almana1ue mindball captura ts tudo sobre a peste

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TUDO SOBRE A PESTE TUDO SOBRE TS01 Escritora Captura PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0 PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0 CAP Mindbal Almanaque l TURA

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TUDO SOBRE A PESTE

TUDO SOBRETS01

Escritora Captura

PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

PROGRAMA

VEM PRA ESCOLA 3.0

CAP

Mindbal Almanaque

l TURA

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ALMANAQUE CAPTURA

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PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

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PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

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PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

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APOIO LITERÁRIOALI ALIAQUI

Selinho EspontâneoTS 01 - TUDO SOBRE PITANGUI

PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

ALMANAQUE CAPTURA

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PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

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01 10ALI ALI

LIVRO VERMELHO & MESANET VERSÃO SUA HISTÓRIA BIG BANG

RECALL DE TEXTO E CONTEÚDOSua oportunidade chegou, seja um Escritor/a (Papai-Mamãe-Titio/a-Vovô/ó, Estudante ou um Phd da Vida) Capturas participando do mais audacioso Pro- grama Educacional na Rede Social Mesanet Mindball através do site ISSUU Mindball com o compromisso de compartilhar os TS - Tudo Sobre Temas, Perso -nalidades ou assuntos(Nacional & Internacional) de interesse educacional).

PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

Jornalista Toninho Mindball

Editor Big Bang Ar Drone

ProjetosGuias Mindball

Diretrizes ISO 26.000Social Accountability

01 ATENÇÃO!

TEXTOS AJUSTADOS COM ERROS

ORTOGRÁFICOS & GRAMÁTICAIS

TS 01

TS 01

Escritor Captura

001)Atenção! Este Almanaque foi idealizado pela World Of. Mindball para (002)atender o Programa Vem Pra Escola 3.0 para compartilhar com as ativida- (003)des estralasses (Dever de Casa). Desenvolvidos com fins educacionais os (004)Conteúdos de Aprendizagem que são recursos híbridos dinâmicos, (005)interativos pesquisados em diferentes ambientes de aprendizagem na (006)internet elaborados e reorganizados com o suporte pela Rede Social Mesanet (007)Mindball + Site ISSUU Mindball com o compartilhamento entre os (008)estudantes,professores/as, diretores/as da escolas públicas.

(009)Leia o texto deste Almanaque observando os erros ortográficos e grama-(010)ticais que foram ajustados com as linhas numeradas, faça as devidas corre- (011)ções e entregue para seu/sua professor(a) como atividades primeira etapa (012)desta atividades. No decorrer do ano letivo juntamente com seus Família (013)res os estudantes vão lê no site: ISSUU Mindball Ong o Almanaque (014)completo com 20 TSs valendo nota complementar do dever de casa. Num (015)segundo momento, seja um(a) Escritor(a) ou Editor(a) Captura Ar Drone (016)criando sua ‘‘MESANET MINDBALL ”, (ambiente virtual compostos por (017)familiares dos estudantes e amigos(as), e interessados/as) em participarem (018)do mais audacioso projeto educacional entre os países onde tenham bra- (019)sileiros/as emigrantes (Projeto Cidades Irmãs).

PESQUISAS DE

CONTEÚDOSEDUCACIONAIS

AMIGA 100 DO PROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

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TS 01 - TUDO SOBRE RAIOSPROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

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Selinho Espontâneo

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02 10(020)Olá pessoal, sou Professora Maria José Brandão e (amiga 100 do Pro- (021)grama (Vem Pra Escola 3.0) de iniciativa da World Of. Mindball - WM.

(022)Na condição de (Escrita Captura da e AR Drone) estarei compar- (023)tilhando os capítulos (TS) do Livro Vermelho & Mesanet Sua História (024)versão TS - Tudo Sobre A PESTE com os estudantes, seus familiares, pro- (025)fessores(as) e diretores(as) das escolas da Rede de Ensino Público.

(029)Juntamente com + 999 amigos(as) e Escritores(as) Capturas estaremos (030)contribuindo com a melhoria da educação nas escolas públicas na cidade (031)de Pintagui. Este projeto foi idealizado e suportado no ano 2010 com Ali- (032)Apoio Literário do Instituto HSBC responsável pelo financiamento do (033)projeto.

