ambientes de sedmentação

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    Glaciar

    Leques

    aluviai

    Plancie de

    Inundao

    Dunas

    elicas

    Recife

    Glaciar

    Fundos

    ocenicos

    PlataformaContinental

    Ilha

    Barreira

    Laguna

    Canal (Canho)

    submarino Talude

    Continental

    Sop

    Continental

    2005

    AAAAmmmmbbbbiiiieeeennnntttteeeessss ddddeeeeSSSSeeeeddddiiiimmmmeeeennnnttttaaaaoooo

    PAULO AGUIAR

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    NDICE

    SEDIMENTOS 3

    AMBIENTES SEDIMENTARES 3 Fcies sedimentares Ambientes continentais Ambientes transicionais Ambientes marinhos

    AMBIENTES DE SEDIMENTAO CONTINENTAL 5 Ambientes lacustre

    Ambiente desrtico Ambiente glaciar Ambiente fluvial

    AMBIENTES DE SEDIMENTAO TRANSICIONAL 18 Ambiente deltico Ambiente lagunar Ambiente de Plancie de Mar Ambiente de Praia Ambiente marinho costeiro

    AMBIENTES DE SEDIMENTAO MARINHO 25 Plataforma continental Sedimentao de Recife Sedimentao de Talude continental Sedimentao no Sop continental Sedimentao no Fundo ocenico

    ANEXO AMBIENTE PALUSTRE OU PALUDAL 27

    ANEXO 2 AMBIENTE PALUSTRE OU PALUDAL . 28

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    Playa Lake

    Dunasde areia

    Praia

    Riosmeandrantes

    Esturio

    Delta

    Flecha

    Barra

    Valesubmarino

    Ambiente

    desrtico

    AmbienteCosteiro

    AmbienteGlaciar

    Ambientede Fundosmarinhos

    AmbienteFluvial

    AmbienteLacustre

    AmbienteEstuarino Ambiente

    Marinho deguas rasas

    Plataformacontinental

    Talude

    continental

    Canhosubmarino

    Glaciar

    Lequefluvial

    Fig. 1 Ambientes de Sedimentao mais comuns

    Riosanastomosados

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    AMBIENTES DE SEDIMENTAOCONTINENTAL

    Ambientes continentais so aqueles ambientes que

    esto presentes nos continentes.AMBIENTE LACUSTRE

    Generalidades

    Lagos so corpos de gua parada constitudos emgeral de gua doce, embora existam lagos de guasalgada, como acontece nas regies de baixapluviosidade (Fig. 2).

    Este ambiente de sedimentao compreendebacias de profundidades e tamanhos variados.Podem estar em regies de clima quente,periglaciais e temperados. Os ambientes lacustresocorrem geralmente em terras baixas, dispersosnos continentes.

    O termo "lagoa"" tem sido mais comumenteutilizado para designar corpos de gua parada dedimenses menores que os lagos.

    Os critrios de identificao abrangem evidnciasde deposio subaquosa combinadas comausncia de fsseis marinhos e eventual presenade fsseis de gua doce. A geometria dosdepsitos lacustres muito varivel em funo daforma dos lagos, que muito diversificada (circular,

    elptica, triangular, irregular, etc.), e da profundidade,alm de outros factores. Alm disso, a forma doslagos pode mudar com o tempo.

    H uma classificao mais prtica, baseada no clima

    da rea do lago, distinguindo-se dois grupos principaisde depsitos lacustres: lagos clsticos; e lagos qumicos.

    Depsitos de lagos clsticos

    A distribuio de sedimentos lacustres em lagosclsticos a seguinte: uma faixa externa de cascalhoslacustres, seguida por uma zona de areia e uma zona

    interna de lama margosa e arenosa, e lama na poromais central do lago (Fig. 3). Este zoneamento estabelecido em funo da distribuio de energiahidrulica, iniciando-se pela zona de quebra dasondas seguida pela zona acima da base das ondas euma zona abaixo da base das ondas.

