alteraÇÕes 1 -66 · agricultores em regime de exploração familiar, às mulheres, aos pastores e...

AA\1101351PT.docx AP102.064v01-00

PT PT

ACP-EU JOINT PARLIAMENTARY ASSEMBLY

ASSEMBLEE PARLEMENTAIRE PARITAIRE ACP-UE

Comissão dos Assuntos Sociais e do Ambiente

AP102.064/AA1-66

8.11.2016

ALTERAÇÕES1 - 66

Projeto de relatórioUladi Mussa (Maláui), Maria Heubuch (Parlamento Europeu)(AP102.064v01-00)

sobre os desafios para as explorações agrícolas familiares e a produção agrícola de pequena dimensão em países ACP

AP102.064v01-00 2/35 AA\1101351PT.docx

PT

AA_Assemblies_DR

AA\1101351PT.docx 3/35 AP102.064v01-00

PT

Alteração 1Musa Hussein Naib (Eritreia)

Proposta de resoluçãoCitação (nova)

Proposta de resolução Alteração

– Tendo em conta o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais, adotado pelas Nações Unidas em 16 de dezembro de 1966,

Or. en

Alteração 2Anna Záborská



– Tendo em conta o Ano Internacional da Agricultura Familiar 2014 das Nações Unidas,

Or. en




– Tendo em conta o Ano Internacional da Agricultura Familiar 2014 das Nações

AP102.064v01-00 4/35 AA\1101351PT.docx

PT

Unidas1,

Or. en

Alteração 4Maria Heubuch, Michèle Rivasi



– Tendo em conta o «Policy Framework for Pastoralism in Africa: Securing, Protecting and Improving the Lives, Livelihoods and Rights of Pastoralist Communities» [Quadro estratégico para o pastoreio em África: assegurar, proteger e melhorar a vida, a subsistência e os direitos das comunidades pastoris] da União Africana, adotado pela Conferência dos Ministros africanos da Agricultura, em outubro de 2010, e aprovado pelo Conselho Executivo na sua 18.ª sessão ordinária, realizada em Adis Abeba, em janeiro de 2011,

Or. en

Alteração 5Laura Agea


- 1

Em que familiar é definido como «meio de organização das produções agrícola, florestal, pesqueira, pastoril e aquícola...»

(FAO, 2013 p.2) http:// creativecommons.org/licenses/by-cn-nd/4.0/

AA\1101351PT.docx 5/35 AP102.064v01-00

PT


– Tendo em conta o relatório da Comissão dos Assuntos Externos sobre a responsabilidade das empresas por violações graves dos direitos humanos em países terceiros,1

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando A


A. Considerando que, geralmente, não são reconhecidos aos pequenos produtores e aos povos indígenas os seus direitos fundiários, estes tornam-se mais vulneráveis a negociações de terrenos inadequadas, a expropriações ilegais ou à inexistência de indemnizações justas;

A. Considerando que, geralmente, não são reconhecidos aos pequenos produtores, às mulheres e aos povos indígenas os seus direitos fundiários, estes tornam-se mais vulneráveis a negociações de terrenos inadequadas, a expropriações ilegais ou à inexistência de indemnizações justas;

Or. en

Alteração 7Catherine Bearder

Proposta de resoluçãoConsiderando A


A. Considerando que, geralmente, não são reconhecidos aos pequenos produtores e

A. Considerando que, geralmente, não são reconhecidos aos pequenos produtores e,

1

Textos aprovados, P8_TA(2016)0405.

AP102.064v01-00 6/35 AA\1101351PT.docx

PT

aos povos indígenas os seus direitos fundiários, estes tornam-se mais vulneráveis a negociações de terrenos inadequadas, a expropriações ilegais ou à inexistência de indemnizações justas;

em especial, aos povos indígenas, aos agricultores em regime de exploração familiar, às mulheres, aos pastores e aos pescadores os seus direitos fundiários, estes tornam-se mais vulneráveis a negociações de terrenos inadequadas, a expropriações ilegais ou à inexistência de indemnizações justas;

Or. en

Alteração 8Ole Christensen

Proposta de resoluçãoConsiderando A-A (novo)