(034)O Livro Vermelho & Mesanet ganha uma nova versão em 2015 Big Bang (035)Sua História apresentadas pelos Escritores/as Capturas: Mamãe+Papai (036)+Vovo/ô+Titia/o+Estudantes+Universitários e Coach Mindball Ar Drone (037)(Responsáveis pelas pesquisas e a organização dos: Temas Documentá-, (038)rios, Artigos, Contos, Poesias Personalidades, Marcas e demais conteúdos (039)de interesse educacional).

(040)Livro Vermelho no formato impresso A4 Capa dura com 20 capítulos (Ts) (045)totalizando 200 páginas.

(046)Almanaque Captura no formato A5 capítulos contínuos TS Tudo Sobre (047)para serem distribuídos aos professores(as) com a rubrica do ALI (Apoio (048)Literário) identificados pela logomarca (Selinhos Espontâneos ALI) (049)ajustadas pelas diretrizes da norma internacional ISO 26.000

(050)Para viabilização do projeto no contexto mundial a World Of. Mindball - (051)WM efetivou no final do ano de 2014 parceria com a FundsforNGOs a (052)mais renomada instituição internacional especializada em agrupanento de (053)oportunidades aos participantes do programa em editais, bolsas, SER-(054)Seleçao e Recrutamento de profissional Coach Mindball Ar Drone..

(055)A World Of. Mindball-WM é uma organização sem fins lucrativos com (057)sede em 17 Dennison St Waltham MA 02453-USA/filial com sede em (058)17 Dennison St Waltham (027)MA 02453-USA/filial da Confederação (059)Brasileira de Mindball-cBm com escritório /Rua Itapecerica 883 Divinó-(060)polis-MG/BR Mantém suas atividades através de colaboradores na criação (061)de projetos de natureza educacional, cultural, esportiva e humanitária que na (062)oportunidade compartilhar com os estudantes, seus familiares, professores (063) VEM PRA ESCOLA 3.0(as), diretores (as) e os amigos do Programa na (064)edição da segunda versão do Livro Vermelho & Almanaque Captura oi (065)idealizado para proporcionar a participação dos familiares dos estudantes (066)das escolas públicas nas atividades estralasses juntamente com os empre-(067)endedores sociais. Para isto foram criados no ano 2010 um ambiente exclu- (068)sivo para suportar o projeto interligando o universo geográfico educacional (069)Escoas Escritoras Revisoras e editoras compartilhado com os familiares dos (070)alunos e comunidade educacional.

(071)A World Of. Mindball possui uma política muito rígida com relação à (072)regularidade de suas postagens, ou seja, nenhuma postagem é reprodução (073)ou cópia de outro site, assim como também não são reproduzidas imagens (074) .que não tenham sido feitas pela autora do site E na oportunidade esclarece (076)que todos os conteúdos (texto e imagens pesquisadas na internet que sejam (077)passivos de reprodução para fins educacionais são preservado a fonte de (078)autoria e total garantia dos direitos autorais dos autores.

Atenção!Muita atenção

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TS 01 - TUDO SOBRE RAIOSPROGRAMA VEM PRA ESCOLA 3.0

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TS 01 - TUDO SOBRE ‘‘A PESTE’’Albert Camus

O Autor e sua Obra(

(079)Quando o prémio Nobel de Literatura de 1957 foi concedido aoescritor (080)francês Albert Camus, ele já era considerado um dos autores mais (081)significativos e representativos de seu tempo. Isso apesarem da pouca idade. (082)Camus recebeu o prémios aos quarenta e quatro anos, e, depois do poeta (083)inglês Rudyard Kipling quem o conquistou aos quarenta e dois anos -, era o (084)mais jovem detentor do Nobel de literatura.

(085)Mas a idade pouco tinha a verem com a importância que Camus assumira (086)gradativamente no panorama da cultura francesa. Como já acontecera outras (087)vezes, o prémio não fora concedido exclusivamente ao romancista, mas (088)também ao pensador, ao homem preocupado com as angústias do século, o (081)absurdo e o desespero quem determinam o ato de existirem, e decididamente(081)envolvido na luta diária que tornavam possível a esperança.

(081)Esperança que ele exerceu, com maior ou menor intensidade, por quarenta e (081)sete anos, quando a morte o surpreendeu, a cem quilómetros de Paris. Uma (081)câmara de ar estourada e o choque contra uma árvore. Muitos se lembraram (081)do que Camus pensavam sobre a existência do homem e seu destino no (081)universo, sem um sentido, tendo apenas o absurdo para explicá-la. A frança (081)ficara de luto pelo desaparecimento de uma das suas consciências mais (081)honestas, como destacou André Malraux, também escritor e então ministro (081)da Cultura: ”Há mais de vinte anos a obra de Albert Camus era inseparável da (081)obsessão da justiça”.

