Ç dqr volume 1 - conquista | guia · 17 nos anúncios, que recursos foram usados para chamar a...
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Capítulo 1
Anúncios publicitários: conquistando o público 2
Capítulo 2
Artigo de divulgação científica: acesso à ciência 34
Capítulo 3
Causo e conto: narrativas populares 62
Volume 1
capí
tulo
Os anúncios publicitários estão por toda a parte: nos
jornais impressos ou digitais, em suportes nas ruas, como
outdoors, nos sites, nas revistas impressas e digitais, na
televisão, no rádio, entre outros. Alguns são muito criati-
vos, outros nem tanto, mas todos usam diferentes recursos
para convencer o leitor a adquirir um produto, contratar
um serviço ou mudar uma atitude.
Anúncios publicitários: conquistando o público
1
• Anúncios publicitários
• Imperativo
• Ortografia
• Coesão
o que vocêvai conhecer
©Shutterstock/Ketmanee Kidwai
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hu
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iris
2
Língua Portuguesa
a) Anúncios publicitários são publicados em diversos lugares. Onde você costuma vê-los?
b) Observe a imagem de abertura deste capítulo.
Que tipo de texto você esperaria ler em um outdoor?
Você acha que anunciar em um outdoor dá mais visibilidade ao produto, serviço ou ideia anunciada? Por quê?
c) Como você imagina que a publicidade influencia os consumidores?
d) Você já comprou algum produto por tê-lo visto em um anúncio? O que você comprou e o que o motivou a comprar?
• Ler anúncios publicitários, compreendendo a composição, o estilo e a função comunicativa.
• Perceber a função do modo imperativo em diferentes gêneros textuais e conhecer sua conjugação.
• Produzir roteiro de anúncio radiofônico para apresentação.
• Produzir anúncio publicitário, definindo composição, estilo e função comunicativa.
• Explorar e empregar recursos coesivos.
• Dominar conceitos e discriminar frase, oração e período.
• Identificar regras gerais de acentuação.
objetivos do capítulo
Os profissionais que criam peças
publicitárias são chamados de
publicitários. O curso de nível
superior que prepara profissio-
nais para essa área denomina-se
Publicidade e Propaganda.
3
Anúncio publicitário
1 Leia este anúncio:
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2 Identifique os personagens presentes nessa imagem.
3 O que eles estão fazendo?
estudo do texto
© Intermix Comunicação / BE HAPPY. Disponível em: <http://www.ccpr.org.br/vitrine>. Acesso em: 6 mar. 2014.
4
Língua Portuguesa
4 Em que período do dia a cena do anúncio se passa? Que elementos permitiram a você que chegasse a essa conclusão?
5 Observe o anúncio novamente. Como você acha que o fugitivo está se sentindo?
( ) Confortável.
( ) Tenso.
( ) Tranquilo.
( ) Seguro.
6 Descreva alguma situação em que você se sentiu despreparado e não obteve sucesso.
7 Nesse anúncio, há predomínio de qual linguagem?
( ) Verbal. ( ) Não verbal.
8 Identifique e escreva os textos verbais que aparecem no anúncio.
Agora, explique a relação que se pode estabelecer entre o texto verbal e o texto não verbal do anúncio.
linguagem -
la expressa por meio de pa-
lavras escritas ou faladas,
verbal comunica ideias por
meio de outros recursos,
como as imagens em anún-
cios e as cores na sinaliza-
ção de trânsito.
9 Quem é o anunciante dessa campanha?
10 O anúncio da Be Happy foi elaborado para
( ) divulgar um serviço.
( ) consolidar uma marca.
( ) divulgar uma ideia.
11 Considerando o objetivo desse anúncio, o que está sendo oferecido?
Anúncios publicitários são textos que objetivam promover uma marca, vender um produ-
to, divulgar um serviço ou, ainda, comunicar uma ideia. Esse gênero textual visa influenciar o
comportamento das pessoas para adquirir o bem, o produto ou o serviço anunciado, ou para
agir de determinada forma em relação a problemas diversos que atingem a sociedade. Para
isso, são usadas estratégias de convencimento, que despertam nas pessoas sentimentos de
prazer, paixão e adesão.
5
12 Avaliando as características e o objetivo desse anúncio, responda:
a) A que público-alvo ele se dirige?
b) Qual é a mensagem que a empresa Be Happy quer transmitir ao anunciar os seus serviços por meio desse anúncio?
13 De acordo com aquilo que se quer divulgar e com qual público-alvo se quer atingir, as peças publicitárias são anunciadas em locais de publi-cação diversos.
a) Pensando no público-alvo do anúncio da Be Happy, assinale em quais dos suportes a seguir a peça poderia ser divulgada.
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O público-alvo é o grupo
de pessoas a que se dirige
determinado produto, ser-
viço ou mensagem. Em uma
campanha publicitária, con-
seguimos identificar o públi-
co-alvo a que ela se dirige ob-
servando as características
das peças dessa campanha.
Suporte é o meio físico ou
virtual em que se dispõe
uma publicação de um texto.
b) Use as palavras a seguir para nomear os suportes do item anterior.
revistas internet painel outdoor jornais
c) Em que outros suportes peças publicitárias em geral podem ser anunciadas?
6
Língua Portuguesa
14 A peça publicitária que você analisou faz parte de uma campanha publicitária. A seguir, está repro-duzido outro anúncio da mesma campanha.
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a) Descreva a cena apresentada no anúncio.
b) Quais características se repetem nos dois anúncios?
© Intermix Comunicação / BE HAPPY. Disponível em: <www.ccpr.org.br/vitrine>. Acesso em: 6 mar. 2014.
Campanha publicitária é
um conjunto de anúncios
criados para serem veiculados
em mídias diversas e com
o mesmo propósito.
Alguns elementos geralmente constam na maioria dos textos publicitários, como:
• o título, em destaque no anúncio;
• o corpo do texto, que acrescenta detalhes a respeito do que é anunciado;
• o slogan, de fácil memorização, com foco em certas características do produto, da
marca ou da ideia que estão sendo divulgadas;
• uma imagem significativa, relacionada ao assunto do anúncio;
• a assinatura (marca ou logotipo) do anunciante, que permite a identi-
ficação, de imediato, da empresa ou instituição responsável pela divul-
gação do anúncio.
7
15 O anúncio que você leu não apresenta todas as partes que geralmente aparecem em textos publici-tários. Quais você identificou nele?
16 Os dois anúncios publicitários dessa campanha têm em comum alguns aspectos. Um deles é a pre-sença de água. Por quê?
17 Nos anúncios, que recursos foram usados para chamar a atenção do público-alvo?
18 Avaliando os anúncios, assinale um X no estilo que predomina na campanha.
a) Suspense.
b) Drama.
c) Humor.
d) Romance.
Que estratégias foram usadas para construir esse estilo na campanha?
19 Qual é o objetivo final dessa campanha publicitária?
20 Os anúncios dessa campanha mostram pessoas que conseguiram sucesso em situações difíceis por ter bom condicionamento físico e por conseguir ficar submersas. Como essa es-
tratégia contribui positivamente para a Be Happy?
21 Você se sentiria atraído a adquirir o serviço oferecido pela Be Happy depois de conhecer os anún-cios? Por quê?
sucesso: ter bom resultado.
8
Língua Portuguesa
Nem todo anúncio publicitário tem o objetivo de vender um produto ou serviço. Observe a
imagem, leia o texto verbal e responda às questões.
conectado
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SP
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O
HEADS. Para ele, doar um olho não é um problema. Para você, doar medula óssea também não deveria ser. Disponível em: <http://www.ccsp.com.br/site/novo/41574/Para-ele-doar-um-olho-n-o-e-um-problema-Para-voce-doar-medula-ossea-tambem-n-o-deveria-ser>. Acesso em: 23 abr. 2014.
9
1 Quais desses itens aparecem no anúncio?
( ) Imagem.
( ) Título.
( ) Corpo do texto.
( ) Slogan.
( ) Assinatura.
( ) Endereço eletrônico.
2 Você acha que a ausência desse(s) item(ns) dificulta a compreensão do anúncio? Justifique sua resposta.
3 Releia o título da peça publicitária.
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ad
sa) De acordo com o trecho,
( ) doar medula óssea não prejudica o doador.
( ) ao doar medula óssea, o doador fica com a visão com-prometida.
( ) o personagem da campanha é uma metáfora do doador de medula óssea.
( ) o texto destaca a importância do ato de doar.
b) Qual é o objetivo desse anúncio?
c) Qual é a palavra do título que se remete ao objetivo da campanha?
4 Releia este trecho do anúncio:
Medula óssea é um tecido
que preenche o interior
dos ossos, popularmente
conhecido por “tutano”. A
medula óssea desempenha
um papel fundamental
no desenvolvimento das
células sanguíneas, pois
é lá que são produzidos
os glóbulos brancos, os
vermelhos e as plaquetas.
a) Que informações são apresentadas no corpo do texto?
( ) Procedimento de coleta de medula óssea.
( ) Quantidade de medula óssea retirada a cada doação.
( ) Endereço eletrônico do Instituto.
( ) Período de vigência da campanha de doação.
( ) Vantagens relacionadas à doação de medula óssea.
10
Língua Portuguesa
b) Qual é o propósito do corpo do texto no anúncio?
c) Qual é o principal argumento apresentado no texto como estratégia de convencimento?
( ) “Você não perde nada e ainda pode salvar uma vida.”
( ) “[...] saiba como ser um doador de medula óssea.”
5 Releia este fragmento:
Na doação de medula óssea, apenas 10% da medula do doador é retirada.
a) Sublinhe a parte do texto que indica a quantidade de medula que é retirada do doador a cada doação.
b) Circule a palavra que evidencia que 10% da medula óssea é uma quantidade pequena.
c) A palavra que você circulou expressa um fato ou uma opinião?
6 O anúncio do Instituto de Transplante de Medula Óssea apre-senta elementos não verbais. Qual é o objetivo de se colocar, no anúncio, um personagem com tantos olhos? Escreva V para os itens verdadeiros e F para os falsos.
a) ( ) Comparar a doação de medula óssea com a doação de um olho do personagem.
b) ( ) Ilustrar a importância da doação sem prejuízo à nossa saúde.
c) ( ) Aproximar a campanha do público infantil, que é o público-alvo do anúncio.
d) ( ) Mostrar que a doação de um olho não prejudica o personagem e, comparativamente, a doação de medula óssea não causa dano ao doador.
7 Além de boca e olhos, que outro elemento compõe o personagem do anúncio? O que ele
significa nesse texto?
8 Que relação é possível estabelecer entre o texto verbal e o não verbal?
9 Comparativamente à doação de órgãos, em que a doação de medula óssea se diferencia?
Argumentos são raciocínios,
indícios ou provas pelos quais
se chega a uma conclusão
ou se deduz algo. Os
argumentos são utilizados,
entre outras finalidades,
para dar fundamento à
defesa de uma ideia.
Em um texto, podemos
ter fato e opinião. O fato
é algo que se apresenta
como realidade inegável.
particular do autor, podendo
ser contestada pelo leitor.
11
Modo imperativo
1 Releia o trecho do corpo do texto do anúncio do Instituto de Transplante de Medula Óssea.
estudo da língua
Acesse institutotmo.org.br e saiba como ser um doador de medula óssea.
a) As formas verbais destacadas expressam
( ) certeza quanto à ocorrência do fato.
( ) dúvida quanto à ocorrência do fato.
( ) orientação quanto a como proceder.
b) Qual é o modo verbal que exprime essa atitude?
( ) Infinitivo. ( ) Subjuntivo. ( ) Imperativo.
O modo imperativo exprime uma atitude de ordenar, aconselhar, fazer pedidos, con-
vites, etc. e tem objetivo de levar o interlocutor a executar determinada ação.
2 Leia o modo de preparo da receita de bolo a seguir e faça o que se pede.
1. as claras em neve e reserve.
2. as gemas, a margarina e o açúcar até obter uma
massa homogênea.
3. o leite e a farinha de trigo aos poucos, sem parar
de bater.
4. Por último, as claras em neve e o fermento.
5. a massa em uma forma grande de furo central un-
tada e enfarinhada.
6. em forno médio 180 °C, preaquecido, por aproximadamente 40 minutos ou [até que] ao furar
o bolo com um garfo, este saia limpo.
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VECHI, Maria F. N. Bolo simples. Disponível em: <https://www.tudogostoso.com.br/receita/29124-bolo-simples.html>. Acesso em: 27 mar. 2019.
Complete o texto da receita culinária com o imperativo dos verbos a seguir.
bater misturar acrescentar adicionar despejar assar
12
Língua Portuguesa
Siga na direção noroeste na Rua Dom Pedro I, em direção
à Rua Cabral. Vire à direita em 200 metros. Há um radar fixo
a sua frente. Na rotatória, pegue a primeira saída à direita.
Vire à esquerda na Avenida Brasil. No primeiro retorno, aces-
se a Marginal Paraná e mantenha-se na pista
da esquerda. Em 600 metros, use a faixa da
direita para acessar a Rua Machado de Assis.
Siga em frente por um quilômetro. O seu des-
tino está à direita.
3 Em casa, as pessoas têm algumas responsabilidades. É possível que você tenha tarefas, como as listadas a seguir. Supondo que você não tenha cumprido suas obrigações, o que ouviria de seus familiares ou responsáveis? Reescreva estas frases, usando o modo imperativo:
a) Arrumar a cama.
b) Guardar a sua roupa.
c) Lavar a louça.
d) Comprar o pão.
4 Quais são as frases no imperativo dirigidas a você que mais são ditas em sua casa?
5 Leia este texto, em que consta a transcrição de orientações de um GPS:
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Global Positioning System ou GPS: em português significa “Sistema de Posicionamento Global”. Trata-se de tecnologia de localização por satélite.
a) Sublinhe os verbos flexionados no imperativo.
b) O que os verbos que você sublinhou indicam?
( ) Proibição.
( ) Orientação.
6 Observe as sinalizações de trânsito a seguir. Escreva frases explicitando o que elas indicam.
a) c)
b) d)
E E
13
7 Leia a placa educativa a seguir. Placas educativas informam
e educam condutores e
pedestres quanto ao seu
comportamento no trânsito.
Não feche o cruzamento
a) Assinale a frase que dá a mesma orientação ao motorista sem alterar o significado da placa.
( ) Permitido obstruir o cruzamento.
( ) Proibido bloquear o cruzamento.
( ) Proibido ultrapassar o cruzamento.
b) Qual é o sintagma verbal dessa sinalização?
( ) "feche".
( ) "feche o cruzamento".
( ) "Não feche o cruzamento".
c) Qual é o modo do núcleo do sintagma verbal dessa placa?
8 Nas frases abaixo, retiradas de um anúncio de combate ao mosquito da dengue, identifique se o verbo está no imperativo afirmativo ou no imperativo negativo.
( 1 ) Imperativo afirmativo.
( 2 ) Imperativo negativo.
a) ( ) Mantenha a caixa-d’água sempre fechada.
b) ( ) Não deixe água da chuva acumular na laje.
c) ( ) Encha os pratinhos dos vasos com areia.
d) ( ) Não jogue lixo nos terrenos baldios.
e) ( ) Guarde garrafas de cabeça para baixo.
9 Além de ouvir frases com o verbo flexionado no imperativo afirmativo, é provável que você ouça
também frases no imperativo negativo, seja em casa ou na escola. Escreva algumas dessas frases.
10 O imperativo afirmativo se forma da conjugação
do presente do indicativo e do presente do sub-juntivo. O imperativo negativo se forma somente da conjugação do presente do subjuntivo. Leia os quadros a seguir e observe as regras de formação
do imperativo afirmativo e negativo.
Como uma ordem, um pedido ou uma orientação podem ser afirmativos ou negativos, o
imperativo apresenta duas formas que exprimem essa variação: o imperativo afirmativo e o
imperativo negativo.
No modo indicativo, os verbos expressam certeza.
Exemplo: Tudo mudará na sua vida.
No modo subjuntivo, os verbos expressam
dúvida, hipótese, suposição.
Exemplo: Talvez eu mude minha vida.
