2 a 1880 a 1919

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O Século XIX

Império

Romantismo

Era Vitoriana fase 1 ( 1840 a 1865)

Era Vitoriana fase 2 ( 1865 a 1880)

Bélle Epoque (1880 a

1914)

Inovações tecnológicas como o telefone, o telégrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automóvel, o avião,

inspiravam novas percepções da realidade. Com seus cafés-concertos, balés, óperas, livrarias, teatros,

boulevards e alta costura. Paris, a Cidade Luz, era considerada o centro produtor e exportador da cultura

mundial.

Em 1879, o americano Thomas Edison inventa a lâmpada incandescente;

Em 1890 descobrimento do elétron por Joseph John Thompson pode ser considerado o marco da passagem da ciência da eletricidade para a da eletrônica, que proporcionou um avanço tecnológico ainda mais acelerado;

Em 1892 Tesla realiza a primeira transmissão de rádio; porém, esta invenção é creditada, embora sob controvérsias, a Guglielmo Marconi em 1904.

Em 1895 os Irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo, causando comoção e espalhando a notícia rapidamente.

Sucesso absoluto do “The Yellow Book”, fashion plate de maior repercussão o no período

A expressão designa o clima intelectual e artístico do período em questão. Foi uma época marcada por profundas transformações culturais

que se traduziram em novos modos de pensar e viver o quotidiano europeu.

Começou no final do século XIX (1880) e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914.

Novas invenções tornavam a vida mais fácil em todos os níveis sociais, e a cena cultural estava em efervescência: cabarés, o cancan, e o cinema

haviam nascido, e a arte tomava novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau.

A arte e a arquitetura inspiradas no estilo dessa era, em outras nações, são chamadas algumas vezes de estilo "Belle Époque". Além disso a "Belle Epóque" foi representada por uma cultura urbana de

divertimento, incentivada pelo desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte gerados pelos lucros e necessidades da

política imperialista, que aproximou ainda mais as principais cidades do planeta.

No final do século XIX o êxodo rural, o desenvolvimento das comunicações e a eletricidade, aliadas ao crescimento urbano

propiciaram o surgimento da cultura do divertimento. Essa cultura ganhou status social na burguesia através dos cabarés, onde era

possível encontrar a fusão dos elementos da cultura erudita com os elementos das classes baixas.

A indústria do divertimento (parque de diversão e cinema) foi possível devido ao desenvolvimento da eletricidade e a diminuição

da jornada de trabalho, fazendo com que os operários tivessem mais horas livres para o lazer. Os parques e os cinemas transformaram-se

em divertimento de massa, porque o ingresso era barato e esses divertimentos provocavam um desprendimento momentâneo da

realidade cotidiana das pessoas.

Simplificação dos vestidos à partir de 1880, ainda no período Vitoriano, mas, sem perder a elegância

1891 - Jovem usando cabelos levemente soltos (novidade)

1891

Os trajes infantis continuavam à moda

dos adultos, como réplicas

1892

A frequência de passeios ao litoral modificou em partes a leitura dos trajes de regata

Trio: casaco,camisa

e saia

Nos dias de inverno

utilizava-se uma longa capa

sobre o vestido..

Sob total influência da ArtNoveau (ou arte nova), a silhueta feminina sofreria

mudanças mais acentuadas que na fase anterior.

Conhecida como silhueta ampulheta, extremamente

curvilínea, esta exigia grande esforço para atingir

cinturas de 40 cm de circunferência.

A cantora e atriz francesa Polaire

Para conseguir obter uma silhueta ainda mais esguia na cintura, as mulheres retomam o uso das mangas balão (parecidas com as manchet gigot do romantismo), provocando a sensação de afunilamento desejado.

1893

1894

1894

1894

1895

Trajes de passeio de 1896

As mulheres adquirem um profundo gosto pelo uso de peles (1896)

1894

1884

Diferenças visíveis nos trajes de noiva num período de 10 anos

Em contrapartida, a prática de esportes e lazer litorâneo promovem uma simplificação e masculinização do traje feminino. (1895)

Mesmo às vezes com aparência austera, os vestidos não deixavam de ser usados com espartilhos que mantinham a pesada silhueta Ampulheta

1895

1890

44 anos após seu primeiro surgimento, os bloomers retornam à moda para o ciclismo feminino (1894)

1898

Trajes de banho, para contato com o mar

1898

Diminuição do volume das saias

1898

Vestidos de baile 1898

1899 sutil simplificação nos trajes femininos.