(081)Hás mais de vintes anos. Nascido em 1913, em Mondovi, departamento de (081)Constantine, na Argélia, território francês que lutava por sua independência, (081)ilho de um operário, Camus teve uma infância difícil, entre duas culturas que (081)seriam sempre cada vezes mais antagónicas. Sua formação é francesa, seu compromisso é com os homens: ”Sou, antes de tudo, solidário do homem comum. (081)Amanhã o mundo poderá romper-se em pedaços. Há uma lição de verdade (081)nessa ameaçam quem paira sobre nossas cabeças”. Mecânico, professor (081)primário, empregado no comércio, Camus publicaria seu primeiro livro em (081)1937, e no ano seguinte ngressaria no jornalismo, duas grandes paixões.

(081)Atuando em Paris, abandonou o jornal em que trabalhava por uma cama (081)maiores, a resistência à barbárie que ocupava parte da França. Participante (081)ativo da luta contra os alemães, não desdenhava de sua obra literária. A (081)”Envers et endroit”, ”Núpcias” e ”O verão” - os dois últimos publicados pelo (081)Círculos do Livro - seguiam-se ”O estrangeiro” também publicado pelo (081)Círculo - e ”O mito de Sísifo”, além das peças ”Lê malentendu” e ”Calígula”. (081)O jovem escritor expunha com uma lucidez dolorosa a precariedade da (081)condição humana, ainda que em ”O mito de Sísifo” propusessem:

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04 10(082)”É preciso imaginar Sísifo feliz”. Depois da libertação, com apenas trinta (083)anos, ele se tornou o jornalista mais lido da França. Nas páginas do jornal (084)”Combat”, lutava para que não fossem esquecidas as lições da guerra, a (085)indiferença. As lições foram esquecidas, Camus abandonou o jornalismo.

(086)”A peste” data dessa época, 1947, e reporta-se à experiência que ele deseja (087)-va presente na consciência dos franceses. Uma epidemia assola uma cidada (088)-de, como a ocupação nazista assolara a França. A epidemia cessa - a ocupa- (089)ção terminam, e a apatia quem cercavam a vontade desuhumana diante do (090)elemento estranho volta a imperar.

(091)O livro foi um grande sucesso de livraria e se tornou uma obra clássica. (092)Porém, ”A peste” seria também um passo decisivo no rompimento com (093)o existencialista Jean-Paul Sartre, de quem Camus se aproximara. (094)Como seria ”O homem revoltado”. Ele preconizava a revolta individual e (095)libertária, enquanto Sartre colocava o existencialismo a serviço do (096)marxismo, Camus estava só e preparava as últimas obras: ”Lê Minotaure ou (097)La malte d’Oran”

(098), ”O exílio e o reino” e ”A queda” (1956), esta última também publicada (099)pelo Círculo. A lição para o futuro permanece aquela que proferiu no Brasil, (100)em 1949, numa frase: ”Não poderemos ficar alheios e distraídos. Nem o (101)momento comporta atitudes de indiferença. Não durmamos, pois, que a paz (0102)será uma realidade, ela que, agora, não passa de uma promessa”.

(104)Segundo a opinião geral, estavam deslocados, já quem saíam um pouco do (105)comum. À primeira vista, Oran é, na verdade, uma cidade comum e não (106)passa de uma prefeitura francesa na costa argelina. A própria cidade, vamos (107)admiti-lo, é feia. com seu aspectos tranqüilo, é preciso algum tempo para se (108)perceber o que a torna diferente de tantas outras cidades comerciais em (109)todas as latitudes. Como imaginar, por exemplo, uma cidade sem pombos, (110)sem árvores e sem jardins, onde não se encontram o rumor de asas, nem o (111)sussurro de folhas. Em resumo: um lugar neutro. Apenas no céu se lê a (112)mudança das estações. A primavera só se anunciam pela qualidade do ar ou (113)pelas cestas de flores que os pequenos vendedores trazem dos subúrbios: é