14
Língua Portuguesa
Verbo de 1ª. conjugação: esperar
Presente do indicativo
Imperativo afirmativo
Presente do subjuntivo
Imperativo negativo
Eu espero Que eu espere
Tu esperas (sem o s) espera tu Que tu esperes Não esperes tu
Ele espera espere você Que ele espere Não espere você
Nós esperamos esperemos nós Que nós esperemos Não esperemos nós
Vós esperais (sem o s) esperai vós Que vós esperais Não esperais vós
Eles esperam esperem vocês Que eles esperem Não esperem vocês
Verbo de 2ª. conjugação: correr
Presente do indicativo
Imperativo afirmativo
Presente do subjuntivo
Imperativo negativo
Eu corro Que eu corra
Tu corres (sem o s) corre tu Que tu corras não corras tu
Ele corre corra você Que ele corra não corra você
Nós corremos corramos nós Que nós corramos não corramos nós
Vós correis (sem o s) correi vós Que vós corrais não corrais vós
Eles correm corram vocês Que eles corram não corram vocês
Verbo de 3ª. conjugação: imprimir
Presente do indicativo
Imperativo afirmativo
Presente do subjuntivo
Imperativo negativo
Eu imprimo Que eu imprima
Tu imprimes (sem o s) imprime tu Que tu imprimas não imprimas tu
Ele imprime imprima você Que ele imprima não imprima você
Nós imprimimos imprimamos nós Que nós imprimamos não imprimamos nós
Vós imprimis (sem o s) imprimi vós Que vós imprimais não imprimais vós
Eles imprimem imprimam vocês Que eles imprimam não imprimam vocês
11 Os verbos falar, comer e repartir, a exemplo dos verbos esperar, correr e imprimir, são regulares, isto é, ao serem conjugados, não sofrem alteração em seu radical. Flexione-os no imperativo, nas pessoas indicadas nos parênteses.
a) (você) pausadamente. Não tão rapidamente.
b) (nós) pausadamente. Não tão rapidamente.
15
Escuta essa música. → Escute essa música.
c) (tu) pausadamente. Não tão rapidamente.
d) (você) o suficiente. Não mais do que o necessário.
e) (nós) o suficiente. Não mais do que o necessário.
f) (tu) o suficiente. Não mais que o necessário.
g) (você) proporcionalmente. Não de modo desigual.
h) (nós) proporcionalmente. Não de modo desigual.
i) (tu) proporcionalmente. Não de modo de desigual.
Eventualmente, em algu-
mas regiões brasileiras, a
2.ª pessoa do singular (tu)
é mais comum do que a 3.ª
pessoa (ele/ela).
Ou seja, o falante pode es-
colher tratar a pessoa com
quem fala por tu ou por
você. Portanto, pode-se di-
zer Sai daí! ou Saia daí!. A
diferença é que, na primeira
frase, o tratamento é tu e,
na segunda, é você.
12 Em quais alternativas a flexão do imperativo está INCORRETA? Mar-que-as com um X e reescreva-as fazendo as correções necessárias.
a) Cumpram o prometido.
b) Finje que você não o viu.
c) Não discuta comigo.
d) Corrijemos as atividades.
e) Curtamos as férias.
f) Decidam agora.
g) Facemos o que foi pedido.
h) Imprimas o que te pedi.
13 Complete os espaços com a forma verbal correspondente.
a) Olha para a frente. Não para trás.
b) para a frente. Não olhe para trás.
c) Varra a sala. Não a cozinha.
d) a sala. Não varras a cozinha.
e) Abra a porta. Não a janela.
f) Abre a porta. Não a janela.
14 Reescreva as frases a seguir mudando os verbos que estão no imperativo da 2.ª pessoa para a 3.ª pessoa do singular. Veja este exemplo:
a) Fica em silêncio!
b) Anda rápido!
c) Mexe a massa do bolo!
d) Mistura os ingredientes!
15 Leia as frases a seguir e indique se a forma verbal corresponde à 2.ª pessoa (tu) ou à 3.ª pessoa (você).
a) Viva intensamente.
b) Ajuda-me, por favor.
c) Sente-se aqui.
d) Durma em casa hoje.
e) Escreva um texto.
f) Escreve um poema.
16
Língua Portuguesa
Anúncio publicitário e intertexto
Você já percebeu que os anúncios publicitários apresentam ca-
racterísticas similares. Eles têm
um objetivo comum, que é a divulgação de uma marca, de um
produto, de um serviço ou de uma ideia.
uma apresentação semelhante, já que são organizados de
acordo com as partes características desse gênero.
a finalidade de persuadir, convencer o leitor.
Para alcançar o objetivo de convencer o leitor a adquirir um
produto ou serviço, muitas e variadas estratégias são usadas. Uma
delas é a intertextualidade, um exemplo é quando se faz referên-
cia a elementos que podem ser conhecidos do público-alvo.
Personagem
1 Leia este anúncio:
estudo do texto
Intertextualidade significa
relação entre textos.
Isso ocorre quando você,
ao ler um texto, é levado,
intencionalmente a se
lembrar de outro texto.
O prefixo inter da palavra
intertextualidade
significa entre.
Veja outros exemplos.
intergaláctica: entre galáxias.
interestelar: entre estrelas.
internacional: entre nações.
internet: entre redes.
a) De quem é a assinatura do anúncio?
b) A palavra “Hortifruti” é formada pela junção de duas palavras. Cite-as.
c) Sem conhecer a empresa e só tomando conhecimento dela por meio dessa peça publicitária, é possível inferir o que ela vende?
d) Identifique o produto anunciado e registre-o a seguir.
HORTIFRUTI. Disponível em: <http://www.hortifruti.com.br/>. Acesso em: 24 maio 2019.
17
2 O texto apresentado é um anúncio publicitário de frutas e verduras, mas em tudo lembra um perso-nagem de outro gênero textual.
a) Quem é o personagem?
b) Quais elementos do texto não verbal comprovam a sua resposta?
3 Como a empresa vende hortaliças, qualquer legume ou verdura poderia ter sido escolhido, mas foi escolhido o chuchu para estabelecer essa relação intertextual. Por quê?
4 Quais semelhanças existem entre as palavras Shrek e chuchu?
( ) Iniciam com sons semelhantes.
( ) São proparoxítonas.
( ) Rimam entre si.
( ) Têm a mesma sequência de vogais.
( ) São substantivos masculinos.
5 Releia o título e o subtítulo do anúncio.
a) O que é “tão, tão distante”?
( ) Um lugar.
( ) Uma posição.
b) De acordo com o subtítulo, a expressão “tão, tão distante” se remete a um tipo de história.
Que histórias são essas?
c) Identifique a que tipo de lugar a expressão “tão, tão distante” faz menção.
( ) Um reino. ( ) Uma floresta. ( ) Um vilarejo.
d) Qual elemento do texto não verbal ilustra a expressão “tão, tão distante”?
e) Identifique as frases que indicam possíveis interpretações do subtítulo desse anúncio e assinale-as.
( ) É uma honra receber Chuchurek.
( ) Chuchurek está de mudança para a casa do consumidor.
( ) A Hortifruti considera Chuchurek importante.
( ) Chuchurek é valorizado.
18
Língua Portuguesa
6 A que público, no seu entender, esse anúncio é dirigido?
Uma das características do intertexto é que ele só é possível de ser compreendido se o leitor conhe-cer o texto que serviu de base para a nova produção.
7 Agora leia este outro anúncio, também da Hortifruti:
HORTIFRUTI. Disponível em: <http://www.hortifruti.com.br/>. Acesso em: 24 maio 2019.
a) No caso dessa publicidade, com o que ela faz intertextualidade?
b) Quais elementos não verbais apresentados no anúncio se remetem aos personagens?
8 Leia novamente a chamada do anúncio.
a) Como foi construída a intertextualidade na chamada do anúncio?
b) Que outro recurso a Hortifruti usou para aproximar o anúncio da campanha publicitária do filme As Tartarugas Ninjas?
c) Com relação às palavras tartatugas e tartaruvas, indique as alternativas corretas.
( ) A última sílaba é composta pelas mesmas letras.
( ) As duas são paroxítonas.
( ) As duas apresentam coincidência ortográfica.
19
10 Leia este trecho do anúncio:
a) O que a palavra "vilão" significa nesse anúncio?
( ) Alguém que vive em uma vila.
( ) Alguém que causa mal.
b) Que característica foi atribuída ao vilão?
11 Assinale a(s) característica(s) que as tartarugas ninja devem ter para combater esse vilão.
( ) Estar maduras. ( ) Ser saudáveis. ( ) Ter sementes.
Nome de filme
12 Leia este anúncio e identifique sua relação intertextual.
HORTIFRUTI. Disponível em: <http://www.hortifruti.com.br/>. Acesso em 02 nov. 2018.
As tartarugas ninja surgi-
ram como personagens de
quadrinhos nos anos 1980.
Depois, os personagens e
suas histórias foram adapta-
dos aos desenhos animados,
onde alcançaram um público
mais expressivo. No início
dos anos 1990, chegaram ao
cinema e receberam, desde
então, diferentes versões.
9 Leia o texto no quadro ao lado e responda: Quem seria o público ideal para esse anúncio?
( ) Idosos.
( ) Crianças.
( ) Jovens e adultos
Por quê?
a) Que outro gênero textual é lembrado pelo formato e a apresentação desse anúncio?
20
Língua Portuguesa
O Rei Leão
O filme conta a história de Simba, um pequeno leaozi-
nho que é filho de Mufasa, o Rei Leão, e da rainha Sarabi.
O recém-nascido recebe a bênção do sábio babuíno Rafi-
ki mas, ao crescer, é envolvido nas artimanhas de seu tio
Scar, o invejoso e maquiavélico irmão de Mufasa, que pla-
neja livrar-se do sobrinho e herdar o trono. Quando Sim-
ba se vê injustamente acusado pela morte de Mufasa, sua
única chance de salvar sua vida é se exilar das Terras do
Reino. Ele encontra abrigo junto a outros dois excluídos
da sociedade, um javali chamado Pumba e um suricate
chamado Timão, que lhe ensinam a filosofia do “Hakuna
Matata” (sem preocupações). Anos depois, ao ser desco-
berto por Nala, sua amiga de infância, Simba tem que de-
cidir se deve assumir suas responsabilidades como rei ou
seguir com seu estilo de vida despreocupado.
O REI LEÃO. Disponível em: <https://cinepop.com.br/filmes/reileao.htm?no_redirect=true>. Acesso em: 2 nov. 2018.
Relacione a sinopse ao título “O verdadeiro herdeiro do reino do sabor”.
14 Todas as afirmativas a seguir, relacionadas às palavras melão e leão, estão corretas. Comprove-as.
a) As duas palavras são dissílabas.
b) As duas palavras apresentam som nasal final e rimam.
c) Ambas são oxítonas.
babuíno: macaco africano.
artimanhas: planos para enganar e levar
vantagem.
maquiavélico: desleal; falso; cruel.
exilar: sair de sua pátria.
suricate: mamífero da África do Sul.
13 Leia a sinopse do filme O Rei Leão.
O Rei Leão, produção da Walt Disney, 1994
b) Qual o texto verbal que se remete a esse outro gênero?
c) Com o que se faz o intertexto desse anúncio?
21
15 Em uma das partes do anúncio há a palavra "Hortiflix".
a) Explique a formação dessa palavra.A Netflix é uma empesa
global que transmite filmes
e séries pela internet, para
TVs ou aparelhos móveis,
como celulares e notebooks.
b) Qual foi o objetivo da formação dessa palavra?
Anúncio publicitário
PreparaçãoPelas diversas leituras feitas e por meio da análise apresentada na produção oral, você
conheceu diferentes formatos de anúncios publicitários com o propósito de divulgar uma
marca ou ideia, vender um produto ou serviço. Agora é a sua vez de mostrar tudo o que
aprendeu produzindo um anúncio publicitário.
1 Releia um trecho da sinopse do filme O Rei Leão.
produção escrita
a) Inspirando-se nos anúncios da campanha da Hortifruti, indique alimentos que podem se rela-cionar com as palavras a seguir.
Timão:
Javali:
Suricate:
Hakuna Matata:
b) Converse com os seus colegas e pesquisem a letra da canção Hakuna Matata. Há algum dos
versos que pode ser usado como subtítulo ou slogan?
[Simba] encontra abrigo junto a outros dois excluídos da sociedade, um javali chamado Pumba e um suricate chamado Timão, que lhe ensinam a filosofia do “Hakuna Matata” (sem preocupações).
22
Língua Portuguesa
ProduçãoAgora, você e seus colegas vão se reunir em grupos para produzir um anúncio publicitá-
rio parecido com os que vocês estudaram. O objetivo do anúncio é compor uma campanha
de incentivo à alimentação saudável em sua escola.
1. Selecionem um suporte para o anúncio, como papel-cartão ou cartolina, e os mate-
riais necessários para escrita.
2. Escolham um produto para anunciar.
3. Definam o público que vocês pretendem atingir com o anúncio: colegas, equipe pe-
dagógica, famílias, etc.
4. Pensem na estratégia de convencimento que vai ser usada, considerando o público-
-alvo definido: uso de intertextualidade e o uso de cores no texto e no título.
5. O título, o slogan e a assinatura são obrigatórios nessa produção e precisam estar
relacionados ao texto não verbal.
6. Escolham uma ou mais técnicas para compor o texto não verbal do anúncio, como
desenho, pintura, colagem, fotografia, entre outras.
7. Faça um esboço do anúncio no espaço a seguir.
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23
Avaliação1. Usem os critérios a seguir para avaliar o esboço do anúncio que vocês produziram e
façam os ajustes necessários.
Critérios de avaliação
O produto ou serviço oferecido e o público-alvo estão em conexão?
Vocês definiram um título interessante, que serve apenas para esse anúncio?
A marca (assinatura) aparece em seu anúncio?
Escolheram uma estratégia de convencimento relacionada ao público em foco?
O slogan é uma frase que poderia ser usada em outros anúncios da mesma
marca?
Definiram quem é o anunciante?
2. Após fazer a revisão do seu esboço, compartilhem suas ideias para o anúncio publi-
citário com o professor.
3. Produzam a versão final no suporte escolhido.
4. Elaborem um cronograma de divulgação e de ações de conscientização e organizem
uma exposição dos anúncios na escola.
Anúncio radiofônicoVocê estudou anúncios que são elaborados para ser veiculados em mídia impressa (jor-
nais, revistas, cartazes, etc.). Agora, você e seus colegas vão produzir, em grupo, um anúncio
publicitário para ser veiculado no rádio: o anúncio radiofônico.
De acordo com alguns estudos, o rádio é um meio de comunicação bastante utilizado pe-
los anunciantes, porque atinge públicos específicos e o custo é mais baixo do que a publica-
ção de anúncios em jornal, revista ou outdoor, por exemplo. Por isso, é importante escrever
o texto e lê-lo adequadamente. Leia as orientações a seguir.
Preparação1. Antes de criar o anúncio, é muito importante que vocês prestem atenção em outros
anúncios veiculados pelo rádio. Vocês também podem acessar, na internet, sites de
agências de publicidade.
2. O anúncio radiofônico deve ter 30 segundos ou, no máximo, um minuto de duração.
Por isso, precisa ser bem simples e resumido.
produção de texto oral
24
Língua Portuguesa
3. Escrevam o anúncio de maneira que se evidenciem as características mais importan-
tes do produto que vocês anunciaram na atividade de produção escrita.
4. Façam uma introdução para apresentar o produto e, depois, atenham-se a apresen-
tar as características e vantagens dele.
5. Se quiserem, incluam informações sobre preços ou ofertas. Essa informação pode
colaborar para que o consumidor opte pela compra do produto.
6. Mencionem o nome do produto ou da marca várias vezes no anúncio. Isso ajuda o
ouvinte a saber exatamente do que se trata (digam o nome da marca ou do produto
no início e no fim do anúncio).
7. Deem informações adicionais, como endereço da loja que vende o produto, telefone ou site.
Lembre-se de que o anúncio publicitário é um texto que serve para promover uma marca,
vender um produto ou divulgar uma ideia.
ProduçãoPara ler o anúncio, na hora da apresentação, você e os colegas devem se revezar para
falar. A leitura deve ser fluida e as palavras devem ser pronunciadas adequadamente. Além
disso, como o objetivo é vender, a leitura deve ser muito bem feita, para valorizar o produto.
Prestem atenção aos sinais de pontuação presentes no texto.
