alteração da estrutura e modos de vida das familias portuguesas

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Escola Secundária Lima de Freitas Trabalho realizado por: Joana Valente, nº11 João Alexandre Nunes, nº13

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Geografia 11º ano

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Page 1: alteração da estrutura e modos de vida das familias portuguesas

Escola Secundária Lima de Freitas

Trabalho realizado por:

• Joana Valente, nº11 • João Alexandre Nunes, nº13

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Introdução Atualmente vivemos um período de crise económica e social. Esta situação tem conduzido muitas famílias a alterarem o seu estatuto social,

assim como o seu modo de vida. Hoje na sociedade portuguesa uma grande percentagem de casamentos

acabaram, surgindo assim vários divórcios. As famílias cada vez mais têm uma dimensão menor no que diz respeito ao

número de filhos. O custo de alguns alojamentos torna-se quase insuportável, por isso as áreas

incorporadas nos mesmos são menores em superfície e qualidade. Relativamente às condições de vida da população portuguesa, têm vindo a

diminuir, principalmente a classe média, devido ao aumento dos impostos e aos despedimentos em grande massa.

Com o aumento do custo de vida as famílias portuguesas têm diminuído a procura de menores para adoção e quando o requisitam tenta encontrar nesse menor os requisitos que idealizam. Por isso cada vez menos há famílias a recorrerem á adoção.

O nosso trabalho começa por falar primeiramente na degradação das famílias, ficando os filhos ao cuidado de um dos progenitores.

Procuramos através de uma linguagem simples e concisa desmistificar esta realidade aproximadamente entre 1980 a 2010 e coloca-la a disposição de um público vasto, utilizando os dados fornecidos pela PORDATA, nossa principal fonte bibliográfica.

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Geografia A de 11º ano.

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Índice

1- Casamentos e Divórcios

a) Casamentos………………………………………...4

b) Divórcios……………………………………………5

2- Famílias

a)Dimensão média………………………………….....6

b) Alojamentos……………………………...................7

c) Residentes por alojamento por tipo segundo os Censos..8

3- Condições de vida

a) Alojamentos familiares ocupados por instalações…9

b) Agregados com os principais equipamentos domésticos…10

4- Menores e Adoção

a) Processos findos de adoção plena: total e duração……...11

Anexos…………………………………………………………12

Web grafia………………………………………………………13

Conclusão………………………………………………………14

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1- Casamentos e divórcios a) Casamentos

Entre 1960 e 2010 o gráfico apresentado relativamente aos casamentos foi constantemente irregular.

Entre 1960 e 1974 os casamentos foram aumentando lentamente embora com algumas quebras como se verifica do ano de 1961 para 1962 e isto deveu-se ao regime político em vigor á data referida. As pessoas na época eram obrigadas a casar, pois não podiam ter um relacionamento em união de facto.

A partir de 1974 o número de casamentos6 aumentou brutalmente devido á Concordata7 assinada com o Vaticano. Esta volta a dar efeitos civis ao casamento católico e interdita o divórcio a quem escolha essa via de matrimónio. Devemos também referir outro aspecto que contribuiu para este pico foi que a idade de casamento para os homens era de 16 anos e para as mulheres 14 anos. Esta interdição só tem fim em 1975, com a renegociação da Concordata, permitindo de novo aos casados pela Igreja que peçam o divórcio civil. i

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b) Divórcios

Entre 1960 e1974 o número de divórcios8 foi nulo porque anteriormente a 1974 aos matrimónios não lhes era permitido o divórcio civil. Em 1974 devido à Concordata, que possibilitou que os divórcios fossem permitidos houve um grande choque nos registos de divórcios, passando de nulo para cerca de 8000 divórcios num período de 3 anos.

De 1978 a 2010 o número de registos de divórcios aumentou de forma irregular apresentando algumas quebras, exceto entre 2001 e 2003 que podemos observar um pico de registos superior ao antes registado. Entre 31 de Dezembro de 2001 e o final de 2003 estima-se que a população residente em Portugal tenha crescido cerca de 308 mil pessoas evoluindo segundo uma taxa média anual fraca (0,32%). O ritmo foi ligeiramente mais acentuado nos homens (0,34%), do que nas mulheres (0,30%) verificando-se a maior diferença no período mais intenso de entrada de imigrantes (2001-2003). O acréscimo populacional registado reparte-se entre 8,7% para o saldo natural e 91,3% para o saldo migratório9.