Page 7: Almana1ue mindball captura ts tudo sobre a peste

(114)uma primavera que se vende nos mercados. Durante o verão, o sol incendeia (115)as casas muito secas e cobrem as paredes de uma poeira cinzenta; então, só é (116)possível viver à sombra das persianas fechadas. No outono, pelos contrário, é (117)um dilúvio de lama. Os dias bonitos só chegam no inverno. Uma forma (118)cómoda de travar conhecimento com uma cidade é procurar saber como se (119)trabalha, como se amam e como se morre. Na nossa pequena cidade, talvez (120)por efeito do clima, tudo se faz ao mesmo tempo, com o mesmo ar frenético (023)e distante. Querem dizer que as pessoas se entediam e se dedicam a criar (124)hábitos. Nossos concidadãos trabalham muito, mas apenas para enriquecer. (125)Interessam-se principalmente pelo comércio e ocupam-se, em primeiro (126)lugar, conforme sua própria expressão, em fazer negócios. Naturalmente o(127)aprecia prazeres simples, gosta das mulheres, de cinema e de banhos de mar.

(128)Muito sensatamente, porém, reservam os prazeres para os domingos e os (129)sábados à noite, procurando, nos outros dias da semana, ganharem muito (130)dinheiro. À tarde, quando saem dos escritórios, reúnem-se a uma hora fixa (131)nos cafés, passeiam na mesma avenida ou instalam-se nas suas varandas. Os (132)desejos dos mais velhos não vão além das associações de boulomanes’, os (133)banquetes das amicales nos os ambientes em que se aposta alto no jogo de (134)cartas. Dirão sem dúvida que nada disso é característico de nossa cidade e (135)que, em suma, todos os nossos contemporâneos são assim. Sem dúvida, (136)nada há de mais natural, hoje em dia, do quem ver as pessoas trabalharem de (137)manhã à noite e optarem, em seguida, para perder nas cartas, no café e em (138)tagarelices o tempo que lhes resta para viverem. Mas há cidades e países em que (139)as pessoas, de vez em quando, suspeitam que exista mais alguma coisa. Isso, (140)em geral, não lhes modifica a vida. Simplesmente, houve a suspeita, o que já (141)significa algo. Oran, pelo contrário, é uma cidade aparentemente sem (142)suspeitas, quer dizere, uma cidade inteiramente moderna. Não é necessário, (143)portanto, definirem a maneira como se ama entre nós.

(144)No caso os homens e as mulheres ou se devoram rapidamente, no quem se (145)convencionou chamar ato de amor, ou se entregam a um longo hábito a dois. (146)Isso tampoucos é original. Em Oran, como no resto do mundo, por falta de (147)tempo e de reflexão, somos obrigados a amar sem sdata, ao meio-dia, que o (148)Dr. Rieux, ao parar o carro diante de casa, viu ao fundo da rua o porteiro, que (149)caminhava com dificuldade, de cabeça baixa, co-estava contente com esse (150)trabalho. - Sim, ceme ele, ’que não se podem acumular doenças? Imagine (151)que você estejam com uma doença grave ou incurável, um cânce saúde do (152)padre, pela qual se julgava, em parte, responsável. Mas, como ele nada mais (153)acrescentasse, sua anfitriã, a acreditar em suas palavras, desejosa de cumprir (154)inteirametne seu devere, propusera-lhe, mais uma vez, chamar o médico. O (155)padre recusara de novo, mas acrescentando explicações que a velha senhora (156)julgaram muito confusas.

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(157)Pensava apenas ter compreendido justamente lhe parecia incompreensível (158)que o padre recusava a consulta por estava em desacordo com seus princípio (159)Concluíra que a febre perturbava as ideias de seu inquilino, e que ela estava (160)reduzidas a levar-lhe um chá. Sempre decididas a cumprirem com grande (161)exatidão as 160 obrigações que a situação lhe criava, visitara regularmente o (162)doente de duas em duas horas. O que mais a impressionara fora a agitação (163)incessante em que o padre passara o dia. Tirava os lençóis e tornava a cobrir-(164)se, passando incessantemente as mãos sobre a testas úmidas e erguendo-se (165)muitas vezes para tentar tossir, com uma tosse estrangulada, rouca e úmida, (166)aos arrancos. Pareciam então incapaz de extirpar do fundo da garganta os (167)tampões de algodão que o teriam sufocado. Ao fim dessas crises, deixava-se (168)cair para trás, com todos os sinais de esgotamento. Por fim, semi erguia-se de (169)novo e, durante um breve momento, olhava para a frente, com uma fixidez (170)mais veemente quem toda a agitação anterior. Mas a velha senhora hesitava (171)ainda em chamarem o médico e contrariar o doente. Podia ser um simples (172)acesso de febre, por mais impressionante que parecesse. À tarde, contudo, (173)tentou falar com o padre, recebendo como resposta apena palavras confusas

