Figura 40).
Importa referir que o elevado número de fiscalizações realizadas e que se encontram por concluir se explica
em larga medida pelo facto de terem sido realizadas 626 fiscalizações electrónicas e que cuja informação
enviada pelos Agentes de Execução bem como os extractos bancários solicitados ao Millennium BCP de cada
Agente de Execução fiscalizado electronicamente se encontrarem a aguardar uma análise por parte da CPEE.
Acresce que a insuficiência de recursos humanos na CPEE e a falta de financiamento para a contratação de
pessoal que preste apoio no âmbito do tratamento de informação fornecida pela fiscalização, tem vindo a
agravar-se sobretudo no 3.º ano de actividade.
FIG. 41 – ACTOS DE FISCALIZAÇÃO NA FORMA PRESENCIAL REALIZADAS PELOS FISCALIZADORES DA CPEE NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE
FONTE: CPEE
0
20
40
60
80
100
120
TOTAL DE FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS REALIZADAS
PELOS FISCALIZADORES DA CPEE (NA RELAÇÃO FISCALIZAÇÃO/POR
FISCALIZADOR)
FISCALIZAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS
FISCALIZAÇÕES ORDINÁRIAS
105 103
2
135/287
Conclui-se da análise da Figura 41 que os Fiscalizadores da CPEE efectuaram 105 fiscalizações presenciais,
103 fiscalizações extraordinárias e 2 fiscalizações ordinárias. Nestes números incluem-se várias diligências de
fiscalização (diligências que se prolongaram por mais de um dia) e deve atender-se ao facto de cada comissão
de fiscalização poder ser constituída até 3 elementos.
FIG. 42 – CRITÉRIOS DE DECISÃO SOBRE AS FISCALIZAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS PRESENCIAIS
FONTE: CPEE
7
5
4
3
3
3
3
2
2
1
1
1
0 1 2 3 4 5 6 7 8
NÃO PRATICA DILIGÊNCIAS OU ACTOS PROCESSUAIS COM ZELO NO ÂMBITO DO PROCESSO EXECUTIVO
SUSPENSO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS POR MAIS DE 120 DIAS NO MESMO ANO JUDICIAL
PARTILHA DE ESCRITÓRIO COM AGENTE DE EXECUÇÃO FISCALIZADO
NÃO RESPONDE À SOLICITAÇÃO DE ESCLARECIMENTOS FORMULADA PELA CPEE
NÃO ENVIA A DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA
DIVERGÊNCIA DE DOMICÍLIOS PROFISSIONAIS, IMPOSSIBILIDADE DE CONTACTO COM O AGENTE DE EXECUÇÃO
CANDIDATO A INTEGRAR COMISSÕES DE FISCALIZAÇÃO DA CPEE
TEM MOVIMENTAÇÕES IRREGULARES NAS CONTAS-CLIENTES
SUSPENSO DE ACEITAR PROCESSOS NOVOS POR MAIS DE 6 (SEIS) MESES
SUSPENSO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS COM FUNDAMENTO EM DOENÇA POR PERÍODO IGUAL OU SUPERIOR A 120
SEGUIDOS/INTERPOLADOS
ILICITOS CRIMINAIS
10 OU MAIS PARTICIPAÇÕES/ QUEIXAS NA CPEE
136/287
Por último acresce referir que os critérios para a determinação da realização de uma fiscalização, constantes
do Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012, são a base fundamental para a
tomada de decisão de realização de uma fiscalização extraordinária.
A Figura 42 evidencia desde logo a prioridade conferida pela CPEE ao longo do 3.º ano de actividade à falta
de prática de diligências ou actos processuais com zelo no âmbito do processo executivo e à suspensão de
aceitação de novos processos por mais de 120 dias no mesmo ano judicial, o que assume especial relevo num
momento em que o foque das atenções está na redução da pendência processual e para a extinção de
processos executivos.
Pese embora as dificuldades associadas a uma carência de financiamento pela Câmara dos Solicitadores, que
remonta à entrada em funções da CPEE e que se mantém nesta data, foi possível à CPEEGG focar-se nas
questões mais relevantes e/ou urgentes, até ao nível do interesse nacional e internacional, de acordo com os
critérios subjacentes à tomada de decisões de início de um processo de fiscalização extraordinário referidos na
Figura 42.
137/287
PARTE VI
A FALTA DE APOIO FINANCEIRO DA ACTIVIDADE DA CPEE
33. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
O Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, define a distribuição de encargos financeiros entre as duas
entidades financiadoras da actividade da CPEE: a SGMJ e a CS.
Assim, os encargos financeiros respeitantes à actividade da CPEE suportados pela Secretaria-Geral do
Ministério da Justiça encontram-se elencadas no artigo 2.º do referido Decreto-Lei n.º 165/2009:
33.1. DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS A), B), C) E D) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º
165/2009, DE 22 DE JULHO
A.) ALÍNEA A) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO
O pagamento da remuneração base, subsídio de refeição, despesas de representação, atribuição de telefones
móveis para uso oficial, abono de ajudas de custo e subsídio de transporte e outros suplementos
remuneratórios devidos pelo exercício de funções pelo presidente e pelos três membros do Grupo de Gestão
da CPEE escolhidos pela Presidente, respectivamente, têm ocorrido no estrito cumprimento das obrigações
legais e orçamentais a que a SGMJ se encontra adstrita.
Desde Janeiro de 2011 foram aplicadas à Presidente da CPEE e bem assim aos três membros da CPEEGG
em exclusividade de funções, as reduções salariais contempladas na Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro,
Lei do Orçamento de Estado para 2011.
B.) ALÍNEA B) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO
Nos termos do disposto no n.º 6 do artigo 69.º-E do ECS, os Vogais na CPEEP participantes nas respectivas
reuniões têm direito ao abono de senhas de presença, nos termos e condições a fixar por despacho conjunto
dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça.
138/287
O pagamento das senhas de presença de cada vogal participante nas reuniões do Plenário não tem vindo a ser
realizado pela SGMJ, estando em causa o período compreendido entre 01/04/2011 e 16/02/2012, razão pela
qual já se fez chegar à SGMJ um pedido de pagamento, tendo em vista rectificar a situação, o mais depressa
possível.
C.) ALÍNEA D) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO
Nos termos do disposto nos n.º s 5 e 13 do artigo 118.º do ECS, o exame de admissão a estágio de agente de
execução (sua elaboração, definição de critérios de avaliação e avaliação) e, bem assim, a avaliação final de
conclusão do estágio são actividades desenvolvidas por uma entidade externa e independente da CS e da OA
para o efeito pela CPEEP (cfr. alínea c) do artigo 69.º-C e a) do n.º 1 do artigo 69.º-F do ECS).
No âmbito do 1.º Estágio de Agente de Execução, iniciado em Fevereiro de 2010 e concluído em Abril de
2011, o pagamento à referida entidade externa da fase inicial (elaboração, realização e correcção do exame de
acesso ao estágio de agente de execução) encontra-se realizado pela SGMJ.
No âmbito do 2.º Estágio de Agente de Execução, iniciado em Março de 2011, o pagamento à referida
entidade externa relativo à fase inicial (elaboração, realização e correcção do exame de acesso ao estágio de
agente de execução), encontra-se igualmente realizado pela SGMJ, no estrito cumprimento das obrigações
legais e orçamentais a que esta Secretaria-Geral se encontra adstrita.
Por sua vez, no âmbito do 3.º Estágio de Agente de Execução, à data de aprovação do presente Relatório o
foi efectuada a adjudicação da elaboração do exame de admissão a estágio de agente de execução e de
avaliação final de conclusão do estágio à entidade externa e independente já escolhida pela CPEEP em
17/01/2011, a acima referida FDUNL.
Para mais desenvolvimentos sobre a rubrica referente à actividade desenvolvida pela entidade externa
escolhida pela CPEEP no âmbito dos 1.º, 2.º e 3.º Estágios de Agente de Execução, ver o §§ 5.º da Parte II,
supra.
139/287
33.2. A FALTA DE DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS – ALÍNEA C) DO
ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO
O Grupo de Gestão da CPEE pode ser assessorado por peritos ou técnicos por si escolhidos, a recrutar
dentro da dotação máxima anual que for fixada por despacho conjunto dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas das Finanças e da Justiça, nos termos do n.º 3 do artigo 69.º- F do ECS, ou seja, para
o exercício das seguintes competências legais:
Instruir processos disciplinares;
Aplicar penas aos Agentes de Execução;
Proceder a inspecções e fiscalizações aos Agentes de Execução;
Preparar os documentos e realizar os procedimentos necessários ao exercício pelo Plenário da CPEE
da competência legal de fixação do n.º de agentes de execução a admitir em cada estágio;
Preparar os documentos e realizar os procedimentos necessários ao exercício pelo Plenário da CPEE
da competência legal de escolha e designação da entidade externa e independente responsável pelo
acesso ao estágio e avaliação final dos agentes de execução estagiários;
Preparar a elaboração do relatório anual de actividade, a aprovar pelo Plenário da CPEE.
A.) A FALTA DE EMISSÃO DO DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS PARA
ASSESSORAR O GRUPO DE GESTÃO DA CPEE NO ANO DE 2011
Em 02/09/2010 o Grupo de Gestão da CPEE deliberou, por unanimidade, na sua 50.ª reunião, o pedido de
fixação da dotação anual para a assessoria técnica da CPEE para o ano de 2011, no montante global de €
174.800,00, em concordância com os fundamentos constantes da Informação n.º 31/JB/2010, de 13 de
Agosto, que dela faz parte integrante. E em 08/09/2010 a CPEE remeteu a S. Exa. o Ministro da Justiça a
competente e fundamentada proposta de emissão de despacho ministerial, tendo em vista a atribuição de €
174.800,00 para o efeito (cfr. ofício da CPEE n.º 2176/2010, de 08/09/2010), tendo sido transmitida a
especial urgência e necessidade de promover o recrutamento de técnicos atendendo ao aumento do número
de queixas recebidas na CPEE (só no 1.º trimestre do ano de 2011 a CPEEGG recebera mais de 60% das
queixas que recebeu durante todo o ano de 2010).
No entanto, não foi emitido o despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das
Finanças e Justiça para recrutamento de técnicos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE no ano de
2011, pelo que as competências legais atribuídas ao Grupo de Gestão foram exercidas apenas pelos 5
membros do Grupo de Gestão, sendo que apenas 4 membros se encontram em exclusividade de funções.