A-A. Considerando que as desvantagens da apropriação de terras superam as vantagens; que terras habitadas foram queimadas e destruídas para as disponibilizar a promotores imobiliários e que os locais de recolocação disponíveis são, normalmente, distantes das principais zonas comerciais, forçando assim os agricultores a residir longe da sua fonte de rendimento;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando B


B. Considerando que o investimento na agricultura em pequena escala nos países

B. Considerando que o investimento privado e a afetação direta na agricultura

AA\1101351PT.docx 7/35 AP102.064v01-00

PT

ACP foi negligenciado nos últimos trinta anos, ao passo que a dependência dos países de baixos rendimentos da importação de produtos alimentares aumentou, o que os torna vulneráveis às variações dos preços nos mercados internacionais;

em pequena escala nos países ACP tem vindo a diminuir nos últimos trinta anos, ao passo que a dependência dos países de baixos rendimentos da importação de produtos alimentares aumentou, o que os torna vulneráveis às variações dos preços nos mercados internacionais;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando B-A (novo)


B-A. Considerando que o aumento da produtividade e dos rendimentos agrícolas dos pequenos produtores é fundamental para a redução da pobreza nos países ACP, contribuindo para a segurança alimentar e do emprego e conduzindo a uma menor violação dos direitos fundiários;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando C


C. Considerando que as grandes parcerias público-privadas (PPP) podem dar origem a uma posição dominante das grandes empresas agrícolas na agricultura africana e afastar as empresas locais;

C. Considerando que as grandes parcerias público-privadas (PPP) dão origem a uma posição dominante das grandes empresas agrícolas na agricultura africana e afastamas empresas locais;

AP102.064v01-00 8/35 AA\1101351PT.docx

PT

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando D-A (novo)


D-A. Considerando que a crise alimentar de 2008 conduziu ao reconhecimento geral da necessidade de apoiar a produção alimentar em pequena escala destinada aos mercados nacionais;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando F-A (novo)


F-A. Considerando que os chamados «polos de crescimento» visam atrair investidores internacionais através da disponibilização de terrenos a grandes empresas privadas e que tal não deve ser feito em detrimento da agricultura familiar;

Or. en

Alteração 14Gatoloaifaana Amataga Gidlow (Samoa)

AA\1101351PT.docx 9/35 AP102.064v01-00

PT

Proposta de resoluçãoConsiderando H


H. Considerando que os agricultores em regime de exploração familiar e os pequenos agricultores têm demonstrado capacidade para fornecer produtos diversificados e aumentar a produção de alimentos de forma sustentável, através da utilização de práticas agroecológicas;

H. Considerando que os agricultores em regime de exploração familiar e os pequenos agricultores têm demonstrado capacidade para fornecer produtos diversificados, designadamente da pecuária e da pesca, entre outros, e aumentar a produção de alimentos de forma sustentável, através da utilização de práticas agroecológicas;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando I


I. Considerando que as monoculturas aumentam a dependência dos fertilizantes e dos pesticidas químicos, conduzem a uma degradação significativa das terras e contribuem para as alterações climáticas;

I. Considerando que as monoculturas podem aumentar a dependência dos fertilizantes e dos pesticidas químicos, podendo conduzir a uma degradação significativa das terras e contribuir para as alterações climáticas;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando J

AP102.064v01-00 10/35 AA\1101351PT.docx

PT


J. Considerando que a agricultura é responsável por, pelo menos, 14 % do total das emissões anuais de gases com efeito de estufa, principalmente devido à utilização de adubos azotados;

J. Considerando que a agricultura em África é responsável por, pelo menos, 14 % do total das emissões anuais de gases com efeito de estufa, principalmente devido à utilização de adubos azotados, o que torna o continente o terceiro maior emissor desde o ano 20001;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando K


K. Considerando que a dimensão de género é um aspeto muito importante dos investimentos na agricultura em África;

K. Considerando que a dimensão de género é um aspeto muito importante dos investimentos na agricultura em África; que as mulheres das zonas rurais são há muito discriminadas no que se refere ao acesso a uma série de recursos de produção, como a terra, o crédito, os fatores de produção e os serviços;

Or. en



1

http://www.fao.org/docrep/019/i3671e/i3671e.pdf

AA\1101351PT.docx 11/35 AP102.064v01-00

PT



K. Considerando que a dimensão de género é um aspeto muito importante dos investimentos na agricultura em África; que as mulheres das zonas rurais são há muito discriminadas no que se refere ao acesso a uma série de recursos de produção, como a terra, o crédito, os fatores de produção e os serviços;

