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22ª Romaria do Trabalhador
Saúde, Vida e Trabalho 6 de maio de 2012 – Conceição do Rio Verde - MG
Folheto de Reflexão Para as Comunidades - Número 60 - Abril/Maio - 2012
Realização - CEBs - Comunidades Eclesiais de Base
Diocese da Campanha - MG
22a Romaria do Trabalhador
6 de Maio de 2012 – Conceição do Rio Verde - MG
Folheto de Reflexão Para as Comunidades - Número 60 - Abril/Maio 2012
Responsáveis pelo texto: Maria Aparecida Carvalho, Maria Lucely de Souza, Luís
Henrique Alves Pinto.
Ilustrações: Luís Henrique Alves Pinto
Fontes: Texto: Fraternidade e Saúde Pública do Pe. Alfredo J. Gonçalves; Texto Base
da Campanha da Fraternidade 2012.
Informações Importantes sobre a Romaria dos Trabalhadores
A 22ª Romaria do Trabalhador acontecerá em Conceição do Rio Verde - MG.
Terá início às 08:00 horas e o término às 13:00. O tema da romaria será: Saúde, Vida e
Trabalho. O lema: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo
10,10)
Esta Romaria é uma promoção da Equipe Diocesana de Animação das CEBs.
Ela tem como objetivo celebrar o dia do trabalhador e trabalhadora e também ser um
encontro de confraternização dos que atuam nas CEBs, Pastoral da Juventude, Pastorais
da Criança da Saúde, da Pessoa Idosa e outras organizações da caminhada de libertação
do Povo.
A programação da Romaria do Trabalhador será somente para a parte da manhã
do primeiro Domingo de maio. Às 08:00 horas teremos a Missa de acolhida dos
romeiros, em seguida teremos apresentações das comunidades, reflexões, caminhada,
benção e partilha dos alimentos.
É importante que as caravanas saiam das respectivas cidades com antecedência,
para não chegarem atrasadas. É fundamental a participação todos em sintonia com os
diversos momentos da Romaria.
Lemas e lugares das Romarias anteriores
01ª - Solidários na Dignidade do Trabalho - Três corações MG - 1991
02ª - Jovem Cristão no Mundo do Trabalho - Três Pontas MG - 1992
03ª - Trabalhador, Onde Moras? - Campanha MG - 1993
04ª - Trabalho com Justiça: Direito da Família - São Tomé das Letras MG - 1994
05ª - CEBs: Trabalho Missionário no Mundo dos Excluídos - Pouso Alto MG -1995
06ª - Justiça: A Paz do Trabalhador - Boa Esperança MG - 1996
07ª - CEBs: Presença de Jesus Libertador nas Massas - Varginha MG -1997
08a - Consolar e Resgatar o Povo Trabalhador - Guapé MG - 1998
09a - Com Trabalho, Dignidade! Sem Emprego, Solidariedade! - Campos Gerais MG - 1999
10a - Terra Habitada Sem Exclusão - Passa Quatro MG- 2000
11a - Mártires: Recordar é Resistir - Pouso Alto MG - 2001
12a - Terra Viva Para a Vida - Pedralva MG - 2002
13a - Alimento Dom de Deus Direito de Todos - Varginha MG - 2003
14a - Famílias Resgatando Culturas Oprimidas - Três Pontas MG - 2004
15ª - Seguir Jesus no Compromisso Com os Excluídos - São Lourenço - 2005
16ª - Na Solidariedade Transformar a Realidade - Guapé MG - 2006 17ª - Para que em Jesus Cristo Nossos Povos Tenham Vida - Carmo da Cachoeira MG - 2007
18ª - Trabalho com Dignidade em Defesa da Vida - Natércia MG - 2008
19ª - Semear com Teimosia na Luta do Dia a Dia - Campos Gerais MG - 2009
20ª - Trabalhadores, o que buscais? - Varginha MG - 2010
21ª - Terra Dom de Deus para Todos os Povos - Pinheirinhos MG - 2011
Salmo 23
O Senhor é o Meu Pastor
- O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
ele me leva a descansar
Para as águas repousantes me encaminha,
e restaura as minhas forças.
O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma
- Ele me guia no caminho mais seguro,
pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
eles me dão a segurança!
- Preparais à minha frente uma mesa,
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.
- Felicidade e todo bem hão de seguir-me,
por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei
pelos tempos infinitos.
1º Encontro
Eu vim para tenham vida A realidade da saúde no Brasil e seus desafios
Ambiente: Colocar na mesa um mapa do Brasil, caixas de remédios, vela e Bíblia.
1 - Acolhida
Animador: Sejam todos bem vindos ao primeiro encontro em preparação para a 22ª
Romaria do Trabalhador da Diocese da Campanha. Hoje vamos refletir sobre a
realidade da Saúde no Brasil e seus desafios. Iniciemos em nome da Trindade:
Todos: Em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo. Amém
Canto inicial a escolha do grupo.
2 - Olhando para a Vida
Animador: Quando pensamos na saúde do Brasil, nos vêm à mente cenas como falta de
vagas em hospitais, leitos nos corredores, grandes filas, a espera de meses por
atendimentos especializados, a falta de equipamentos e medicamentos ou a própria
estrutura fraca dos postos de saúde e hospitais. O Sistema único de Saúde (SUS) tem
uma concepção humanista e comunitária maravilhosa. Ela é perfeita na teoria, mas na
prática deixa muito a desejar. Existe uma grande desigualdade social no nosso país que
se manifesta também na saúde. Os Planos de Saúde daqueles que podem pagar, todos
eles em conjunto cobrem uma população de aproximadamente 40 milhões de pessoas O
restante, os 150 milhões de brasileiros dependem do SUS. A população brasileira é de
196 milhões, assim, oito de cada dez brasileiros dependem do Sistema único de Saúde.
Uma consulta médica custa para o SUS cerca de R$ 7,00, ao passo que os diversos
Planos de Saúde pagam ao redor de R4 80,00 por consulta. Por isso muitos médicos
migram para as unidades de saúde cobertas pelos planos. Quais os outros desafios da
saúde no Brasil? Como você se sente em relação a esta realidade?
3 – Ouvido a Palavra de Deus - João 10, 1-15
Animador: Vamos ouvir um trecho do Evangelho de João. Ouçamos o Evangelho com
essa pergunta na cabeça: Quem é bom pastor e quem é mercenário na realidade da saúde
brasileira? Aclamemos o Evangelho cantando.
Leitor: Leitura do Evangelho de João.
Eu garanto a vocês: aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por
outro lugar, é ladrão e assaltante. Mas aquele que entra pela porta, é o pastor das
ovelhas. O porteiro abre a porta para ele, e as ovelhas ouvem a sua voz; ele chama cada
uma de suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as suas
ovelhas, ele caminha na frente delas; e as ovelhas o seguem porque conhecem a sua voz.
Elas nunca vão seguir um estranho; ao contrário, vão fugir dele, porque elas não
conhecem a voz dos estranhos.» Jesus contou-lhes essa parábola, mas eles não
entenderam o que Jesus queria dizer. Jesus continuou dizendo: «Eu garanto a vocês: eu
sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes,
mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta. Quem entra por mim, será salvo.
Entrará, e sairá, e encontrará pastagem. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir.
Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom
pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor a quem pertencem, e
as ovelhas não são suas, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e sai correndo.
Então o lobo ataca e dispersa as ovelhas. O mercenário foge porque trabalha só por
dinheiro, e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor: conheço minhas
ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou
a vida pelas ovelhas.
4 – Descobrindo a Palavra na Vida
Animador: Quais são as personagens da parábola que Jesus contou? Quais são as
atitudes de cada uma delas? Quais são as ações de Jesus? Em relação à realidade da
saúde brasileira, quem é o bom pastor e quem são os mercenários? O que podemos fazer
para transformar a realidade da saúde em nosso país?
5 – Aprofundando a Conversa
Alfredo: Não faltam normas para garantir o direito universal à saúde. Entretanto, por
melhor que sejam, as leis não bastam. Infelizmente a contradição entre a letra da lei e a
realidade ainda existe.
Maria: O direito à saúde acaba convertendo-se em mercadoria. Uma mercadoria rara e
cara, tanto em termos de acesso aos especialistas quanto na compra dos remédios
necessários. Quem tem saúde deve pagá-la e que não tem deve comprá-la! Isto não
poderia se assim.
João: A dor, a enfermidade e os medicamentos geram uma "indústria da doença”,
altamente lucrativa e cobiçada. Fico indignado com esta realidade.