140/287
B.) A FALTA DE EMISSÃO DO DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS PARA
ASSESSORAR O GRUPO DE GESTÃO DA CPEE NO ANO DE 2012
Em 28/07/2011 o Grupo de Gestão da CPEE aprovou por unanimidade dos membros presentes, na sua 92.ª
reunião, através da Deliberação do Grupo de Gestão n.º 268/2011, de 28/07/2011, de concordância com os
fundamentos constantes da Informação n.º 52/IC/2011, de 28 de Julho, que dela faz parte integrante, o
pedido de fixação da dotação anual para a assessoria técnica da CPEE para o ano de 2012, no montante
global de € 233.800,00.
No dia 01/08/2011, durante a audiência concedida por S. Exa. a Ministra da Justiça à CPEE, foi entregue
cópia da referida Deliberação do Grupo de Gestão da CPEE n.º 268/2011, de 28/07/2011, de aprovação do
montante relativo à dotação anual para a assessoria do Grupo de Gestão da CPEE para o ano de 2012 em €
233.800,00, tendo em vista a competente cabimentação orçamental para o ano de 2012 e a emissão do
despacho conjunto respeitante ao recrutamento de técnicos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE
(cfr. ofício da CPEE n.º 2373/2011, de 29/07/2011).
Por sua vez, no dia 19/09/2011, em resposta ao pedido efectuado, a CPEE recebeu o ofício n.º 103, de
16/09/2011, (Referência P.º 1986/2008), do Gabinete do Secretário de Estado da Administração Patrimonial
e Equipamentos do Ministério da Justiça, na qual se podia ler a transcrição do despacho proferido por S. Exa.
o Secretário de Estado, datado de 14/09/2011, relativo ao pedido da CPEE acima referido:
“Tendo em conta as limitações orçamentais para 2012, e considerando o presente parecer e o facto da acção executiva se
encontrar em reavaliação no âmbito da Comissão da Reforma do Processo Civil; considerando o valor referência anual
constante do Relatório Intercalar de Abril de 2011 proferido pelo Conselho Superior da Magistratura e em face da difícil
conjuntura económica e do propósito de redução de despesas em sede, particularmente, contratação de recursos humanos,
considero não se justificar a contratação de peritos e técnicos para assessoria.”
Tendo a CPEE solicitado o envio do parecer que subjazia ao despacho ministerial acima transcrito, no dia
23/11/2011, a CPEE recebeu o ofício n.º 275 (Referência: P.º 1986/2008, 6.º Volume) do Gabinete de S.
Exa. o Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça, através
do qual foi remetida à CPEE uma cópia do parecer que sustentava o despacho acima referido e sobre o qual
foi o mesmo exarado, tendo a CPEE tomou conhecimento dos fundamentos que originaram a negação do
financiamento no valor de € 233.800,00 para a assessoria da CPEE para o ano de 2012.
141/287
No dia 07/12/ 2011, na sua 106.ª reunião ordinária, o Grupo de Gestão da CPEE analisou detalhadamente o
parecer subjacente ao despacho ministerial, e solicitou a S. Exa. o Secretário de Estado da Administração
Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça uma audiência, com carácter de urgência, para reiterar a
apresentação dos fundamentos descritos na Deliberação n.º 416/2011, de 07/12/2011, que suportam a
necessidade e a especial urgência da emissão do despacho ministerial que prevê o recrutamento de técnicos
e/ou peritos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE para o ano de 2012, em especial, devido à sua falta
reiterada durante os anos de 2010 e 2011.
33.3. OS FUNDAMENTOS QUE JUSTIFICAM A NECESSIDADE E A ESPECIAL URGÊNCIA DA EMISSÃO DO
DESPACHO MINISTERIAL QUE PREVÊ O RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS E/OU PERITOS PARA
ASSESSORAR O GRUPO DE GESTÃO DA CPEE
A.) EXERCÍCIO ALARGADO DAS COMPETÊNCIAS DA CPEE
O exercício do alargado conjunto de competências legais cometidas ao Plenário da CPEE (11 Membros – 22
reuniões) e ao Grupo de Gestão da CPEE (5 Membros – 106 reuniões), enquanto órgão administrativo
colegial, tem vindo a ser preparado e exercido integralmente pelos 4 (quatro) Membros do Grupo de Gestão
que estão em exclusividade de funções: a Presidente da CPEE e os 3 (três) Membros do Grupo de Gestão
escolhidos pela Presidente e votados favoravelmente pelo Plenário, por serem os únicos Membros que se
encontram em exclusividade de funções, por estarem sujeitos ao regime de acumulação, incompatibilidades e
impedimentos aplicável aos titulares de cargos dirigentes do mesmo nível e grau da Administração Pública.
Com já referido no presente Relatório, a CPEE funciona em Plenário e em Grupo de Gestão, tendo já
apresentado resultados positivos, no exercício das suas competências legais, designadamente:
Plenário da CPEE:
Emissão das recomendações sobre a eficácia das execuções e a formação dos Agentes de Execução –
93 recomendações em 2010; 105 recomendações em 2011;
Escolha e designação da entidade externa responsável pelo exame inicial de acesso ao estágio e pela
avaliação final dos agentes de execução estagiários - preparação do procedimento de acordo com o
Código dos Contratos Públicos – foram celebrados 2 contratos públicos, lançados 2 estágios de
Agentes de Execução, correspondendo à entrada de cerca de 530 Agentes de Execução; encontra-se
em curso a adjudicação da 3.ª entidade externa, e abertura do 3.º estágio de Agentes de Execução;
Emissão de pareceres relativos à reinscrição de Agentes de Execução – 22 pareceres;
142/287
Análise e deliberação de pedidos de suspensão de aceitar novos processos – 220 pedidos, relativos a
146 Agentes de Execução;
Elaboração dos relatórios anuais de actividade – 3 relatórios anuais (incluindo o presente), disponíveis
ao público no sítio da CPEE na Internet em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/1_RELATORIO_ANUAL_ACTIVIDADES_CPEE_.pdf e
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/2_RELATORIO_ANUAL_ACTIVIDADES_CPEE_2010_2011___.pdf .
Grupo de Gestão da CPEE:
Análise das participações relativas à actividade dos Agentes de Execução – 2.382;
Instauração dos processos disciplinares; instrução dos processos disciplinares; aplicação das penas
disciplinares aos Agentes de Execução – 266 processos disciplinares, relativos a 114 Agentes de
Execução;
Destituição dos Agentes de Execução – 6 destituições;
Aplicação de medidas cautelares – 22 Agentes de Execução suspensos preventivamente; 5 Agentes de
Execução inibidos de receber processos novos;
Fiscalização dos Agentes de Execução – 731 Agentes de Execução fiscalizados;
Instrução dos pedidos e proposta de deliberação acerca das questões relacionadas com os
impedimentos e suspeições dos Agentes de Execução - 108 pedidos, relativos a 74 Agentes de
Execução;
Análise dos relatórios elaborados pelos Agentes de Execução substitutos - 995.
Significa, portanto, que sem assessoria técnica, os 3 Membros do Grupo de Gestão da CPEE são
responsáveis pela:
a) Preparação de todos os documentos e procedimentos necessários ao exercício das competências
legais do Plenário da CPEE;
b) Exercício das competências legais do Grupo de Gestão da CPEE;
c) Elaboração de 8 Regulamentos Internos e Manuais da CPEE;
d) Emissão de 9 Pareceres relativos a iniciativas legislativas e regulamentares;
e) Coordenação e/ou Participação em 8 Grupos de Trabalho:
1.) O Grupo de Trabalho da CPEE para a Implementação das Soluções Electrónicas - GT-CPEE-SE;
2.) O Grupo de Trabalho da CPEE para a Agilização da Penhora Electrónica (depósitos bancários) – GT-
CPEE-APE;
3.) O Grupo de Trabalho da CPEE para a Análise da Eficácia das Execuções – GT-CPEE-AEE;
143/287
4.) Participação no Grupo E-JUSTIÇA, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da
Universidade Técnica de Lisboa/e Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de
Informação;
5.) O Grupo de Trabalho da CPEE constituído pelos Agentes de Execução responsáveis por um elevado
n.º de processos judiciais;
6.) Participação no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para redução da pendência processual
(Despacho n.º 16445/2011, de 5 de Dezembro, de Sua Excelência a Ministra da Justiça);
7.) Participação no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça do Plano de Acção da Justiça na Sociedade
de Informação (Despacho n.º 16171/2011, de 29 de Novembro, de Sua Excelência a Ministra da
Justiça);
8.) Participação no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça relativo ao Mapa Judiciário (2012).
Por sua vez, atendendo ao facto de a Presidente da CPEE acompanhar directamente o exercício de todas as
competências legais do Plenário e do Grupo de Gestão da CPEE, até 16 de Fevereiro de 2012 a Presidente da
CPEE geria cerca de 4.629 processos, o que significava que cada um dos 3 Membros do Grupo de Gestão da
CPEE era responsável por cerca de 1.550 processos, como se comprova pela seguinte Tabela (Figura 43):
TIPO DE PROCESSO
N.º DE PROCESSOS DISTRIBUÍDOS AOS
3 MEMBROS DO GRUPO DE GESTÃO
EM EXCLUSIVIDADE DE FUNÇÕES
Preparação da emissão das Recomendações da CPEE para a Eficácia das Execuções e para a formação dos Agentes de Execução, a aprovar pelo Plenário da CPEE, de 2009/2010 e de 2011/2012.
