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Allergan, B.Braun, Bayer, Celgene, Edol, Farmoz, Fresenius, Glintt, GSK-GlaxoSmithKline, Hikma, Ipsen, Leo, Lilly, Merck,SA, Novo Nordisk, Praxair, Santhera, Simposium Digital, Takeda, Wepharma

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Allergan, B.Braun, Bayer, Celgene, Edol, Farmoz, Fresenius, Glintt, GSK-GlaxoSmithKline, Hikma, Ipsen, Leo, Lilly, Merck,SA, Novo Nordisk, Praxair, Santhera, Simposium Digital, Takeda, Wepharma

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ÍNDICE

3 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

MENSAGEM DE BoAS-vINDAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

CoMISSõES

CoMISSÃo oRGANIZADoRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

CoMISSÃo CIENTÍFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

CENTRo CoNGRESSoS Do ESToRIL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8

SPoNSoRS

SPoNSoRS DE PLATINA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

MAIN SPoNSoRS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

SPoNSoRS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

APoIoS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

PRoGRAMAS

QUARTA, 21 NovEMBRo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

QUINTA, 22 NovEMBRo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

SEXTA, 23 NovEMBRo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

WoRKSHoPS, 24 NovEMBRo

WoRKSHoP 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

WoRKSHoP 02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

WoRKSHoP 03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

WoRKSHoP 04 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

WoRKSHoP 05 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

CoMUNICAçõES oRAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

PoSTERS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

ÍNDICE DE TRABALHoS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96

ÍNDICE DE AUToRES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

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LIVRO DE RESUMOS

5 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

MENSAGEM DE BOAS-VINDAS

E aqui presente em mais uma semana APFH, já na sua 11ª edição, venho em nome da nossa Associação dar-lhes as boas-vindas ao congresso de todos os Farmacêuticos Hospitalares.

Esta reunião decorrendo em paralelo com o XI Congresso APFH, terá como tema Farmacêuticos ∞ focados no doente e na profissão!

No âmbito profissional é da máxima importância que todos procuremos alargar a nossa intervenção no Sistema Nacional de Saúde, reforçando e interligando o hospital com os cuidados de saúde primários, cuidados continuados, etc. Com esse objectivo em mente, tentamos aqui colocar em evidência todo um leque de áreas de profissionalização do farmacêutico, demonstrando a sua mais-valia científica e operacional. E cientes da importância da nossa profissão, ousamos ir ainda mais longe, ampliando horizontes e reinventando áreas de atuação.

Nesta décima primeira edição, é-nos essencial motivar os farmacêuticos e promover o seu desenvolvimento pessoal, privilegiando a actualização contínua e a especialização, para poder interagir e participar ativamente nas equipas multidisciplinares em conjunto com os outros profissionais de saúde, procurando sempre melhorar o tratamento e o bem-estar dos nossos doentes. Todos juntos seremos capazes de promover uma profissão digna e respeitada, com um futuro assegurado, em prol do sistema de saúde e do cidadão.

Esperamos que estes próximos dias de congresso sejam proveitosos não só para o nosso desenvolvimento profissional, mas também para o nosso enriquecimento pessoal, e que esta semana seja igualmente um tempo para o encontro, para o convívio e, amizade entre todos os Farmacêuticos Hospitalares Portugueses.

Juntos, somos Farmacêuticos ∞ focados no doente e na profissão!!

Ana Margarida FreitasPresidente da Comissão Organizadora

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LIVRO DE RESUMOS

7 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

Dr. António Faria Vaz Dr. António Paulo Melo GouveiaDr. Armando AlcobiaDr. Jorge FélixDr. Josep Ribas SalaDra. Ana LeãoDra. Ana MircoDra. Ana Paula PrataDra. Carla OliveiraDra. Cláudia FurtadoDra. Cláudia NetoDra. Helena BaiãoDra. Luísa Barros PereiraDra. Maria Helena FarinhaDra. Maria Lídia CampilhoDra. Maria Paula Dias AlmeidaDra. Olga FreitasDra. Olímpia Fonseca Dra. Paula Campos

Dra. Rute VarelaProf. Doutor António José AlmeidaProf. Doutor Carlos Fontes RibeiroProf. Doutor Carlos Maurício BarbosaProf. Doutor João GonçalvesProf. Doutor João Nuno MoreiraProf. Doutor João Paulo CruzProf. Doutor José Guimarães Morais Prof. Doutor José Sousa LoboProf. Doutor Nuno TaveiraProf. Doutor Vítor SeabraProf. Doutora Ana Cristina RamaProf. Doutora Ana Paula MartinsProf. Doutora Isabel RamalhinhoProf. Doutora Ana Luísa PapoilaProf. Doutora Cláudia CavadasProf. Doutora Eugénia PereiraProf. Doutora Fátima FalcãoProf. Doutora Luiza Granadeiro

CoMissão CientífiCa

Prof. Doutor Francisco Batel MarquesPresidente

CoMissão organizadora

Dra. Ana Margarida FreitasPresidente

Dra. Catarina Luz Oliveira Dr. Bruno Costa Dr. Nuno Vilaça Marques Dra. Marisa Caetano

Dr. Paulo Tavares Almeida Dra. Maria Helena Catarino Dra. Brenda Madureira Dra. Carla Campos

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C. CONGRESSOS ESTORIL

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C. CONGRESSOS ESTORIL

9 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

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SPONSORS de PLATINA

10 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

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MAIN SPONSORS

11 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

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SPONSORS

12 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

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APOIOS

13 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

Allergan

B.Braun

Bayer

Celgene

Edol

Farmoz

Fresenius

Glintt

GSK-GlaxoSmithKline

Hikma

Ipsen

Leo

Lilly

Merck,SA

Novo Nordisk

Praxair

Santhera

Simposium Digital

Takeda

Wepharma

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14 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

PROGRAMA QUARTA, 21 NOVEMBRO

08h30 Abertura do Secretariado

09h00 Comunicações Livres

Validação clínica de um manipulado hospitalar “PT Smell Test” para diagnosticar patologia olfativa Autores: Carolina Tovar Chaves; Joana Marto; Mário Santos; Filipa Duarte Ramos; Armando Alcobia; Luís Antunes; Rosário Bronze; Helena Ribeiro, Luís Antunes - FFUL, iMed.ULisboa, Hospital Garcia de Orta

Automatização em nutrição parentérica: resultados do controlo de qualidade gravimétrico antes e após a sua implementação Autores: Renata Barbosa, Ana Capela, Sofia Nogueira, Teresa Soares, Susana Fraga, Paulo Carinha - Centro Hospitalar de S. João

Cultura de segurança do medicamento integrada no modelo de residência do farmacêutico clínicoAutores: Ana Neves, Beatriz Pinto, Teresa Cabeças, Francisco Rodrigues, Ana Queiroz, Gabriela Ribeiro, Maria Baptista, Joana Cardoso, Rita Oliveira, Maria Pereira - Hospital CUF Infante Santo

Reconciliação terapêutica e a residência do farmacêutico nos serviços clínicos num hospital privado de Lisboa Autores: Teresa Cabeças, Beatriz Pinto, Francisco Sá, Ana Queiroz, Gabriela Ribeiro, Ana Neves, Joana Cardoso, Maria Galvão Baptista, Rita Oliveira, Maria Pereira - Hospital CUF Infante Santo

10h00 Sessão Plenária – O Doente, o Cidadão e a Interligação dos Cuidados de Saúde

O farmacêutico clínico integrado na equipa de Cuidados Primários: 20 anos de caminho e experiências Dra. María Mercedes Guerra García - Farmacéutica de Atención Primaria, SAP Porriño

Interligação de cuidados Dra. Rosa Cantudo Cuenca - Farmacêutica Hospitalar, Hospital San Augustin, Linares

Unidade de hospitalização domiciliáriaDra. Ana Margarida Simões Pires - Farmacêutica Hospitalar, Hospital Garcia de Orta

Moderador: Dr. José Aranda da Silva

11h30 Pausa para Café

12h00 Simpósio Satélite Pfizer

Evolução ou Revolução? Tofacitinib, novo paradigma de tratamento

Ω A visão da Reumatologia Prof. Doutor João Eurico da Fonseca – Centro

Hospitalar Lisboa Norte, Hospital de Santa Maria

Ω A visão da Gastroenterologia Dr. Luís Correia - Centro Hospitalar Lisboa Norte,

Hospital de Santa Maria Moderador: Prof. Doutor João Paulo Cruz - Centro

Hospitalar Lisboa Norte, Hospital de Santa Maria

13h00 Almoço de Trabalho Merck S.A.

13h00 Almoço

14h30 Simpósio Satélite Gilead

“Comorbilidades em VIH – Gerir no Presente para Agilizar o Futuro”

Ω Impacto das Comorbilidades no doente VIH:

Um modelo prospetivo Prof. Dr. Bjorn Vandewalle PhD, in Science,

Mathematics, Catholic University of Leuven

Abordagem multidisciplinar na Otimização Terapêutica

Ω A Visão do Farmacêutico Dra. Patrícia Carvalho – Hospital de Cascais

Ω A Visão do Médico Dra. Inês Vaz Pinto – Hospital de Cascais Moderador: Dra. Patrocínia Rocha – Centro Hospitalar

do Porto, Hospital de Santo António

15h30 Pausa para Café

16h00 Estudo OF-APFH – “Valorização do ato do Farmacêutico Hospitalar”

Prof. Doutor João Marques Gomes, CEO of Nova Healthcare Initiative, the Director of Nova Institute for Value Improvement in Health and Care

16h30 Sessão de Abertura

17h00 Conferência de Abertura – “A Ciência da Motivação” Dr. Miguel Bragança

17h30 Cocktail de Boas-Vindas

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PROGRAMA QUINTA, 22 NOVEMBRO

09h00 Comunicações Livres

Farmacocinética clínica e monitorização de fármacos integrada no modelo de residência do farmacêutico Autores: Joana Cardoso, Beatriz Pinto, Teresa Cabeças, Francisco Sá, Ana Queiroz, Gabriela Ribeiro, Ana Neves, Maria Baptista, Rita Oliveira, Maria Pereira – Hospital CUF Infante Santo

Consulta farmacêutica – como optimizar o tempo do farmacêutico hospitalarAutores: Rute Duarte, Isabel Patrício, Andreia Gaspar, Maria Olímpia Fonseca – Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira

Via verde na gestão da toxicidade da imunoterapiaAutores: Maria Nazaré Rosado, Andreia Margarida Duarte Aleluia – Hospital da Luz, Lisboa

Gel oral mucoadesivo de Dexametasona 0,1% (M/M): Estratégia profiláctica para a mucosite por inibidores MTOR Autores: Filipa Silva, Ana Castro, Arlindo Ferreira, Helena Luna Pais, Vasco Rodrigues, João Paulo Cruz, Ainda Duarte, Sandra Simões, António J. de Almeida, Joana Marto – CHLN-HSM, FFUL, 6iMed Research-UL

10h00 Sessão Plenária – Farmácia Clínica: O caminho para Portugal

Farmácia Clínica nos Cuidados Intensivos, Perspetiva do BrasilDra. Michelle Nunes – Farmacêutica Especialista em Terapia Intensiva do Adulto HUOL/UFRN, Farmacêutica Clínica na Unidade de Gestantes de Alto Risco – MEJC/UFRN/Ebserh

Farmácia Clínica em Psiquiatria, Perspetiva da EstóniaDra.Krista Maresma – Clinical Pharmacist, North Estonia Medical Centre Foundation

Farmácia Clínica em Geriatria, Perspetiva de EspanhaDra. Rosa Cantudo Cuenca – Farmacêutica Hospitalar, Hospital San Augustin, Linares

Moderador: Prof. Doutor Fernando Fernandez-Llimos –

Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa, Executive Board Pharmacy Practice Reserarch SIG da FIP

11h30 Pausa para Café

12h00 Simpósio Satélite BMS

O impacto clínico e sócio-económico do CPCNP e Carcinoma da Cabeça e Pescoço em Portugal

Ω O impacto socioeconómico do CPCNP em PortugalDra. Margarida Borges – Diretora Adjunta do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Ω Contributo clínico de nivolumab no tratamento do CPCNP em Portugal

Dr. Rui Dinis – Diretor do Serv. de Oncologia, Hospital do Espírito Santo Évora

Ω Carcinoma da Cabeça e Pescoço – A relevância clínica de nivolumab na realidade de Portugal

Dr. Rui Dinis – Diretor do Serv. de Oncologia, Hospital do Espírito Santo Évora

Moderador: Dra. Florbela Braga – Instituto de Oncologia

do Porto

13h00 Almoço de Trabalho Roche

13h00 Almoço

14h30 Simpósio Satélite Biogen

Biosimilars: about myths and reality

Ω Biological medicines in Portugal – the landscape Prof. Arnold Vulto – PharmD PhD, Hospital Pharmacy

ErasmusMC Rotterdam

Ω Barriers from a regulatory perspective Prof. Hélder Mota-Filipe – Faculdade de Farmácia

da Universidade de Lisboa

Ω How we solve the barriers in the hospital pharmacy Dr. José Feio – Serv. Farmacêuticos, CHUC

Ω Q&A and Take-home message: How your life is changing on Monday?

15h30 Sessão de Pósteres

16h00 – Pausa para Café

16h30 Pharma Learning Sessions (Limite de Vagas para cada PLS – 30 lugares)

PLS 1 – Doença Inflamatória Intestinal (DII): novas perspetivas na abordagem terapêutica

Dra. Helena Tavares de Sousa Margarida – Centro Hospitalar Universitário do Algarve

PLS 2 – Psoríase: Impacto da doença e a abordagem terapêutica

Prof. Doutor Tiago Torres – Centro Hospitalar do Porto, Hospital de Santo António

PLS 3 – Técnicas dialíticas Dr. Idalécio Bernardo – Centro Hospitalar Univ. Algarve

PLS 4 – Farmácia Hospitalar um desafio (para Estudantes)

Dr. Paulo Tavares de Almeida – Hospital Garcia de Orta Dra. Marisa Caetano – CHUC

18h00 Final dos Trabalhos

20h00 Jantar Congresso

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16 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

PROGRAMA SEXTA, 23 NOVEMBRO

09h00 PharmaTalks

O farmacêutico: um catalisador da translocação de dados da vida real para a clínica aplicadaDra. Miriam Capoulas e Dr. Pedro Cardoso – Hospital Beatriz Ângelo

Gestão integrada dos Hospitais de Dia Dra. Rute Isabel Teixeira Miranda – Centro Hospitalar

Barreiro Montijo

Interações Medicamentosas em OncologiaDr. Gonçalo Cainé – Hospital do Espírito Santo de Évora

Unidade Farmacovigilância integrada no hospital Dra. Ariana de Araújo – Hospital da Senhora da Oliveira – Guimarães, EPE

Moderador: Dra. Carla Mendes Campos – ULS Matosinhos

10h00 Sessão Plenária – A Profissão, o Medicamento e o Sistema de Saúde

ProfissãoDr. Melo Gouveia – Presidente do Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos

MedicamentoProf. Doutor Julian Perelman – Coordenador da Estrutura de Missão para a Sustentabilidade do Programa Orçamental da Saúde, vice-presidente da Comissão de Avaliação de Tecnologias de Saúde, e professor da Escola Nacional de Saúde Pública (Universidade NOVA de Lisboa)

Sistema de Saúde Dra. Maria de Belém Roseira – Presidente da Comissão de Revisão da Lei de Bases da Saúde

Moderador: Prof. Doutora Ana Paula Martins –

Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos

11h30 Pausa para Café

12h00 Sessão Plenária – Transformação digital na Saúde – Impacto na sociedade e nos profissionais

Desafios éticos, legais e sociais da saúde digital Prof. Doutor João Valente Cordeiro -Professor Auxiliar Convidado | Invited Assistant Professor, Department of Social Sciences in Health, National School of Public Health - Universidade Nova de Lisboa

Um desafio para os profissionaisProf. Doutor Guilherme Vitorino - Professor Auxiliar Convidado na NOVA IMS nas áreas de Marketing, Inovação e Gestão do Conhecimento

Moderador: Dr. Miguel Lopes – Secretário-geral da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares

13h00 Almoço de Trabalho Amgen

13h00 Almoço

14h30 Simpósio Satélite ViiV

Infeção por VIH: Repensar a abordagem ao doente – O próximo passo no tratamento com dolutegravir no core

Ω Desenvolvimento de novos fármacos focado nas necessidades do doente

Dra. Maria Jesus Vazquez Muñiz, PharmD, PhD – Medical Affairs & Patients Community Manager, ViiV Healthcare

Ω Nenhum doente deve tomar mais medicamentos do que o necessário

Dr. Francisco Martin, PharmD – Medical Scientific Liaison, ViiV Healthcare

Moderador: Dra. Carla Ferrer, Hospital Vila Franca

de Xira

15h30 PRÉMIOS APFH

16h00 Sessão de Encerramento

16h30 Pausa para Café

17h00 Pharma Learning Sessions (Limite de Vagas para cada PLS – 30 lugares)

PLS 5 – Qualidade de vida e autonomia nas doenças raras

Ω Gestão da inovação na síndrome do intestino curto Dr. João Rijo – CHLO Hospital Egas Moniz

Ω Inovação tecnológica na doença de Gaucher – autonomização do tratamento

Dra. Sara Mendonça Azevedo – Centro Hospitalar Lisboa Norte

PLS 6 – Diretiva Medicamentos Falsificados – uma nova realidade

Dra. Vania Serapicos – INFARMED

PLS 7 – A Implementação de Boas Práticas de Gases Medicinais em Ambiente Hospitalar

Dra. Cátia Caneiras, Grupo de Trabalho de Gases Medicinais APQuímica

Engº Fernando Fortuna, Grupo de Trabalho de Gases Medicinais APQuímica

18h30 Final dos Trabalhos

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17 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

WORKSHOPS SÁBADO, 24 NOVEMBRO – DIA DOS WORKSHOPS

WORKSHOP 1 | Interpretação de Análises Clínicas

Patologias Eritrocitárias e Renais – discussão de casos clínicos

Coordenação:

Prof. Doutora Maria Cristina Marques

Dra. Maria Helena Catarino

Intervenientes:

Prof. Doutora Maria Cristina Marques – Faculdade de Farmácia

da Universidade de Lisboa

Prof. Doutora Maria Leonor Correia – Faculdade de Farmácia

da Universidade de Lisboa

09h00 Patologias renais

11h00 Pausa

11h30 Patologias renais

12h00 Casos Clínicos – Avaliação

13h00 Almoço

14h30 Patologias eritrocitárias

16h30 Pausa

17h00 Casos Clínicos – Avaliação

18h00 Encerramento

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WORKSHOPS

18 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

WORKSHOP 2 | Da dádiva de sangue ao medicamento hemoderivado

Parceria APFH / Octapharma

Coordenação:

Dr. Eduardo Marques

Dra. Catarina Luz Oliveira

09h00 Receção dos participantes/Apresentação

Dra. Catarina L. Oliveira – Presidente APFH

Dr. Eduardo Marques – Diretor Geral Octapharma

09h30 Da dádiva de sangue a programas de autossuficiência

Dra. Fátima Nascimento – Hemovida

10h30 Pausa

11h00 Processamento industrial do Plasma Humano

Dra. Helena Direito – Octapharma

12h00 A investigação clínica na Octapharma

Dra. Susana Morgadinho – Octapharma

12h00 Farmacovigilância

Dra. Helena Direito – Octapharma

13h00 Almoço

14h30 Sistema imunitário inato e adaptativo – O papel

da imunoglobulina humana normal na terapêutica

Dra. Susana Silva – CHLN

15h30 Fisiologia da coagulação: Os desafios do tratamento

das coagulopatias

Dra. Alexandra Santos – CHLC

16h30 Pausa

17h00 Desafios hemorrágicos no doente crítico

O papel das proteínas humanas: plasma humano, fibrinogénio,

albumina complexo protrombina

Dra. Carolina Costa – Hospital Amadora Sintra

18h00 Encerramento

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WORKSHOPS

19 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

WORKSHOP 3 | Da Investigação Clínica à Interpretação dos seus Resultados

Parceria APFH / Amgen

Coordenação:

Dra. Patrícia Cruz

Dr. Paulo Tavares Almeida

09h00 Receção e apresentação do programa

09h30 Introdução aos Ensaios clínicos

Dra. Filomena Sousa – Departamento Médico da AMGEN

10h30 Estudos clínicos – Como defini-los? Como estruturá-los?