    Depsitos de lagos qumicos

    Esses depsitos so formados tipicamente em lagosefmeros existentes intermitentemente em regies deplayas desrticas. O depsito tpico de lagos

    Fig. 3 Distribuio esquemtica ideal de sedimentos em umlago, quando so disponveis na fonte sedimentos com

    granulometria variando de seixos de vrias dimenses asiltes e argilas.

    Fig. 2 - Lagos so corpos de gua parada.

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    Depsitos de dunas so formados essencialmentede areia bem seleccionada e so comumenteencontrados nos ambientes desrticos.Dependendo de vrios factores, como a eficcia dovento, tipo e suprimento de areia e natureza da

    cobertura vegetal, as dunas podem assumirdiferentes formas. Reconhecem-se as formasdenominadas barcanas, transversais, parablicas,seif, estreladas (Fig. 7 e anexos - 2). De todasessas formas, barcana e seif so as maisfrequentes e mais importantes.

    Os depsitos de loess so constitudos desedimentos no estratificados e bem selecionadosgranulometricamente, muitas vezs,inconsolidados, compostos predominantemente por

    silte e menores quantidades de areia e argila.

    Os depsitos lacustres de ambiente desrtico soacumulados em lagos temporrios (playa lake) dedrenagem centrpeta. Os stios de acumulao degua, em geral muito rasos, so formados por defla-o ou por tectnica. Quando a rea ressecada,

    formam-se depsitos cimentados por sais (sebkhas).Os depsitos de wadis (cursos de gua correntetemporria) so formados sob condies de baixarazo gua/sedimento, por actividade tipicamentetorrencial. Os canais fluviais dos wadis so anastomo-sados, podendo ocorrer contribuio de sedimentoselicos ou fluviais.

    Nos desertos ocorrem ainda depsitos de Hamada,que so as partes rochosas dos desertos constitudasde elevaes e plancies recobertas de fragmentos

    rochosos.

    Fig. 5- Distribuio das zonas ridas e semi-ridas no mundo. notvel a concentrao dos desertos dentro doslimites aproximados entre 30 a norte e 30 a sul do equador Os climas rido e semi-rido cobrem cerca de 30%da superfcie terrestre.

    Fig. 6 - Fotografia area do deserto costeiro do Namibe.

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    Fig. 10 - Distribuio global do gelo

    GlaciaresGelo nos oceanosPlataforma continentais ex ostasFluxo do elo

    AMBIENTE GLACIAR

    Generalidades

    Compreende o ambiente de sedimentao glaciar

    tanto as reas continentais ocupadaspermanentemente por glaciares como as regiesvizinhas em que se nota de maneira evidente aactuao do gelo.

    Os ambientes glaciares so actualmente limitados,estando restritos aos plos, norte e sul, e s altasmontanhas (Himalaia, Andes, Alpes, etc.) (Fig. 10).

    Distingue-se o ambiente glacial de outrasmodalidades de ambiente justamente pelo

    predomnio da actividade geolgica do gelo. Ointemperismo qumico muito reduzidopredominando o fsico.

    Grandes massas naturais de gelo, conhecidas comoglaciares, so o agente principal nos processosgeolgicos que actuam nos chamados ambientesglaciares. A acumulao de gelo at formar os

    grandes glaciares est associada a baixa temperaturacombinada com altas taxas de precipitao e razesmuito baixas de evaporao. As glaciares consistemem neve recristalizada (Fig. 11) e compactada,contendo alguma gua de degelo e fragmentos derocha que, sob influncia da gravidade, fluem parafora dos campos de neve onde foram originados.

    Massas permanentes de gelo existem acima da linhade neve, que o nvel abaixo do qual a neve sofrefuso no vero. As linhas de neve variam de altitude

    de acordo com a latitude e, em latitudes mais baixas, alinha de neve ocorre em altitudes mais baixas.