2
Preparação da escolha e designação da entidade externa responsável pelo exame inicial de acesso ao estágio e avaliação final dos agentes de execução estagiários - preparação do procedimento de acordo com o Código dos Contratos Públicos
3
Preparação dos Relatórios Anuais de Actividades da CPEE 3
Análise de Pedidos de suspensão de aceitar novos processos 220
Análise de Pedidos de reinscrição de Agente de Execução - Pareceres favoráveis
26
Apreciação/Análise de Participações 2.382
Instauração, instrução e deliberação acerca de Processos Disciplinares
266
Destituição de Agentes de Execução 6
Aplicação de medidas cautelares a Agentes de Execução 22
144/287
Análise de Impedimentos/Escusas/Suspeições 108
Análise de Livre Substituições de Agentes de Execução 409
Análise de Relatórios de Agentes de Execução substitutos 359
Preparar/realizar fiscalizações e analisar e deliberar sobre relatórios de fiscalizações: 1.) Presenciais = 105; 2.) Electrónicas = 626
731
Fiscalizações Presenciais feitas pelos Membros do Grupo de Gestão
78
Participação em 8 Grupos de Trabalho: 1.) O Grupo de Trabalho da implementação das soluções electrónicas (citação electrónica das finanças e segurança social desde Janeiro de 2011); 2.) O Grupo de Trabalho para a Agilização da Penhora Electrónica (em especial, de depósitos bancários) – GT-CPEE-APE; 3.) O Grupo de Trabalho para a Análise da Eficácia das Execuções – GT-CPEE-AEE; 4.) O Grupo E-JUSTIÇA, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa/e Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação. 5.) Acompanhamento do Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça e Grupo de Trabalho com Agentes de Execução responsáveis por um elevado n.º de processos; 6.) O Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para redução da pendência processual; 7.) O Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para a Justiça na Sociedade de Informação; 8.) O Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça sobre o Mapa Judiciário
8
Elaboração de Regulamentos Internos e Manuais 6
Total 4.629
FIG. 43 - N.º DE PROCESSOS A CARGO DOS 3 MEMBROS DO GRUPO DE GESTÃO
EM EXCLUSIVIDADE DE FUNÇÕES
FONTE: CPEE
145/287
B.) AUMENTO EXPONENCIAL DAS PARTICIPAÇÕES ENTRADAS NA CPEE
Outro dos fundamentos que justificam a necessidade e urgência da emissão do despacho conjunto ministerial
que fixa a dotação máxima anual para o recrutamento de peritos ou técnicos para assessorar o Grupo de
Gestão da CPEE é o facto de nos últimos dois anos de actividade da CPEE se ter verificado um aumento
exponencial do n.º de participações entradas na CPEE – desde o início da actividade da CPEE até
16/02/2012 deram entrada 2.382 participações, sendo que cada membro do Grupo de Gestão em
exclusividade de funções tinha a seu cargo em 16/02/2012 cerca de 794 participações para apreciação liminar,
conforme se comprova no Quadro infra (Fig. 44):
ANO
N.º DE PARTICIPAÇÕES ENTRADAS
NA CPEE
N.º MÉDIO DE PARTICIPAÇÕES POR
CADA MEMBRO DO GRUPO DE GESTÃO
EM EXCLUSIVIDADE DE FUNÇÕES
2009
71
24
2010
414
138
2011
1595
531
2012 (até 16/02/2012) 302 100
TOTAL
2.382
794
Fig. 44 - N.º MÉDIO DE PARTICIPAÇÕES A CARGO DE CADA 3 MEMBRO DO GRUPO DE GESTÃO EM EXCLUSIVIDADE DE FUNÇÕES (ENTRE 31/03/2009 E 16/02/2012)
FONTE: CPEE
Apesar dos fundamentos descritos supra, até à data da elaboração do presente Relatório de Actividades, a
CPEE aguarda a emissão do despacho conjunto ministerial que fixa a dotação máxima anual para o
recrutamento de peritos ou técnicos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE no ano de 2012, que à
semelhança dos anos de 2010 e de 2011, continua sem ser emitido.
146/287
Em suma, o cumprimento entre 31.03.2009 e 16.02.2012 das obrigações legais e orçamentais a que a SGMJ se
encontra adstrita pode ser resumido na Tabela infra (Fig. 45):
FINANCIMENTO DA CPEE MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
REMUNERAÇÃO DA PRESIDENTE E DOS 3 MEMBROS DO GRUPO DE
GESTÃO
PAGAMENTO DAS SENHAS DE PRESENÇA DOS MEMBROS DO
PLENÁRIO
PAGAMENTO DA ENTIDADE EXTERNA RESPONSÁVEL PELA SELECÇÃO
DOS CANDIDATOS E AVALIAÇÃO FINAL DOS AE ESTAGIÁRIOS
ASSESSORIA TÉCNICA DO GRUPO DE GESTÃO DA CPEE 2009
2010
2011
2012
FIG. 45 – FINANCIAMENTO DA CPEE PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
(ENTRE 31/03/2009 E 16/02/2012) FONTE: CPEE
34. A NECESSIDADE DE MELHORIA NO ACESSO DA CPEE AO SISTEMA INFORMÁTICO CITIUS
O Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, criou em Portugal o processo executivo electrónico, e a
CPEE como parte integrante, como órgão público de coordenação ao nível do Plenário, e órgão de execução
que pode promover a destituição de agentes de execução nos processos instaurados após o dia 31/03/2009, e
como órgão disciplinar e de fiscalização, ao nível do Grupo de Gestão, devendo assim comunicar com os
outros operadores judiciários de forma igualmente electrónica.
Aliás, a Portaria n.º 331.º-B/2009, de 30 de Março, definiu a utilização intensiva de comunicação por meios
electrónicos entre os diferentes operadores do sistema (mandatários judiciais, agentes de execução e a CPEE)
através dos respectivos sistemas informáticos CITIUS e SISAAE, tendo em vista a transparência da prática
dos actos, a celeridade e a eficiência do processo executivo.
147/287
Na medida em que até à data da aprovação do presente relatório (06.03.2012), o Ministério da Justiça
concedeu à CPEE o acesso ao CITIUS, desde Janeiro de 2010, por equiparação ao “perfil” concedido aos
mandatários judiciais das partes do processo, não tendo a CPEE um perfil próprio, nem podendo executar as
suas decisões directamente na aplicação informática CITIUS, incumprindo-se assim o Decreto-Lei n.º
226/2008, de 20 de Novembro, e da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março.
Em Julho de 2010, o Plenário da CPEE emitiu as suas recomendações sobre a eficácia das execuções, em
especial, a necessidade de se realizar o desenvolvimento informático necessário à criação do Perfil próprio da
CPEE no CITIUS, tendo tal recomendação sido reiterada em Novembro de 2011, aguardando-se a efectiva
concretização da mesma.
Tal acesso encontra-se actualmente previsto, desde Janeiro de 2012, através da Portaria n.º 2/2012, de 2 de
Janeiro, disponível em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Portaria_2_2012_de_2_de_Janeiro.pdff.
A referida Portaria visa ao regulamentar o acesso electrónico da CPEE ao Sistema de Informação de Suporte
à actividade dos Tribunais (CITIUS) e ao Sistema Informático de Suporte à Actividade dos Agentes de
Execução (SISAAE), para o exercício das competências legais da CPEE, reforçando a actividade de um órgão
público ao serviço das execuções cíveis desde 31/03/2009.
Mediante tal acesso permitir-se-á ainda à CPEE o pleno exercício das suas competências legais que
impliquem não só a consulta de informação constante de cada processo de execução, como também a
execução das suas decisões e deliberações directamente nos respectivos sistemas informáticos CITIUS e
SISAAE, ficando os mesmos registados para consulta electrónica de qualquer operador judiciário
interveniente no processo, com evidentes ganhos de celeridade e transparência processual, agilizando-se assim
a actividade da CPEE, principalmente em matéria de fiscalização e de disciplina dos agentes de execução
Nos termos do n.º 1 do artigo 17 da Portaria 2/2012, de 2 de Janeiro, a mesma entrou genericamente em
vigor em 30/01/2012, exceptuando o n.º 2 quais os artigos que apenas entram em vigor em 30/03/2012 e
26/06/2012.
Assim, atendendo às diferentes fases de entrada em vigor de cada uma das funcionalidades que os respectivos
sistemas informáticos CITIUS e SISAAE facilitam o exercício das competências legais da CPEE, procedemos
à análise e conferência das que se actualmente já se encontram operacionalizadas e das que ainda aguardam o
respectivo desenvolvimento informático no ANEXO XIV ao presente Relatório.
148/287
35. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES
35.1. DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS D), E) E G) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º
165/2009, DE 22/07
De acordo com a repartição dos encargos financeiros estipulada pelo Decreto-Lei n.º 165/2009 e no período
compreendido entre 01/04/2011 a 06/03/2012 a CS tem cumprido com a sua obrigação legal de suporte dos
encargos da CPEE inerentes às despesas de funcionamento para o exercício da sua actividade,
designadamente, assistência técnico-informática, material administrativo, telecomunicações, correio,
electricidade, água, serviços de limpeza, entre outras.
No entanto, atendendo ao aumento exponencial e contínuo de arquivo físico existente na sede da CPEE,
decorrente do efectivo exercício, transversal a todas as competências acometidas à CPEE, e ao espaço exíguo
em que a actual sede da CPEE se tornou para o acervo de competências a que se encontra incumbida, é
premente a solução do problema da falta de condições físicas para a continuação da prossecução dos
objectivos legais e estratégicos da CPEE, pelo que será de ponderar, pelo menos, a possibilidade de se afectar
outros espaços físicos para se guardar documentos de arquivo (morto) e a documentação e demais dados
recolhidos no âmbito da actividade de fiscalização, sobretudo após a realização da fiscalização de 731 Agentes
de Execução.
Por último, quanto ao fundo de maneio da CPEE, no valor máximo de € 5.000 (cinco mil euros) anuais, é
destinado a suportar, de imediato, despesas ocasionais e de pequeno montante relativas aos encargos referidos
em todas as alíneas do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, e foi integralmente
disponibilizado à CPEE em Fevereiro de 2012, tendo por referência o ano de 2012.
Saliente-se que a prestação de contas relativas ao fundo de maneio de 2011 foi feita pela Presidente da CPEE
junto dos Membros do Plenário da CPEE, na 22.ª reunião do Plenário, de 17/01/2012, através da junção de
cópia dos mapas de contas/despesas relativos a cada mês (entregues junto da CS trimestralmente), não tendo
nenhum dos membros presentes levantado qualquer questão.
149/287
35.2. DA FALTA DE INSTALAÇÃO DA APLICAÇÃO INFORMÁTICA PARA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS
DISCIPLINARES E DE FISCALIZAÇÃO – ALÍNEA A) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07
Tendo em vista a aplicação da alínea a) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, em Agosto
de 2009 a CPEE elaborou todo o Workflow/Fluxograma da tramitação electrónica dos procedimentos de
apreciação liminar e de processo disciplinar prevista na Lei, traduzida numa aplicação informática,
designadamente mediante a transposição das minutas recolhida naqueles manuais, atenta a elevada relevância
que tal aplicação terá para efeitos de eficiência do desempenho da acção disciplinar da CPEE.
Aliás, o recurso à tramitação electrónica do processo disciplinar ficou consagrado como um meio para atingir
o Objectivo I do Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE para o triénio 2009/2012, ou
seja, desenvolver a E-CPEE, tendo em vista a redução do tempo médio das apreciações liminares e dos
processos disciplinares, a desburocratização dos meios de comunicação, definindo, com total transparência, o
ponto de situação relativamente a cada processo, e assegurando uma redução em termos de custos
administrativos/financeiros de contexto.
Em Novembro de 2009 a CPEE enviou à CS, e em Março de 2011 voltou a entregar à CS numa reunião que
teve lugar na CPEE, para os efeitos do disposto nas alíneas a) e b) do artigo 3.º do referido Decreto-Lei n.º
165/2009, de 22 de Julho, toda a documentação respeitante ao desenvolvimento e implementação das
aplicações informáticas necessárias à tramitação electrónica e ao tratamento estatístico dos processos
disciplinares e de fiscalização elaborada pela CPEE, e bem assim documentos respeitantes à contratação dos
serviços de desenvolvimento e implementação de tais aplicações informáticas, de acordo com as disposições
aplicáveis do CCP, a saber:
- Minuta de Convite à Apresentação de Proposta;
- Minuta de Caderno de Encargos e respectivos anexos que dele fazem parte integrante,
designadamente o projecto de Fluxograma de tramitação dos processos disciplinares (cfr. ofício da
CPEE n.º 718/2009, de 05/11/2009).