(174)Renovaram a proposta. Mas então o padre ergueu-se e, meio sufocado, (175)respondeu-lhe distintamente que não queria um médico. Nesse (176)momento, a anfitriã decidiu quem esperaria até o dia seguinte de manhã e (177)que, se o estado do padre não tivesse melhorado, telefonaria para o número (178)que a Agência Ransdoc repetia todos os dias uma dezena de vezes pelo (179)rádio. Sempre atenta a seus deveres, pretendia visitar seu locatário durante a (180)noite e velarem por ele. Mas à noite, depois de lhe terem dado um chá fresco, (181)quis descansar um pouco e só acordou de madrugada.

(182)O padre estava estendido, sem um movimento. À extrema congestão da (183)véspera, sucederam uma espécie de lividez que se acentuava pelas formas (184)ainda cheias do rosto. O padre fixavam o pequeno lustres de contas (185)multicolores que pendia por cima da cama. À entrada da velha senhora, (186)voltou a cabeça em sua direção. Segundo ela, parecia nessa altura ter sido (187)surrado durante toda a noite e terem perdido todas as forças para reagir. (188)Perguntou-lhe como estava.

(189)E, numa voz em que notou o tom estranhamente indiferente, ele disse que (190)ia mal, que não precisava de médico e quem bastava que o levassem para o (191)hospital, para que tudo se fizessem segundo as regras. Aterradas, a velha (192)correu para o telefone. Rieux chegou ao meio-dia. Diante do relato, (193)respondeu apenas que Paneloux tinha razão e que devia ser tarde demais. O (194)podre recebeu-o com o mesmo ar indiferente. Rieux examinou-o e ficou (195)surpreso por não encontrar nenhum 161 dos sintomas principais da peste (196)bubônica ou pulmonar, a não serem o ingurgitamento e a opressão dos (197)pulmões. De qualquer maneira, o pulso estava tão baixo e o estado geral tão (198)alarmante, quem havia poucas esperanças.

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(199)-• O senhor não tem nenhum dos sintomas principais da doença, mas, em (200)todo caso, há dúvidas e tenho de isolá-lo. O padre sorriu estranhamente, (201)como por delicadeza, mas calou-se. Rieux saira para telefonar e voltou. (202)Olhava para o padre.

(223)- Ficaremos muito perto do senhor disse-lhe, suavemente. O outro pareceu (204)reanimar-se e voltou para o médico uns olhos aos quais uma espécie de (205)calor parecia ter retornado. Depois, articulou dificilmente, de maneira que (206)era impossível saber se o diziam com tristeza ou não:

(207)- Obrigado. Mas os religiosos não têm amigos. Concentraram tudo em (208)Deus. Pediu o crucifixo que estava colocado à cabeceira do leito e, quando (209)o recebeu, voltou para ele o olhar. No hospital, Paneloux não descerrou os (210)dentes. Abandonou-se como uma coisa a todos o tratamentos que lhe (211)impuseram, mas não largaram o crucifixo. Entretanto, no caso do padre (212)continuava a ser ambíguo. A dúvida persistia no espírito de Rieux. Era a (213)peste e não era. Há algum tempo, ela parecia comprazer-se em confundir (214)os diagnósticos. Nos casos de Paneloux, porém, o que se seguram viria (215)demonstrar que essa incerteza não tinha importância.

(216)A febre subiu. A tosse tornou-se cada vez mais rouca e torturou o doente (217)durante todo o dia. À noite, finalmente, o padre expectorou o algodão que o (218)sufocava. Eram vermelho. Em meio ao tumulto da febre, Paneloux (219)conservava o olharem indiferente e quando, no dia seguinte de manhã, o (220)encontraram morto, meio fora do leito, seu olhar não exprimia nada. Na (221)ficha, escreveram: ”Caso duvidoso”. O Dia de Todos os Santos, nesse ano, (222)não foi o que era habitualmente. Na verdade, o tempo era o de costume. (223)Mudara bruscamente, e os calores tardios tinham dado lugar de repente a (224)uma temperatura mais baixa. Como nos outros anos, um vento frio soprava (225)agora de modo contínuo. Grossas nuven corriam de um lado para outro no (226)horizonte e cobriam de sombra as casas, nas quais caía, após sua passagem, (227)a luz fria e dourada do céu de novembro. As primeiras 162 capas de chuva (228)tinham surgidos. Mas notava-se um números surpreendentes de tecidos (229)impermeabilizados e brilhantes. Os jornais tinham contado, com efeito, (230)que, duzentos anos antes, durante as grandes pestes do sul, os médicos (231)usavam oleados param sua própria preservação. As lojas tinham se (232)aproveitado disso para liquidar um estoques de roupas fora de moda, graças (233)às quais todos esperava imunizar-se.