Or. en





K. Considerando que a dimensão de género e a formação são aspetos muito importantes dos investimentos na agricultura em África; que o empoderamento das mulheres na agricultura em pequena escala, como agentes ativas e qualificadas de mudança, é crucial para o desenvolvimento económico do setor;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando L

AP102.064v01-00 12/35 AA\1101351PT.docx

PT


L. Considerando que a FAO estima que, em todo o mundo, se perdeu cerca de 75 % da diversidade genética vegetal;

L. Considerando que a FAO estima que, em todo o mundo, se perdeu cerca de 75 % da diversidade genética vegetal; que a erosão genética em grande escala aumenta a nossa vulnerabilidade às alterações climáticas e ao aparecimento de novas pragas e doenças;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando M-A (novo)


M-A. Considerando que as explorações familiares frequentemente conseguem uma maior produtividade em termos de terras do que as grandes explorações, mas utilizam mais mão de obra por hectare do que as congéneres de maior dimensão, o que perpetua a pobreza e prejudica o desenvolvimento; que grande parte da produção alimentar mundial envolve mão de obra não remunerada de membros da família;

Or. en



AA\1101351PT.docx 13/35 AP102.064v01-00

PT


M-A. Considerando que, em África, o acesso dos agricultores à água é uma questão importante; que apoiar a irrigação das pequenas explorações através de assistência financeira e técnica pode melhorar consideravelmente a produtividade e os rendimentos, pois a água representa uma oportunidade para o desenvolvimento local;

Or. en




M-A. Considerando que muitos pequenos agricultores e comunidades rurais aderem a práticas tradicionais e continuam a sustentar a sua ingestão de proteínas através da caça de animais selvagens («bushmeat»); que tal se revela cada vez mais insustentável;

Or. en




M-A. Considerando que as explorações

AP102.064v01-00 14/35 AA\1101351PT.docx

PT

agrícolas familiares e em pequena escala afetam o desenvolvimento económico, político e sociocultural dos países em desenvolvimento, o que terá um impacto direto no processo de construção de uma nação; que o fracasso do processo de construção da nação pode originar instabilidade política, agitação social, injustiça e estagnação sociocultural, originando a criação de Estados falhados;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando M-B (novo)


M-B. Considerando que as explorações familiares são uma grande fonte de solidariedade intergeracional, social e de responsabilidade ambiental, promovendo, por conseguinte, o desenvolvimento sustentável mesmo nas regiões mais empobrecidas;

Or. en




M-B. Considerando que a população mundial, cerca de 7,2 mil milhões de pessoas, vive de sistemas de produção

AA\1101351PT.docx 15/35 AP102.064v01-00

PT

agrícola constituídos por mais de 570 milhões de explorações em todo o mundo; que a agricultura em pequena escala representa a maioria dos sistemas agrícolas do mundo; que, mundialmente, 73 % dos agricultores possuem menos de 1 ha de terra e que 85 % possuem menos de 2 ha; que os agricultores em regime de exploração familiar contribuem para uma grande parte da produção agrícola no mundo em desenvolvimento e desempenham um papel determinante na segurança alimentar, no crescimento económico, na criação de emprego e na redução da pobreza;

Or. en




M-B. Considerando que a ausência de políticas adaptadas ao contexto, pertinentes para as realidades de cada país ACP, que defendam o apoio aos agricultores em regime de exploração familiar e aos pequenos agricultores, com vista ao desenvolvimento de práticas agrícolas de autossuficiência e sustentáveis, acresce aos desafios diversos e complexos que estes enfrentam;

Or. en


AP102.064v01-00 16/35 AA\1101351PT.docx

PT

Proposta de resoluçãoConsiderando M-C (novo)


M-C. Considerando que a inovação no setor agrícola é um fator crucial para o aumento da eficiência da mão de obra e do uso do solo, permitindo, assim, às famílias proprietárias e que gerem explorações agrícolas escapar à pobreza e alcançar a prosperidade;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando M-C (novo)