Dra. Rita Martins – KeyPoint

11h00 Pausa

11h30 Pensar um estudo clínico (exercício de aplicação em grupo)

Dra. Rita Martins – KeyPoint

12h30 Principais dificuldades da elaboração e na participação em estudos

clínicos

Dra. Rita Martins – KeyPoint

13h00 Almoço

14h30 Apresentação do Artigo I (exercício de aplicação: leitura individual

e trabalho de grupo)

Dra. Rita Martins – KeyPoint

15h00 Apresentação e discussão dos trabalhos de grupo

Dra. Rita Martins – KeyPoint

15h30 Apresentação do Artigo II (exercício de aplicação: leitura individual

e trabalho de grupo)

Dra. Rita Martins – KeyPoint

16h15 Pausa

16h45 Apresentação e discussão dos trabalhos de grupo

Dra. Rita Martins – KeyPoint

17h30 Comentários

18h00 Encerramento

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WORKSHOPS

20 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

WORKSHOP 4 | Avaliação de tecnologias da saúde em ambiente hospitalar

(ATS-HOSP)

Coordenação:

Dr. Jorge Félix

Dra. Marisa Caetano

09h00 Avaliação de tecnologias e decisão no sector da saúde

Ω Valor, decisão e economia da saúde

Ω O que é avaliação de tecnologias em saúde

Ω Avaliação de resultados em saúde e avaliação económica

Ω Informação, níveis de evidencia e critérios de decisão

10h45 Pausa

11h00 ATS-HOSP: métodos e ferramentas

Ω O que é avaliação de tecnologias de saúde em ambiente hospitalar

(ATS-HOSP)

Ω Modelos de ATS-HOSP

Ω Avaliação central versus em ambiente hospitalar

Ω Medição de resultados em saúde

13h00 Almoço

14h00 ATS-HOSP: eficiência terapêutica, económica e gestão hospitalar

Ω Avaliação de valor

Ω Fontes de evidência, critérios de decisão e definição de prioridades

Ω Qualidade dos cuidados e eficiência na gestão dos recursos

Ω Integração de objetivos e expectativas das partes interessadas

16h00 Pausa

16h15 ATS-HOSP: experiências internacionais e estudo de casos

Ω AdHopHTA: an European Project on Hospital Based Health Technology

Assessment

Ω ATS-HOSP em Itália, Canadá, França e Espanha

Ω Estudo de caso sobre medicamentos oncológicos

Ω Estudo de caso de medicamento órfão

17h30 Teste de Avaliação

18h00 Encerramento

Ω

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WORKSHOPS

21 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

WORKSHOP 5 | Desenvolvimento e utilização de antibióticos.

Adapção a uma era de Multiresistências

Parceria APFH / MSD

Coordenação:

Dr. João Gonçalves Pereira

Dra. Ana Margarida Freitas

09h00 História e Classes de antibacterianos. Mecanismos de Resistências

Dr. João Gonçalves Pereira – Hospital Vila Franca de Xira

09h45 Farmacologia dos antibióticos na sépsis

Dr. João Gonçalves Pereira – Hospital Vila Franca de Xira

10h30 Pausa

11h00 Casos práticos: Utilização de novos antibióticos em ambiente

de multirresistência

Dra. Carla Mimoso – Centro Hospitalar de Lisboa Norte

13h00 Almoço

14h30 Impacto ecológico da terapêutica

Dr. João Gonçalves Pereira – Hospital Vila Franca de Xira

15h15 Casos práticos: Utilização de novos antibióticos em ambiente

de multirresistência

Dra. Carla Mimoso – Centro Hospitalar de Lisboa Norte

16h30 Pausa

16h45 TDM – Optimização de terapêutica antibiótica

Dr. João Gonçalves Pereira – Hospital Vila Franca de Xira

18h00 Encerramento

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Livro de Resumos Comunicações orais

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COMUNICAÇÕES ORAIS

24 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

CO13 – 21/11VALIDAÇÃO CLÍNICA DE UM MANIPULADO HOSPITALAR “PT SMELL TEST” PARA DIAGNOSTICAR PATOLOGIA OLFATIVA

AUTORES: Carolina Tovar Chaves1, Joana Marto2, Mário Santos3, Filipa Duarte -Ramos4, Rosário Bronze5, Luís Antunes6, Armando Alcobia7, Helena Ribeiro2

1Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa2Research Institute for Medicine and Pharmaceutical Science (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal3Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital Garcia de Orta, EPE4Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, Departamento de Sócio -Farmácia5iBET, Apartado 12, 2781 -901 Oeiras, Portugal6Serviço de otorrinolaringologia, Hospital Garcia de Orta, EPE7Serviços Farmacêuticos, Hospital Garcia de Orta, EPE

INTRODUÇÃO:Cerca de metade da população com mais de 60 anos refere disfunção olfativa. A avaliação da perda total ou parcial do olfato, anosmia ou hiposmia respetivamente é importante no diagnóstico precoce das doenças neurodegenerativas e pode ser um indicador preditivo positivo do diagnóstico clínico. O dispositivo atualmente utilizado em Portugal, o Barcelona Smell test -24 (BAST -24), tem na sua constituição alguns odores que a população portuguesa não reconhece, por não fazerem parte dos hábi-tos culturais do nosso país, o que pode levar o clínico, a um diagnóstico erróneo, e diculta a aplicabilidade do exame.

OBJECTIVOS:Validação clínica de um manipulado hospitalar “PT SMELL TEST”, adaptado à população portuguesa, como método de diagnós-tico ável para quanticar o olfato e avaliar a disfunção em doentes com hiposmia.

MÉTODOS:Após a aprovação pela comissão de ética para a investigação clínica do hospital em estudo, foi aplicado na consulta de olfato o manipulado “PT SMELL TEST” anteriormente caraterizado(1). Neste estudo foram incluídos 27 doentes com distúrbios olfativos e 25 indivíduos saudáveis. O BAST -24 foi usado como controlo/comparador. Os dois testes foram aplicados com um intervalo de uma semana entre cada um. O desempenho olfativo foi avaliado utilizando 19 odores que estimulam o nervo olfativo e 3 odores que estimulam o nervo trigémeo. Os indivíduos eram expostos a duas situações: Identicação espontânea (a identicação é feita pelo próprio), identicação forçada (4 odores apresentados pelo médico para identicar o odor).

RESULTADOS:Não se vericou diferença de género (p>0, 05) entre os dois grupos (doentes e saudáveis). A idade média do grupo dos indiví-duos saudáveis foi de 39, 03 ± 12, 91 anos e é estatisticamente diferente (p=0, 0035) do grupo dos doentes (50, 62 ± 18, 76 anos). O “PT SMELL TEST” revelou -se um método ável para avaliar o olfato humano com boa correlação com o BAST -24 (r2=0, 9214). O “cut -o” para distinguir disfunção olfativa de indivíduos saudáveis foi determinado e obtida uma pontuação de 71, 14% para a identicação forçada.

CONCLUSÕES:Nesta amostra o “PT SMELL TEST” revelou -se um método bem aceite pela população portuguesa, com uma taxa de identicação forçada de 89%. No futuro também poderá ser usado como um teste de deteção do limiar olfativo e como um kit de reabilitação olfativa. Para além dos resultados obtidos no diagnóstico da disfunção olfativa, este trabalho resultou da intervenção multidisci-plinar (médicos e farmacêuticos) e interinstitucional (academia e hospital), pois o desenvolvimento e controlo foi efetuado por farmacêuticos, mas a consulta do olfato teve a presença de um farmacêutico e de um médico reforçando a inevitabilidade da necessidade desta estreita colaboração. Esta colaboração permitiu colmatar as diculdades de produção de fórmulas magistrais e o seu controlo de qualidade, nos serviços farmacêuticos hospitalares com menores recursos tecnológicos sendo uma mais valia económica para o hospital.

BIBLIOGRAFIA:Tovar -Chaves C, et al. – Olfatometria: Diagnóstico e Reabilitação. 65 º Congresso de Otorrinolaringologia. Aveiro, maio 2018.

NOTAS:

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25 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

CO22 – 21/11AUTOMATIZAÇÃO EM NUTRIÇÃO PARENTÉRICA: RESULTADOS DO CONTROLO DE

QUALIDADE GRAVIMÉTRICO ANTES E APÓS A SUA IMPLEMENTAÇÃO

AUTORES: Renata Barbosa, Ana Capela, Soa Nogueira, Teresa Soares, Susana Fraga, Paulo CarinhaCentro Hospitalar e Universitário de S. João

INTRODUÇÃO:Os equipamentos para enchimento automatizado de misturas nutritivas para administração endovenosa são cada vez mais utilizados. Esta mudança de procedimentos, de enchimento manual para automatizado, é resultado não só dos atuais avanços tecnológicos, mas também da necessidade de resposta ao aumento das exigências nos cuidados de saúde, de forma a dar ori-gem a misturas nutritivas mais seguras, ecientes e precisas. O controlo gravimétrico é um ensaio de vericação de qualidade usado na elaboração de misturas nutritivas. As guidelines internacionais1, 2 determinam que o erro máximo aceitável deve ser 5% e recomendam este controlo ao produto nal, assegurando -se assim a precisão e segurança destas soluções endovenosas. No entanto, será recomendável que esta margem seja reduzida para os 3%, especialmente em nutrição pediátrica.

OBJECTIVOS:Avaliação do impacto da implementação de sistema automatizado na qualidade da elaboração de bolsas de nutrição parenté-rica (NP). Estudar possibilidade de redução do limite aceitável de erro de 5% para 3%.3

MÉTODOS:Avaliação estatística dos resultados do controlo de qualidade gravimétrico das bolsas de nutrição parentérica antes e após implementação de sistema automatizado. Uso de 3 amostras de 580 bolsas de NP para cada método de enchimento especi-cado, referentes a set/out. 2016 e ago/set. 2018.

RESULTADOS:Método manual (média desvio: -0.78%, desvio padrão: 0.91%; bolsas com erro> 3%: 14); Método semi -automatizado (média desvio: -0.20%, desvio padrão: 1.44%; bolsas com erro> 3%: 32); Método automatizado (média desvio: -0.10%, desvio padrão: 0.39%; bolsas com erro>3%: 0). Com o sistema automatizado não se obteve nenhuma bolsa de NP com erro superior a 3%.

CONCLUSÕES:O método de enchimento automatizado relacionou -se com a menor média para o desvio ao peso teórico, assim como menor desvio padrão, que nos indica uma menor percentagem de erro mas também uma menor dispersão dos resultados para este método. Assim, a implementação do sistema automatizado traduziu -se em melhorias a nível de precisão de resultados para o controlo gravimétrico das bolsas de NP, diminuindo a zero o número de bolsas que excede o intervalo aceitável, aumentando assim a segurança das misturas produzidas e, consequentemente, para o doente. O número de bolsas que excedeu a margem de 3%, recomendável para nutrição pediátrica, foi de zero, pelo que concluímos poder reduzir a especicação do nosso ensaio de vericação para os 3%.

BIBLIOGRAFIA:1. ASHP Guidelines on the Safe Use of Automated Compounding Devices for the Preparation of Parenteral Nutrition Admixtures (2000). 57:1343 -8; 2.Crill, Catherine. Accuracy of parenteral nutrition solutions compounded with automated systems and by hand. AJHSP, (2005) vol 62 Nov 15. 3. Cardona Pera D et al. Consenso Espanol sobre la preparacion de mezclas nutrientes paren-terales 2008. Fam Hosp, (2009) 33 (sup 1), 81 -107.

NOTAS:

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26 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

CO28 – 21/11CULTURA DE SEGURANÇA DO MEDICAMENTO INTEGRADA NO MODELO DE RESIDÊNCIA DO FARMACÊUTICO CLÍNICO

AUTORES: Ana Maria Gaspar Ventim Neves, Beatriz Teixeira Pinto, Teresa Maria Santos Cabeças, Francisco de Almeida Sá de Brito Rodrigues, Ana Rita Guerreiro Queiroz, Gabriela Nunes Moutinho Moniz Ribeiro, Maria Galvão Baptista, Joana Macara Cardoso, Rita Maria dos Reis de Oliveira, Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO:O circuito do medicamento e a sua segurança em ambiente hospitalar são uma prioridade de todos os prossionais de saúde que com o medicamento interagem. Este circuito encontra -se integrado numa cultura de segurança que consiste numa “pos-tura sistémica e de elevada resiliência no combate e mitigação dos erros, privilegiando a segurança e a reprodutibilidade dos processos” (Fragata, 2011). Este trabalho pretende demonstrar, através de alguns exemplos, o impacto da residência do farma-cêutico clínico na implementação de soluções preventivas do erro.

OBJECTIVOS:Detectar os riscos e incidentes a que o doente está sujeito, no contexto do medicamento;Entender as causas para prevenir os efeitos;Implementar, quanticar e monitorizar as medidas de melhoria;Melhorar o sistema antes de ocorrer o incidente ou quasi -incidente;Apoiar o doente após um incidente;Integrar a segurança do doente no plano de formação;Redesenhar e repensar processos e tarefas que visam a segurança.

MÉTODOS:1. Integração do farmacêutico nos serviços clínicos;2. Criação da gura “farmacêutico elo de ligação “ com a Comissão de Gestão de Risco;3. Integração da farmácia na Comissão de Gestão de Risco do hospital;4. Formação regular (mensal) da equipa dos serviços farmacêuticos quanto ao conceito de gestão de risco e utilização da Plataforma HER+.

RESULTADOS:Alguns exemplos:– Farmacovigilância activa/passiva – noticação, juntamente com o doente e enfermeiro, de reacção adversa ao medicamento cetuximab detectada aquando do follow -up realizado pelo farmacêutico residente no hospital de dia oncológico;– Garantia da segurança do circuito do medicamento – realização de auditorias internas (exemplo: todo o circuito do medica-mento – garantia dos 9 certos), noticação de gestão de risco aquando da identicação in loco da falha no circuito do medi-camento (incorreto armazenamento de medicamentos e consequente análise de medidas de melhoria em conjunto com os restantes prossionais de saúde, prescrição de medicamentos aos quais o doente refere ser alérgico, etc.);– Implementação de medidas de prevenção do erro – Noticação às equipas prestadores de cuidados de saúde de medicamen-tos LASA (rótulos semelhantes por alteração de fornecedor);– Cedência e divulgação mensal às equipas de enfermagem de chas de apoio de reconstituição, diluição e administração de medicamentos;– Identicação de medicamentos que exijam cuidados de saúde especícos e elaboração de cha em colaboração com enfer-meiro (ex.: ácido 5 -aminolevulínico), etc.

CONCLUSÕES:A presença do farmacêutico residente em cada serviço clínico permite, todos os dias, intervir na prevenção de erros de medicação e na melhoria constante, contribuindo na construção da cultura de segurança bem como nos cuidados de saúde focados no doente.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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COMUNICAÇÕES ORAIS

27 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

CO40 – 21/11RECONCILIAÇÃO TERAPÊUTICA E A RESIDÊNCIA DO FARMACÊUTICO NOS

SERVIÇOS CLÍNICOS NUM HOSPITAL PRIVADO DE LISBOA

AUTORES: Teresa Maria Santos Cabeças, Beatriz Teixeira Pinto, Francisco Sá, Ana Rita Guerreiro Queiroz, Gabriela Nunes Moutinho Moniz Ribeiro, Ana Maria Gaspar Ventim Neves, Joana Macara Cardoso, Maria Galvão Baptista, Rita Maria dos Reis de Oliveira, Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO:O envelhecimento global da população e a consequente prevalência de patologias crónicas são situações que trazem com elas a realidade da polimedicação, um cenário de maior risco de erros e, assim, a obrigatoriedade do farmacêutico clínico residente no serviço assumir, em conjunto com a restante equipa multidisciplinar, um papel activo na vigilância do circuito do medi-camento. Os farmacêuticos, à semelhança dos restantes prossionais de saúde, têm como principal centro de intervenção o doente. Optimizando a terapêutica, diminuindo o risco de possíveis discrepâncias aquando da prescrição em ambiente hospi-talar em comparação à medicação de domicílio (incluindo a automedicação), aumentando a adesão à terapêutica, entre outras diferentes acções, o farmacêutico acrescenta ganhos em ecácia e segurança.

OBJECTIVOS:Pretende -se demonstrar o papel que o farmacêutico clínico residente no serviço de urgência e no serviço de internamento têm na reconciliação terapêutica e, assim, de forma mais rápida e integrada: reduzir os erros de medicação, diminuir o risco de eventos adversos, reduzir gastos relacionados com a medicação, aumentar a adesão do doente à terapêutica, melhorar a comu-nicação entre os prossionais de saúde e entre estes e doente/cuidador e optimizar as decisões terapêuticas.

MÉTODOS:1. Reestruturação logística dos Serviços Farmacêuticos e transferência do posto de trabalho para os serviços de urgência e internamento;2. Elaboração de um formulário próprio para registo;3. Seleção dos doentes de “atenção prioritária” para reconciliação terapêutica;4. Recolha da lista de medicação do doente na anamnese do enfermeiro e/ou médico, assim como outras informações relevan-tes como reacções adversas e alergias;5. Análise exaustiva pelo farmacêutico de toda a informação e comparação da lista de medicação de ambulatório com a medi-cação hospitalar; 6. Identicação e análise das discrepâncias;7. Comunicação das mesmas ao médico através de registo informático ou por contacto presencial/verbal;8. Correcção, se aplicável, das discrepâncias identicadas.

RESULTADOS:– Efectuaram -se 30 intervenções farmacêuticas, de fevereiro a setembro, no serviço de urgência (18) e no internamento (12).– Respostas à intervenção no serviço de urgência: posologia incorreta (5), omissão não intencional (5), switch medicação (2), omissão intencional (4) e dosagem incorreta (2);– Respostas à intervenção no serviço de internamento: prevenção de reacção alérgica (1), omissão não intencional (1), switch medicação (1), omissão intencional (5) e outras intervenções (4).

CONCLUSÕES:A reconciliação terapêutica apresenta -se como um processo chave na redução dos erros de medicação e na diminuição do risco de eventos adversos. De mão dada com o modelo de residência do farmacêutico no serviço clínico, permite ainda a melhoria da comunicação entre prossionais de saúde e decisões terapêuticas, bem como uma prática focada na segurança do doente.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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CO46 – 21/11FARMACOCINÉTICA CLÍNICA E MONITORIZAÇÃO DE FÁRMACOS INTEGRADA NO MODELO DE RESIDÊNCIA DO FARMACÊUTICO

AUTORES: Joana Pais Macara Abrantes Cardoso, Beatriz Teixeira Pinto, Teresa Maria Santos Cabeças, Francisco Almeida Sá, Ana Rita Guerreiro Queiroz, Gabriela Nunes Muniz Ribeiro, Ana Maria Gaspar Ventim Neves, Maria Galvão Baptista, Rita Maria dos Reis Oliveira, Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO:A medicina personalizada e os cuidados de saúde focados no doente pressupõem a monitorização de concentrações de fárma-cos. São práticas que têm como principal objectivo o cuidado terapêutico seguro e ecaz de forma individualizada: desenho de regimes de doseamento, criação de informação aplicada a problemas terapêuticos que apresentem uma base farmacocinética, controlo de concentrações num doente individual e especial, entre outros. A monitorização também comporta a necessidade de acompanhar o sucesso da terapêutica, criando evidência do mesmo.