O professor chamará seu grupo para a apresentação. Os locutores devem ocupar um lu-
gar à frente da sala de aula e ler os anúncios, lembrando-se de utilizar a entonação adequada
para convencer os ouvintes de que o produto é muito bom.
AvaliaçãoApós as apresentações, a turma deve avaliar a atividade usando os critérios a seguir.
Critérios de avaliação
O anúncio apresenta o produto de modo simples e resumido?
Foram apresentadas as principais características do produto?
A leitura foi feita de modo adequado, com as palavras bem pronunciadas?
estudo da língua
Coesão textual
O vocábulo texto tem origem do latim textum, que significa tecido. Assim, se texto sig-
nifica tecido, podemos dizer que ele é resultado da união de pequenos fios que se costuram.
Em outras palavras, as ideias que o compõem precisam estar “costuradas” para que estabe-
leçam um sentido. A esse encadeamento (costura) dá-se o nome de coesão.
25
1 Releia este trecho da sinopse do filme O Rei Leão.
O filme conta a história de Simba, um pequeno leãozinho que é filho de Mufasa, o Rei Leão, e da rainha Sarabi. O recém-nascido recebe a bênção do sábio babuíno Rafiki mas, ao crescer, é envolvi-do nas artimanhas de seu tio Scar, o invejoso e maquiavélico irmão de Mufasa, que planeja livrar-se do sobrinho e herdar o trono.
Sinopse é um texto curto que
resume a história de um filme,
o capítulo de uma novela, etc.
a) A que as palavras destacadas no texto se referem?
b) Escreva palavras ou expressões que foram usadas para se referir a
Simba:
Mufasa:
Scar:
2 Leia o trecho em voz alta e substitua as palavras em destaque pela palavra a que se referem. Qual é o efeito de sentido produzido?
3 Leia novamente este fragmento.
O recém-nascido recebe a bênção do sábio babuíno Rafiki mas, ao crescer, é envolvido nas artimanhas de seu tio Scar.
Qual é o sujeito da oração “é envolvido nas artimanhas de seu tio Scar”?
( ) O sábio babuíno Rakifi.
( ) O recém-nascido.
( ) Seu tio Scar.
Oração é uma construção
gramatical composta de
sujeito e predicado. Sempre
há um verbo na oração.
a) Reescreva o trecho incluindo o termo omitido.
b) Por que o autor do texto optou por não repetir o sujeito na segunda oração?
26
Língua Portuguesa
Para que haja a coesão, é possível substituir uma palavra por
• uma palavra ou expressão que tenha sentido equivalente no contexto, por exemplo:
SUPERINTERESSANTE. São Paulo: Abril, ed. 328, p. 17, jan. 2014.
Poltronas de avião ficarão pioresNovo modelo é mais leve e econômico – e mais desconfortável
também
[...] o assento já começou a ser adotado por companhias europeias [...]
Quando substituímos uma
palavra, expressão ou frase por
outra de sentido equivalente,
estamos costurando o texto;
uma vez que, por meio dessa
substituição, uma ideia do
texto liga-se a outra, formando
uma unidade de sentido.
• palavra de sentido geral, que designa uma classe de seres, como em:
G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/carros/noticia/2014/01/comeca-valer-obrigatoriedade-de-airbag-e-abs-para-carros-novos.html>. Acesso em: 2 maio 2014.
Começa a valer obrigatoriedade de airbag e ABS
para carros novosA partir de agora, veículos devem sair de fábrica com esses itens. Governo diz que preços
devem subir para inclusão dos equipamentos
• expressão caracterizadora:
SUPERINTERESSANTE. São Paulo: Abril, 30 abr. 2014. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/planeta/brasileiro-de-oito-anos-arrecada-sozinho-mais-de-r-5-mil-para-ajudar-deficientes-visuais/>. Acesso em: 2 maio 2014.
“Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.” Talvez a frase do poeta francês Jean Cocteau possa ser usada para definir a história do pequeno Alejandro Cuan Tichauer. Com apenas oito anos, o menino de São Paulo colocou na cabeça que iria ajudar a melhorar a realidade dos deficientes visuais do Brasil – e conseguiu (até mais do que esperava).
4 No texto a seguir, há a repetição desnecessária de palavras e expressões. Reescreva-o substituindo essas expressões por outras equivalentes. Faça as adaptações que considerar necessárias.
O imperador Dom Pedro II visitou pessoalmente a Exposição Universal da Filadélfia em 1876. Na Exposição Universal da Filadélfia teria conhecido Alexander Graham Bell. Alexander Graham Bell apresentou ao imperador Dom Pedro II seu invento, o telefone. Ao testar o telefo-ne, o imperador Dom Pedro II teria dito que, quando o telefone estivesse disponível no merca-do, o Brasil seria o primeiro comprador do telefone.
27
5 Reescreva os textos a seguir de maneira a estabelecer coesão no parágrafo. Para isso, substitua os substantivos destacados por palavras ou expressões que lhes sejam equivalentes.
a) De acordo com relatório elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), nesta segunda-feira, em 2013, o número de desempregados no mundo aumentou 5 milhões. Segun-do a Organização Internacional do Trabalho, o número de pessoas sem emprego é cerca de 202 milhões, o que representa uma taxa de desemprego mundial de 6%.
b) "No dia 5 de maio a exposição Mônica 50 Anos será aberta ao público no MuBE – Museu Brasilei-ro da Escultura. [...] A exposição ficará em cartaz até o dia 2 de junho, de terça a domingo, das 10 h às 19 h, com entrada gratuita."
MÔNICA 50 anos. Disponível em: <http://mube.art.br/expos/monica-50-anos/>. Acesso em: 2 maio 2014.
c) Na primeira edição oficial das paralimpíadas, em Roma, participaram 400 atletas. Nos Jogos de Londres, em 2012, houve mais de 4 mil atletas.
6 O texto a seguir apresenta várias repetições. Reescreva-o eliminando-as. Para tanto, faça as substi-tuições necessárias.
João Pedro estuda no 7. º ano. João Pedro é estudioso. João Pedro gosta de estudar, gosta
de jogar bola, gosta de andar de skate. Os pais de João Pedro têm muito orgulho do filho. Os
pais de João Pedro são professores. Os pais de João Pedro trabalham na mesma escola onde
o filho estuda.
28
Língua Portuguesa
Frase, oração e período
7 Releia uma frase extraída de uma crônica de Pedro Bial e duas versões dela.
1. "Todo dia, todo mundo tem sua dose dele."
2. Todo mundo tem sua dose dele, todo dia.
3. Mundo todo tem dose dele sua, dia todo.
a) O que houve com a mesma frase?
b) Em todas as versões, a ordem das palavras ajuda a construir um sentido para a frase?
Os exemplos 1 e 2 são formados por estruturas aceitáveis na língua portuguesa, isto é, o
conjunto de palavras está organizado dentro de uma lógica da língua, construindo um senti-
do e, portanto, comunicando algo.
Dessa forma, frase
de sentido completo. Em uma frase, as palavras relacionam-se entre si e combinam-se de
acordo com determinados princípios que definem a lógica da língua.
O estudo da estrutura formal da frase e da função que as palavras exercem nessa estrutu-
sintaxe.
8 Assinale um X diante das alternativas em que não há frase.
( ) Quando quero descansar, procuro ouvir uma música bem calma.
( ) Não vou conseguir terminar a leitura do livro até a data prevista.
( ) A vitória revolução da nossa foi a causa.
( ) No jornal televisão ao ontem noticiário da noite assisti à.
( ) Parabéns pelo seu aniversário!
9 Por que algumas alternativas da questão anterior não são consideradas frases?
10 Reescreva as alternativas assinaladas na questão 8, transformando-as em frases.
29
11 Agora, releia as frases a seguir para revisarmos os conceitos de frase nominal e frase verbal.
Medo do medo.
Os moradores de favelas, por exemplo, [...] morrem de medo.
Qual das duas frases é nominal? Qual é verbal? Justifique.
verbo.
A frase que não contém verbo é chamada de .
Imenso congestionamento!
Obras na pista.
.
O congestionamento imenso!
12 Identifique as frases verbais e marque-as com um X.
( ) Ganhei um prêmio.
( ) Bom dia, dona Maria!
( ) Léo e João são grandes amigos.
( ) Que barulho estranho!
( ) A notícia se espalhou rapidamente.
13 Transforme as frases nominais do exercício anterior em frases verbais.
Observe estes exemplos:
Todo dia, todo mundo tem sua dose dele.
Trata-se de uma frase, porque é um enunciado que faz sentido.
Trata-se de uma oração, porque contém um verbo.
Trata-se de um período, porque se trata de frase verbal.
Medo do medo.
Trata-se de uma frase, porque é um enunciado que faz sentido.
Não é uma oração, porque não tem verbo (é uma frase nominal).
30
Língua Portuguesa
Não é um período, pois não há uma oração.
Observação: um período pode ser formado por uma ou mais orações. Saberemos quantas
orações há em um período dependendo do número de verbos presentes no enunciado: um ver-
bo, uma oração; dois verbos, duas orações; três verbos, três orações; e assim sucessivamente.
14 Com base nas explicações anteriores, responda às questões.
a) O que é uma frase?
b) O que é uma oração?
c) O que é um período?
15 Sublinhe os verbos (quando houver) e marque um X nas classificações correspondentes.
a) Silêncio!
( ) Frase ( ) Oração ( ) Período
b) Tão assustada a menina!
( ) Frase ( ) Oração ( ) Período
c) Adoro acampar!
( ) Frase ( ) Oração ( ) Período
d) Cheguei!
( ) Frase ( ) Oração ( ) Período
e) Adoro cozinhar para a minha família.
( ) Frase ( ) Oração ( ) Período
16 Analise os enunciados a seguir e marque um X na alternativa correta.
1º. Formou.
2º. Demorou...
17 Complete as frases com uma forma verbal que dê sentido a elas. Depois, compare suas respostas com as de um colega e analise as semelhanças/diferenças entre elas.
a) Maurício e caiu.
b) Naquela rua, uma árvore centenária.
c) Os melhores momentos com nossos familiares.
d) Apesar do vento, nenhuma pétala de flor
e) A violência já o seu limite.
f) As pessoas soluções rápidas.
g) Tão logo bateu o sinal, os alunos .
h) Não sei se ou não .
a) Só o primeiro enunciado é oração, porque apresenta verbo.
b) Só o segundo enunciado é oração, porque apresenta verbo.
c) Os dois enunciados são frases, mas não orações.
d) Há frase, oração e período nos dois enunciados.
e) Não são orações, porque só têm uma palavra.
31
Construindo um carro de LEGO básico
Faça a cabine. Você precisará de um bloco retangular 2×4, dois blocos retangu-
lares 1×2 e de uma peça de volante LEGO 1×2.
Prenda os blocos 1×2 às duas extremidades do bloco 2×4. A forma deverá
parecer um pouco com um "u" curto depois de pronta.
Posicione o volante no espaço entre os blocos 1×2. Ele deverá ficar na fileira
de trás, com a roda virada para você. Aperte-o no lugar.
Prenda essa seção à base logo atrás do para-brisa.
Construa o corpo do carro. Você usará um bloco 2×4 e dois blocos 1×2. Prenda-os para
formar um "u" como fez no passo 8 e anexe essa seção à placa logo atrás da cabine.
1 Leia este trecho de um manual de instruções para montagem de um carrinho e sublinhe os verbos no imperativo.
©S
hu
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ck/C
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erg
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a) Quantos verbos você sublinhou?
b) Reescreva as frases a seguir, primeiro no imperativo negativo, depois na 1ª. pessoa do plural do imperativo afirmativo.
COMO montar um carro de LEGO. Disponível em: <https://pt.wikihow.com/Montar-um-Carro-de-LEGO>. Acesso em: 31 out. 2018.
©S
hu
tte
rsto
ck/
Dro
op
y7
6
o que já conquistei
Prenda os blocos.
Posicione o volante.
Aperte o volante.
Construa o
corpo do carro.
2 Complete os espaços.
O imperativo afirmativo é formado de parte da conjugação do e
parte do . O imperativo negativo é conjugado
como o .
32
Língua Portuguesa
3 Reescreva as manchetes apresentadas a seguir nas colunas apropriadas.
Frase Frase, oração e período
4 Identifique os verbos dos períodos a seguir, sublinhando-os. Em qual(is) alternativa(s) há mais de uma oração? Assinale-as com um X.
( ) Para uns, o medo vem no jornal, na tevê, na internet.
( ) É medo remoto, notícia do medo de outros.
( ) É
medo transborda.
( ) Aquele medo, vizinho íntimo de todo dia das populações faveladas, desceu para todos os as
faltos, concretos, alumínios e vidros fumê.
( ) Quem chegasse à cidade na sexta, visse o céu primaveril, a praia feliz, não poderia enxergar a inundação invisível de medo.
5 Com base no que você estudou sobre os anúncios publicitários, assinale um X nas afirmativas que
se referem às características desse gênero textual.
a) ( ) Seu objetivo principal é entreter o leitor.
b) ( ) Sua finalidade é a divulgação de uma marca de um produto ou serviço.
c) ( ) Um de seus suportes, isto é, locais de publicação, são os jornais.
d) ( ) Seu principal suporte são livros.
e) ( ) Sua finalidade é persuadir, convencer o público-alvo a adquirir algo ou fixar uma marca.
Violência assusta no
início de 2014Diário Gaúcho
Quinto verão com
cortes de luzZero Hora
Fim de ano animador
O Sol Diário
Inflação do ano
passado foi menor,
mas 2014 prometeDiário de Santa Maria
ZERO HORA. Disponível em: <http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2014/01/manchetes-dos-jornais-do-grupo-rbs-4385074.html>. Acesso em: 9 jan. 2014.
33
©Shutterstock/Balabolka
capí
tulo
Artigo de divulgação científica: acesso à ciência
2
• Artigos de divulgação
científica e curiosidade
científica
• Ortografia – usos
dos porquês; uso de
parênteses e aspas
• Verbo – conjugação e uso
de verbos irregulares
O artigo de divulgação
científica tem como função
principal tornar público o re-
sultado de pesquisas e des-
cobertas científicas, usando
uma linguagem que permita
ao cidadão comum enten-
der como esse trabalho foi
feito, quem são os pesquisa-
dores responsáveis e a que
conclusões eles chegaram.
o que vocêvai conhecer
34
Língua Portuguesa
a) Muitas vezes, no dia a dia, sentimos curiosidade e formulamos perguntas para as quais gosta-
ríamos de ter respostas. Troque ideias com os colegas sobre estas questões:
Que perguntas você já formulou por mera curiosidade?
Se você quisesse resposta para alguma dessas perguntas, onde iria pesquisar?
b) Agora, reflita sobre as perguntas que seguem e compare suas respostas com as dos colegas.
Por que ficamos com "água na boca" quando vemos um prato apetitoso?
Por que nossas mãos suam quando estamos nervosos?
Por que o nascer e o pôr do sol são avermelhados?
Por que espirramos?
• Ler artigo de divulgação científica e compreender sua composição, seu estilo e sua função comunicativa.
• Compreender os diversos usos dos porquês.
• Conhecer a conjugação de verbos irregulares e usá-la adequadamente.
• Conhecer algumas das muitas funções do uso de parênteses e aspas.
• Participar de debate em torno de uma questão polêmica.
• Produzir texto de divulgação científica.
objetivos do capítulo
35
Texto de divulgação científica
Muitas descobertas já foram feitas por meio de pesquisas científicas. Os textos científicos
nem sempre são fáceis de entender, por causa da linguagem que se emprega. É para tornar os
estudos científicos acessíveis às pessoas leigas, isto é, que desconhecem o assunto, que são
escritos artigos de divulgação científica, como o que está reproduzido abaixo sobre o que
sentem os animais.
estudo do texto
O que sentem os animais
Embora a esperteza e a “inteligência” dos bichos de estimação sejam supervalorizadas por seus donos, a ciência prova que muitas espécies desenvolveram capacidades que dependem da consciência.