Até à presente data a CPEE aguarda uma resposta formal da parte da CS ao ofício da CPEE n.º 718/2009, de
05/11/2009, tendo esta situação já sido aflorada diversas vezes em reuniões ocorridas com os representantes
da CS ao longo do 3.º ano de actividade.
150/287
Em 11/11/2011, a CS deu a seguinte indicação (cfr. ofício da CS n.º 4122/2011, de 11/11/2011):
“e. A actual direcção assegurou que iria criar uma funcionalidade informática que permitisse à CPEE e as restantes
órgãos disciplinares da Câmara o acesso aos documentos produzidos e recebidos através da plataforma informática
SISAAE/GPESE de forma a serem analisados no âmbito de processos de fiscalização, ou disciplinares”;
“f. O desenvolvimento daquela aplicação, que visa separar a possibilidade de movimentação, o acesso aos documentos e
movimentos contabilísticos, dos eventuais comentários de gestão de funcionários de cada escritório, está atrasada”;
E do qual se destacam as seguintes propostas:
“Que se disponibilize à CPEE a plataforma de gestão documental que é usada pelo Conselho Geral para facilitar a
tramitação dos processos disciplinares e o tratamento do expediente da CPEE.
Que, até estar desenvolvida a funcionalidade informática acima referida em f) seja dado acesso ao GPESE/ SISAAE
caso a caso, seguindo-se as seguintes regras:
4.1 No âmbito de processo de fiscalização normal será notificado o agente de execução para autorizar o acesos à aplicação
informática e obtida esta os serviços fornecem uma senha e password de duração temporal limitada com o nível atribuído a
um empregado forense.
4.2 No decurso de processo de fiscalização extraordinário, os serviços informáticos da Câmara, mediante a indicação de
que foi aberto processo, fornecem uma senha e password equivalente ao de um funcionário forense, devendo o agente de
execução ao ser notificado da fiscalização ser informado pelo órgão disciplinar de que já se obteve acesso ao sistema
informático nestes termos. (…)”.
Até à data da elaboração do presente relatório ainda não foi apresentada uma solução informática pela CS
neste sentido, nem a CPEE dispõe da plataforma de gestão documental e dos acessos anteriormente
referidos, pese embora a CS tenha informado a CPEE que esta solução se encontrava em desenvolvimento
no âmbito da execução da Portaria 2/2012, de 2 de Janeiro, o que a CPEE aguarda com expectativa, atenta a
sua enorme relevância para a eficiência do trabalho desenvolvido, em especial, como forma de contrabalançar
a exiguidade de meios humanos.
151/287
35.3. A FALTA DE ADEQUAÇÃO DA REMUNERAÇÃO NO ÂMBITO DAS FISCALIZAÇÕES - ALÍNEA B) DO
ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07
No que diz respeito às fiscalizações, enquanto as fiscalizações realizadas pelos 4 Membros do CPEEGG que
exercem o seu mandato em exclusividade de funções, constituem um encargo financeiro do MJ, e apenas no
que concerne às deslocações (cfr. alínea a) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho), as
demais fiscalizações são um encargo da CS nos termos do n.º 3 do art. 127.º e 131.º do ECS e da
alínea b) do art. 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 20 de Julho, ou seja, trata-se aqui das fiscalizações
feitas pelos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE e da assessoria técnica a tais fiscalizações.
Quanto aos honorários e às despesas Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE, entre 13.07.2011
e 06.03.2012, a CS procedeu ao pagamento de € 10.816,82 (dez mil, oitocentos e dezasseis euros e oitenta
e dois cêntimos), segundo informação prestada na data da aprovação do presente Relatório (06.03.2012).
Contudo, no que concerne à proposta de financiamento da CPEE para o ano de 2012 a apresentar à CS, nos
termos do n.º 3 do artigo 127.º do ECS, conjugado com o artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de
Julho, tendo a CPEE tido conhecimento de que se estava estaria a aproximar a aprovação do orçamento da
CS para o ano de 2012, e dentro do espírito de ampla cooperação entre a CPEE e a CS e à semelhança do
ocorrido nos anos anteriores, a CPEE reputou ser de máxima relevância e oportunidade apresentar junto da
CS uma proposta de financiamento (e sem prejuízo de outras que ao longo do ano de 2012 pudessem ser
oportunas apresentar), tendo em linha de conta os objectivos estratégicos e operacionais da CPEE para o ano
de 2012, e que atendendo a que a CPEE não participava na aprovação do orçamento da CS, pois não tinha
rubrica específica no elenco legal para o efeito, logo, não estaria a par dos valores eventualmente em causa
(como sejam, os montantes que constituíam a receita da Caixa de Compensações), e nem sequer dispunha da
assessoria de um técnico/director financeiro para elaborar uma proposta de “orçamento”, sem mencionar
quantias certas, salvo raras excepções, deixando-se à consideração da Câmara dos Solicitadores o devido
enquadramento financeiro adequado.
Atendendo a que a actividade fiscalizadora da CPEE, evoluiu ao longo dos 3 anos de actividade, quer em
termos de metodologia, quer quanto aos resultados apresentados, e porque a CS só efectuou o pagamento do
montante total de € 10.816,82 referente aos encargos com as fiscalizações de 2011, quantia insuficiente e
desadequada face ao trabalho e ao tempo despendido pelos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE
nas fiscalizações realizadas, feito sem qualquer assessoria técnica, a qual é agora essencial e face ao volume de
trabalho (cfr. n.º 2 artigo 131.º do ECS) - 731 Agentes de Execução fiscalizados -, o Grupo de Gestão da
152/287
CPEE aprovou uma proposta de financiamento para as fiscalizações da CPEE para o ano de 2012, ao abrigo
do disposto no n.º 2 do artigo 127.º do ECS, conjugado com o artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22
de Julho, a qual foi enviada à CS através do oficio n.º 3758/2011, de 15 de Dezembro, tendo em vista a sua
apreciação e a aprovação total ou parcial da proposta de financiamento da CPEE, aguardando-se a resposta
da CS (cfr. Deliberações n.º 483/2011 e n.º 484/2011, de 15/11/2011, da CPEEGG).
Esta proposta de financiamento apresentada pela CPEE à CS assentou ainda nos resultados alcançados pela
CPEE e sede de fiscalizações (731 Agentes de Execução fiscalizados) e das Recomendações n.º s 65, 66 e 67
do Plenário da CPEE, de 22/11/2011, a saber:
a) Pagamento das 100 Fiscalizações Presenciais planeadas para o ano de 2012;
b) REC. 65 - Pagamento aos Agentes de Execução Fiscalizadores pela análise dos elementos recolhidos
em sede de fiscalização presencial e pela elaboração dos relatórios de fiscalização a submeter à CPEE –
94 Fiscalizações Pendentes de análise/elaboração de relatórios;
c) REC. 66 - Pagamento à assessoria técnica das Comissões de Fiscalização, pela análise dos elementos
recolhidos em sede de fiscalização presencial;
d) REC. 67 - Pagamento de assessoria técnica para a análise dos elementos recolhidos em sede de
fiscalização electrónica realizada aos 626 Agentes de Execução – 626 Fiscalizações Pendentes de
análise/elaboração de relatórios
A.) AS 100 FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS PLANEADAS PARA O ANO DE 2012
Atendendo aos resultados apresentados pela CPEE nos últimos dois anos em matéria de fiscalizações, em
face aos recursos existentes, à semelhança dos objectivos já traçados no sentido de aumentar a realização das
diligências de Fiscalização, e atendendo ainda ao facto de ser necessário, por imposição legal, proceder nos
próximos dois anos à fiscalização dos Agentes de Execução que iniciaram a sua actividade a partir de 2009
(cerca de 178 Agentes de Execução) a CPEE planeia realizar, em 2012, cerca de 100 Fiscalizações
Presenciais (50 Fiscalizações Extraordinárias e 50 Fiscalizações Ordinárias), conforme objectivo
proposto no Manual de Procedimentos de Fiscalização 2011/2012.
Actualmente, as Fiscalizações Presenciais são remuneradas apenas ao abrigo dos artigos 10.º e 11.º do
Regulamento de Fiscalizações de 2007 aprovado pelo Conselho Geral da CS, nos seguintes termos:
a) As Fiscalizações Ordinárias são compensadas mediante o pagamento a cada Agente de Execução
membro da Comissão de Fiscalização de Uma Unidade de Conta, contra a entrega do
correspondente recibo (cfr. artigo 10.º do Regulamento de Fiscalizações de 2007, aplicável ex vi do
n.º 2 do artigo 131.º do ECS);
153/287
b) As Fiscalizações Extraordinárias são compensadas mediante o pagamento a cada Agente de
Execução membro da Comissão de Fiscalização de Uma Unidade e Meia de Conta, contra a
entrega do correspondente recibo (cfr. artigo 11.º do Regulamento de Fiscalizações de 2007, aplicável
ex vi do n.º 2 do artigo 131.º do ECS).
O CPEE GG, aquando da proposta de financiamento para 2012, solicitou à CS um aumento dos valores
previstos no acima referido Regulamento da CS de 2007, porque são desajustados em relação ao trabalho
efetuado através da fiscalização feita pela CPEE desde 31/03/2009, nos termos da lei e dos Manuais de
Procedimentos da CPEE, pelo que se impunha a actualização de valores em face ao trabalho efectuado na
realidade, regulamentando-se de forma justa o disposto na alínea b) do art. 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009,
de 22 de Julho, razão pela qual, aliás, a CPEEP emitiu as Recomendações n.º 65, 66 e 67.
B.) REC. 65 DO PLENÁRIO DA CPEE - PAGAMENTO AOS AGENTES DE EXECUÇÃO
FISCALIZADORES PELA ANÁLISE DOS ELEMENTOS RECOLHIDOS EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO
PRESENCIAL E PELA ELABORAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO A SUBMETER À CPEE
De modo a potenciar o aumento da capacidade da CPEE para realizar mais fiscalizações à actividade dos
Agentes de Execuções, seja aumentando o número de Agentes de Execução Fiscalizadores, seja aumentando
a celeridade na entrega de relatórios de fiscalização, considerou-se essencial que fossem criados incentivos do
ponto de vista financeiro para a realização dessas tarefas por parte dos Agentes de Execução Fiscalizadores,
dado que o Processo de Fiscalização Presencial implica:
a) A deslocação ao escritório dos Agentes de Execução para recolher informações no âmbito do
escritório dos Agentes de Execução;
b) A recolha das informações e dos elementos segundo os procedimentos da CPEE – cfr. Manual de
Procedimentos de Fiscalização 2011/2012, disponível em
http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/MANUAL_DE_PROCEDIMENTOS_DE_FISCALIZACAO_2011-
2012.pdf ;
c) A análise de toda a documentação recolhida, incluindo Processos Judiciais e extractos bancários;
d) A elaboração dos relatórios de fiscalização a submeter à CPEE (actualmente, cada relatório é
composto, em média, por 150 páginas).