Lara: Para ter acesso aos direitos garantidos pelas leis, não basta correr ao primeiro
posto de saúde ou ao hospital mais próximo. Muitas vezes será necessário apelar para a
justiça. E aqui os custos com a burocracia e os honorários de advogados, acrescidos às
perdas dos dias não trabalhados, alimentam outro tipo de "indústria da doença”. Isso
para não falar das fraudes, da corrupção, do tráfico de influência, da compra e venda de
atestados médicos, medicamentos e outras coisas. Esta é uma outra doença, mas que
atinge o Estado e deve ser combatida.
Alfredo: O acesso aos meios de saúde torna-se mais difícil entre alguns grupos da
população como os imigrantes sem documentos, os moradores de rua, os prisioneiros,
os desempregados, as mulheres prostituídas, a população do campo...
Maria: Nestes casos, vigoram muitas vezes a falta de conhecimento, as distâncias dos
centros de saúde ou o simplesmente o medo de expor-se, como no caso dos estrangeiros
"sem papéis”.
João: Uma verdadeira política pública de saúde, além de combater tais "indústrias”,
deve concentrar seus esforços na melhoria do SUS – o "Plano de Saúde” dos pobres.
Lara: Equipamentos de última geração; profissionais bem remunerados; atendimento
humanitário; rede ampla e integrada, nas mais diversas especialidade; remédios ao
alcance das famílias de baixa renda; descentralização da cidade para o campo, cobrindo
todo território nacional... Eis alguns dos desafios!
6 - Oração
Animador: rezemos ou cantemos o salmo do Bom Pastor.
Todos: O Senhor e meu pastor/ Nada me pode faltar/
Onde houver muita fartura/ Onde houver muita fartura/ Ele aí vai me levar!
1- Para as fontes de águas fria/ Ele vai me conduzir/ Vou repousar, ganhar força/
Vou repousar, ganhar força/ E vontade de sorrir.
2- Por caminhos bem traçados/ Ele me faz caminhar/ Nas passagens perigosas/
Nas passagens perigosas/ Ele vem me acompanhar.
3- Me prepara mesa farta/ De invejar o meu vizinho/ Me abraça e põe perfume/
Me abraça e põe perfume/ Enche o meu copo de vinho.
4- Me acompanham noite e dia/ Tua força e teu amor/ Vou morar na tua casa/
Vou morar na tua casa/ Toda a vida, meu Senhor.
Preces espontâneas.
Pai Nosso
Compromisso Animador: Temos que criar uma cultura de participação nas questões sociais. Às vezes
delegamos a outros para fazer por nós e nos distanciamos. Em relação ao SUS, mesmo
com suas falhas é um projeto que tem tudo para melhorar o nosso sistema de saúde
pública, basta mais vontade política e também mais participação popular. Para conhecer
melhor como anda a saúde em seu município seria bom que cada um busque
informações sobre a existência ou não de conselhos municipais de saúde. Esta é uma
maneira de participar. As conquistas acontecem através do empenho de cada cidadão.
Benção Final
O Senhor o abençoe e o guarde! O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade
de você! O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz! Amém.
2º Encontro
O serviço aos enfermos Saúde e Doença, dois lados da mesma realidade!
Ambiente: Colocar na mesa um ramo verde e outro seco, vela e Bíblia.
1 – Acolhida
Animador: Sejam mais uma vez bem vindos e este encontro de preparação para a 22ª
Romaria do Trabalhador. Hoje nosso tema será o serviço ao enfermo. Iniciemos em
nome da Trindade:
Todos: Em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo. Amém
Cantemos juntos e vamos nos acolher mutuamente com abraço fraterno. Canto de
acolhida a escolha do grupo.
2 - Olhando para a Vida
Animador: A vida, a saúde e a doença são realidades profundas, envoltas em mistérios.
Diante delas, as ciências não são capazes de oferecer uma palavra final. Assim, as
enfermidades, o sofrimento e a morte se apresentam como realidades duras de serem
enfrentadas e contrariam o desejo de vida e bem-estar do ser humano. A experiência da
doença mostra que o ser humano é uma profunda unidade. Não é possível separar corpo
e alma. Ninguém escolhe ficar doente. A doença se impõe. Alem de não respeitar nossa
liberdade, ela também atrapalha nosso direito de ir e vir. A doença é, por isso, um forte
convite à reconciliação e à harmonia com nosso próprio ser. A doença é também um
apelo à fraternidade e à igualdade, pois não discrimina ninguém. Atinge a todos: ricos,
pobres, crianças, jovens, idosos. Você já ficou enfermo ou cuidou de alguém doente?
Como foi este tempo? Compartilhe sua experiência de vida.
3 – Ouvido a Palavra de Deus - Lucas 10,25-37
Animador: Ouçamos com atenção uma parábola de Jesus no Evangelho de Lucas com
esta pergunta na cabeça: quais foram as ações do Samaritano? Cantemos aclamando a
Palavra de Deus. Canto de aclamação à escolha do grupo.
Leitor: Leitura do Evangelho de Lucas.
Um especialista em leis se levantou, e, para tentar Jesus perguntou: «Mestre, o que devo
fazer para receber em herança a vida eterna?» Jesus lhe disse: «O que é que está escrito
na Lei? Como você lê?» Ele então respondeu: «Ame o Senhor, seu Deus, com todo o
seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua força e com toda a sua mente; e ao
seu próximo como a si mesmo.» Jesus lhe disse: «Você respondeu certo. Faça isso, e
viverá!» Mas o especialista em leis, querendo se justificar, disse a Jesus: «E quem é o
meu próximo?» Jesus respondeu: «Um homem ia descendo de Jerusalém para Jericó, e
caiu nas mãos de assaltantes, que lhe arrancaram tudo, e o espancaram. Depois foram
embora, e o deixaram quase morto. Por acaso um sacerdote estava descendo por aquele
caminho; quando viu o homem, passou adiante, pelo outro lado. O mesmo aconteceu
com um levita: chegou ao lugar, viu, e passou adiante, pelo outro lado. Mas um
samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e teve compaixão. Aproximou-
se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem
em seu próprio animal, e o levou a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte,
pegou duas moedas de prata, e as entregou ao dono da pensão, recomendando: ‘Tome
conta dele. Quando eu voltar, vou pagar o que ele tiver gasto a mais’.» E Jesus
perguntou: «Na sua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos
dos assaltantes?» O especialista em leis respondeu: «Aquele que praticou misericórdia
para com ele.» Então Jesus lhe disse: «Vá, e faça a mesma coisa.»
4 – Descobrindo a Palavra na Vida
Animador: Qual a pergunta inicial da parábola feita pelo especialista em leis a Jesus?
Qual a pergunta final feita por Jesus ao especialista em leis? Qual a diferença entre as
perguntas: “Quem é meu próximo? E Qual se fez próximo?” Quais as ações do
Samaritano para com o homem caído à beira do caminho? Como esta parábola pode
iluminar nossas ações e sentimentos diante dos sofrimentos e enfermidades?
5 – Aprofundando a Conversa
Luís: A parábola do Bom Samaritano nos lembra a condição da fragilidade humana.
Mas indica que os seguidores de Jesus devem descobrir a importância do cuidado. O
samaritano é aquele que diante do sofrimento do outro se deixa transformar por ele. Não
só porque cuida do ferido e lhe dá abrigo, mas porque o faz em prejuízo dos seus
próprios planos iniciais.
Keyla: Esta atitude é revelada nos sete verbos desta parábola e indicam um modo de ser
diante do outro, que pode iluminar o engajamento da Igreja e dos cristãos no campo da
saúde pública:
Lara: 1º Ver – a primeira atitude do samaritano que descia pelo caminho foi enxergar a
realidade. Não ignorou a presença de alguém caído, de alguém que teve seus direitos
violentados e que se encontro à margem da estrada.
Lucely: 2º Compadecer-se – a percepção da presença do caído conduziu o samaritano à
atitude de compaixão. Ele deixou-se afetar pela presença do violentado que estava quase
morto. A compaixão desencadeou as demais atitudes tomadas pelo Samaritano.
Luís: 3º Aproximar-se – ao contrário dos que vieram antes, o viajante estrangeiro
aproximou-se do caído, foi ao seu encontro, não passou adiante. No homem assaltado,
ferido, necessitado, reconheceu seu próximo, apesar de muitas diferenças entre ambos.
Keyla: 4º Curar – a presença do outro exige cuidado. A aproximação, a compaixão não
são simplesmente sentimentos bondosos voltados ao outro. Elas se tornam obra, se
transformam em ação que lança mão daquilo que tem para salvar o outro.
Lara: 5º Colocar no próprio animal – o samaritano colocou a serviço do outro os
próprios bens. Não temeu oferecer ao desconhecido ferido tudo o que dispunha: seu
meio de transporte, o que trazia para seu próprio cuidado e seu dinheiro.