M-C. Considerando que a falta de investigação agrícola local adequada, de serviços de aconselhamento e formação rural, entre outros aspetos, para ajudar os agricultores em regime de exploração familiar e em pequena escala se tornou, nomeadamente, um obstáculo ao desenvolvimento deste setor;

Or. en


Proposta de resoluçãoConsiderando M-D (novo)

AA\1101351PT.docx 17/35 AP102.064v01-00

PT


M-D. Considerando que as explorações familiares constituem frequentemente a única oportunidade que os jovens têm de encontrar emprego e adquirir competências laborais;

Or. en


Proposta de resoluçãoN.º 1


1. Solicita aos governos e aos doadores que suspendam ou revejam políticas e projetos que, de forma direta, encorajem e facilitem a apropriação ilegal de terras ou que, de forma indireta, aumentem a pressão sobre a terra e os recursos naturais, o que pode causar violações graves dos direitos humanos, tal como no caso da política dos biocombustíveis da UE e da Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional em África (NASAN);

1. Solicita aos governos e aos doadores que revejam políticas e projetos que, de forma direta, encorajem e facilitem a apropriação ilegal de terras ou que, de forma indireta, aumentem a pressão sobre a terra e os recursos naturais; exorta a que essas iniciativas sejam substituídas por políticas que protejam e deem prioridade às necessidades dos pequenos agricultores, em particular mulheres, e à utilização sustentável dos solos;

Or. en




1. Solicita aos governos e aos doadores que 1. Solicita aos governos e aos doadores que

AP102.064v01-00 18/35 AA\1101351PT.docx

PT

suspendam ou revejam políticas e projetos que, de forma direta, encorajem e facilitem a apropriação ilegal de terras ou que, de forma indireta, aumentem a pressão sobre a terra e os recursos naturais, o que pode causar violações graves dos direitos humanos, tal como no caso da política dos biocombustíveis da UE e da Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional em África (NASAN);

suspendam políticas e projetos que, de forma direta, encorajem e facilitem a apropriação ilegal de terras ou que, de forma indireta, aumentem a pressão sobre a terra e os recursos naturais, o que pode causar violações graves dos direitos humanos, tal como no caso da política dos biocombustíveis da UE e da Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional em África (NASAN);

Or. en


Proposta de resoluçãoN.º 2-A (novo)


2-A. Recorda que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável incluem a promoção de uma agricultura sustentável, objetivo a alcançar até 2030;

Or. en




3. Insta os Estados-Membros da UE a criarem instrumentos para um desenvolvimento sustentável e para apoiar a exploração agrícola familiar e as economias locais na África Subsariana, recordando que os agricultores em regime

3. Insta os Estados-Membros da UE a criarem instrumentos para um desenvolvimento sustentável, como as melhores práticas no que se refere a técnicas de cultivo, e para apoiar a exploração agrícola familiar e as

AA\1101351PT.docx 19/35 AP102.064v01-00

PT

de exploração familiar e os pequenos agricultores produzem cerca de 80 % dos géneros alimentícios a nível mundial e representam mais de 60 % dos postos de trabalho na região;

economias locais na África Subsariana, recordando que os agricultores em regime de exploração familiar e os pequenos agricultores produzem cerca de 80 % dos géneros alimentícios a nível mundial e representam mais de 60 % dos postos de trabalho na região;

Or. en




3. Insta os Estados-Membros da UE a criarem instrumentos para um desenvolvimento sustentável e para apoiar a exploração agrícola familiar e as economias locais na África Subsariana, recordando que os agricultores em regime de exploração familiar e os pequenos agricultores produzem cerca de 80 % dos géneros alimentícios a nível mundial e representam mais de 60 % dos postos de trabalho na região;

3. Insta os Estados-Membros da UE a criarem instrumentos para um desenvolvimento sustentável e para apoiar a exploração agrícola familiar e as economias locais na África Subsariana, recordando que os agricultores em regime de exploração familiar e os pequenos agricultores produzem cerca de 80 % dos géneros alimentícios a nível mundial e representam mais de 60 % dos postos de trabalho nos países ACP; salienta que as colheitas são um determinante essencial dos rendimentos na agricultura em pequena escala;