    Fig. - A mudana da neve recm-cada, por vrios processos, para formar o gelo glaciar.Floco de Neve Neve granular Gelo no-compactado Gelo glaciar

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    Geomorfologia dos glaciares

    Por processos chamados de acumulao a geleirasofre acreco, alimentada por novas precipitaes

    de neve, rastejam encosta abaixo formando corposalongados Iinguides. Os processos de degelo, deevaporao e de formao de icebergs, chamadosconjuntamente de ablao, ocasionam perda degelo dos glaciares. Portanto, conforme osprocessos de acumulao ou ablao,respectivamente, sejam os dominantes, uma geleiraavana ou recuo.

    Quando uma geleira termina em corpo aquoso (lagoou mar), os sedimentos contidos na geleira so

    despejados neste ambiente, onde sofremretrabalhamentos por ondas e correntes. Mas,quando uma geleira termina em mar comprofundidade suficiente para flutuao do gelo, aextremidade destacada em forma de iceberg.Com a fuso do iceberg, os sedimentos contidosem seu interior so depositados na forma dedepsitos marinhos.

    Reconhecem-se essencilamente dois tipos bsicosde morfologia de glaciares:

    a) Glaciares de vale ou alpino - So glaciaresconfinadas em vales intermontanos, podendoapresentar at vrias centenas de metros deespessura. As reas de circos e campos de gelosituados em locais mais altos alimentam osglaciares de vales. Exemplos: geleira do Rdano,Alpes (Fig. 12).

    b) Glaciares tipo calote, continentais ou inlandsis -Este tipo s existe em locais onde a linha de neve mais baixa, sendo constitudo de enormes massasde gelo recobrindo amplas reas continentais.Actualmente, existem grandes glaciares tipo calotena Groenlndia e Antrctica (Fig. 13). Fig. 13 - Poro glaciar da Antrctica

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    O padro rectilneo caracterstico de rios combaixo volume de carga de fundo, alto volume decarga suspensa e declive acentuadamente baixo.

    O padro de canais anastomosados que

    caracterizado por sucessivas divises e reuniesdos canais em torno de bancos arenososassimtricos de sedimentos aluviais. Esses bancospodem estar dispostos transversal oulongitudinalmente ao sentido de fluxo fluvial (21).

    Esse padro tpico de rios com carga slida,principalmente carga de fundo, muito grande emrelao a sua descarga lquida.

    Os canais fluviais meandrantes (Fig. 22) tmgrande sinuosidade. Este padro de canal caracterstico de rios que transportam cargas defundo e em suspenso em quantidadesaproximadamente iguais.

    Na definio do padro de canal fluvial soimportantes os seguintes factores:

    a poca; a carga sedimentar; o dimetro dos sedimentos; a durao dos picos de descarga; a geometria do canal; e o desenvolvimento de diques naturais.

    Processos fluviais e aluvies modernas

    Em um determinado trecho de rio, a forma do canalem seco transversal uma funo:

    do fluxo; da quantidade de sedimento em trnsito e

    suas caractersticas; das propriedades dos materiais que

    constituem a margem do rio;

    e do leito do canal.

    A velocidade da corrente, por sua vez, depende devrios factores, sendo os mais importantes:

    o gradiente energtico (geralmenterelacionado declividade do rio);

    a profundidade da gua; e a rugosidade do leito.

    Fig. 22 - Rios com padres meandrantes

    Fig. 21 - Rio com padro anastomosado.

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    Os materiais slidos transportados pelos riospodem ser divididos em dois grupos:

    carga de fundo(material que se move aolongodo leito por processos de saltao erolamento);

    e carga de suspenso.

    As propriedades texturais e mineralgicas dossedimentos de vales fluviais dependemprincipalmente:

    das condies climticas; e do suprimento de detritos.

    Por sua vez, o suprimento de sedimentos depende: da topografia do terreno; e das condies climticas da rea fonte e

    do local de transporte.