Lucely: 6º Levar à hospedaria – mudou seu itinerário e acabou mobilizando e
envolvendo outras pessoas. Nem sempre conseguimos responder a todas as demandas,
mas podemos mobilizar outras forças para atender e cuidar de quem sofre.
Luís: 7º Cuidar – esse é o sétimo verbo e expressa o conjunto da intervenção do
samaritano. Trata-se de um cuidado coletivo, que envolveu outros personagens, recursos
financeiros, estruturas que o viajante, não dispunha e o compromisso de retornar. A
razão do retorno é que agora ela incluía outra pessoa, um compromisso que não estava
planejado no início da viagem, mas não pode mais ser ignorado, cuidar passa a ser uma
missão.
Lara: A figura do bom samaritano assume a condição de modelo para a ação
evangelizadora da Igreja no campo da saúde e no campo da defesa das políticas
públicas.
6 - Oração e compromisso
Animador: Rezemos todos juntos a Oração da Campanha da Fraternidade deste ano:
Senhor Deus de amor, Pai de bondade, nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da
vida, pelo amor com que cuidais de toda a criação. Vosso Filho Jesus Cristo, em sua
misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores, sobre eles
derramou a esperança de vida em plenitude. Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. Guiai
a vossa Igreja, para que ela, pela conversão se faça sempre mais, solidária às dores e
enfermidades do povo, e que a saúde se difunda sobre a terra. Amém.
Preces espontâneas.
Pai Nosso
Compromisso: procurar conhecer a grande contribuição das Pastorais da Criança, da
Saúde e Pessoa Idosa. Nestas Pastorais, mulheres e homens de boa vontade doam parte
de seu tempo em defesa da vida. Trabalho que diminuiu o índice de mortalidade infantil
no país. A missão da Igreja vai além do espaço sagrado.
Benção Final
O Deus da nossa libertação e garantia de nossas vitórias nos abençoe com a força do seu
amor, agora e sempre. Amém.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
3º Encontro
Saúde e Trabalho Cuidar e defender a vida, eis a missão!
Ambiente: Preparar o local com flores, ervas medicinais, cartão do SUS, carteira de
trabalho, velas, bíblia, cruz.
1 - Acolhida
Animador: Sejam todos e todas bem vindos ao nosso encontro. É com alegria que nos
juntamos a todos os irmãos das diferentes partes de nossa Diocese para preparar nossa
comunidade para nossa 22ª Romaria do Trabalhador que acontecerá dia 6 de maio de
2012 em Conceição do Rio Verde. Este ano refletiremos sobre o tema: Saúde, Vida e
Trabalho, e o lema: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”(Jo
10,10. Estamos vivendo o sonho e a utopia do Reino que é o projeto de Jesus. Hoje
vamos entender melhor qual é nossa ação e missão diante da realidade da saúde.
Iniciemos nosso encontro em nome da Trindade.
Todos: Em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo. Amém
Canto: Momento novo
2 – Olhando para a Vida
Animador: O que nós sentimos diante do sofrimento, injustiça e descaso que atinge
principalmente os pobres que se encontram doentes? Vocês conhecem os direitos do
SUS? Saúde é a ausência de doença? Qual é a nossa resposta diante da falta de partilha,
do consumismo exagerado, de pessoas sem qualidade de vida, da violação da vida de
nossa Mãe Terra, da fome, da corrupção?
3 - Ouvindo a Palavra de Deus - Ezequiel 37, 1-14
Animador: Vamos ouvir um trecho do livro do profeta Ezequiel. Tenhamos em mente
esta pergunta enquanto ouvimos o texto: Quem são estes ossos ressequidos hoje?
Este relato pode ser também dramatizado. Pessoas simbolizando mendigos, negros,
mulheres e homens moradores de rua, trabalhadores oprimidos, crianças desnutridas,
doentes fazem um amontoado no chão, cobertas com trapos. E à medida que a Palavra é
proclamada, vão se levantando.
Antes cantemos aclamando a Palavra de Deus. Canto: Nova luz
Leitor: Leitura da profecia de Ezequiel. A mão de Javé pousou sobre mim e o espírito
de Javé me levou e me deixou num vale cheio de ossos. E o espírito me fez circular em
torno deles, por todos os lados. Notei que havia grande quantidade de ossos espalhados
pelo vale e que estavam todos secos. Então Javé me disse: «Criatura humana, será que
esses ossos poderão reviver?» Eu respondi: «Meu Senhor Javé, és tu que sabes». Então
ele me disse: «Profetize, dizendo: Ossos secos, ouçam a palavra de Javé! Assim diz o
Senhor Javé a esses ossos: Vou infundir um espírito, e vocês reviverão. Vou cobrir
vocês de nervos, vou fazer com que vocês criem carne e se revistam de pele. Em
seguida, infundirei o meu espírito, e vocês reviverão. Então vocês ficarão sabendo que
eu sou Javé». Profetizei de acordo com a ordem que havia recebido. Enquanto eu estava
profetizando, ouvi um barulho e vi um movimento entre os ossos, que começaram a se
aproximar um do outro, cada um com o seu correspondente. Observando bem, vi que
apareciam nervos, que iam sendo cobertos de carne e que a pele os recobria; mas não
havia espírito neles. Então Javé acrescentou: «Profetize ao espírito, criatura humana,
profetize e diga: Assim diz o Senhor Javé: Espírito, venha dos quatro ventos e sopre
nestes cadáveres, para que revivam». Profetizei conforme ele havia mandado. O espírito
penetrou neles, e reviveram, colocando-se de pé. Era um exército imenso. Em seguida,
Javé me disse: «Criatura humana, esses ossos são toda a casa de Israel. Os israelitas
andavam dizendo: ‘Nossos ossos estão secos e nossa esperança se foi. Para nós, tudo
acabou’. Pois bem! Profetize e diga: Assim diz o Senhor Javé: Vou abrir seus túmulos,
tirar vocês de seus túmulos, povo meu, e vou levá-los para a terra de Israel. Povo meu,
vocês ficarão sabendo que eu sou Javé, quando eu abrir seus túmulos, e de seus túmulos
eu tirar vocês. Colocarei em vocês o meu espírito, e vocês reviverão. Eu os colocarei em
sua própria terra, e vocês ficarão sabendo que eu, Javé, digo e faço - oráculo de Javé»
4 - Descobrindo a Palavra na vida
Animador: O que mais chamou sua atenção nesta leitura e dramatização do texto
bíblico? O que sentimos e fazemos diante do sofrimento que atinge as pessoas? O que
podemos fazer para bem viver e bem conviver para transformar a vida das pessoas e do
planeta?
5 - Aprofundando a Conversa
Lúcia: Sempre achei que ter saúde é a gente não ficar doente, mas estes dias ouvi da
Pastoral da Saúde uma definição interessante sobre saúde.
Ana Maria: Sou agente de Pastoral da Saúde, sei que a Organização Mundial da Saúde
(OMS) define a saúde como “o completo bem estar físico, mental, social e espiritual e
não só a simples ausência de doença ou enfermidade”.
João: Num encontro sobre saúde do trabalhador, definiram saúde como a resultante das
boas condições de alimentação, trabalho, salário digno, saneamento, habitação, meio
ambiente, transporte, lazer, educação, liberdade, acesso a terra e aos serviços de saúde.
Paulo: Eu entendo que saúde é um dom de Deus e uma conquista da comunidade e de
cada pessoa individualmente, pois, cada pessoa participa como agente de sua própria
saúde.
Luíza: Para que saúde se concretize e as leis e nossos direitos não fiquem somente no
papel é necessário nossa atuação como Agente Transformador da Realidade,
participando dos movimentos populares, associações, pastorais sociais e se fazendo
representar nos Conselhos Municipais de Saúde como conselheiro de saúde. Lá vamos
lutar por mais dignidade e justiça para nossa comunidade, bem como, fiscalizar e
deliberar sobre o dinheiro que é gasto com a saúde e com a doença em nosso município.
Mateus: Como cidadãos e usuários do SUS nossa ação é defender, promover, proteger
e cuidar da vida. Só assim seremos agentes de transformação e de defesa da vida.
6 - Oração e compromisso
Animador: Rezemos ao Deus da Vida para que nos dê sabedoria e discernimento para
sermos fermento na massa defendendo a vida em todas suas formas e circunstâncias.
- Deus de Esperança, fortalece em nós a coragem para que coloquemos nossa vida a
serviço dos pobres e excluídos de nossa sociedade, nós te pedimos...
Todos: Senhor, queremos ser Agentes de Transformação!
- Deus de Compaixão, derrama sua ternura e misericórdia sobre todos os aflitos e
desanimados, que a força de seu Espírito possa reanimá-los e confortá-los...