Um estudo apresentado neste mês por neurocientistas da Universidade de St. Andrews, na Escócia, de-
monstrou que os elefantes são capazes de entender o gesto humano de apontar o dedo sem nenhum tipo
de treino prévio. Poucos animais têm essa habilidade. Os cachorros, por exemplo, só a desenvolvem com
adestramento. Por outro lado, os cães se saem muito bem em avaliações de sentimento. Também neste
mês, o neurocientista Gregory Berns, professor da Universidade Emory, nos Estados Unidos, publicou um
The New York Timess -
sa. Berns usou aparelhos de ressonância magnética para analisar a estrutura cerebral dos cães e constatou
semelhanças com a dos seres humanos no que diz respeito à constituição e ao funcionamento do chamado
núcleo caudado, região associada às emoções positivas. Escreve Berns: “A capacidade de experimentar
sentimentos, como o amor e o apego, significa que os cães têm um nível de sensibilidade comparável ao
de uma criança. Essa capacidade sugere que devemos repensar a forma como os tratamos”.
O naturalista Charles Darwin foi um dos pioneiros em perceber as formas peculiares da inteligência dos
A expressão das emoções no homem e nos animais, de 1872. Após observar animais dos -
mésticos e selvagens, Darwin concluiu que a habilidade de expressar emoções é algo que compartilhamos
com várias outras espécies. E mais: que os “movimentos expressivos” também são fruto da evolução e
consolidaram-se ao longo do tempo.
A era da empatia, publicado em 2009, o biólogo holandês Frans de Waal defende a tese de que
um animal é capaz de se colocar no lugar de outro e até de sentir compaixão. De acordo com Waal, há
hamsters, que conseguem identificar s
o sentimento de seu pai – e, eventualmente, ser contagiado por ele. Chimpanzés e elefantes estão entre
os animais com maior grau de empatia e, assim como os humanos, são capazes de entender que outros
indivíduos pensem e ajam de maneira distinta.
Os animais de grande porte não são os únicos que surpreendem com sua capacidade de aprendizado. O
papagaio-cinzento é considerado uma das aves mais inteligentes do mundo. O primeiro espécime a ser es-
tudado tinha até nome. Chamava-se Alex e era o bicho de estimação da neurocientista Irene Pepperberg,
da Universidade Harvard. Entre os anos de 1977 e 2006, Irene e seus colegas avaliaram que Alex tinha
a fala desenvolvida, era capaz de guardar mais de 100 palavras, reconhecer cores, entender a diferença
36
Língua Portuguesa
entre maior e menor e fazer associações. Um dos maiores mistérios da medicina veterinária está mes-
mo relacionado às aves. Estudiosos se esforçam para compreender como é possível que pássaros como o
trinta-réis-ártico percorram todos os anos 20 000 quilômetros entre o Círculo Polar Ártico e a Antártica. Diz
a oceanógrafa Danielle Paludo, do Centro de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres: “É difícil estudar
essas espécies porque elas viajam muito, mas acredita-se que se orientem pelo mar e pelas estrelas. O
mais notável é que seguem rigorosamente a mesma rota, com a precisão de um caça militar”. Os animais
pets, mas surpreendem com suas s
habilidades específicas.
ALLEGRETTI, Fernanda. O que sentem os animais.Veja, São Paulo, n. 44, p. 99, 30 out. 2013.©Fernanda Allegretti / Abril Comunicações S.A.
1 O texto O que sentem os animais tem como finalidade
a) ensinar a fazer um relatório científico.
b) noticiar um fato.
c) convencer o público por meio dos argumentos usados pelo autor.
d) expor um conteúdo de natureza científica.
2 O texto cita duas descobertas divulgadas no mesmo mês. Quais são e onde foram realizadas?
3 Qual é o mês e o ano em que o estudo foi apresentado pelos neurocientistas?
4 Além dessas descobertas, há uma tese e outros estudos anteriores a elas. Quais são e quais as suas
datas?
37
5 Para observar as ideias principais do texto, indique resumidamente, na tabela a seguir, do que trata cada parágrafo.
1.º parágrafo
2.º parágrafo
3.º parágrafo
4.º parágrafo
6 Releia o trecho a seguir e explique por que foi usado o pronome neste em vez do pronome nesse.
Um estudo apresentado neste mês por neurocientistas da Universidade de St. Andrews, na Escócia [...]
7 No texto, há informações a respeito dos métodos usados para que os cientistas chegassem às con-clusões de suas pesquisas. Quais são esses métodos?
38
Língua Portuguesa
8 A que conclusão o cientista Gregory Berns chegou com sua pesquisa?
9 Releia este trecho e responda ao que se pede:
Diz a oceanógrafa Danielle Paludo, do Centro de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres: “É difícil estudar
essas espécies porque elas viajam muito, mas acredita-se que se orientem pelo mar e pelas estrelas. O mais
notável é que seguem rigorosamente a mesma rota, com a precisão de um caça militar”.
a) Qual a função das aspas nesse trecho?
b) Em artigos de divulgação científica, é comum haver depoimentos de especialistas ou de pessoas relacionadas ao assunto do artigo. Qual é o objetivo da inclusão desses depoimentos nesses textos?
c) Que elementos a autora usou para dar credibilidade ao artigo O que sentem os animais?
10 Em que suporte o texto foi veiculado?
11 Identifique no texto palavras ou expressões próprias da linguagem científica. Pesquise o que signi-ficam e anote.
12 Releia este trecho:
a) Que tempo e modo verbais predominam no texto?
b) A respeito desse tempo verbal no texto de divulgação científica, assinale um X na alternativa correta.
( ) É empregado para fazer menção a fatos que poderiam ter ocorrido.
( ) É utilizado para indicar algo permanente, que perdura.
( ) Indica que o experimento foi desenvolvido ao mesmo tempo que a escrita do texto.
Um estudo apresentado neste mês por neurocientistas da Universidade de St. Andrews, na Escócia, demons-
trou que os elefantes são capazes de entender o gesto humano de apontar o dedo sem nenhum tipo de treino
prévio. Poucos animais têm essa habilidade. Os cachorros, por exemplo, só a desenvolvem com adestramento.
39
13 Qual é a conclusão a que a autora Fernanda Allegretti chegou no fechamento do texto?
14 Para facilitar a compreensão do texto pelos leitores, o autor utilizou diferentes estratégias. Relacione--as ao respectivo trecho.
( 1 ) Definição de termos técnicos.
( 2 ) Linguagem informal.
( 3 ) Relação/comparação a fatos do cotidiano.
a) ( ) “primeiro espécime a ser estudado tinha até nome”.
b) ( ) “os cães têm um nível de sensibilidade comparável ao de uma criança”.
c) ( ) “região associada às emoções positivas”.
15 Ao longo do texto, o autor emite sua opinião sobre a pesquisa? Comente isso com os colegas e o professor, anotando as suas conclusões.
O gênero divulgação científica veicula dados e conceitos do campo científico para a
comunidade em geral. Pela leitura desses textos, o leitor entra em contato com resulta-
dos de pesquisas científicas realizadas, ou que estão em andamento, em uma linguagem
acessível.
Geralmente são publicados em jornais, revistas ou em sites especializados.
Características desse gênero textual:
• expõe um conteúdo de natureza científica;
• tem por finalidade transmitir conhecimento de natureza científica a um público o
mais amplo possível;
• apresenta dados concretos, provas e fatos baseados em experimentos e estudos;
• apresenta conclusões ou andamento de pesquisas;
• usa uma linguagem clara, objetiva, acessível e geralmente impessoal;
• emprega termos e conceitos científicos de uma ou mais áreas do conhecimento;
• apresenta verbos flexionados predominantemente no presente do indicativo.
40
Língua Portuguesa
estudo da língua
Uso de parênteses e de aspas
Parênteses ( )
Na língua escrita, os parênteses são usados com diferentes funções. Alguns trechos
apresentados a seguir foram retirados do próprio material. Leia-os com atenção.
Para inserir uma explicação acessória ou complementar
Exemplos O trecho entre parênteses
A partir do próximo domingo (7). Esclarece uma data, para que o leitor se situe
quanto ao tempo no texto.
Complete com o verbo dado entre parênteses.
Ontem, ele me que não viria. (dizer)
É complementar à frase apresentada, com o objetivo de definir que verbo deve ser conjugado, pois poderiam ser outros, tais como: falar, confessar, jurar, garantir, etc.
Para marcar alternativas de palavras
Marque a(s) afirmativa(s) correta(s). Indica que pode haver uma ou mais de uma afirmativa correta.
Para indicar o somatório das possibilidades
São acentuadas as monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s), o(s).
Indica que são acentuadas as monossílabas tônicas terminadas em a, as, e, es, o, os.
Para indicar comentários, considerações e reflexões
Boa essa (hahaha).
• Eu disse que não pensei nele (mas pensei).
• Da saída à chegada, falou sem parar (que chatice!).
• Ele disse que pagou o que devia (será mesmo?).
É usado, principalmente, em textos informais,
como postagens, mensagens via aplicativos ou
redes sociais, diários, etc. Também é usado em textos literários.
Aspas “ ”
Entre os muitos usos das aspas, estão:
Destacar palavras estrangeiras.
Exemplo: Os “emoticons” ativam áreas sensíveis do cérebro, segundo o pesquisador.
Marcar citações – transcrição exata do que foi dito ou escrito.
Exemplo: Diz a oceanógrafa: “É difícil estudar essas espécies porque elas viajam muito,
mas acredita-se que se orientam pelo mar e pelas estrelas".
41
Há um “empréstimo” de palavras que ocorre na maior parte das línguas. Algumas palavras, como as
listadas na atividade 1, mantêm a escrita da língua de origem. Outras já passaram pelo processo de
aportuguesamento.
Veja exemplos:
balé (ballet)
beisebol (baseball)
basquete (basketball)
biquíni (bikini)
chique (chic)
deletar (delete)
escanear (scanner)
futebol (football)
iogurte (youghurt)
sanduíche (sandwich)
time (team)
voleibol (volleyball)
xampu (shampoo)
Transcrição de trechos de texto.
Exemplo: Darwin concluiu que “a habilidade de expressar emoções é algo que comparti
lhamos com várias outras espécies”.
Títulos em geral (textos, livros, etc.).
Exemplo: O texto “O que sentem os animais" é um artigo de divulgação científica.
Palavras que estão em desuso (não se usam mais).
Exemplo: Ele é um homem “augusto”. (respeitável)
Gírias, palavras ou expressões inventadas que ainda não estão nos dicionários;
algumas podem ser dicionarizadas, mas outras serão substituídas ou esquecidas.
Exemplo: “Bora” fazer a tarefa.
Palavras que são usadas com ironia, isto é, quando se quer dizer exatamente o
contrário do que se disse.
Exemplo: Você está “animada” hoje, hein!
Em textos digitados, em algumas funções, as aspas são substituídas por recursos
como itálico e negrito, dependendo dos padrões editoriais.
1 Coloque aspas nas palavras estrangeiras que aparecem nestas frases:
a) O anúncio estava naquele outdoor .
b) Vou ao playground .
c) A pizza está servida.
d) Se você está on-line abra este site .
e) Vamos almoçar no shopping ?
f) Meu personal trainer viajou.
2 Use aspas onde for necessário.
a) Um dos meus livros preferidos é O meu pé de laranja lima .
b) O texto Existe algum peixe que saiba contar? apresenta uma curiosidade científica.
c) O slogan Fôlego salva foi usado em vários anúncios.
d) O título O Pepino Maluquinho foi usado em um anúncio.
e) Aqui a natureza é a estrela é um slogan de alguns anúncios da Hortifruti.
42
Língua Portuguesa
3 No diálogo a seguir, que acontece quando um amigo chega à casa de outro, há palavras que prova-velmente você nunca ouviu, porque são antigas e estão em desuso. Coloque aspas nessas palavras.
Boletos de qualquer valor, inclusive vencidos, podem ser pagos em qual-
quer banco ou correspondente bancário a partir deste sábado (10), por
meio da nova plataforma de cobrança da Federação Brasileira de Bancos
(Febraban). A mudança vem sendo feita gradualmente desde agosto.
Além disso, o comprovante de pagamento é mais completo, apresen-
tando todos os detalhes do boleto (juros, multa, desconto, etc.) e as
informações do beneficiário e pagador.
BOLETOS de qualquer valor, mesmo vencidos, já podem ser pagos em qualquer banco. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/11/10/boletos-de-qualquer-valor-mesmo-vencidos-ja-podem-ser-pagos-em-qualquer-banco.ghtml>. Acesso em: 10 nov. 2018.
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– Meu dileto amigo! Alfim , você aqui. Entre que a procela está chegando.
– Tentei debalde uma condução. Estava anelando chegar logo. Fiz uma viagem fatigosa .
– Dê-me um amplexo ! Sinto-me faustoso com a sua chegada.
4 Você entendeu o diálogo? No boxe ao lado, você encontrará o significado das palavras em desuso no texto acima. Descubra qual o significado de cada uma, conforme o sentido das frases, e reescreva o diálogo, fazendo a substituição.
5 Use aspas quando ocorrer gíria e indique o significado delas entre parênteses.
a) Não ligue, ele está pistola hoje. ( )
b) Vamos conversar sem mimimi . ( )
c) Deu ruim ! Não vou poder ir. ( )
d) Meu celular bugou . ( )
6 Leia os trechos de notícias e explique a que correspondem as informações apresentadas nos parên-teses e por que algumas palavras estão entre aspas.
Trecho I
• tempestade
• finalmente
• abraço
• feliz
• inutilmente
• querido
• desejando muito
• cansativa
Em grupos, façam uma lista
com as gírias que vocês
costumam usar na escola,
indicando seus significados.
43
a) (10):
b) (Febraban):
c) (juros, multa, desconto, etc.):
Trecho II
“Quando comecei a fazer filmes, os nomes que mais tiveram influência sobre
mim foram os chamados diretores de gênero – homens como John Carpenter
(“Halloween”), David Cronnenberg (“A mosca”) e Wes Craven (“A hora do pesa-
delo”). Eles eram caras jovens fazendo coisas que ninguém havia feito antes.
Eles tentavam coisas novas e todas eram fascinantes.”
BRITO, Carlos. Olivier Assayas lança “Vidas duplas”' no Festival do Rio e fala de Juliette Binoche: “Ela mesma se dirige”. Disponível em: <https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2018/11/10/olivier-assayas-lanca-vidas-duplas-no-festival-do-rio-e-fala-de-juliette-binoche-ela-mesma-se-dirige.ghtml>. Acesso em: 10 nov. 2018.
d) As aspas iniciais e finais significam
e) Aspas em “Halooween”, “A mosca” e “A hora do pesadelo” são
f) Os parênteses em (“Halooween”), (“A mosca”) e (“A hora do pesadelo”) indicam
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Língua Portuguesa
Curiosidade científica Algumas pesquisas são, digamos..., estranhas! Por exemplo, alguma vez você olhou um
peixe e se perguntou se ele sabe fazer cálculos? É possível que não, mas alguém já fez isso!
A pergunta a ser respondida por essa pesquisa está no título do texto a seguir. Nesse caso,
trata-se de uma curiosidade científica, e não de um problema que busca respostas para a sua
solução.
Existe algum peixe que saiba contar?
Sim, os peixes da espécie Gambusia holbrooki sabem calcular até 4! Pelo
menos essa foi a conclusão de um grupo de cientistas da Universidade
de Pádua, na Itália, após realizar uma série de estudos com o animal. O
objetivo da pesquisa era medir a capacidade do peixe de diferenciar car-
dumes pelo tamanho e número de integrantes. Essa espécie tem apenas
6 centímetros de comprimento, é originária da América do Norte e se ali-
menta de larvas de mosquito. No mar, tende a formar grupos numerosos
para se proteger de predadores. Num experimento em laboratório, os
cientistas colocaram um exemplar do G. holbrooki num lado de um aquá-
rio diante de dois grupos de peixes de tamanhos diversos. O peixinho solitário reconheceu o maior conjunto
e juntou-se a ele. Segundo o pesquisador Christian Agrillo, que conduziu o estudo, o peixe optou pelo grupo
mais numeroso sempre que ficou diante de cardumes com dois ou três membros ou com três ou quatro inte-
grantes. Mas, quando teve que escolher entre pequenos cardumes com cinco ou seis peixes, ele não conseguiu
se decidir. Com base nisso, os cientistas concluíram que o G. holbrooki sabe contar até 4.
VASCONCELOS, Yuri. Existe algum peixe que saiba contar? Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/existe-algum-peixe-que-saiba-contar/>. Acesso em: 16 jan. 2019.