    Depsitos fluviais modernos

    Para fins prticos, trs so os principais grupos dedepsitos fluviais (Fig. 23):

    a) Depsitos de canal - So formados pelaactividade do canal, e incluem os depsitosresiduais de canal, barras de meandros,

    barras de canais e depsitos depreenchimento de canal.

    b) Depsitos marginais - So originados nasmargens dos canais durante as enchentese compreendem os depsitos de diquesmarginais (ou diques naturais) e derompimento de diques marginais.

    c) Depsitos de plancie de inundao - Soconstitudos essencialmente por

    sedimentos finos depositados durante asgrandes enchentes, quando as guasultrapassam os diques naturais e inundamas plancies. Correspondem aos depsitosde plancies de inundao e de pntanos.

    Os depsitos residuais de canalcorrespondem fraco mais grosseira do sedimento (cascalhos),

    seleccionados e deixados por acumulao residual,enquanto a areia se move como carga de fundo e osilte e a argila, como carga de suspenso.

    Os depsitos de barras de meandros, formam

    feies conspcuas no lado convexo dos meandros.As barras de meandros so constitudas tipicamentepor areias.

    Depois dos depsitos residuais de canal, as barras demeandros apresentam os sedimentos mais grosseirosde umrio.

    Os depsitos de barras de canaispodem apresentarmaterial grosseiro (seixos, etc.), como acontece nosrios de regies montanhosas ou material fino, como

    acontece em rios de grande descarga sazonal e emsedimentos prximo s plancies delticas.

    Os depsitos de diques naturais so corposlitolgicos em forma de cordes sinuosos, comseco transversal triangular, que margeiam oscanais fluviais. Os diques marginais so constitudospor sedimentos mais finos que de barras de meandrosde um mesmo rio.

    Os depsitos de rompimento de diques naturaisso formados quando o excesso de gua da enchenteultrapassa os diques naturais por meio de canaisabertos atravs deles. Os depsitos de rompimentode diques, que se estendem em forma de lnguasarenosas sinuosas ou lobadas em direco splancies de inundao, so ligeiramente maisgrosseiros que os sedimentos de diques naturais deum mesmo rio.

    Os depsitos de preenchimento de canaisrepresentam entulhamento devido ao aumentoexagerado na taxa de sedimentao e consequentereduo de profundidade de um canal activo, ousedimentao em canais abandonados. Os depsitosaqui formados, em condies lacustres, so similaresaos de plancies de inundao ou talvez mais finos(Fig. 144). Podem apresentar turfas, bioturbao porrazes e perfuraes por organismos, etc.

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    AMBIENTES DE SEDIMENTAOTRANSICIONAL

    Ambientes transicionais so aqueles ambientes quesituam-se na transio (ou prximo) entre a terra e

    o mar (ou oceanos).

    AMBIENTE DELTICO

    Generalidades

    O termo delta utilizado para denominardepsitos sedimentares contguos, em partesubareos e parcialmente submersos,

    depositados em um corpo de gua (oceano oulago), primariamente pela aco de um rio, (Fig.26).

    Existem deltas marinhos e lacustres, no contexto deambiente de transio, cabe tratar apenas dos deltasmarinhos.

    Os factores que controlam os processosdeposicionais de um delta, agrupa-os em quatrocategorias:

    regime fluvial; processos costeiros; comportamento tectnico; e factores climticos.

    Os deltas podem ser classificados em duas grandesdivises para os deltas marinhos:

    deltas altamente construtivos, em quepredominam as fcies de influncia fluvial;

    e deltas altamente destrutivos, em quesobressaem as fcies de influncia marinha.

    O primeiro grupo subdividido, de acordo com suageometria em planta, em lobados e alongados. Osegundo grupo subdividido em duas classes, deacordo com a geometria peculiar ou segundo apredominncia das ondas ou das mars, em cspide,ou dominados por ondas, e em franja, ou

    Tmbolo

    Laguna

    Ilhas barreiras

    Cspide

    Barra deboca de Baa

    Ilha emBolsa

    Ilhascosteira

    Praia

    Tmbolo

    Delta

    Fig. 25 - Ambientes de transio.

    Fig. 26 - Delta lacustre

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    dominados por mars.