Em 1890 o homem já usa trajes soltos, porém, sérios

1890

1895Uso da gravata com nó e fraque

A prática esportiva fez com que os

homens utilizassem casacos mais curtos

e calças mais ajustadas, além do

surgimento da boina, no mesmo

tecido do costume.

(1897)

Oscar Wilde (1897) era um intelectual de elegância marcante, que retomou o conceito Dandypor um breve momento.

Joalheria feminina (esq.) e

masculina (dir.) do período

Delicada joalheria do começo do século XX

A Era eduardiana ou período eduardiano está compreendida na segunda metade da Belle Époque e corresponde ao período de 1901 a

1910 no Reino Unido, durante o reinado do Rei Eduardo VII, tendo sucedido a Era Vitoriana.

Algumas vezes, é prolongado para incluir o período que se seguiu após o naufrágio do RMS Titanic em 1912 até o começo da Primeira Guerra

Mundial.Socialmente, a era eduardiana foi o período durante o qual o sistema

de classe britânico estava em suas mais rígidas, embora paradoxalmente, mudanças no pensamento social, particularmente o crescente interesse no socialismo, a atenção à situação angustiosa dos

pobres e às condições das mulheres, expressado na, por exemplo, questão do sufrágio feminino, juntamente com as crescentes

oportunidades econômicas (como resultado da rápida industrialização), criaram um ambiente no qual poderia haver mais

mobilidade social e no qual pessoas se tornariam mais liberais.

As classes mais altas abraçaram esportes de lazer, o que possibilitou o rápido desenvolvimento da moda, porque mais estilos de roupas flexíveis e móveis tornaram-se necessários. O espartilho foi modificado; seu uso

durante todos os dias foi sendo gradualmente abandonado.

Eventos significativos

1903: O primeiro vôo - com a ajuda de uma catapulta mecânica -realizado pelos Irmãos Wright.

1908: Os Jogos Olímpicos de Verão de 1908, em Londres.

1909: Louis Blériot cruza o Canal da Mancha pelo ar.

1910: Criação da União Sul-Africana.

1912: Naufrágio do RMS Titanic.

1914: Começo da Primeira Guerra Mundial.

1917: Estados Unidos entram na Primeira Guerra Mundial.

1918: Fim da Primeira Guerra. Pandemia da Gripe.

1900

As irmãs Wertheimer eram inspiração para diversas mulheres

com sua vestimenta moderna e muito vaporosa

(1901)

À partir de 1900 os corsets ganharam uma nova leitura, como se fossem mais saudáveis por não comprimirem tanto o abdômen, porém, como o mesmo efeito de “afinar” a silhueta dando-lhe

um aspecto de S.

1901Verão

1901 Inverno

1904 – diminuição do volume das saias para uso doméstico e

masculinização da parte superior. Surge a camisa

feminina como traje comum.

1905

1905

Estruturas de 1907/1908

Phillis Langhorne Nora Langhorne

1906 - As belas irmãs Langhorne que inspiraram a moda “The Gibson Girl”

A forma que ressaltava o busto grande e a saia dançante foram criados pelo artista Charles Dana Gibson, que casou-se com uma das belas irmãs Langhorne surgindo então a elegante moda Gibson Girl (1908)

1906

O efeito desejado era de um grande busto com a cintura muito fina (peito de pombo)

No começo do século XX a mais extraordinária publicação de moda era o The Yellow Book,

fazendo com que a cor amarelo predominasse no vestuário feminino.

Em 1905 Sarah Bernhardt,

dançarina, torna-se ícone de moda

Trajes criados por Lucille (lady Duff-Gordon) para a atriz Lily Elsie em a Viúve Alegre em 1907. Mais tarde ela viria a trabalhar juntamente com Poiret

1910 – a prática esportiva feminina sugeria trajes mais

semelhantes às formas masculinas

A moda masculina pouco mudou, fundamentando-se sempre na prática esportiva e em um vestir prático e respeitoso.

1901

1902 1905

1905 – a respeitosa figura do Rei Edward VII da Inglaterra, que fez jus ao

nome do período

A década de 10

O movimento do Art Noveauinfluenciou toda a

arquitetura e design de interiores fazendo com que

suas linhas curvas se pronunciassem em todos as

artes visuais, inclusive a moda.

