amor que alimenta - correio rural de viamão · mava o meu medo, que estava por vir, numa grande...
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A rainha Tainá convida para a Festa
do Arroz com Leite.Confira a programação
e entrevistas. Página 14
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Em maio, as mães são as homenageadas. Em diversas comunidades, existem mulheres que alimentam a alma e o coração de crianças e famílias. Conheça duas dessas ações voluntárias. Página 04
Nesta edição a história continua sendo contada: os fatos de 1950 a 1959
Caderno Especial
Amor que alimenta
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Os destaques do seu diário na internetPOR SAUL TEIXEIRA
www.correiorural.com.br
CROnlineA mais acessada
Blog do leitorExclusivo no site
Entre as notícias publicadas do mês de abril, a mais lida tratou
de uma operação policial que desarticulou quadrilha que
atuava na região da Vila Elza, com desdobramentos em cidades
vizinhas e no litoral norte. Com o título “Quadrilha do ‘Aranha’
é presa em Viamão e Porto Alegre”, o texto recebeu cerca
de mil acessos em apenas quatro horas. Na oportunidade, a
reportagem do CR entrou em contato com a 1ª DP de Viamão e
entrevistou o então titular Cleiton Freitas.
Relembre:
“Realizada pela Polícia Civil, a Operação “Spider” desarticulou,
nesta quarta-feira, 4 de abril, quadrilha que liderava tráfico
de drogas, homicídios e extorsões na região da Vila Elza e
adjacências. A ação envolveu a atuação de 80 policiais da
1ª Delegacia da Região Metropolitana. Em Viamão, a 1ª DP
concentrou as atividades. Na ocasião foi preso o líder do grupo,
Jonathan Gomes, 29 anos, conhecido como “Aranha”. Ele e sua
mulher foram detidos no bairro Restinga em Porto Alegre (...)”
Agora, você também pode fazer parte da
equipe do CR! Basta enviar sua opinião, com
até 3 mil caracteres para o e-mail: jornal@
correiorural.com.br. O blog do leitor é um
expediente destinado à livre expressão e
posicionamentos, dentro dos parâmetros do
respeito mútuo, acerca dos mais variados
temas da sociedade.
Além do espaço destinado ao leitor, o site do
CR conta com outras três colunas online em
formato de blogs: O Detalhes, abastecido pelo
editor e diretor do CR, Milton Santos; o Pense
Comigo, de autoria do Dr. Eduardo Dias Lo-
pes e o Blog dos Esportes, de responsabilida-
de do jornalista Saul Teixeira. Acesse http://
correiorural.com.br/category/blogs/e confira.
Motivo de regozijo para qualquer veículo de comunicação, as chamadas
“matérias exclusivas” se caracterizam no ponto máximo da atividade
jornalística. Neste mês, ao menos duas notícias se encaixam neste perfil
e revelam uma marca que acompanha o CR desde a sua fundação: o
compromisso de bem-informar. A primeira delas aborda a inauguração da
nova sede da Defensoria Pública de Viamão, enquanto a outra destaca a
expectativa do Corpo de Bombeiros em relação ao aumento de seu efetivo.
Relembre:
“Após cinco anos em prédio locado, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul inaugurou, na manhã dessa terça-
feira, 10, a nova sede da instituição no município. O ato contou com a presença da defensora pública-geral do
Estado Jussara Acosta, entre outras autoridades estaduais e de Viamão (...)”;
“Realizado no mês de março, o concurso da Brigada Militar selecionou 2.100 novas vagas, sendo 600 para o
Corpo de Bombeiros. Deste montante, cerca de 30 soldados serão destinados às cidades que integram o 8° CRB
(Comando Regional de Bombeiros), no qual a corporação de Viamão está inserida. Entretanto, aumento do efetivo
local ainda não está definido (...)”
Editorial
Vulnerabilidade social e campanhas comunitáriasA EDiçãO QuE ORA O LEiTOR TEM NAS MãOS, TRAz DuAS REPORTAgENS as quais abordam
um tema latente no município e que precisa constante aprofundamento uma vez que o seu fulcro
requer atenção permanente. Trata-se da tão falada vulnerabilidade social, que está presente na
maioria dos aglomerados habitacionais que crescem ao redor da cidade. Famílias que vivem na
mais completa miséria sob amontoados de madeiras e panos, sem ter o que comer e o que vestir
para atender um mínimo de sustento e proteção do corpo, sem condições de chegar a um atendi-
mento efetivo e completo às necessidades de saúde e de educação.
Sabe-se, de sobejo, que a situação foge do controle dos órgãos governamentais os quais, dentro de
suas limitações, procuram dar atenção a esse grave problema. Porém, é tão complexa e deteriorada
a situação que debelá-la de todo é tarefa hercúlea. Restam ações paliativas que em nada resultam
de concreto, levando a uma simplória e jocosa comparação como apagar um incêndio usando conta-
-gotas. Resta, senão, a solidariedade quando pessoas da mesma comunidade que abriga os necessi-
tados, unem-se em gesto voluntário e saem em busca de auxílio. Contam, nesta oportunidade, com a
colaboração de entidades filantrópicas, sociedades benemerentes, clubes de serviços, igrejas e outras
instituições, o que não autoriza a desmentir a condição de paliatividade. A esta atitude voluntária de
doação de alimentos e roupas, soma-se a afetividade, o carinho, a palavra amiga, o incentivo, aquele
algo mais de amizade e amor que, às vezes, nutre não só o organismo, mas a alma e o coração.
A reportagem do CR foi a duas localidades em que os casos de vulnerabilidade afloram e aonde também
a solidariedade se faz presente. No loteamento denominado Castelinho, dona Dionísia, com auxílio de
outras senhoras e jovens, mantém a alimentação de quase 70 crianças, de forma voluntária em sua
morada que a transformou na já conhecida Casa da Sopa. Além disso, distribui mais de 100 cestas
básicas a famílias. Ações que têm auxílio da igreja católica e do centro budista. Na outra localidade
focada, o Jardim Estalagem, há a atividade sistemática da igreja através das irmãs da Comunidade
Nossa Senhora Medianeira que, organizadas em pastorais e com o engajamento de mães voluntárias e
missionárias, idealizam projetos e expandem campanhas comunitárias junto às famílias e aos jovens.
Tenham uma boa leitura e reflitam sobre o assunto.
a esta atitude voluntária de doação de alimentos e roupas, soma-se a afetividade, o carinho, a palavra amiga, o incentivo, aquele algo mais de amizade e amor que, às vezes, nutre não só o organismo, mas a alma e o coração.
opinião – Eduardo dias lopEs
MaternidadeLembro bem da dona Sara, a minha mãe, que foi tudo em
momentos especiais de minha vida. Quando eu era criança,
ela tranquilizava meu choro, eliminando as dores e transfor-
mava o meu medo, que estava por vir, numa grande coragem
para enfrentar todos os momentos difíceis que a vida poderia
me trazer.
O menino cresceu e o homem continuou a receber da sua mãe
todo o apoio e força necessários para poder enfrentar suas bar-
reiras e transpor limites. A dona Sara, de mãe zelosa e pro-
tetora tornou-se a amiga especial, mantendo sua capacidade
maior de, num pequeno afago e com poucas palavras, trazer
conforto para o sofrimento e muita força para o filho enfrentar
as barreiras que se interpunham em seu caminho.
Vejo hoje, com saudade, a grande inspiração pois sei que
ela, esteja onde estiver, repete suas palavras de maior apoio,
quando me dizia: Filho! Sou tua mãe e sempre estarei pronta
para, junto contigo, enfrentar tudo o que terás pela frente.
Deus levou dona Sara para junto dele. De lá sei que não só
a este filho, mas a outros, ela estará protegendo e cuidando,
como muitas mães hoje por aqui protegem seus filhotes e os
preparam para seguir seus caminhos do amanhã, enfrentando
o mundo e fazendo da vida um caminho de luz e crescimento.
Olho para minhas duas filhas que já são mães e vejo nelas
a força que a minha mãe era capaz de impor em tudo o que
fazia, pois é nestas mulheres que encontramos a força maior
desta existência. Em seus exemplos de carinho e na expressão
de seu amor é que o mundo fica mais belo, empurrando a
humanidade para o amanhã promissor de todos aqueles que
sabem viver e exercitar o amor em todas as suas atitudes.
O dia 29 de março marcou a chegada da Valentina, minha
terceira neta, filha da Sabrina. Desde o primeiro chorinho
da Valentina vi o brilho mais lindo no rosto de minha filha,
aquele sorriso de beleza extrema que somente as mulheres
iluminadas pela maternidade são capazes de transmitir.
Lembrei quando há nove anos chegaram minhas duas primeiras
netas e também coloriram a fisionomia de minha filha Patrícia
com uma luz que jamais vai se apagar. A presença de um filho,
para a vida de uma mãe, é algo que transcende a própria vida e
sempre vai elevar a todos para mais próximo da divindade.
A maternidade é um dom. Aquelas mulheres que já viveram
esta experiência sabem muito bem o que isso significa. A vida
passa a ser mais bela logo após a chegada das crianças que
vêm para colorir e alegrar a existência de todos.
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No núcleo residencial Castelinho, no Caminho do Meio, dona Dionísia Machado
mantém a “Casa da Sopa”. Ali ela alimenta 68 crianças e distribui cestas básicas para
120 famílias com auxílio da Igreja Católica, do Centro Budista e doações anônimas.
P O R M I L T O N S A N T O S
F O T O S V I N Í C I U S S A N T O S
EspECial
Obrigado Senhor! Obrigado, Senhor, pela mãe que você me deu ...
... por todas as Mães do mundo ... pelas mães brancas, de pele alvinha...
... pelas pardas, morenas ou bem pretinhas ... ... pelas ricas e pelas pobrezinhas...
... pelas mães-titias, pelas mães-vovós, pelas madrastas-mães ... pelas professoras-mães...
... pela mãe que embala ao colo o filho que não é seu... ... pela saudade querida da mãe que já partiu...
... pelo amor latente em todas as mulheres, que desperta ao sentir desabrochar em si uma nova vida...
...pelo amor, maravilhoso amor que une mães e filhos... Eu lhe agradeço, Senhor!
(Charlesk)
O mês de maio se aproxima. É um mês forte no calendário
gregoriano. O histórico diz que o seu nome é derivado da deusa
romana Bona Dea, da fertilidade. Outras versões apontam que a
origem se deve à deusa grega Maya, mãe de Hermes. Sob o anti-
go regime francês era de costume plantar um “Maio” ou “árvore de
Maio” na honra de alguém. No Condado de Nice, moças e rapazes
“giravam Maio” ao som de pífano e tambor, ou seja, dançar as “ron-
das de Maio” ao redor da árvore de Maio.
Muitos poetas, compositores, escritores, músicos já dedicaram
loas e melodias para enaltecer o mês de maio. Por exemplo,
Almir Sater musicou seus versos em “Mês de Maio”, que diz
assim: “Azul do céu brilhou/ E o mês de maio, enfim chegou/
Olhos vão se abrir, pra tanta cor/ É mês de maio, a vida tem seu
esplendor/ A luz do sol entrou/ Pela janela e convidou/ Pra tarde
tão bela, e sem calor/ É mês de maio, saio e vou ver o sol se por/
Horizonte, de aquarela, que ninguém jamais pintou/ E um enxa-
me, de estrelas, diz que o dia terminou...”.
Maio é o mês de Maria, mãe de Jesus Cristo, segundo a igreja Cató-
lica que, igualmente, a 13 de maio celebra Nossa Senhora de Fátima.
Este mês guarda, também, datas comemorativas, por demais conhecidas:
Dia do Trabalho ou do Trabalhador, a 1º; dia da abolição da escravatura, a 13,
além de outras, como dia do Enfermeiro (12), dia da Família (15), dia do geólogo
(30), dentre tantas. O mês de maio é chamado de o Mês das Rosas e de o Mês das Noivas.
Mas as maiores comemorações deste mês, sem dúvida, voltam-se para as Mães, com data de celebração no segundo
domingo. Há quem diga, porém, que o “Dia das Mães” são todos os dias.
Palavras também não faltam para enaltecê-las. Estas: “Ser Mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do
amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na Terra” (Barbosa Filho); “O amor de mãe é o combustível que
capacita um ser humano comum a fazer o impossível” (Marion garretty); “Somos todas mães adotivas, sejam elas
geradoras ou postiças...A verdade é que a mãe biológica dos nossos filhos é a vida” (Paloma Muniz); “Os braços de
uma mãe são feitos de ternura e os filhos dormem profundamente neles” (Victor Hugo).
Com esta reportagem, o CORREiO RuRAL está fazendo uma homenagem às mães, mostrando mulheres que desen-
volvem ações sociais voltadas ao bem-estar de famílias e, principalmente, a jovens e crianças em comunidades que
têm carências nos mais diversos aspectos de seu dia-a-dia. Pode-se dizer, generalizando, que estas mulheres são
verdadeiras mães, abraçando as causas da comunidade e entregando suas energias, de forma voluntária e denodada,
para saciar a fome e a sede, para alcançar uma palavra de incentivo e de conselho, um ombro amigo para o consolo
e uma mão forte para o amparo. Além de um coração enorme, latente, cheio de amor e carinho.
Maio, do trabalho, das rosas, das noivas.Maio, das mães
sozinhos na rua”“Conversamos, deus e eu,
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À margem da estrada do Caminho do Meio, via que liga Viamão a Porto Alegre, está
assentado um núcleo residencial denominado de Castelinho. Esta comunidade ali
instalada há 10 anos, em local que era de caráter particular mas que foi ocupado
e logo a seguir devidamente regularizado pela municipalidade viamonense, que fez
a compra da área por entender que era justa a reivindicação das famílias que ali
estavam em busca de um lugar decente para morar. Com várias ruas calçadas com
paralelepípedos, tendo os serviços de abastecimento de água e de energia elétrica,
servido por algumas linhas de ônibus, o núcleo habitacional Castelinho abriga uma
boa quantidade de residências e casas comerciais.
Ali reside a sra. Dionísia de Oliveira Machado. Sua casa, num local alto do povoado,
está bem-desenhada no visual de quem ali convive e dos que passam pela rua, pois
embora modesta, exibe na parte fronteira, por um justo e nobre motivo, o nome de
“Casa da Sopa”. Ali, três vezes por semana, cerca de 70 crianças ganham lauto
almoço cujo cardápio é uma sopa onde não faltam a batata, a cenoura, o repolho, en-
fim, os ingredientes essenciais que vão ao fogo em vários panelões e sob os cuidados
de dona Dionísia e suas colaboradoras, algumas mães da comunidade. Os ingredien-
tes vêm de diversos doadores, a maioria anônimos, mas que nunca falham. Mas além
da sopa, dona Dionísia faz, mensalmente, a distribuição 120 cestas básicas para as
famílias cadastradas na Casa da Sopa. Os artigos para as cestas chegam através de
um programa desenvolvido pela igreja Católica na região da Vila Augusta e do Parque
Índio Jari. Ao lado da Casa da Sopa há um outro prédio, em terreno conseguido por
moradores da comunidade. Este espaço acolhe um grupo de jovens para aulas de
informática, que são ministradas por um professor voluntário.
A reportagem do CR encontrou dona Dionísia montando as cestas básicas e com
o fogão de barro aceso cozinhando a sopa que seria servida ao meio-dia para as
crianças. Sem parar a tarefa, ela foi falando a respeito de seu trabalho voluntário:
“Há onze anos eu juntava papel nas ruas. um dia fiz uma promessa para Deus,
que se um dia eu melhorasse de vida me dedicaria a ajudar as crianças. Hoje não
sou bem de vida, mas graças a Deus meu marido tem um emprego, termos os
filhos grandes todos bem-criados, tenho oito netos. Esta casa é minha construída
com meu esposo. Também faço trabalho de artesanato e agora passarei a cozinhar
para a creche que está abrindo aqui no Castelinho. Então, fiz esta promessa e em
seguida fui para o templo budista, que é nosso vizinho aqui, e comecei a fazer
artesanato. um dia contei para os que estavam ali que eu tinha como promessa
ajudar as crianças e fiquei pensando como iria fazer. iniciei então o trabalho junto
com uma amiga. Quase que diariamente rumávamos para a Ceasa, de ônibus, para
recolher alimentos. Vínhamos de lá com sacolas e sacolas. Comecei a fazer a sopa
num fogo de chão, pois ainda não tinha o fogão, que foi doado por amigos da co-
munidade. Estes três panelões onde cozinho a sopa hoje, ganhei através da Rede
do Bem”, disse Dionísia.
As crianças que vão na Casa da Sopa três vezes por semana são todas residentes
no Castelinho e estão devidamente cadastradas. “Estas crianças vêm aqui de livre
e espontânea vontade, junto com suas famílias, e a gente prefere que elas fiquem
aqui conosco. Suas famílias, também cadastradas, são olhadas por nós e todos os
meses a igreja Católica, lá do Jarí, nos dá as cestas básicas para distribuir a elas.
As crianças que estudam de manhã, vêm para cá à tarde, e os que estudam à tar-
de ficam conosco pela manhã até o meio-dia. Elas ficam sempre junto da gente”,
explica Dionísia.