OBJECTIVOS:– Individualização das posologias e doses, especialmente em medicamentos que apresentam uma estreita margem terapêutica e em situações em que seja previsível uma alteração signicativa no comportamento cinético do fármaco;– Interpretação de possíveis causas de uma resposta inesperada ao tratamento (inecácia ou toxicidade);– Prestação do apoio necessário e solicitado pelo médico, no momento da prescrição, in loco, no âmbito da residência do far-macêutico clínico.

MÉTODOS:1. Construção e implementação de uma unidade sólida e multidisciplinar de farmacocinética clínica assente no modelo de residência do farmacêutico no serviço (prescrição, colheita da amostra, análise da amostra, interpretação do resultado analítico, aconselhamento e acompanhamento farmacoterapêutico);2. Selecção dos fármacos susceptíveis de integrar o circuito (relação comprovada concentração -efeito, resposta farmacológica avaliável, margem terapêutica do medicamento estreita) e dos doentes de atenção prioritária;3. Avaliação da pertinência da monitorização farmacocinética e seguimento quando aplicável.

RESULTADOS:Durante 4 meses identicaram -se 17 doentes elegíveis para monitorização farmacocinética, dos quais 11 reuniram as condições para seguimento.Dos doentes elegíveis, 10 tiveram sugestão de alteração do esquema posológico: 9 foram aceites e os doentes tiveram melhoria clínica e a 1 doente foi proposta alteração da prescrição por toxicidade hematológica com consequente modicação.O outro doente cujos ajustes posológicos não foram aceites, teve agravamento da condição clínica.

CONCLUSÕES:O conceito de medicina personalizada objectiva individualizar a terapêutica, melhorando resultados, diminuindo toxicidade e optimizando os custos. Assim, a farmacocinética e a monitorização de fármacos surgem integradas nesta perspectiva. A sua introdução no âmbito da residência do farmacêutico clínico revela -se um projecto premente e demonstra -se uma prática indis-pensável na equipa multidisciplinar.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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CO57 – 22/11CONSULTA FARMACÊUTICA – COMO OPTIMIZAR O TEMPO

DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR

AUTORES: Rute Duarte, Isabel Patrício, Andreia Gaspar, Maria Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira

INTRODUÇÃO:A consulta farmacêutica (CF) constitui uma ferramenta essencial na qualidade assistencial prestada aos doentes. A CF permite a aplicação de uma farmacoterapia mais racional e eciente, em co -responsabilidade com os restantes prossionais de saúde.Para que seja possível alcançar os seus objetivos, a metodologia utilizada deve ser sistematizada, robusta e de fácil integração na rotina diária do farmacêutico hospitalar.

OBJECTIVOS:Desenvolver uma aplicação informática integrada para o registo, consulta e monitorização de dados, no âmbito da realização da CF no sector de ambulatório.

MÉTODOS:Consulta e recolha de informação da aplicação informática Sistema de Gestão Integrada do Circuito do Medicamento (S.G.I.C.M.) e dos procedimentos internos e operativos do sector de ambulatório.Adaptação dos impressos materializados de registo de CF, em utilização desde 2014, para aplicação informática em base de dados.

RESULTADOS:No desenvolvimento desta aplicação informática, deu -se especial relevância à facilidade, rapidez e automatização de registo, tornando -a numa ferramenta interativa e muito intuitiva para o utilizador.A aplicação contempla, de uma forma integrada, os registos de primeira consulta e consultas subsequentes para cada doente, com referência aos seguintes aspetos: identicação e caracterização sociodemográca do doente; terapêutica instituída; tera-pêutica concomitante; interações farmacológicas clinicamente relevantes; efeitos secundários, com registo simultâneo de far-macovigilância ativa, quando aplicável; avaliação da adesão à terapêutica, cálculo de compliance e estratégias implementadas de promoção da adesão à terapêutica; informação cedida ao doente, verbal e escrita, sob a forma de folhetos informativos elaborados pelos Serviços Farmacêuticos.A interatividade da aplicação possibilita a hiperligação às listagens de fármacos do S.G.I.C.M. da instituição e às bases de dados do Infarmed e de pesquisa de interações medicamentosas.O programa permite ainda a emissão de relatórios para disponibilização ao médico prescritor.

CONCLUSÕES:A aplicação informática idealizada permite uma abordagem integrada e sistematizada do doente, no registo da informação obtida e das intervenções farmacêuticas realizadas no âmbito da CF.A agilização desta atividade permite que o farmacêutico hospitalar tenha maior disponibilidade para intervir do ponto de vista de farmacoterapêutico, alargando a diferenciação do cuidado prestado ao doente.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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COMUNICAÇÕES ORAIS

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CO73 – 22/11VIA VERDE NA GESTÃO DA TOXICIDADE DA IMUNOTERAPIA

AUTORES: Maria Nazaré Rosado, Andreia Margarida Duarte AleluiaHospital da Luz, Lisboa

INTRODUÇÃO:A invasão terapêutica da Imunoterapia representa um desao constante na gestão da toxicidade imuno -mediada associada a estes novos fármacos. Para além da aprendizagem da equipa de oncologia, sobre a detecção precoce e tratamento destes novos eventos adversos, outros prossionais de saúde, noutras especialidades médicas poderão ser confrontados com a “toxicidade imunológica” destes anticorpos. Na sequência de 2 casos com reações adversas imunológicas graves, não identicadas em contexto de urgência, por clínicos de especialidades não oncológicas, surgiu a necessidade de elaborar uma estratégia para sinalizar estes doentes e optimizar a implementação das medidas de suporte adequadas.

OBJECTIVOS:Denição da estrutura dum cartão de alerta para todos os doentes oncológicos em tratamento com imunoterapia.

MÉTODOS:O cartão, com dimensão pouco superior a um cartão multibanco, é entregue ao doente na consulta médica, preenchido com informação referente ao fármaco prescrito, identicação do médico assistente e contacto de urgência.

RESULTADOS:Para além da recomendação relativa à leitura da check list de efeitos adversos mais frequentes e que requerem monitorização, o doente é aconselhado a guardar o cartão consigo e a utilizá -lo sempre que recorre a um médico de outra especialidade ou de outra instituição. Todos os prossionais de saúde que acedam ao cartão, têm disponível a informação sobre mecanismo de ação da terapêutica e toxicidade associada, bem como medidas de atuação e meios para contactar o médico assistente.

CONCLUSÕES:Esta iniciativa do serviço farmacêutico, com o apoio dos médicos oncologistas, surge da necessidade institucional de criar um cartão universal, não associado apenas a um medicamento mas para um grupo farmacoterapêutico, de forma a assegurar que estas reações adversas especícas, sejam detectadas precocemente, quando observadas por outras especialidades médicas, ou noutra unidade de saúde.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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31 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

CO75 – 22/11GEL ORAL MUCOADESIVO DE DEXAMETASONA A 0, 1% (M/M):

ESTRATÉGIA PROFILÁCTICA PARA A MUCOSITE POR INIBIDORES MTOR

AUTORES: Filipa Cosme Silva1, Ana Castro1, Arlindo Ferreira2, Helena Luna Pais2, Vasco Rodrigues3, João Paulo Cruz3, Ainda Duarte4, Sandra Simões5, António J. de Almeida5, Joana Marto5

1CHLN -HSM2Serviço de Oncologia - CHLN -HSM3Serviços Farmacêuticos - CHLN -HSM4Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa5iMed Research – Universidade de Lisboa

INTRODUÇÃO:No tratamento de mulheres pós -menopáusicas com cancro de mama metastático positivo para recetores hormonais e HER2/neu negativo, o everolimus (EVR) constitui tratamento standard, sendo a estomatite a reacção adversa mais noticada. Porém, num estudo pós -comercialização (n=92) o tratamento com solução oral de dexametasona 0, 5 mg/5 ml durante as primeiras 8 semanas reduziu signicativamente a incidência e gravidade da estomatite.Actualmente não existe em Portugal nenhuma formulação líquida ou semi -sólida para aplicação oral de dexametasona pelo que este trabalho tem origem na real necessidade do desenvolvimento de uma formulação adequada à prolaxia da mucosite oral em doentes em terapêutica com EVR.

OBJECTIVOS:Desenvolvimento, caracterização e estudo de estabilidade de um gel oral mucoadesivo de dexametasona (DEX) a 0, 1% (m/m) para prolaxia da mucosite oral. Estudo de utilização clínica.

MÉTODOS:Foi desenvolvido um gel oral contendo 0, 1% de DEX, tendo sido avaliados os caracteres organoléticos, o pH, o comportamento reológico, o controlo microbiológico e a recuperação da substância ativa, por HPLC nos dias 0, 15, 30, 60, 120 e 180. O ensaio de cedência, in vitro, da DEX foi realizado com recurso a células de difusão de Franz. A capacidade conservante do gel foi devida-mente avaliada (Ph. Eur. 5.1.3).

RESULTADOS:O gel desenvolvido apresentou propriedades mucoadesivas e características farmacotécnicas que permitem uma fácil e cómoda administração oral, sendo físico -química e microbiologicamente estável durante 180 dias. O ensaio de cedência decor-reu durante 6 horas e revelou um perl exponencial de libertação do fármaco.A sua aplicação clínica numa doente com mucosite de grau 3 resultou em excelente aceitabilidade e signicativa redução do grau de mucosite (para grau I) e re -introdução do EVR no esquema terapêutico ao m de uma semana de tratamento com o gel.

CONCLUSÕES:Este gel oral mucoadesivo, de fácil produção em farmácia hospitalar constitui uma opção terapêutica vantajosa pelo tempo de residência prolongado na cavidade oral e pela facilidade de administração. O sabor e aspeto agradáveis promovem uma boa adesão à terapêutica, assim como a textura suave e adequada ao tratamento de uma mucosa agredida. A inclusão de mais doentes neste estudo permitirá validar esta assunção.

BIBLIOGRAFIA:1 - Beaver, Julia (Johns Hopkins); Park B (Johns H. The BOLERO -2 trial: the addition of everolimus to exemestane in the treatment of postmenopausal hormone receptor -positive advanced breast cancer. Futur Oncol. 2013;8(6):651–7.2 - Rugo HS, Seneviratne L, Beck JT, Glaspy JA, Peguero JA, Pluard TJ, et al. Prevention of everolimus -related stomatitis in women with hormone receptor -positive , HER2 -negative metastatic breast cancer using dexamethasone mouthwash (SWISH): a single--arm , phase 2 trial. Lancet Oncol [Internet]. Elsevier Ltd; 2017;18(5):654–62.3 - Silva FC, Marto JM, Salgado A, Machado P, Silva AN AA. A new approach for the treatment of oral mucositis in paediatrics. Int J Pharm. 16AD;511(2):1147.

NOTAS:Bolsa Inovação pela Ordem dos Farmacêuticos – Setembro de 2018.

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Livro de Resumos Posters

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POSTERS

34 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

P3FARMACOVIGILÂNCIA ATIVA DE BIOSSIMILARES

AUTORES: Sandra Morgado, Andreia Gaspar, Marta Mendes, Inês Eusébio, Rute Duarte, Maria Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira

INTRODUÇÃO:Os biossimilares, recentemente introduzidos na instituição, foram incluídos num programa de farmacovigilância ativa para monitorização do perl de segurança. A vigilância pós -comercialização é essencial para melhorar o conhecimento da iatrogenia medicamentosa, contribuindo para a avaliação da relação benefício/risco dos novos medicamentos.

OBJECTIVOS:Monitorizar as reações adversas medicamentosas (RAM) dos biossimilares introduzidos no hospital através de um sistema de farmacovigilância ativa.

MÉTODOS:Estudo de janeiro 2018 a agosto de 2018, em doentes internados e seguidos em regime de ambulatório com prescrição de biossimilares.Foram efetuados questionários aos médicos, enfermeiros e doentes relativamente à ocorrência ou não de RAM em terapêutica com biossimilares.A informação obtida relativamente à ocorrência de RAM, foi registada no impresso de farmacovigilância ativa em uso dentro do hospital.

RESULTADOS:Foram avaliados 10 doentes, 2 doentes em terapêutica com etanercept e 5 com lgrastim e 3 com iniximab. Apenas os doentes em tratamento com o biossimilar iniximab referiram como efeito adverso sonolência. Nos restantes biossimilares não foram registadas reações adversas.

CONCLUSÕES:As RAM detectadas foram apenas não graves, sendo a sonolência classicada como pouco frequente. A monitorização de rea-ções adversas dentro do hospital revela -se de extrema importância para melhorar o conhecimento do perl de segurança destes medicamentos e avaliação do benecio/risco com os medicamentos.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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POSTERS

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P4UTILIZAÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES

DURANTE O TRATAMENTO DA HEPATITE C

AUTORES: Andreia Gaspar, Sandra Morgado, Rute Duarte, Marta Mendes, Maria Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira

INTRODUÇÃO:A descoberta dos antiretrovirais de ação direta (AAD) revolucionou o tratamento da hepatite C, sendo consideradas opções mais seguras e efetivas comparativamente com as terapêuticas convencionais. No entanto, são medicamentos que apresentam potencial de interações com outros medicamentos e produtos de saúde, nomeadamente os suplementos alimentares que são amplamente utilizados pelos doentes face ao perl de segurança que apresentam embora não sejam isentos de interações farmacológicas.

OBJECTIVOS:Desenvolver material de apoio acerca da utilização correta de suplementos alimentares durante o tratamento da hepatite C para doentes em regime de ambulatório.

MÉTODOS:Pesquisa e seleção de uma amostra (n=18) de suplementos alimentares comercializados em Portugal que já dispunham de inte-rações medicamentosas documentadas na bibliograa utilizada (1, 2). Proceder ao estudo detalhado das interações medica-mentosas entre os AAD disponíveis na instituição e os suplementos alimentares da amostra inicial. A informação foi compilada através de folheto informativo.

RESULTADOS:Foram elaborados 6 folhetos informativos, correspondendo cada folheto ao princípio ativo dos AAD dispensados em regime de ambulatório. Cada folheto contém a amostra de suplementos alimentares seleccionada (n=18) e a legenda, com símbolos e cores, que descreve a interpretação da interação medicamentosa. Foram ainda incluídos cuidados e advertências para a utiliza-ção correta dos suplementos alimentares durante o tratamento da hepatite C.

CONCLUSÕES:Os folhetos informativos constituem material de apoio essencial ao aconselhamento farmacoterapêutico prestado pelos farmacêuticos aos doentes em regime de ambulatório, dado que complementam informação cedida no ato da dispensa e acrescentam valor à prática farmacêutica diária. Permite aos doentes uma consulta rápida e segura da correta utilização dos medicamentos e pode auxiliar outros prossionais de saúde, nomeadamente médicos, na otimização das prescrições médicas.

BIBLIOGRAFIA:(1) University of Liverpool. HEP Drug Interactions. Interaction checker. [acedido a 12/06/2018] Disponível em: https://www.hep--druginteractions.org/checker(2) Medscape. Drugs&Diseases. Drug Interaction Checker. [acedido a 21/06/2018] Disponível em: https://reference.medscape.com/drug -interactionchecker(3) Boletim de Farmacovigilância, Vol. 21, n.º3, Março de 2017, INFARMED, I.P.

NOTAS:

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P5ADEQUAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA ADMINISTRAÇÃO POR SNG

AUTORES: Marta Daniela Rodrigues Mendes, Margarida Vicente, Sandra Cristina Guardado Antunes Rolo Passos Morgado, Inês Alçada Batista Almeida Eusébio, Maria Olímpia Ferreira FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira, E.P.E.

INTRODUÇÃO:Muitos doentes admitidos nos serviços de internamento hospitalar não têm via oral disponível devido a diversos fatores, como entubação, sedação e problemas de deglutição. Desta forma, é necessária a administração de medicamentos, p.e., por Sonda Nasogástrica (SNG).A administração de medicamentos por SNG está várias vezes associada a problemas: lapso na seleção da forma farmacêutica (FF) e na dose prescrita (biodisponibilidade diferente entre FF distintas do mesmo medicamento), inadequada técnica de pre-paração e administração e regimes terapêuticos complexos.O farmacêutico assume um papel relevante na avaliação da adequabilidade da prescrição à administração por SNG, na de-nição de propostas alternativas de prescrição e no desenvolvimento e implementação de ferramentas de apoio à prescrição.

OBJECTIVOS:Analisar as prescrições de uma amostra de doentes com SNG, nos serviços de Medicina e AVC do hospital e contactar o médico prescritor se estas não forem adequadas, apresentando alternativas.A informação é prestada por via oral e escrita. O objetivo será medir o impacto da intervenção farmacêutica (IF) e desenvolver guidelines de apoio à prescrição de medicamentos para administração por SNG.

MÉTODOS:O estudo decorreu entre Maio e Julho de 2018. No estudo incluíram -se 2 serviços de Medicina e AVC. Nos serviços de Medicina foram selecionados dois médicos, cada um encarregue de avaliar diariamente cerca de um quarto do número total de doentes internados nesse mesmo serviço. Por sua vez, no serviço de AVC foram envolvidos os médicos da equipa e todos os doentes.Nos serviços de Medicina, os doentes portadores de SNG foram sinalizados pelo próprio médico ao farmacêutico; No serviço de AVC, foram envolvidos os médicos da equipa e todos os doentes com SNG, que eram sinalizados ao farmacêutico semanal-mente durante a visita médica.A avaliação da adequabilidade à administração por SNG é realizada com base na seguinte bibliograa:– Medicamentos Orais, Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.;– Handbook of Drug Administration via Enteral Feeding Tubes, Rebecca White and Vicky Bradnam, Pharmaceutical Press, 2007.

RESULTADOS:Foram analisados 10 doentes, 6 estavam internados no serviço de AVC e 4 nos serviços de Medicina. Destes, 7 não possuíam uma prescrição de medicamentos adequada para administração por SNG. Para estes foram realizadas propostas de alteração de FF e/ou medicamento, com 100 % de aceitação.

CONCLUSÕES:O farmacêutico tem um papel importante no apoio à prescrição, validação e adequação da terapêutica, garantindo um aumento da segurança do medicamento e da efectividade, contribuindo para a formação contínua da equipa multidisciplinar de cuida-dos. Apesar da amostra ser ainda muito reduzida, a IF teve impacto positivo para o doente, sendo reconhecida pelo médico. Pretende -se prolongar o estudo e delinear guidelines de apoio à prescrição.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P6MONITORIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE PROFILAXIA DO TROMBOEMBOLISMO

VENOSO (TEV) EM DOENTES DE FORO MÉDICO (DFM)

AUTORES: Filipa Tátá, Pedro Cardoso, Lúcia Soares, Raquel Figueiredo, Tiago Lobo, Miriam Capoulas, Andreia Loba, Eugénia Marques, Cláudia SantosHospital Beatriz Angelo

INTRODUÇÃO:O TEV é um importante problema de saúde pública, pelo seu impacto em termos de morbilidade, mortalidade e custos associa-dos. (1) A prevenção de TEV é uma estratégia prioritária para melhorar a segurança do doente. (2) Em Portugal, 39% dos doentes do foro médico tem risco para o desenvolvimento de TEV e destes 61% fazem prevenção do mesmo. (3) Apesar da percentagem de doentes com risco de TEV ser superior nos doentes cirúrgicos os DFM apresentam menor taxa de prolaxia. (3)

OBJECTIVOS:Avaliar o risco de TEV em doentes internados por patologia médica, através dos registos clínicos, utilizando o score de Pádua. Classicar os doentes de acordo com a prescrição, fatores de risco (FR) e contraindicação (CI). Vericar a utilização de um modelo de avaliação de risco de TEV.

MÉTODOS:Estudo observacional descritivo durante o mês de Setembro nos DFM admitidos no sector: 3.1, 3.2, 3.3, 4.1, 4.2, 4.3, 3.4 , com idade =18 anos. Foram excluí dos todos os doentes com prescrição de anticoagulantes em dose tratamento. Através da valida-ção da prescrição e consulta dos processos os doentes foram classicados de acordo com o score de Pádua, prescrição de HBPM e contraindicações em 5 populações : (a) com prescrição e sem FR ou (CI), (b) sem prescrição e com FR (c) com dose desajustada (d) com prescrição e com FR, (e) sem prescrição e sem FR ou CI. Foi feita intervenção farmacêutica nos doentes classicados em (a), (b) e (c), registou -se a intervenção farmacêutica, a justicação médica e a informação sobre a utilização de um modelo de avaliação do TEV.