Só após a Deliberação do CPEEGG sobre o Relatório Final de Fiscalização é que se pode considerar que
uma fiscalização está concluída, pelo que razão pela qual a CPEE tem actualmente 94 Processos de
Fiscalizações pendentes de análise, devido à falta de um dos passos referidos nas alíneas a) a d),
supra.
154/287
O aumento da compensação financeira pela realização de uma Fiscalização Presencial, ao tornar-se uma
contrapartida equilibrada em face das diversas diligências que necessitam de ser realizadas em sede de
fiscalização, em especial: a) A análise dos documentos recolhidos em sede de fiscalização; b) A análise dos
extractos bancários relativas às contas-cliente; c) A elaboração do relatório final de fiscalização; poderá
desbloquear os Processos Pendentes e assegurar uma fiscalização eficaz.
Incentivando a candidatura de mais Agentes de Execução à Bolsa de Fiscalizadores da CPEE,
potenciando desta forma o aumento da capacidade de fiscalização da CPEE.
Só o efectivo financiamento da CPEE permitirá acompanhar de forma directa, imediata e eficaz a actividade
dos Agentes de Execução, e só dessa forma se conseguirá a necessária certificação da profissão e a
manutenção de padrões que permitam tornar mais eficaz a acção executiva, bem como categorizar e tipificar
as recomendações sobre a formação dos Agentes de Execução.
C.) REC. 66 DO PLENÁRIO DA CPEE - PAGAMENTO À ASSESSORIA TÉCNICA DAS COMISSÕES DE
FISCALIZAÇÃO, PELA ANÁLISE DOS ELEMENTOS RECOLHIDOS EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO
PRESENCIAL
Para além do aumento da contrapartida financeira dos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE,
considerou-se ainda essencial solicitar à CS a cabimentação de um valor para a criação e pagamento das
assessorias técnicas das Comissões de Fiscalização, legalmente previstas no n.º 3 do artigo 127.º, e no n.º 2 do
artigo 131.º, ambos do ECS, e cuja função é exactamente proceder à análise dos elementos recolhidos em
sede de fiscalização presencial (ex.: processos judiciais, extractos bancários) e à elaboração dos relatórios de
fiscalização a submeter à CPEE.
D.) REC. 67 DO PLENÁRIO DA CPEE - PAGAMENTO DE ASSESSORIA TÉCNICA PARA A ANÁLISE
DOS ELEMENTOS RECOLHIDOS EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO ELECTRÓNICA REALIZADA AOS
626 AGENTES DE EXECUÇÃO
A assessoria técnica das Comissões de Fiscalização referida na alínea anterior seria essencial ao tratamento
dos dados recolhidos no âmbito das 626 Fiscalizações Electrónicas realizada pela CPEE no ano de
2011 (em especial, a elaboração dos respectivos relatórios), assessoria que pode ser assegurada por uma
entidade externa que possa efectuar o necessário tratamento dos dados recolhidos electronicamente, quer
actualmente por email, quer pelo SISAAE (no futuro), através da Portaria n.º 308/2011, de 21/12 e Portaria
n.º 2/2012, de 02/01, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 131.º do ECS.
155/287
Até à data de aprovação do presente relatório anual (06/03/2012), a CPEE não obtivera a resposta da CS em
relação à proposta de financiamento feita através do seu ofício n.º 3758/2011, de 16/12/2011, nem às
Recomendações do Plenário da CPEE n.º s 65 a 67, nos termos acima expostos.
35.4. A INSUFICIÊNCIA DO SECRETARIADO - ALÍNEA C) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE
22/07
Entre Maio de 2009 e Agosto de 2010, a actividade da CPEE assentou numa única funcionária administrativa.
Após reiterados pedidos, em especial através do ofício da CPEE n.º 1550/2010, de 29 de Junho, no qual se
solicitava a afectação de 3 funcionárias para integrar o secretariado, baseando-se no acervo de competências
legais e de expediente, a CS admitiu mais uma funcionária.
O aumento de responsabilidade por parte do secretariado da CPEE, que implica um recrutamento rigoroso
pela mesma, é acompanhado pelo aumento exponencial de expediente, sendo de salientar que entre o dia
01/04/2011 e o dia 16/02/2012, a CPEE recebeu e enviou 10.255 ofícios, repartidos da seguinte forma:
a) Entre o dia 01/04/2011 e o dia 31/12/2011 – 8.457 ofícios (quase 9.000 ofícios):
- 5375 - n.º de registo de entradas;
- 3082 - n.º de registo de saídas;
b) Entre o dia 01/01/2012 e o dia 16/02/2012 – 1.798 ofícios (ou seja, cerca de 21% do total dos
ofícios referidos na alínea a) supra):
- 1215 - n.º de registo de entradas.
- 583 - n.º de registo de saídas.
Em 11/11/2011, a CS respondeu favoravelmente, concedendo na contratação de mais 2 (dois) colaboradores
com a categoria de assistentes administrativos, com contrato a prazo de 6 (seis) meses, em face do reiterado
pedido de financiamento feito pela CPEE (designadamente através do ofício da CPEE n.º 500/2011, de
04/03/2011, e através de elementos entregues aos representantes da CS na reunião que teve lugar na CPEE
no dia 05/05/2011) – cfr. ofício da CS n.º 4122/2011, de 11/11/2011.
Atendendo ao grau de exigência que se pretende manter no Secretariado CPEE face ao aumento exponencial
de trabalho, ao acervo de documentação a necessitar de arquivo, ao rigor no tratamento e classificação da
mesma, está em curso mas ainda não está concluído o processo de recrutamento necessário à selecção dois
funcionários para o exercício de funções de assistentes administrativos de um órgão disciplinar e de
fiscalização independente da CS, como é a CPEE.
156/287
35.5. A FALTA DE MATERIAL INFORMATIVO E DE DIVULGAÇÃO DA CPEE - ALÍNEA F) DO ART. 2.º DO
DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07
Ainda no âmbito da repartição de encargos financeiros entre as entidades financiadoras da CPEE, nos termos
do disposto na alínea f) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, incumbe à Câmara dos
Solicitadores suportar "Encargos com material informativo e de divulgação" da CPEE.
No ano de 2009 e 1.º trimestre de 2010 foi promovida pela CS e pela DGPJ a efectiva distribuição de alguns
exemplares dos cartazes de divulgação da actividade da CPEE, por Tribunais Judiciais e Conservatórias de
Registo Comercial e Predial.
No entanto, em três anos de actividade da CPEE não foram publicados, nem distribuídos os documentos
elaborados pela Comissão para a Eficácia das Execuções que são de toda a relevância para formação dos
agentes de execução e publicitação da actividade desenvolvida pela CPEE, a saber:
Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2009/2010;
Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012;
Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e de Processo Disciplinar 2009/2010;
1.º Relatório Anual de Actividades da CPEE 2009/2010;
2.º Relatório Anual de Actividades da CPEE 2010/2011;
Recomendações da CPEE 2009/2010;
Recomendações da CPEE 2011/2012
Conclusões da 1.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" – Junho 2010;
Conclusões da 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e Workshop “As boas
Práticas na Actividade do Agente de Execução” – Setembro 2011.
Não obstante a inexistência de publicações promovidas pela CS, através de edição impressa, a CPEE
procedeu à divulgação de todas as suas publicações, através da sua publicitação no seu sítio na Internet, e
através da impressão de exemplares, encadernados a quente ou com argolas.
157/287
36. A NECESSIDADE DE MELHORIA DO ACESSO AO SISAAE
Desde 09/04/2010 que a CPEE acede ao SISAAE através de um perfil próprio mediante a introdução de
uma palavra-chave que lhe foram atribuídas pela CS.
A criação de um perfil próprio da CPEE no SISAAE permite-lhe consultar os processos executivos a cargo
dos vários Agentes de Execução e as comunicações electrónicas disponíveis em cada processo judicial
realizadas entre o Agente de Execução, as partes, o Tribunal e outras entidades.
Em 20/07/2011 a CS disponibilizou à CPEE outra ferramenta electrónica no SISAAE que lhe permite
comunicar electronicamente com os Agentes de Execução mediante o envio de emails, ofícios e outra
documentação através do SISAAE, onde ficam registadas as comunicações referidas, tendo os membros do
Grupo de Gestão da CPEE recebido formação sobre esta nova funcionalidade nesta mesma data.
Por sua vez, desde 11/11/2011 que a CS disponibilizou à CPEE um novo sistema de pesquisa dos processos
judiciais a cargo dos Agentes de Execução, possibilitando que a CPEE pesquisasse os processos judiciais não
só através da introdução do número do processo judicial mas também através da introdução do nome do
Agente de Execução ou da sua cédula profissional, obtendo desta forma o acesso a todos os processos
judiciais que cada Agente de Execução tem a seu cargo e o seu número total.
Para além disso, em Janeiro de 2012 a CS disponibilizou à CPEE uma nova funcionalidade “Cadastro” que
ainda se encontra em fase de aperfeiçoamento e que permite consultar o registo dos processos disciplinares
instaurados contra determinado Agente de Execução nos vários órgãos da CS e na CPEE e conhecer as penas
disciplinares respectivamente aplicadas.
Em suma, à data do presente relatório de actividades a CPEE dispõe de um perfil próprio no SISAAE que
lhe permite realizar as seguintes tarefas:
a) Aceder aos processos judiciais e à respectiva informação registada no SISAAE, mediante uma
pesquisa por número do processo judicial;
b) Aceder a todos os processos judiciais que se encontram a cargo de um determinado Agente de
Execução, mediante uma pesquisa por nome do Agente de Execução ou por cédula profissional;
c) Aceder ao número total de processos judiciais a cargo de cada Agente de Execução;
d) Aceder ao registo dos processos disciplinares em curso contra um determinado Agente de Execução
bem como conhecer as penas disciplinares respectivamente aplicadas.