Perguntada sobre a vontade de crescer no empreendimento social, Dionísia afir-
mou que é a sua intenção para ajudar mais crianças e famílias. Com ar de felici-
dade e mostrando emoção, ela diz: “Pretendo crescer nesta tarefa. Não crescer em
bens materiais, mas sim no sentido de ajudar mais e mais e, um dia, ter o orgulho
de ver todas estas crianças criadas para o bem, cidadãos do bem. Não cidadãos
de muito dinheiro, mas que sejam pessoas trabalhadoras, honestas, que se possa
um dia, com amizade, relembrar os instantes que vivemos aqui. Faço este trabalho
pensando nestas crianças e no futuro”.
Ela, com lágrimas nos olhos, conta que tem problemas cardíacos, que já fez um
cateterismo e sofreu um AVC que a deixou oito meses com sequelas. “Fiz a pro-
messa para Deus. Conversamos Ele e eu sozinhos, na rua e aqui estou graças a
Deus. Tenho sempre quatro amigas para me ajudar”.
na doação, uM trabalho dE aJudaClory Lucia Ramos da Rosa é uma das mães que
está sempre ao lado da Dionísia no preparo da
sopa das crianças e na confecção de artesanato.
Ela falou à reportagem do CR sobre este trabalho:
“Há quatro anos moro no Castelinho e comecei a
vir para a sopa porque tive uma dificuldade muito
grande na minha vida e por falta de recursos meus
filhos não tinham o que comer. Então me aproximei
da ´tia da sopa´, mandei meus filhos e comecei a ver que era um trabalho
muito interessante e muito importante, onde as crianças e as mães tinham
onde se apoiar. Dionísia é uma pessoa que cuida das famílias, é uma mãe
para todos, daqui ninguém sai com as mãos abanando. Tenho quatro filhos e
estou aqui ajudando. Aqui é a minha família. Quem vem aqui aprende a se
doar. Os meus filhos gostam muito”.
rEFErênCia MatErna E CoMunitáriaAos 22 anos, Jaciara da Costa tem na mãe uma
referência. Morando no Castelinho há três anos,
ela ajuda dona Dionísia na lida semanal com as
cerca de 80 crianças, além de ser a filha mais
próxima, já que seus outros cinco irmãos moram
na cidade de Montenegro, região metropolitana de
Porto Alegre.
Dividindo a atenção entre as atividades na cozi-
nha e a entrevista prestada ao CR, ela elenca a série de características que
fazem de sua mãe a personalidade mais importante da região: “O bem que
minha mãe faz para a comunidade é impressionante. Ajudar o próximo é a
maior lição que nos dá diariamente. Tenho um filho de quatro anos e estou
educando ele como fui educada”, destaca a jovem, de maneira tímida.
Amiga de infância de Jaciara, Pamela da Silveira Rosa é moradora do Cas-
telinho há quase uma década. Mãe de um menino de 2 anos, ela conta que
atualmente, o seu irmão mais novo frequenta o mesmo espaço que marcou
sua infância: “Muita sopa tomamos na dona Dionísia. Ela é uma referência
que levaremos para sempre”, salienta, fazendo referência aos seus outros
sete irmãos que também tiveram na generosidade de dona Dionísia um alen-
to aos anos de dificuldades enfrentados pela família.
Conforme Pamela, sua mãe também atuou como ajudante no improvisado
“centro social”, deixando a sua marca no belo trabalho social desenvolvido:
“É como se fosse uma segunda casa. Minha mãe é muito amiga da dona
Dionísia. Várias crianças se alimentam aqui e devem muito a Casa da Sopa.
O ideal seria que todas as comunidades pudessem contar com alguém como
a dona Dionísia”, completou.
Que recado Dionísia Machado, de 58 anos, daria às mães? “As mães que tra-
zem os filhos ao mundo, pensem bem: eles não vêm sozinhos. Por isso, que
tenham a felicidade de terem seus filhos por perto para, assim, viverem bem,
com amor, com carinho. Hoje vemos muitas crianças jogadas no mundo. Então,
que cuidem de seus filhos, há muitos recursos ao alcance das mães, é só apro-
veitar. Que tenham todas, muitas felicidades”.
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saúdEruralmília. É um trabalho bonito, sendo que as crianças regam as árvores todos os dias.
Agora vamos entregar mensagens a todas as famílias na intenção de conscientizá-
-las para esta operação do meio ambiente e sobre outros assuntos e os valores da
vida”, enfatizou a irmã Olga.
A reação da comunidade não poderia ser diferente do que o otimismo, conforme
relata a irmã Shirley Mattos: “Com o passar do tempo a gente vai vendo o resultado
e é por aí que temos de dar continuidade. A gente custa a mudar certos costumes,
mas o mais importante é realizarmos o trabalho com fé, atuando no sentido social
pois as pessoas custam a reagir. Há um esforço de toda a comunidade”. Lá no
Jardim Estalagem há um chega e sai de famílias, pelo que, presume-se, torna-se
difícil a implantação de um trabalho que permaneça, fato explicado pela irmã Shir-
ley: “A cada família que chega temos que começar tudo outra vez. Trabalhamos
com a Pastoral da Criança e vemos que as famílias mudam de endereço e não se
interessam mais”.
A Campanha da Fraternidade deste ano dá ênfase à Saúde. A irmã Rosa Fiorezze
dá a dimensão de como é a chegada nas famílias para tratar de assuntos relaciona-
dos com o tema: “Tem famílias que recebem muito bem a gente, mas têm outras
que ficam dentro de casa, dentro de seus terrenos sem dar muita conversa, olhan-
do a gente na fresta das portas e das janelas. A chegada é difícil naquelas famílias
mais arredias, mas com jeito a gente consegue travar uma boa conversa. Mas um
trabalho bem importante é aquele de visitar os doentes, passando nas casas se-
manalmente”. Ela falou, também, que muitas famílias quando precisam procuram
as irmãs. E é uma dedicação que requer um grande amor, uma doação sem fim,
como é explicado pela irmã Rosa: “A gente precisa de muita força, pois sem se
apiedar ninguém consegue, sem buscar uma oração não se consegue chegar lá e
fazer alguma coisa. Nosso objetivo é ir em busca dos mais necessitados, princi-
palmente estes doentes que não têm acesso a um atendimento melhor. Vamos aos
pouquinhos pois não temos recursos maiores”.
trabalho VoluntárioLogicamente, toda esta atividade envolve não só as irmãs, mas também várias
mães que estão sempre ligadas à comunidade. São reconhecidas como missioná-
rias e gostam muito da ação desenvolvida pelas irmãs, conforme relata Carolina
Cordone, ligada à Pastoral da Criança: “Ser mãe é amor, mãe é amar, são duas
palavrinhas simples e pequenas, mas de um valor incalculável. Então fazemos as
caminhadas e vamos contatando com aquelas mães pobres cadastrando-as. Numa
dessas caminhadas vimos uma mãe jovem tendo aos braços uma criança, com
muito carinho, um filho com certa deficiência. Ela falou tudo com muito amor, com
muita esperança e disse que o pai havia abandonado. A gente precisa dar atenção
a essas mães, a essas crianças, sempre com muito amor, com muito carinho”.
Claudia Vollmer é outra mãe que se dedica às famílias e o seu trabalho é a busca,
separação e distribuição de cestas básicas de alimentação. Ela conta como é: “São
70 famílias que recebem as cestas básicas. Os produtos vêm de outra igreja, lá
na vila Augusta, através de um programa do governo que beneficia a quatro ilhas.
Esses grupos são chamados de ilhas e nós somos uma delas. Beneficiamos a estas
pessoas carentes para que elas tenham, pelo menos por alguns dias, um tipo de
alimentação com verdura, com carne, com frutas. O mais importante é que estas
pessoas ganham a oportunidade também de realizar cursos, alcançar a empregos,
mas tem muita gente desinteressada”.
Mãe de quatro filhos, Claudia diz que eles assimilam todo este trabalho e até
acompanham com muita atenção. Mas ela se comove ao ver a situação de outras
crianças: “Tem criança que às vezes chega com a mãe aqui no salão, pega uma
banana e eu já alcanço duas a mais porque eu acho muito lindo ver uma criança
se alimentar. Se me perguntarem se essa situação faz doer meu coração, digo que
dói é chegar numa rua, oferecer uma banana e mãe dizer “isso é banana verde”.
Eu respondo que banana verde amadurece é só esperar um pouquinho”. Claudia
estava com o filho Tiago, que não quis falar à reportagem.
Leandrina Barbosa está ligada mais às celebrações, preparando as leituras na mis-
sa, os cantos, enfim a preparação litúrgica. Ela coordena a formação dos missioná-
rios leigos e fala sobre a atuação destes: “Os leigos ajudam as irmãs e incremen-
no cuidado às árvores, nasce o amor e cresce a solidariedadeDesde os anos 1980, faz parte da estrutura urbanística de Viamão o núcleo ha-
bitacional Jardim Estalagem. Assentado de forma regular à margem da antiga es-
trada que leva ao Passo do Vigário, aquele loteamento teve oficializado o nome
de suas ruas pela lei 1733, de 22/7/1982. Entre muitos problemas, inerentes a
conglomerados habitacionais, cresceu o Jardim Estalagem e hoje se constitui uma
comunidade a qual dispõe a servi-la os segmentos necessários para uma vida digna
e aceitável dos seus habitantes. O comércio é suficiente, há uma escola estadual
de ensino fundamental, assim como o transporte coletivo está com linhas regula-
res. A municipalidade dá atendimento naquilo que está ao alcance e o que é mais
reclamado, hoje, diz respeito ao estado do calçamento das ruas.
Pode-se dizer que há ali, no Jardim Estalagem, uma luta contínua pela busca de
solução para as necessidades gerais. Os moradores unem-se formando grupos de
atividades beneficentes, de lazer, de recreação, de cunho sócioecológico, etc. Ali
está instalada a Comunidade Nossa Senhora Medianeira, das irmãs de Jesus Cru-
cificado, ligada à igreja Católica, a qual reúne moradores e organiza pastorais que
auxiliam nas diversas atividades, como por exemplo: projeto meio ambiente, visitas
domiciliares, curso de trabalhos manuais para mulheres, trabalho educativo com
jovens e crianças, atendimento a pessoas enfermas, programa de alimentação com
cidadania para 70 famílias (em andamento), promoção de festas, mutirões, além
de preparar famílias para as pastorais do batismo, da criança e do batismo, assim
como formação de lideranças e missionários leigos.
A irmã Olga Schwade conta que todos os trabalhos desenvolvidos no Jardim Es-
talagem são importantes, mas cita o mais importante na atualidade: “Diante da
realidade em que estamos vivendo, é o projeto meio ambiente que temos trabalha-
do bastante, na escola, lá no CTg também, para que possamos mudar um pouco
essa realidade a fim de dar melhor vida e mais saúde para esse povo”. Para quem
não está inteirado das coisas do Jardim Estalagem, a situação está bem difícil,
conforme relata a irmã: “Está bem difícil, mas já melhorou bastante em relação há
três anos, mas tem muito por fazer. Por exemplo, num terreno destinado à praça,
aqui ao lado da igreja, está crescendo uma vila, cheia de casebres, sem estrutura
alguma, sem água, sem luz, sem escoamento para esgoto, banheiro nem pensar.
Nós plantamos mais de vinte árvores num dos lados da praça, com um grupo de
famílias. Cada família assumiu uma árvore e deu nome a esta. Tem a árvore da
acolhida, a árvore do respeito, a árvore da alegria, enfim, cada uma cuidada por fa-
“DIANTE DA REALIDADE EM qUE
ESTAMOS VIVENDO, é O PROjETO
MEIO AMBIENTE qUE TEMOS
TRABALhADO BASTANTE, NA ESCOLA,
Lá NO CTG TAMBéM, PARA qUE
POSSAMOS MUDAR UM POUCO ESSA
REALIDADE A FIM DE DAR MELhOR
VIDA E MAIS SAúDE PARA ESSE POVO”
Grupo dE irMãs E Voluntárias da CoMunidadE do JardiM EstalaGEM EM FrEntE à CapEla nossa sEnhora MEdianEira.
2 7 d e a b r i l 2 0 1 210 11
EsCola tEM partiCipaçãoA Escola Estadual de Ensino Fundamental Antonio de Sousa Neto já está
no Jardim Estalagem há bom tempo. Através de sua direção, professores,
funcionários e alunos, a escola é uma unidade que está sempre pronta a
colaborar com as campanhas pela comunidade, conforme salienta a Su-
pervisora Pedagógica, professora zenilda Salerno: “Este trabalho das irmãs
e das missionárias é importantíssimo sobre o meio ambiente. Reflete aqui
dentro da escola, porque os alunos trazem consigo este desenvolvimento,
vindo com sentido de preservação, consciência sobre o consumo racional da
água e cuidados com a conservação de hortas e jardins. Estamos plantando
árvores e flores, fazendo um jardim, e eles ajudam a cuidar. Nós também tra-
balhamos os alunos em sala de aula a respeito do meio ambiente e, assim,
fazemos uma ação conjunta para ajudar a comunidade. A maioria dos pais
está gostando do que vem ocorrendo”. É diretora da escola é a professora
Luciane Allem.
tam os trabalhos pois são muitos os lugares para estar todo o tempo. Por exemplo,
nas Missões, no ano passado, a gente saía às ruas para levar as mensagens. Enfim,
fazemos as visitas gerais”. Os missionários se reúnem mensalmente e Leandrina
diz que ali são conhecidos os problemas que surgem na comunidade: “Durante a
reunião a gente comenta coisas da comunidade, reportagens que se vê na televisão
e que dizem respeito àquilo que se pode melhorar no auxílio àqueles que necessi-
tam. Por exemplo, esta questão do meio ambiente. Desde que eu entrei para este
trabalho, apesar de insistirmos, vemos que muitas coisas regrediram. As pessoas
continuam colocando o lixo nas esquinas. Seria preciso a instalação de contêine-
res, talvez, pois nossa Estalagem está ficando suja outra vez”.
Da Pastoral do Batismo estava na entrevista Elisângela Coelho, acompanhada da
filha isabelle, de cinco anos. Ela diz que o retorno é fraco: “Os pais e padrinhos
batizam as crianças e depois não voltam mais para a igreja. Poucos voltam, dá
para contar. Eles vêm para batizar mas é só para tirar a foto lá no altar e depois
mostrar que estão bonitos. Acredito que esses pais terão dificuldade para educar
seus filhos deixando-os longe de uma instrução religiosa”. isabelle disse que vai
na igreja para ensaiar os cantos e que gosta de dançar. Deixou gravada a sua voz:
“Mãe eu te amo!”.
Carlos de Deus Basquer estava presente junto com sua filha Liriel, dez anos. “É
muito bonito este trabalho das irmãs e das voluntárias, um exemplo de vida. A me-
lhor maneira de ajudar é contribuir e assim teremos uma Estalagem melhor”, disse
Carlos. Já a sua filha Liriel abriu o coração dizendo o que é mais importante para a
sua vida: “importante é saber que há pessoas que cuidam daquilo que a gente tem
ao nosso redor. Participei do plantio das árvores, venho todos os dias molhar, cuido
da vidinha delas. Cresceram e estão na altura das canelas”.
“é MUITO BONITO ESTE
TRABALhO DAS IRMãS E DAS
VOLUNTáRIAS, UM ExEMPLO
DE VIDA. A MELhOR MANEIRA
DE AjUDAR é CONTRIBUIR
E ASSIM TEREMOS UMA
ESTALAGEM MELhOR”
ZEnilda salErno E luCianE allEM
2 7 d e a b r i l 2 0 1 212 13
COMO SEMPRE OCORRE, uMA AMPLA PROgRAMAçãO ESTá PREPARADA a
qual envolve atividades variadas, desde passeios ecológicos, mostra de artes e
shows musicais. Durante o evento, no parque, exposição de produtos, parques de
diversão e farta praça de alimentação. Veja a programação:
Dia 4 De maio, sexta-feira:
9 horas, abertura do Parque e recepção de alunos das escolas viamonenses; 10
horas, recreação com o SESC e oficina de Educação Alimentar com a nutricionista
Ludana Scavone, do EgAS; 11 horas, trilha ecológica com a Quinta da Estância;
14 horas, recepção de alunos das escolas e Concentração de Cavalos Machos, com
o Núcleo Viamão de Criadores de Cavalos Crioulos; 15 horas, recreação SESC; 16
horas, trilha ecológica com a Quinta da Estância e oficina de Educação Alimen-
tar com a nutricionista Ludana Scavone, do EgAS; 20 horas, show com o grupo
Matizes; 22 horas, show com Cesar Oliveira e Rogério Melo; 24 horas, show com
Jonathan e Matheus.