RESULTADOS:Do total de doentes (218), 66, 5% têm risco de TEV destes 58, 7% não tem CI para prolaxia farmacológica. Dos 58, 7%, 42% não tem prescrição de prolaxia ou tem dose desajustada. Da população sem risco de TEV 35, 6% tem prescrição de prolaxia. Da população com risco de TEV e com cancro, 39% não tem prolaxia enquanto na população com risco de TEV e sem cancro 18% não tem prescrição. Foi realizada intervenção farmacêutica em 81% das prescrições com taxa de aceitação de 29%.

CONCLUSÕES:De acordo com os resultados concluiu -se que dos 42% dos doentes não tem prescrição de prolaxia ou tem dose desajustada. Nos doentes com score =4 e sem CI, a percentagem de prolaxia é menor nos doentes com cancro. A grande maioria dos médi-cos ainda não utiliza um modelo de avaliação de risco de TEV.

BIBLIOGRAFIA:1 Reis, A; Prevenção e tratamento do tromboembolismo venoso, o lugar dos novos anticoagulantes orais; Rev Port Cardiol. 2012 2Shojania KG, Duncan BW, McDonald KM, et al. Making health care safer: a critical analysis of patient safety practices. 3Cohen A, Tapson V, et al. Venous thromboembolism risk and prophylaxis in the acute hospital care setting (ENDORSE study): a multina-tional cross -sectional study. The Lancet. 2008;371(9610):387 -394.

NOTAS:

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P7O FARMACÊUTICO NA REDE DE CUIDADOS CONTINUADOS E INTEGRADOS – MAIOR PROXIMIDADE, MAIOR QUALIDADE

AUTORES: Joana Ferreira, Catarina Candeias, Joana Ribeiro, Ana Lúcia Reis, Diana Silva, Marta Mendes, Rita Carvalho, Catarina Vieira, Armanda Correia, Sónia SousaUnião Misericórdias Portuguesas

INTRODUÇÃO:Os Cuidados Continuados e Integrados são entendidos como “os cuidados de convalescença, recuperação e reintegração de doentes crónicos e pessoas em situação de dependência. [1]. A generalidade dos utentes destes serviços tem mais de 65 anos, é portadora de doenças crónicas e é, maioritariamente, polimedicada. A polimedicação está fortemente associada a interações medicamentosas e efeitos secundários, podendo levar a graves ocorrências [2]. Soma -se a isto o facto de a qualidade dos medi-camentos poder ser afetada por falta de um procedimento adequado de armazenamento e distribuição. O papel do farmacêu-tico, enquanto prossional de excelência do medicamento, poderá representar a chave para alcançar uma maior qualidade dos serviços da RCCI.

OBJECTIVOS:Analisar qualitativamente a intervenção do farmacêutico em 88 UCCI (3038 camas) e as suas mais -valias para as instituições.

MÉTODOS:Entrevistas semi -estruturadas realizadas aos farmacêuticos das UCCI, referindo -se ao perí odo jan -ago 2018.

RESULTADOS:Os resultados obtidos evidenciam que a presença do farmacêutico permitiu estabelecer um Formulário de Medicamentos pró-prio, tendo em vista uma polí tica de utilização de medicamentos racional e sustentável. Os fármacos são selecionados levando em consideração critérios de ecácia e segurança, otimizando as despesas com a aquisição.Foram implementados procedimentos como: “Armazenamento”; “Identicação, reembalagem e fracionamento”, “Controlo e Registo de Estupefacientes e Psicotrópicos” e, “Aquisição”, que permitem garantir a concretização de Boas Práticas no que res-peita à qualidade e segurança no uso do medicamento.Os resultados mostram, ainda, a realização de propostas terapêuticas alternativas: substituição por equivalente terapêutico; alteração da dose, frequência de administração, forma farmacêutica ou duração do tratamento.A nível de informação, o Farmacêutico respondeu a várias solicitações por parte das equipas médicas e de enfermagem, nomea-damente no que concerne à estabilidade do medicamento, equivalentes terapêuticos e administração de medicamentos por SNG e PEG.O Farmacêutico participou, também, na CFT e na equipa do PPCIRA.

CONCLUSÕES:A análise dos dados permitiu conrmar o papel fulcral do farmacêutico, contribuindo, contribuindo para uma melhoria da ges-tão de todo o circuito do medicamento. A sua presença permite ganhos, tanto a nível de qualidade, como a nível económico, tendo -se demonstrado ser uma mais -valia para as UCCI.

BIBLIOGRAFIA:[1] Abreu Nogueira, J.M., A. Girão, I. Guerreiro. Post Acute and Long Term Care:instrument for evaluating outcomes. 2018 Mar 14[2] Maher, R.L., J. Hanlon, E.R. Hajjar, Clinical consequences of polypharmacy in elderly. Expert Opin Drug Saf, 2014. 13(1): p. 57 -65

NOTAS:

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P8IMPACTO CLÍNICO DA CONSULTA FARMACÊUTICA

NUM SERVIÇO DE HEMATO -ONCOLOGIA

AUTORES: Joana Russo, Humberto Gonçalves, António Melo Gouveia, Maria João Ribeiro, Ana Cláudia Franco, Sara PiresIPO de Lisboa

INTRODUÇÃO:Há dois anos iniciou -se a implementação de uma Consulta Farmacêutica (CF) num Serviço de Hemato -Oncologia. Dessa altera-ção surgiram várias intervenções farmacêuticas e pedidos de apoio por parte dos médicos e doentes. Desconhece -se se estas intervenções tiveram um impacto clínico mensurável.

OBJECTIVOS:Determinar o impacto clínico da implementação da CF.

MÉTODOS:O método utilizado para esta determinação foi a comparação de dois grupos (sem CF e com CF) no que se refere ao Treatment Retention Rate (TRR).

RESULTADOS:Para o grupo controlo (n=14), os valores de TRR foram: 85, 7% (1º mês) e 78, 6% (2º ao 4º mês). Para o grupo com CF (n varia entre 23 e 26), os valores de TRR foram: 100%, 92%, 91, 7%, 87% (1º ao 4º mês).

CONCLUSÕES:A mais -valia do seguimento dos doentes em CF está patente nos valores de TRR observados. Existem algumas limitações ao estudo nomeadamente a dimensão da amostra e o facto de os resultados obtidos poderem não se dever exclusivamente à implementação da CF devendo, idealmente, ser desenhado um estudo nesse sentido. Teria sido interessante obter dados sobre outcomes clínicos como Overall Survival (OS) ou Adesão à Terapêutica mas para determinar a OS temos ainda poucos eventos; e para avaliar a adesão seria necessária uma avaliação sistemática pré -intervenção, o que não sucedeu.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P8IMPACTO ECONÓMICO DA CONSULTA FARMACÊUTICA NUM SERVIÇO DE HEMATO -ONCOLOGIA

AUTORES: Joana Russo, Humberto Gonçalves, António Melo Gouveia, Maria João Ribeiro, Ana Cláudia Franco, Sara PiresIPO de Lisboa

INTRODUÇÃO:Há dois anos iniciou -se a implementação de uma Consulta Farmacêutica (CF) num Serviço de Hemato -Oncologia. Dessa altera-ção surgiram várias intervenções farmacêuticas e pedidos de apoio por parte dos médicos e doentes. Desconhece -se se estas intervenções tiveram um impacto económico mensurável.

OBJECTIVOS:Determinar o impacto económico da implementação da CF.

MÉTODOS:O método utilizado para esta determinação foi a avaliação do impacto económico das intervenções farmacêuticas através da quanticação de custos decorrentes dos ajustes de dose devido a possíveis interacções medicamentosas adversas e dos ajustes de dose associados ao diagnóstico.

RESULTADOS:Considerando 30 cápsulas = 2000 euros. Um caso de Dose não adaptada ao diagnóstico num doente com 10 meses de trata-mento (20.000euros).Oito casos de possíveis Interacções medicamentosas adversas, o que implica um ajuste de dose de acordo com o RCM (16.000 euros).

CONCLUSÕES:Para além dos valores apresentados há a considerar o facto de o doente ter menor probabilidade de toxicidade. A educação do doente, principalmente relativa a questões de interacções medicamentosas, tem sido diferida pelo médico para o farmacêutico, poupando tempo das consultas médicas. Adicionalmente, existe um factor de confundimento que se deve ao facto de estraté-gias sugeridas pelo farmacêutico sejam posteriormente utilizadas pelo médico sem que haja necessidade de nova intervenção por parte do farmacêutico. Esta questão de aprendizagem é mais difícil de contabilizar mas reectir -se -á num reforço dos resul-tados apresentados, no sentido de mais -valia económica da CF.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P12ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM DOENTES EM HEMODIÁLISE:

INFORMAÇÃO SOBRE ADMINISTRAÇÃO POR SONDA

AUTORES: Carla Pinto, João Godinho, Luzia Fernandes, Patrícia Vieira, Ana Isabel Ferreira, Inês SousaServiços Farmacêuticos – NephroCare Portugal, S.A.

INTRODUÇÃO:A administração de medicamentos por sonda entérica considera -se uma via alternativa de administração em doentes com via oral comprometida, quando não existam disponíveis formulações para administração por outras vias.A administração por sonda requer avaliação das características físico -químicas dos medicamentos, de modo a garantir a sua estabilidade, perl farmacocinético e segurança e evitar incompatibilidades, alteração do efeito farmacológico e obstrução da sonda. Alguns medicamentos necessitam de manipulação para administração por sonda, contudo, nem todas as formas farma-cêuticas o permitem.Nos doentes com insuciência renal crónica terminal em programa regular de hemodiálise poderá ser necessário recorrer à administração por sonda, sendo a informação sobre os fármacos utilizados no tratamento limitada e dispersa.

OBJECTIVOS:Sistematizar a informação sobre a viabilidade de administração por sonda de medicamentos para o tratamento da insuciência renal crónica terminal em doentes em hemodiálise.

MÉTODOS:Foi realizada uma revisão não sistemática da literatura sobre as características que inuenciam a administração por sonda enté-rica dos medicamentos utilizados para o tratamento da insuciência renal crónica terminal integrados no formulário interno.Para esclarecimento de informação contraditória ou inexistente contactaram -se os titulares de AIM.

RESULTADOS:Foi sistematizada numa tabela a informação sobre a possibilidade de administração por sonda, recomendações de administra-ção e alternativa à forma farmacêutica dos medicamentos em estudo.Não foi possível obter toda a informação de todos os medicamentos em análise.

CONCLUSÕES:A tabela permite uma consulta rápida da possibilidade de administração por sonda entérica dos medicamentos orais utilizados no tratamento da insuciência renal crónica terminal em doentes em hemodiálise, bem como das recomendações necessárias à sua administração e alternativas de forma farmacêutica disponíveis.Suportando as intervenções farmacêuticas, a escolha da forma farmacêutica adequada e a administração correcta da terapêu-tica, a tabela contribui para minimizar os riscos associados à administração por esta via.A utilização de volumes signicativos de líquidos nas técnicas de administração por sonda frequentemente descritas pode ser uma limitação em doentes com insuciência renal crónica terminal, sujeitos a restrição hídrica.Considera -se necessário completar a informação não apurada, adicionar novos medicamentos e actualizar a informação através de revisões periódicas.

BIBLIOGRAFIA:PEDROSA, Jose Alberto Peña; PÉREZ, Alejandro Santiago – Guía de Administración de Medicamentos por Sondas de Alimentación Enteral. Madrid: Hospital Clínico San Carlos, 2012. ISBN 978 -84 -695 -5114 -1WHITE, Rebecca; BRADNAM, Vichy – Handbook of Drug Administration via Enteral Feeding Tubes. 3rd ed. London: Pharmaceutical Press, 2015. ISBN 978 0 85711 162 3MENDES, Ana Paula – Administração de Medicamentos por Sonda. Boletim do CIM Mai/Ago 2011. (2011) 3 -4UpToDate online disponível em https://www.uptodate.com/home

NOTAS:

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P15ESTUDO DE ESTABILIDADE QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS: EXTENSÃO DO PRAZO DE UTILIZAÇÃO

AUTORES: Joana Marto1, Ana Patrícia Gomes2, Maria da Nazaré Rosado2, Andreia Margarida Duarte2, Aida Duarte3

1Research Institute for Medicines (iMed.ULisboa), Faculdade de farmácia, Universidade de Lisboa, Portugal2Serviços Farmacêuticos do Hospital da Luz – Lisboa3Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz, Campus Universitário, Quinta da Granja, Monte de Caparica, Portugal

INTRODUÇÃO:Na terapêutica farmacológica das queratites e endoftalmites, bacterianas ou fúngicas, são utilizados medicamentos anti--infecciosos, nomeadamente ceftazidima, vancomicina e voriconazol, sob a forma farmacêutica de colírio, manipulados a partir das respectivas formulações injetáveis comercializadas em Portugal. Os dados atuais de estabilidade química e microbiológica destas formulações exigem um maior número de preparações e deslocações mais frequentes dos doentes ao hospital para aquisição destes medicamentos.

OBJECTIVOS:Vericar a estabilidade química e microbiológica de preparações extemporâneas de colírios de vancomicina, ceftazidima e vori-conazol, tendo como intuito o alargamento do prazo de validade, quando armazenados a 2 a 8ºC.

MÉTODOS:A partir de formulações injectáveis comercializadas em Portugal, em condições de esterilidade, foram preparados 5 lotes de cada colírio, nas concentrações recomendadas, de vancomicina (50mg/mL; 30, 7mg/mL; 25mg/mL), de ceftazidima (50mg/mL) e de voriconazol (10mg/mL). A avaliação dos parâmetros físico -químicos consistiu na análise das características organolépticas, inspeção visual de partículas e determinação de pH. O controlo da atividade microbiológica dos colírios foi efetuado com base no método de Kirby -Bauer, com discos contendo 15 µL de cada colírio. O ensaio de esterilidade foi efetuado de acordo com a Ph. Eur. 9. Ambos os ensaios foram realizados aos tempos 0h, 7, 14, 21 e 28 dias e as preparações foram mantidas a 2 a 8ºC.

Estirpes microbianasNo estudo foram utilizadas as estirpes bacterianas: Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027; Staphylococcus aureus ATCC 6538, Staphylococcus epidermidis ATCC 12228 e levedura Candida krusei ATCC 34135 para a avaliação da actividade antibacteriana e antifúngica, respectivamente.

RESULTADOS:Durante os tempos de ensaio (0h, 7, 14, 21 e 28 dias) para todas as preparações, nas diferentes concentrações, não se vericou alteração dos parâmetros físico -químicos. Também na avaliação da actividade antimicrobiana, os halos de inibição não sofre-ram variações quando comparados com os discos de antibióticos comercializados. Nos ensaios de esterilidade, apenas o colírio de voriconazol ao T28 dias apresentou contaminação bacteriana. Este resultado pode justicar -se pela actividade antifúngica do voriconazol, cando mais vulnerável à contaminação bacteriana.

CONCLUSÕES:Este estudo permite o alargamento do prazo de validade das preparações com vancomicina e ceftazidima, para 28 dias, após abertura e armazenados a 2 a 8ºC, enquanto a de voriconazol para 21 dias. Deste modo, é possível otimizar a gestão de recursos nos serviços farmacêuticos e diminuir o número de deslocações dos doen-tes ao hospital, contribuindo para melhorar a adesão à terapêutica e diminuir custos.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P16EVOLUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ENSAIOS CLÍNICOS

NUM CENTRO HOSPITALAR PORTUGUÊS

AUTORES: Marina Lobo Alves1, Margarida Falcão1, Tânia Laranjeira1, Brenda Madureira1, Luísa Fétal1, Paula Gomes1, Érica Viegas2, Helena Farinha2, Ana Mirco2, Fátima Falcão2

1Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental2Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

INTRODUÇÃO:A investigação clínica é uma actividade multidisciplinar, fundamental para o desenvolvimento do conhecimento e inovação em saúde, contribuindo, de forma estratégica, para a melhoria da saúde da população.1 Depois de uma tendência decrescente entre 2006 e 2011, os Ensaios Clínicos (EC) em Portugal registaram uma subida em número gradual.1No circuito do medicamento experimental, o farmacêutico é responsável pela validação da prescrição, dispensa do medica-mento experimental, promoção da adesão dos participantes à terapêutica e prestação de informação relativa ao medicamento experimental, aos participantes e aos prossionais envolvidos no EC.

OBJECTIVOS:Caracterizar a evolução do sector dos ensaios clínicos num centro hospitalar Português, identicando as principais áreas de intervenção clínica e actividades do farmacêutico hospitalar.

MÉTODOS:Estudo descritivo, observacional, retrospectivo entre Janeiro de 2012 e Abril de 2018. Utilizou -se a informação contida na base de dados de EC dos SF e no arquivo da documentação respectiva. Os dados foram tratados no programa Microsoft Excel 2010.

RESULTADOS:Em 2018 encontram -se a decorrer 56 ensaios clínicos, o que representa um aumento percentual de cerca de 80% face a 2012. Em 2012 foram acompanhados 87 doentes, sendo que nos primeiros quatro meses de 2018 encontravam -se já em seguimento 80 doentes, tendo -se efectuado 106 atendimentos personalizados, com dispensa de 321 kits de medicação experimental. No mesmo período, recepcionaram -se 509 kits de medicação e realizaram -se 61 reuniões (visitas de selecção, inicio, monitoriza-ção e encerramento). As áreas de intervenção clínica onde se realizou maior número de ensaios foram a Cardiologia (n=18) e a Reumatologia (n=11), seguidas pela Gastrenterologia (n=7), Neurologia (n=4) e Oncologia (n=3), o que representa 76, 8% do total de ensaios a decorrer no centro.

CONCLUSÕES:Nos últimos anos, assistiu -se a um aumento signicativo do número de ensaios clínicos no centro hospitalar, o que reecte o panorama nacional.1 No entanto, a taxa de ensaios clínicos por milhão de habitantes em Portugal encontra -se entre as mais bai-xas da Europa Ocidental.1 No centro hospitalar, foram identicadas possíveis áreas de melhoria nomeadamente a sensibilização para a investigação clínica nos vários serviços clínicos e a divulgação do apoio do Departamento de Investigação Clínica e dos coordenadores de estudos à realização de EC.

BIBLIOGRAFIA:1. Pereira, João [et al.] – Ensaios clínicos em Portugal, Consensos e compromissos. Relatório nal 29/11/2016, Estudo APIFARMA--ENSP/UNL.

NOTAS:

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44 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

P17IMPLEMENTÇÃO DE UM SISTEMA DE ALERTAS DE INTERAÇÕES MAJOR NO REGIME DE INTERNAMENTO

AUTORES: Patrícia Moura, Ana Araújo, Ana Esteves, André Azevedo, Helena Vaz, Nádia Varela, Ricardo Carvalho, Rita Lima, Rosa MendesGrupo Trofa Saude

INTRODUÇÃO:As interacções medicamento/medicamento podem alterar o curso de tratamento do doente, contribuindo para um aumento do risco de efeitos adversos ou para uma diminuição do efeito terapêutico de determinado fármaco. [1]Uma vez que a ocorrência de interacções pode ocorrer tanto a nível da farmacodinâmica como da farmacocinética dos medica-mentos; torna -se imperativo prevenir os problemas que podem advir das interacções medicamentosas, sobretudo das que têm alto signicado clí nico, interacções major. [1, 2]

OBJECTIVOS:Sensibilizar para a importância da detecção/prevenção de interacções major; Aumentar a segurança do doente num contexto de Internamento; Prevenção de complicações durante e pós -internamento.

MÉTODOS:Pesquisa bibliográca de interacções major.