Influenciado pelas linhas do Art Noveau, Georges Barbier ilustra moda para estilistas famosos como Madame

Paquin (1914)

O orientalismo contagiava toda a Europa. Dançarinos russos como Niginski e Diagazev elaboravam coreografias para os balés. Nessa nova “onda” de

liberdade corporal, dançarinas muito conceituadas trouxeram à moda feminina a liberdade em deixar para trás as saias “tutu” e sapatilhas de ponta além do

opressor espartilho. Seus movimentos leves e suas roupas esvoaçantes seriam a nova face da moda

Ruth Saint-Denis

Isadora Duncan surpreendia ao dançar descalça em palcos ou bosques públicos com a leveza de uma pluma e um corpo que

não possuía limites

Loïe Fuller e sua dança com efeitos

especiais luminosos

Em 1910 a estréia do Balé Russo Schérérazade, com figurino desenhado por Leon Bakst causou na moda em geral o reflexo da forte onda de

orientalismo com suas formas ousadas e cores vibrantes influenciando diretamente o trabalho dos estilistas da época.

Schérérazade – 1910 por Leon Bakst

Ilustrações de figurino de Léon Bakst

Ilustrações de George Le Pape e criações

do estilista Paul Poiret. Influência do

orientalismo na moda.

(1911)

Criação de Paul Poiret, 1910

1910

Gabrielle “Coco” BonheurChanel

A malharia circular passará a fazer parte da vida das mulheres a partir das criações de Chanel

Criação de Paul Poiret, 1913

Mariano Fortuny fazia sucesso com suas criações

limpas e inovadoras

1908

1911

1912

Criações de Mme. Paquin nos mostram a evolução do afunilamento das saias e

desaparecimento da cintura.

Novas publicações incentivavam a

publicidade para venda de roupas e

cosméticos

(1911)

Em 1912 a moda é influenciada pelas viagens de navio, sendo o Titanic o primeiro frustado Transatlântico a receber pessoas das mais altas classes com seus belíssimos modelos e jóias

1910 1912

Criações de Drecoll em 1913 exaltando profundos decotes “V”, condenados pela Igreja

19141913

1914

1914

OS anos de Guerra vindouros anunciariam uma moda mais simplista e sóbria.

Trajes simplistas em tricô durante a guerra

1910

1912 – Um homem austero e simplista

1914

O Século XX

I Guerra Mundial (1914 a 1919)

Década de 20 a 30

Década de 30 a 40

Quando em 1914 tem início a I Guerra

Mundial, a moda sofre graves

consequências como falta de luxo, roupas masculinizadas na forma e nas cores além da pequena

variedade de modelos, tomando

sua força novamente somente em 1919.

Durante os anos da I Guerra a mulher sentiu que não ficava bem a extravagância,

diminuindo seus penteados e usando vestidos retos e sem saiotes. O espartilho

tornou-se quase desnecessário.

Além da situação desconfortável da guerra, os chapéus diminuíram em função dos

automóveis serem fechados - 1915

A escassez de tecidos levou os estilistas a criarem trajes mais simplistas, com cores mais sóbrias, perdendo o colorido de anos anteriores

Inverno - 1916

Inverno - 1916

O traje feminino é simplificado e o masculino muito parecido com os uniformes militares, sobretudo, da aeronáutica (novidade) e marinha

A nova profissão de enfermeira coloca a mulher no trabalho juntamente com os

homens

Capas da revista periódica La Vie Parisienne de 1917 – a cintura vai aos poucos perdendo seu lugar, como a 110 anos atrás

Traje de passeio e roupas profissionais (1918)

Mata Hari encanta homens e mulheres com sua dança sensual em meados de 1917

Para as tarefas domésticas e corriqueiras bem como o trabalho fora de casa a mulher

recorreria ao dueto saia e camisa (1918)

Revistas de 1919 mostram as mulheres tomando a frente do trabalho inclusive rural

Publicações de 1918 editam matéria sobre o sucesso de Alberto Santos Dumont e sua invenção

que reinventou as estratégias de guerra

Trajes masculinos de 1917 – simplificação das peças e austeridade

O fim da guerra trouxe de volta o refinamento do traje masculino colocando em guarda roupa novas peças

(1919)

Os trajes infantis também sofreram influências da marinha sendo adotado para meninos e meninas

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