Dia 5 De maio, sábaDo:
7h30min, Exposição Morfológica do Cavalo Crioulo com o NVCCC; 9 horas, aber-
tura do parque e oficina com boas práticas em alimentação a base de arroz com
Cleusa Amaral, do irga; 10 horas, oficina de derivados do leite, com a Emater;
10h30min, paçoca de charque no pilão, com o Quilombo Peixoto dos Botinhas; 11
horas, palestra sobre inseminação artificial em bovino, com a Emater; 11 horas,
cerimônia de abertura oficial da festa; 13h30min, palestra com Claudio Pereira,
irga; 14 horas, oficina de derivados do leite com Andréa Makris, da Queijaria Cam-
pos do Sítio; 15 horas, palestra sobre pastagens, com a Emater, e corrida rústica;
16h30min, oficina de massas caseiras, com o Clube de Mães Solidárias do Espi-
gão; 17 horas, palestra sobre a importância nutriconal do arroz na alimentação com
Cleusa Amaral, do irga; 21 horas, show com Kamila e Banda; 22h30min, show
com Carmen Dubben; 24 horas, show com Ernesto e Neto Fagundes; 1h30min,
show com o grupo Karaguatá.
Dia 6 De maio, Domingo:
7h30min, provas funcionais de Cavalos Crioulos; 9 horas, abertura do parque;
15h30min, show com Maico Lucca; 16h30min, show com Balanço do Tchê; 17
horas, show com Expresso Tchê; 19 horas, show com The Travellers.
EVEnto
Nos próximos dias 4, 5 e 6 de maio, no Parque de Eventos do Sindicato Rural de Viamão, na RS/040, Passo da Alexandrina,
acontece a 6ª edição da Festa do Arroz com Leite, que tem a organização da empresa Okara Publicidade e Promoções, pro-
moção do Sindicato Rural e Prefeitura Municipal, apoio Sindilojas, Fecomércio, SESC, NVCCC, patrocínio de diversas empre-
sas, Câmara Municipal de Viamão, Banrisul e Corsan.
é uma festa que, a cada ano, vem crescendo em importância, pois aos poucos vai agregando mais parcerias para amostragem
das potencialidades viamonenses nos segmentos do comércio, da indústria, da prestação de serviços e da agropecuária, esta
alicerçada na dupla que dá nome à festa: o arroz e o leite, ambos lideranças na produtividade no município. Além, é lógico,
de dar notoriedade ao sabor do doce que tem nestes dois produtos a matéria-prima: o arroz de leite.
o doce sabor da Festa do Arroz com Leite
“Queremos convidar a população via-
monense para participar da Vi Festa
do Arroz com Leite, que acontece nos
dias 4, 5 e 6 de maio, no Parque de
Eventos do Sindicato Rural, na para-
da 69, ERS 040, km 17. A festa vai
contar com shows de Rogério Melo,
Ernesto e Neto Fagundes, The Travel-
lers, além de exposições de artesa-
nato, oficinas culinárias, feira tecno-
lógica, entre outras coisas. A festa é
importante para Viamão, pois fomenta
a tradição e a cultura do município. Lembrando que a festividade é uma
realização da Prefeitura de Viamão em conjunto com o Sindicato Rural”.
Alex SAnder AlveS BoScAini – Prefeito MuniciPAl de viAMão
“Temos certeza de que muito em bre-
ve a Festa do Arroz com Leite estará
entre as maiores festas de nosso Esta-
do. Para isso temos trabalho em par-
ceria com as entidades organizadoras
desta que já é a maior festa de nosso
município. Por isso convidamos a to-
dos os viamonenses para que presti-
giem, nos dias 4, 5 e 6 de maio, no
Parque de Eventos do Sindicato Rural
de Viamão, toda a força e a pujança
de nossa economia”.
vereAdor erAldo roggiA - PreSidente dA câMArA MuniciPAl de viAMão
CaValo Crioulo na pista dE proVasA diretoria do Núcleo Via-
mão de Criadores de Cavalos
Crioulos – NVCCC e o Sindi-
cato Rural de Viamão, dentro
da Festa do Arroz com Lei-
te, realizam a solenidade de
inauguração da Pista de Pro-
vas Funcionais, no interior do
Parque de Eventos, no dia 06
de maio, às 12 horas. É um
momento de relevância, não só para a festa, mas para todo o município,
devido a importância sócio-econômica que o Cavalo Crioulo ocupa em toda
a região. uma união de relevância entre o Sindicato Rural e o NVCCC.
ii outonalDurante a realização da Festa do Arroz com Leite, o Núcleo Viamão de Cria-
dores de Cavalos Crioulos realiza o ii Outonal de Viamão, com a seguinte
programação no Parque de Eventos:
• Dia4demaio,sexta-feira,às14horas,ConcentraçãodeMachos,coma
coordenação do técnico da ABCCC, Marcelo Montano Coelho.
• Dia5demaio,sábado,ExposiçãoMorfológica,tendocomojuradoosr.
álvaro Dumoncel, começando às 7h30min, com admissão dos animais;
9h30min, julgamento morfológico; 14 horas, exposição morfológica; 18
horas, entrega dos troféus.
• Dia6demaio,domingo,ProvasFuncionais,apartirdas7h30min,com
admissão dos animais; 9h30min, prova freio-jovem; 12 horas, inaugura-
ção da pista de provas; 14 horas, continuação da prova freio-jovem; 15
horas, prova Movimiento a la Renda; 16h30min, campereada.
2 7 d e a b r i l 2 0 1 214 15
A Festa do Arroz com Leite tinha uma carência: fal-
tava-lhe a indicação de uma rainha e princesas que
formassem a tradicional corte de recepção, presente
em todas as programações similares pelo Brasil afora.
O toque da beleza feminina dando mais charme, mais
graciosidade ao evento.
Mas antes tarde do que nunca. No início deste ano,
os promotores do evento, Sindicato Rural e Prefeitura
Municipal proporcionaram a oportunidade de escolha
da rainha e das princesas da 6ª Festa do Arroz com
Leite, através da Secretaria de Cultura. Foram eleitas:
Tainá Pedrozo, a rainha; Lisketelen Pedroso e Cris-
tiany Miranda, as porincesas, que estarão nos dias 4,
5 e 6 de maio abrilhantando o evento com muita graça
e beleza.
Na manhã radiante e ensolarada de sábado, feriado,
21 de abril, no imenso paraíso verde da EscolasTéc-
nica de Agricultura, no Passo do Vigário, a reporta-
gemn do CR entrevistou e fotografou Tainá, 15 anos,
que cursa o 2º ano do Ensino Médio da ETA com es-
pecialização em Técnico de Agricultura. Às pergun-
tas respondeu com naturalidade, desenvolvendo um
bom diálogo, demonstrando lucidez e direcionamento
de vida. Em tópicos a seguir, leiam a síntese do que
respondeu Tainá aos diversos assuntos levantados na
entrevista:
Projeto de vidA: “Penso terminar o Ensino Médio aqui
na ETA, fazer um estágio para concluir o curso técnico
de Agricultura e buscar ingresso na faculdade. Estou
em dúvida na escolha: Medicina ou Agronomia. Sem-
pre tive em minha cabeça a ideia de ser médica, mas
ao entrar aqui na ETA me entusiasmou o estudo sobre
a agricultura. Ainda tem algum tempo para pensar”.
A forçA dA Mulher: “O homem tem força, mas a mu-
lher vem conquistando muita coisa no mundo. Há uma
busca de igualdade, mas há detalhes em que a mulher
não é igual ao homem. Então, a mulher tem que se
valorizar por não ser igual: ela é mais frágil, ela mais
delicada, mais sutil. O homem é mais rude, digamos
assim. Entendo que o homem e a mulher têm papéis
diferentes na sociedade, caminhando juntos e com-
pletando-se um ao outro. Mas a mulher vem ganhando
espaços, vejam, temos a Presidente Dilma e outras
mulheres se destacando”.
viAMão, BoM PArA viver: “Nasci aqui e sempre gostei
de morar em Viamão e só saí para viajar, uma vez fui
a Curitiba, mas gosto de ficar aqui no meu chão. Se
surgir oportunidade de ir para outro lugar gostaria que
fosse para fora do Brasil, quem sabe Estados unidos,
Canadá, Europa. Vou tentar intercâmbios pois estou
começando a estudar uma língua estrangeira. Mas não
vou para morar, só quero aperfeiçoar estudos e ganhar
mais cultura. No Brasil, gostaria de ir ao Rio de Ja-
neiro”.
AMigoS: “Amigos escolhe-se por serem leais e confiá-
veis. Amigos, aliás, não se escolhe, não se seleciona,
apenas são aqueles que a gente se afeiçoa. Eu procuro
ser amiga de todo o mundo. Mudei de escola, mudei
de turma, mas apliei meu círculo de amizades man-
tendo aquela convivência de outros tempos”.
concurSoS de BelezA: “Não é bem o meu chão. Eu
olho mais para os estudos. Claro, concurso de beleza é
um mundo fascinante, vejam, estou vivendo neste mo-
mento cheia de entrevistas, muitas fotos, mas tenho
a cabeça no estudo. Quem sabe um dia, lá adiante,
surja uma oportunidade, se não atrapalhar em nada na
minha vida, talvez venha a participar de concursos de
beleza. No momento não faz minha cabeça”.
o deSAfio do joveM: “O problema das drogas vem
atrapalhando a vida de muitos jovens. Às vezes, gru-
pos para serem vistos e aceitos com destaque partem
para o consumo de drogas. isso é lamentável. Pergun-
to: por que viver naquele mundo que vicia, que aniqui-
la? Não tem por quê! Há muitas outras coisas na vida
para aproveitar do que se drogar”.
BuScA de eMPrego: “A questão da falta de emprego
é preocupante. Por exemplo, o jovem quando sai do
Ensino Médio praticamente não tem experiência em
trabalho e vai em busca do primeiro emprego. Ele
escolhe e às vezes é aceito. Alguns, no entanto, espe-
ram alcançar grandes cargos no início, mas para isso,
esquecem, devem ter uma preparação, um estudo,
uma faculdade que é um passo muito importante na
vida pois leva a uma profissão”.
MenSAgeM: “Não teria, agora, como deixar uma
mensagem. Apenas diria que todos aproveitem bem a
vida, pois é muito bom. inclui nisso a responsabilida-
de. É importante cada um ter responsabilidade sobre
si e para com os outros”. Na festa, a beleza da mulher viamonense
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Av. Cel. Marcos de Andrade, 403 - Centro - Viamão
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Pouso forçado no Morrinho
Rubro-negro
Conforme a numerologia, o número 7 possui um
lado mágico e sagrado, tendo a reputação de trazer sor-
te. Além disso, a vida artística, mística, religiosa e cultural
possui relação estreita com o numeral: os sete pecados
capitais, as sete maravilhas do mundo moderno, as sete
notas musicais. Enfim, todo esse prólogo tem a intenção
de anunciar a sétima edição do caderno 100 anos em 1.
Esperamos que o leitor receba essa publicação com os
mesmos “bons olhos” que dispensa ao eminente núme-
ro sete.
Nessa edição, o leitor terá acesso aos fatos marcantes
da década de 50, especificamente entre os anos de 1950
a 1959. Entre os destaques, salientam-se a primeira con-
quista do Brasil, em Copas do Mundo; o retorno de um
gaúcho à Presidência da República, além das sempre
presentes e efervescentes informações locais.
Antes disso, relembramos e convocamos a todos
para que acessem os endereços www.100anosem1.
com.br e www.correiorural.com.br e nos ajudem a
contar a história centenária do pioneiro de Viamão.
Além da ferramenta de participação, o leitor terá
acesso a outros destaques exclusivos na versão onli-
ne. Obrigado pela atenção e tenham todos uma boa
leitura!
Numa das primeiras edições da dé-
cada, o CORREIO RURAL reserva espa-
ço para uma importante abordagem. Na
capa de sua edição de 4 de fevereiro de
1950, o periódico destaca a notícia “Le-
prosario de Itapoã”. Conforme o texto, em
Com o título de “Aterrissagem For-çada”, uma inusitada notícia integra as páginas do CR, em 1° de julho de 1950: “Cerca das 11 horas de terça-feira ultima, fez uma aterrissagem forçada, por motivo de uma pequena falha em sua maquina, o
O Tamoio Futebol Clube, tradicional
time de Viamão, como de costume, teve
suas partidas repercutidas no CR, como
na contracapa da mesma edição citada
anteriormente. Com o título “Pelo Espor-
te”, o texto apresenta a crônica da dis-
puta entre o representantes de Viamão
contra o time dos Correios e Telégrafos
de Porto Alegre. “Venceu o Tamoio por 8
a 4, o que veiu demonstrar a fraqueza das
defesas. O quadro do Tamoio não impres-
sionou em nenhum momento, pois seus
elementos não se entenderam, sendo os
golos feitos mais por um trabalho indivi-
dual do que coletivo. Tonico e Beto os que
mais de destacaram (...)”.
Após muitos anos no anonimato,
o Tamoio voltou à vitrine do Futebol
gaúcho nesse mês (abril de 2012),
com a disputa do Campeonato Gaú-
cho Sub-17. Os viamonenses apresen-
tam boa campanha, inclusive tendo
vencido o Grêmio Foot-Ball Porto-Ale-
grense, em partida disputada no Está-
dio Edgard Leitão Teixeira, no centro
de Viamão.
uma das sessões da Camara dos Deputa-
dos na capital da República, o deputado
Pedro Vergara e outros parlamentares
gaúchos “apresentaram projeto de lei con-
cedendo a importância de Cr$ 500.000,00
ao Estado do Rio Grande do Sul para a ma-
nutenção do Leprosário de Itapoã”.
O leprosário era o nome atribuído
aos estabelecimentos para os quais
as pessoas contaminadas com hanse-
níase (lepra) eram enviadas a fim de
isolá-las do resto da população, com o
intuito de conter a contaminação pela
doença. Os leprosários foram um efeito
secundário cultural da lepra, uma das
doenças infecciosas mais mortais e mu-
tiladoras de todos os tempos. A doença
existe ainda hoje, principalmente nos
países subdesenvolvidos, mas é facil-
mente tratada com antibióticos.
avião PP. GFU pertencente á Escola de Ins-trução de Monitores da VARIG (...)”. Con-forme relatado, a aeronave conduzida pelos pilotos Silvio Gabiél Kara e Nagib Ayub, que nada sofreram, realizou pouso no Passo do Morrinho.
Biblioteca itinerante do SESC na cidade
Com o objetivo de incentivar a leitura, um projeto do SESC está levando os livros para
perto das comunidades da região metropolitana de Porto Alegre. Em Viamão, a unidade
móvel do BiblioSesc’s esteve dias 3 e 17 de abril no largo Cônego Bernardo Machado
(praça Matriz) e na Vila Santa Isabel, nos dias 12 e 26. Visitando o centro da cidade desde
setembro do ano passado, a biblioteca possui um cadastro de 70 viamonenses, inscritos
no próprio local. A responsável pelo atendimento na unidade, a auxiliar de biblioteca
Cíntia Ferri destaca que o projeto contempla 52 caminhões em todo o Brasil, sendo três
deles na região metropolitana. No mês de abril foram também visitados os municípios
de Guaíba, Gravataí, Alvorada, Canoas e alguns bairros de Porto Alegre.
A vitória da dupla Juscelino Ku-
bitscheck de Oliveira e João Goulart,
eleitos presidente e vice, respectiva-
mente, já era prevista pelo semanário
mais antigo da cidade, em 15 de ou-
tubro de 1955. Devido ao adiantado
da hora, o CR não pode aguardar o
encerramento da apuração, mesmo
assim, divulgou o número parcial de
votos:
“(...) PARA PRESIDENTE: Juscelino
Kubitscheck – 2.972.715 votos; Juarez
Tavora 2.526.256; Ademar de Barros
2.230.282 e Plinio Salgado 486.580.
PARA VICE-PRESIDENTE: João Goulart –
3.378.485; Milton Campos – 3.173.944;
Danton Coelho - 994.654”. A divulga-
ção do resultado acabou confirman-
do a tendência apontada pelo CR, isto
é, a faixa presidencial era de JK, com
3.077.411, num total de 35,68% dos
votos válidos
Na época, a eleição de presiden-
te e vice não era associada, como na
atualidade. Sendo assim, era possível
que o chefe da nação fosse de um
partido e seu vice, de outro.
Gaúcho na Presidência da República
Concorrência e pacto
Água encanada
Trupe alegre
Jornalismo e Política
Jornal Falado
Eleição de JK e João Goulart
O novo parlamento
Copa de 1954
A posse do gaúcho de São Borja, Ge-
túlio Vargas, como presidente da Repú-
blica, foi a atração do CR em 3 de feverei-
ro de 1951. “Teve lugar, dia 31 de janeiro
ultimo, ás 15 horas, no Rio de Janeiro, a
posse do Dr. Getulio Dorneles Vargas, no
cargo para o qual foi eleito no memorá-
vel pleito democrático de 3 de outubro de
1950 (...) Em Viamão, amanheceu todo
engalanado com bandeiras, faixas, etc, ao
entrondar de rojões e foguetes, anuncian-
do que naquele dia iniciava-se no Brasil,
o primeiro governo trabalhista em toda a
sua história política (...)”.