RESULTADOS:Criação de um sistema de alertas no sistema CPC (Companhia Portuguesa de Computadores) Glint para o Médico Prescritor e Farmacêutico; Desenvolvimento de uma tabela/resumo a colocar nos internamentos, que permite facilmente identicar inte-racções major, resultantes do uso concomitante de grupos terapêuticos/fármacos.

CONCLUSÕES:A incidência de potenciais interacções farmacológicas em doentes hospitalizados, constitui um risco permanente. A criação de um sistema de alerta demonstra ser uma forma efectiva de identicar e prevenir a ocorrência de interacções não desejáveis na prática clínica, aumentando desta forma a eciência e segurança na prestação de cuidados de saúde.

BIBLIOGRAFIA:[1] CASCORBI, Ingolf – Drug Interactions -Principles, Examples and Clinical Consequences. Deutsches Arzteblatt International. ISSN 18660452. 109:33 -34 (2012) 546–556. [2] Drugs.com | Prescription Drug Information, Interactions & Side Eects – [Consult. 17 mai. 2018]. Disponível em www: <URL:https://www.drugs.com/drug_interactions.html>.

NOTAS:

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45 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

P18O PARADIGMA DA RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS:

O EXEMPLO DE METHICILLIN -RESISTANT STAPHYLOCOCCUS AUREUS E ESCHERICHIA COLI PRODUTORA DE EXTENDED -SPECTRUM Β -LACTAMASES

AUTORES: Elisa Oliveira Lopes Cardeal dos Reis, Maria Aida Costa Silva Conceição DuarteFaculdade Farmácia Universidade de Lisboa

INTRODUÇÃO:Após a introdução dos primeiros antibióticos, estes foram amplamente utilizados tanto em contexto hospitalar como comunitá-rio, levando ao isolamento de múltiplas bactérias resistentes aos antibióticos. A resistência adquirida dos antibióticos é um dos problemas emergentes de Saúde Pública do atual século, podendo ser exacerbada devido a várias razões. Estirpes bacterianas multirresistentes como a S. aureus e a E.coli demonstram -se o exemplo perfeito de estudo para compreensão de genes evoluti-vos de resistência e a sua implicação em terapêuticas dirigidas.

OBJECTIVOS:Compreensão da evolução genética implicada na resistência antimicrobiana. Identicação dos fatores fulcrais para a expansão de estirpes bacterianas multirresistentes.

MÉTODOS:Consulta de dados de consumos de antibióticos. Revisão bibliográca de vários artigos cientícos. Revisão da literatura de dife-rentes isolamentos de estirpes bacterianas resistentes.

RESULTADOS:Os antibióticos são os medicamentos com o maior número de prescrições de uso comunitário ou hospitalar. O uso prolongado de um só antibiótico seleciona o aparecimento de estirpes bacterianas resistentes ao mesmo antibiótico ou a outros. Os genes de resistência intrínsecos às bactérias sofrem processos evolutivos, quando a sua integração ocorre em elementos móveis, faci-lita a transmissão entre estirpes bacterianas promovendo a sua disseminação mundial, tais como, os clones ST5 do MRSA e do ST131 da E.coli produtora de ESBL.

CONCLUSÕES:Para conseguirmos enfrentar um problema, temos de compreender a sua origem: 1. Entender conceitos como “genes resistentes”, evolução e transmissão da resistência entre bactérias;2. Entender a interligação entre bactéria, antibiótico e comunidade: i) a coexistência de bactérias em simbiose na ora humana; ii) a utilização de antibióticos em larga escala na produção agrícola e animal; iii) o consumo dos recursos naturais em que a comunidade se insere, cada vez mais, num ecossistema globalizado;3. Elaboração de programas de educação ecazes direcionados à população;4. Maior investimento por parte das entidades público/privadas na investigação, que pode desempenhar um papel importante na luta da epidemia do século XXI.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P19ANTIBIÓTICOS: TRATAR NO HOSPITAL OU DOMICILIO?

AUTORES: Helena Duarte1, Gisela Costa1, Jorge Felix2, Armando Alcobia1

1Hospital Garcia de Orta, EPE2Exigo Consultores

INTRODUÇÃO:A pressão da gestão hospitalar gera solicitações de pedidos de antibióticos de uso exclusivo hospitalar para ambulatório: Estruturas Residenciais Idosos (ERI), Unidades de Cuidados Continuados (UCCI) ou domicílio. Esta cedência deve ser autorizada pela Comissão de Farmácia Terapêutica e devem ser garantidas as condições de armazenamento, administração e monitori-zação da terapêutica. A maioria destas instituições não possui farmacêuticos o que diculta a comunicação interinstitucional.

OBJECTIVOS:Quanticar a cedência de antibióticos para ambulatório e avaliar o impacto na diminuição dos custos e na situação clínica. Enquadrar a gestão das altas no quadro legislativo no que concerne ao términus de terapêutica antibiótica.

MÉTODOS:Estudo observacional transversal retrospectivo durante 36 meses. Critérios exclusão: hospitalização domiciliária e os Cuidados Continuados Hospitalares. Analise estatística Stata 10.1.

RESULTADOS:Em 2016, 55.3 % dos microrganismos isolados foram multirresistentes. Da totalidade dos isolamentos 71% com alta sem anti-biótico e 13% em doente cumpriram terapêutica em ambulatório. Neste período dados do PAPA (Programa Apoio Prescrição Antibiótica) no hospital provaram que os doentes com altas precoces, zeram menos dias de antibiótico em internamento (6.4 dias p=0001) isolando -se uma percentagem inferior de microrganismos multirresistentes (p <0.001).No período em estudo os doentes que realizaram ciclos de antibioterapia com carbapenemos e quinolonas 27, 8% tiveram alta com antibiótico para o domicílio. Entre Agosto de 2015 a 2018 foi autorizada antibioterapia para 17 doentes (média 69, 6 ±11, 7 anos) com duração média de 16, 7±20, 4 dias com um custo global de 5210, 8 euros (custo médio 306, 5 euros). Uma diária de internamento no hospital tem um custo médio estimado de 880 euros o que representa uma poupança de 9485, 2 euros. Apenas 1 doente foi reinternado e em 2 doentes foi isolado o mesmo microrganismo em folow up. As infeções com maior prevalência (50%) foram as da pele e tecidos moles (MRSA) e o linezolide o antibiótico cedido. Seguem -se as infeções do trato urinário (16, 6%). Quanto ao destino pós alta 50 % dos doentes foram para domicilio, 22, 2% UCCI da Rede, 16, 6% centro de saúde e 11, 2% ERI. A realização de antibioterapia de uso exclusivo hospitalar continua a ser critério de exclusão de internamento nas unidades de cuidados continuados da Rede Nacional, mesmo com as recentes revisões nas Portarias 50/2017 e 249/18 de 6 de Setembro 2018 que regulam os critérios de referenciação dos utentes.

CONCLUSÕES:As altas precoces são um mecanismo ecaz para reduzir o problema das Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde e a mul-tirresistência. O impacto da intervenção é positivo pois, apesar da dimensão da amostra, apenas observamos um caso com reinternamento hospitalar por agravamento clinico da infeção. A inexistência de enquadramento legislativo, que suporte a cedência de antibióticos de uso exclusivo hospitalar para o ambulatório é mais um entrave à racionalização dos escassos recur-sos nanceiros do Sistema de Saúde Português muito centrado nos cuidados hospitalares.

BIBLIOGRAFIA:Portaria 20/2014.Portaria 249/2018.

NOTAS:

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P20UTILIZAÇÃO DE ECULIZUMAB – TRÊS ESTUDOS DE CASO

AUTORES: Sara Azevedo, Vasco Rodrigues, João Paulo CruzCentro Hospitalar Lisboa Norte, EPE

INTRODUÇÃO:O Eculizumab é um medicamento órfão com indicação aprovada no tratamento de Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), Síndrome Hemolítico Urémico Atípico (SHUa) e Miastenia gravis generalizada refratária.(1) É também utilizado noutras situações ainda não aprovadas, tais como miosites inamatórias, neuromieliteótica, glomerulopatia/glomerulonefrite C3 e transplanta-ção renal.(2) O Eculizumab é um anticorpo monoclonal humanizado recombinante que se liga à proteína C5 do complemento e inibe a sua ativação, bloqueando a resposta inamatória do organismo contra as suas próprias células.(3)

OBJECTIVOS:Avaliação da utilização de Eculizumab, desde o ínicio do seu uso.

MÉTODOS:Recolha e análise de dados sobre o tratamento dos doentes que receberam Eculizumab, nas várias indicações.

RESULTADOS:Desde a sua introdução no Centro Hospitalar, três doentes receberam Eculizumab. Um deles trata -se de um doente pediátrico e apresenta diagnóstico de SHUa, com agravamento progressivo da função renal e trombocitopenia. Realiza o tratamento há cinco meses e permanece estável. Outro doente apresenta diagnóstico de HPN e realiza tratamento há um ano, encontrando -se igualmente estável. Ambos os doentes mantêm o tratamento com Eculizumab em regime de manutenção. O terceiro doente, o único do sexo feminino, apresenta Glomerulonefrite C3 e realizou tratamento durante três meses. Os resultados não foram satisfatórios, pelo que abandonou o tratamento. Os esquemas posológicos utilizados seguiram o descrito na literatura, com administrações semanais seguidas de quinzenais, com doses baseadas no peso.

CONCLUSÕES:O Eculizumab demonstrou ser ecaz, até à data, nos doentes com patologias aprovadas para a sua utilização. Em pediatria tam-bém mostrou ecácia. No caso do doente com Glomerulonefrite C3, indicação ainda não aprovada, não apresentou mais -valia. Sendo indicado no tratamento de doenças raras, o número de doentes com indicação para Eculizumab é escasso, pelo que proceder -se -á à recolha continuada de dados, contribuindo para a evidência clínica.

BIBLIOGRAFIA:1. Resumo das características do medicamento Soliris2. https://reference.medscape.com/drug/soliris -eculizumab -3428753. G.R. Iturry -Yamamoto, C.P. Portinho, Sistema Complemento: Ativação, Regulação e Deciências Congénitas, Rev. Assoc. Med. Bras. vol.47 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2001

NOTAS:

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P21VALIDAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE DESSENSIBILIZAÇÃO DE OXALIPLATINA

AUTORES: Vera Pires, Maria João Ribeiro, António Melo GouveiaIPO Lisboa

INTRODUÇÃO:A oxaliplatina é utilizada em 1ª linha no tratamento do carcinoma gástrico e colorretal [1]. Vários doentes descontinuam o tra-tamento devido a reações de hipersensibilidade (RHS) ou substituem por outro agente. Estas alterações podem afetar negati-vamente a sobrevida dos doentes [2]; outra opção é realizar protocolos de dessensibilização. Em colaboração com o Serviço de Oncologia Médica foi desenvolvido um protocolo de dessensibilização.

OBJECTIVOS:O objetivo deste estudo é validar a utilização do novo protocolo de dessensibilização, vericando a sua segurança e ecácia.

MÉTODOS:Foi feito um estudo retrospetivo consultando os processos clínicos dos doentes que realizaram o protocolo de dessensibili-zação, após RHS, entre Janeiro de 2017 e Julho de 2018. O protocolo de dessensibilização utilizado, envolve quatro diluições (1:10000, 1:1000, 1:100 e 1:10) da dose total de oxaliplatina. Começando com a dose mais baixa, cada diluição é infundida durante 60 minutos e, a diluição nal (90% da dose total) é infundida durante 2 horas. As RHS foram classicadas de acordo com a versão 3.0 do Common Toxicity Criteria.

RESULTADOS:Foram incluídos neste estudo, 8 mulheres e 1 homem com idade média de 62 anos. O diagnóstico mais comum foi o de cancro colorretal 56% (5), gástrico 22% (2) e esofágico 11% (1). 67% (6) foram tratados com Xelox, 22% (2) com EOF ou EOX, e 11% (1) com Gemox. Antes da dessensibilização, os efeitos adversos (EA) mais frequentes da RHS inicial, foram, 78% de sintomas der-matológicos, 44% dispneia, 22% gastrointestinais e 11% neurológicos/musculares; 8 pacientes apresentaram reações de grau 2 -3 (moderada ou grave). Foram realizadas 33 infusões do protocolo de dessensibilização da oxaliplatina (mediana, 4 infusões; intervalo: 1 -6). 6 Doentes completaram o protocolo de dessensibilização e estão clinicamente estáveis em follow -up entre 3 -15 meses. Apenas 3 pacientes não completaram o protocolo, um por reação analática, um por progressão, outro morreu por doença secundária. Durante a consulta dos dados clínicos, vericamos que os registos das RHS eram bastante incompletos, o que tornou difícil interpretação/classicação das RHS, tendo sido uma limitação deste estudo

CONCLUSÕES:A incidência global de EA foi baixa e o número elevado de pacientes com estabilidade clínica, conrma que o protocolo de dessensibilização de oxaliplatina é ecaz e seguro, sendo uma alternativa para os doentes que desenvolvem RHS à oxaliplatina, continuarem o tratamento.

BIBLIOGRAFIA:[1] – Kyoung -Hwan Lee, et al. Hypersensitivity Reactions to Oxaliplatin, Cancer Res Treat. 2006 Dec; 38(4): 240–241[2] – Limsuwan T, Castells MC, Outcomes and safety of rapid desensitization for chemotherapy hypersensitivity, Expert Opinion (2010) 9(1):39 -53.

NOTAS:

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P23BOLSA DE NUTRIÇÃO PARENTÉRICA PADRONIZADA

PARA RECÉM -NASCIDO NO PÓS -OPERATÓRIO CARDÍACO

AUTORES: Susana Fraga, Ana Capela, Hercília Guimarães, Paula Guerra, Paulo Carinha, Renata Barbosa, Soa Nogueira, Susana Pissarra, Teresa SoaresCentro Hospitalar e Universitário de S. João

INTRODUÇÃO:A prescrição de nutrição parentérica (NP) é prática regular nas unidade de cuidados intensivos neonatais, já que está indicada sempre que não se possa utilizar nutrição entérica adequada, seja por imaturidade, doença ou malformação do recém -nascido (RN) (1). Esta necessidade assume particular importância no RN em pós -operatório cardí aco, já que uma resposta metabólica adequada no pós -cirúrgico tem um impacto signicativo no tempo de internamento, na cicatrização de feridas, suscetibilidade a infeções e complicações pós -operatórias (2).

OBJECTIVOS:Validação farmacêutica da composição de uma bolsa de NP padronizada, adaptada ao RN no pós -operatório cardí aco.

MÉTODOS:Pesquisa bibliográca de recomendações sobre NP neonatal. Análise das orientações das necessidades nutricionais nos pri-meiros dias de vida, ajustadas ao RN no pós -operatório cardíaco com base na experiência clí nica do serviço de neonatologia. Análise da estabilidade físico -quí mica da bolsa padronizada, com recurso a consultadoria externa.

RESULTADOS:A bolsa de NP padronizada em estudo, apresenta uma composição de acordo com o preconizado na primeira revisão do Consenso Nacional de NP no recém -nascido (1), devidamente ajustada no teor de sódio e restrição hídrica necessários no pós--operatório do doente cardíaco. Vericou -se ainda a compatibilidade dos constituintes da bolsa e a estabilidade físico -quí mica dos mesmos.

CONCLUSÕES:A validação médica e farmacêutica da composição e estabilidade físico -química da bolsa padronizada em estudo permitiu a introdução desta no formulário do centro hospitalar, garantindo o aporte nutricional adequado e a restrição hídrica essencial a situação clí nica destes doentes. Doravante, com a utilização desta bolsa padronizada, pretende -se conseguir minimizar o número de manipulações no serviço clí nico, nomeadamente aminas e iões, até aqui reportadas como necessárias ê suplemen-tação das bolsas padronizadas até ao momento disponíveis. A padronização permitirá também diminuir a prescrição de bolsas de NP personalizadas pela neonatologia, permitindo para além da disponibilidade imediata, economia de recursos e diminui-ção da variabilidade inter -prescritores (3).

BIBLIOGRAFIA:1. SOCIEDADE PORTUGUESA DE PEDIATRIA – Sociedade Portuguesa de Pediatria Consensos e recomendações. Acta pediátrica Portuguesa. 2008:39(3):125 -34.2. SAURÉ, Carola - Lineamientos en soporte nutricional en posoperatorios de cirurgê a cardê aca neonatal. Arch Argent Pediatr 2014;112(5):443 -450. 3. SOCIEDADE PORTUGUESA DE PEDIATRIA – Aplicabilidade de bolsa de nutrição parentérica padronizadas num Serviços de Cuidados Intensivos Neonatais. Acta pediátrica Portuguesa. 2012:43(3):100 -3.

NOTAS:

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P24ANÁLISE DA PRESCRIÇÃO DE BENZODIAZEPINAS EM DOENTES IDOSOS NO INTERNAMENTO

AUTORES: Beatriz Mónico, Idalina Freire1, Marta Mendes, Sandra Morgado, Manuel Morgado, Maria Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira, EPE

INTRODUÇÃO:As benzodiazepinas (BZDs) são fármacos amplamente utilizados no tratamento de distúrbios de ansiedade e do sono. Nos doentes idosos, as BZDs acarretam um risco superior de efeitos adversos, tais como quedas, redução da função cognitiva e delírio, devido à sensibilidade acrescida a estes fármacos e ao metabolismo reduzido dos agentes de longa duração (By the American Geriatrics Society 2015 Beers Criteria Update Expert Panel, 2015).

OBJECTIVOS:Analisar quantitativamente o padrão de prescrição de BZDs em doentes idosos internados nos serviços de Medicina 1 e Medicina 2 do hospital.

MÉTODOS:Foram analisados retrospetivamente os medicamentos prescritos em doentes com idade igual ou superior a 65 anos, interna-dos nos serviços de Medicina 1 ou Medicina 2, durante o período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2018. Numa fase prelimi-nar, foram identicados os medicamentos potencialmente inapropriados (MPIs) de acordo com os Critérios de Beers (2015). Posteriormente, foram analisadas as prescrições de BZDs efetuadas durante o período de internamento. A análise estatística foi efetuada recorrendo à ferramenta Microsoft Excel.

RESULTADOS:Durante o período estudado, no serviço de Medicina 1, foram internados 347 doentes com idade ≥65 anos (média=82, 4 anos). No serviço de Medicina 2, por sua vez, foram internados 580 doentes com idade ≥65 anos (média=83, 3 anos). A prescrição de MPIs foi de 7, 7% na Medicina 1 e de 8, 3% na Medicina 2. As BZDs foram o grupo farmacoterapêutico potencialmente inapro-priado mais prescrito, constituindo cerca de 30% do total de MPIs prescritos em ambos os serviços. As BZDs mais prescritas foram o lorazepam 1mg e 2, 5mg e o alprazolam 0, 5mg. A Lista de MPIs da União Europeia (Renom -Guiteras, Meyer e Thürmann, 2015) recomenda como possíveis alternativas doses baixas de BZDs de ação curta, antidepressores com perl ansiolítico e, na impossibilidade de substituir o fármaco por uma destas alternativas, iniciar sempre com a dose mais baixa e titular até à dose mínima ecaz, durante o menor tempo possível.

CONCLUSÕES:A reconciliação terapêutica e a utilização de ferramentas de apoio à prescrição em idosos assumem particular importância numa população cada vez mais envelhecida, sendo cruciais na redução de eventos adversos relacionados com o medicamento.

BIBLIOGRAFIA:BY THE AMERICAN GERIATRICS SOCIETY 2015 BEERS CRITERIA UPDATE EXPERT PANEL – American Geriatrics Society 2015 Updated Beers Criteria for Potentially Inappropriate Medication Use in Older Adults. Journal of the American Geriatrics Society. 63:11 (2015) 2227–2246.RENOM -GUITERAS, Anna; MEYER, Gabriele; THÜRMANN, Petra A. – The EU(7) -PIM list: A list of potentially inappropriate medica-tions for older people consented by experts from seven European countries. European Journal of Clinical Pharmacology. 71:7 (2015) 861–875.