158/287
Contudo, importa referir que com a publicação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Fevereiro, que regula o acesso
da CPEE aos sistemas electrónicos CITIUS e SISAAE com os seguintes objectivos:
a) Destina -se a agilizar o exercício das competências que lhe são legalmente atribuídas em matéria
disciplinar e de fiscalização do agente de execução, permitindo:
b) Consultar a tramitação processual e respectivo histórico;
c) Obter as informações estritamente necessárias sobre a actividade dos agentes de execução;
d) Executar electronicamente as suas decisões;
e) Comunicar electronicamente com o tribunal, com as partes que pratiquem actos por via electrónica e
com os agentes de execução.
foram definidas novas permissões de acesso da CPEE a mais informação constante dos sistemas informáticos
referidos o que implica o desenvolvimentos de novas funcionalidades ou a sua adaptação tanto no CITIUS
como no SISAAE, as quais serão disponibilizadas de forma faseada e nos termos do artigo 17.º da Portaria
n.º 2/2012, de 2 de Fevereiro que define uma entrada em vigor faseada dos preceitos da Portaria, estipulando
três datas de entrada em vigor, a saber:
a) 30/01/2012;
b) 30/03/2012;
c) 29/06/2012;
Assim, neste momento a CPEE ainda não tem acesso ao SISAAE para executar as suas deliberações e para
aceder a um conjunto de informações disponibilizadas de forma agregada e que se encontra prevista na
Portaria n.º 2/2012, de 2 de Fevereiro (cfr. ANEXO XIV), destacando-se as seguintes:
a) Para efeitos de instrução do procedimento conducente à emissão de parecer da CPEE quanto à
reinscrição como agente de execução, o SISAAE disponibiliza a seguinte informação: (i) A data em
que o agente de execução cessou funções; (ii) O número de processos disciplinares pendentes em
relação ao requerente, enquanto agente de execução; (iii) O registo das penas disciplinares aplicadas
ao requerente, enquanto agente de execução. (artigo 4.º);
b) Para efeitos de instrução do procedimento relativo à decisão da CPEE acerca dos pedidos de
suspensão de nomeação para novos processos judiciais formulados pelos agentes de execução,
durante determinado período de tempo, o SISAAE disponibiliza o número de dias em que o agente
de execução esteve suspenso de ser nomeado para novos processos (artigo 5.º);
c) O envio dos requerimentos pelos agentes de execução à CPEE e a notificação das decisões da CPEE
ao agente de execução, efectuam-se por via electrónica através do SISAAE;
159/287
d) Para efeitos de instrução do procedimento subjacente à decisão dos pedidos de escusa dos agentes de
execução ou sobre questões relacionadas com impedimentos e suspeições dos agentes de execução,
os sistemas de informação disponibilizam as datas de designação do agente de execução e de
disponibilização de acesso por este ao processo (artigo 6.º);
e) Para efeitos de instrução do procedimento relativo à destituição de agentes de execução, o SISAAE
disponibiliza a informação constante do processo de execução em causa, o registo de cada diligência,
notificação e acto processual praticados pelo agente de execução cuja destituição está em causa,
incluindo as datas de recepção no processo judicial das comunicações do agente de execução
dirigidas ao tribunal e de recepção das comunicações pelo agente de execução no SISAAE (artigo
7.º);
f) Para efeitos de aplicação de medidas cautelares aos agentes de execução em sede de processo
disciplinar, em especial, a suspensão preventiva de funções e o bloqueio dos movimentos a débito
das contas -clientes, o SISAAE disponibiliza a seguinte informação: (i) A conta -corrente
discriminada de cada processo de execução; (ii) Em cada processo de execução, os movimentos
efectuados na conta -cliente dos exequentes, contendo todas as quantias recebidas e destinadas a
preparos, despesas e honorários do agente de execução arguido; (iii) Em cada processo de execução,
os movimentos efectuados pelo agente de execução arguido na conta–cliente dos executados,
contendo todas as quantias recebidas e destinadas ao pagamento da quantia exequenda e demais
encargos com o processo; (iv) Os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes e na
conta-cliente dos executados, pelo agente de execução arguido (artigo 8.º);
g) Para efeitos de instrução dos processos disciplinares dos agentes de execução e aplicação das
respectivas penas disciplinares, o SISAAE disponibiliza: (i) O registo de cada diligência, notificação e
acto processual praticado pelo agente de execução arguido em cada processo de execução, incluindo
as datas de recepção das comunicações pelo agente de execução no SISAAE; (ii) A data em que o
agente de execução cessou funções; (iii) O número de processos disciplinares pendentes na Câmara
dos Solicitadores em relação ao agente de execução arguido; (iv) O registo das penas disciplinares
aplicadas ao agente de execução arguido (artigo 9.º);
h) Para efeitos de fiscalização dos agentes de execução, o SISAAE disponibiliza (i) Em cada processo de
execução a cargo do agente de execução fiscalizado, o registo de cada diligência, notificação e acto
processual por si praticados, incluindo as datas de recepção das comunicações pelo agente de
execução no SISAAE; (ii) A conta -corrente discriminada de cada processo de execução a cargo do
agente de execução fiscalizado; (iii) Em cada processo de execução, os movimentos efectuados na
conta -cliente dos exequentes, contendo todas as quantias recebidas e destinadas a preparos, despesas
e honorários do agente de execução fiscalizado; (iv) Em cada processo de execução, os movimentos
160/287
efectuados na conta -cliente dos executados, contendo todas as quantias recebidas e destinadas ao
pagamento da quantia exequenda e demais encargos com o processo; (v) Todos os movimentos
efectuados pelo agente de execução fiscalizado na conta -cliente dos exequentes e na conta -cliente
dos executados; (vi) A lista de todos os processos de execução em que o agente de execução em
causa foi substituído (artigo 10.º);
i) Execução das deliberações da CPEE relativas à suspensão de nomeação de Agentes de Execução
para novos processos judiciais (artigo 5.º), aos pedidos de verificação de situações de impedimentos,
escusas e suspeições dos Agentes de Execução (artigo 6.º), à destituição de agentes de execução num
determinado processo de execução (artigo 7.º), à decisão de aplicação pela CPEE da medida cautelar
de suspensão preventiva de funções de agente de execução por mais de 10 dias (artigo 8.º) e à
aplicação de penas disciplinares (artigo 9.º).
161/287
PARTE VII
CONCLUSÕES
No final do terceiro ano de actividade, aquando da apresentação das actividades desenvolvidas quer pelo
Plenário, quer pelo Grupo de Gestão, importa verificar, como primeiro balanço, o cumprimento do exercício
de auto-responsabilização que consta do Programa de Acção da CPEE 2009-2012. Importará analisar, por
referência a cada um dos três objectivos definidos no mesmo, as medidas concretas, tendo em vista os
resultados a atingir fixados, que já foram realizadas e aquelas que ainda terão de ser colocadas em prática
durante a vigência do Programa de Acção (triénio 2009-2012).
37. OBJECTIVO I
Atenta a actividade desenvolvida pela CPEE neste terceiro ano de actividades (Abril de 2011 a Fevereiro de
2012), importa agora verificar, no âmbito do OBJECTIVO I da actividade da CPEE: “PROMOVER A
EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES: CELERIDADE E EFICIÊNCIA, ATRAVÉS DO PROCESSO ELECTRÓNICO”, os
resultados que neste terceiro ano de funcionamento da Comissão já foram alcançados.
No que se refere às medidas já implementadas no terceiro ano de actividade, no âmbito do Resultado a
atingir I.1. A melhoria da eficácia através da participação de todos os intervenientes na Justiça (cfr.
Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012) elencam-se as seguintes:
Monitorização periódica da acção executiva, aproveitando o contributo de cada um dos membros
da CPEE, e a análise de conjunto que daí resulta;
Recolha dos dados necessários à análise anual pelo Plenário das execuções iniciadas, findas e
paradas;
Recolha dos dados e informação relevante sobre a actividade dos Agentes de Execução com vista a
obter as causas de pendência processual e a contribuir para a diminuição da pendência processual;
Incentivo aos Agentes de Execução a extinguir os processos executivos quando já não há bens
penhoráveis, eliminando-se as falsas pendências processuais;
Obtenção do número total de processos executivos que se encontram sem qualquer tramitação há
mais de 3 meses;
Publicação e monitorização da entrada em funcionamento da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro,
que regula o acesso electrónico da CPEE ao CITIUS e ao SISAAE;
162/287
Aprovação do relatório anual de actividades da CPEE, com discussão e aprovação pelo Plenário,
com base nos dados obtidos através da monitorização da acção executiva, quanto a
intervenções/alterações legislativas entendidas como justificadas;
Emissão de 105 recomendações sobre a eficácia das execuções e a formação dos agenets de
execução;
Implementação de metodologias de recolha de dados tendo em vista a emissão de recomendações
sobre a eficácia das execuções, aproveitando o contributo de todos os membros do Plenário da
CPEE;
Estabelecimento de acordos de colaboração e protocolos de cooperação com todas as entidades
que possam promover a eficácia das execuções (refira-se, designadamente, o celebrado com o
Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução e os protocolos celebrados com os
Departamentos de Investigação Penal de Lisboa, Coimbra e Porto).
Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da
CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir I.1. A melhoria da eficácia através da participação de todos os
intervenientes na Justiça elencam-se as seguintes:
Continuação da promoção da celeridade processual através de pedidos de esclarecimentos e
informações às entidades competentes sempre que o processo se encontrar parado por causas
imputáveis às mesmas;
Continuação da emissão de pareceres e sugestões quanto a actos legislativos e regulamentares
(sempre que solicitador pelo legislador ou quando a CPEE entenda necessário emitir parecer
porque a matéria justifica);
Implementação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, que regula o acesso electrónico da CPEE
ao CITIUS e ao SISAAE;
Continuação do incentivo e acompanhamento dos Agentes de Execução na extinção dos processos
executivos quando já não há bens penhoráveis, eliminando-se as falsas pendências processuais, e a
recolher novos dados sobre a matéria;
Divulgação e Publicação dos resultados da implementação da simplificação da acção executiva
(tempo de demora dos actos, número de participações de agentes de execução, número de agentes
de execução livremente destituídos pelo exequente, tempo médio da execução desde a sua entrada
até à sua extinção, número de adesões aos planos de pagamento, etc.);
Monitorização periódica da acção executiva, aproveitando o contributo de cada um dos membros
da CPEE, e a análise de conjunto que daí resulta;
163/287
Recolha dos dados necessários à análise anual pelo Plenário das execuções iniciadas, findas e
paradas;
Continuação da cooperação com a CEPEJ e a UIHJ tendo em vista a promoção da eficácia das
execuções em Portugal;
Início da cooperação com a Agência de Supervisão Financeira dos Agentes de Execução da
Holanda (Bureau Financieel Toezicht).
No que se refere às medidas já implementadas no terceiro ano de funcionamento, no âmbito do
Resultado a atingir I.2. Aumentar a qualidade e a exigência da formação inicial e contínua dos
agentes de execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012) elencam-se as
seguintes:
Preparação dos documentos e realizar as diligências para a emissão de recomendações sobre a
formação dos agentes de execução.