Todos: Senhor, queremos ser Agentes de Transformação!
- Deus dos pobres, dê senso de justiça aos nossos governantes para que não falte ao
povo pão, trabalho e moradia...
Todos: Senhor, queremos ser Agentes de Transformação!
- Deus de Bondade, guia nossos passos na construção de um novo tempo onde aconteça
a solidariedade e a gratuidade...
Todos: Senhor, queremos ser Agentes de Transformação!
Pai Nosso.
Todos: Comprometo-me a ser profeta no meio do povo e a trabalhar para que haja
cidadania, dignidade e vida plena para todos os filhos de Deus.
(Em seguida passar a vela de mão em mão e dizer com toda a força: Eu assumo o
compromisso)
Oremos: Ó Deus, Pai e Mãe, nestes tempos de egoísmo e acúmulo de bens, ensinai-nos
a viver valorizando a comunidade e a partilha dos dons e dos bens.
Compromisso: Ler no final do livrinho, depois dos cantos, A Carta dos Direitos dos
Usuários do SUS.
Benção: (Impor as mãos na cabeça de quem está a seu lado)
Que o Senhor nos abençoe e nos guarde dos perigos na luta pela justiça, pela
transparência e pela igualdade. Amém. Axé. Awere. Aleluia.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Para sempre seja louvado.
Canto: Utopia.
Celebração
Partindo em Romaria
Esta celebração poderá ser feita na véspera da partida em Romaria para Conceição do
Rio Verde - MG. A comunidade se reúne no lugar combinado, o animador da Romaria
acolhe as pessoas e introduz a oração.
Abertura
- Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar!
Vem, não demores mais vem nos libertar!
- Como é feliz quem em ti confia,
Com fé e esperança vai em romaria!
- Nossos pés se apressam para lá chegar,
Para Conceição do Rio Verde, vamos caminhar.
- Dá-nos com tua força sempre caminhar,
Para ver tua face vamos, ó Senhor,
- Por uma longa estrada sempre com fervor.
Na estrada da justiça vem nos confirmar.
- Glória ao Pai, e ao Filho e ao Santo Espírito.
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito!
- Aleluia, irmãs, aleluia, irmãos!
Do povo peregrino tragam louvação.
Recordação da Vida
Animador: Hoje estamos partindo para a 22a Romaria do
trabalhador. Ela vai acontecer na cidade de Conceição do
Rio Verde – MG. Vamos repetir todos juntos o tema deste
ano: “Saúde, Vida e Trabalho”.
Todos: “Saúde, Vida e Trabalho”.
Animador: Cada um vai pensar no sentido desta Romaria
do Trabalhador e lembrar os nomes de grupos e
comunidades que estão indo com a gente nesta Romaria e
também de pessoas que a gente leva no coração.
Animador: Companheiras e companheiros de caminhada,
a Romaria do Trabalhador é uma grande celebração onde
recordamos e rezamos a luta do povo trabalhador. É um
dos momentos em que as CEBs, as pastorais sociais,
sindicatos, partidos políticos, movimentos populares e
todos os que acreditam na força dos pequenos e na
transformação da nossa realidade tão injusta, encontram
esperança e luz para continuarem em seu serviço pelo
Reino de Deus.
Hino
Bendito os Romeiros da Terra
1 - Bendita e louvada seja esta santa Romaria!/ Bendito o
povo que marcha,
bendito o povo que marcha tendo Cristo como guia.
Refrão: Sou, sou teu, Senhor./ Sou povo novo, retirante, lutador!
Deus dos peregrinos, dos pequeninos, Jesus Cristo redentor.
2 - No Egito antigamente, no meio da escravidão,/ Deus
libertou o seu povo.
Hoje ele passa de novo gritando a libertação.
3 - Para a terra prometida, o povo de Deus marchou./
Moisés andava na frente.
Hoje Moisés é agente quando enfrenta o opressor.
4 - Que é fraco Deus dá força,/ Quem tem medo sofre
mais.
Quem se une ao companheiro vence todo cativeiro é feliz
e tem a paz.
Salmodia
Salmo 121 (120)
“Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados.
Não tenham medo!” (Lc 12, 7).
Como os antigos peregrinos em suas romarias à
Jerusalém peçamos ao Senhor que no caminho nos
guarde e nos acompanhe.
Refrão (Melodia: “Envia teu Espírito” - salmodiado)
Ó Senhor, tu és o nosso protetor,/ És o Deus que nos
liberta do mal.
1 - Eu levanto meus olhos pros montes:/ Onde está quem
me ajuda, adonde?...
Meu socorro está no Senhor,/ Que os céus e a terra
formou!
2 - Tu não vais tropeçar nas estradas,/ Acordado está
quem te guarda!
Um cochilo tirar pode não/ O vigia da santa nação!
3 - O Senhor fica sempre a teu lado,/ Te guardando com
todo cuidado!
Que o fogo do sol não te açoite,/ Nem a lua te ofenda de
noite!
4 - Ele vai te livrar dos desastres,/ Ele sempre te afasta
dos males:
Te protege no ir, no voltar,/ Toda hora sem nunca faltar!
5 - A Deus Pai seja todo louvor,/ E a seu Filho, Jesus ,
Salvador,
E ao Espírito Santo também,/ Na seqüência dos tempos.
Amém!
Leitura Bíblica
Leitura do Evangelho de Marcos 4, 23-25 Jesus andava por toda a Galiléia, ensinando em suas
sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino, e curando
todo tipo de doença e enfermidade do povo. E a fama de
Jesus espalhou-se por toda a Síria. Levaram-lhe todos os
doentes atingidos por diversos males e tormentos:
endemoninhados, epiléticos e paralíticos. E Jesus os
curou. Numerosas multidões da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e do
outro lado do rio Jordão começaram a seguir Jesus.
Meditação - Silêncio - partilha - refrões...
Preces
Animador: Ao Deus peregrino, que acompanhou seu povo em todos os lugares e
momentos de sua história, rezemos:
Todos: Caminha conosco, ó Senhor!
- Para que esta romaria transcorra em paz e sem acidentes, rezemos.
- Para que possamos chegar sãos e salvos a nosso destino, rezemos.
- Para que nós, Igreja peregrina, nunca nos cansemos da caminhada, rezemos.
Preces espontâneas.
Pai Nosso Oremos: Deus dos que caminham, envia teus mensageiros para nos proteger em nossa
caminhada! Acompanha-nos com tua própria presença nesta romaria! Acima de tudo,
dá-nos a graça de vivermos sempre em comunhão contigo! Por Cristo, nosso Senhor.
Amém!
Bênção
Animador: Guie o nosso Deus esta peregrinação e nos dê a sua direção, agora e para
sempre. Amém!
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
1 - Bendito os Romeiros da Terra
1 - Bendita e louvada seja esta santa
Romaria!
Bendito o povo que marcha
bendito o povo que marcha tendo Cristo
como guia.
Refrão: Sou, sou teu, Senhor.
Sou povo novo, retirante, lutador!
Deus dos peregrinos, dos pequeninos,
Jesus Cristo redentor.
2 - No Egito antigamente, no meio da
escravidão,
Deus libertou o seu povo.
Hoje ele passa de novo gritando a
libertação.
3 - Para a terra prometida, o povo de
Deus marchou.
Moisés andava na frente.
Hoje Moisés é agente quando enfrenta o
opressor.
4 - Quem é fraco Deus dá força,
quem tem medo sofre mais.
Quem se une ao companheiro vence
todo cativeiro é feliz e tem a paz.
2 -- Liberdade
1. Liberdade vem e canta e saúda este
novo sol que vem.
Canta com alegria o escondido amor
que no peito tem.
Mira o céu azul, espaço aberto pra te
acolher. (2x)
2. Liberdade vem e pisa este firme chão
de verdes ramagens.
Canta louvando as flores que ao bailar
do vento fazem sua mensagem.
Mira essa flores abraço aberto pra te
acolher. (2x)
3. Liberdade vem e pousa nesta dura
América triste e vendida.
Canta com os seus gritos nossos filhos
mortos e a paz ferida.
Mira este lugar, desejo aberto pra te
acolher. (2x)
4. Liberdade, liberdade, és o desejo que
nos faz viver.
És o grande sentido de uma vida pronta
para morrer.
Mira o nosso chão banhado em sangue
pra reviver.
Mira a nossa América banhada em
morte pra renascer.
3 - Javé o Deus dos pobres
Refrão: Javé o Deus dos pobres, do
povo sofredor, aqui nos reuniu, para
cantar o seu louvor. Pra nos dar
esperança, e contar com sua mão, na
construção do Reino: reino novo povo
irmão.