NOTAS:Este trabalho teve o apoio nanceiro do Sistema de Incentivos para Projetos de I&DT do Portugal 2020.Este resumo foi ainda submetido ao XIII Congresso Mundial de Farmacêuticos de Língua Portuguesa, organizado pela Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa, que terá lugar de 3 a 5 de outubro de 2018.

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P25BUTILESCOPOLAMINA E FLUIDOTERAPIA: UM CASO DE ASSÉDIO?

AUTORES: Pedro Cardoso, Miriam Monteiro Capoulas, Andreia Loba, Catarina Amorim, Cláudia SantosHospital Beatriz Angelo

INTRODUÇÃO:A butilescopolamina é um fármaco essencial em cuidados paliativos, tal como denido pela Organização Mundial de saúde. As suas utilizações neste contexto são variadas, incluindo a redução das secreções respiratórias, controlo de náuseas e regu-lação de motilidade gastrointestinal. A utilização concomitante de uidoterapia deve ser adaptada a cada caso, validando o contexto global do doente, para não comprometer os objectivos terapêuticos.

OBJECTIVOS:Analisar as prescrições de butilescolopamina e uidoterapia concomitante no internamento hospitalar, validando os sinto-mas que motivaram a sua prescrição e o acompanhamento partilhado ou não desses doentes pela equipa intra -hospitalar de suporte em cuidados paliativos (EIHSCP).

MÉTODOS:Estudo observacional retrospectivo: dados recolhidos utilizando o software Soarian Clinicals e a plataforma de dose unitária do hospital. Análise estatí stica realizada em IBM SPSS Statistics, num perí odo de 3 meses, contemplando prescrições por especia-lidades médicas e cirúgicas.

RESULTADOS:Foram analisadas 66 prescrições, sendo que a maioria dos doentes (77%) com butilescolopamina prescrita não estavam a ser acompanhados pela EIHSCP. Foram identicados 15 doentes com concomitância de butilescolopamina e uidoterapia paren-térica, com diferentes volumes diários: 500mL (7%), 1000mL (40%), 1500mL (7%), 2000mL (13%) e superior a 2000mL (33%). As doses de butilescopolamina variaram entre 40mg (15%), 60mg (65%), 80mg (15%), 100mg (2%) e 120mg (3%). Relativamente ao motivo da sua prescrição, predominou a hipersecreção respiratória (em 34 doentes associada a doença oncológica ou neu-rológica crónica e em 31 em contexto agudo de pneumonia).

CONCLUSÕES:A maioria das prescrições de butilescopolamina reportou -se ao controlo da hipersecreção respiratória. Em 23% dos casos de concomitância de prescrição de butilescopolamina com uidoterapia, predominou a prescrição de uidoterapia parentérica de volume superior a 1000mL (53%), o que contribuiu para um controlo sintomático mais tardio, não desejável.O investimento na formação em controlo sintomático e rigor na utilização de fármacos especícos, numa estratégia de abor-dagem global ao doente (com vantagens claras de acompanhamento partilhado pelas EIHSCP), deverá ser prioritário junto dos prossionais de saúde envolvidos, visando a melhor resposta clínica num menor intervalo de tempo, garantindo sempre a segurança de administração farmacológica ao doente.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P26INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS ASSOCIADAS À VALIDAÇÃO DA PRESCRIÇÃO ELETRÓNICA HOSPITALAR

AUTORES: Paula Santos, Ana Simões, Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO:No âmbito dos Cuidados Farmacêuticos e no sentido de melhorar a qualidade da assistência prestada ao doente durante o internamento hospitalar, a validação farmacêutica tem como objectivo optimizar a terapêutica de acordo com as características do doente, prevenindo erros relacionados com medicação.

OBJECTIVOS:Analisar as intervenções farmacêuticas (IF) realizadas na validação da prescrição médica eletrónica e quanticar o grau de implementação.

MÉTODOS:Estudo descritivo retrospetivo realizado num período de 4 semanas, consultando o programa de prescrição eletrónica para quanticar e caraterizar as IF bem como a taxa de aceitação dos prescritores. As IF foram categorizadas em Informativas: for-mulação galénica (FG), equivalente terapêutico (ET), disponibilidade de fármaco (DF); e Segurança: modicação de dose (MD), ajuste posológico (AP), monitorização farmacocinética (MF), associação de fármacos (AF), duplicação de dose (DD), dose incor-reta (DI), ajuste à função renal (AFR), recomendação terapêutica (RT) e administração terapêutica (AT).

RESULTADOS:No período do estudo foram realizadas 143 IF no total de 95 doentes, 60% no âmbito informativo (DF 33.6%, ET 17.5% e FG 11.9%) e 40% relacionadas com segurança do medicamento (AP 15.4%, MF 9.8%, RT 2.8%, DD 2.8%, MD 2.1%, AFR 1.4%, AT 1.4%, AF 0.7% e DI 0.7%). A taxa de aceitação foi de 84.6%.As IF realizadas em papel, via telefone e por correio eletrónico não foram contabilizadas neste estudo mas são uma parte importante da IF dado que o prescritor não acede diariamente à prescri-ção eletrónica de todos os doentes, e o enfermeiro não tem acesso às IF registadas no programa de prescrição.

CONCLUSÕES:O registo das IF é essencial para deteção de problemas relacionados com a medicação, sendo na maioria bem aceites pelos pres-critores. Nas situações urgentes é privilegiado o contacto direto para evitar problemas graves relacionados com a medicação.No futuro seria desejável a existência de uma aplicação informática integrada envolvendo todos os prossionais de saúde, per-mitindo o registo integral das IF e melhorando a comunicação em tempo útil com benefício para o doente.

BIBLIOGRAFIA:Romero, G. -Intervenciones farmacêuticas, errores de medicación y su gravedad en el área de observación de un hospital de tercer nível. Rev.OFIL ILAPHAR 2018, 28;2:115 -121.Sartore, Megan -The signicance of Pharmacy Interventions:an updated review in the presence of electronic order entry. Am J Pharm Benets.2014;6(2):e24 -e30 disponível internet https://www.ajmc.com/journals/issue/2014/ajpb_marapr2014/the--signicance -of -pharmacy -interventions -an -updated -review -in -the -presence -of -electronic -order -entry

NOTAS:

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P27HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR -ENVOLVIMENTO

DA EQUIPA FARMACÊUTICA NUM CENTRO DE REFERÊNCIA

AUTORES: Anabela Gusmão, Ana Soares, Sónia Domingos, Andreia Fernandes, Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO:O diagnóstico e tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) evoluiu signicativamente nos últimos anos. O melhor conhecimento desta patologia motivou a investigação de novas classes de fármacos com um impacto económico acrescido. A complexidade da estratégia terapêutica e o seguimento dos doentes com esta patologia exige o diálogo constante com a equipa Multidisciplinar em que o Farmacêutico é um parceiro fundamental na otimização e efetividade dos resultados

OBJECTIVOS:Caraterização dos doentes com diagnóstico de HAP tratados no nosso Hospital e custos associados de Janeiro de 2018 até ao presente. Avaliação da colaboração da Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) na decisão terapêutica. Identicar o papel do Farmacêutico na Equipa Multidisciplinar e em particular no seguimento de doentes com HAP em internamento e ambulatório.

MÉTODOS:Análise retrospetiva de indicadores de gestão através do Sistema de Gestão Integrado do Circuito do Medicamento (SGICM) e consulta do Processo Clínico dos doentes no SClinico. Consulta das atas da CFT. Avaliação das Intervenções Farmacêuticas.

RESULTADOS:Foram identicados 51 doentes com diagnóstico de HAP com 12 regimes terapêuticos diferentes.Custo médio mensal da tera-pêutica 118 000 Euros (42 euros a 18 900 euros por doente). A CFT avaliou pedidos de medicação especíca para 12 doentes com diagnóstico de HAP.Foram evidenciadas Intervenções Farmacêuticas a nível de informação, gestão e controle de stocks, adesão à terapêutica e na acessibilidade dos doentes aos fármacos especícos de HAP. O Farmacêutico participa em Ensaios Clínicos e acompanha doentes a fazer medicação em uso compassivo.

CONCLUSÕES:Da caraterização dos doentes com HAP conrma -se que esta patologia tende a agravar -se ao longo do tempo mesmo sob terapêutica múltipla. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais no controle da progressão da doença e sobrevida dos doentes.Os custos envolvidos são elevados pois os fármacos especícos pertencem ao grupo de Medicamentos Orfãos. No entanto a disponibilização de medicamentos genéricos deste grupo veio diminuir muito os custos. O diálogo entre a CFT e os Clínicos especialistas desta patologia é fundamental para o controle de custos sem comprometer a efetividade dos tra-tamentos e cumprindo as Guidelines mais recentes.Conclui -se ainda que os Farmacêuticos, mesmo já integrando a Equipa Multidisciplinar, podem melhorar o apoio aos doentes criando uma Consulta Farmacêutica onde o contato mais próximo irá certamente otimizar a adesão.

BIBLIOGRAFIA:European Heart Journal, Volume 37, Issue 1, 1 January 2016, Pages 67–119, https://doi.org/10.1093/eurheartj/ehv317www.escardio.org/guidelines

NOTAS:

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P29NUTRIÇÃO PARENTÉRICA DOMICILIÁRIA EM DOENTES PEDIÁTRICOS: EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO

AUTORES: Teresa Soares, Ana Capela, Renata Barbosa, Soa Nogueira, Susana Fraga, Paulo CarinhaCentro Hospitalar e Universitário de S. João

INTRODUÇÃO:A nutrição parentérica permite assegurar as necessidades nutricionais e energéticas do doente, sendo o regime de eleição para a administração de nutrição articial em doentes com via oral ou entérica não funcional, nomeadamente em situações de insuciência intestinal documentada.

OBJECTIVOS:Análise e partilha da experiência dos Serviços Farmacêuticos nos últimos 10 anos, no âmbito da validação da prescrição de NPD, preparação e dispensa de misturas nutritivas a doentes pediátricos.

MÉTODOS:Estudo retrospetivo dos dados de NPD personalizada, em doentes pediátricos do centro hospitalar, referente ao perí odo de jan.2008 a jan.2018. Análise dos dados idade/sexo e diagnóstico dos doentes sujeitos a NPD personalizada, motivos da suspensão da NPD, assim como o nº de doentes/bolsas de NPD preparadas/dispensadas ao longo da década.Análise do número de intervenções farmacêuticas (IF) resultantes da validação da prescrição de NPD nomeadamente o estudo de compatibilidade/estabilidade das misturas nutritivas em causa.

RESULTADOS:O estudo inclui 25 doentes (56% sexo masculino e 44% sexo feminino), com idade média de 5, 2 anos a jan.2008 (início do estudo) e 8, 9 anos a jan.2018. A patologia de base mais frequente é a síndrome de intestino curto (64%), seguida de patologias associadas a insuciência intestinal (20%) e doença oncológica (16%). Entre jan.2008 e jan.2018 foram preparadas para estes doentes um total de 24956 bolsas de NPD, sendo que o nº máximo de bolsas preparadas por doente foi de 3587 e o nº mínimo 65. O número de doentes pediátricos em regime de NPD seguidos no centro hospitalar mostra um aumento, tendo atingido um máximo de 13 crianças em 2016.Foram efetuadas 91 IF resultantes de 307 prescrições de NPD (29, 6%), com 100% de aceitação pela equipa médica.

CONCLUSÕES:O aumento da idade média deve -se ao fato da maioria dos doentes permanecer sob tratamento.O número de doentes pediátricos em regime de NPD seguidos no centro hospitalar tem vindo a aumentar no decorrer dos tempos.O eciente diagnóstico e a existência de uma equipa multidisciplinar cada vez mais experiente na assistência a estas situações clí nicas, otimizam a resposta aos doentes em causa.Assim, a NPD constitui uma alternativa ao internamento hospitalar em contí nuo crescimento, quer pelo seu impacto na melho-ria do perl nutricional quer pelo aumento da qualidade de vida do doente e da família. O êxito destes planos de cuidados requer o empenho de uma equipa multidisciplinar, no qual se inclui o farmacêutico, com um papel fundamental na validação da prescrição e estudo da compatibilidade/estabilidade das misturas nutritivas, assim como na elaboração de misturas nutritivas adequadas e seguras.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P30UTILIZACAO DE IDARUCIZUMAB NUM HOSPITAL DO GRUPO I

AUTORES: Jesus Cotrina Luque1, Marco Correia2, Patrícia Alexandra Catarino Carvalho1, Domingas Porfírio da Palma1

1Hospital de Cascais – Dr. José de Almeida2Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz

INTRODUÇÃO:O uso dos anticoagulantes orais de acao directa tem vindo a aumentar nos ultimos anos devido a evidencia disponivel sobre o seu benecio clinico e seguranca. O efeito adverso mais frequente desta classe e a ocorrencia de eventos hemorragicos. A recente comercializacao do Idarucizumab, antidoto especico do Dabigatrano, fornece uma alternativa quando e necessaria uma reversao rapida do efeito anticoagulante.

OBJECTIVOS:Descrever a experiencia sobre a utilizacao do Idarucizumab num hospital do Grupo I e avaliar a sua resposta como antidoto para o dabigatrano.

MÉTODOS:Estudo retrospectivo e observacional dos doentes que zeram terapeutica com Idarucizumab desde Setembro 2016 ate Julho 2018. Os dados foram obtidos dos programas de prescricao electronica, analises clinicas e processo clinico. Variaveis regista-das: dados demogracos (sexo, idade), parametros clinicos (motivo da admissao, justicacao clinica e regime de Idarucizumab prescrito) e resposta a terapeutica, avaliada de acordo com evolucao clinica, valores de plaquetas, hemoglobina (Hb) e tempo de protrombina (aPTT).

RESULTADOS:7 doentes incluidos, com idade media de 78 anos, 5 do sexo masculino (71%) e todos com antecedentes de brilacao auricular em terapeutica com dabigatrano. 5 foram admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos com os seguintes diagnosticos: cho-que hipovolemico com hemorragia digestiva alta, choque hipovolemico com hemorragia hepatica, choque obstrutivo com tamponamento cardiaco (hemopericardio), e AVC hemorragico (2 doentes). 1 doente foi admitido no Servico de Neurologia por hematoma lobar agudo parieto -occipital com provavel hematoma secundario a angiopatia amiloide de grandes vasos. 1 doente foi admitido no Servico de Medicina Interna por hemorragia do recto e do anus.Em todos os casos foram administrados 5 g de idaruzicumab. Os valores de Hb pre -administracao foram 3.7 g/dl, 9.2 g/dl, 7 g/dl, 13.5 g/dl, 11.6 g/dl, 12.5 g/dl e 14.6g/dl. Os valores pos administracao foram 7.4 g/dl, 10 g/dl, 8.2 g/dl, 17.5 g/dl, 12 g/dl, 15.7 g/dl e 15g/dl, respectivamente.Os valores da aPTT que apresentaram antes e depois da terapeutica com idarucizumab foram de 46.3 seg, 45.5 seg, 70 seg, 31 seg, 31 seg, 27.6 seg, >180 seg, e de 28.3 seg., 25.9 seg, 30.3 seg, 22.8 seg, 20.3 seg, 25.5 seg e de 30.7 seg respectivamente. 1 doente apresentou trombocitopenia (plaquetas 66 x10^9 /L).

CONCLUSÕES:Idarucizumab foi utilizado num doente fora de indicacao, uma vez que nao havia hemorragia activa, pelo benefício de eliminar o farmaco da circulacao sanguinea devido ao risco do AVC hemorragico. Em todos os casos clinicos descritos, o Idarucizumab conseguiu reverter o efeito anticoagulante do Dabigatrano, resolvendo a situacao critica que originou a sua prescricao sem eventos adversos associados.

BIBLIOGRAFIA:Praxbind. Resumo das caracteristicas do medicamento.

NOTAS:

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P31SIATS – A TECNOLOGIA AO SERVIÇO DA SAÚDE?

AUTORES: Ana Soares, Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO:O Sistema de Informação para a Avaliação das Tecnologias de Saúde (SIATS) do INFARMED é um módulo para submissão e ges-tão de autorizações especiais (AE) de medicamentos com Autorização de Introdução no Mercado (AIM), mas sem processo de comparticipação concluído, sempre para o tratamento de doente especíco. Nalguns casos esta AE é incluída num Programa de Acesso Precoce (PAP), previamente autorizado pelo INFARMED, que permite acesso a medicamentos com aprovação recente, sem processo de comparticipação concluído e sem encargos para o hospital.

OBJECTIVOS:O objetivo deste trabalho é analisar a atividade farmacêutica, no nosso hospital, no módulo SIATS.

MÉTODOS:Extração dos dados do módulo SIATS e sua análise. Foram ainda compiladas as datas de aprovação das indicações terapêuticas aprovadas para os diferentes fármacos para as quais foram solicitados AEs.

RESULTADOS:No nosso hospital, desde o início da atividade do módulo SIATS (05/2017) até nal de 08/2018 foram solicitadas AEs para o tratamento de 90 doentes. Estes doentes são propostos à Comissão de Farmácia e Terapêutica por especialidades diferen-tes: Oncologia (66, 7%); Hematologia (10, 0%); Cardiologia (8, 9%); Gastrenterologia (5, 6%); Neurologia (4, 4%); Reumatologia (2, 2%), Dermatologia (1, 1%) e Medicina Interna (1, 1%).Das AEs propostas, 76, 7% foram autorizadas e 4, 4% automaticamente autorizadas porque o fármaco teve o seu processo de comparticipação concluído durante a avaliação da AE. Doze das 90 AEs (13, 3%) diziam respeito a fármacos em PAP. A taxa de aprovação das AEs PAP é francamente inferior às não PAP, 41, 7% versus 87, 2%. Cerca de 1/3 dos pedidos de AE foram sujeitos a pedido de elementos adicionais.O tempo médio de decisão (incluindo os tempos de pedidos de elementos), foi de 15 dias (mín. de 3 e máx de 60 dias). Confrontando as datas dos pedidos de AEs com as datas de aprovação das indicações terapêuticas para os diferentes fármacos implicados, constatamos que existem medicamentos com mais de 4 anos de aprovação, sem processo de comparticipação concluído, para os quais continua a ser necessário solicitar AE.

CONCLUSÕES:A maioria dos pedidos de AE no portal SIATS destina -se ao tratamento de doentes da Oncologia/Hematologia. O tempo médio de decisão não é elevado, mas o tempo máximo encontrado, em doentes desta área, é excessivo. Os PAP apresentam taxa de indeferimento elevada. Os processos de comparticipação deveriam ter um tempo limitado, evitando AEs indenidamente.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P32MONITORIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS DE CONTRACEÇÃO

AUTORES: Inês Jacinto Pereira Parente Martins, Inês Machado de Barros Figueiredo, Maria de Lurdes Gama BritesCHLC, EPE – Maternidade Dr. Alfredo da Costa

INTRODUÇÃO:Os estroprogestativos orais são o método contraceptivo mais utilizado, contudo a via vaginal e transdérmica estão associa-dos a um aumento da efectividade. Quando existe obesidade, hipertensão arterial, diabetes ou risco de tromboembolismo preconiza -se os progestativos.Os métodos reversíveis de longa duração apresentam elevada efectividade pelo que a sua utilização tem sido estendida a mulheres de todas as idades.O DIU medicado com 13, 5 mg de levonorgestrel é uma alternativa em mulheres que apenas pretendem espaçar gravidezes e em mulheres com útero de menor dimensão. A dosagem de 52 mg permite também a terapêutica da dismenorreia e menor-ragia.O DIU de Cu apresenta -se como uma alternativa em mulheres impossibilitadas de utilizar métodos hormonais.Durante a avaliação para a colocação de DIUs é necessário realizar exames observacionais mamários e pélvicos, detecção de lesões do colo do útero, rastreio de DST´s e garantir que a mulher não está grávida.

OBJECTIVOS:Caracterizar e avaliar a utilização dos métodos contraceptivos.