1 Sobre o título e a frase que iniciam o texto, faça o que se pede.
a) Copie a primeira frase do texto.
b) De que forma essa frase se relaciona ao título?
c) Quanto ao conteúdo, essa frase apresenta
( ) o problema motivador da pergunta para a qual os pesquisadores buscaram resposta.
( ) parte dos resultados da pesquisa, deixando certo suspense para o leitor.
( ) a informação relacionada ao resultado da pesquisa.
d) Que sentido expressa o ponto de exclamação no fim dessa frase?
( ) Alegria, felicidade. ( ) Admiração, espanto.
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Gambusia holbrooki é o nome científico desse peixe, por isso é escrito em itálico. Os nomes comuns são: gambúsia, mosquiteiro, guppy- -americano ou gambuzino.
estudo do texto
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2 Releia a segunda frase.
Pelo menos essa foi a conclusão de um grupo de cientistas da Universidade de Pádua, na Itália, após realizar
uma série de estudos com o animal.
A expressão “pelo menos” está ligada à frase anterior (que você copiou no item a da questão 1) e permite pensar que talvez o autor do texto
( ) ache estranho o resultado da pesquisa.
( ) ache normal o resultado da pesquisa.
( ) goste da ideia de que os peixes são bons em matemática.
3 Os textos de curiosidades científicas também divulgam conhecimentos científicos. Como vimos, nesse gênero de texto, consulta-se um estudo feito sobre o assunto exposto, citando-se onde foi realizada a pesquisa e quais foram os pesquisadores.
a) A quem é atribuída a pesquisa citada no texto?
b) Por que é importante citar os responsáveis pela pesquisa?
4 A expressão após realizar uma série de estudos com o animal, reforça
( ) o valor da pesquisa, já que foram feitos muitos estudos.
( ) a dificuldade de entender os peixes.
( ) a ideia de que os cientistas não estavam preparados para a pesquisa.
( ) a possibilidade de estimar a quantidade de peixes que havia em cada cardume da espécie.
5 Na sequência do texto, aparece o propósito da pesquisa. Localize e copie esse trecho.
6 Copie o trecho que apresenta uma descrição do peixe escolhido para a pesquisa.
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Língua Portuguesa
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Num experimento em laboratório, os cientistas colocaram um exemplar do
G. holbrooki num lado de um aquário diante de dois grupos de peixes de ta-
manhos diversos. O peixinho solitário reconheceu o maior conjunto e juntou-
-se a ele. Segundo o pesquisador Christian Agrillo, que conduziu o estudo, o
peixe optou pelo grupo mais numeroso sempre que ficou diante de cardumes
com dois ou três membros ou com três ou quatro integrantes. Mas, quando
teve que escolher entre pequenos cardumes com cinco ou seis peixes, ele
não conseguiu se decidir. Com base nisso, os cientistas concluíram que o
G. holbrooki sabe contar até 4.
7 Releia este trecho e faça o que se pede.
[...] sempre que ficou diante de cardumes [...]
( ) Em frente de. ( ) Ao lado de. ( ) De costas para.
8 Releia esta frase e observe a forma como foi reescrita:
O peixinho solitário reconheceu o maior conjunto e juntou-se a ele.
O peixinho solitário reconheceu o maior conjunto e juntou-se ao maior con-
junto.
Agora, reescreva a frase seguinte substituindo a palavra destacada pela palavra a que faz referência.
a) Por que o peixinho é chamado de solitário?
b) Qual é o substantivo coletivo que aparece nesse trecho?
c) Sublinhe e transcreva as palavras que dão ideia de uma reunião de peixes.
d) O que significa a expressão destacada a seguir?
Mas, quando teve que escolher entre pequenos cardumes com cinco ou seis
peixes, ele não conseguiu se decidir.
47
9 De acordo com a experiência, assinale as atitudes do peixe diante dos cardumes nas seguintes situações:
( 1 ) Escolheu o grupo mais numeroso.
( 2 ) Não conseguiu se decidir.
a) ( ) Quando havia dois grupos de peixes de tamanhos diversos.
b) ( ) Quando havia pequenos cardumes com cinco ou seis peixes.
c) ( ) Quando colocado diante de dois ou três grupos de peixes de tamanhos diversos.
10 Na sua opinião, o peixinho Gambusia holbrooki realmente sabe contar até 4? Justifique a sua resposta.
Uso dos porquês
Leia estas frases observando o uso das palavras em destaque.
como se escreve?
Você sabe dizer o motivo de essa palavra apre-
sentar variações na escrita?
Por que o peixinho precisa identificar cardumes maiores?
O peixinho precisa identificar cardumes maiores, por quê?
Ele não identificou grupos maiores não sei por quê.
Ele não entendeu por que o peixinho não conseguiu se decidir.
O motivo por que pesquisaram está no texto.
A razão por que desistiram ninguém sabe.
Porque ele precisa se proteger de predadores.
Queria saber o porquê dessa pesquisa.
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POR QUÊ
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PORQUÊ
POR QUE
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Língua Portuguesa
• Por quê (separado e com acento) – quando está no fim da frase.
Exemplos: O peixinho precisa identificar cardumes maiores, por quê?
Ele não identificou grupos maiores não sei por quê.
• Por que (separado e sem acento) – usado em:
» Perguntas diretas.
Exemplo: Por que o peixinho precisa identificar cardumes maiores?
» Quando for possível a substituição por: por que motivo ou por que razão.
Exemplo: Ele não entendeu por que o peixinho não conseguiu se decidir.
(Ele não entendeu por que motivo o peixinho não conseguiu se decidir./Ele não enten-deu por que razão o peixinho não conseguiu se decidir.)
» Quando for possível a substituição por: pelo qual ou pela qual.
Exemplos: O motivo por que pesquisaram está no texto. (O motivo pelo qual pesquisa ram está no texto.)
A razão por que desistiram ninguém sabe. (A razão pela qual desistiram ninguém sabe.)
• Porque (junto e sem acento) – usado em respostas, apresentando uma explicação, uma causa. Pode ser substituído por: pois, visto que, uma vez que, etc.
Exemplo: Porque ele precisa se proteger de predadores.
• Porquê (junto e com acento) – usado quando é um substantivo. Para isso, deve estar antecedido de alguma palavra que o determine, como: o porquê, um porquê, este por-quê, esse porquê, aquele porquê, etc.
Exemplo: Queria saber o porquê dessa pesquisa.
1 Justifique o emprego de porquê/por quê/por que/porque nas frases seguintes.
a) Queria saber o porquê de tanta alteração climática.
b) Está ventando por quê?
c) – Por que está ventando?
– Porque está chegando uma frente fria.
d) – Não entendo por que vai chover nessa época.
– Também não entendo por quê.
e) O motivo por que isso aconteceu ainda é um mistério.
49
2 Assinale um X nas alternativas abaixo em que há incorreção quanto ao uso do porquê e escreva a forma correta ao lado.
a) Prefiro as frutas da estação porque são mais saudáveis.
b) Não sei porque ele não gosta de festas.
c) Depois que ouvi as explicações, entendi o porquê.
d) Saíram apressados por quê?
e) Pessoal, porque não vamos ao parque?
3 Analise as frases e complete os espaços com por que, por quê ou porque.
a) Diga-me, você está pesquisando?
b) tenho curiosidade.
c) Não compareceram, ?
d) estáva-mos longe daqui.
e) fizeram isso?
f) Fizemos quisemos.
g) Ele não veio não sei .
4 Complete os espaços com porque, por que ou por quê.
a) Ninguém entendeu saíram tão cedo.
b) Eles saíram cedo tinham outro compromisso.
c) Explique saíram apressados.
d) Eles saíram apressados já era tarde.
e) Só queria saber .
5 Justifique o uso de por que, porque, por quê ou porquê.
a) Quero saber por que você me trata assim.
b) Por que ele está tão triste?
c) Não foi à escola por quê?
d) Não se sabe por que Paula não foi à aula de piano.
e) Ignora-se o porquê de seu silêncio.
6 Analise as frases e marque a alternativa em que o emprego do porquê está INCORRETO.
a) O porquê de sua desistência do time não está muito claro.
b) Por que não me convidou para sua festa de formatura?
c) Não me chamaram para participar da equipe, por quê?
d) O motivo porque a deixei não inte-ressa.
e) Viajarei porque
estou em fé-
rias da escola.
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Língua Portuguesa
7 Complete os espaços com porque ou porquê.
a) É preciso que haja um que explique essa mudança.
b) Mudanças são boas abrem novos horizontes.
c) A diretora quer saber o dessa discussão.
d) Disseram que discutiram se desentenderam.
8 Reescreva as frases substituindo a palavra destacada pelo porquê correspondente.
a) Ele não pode sair agora, pois está estu-dando.
b) Agora entendi o motivo dessa agitação.
c) Essa foi a razão pela qual acabei ficando.
d) Por qual motivo ninguém fala nada?
9 Leia esta capa de revista.
A edição da revista cuja capa está reproduzida foi publicada poucos meses antes da Copa do Mundo no Brasil. Observe com atenção todos os elementos que a compõem e responda ao que se pede.
a) A tartaruga é a imagem principal dessa capa. O que indica a natureza do atraso ci-tado na manchete? E de que forma ajuda a construir o sentido da manchete?
b) Que outros elementos se remetem ao país?
c) Ao ler o subtítulo, inferimos, ou seja, de-duzimos, que a matéria que se relaciona a essa manchete não tratará apenas de atrasos de prazos em grandes obras. O que mais podemos inferir que a matéria abordará? Que palavras presentes nes-se subtítulo nos permitem a desenvolver esse raciocínio?
d) Justifique o uso do "por que", separado e sem acento, na chamada principal.
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conectadoLeia os seguintes títulos de notícias e as linhas finas correspondentes e responda às
questões.
Título I
EL PAÍS. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/ciencia/1537304180_209500.html>. Acesso em: 7 nov. 2018.
Título II
ESTADÃO. Disponível em: <https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,doencas-erradicadas-podem-voltar-por-falta-de-vacinacao,70002357899>. Acesso em: 6 nov. 2018.
Doenças erradicadas podem voltar
por falta de vacinaçãoÍndices de imunização para doenças como sarampo e poliomieli-
te estão em queda entre crianças menores de 1 ano
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1 Grife os verbos das duas notícias e transcreva-os a seguir.
2 Analisando os verbos, é possível constatar uma diferença importante entre as duas notícias.
Escreva V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
a) ( ) A forma verbal tem apresenta uma possibilidade.
b) ( ) A locução verbal podem voltar apresenta uma afirmação, uma certeza.
c) ( ) A forma verbal tem apresenta uma afirmação, uma certeza.
d) ( ) A locução verbal podem voltar apresenta uma possibilidade.
erradicadas: extintas; eliminadas.
imunização: ato de tornar imune a doenças infecciosas.
A maioria dos iogurtes tem tanto
açúcar quanto os refrigerantesApenas 10% são baixos em açúcares, porcentagem que cai para 2%
nos produtos destinados às crianças, segundo um estudo britânico
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Língua Portuguesa
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3 A respeito dos dois títulos, responda ao que se pede.
a) Em qual dos dois títulos pode-se entender que o texto apresenta o resultado de uma pesquisa científica? Por quê?
b) Qual poderia ser o problema detectado que inspirou a pesquisa?
c) Qual seria a pergunta a que os pesquisadores deveriam responder com sua pesquisa?
d) De acordo com o título da notícia, qual foi a resposta encontrada pelos pesquisadores: afirmativa ou negativa?
4 Com relação ao Título II, responda às questões.
a) Qual seria a pergunta a que os pesquisadores deveriam responder para uma possível pesquisa científica?
b) Avaliando esse título, você acha que já existe alguma resposta para a pergunta que você formulou? Por quê?
53
Doenças erradicadas podem voltar por falta de vacinação
Criação natural. Muito mais forte nos Estados Unidos e na Europa, os movimentos antivacina também cria-
ram problemas ao incentivar que os pais não levem seus filhos para serem imunizados.
[...]
No Brasil, embora o movimento ainda seja conside-
rado fraco, há grupos em redes sociais que dissemi-
nam informações contra a vacinação e estimulam o
debate sobre “os riscos” desse procedimento.
Para a infectologista Renata Coutinho, do Hospital
Rios D’Or, o ganho com a imunização vai além do in-
dividual. “Existe um grande benefício coletivo, pois
diminui a circulação dessas doenças na população
em que essas crianças convivem”, explica.
[...]
Existe algum fator que impeça a criança de tomar vacina?
Dependendo da vacina, sim. Por exemplo, não devem ser vacinadas crianças que têm comorbidade específica
(ocorrência de duas ou mais doenças ao mesmo tempo), imunodeficiência, portadoras de HIV, pacientes que
tenham recebido transplante de órgãos ou de medula e indivíduos que sofram com doença renal crônica.
Apesar de ser um procedimento seguro, sempre colocamos na balança os riscos e os benefícios. Se o risco da
vacina for maior que os benefícios, ela não deve ser aplicada. O médico que acompanha a criança deve ser
sempre consultado para uma orientação mais específica e segura.
SANCHES, Danielle. Doenças erradicadas podem voltar por falta de vacinação. Disponível em: <https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,doencas-erradicadas-podem-voltar-por-falta-de-vacinacao,70002357899>. Acesso em: 10 nov. 2018.
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Bebê sendo vacinado
Texto de divulgação científica
Você já pode ter notado que a sociedade se divide em relação
a algum assunto. No que diz respeito à vacinação, os governos
fazem campanhas com a intenção de convencer a população a
comparecer nos postos, nas datas agendadas, para que haja imu-
nização contra algumas doenças que, além de contagiosas, podem
ser muito graves e, em alguns casos, até fatais.
A seguir, são apresentados trechos de textos sobre vacinação.
Os dois a defendem, mas abordam a existência de movimentos
contrários. Leia-os com atenção.
produção escrita
Texto I
Como surgem as pesquisas científicas? A princípio, precisa existir
um problema. Com base
nesse problema, é preciso
formular uma pergunta para
a qual os pesquisadores vão
buscar resposta. Finalizada
a pesquisa, a resposta pode
ser positiva ou negativa. Se
for negativa, outras pergun-
tas serão formuladas para
novas pesquisas.
54
Língua Portuguesa
A importância da vacinação
Nosso coordenador da Clínica de Imunização Dr. Alfredo Gilio fala sobre o tema
A vacinação é uma importante aliada da saúde – principalmente du-
rante a infância e a terceira idade. A imunização, durante essas fa-
ses, ajuda na prevenção de doenças e auxilia a evitar surtos. Graças
às vacinas diversas doenças puderam ser erradicadas ou tiveram
sua incidência drasticamente reduzida. Mesmo com diversos bene-
fícios, a obrigatoriedade da vacinação gera dúvidas e movimentos
contrários.
[...]
Quais os perigos de não estar vacinado?
O perigo de não estar vacinado é se manter suscetível à doença
para a qual aquela vacina protege. Por exemplo, no calendário de
rotina das crianças temos vacinas para várias doenças que podem ser muito graves ou mesmo até fatais,
como: poliomielite, difteria, coqueluche, tétano, tuberculose, meningite por vários tipos de bactéria (pneu-
mococo, hemófilus, meningococo), pneumonias graves por pneumococo ou hemófilus; sarampo, caxumba,
rubéola, varicela, diarreia por rotavírus; influenza. No calendário dos adolescentes e adultos, também temos
várias vacinas fundamentais, como: HPV, influenza, meningite, pneumonia, herpes zoster.
Surtos de doenças podem ter relações com pessoas não vacinadas?
Sim, já está muito bem demonstrado que, quando se acumulam muitas pessoas não vacinadas, é possível a
ocorrência de surtos de doença, como vimos claramente recentemente com a febre amarela.
Texto II
GILIO, Alfredo. A importância da vacinação. Disponível em: <www.einstein.br/noticias/noticia/a-importancia-da-vacinacao>. Acesso em: 10 nov. 2018.
Para observar as ideias principais de cada texto, indique, na tabela a seguir, um resumo
que responde a cada pergunta feita nos artigos.
Existe algum fator que impeça a criança de
tomar vacina?
Quais os perigos de não estar vacinado?
Surtos de doenças podem ter relações
com pessoas não vacinadas?