Escolha e designação da entidade externa e independente responsável pela elaboração do exame de
admissão ao 3.º estágio de Agentes de Execução e pela avaliação final dos Agentes de Execução
estagiários.
Ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-
2012, e por referência ao Resultado a atingir I.2. Aumentar a qualidade e a exigência da formação
inicial e contínua dos agentes de execução elencam-se as seguintes:
Preparação dos documentos e realizar as diligências necessárias à divulgação/publicação dos
resultados da implementação da simplificação da acção executiva (tempo de demora dos actos,
número de participações de agentes de execução, número de agentes de execução livremente
destituídos pelo exequente, tempo médio da execução desde a sua entrada até à sua extinção,
número de adesões aos planos de pagamento, etc.);
Continuação da cooperação com a CEPEJ e a UIHJ, e início da cooperação com a Agência de
Supervisão Financeira dos Agentes de Execução da Holanda (Bureau Financieel Toezicht) tendo em
vista a dignificação da profissão de Agente de Execução enquanto profissional liberal sujeito a um
rigoroso estatuto público, de molde a que actue no estrito cumprimento da lei, com imparcialidade
e isenção, assegurando o equilíbrio entre as garantias processuais das partes.
Implementação de uma notificação aos agentes de execução, de forma automática e electrónica,
sempre que o processo executivo estiver parado mais de 40 dias, decorrente das medidas
operacionais em curso inerentes à aplicação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro.
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38. OBJECTIVO II
Atenta a actividade desenvolvida pela CPEE neste terceiro ano de actividades, importa agora verificar, no
âmbito do Objectivo II da actividade da CPEE “CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DO NÍVEL DE
FORMAÇÃO TÉCNICA E DEONTOLÓGICA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO, REFORÇANDO A SUA
DISCIPLINA E PROMOVENDO A DINAMIZAÇÃO DO E-AGENTE DE EXECUÇÃO”, os resultados já atingidos,
neste terceiro ano de funcionamento da Comissão:
Como medidas já implementadas no terceiro ano de funcionamento, no que se refere ao Resultado a
atingir II.1. Aumentar a transparência da actividade, a qualidade e a exigência da formação inicial e
contínua dos agentes de execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012)
elencam-se as seguintes:
Definição do número de candidatos a admitir no 3.º estágio de agente execução;
Aprovação do relatório com os critérios de selecção da entidade externa e independente responsável
pela elaboração do exame de admissão a estágio e pela avaliação do trabalho desenvolvido pelo
agente de execução estagiário durante o estágio referente ao 3.º estágio
Continuação da divulgação das “Perguntas Frequentes” (FAQ) acerca da CPEE, e de “Perguntas
Frequentes” (FAQ) acerca da Acção Executiva em http://www.cpee.pt e ainda do "Manual de
Perguntas e Respostas sobre a Acção Executiva" que foi elaborado pela DGPJ e pela CPEE;
Continuação do estabelecer intercâmbios de informação em http://www.cpee.pt mediante a divulgação
das actividades desenvolvidas no estrangeiro, designadamente pela CEPEJ - Comissão Europeia para
a Eficácia da Justiça (CEPEJ) - e pelos Huissiers de Justice, mormente pela União Internacional dos
Huissiers de Justice, das participações da Presidente da Comissão em conferências de cariz nacionais e
internacional e bem assim de opiniões e relatórios importantes relacionados com a actividade das
referidas entidades e da CPEE, divulgando estudos de direito comparado com base na troca de
experiência e informação;
Emissão de parecer acerca da reinscrição ou registo como agente de execução;
Decisão dos pedidos dos agentes de execução de suspensão de aceitar novos processos; decidindo os
pedidos de escusa, os impedimentos e suspeições dos agentes de execução;
Promoção de acções de formação contínuas, apoiadas, acompanhadas e eventualmente participadas
por elementos da CPEE;
Organização de acções de formação e conferências que contem com a presença de representantes de
entidades nacionais e internacionais homólogas à CPEE e à CS, reforçando a cooperação
internacional com entidades homólogas da CPEE ou que partilham os mesmos objectivos.
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Realização de um exame de avaliação e selecção dos Agentes de Execução Liquidatários, em
colaboração com a Câmara dos Solicitadores
Como medida ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da
CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir II.1. Aumentar a transparência da actividade,
a qualidade e a exigência da formação inicial e contínua dos agentes de execução, elenca-se a seguinte:
Elaboração e divulgação pela CPEE de um Prémio “Boas Práticas da Actividade do Agente de Execução”;
Como medidas já implementadas no terceiro de funcionamento, no que se refere ao Resultado a atingir
II.2. Melhoria do grau de cumprimento da lei, das normas éticas, deontológicas e disciplinares pelos
agentes de execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012) destacam-se as
seguintes:
Colocação em discussão pública, no sítio da CPEE na Internet, disponível em http://www.cpee.pt
(no campo denominado “CPEE-Audição Pública”), dos princípios gerais do Manual de Boas Práticas do
Agente de Execução e do Código Deontológico do Agente de Execução;
Divulgação no sítio da CPEE na Internet das informações referentes ao 1.º, 2.º e 3.º estágios de
agentes de execução;
Promoção da elaboração de manuais de boas práticas, tendo em vista a melhoria da qualidade do
serviço prestado pelo agente de execução.
Como medida ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da
CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir II.2. Melhoria do grau de cumprimento da lei,
das normas éticas, deontológicas e disciplinares pelos agentes de execução, elenca-se a seguinte:
Publicação pela CPEE de um Manual de Boas Práticas/ de Conduta/ de um Código de Ética, cuja
elaboração está a concluir-se, uma vez que as “Linhas Gerais do Manual de Boas Práticas do Agente de
Execução” foram divulgadas em http://www.cpee.pt num campo específico denominado “CPEE-Audição
Pública”.
No que se refere às medidas já implementadas no terceiro ano de actividade, no âmbito do Resultado a
atingir II.3. Detecção e punição em tempo útil do incumprimento das normas legais e estatutárias
pelo agente de execução, e sua eficiente fiscalização e inspecção (cfr. Programa de Acção e Linhas
de Orientação da CPEE 2009-2012) elencam-se as seguintes:
Adopção de planos de fiscalização ordinária dos agentes de execução, designadamente o início da
fiscalização ordinária electrónica, à distância, de todos os agentes de execução;
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Continuação da divulgação das FAQ sobre as suas competências e ainda sobre a acção executiva, em
http://www.cpee.pt, a CPEE fomentou o conhecimento pelos cidadãos e pelas empresas da sua
actividade e da actividade do agente de execução.
Publicação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, no âmbito da qual se prevê o acesso da CPEE a
um conjunto de informação essencial para a fiscalização e para o exercício da competência disciplinar
da CPEE, mediante o acesso ao CITIUS e SISAAE.
Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da
CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir II.3. Detecção e punição em tempo útil do
incumprimento das normas legais e estatutárias pelo agente de execução elencam-se as seguintes:
Implementação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, na parte em que prevê a desmaterialização
dos procedimentos de decisão das competências da CPEE que asseguram ao agente de execução um
processo disciplinar e de fiscalização mais célere, no âmbito de uma aplicação informática eficaz, que
permita a comunicação electrónica entre a CPEE;
Continuação da divulgação em http://www.cpee.pt com carácter regular, das violações da lei detectadas
e as sanções disciplinares aplicadas (cuja publicidade se encontre prevista);
Execução da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, no âmbito da qual se prevê o acesso da CPEE a
um conjunto de informação essencial para a fiscalização e para o exercício da competência disciplinar
da CPEE, mediante o acesso ao CITIUS e SISAAE.
Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da
CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir II.4. E-Agente de Execução elencam-se as
seguintes:
Implementação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, na parte respeitante à desmaterialização dos
processos disciplinares e das fiscalizações e dos restantes procedimentos de decisão das competências
da CPEE;
Possibilidade de a CPEE comunicar com os Agentes de Execução e executar as suas decisões através
do SISAAE, enviando notificações electrónicas através deste sistema, concretizando assim a Portaria
n.º 2/2012, de 2 de Janeiro;
Participação da CPEE em acções de formação sobre o SISAAE tendo em vista a sua promoção e
incentivar a respectiva utilização junto dos agentes de execução.
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39. OBJECTIVO III
Atenta a actividade desenvolvida pela CPEE neste terceiro ano de actividade, importa agora verificar, no
âmbito do Objectivo III da actividade da CPEE “ASSEGURAR A DIVULGAÇÃO DA CPEE E PROMOVER A
SUA ACTUAÇÃO ATRAVÉS DE MEIOS ELECTRÓNICOS (E-CPEE), TORNANDO-A O ELO DE LIGAÇÃO
ENTRE OS OPERADORES JUDICIÁRIOS, OS CIDADÃOS E AS EMPRESAS”, os resultados a atingir que, neste
terceiro ano de funcionamento da Comissão, foram cumpridos.
Assim, a CPEE, na qualidade de órgão novo ao serviço da Justiça, procurou orientar a sua actuação,
também no sentido de divulgar e aproximar a actividade da CPEE aos operadores judiciários (maxime, os
agentes de execução) e aos cidadãos e empresas, para que estes possam dirigir-se à CPEE sempre que
entendam conveniente, constituindo um canal de comunicação entre a CPEE e os utentes da Justiça e o
tecido económico, tendo em vista reforçar a confiança na Justiça e contribuir para a definição de soluções
que promovam a eficácia das execuções.
Reflexo dos nossos esforços e do interesse crescente da matéria (até ao nível do Memorando de
Entendimento celebrado entre o Governo Português e a CE-BCE-FMI, a actividade da Comissão
tem sido reconhecido pela opinião pública, assim permitindo atingir o objectivo traçado.
Como medidas já implementadas no terceiro ano de actividade, no que se refere ao Resultado a atingir
III.1. Promover a E-CPEE e a sua divulgação (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-
2012) elencam-se as seguintes:
Manutenção e melhorias no sítio da CPEE na Internet – http://www.cpee.pt -, através do qual se faz a
divulgação da actividade da CPEE, de forma transparente, designadamente, a publicitação do
calendário das reuniões e deliberações da CPEE, de documentos relevantes elaborados pela
Comissão no exercício da sua actividade, de acontecimentos com especial relevo para esta área;
Manutenção em http://www.cpee.pt de uma área de acesso restrito aos Membros do Plenário da CPEE
para acompanhamento dos trabalhos da CPEE;
Manutenção em http://www.cpee.pt de uma área de acesso restrito aos Membros do Grupo de Gestão da
CPEE, para acompanhamento dos trabalhos da CPEE;
Continuação da publicitação das publicações da CPEE em http://www.cpee.pt;
Divulgação da CPEE através da sua participação em conferências, seminários e outros eventos.