1 - Sua mão sustenta o pobre, ninguém
fica ao desabrigo:
Dá sustento a quem tem fome, com a
fina flor do trigo.
2 - Alimenta os nossos sonhos, mesmo
dentro da prisão;
Ouve o grito do oprimido, que lhe toca
o coração.
3 - Cura os corações feridos, mostra ao
forte o seu poder.
Dos pequenos é defesa: deixa a vida
florescer.
4 - Olha a glória de Deus
Refrão: Olha a glória de Deus
brilhando, aleluia. (Bis)
1 - Nosso Deus é o artista do universo.
É a fonte da luz, do ar, da cor.
É o som, é a música, é a dança. É o mar
jangadeiro e pescador.
É o seio materno sempre fértil, é beleza
, é pureza e é calor! (2x)
Aleluia, aleluia, vamos criar que é pra
glória de Deus brilhar.
2 - Nosso Deus é o caminho e a
caminhada, dos seu povo pra libertação.
Onde quer que esteja o oprimido, é Javé
que promove a redenção.
Ele quebra a força do tirano, e garante a
vitória da união! (2x)
Aleluia, aleluia, vamos lutar que é pra
glória de Deus brilhar.
3 - Nosso Deus é a voz que se levanta.
É o canto, o gemido e o clamor.
É o braço erguido para a luta. É o
abraço em nome do amor.
É o pé conquistando novo espaço. É a
terra, é o fruto, é a flor! (2x)
Aleluia, aleluia, vamos amar que é pra
glória de Deus brilhar.
4 - Nosso Deus está brilhando noite e
dia, pelos campos e praças do país.
É presença na voz da meninada, que
convoca um futuro mais feliz.
É a infinita razão da plena vida. Todo o
povo cantando hoje bendiz! (2x)
Aleluia, aleluia, vamos cantar que é pra
glória de Deus brilhar.
5 - Fazei ressoar
Refrão: Fazei ressoar a Palavra de
Deus em todo o lugar! (Bis)
1 - Na cultura, na história, vamos
expressar, levando a Palavra de Deus
em todo o lugar. Vamos lá!
2 - Na cultura popular, vamos
catequizar, celebrar fé e vida em todo o
lugar. Vamos lá!
3 - Com o negro e com o índio, vamos
louvar, e com a comunidade vamos
festejar. Vamos lá!
4 - Com o pandeiro e com a viola,
vamos cantar. Animando a nossa luta
em todo lugar. Vamos lá!
5 - Com a atabaque e com tambor,
vamos celebrar, a Palavra de Deus em
todo o lugar. Vamos lá!
6 - O Evangelho é a Palavra que Deus
programou. Só ele é o caminho, a
verdade, a vida e amor.
7 - Juventude caminho aberto, vamos
construir. Fraternidade, libertação
vamos transmitir. Vamos lá!
6 - Força de paz
1 - O Pão sofrido da terra na mesa da
refeição; o pão partido na mesa se torna
certeza e se faz comunhão. O corpo do
meu Senhor é foça viva de paz. (2x)
2 - Vinho de festa e alegria é vida no
coração; vinho bebido na luta se torna
conduta de libertação. O sangue do
meu Senhor é força viva de paz. (2x)
3 - Palavra viva do Reino na boca de
cada irmão; palavra que fortalece,
anima e esclarece a nossa união. Palavra
do meu Senhor é força viva de paz. (2x)
4 - Ceia sagrada aliança, ato supremo de
amor; ceia, encontro e esperança de
Jesus com a gente transformando a dor.
A ceia do meu Senhor é força viva de
paz. (2x)
5 - Louvor que nasce da história, do dia-
a-dia do povo; louvor ao Deus
verdadeiro, fiel justiceiro, Pai do mundo
novo. O nome do meu Senhor é força
viva de paz. (2x)
7 - Se Calarem A Voz Dos Profetas
1 - Se calarem a voz dos profetas, a
pedras falarão. Se fecharem uns poucos
caminhos, mil trilhas nascerão. Muito
tempo não dura a verdade, nestas
margens estreitas demais Deus criou o
infinito pra vida se sempre mais.
Refrão: É Jesus este pão de
igualdade, viemos pra comungar com
a luta sofrida do povo, que quer ter
voz, ter vez, lugar. Comungar é
tornar-se um perigo, viemos pra
incomodar, com a fé e união, nosso
passos um dia vão chegar.
2 - O Espírito é um vento incessante,
nada há de o prender. Ele sopra até no
absurdo que a gente não quer ver. Muito
tempo não dura a verdade, nestas
margens estreitas demais Deus criou o
infinito pra vida se sempre mais.
3 - No banquete da festa de uns poucos,
só rico se sentou. Nosso Deus fica ao
lado dos pobres colhendo o que sobrou.
Muito tempo não dura a verdade, nestas
margens estreitas demais Deus criou o
infinito pra vida se sempre mais.
8 - Pão em todas as mesas
1 - A mesa tão grande e vazia de amor e
de paz - de paz
Onde há o luxo de alguns alegria não há
- jamais
A mesa da Eucaristia nos quer ensinar -
á, á
Que a ordem de Deus nosso Pai é o pão
partilhar.
Refrão: Pão em todas as mesas, da
Páscoa a nova certeza (A festa haverá
e o povo a cantar, aleluia) bis
2 - As forças da morte: a injustiça e a
ganância de ter - de ter
Agindo naqueles que impedem o pobre
viver - viver
Sem terra trabalho e comida, a vida não
há - não há
Quem deixa assim e não age, a festa não
vai celebrar.
3 - Irmãos, companheiros na luta,
vamos dar as mãos - as mãos
Na grande corrente de amor, na feliz
comunhão - irmãos
Unindo a peleja e a certeza vamos
construir - aqui
Na terra o projeto de Deus, todo o povo
a sorrir
4 - Que em todas as mesas de pobre
haja festa de pão - de pão
E as mesas dos ricos vazias sem
concentração - de pão
Busquemos aqui nesta mesa do Pão
Redentor - do céu
A força e a esperança que anima o povo
de Deus
5 - Bendito o ressuscitado, Jesus
vencedor - ô ô
No pão partilhado, a presença ele nos
deixou - deixou
Bendita é a vida nascida de quem se
arriscou - ô, ô
Na luta pra ver triunfar neste mundo o
amor.
9 - Momento Novo
1 - Deus chama a gente pra um
momento novo de caminhar junto com
seu povo. É hora de transformar o que
não dá mais: Sozinho, isolado, ninguém
é capaz. Por isso vem! Entra na roda
com a gente, também! Você é muito
importante! Vem! (bis)
2 - Não é possível crer que tudo é fácil,
Há muita força que produz a morte,
Gerando dor, tristeza e desolação.
É necessário unir o cordão.
3 - a força que hoje faz brotar a vida
Atua em nós pela sua graça
É Deus que nos convida pra trabalhar,
O amor repartir e as forças juntar.
10 - Vence a Tristeza
Refrão: Vence a tristeza, enxuga o
pranto, ó meu povo/ Vem cantar um
canto novo/ Deus da vida aqui está
(bis).
1 - Quem ama a Deus e está unido ao
seu irmão/ não há porque ficar com
medo e sem saber/ o que vai ser do
mundo amanhã/ quem da fome vai
sobreviver/ está em nós a luz do amor
que vai vencer.
2 - O Pobre grita e o seu grito não é em
vão/ e cada esforço em nome dele vai
valer/ é por isso que vou cantar/ Deus
amigo me escuta e me vê/ semente boa
está na terra e vai nascer.
3 - Com é bonito ó meu Deus, a terra, o
mar,/ a flor, o pássaro e a mão
plantando a paz/ tudo é nosso e nós
somos irmãos/ o futuro é a gente que
faz/ Deus é amor quem amar sempre é
capaz.
11 - Baião das Comunidades
Refrão: Somos Gente nova vivendo a
união somos povo: semente de uma
nova nação. Ê, ê. Somos Gente nova,
vivendo o amor somos comunidade,
povo do Senhor. Ê, ê.
1 - Vou convidar os meus irmãos
trabalhadores, operários, lavradores,
biscateiros e outros mais e juntos vamos
celebrar a confiança nossa luta na
esperança de ter terra, pão e paz.
2 - Vou convidar os índios que ainda
resistem, as tribos que ainda insistem no
direito de viver. E juntos vamos,
reunidos na memória, celebrar uma
vitória que vai ter que acontecer.
3 - Convido os negros, irmãos no
sangue e na sina, seu gingado nos
ensina a dança da redenção. De braços
dados, no terreiro da irmandade, vamos
sambar de verdade, vamos pisar sobre a
dor.