    Sedimentao deltica

    Para que seja formado um delta, necessria umacorrente aquosa carregada de sedimentos quefluam em direco a um corpo de gua em relativorepouso.

    Mas, para que os sedimentos transportados porumrio se acumulem em sua desembocadura eresultem na formao de um delta, necessrio sefaz que a energia do meio receptor no alcance onvel suficiente para transport-Ios e redistribui-losao longo da costa. Portanto da relao de actuao

    da carga sedimentar, transportada pelo rio, e daenergia do meio receptor pode resultar naconstruo de um delta ou na formao de umesturio.

    Quando ocorrem condies para a construodeltica, os sedimentos so empilhados em tornoda desembocadura at atingir a interface ar/gua.Se houver prosseguimento dos processosdeposicionais, o delta progradar para dentro docorpo aquoso construindo a estrutura deltica atnas partes submersas.

    Subambientes delticos e seus depsitossedimentares

    O conceito clssico de um delta admite suasubdiviso em trs grandes provncias desedimentao: plancie ou plataforma deltica;taludeou frente deltica; e prodelta.

    a) Plancie deltica - Constitui a superfcie

    sub-horizontal adjacente desembocadurada corrente fluvial. As diferentes unidadessedimentares dessa provncia, exibindorelaes complexas entre elas, sodenominadas colectivamente depsitosde topo.

    A plancie deltica abrange a partesubarea da estrutura deltica onde, em

    geral, a corrente principal se subdivide emdistributrios. A plancie deltica inclui, assim,os canais distributrios (activos eabandonados) e a rea entre estesdistributrios (plancie interdistributria) onde

    se desenvolvem lagos, pntanos, etc.Os principais depsitos associados planciedeltica so: depsitos de preenchimentode canais, depsitos de diques naturais,depsitos de plancie interdistributria edepsitos de pntanos elagos.

    Os depsitos de preenchimento de canais socompostos de sedimentos grosseiros e finos.Os depsitos de canais consistem em areias

    slticas que variam para argilas slticas eargilas.

    Os depsitos de diques naturais consistem eargilas slticas laminadas perturbadas porrazes de plantas.

    Os depsitos de plancie interdistributria soconstitudas pelos sedimentos argilosos.

    Os pntanos so formados por vegetao.Existem os pntanos de vegetao rasteira,apresentando condies de gua salgada,doce ou salobra, que se desenvolvemprximo ao mar, e os pntanos de vegetaode maior porte, que so de gua doce e sesituam no interior dos continentes. O primeirotipo de pntano d origem aos depsitos devasa orgnica, com grande quantidade degua, denominada sapropel (gyttja) e osegundo, turfa, mas ambos podemapresentar propores considerveis desubstncias inorgnicas (areia muito fina, siltee argila).

    Os lagos que, neste caso, so formados porafogamento de pntanos tipo marshconstituem ambientes propicios acumulaode argilas orgnicas com laminaes slticas.

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    AMBIENTE DE PLANCIE DE MAR

    Generalidades

    Nas margens de esturios, lagunas, baas ou atrs

    de ilhas-barreiras, desenvolvem-se os ambientesde plancies de mar. A superfcie das plancies demar mergulha suavemente, do nvel de mar-altapara o nvel de mar baixa, embora o declive noseja muito regular (Fig. 27).

    Em regies de climas ridos, as plancies de marso desprovidas de vegetao, mas em reas declimas tropicais desenvolve-se densa vegetao demangue.

    Tipos de sedimentos de plancies de mar

    Argila, silte e areia fina so os sedimentospredominantes nos ambientes de plancies demar. Entretanto pelotas de argila e conchaspodem estar presentes nos depsitos de canais demar.

    Fig. 27 - (A) Plancie de Mar(B) Plancie de Mar com marcas de canais de mar(C) Plancie de Mar com ripples marks.

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    Fig. 30 Diagramas mostrando a terminologia de sistemas de correntes costeiras em seco transversal praia.