Or. en



AP102.064v01-00 20/35 AA\1101351PT.docx

PT


3-A. Apela à UE, aos Estados-Membros e aos países ACP para que promovam a participação das explorações familiares em programas que apoiem a inovação e uma aplicação mais ampla das tecnologias e práticas existentes; regista que o desenvolvimento, a adaptação e a aplicação de novas tecnologias e práticas de gestão agrícola devem ter em consideração a estrutura específica das explorações agrícolas familiares em cada país, tal como recomendado pela FAO no seu relatório «State of the Food and Agriculture – Innovation in Family Farming» [Estado da alimentação e da agricultura – Inovação nas explorações familiares];

Or. en




3-A. Salienta que a agricultura é um setor económico e social fundamental na região do Médio Oriente e Norte de África, contribuindo em média com 14 % para o PIB (excluindo os países ricos com produção petrolífera), criando emprego e rendimentos para 38 % da população economicamente ativa da região; sublinha que a agricultura em pequena escala fornece mais de 80 % da produção agrícola e desempenha um papel importante na segurança alimentar, na redução da pobreza e na gestão sustentável dos recursos naturais;

AA\1101351PT.docx 21/35 AP102.064v01-00

PT

Or. en

Alteração 38Marielle de Sarnez



3-A. Convida os países ACP a mobilizarem ainda mais a juventude para apoiar a agricultura familiar;

Or. fr


Proposta de resoluçãoN.º 3-B (novo)


3-B. Observa que o envelhecimento da população de agricultores e o acesso limitado à proteção social, a bens, a serviços financeiros, a mercados e a serviços de aconselhamento eficazes, bem como a fraca organização dos agricultores, restringem fortemente o desenvolvimento da agricultura em pequena escala e limitam as oportunidades para o emprego jovem na agricultura;

Or. en


AP102.064v01-00 22/35 AA\1101351PT.docx

PT

Proposta de resoluçãoN.º 3-C (novo)


3-C. Recorda que, apesar das muitas restrições que enfrentam, as explorações agrícolas familiares e a agricultura em pequena escala ainda podem desempenhar um papel importante na segurança alimentar, no crescimento económico e na redução da pobreza e têm o potencial de criar postos de trabalho dignos para mulheres e homens em zonas rurais;

Or. en




4-A. Salienta que é necessário apoiar não só os agricultores em pequena escala, mas também as pequenas e médias empresas (PME) que adquirem produtos a pequenos agricultores e lhes fornecem bens;

Or. en



AA\1101351PT.docx 23/35 AP102.064v01-00

PT


4-B. Recorda a importância de um setor de serviços saudável e dinâmico que faça a ligação entre a agricultura em pequena escala e mercados mais amplos, a fim de permitir aos pequenos agricultores aumentarem e desenvolverem os seus negócios;

Or. en




4-C. Relembra que a descoberta de um grande aquífero em 2013, no Quénia, mostra que, longe de estar seca, África tem abundantes recursos hídricos; salienta que o problema dos agricultores é o acesso e que apenas cerca de 6 % dos terrenos cultivados estão dotados de irrigação, o que deixa milhões de agricultores dependentes da pluviosidade;

Or. en


Proposta de resoluçãoN.º 4-D (novo)


4-D. Relembra que, para os agricultores

AP102.064v01-00 24/35 AA\1101351PT.docx

PT

em África, o acesso a água é uma questão importante e uma oportunidade para o desenvolvimento local; realça que outra restrição é a falta de um levantamento hidrogeológico detalhado de todo o continente africano;

Or. en


Proposta de resoluçãoN.º 4-E (novo)


4-E. Salienta a importância de encontrar uma forma de realizar o levantamento hidrogeológico e tornar esta informação pública ou disponível aos pequenos agricultores, uma vez que tal poderia alterar completamente o panorama da agricultura e da economia;

Or. en


Proposta de resoluçãoN.º 4-F (novo)


4-F. Recorda que, quando a agricultura consegue crescer a nível local, os agricultores conseguem acumular mais capital que pode ser reinvestido localmente, aumentando assim a capacidade, a eficiência e os lucros;

AA\1101351PT.docx 25/35 AP102.064v01-00

PT

Or. en




5. Regista, com preocupação, que muitas negociações de terrenos violam os princípios do consentimento livre, prévio e informado das comunidades envolvidas; Salienta, nomeadamente, que o processo de tomada de decisão no quadro de cooperação da NASAN não abrangeu todas as partes interessadas;