Em um breve registro histórico, des-
tacamos os períodos de Vargas à frente
da nação brasileira. O primeiro de 15
Na mesma edição, ocupando ¼ de
página, o “Pacto de Honra” prometia
um refresco nas farpas trocadas entre
os dois órgãos de imprensa da cida-
de, o Correio Rural e o extinto Jornal
de Viamão. No entanto, pelo relato, a
trégua só foi possível mediante inter-
venção judicial.
“(...) O Dr. Reissoly José dos Santos,
digno e honrado Juiz de Direito desta
Comarca, ao par dos últimos aconteci-
mentos verificados entre os dois jornais,
proporcionou, com seu elevado espirito
conciliatório sempre voltado ao bem
estar da coletividade viamonense, o en-
sejo de ambos jornalistas manterem um
rápido entendimento amistoso”, desta-
ca o parágrafo, fazendo referência ao
encontro dos então diretores do CR,
Milcíades dos Santos e do “Jornal de
Viamão”, Oscar Costa Karnal, na sede
do Tribunal de Justiça de Viamão.
Mesmo assim, usando de sutileza,
a direção do CR fez a última e singela
provocação ao então concorrente: “So-
licitamos desculpas aos nossos colabora-
dores que já nos haviam enviado artigos
a serem publicados nesta edição, todos
eles, referentes a repulsa dos últimos ata-
ques que sofremos, deixando por isto dos
mesmos serem publicados, em face do que
acima descrevemos”.
Em 22 de março de 1952, um anún-
cio feito pelo CR teve grande repercus-
são na cidade: “Uma noticia, deveras
alviçareira, temos hoje a dar ao povo via-
monense: a cidade de Viamão terá água
encanada, e, isto, devido aos esforços ine-
gáveis do tte. Cel. Ponçalino Cardoso da
Silva, prefeito municipal (...) Todas as me-
didas estão sendo tomadas, prevendo-se
o inicio dos trabalhos, para dentro de, no
Maximo, trinta dias”.
A entrevista concedida por dois dis-
tintos viamonenses a Rádio Farroupilha
de Porto Alegre, recebeu especial aten-
ção do CR. Ocupando metade da pági-
na, a notícia aborda: “Quarta-feira, dia 8
do corrente, esteve em nossa cidade, des-
tacados elementos da direção da Radio
Sociedade Farroupilha – (PRH2) – a mais
potente emissora gaucha, que ouviu a
palavra do ten. Cel. Ponçalino Cardoso da
Silva digno chefe do governo viamonense
e do jornalista Adonis dos Santos, redator
do CORREIO RURAL e ex-presidente da Câ-
mara Municipal de Viamão”.
Repetindo os discursos dos viamo-
nenses na íntegra, o CR, antes, comple-
tou: “As palavras pronunciadas por estes
dois ilustres homens públicos, foram devi-
damente gravadas em um moderno apa-
relho, e transmitidas na noite daquele dia,
ás 22,30 horas, no programa do <<Grande
Jornal Falado Farroupilha>>, na seção
<<O que o Povo Pensa>>”, 18 de abril de
1953.
Na mesma data, ocorreram as elei-
ções municipais, que, assim, elegeu
Um pequeno texto na edição de 27
de março de 54 destaca a classificação
da Seleção Brasileira de Futebol para
a quinta Copa do Mundo da história:
“Domingo último o Brasil classificou-se
para ir á Suiça disputar a Copa do Mun-
do ao abater o Paraguai por 4 tentos a 1.
Desta maneira, em Junho, os brasileiros
enfrentarão a seleção do Mexico, em sua
primeira partida nas finais do Campeo-
nato Mundial de Futebol”.
A Copa de 1954 foi realizada na Sui-
ça, em comemoração ao 50º aniversá-
rio da FIFA, onde se encontra a sede
do órgão. Na oportunidade, dezesseis
seleções nacionais foram qualificadas
para participar desta edição, sendo 11
delas européias, três americanas (Mé-
xico, Brasil e Uruguai) e duas asiáticas.
Dentro de campo, a competição
marcou o primeiro título da tricampeã
Alemanha (1954-74 e 90), então, Ale-
manha Ocidental. Entretanto, outros
fatores garantiram um lugar de desta-
que na história das Copas do Mundo,
como a maior média de gols de todas
as copas, com 140 gols em 26 partidas,
uma média de 5,38 gols jogo. Em 2010,
na África do Sul, tivemos a segunda
pior média de gols da história do even-
to, com apenas 145 gols feitos em 64
jogos, acima apenas da média da Itália,
em 90 (2,21).
Outro destaque do certame foi a
campanha da vice-campeã Hungria,
do outrora Ferenc Puskás, goleador da-
quele mundial e um dos maiores joga-
dores da história do Real Madrid.
Sempre atento aos acontecimentos
culturais, o CR dedica espaço ao cinema
e teatro em sua edição de 21 de março
de 1953. Com o título “Adauto e seu tea-
tro”, o escrito anuncia a estreia da apre-
sentação, naquela noite: “Adauto, já é um
nosso velho conhecido, dispõe de largo re-
curso na dificies artes de ilusionismo e ven-
triloquia, e apresentará no seu programa
de extréa, diversos números de prestidita-
ção e os bonecos falantes. É, sem dúvida,
a grande atração, própria para as crianças
de 5 a 80 anos!!!”.
Na coluna ao lado, 12 linhas fazem
referência ao extinto Cinema de Viamão:
“Mais outro grande filme está anunciado
para amanhã, na tela do Cine Marajó. É
ele: AMEI ATÉ MORRER, com a interpreta-
ção de Robert Cumings, Lisabeth Scott e
Dania Lynn. Começando o programa, te-
remos diversos complementos”, destaca a
edição do CR, em seu ano 41.
Voltando à temática política, a posse do
fundador e então diretor proprietário do
Correio Rural, Alcebiades Azeredo dos San-
tos como Presidente da Câmara Municipal,
foi manchete na edição de 10 de maio de
1950. Na ocasião, Azeredo sucedeu seu filho
e redator do CR, à época, Adonis dos Santos.
“(...) Na mesma sessão procedeu-se por
escrutínio secreto, a eleição da mesa da
Camara para o corrente ano, sendo eleitos:
Presidente Alcebiades Azeredos dos Santos,
do PSD, vice-presidente Alipio de Oliveira
Remião, do PTB e secretario Martinho Bar-
celos, do PTB (...)”.
Filho do fundador do CR, Milcíades
dos Santos também foi membro do parla-
mento local, como ilustra a edição de 26
de janeiro 1952. Conforme o texto, Cici,
como era conhecido, precisou travar ba-
talha com o próprio partido para assumir
a cadeira no legislativo. Com o destaque
“Concretizada a vontade soberana das ur-
nas!”, o escrito relata que o PSD não lan-
çou candidato à prefeitura de Viamão,
que gerou represálias do Diretoria Regio-
nal do partido que, assim, impugnou o
registro dos candidatos a vereador.
Entretanto, mesmo com recurso impe-
trado pelo PSD, o Tribunal Superior Elei-
toral validou a vitória do então Diretor-
-Secretário do CR: “Não me surpreendeu,
de fórma alguma, a decisão da mais alta
Côrte Eleitoral do Brasil. E não me surpreen-
deu, porque tinha certeza que a nossa Jus-
tiça não vai atraz de rumores extranhos que
pretendam suborna-la”, disse Milcíades.
anos ininterruptos, de 1930 a 1945, e
dividiu-se em três fases: de 1930 a 1934,
como chefe do “Governo Provisório”, en-
tre 1934 e 37 governou o país como pre-
sidente da república do Governo Cons-
titucional, tendo sido eleito presidente
da república pela Assembleia Nacional
Constituinte de 1934; e de 1937 a 1945,
enquanto durou o Estado Novo implan-
tado após um golpe de estado.
No segundo período, em que foi eleito
por voto direto, Getúlio governou o Brasil
como presidente da república, por três
anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até
24 de agosto de 1954, quando “deixou a
vida para entrar na história”, conforme sua
carta de despedida antes do suicídio.
a nominata viamonense. Segundo
o texto, o vereador mais votado foi
Clodoaldo Prates da Veiga (PSD) com
452 votos, seguido por Inacio Ângulo
(PTB); Alcides Veiga Barcelos (PTB), Ari
Vaz Ferreira (PTB); Solon Andrade Sil-
veira (PL); Guido Pedro Kieling (PTB),
Antonio da Silva Cabral (PL); Atila Sil-
va Barcelos (UDN) e Arlindo Mercío
Pereira (PSD).
Lar Alice completa três anos Prefeito investigado
Eleição de Brizola para o Governo do Estado
Safra do Irga com preços definidos
Localizado na Rua Américo Vespúcio
Cabral, na entrada da cidade, o Lar Alice
Kinsolving teve registrado pelo CR, em
10 de abril de 1954, a passagem de seu
terceiro aniversário: “Completou quarta-
-feira ultima, três anos de existência, o
utilíssimo Lar Alice Kinsolving, abrigo das
senhoras anciãs e que foi instalado nesta
cidade em 7 abril de 1951, no confortavel
prédio da rua general Osorio n. 20 (...) Pela
auspiciosa data, foi hasteado na frente do
Lar, a bandeira nacional”.
A mesma abordagem foi dada pelo
CR em sua edição impressa de 9 de abril
de 2011: “Pertencente a Igreja Episcopal
Brasileira, o Lar Alice Kinsolving, celebrou
seis décadas de existência na tarde de on-
tem, 7. O dia foi marcado por visitações,
atividades e muita diversão, com direito
aos tradicionais petiscos e bolo de aniver-
sário. Localizado na entrada do centro,
atualmente a casa abriga 42 residentes,
com idade entre 60 e 98 anos”.
A matéria ainda destaca: “Responsável
pelo Lar desde 1997, Luci Jaime Feula, sa-
lienta a importância da data: ‘A princípio
eu achei que não seria capaz de assumir
este grande compromisso.
Não é nada fácil dirigirmos
uma entidade com as difi-
culdades que temos. Mas,
graças a Deus eu gosto do
que faço e tenho o apoio
de muitas pessoas. Minha
vida se confunde com a
história do lar’”, disse a administradora.
O Lar Alice é mantido pela colabora-
ção de alguns familiares dos residentes e,
principalmente, através de doações. Inte-
ressados em colaborar podem ligar para
(51) 3485-1164. A casa de idosos está
localizada na Avenida Américo Vespúcio
Cabral, n° 476.
Com o título “Está fervendo o ambien-te político Viamonense”, a capa de 5 de outubro de 1957 informa a estada de um jurista na cidade a fim de “estudar a situação legal” dos atos do então prefeito Carlos Pinto Mennet.
Após apresentar seu ponto de vista, o citado jurista foi contratado pela Câma-ra de Vereadores para propor, em juízo, várias ações contra o chefe do executivo, entre elas: mandado de segurança con-tra o não cumprimento de dispositivos orçamentarios, crime de responsabilida-de baseado no mesmo assunto, proces-samento sobre a inconstitucionalidade
de um decreto que dispõe sobre a Taxa de Transportes e “processo de injuria face a publicações do referido Prefeito contra a presidencia e vereadores locais”.
Na oportunidade, o CR, opinou: “Como se depreende, a situação política viamonense, ao envès de entrar para um período de compreensão, para o bem do
nosso povo, cada vez fica mais tensa, em face das desinteligencias que reinam entre a maioria do Legislativo e o Poder Executi-vo”.
A vitória de Leonel Brizola como go-
vernador do Estado gaúcho foi destaque
na capa do CR em 11 de outubro de 1958.
“(...) O pleito de 3 de outubro veiu confirmar
que o nosso povo se acha já plenamente
politizado, pois e todo o Estado, nenhuma
nota dissonante empanou o brilho da re-
frega eleitoral. Sagrou-se vencedor, com
margem expressiva de votos, o engenheiro
Leonel de Moura , que concorreu ao cargo
de governador pela coligação PTB-PRP-PSP,
abatendo ao cel. Walter Perachi de Barcelos,
da coligação PSD-UDN-PL, por uma diferen-
ça que passou dos 150.000 votos (...)”.
O texto informa, ainda, a eleição do
economista Guido Mondin para o Sena-
do Federal, ao derrotar Carlos Brito Velho,
por mais de 50 mil votos. Na sequência,
o CR, defende: “Passada as eleições, o Rio
Grande quer ir para a frente e para isso, é
necessário que os adversários esqueçam
suas maguas e ressentimentos, e, unidos,
trabalhem todos, com os olhos voltados
para o bem do Brasil (...)”.
Em relação a Brizola, ele foi lança-
do na vida pública por Getúlio Vargas,
sendo o único político eleito pelo povo
para governar dois estados diferentes,
o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro,
por duas oportunidades. Na vida pública,
ainda foi prefeito de Porto Alegre, depu-
tado estadual e deputado federal pelo
Rio Grande do Sul e pelo extinto estado
da Guanabara.
Além disso, por duas vezes foi can-
didato a presidente do Brasil e uma
como vice, pelo PDT, partido que fundou
em 1980, mas não conseguindo ser elei-
to. Vítima de problemas cardíacos, fale-
ceu aos 82 anos, em 2004.
Um importante anúncio do Instituto
Rio-Grandense do Arroz (Irga) é desta-
que em uma das primeiras edições do
CR em 1956. Precisamente em 25 de
fevereiro, o periódico divulga os valores
que deveriam ser praticados pelos la-
voureiros em todo o Estado: “Os preços
aqui recomendados deverão permanecer
estáveis durante todo o período dos cor-
tes, nesta safra, porque, de outra forma,
prejudicaria fundamentalmente, os pro-
pósitos e objetivos do IRGA, ao lançá-los
no presente momento”, destaca o texto,
justificando que a discrepância nos va-
lores cobrados poderia prejudicara la-
voura no futuro.
O comunicado assinado pelo então
Presidente do Irga, Paulo Simões Lopes,
divulga os preços em cada região do
Estado, subdividas em micro-regiões,
sendo elas, Fronteira Oeste (Alegrete,
Cacequi...); Litoral Centro (Bom Jesus do
Triunfo, Osório, Viamão...); Litoral Sul (Ar-
roio Grande, Pelotas, Rio Grande...); Fron-
teira Sul (Bagé, Dom Pedrito...); Fronteira
Sudoeste (Livramento, Rosário e São Ga-
briel) e Centro (Caçapava do Sul, Cande-
lária, Rio Pardo, Santa Maria...).
2 7 d e a b r i l 2 0 1 2 17
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Caderno 100 anos em 1Edição #7 - 27/04/2012
Diretor: Milton SantosTextos: Saul TeixeiraFotos: Arquivo CRProjeto Gráfico: Gabriel Pinto
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O site e a próxima ediçãoPara acompanhar mais da his-
tória do CR, o leitor pode acessar o
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“100 anos em 1” será veiculada no dia
31 de maio com os destaques das edi-
ções do Correio Rural entre os anos
de 1960 e 1969. Não percam e até a
próxima!
Expediente
A primeira estrelaNatal solidário
Repórterprefeito
O maior campeão da história das
Copas, a Seleção Brasileira tem suas
cinco conquistas registradas nas pági-
nas do pioneiro de Viamão. O primeiro
triunfo, ocorrido a Suécia, em 1958, é
contado detalhadamente em uma das
edições de junho daquele ano. Estam-
pado em letras garrafais, o título “BRA-
SIL, invicto Campeão Mundial de futebol
de 1958”, integra a primeira página do
especial destinado ao feito histórico.
Na sequência, todos os atletas são
listados, inclusive com seus nomes im-
pressos na folha, correspondendo às
posições que ocupavam no sistema tá-
tico de Vicente Feola: “Gilmar; De Sordi
(Djalma Santos), Bellini e Nilton Santos;
Zito e Orlando; Garrincha, Didi, Vavá,
Pelé e Zagallo. Reservas: Castilhos, Mau-
ro, Oreco, Dino, Zozimo, Joel, Moacir,
Mazola, Dida e Pepe”. Além disso, a co-
missão técnica também é evidenciada,
sendo que a frase, “Viva o Brasil”, é o
destaque presente logo abaixo.
Na segunda página dedicada ao
título, o CR apresentou uma breve
crônica dos oito jogos brasileiros, a
começar pelas eliminatórias contra a
seleção Peruana, culminando na gran-
de final, contra os donos
da casa.
Neste último, destaca-
mos: “Liedholm marcou o
primeiro tento para a Sué-
cia, aos 4 minuto de jogo.
Aos 9 minutos, Vavá marcou
o primeiro tento do Brasil,
empatando a partida. No-
vamente Vavá, aos 32 mi-
nutos, marcou o segundo
tento para o Brasil. Pelé, aos 10 minutos
marcou o terceiro goal para o Brasil. Za-
gallo, aos 23 minutos, marcou o quarto
goal para o Brasil. Sinmonsson, aos 35,
marcou o segundo goal para a Suécia.
Pelé, aos 44 minutos, marcou o quinto
goal do Brasil”. Final, Brasil 5 x 2 e a pri-
meira estrela garantida no peito!