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2 – Famílias a) Dimensão média

Desde 1983 até 2010 a dimensão média das famílias é entre 3 e 3,3 foi diminuindo de forma gradual devido aos seguintes fatores: • Casamentos tardios; • Dificuldades económicas; • Famílias com 1/0 filhos; • Famílias monoparentais1;

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b) Alojamentos

De 1991 a 2010 o número de alojamentos2 aumentou constantemente devido ao desenvolvimento da construção civil na periferia, que por sua vez os solos para a sua construção e compra são mais baratos. Outro facto que influenciou este aumento foi o crescimento a pique dos divórcios e o aumento da densidade populacional devido á entrada de muitos emigrantes no país, influenciando assim uma maior procura de casa própria.

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c) Residentes por alojamentos por tipo segundo os Censos

O número de residentes por tipo de habitação entre 1970 e 1981 aumentou cerca de 1,100,000 milhões porque deixaram de habitar em casas ilegais (barracas) sem ligações a esgotos, sem eletricidade (esta é conseguida por ligações ilegais) e sem água canalizada. As pessoas que normalmente habitam este tipo de habitações são emigrantes, estes ocupam por vezes prédios desabitados e degradados.

Neste período este aumento sucedeu também devido ao facto de em 1974, no dia 25 de Abril a revolução contribuiu para que os residentes locais procurassem novos tipos de alojamento, ou seja, com melhores condições.

Fig.1 – Barracas Fig.2 – Casas próprias para habitação

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3) Condições de vida a) Alojamentos familiares ocupados por instalações

De 1970 a 2011 a qualidade de vida da população relativamente ao saneamento3 tem vindo sempre a melhorar, como se verifica no gráfico. Por exemplo, a água canalizada na década de 70 era existente em aproximadamente 1100000 alojamentos, segundo os censos. Verifica-se o seu aumento contínuo até 2011, isto devido á melhoria da qualidade de vida dos habitantes, pois a água é um bem essencial.

O duche/banho relativamente aos outros bens, em 1970, era menos relevante pois as pessoas não tinham tanto acesso a este bem como hoje em dia, pois agora é um bem banal, a que toda a gente tem acesso, como se verifica em 2011, 4000000 alojamentos com acesso ao duche.

No que respeita às instalações sanitárias o seu aumento tem sido constante até 2001, pois após essa data deixou de ser registado.

Em 1970, no que se refere ao número de alojamentos com eletricidade aumentou de 1500000 para um valor superior a 2400000.

Concluindo, basicamente todos os bens/serviços vieram desde 1970 a aumentar até 2011, pois são de fácil acesso a todas as pessoas.

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b) Agregados com os principais equipamentos domésticos

Este gráfico demonstra que desde 1995 até 2005 tem vindo sempre a aumentar constantemente a aquisição de equipamentos domésticos por parte da população, à exceção de alguns destes, como por exemplo o gira-discos, pois hoje em dia as pessoas têm equipamentos alternativos a este e de maior tecnologia. É também o caso do telefone de casa que teve uma quebra entre 2000 e 2005 devido ao maior uso do telemóvel e da oferta de tarifários ser bastante atrativa, pondo de parte o telefone de casa.

No caso do ar condicionado entre 1995 a 2000 a percentagem de aquisição foi nula, pois nesta

época não era usual, é dispendioso e não havia propaganda a este equipamento, logo as pessoas não o adquiriam. A partir de 2000 até 2005 a percentagem aumentou ligeiramente devido á propaganda e ao nível de vida da população ter aumentado. Mas por outro lado, a televisão foi um bem adquirido desde sempre, como se verifica no gráfico desde o ano de 1995 até 2005 em que a percentagem foi sempre elevada.