MÉTODOS:Estudo observacional retrospectivo, tendo sido seleccionados os doentes com prescrição de DIU levonogestrel 52 mg e 13, 5 mg, implante de etonogestrel 68 mg e DIU de cobre 375 mg entre janeiro 2016 e julho 2018 com recurso ao programa SGICM e Sclinic.

RESULTADOS:Vericou -se que os métodos mais prescritos foram: implante de etonogestrel 43.64 % (971) e DIU levonogestrel 52 mg 31.33 % (697). Dos serviços analisados vericou -se que as consultas foram as que mais prescreveram das quais as mais frequentes foram: con-sulta de gravidez indesejada 36.4 % (811) e consulta de planeamento familiar 35.1 % (780).Todas as prescrições foram adequadas segundo o resumo das características do medicamento e protocolo da instituição.Vericou -se que não se efectuaram análises prévias às DST’s e ecograa em todos os casos. Efectuou –se a consulta de segui-mento para vericar se o dispositivo se encontrava devidamente colocado e se necessário feita ecograa.

CONCLUSÕES:Vericou -se viés de falta de informação uma vez que nem todos os clínicos registaram toda a informação necessária para o estudo nomeadamente se foram feitos os exames observacionais. Este estudo permitiu caracterizar uma tendência para a uti-lização da etonogestrel. E também demonstrar que pode ser uniformizada a prática clínica relativamente à detecção das DSTs nas consultas. E ainda denir o mesmo procedimento para as diferentes consultas do Hospital.

BIBLIOGRAFIA:Direção -Geral da Saúde. (2008). Orientação “Saúde Reprodutiva. Planeamento Familiar”, acessível em http://www.sauderepro-dutiva.dgs.pt/pagina.aspx?f=23World Health Organization. (2015). Medical eligibility criteria for contraceptive use - - 5th ed.. Acessível em: http://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/Ex -Summ -MEC -5/en/

NOTAS:

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P33INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS: MELHORIA DA SEGURANÇA DO DOENTE E SUA OTIMIZAÇÃO TERAPÊUTICA

AUTORES: Joana Martins Calisto, Sara Machado, João Maia, Inês Reis, Sílvia Fanica, Nuno Landeira, Gonçalo Cainé, Daniela Malheiro da Silva, Maria Luísa PereiraHESE

INTRODUÇÃO:A segurança do doente assume um papel de destaque crescente nas Instituições de Saúde em Portugal, com resultados notó-rios na prestação de cuidados, sendo um dos objetivos estratégicos da Direção -Geral da Saúde o aumento da segurança na utilização da medicação (Ministério da Saúde, 2015).Erro de Medicação (EM) pode ser denido como “qualquer evento evitável que pode causar ou levar ao uso inadequado do medicamento, causando ou não dano ao doente” (About Medication Errors, [s.d.]). Uma vez que estes podem afetar a segurança do doente, é objetivo da Organização Mundial de Saúde para 2017 -2022 a redução global de erros graves e evitáveis relaciona-dos com os medicamentos em 50% (Donaldson et al., 2017).Devido à estreita ligação ao circuito do medicamente e aos conhecimentos técnico -cientícos, o farmacêutico assume um papel crucial na prevenção de EM, através da realização de intervenções farmacêuticas (IF).

OBJECTIVOS:1 - Redução dos EM.2 - Análise e caracterização das IF.

MÉTODOS:1 - Registo das IF realizadas, em 2017, por farmacêutico, em formulário eletrónico.2 - Classicação das IF e atribuição de EM, utilizando uma escala adaptada (Tuna, 2015).3 - Análise dos resultados pela equipa de farmacêuticos classicadores.

RESULTADOS:Foram realizadas 487 IF em 3 áreas: prescrição (96%), adesão à terapêutica (3%) e informação de medicamentos (1%).As IF na área da prescrição foram classicadas quanto ao tipo e, se aplicável, associadas a EM, sendo o EM mais comum “dose incorreta” e a IF mais comum “modicar dose”.O grau de aceitabilidade das IF foi de 88%. Admite -se uma diminuição dos EM de 86%.

CONCLUSÕES:As IF foram realizadas por 10 farmacêuticos num hospital de 314 camas. No entanto, admite -se uma subnoticação das IF rea-lizadas.O método utilizado para classicar/interpretar as IF e EM é subjetivo e depende do classicador. O facto de terem sido apenas 3 classicadores é uma estratégia de minimização desta variabilidade. A criação e validação de uma escala de classicação por parte de um organismo independente para implementação a nível nacional permitiria a harmonização de resultados.Adicionalmente, a quanticação em valor dos EM e IF é um processo complexo, que inclui não só custos diretos com a terapêu-tica em curso, mas também custos indiretos.As IF contribuíram, de forma clara, para o aumento da segurança do doente e diminuição dos EM, conduzindo, de forma indi-reta, a uma melhoria dos outcomes terapêuticos.

BIBLIOGRAFIA:About Medication Errors – [Em linha] [Consult. 13 set. 2018]. Disponível em WWW:< URL:https://www.nccmerp.org/about--medication -errors>DONALDSON, Liam J. et al. – Medication Without Harm: WHO’s Third Global Patient Safety Challenge. Lancet (London, England). England. (2017) 1680–1681MINISTÉRIO DA SAÚDE – Despacho n.o 1400 -A/2015 – Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015 -2020, atual. 2015.TUNA, Joana Maria Ferreira – Problemas relacionados com o uso do medicamento e o impacto das intervenções [Em linha]. [S.l.]: FEUC, 2015 Disponível em WWW:< URL:http://hdl.handle.net/10316/29941>

NOTAS:

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P35EFICÁCIA, SEGURANÇA E ADESÃO À TERAPÊUTICA ORAL

NO TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

AUTORES: Ana Marta Jorge, Fábio Glória, Carla Ferrer, José Branco, Maria Augusto, Catarina Oliveira, Cândida Barroso, Vânia Almeida, Vanessa Rodrigues, Joana Ferreira, Henrique Pereira, Mariana Carvalho, Sérgio GomesHospital Vila Franca de Xira

INTRODUÇÃO:A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica, inamatória e degenerativa, que afeta o Sistema Nervoso Central. A forma Surto–Remissão (EMSR) caracteriza -se por surtos, seguidos de períodos de remissão com recuperação total ou parcial dos efei-tos sentidos.As terapêuticas orais foram introduzidas com a nalidade de aumentar a adesão à terapêutica, pela sua maior comodidade de administração.

OBJECTIVOS:Avaliar a ecácia, segurança e adesão à terapêutica imunomoduladora oral (TDM) na EMSR.

MÉTODOS:Estudo observacional descritivo de orientação retrospetiva, no Hospital. Foram incluídos os doentes que iniciaram TDM no período de 1 de Dezembro de 2016 a 30 de Junho de 2018 e teve como base a informação contida nos processos clínicos. De um total de 40 doentes tratados para a EMSR 13 estão sob TDM; foram incluídos os 3 doentes que cumpriam os critérios de inclusão (em TDM há mais de um ano). A população foi caracterizada por sexo, idade, terapêutica atual e prévia, perl de segurança, ecácia e adesão à terapêutica.A ecácia foi medida pelo nº surtos/ano, evolução do Kurtzke Expanded Disability Status Scale (EDSS), aumento do número de lesões/novas lesões captantes de contraste em T2.A segurança da terapêutica foi medida pelo número de reações adversas medicamentosas (RAM) identicadas.A adesão à terapêutica foi determinada pelo registo da dispensa de medicação. Consideraram -se aderentes se adesão> 95% e não aderentes se adesão <95%.

RESULTADOS:Dos 3 doentes em estudo, 2 efetuam terapêutica com Teriunomida (TER) (1 mulher e 1 homem) e 1 com Fumarato de Dimetilo (FUM) (1 mulher). A doente em tratamento com FUM efetuou terapêutica endovenosa anteriormente (com Glatirâmero – GLAT). A alteração foi por diculdade de administração de formulações injetáveis. A média de idades é de 34 anos (mínimo: 25, máximo 41).Todos os doentes em terapêutica oral apresentam ecácia terapêutica.Não há registo de RAM, incluindo citopenias e alteração de transaminases.A adesão à terapêutica é de 100% para ambos os fármacos.

CONCLUSÕES:A população em estudo é aderente ao tratamento. No entanto, o método utilizado para cálculo da mesma apresenta como limitação o facto de que o doente pode efetuar o levantamento da medicação e não a administrar corretamente.A amostra apresenta um tamanho reduzido devido à recomendação de avaliação anual dos doentes. Pretende -se, de futuro, incluir os restantes doentes em TDM.A terapêutica é bem tolerada, ecaz e segura.

BIBLIOGRAFIA:Direção Geral da Saúde, Norma nº 05/2012 – Terapêutica Modicadora da Esclerose Múltipla em Idade Pediátrica e no Adulto. 04/12/2012, atualização a 31/07/2015

NOTAS:

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P36A EFICÁCIA DOS ANTIVÍRICOS DE AÇÃO DIRETA NA POPULAÇÃO RECLUSA E NÃO RECLUSA

AUTORES: Maria Augusto, Sérgio Gomes, Catarina Oliveira, Carla Ferrer, Henrique Pereira, Mariana Carvalho, José Branco, Fábio Glória, Joana Ferreira, Ana Jorge, Vanessa RodriguesHospital Vila Franca de Xira

INTRODUÇÃO:A infeção pelo vírus da Hepatite C (VHC) é uma das causas mais importantes para a ocorrência de doença hepática crónica.Em Portugal, 1, 5% de indivíduos estão infetados pelo VHC, estimando -se que nos reclusos esta prevalência poderá ultrapas-sar os 10%. O Serviço Nacional de Saúde considera a eliminação do VHC como uma prioridade nesta população, dado que o período de reclusão proporciona uma oportunidade de integração em programas de tratamento. O objetivo da terapêutica é a cura, sendo que os antivíricos de ação direta permitem taxas de cura (TC) na ordem dos 97%.

OBJECTIVOS:Avaliar a ecácia do tratamento da Hepatite C em reclusos e não reclusos.

MÉTODOS:Estudo observacional descritivo de orientação retrospetiva dos doentes tratados com antivíricos de ação direta entre 01/05/2015 e 31/12/2017, no Hospital X. Foram incluídos 140 doentes com resposta virológica sustentada, dos quais 17 são reclusos e 123 não reclusos, caracterizados por genótipo e terapêutica. A ecácia foi medida pela resposta virológica sustentada às 12 ou 24 semanas após tratamento. Os dados foram recolhidos do Portal Hepatite C e sistematizados em Microsoft Excel™.

RESULTADOS:No grupo dos reclusos, 76% expressam o genótipo 1 e 24% o genótipo 3. Relativamente à terapêutica, 76% destes doentes foram tratados com Ledipasvir+Sofosbuvir, 6% com Sofosbuvir e 18% com Sofosbuvir/Daclatasvir. A TC neste grupo foi de 100%.No grupo dos não reclusos, 54% expressam o genótipo 1, 1% o genótipo 2, 25% o genótipo 3, 19% o genótipo 4 e 1% o genótipo 5. Estes doentes foram tratados com Dasabuvir/Ombitasvir + Paritaprevir + Ritonavir (1%), Elbasvir + Grazoprevir (1%), Ledipasvir + Sofosbuvir (72%), Ombitasvir + Paritaprevir + Ritonavir (1%), Sofosbuvir (15%), Sofosbuvir/Daclatasvir (10%) e Sofosbuvir/Dasabuvir/Ombitasvir + Paritaprevir + Ritonavir (1%). O genótipo 3 foi o que apresentou TC mais baixa (74%), salientando -se que 58% destes doentes foram tratados com Sofosbuvir. A TC geral deste grupo foi de 92%. Foram ainda identi-cados 17 doentes em risco de interrupção da terapêutica que foram contactados pelo farmacêutico e recuperados com sucesso para o tratamento. Sem esta intervenção, a TC poderia baixar até 78%. A TC global dos dois grupos foi de 94%.

CONCLUSÕES:A ecácia do tratamento não depende apenas da ação farmacológica, sabendo -se que a falta de adesão é um dos principais fatores para o insucesso terapêutico. O acompanhamento farmacêutico é fulcral para garantir o cumprimento da terapêutica e podemos ainda inferir que a toma assistida na população reclusa poderá maximizar a ecácia terapêutica, corroborando as recomendações do Despacho n.º 6542/2017.

BIBLIOGRAFIA:Despacho n.º 6542/2017 – Diário da República n.º 145/2017, Série II de 2017 -07 -28.

NOTAS:

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P37ANTIBIOTIC STEWARDSHIP PROGRAM: INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO

NA INFECÇÃO ASSOCIADA A CUIDADOS DE SAÚDE E USO DE ANTIMICROBIANOS

AUTORES: Margarida Pereira, Ana Mirco, Fátima FalcãoHospital de Santa Cruz, CHLO EPE

INTRODUÇÃO:Os antibióticos estão entre os medicamentos mais prescritos na prática clinica e cerca de 20 -50% são muitas vezes prescritos de forma inapropriada levando a uma maior selecção de microorganismos resistentes. Para enfrentar este desao, emergiu o conceito de Antibiotic Stewardship Program (ASP) que consiste em intervenções desenhadas para incentivar o uso correcto dos antibióticos. Os ASP reduzem as taxas de incidência de infecções associadas aos cuidados de saúde e a resistência aos antibióti-cos, reectindo -se numa poupança signicativa de recursos nanceiros para os hospitais e contribuintes.

OBJECTIVOS:Caracterizar a implementação de um Antibiotic Stewardship Program, que consiste em monitorizar as prescrições de antibió-ticos no serviço de cirurgia geral, com o objectivo de criar alertas que permitam melhorar a consciencialização e utilização adequada de antibióticos.

MÉTODOS:Estudo observacional e transversal, com realização de auditorias mensais. Foram realizadas 8 auditorias de janeiro a agosto de 2018. Os dados recolhidos nos processos clínicos incluíram: número de doentes com antibioterapia, número de antibióticos prescritos por doente; indicação de antibiótico, tipo de prescrição, dose, frequência, via de administração, duração e cumpri-mento de recomendações locais ou nacionais. Sempre que registadas não conformidades foram emitidos alertas para optimizar a terapêutica.

RESULTADOS:Foram estudados 80 doentes (n = 80) com antibioterapia, 48 (60%) género masculino, com idade média de 66 anos (+/ - 6, 1). Foram prescritos 100 antibióticos: 52 (52%) como terapêutica empírica, 30 (30%) como terapêutica dirigida segundo o agente microbiológico identicado, e 18 (18%) como terapêutica proláctica. Foram identicados 4 critérios não conformes: 19% dos antibióticos prescritos não estavam de acordo com as recomendações, não tendo sido feito a colheita prévia de culturas para isolar o agente, ou a escolha não estava de acordo com o teste de sensibilidade aos antibióticos (TSA); em 8% a dose prescrita não estava correcta, bem como a frequência em 4%, e em 11% a duração da prescrição de antibióticos não estava de acordo com o recomendado. Foram feitas 40 intervenções no software informático de prescrição como medida para optimizar terapêu-tica antimicrobiana, 17 (42.5%) sobre ajuste de dose na insuciência renal, 16 (40%) sobre a necessidade de efectuar culturas prévia ao início da antibioterapia. As restantes 7 intervenções incluíram a duração da antibioterapia e terapêutica de acordo com o TSA. Foram aceites 28 (70 %) das intervenções.

CONCLUSÕES:Este estudo permitiu reconhecer a importância da monitorização da prescrição de antimicrobianos e das intervenções farma-cêuticas como uma das medidas de optimização da terapêutica antimicrobiana.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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62 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

P38ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DE SUGAMADEX

AUTORES: Fábio Glória, Ana Marta Jorge, Carla Ferrer, José Branco, Catarina Oliveira, Vanessa Rodrigues, Maria Augusto, Joana Ferreira, Henrique Pereira, Mariana Carvalho, Sérgio GomesHospital Vila Franca de Xira

INTRODUÇÃO:A utilização de relaxantes musculares em anestesia balanceada, com a consequente possibilidade de curarização residual pós operatória, torna necessária a administração de agentes reversores do bloqueio neuromuscular. O Sugamadex apresenta van-tagem na duração e qualidade da reversão destes efeitos.

OBJECTIVOS:Estudo de utilização de Sugamadex na reversão do bloqueio neuromuscular (RBNM) induzido pelo rocurónio na população submetida a ato cirúrgico com bloqueio neuromuscular.

MÉTODOS:Estudo observacional descritivo, com uma componente longitudinal de orientação retrospetiva, no Hospital. Foram incluídos os doentes que zeram Sugamadex no período de 2015 a 2017, teve como base a informação contida nos processos clínicos e nas justicações obrigatórias para dispensa do fármaco. De um total de 3042 doentes, foram excluídos 218 (7, 2%) por falta de informação relativa aos dados antropométricos (peso). Dos 2824 doentes incluídos (92, 8% do total), 493 foram tratados em 2015, 1077 em 2016 e 1254 em 2017.

RESULTADOS:No período analisado, na RBNM moderado, a dose média utilizada foi de 2, 5mg/kg em 2015 e 2016, e de 2, 4 mg/kg em 2017. Para a RBNM profundo a dose média utilizada foi de 2, 6 mg/Kg nos três anos em estudo. Quanto à RBNM em situação de emer-gência, nos anos de 2015, 2016 e 2017, a dose média utilizada foi de 2, 7 mg/kg, 2, 5 mg/kg e de 2, 8 mg/kg, respetivamente. Ao efetuar a análise dos dados corrigidos para o peso dos doentes, de acordo com a dose recomendada no resumo das característi-cas do medicamento – RCM, verica -se que a dose na RBNM moderado foi superior à recomendada (2mg/kg). Com esta análise verica -se uma poupança global de € 109.670. Na RBNM profundo e de emergência foram administradas doses inferiores às descritas em RCM (4 mg/kg e 16 mg/kg, respetivamente).Não se vericou perda de ecácia com a utilização de doses inferiores às descritas em RCM, para as situações de RBNM profundo e de emergência.

CONCLUSÕES:As doses utilizadas são suportadas com os resultados clínicos obtidos na RBNM.A integração do farmacêutico na equipa multidisciplinar comprova que a aposta na otimização da terapêutica melhora os cui-dados de saúde prestados e contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde.

BIBLIOGRAFIA:Relatório de Avaliação Prévia de Medicamento Para Uso Humano em Meio Hospitalar – Sugamadex. INFARMED. 06 -05 -2010Resumo das Características do Medicamento – Bridion®. INFARMED. Atualizado em 2017.

NOTAS:

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P39ANTIVÍRICOS DE AÇÃO DIRETA NO TRATAMENTO DO VÍRUS DA HEPATITE C:

SUCESSO E INSUCESSO TERAPÊUTICO

AUTORES: Ana Mafalda Brito, Ana Soares, Andreia Fernandes, Laura Lourenço, Sónia Domingos, Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO:A infeção pelo vírus da Hepatite C (VHC) é a principal causa da Doença Crónica Hepática. Os tratamentos preconizados pelas Guidelines atuais, antivíricos de ação direta (AAD), antecipam taxas de cura que rondam os 100%.Dada a prevalência elevada (1, 0 -1, 5%) da infeção VHC no nosso país, o consequente impacto socioeconómico, exige um avul-tado investimento por parte do Estado Português na procura da erradicação da doença. [1]

OBJECTIVOS:Quanticar o sucesso dos AAD no tratamento VHC e caraterizar os insucessos ocorridos.

MÉTODOS:Estudo retrospetivo observacional descritivo. Foram incluídos todos os doentes diagnosticados com VHC que nalizaram o primeiro tratamento com AAD até Dez. 2017 e com pedido de retratamento. O insucesso terapêutico foi considerado nos doen-tes que não atingiram ou mantiveram resposta virológica sustentada após 24 semanas (RVS24) do término do tratamento. Os dados foram recolhidos através de plataformas eletrónicas de saúde.

