0326 choque - marion
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12/03/2013
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CHOQUE
Profa. Marion Vecina A. Vecina
Definição
O choque é uma síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema circulatório em fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos de forma a atender as suas necessidades metabólicas.
Se não tratado é fatal.
• Falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração);
• Problemas nos vasos sangüíneos (alteração na resistência da parede vascular);
• Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou líquidos corporais).
Causas ESTÁGIOS DO CHOQUE
• Compensatório; o corpo tenta superar os problemas
utilizando seus mecanismos de defesa habitual procurando manter as funções.
• Progressivo; o sangue dos membros (MMSS e MMII) + região abdominal é desviado para órgãos vitais (coração, cérebro, pulmões).
• Irreversível; desvio de sangue do fígado e rins para coração, cérebro, gerando falência de órgãos, fazendo com que o sangue se acumule afastado dos órgãos vitais, seguido de óbito.
• CHOQUE HIPOVOLÊMICO: perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares;
• CHOQUE CARDIOGÊNICO: insuficiência miocárdica ;
• CHOQUE DISTRIBUTIVO: diminuição do tônus vascular. Dividido em: – CHOQUE NEUROGÊNICO;
– CHOQUE ANAFILÁTICO;
– CHOQUE SÉPTICO.
• CHOQUE OBSTRUTIVO: obstrução mecânica do fluxo sangüíneo.
Classificação
• hipotensão
• taquicardia
• pulso fino e taquicárdico
• sudorese abundante
• Mucosas descoradas e palidez
• Cianose
• Respiração superficial, rápida e irregular
Sinais e sintomas gerais
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CHOQUE HIPOVOLÊMICO
• Qualquer distúrbio que leva a uma redução dos fluidos pode causar o choque hipovolêmico.
• tipo mais comum nos pacientes traumatizados.
• Há uma diminuição no débito cardíaco em virtude da diminuição da pré-carga (caracterizado pelo baixo volume intravascular, gerando hipovolemia relativa ou absoluta).
Volume sangüíneo
diminuído
Retorno venoso diminuído
Volume sistólico diminuído
Débito cardíaco diminuído
Perfusão tecidual diminuído
Choque Hipovolêmico
Choque hipovolêmico
• Tratamento:
* da causa básica;
* reposição hídrica e sangüínea;
* redistribuição de líquidos;
* medicamentos
CHOQUE CARDIOGÊNICO
• Decorrente de uma disfunção cardíaca primária, resultando na incapacidade do coração em manter fluxo sanguíneo adequado aos tecidos e levando à deficiência metabólica mesmo em repouso, com conseqüente hipoxia tissular. Costuma ocorrer em falência do VE, IAM, lesões valvares, miocardiopatia , hipóxia...
Contratilidade cardíaca diminuída
Débito cardíaco e volume sistólico
diminuídos
Perfusão tecidual sistêmica diminuída
Perfusão diminuída da artéria coronária
Congestão pulmonar
Choque cardiogênico
CHOQUE CADIOGÊNICO
SINTOMAS E SINAIS FÍSICOS
Quando após IAM os sintomas geralmente aparecem nas
primeiras 24 h
HIPOTENSÃO
Confusão mental
Palidez e sudorese
Taquicardia
Oligúria
Predominância de
baixo débito
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CHOQUE CADIOGÊNICO
SINTOMAS E SINAIS FÍSICOS
Dispnéia em diferentes graus até franca IRpA
Taquipnéia e estertores pulmonares
Turgidez jugular
Terceira bulha
Arritmias
Predominância de congestão
pulmonar
Predominância de
Falência Ventricular
CHOQUE CADIOGÊNICO
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
Sinais de Congestão Pulmonar
Aumento da área cardíaca
CHOQUE CADIOGÊNICO
DIAGNÓSTICO
CATETER DE SWAN-GANZ
Choque cardiogênico
• Tratamento: vai depender do agente etiológico.
* deficiência aguda do enchimento e esvaziamento cardíaco, por obstrução mecânica: cirúrgico;
* comprometimento miocárdico: monitorização e correção hemodinâmica e uso de drogas através do uso de: dopamina, dobutamina, associação de drogas inotrópicas e vasodilatadoras, agentes fibrinolíticos,bicarbonato de sódio, heparina, Balão intra-aórtico.
• Sedação;
• Reposição de volume; • Suporte geral; • Oxigenação ou Ventilação Mecânica (Manutenção da Saturação de
Oxigênio maior que 90%)
BALÃO INTRA-AÓRTICO
• Tem por objetivo insuflar durante a diástole e desinsuflar durante a sístole. É introduzido na aorta torácica pela artéria femoral
• Melhora o fluxo coronariano em até 60%
• Diminui a sobrecarga miocárdica em até 25%
• Aumenta o débito cardíaco em até 25%
RECOMENDAÇÕES
A estratégia de tratamento do choque cardiogênico de ser iniciada o mais
precoce possível com agentes farmacológicos e BIA, seguida de
terapêutica definitiva por angioplastia ou cirurgia.
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Choque distributivo
• Situações de inadequação entre o que é ofertado e o que é consumido de oxigênio pelo tecido, apresentando fluxo sanguíneo excessivo ou deficitário que, independente do volume, é inadequado para demanda metabólica.
• SUBDIVISÃO: neurogênico; lesão medular ou cefálica ocasionando perda
do controle nervoso, efeito depressor por medicamentos. anafilático; reação alérgica intensa, geralmente por picada de inseto,
alimentos ou medicamentos.
séptico; as toxinas de infecções graves causam vasodilatação, acúmulo
de sangue nos capilares e invasão de bactérias nos vasos sanguíneos.
CHOQUE OBSTRUTIVO
• Resultante de um bloqueio mecânico ao fluxo sanguíneo pulmonar ou sistêmico, decorrente de embolia pulmonar, tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e coartação da aorta.
Em todos os casos de reconhecimento dos sinais e sintomas de estado de choque, providenciar
imediatamente assistência especializada.
A vítima vai necessitar de tratamento complexo que só pode ser feito por profissionais e
recursos especiais para intervir nestes casos.
CONCLUSÃO
• No tratamento do choque, é imprescindível que se encontre e trate especificamente a causa base dessa síndrome
• É uma entidade muito comum em atendimento de emergência e seu estudo é muito importante para que se faça o diagnóstico rápido e preciso, visto que a mortalidade atinge níveis preocupantes.
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