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55
PreparaçãoOs textos que você leu tratam da importância da vacinação. Em grupo, você e seus co-
legas deverão produzir um texto de divulgação científica sobre novidades nessa área de
pesquisa.
1. Usem as informações dos trechos que vocês leram para buscar outras referências em
jornais, revistas e na internet sobre o que está sendo produzido no meio científico
atualmente acerca do tema.
2. Analisem textos de divulgação científica e gráficos sobre o assunto e procurem pro-
fissionais que poderão ajudá-los a compreender melhor os dados colhidos. Por exem-
plo, se vocês quiserem entender melhor os processos de imunização em nosso orga-
nismo, um professor de Biologia pode ser entrevistado.
3. Busquem fontes confiáveis e, de preferência, dados recentes. As anotações devem
sempre ser referenciadas: não deixem de anotar as fontes de informação, dado, co-
mentário, etc.
4. Organizem as informações estabelecendo relações que podem ser: das informações
mais gerais para as mais detalhadas ou das mais antigas para as mais recentes, por
exemplo.
5. Em seguida, releiam as características do gênero textual artigo de divulgação cientí-
fica e apliquem em seu texto os elementos que caracterizam o gênero.
A função predominante do artigo de divulgação científica é apresentar pesquisas e desco-
bertas científicas, por meio de dados e fatos objetivos, a um leitor interessado em atualizar-se
a respeito dos conhecimentos científicos sobre determinado assunto, mas não habituado ao
uso da linguagem técnica. Dessa forma, o autor do artigo de divulgação científica faz um
trabalho de mediação entre o texto científico (fonte de onde extrai a informação) e o leitor,
evitando ou “traduzindo” termos técnicos e jargões profissionais. Nesse trabalho, ele procu-
ra tornar o texto atraente, usando títulos chamativos e elementos visuais, como fotografias,
esquemas, gráficos e infográficos que, além de atrair a atenção do leitor, auxiliam na com-
preensão das informações.
São características do artigo de divulgação científica:
• texto objetivo, na 3.ª pessoa do discurso, valorizando fatos e informações científicas –
o autor não manifesta sua opinião sobre o assunto de que está tratando;
• linguagem clara, objetiva e impessoal;
• verbos no tempo presente;
• uso da variedade padrão;
• presença de definições, exemplificações, comparações, etc. que visam facilitar a com-
preensão do assunto por parte do leitor;
• uso do discurso indireto, em que o narrador relata, com suas palavras, o que o outro
(geralmente pesquisador) disse;
• discurso direto marcado pelo uso de aspas.
56
Língua Portuguesa
ProduçãoAo redigirem o texto, lembrem-se de que o objetivo é apresentar ao leitor uma pes-
quisa ou descoberta científicas. Restrinjam-se a dados e fatos, não apresentando opiniões
pessoais.
Lembrem-se de
escrever usando a 3.ª pessoa;
utilizar a norma-padrão;
que o tempo verbal predominante é o presente;
apresentar definições, comparações, esquemas, imagens, gráficos, etc. que facilitem
o entendimento do assunto pelo leitor;
explicar os termos técnicos que vocês usaram;
inserir a fala de especialista(s), utilizando adequadamente o discurso direto ou o indireto.
Avaliação1. Ao término da produção, releiam o próprio texto verificando se as orientações apre-
sentadas foram seguidas e o avaliem usando os critérios a seguir.
Critérios de avaliação
O texto é objetivo, ou seja, traz informações de forma clara?
O texto foi escrito na 3.ª pessoa?
O texto apresenta um tema científico de forma acessível ao leitor?
Foram usados a linguagem e os tempos verbais adequados ao gênero?
O texto apresenta elementos que auxiliam na sua compreensão, como exemplos, definições, gráficos, etc.?
Há uso adequado de discurso direto ou de indireto?
2. Troquem os artigos entre os grupos, de modo que colegas de outras equipes leiam
o que vocês escreveram e possam fazer sugestões. Escrevam a versão definitiva do
texto realizando as melhorias observadas.
3. Revisem ortografia, acentuação e demais questões relativas à norma-padrão.
4. Os artigos, depois de prontos, serão reunidos em uma revista, que vocês doarão à
biblioteca para que possa ser consultada por todos os colegas de outras turmas que
queiram aprender mais sobre os temas.
SeminárioO mesmo grupo que escreveu o texto de divulgação científica vai realizar um seminário,
ou seja, uma apresentação oral cujo objetivo é divulgar conhecimentos e expor dados e con-
clusões de uma pesquisa.
produção de texto oral
57
PreparaçãoRetomem os textos lidos e as anotações feitas durante a pesquisa para o texto de divul-
gação científica. Façam um levantamento dos subtemas encontrados e organizem-nos em
progressão. Vocês poderão utilizar como critérios a progressão do mais amplo para o mais
detalhado, das informações mais antigas para as mais recentes, etc. Atenção, é importante
não fugir do tema, por isso verifiquem se todos os tópicos estão relacionados diretamente
ao tema abordado.
Cada participante abordará um subtema, mas todos precisam estar familiarizados com
as informações que constam em cada subtema.
No seminário, as informações não devem ser lidas, e sim expostas. No entanto, o expositor
pode utilizar-se de cartazes, slides, mapas, gráficos e tabelas que possam auxiliá-lo em sua fala.
ProduçãoAo realizar o seminário, lembrem-se de
fazer a saudação de abertura, apresentar os integrantes do grupo e o tema do
seminário;
que todos os participantes devem participar da exposição sob as mesmas condições;
seguir o planejamento estabelecido ao abordar os subtemas;
utilizar a linguagem formal, evitando o uso de gírias e expressões coloquiais;
que a exposição deve ser feita de modo claro e objetivo. Se necessário, reformulem
ideias, a fim de facilitar o entendimento dos ouvintes.
AvaliaçãoAvaliem a produção de vocês usando os critérios a seguir.
Critérios de avaliação
O seminário apresentou todas as partes que o compõem?
A apresentação foi clara, objetiva e acessível aos ouvintes?
Os expositores demonstraram conhecimento sobre o assunto abordado?
As informações ou os subtemas foram organizados e relacionados de forma adequada?
Todos os integrantes falaram sob as mesmas condições?
Um seminário é constituído das seguintes partes: abertura e introdução, desenvolvi-
mento e finalização.
Na abertura e introdução, o(s) expositor(es) se apresenta(m) e informa(m) sobre o que vai
(vão) falar. Nesse momento, fala-se sobre a importância do tema e dos objetivos do seminário.
Em seguida, no desenvolvimento, cada um dos integrantes do grupo trata de um subte-
ma. A organização dos subtemas deve ser lógica e coerente.
Na finalização, faz-se a recapitulação do que foi apresentado e a síntese das informa-
ções mais relevantes.
58
Língua Portuguesa
Verbos irregulares: dar, saber, poder
Os verbos irregulares, ao serem conjugados, têm seus radicais e terminações alterados.
Conhecer a conjugação deles é muito útil, pois eles não seguem um padrão, como os verbos
regulares seguem.
Leia o quadro e observe que a primeira pessoa dos verbos dar, saber e poder têm o ra-
dical alterado nos diferentes tempos verbais. Isso também acontece de acordo com a pessoa
do discurso que conjuga o verbo.
VERBO DAR VERBO SABER VERBO PODER
MO
DO
IND
ICA
TIV
O
Presente Eu dou Eu sei Eu posso
Pretérito perfeito Eu dei Eu soube Eu pude
Pretérito imperfeito Eu dava Eu sabia Eu podia
Pretérito mais-que-perfeito Eu dera Eu soubera Eu pudera
Futuro do presente Eu darei Eu saberei Eu poderei
Futuro do pretérito Eu daria Eu saberia Eu poderia
MO
DO
SU
BJU
NT
IVO Presente Que eu dê Que eu saiba Que eu possa
Pretérito imperfeito Se eu desse Se eu soubesse Se eu pudesse
Futuro Quando eu der Quando eu souber Quando eu puder
1 Complete com as formas correspondentes ao presente do indicativo e ao pretérito imperfeito dos verbos entre parênteses.
a) Hoje ele palestras sobre o assunto, mas antes ele não . (dar)
Hoje eles palestras sobre o assunto, mas antes eles não .
Hoje nós palestras sobre o assunto, mas antes nós não .
b) Hoje ele toda a matéria, mas ontem ele não . (saber)
Hoje eles toda a matéria, mas ontem eles não .
Hoje nós toda a matéria, mas ontem nós não .
2 Complete com as formas correspondentes ao presente do indicativo e ao pretérito perfeito dos verbos entre parênteses.
a) Ontem ele jogar futebol, mas hoje ele não . (poder)
Ontem eles jogar futebol, mas hoje eles não .
Ontem nós jogar futebol, mas hoje nós não .
estudo da língua
59
b) Ontem ele não como agir, mas hoje ele . (saber)
Ontem eles não como agir, mas hoje eles .
Ontem nós não como agir, mas hoje nós .
c) Ontem ele não o melhor de si, mas hoje ele . (dar)
Ontem eles não o melhor de si, mas hoje eles .
Ontem nós não o melhor de nós, mas hoje nós .
3 Complete com as formas verbais adequadas dos verbos dar, poder e saber, respectivamente.
a) Espero que ele nos uma ajuda, e que eles o dinheiro para o projeto.
b) Espero que ele estar presente, e que nós prestigiar o evento.
c) Espero que eu o suficiente, e que nós juntos todas as respostas.
4 Complete os espaços com as formas verbais correspondentes aos verbos entre parênteses.
a) Se eu dinheiro, um carro. (ter/comprar)
b) Se ele francês, conversar com o estrangeiro. (saber/poder)
c) Se nós viajar sozinhos, à praia. (poder/ir)
d) Se tu estar aqui amanhã, ao espetáculo. (poder/assistir)
e) Se eles almoçar conosco, mais cedo. (poder/sair)
Acento diferencial – pôde e pode
A forma verbal pôde, representando a 3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo, é acentuada para se diferenciar de pode, 3.ª pessoa do singular do presente do
indicativo. Exemplo:
como se escreve?
Ontem, ele não pôde entrar em casa, porque esqueceu a chave. Hoje, ele pode entrar, pois
prestou atenção e pegou as chaves antes de sair.
Complete os espaços com pôde e pode, conforme o caso.
Como é que isso acontecer, se eu estava ali o dia inteiro?
Ele não enfrentar aquele adversário, pois está em desvantagem.
Como ele gastar todo o dinheiro em uma semana?
Ela cantar ainda por muito tempo, visto que tem uma bela voz.
60
Língua Portuguesa
1 Complete os espaços deste diálogo com por que, por quê, porque ou porquê.
– você está tão quieto?
– Não sei . Simplesmente, não sei estou assim. Se
eu soubesse o , diria a você.
2 Complete os espaços com as formas verbais adequadas dos verbos dados entre parênteses.
a) Quando nós a resposta, . (saber/falar)
b) Se nós a resposta, . (saber/falar)
c) Quando eles sair, . (poder/sair)
d) Se eles sair, . (poder/sair)
e) Quando eu a minha opinião, eles não . (dar/gostar)
3 Leia o texto e faça o que se pede.
Textos de divulgação científicaTextos sobre pesquisas científicas ou iniciativas em áreas relevantes de ciência, tecnologia e inovação no
país, os quais respondem a três perguntas básicas (o que é a pesquisa, como é feita e qual a sua importância),
e recebem a aprovação do pesquisador antes de serem publicados. A descrição adota linguagem de divulga-
ção científica, “traduzida” ou reescrita em linguagem mais simplificada, por meio da qual se busca explicar o
processo de fazer ciência com clareza, e sempre que possível apresenta glossários e imagens que ilustram a
pesquisa. Nome, instituição e e-mail do responsável pela pesquisa são divulgados no texto, para que o públi-
co possa interagir com o pesquisador.
TEXTOS de divulgação científica. Disponível em: <www.canalciencia.ibict.br/pesquisa/pesquisascompletas.html>. Acesso em: 16 nov. 2018.
a) Explique o uso dos parênteses.
b) Explique o uso das aspas na palavra “tradu-zida”.
c) Qual palavra é estrangeira e poderia estar escrita entre aspas?
4 Assinale as principais características dos textos de divulgação científica.
( ) Seu objetivo é entreter o leitor.
( ) A linguagem é objetiva, clara e atraen-te ao público leitor.
( ) A linguagem é repleta de termos téc-
nicos, podendo ser entendida apenas por
quem faz parte da área relativa ao estudo.
o que já conquistei
( ) Costuma-se empregar o pronome de
tratamento você com o objetivo de tornar o texto mais atraente ao leitor.
( ) São feitas citações diretas e indiretas, a fim de dar veracidade ao que está sendo
dito.
( ) Geralmente são textos bastante ex-tensos, com mais de dez páginas.
( ) Geralmente são textos curtos, publi-cados em revistas especializadas ou em jor-
nais, nos cadernos voltados para a Ciência.
( ) Os termos técnicos costumam ser explicados, pois o gênero tem como públi-co-alvo leitores leigos no assunto, isto é, não especializados.
61
capí
tulo
• Causo e conto popular
• Verbo: conjugação e uso
de verbos irregulares
• Ortografia: acento
diferencial
o que vocêvai conhecer
Todas as pessoas têm
cultura, pois vivem em gru-
pos e aprendem valores e
costumes passados de uma
geração para outra. São mui-
tas as formas usadas para
que a cultura de um grupo ou
de um povo seja preservada:
a língua é uma delas, junta-
mente com as artes, as tra-
dições, etc. A cultura é reco-
nhecida como um importante
instrumento de preservação
da história, da memória e da
tradição de um povo.
Causo e conto: narrativas populares
3
Futebol I. 1966. 1 tinta
Coleção particular.
o que vocêvai
©Aldemir Martins, Coleção particular
62
Língua Portuguesa
A obra reproduzida na abertura do capítulo é do artista plástico Aldemir Martins (1922-2006).
Em suas telas, ele interpreta o jeito de ser brasileiro retratando a paisagem e as pessoas
do Nordeste. Observe a pintura com atenção e, depois, troque ideias sobre as questões a
seguir.
a) O que está representado na tela de Aldemir Martins? De que forma essa obra representa a cultura brasileira?
b) Quais são os elementos que permitem compreender o que está representado na tela?
c) O que significa o número 1 na imagem?
d) Você sabe dizer em qual posição os jogadores de futebol representados na tela jogam? Justifi-
que sua resposta.
e) Por que a bola está no alto? É possível dizer qual jogador está com a posse da bola?
f) Em sua opinião, o futebol é uma marca cultural que representa todo brasileiro?
g) Você gosta de ouvir e de contar histórias sobre pessoas reais ou personagens inventados? Na sua família, alguém gosta de contar causos?
h) Você já ouviu alguém contar um causo de futebol ou de outro tema em uma roda? Em caso
afirmativo, compartilhe essa história com os colegas e o professor.
Ler causo e conto popular, identifi-cando sua composição, seu estilo e sua função comunicativa.
Conhecer a conjugação de verbos irregulares e usá-la adequadamente.
Conhecer acento diferencial.
Produzir causo, considerando sua composição, seu estilo e sua função comunicativa.
Participar de roda de causos, bus-cando as características da oralidade do gênero.
objetivos do capítulo
63
Causo
O causo é um gênero oral muito comum na tradição de contar histórias. Ele surgiu da neces-
sidade de se registrar fatos reais ou inventados que, de algum modo, se perderiam com o tempo.
A tela de Aldemir Martins, na abertura deste capítulo, representa o futebol. Agora, você
vai ler um texto que, de certa forma, trata do mesmo tema.
Matuto no fitibó
E esse tar de cinema
Qui eu num sei nem Cuma é
Si é home, si é mulé
Si vem da lua ou do só
Um tiatro eu nunca vi
E também nunca assisti
Um jogo de fitibó
É isso mermo patrão
Eu nasci pra ser matuto
Viver qui nem bicho bruto
Dando di cumê a gado
Eu só sei mermo qui sô gente
Pruquê um véi meu parente
Dixe que eu sô batizado
[...]
Eu, caboclo lazarino
Com dois metros de altura
Os braços dessa grossura
Medo pra mim é sulipa
De jogar tive um parpite
Aceitei logo um convite
Pro mode jogar de quipa
Me deram um calção listrado
E um par de joeieira
Também um par de chuteira
E uma camisa de gola
[...]