4 - Vou convidar a criançada e a
juventude, tocadores nos ajudem, vamos
cantar por aí. O nosso canta vai encher
todo o país, velho vi dançar feliz, quem
chorou, vai ter que rir.
5 - Desempregados, pescadores,
desprezados e os marginalizados,
venham todos se juntar à nossa marcha
pra nova sociedade. Que nos ama de
verdade pode vir, tem um lugar.
6 - Vamos chamar Oneida, Rosa, Ana e
Maria/ a mulher que noite e dia luta e
faz nascer o amor./ E reunidos no altar
da liberdade/ vamos cantar a verdade/
vamos pisar sobre a dor.
12 - Deus Nos Abençoe
Refrão: Deus nos abençoe, Deus nos
dê a paz!/ A paz que só o amor é que
nos traz!
1 - A paz na nossa vida, no nosso
coração/ E a benção para toda criação!
2 - A paz na nossa casa, nas ruas, no
país/ E a bênção da justiça que Deus
quis!
3 - A paz pra quem viaja, a paz pra
quem ficou/ E a bênção do conforto a
quem chorou!
4 - A paz entre as igrejas e nas religiões/
E a bênção da irmandade entre as
nações!
5 - A paz pra toda a terra e a terra ao
lavrador/ E a bênção da fartura e do
louvor!
13 - Jesus Cristo, Esperança do
Mundo
1 - Um pouco além do presente/ alegre,
o futuro anuncia/ a fuga das sombras da
noite,/ a luz de um bem novo dia.
Refrão: venha teu Reino, Senhor!/ A
festa da vida recria./ / A nossa espera
e ardor/ transforma em plena
alegria:/ / Aê, eá, aê, aê, aiá.
2 - Botão de esperança se abre,/
prenúncio da flor que se faz,/ promessa
da tua presença/ que viva abundante nos
traz.
3 - Saudade da terra sem males,/ do
Éden de plumas e flores,/ da paz e
justiça irmanadas/ num mundo se ódio
nem dores.
4 - Saudades de um mundo sem guerras/
Anelos de paz e inocência:/ de corpos e
mãos/ que se encontram./ sem armas,
sem mortes, violência.
5 - Saudades de um mundo sem donos:/
ausência de fortes e fracos,/ derrota de
todo o sistema/ que cria palácios,
barracos.
6 - Já temos preciosa semente,/ Penhor
do teu Reino, agora./ Futuro ilumina o
presente,/ tu vens e virás sem demora.
14 - Ordem e Progresso:
Esse é o nosso país
Essa é a nossa bandeira
É por amor a essa pátria Brasil
Que a gente segue em fileira
1 - Queremos que abrace essa terra
Por ela quem sente paixão
Quem põe com carinho a semente
Pra alimentar a nação
Quem põe com carinho a semente
Pra alimentar a nação
Amarelos são os campos floridos
As faces agora rosadas
Se o branco da paz se irradia
Vitória das mãos calejadas
Se o branco da paz se irradia
Vitória das mãos calejadas
2 - Queremos mais felicidades
No céu deste olhar cor de anil
No verde esperança sem fogo
Bandeira que o povo assumiu
No verde esperança sem fogo
Bandeira que o povo assumiu
A ordem é ninguém passar fome
Progresso é o povo feliz
A Reforma Agrária é a volta
Do agricultor à raiz
A Reforma Agrária é a volta
Do agricultor à raiz
15 - O Que É, O Que É?
- Eu fico/ Com a pureza/ Da resposta
das crianças/ É a vida, é bonita/ E é
bonita...
- Viver!/ E não ter a vergonha/ De ser
feliz/ Cantar e cantar e cantar/ A beleza
de ser/ Um eterno aprendiz...
- Ah meu Deus!/ Eu sei, eu sei/ Que a
vida devia ser/ Bem melhor e será/ Mas
isso não impede/ Que eu repita/ É
bonita, é bonita/ E é bonita...
- E a vida!/ E a vida o que é?/ Diga lá,
meu irmão/ Ela é a batida/ De um
coração/ Ela é uma doce ilusão/ Hê!
Hô!...
- E a vida/ Ela é maravilha/ Ou é
sofrimento?/ Ela é alegria/ Ou
lamento?/ O que é? O que é?/ Meu
irmão...
- Há quem fale/ Que a vida da gente/ É
um nada no mundo/ É uma gota, é um
tempo/ Que nem dá um segundo...
- Há quem fale/ Que é um divino/
Mistério profundo/ É o sopro do
criador/ Numa atitude repleta de amor...
- Você diz que é luta e prazer/ Ele diz
que a vida é viver/ Ela diz que melhor é
morrer/ Pois amada não é/ E o verbo é
sofrer...
- Eu só sei que confio na moça/ E na
moça eu ponho a força da fé/ Somos nós
que fazemos a vida/ Como der, ou
puder, ou quiser...
- Sempre desejada/ Por mais que esteja
errada/ Ninguém quer a morte/ Só saúde
e sorte...
- E a pergunta roda/ E a cabeça agita/
Eu fico com a pureza/ Da resposta das
crianças/ É a vida, é bonita/ E é bonita...
16 - Hino da Campanha da
Fraternidade 2012
1. Ah! Quanta espera, desde as frias
madrugadas,/ Pelo remédio para aliviar
a dor!/ Este é teu povo, em longas filas
nas calçadas,/ A mendigar pela saúde,
meu Senhor!
- Ref. Tu, que vieste pra que todos
tenham vida,/ Cura teu povo dessa
dor em que se encerra;/ Que a fé nos
salve e nos dê força nessa lida,/ E que
a saúde se difunda sobre a terra!
2. Ah! Quanta gente que, ao chegar aos
hospitais,/ Fica a sofrer sem leito e sem
medicamento!/ Olha, Senhor, a gente
não suporta mais,/ Filho de Deus com
esse indigno tratamento!
3. Ah! Não é justo, meu Senhor, ver o
teu povo/ Em sofrimento e privação
quando há riqueza!/ Com tua força, nós
veremos mundo novo, Com mais
justiça, mais saúde, mais beleza!
4. Ah! Na saúde já é quase escuridão,
Fica conosco nessa noite, meu Senhor,/
Tu que enxergaste, do teu povo, a
aflição/ E que desceste pra curar a sua
dor.
5. Ah! Que alegria ver quem cuida
dessa gente/ Com a compaixão daquele
bom samaritano./ Que se converta esse
trabalho na semente/ De um tratamento
para todos mais humano!
6. Ah! Meu Senhor, a dor do irmão é a
tua cruz!/ Sê nossa força, nossa luz e
salvação!/ Queremos ser aquele toque,
meu Jesus, / Que traz saúde pro doente,
nosso irmão!
Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde
O Ministério da Saúde, o
Conselho Nacional de Saúde e a
Comissão Intergestora Tripartite
apresentam a Carta dos Direitos dos
Usuários da Saúde e convidam todos os
gestores, profissionais de saúde,
organizações civis, instituições e
pessoas interessadas para que
promovam o respeito destes direitos e
assegurem seu reconhecimento efetivo e
sua aplicação.
O PRIMEIRO PRINCÍPIO
assegura ao cidadão o acesso
ordenado e organizado aos sistemas
de saúde, visando a um atendimento
mais justo e eficaz.
Todos os cidadãos têm direito ao acesso
às ações e aos serviços de promoção,
proteção e recuperação da saúde
promovidos pelo Sistema Único de
Saúde:
I. O acesso se dará prioritariamente
pelos Serviços de Saúde da Atenção
Básica próximos ao local de moradia.
II. Nas situações de
urgência/emergência, o atendimento se
dará de forma incondicional, em
qualquer unidade do sistema.
III. Em caso de risco de vida ou lesão
grave, deverá ser assegurada a remoção
do usuário em condições seguras, que
não implique maiores danos, para um
estabelecimento de saúde com
capacidade para recebê-lo.
IV. O encaminhamento à Atenção
Especializada e Hospitalar será
estabelecido em função da necessidade
de saúde e indicação clínica, levando-se
em conta critérios de vulnerabilidade e
risco com apoio de centrais de
regulação ou outros mecanismos que
facilitem o acesso a serviços de
retaguarda.
V. Quando houver limitação
circunstancial na capacidade de
atendimento do serviço de saúde, fica
sob responsabilidade do gestor local a
pronta resolução das condições para o
acolhimento e devido encaminhamento
do usuário do SUS, devendo ser
prestadas informações claras ao usuário
sobre os critérios de priorização do
acesso na localidade por ora
indisponível. A prioridade deve ser
baseada em critérios de vulnerabilidade
clínica e social, sem qualquer tipo de
discriminação ou privilégio.