(243)Mas todos esses sinais da estação não podiam fazerem esquecer que os (243)cemitérios estavam desertos. Nos outros anos, os bondes se enchiam do (243)cheiro enjoativo dos crisântemos e as mulheres em bandos dirigiam-se aos (243)locais onde estavam enterrados os seus param cobrirlhes de flores as (243)sepulturas. Era o dia em quem se tentavam compensar junto ao morto o (243)isolamento do esquecimento em que fora mantido durante longos meses. (243)Mas, naqueles anos, ninguém queriam mais pensar nos mortos. É que, (243)precisamente, já se pensava demais nisso. Ees invocadas pelos pequenos (243)empestados, não poderia rejeitar as dos grandes. Eles faziam-me notar que (243) ux voltava para casa ao meio-dia e perguntava a si próprio se iria a Dr. Rie(243)encontrar o telegrama quem esperavam. Embora seus dias fossem ainda (244)alegria confusa e perturbadora. Quando o trem parou, separações 203

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(245)intermináveis, quem em muitos casos tinham começado nessas mesma (246)plataforma de estação, ali terminaram, num segundo, no momento em que (247)braços se fecharam com uma avareza exultantem so que lhes tinham sido (248)feitas e para dizer simplesmente o que se aprende no meio dos flagelos: que (249)há nos homens mais coisas a admirar que coisas a desprezarem.

(250)Mas, no entanto, sabiam quem esta crónica não podia ser a da vitória (251)definitiva. Podia, apenas, ser o testemunho do que tinha sido necessário (252)realizar e que, sem dúvida, deveriam realizar ainda, contra o terror e sua (253)arma infatigável, a despeito das feridas pessoais, todos os homens que, não (254)podendo ser santos e recusando-se a admitir os flagelos, se esforçam no (255)entanto por ser médicos. Na verdade, ao ouvir os gritos de alegria que (256)vinham da cidade, Rieux lembravam-se de que essa alegria estava sempre (257)ameaçada. Porque ele sabia o que essa multidão eufórica ignorava e se pode (258)ler nos livros: o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar (259)dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente (260)nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços. E sabia também, que, viria , (261)talvez odia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste (262)acordaria seus ratos e os mandaria morrerem numa cidade feliz.

(263)Depois da libertação, com apenas trinta anos, ele se tornou o jornalista mais (264)lido da França. Nas páginas do jornal ”Combat”, lutava para que não fossem (265)esquecidas as lições da guerra, a indiferença. As lições foram esquecidas, (266)Camus abandonara o jornalismo. ”A peste” data dessa época, 1947, e (267)reporta-se à experiência que ele desejavam presente naconsciência dos (268)franceses. Uma epidemia assola uma cidade, como a ocupação nazista (269)assolara a França. A epidemia cessa - a ocupação termina -, e a apatia que (270)cercava a vontade humana diante do elemento estranho volta a imperar. O (271)livro foi um grande sucesso de livraria e se tornou uma obra clássica. Porém, (272)”A peste” seriam também um passo decisivo no rompimento com o (273)existencialista Jean-Paul Sartre, de quem Camus se aproximara. Como seria (274)”O homem revoltado”. Ele preconizava a revolta individual e libertária, (275)enquanto Sartre colocava o existencialismo a serviço do marxismo, Camus (276)estava só e preparava as últimas obras: ”Lê Minotaure ou La malte d’Oran” (277)(1954), ”O exílio e o reino” em ”A queda” (1956), esta última também (278)publicada pelo Círculo. A lição para o futuro permanece aquela que proferiu (279)no Brasil, em 1949, numa frase: ”Não poderemos ficar alheios e distraídos. (280)Nem o momento comporta atitudes de indiferença. Não durmamos, pois, (281)que a paz será uma realidade, ela que, agora, não passa de uma promessa”.