E o jogo começou
Com um juiz bom e honesto
E por siná era Hernesto
O nome do apitado
[...]
Bola vai e bola vem...
Um tal de Zé Paraíba
Inventou de dá um driba
Nu fí de Xica brejeira
Este deu-lhe uma rasteira
Que o pobre do matuto
Passou uns cinco minuto
Imbolando na puêra
O juiz mandou chutar
Uma bola contra eu
Pruquê meu fubeque deu
Um chute no Honorato
Ai o juiz errou!!!
estudo do texto
64
Língua Portuguesa
Se o fubeque que chutou
Ele que pagasse o pato
Mas afiná, meu patrão
Não gosto de confusão
Mandei o cabra chutar
E fiquei isperando o choque.
Tanta força a bola vinha!
Vinha tão pequenininha!
Feito bola de badoque
A danada escorregou
Passou pelas minhas mãos
Deslizou pelos meus dedos
Bateu numa região
Foi batendo e eu caindo
Me espuliando no chão
O povo batero em rima
Me déro um chá de jalapa
Uns três copos de garapa
E um chá de quixabeira
Quando eu tive uma miora
Joguei a chuteira fora
E sai batendo a pueira
Daquele dia pra cá
Nem môde ganhar dinheiro
Nem mermo no istrangero
Nem cum chuva nem cum só
Nem aqui nem no deserto
Nunca mais passo nem perto
De um jogo de fitibó…
LAURENTINO, Zé. Matuto no Fitibó. In: ______. Coletânea poética de Zé Laurentino. Recife: Bagaço, 2018. p. 239.
1 O texto que você acabou de ler relata um fato que aconteceu com o matuto Zé Laurentino. Releia o texto e descreva o personagem principal desse causo.
2 O texto apresenta várias expressões regionais que estão mais próximas da oralidade do que da escrita. Relacione as expressões usadas no texto com o que cada uma
significa.
a) "Viver qui nem bicho bruto"
b) "Os braços dessa grossura"
c) "Pro mode jogar de quipa"
d) "Imbolando na puêra"
e) "Ele que pagasse o pato"
f) "Feito bola de badoque"
BiografiaJosé Laurentino Silva, o
Zé Laurentino, nasceu em
Puxinanã, Paraíba, e des-
de criança já tinha contato
com música e poesia, tendo
como primeira influência os
próprios pais.
José Laurentino é consi-
derado um dos maiores
expoentes da cultura nor-
destina e deixou um legado
importante para a literatura
paraibana. Faleceu no dia
15 de setembro de 2016,
em Campina Grande, aos 73
anos.
O causo é uma narrativa
curta, geralmente falada,
que trata de um fato ou
acontecimento real ou fic-
tício, como as situações do
dia a dia, e pode ser de hu-
mor, de mistério ou ainda
envolver suspense.
( ) Jogar como goleiro.
( ) Resolver o problema.
( ) De modo rústico, sem luxo.
( ) Estilingue.
( ) Forte.
( ) Rolando no chão.
65
3 Zé Laurentino narra a história que aconteceu para um interlocutor. Para quem ele conta a história?
4 Escreva V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas sobre Zé Laurentino.
a) ( ) Já tinha visto futebol na televisão.
b) ( ) Sempre teve muita vontade de jogar futebol.
c) ( ) Considerava-se corajoso.
d) ( ) Não conseguiu defender o gol.
e) ( ) Achou que o juiz foi injusto ao mandar cobrarem falta nele, uma vez que não foi dele o “erro”.
5 Como desfecho da história, pode-se dizer que o Zé Laurentino
a) gostou muito da experiência de jogar uma partida futebol.
b) ficou satisfeito e pretende continuar jogando.
c) nunca mais passará nem perto de uma partida de futebol.
d) afirmou que passará a assistir todas as partidas de futebol a que for convidado.
6 Você entendeu os versos de Zé Laurentino? Reescreva-os usando a norma-padrão.
"E esse tar de cinema"
"Qui eu num sei nem Cuma é"
"Si é home, si é mulé"
"Si vem da lua ou do só"
"Um tiatro eu nunca vi"
"E também nunca assisti"
"Um jogo de fitibó"
É comum, em causos, os personagens serem caracterizados apenas por traços de com-
portamento, por apelidos ou pela função/atividade que exercem. No texto que você acabou
de ler, Zé Laurentino é caracterizado como caboclo e matuto, o personagem juiz, de nome
Hernesto, é chamado de “apitadô”, nome que se liga ao “cargo” que exerce. Há também ou-
tros personagens cujos nomes seguem essa regra: Zé da Paraíba e o “fi de
Xica brejeira”. Outra característica dos causos é que a época e o lugar onde
acontecem os fatos narrados podem não ser especificados e geralmente não
é possível identificar o autor da história.
66
Língua Portuguesa
Verbos irregulares: pôr
O verbo pôr é irregular. A seguir temos os quadros de sua conjugação.
Observação: todos os verbos derivados de pôr seguem a mesma conjugação. Exem-
plos: antepor, compor, contrapor, decompor, depor, dispor, expor, impor, indispor, opor,
pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor.
MO
DO
IN
DIC
AT
IVO
Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito
Eu ponho Eu pus Eu punha
Tu pões Tu puseste Tu punhas
Ele põe Ele pôs Ele punha
Nós pomos Nós pusemos Nós púnhamos
Vós pondes Vós pusestes Vós púnheis
Eles põem Eles puseram Eles punham
MO
DO
IN
DIC
AT
IVO
Pretérito mais-que-perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito
Eu pusera Eu porei Eu poria
Tu puseras Tu porás Tu porias
Ele pusera Ele porá Ele poria
Nós puséramos Nós poremos Nós poríamos
Vós puséreis Vós poreis Vós poríeis
Eles puseram Eles porão Eles poriam
MO
DO
SU
BJU
NT
IVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Que eu ponha Se eu pusesse Quando eu puser
Que tu ponhas Se tu pusesses Quando tu puseres
Que ele ponha Se ele pusesse Quando ele puser
Que nós ponhamos Se nós puséssemos Quando nós pusermos
Que vós ponhais Se vós pusésseis Quando vós puserdes
Que eles ponham Se eles pusessem Quando eles puserem
Infinito Gerúndio Particípio
pôr pondo posto
estudo da língua
67
1 Complete os espaços com o pretérito perfeito do verbo pôr.
a) Eu a matéria em dia, mas ele não .
b) Nós a matéria em dia, mas eles não .
c) Tu a matéria em dia?
2 Complete os espaços com o pretérito imperfeito do verbo pôr.
a) Eu a bola no gol, mas ele não .
b) Nós a bola no gol, mas eles não .
c) Tu a bola no gol?
3 Complete os espaços com o presente e o futuro do presente do indicativo do verbo pôr.
a) Eu a louça para lavar e mais tarde ele a roupa.
b) Nós a louça para lavar e mais tarde eles a roupa.
c) Eles a louça para lavar e mais tarde nós a roupa.
4 Escreva V quando a palavra porão for verbo e S quando for substantivo.
a) ( ) Disseram que porão o dinheiro necessário no negócio.
b) ( ) Disseram que o dinheiro estava no porão.
c) ( ) A casa é ótima e tem um porão imenso.
d) ( ) Eles porão a casa em ordem.
e) ( ) O porão está empoeirado.
5 Complete os espaços com as formais verbais adequadas do verbo pôr.
a) Quando tu ordem em tua vida, espero que eu também .
b) Quando nós ordem em nossas vidas, espero que ele também .
c) Quando eu ordem em minha vida, espero que eles também .
d) Quando eles ordem em suas vidas, espero que tu também .
e) Quando ele ordem em sua vida, espero que nós também .
6 Complete os espaços com a forma nominal adequada do verbo pôr.
a) Não posso ir agora porque estou o quarto em ordem.
b) Eu vou ordem neste lugar agora mesmo.
c) Já foi um novo portão, com mais segurança.
68
Língua Portuguesa
7 Complete os espaços com as formas verbais dos verbos dados entre parênteses.
a) Se eu uma canção, apresentá-la. (compor/poder)
b) Se eu respeito, ninguém me assim. (impor/tratar)
c) Se eu me a ir, uma grande viagem. (dispor/fazer)
d) Se eu meus trabalhos, ter sucesso. (expor/poder)
8 Reescreva as frases da atividade anterior substituindo o pronome eu por nós. Conjugue os verbos e substitua outros pronomes quando for o caso.
Acento diferencial: verbo pôr e preposição por
Você já viu que a forma verbal pôde, no passado, leva acento para diferenciar de pode,
no presente. Exemplos:
Ele pode sair agora. (presente)
Ele não pôde sair. (passado)
Com o verbo pôr e a preposição por acontece a mesma coisa: o acento gráfico tem a
função de diferenciar essas duas classes de palavras. Exemplos:
Vou pôr o livro sobre a mesa.
Perceba que, nessa frase, o verbo pôr pode ser substituído pelo verbo colocar: Vou co-
locar o livro sobre a mesa.
Agora observe este exemplo:
Vou por este caminho. (preposição)
Nesse caso, entendemos pelo contexto que se trata de preposição, uma vez que, ao ten-
tarmos substituir pelo verbo colocar, não obtemos sentido na frase.
a) Escreva por ou pôr conforme o caso.
Vamos os pingos nos “is”.
Troquei meu celular um novo.
Acho que vou essa roupa.
Torço melhores dias.
Torço um país melhor.
Alcance-me o sal, favor.
Um todos e todos um.
Decidiu os planos em ação.
como se escreve?
69
Conto popular
Em muitos textos, há trechos conversacionais. No conto a seguir, a narrativa desenvolve-
-se praticamente por meio de diálogos trocados entre os personagens. Observe como isso
ocorre e o que significa no texto.
estudo do texto
Os três homens atentos
Três homens caminhavam juntos por uma estrada quando passou por eles um velho mui-to apressado.
– Por acaso vocês viram o meu camelo – ele perguntou, cheio de preocupação.
O primeiro homem respondeu-lhe com outra pergunta:
– Seu camelo é cego de um olho?
– É sim – disse o cameleiro.
– Ele não tem um dos dentes da frente? – continuou o segundo homem.
– É isso mesmo.
– É manco de uma perna? – completou o terceiro.
– Com certeza – ele afirmou.
Os três homens então o aconselharam a seguir na direção de onde eles tinham vindo, que logo encontraria seu camelo. O cameleiro agradeceu muito a indicação e se foi. Mas nem sinal do camelo.
“Vou voltar correndo para falar mais uma vez com aqueles viajantes”, ele disse para si mesmo.
“Quem sabe poderão me dizer mais claramente em que lugar eles o viram.”
No final do dia, já quase sem forças, o dono do camelo avistou os três homens descansan-do debaixo de uma amendoeira à beira da estrada.
– Não achei nada – ele gritou.
– O camelo levava duas cargas, de um lado mel e do outro milho? – perguntou o primeiro homem.
– Sim – respondeu o cameleiro, bastante ansioso.
– Uma mulher grávida estava montada nele? – quis saber o segundo.
– Era minha mulher – falou o cameleiro.
– Sinto muito – disse finalmente o terceiro homem.
– Nós não vimos o seu camelo.
70
Língua Portuguesa
O cameleiro foi embora desapontado, mas no caminho começou a juntar os fatos. “Se eles sabem de tudo isso, é claro que estão escondendo de mim alguma coisa importante.
E se estão escondendo, é porque foram eles que roubaram meu camelo, a carga e também minha mulher. São ladrões perigosos, mas não vão me enganar.”
Correu até o juiz e contou toda a história, muito nervoso. O juiz achou que o cameleiro tinha motivos mais que justos para suspeitar daqueles homens, e ordenou que os prendes-sem como ladrões. Enquanto isso, iria mandar investigar os fatos, para confirmar a culpa dos viajantes.
Algum tempo depois, o cameleiro voltou para casa e encontrou a mulher cozinhando um delicioso carneiro para o jantar. Ela disse que deixara o camelo no campo perto da casa de sua comadre, onde tinha parado para conversar.
O cameleiro retornou à corte e, pedindo desculpas por ter se enganado, disse ao juiz que podia libertar os homens.
O juiz mandou chamar os três viajantes.
– Se vocês nem sequer tinham visto o camelo, como podiam saber tantas coisas sobre ele? – perguntou, cheio de curiosidade.
– Bem – disse o primeiro homem –, nós vimos suas pegadas no caminho.
– Uma das pegadas era mais fraca do que as outras, por isso deduzimos que era manco – disse o segundo.
– Além disso, ele tinha mordiscado o mato de um lado só da estrada e, assim, devia ser cego de um olho – continuou o terceiro.
O primeiro seguiu falando:
– As folhas estavam rasgadas, o que indica que o camelo tinha perdido um dente. E o terceiro:
– De um lado do caminho vimos abelhas sobre os restos de alguma coisa no chão e, do outro lado, havia formigas sobre um outro monte. As abelhas comiam o mel que havia caído da carga, e as formigas recolhiam os grãos de milho.
– Também vimos alguns fios de cabelo humano bem compridos que só podiam ser de uma mulher. Eles estavam bem no lugar onde alguém tinha parado um animal e depois descido – disse o primeiro homem.
– No lugar onde a mulher sentou, observamos as marcas das duas palmas das mãos, o que nos levou a pensar que ela precisara apoiar-se, tanto para sentar como para levantar. Assim, deduzimos que a mulher estava grávida – completou o segundo homem.
O juiz ficou impressionado.
– Mas por que não se defenderam, se não tinham culpa de nada?
– Porque nós sabíamos que ninguém iria roubar um camelo manco, cego de um olho, levando uma mulher grávida! E que logo seu dono iria encontrá-lo. Sabíamos também que ficaria envergonhado e viria até a corte para corrigir seu erro – disseram os três juntos.
71
Naquela noite, o velho, antes de dormir, ficou um tempão sentado na cama lembrando do seu camelo. Nunca tinha reparado se ele era manco, ou se era cego de um olho, ou se lhe faltava um dente.
Quanto aos três homens, até hoje viajam pelos caminhos do mundo, realizando o trabalho que lhes foi destinado.
MACHADO, Regina. A formiga Aurélia: e outros jeitos de ver o mundo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. p. 19-22.
1 Qual a situação inicial da história?
2 Descreva o camelo segundo as informações fornecidas pelos três homens, no primeiro encontro que tiveram com o velho.
3 Como o cameleiro não encontrou o camelo, voltou a procurar os três homens para ver se eles po-diam ajudá-lo, já que sabiam de tanta coisa. Que outras informações ele obteve?
4 O cameleiro tinha provas concretas para acusar os viajantes? Explique sua resposta.
5 Que fato surpreendeu o cameleiro e o juiz? Explique sua resposta.
6 Leia o quadro da página a seguir e responda a esta questão:
Em que pessoa o texto é narrado?
a) ( ) 1.ª pessoa – narrador-personagem.
b) ( ) 2.ª pessoa – narrador-observador.
72
Língua Portuguesa
7 Volte ao texto e sublinhe os trechos em que o narrador relata a história.
8 Em algum momento o narrador faz uma descrição do camelo? Por que o autor teria optado por isso? Apresente uma hipótese.
O narrador-personagem conta, na 1.ª pessoa, a história da qual participa. Sua maneira de
contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais.
O narrador-observador conta a história na 3.ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhe-
ce todos os fatos e, por não participar deles, narra com certa neutralidade, isto é, apresenta
os fatos e os personagens com imparcialidade.
Os textos conversacionais apresentam uma sequência de diálogos que se caracteriza
pela alternância das pessoas do discurso, ou seja, cada um, por vez, tem o turno da palavra.
Narrativas, entrevistas, histórias em quadrinhos, peças teatrais e até piadas usam essas
sequências de diálogos para desenvolver o assunto abordado.
A principal função dos textos
conversacionais é apresentar dire-
tamente a fala dos personagens,
demonstrando, inclusive, a manei-
ra particular de falar de cada um
deles.R
aq
son
u. 2
01
4. D
igit
al.
73
9 Transforme o discurso direto em discurso indireto. Faça como o exemplo, empregando as adequa-ções necessárias.
No discurso direto, a fala do personagem é reproduzi-
da sem interferência do narrador, integralmente, e da
mesma maneira como o personagem falou.