Tradicional instituição da cidade, a So-ciedade Espírita Bezerra de Menezes foi alvo de referência do CR, em sua primeira edição de 1959, em 3 de janeiro. O texto faz menção à festa natalina organizada pela entidade: “Constituiu um espetáculo de verdadeira cristandade, a linda festinha patrocinada e levada a efeito dia 25 de de-zembro p. findo, pela Sociedade Espirita Bezerra de Menezes desta cidade, que tem como presidente o professor Osmar Mat-zembaker. Aproximadamente 200 ranchos foram entregues aos necessitados viamo-nenses (...) Ao final, houve farta distribuição de doces e refrigerantes a todos os presentes (...)”.
A posse de então redator do CR como prefeito de Viamão foi o grande fato des-tacado na capa do periódico em 17 de ja-neiro de 1959, conforme transcrevemos: “Havendo solicitado licença á Camara Mu-nicipal, o dr. Carlos Pinto Mennet, Prefeito efetivo, obteve por 60 dias e, com a impos-sibilidade do Vice-Prefeito em assumi-la de conformidade com a Lei Organica, assumiu a Prefeitura, no dia 14 do atual, o jornalista e vereador Adonis dos Santos, redator deste jornal (...)”. À época, Adonis era presidente da Câmara, o que justifica sua condução ao cargo de chefia do executivo, na im-possibilidade dos titulares.
Em seu último parágrafo, o texto evi-dencia o regozijo da direção do CR com o acontecimento: “(...) O <<Correio Rural>> que se fez representar nas solenidades atra-vés destas colunas, saúda o novo adminis-trador das causas publicas do nosso mu-nicipio, esperando de que sua gestão seja profícua e útil à coletividade, congratulan-do-se com S. Excia., mais ainda, por tratar--se do seu redator”.
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2 7 d e a b r i l 2 0 1 218 19
intErCÂMbio ESTuDAR NO ExTERiOR NãO É mais privi-
légio de poucos. A série de pacotes disponi-
bilizados por agências e escolas de idiomas,
com preços acessíveis, atreladas ao bom
momento da economia nacional, garantem
um cenário positivo para a realização de in-
tercâmbios.
Anunciada pela Embaixada dos EuA, uma
medida promete facilitar, ainda mais, o in-
gresso de estudantes no país da América do
Norte. Neste momento, jovens a partir de
15 anos e 11 meses não precisam rea lizar
a entrevista para a retirada de visto. Desta
forma, o estudante poderá viajar sem a pre-
sença de um responsável, desde que apre-
sente uma liberação dos pais registrada em
cartório.
Segundo o diretor do Yázigi/Viamão, Rafael
Camaratta, a redução da burocracia na hora
de expedir o documento é um fator a mais de
estímulo: “Hoje conseguimos encaminhar o
visto americano através de um despachante,
sem que a família precise realizar essa buro-
cracia. Com isso, sobra mais tempo para os
jovens resolverem as outras questões refe-
rentes a documentação e a viagem”, disse.
Com 12 anos de atividades em Viamão,
a escola de idiomas citada é responsável
pelo intercâmbio de cerca de oito alunos
por ano. Mesmo com as facilidades obtidas
para o ingresso nos EuA, o Canadá é o des-
tino favorito dos alunos, embora a “terra do
Tio Sam” esteja praticamente igualando a
preferência. Além deles, inglaterra, Chile,
Austrália e Nova zelândia, compõem os
roteiros mais procurados pelos alunos da
cidade.
Desde o anúncio das mudanças para a reti-
rada de concessões de vistos americanos, o
intercâmbio para os EuA registrou aumento
de 62%, em comparação ao primeiro tri-
mestre de 2011. O levantamento é da Em-
baixada dos EuA, sediada em São Paulo.
prudênCia E bEnEFíCiosAlém da conversação, ponto alto do inter-
câmbio, as atividades de lazer e entreteni-
mento no período inverso ao curso, é outra
estratégia utilizada pelos programas em
busca de estudantes. É justamente sobre o
fato, que Camaratta faz um alerta.
Segundo ele, muitas pessoas procuram os
cursos apenas como pretexto para pacotes
turísticos, bem como, para conseguirem em-
prego no exterior. Neste sentido, o diretor do
Yázigi defende que os pais sejam previden-
tes antes de autorizarem a viagem de seus
filhos: “Eu não indicaria um intercâmbio
para Londres ou Nova iorque para um jo-
vem de 16 anos, por exemplo. É um público
que ainda não está preparado para enfren-
tar uma metrópole mundial. É por isso que
orientamos a escolha de uma agência com
reconhecida credibilidade. Só assim o estu-
dante garantirá sua estada de maneira legal
e poderá de fato aproveitar o intercâmbio”.
O cotidiano em contato com outra cultura e,
sobretudo, com a língua, são os principais
legados de uma viagem dessa natureza. A
conversa no supermercado, o contato com a
atendente de uma loja ou até mesmo a ida
a uma sorveteria acabam funcionando como
uma atividade complementar ao curso: “O
intercâmbio oportuniza a conversação não
apenas em situações de simulação, como
ocorre nas escolas de idioma. Falar, praticar
o inglês, o francês, o espanhol diariamente é
o grande benefício dentro da nossa proposta
comunicativa”, destaca o diretor.
Outros dois fatores contribuem significativa-
mente com o êxito da viagem. O primeiro
deles diz respeito a confiança que o estu-
dante adquire ao exercitar a conversação
diariamente. Além disso, sob o olhar estran-
geiro, o brasileiro é simpático, é bem-visto
por todos os países, não havendo rejeição de
ordem étnica ou preconceito, como ocorre
entre ingleses e argentinos, por exemplo.
inVEstiMEntoPara os interessados em realizar intercâm-
bio, as agências e escolas de idioma dispo-
nibilizam pacotes acessíveis. Exemplifican-
do, a partir de 1.500 dólares, cerca de 3
mil reais, é possível estudar no Canadá por
um período de 15 dias. Para as despesas
diárias, o estudante gasta cerca de 75 reais,
logicamente, sempre levando-se em consi-
deração o país de destino e, principalmente,
o pacote adquirido.
Para estar apto a participar do intercâmbio,
o ideal é que o aluno frequente no mínimo
um semestre de língua estrangeira. De acor-
do com Camaratta, o período de viagem pode
variar entre 30 dias e seis meses: “Nós não
indicamos período superior a um semestre,
pois achamos desnecessário. Com três me-
ses de conversação, certamente o estudante
voltará para o Brasil com fluência em língua
estrangeira”, defende.
Em relação aos gastos, alguns programas
garantem segurança e comodidade na hora
de exercer os gastos diários. O cartão Travel
Money (dinheiro de viagem, em uma tra-
dução livre), permite ao estudante realizar
compras sem a necessidade de andar com
dinheiro em espécie. Desta forma, o cartão
pode ser recarregado pelos pais no Brasil,
no período em que o filho estiver em solo
estrangeiro.
Intercâmbio está cada vez mais fácil
O bom momento da economia nacional e me-
didas como a isenção de visto para menores
de 16 anos facilitam o acesso de estudantes
ao exterior. Em Viamão, a procura por paco-
tes é cada vez maior.
“O intercâmbio oportuniza a conversação não apenas em situações de simulação, como ocorre nas escolas de idioma. Falar, praticar o inglês, o francês, o espanhol diariamente é o grande benefício dentro da nossa proposta comunicativa”
Desde o anúncio das mudanças para a retirada de concessões de vistos americanos, o intercâmbio para os
EUA registrou aumento de 62%, em comparação ao primeiro trimestre de
2011. O levantamento é da Embaixada dos EUA, sediada em São Paulo.
P O R S A U L T E I x E I R A
raFaEl CaMaratta
2 7 d e a b r i l 2 0 1 220 21
um mês em Nova IorqueA professora e empresária viamonense Vanessa Becker de Aguiar Pacheco esteve em
Nova iorque, EuA, durante um mês. Formada em Letras/inglês, ela buscou o país
norte-americano para um aprofundamento do estudo da língua, aproveitando, também,
para observar usos, costumes e modo de vida das pessoas nos states. “Estava formada
desde 2002 e quando vim morar em Viamão voltei a estudar para aprimorar lá no Yázigi
e através desta escola me foi aberta a possibilidade de viajar para os Estados unidos,
isso em 2008. Fiquei lá durante um mês, onde durante um turno do dia estudava e no
outro eu buscava conhecer a cidade, Nova iorque, convivendo com as pessoas, com as
coisas de lá”, contou Vanessa.
As pessoas que têm uma vontade acalentada de um dia viajar para o exterior, volta e
meia se perguntam, ou até ouvem alguém interpelar: vale a pena? “Aprendi muito. Con-
vivendo em outro país a gente aprende a dar mais valor às coisas da gente, àquilo que
se tem no nosso Brasil. Nós vemos pessoas dizerem que em outros países tudo é bem
melhor, mas não é assim. Nós vivemos muito bem aqui no Brasil. As pessoas são mais
solidárias, em qualquer lugar que vamos somos bem recebidos, nossa gente é receptiva.
Lá nos Estados unidos é cada um por si, falta aquela simpatia, há muitos estrangei-
ros, a economia gera muito marketing e a gente não consegue perceber muita emoção
naquilo que fazem e o que são. Então, aprendi a dar valor às coisas da nossa terra e
também tinha a curiosidade de saber como é estar lá e, assim, poder dizer para os meus
alunos como vivem os americanos, como se vestem, o que comem. Mas é uma vivência
maravilhosa, fantástica. A primeira semana é um pouco difícil, a comida é diferente,
o modo de vida é diferente, mas é ótima expediência”, traduziu a professora Vanessa.
Mesmo conhecendo a língua inglesa, ela sentiu uma certa dificuldade pelo modo seco
como as pessoas se tratam por lá. “uma das coisas boas que o brasileiro tem é que as
pessoas se comunicam de qualquer forma, com gestos, com sorrisos, nós temos essa
sensibilidade. Durante o tempo que estive em Nova iorque, quando olhava um grupo
de pessoas conversando, logo dava para distinguir que eram brasileiros, pela alegria,
pelos gestos e os estadunidenses já conseguem nos identificar. Foi tudo bom, muito
interessante”, destacou.
Vanessa contou que já havia viajado para o exterior, tendo estado na Europa quando vi-
sitou vários países. Ela aconselha: “Quem tiver a oportunidade de viajar para aprender,
para estudar, para se aprimorar, para conhecer, para valorizar conhecimentos, aconse-
lho que faça o esforço para levar adiante a ideia. Veja, estive um mês em Nova iorque
e ali conheci pessoas do mundo inteiro, são muitos turistas, pessoas que vão estudar,
trabalhar. Eu tinha colegas do Casaquistão, da Rússia, da Rep. Checa, enfim de vários
lugares”.
Por fim, Vanessa Pacheco deixa uma mensagem a todos aqueles que pretendem viajar,
qual seja, de que o mais importante é que os familiares, pais, irmãos, namorados, ma-
ridos, enfim, todos do relacionamento incentivem a viagem, encorajando, apoiando e
dando a sustentação necessária ao bom andamento da viagem.
Com a intenção de aperfeiçoar os estudos da língua inglesa, o empresário gabriel
Suminski esteve em Toronto, no Canadá, onde aproveitou, também, para conhecer
aspectos daquela cidade norte-americana. Naquele país, também é de uso comum
a língua francesa e, por sinal, gabriel, no início de sua conversa com a reportagem,
contou uma história interessante em sua chegada a Toronto. Disse ele: “Quando
chegamos lá, o taxista nos levou a endereço errado. Ao batermos na casa fomos
recebidos por um casal francês e ficamos sem saber o que estavam falando e o que
estava acontecendo. Levamos algum tempo para descobrir que o endereço estava
errado”.
Mas mesmo com o contratempo, gabriel disse que valeu a pena a viagem: “É uma
experiência válida, seja para qualquer país; o convívio com as pessoas do local é
fantástico, pois vamos conhecendo seu dia-a-dia, sua cultura, seu modo de vida.
Fiquei em casa de família e nesta condição a gente fica sabendo dos seus hábitos,
seus costumes. Por coincidência, a neta da dona da casa estava de aniversário e
acabou eu participando da festinha, soube como eles festejam, como é o tratamen-
to com os familiares. Muito importante”.
Muitas pessoas dizem que, perante muitas nações, o Brasil apresenta muitas defi-
ciências. Estando num país com bom conceito desenvolvimentista no mundo, pôde
gabriel observar estas deficiências? “Olha, não é tanto assim. Mas posso destacar o
setor do transporte público, que no Brasil tem uma certa carência. Lá em Toronto e
em qualquer outra cidade canadense é fácil e imediato o deslocamento em ônibus
ou metrô. Porém, o que me chamou a atenção é a falta de conhecimento das pes-
soas com respeito às coisas do Brasil. A maioria das pessoas ignoram as condições
de urbanidade e desenvolvimento de nossas cidades e do nosso povo, inclusive
alguns chegam a imaginar que nós vivemos no meio do mato, rodeados de jacarés
passeando no meio das ruas, imaginam que vivemos como índios. É brincadeira.
Tem, inclusive, a história de um professor que queria vir ao Brasil passar suas fé-
rias. Então ele dizia: ‘Vou no Brasil porque lá eu vou na praia e poderei ver topless’.
Disse a ele que o topless no Brasil é proibido, mas ele insistiu dizendo que vê, lá
no Canadá, imagens das praias do Brasil com as mulheres expostas em topless.
Mas apesar de saber que lá fora a imagem do Brasil é distorcida as vezes, eu gosto
imensamente do meu país. Não iria morar em outro país”.
Suminski foi a Toronto em janeiro. Aqui, verão, lá, um rigoroso inverno. “Pois é!
Chegamos no aeroporto vestindo camisa manga curta. Mas aí, conversando com o
pessoal da escola, o Yázigi, iríamos sair para fora do saguão, quando fomos bar-
rados pedindo que não poderíamos sair para a rua naqueles trajes. Sim, porque
dentro do aeroporto estava quente, mas lá fora, estávamos com menos 12 graus,
tudo branco de neve”, contou gabriel.
Depois da viagem ele perdeu o contato com a família que o acolheu lá no Cana-
dá, eram pessoas idosas com dificuldade de trocar mensagens pela internet, mas
continua trocando conversa com mexicanos e ucranianos que conheceu na estada
e, também, vários brasileiros de outros estados que também estavam em Toronto
em estudos. “Até voltaria ao Canadá, mas em novas viagens gostaria de conhecer
outros lugares”, destacou gabriel Suminski.
um janeiro com frio de 12 graus negativos e muita neve
O que me chamou a atenção é a falta de conhecimento das pessoas com respeito às
coisas do Brasil. A maioria das pessoas ignoram as condições de urbanidade e desenvolvimento
de nossas cidades e do nosso povo.
“quem tiver a oportunidade de viajar para aprender, para estudar, para se aprimorar, para conhecer, para valorizar conhecimentos, aconselho que faça o esforço para levar adiante a ideia. Veja, estive um mês em Nova Iorque e ali conheci pessoas do mundo inteiro, são muitos turistas, pessoas que vão estudar, trabalhar. Eu tinha colegas do Casaquistão, da Rússia, da Rep. Checa, enfim de vários lugares”
2 7 d e a b r i l 2 0 1 222 23
Dia do TrabalhadorA revolução industrial, a partir de meados do Século XVIII,
modificou as relações de produção e impulsionou o desenvolvi-mento do capitalismo.
No Século XIX, intensificou-se a luta por melhores condições de trabalho e de vida.
Trabalhadores fazem greve e são reprimidos, às vezes vio-lentamente. Em um desses movimentos, na cidade de Chicago, EUA, 30 mil pessoas abandonaram as fábricas no dia 1º. de maio de 1886 e se concentraram na Haymarket Square.
Reivindicam uma jornada de 8 horas de trabalho por dia. A polícia atira: quatro trabalhadores morrem, vários são feridos. Em homenagem às vítimas, o Congresso Socialista, realizado em Paris em 1889, escolhe o 1º. de maio como
Dia internacional Do trabalhaDorNossa saudação a todos os trabalhadores, em todos os níveis
e em todos os segmentos, com a certeza de que, vigilantes, sus-tentaremos sempre a luta por condições de trabalho dignas e justas.
assEdio Moral
P O R M I L T O N S A N T O S
Em Viamão, a lei é dura contra o assédio moral no trabalhoEste tipo de constrangimento, nos mais diversos segmentos da vida laboral brasileira, aflige a
vida de homens e mulheres e atinge o índice de 42% dos trabalhadores.
NA ViDA DO HOMEM, A PREOCuPA-
çãO COM AS RELAçõES SOCiAiS e
a sua função na sociedade, como seu
trabalho, se faz presente em todo o
tempo. O convívio com as pessoas pos-
sibilita vivenciar situações que o faz se
sentir útil, eficiente, habilidoso, que o
leva ao extremo de capacidade e isso o
faz sentir-se bem.
Existem outras situações que fazem
o homem sentir desânimo, derrota,
incapacidade, falta de habilidade, de
conhecimento. Sensações que não são
agradáveis, mas que estão presentes
e moldam o seu comportamento para
que ele possa evoluir e aprender.