(282)A própria cidade, vamos admiti-lo, é feia. com seu aspectos tranqüilo, é (283)preciso algum tempo para se perceber o que a torna diferente de tantas outras (284)cidades comerciais em todas as latitudes. Como imaginar, por exemplo, uma (285)cidade sem pombos, sem árvores e sem jardins, onde não se encontra o (286)rumor de asas, nem o sussurros de folhas. Em resumo: um lugares neutro. (287)Apenas no céu se lê a mudança das estações. A primavera só se anuncia pela (288)qualidade do ar ou pelas cestas de flores que os pequenos vendedores trazem (289)dos subúrbios: é uma primavera quem se vendem nos mercados. Durante o (290)verão, o sol incendeia as casas muito secas e cobre as paredes de uma poeira (291)cinzenta; então, só é possível viverem à sombra das persianas fechadas. No (292)outono, pelo contrário, é um dilúvio de lama. Os dias bonitos de inverno..

(293)Uma forma cómoda de travar conhecimento com uma cidade é procurar (294)saber como se trabalha, como se ama e como se morre. Na nossa pequena (295)cidade, talvez por efeito do clima, tudo se fazem ao mesmo tempo, com o (296)mesmo ar frenético e distante. Quer dizer que as pessoas se entediam e se (297)dedicam a criar hábitos. Nossos concidadãos trabalham muito, mas apenas (298)para enriquecer. Interessam-se principalmente pelo comércio e ocupam-se, (299)em primeiro lugar, conformem sua própria expressão, em fazer negócios. (300)Naturalmente, apreciam prazeres simples, gostam das mulheres, de cinema (301)e de banhos de mar. Muito sensatamente, porém, reservam os prazeres para (302)os domingos e os sábados à noite,procurando, nos outros dias da semana, (303)ganhar muito dinheiro. À tarde, quando saem dos escritórios, reúnem-se a (304)uma hora fixa nos cafés, passeiam na mesma avenida ou instalam-se nas (305)suas varandas. Os desejos dos mais velhos não vão além das associações de

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(306)boulomanes’, os banquetes das amicales e os ambientes em que se aposta (307)alto no jogo de cartas. Dirão sem dúvida que nada disso é característico de (308)nossa cidade e que, em suma, todos os nossos contemporâneos são assim. (309)(Sem dúvidas, nada há de mais natural, hoje em dia, do quem veja as (310)pessoas trabalharem de manhã à noite e optarem, em seguida, por perder nas (311)cartas, no café e em tagarelices o tempo que lhes resta para viver. Mas há (312)cidades e países em quem as pessoas, de vez em quando, suspeita que exista (313)mais alguma coisa. Isso, em geral, não lhes modifica a vida. Simplesmente, (314)houve a suspeita, o que já significa algo. Oran, pelo contrário, é uma cidade (315)aparentemente sem suspeitas, querem dizerem, uma cidade inteiramente (316)moderna. Não é necessário, portanto, definir a maneira como se ama entre (317)nós. Os homens e as mulheres ou se devoram rapidamente, no quem se (318)convencionou chamar ato de amor, ou se entregam a um longo hábito a dois. (319)Isso tampouco é original. Em Oran, como no resto do mundo, por falta de (320)tempo e de reflexão, somos obrigados a amarem sem saber.

(321)Em O mito de Sísifo, Camus descrevem os paradoxos fundamentais, as (322)contradições primeiras da condição humana, condição esta que ele chama (323)de absurda. Partindo de um raciocínio que nega o conhecimento profundo (324)das coisas, ele opta pela pintura de imagens, pela descrição das aparências. (325)Camus deixa claro esse pensamento e o modo de escrita que dele resulta: “O (326)métodos aqui definidos confessa a sensação de quem todo conhecimento (327)verdadeiro é impossível. Só se pode enumerar as aparências e se fazer sentir (328)o clima” (Camus, 2008, p. 26).

(329)Nesse ensaio ele repetem muitas vezes que está interessado nas últimas (330)consequências do que ele chama de “raciocínio absurdo”, tentando levar (332)esse pensamento até os limite, partindo das questão do suicídio, (333)problematizando o sentido da vida ante o destino de morte, enumerando (334)(sem jamais pretender definir) a condição absurda do indivíduo: “Só se (335)encontrará aqui a descrição, em estado puro, de um mau dos espírito” (336)(Camus, 2008, p. 16) e se perguntando, nessa busca das consequências do (337)absurdo, se “o pensamento pode viver nesses desertos” (p. 35). Ou, como (338)disse anos mais tarde em uma entrevista: “como podemos nos conduzir (339)quando não acreditamos nem em Deus nem na razão?” O mito de Sísifo (340)apresenta um estilo desolado e descritivo, que busca matizar as imagens (341)para representá-las em sua diversidade e acentuar sua riqueza irredutível, (342)repetindo-se sempre sobre os mesmos problemas, que retornam e se (343)entrelaçam continuamente, justamentes porque jamais sem resolvem, (344)gravitando sempre em torno das contradições fundamentais da humana (345)condição, formando assim um pensamento por imagens que gira vertigino (346)samente sobre si mesmo.