    Areias de estirncio

    O estirncio corresponde, numa praia, zonasituada entre as mars. Areia o material maiscomumente depositado nessa zona, principalmente

    em baixas latitudes. Geralmente, o estirncio

    marcado pela presena de fragmentos de conchas.Dinmica praial e movimentao dos sedimentos

    O desenvolvimento de praias e suas mudanas so

    controlados principalmente pela energia das ondas.Em geral, podem ser distinguidas praias de altaenergia, onde a aco das ondas forte, e praiasde baixa energia, onde essa aco fraca.

    Areias de antepraia

    A antepraia uma zona constantemente submersa nagua, com a superfcie caracterizada por bancoslongitudinais ecalhas.

    Em seu percurso rumo s praias, as cristas das ondastornam-se mais abruptas quando tocam o fundo logodepois se quebram (Fig. 30), determinando a chamadazona de arrebentao. Essa zona seguida pela de

    surfe, que por sua vez seguida pela zona de vaivmdas ondas. O ngulo de inclinao de uma praiadepende do ngulo de repouso ou equilbrio da areiaque a constitui, e da energia e outras caractersticas

    das ondas que incidemna praia.

    Fig. 29 Representao esquemtica das vrias feies geomorfolgicas de um perfil praial. So mostradas as diferentes feies de umapraia bem como sua transio para a lama da plataforma continental.

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    Ambiente marinho costeiro

    Generalidades

    No ambiente costeiro, alm da deposio arenosa

    das praias, a sedimentao ocorre tambm emlagunas, plancies de mar, esturios, etc.Sedimentos de todos esses meios podem serincorporados em uma sequncia vertical de sedi-mentos costeiros.

    Os sedimentos costeiros so normalmenteconstitudos de areia e s vezes de depsitosconglomerticos. Sedimentos costeiros grosseirosso encontrados s onde a rocha-matriz se situanas proximidades ou quando os sedimentos

    costeiros provm do retrabalhamento de depsitosconglomerticos mais antigos.

    Classificao dos tipos de costas

    De modo geral, podem ser reconhecidos os tiposde costas ilustrados na fig. 31:

    Cordes litorneos, ilhas-barreiras echeniers

    As ilhas-barreiras so constitudas essencialmente

    de um corpo arenoso linear, exposto durante a mar-alta, e que se dispe paralelamente linha de costa,isolando reas protegidas (baas, lagunas e planciesde mar) do impacto do mar aberto.

    Muitas ilhas-barreiras so formadas por sriesparalelas de cordes litorneos, que so elevaeslineares de sedimentos arenosos mais grosseiros,situados prximos ao nvel de mar-alta mdia.

    Dois mecanismos principais so propostos para

    explicar a formao de ilhas-barreiras: a)empilhamento progressivo de areias sobre, bancoscosteiros e b) submerso de faixas de praias e dunascosteiras.

    Fig. 31 Padres de feies costeirassedimentares arenosas moldadas pelaactividade das ondas em reastectonicamente estveis.

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    AMBIENTES DE SEDIMENTAO MARINHO

    Ambientes marinhos so aqueles ambientessituados nos mareou oceanos.

    O mar ocupa actualmente cerca de 70% dasuperfcie terrestre, com uma profundidade mdiade 3.800 metros.

    Seu fundo constitui-se de duas unidades maiores, aMargem Continental (Fig. 32) que a poroadjacente aos continentes e o Fundo Ocenico.

    Sedimentao de Recife

    Os recifes so montes resistentes s ondas feitosde esqueletos calcrios de organismos tais comocorais e certos tipos de algas (Fig. 33).

    Restrito ao ambiente de recife. Ocorrem nos stiosde mares tropicais que possibilitam condiesfavorveis vida de organismo coloniais.

    Plataforma Continental

    A plataforma continental corresponde a rea entre alinha mdia de baixa-mar e a profundidade em que ainclinao do assoalho marinho passa a ser bem mais

    acentuada, ou seja, onde ocorre uma brusca queda dodeclive.

    Usualmente os depsitos contidos nesta rea sodenominados de Nerticos. O tamanho dos sedimentosvariam conforme a profundidade indo de areia a argila.