VI. As informações sobre os serviços de
saúde contendo critérios de acesso,
endereços, telefones, horários de
funcionamento, nome e horário de
trabalho dos profissionais das equipes
assistenciais devem estar disponíveis
aos cidadãos nos locais onde a
assistência é prestada e nos espaços de
controle social.
VII. O acesso de que trata o caput inclui
as ações de proteção e prevenção
relativas a riscos e agravos à saúde e ao
meio ambiente, as devidas informações
relativas às ações de vigilância sanitária
e epidemiológica e os determinantes da
saúde individual e coletiva.
VIII. A garantia à acessibilidade implica
o fim das barreiras arquitetônicas e de
comunicabilidade, oferecendo
condições de atendimento adequadas,
especialmente a pessoas que vivem com
deficiências, idosos e gestantes.
O SEGUNDO PRINCÍPIO
assegura ao cidadão o tratamento
adequado e efetivo para seu
problema, visando à melhoria da
qualidade dos serviços prestados.
É direito dos cidadãos ter atendimento
resolutivo com qualidade, em função da
natureza do agravo, com garantia de
continuidade da atenção, sempre que
necessário, tendo garantidos:
I. Atendimento com presteza, tecnologia
apropriada e condições de trabalho
adequadas para os profissionais da
saúde.
II. Informações sobre o seu estado de
saúde, extensivas aos seus familiares
e/ou acompanhantes, de maneira clara,
objetiva, respeitosa, compreensível e
adaptada à condição cultural,
respeitados os limites éticos por parte da
equipe de saúde sobre, entre outras:
a) hipóteses diagnósticas;
b) diagnósticos confirmados;
c) exames solicitados;
d) objetivos dos procedimentos
diagnósticos, cirúrgicos, preventivos ou
terapêuticos;
e) riscos, benefícios e inconvenientes
das medidas diagnósticas e terapêuticas
propostas;
f) duração prevista do tratamento
proposto;
g) no caso de procedimentos
diagnósticos e terapêuticos invasivos ou
cirúrgicos, a necessidade ou não de
anestesia e seu tipo e duração, partes do
corpo afetadas pelos procedimentos,
instrumental a ser utilizado, efeitos
colaterais, riscos ou conseqüências
indesejáveis, duração prevista dos
procedimentos e tempo de recuperação;
h) finalidade dos materiais coletados
para exames;
i) evolução provável do problema de
saúde;
j) informações sobre o custo das
intervenções das quais se beneficiou o
usuário.
III. Registro em seu prontuário, entre
outras, das seguintes informações, de
modo legível e atualizado:
a) motivo do atendimento e/ou
internação, dados de observação clínica,
evolução clínica, prescrição terapêutica,
avaliações da equipe multiprofissional,
procedimentos e cuidados de
enfermagem e, quando for o caso,
procedimentos cirúrgicos e anestésicos,
odontológicos, resultados de exames
complementares laboratoriais e
radiológicos;
b) registro da quantidade de sangue
recebida e dados que permitam
identificar sua origem, sorologias
efetuadas e prazo de validade;
c) identificação do responsável pelas
anotações.
IV. O acesso à anestesia em todas as
situações em que for indicada, bem
como a medicações e procedimentos
que possam aliviar a dor e o sofrimento.
V. O recebimento das receitas e
prescrições terapêuticas, que devem
conter:
a) o nome genérico das substâncias
prescritas;
b) clara indicação da posologia e
dosagem;
c) escrita impressa, datilografadas ou
digitadas, ou em caligrafia legível;
d) textos sem códigos ou abreviaturas;
e) o nome legível do profissional e seu
número de registro no órgão de controle
e regulamentação da profissão;
f) a assinatura do profissional e data.
VI. O acesso à continuidade da atenção
com o apoio domiciliar, quando
pertinente, treinamento em autocuidado
que maximize sua autonomia ou
acompanhamento em centros de
reabilitação psicossocial ou em serviços
de menor ou maior complexidade
assistencial.
VII. Encaminhamentos para outras
unidades de saúde, observando:
a) caligrafia legível ou
datilografados/digitados ou por meio
eletrônico;
b) resumo da história clínica, hipóteses
diagnósticas, tratamento realizado,
evolução e o motivo do
encaminhamento;
c) a não utilização de códigos ou
abreviaturas;
d) nome legível do profissional e seu
número de registro no órgão de controle
e regulamentação da profissão, assinado
e datado;
e) identificação da unidade de referência
e da unidade referenciada.
O TERCEIRO PRINCÍPIO
assegura ao cidadão o atendimento
acolhedor e livre de discriminação,
visando à igualdade de tratamento e a
uma relação mais pessoal e saudável.
É direito dos cidadãos atendimento
acolhedor na rede de serviços de saúde
de forma humanizada, livre de qualquer
discriminação, restrição ou negação em
função de idade, raça, cor, etnia,
orientação sexual, identidade de gênero,
características genéticas, condições
econômicas ou sociais, estado de saúde,
ser portador de patologia ou pessoa
vivendo com deficiência, garantindo-
lhes:
I. A identificação pelo nome e
sobrenome, devendo existir em todo
documento de identificação do usuário
um campo para se registrar o nome pelo
qual prefere ser chamado,
independentemente do registro civil,
não podendo ser tratado por número,
nome da doença, códigos, de modo
genérico, desrespeitoso ou
preconceituoso.
II. Profissionais que se responsabilizem
por sua atenção, identificados por meio
de crachás visíveis, legíveis ou por
outras formas de identificação de fácil
percepção.
III. Nas consultas, procedimentos
diagnósticos, preventivos, cirúrgicos,
terapêuticos e internações,
o respeito a:
a) integridade física;
b) privacidade e conforto;
c) individualidade;
d) seus valores éticos, culturais e
religiosos;
e) confidencialidade de toda e qualquer
informação pessoal;
f) segurança do procedimento;
g) bem-estar psíquico e emocional.
IV. O direito ao acompanhamento por
pessoa de sua livre escolha nas
consultas, exames e internações, no
momento do pré-parto, parto e pós-parto
e em todas as situações previstas em lei
(criança, adolescente, pessoas vivendo
com deficiências ou idoso). Nas demais
situações, ter direito a acompanhante
e/ou visita diária, não inferior a duas
horas durante as internações,
ressalvadas as situações técnicas não
indicadas.
V. Se criança ou adolescente, em casos
de internação, continuidade das
atividades escolares, bem como
desfrutar de alguma forma de recreação.
VI. A informação a respeito de
diferentes possibilidades terapêuticas de
acordo com sua condição clínica,
considerando as evidências científicas e
a relação custo-benefício das
alternativas de tratamento, com direito à
recusa, atestado na presença de
testemunha.
VII. A opção pelo local de morte.
VIII. O recebimento, quando internado,
de visita de médico de sua referência,
que não pertença àquela unidade
hospitalar, sendo facultado a esse
profissional o acesso ao prontuário.
O QUARTO PRINCÍPIO
assegura ao cidadão o atendimento
que respeite os valores e direitos do
paciente, visando a preservar sua
cidadania durante o tratamento.
O respeito à cidadania no Sistema de
Saúde deve ainda observar os seguintes
direitos:
I. Escolher o tipo de plano de saúde que
melhor lhe convier, de acordo com as
exigências mínimas constantes na
legislação, e ter sido informado pela
operadora da existência e
disponibilidade do plano referência.
II. O sigilo e a confidencialidade de
todas as informações pessoais, mesmo
após a morte, salvo quando houver
expressa autorização do usuário ou em
caso de imposição legal, como situações
de risco à saúde pública.
III. Acesso a qualquer momento, do
paciente ou terceiro por ele autorizado,
a seu prontuário e aos dados nele
registrados, bem como ter garantido o
encaminhamento de cópia a outra
unidade de saúde, em caso de
transferência.
IV. Recebimento de laudo médico,
quando solicitar.
V. Consentimento ou recusa de forma
livre, voluntária e esclarecida, depois de
adequada informação, a quaisquer
procedimentos diagnósticos,
preventivos ou terapêuticos, salvo se
isso acarretar risco à saúde pública. O
consentimento ou a recusa dados
anteriormente poderão ser revogados a
qualquer instante, por decisão livre e
esclarecida, sem que lhe sejam
imputadas sanções morais,
administrativas ou legais.
VI. Não ser submetido a nenhum
exame, sem conhecimento e
consentimento, nos locais de trabalho
(pré-admissionais ou periódicos), nos
estabelecimentos prisionais e de ensino,
públicos ou privados.
VII. A indicação de um representante
legal de sua livre escolha, a quem
confiará a tomada de decisões para a
eventualidade de tornar-se incapaz de
exercer sua autonomia.
VIII. Receber ou recusar assistência
religiosa, psicológica e social.