(347)A respeitos do método usados no ensaio, Camus expõe o raciocínio que (348)prefere utilizar a descrição, a pintura de imagens. Ele diz que, apesar de não (349)podermos apreenderem o sentimento dos seres, a despeito do que sempre e (350)inevitavelmente nos escapa quando tentamos esclarecer as coisas a fundo, (351)da ineficácia dos métodos que visam esquadrinhar e conhecer o que é (352)“irracional”, quando se busca registrare os gestos, descrever as aparências, (353)compondo uma figura inacabada dos movimentos, é possível distinguir um (354)determinado comportamentos:

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(355)Trata-se, num tom mais abaixo, dos sentimentos inacessíveis no interior do (356)coração, mas parcialmente traídos pelos atos que impulsionam e as atitudes (357)de espírito que supõem. Fica claro que assim defino um método. Mas (358)também fica claro que esse método é de análise, e não de (359)conhecimento..Logo no início de O Mito de Sísifo, partindo do problema do (360)suicídio refletindo sobre o caráter imperativo dos costumes,

(361)Camus considerou que até mesmo viver é antes de tudo um hábito, e que o (362)recurso ao suicídio mostra, dentre outras coisas, a percepção do vazio, da (363)falta de fundamento e de propósito desses costumes quem é existir. Ele (364)relaciona diretamente o caráter vão da nossa existência aos paradoxos (365)fundamentais da condição humana: a contradição entre o desejo obstinado (366)de conhecimento e de vida e o mundo inexplicável e finito. São essas (367)antinomias que consagram a vanidade da existência. Sobretudo a morte, a (368)oposição entre nosso apego apaixonado pela vida e o caráter efêmero da (369)nossa condição: trata-se, para Camus, da primeira e mais absurdas das (370)antinomias, que esterilizam a princípio quaisquer sentidos e valores que se (371)queira concederem à existência.

(372)Estes lado elementar e definitivo da aventura é o conteúdo do sentimento (373)absurdo. Sob a iluminação mortau desse destino, aparece a inutilidade. (374)Nenhuma morales, nenhum esforço são a priori justificáveis diante das (375)sangrentas matemáticas que ordenam nossa condição. As frustração da (376)consciência ávida de conhecimento ante a impossibilidade de compreender (377)a inutilidade dos nossos esforços por estabilidade face à inconstância da (378)existência, os fracassos da nossa busca por unidade frente ao dualismo da (379)consciência e do mundo, a derrota inevitável da vontade de viver ante a (380)fatalidades das mortes constituem os conflitos insuperáveis e, portanto, (381)“absurdos” da nossas condição.

(382)O mundo se furtam continuamente às nossas tentativas de apreendê-lo, (383)mantém-se alheios aos nossos impulsos, indiferente às nossas necessidades. (384)A natureza apresenta sua diversidade inesgotável e o pensamento se frustra (385)percebendo-se impotentes, insignificantes e desnecessário frente à (386)yrracionalidade do mundo que o cerca. A razão se dá conta de que ela própria (387)constrói suas ficções para tornar familiar essa natureza inexplicável. Mas, (388)quando essas imaginações se desgastam, aparece um mundo sem disfarces e (389)insensível, ao quais o espírito se opõem e se sente abandonado, como um (390)estranho, um estrangeiro. Sentir-se um estrangeiro no mundo é perceber-se (391)oposto ao mesmo, aos outros e a si próprio. É a frustração do espírito em sua (392)vontade de familiaridades.

(393)Camus colocam o problema dos limites do conhecimento e da contradição (394)insolúvel implicada no próprio raciocínio lógico, expondos a confusão que (395)se instala entre o verdadeiro e o falso quando tentamos distingui-los com (396)precisão. Eles recorres a Aristóteles para demonstrar como a lógica se nega a (397)i mesma num “rodopio vertiginoso”, afirmando que, uma vez que (398)admitimos nossa incapacidade de resolverem as contradições primeiras da (399)razão, ficamos condenados a viver com a consciência de que o verdadeiro (400)conhecimento, a unidades, é impossível.

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