2. fábrica social - centro de estudos do meio ambiente

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Trabalho final do curso superior de arquitectura da ESAP, realizado na Fábrica Social - Fundação José Rodrigues. Fase individual

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Trabalho realizado por Pedro Carvalho

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Este trabalho foi desenvolvido no âmbito da disciplina “Trabalho de Projecto” do Curso Superior de Arquitectura da Escola Superior Artística do Porto, no ano lectivo 2007/2008. Juntamente com o dossier de desenhos técnicos, este documento acompanha o trabalho “Fábrica Social” desenvolvido em grupo com:Ana Ruivo 38 71Samuel Carvalho 3978Samuel Rodrigues 3988

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Enquadramento 12

Programa 15

Processo 17

Memória Descritiva 38

Desenhos técnicos 44

Prespectivas 3D 62

Índice

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O Centro de Estudos do Meio Ambiente localiza-se no morro da Fontinha, no centro do Porto, e está integrado num projecto mais amplo de transformação da Fábrica Social, propriedade do escultor José Rodrigues, em centro de criatividade e produção artística. A estratégia desta transformação foi estabelecida em grupo. Existe no Porto um “Tecido por Defeito”, resultante da expansão urbana do século XIX, que fragmenta a cidade e isola grandes áreas no interior dos quarteirões. No quarteirão da Fontinha, este factor originou um quarteirão extenso, delimitado por uma frente urbana contínua. O seu interior é ocupado, a sul, por um bairro habitacional de cariz operário e, a norte, por um grande número de logradouros privados, em estado de abandono, que, no seu conjunto, formam uma grande mancha verde.

Tendo a Fábrica Social como âncora, a proposta (já apresentada no livro de grupo “Fábrica Social”) consiste em ligar o espaço verde ao bairro e em integrá-lo no sistema ecológico, produtivo e cultural da cidade.

É proposta uma estrutura, uma rua no céu (que metaforicamente chamamos de aqueduto), que sobrevoa a fábrica e faz a ligação pedonal entre a zona habitacional e o jardim.

A fi m de estimular uma regeneração urbana orgânica e participada, adoptam-se os princípios da “acupunctura urbana” que propõem intervenções pontuais.

Assim, em vez de desenhar todo o jardim, opta-se, antes, por criar um equipamento de apoio, o Centro de Estudos do Meio Ambiente, com potencial para promover a regeneração da mancha verde.

O edifício implanta-se na extremidade norte da nova rua aérea e serve de ligação entre esta e o jardim, sendo uma das suas entradas.

Enquadramento

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O Centro de Estudos do Meio Ambiente tem como objectivo o estudo e o apoio às novas práticas ecológicas e à regeneração da mancha verde.Tem como referências programáticas a Universidade Livre do Meio Ambiente, em Curitiba, e a Universidade Experimental do Meio Ambiente, proposta por Jacinto Rodrigues.

Tal como estes projectos, o Centro de Estudos pretende ser um “local de produção de conhecimento multi e interdisciplinar sobre meio ambiente e sustentabilidade urbana”, a fi m de desenvolver e executar projectos sócio-ambientais e programas de capacitação pessoal.

“A função estratégica do conteúdo pedagógico da universidade livre consiste essencialmente em propor uma tomada de consciência das questões do meio ambiente e sobretudo a necessidade dum processo de implantação de homens no território onde o desenvolvimento seja ecologicamente sustentável”.¹

O Centro deverá promover a organização de cursos, seminários, conferências e exposições; a realização de estudos e pesquisas; o desenvolvimento e execução de projectos e actividades de educação ambiental. Tem ainda como objectivo a revitalização do jardim através, por exemplo, da criação de estufas, viveiros, hortas, eco-etar ou lago-piscina.

¹ in Jornal “a página” (2000), Universidade Experimental do Meio Ambiente – Jacinto Rodrigues, nº 97

Programa

Átrio / sala exposições 160 m2Auditório / sala polivalente 130 m2Laboratório (2) 110 m2Mediateca 60 m2Wc’s 48 m2Arrumos 75 m2Salas de trabalho (4) 100 m2Administração 43 m2Salas de reuniões 27 m2Bar 65 m2

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o decorrer do processo de desenvolvimento do trabalho, surgiram difi culdades na escolha da melhor orientação para o projecto, uma vez que a sua localização, num contexto bastante isolado, não impunha grandes condicionantes.

Na procura de uma solução de projecto, tentei que o edifício respondesse a alguns princípios:

- receber o aqueduto, fazendo a transição entre a cota alta e a cota baixa;

- criar uma continuidade entre o jardim e a cobertura do edifício, estendendo-o até ao aqueduto e assumindo a cobertura como o início do jardim;

- tirar partido dos valores paisagísticos do local – um dos pontos mais altos do Porto, com vista sobre a cidade até ao Atlântico – criando um edifício-miradouro;

- implantar o edifício de maneira a não criar uma barreira em relação ao jardim.

Ao longo do percurso, passei por várias soluções, desde um edifício em plataformas até a um jardim feito sobre lajes, com o programa distribuído pelos pisos, passando por um edifício mais pesado, que procurava recriar os socalcos do jardim, com grandes escadarias de acesso ao aqueduto.

A solução encontrada foi a de um edifício em rampa que se solta do chão, apelando à subida ao miradouro, e que, devido à sua leveza e transparência, não constitui uma grande barreira no jardim.

Processo

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O edifício é composto por três momentos, com três ambientes diferentes:

- EnterradoO piso -1, escavado no terreno e onde

se explora a ideia de massa, alberga as funções do programa que requerem maiores áreas como a biblioteca/mediateca e a sala polivalente. O material dominante é a pedra, o que confere ao espaço alguma dureza.

- TerrenoO piso 0, por onde se faz o acesso

principal ao edifício, é um espaço amplo e transparente, com uma grande relação com o exterior. Os espaços mais públicos e mais informais do edifício como o átrio/zona de exposições e o bar encontram-se neste piso. O vidro é o material principal.

- ElevadoO piso 1 é um tubo, em rampa, que

culmina numa grande abertura sobre a paisagem. Os espaços que requerem as áreas mais pequenas, como as salas de trabalho e os laboratórios organizam-se num corpo contínuo de madeira ao longo da rampa.

Este tubo em betão branco, com cobertura ajardinada, é a parte mais expressiva da construção e defi ne a imagem do edifício – uma rampa que se eleva do jardim, projectando-se no horizonte.

Memória Descritiva

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