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4) Menores e adoção

a) Processos findos de adoção plena: total e por duração

O número de processos de adoção4 entre 1993 e 2003 foi inconstante, começando com um maior número de processos com a duração de mais de um ano e um menor número na duração até 3 meses. Desde 2003 até 2010 registou-se exatamente o contrário. Os processos com duração até 3 meses aumentaram em grande número, passando de aproximadamente 150 processos chegando aos 450. Enquanto os processos com mais de um ano diminuíram significativamente chegando ao ponto de ser nulo. Os processos foram sendo mais rápidos ao longo dos anos devido á melhoria da burocracia envolvida nos processos de adoção, esta melhoria deveu-se ao facto de os processos deixarem de requerer papeis e passar a ser tudo informático, o que infelizmente também contribuiu para a diminuição de empregos nestas áreas que envolvem burocracia5.

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Anexos

1. Famílias monoparentais

As famílias formadas por um dos pais e seus descendentes, organizam-se tanto pela vontade de assumir a paternidade ou a maternidade sem a participação do outro progenitor, quanto por circunstâncias alheias à vontade humana, entre as quais a morte, o divórcio e o abandono. O caso típico é o das mães solteiras: é maior a cada vez a quantidade de mulheres que vivem só por opção, mas sem abdicar da maternidade.

2. Alojamento

Ato de alojar alguém ou local onde se habita.

3. Saneamento

Saneamento básico é o conjunto de medidas adotadas em uma região, em uma cidade, para melhorar a vida e a saude dos habitantes impedindo que fatores fisicos de efeitos nocivos possam prejudicar as pessoas no seu bem-estar físico mental e social.

O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais são o conjunto de serviços de infra-estruturas e instalações operacionais que vão melhorar a vida da comunidade.

4. Adoção

Ação de adotar: a adoção de uma criança, de uma lei.

5. Burocracia

Podemos definir burocracia como um excesso de procedimentos que uma pessoa ou empresa deve tomar para obter algo. Geralmente, é resultado de uma falta de eficiência por parte dos órgãos governamentais. A burocracia dificulta a criação de empresas e o funcionamento da economia.

6. Casamentos

Contrato de união ou vínculo entre duas pessoas que institui deveres conjugais.

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7. Concordata

Tratado internacional celebrado entre a Santa Sé e um Estado, usualmente com a finalidade de assegurar direitos dos Católicos ou da Igreja Católica naquele Estado. Muitas foram assinadas quando os Estados se laicizaram, como forma de garantir direitos para a Igreja e permitir sua existência em tais países

8. Divórcios

Separação de cônjuges por meio de dissolução judicial do matrimónio.

9. Saldo Migratório

É a diferença entre o número de entradas e saídas por migração (imigrantes e emigrantes), num determinado país ou região, num período de tempo específico (geralmente um ano). O saldo migratório também pode ser calculado pela diferença entre a variação populacional e o saldo natural.

• http://www.youtube.com/watch?v=vBBew903ad4 • http://www.youtube.com/watch?v=Kjv_zHGKilE&feature=related

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Web grafia • PORDATA- Base de dados Portugal contemporâneo

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Conclusão

A realização deste trabalho permitiu-nos aprofundar mais o tema relacionado com a população, estudado no 10º ano na disciplina de Geografia A.

A utilização do PORDATA foi uma ferramenta essencial na elaboração deste trabalho, pois foi esta plataforma online que nos disponibilizou todos os gráficos e até algumas informações que foram essenciais para a sua realização.

Por tudo o que foi exposto anteriormente podemos concluir que Portugal ao longo dos anos tem sido muito inconstante em diversos níveis no que toca aos casamentos, adoções ou até mesmo condições vida. Vimos por exemplo que as condições de vida de algumas pessoas há uns anos atrás eram precárias, ou seja, sem alguns dos bens essenciais como água e luz, que os casamentos hoje em dia são menores e que por sua vez os divórcios aumentaram drasticamente desde os últimos anos e que o processo de eficiência dos casos de adoção tem sido cada vez mais rápido. Contudo, vemos que para cada tema existem pontos positivos mas também negativos

Concluindo, esperamos que este trabalho seja útil para ajudar na compreensão dos assuntos anteriormente referidos e que sirva de exemplo para a avaliação do ponto de situação em que Portugal se encontra.