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Como medida ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da
CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir III.1. Promover a E-CPEE e a sua divulgação
elenca-se a seguinte:
Divulgação da CPEE mediante pequeno anúncio radiofónico e/ou televisivo.
No que se refere às medidas já implementadas no terceiro ano de actividade, no âmbito do Resultado a
atingir III.2. Reforçar o elo de ligação entre a CPEE, os cidadãos e as empresas (Cfr. Programa de Acção
e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012) elencam-se as seguintes:
Continuação da divulgação em http://www.cpee.pt de informação relevante para os cidadãos e as
empresas, numa linguagem clara (sem a complexidade própria da linguagem técnico-jurídica), como
sejam as respostas a FAQ acerca da CPEE e a FAQ acerca da Acção Executiva.
Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da
CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir III.2. Reforçar o elo de ligação entre a CPEE,
os cidadãos e as empresas elenca-se a seguinte:
Promoção e realização de sessões de debate periódicas, fechadas e abertas ao público, visando
abarcar as diferentes sensibilidades e preocupações daqueles que são representados pelos membros
do Plenário da CPEE – incentivar a efectiva participação e divulgação desses eventos através de cada
membro do Plenário, consoante os temas e o público-alvo em causa;
Realização de inquéritos periódicos aos utentes da acção executiva (particulares e profissionais do
foro), para avaliar o grau de satisfação quanto ao novo sistema de execuções;
Realização de inquéritos periódicos aos utentes da acção executiva (particulares e profissionais do
foro), para avaliar o grau de satisfação em relação à actividade desempenhada pelo agente de
execução.
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40. A URGENTE NECESSIDADE DE APOIO FINANCEIRO À CPEE PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E
CÂMARA DOS SOLICITADORES - AS DIRECTRIZES CE-BCE-FMI
Conforme referido no Ponto 33 da Parte VI do presente Relatório, o Grupo de Gestão da CPEE pode
ser assessorado por peritos ou técnicos por si escolhidos, a recrutar dentro da dotação máxima anual
que for fixada por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das
Finanças e da Justiça – cfr. o n.º 3 do artigo 69.º- F do ECS.
Em 2009, através da publicação do Despacho n.º 386/2010, de 7 de Janeiro, que determinou a atribuição de
€44.800,00, foi assegurada a assessoria técnica do Grupo de Gestão da CPEE para esse ano.
No entanto, as verbas solicitadas para os anos de 2010 e 2011 não foram objecto de emissão do competente
despacho, sendo que até à data da elaboração do presente Relatório a fixação da verba destinada para o ano
de 2012 ainda não foi objecto de despacho favorável, tendo a CPEE recebido no dia 19/09/2011 o ofício n.º
103, de 16/09/2011, (Referência P.º 1986/2008), do Gabinete do Secretário de Estado da Administração
Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça, no qual se podia ler a transcrição do despacho
proferido por S. Exa. o Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos do
Ministério da Justiça, datado de 14/09/2011, relativo ao pedido da dotação financeira para o
recrutamento de assessores CPEE:
“Tendo em conta as limitações orçamentais para 2012, e considerando o presente parecer e o facto da acção executiva se
encontrar em reavaliação no âmbito da Comissão da Reforma do Processo Civil; considerando o valor referência anual
constante do Relatório Intercalar de Abril de 2011 proferido pelo Conselho Superior da Magistratura e em face da difícil
conjuntura económica e do propósito de redução de despesas em sede, particularmente, contratação de recursos humanos,
considero não se justificar a contratação de peritos e técnicos para assessoria.”
A falta de emissão de tais despachos coloca em causa o normal funcionamento da CPEE, atenta, desde logo,
a crescente solicitação da intervenção desta Comissão ao nível da análise das participações recebidas na
CPEE, da instrução dos processos disciplinares e da elaboração e análise dos relatórios das diligências de
fiscalização aos escritórios dos agentes de execução, sem esquecer a colaboração que a CPEE presta ao nível
da formação dos Agentes de Execução e da sua participação em grupos de trabalho relacionados com a
eficácia da Justiça, como se demonstrou no Ponto 33 da Parte VI do presente Relatório.
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Importa realçar que o exercício das competências cometidas ao Grupo de Gestão da CPEE com qualidade,
eficiência e celeridade estão também dependentes do apoio financeiro prestado à CPEE, nomeadamente ao
nível do recrutamento de assessores e/ou peritos para o apoio do exercício das competências do Grupo de
Gestão. Assinale-se que o recrutamento aqui em causa não implica a “contratação de peritos e técnicos” nos termos
da legislação aplicável aos trabalhadores que exercem funções públicas, porquanto a CPEE não dispõe de
quadro de pessoal, mas depende, anualmente, da emissão de um despacho conjunto dos membros do
governo responsáveis pela justiça e finanças que fixaria a dotação financeira da assessoria técnica do Grupo
de Gestão da CPEE.
Sendo evidente o relevo que as competências atribuídas à CPEE em matéria de disciplina e fiscalização dos
Agentes de Execução e de eficácia das acções executivas representam para o tecido económico-social, uma
adequada dotação de meios daqueles que exercem esta missão, em especial quando tal dotação encontra plena
habilitação legal, fortemente sufragada por uma ampla maioria parlamentar que entendeu que este seria um
relevante instrumento para aumento da eficácia das execuções, representa um retorno para a eficácia da
Justiça e para a economia do País.
Para além do mais, a adequada dotação de meios financeiros conferiria à CPEE um reforço das suas
competências enquanto órgão democrático, pluralista e independente ao serviço da Justiça, tendo sido
inclusivamente defendido publicamente durante o ano de 2011 a urgente necessidade de reforçar os recursos
humanos da CPEE por diversas oradores e personalidades públicas e nacionais tais como S. Exa. o
Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da Magistratura (Noronha Nascimento),
o Presidente da União Internacional dos Huissiers de Justice e Oficiais de Justiça (Leo Netten), o 1.º Vice-
Presidente da União Internacional dos Huissiers de Justice e Oficiais de Justiça (Bernard Menut), o Professor
Doutor António Rebelo de Sousa, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade
Técnica de Lisboa, o Professor Guillaume Payan, da Universidade de Maine, durante a 1.ª Conferência
Internacional, que decorreu nos dias 18 e 19 de Junho de 2010, em Lisboa
(http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CONCLUSOES_da_CONFERENCIA_INTERNACIONAL_CPEE
_JUNHO_2010.pdf), e o Desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa, Juiz Paulo Rijo Ferreira, no
âmbito da 2.ª Conferência Internacional, que ocorreu nos dias 23 e 24 de Setembro de 2011, em Espinho
(http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CONCLUSOES_2_CONFERENCIA_INTERNACIONAL_WORK
SHOP_CPEE_SETEMBRO_2011.pdf ).
171/287
Em relação à CS, tal como enunciado no Ponto 35, supra, em sede de fiscalização e de apoio de
secretariado da CPEE, entendemos que importa colocar em prática as directrizes enunciadas no
ofício da CS n.º 412/2011, de 11/11/2011, em síntese:
a) RECOMENDAÇÕES DO PLENÁRIO DA CPEE:
REC. 65 - Pagamento aos Agentes de Execução Fiscalizadores pela análise dos elementos
recolhidos em sede de fiscalização presencial e pela elaboração dos relatórios de fiscalização
a submeter à CPEE – 94 Fiscalizações Pendentes de análise/elaboração de relatórios;
REC. 66 - Pagamento à assessoria técnica das Comissões de Fiscalização, pela análise dos
elementos recolhidos em sede de fiscalização presencial;
REC. 67 - Pagamento de assessoria técnica para a análise dos elementos recolhidos em sede
de fiscalização electrónica realizada aos 626 Agentes de Execução – 626 Fiscalizações
Pendentes de análise/elaboração de relatórios;
b) Melhoria de acesso ao SISAAE – retirar as potencialidades e virtualidades da realização pela CPEE
de uma eficaz fiscalização das contas-clientes/Processos Judiciais (conciliação bancária) dos Agentes
de Execução via SISAAE;
c) Pagamento das 100 Fiscalizações Presenciais planeadas para o ano de 2012, de forma justa e
adequada, actualizando-se os valores do Regulamento da CS de 2007;
d) Contratação de mais 2 administrativos para o secretariado da CPEE.
Por último, acresce que os representantes da CE-BCE-FMI entenderam igualmente ser essencial
dotar a CPEE de meios financeiros adequados, tal como se pode ler nos pontos 7.3 e 37 dos
Relatórios da 1.ª e 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira - Memorando
de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco Central
Europeu e o Fundo Monetário Internacional, a saber:
Ponto 7.3. do Relatório da 1.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -
Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco
Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional
“7.3. Given the pivotal role of enforcement agents in the debt enforcement process, strengthen the legal and
institutional framework in line with international practice with a particular focus on the
financing structure and authority of the oversight body, including adopting a decree-law by
end December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files”.
172/287
Ponto 7.3. do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -
Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco
Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional
“7.3 Strengthen the legal and institutional framework for enforcement agents in line with international practice with a
particular focus on the financing structure and authority of the oversight body.
Adopt a regulation by end-December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files.
To improve the legal and institutional framework for the enforcement agents, prepare an action plan by end-February
2012 to:
i) identify measures over the next twelve months to achieve the objectives of strengthening the authority and financing structure of the oversight body and enhancing the accountability of enforcement agents, and
ii) include an analysis of the feasibility of a fee structure that incentivizes speedy enforcement. In addition, make the oversight body’s full access to the enforcement case files, including financial data operational by 15
March 2012”.
Ponto 37 do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -
Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco
Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional
“37. We are implementing targeted measures to achieve a steady reduction of the backlogged enforcement cases.
An inter-agency task force will be established by en-November 2011 to set quarterly targets for closing enforcement cases
and prepare quarterly reports on implementation status, with the first report to be completed by February, 15 2012. To
improve the legal and institutional framework for enforcement agents, we will prepare an action plan by end-February
2012 to: (i) identify measures over the next twelve months to achieve the objectives of strengthening the authority and
financing structure of the oversight body and enhancing the accountability of enforcement agents, and (ii) include an
analysis of the feasibility of a fee structure that incentivizes speedy enforcement.
In addition, the oversight body’s full access to the enforcement case files, including financial data, will become operational
by March 15, 2012”.
Por último, importa ainda assinalar as inelutáveis gravosas consequências práticas da falta de financiamento
da CPEE, em particular, para o ano de 2012, devido por um lado, à pendência acumulada devido à falta de
financiamento já durante os anos de 2010 e de 2011, e em especial, a possível/eventual prescrição de
infracções disciplinares praticadas pelos Agentes de Execução e comunicadas à CPEE no início da sua
actividade (Março de 2009).
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