Mas há situações em que ele se sente
humilhado, coagido, com medo de se
expor. Estas situações não o levam a
evoluir ou aprender e, quando ocorrem
de maneira repetitiva, acabam por afe-
tar o lado psicológico de tal maneira
que pode acarretar um verdadeiro as-
sassinato psíquico. Nas relações de
trabalho, este ataque prejudica de tal
maneira o indivíduo que chega a com-
prometer sua eficiência e capacidade
de produção no ambiente de trabalho.
Este é um fenômeno conhecido como
“assédio moral”, também denominado
“psicoterror” ou “coação moral” e é tão
antigo quanto o trabalho. Desde que o
ser humano sentiu necessidade de ven-
der sua mão-de-obra, passou a conviver
com ironias, ofensas, falta de humor
dos chefes e até mesmo de colegas de
trabalho, afetando todo seu psicológico
e transpassando as consequências des-
te fato para o seu dia-a-dia.
Mesmo sendo um problema tão antigo,
a sua identificação e combate ainda
são recentes e encontram muitas di-
ficuldades. Muitos devem ter ouvido a
expressão, poucos sabem seu signifi-
cado mas, certamente, já sofreram ou
conhecem alguém que sofreu na pele
ou testemunharam o problema em
seus locais de trabalho. Só no Brasil,
segundo pesquisas de sindicatos de
categorias trabalhistas, são mais de
42% dos trabalhadores que já foram
vitimas de assédio moral.
Lei vigora com força em ViamãoA necessidade de proteção à dignidade do servidor público e de punição ao infrator
que comete o assédio moral, fez com que o vereador Luís Armando Azambuja(PT)
tivesse a iniciativa de criar projeto de lei que, apresentado na Câmara, foi aprova-
do. Assim, transformou-se na Lei Municipal nº. 3.309, e determina aplicação de
penalidades aos servidores que praticarem “assédio moral” em quaisquer depen-
dências da administração pública municipal.
A prática de insultos, ameaças, humilhações, deboches, isolamento, indução ao
erro e não reconhecimento dos méritos por parte dos chefes não serão tolerados e
estes serão penalizados. Entre as penalidades estão: encaminhamento a cursos de
aprimoramento profissional, suspensão temporária do trabalho e até a demissão do
serviço publico. Ocorrendo o assédio moral por autoridade de mandato eletivo, a lei
propõe que a conclusão dos fatos denunciados seja encaminhada para o Ministério
Público.
Qualquer comportamento, gesto, palavra e mensagem escrita que se destinem a
atingir a dignidade e a integridade de um servidor público, podem ser consideradas
práticas assediadoras morais. “isso comprovadamente atinge a moral e a saúde
do trabalhador, além de comprometer a motivação, criatividade e capacidade do
trabalhador, desqualificando o serviço levado à população”, salientou o vereador
Armando, autor da Lei.
A Lei destaca a multiplicidade de formas com que se pode manifestar o assédio
moral: insultos, ameaças, perseguição, humilhações, deboches, isolamento no
ambiente de trabalho, calúnias, insinuações, indução ao erro, não reconheci-
mento de méritos, entre outras. “um simples olhar de desprezo, um suspiro ou
um sorriso irônico dirigido ao subordinado, ignorar o que o servidor está dizendo,
passar pela pessoa sem dar um bom-dia, tudo isso pode ter um efeito catastrófico
na autoestima do profissional vitimado do assédio moral”, enfatiza o vereador
Armando.
Dia de combater o Assédio Moral No município, ficou instituído em Lei de número 3.308 que a data de 2 de maio é
consagrada ao “Dia Municipal do Combate ao Assédio Moral” em Viamão, esta tam-
bém de autoria do vereador Armando Azambuja, que propõe nos moldes de uma
campanha educativa, que os servidores públicos municipais passíveis de assédio
moral e população em geral, recebam cursos de aprimoramento profissional, orien-
tações legais e de medicina do trabalho a respeito de como caracterizar e como
reagir ao assédio moral, assim como cursos de aprimoramento profissional, entre
outras atividades de conscientização.
Outra lei, a de nº. 3.634, do mesmo vereador, que é o relator da Comissão de Di-
reitos Humanos da Câmara, torna obrigatória nos órgãos e unidades dos poderes
Executivo e Legislativo de Viamão, a colocação de cartaz educativo e informativo
referente à prática de assédio moral. Pela proposta, o cartaz deverá ser impresso
em tamanho e forma que possibilitem a fácil leitura e conter os seguintes tex-
tos: “O assédio moral nas dependências do local de trabalho, é prática repreensível
e contrária aos direitos humanos e à cidadania, e traz dano à personalidade, digni-
dade, integridade física ou psíquica do(a) funcionário(a) e sujeitas as penalidades
administrativas previstas na lei municipal nº. 3.309.
“Um simples olhar de
desprezo, um suspiro ou
um sorriso irônico dirigido
ao subordinado, ignorar o
que o servidor está dizendo,
passar pela pessoa sem dar
um bom-dia, tudo isso pode
ter um efeito catastrófico na
autoestima do profissional
vitimado do assédio moral”
2 7 d e a b r i l 2 0 1 224 25
Respeito mútuo na relação de trabalhoO advogado viamonense Alexandre
Ortiz de Paris salienta que ocorre
hoje este tipo de ato por ações que
se miram no passado: “Ainda existe
isso porque há uma cultura advinda
de tempos em que os patrões po-
diam fazer tudo contra os emprega-
dos sem que fossem punidos. Mas
hoje não é bem assim, pois estamos
numa sociedade democrática onde
as pessoas devem ser respeitadas
nos diversos ambientes em que
vive, transitam e trabalham. Assim
como o empregado tem o dever de
cumprir as ordens do patrão, este tem também como obrigação respeitar o seu
empregado como ser humano, como indivíduo, nesta relação de trabalho. Então,
quando existe excesso na ação do patrão contra o empregado, há o posicionamento
das esferas jurídicas para puni-lo por assédio moral. geralmente a pena é pecuniá-
ria, indenizatória, pois é um ilícito criminal. Conforme o caso, que descambe para
uma situação de agressão física, pode até dar prisão”.
É preciso olhar também para o outro lado da moedaA empresária Elenita Andrade não se furtou a dar sua opinião a respeito de assunto
tão pesado na relação patrão/empregado. Ela salienta que o empregador está sem-
pre com a obrigação de manter-se calado diante dos fatos, mesmo que isso o preju-
dique. “Temos que olhar o outro lado da moeda. Que tipo de empregado queremos
e que empregado acabamos tendo. O cidadão chega humilde, pedindo emprego,
sabe tudo, faz tudo. Fica dono de si. Aí o patrão já não pode mais levantar um
pouquinho a voz, tem que chegar com muito cuidado para solicitar a execução de
uma tarefa para o bom andamento do trabalho, tem que sorrir sempre e pedir por
gentileza que o empregado conserte aquilo que fez de errado. Se a situação fica
difícil a gente recebe a intimação: Ah, se não tá satisfeito me manda embora! É
muito difícil. Precisamos ter um jogo de cintura muito grande para lidar. Lógico,
não vou ignorar que há patrão duro,
que ofende, mas há exageros ofen-
sivos do outro lado da moeda tam-
bém, aquele empregado malandro,
que se faz de doente, isso e aquilo.
O empregado tem todos estes direi-
tos e aí pensam que podem fazer o
que quer. Não! É como a faixa de
segurança, o pedestre acha que é
dono da rua e não é bem assim. As
coisas as vezes são mal-explicadas,
ninguém presta a atenção. O empre-
gado tinha que chegar no emprego e
dizer que está ali para cumprir a tarefa determinada pelo patrão, com zelo, com efi-
ciência, sem cara feia, afinal, ali é o seu ganha-pão. Nós, empregadores, no fim do
mês, faça chuva, faça sol, temos que pagar o seu ordenado, os impostos, os tribu-
tos. Mas se a gente não estiver ali cobrando, cobrando, cobrando, o barco afunda.
É uma relação de direitos e deveres, mas está muito complicada”, disse Elenita.
Saiba maisO assédio sexual, conforme definido na lei, se caracteriza pela relação
“vertical descendente”, ou seja, é praticado por um superior hierárquico,
que usa de sua posição para obter favores sexuais dos subordinados. Já o
assédio moral, porém, pode também ser horizontal, entre colegas de mes-
ma hierarquia ou mesmo “vertical ascendente” quando parte de um grupo
de subordinados e se dirige a seu superior direto, se tratando, portanto, de
uma circunstância individual ou coletiva.
o que é ASSÉdio MorAl? O Assédio Moral é todo comportamento abusivo
(gesto, palavra e atitude) que ameaça ou desqualifica, por sua repetição,
a integridade física ou psíquica de uma pessoa, degradando o ambiente
de trabalho. São micro agressões, pouco graves se tomadas isoladamente,
mas que, por serem sistemáticas, tornam-se muito destrutivas. Trata-se de
um fenômeno íntimo e que causa vergonha a suas vítimas. É uma ofensa
aos direitos de personalidade do trabalhador e por isso enseja de penali-
dades e o pagamento de reparação por dano moral. Muitos profissionais
a quem se pode recorrer (médicos, psicólogos, advogados) duvidam das
pessoas vítimas do assédio moral, que preferem ficar caladas. O medo do
desemprego e a represália também contribuem para o silêncio.
Quais os efeitos do ASSÉdio MorAl? Crises de choro, palpitações, tremores,
tonturas, falta de apetite, sentimento de vingança, ideia de suicídio, falta
de ar e uso de entorpecentes, entre outros efeitos.
como provar o ASSÉdio MorAl? Documentos, e-mails, fotos e gravações
feitas pela vítima, depoimentos de colegas podem ser anexados a proces-
sos destinados a órgãos onde trabalham, aos sindicatos e à justiça para
análise.
O número de abusos no Brasil é elevadoA advogada Élida gisele Pérez Silva, em artigo extraído da internet, assim
se manifesta a respeito:
“Estima-se que no Brasil pelo menos quase metade dos trabalhadores já
sofreu alguma espécie de violência moral, como por exemplo: receber ins-
truções confusas e imprecisas, as críticas em público, depreciação das
tarefas feitas, a marcação de tempo e de vezes para ir ao banheiro, a sub-
missão a tarefas inferiores à função desempenhada, etc.
Os tribunais têm reconhecido os danos causados por essas condutas e con-
denado os responsáveis a pagar indenizações aos ofendidos. As discussões
que envolvem o assédio moral são personalizadas pela complexidade. Ape-
sar de não ser fácil sua identificação, tem-se como meio de prova: bilhetes,
testemunhas, gravações, laudos médicos etc. O assédio moral é constatado
por perícia médica que verifica a deterioração progressiva da saúde mental
do ofendido no ambiente laboral.
Para o TST, a reparação dos danos morais advindos de ato de assédio
moral realiza-se mediante responsabilização objetiva, com requisitos pecu-
liares, conforme o Agravo de instrumento em Recurso de Revista n° TST-
-AiRR-185/2001-003-17-00.8.
Portanto, conclui-se que o assédio moral como fenômeno social é um ato
de violência e de ofensa qualificada à honra subjetiva, em afronta à digni-
dade do indivíduo e aos valores sociais do trabalho. Ele deve ser provocado
de forma freqüente e prolongada acarretando doença psíquico-emocional
ao empregado, aferida por perícia médica e que deve ser punido com rigor,
cabendo indenização por danos morais, com responsabilização objetiva”.
CR MercadoApós cinco anos em prédio locado, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul
inaugurou, dia 10 de abril, a nova sede da instituição no município. O ato contou com
a presença da defensora pública-geral do Estado Jussara Acosta, entre outras auto-
ridades estaduais e de Viamão. As novas instalações estão localizadas na Av. Bento
Gonçalves, nº 101, sala 101, Centro, em frente ao Fórum, para atendimentos nas áreas
Cível, Família e Infância e Juventude. Conforme a defensora pública-geral do Estado,
trata-se de um momento digno de celebração: “É motivo de muita alegria. A popula-
ção de Viamão merece ser atendida com dignidade. Agradeço a colaboração de todos
os defensores e espero que sejamos muito felizes nessa nova casa. Sejam todos bem-
-vindos.“, disse Jussara Acosta. Anteriormente, os atendimentos eram realizados na
Rua Cirurgião Vaz Ferreira, nº 468. O atendimento na área Criminal é realizado no
prédio do chamado Fórum Novo (Av. Bento Gonçalves, nº 90).
O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, com horários específicos para
cada área. A população precisa ficar atenta, pois o número de fichas é reduzido por
dia: Segunda e quarta, às 9h, distribuição de fichas para processo da 2ª Vara Cível; Se-
gunda e quarta, às 9h30, atendimento de assistidos agendados para iniciar processos
da Vara de Família; Terça e quinta, às 9h, distribuição de fichas para processos da 1° e
da 3ª Vara Cível; Terça e quinta, às 13h30, distribuição de fichas para atendimento ao
réu em processos da Vara de Família; Terça e quinta, 9h30, atendimento aos assisti-
dos agendados para iniciar processos cíveis; Segunda a sexta, 13h30, distribuição de
fichas para atendimento aos processos da Vara de Família parte autora; Sexta-feira, às
9h, distribuição de fichas para ajuizamento de ações cíveis e de família;
Os casos urgentes são atendidos sem ficha, no horário do expediente.
Defensoria Pública com nova sede em Viamão
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CR Mercado CR Mercado
Localizado na Estrada da Branquinha, na Viamópo-
lis, o CESI Multicentro presta serviços de apoio à edu-
cação, desenvolvimento cultural e saúde. Inaugurado
em agosto de 2009, o empreendimento disponibiliza
aos alunos das escolas do CESI, serviços dos mais va-
riados tipos, a partir da combinação de lazer e apren-
dizado.
Aulas de reforço, inglês, teatro, danças, música,
além de especialidades médicas fazem parte da ampla
estrutura situada na Estrada da Branquinha, com aces-
so na parada 42. As atividades ocorrem no turno inver-
so ao escolar e também são voltadas aos pais, servindo,
ainda, como alternativa à comunidade viamonense.
A diretora do Multicentro, Ruth Motta, reforça o
grande objetivo da instituição: “A estrutura foi sonha-
da, planejada e criada pelo proprietário Valdir Bonatto
através de uma proposta pedagógica inovadora. Pro-
fissionais da saúde e educação interagem visando a
qualidade do ensino e a construção do conhecimento”,
destaca ela, que também é coordenadora pedagógica.
CESI Multicentro é referência em lazer e aprendizadoEspaço disponibiliza atividades culturais, aulas de reforço e especialidades médicas. Centro de Línguas é a grande novidade deste semestre. Ainda há vagas!
Em relação aos valores cobrados, ela conta que os
preços são acessíveis, havendo descontos para os alunos
pertencentes ao grupo educacional. “Além dos estudan-
tes, atendemos também as pessoas que nos procuram.
Enfim, o Multicentro é destinado às diversas necessida-
des da população viamonense”, completa Ruth.
Cultura e lazerAs escolas de dança, música e teatro permitem o
desenvolvimento das habilidades artísticas, inclusive
com apresentações públicas direcionadas à comuni-
dade escolar. Neste sentido, são desenvolvidos peças
teatrais e aulas de ballet, danças folclóricas e de salão,
bem como, ensino de violão, teclado, flauta, canto, en-
tre outros.
AtendimentosSobre as especialidades médicas ofertadas, as mais
procuradas são aquelas referentes a questão compor-
tamental, como pedagogia e psicopedagogia. Entre os
outros serviços, estão odontologia, nutrição e fonoau-
diologia. Para o futuro, o desejo é disponibilizar tam-
bém o atendimento em dermatologia e medicina do
trabalho.
A psicóloga Sonia Godoy Lopes destaca as con-
dições de trabalho como um dos maiores trunfos do
espaço: “A cada ano aumenta a infraestrutura e, como
consequência, eleva-se também o número de alunos
e consultas. Isso acaba possibilitando que o profis-
sional desempenhe seu papel da melhor maneira
possível. Enfim, o Multicentro é uma referência no
atendimento multi e interdisciplinar”, elogia a pro-
fissional.
Interessados em participar, ainda há vagas em to-
dos os cursos, bem como oportunidades para profis-
sionais que desejam integrar a equipe. Informações
adicionais pelo telefone (51) 3446-0402 ou na sede do
Multicentro, na Estrada da Branquinha, n° 199, Via-
mópolis.
Alunos aprovam iniciativaEstudante do CESI Viamópolis, Gabriele Costa
da Silva, 12 anos:
“Sempre achei as aulas na escola bem legais. Com o
Centro de Línguas espero aprender a falar inglês antes
do tempo que levaria normalmente”.
Igor Noal, 14 anos: “Tenho dificuldades no inglês
e espero superá-las. Além disso, para o meu futuro é
superimportante, pois pretendo cursar ciências aero-
náuticas”.
Moradora de Porto Alegre, Alicia Motta, 11 anos:
“Minha média é boa mas, certamente, aumentarei
ainda mais com o curso. Minha família incentiva
bastante”.
Nicolas Brum, 14 anos: “Meu inglês não é dos me-
lhores, mas irei me esforçar e conseguirei superar as
dificuldades”.