    Os principais agentes de transporte actuantes so asondas internas e as correntes de vrias naturezas.

    Os organismos formadores dos recifes no suportamuma longa exposio ao ar, pelo que o topo do edifciono pode exceder, em muito, o nvel de mar baixa,portanto o crescimento vertical dos recifes condiciona-se elevao do nvel do mar.

    Do ponto de vista sedimentolgico, este ambiente referido como Complexo de Recife (reef complex) porenvolver, alm do recife, as unidades desedimentao que o cercam.

    Fig. 32 - Uma margem continental passiva (caso de Angola) que consiste de uma plataforma continental larga, talude e sop formadospela acumulao de sedimentos erodidos do continente. Depsitos de sal, recifes de carbonatos, e soleiras baslticas so comuns nasrochas sedimentares da plataforma.

    Crustacontinental

    Sedimentocontinental

    Plataformacontinental

    Basalto Recife

    Sedimento

    marinho

    Talude

    continental

    Sop

    continental

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    Sedimentao no Talude Continental

    O talude continental (continental slope) constitui oelemento da margem continental situado entre amargem externa da plataforma e o sop continental,na ausncia deste o talude liga-se a plancieabissal. Possui maior inclinao que a plataformacontinental constituindo-se ento em um factorpredisponente instabilidade dos sedimentos quea se depositam.

    Supe-se que os principais processo de transportepor influncia da gravidade sejam os seguinte:correntes de turbidez (Fig. 34), corridas de lama,fluxo de sedimentos liquefeitos, fluxos granulares edeslizamentos.

    Em sua parte superior predomina a eroso e em suabase a sedimentao.

    Sedimentao no Sop ContinentalConstitui-se no elemento mais externo da margemcontinental, sua largura mdia varia entre 300 e 400km, porm nem sempre esta presente, exemplo distoesta no Oceano Pacfico.

    O sop o topo de um grande prisma de sedimentosacumulados na frente da base do talude continental,estes sedimentos foram transportados por correntesde turbidez ou de outros tipos, ou ainda, pordeslizamentos subaquticos.

    A designao Pelgico atribuda a todo sedimentode guas mais profundas (fundo ocenico). Derivaduas categorias, os sedimentos eupelgicos e oshemipelgicos.

    Os sedimentos eupelgicos correspondem a depsitosde guas mais profundas, formados por material finoque assenta directamente do corpo de gua. Dessemodo, nem as correntes profundas e nem osdeslizamentos subaquticos participam na suasedimentao. Os sedimentos hemipelgicos so maisgrosseiros e contm maior quantidade decomponentes terrgenos. Distribuem-se pelo sopcontinental, atingindo esporadicamente as planciesabissais.

    Fig. 34 - As correntes de turbidez cortam os canhes submarinos naplataforma e sop continentais e depositam sedimentos para formarum leque submarino.

    Canhosubmarino

    Plataformacontinental

    Taludecontinental Fundo

    ocenico

    Lequeabissal

    Fig. 33 - (A) Recife de corais; (B) Corais

    A

    B

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    Sedimentao no Fundo OcenicoA profundidade mxima conhecida do fundoocenico corresponde Fossa das Marianas(11.034 m), entretanto, as profundidades maiscomuns situam-se entre 4.000 e 5.000 m.

    ANEXO

    AMBIENTE PALUSTRE OU PALUDAL

    caracterizado por guas paradas comvegetao bastante luxuriante. depositadoo carvo (turfa).

    No fundo ocenico depositam-se, principalmente,sedimentos eupelgicos biognicos que compem-sede esqueletos completos ou fragmentados demicroorganismos planctnicos e de material inorgnicode origem terrgena.

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    ANEXO 2 ALGUNS TIPOS DE DUNAS

    Barcana

    Vento

    Longitudina

    Vento

    Transversal

    VentoVento

    Parablica

    Vento

    Barcanide

    Vento

    Estrelada

    Tipos de Dunas