5. Regista, com preocupação, que muitas negociações de terrenos violam os princípios do consentimento livre, prévio e informado das comunidades envolvidas;

Or. en




5. Regista, com preocupação, que muitas negociações de terrenos violam os princípios do consentimento livre, prévio e informado das comunidades envolvidas; Salienta, nomeadamente, que o processo de tomada de decisão no quadro de cooperação da NASAN não abrangeu todas as partes interessadas;

5. Regista, com preocupação, que muitas negociações de terrenos violam os princípios do consentimento livre, prévio e informado das comunidades envolvidas; salienta, nomeadamente, que o processo de tomada de decisão no quadro de cooperação da NASAN não abrangeu todas as partes interessadas, especialmente os pequenos agricultores;

Or. en

AP102.064v01-00 26/35 AA\1101351PT.docx

PT




6. Sublinha a necessidade de revitalizar o investimento público na agricultura ACP e dar prioridade ao investimento na agroecologia, em conformidade com as conclusões da Avaliação Internacional da Ciência e da Tecnologia Agrícolas para o Desenvolvimento (IAASTD), as recomendações do relator especial das Nações Unidas sobre o direito à alimentação e os ODS;

6. Sublinha a necessidade de revitalizar o investimento público na agricultura ACP e dar prioridade ao investimento no aconselhamento agrícola, designadamente na formação, e na sensibilização para a agroecologia, em conformidade com as conclusões da Avaliação Internacional da Ciência e da Tecnologia Agrícolas para o Desenvolvimento (IAASTD), as recomendações do relator especial das Nações Unidas sobre o direito à alimentação e os ODS;

Or. en




7. Observa que as políticas de investimento agrícola se centram essencialmente na aquisição de terras em grande escala e na agricultura orientada para a exportação, que não tem qualquer relação com as economias locais; Recorda que, para a maioria da população, o acesso à terra e o acesso à segurança da posse da terra são fundamentais para o usufruto do direito à alimentação; Apela aos países africanos para que reconheçam todos os direitos de propriedade legítimos, incluindo os direitos

7. Observa que as políticas de investimento agrícola se centram essencialmente na aquisição de terras em grande escala e na agricultura orientada para a exportação, que não tem qualquer relação com as economias locais; apela, por conseguinte, à promoção da agricultura orgânica nos países ACP; recorda que, para a maioria da população, o acesso à terra e o acesso à segurança da posse da terra são fundamentais para o usufruto do direito à alimentação; apela aos países africanos

AA\1101351PT.docx 27/35 AP102.064v01-00

PT

informais, indígenas e regimes fundiários, a fim de apoiar as explorações agrícolas familiares e a produção agrícola de pequena dimensão e a combater a apropriação ilegal de terras;

para que reconheçam todos os direitos de propriedade legítimos, incluindo os direitos informais, indígenas e regimes fundiários, a fim de apoiar as explorações agrícolas familiares e a produção agrícola de pequena dimensão e a combater a apropriação ilegal de terras;

Or. en




7-A. Salienta que os direitos dos utilizadores (como os dos pastores) com origem consuetudinária em matéria de propriedade fundiária devem ser reconhecidos e protegidos pelo ordenamento jurídico, em consonância com as disposições e normas da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos;

Or. en




8. Recorda que as orientações da FAO em matéria de posse de terras recomendam o acesso seguro à terra; Insta a UE a monitorizar e acompanhar de forma

8. Recorda que as orientações da FAO em matéria de posse de terras, nomeadamente as respeitantes à pastorícia, recomendam o acesso seguro à terra; insta a UE a

AP102.064v01-00 28/35 AA\1101351PT.docx

PT

proativa as negociações de terrenos que envolvam intervenientes da UE; Sublinha que as empresas privadas que participam em parcerias público-privadas (PPP), tais como a NASAN, devem ser responsabilizadas pelos seus atos; Solicita, portanto, às partes da NASAN que criem um mecanismo de responsabilização e monitorização rigoroso que inclua recursos judiciais para os habitantes locais e para as comunidades afetadas pelas negociações de terrenos;

monitorizar e acompanhar de forma proativa as negociações de terrenos que envolvam intervenientes da UE; sublinha que as empresas privadas que participam em parcerias público-privadas (PPP), tais como a NASAN, devem ser responsabilizadas pelos seus atos; solicita, portanto, às partes da NASAN que criem um mecanismo de responsabilização e monitorização rigoroso que inclua recursos judiciais para os habitantes locais e para as comunidades afetadas pelas negociações de terrenos;