Nínivi Bianchi, morada da Viamópolis: “Tirando
matemática, todas as minhas notas são boas. Apren-
der inglês é mais do que importante, além disso faze-
mos novas amizades no curso”.
Ampla estrutura CesiAs escolas CESI surgiram com a unidade da
Santa Isabel, criada depois de muito planejamen-
to para atender uma região que clamava por uma
instituição que oferecesse educação de qualidade
a preços competitivos. Com o nome já consolida-
do e despontando como uma das melhores esco-
las de Viamão, em 2005 foi inaugurada a segunda
unidade voltada para o atendimento de crianças de
quatro meses a seis anos de idade, o Cesi Júnior.
Nesse meio tempo, buscando qualificar ainda
mais a proposta pedagógica, o empreendimento
CESI firmou, assim, parceria com o Sistema Po-
sitivo de Ensino. A iniciativa a posicionou como
uma das maiores instituições de ensino da cidade.
Em 2008 foi inaugurada a unidade do CESI
Viamópolis, sendo preparada para atender crian-
ças a partir dos dois anos, com a projeção de
concluir o ciclo de implantação de todo o Ensino
Fundamental e Médio no ano de 2015. Já em 2009,
passou o funcionar o CESI Multicentro, construí-
do para atender as mais diversas necessidades de
seus públicos-alvo e tema desta matéria.
Centro de LínguasRecém-inaugurado, o Centro de Línguas é um dos principais diferenciais do CESI Multicentro. Com uma pro-
posta inovadora, cinco turmas recebem aulas de inglês no turno inverso ao escolar, sendo destinado aos alunos do
chamado ensino fundamental 2 (do 6º ao 9° ano) das escolas do CESI Santa Isabel e Viamópolis. Para estes não
existe custo adicional, sendo cobrado apenas o material pedagógico.
Professora de três turmas, Daniela Fávero explica os diferenciais do curso: “Em sala de aula, no currículo esco-
lar, a proposta é voltada à leitura e interpretação de texto. No Centro de Línguas a abordagem está na conversação.
Esperamos que os alunos compreendam a língua através de áudios e vídeos e possam se comunicar em inglês”,
disse a educadora, fazendo referência também à colega Roberta Pereira, responsável por outras duas turmas.
Os estudantes foram selecionados levando-se em conta as melhores médias escolares de 2011, além de uma
prova específica de língua inglesa. O mesmo critério foi utilizado para definir as turmas, sendo que o nível do co-
nhecimento acaba definindo a classe que cada aluno fará parte.
O Centro de Línguas é um projeto piloto do CESI em parceria com o Sistema Positivo de Ensino. Referência
pedagógica em todo o país, o citado sistema está prevendo a instalação de uma franquia dos serviços (Centro de
Línguas) na cidade de Viamão.
P O R S A U L T E I x E I R A
2 7 d e a b r i l 2 0 1 228 2928
CR MercadoPeregrino lança novidades no Café Colonial
O Café Colonial do Restaurante e Café Peregrino é tradicional em Viamão. Dia-
riamente, o local vem se destacando como um ponto de encontro de amigos e de ne-
gócios.
Pois o que já era bom ficou ainda melhor. No mês do seu aniversario, o Restau-
rante e Café Peregrino traz novidades e uma nova proposta em gastronomia no car-
dápio do Café Colonial, a preços populares.
Entre as novidades, destacam-se: carnes, salgados, pizza, lasanha, sopa, bolos,
tortas, geleias e sanduíches naturais, com baixas calorias, que o próprio cliente
monta conforme sua preferência, com antepastos e uma variedade de verduras e le-
gumes. Para completar, café, chocolate quente, suco e vinho estão entre as opções de
bebidas.
No cardápio elaborado predominam a criatividade e a excelência, com acompanha-
mento de nutricionista em todas as etapas da produção dos alimentos. A receita de su-
cesso está na aposta pela profissionalização do atendimento e no compromisso com a
qualidade dos serviços, sem esquecer o tempero caseiro.
O Café Colonial é servido diariamente, a partir das 16 horas. O buffet livre sai por
R$ 13,90. Na opção a quilo, R$ 25,90.
O Restaurante e Café Peregrino fica na Rua Cel. Marcos de Andrade, esquina Rua
Daltro Filho, ao lado da Igreja Matriz. Informações e reservas (51) 3045.1001. No
Facebook, curta e compartilhe a página: Restaurante e Café Peregrino.
Senac Viamão oferece cursos gratuitos No dia 18, foram encerradas as inscrições para os cursos gratuitos ofereci-
dos pelo Governo Federal, através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec). O Programa é voltado para integrantes do Ca-
dastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, como por exemplo,
o Bolsa Família. O movimento foi intenso no Balcão Sesc/Senac, no centro.
Em Viamão, o Senac oferece os cursos de Vendedor, Auxiliar Administra-
tivo, Recepcionista de Eventos, Promotor de Vendas, Auxiliar de Crédito e
Cobrança, Operador de Computador e Montagem e Manutenção de Computa-
dores. As aulas se iniciaram dia 23 de abril. Informações adicionais no Balcão
Senac, no centro, na rua Marechal Deodoro, n° 175. Telefone: (51) 3434-0991.
Mágico francês se apresenta no Stella Maris
O Colégio Stella Maris, no centro, oportunizou uma celebração diferente
na Páscoa. Dia 10 de abril, cerca de 900 alunos prestigiaram a apresentação
do mágico e ilusionista francês Eric Chartiot, com números destinados a re-
flexão e o entretenimento. Ao todo, foram realizados quatro espetáculos com
temáticas diferenciadas para atender alunos de diferentes idades.
Ex-diretor da Aliança Francesa, uma escola de idiomas situada em Porto
Alegre, Eric conta que faz dez anos que trocou os bancos escolares pelos nú-
meros de ilusionismo. “Tive o prazer de receber o convite para celebrarmos a
Páscoa e estou muito satisfeito. Foram experiências distintas”, disse o mágico,
que recebeu elogios de todos.
CR Mercado
Gerente do Sicredi visita redação do CRNo dia 11 de abril esteve em visita à re-
dação do CORREIO RURAL o sr. Rodrigo
Ulian Borges, Gerente da Unidade de Aten-
dimento do Grupo SICREDI em Viamão. Na
oportunidade, ele estava acompanhado pelo
advogado dr. Rafael Mennet, representando
a Acivi. Em conversa com o diretor do CR,
jornalista Milton Santos, o gerente do SI-
CREDI contou de seu trabalho junto à agên-
cia viamonense, uma das mais credenciadas
dentro do grupo.
Genito Ávila é o novo presidente do Clube dos 20
Tradicional agremiação viamonense, composta por 20 apaixonados pelo jogo de
sinuca, elegeu por aclamação o advogado Genito Ávila para comandar o clube até
março de 2013
A chapa foi constituída pelos associados Genito Avila da Silva, Presidente, Ale-
xandre Ortiz de Paris, Diretor Administrativo, Alceu Veiga de Souza, Diretor Finan-
ceiro e Airton Pires de Souza, Diretor de Comunicação Social.
Na cerimônia de posse dos eleitos, ocorrida no dia 2 de abril, manifestou-se o
Presidente substituído, André Tavares da Silva, tecendo elogios aos membros de sua
Diretoria, bem como a todo corpo social que colaborou com, a sua administração.
Logo após, o Presidente eleito agradeceu a confiança dos associados depositada nos
eleitos. Afirmou da grande responsabilidade que a nova Diretoria terá para conduzir
os destinos do Clube, uma entidade de 27 anos de ininterrupta atividade. Genito afir-
mou que nada mais terá como metas o trinômio trabalho, organização e disciplina,
e que para consecução dessa meta conta com a compreensão e colaboração de todos,
a fim de que não só internamente se atinja o sucesso, como de resto externamente
estejamos divulgando à comunidade local os bons exemplos ofertados por esta cor-
poração de homens de bem.
POR SAUL TEIxEIRA
Na última quarta-feira, 25, ocor-
reu mais uma edição do “Bate-Papo da
Qualidade”, organizado pela Associa-
ção Comercial, Industrial e de Serviços
de Viamão (Acivi). Desta vez, o evento
foi realizado na sede do Sindicato Ru-
ral, no centro, e contou com a palestra
do empresário Jorge Luiz Kunzler. Na
oportunidade, ele detalhou aspectos
referentes à instalação de seu empre-
endimento na cidade. A previsão é que
a fábrica de laticínios seja inaugurada
em maio de 2013.
As obras já estão em andamento na
região conhecida como distrito indus-
trial Viamão/Alvorada, quase na divisa
entre os dois municípios. Ao todo são
cinco hectares que receberão inves-
timento de R$ 12 milhões. Segundo o
projeto, até 2015 o espaço deverá tor-
na-se a matriz da empresa Parmíssimo,
uma das líderes nacionais no comércio
de queijo ralado. Atualmente,
a fábrica está sediada em Por-
to Alegre.
Um dos criadores de ou-
tra famosa marca de queijos
ralados, Kunzler destaca que
Viamão recebeu forte con-
corrência de cidades vizinhas
para sediar a empresa: “Pro-
Fábrica de laticínios será inaugurada em 2013
curamos os principais municípios da
região metropolitana, mas fomos bem
recebidos somente em Guaíba. Estáva-
mos quase acertando o negócio, quando
alguns fatos nos trouxeram a Viamão”,
relembra.
O empresário se refere a duas con-
versas realizadas quase na informali-
dade. A primeira delas ocorrida entre
seu irmão e sócio e o então deputado
federal de Viamão, Geraldinho Filho. A
outra, entre o próprio empreendedor e
o amigo Marcelo Baco, que ele conhe-
ceu em 2009. Conforme Kunzler, em
ambos os casos, os citados “venderam
muito bem a cidade de Viamão”, o que
motivou a instalação na cidade.
oportunidadEsA partir disso, um novo encontro foi
realizado entre o prefeito e o então se-
cretário de desenvolvimento econômi-
co de Viamão. Na oportunidade, Kunz-
ler passou a detectar as oportunidades
para a instalação da fábrica. O preço
do hectare que custou R$ 45 mil reais -
quando o mercado pratica o valor de R$
150 mil - bem como, o desconto de 39%
no ICMS, no momento que a empresa
passar a lucrar, foram fundamentais
para a consolidação do negócio.
Conforme Kunzler, outros fatores
tornam a cidade de Viamão um pólo
industrial atraente: “Qualquer fábrica
para crescer precisa vender 30% para o
mercado interno e o restante para ou-
tros estados. Neste sentido, Viamão está
a 3 km da melhor via de escoamento do
Estado, a freeway. Nosso investimento
pretende ajudar no desenvolvimento
do município. Viamão possui um po-
tencial extraordionário, mas precisa
aprender a se vender”, conclui.
Atualmente, a Parmíssimo Distri-
buidora atende 15 mil pontos de vendas,
atingindo todas as grandes re-
des de supermercados na re-
gião Sul e em São Paulo. A em-
presa que tem administração
familiar é a primeira colocada
na Pesquisa Nacional Sobre
Reconhecimento de Marca,
nos Estados do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e Paraná.
Saiba mais
O “Bate-Papo da Qualidade” é
um evento tradicional promovido
pela Acivi em parceria com o comi-
tê local do PGQP (Programa Gaúcho
da Qualidade e Produtividade). Uma
vez por mês, as entidades trazem a
Viamão palestrantes que abordam
as oportunidades de crescimento e
desenvolvimento da cidade.
O presidente da Acivi, André Pa-
checo justificou a realização do en-
contro: “Estamos sempre atentos as
inovações e oportunidades visando
o bem do nosso associado. Fazemos
as discussões necessárias para con-
tribuirmos com o desenvolvimento
da cidade em todas as suas esferas.
Dentro de nossa competência, bus-
camos constantemente o desenvol-
vimento de emprego e renda”, sa-
lientou.
No encontro citado no texto, ou-
tras atrações nortearam a reunião-
-almoço. Na oportunidade, o ge-
rente da Caixa Econômica Federal,
unidade de Viamão, Verardi Horbe
apresentou um balanço de 2001,
além de adiantar as propostas para
esse ano. Outro ponto alto do evento
foi o anúncio de uma parceria entre
a Acivi e uma empresa contábil, para
a emissão de certificação digital.
2 7 d e a b r i l 2 0 1 230 31
CR MercadoEDITAIS DE CASAMENTO
Francisco de Assis dos Santos, Oficial Registrador do Ofício de Registro Civil das Pessoas Naturais de Viamão, RS, faz saber que pretendem casar:
Edital nº 10696, de 26 de março de 2012.DÍRSON SEHNEM, agricultor, e NOEMI SCHÜTZ DA CUNHA, do lar, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10697, de 28 de março de 2012.WELLINGTON PEDROSO DIAS, comerciário, e CHÉLEN APARECIDA PEREIRA DA SILVA, estudante, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10698, de 30 de março de 2012.LUÍS FERNANDO ALMEIDA DE OLIVEIRA, operador de máquinas, e GRACIELE MACHADO DA SILVEIRA, técnica em edificações, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10699, de 02 de abril de 2012.NESTOR BECKER DA ROSA, solteiro, vigilante, e TEREZINHA DE FÁTIMA BATISTA, divorciada, do lar, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10700, de 04 de abril de 2012.CASSIANO PERFEITO DOS SANTOS, auxiliar administrativo hospitalar, e KAREN GRAZIELA BUENO ROLIM DE MOURA, atendente de telemarketing, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10701, de 09 de abril de 2012.ISRAEL MARQUES, divorciado, pedreiro, e ELIENI NASCIMENTO DA SILVEIRA, viúva, do lar, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10702, de 09 de abril de 2012. RÓGER ZANETTI SILVEIRA, representante comercial, e ANA CLÁUDIA ZALONY DA SILVA, técnica em radiologia, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10703, de 10 de abril de 2012. FRANCISCO CARLOS DA ROZA PACHECO, comerciário, e DÉBORA FERNANDES DE OLIVEIRA, supervisora de negócios para eventos, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10704, de 10 de abril de 2012. DIONES MOREIRA ESCOBAR, mecânico, e KELLEN DOS SANTOS MOREIRA DA SILVA, técnica de enfermagem, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10705, de 10 de abril de 2012. LUAN DOS SANTOS BRAGA, pedreiro, e ANA PAULA CORREA DA SILVA, recreacionista, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10706, de 10 de abril de 2012.LUIZ ARIANO MENDES BORGES, pedreiro, e JUSSARA DE OLIVEIRA LONGARAY, doméstica, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito e em Camaquã, RS, respectivamente.
Edital nº 10707, de 11 de abril de 2012.ANTÔNIO CARLOS GONÇALVES, açougueiro, e LUCILENE ZAMPRONIO SILVA, cozinheira, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10708, de 11 de abril de 2012. JOSÉ ROMILDO KILANOWSKI, gerente de loja, e ADRIANA INÊZ JESINSKI, do lar, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito e em Dom Feliciano, RS, respectivamente.
Edital nº 10709, de 12 de abril de 2012.CARLOS ALBERTO SILVA DOS SANTOS, divorciado, montador de elevadores, e RITA DE CÁSSIA DA CONCEIÇÃO, solteira, maior, supervisora de loja, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10710, de 12 de abril de 2012.PAULO ALCI MOREIRA, policial-militar da reserva, e JAINE ISABEL ROSA, professora, ambos brasileiros, divorciados, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10711, de 13 de abril de 2012. EDSON DIOVANE ROSA VIANA, servidor público federal, e LOISE LUCIANE VIEIRA DA SILVA, babá, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10712, de 16 de abril de 2012. ROBERSON DA SILVA ESSIG, industriário, e SUÉLEN DA SILVA PRUSCH, comerciária, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10713, de 16 de abril de 2012. LUIZ GONÇALVES DA SILVA, divorciado, motorista aposentado, e ADÉLIA DE ALMEIDA BALDUÍNO, solteira, maior, auxiliar de limpeza, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10714, de 16 de abril de 2012.ALDO LUÍS FLORISBAL DE OLIVEIRA, comerciário, e ROSA MARIA RODRIGUES DA CONCEIÇÃO, empregada doméstica, ambos brasileiros solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10715, de 17 de abril de 2012.BRASIL SILVEIRA JÚNIOR, pedreiro, e ANDRÉIA MEIRELLES MORETTO, manicure, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10716, de 17 de abril de 2012. LEONARDO SANTOS ARAÚJO e ALINE FONSECA VIVIAN, ambos brasileiros, solteiros, maiores, comerciantes, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10717, de 18 de abril de 2012.EUCLIDES ROQUE MICHELS, divorciado, pedreiro aposentado, e MARIA GORETTI RIBEIRO PADILHA, viúva, do lar, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10718, de 18 de abril de 2012. MARCELO TRIGO PINHÃO, vigilante, e EDNÉIA SILVA DE CARVALHO, atendente de crianças, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10719, de 20 de abril de 2012.JÚLIO CÉSAR PINTO DA SILVA, vigilante, e ROSANEA LOPES RODRIGUES, comerciária, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10720, de 20 de abril de 2012.JAIR ROCHA DA ROCHA, soldador, e TAÍS DE CAMARGO FERREIRA, do lar, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10721, de 20 de abril de 2012.VÍCTOR FABIANO CAVALHEIRO DA SILVA, carpinteiro, e FRANCELE WEBER MATHIAS, comerciária, ambos brasileiros, divorciados, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Edital nº 10722, de 20 de abril de 2012. RAFAEL FALLEIRO RODRIGUES, comerciário, e KELLY TIÉZER DA SILVA GUIMARÃES, do lar, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.