No discurso indireto, é o narrador que conta o que o
personagem falou.
Discurso direto
– Bem – disse o primeiro homem –,
nós vimos suas pegadas no caminho.
Discurso indireto
O primeiro homem disse que eles vi-
ram as pegadas deles no caminho.
a)
b)
c)
d)
10 Alguns discursos, no texto Os três homens atentos, estão sinalizados com aspas. Agora, faça o in-verso da atividade anterior, transformando esses trechos em discurso direto, com as adequações
necessárias.
a)
b)
– Por acaso vocês viram o meu camelo – ele perguntou, cheio de preocupação.
O primeiro seguiu falando:
– As folhas estavam rasgadas, o que indica que o camelo tinha perdido um dente.
O juiz mandou chamar os três viajantes.
– Se vocês nem sequer tinham visto o camelo, como podiam saber tantas coisas sobre ele? – perguntou, cheio de curiosidade.
O juiz ficou impressionado.
– Mas por que não se defenderam, se não tinham culpa de nada?
“Vou voltar correndo para falar mais uma vez com aqueles viajantes”, ele disse para si mesmo.
O cameleiro foi embora desapontado, mas no caminho começou a juntar os fatos. “Se eles sabem de tudo isso, é claro que estão escondendo de mim alguma coisa importante.”
74
Língua Portuguesa 75
viquingue: forma aportuguesada da palavra viking.
estudo da língua
Verbos irregulares: ver e vir
1 Leia a tira a seguir.
Cré
dit
os:
©2
01
4 K
ing
Fe
atu
res
Sy
nd
ica
te/I
pre
ss
As histórias de Hagar, um
viquingue, se passam em
um tempo distante, há mui-
tos séculos. Os viquingues
eram piratas que, durante a
Idade Média, faziam longas
e demoradas viagens para
explorar e colonizar áreas
da Europa e do Atlântico
Norte e, por isso, ficavam
fora de casa por longos
períodos.
BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o horrível. Porto Alegre: L&PM, 2008. v. 3. p. 13.
a) Por que Hagar está animado por chegar em casa?
b) Que elementos visuais demonstram que Hagar e seu amigo estavam viajando e tinham acabado de chegar?
2 Qual é a expectativa de Hagar quanto à recepção de Helga? Elenque os elementos dos textos verbal e não verbal que justificam sua resposta.
3 O que Hagar comentou com o amigo no primeiro quadrinho se confirma no segundo? Explique sua resposta.
11 Observando bem o discurso aplicado na última atividade, por que você acha que essas falas foram registradas com aspas, e não com travessão?
4 Reveja as expressões faciais de Hagar e do amigo no primeiro e no segundo quadrinhos. O que você acha que elas transmitem?
a)
7 Agora, releia a fala de Helga.
8 Em que modo estão as formas verbais entre, cumprimente e limpe?
( ) Indicativo.
( ) Subjuntivo.
( ) Imperativo.
9 Que efeitos de sentido essas formas assumem no texto?
Qual é o convite que ele faz ao seu amigo?
a) Qual é a instrução que ela dá ao marido recém-chegado?
b) De que maneira ela recebe Hagar? Justifique sua resposta.
( ) Carinhosa. ( ) Irritada. ( ) Acolhedora.
b)
5 O que gera humor na tira?
6 Releia a fala de Hagar.
76
Língua Portuguesa
Verbo ver
MO
DO
IN
DIC
AT
IVO
Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito
Eu vejo Eu vi Eu via
Tu vês Tu viste Tu vias
Ele vê Ele viu Ele via
Nós vemos Nós vimos Nós víamos
Vós vedes Vós vistes Vós víeis
Eles veem Eles viram Eles viam
MO
DO
IN
DIC
AT
IVO
Pretérito mais-que-perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito
Eu vira Eu verei Eu veria
Tu viras Tu verás Tu verias
Ele vira Ele verá Ele veria
Nós víramos Nós veremos Nós veríamos
Vós víreis Vós vereis Vós veríeis
Eles viram Eles verão Eles veriam
MO
DO
SU
BJU
NT
IVO Presente Pretérito imperfeito Futuro
Que eu veja Se eu visse Quando eu vir
Que tu vejas Se tu visses Quando tu vires
Que ele veja Se ele visse Quando ele vir
Que nós vejamos Se nós víssemos Quando nós virmos
Que vós vejais Se vós vísseis Quando vós virdes
Que eles vejam Se eles vissem Quando eles virem
Infinito Gerúndio Particípio
ver vendo visto
estudo da língua
Verbos irregulares: ver e vir
1 Releia este trecho:
Indique com um X os itens que correspon-dem ao significado do texto acima.
( ) Quando ela me encontrar, vai ficar doidinha.
( ) Quando ela me olhar, vai ficar doidinha.
Aposto que ela vai ficar doidinha quando me vir!
( ) Quando ela colocar os olhos em mim, vai ficar doidinha.
( ) Quando ela chegar, vai ficar doidinha.
( ) Quando ela perceber que eu cheguei, vai ficar doidinha.
2 A qual verbo corresponde à forma verbal vir, na fala de Hagar?
a) Ao verbo vir.
b) Ao verbo ver.
77
Verbo virM
OD
O I
ND
ICA
TIV
O
Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito
Eu venho Eu vim Eu vinha
Tu vens Tu vieste Tu vinhas
Ele vem Ele veio Ele vinha
Nós vimos Nós viemos Nós vínhamos
Vós vindes Vós viestes Vós vínheis
Eles vêm Eles vieram Eles vinham
MO
DO
IN
DIC
AT
IVO
Pretérito mais-que-perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito
Eu viera Eu virei Eu viria
Tu vieras Tu virás Tu virias
Ele viera Ele virá Ele viria
Nós viéramos Nós viremos Nós viríamos
Vós viéreis Vós vireis Vós viríeis
Eles vieram Eles virão Eles viriam
MO
DO
SU
BJU
NT
IVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Que eu venha Se eu viesse Quando eu vier
Que tu venhas Se tu viesses Quando tu vieres
Que ele venha Se ele viesse Quando ele vier
Que nós venhamos Se nós viéssemos Quando nós viermos
Que vós venhais Se vós viésseis Quando vós vierdes
Que eles venham Se eles viessem Quando eles vierem
Infinito Gerúndio Particípio
vir vindo vindo
3 Complete os espaços com os verbos ver e rever nos tempos do indicativo pedidos entre parênteses.
a) Eu e quantas vezes for necessário. (presente)
b) Eu e quantas vezes foram necessárias. (pretérito perfeito)
c) Eu e quantas vezes fossem necessárias. (pretérito imperfeito)
d) Eu e quantas vezes forem necessárias. (futuro do presente)
e) Eu e quantas vezes fossem necessárias. (futuro do pretérito)
78
Língua Portuguesa
5 Qual é o verbo e o tempo verbal das formas destacadas nas frases a seguir?
a) Nós vimos de São Paulo.
b) Nós vimos um bando de pássaros.
6 Preencha os espaços com a forma adequada do verbo ver e vir. Depois, marque um X no infinitivo do verbo usado em cada frase.
a) Quando ele à minha casa, terá uma surpresa.
( ) Ver. ( ) Vir.
b) Quando eu o , darei o seu recado.
( ) Ver. ( ) Vir.
c) Quando tu a São Luís, procura-me.
( ) Ver. ( ) Vir.
d) Quando nós que você realmente mudou, conversaremos.
( ) Ver. ( ) Vir.
e) Quando nós à biblioteca novamente, devolveremos os livros.
( ) Ver. ( ) Vir.
Atenção a estas conjugações dos verbos ver e vir:
• Presente do indicativo do verbo ver: ele vê (com acento); eles veem (sem acento).
• Presente do indicativo do verbo vir: ele vem (sem acento); eles vêm (com acento).
• Futuro do subjuntivo do verbo ver: quando eu vir, tu vires, ele vir, nós virmos, eles virem.
• Futuro do subjuntivo do verbo vir: quando eu vier, tu vieres, ele vier, nós viermos, eles
vierem.
4 Complete os espaços com a conjugação do presente do indicativo do verbo ver.
a) Agora, eu uma nova perspectiva.
b) Agora, tu uma nova perspectiva.
c) Agora, ele uma nova perspectiva.
d) Agora, nós uma nova perspectiva.
e) Agora, eles uma nova perspectiva.
79
Causo
PreparaçãoVocê já estudou que os contos populares e os causos fazem parte da tradição oral de
contagiá-los, para que apreciem e avaliem o conteúdo narrado.
ProduçãoAgora é a sua vez de produzir um causo. Sua tarefa será pedir a seus familiares e conhe-
cidos que lhe contem causos (engraçados, de terror, de assombração) para que você os re-
gistre, no intuito de compor uma coletânea da turma. Ela poderá ficar exposta em um mural,
ou quem sabe se tornar um pequeno livro.
Atenção! Ao transcrever os causos contados, você deve ter alguns cuidados:
-
estrutura segue uma lógica básica, na qual os personagens são “tipos humanos”, por
exemplo: o matuto, o coronel.
Não escolha textos que contenham palavras vulgares, xingamentos ou estereótipos.
Ao fazer o registro de um texto que lhe foi contado, busque manter, na versão escrita,
a vivacidade e o humor do texto oral.
AvaliaçãoAo terminar seu texto, faça uma revisão, observando os critérios a seguir.
Critérios de avaliação
A narrativa apresenta as características de um causo?
A linguagem é simples? Tem traços de oralidade?
Na narrativa, há personagens que representam tipos humanos?
produção escrita
80
Língua Portuguesa
produção de texto oral
Roda de causos
A proposta para esta produção é que você pesquise e selecione um causo bem curioso
para contar aos colegas.
Preparação1. Pesquise causos em sites de vídeos e observe bem a forma como são contados. Preste
atenção em todos os recursos usados pelo contador de causo para prender a atenção
do ouvinte.
2. Pesquise causos escritos em livros, revistas ou na internet.
3. Selecione um causo que chamou sua atenção, avaliando se ele tem as características do gênero.
4. Todos os textos devem passar pela avaliação do professor antes de serem comparti-
lhados com os colegas na roda de histórias.
ProduçãoUma vez selecionado o causo, siga as orientações para fazer uma apresentação interes-
sante, prendendo a atenção dos colegas.
1. O causo deve ser contado, não lido. Para isso, você precisa conhecer bem a história.
Portanto, leia-a várias vezes para se lembrar do enredo. Mas atenção: ela não deve ser
decorada, mas sim contada! Você pode improvisar o que não lembrar. O importante é
ser fiel ao enredo e prender a atenção do ouvinte.
2. Dê seu toque pessoal à narrativa, fazendo explicações extras ou comentários. Lembre-
-se: causos podem ser contados de forma espontânea, como se o contador tivesse parti-
cipado como personagem ou como testemunha.
3. Procure dar às palavras entonação e ritmo, como também um sotaque característico
da variante oral caipira, típicas do interior do país.
4. Lembre-se de que a marca principal do contador é prender a atenção dos ouvintes, a
ponto de contagiá-los, para que apreciem o conteúdo narrado.
AvaliaçãoDepois de realizada a roda de causos, a turma toda pode fazer a avaliação da atividade,
de acordo com os critérios seguintes.
Critérios de avaliação
O contador de causos usou a entonação e o gestual adequados aos fatos da história?
Os causos foram contados de maneira interessante?
Foram dados entonação e ritmo às palavras?
A roda de causos serviu para ampliar o repertório da turma sobre esse gênero textual?
81
Verbo ir
O verbo ir é considerado anômalo, porque apresenta grandes
irregularidades em sua conjugação. Basta observar as formas ver-
bais vou, ia, fui para perceber isso. Em algumas frases, só pode ser
identificado pelo contexto, já que se confunde com a conjugação do verbo ser, que também
é anômalo. Exemplos:
Eu fui professor. (verbo ser) Eu fui à escola. (verbo ir)
Conjugação do verbo ir
MO
DO
IN
DIC
AT
IVO
Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito
Eu vou Eu fui Eu ia
Tu vais Tu foste Tu ias
Ele vai Ele foi Ele ia
Nós vamos Nós fomos Nós íamos
Vós ides Vós fostes Vós íeis
Eles vão Eles foram Eles iam
MO
DO
IN
DIC
AT
IVO
Pretérito mais-que-perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito
Eu fora Eu irei Eu iria
Tu foras Tu irás Tu irias
Ele fora Ele irá Ele iria
Nós fôramos Nós iremos Nós iríamos
Vós fôreis Vós ireis Vós iríeis
Eles foram Eles irão Eles iriam
MO
DO
SU
BJU
NT
IVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Que eu vá Se eu fosse Quando eu for
Que tu vás Se tu fosses Quando tu fores
Que ele vá Se ele fosse Quando ele for
Que nós vamos Se nós fôssemos Quando nós formos
Que vós vades Se vós fôsseis Quando vós fordes
Que eles vão Se eles fossem Quando eles forem
Infinitivo Gerúndio Particípio
ir indo ido
estudo da língua
anômalo: fora de ordem, fora da norma; diferente da normalidade.
82
Língua Portuguesa
1 Complete com o verbo ir em tempo e pessoa adequados.
a) Hoje, eu ao supermercado.
b) Antigamente, eu ao supermercado todo dia.
c) Eu ao supermercado na semana passada.
d) Eu só ao supermercado na semana que vem.
e) Eu ao supermercado se precisasse comprar algo.
f) Espero que meu pai ao supermercado logo.
2 Reescreva as frases da questão anterior conjugando os verbos na 1ª. pessoa do plural.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
3 Analise as frases e identifique se a forma verbal destacada pertence ao verbo ir ou ao verbo ser, numerando-as conforme a seguir.
( 1 ) Ir.
( 2 ) Ser.
a) ( ) Ele foi um grande aluno.
b) ( ) Ele foi ao shopping.
c) ( ) Nós fomos ao piquenique.
d) ( ) Nós fomos espertos.
e) ( ) Quando eu for à fazenda, quero andar a cavalo.
f) ( ) Quando eu for um profissional, quero ajudar as pessoas.
g) ( ) Eu fui para muito longe naquele verão.
4 Analise as frases e complete-as com a forma verbal adequada do verbo ir.
a) Quando eu adulto, quero mudar isso.
b) Se ela honesta, não estaria passando por essa situação.
c) O que eu gostaria nesse feriado era de à praia.
d) Não se preocupe, já estou aí.
e) Se eles tivessem , talvez estivessem arrependidos.
f) Meus familiares à festa se não fosse num lugar tão longe.
83
1 Complete os espaços com a forma verbal adequada do verbo pôr.
a) Espero que nós a casa em ordem antes de eles chegarem.
b) Ele disse que as contas em dia se tivesse dinheiro.
c) Quando eles os livros na estante, poderemos usar a mesa.
d) Ele o sapato e saiu sem dizer nada.
e) Fique tranquila, nós a casa em ordem rapidinho.
f) Naquele tempo, eles alguma expectativa nos esportistas.
g) Atualmente, eles muito mais.
h) Quando eu os óculos, passei a enxergar bem melhor.
2 Escreva por ou pôr conforme a função da palavra em cada frase.
a) Vou os livros na mochila.
b) Vou as malas no carro.
c) Prefiro ir esse caminho.
d) Não quero isso nada.
e) Não chegue atrasado, favor.
f) Antes, ele vai a tarefa em dia.
3 Complete com o verbo ir nos tempos apresentados nos parênteses.
a) Eu , mas não mais. (imperfeito do indicativo/presente do indicativo)
b) Eu , mas tu não . (pretérito perfeito)
c) Eles , e nós também. (futuro do presente)
d) Eu , se todos . (futuro do pretérito/imperfeito do subjuntivo)
e) Eu , se todos . (futuro do presente/futuro do subjuntivo)
f) No ano passado, nós ao treino todos os dias. (imperfeito do indicativo)
4 Complete com a forma verbal correspondente aos verbos ver e vir conforme o conteúdo da frase.
a) Ele o filme, e eles o noticiário.
b) Ele do interior, e eles da capital.
c) Quando eu a sua pintura, darei minha opinião.
d) Quando eu aqui novamente, trarei a encomenda.
e) Ele disse que já tinha o filme.
f) Naquele tempo, nós esse filme todo dia.
o que já conquistei
84
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