Or. en




8-A. Apela aos governos e agências que monitorizem a dependência da proteína proveniente de animais selvagens e que planeiem a sua substituição, antes que o ecossistema seja irreversivelmente afetado;

Or. en




9. Recorda que os direitos dos agricultores à livre produção, troca e venda de sementes

9. Recorda que os direitos dos agricultores à livre produção, troca e venda de sementes

AA\1101351PT.docx 29/35 AP102.064v01-00

PT

estão na base de 90 % da agricultura de subsistência em África e que a diversidade de sementes é essencial para o reforço da capacidade de resistência da agricultura às alterações climáticas; Lamenta os pedidos veiculados pelas empresas no sentido de reforçar os direitos dos obtentores, em conformidade com a Convenção da União para a Proteção das Obtenções Vegetais (Convenção UPOV), de 1991, que proíbe a maioria desses acordos informais;

estão na base de 90 % da agricultura de subsistência em África e que a diversidade de sementes é essencial para o reforço da capacidade de resistência da agricultura às alterações climáticas; salienta o facto de a proteção das variedades vegetais, em conformidade com a Convenção da União Internacional para a Proteção das Obtenções Vegetais (Convenção UPOV), de 1991, não restringir a capacidade dos agricultores para cultivar e vender material de propagação de espécies tradicionais e não protegidas;

Or. en




9. Recorda que os direitos dos agricultores à livre produção, troca e venda de sementes estão na base de 90 % da agricultura de subsistência em África e que a diversidade de sementes é essencial para o reforço da capacidade de resistência da agricultura às alterações climáticas; Lamenta os pedidos veiculados pelas empresas no sentido de reforçar os direitos dos obtentores, em conformidade com a Convenção da União para a Proteção das Obtenções Vegetais (Convenção UPOV), de 1991, que proíbe a maioria desses acordos informais;

9. Recorda que os direitos dos agricultores à livre produção, troca e venda de sementes estão na base de 90 % da agricultura de subsistência em África, sendo de importância substancial nos restantes países ACP, e que a diversidade de sementes é essencial para o reforço da capacidade de resistência da agricultura às alterações climáticas; lamenta os pedidos veiculados pelas empresas no sentido de reforçar os direitos dos obtentores, em conformidade com a Convenção da União Internacional para a Proteção das Obtenções Vegetais (Convenção UPOV), de 1991, que proíbe a maioria desses acordos informais;

Or. en

AP102.064v01-00 30/35 AA\1101351PT.docx

PT




10. Observa com preocupação que a introdução e a propagação de sementes certificadas em África aumenta a dependência dos pequenos agricultores e a probabilidade de endividamento, reduzindo a diversidade de sementes;

10. Observa com preocupação que a introdução e a propagação de sementes certificadas em África, embora aumente a produtividade das terras e o rendimento das culturas, pode aumentar a dependência dos pequenos agricultores e oendividamento;

Or. en




10. Observa com preocupação que aintrodução e a propagação de sementes certificadas em África aumenta a dependência dos pequenos agricultores e a probabilidade de endividamento, reduzindo a diversidade de sementes;

10. Observa com preocupação que a introdução e a propagação de sementes certificadas em África aumenta a dependência dos pequenos agricultores e a probabilidade de endividamento, reduzindo a diversidade de sementes; recorda que, embora as variedades de sementes certificadas possam melhorar a produtividade a curto prazo, as variedades agrícolas tradicionais, as variedades autóctones e os conhecimentos a estas associados são os que se adaptam melhor a condições agroecológicas específicas e às alterações climáticas;

AA\1101351PT.docx 31/35 AP102.064v01-00

PT

Or. en




11. Apela à criação de meios para substituir a excessiva dependência de géneros alimentícios importados pelo estabelecimento de uma produção alimentar nacional resiliente, dando prioridade às culturas locais que cumprem os requisitos nutricionais; Observa que, dada a crescente volatilidade dos mercados e do clima, tal é cada vez mais importante;