Viamão, 25 de abril de 2012.
E s c r i t ó r i o e D e p ó s i t oRS 118, km 036, nº 3.068, Tarumã, Viamão/RS. (51) 3485-3411 9972-7477 / 9973-6406 /CEP: 94.420-400 JUCERGS:181/03/ site:www.gilmarleiloeiro.com.br e-mail: [email protected]
EDITAL DE PRAÇA / LEILÃO E INTIMAÇÃODE: MMB - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MATERIAL PARA ESCRITÓRIO LTDA; MUSEU DO PAPEL LTDA; PADARIA E MINI MERCADO DO BIGODE LTDA - ME E MARTA CLECI BRESOLIN P. BERNARDO; CRECHE E BERÇÁRIO BEBÊ CONFORTO LTDA E OUTROS (4); MECÂNICA JOVICAR LTDA.-ME; MARLENE SANCHES ALVES; CLOVIS EDUARDO COLLARES VERARDI.
DATA: 25/05/2012HORÁRIO: 10 horas.LOCAL: DEPÓSITO: ROD. RS 118, KM 036, Nº. 3.068, TARUMÃ, VIAMÃO / RS.
GILMAR SANTOS, Leiloeiro Rural e Oficial, ou seu Preposto RONY CAETANO JÚNIOR, devidamente autorizado(s) pelo(a) Exm°.(ª). Sr.(a). Dr.(a). Juiz(a) do Trabalho Titular da Vara do Trabalho da Comarca de Viamão/RS, venderá em público Praça / Leilão em dia, hora e local acima mencionado o(s) seguinte(s) bem(ns): - Um terreno constituído do lote nº. 156 da quadra nº. 07, situado no loteamento denominado Vila Cecília, situado no Distrito do Passo do Sabão, no Municipio de Viamão/RS, com a área superficial de 480,00m², medindo 12,00m de frente por 40,00m da frete aos fundos, por ambos os lados, tendo nos fundos a mesma largura da frente, dividindo-se: pela frente, a NE, com a rua “D”; pelos fundos, a S0, com o lote nº. 145; por um lado, a NO, com o lote nº. 157; e pelo outro lado, a SE, com o lote nº. 155; distante 88,00m da Avenida Central; localizado no quarteirão formado pela ruas “C”, “D”, Avenida Central e terras de João dos Reis. Sobre o referido imóvel existe uma edificação de alvenaria. Matricula nº 32.921, fls. 01, lvr. nº 02 do Oficio de Registro de Imóveis da Comarca de Viamão/RS. AVALIADO EM R$ 110.000,00. - Um automóvel Renault Scenic RXE 2.0, placa KND-0373, Renavam nº 720173078, Chassi nº 93YAMG35XJ048688, cor vermelha, ano e modelo 1999. AVALIADO EM R$ 15.000,00. Ônus – Restrição Renajud: Transferência. - Um freezer vertical, com porta de vidro, Reubly, branco. AVALIADO EM R$ 800,00. - Um freezer vertical, com porta de vidro, Reubly, vermelho, logotipo Guaraná. AVALIADO EM R$ 600,00. - Um freezer expositor, com cinco portas de vidro, com equipamentos medindo aproximadamente 3x2m. AVALIADO EM R$ 2.000,00. – Um balcão expositor refrigerado, com duas portas, branco, medindo aproximadamente 2m. AVALIADO EM R$ 600,00. - Uma cristaleira polar vertical. AVALIADA EM R$ 800,00. - Um balcão expositor de carnes, com três portas, medindo aproximadamente 3m. AVALIADO EM R$1.000,00. - Um freezer horizontal Nestle, com porta de vidro, medindo aproximadamente 1,20m. AVALIADO EM R$ 600,00. - Um forno Tedesco Flex - FTFG, à gás. AVALIADO EM R$ 1.000,00. - Um forno Venâncio, à lenha. AVALIADO EM R$ 1.000,00. – Um freezer Trivialy, horizontal, medindo aproximadamente 1,20m. AVALIADO EM R$ 500,00. - Um balcão expositor medindo aproximadamente 2,0m. AVALIADO EM R$ 400,00. - Um armário expositor medindo aproximadamente 1,20 x 2,0m. AVALIADO EM R$ 400,00. - Doze metros de prateleira molduláveis, na cor azul e branca. AVALIADA EM R$ 70,00 O METRO. TOTALIZANDO R$ 840,00. - Uma câmara fria Glacial Pavan, em inox, medindo aproximadamente 2,00 x 2,0m. AVALIADA EM R$ 2.000,00. - Um freezer horizontal Consul, branco, modelo 310. AVALIADO EM 500,00. - Uma máquina registradora Elgin FX7, mais a bancada do mercado. AVALIADA EM R$ 2.000,00. - Uma máquina registradora Elgin RCF - MR 800, mais a bancada do mercado. AVALIADA EM R$ 2.000,00. TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 17.040,00. - Um trator marca Valmet, 65 ID, ano 1986, Amarelo. AVALIADO EM R$ 20.000,00. - Um Graneleiro marca Masal, vermelho, capacidade para 100 sacos. AVALIADO EM R$ 10.000,00. - Um silo secador marca Elipal, capacidade para 10.000 sacos. AVALIADO EM R$ 70.000,00. - Uma máquina agrícola com “braço valetador” marca Masal, cor amarela, em condições de uso, com 10 anos de uso aproximado. AVALIADO EM R$ 10.000,00. - Uma máquina semeadeira marca Semeato, cor vermelha, modelo TDA-300, fabricado em 06/10/1994, série OXAO A - A- 91. AVALIADO EM R$ 36.500,00. TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 146.500,00. - Um esmeril, motor dois HP, motor Weg, 220 volts. AVALIADO EM R$ 200,00. - Uma máquina lixadeira marca Domotec. AVALIADO R$ 350,00. - Uma máquina furadeira marca Ecofer. AVALIADA EM R$ 100,00. TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 650,00. - Dois televisores de 29 polegadas marca SAMSUNG e CCE, com controle remoto. AVALIADO EM R$ 170,00 (CADA). TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 340,00. - Um trator Massey Fergusson – mod. 65X, com pneus, com motor, cor vermelha. AVALIADO EM R$ 15.000,00. – Uma bomba de água para irrigação – 200 mm (bomba 20), Kerber, Azul. AVALIADO EM R$ 15.000,00. TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 30.000,00. Processo Rito-Ordinário nº. 0064300-76.1994.5.04.0411, R.S. nº. 0034900-94.2006.5.04.0411, R.O. n.º 0044200-85.2003.5.04.0411, C.P. 0001050-10.2010.5.04.0411, R.O. nº. 0170900-33.2008.5.04.0411, R.S. nº. 0000795-52.2010.5.04.0411, R.O. nº 0000377-17.2010.5.04.0411 que OMAR BROSE X MMB - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MATERIAL PARA ESCRITÓRIO LTDA; MAURO LUIZ SANTOS FREITAS E OUTROS (2) X MUSEU DO PAPEL LTDA; IVO NUNES DA SILVA X PADARIA E MINI MERCADO DO BIGODE LTDA - ME E MARTA CLECI BRESOLIN P. BERNARDO; ELVIRA ROCHA GODOY X CRECHE E BERÇÁRIO BEBÊ CONFORTO LTDA. E OUTROS(4); FÁBIO DE OLIVEIRA ARAÚJO X MECÂNICA JOVICAR LTDA. ME; IRACEMA DOS SANTOS SILVA X MARLENE SANCHES ALVES; TIAGO MANOEL ROCHA MARTINS X CLÓVIS EDUARDO COLLARES VERARDI. Comissão do Leiloeiro a cargo do comprador. Fica(m) o(s) devedor(es), credor(es) hipotecário(s) e esposa(s) se casado(s) for(em) intimado(s) através do presente caso não seja(m) encontrado(s) pelo Sr. Oficial de Justiça. INFORMAÇÕES COM O LEILOEIRO PELOS FONES: (51) 3485-3411, CELULAR (51) 9972-7477 OU 9973-6406, site: www.gilmarleiloeiro.com.br e e-mail: [email protected]
EXTRAVIO DE TALÃO DE NOTASContexto Comunicação, de Fabrício Ruiz da Silva-ME, CNPJ 07071985/0001-95, estabelecida à rua Onze de Junho, 165, Viamópolis, Viamão, comunica que foi extraviado talão de Nota Fiscal de Prestação de Serviços, com numeração de 001 a 050. Não se responsabiliza pelo uso indevido do mesmo.
Viamão, 10 de abril de 2012.
Lançamento do Projeto CR 2012 - Galeria de fotosNo dia 29 de março, o Correio Rural realizou coque-
tel de lançamento do seu projeto editorial e gráfico para
2012, no Café Peregrino. Na ocasião, a edição de março
foi apresentada aos representantes dos mais diversos
segmentos da comunidade. Na galeria abaixo, confira
algumas imagens do evento, quando os diretores do CR
recepcionaram seus convidados.
GilnEi lEitE E JussEMar da silVa
padrE roGÉrio FlorEs E dr. ênio áVila nunEs
luCídio E sônia GoElZEr
lEtiCia abrEu, alinE Godoi, MarCia pEiXoto E raFaEl MEnnEtMauro Matiotti, Valdir E sabrina bonatto CoM a Filha, FranCinEi bonatto
MarildEs E nílson pinto da silVa arMando aZaMbuJa E Esposa dÉbora
ManoEl Castro dE oliVEira
JorGE pinhEiro E sílVio (J.pinhEiro) sÓlida ContabilidadE
Cristina huGEntoblEr (sEnaC) dr. Eduardo dias lopEs E Esposa
FabianE E FláVio ribEiro FErnando rospidE
2 7 d e a b r i l 2 0 1 232 33
As histórias e imagens dos 100 anos
Na retina Você sabia?
CR personalidades
Em 6 de junho 1953, nosso jornal publicou esta notícia: “Inaugurado o Hospital de Caridade de Viamão – Situado em lugar saudável e com uma construção que se revestiu de excepcional acabamento, tendo suas enfermarias luz e ar diretos, água quente e fria em todos os quartos, contando, também, com uma ampla e bem aparelhada sala de cirurgia, com enfermarias modelares, farmácia e demais requisitos exigidos por uma casa hospitalar das mais modernas, foi inaugurado, domingo último, o Hospital de Caridade de Viamão, velha aspiração do povo viamonense. O ato contou com a presença de elevado número de pessoas, entre as quais o General Ernesto Dorneles, governador do Estado e sua esposa dona Fabiola Pinto Dorneles; major Jorge Adão Fetter; dr. Alberto Carneiro, diretor do Departamento Estadual de Saúde e sua Exma. Revdma. Dom Vicente Scherer, arcebispo metropolitano. Às 14 horas, teve início a inauguração, usando da palavra o orador oficial dr. Niro Teixeira de Souza, um dos esteios da construção daquele nosocômio, que teceu considerações sobre o vulto e importância da obra, dizendo ainda dos esforços desenvolvidos para a concretização daquele empreendimento, pelas autoridades e a atual diretoria do Hospital, hoje sob a chefia de dona Carlinda Azambuja Chaves Barcelos”. A foto é do prédio inaugurado.
Na edição de 16 de abril de 1980, o CR pub
licou notícia
do lançamento da pedra fundamental do préd
io da Escola
Municipal Humberto de Alencar Castelo Bran
co, em
solenidade ocorrida em 11 de abril daquele
ano . Na
foto aparecem o Pe. Bernardo Machado dos S
antos dando a
bênção; o então prefeito Pedro Antônio Per
eira de Godoy;
professores, membros do círculo de pais e
mestres da
escola e grupo de alunos.
Na noite de 11 para 12 de outubro de 2000, Viamão foi atingido por um ciclone que causou estragos em todo
município e, principalmente, na zona rural. Na edição de 15 de outubro de 2000 o CR noticiou o fenômeno
mostrando fotos do desastre, como a que aparece abaixo mostrando um silo arrozeiro totalmente destruído.
O gravador do CR foi testemunha da presença de personalidades da
política rio-grandense em Viamão, como a foto mostra a então senadora
Emília Fernandes que esteve em nossa cidade
em agosto de 1996.
34
por Milton Santos
ESTAMOS FECHANDO O MêS DE ABRiL E, DENTRE OS ASSuNTOS NOTiCiA-DOS PELA iMPRENSA, o que mais chama a atenção é aquele que relata corrup-ções nas esferas políticas. Em Brasília, o Congresso instaurou uma CPi mista para apurar o envolvimento do Senador Demóstenes Torres em falcatruas, nas quais estão como protagonistas, também, o bicheiro (que profissão, hein?) Carlinhos Cachoeira, outros parlamentares e até um governador de Estado. O assunto, da dimensão das Cataratas do iguaçu, já tem até denominação: a CPi do Cachoeira. Espera-se que, no andar da carruagem, não se transforme num modesto riacho de fundo de quintal.Aqui em Porto Alegre, a Câmara Municipal abriu também uma CPi que vai tratar de possíveis envolvimentos financeiros ilícitos com verbas destinadas ao instituto Ronaldinho gaúcho, já com as portas fechadas. A família Assis Moreira e servido-res da Prefeitura vão ser chamados para depoimento. A bola vai rolar e tudo o que se quer é que ela não se perca pela linha de fundo.Acabo de ler o livro “1808”, do jornalista paranaense Laurentino gomes. Basean-do-se em lauta bibliografia, ele conta a vinda da família real portuguesa para o Brasil, fugindo de Napoleão Bonaparte que invadira Portugal. No fi-nalzinho de 1807, o Príncipe Regente D. João, reuniu a corte - que incluía D. Maria i, a Rainha louca, sua mulher Carlota Joaquina e os seis filhos, dentre eles o infante Pedro – e cruzou o Oceano Atlântico com tudo o que tinha direito. Em 1808 a corte já es-tava na colônia e ficou no Rio de Janeiro por 13 anos. Em 1816, com a morte da Rainha, o regente torna-se D. João Vi, rei de Portugal e Brasil. 1821 a corte retorna a Portugal. No ano seguinte D. Pedro proclamaria a independência do Brasil tornando-se imperador.A travessia do oceano teve a escolta da marinha da inglaterra, a quem a coroa portuguesa passou a dever favores. No livro lê-se: “O governo inglês, obviamente, sabia o quanto a mo-narquia portuguesa era frágil naquele momento e como obter vantagens dessa situação”... “...Além das vantagens comerciais, o tratado de 1810 deu aos ingleses prerroga-tivas especiais, que incluíam o direito de entrar e sair do país quando bem entendessem”... A primeira medida, foi a abertura dos portos às nações amigas. A única nação amiga, na época, era a inglaterra.Durante a estada no Brasil, D. João distribuiu títulos de Barão e Visconde a diversas “personalidades” da
corte e também brasileiros, cobrando por estas comendas. Vejam o que está no livro: “...Outra herança da época de D. João é a prática da ´caixinha´ nas concor-rências e pagamentos dos serviços públicos”... “...se cobrava uma comissão de 17% sobre todos os pagamentos e saques no tesouro público. Era uma forma de extorsão velada: se o interessado não comparecesse com os 17%, os processos simplesmente paravam de andar”... “...A época de D. João Vi estava destinada a ser na história brasileira, pelo que diz respeito à administração, de muita corrupção e peculato”... “...A área de compras e os estoques da casa real eram administrados por Joaquim José de Azevedo”... “...Bento Maria Targini comandava o erário real. Os dois eram muito próximos de D. João e Carlota Joaquina, convivendo na intimi-dade da família real, o que lhes dava poder e influência que iam muito além das suas atribuições normais”... “...Azevedo enriqueceu tão rapidamente e teve a sua imagem de tal modo liaga à roubalheira que no retorno de D. João Vi, em 1821, foi impedido de desembarcar em Lisboa”...”...Targini era de família catarinense po-
bre e humilde... como era inteligente e disciplinado, virou escrevente do erário...encarregado de administrar as finanças públicas, o que
incluía todos os contratos e pagamentos da corte, enriqueceu ra-pidamente”... “...Também foi proibido de entrar em Portugal... mas continuou a levar uma vida tranqüila”...”...ambos foram promovidos a barão e visconde”...
Na época, segundo o livro, através de seus poetas populares, os cariocas criticaram o enriquecimento ilícito com versos assim:
“Quem furta pouco é ladrãoQuem furta muito é barãoQuem mais furta e escondePassa de barão a visconde”.
“Furta Azevedo no PaçoTargini rouba no ErárioE o povo aflito carregaPesada cruz do Calvário”.
Pelo que, a corrupção no Brasil é coisa hereditária. Pois, pois...
De D. João a Demóstenes Torres. A corrupção é histórica