IX. Ter liberdade de procurar segunda
opinião ou parecer de outro profissional
ou serviço sobre seu estado de saúde ou
sobre procedimentos recomendados, em
qualquer fase do tratamento.
X. Ser prévia e expressamente
informado quando o tratamento
proposto for experimental ou fizer parte
de pesquisa, decidindo de forma livre e
esclarecida, sobre sua participação.
XI. Saber o nome dos profissionais que
trabalham nas unidades de saúde, bem
como dos gerentes e/ou diretores e
gestor responsável pelo serviço.
XII. Ter acesso aos mecanismos de
escuta para apresentar sugestões,
reclamações e denúncias aos gestores e
às gerências das unidades prestadoras
de serviços de saúde e às ouvidorias,
sendo respeitada a privacidade, o sigilo
e a confidencialidade.
XIII. Participar dos processos de
indicação e/ou eleição de seus
representantes nas conferências, nos
conselhos nacional, estadual, do Distrito
Federal, municipal e regional ou
distrital de saúde e conselhos gestores
de serviços.
O QUINTO PRINCÍPIO
assegura as responsabilidades que o
cidadão também deve ter para que
seu tratamento aconteça de forma
adequada.
Todo cidadão deve se comprometer a:
I. Prestar informações apropriadas nos
atendimentos, nas consultas e nas
internações sobre queixas, enfermidades
e hospitalizações anteriores, história de
uso de medicamentos e/ou drogas,
reações alérgicas e demais indicadores
de sua situação de saúde.
II. Manifestar a compreensão sobre as
informações e/ou orientações recebidas
e, caso subsistam dúvidas, solicitar
esclarecimentos sobre elas.
III. Seguir o plano de tratamento
recomendado pelo profissional e pela
equipe de saúde responsável pelo seu
cuidado, se compreendido e aceito,
participando ativamente do projeto
terapêutico.
IV. Informar ao profissional de saúde
e/ou à equipe responsável sobre
qualquer mudança inesperada de sua
condição de saúde.
V. Assumir responsabilidades pela
recusa a procedimentos ou tratamentos
recomendados e pela inobservância das
orientações fornecidas pela equipe de
saúde.
VI. Contribuir para o bem-estar de
todos que circulam no ambiente de
saúde, evitando principalmente ruídos,
uso de fumo, derivados do tabaco e
bebidas alcoólicas, colaborando com a
limpeza do ambiente.
VII. Adotar comportamento respeitoso e
cordial com os demais usuários e
trabalhadores da saúde.
VIII. Ter sempre disponíveis para
apresentação seus documentos e
resultados de exames que permanecem
em seu poder.
IX. Observar e cumprir o estatuto, o
regimento geral ou outros regulamentos
do espaço de saúde, desde que estejam
em consonância com esta carta.
X. Atentar para situações da sua vida
cotidiana em que sua saúde esteja em
risco e as possibilidades de redução da
vulnerabilidade ao adoecimento.
XI. Comunicar aos serviços de saúde ou
à vigilância sanitária irregularidades
relacionadas ao uso e à oferta de
produtos e serviços que afetem a saúde
em ambientes públicos e privados.
XII. Participar de eventos de promoção
de saúde e desenvolver hábitos e
atitudes saudáveis que melhorem a
qualidade de vida.
O SEXTO PRINCÍPIO
assegura o comprometimento dos
gestores para que os princípios
anteriores sejam cumpridos.
Os gestores do SUS, das três esferas de
governo, para observância desses
princípios, se comprometem a:
I. Promover o respeito e o cumprimento
desses direitos e deveres com a adoção
de medidas progressivas para sua
efetivação.
II. Adotar as providências necessárias
para subsidiar a divulgação desta carta,
inserindo em suas ações as diretrizes
relativas aos direitos e deveres dos
usuários, ora formalizada.
III. Incentivar e implementar formas de
participação dos trabalhadores e
usuários nas instâncias e nos órgãos de
controle social do SUS.
IV. Promover atualizações necessárias
nos regimentos e estatutos dos serviços
de saúde, adequando-os a esta carta.
V. Adotar formas para o cumprimento
efetivo da legislação e normatizações do
sistema de saúde.
Notícias
13º Intereclesial das CEBs
O 13º Intereclesial das CEBs acontecerá de 7 a 11 de janeiro de 2014, em Crato,
no Ceará, com o tema “Justiça e profecia a serviço da vida”.
Oração do 13º Intereclesial das CEBs
Dom Pedro Casaldáliga
Deus da vida e do amor, Pai de Jesus e Pai nosso,
Santíssima Trindade, a melhor comunidade:
abençoai as nossas CEBs, rumo ao 13º Intereclesial,
que iremos celebrar no coração alegre e forte do Nordeste,
nas terras do Pe. Cícero e do Pe. Ibiapina,
do beato Zé Lourenço e da beata Maria de Araújo,
e de tantos sofredores e lutadores,
profetas e mártires da caminhada,
no Brasil, em Nossa América, no Mundo solidário.
Ajudai-nos a reacender sempre mais a nossa paixão pelo Reino,
no seguimento de Jesus.
À luz da Bíblia e na mesa da Eucaristia,
na opção pelos pobres, em diálogo ecumênico e ecológico,
na defesa dos Direitos Humanos,
sobretudo dos Povos Indígenas e Quilombolas.
No cuidado da Terra, nossa mãe.
Em família e na comunidade eclesial,
no trabalho, na política, no movimento popular,
crianças, jovens e adultos, mulheres e homens.
Denunciando a economia neoliberal dos grandes projetos depredadores,
da seca, da cerca, do consumismo e da exclusão.
Mãe das Dores e das Alegrias,
ensinai-nos a sermos CEBs romeiras do Reino,
no campo e na cidade,
fermento de justiça, de profecia e de esperança pascal.
Proclamando a Boa Nova do Evangelho
sobretudo com a própria vida,
que é “o melhor presente que Deus nos deu”.
Amém , axé, auerê, aleluia!
O Cartaz do 13º Intereclesial de CEBs;
Artista - Marcos Aurélio Guimarães Rabello
O Cartaz foi inspirado no traço da xilogravura presente na literatura de cordel e
expressão típica da cultura nordestina.
No centro, encontramos a cruz do crucificado ressuscitado, de onde emanam as
fitas votivas identificando as três pessoas da Trindade Santa, encontrando na outra
extremidade a Palavra de Deus, experiência concreta de fé e vida.
Da cruz emerge também os raios da “terra do sol”, Juazeiro do Norte no Ceará,
plantada sob o chapéu do romeiro que busca seu abrigo no Pai do céu. No chapéu
encontramos no santinho devocionário o mapa da América Latina, indicando a unidade
das CEBs antenadas no desafio da evangelização do campo e da cidade, contextualizada
pela situação sócio-política dos tempos atuais.
Na aba do chapéu encontramos a memória do trem das CEBs, acolhendo o 13º
vagão que chega de encontro a esta experiência de comunhão com as várias culturas
presentes nos interecleiais.
Sob esta proteção e mística temos o movimento dos romeiros do Reino,
comunidades de homens e mulheres, crianças e adultos, jovens e idosos, trabalhadores e
desempregados da cidade e do campo, vocações religiosas e leigas, que unidas ao
padrinho Pe. Cícero expressam em romaria que “gente simples, fazendo coisas
pequenas, em lugares não importantes, conseguem mudanças extraordinárias”;
demonstrando a grande certeza na esperança teimosa da flor do mandacaru que
acreditamos na justiça e na profecia a serviço da vida.
Congresso Continental de Teologia
O ano 2012 será um ano muito significativo para a Igreja na América Latina e
Caribe: são os 50 anos da inauguração do Concílio Vaticano II, celebrada pelo papa
João XXIII, e os 40 anos da publicação do livro Teologia da Libertação. Perspectivas,
de Gustavo Gutiérrez, que inaugura a rica trajetória da teologia em nosso continente. No
marco destes dois acontecimentos que marcaram a Igreja em geral, particularmente na
América Latina, está a proposta de um Congresso Continental de Teologia.
Com o novo impulso dado por Aparecida à tradição latino-americana, o
momento atual é muito oportuno para mobilizar a comunidade teológica no continente,
depois de anos particularmente difíceis, marcado por tensões, desencantamentos, falta
de perspectivas, dispersão e, inclusive, certa desmobilização dos teólogos e teólogas.
A finalidade do Congresso Continental é, sobretudo, olhar para o futuro, um
congresso prospectivo, que se pergunte sobre os desafios e tarefas futuras da teologia na
América Latina, a partir do nosso novo contexto cultural, social, político, econômico,
ecológico, religioso e eclesial, globalizado e excludente.
www.unisinos.br/eventos/congresso-de-teologia/
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