11. Recorda que, na Europa, a livre circulação de bens e serviços fomentou aprodução alimentar e reforçou a segurança dos alimentos; a este respeito, salienta a importância de acordos de comércio livre a nível regional e infraestruturas fiáveis que permitam aos pequenos agricultores e às explorações familiares ir além dos mercados locais;

Or. en




11. Apela à criação de meios para substituir a excessiva dependência de géneros alimentícios importados pelo estabelecimento de uma produção alimentar nacional resiliente, dando prioridade às culturas locais que cumprem os requisitos nutricionais; Observa que, dada a crescente volatilidade dos mercados e do clima, tal é cada vez mais importante;

11. Reconhece o papel vital e estratégico do agroturismo no desenvolvimento sustentável de vários países ACP, especialmente os ACP PEID; por conseguinte, apela à criação de um meiopara substituir a excessiva dependência de géneros alimentícios importados pelo estabelecimento de uma produção alimentar nacional resiliente, dando prioridade às culturas locais que cumprem os requisitos nutricionais e promovem as

AP102.064v01-00 32/35 AA\1101351PT.docx

PT

gastronomias nacionais; observa que, dada a crescente volatilidade dos mercados e do clima, tal é cada vez mais importante;

Or. en




13. Exorta os Estados membros do G8 a não apoiarem as culturas de OGM em África;

13. Exorta os Estados membros do G8 a não apoiarem as culturas de OGM em África; recorda que a lei-modelo africana relativa à biossegurança estabelece padrões elevados nesta matéria; considera que toda a assistência prestada por doadores estrangeiros com vista ao desenvolvimento da biossegurança deve guiar-se por estes padrões, tanto a nível nacional como a nível regional;

Or. en




13. Exorta os Estados membros do G8 a não apoiarem as culturas de OGM em África;

13. Convida os Estados membros do G8 a avaliarem os progressos científicos relativos às culturas de OGM em África, respeitando simultaneamente o ambiente natural;

Or. en

AA\1101351PT.docx 33/35 AP102.064v01-00

PT




14-A. Apela aos governos dos países ACP para que envidem todos os esforços no sentido de apoiarem as explorações agrícolas familiares e os pequenos agricultores, salientando a necessidade de criar políticas que fomentem a justiça social e o desenvolvimento de práticas agrícolas autossuficientes e sustentáveis, bem como políticas específicas do contexto pertinentes para cada país ACP, e de incentivar a investigação adequada no domínio da agricultura, serviços de aconselhamento e formação, bem como outro tipo de apoio técnico e financeiro pertinente;

Or. en

Alteração 63Maria Noichl



14-A. Salienta que é importante apoiar e promover a participação das agricultoras nos processos de decisão, já que, em muitas regiões dos países ACP, é sobre elas que recai a responsabilidade do sustento das famílias, sendo igualmente elas quem realiza a maior parte dos trabalhos de subsistência das pequenas explorações agrícolas;

Or. de

AP102.064v01-00 34/35 AA\1101351PT.docx

PT




14-B. Alerta para as dificuldades com que se deparam as agricultoras ao tentarem angariar capital e obter acesso a terrenos agrícolas; Constata que um acesso mais fácil ao capital de investimento é determinante para a situação socioeconómica das mulheres e apela, neste contexto, a que se promova, apoie e facilite o acesso das mulheres às fontes de financiamento e a possibilidades de formação (contínua) específica que possam facilitar esse mesmo acesso;

Or. de




14-C. Constata que as medidas da segurança social e do reconhecimento jurídico como, por exemplo, em matéria de propriedade ou em termos da possibilidade de herdar e de legar bens, deverão ser reforçadas no caso das agricultoras, de modo a garantir-lhes direitos iguais aos dos homens;

Or. de

AA\1101351PT.docx 35/35 AP102.064v01-00

PT


Proposta de resoluçãoN.º 14-D (novo)


14-D. Realça que um modelo agrícola europeu unilateralmente orientado para os excedentes e a exportação contraria os objetivos de desenvolvimento dos Estados-Membros da UE, colocando em sérias dificuldades a produção por parte das explorações agrícolas familiares, bem como do sector agrícola de subsistência dos países ACP, devido a uma situação de concorrência desigual;

Or. de

alteraÇÕes 1 -66 · agricultores em regime de exploração familiar, às mulheres, aos pastores e...

Documents