RESULTADOS:No estudo foram incluídos 14 doentes por não atingirem ou manterem RVS24, numa população de 619 tratados com AAD. O total de insucessos terapêuticos foi de 15. Os doentes eram maioritariamente do sexo masculino (85, 7%), com idade média 52, 3 ± 7, 1 anos, 28, 6% co -infetados, 35, 7% consumidores ativos ou com história de drogas endovenosas e 50% foram previamente tratados com fármacos não AAD. Finalizaram 2 tratamentos com AAD com carga viral não detetável 8 dos 14 doentes, 1/14 nalizou 2 tratamentos com AAD, carga viral detetável e tem um terceiro pedido de AAD. Os restantes 5 terminaram o primeiro tratamento com falha terapêutica e ainda não iniciaram o segundo. Os genótipos mais prevalentes foram G1 (46, 7%) e G3 (43, 3%). Apenas um doente apresentou um genótipo diferente da primeira avaliação (re -infeção).No primeiro tratamento 50, 0% foram tratados com ledipasvir/sofosbuvir (LED/SOF), 14, 3% com SOF+ribavirina (RBV) ou SOF/RBV+Peginterferão e 7, 1% com SOF, LED/SOF+RBV ou SOF/velpatasvir (SOF/VEL). No segundo tratamento, 35, 7% foram tratados com glecaprevir/pibrentasvir (GLE/PIB), 21, 4% com SOF/VEL, 14, 3% com LED/SOF ou SOF/VEL+voxilaprevir, 7, 1% SOF/dasabuvir/ombitasvir+paritaprevir+ritonavir ou SOF+RBV+Simeprevir. O doente com 2 falhas terapêuticas tem novo pedido de GLE/PIB+SOF. Vericou -se que 86, 9% dos tratamentos provocaram efeitos adversos, os mais comum astenia (30, 0%), efeitos gastrointestinais, cefaleias e insónias (cada 15, 0%).

CONCLUSÕES:Neste estudo os AAD apresentaram uma elevada taxa de sucesso 97, 6%. Estes valores estão de acordo com a literatura.Face às classes terapêuticas previamente usadas, os AAD revolucionaram o paradigma de tratamento do VHC. Nos doentes que apresentaram insucesso terapêutico, um segundo tratamento com AAD demonstrou ser ecaz. A informação sobre efeitos adversos, promoção da adesão e possibilidade de reinfecção deve mantida.

BIBLIOGRAFIA:1. Anjo J, et al. O impacto da hepatite C em Portugal, Jornal Português de Gastrenterologia, 2014; 21 (2):44 -54.

NOTAS:

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P41O DESPERDÍCIO (IN)EVITÁVEL

AUTORES: Armando Alcobia1, Ana Soares1, Ana Pereira2, Frederica Roldão2, Joana Fernandes2

1Hospital Garcia de Orta2Faculdade Farmácia, Universidade Lisboa

INTRODUÇÃO:Historicamente os Serviços Farmacêuticos têm contribuído para a adequação de doses intravenosas de fármacos, através da sua preparação centralizada. O ajuste de doses por situações de toxicidade ou paragem por inecácia tem sido possível, mesmo em terapêuticas recentes, nomeadamente anticorpos monoclonais. As novas terapêuticas orais, para tratamento do cancro ou de outras patologias, tal como as apresentações endovenosas, necessitam ajuste de doses e nalguns casos incluem esquemas de titulação para otimizar a dose a administrar, mas dependem das apresentações disponíveis. Os esquemas de titulação aprova-dos pressupõem que os doentes tolerem todas as doses do esquema até alcançarem a dose de manutenção. Quando cedemos uma embalagem de uma dosagem a um doente em fase de titulação de um fármaco, existe uma probabi-lidade de não a tolerar e uma probabilidade maior de não conseguir a escalada completa de dose. Na primeira situação será devolvida a medicação pelo doente com a embalagem já aberta. No segundo caso a medicação pode já ter sido adquirida na expectativa de aumento de dose. A legislação atual não contempla a possibilidade de devolução e recuperação de embalagens cedidas ao doente em ambulatório, e a introdução dos dispositivos de segurança a partir de 02/2019 não permitirá esse apro-veitamento.

OBJECTIVOS:O objetivo deste trabalho é analisar o potencial de desperdício em algumas das recentes terapêuticas orais.

MÉTODOS:Consulta da literatura relativamente a doses de titulação ou redução de dose por toxicidade de fármacos orais. Cálculo do potencial de desperdício nestas situações.

RESULTADOS:O Riociguat, tem embalagens adequadas a patamares de titulação de 14 dias. A escalada de dose normal e a descalada por toxicidade nunca acompanha exactamente o tamanho das embalagens. Parte das embalagens cedidas são devolvidas abertas. O Selexipag tem uma embalagem de titulação de 200mcg. Um doente em dose de 1400mcg, se usar a dose de titulação tem um custo associado de 780€/dia, cerca de 6 vezes maior do que se usar dose xa. Adquirir a dose xa em cada patamar de implica ceder ao doente uma embalagem para 1 mês, que irá ser em parte desperdiçada e devolvida aberta.Afatinib, Crizotinib, Erlotinib, Idelalisib, Lenalidomida, Nintedanib, Palbociclib e vários outros exemplos, têm reduções de dose previstas, com apresentações diferentes, em caso de toxicidade, com desperdício das embalagens abertas em curso.

CONCLUSÕES:O ouro custa 0, 03€/mg, e por isso tem um circuito controlado de produção, validação, distribuição e comercialização, sendo um bem universalmente considerado como valioso. Moléculas, que podem facilmente custar 1000 vezes mais, não podem ser comercializadas sem um grau de desperdício próximo de zero. São, portanto, necessárias alterações formais ao tamanho das embalagens, bem como aos processos de distribuição e cedência, que permitam uma adequação ao tratamento dos doentes.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P43INTRODUÇÃO DO RITUXIMAB BIOSSIMILAR – UM ANO DE EXPERIÊNCIA

AUTORES: Margarida Pereira, Gisela Costa, Sonia Domingos, Armando AlcobiaHGO

INTRODUÇÃO:A conciliação da inovação em saúde com a sustentabilidade dos sistemas de saúde é um dos maiores desaos da actualidade.Só na oncologia, as terapêuticas biológicas injectáveis representam 33% da despesa em medicamentos[1].Deste modo, a intro-dução de biossimilares pode permitir uma poupança sem compromisso na efectividade.Em 2017 surgiu, em Portugal, o primeiro anticorpo biossimilar na área da oncologia, o rituximab. A este fármaco está associado um perl de reacções adversas na primeira perfusão, que incluem reações de hipersensibilidade, hipotensão e compromisso cardio -respiratório, que podem originar a descontinuação do tratamento[2]

OBJECTIVOS:Avaliação do perl de segurança do rituximab biossimilarAvaliação do impacto económico da introdução deste fármacoAvaliação da variabilidade de lotes

MÉTODOS:Análise retrospetiva das reacções adversas comunicadas aos serviços farmacêuticos, que resultaram na suspensão do trata-mento, temporária ou não, dos doentes em tratamento com rituximab biossimilar, entre Julho de 2017 e Julho 2018.A substitui-ção para rituximab biossimilar foi realizada em todos os doentes.Avaliação do consumo de rituximab biossimilar e contabilização dos lotes fornecidos (Roche e Pharmakern), durante o período do estudo.

RESULTADOS:Durante o período da análise foram seguidos 127 doentes, divididos em dois grupos: patologias do foro oncológico, 48% e do foro não oncológicos, 52%, onde se incluiu a artrite reumatóide e as utilizações o -label.No grupo oncológico foi feito um switch terapêutico a 9, 8% dos doentes sendo que 90, 2% eram naïve. O tempo médio entre a última administração de rituximab e a primeira administração de rituximab biossimilar foi de 34 dias [21 -58 dias].Foram repor-tados três casos de suspensão terapêutica com o rituximab biossimilar, que originaram duas situações de rechallenge com sucesso e numa descontinuação.Quanto ao grupo de doentes não oncológicos, foi feito um switch terapêutico a 39, 4% dos doentes sendo que 60, 6% eram naïve. O tempo médio de switch foi de 13, 6 meses [0, 9 -48 meses]. Foi reportado um caso de suspensão terapêutica que resul-tou num rechallenge com sucesso.O número de lotes por ano fornecido pela Roche foi de seis e pela Pharmakern foi de quatro.Durante o período em análise, a introdução do rituximab biossimilar gerou uma poupança de 64% em comparação com o ritu-ximab, representando um valor de 171.000 euros.

CONCLUSÕES:Dado o perl de reações associadas à primeira perfusão de rituximab, esta análise tinha como nalidade reforçar a segurança na introdução do rituximab biossilimar, de modo a detectar eventuais alterações no perl de segurança.Demonstrou -se que a introdução do rituximab biossimilar, se traduziu numa poupança signicativa (64%) com um perl sobre-ponível de ecácia e segurança.

BIBLIOGRAFIA:[1] INFARMED.Monitorização do consumo de medicamentos. disponível em: www.infarmed.pt/documents/15786/2682984/junho/34525a26 -4c19 -4035 -8132 -cfdb29105022?version=1.0 [2] PATEL, Jolly - Rapid Infusion Rituximab for Maintenance Therapy:Is It Feasible? Leukemia Research and Treatment vol.2013(2013)p.4

NOTAS:

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P44A LIÇÃO DO PEMETREXED

AUTORES: Ana Soares, Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO:Em Maio/2008, a European Medicines Agency (EMA) concedeu autorização para utilização de Pemetrexed no tratamento de primeira linha de carcinoma do pulmão de não pequenas células (CPNPC), com histologia celular que não predominantemente escamosa. O ensaio de fase III (1) que incluiu 1725 doentes, e que comparou o Pemetrexed com a Gemcitabina, ambos associa-dos ao cisplatino, demonstrou um tempo de Sobrevivência Global (OS), igual para ambos os braços (10, 3 meses), pelo que a autorização de utilização da EMA em primeira linha acabou por ser baseada não no ensaio clínico total mas sim numa análise de sub -grupos desse mesmo ensaio. No nal de 2008 surgem os primeiros genéricos de Gemcitabina.

OBJECTIVOS:Este trabalho tem como objectivo analisar a terapêutica de primeira linha do CPNPC com histologia não escamosa.

MÉTODOS:Análise da literatura e da utilização de pemetrexed no nosso hospital em doentes com CPNPC com histologia não escamosa.

RESULTADOS:Em Janeiro de 2018 é publicado um artigo de opinião no Jornal JAMA Oncology (2) que discute se uma aprovação com base numa análise de sub -grupos de um ensaio, que embora pré -planeada, nunca foi realmente demonstrada em ensaio clínico desenhado para o efeito, não terá valido uma transição da Gemcitabina para o Pemetrexed com evidência limitada.É unânime que qualquer dado extraído de uma análise de sub -grupos num ensaio clínico é essencialmente indicativo e não conclusivo (3, 4). Será sempre um bom indicador para investigações futuras e deverá ser conrmado por estudos desenhados para a sua demonstração.As guidelines de tratamento do CPNPC (5) retiraram a Gemcitabina como primeira opção (com evidência classe II), indicando a ecácia como razão e não a toxicidade, o que poderia ser argumento. A comparticipação do Pemetrexed em 1ª linha avançou com base nos mesmos dados, considerando o custo original da Gemcitabina e não do genérico.No nosso hospital a transição de Gemcitabina para Pemetrexed em primeira linha do CPNPC com histologia não escamosa tam-bém se vericou. Durante os 4 anos analisados (jul/2013 a jun/2017), 71 doentes efectuaram Pemetrexed e 22 doentes foram tratados com Gemcitabina, ambos associados a platino. A diferença de custo por tratamento (6 ciclos) foi de 10.554€.

CONCLUSÕES:O Pemetrexed foi preferido relativamente à Gemcitabina no tratamento de primeira linha do CPNPC com histologia não esca-mosa, apesar da qualidade da evidência associada ser limitada por não ter sido conrmada em ensaio clínico especialmente desenhado para o efeito. A alteração da prática clínica deverá pressupor níveis de evidência superiores.

BIBLIOGRAFIA:1) J Clin Oncol 26:3543 -3551; 2) JAMA Oncol. 2018;4(1):17–18; 3) BMJ 2015; 351:h5651; 4) NEJM 2007; 357(21):21892194; 5) Ann Oncol (2016) 27 (suppl 5): v1 -v27.

NOTAS:

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P45O DOENTE COMO FOCO: RESIDÊNCIA DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO SERVIÇO

AUTORES: Ana Maria Gaspar Ventim Neves, Joana Macara Cardoso, Teresa Maria Santos Cabeças, Francisco Almeida Sá, Ana Rita Guerreiro Queiroz, Rita Maria dos Reis Oliveira, Beatriz Teixeira Pinto, Gabriela Nunes Moniz Ribeiro, Maria Teresa Aires Pereira, Maria Galvão BaptistaHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO:O Farmacêutico Clínico tem a responsabilidade de assegurar, mediante aplicação de conhecimentos técnico -cientícos, um uso seguro e apropriado dos medicamentos. A sua residência no serviço, permite um maior foco no doente e um apoio mais rápido e eciente aos restantes prossionais de saúde.

OBJECTIVOS:Pretende -se demonstrar a mais -valia do farmacêutico clínico residente no serviço de internamento, unidade de cuidados inten-sivos, serviço de urgência e bloco operatório nomeadamente no seguimento farmacoterapêutico e no apoio in loco, rápido e assertivo, em todos os temas relacionados com o medicamento.

MÉTODOS:Reestruturação logística dos serviços farmacêuticos e transferência do posto de trabalho para os serviços supra referidos; Elaboração de um cheiro excel para registo das intervenções; Registo exaustivo de todas as intervenções realizadas nos últi-mos 16 meses; Caracterização do tipo de intervenção; Análise da resposta à intervenção; Classicação da intervenção.

RESULTADOS:Num total de 886 intervenções, 352 referentes a temas farmacoterapêuticos, 124 relacionados com dose e posologia do medi-camento, 96 na categoria outros (na categoria de circuito logístico), 51 relacionadas com via de administração, 47 sobre indica-ções terapêuticas, 41 relativas ao esclarecimento de questões de diluições, 34 no tópico de reações adversas e toxicologia, 30 referentes a utilização de medicamentos extra -formulário, 27 reconciliações terapêuticas, 26 sobre reações adversas, 21 acerca de contraindicações e precauções, 12 sobre interações e compatibilidade, 9 referentes a populações especiais, 8 no tópico de farmacovigilância, 7 monitorizações farmacocinéticas e 1 sobre produção e formulação.

CONCLUSÕES:A residência do farmacêutico clínico no serviço de internamento apresenta -se como uma peça chave no aumento da segurança e ecácia no uso do medicamento. O futuro revela -se desaante na prática clínica do farmacêutico hospitalar que, sendo parte integrante de uma equipa multidisciplinar, sentirá a necessidade de ter um campo de registo da sua intervenção no processo do doente. Será também imprescindível a avaliação do impacto das suas intervenções na qualidade de vida dos doentes e na dimensão económico -nanceira.Pretendemos que o modelo de residência no serviço dê visibilidade ao farmacêutico clínico como membro da equipa multidis-ciplinar e oportunidade de melhoria na prestação de cuidados de saúde ao doente.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P47IMPACTO ECONÓMICO DA AVALIAÇÃO DOS ERROS DE INFORMATIZAÇÃO DE RECEITAS DE AMBULATÓRIO HOSPITALAR

AUTORES: Susana Franca, Sónia Moreira, Ana Ventura, Sara Rodrigues, Maria Manuela VicenteCHLC – Hospital Santa Marta

INTRODUÇÃO:A gestão do medicamento hospitalar constitui a segunda maior parcela orçamental nos hospitais.Os utentes do SNS, não assumem quaisquer responsabilidades no pagamento da terapêutica de ambulatório. Os medicamen-tos consumidos a nível hospitalar são nanciados pelo Orçamento de Estado.Assegurar a sustentabilidade nanceira das instituições do SNS é um objectivo comum dos prossionais e decisores políticos.Os encargos com medicamentos no ambulatório hospitalar têm duas grandes linhas de nanciamento: uma para medicamen-tos dispensados no âmbito dos regimes especiais (patologias como Fibrose Quística, HIV, foro Neoplásico, Transplante Cardíaco, Tuberculose); e outra linha de nanciamento especíco, cujos encargos são suportados pelo nanciador mediante as condições contratualizadas para grupos -alvo de doentes (patologias como transplante pulmonar, hipertensão pulmonar, a hepatite B e os medicamentos de uso -exclusivo hospitalar/AUE/AE).É importante garantir que não existem erros associados à informatização dos dados das receitas, pois podem ter consequências ao nível da facturação.

OBJECTIVOS:Caracterização dos erros associados à informatização das receitas de ambulatório e quanticação do valor económico

MÉTODOS:Pesquisa de dados do Ambulatório Hospitalar no SGICM entre Março de 2017 e Março de 2018.Elaboração de check -list para validação da informatização receitas na conferência diária; Criação de tabela Excel® para compila-ção de erros e implicações na facturação;Foram avaliados a conformidade dos seguintes critérios na informatização: Nº Processo; Nº Prescrição; Tipo Consulta; Grupo de Ambulatório; Entidade; Nº de cartão do utente; informatização medicamentos dispensados/número de unidades dispensadas, Criação de novas linhas com preenchimento de grupo; Assinatura do médico; Assinatura do farmacêutico; Assinatura do doente e presença do documento de identicação do doente; Dupla vericação do farmacêutico e/ou dispensa com registo de lote.

RESULTADOS:A presente tabela foi preenchida com a seguinte informação: 411 doentes, 3682 atendimentos e 4815 receitas. Média Mensal 293 receitas, 223 atendimentos e 827 medicamentos. Foram detectados um total anual de 213 erros de informatização, havendo maior predominância de erros no: Tipo Consulta (27); Grupo de Ambulatório (54); Entidade (21); informatização de medicamen-tos dispensados/número de unidades dispensadas (32).

CONCLUSÕES:Elaboração de check -list para validação da informatização receitas permitiu reduzir o tempo de validação farmacêutica e uma maior sistematização do processo de conferência.Os erros detectados com maior frequência estavam relacionados com a tipicação das consultas na prescrição electrónica. Este facto foi minimizado com a criação de consultas especializadas.O impacto da nossa intervenção durante o período da análise foi de 48 547€.Por último, é de referir que os erros detectados não tiveram qualquer impacto no doente.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P48INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NAS UNIDADES DE PEDIATRIA,

NEONATOLOGIA E CUIDADOS INTERMÉDIOS PEDIÁTRICOS: UMA RETROSPETIVA

AUTORES: Joana Madeira da Silva, Nuno Miguel Henriques Pereira, Lúcia Soares, Pedro Cardoso, Eugénia Marques, Miriam Capoulas, Cláudia SantosHospital Beatriz Angelo

INTRODUÇÃO:A intervenção Farmacêutica (IF) dene -se como uma recomendação iniciada pelo Farmacêutico, em resposta a um problema relacionado com medicamentos num doente, em qualquer fase do circuito do medicamento. Esta intervenção é realizada junto da equipa multidisciplinar e tem como foco o cuidado ao doente, visando melhorar os resultados clínicos do medicamento e consequentemente, os resultados em saúde. A IF ganha ainda maior relevância na Pediatria, por se tratar de uma faixa etária em que a exposição ao erro de cálculo de dose é maior, e em que os erros associados aos medicamentos assumem maior gravidade. Na prática farmacêutica diária torna -se imprescindível a documentação destas intervenções para posterior caracterização e identicação de oportunidades de melhoria.

OBJECTIVOS:Caracterizar e quanticar o tipo de Intervenções Farmacêuticas efetuadas nas últimas 24 semanas nas Unidades de Internamento de Pediatria, Neonatologia e Cuidados Intermédios Pediátricos.

MÉTODOS:Estudo retrospetivo, que consistiu na análise da base de dados dos registos de Intervenções Farmacêuticas das áreas de Farmácia Clínica e Farmacotecnia entre os meses de Abril e Setembro de 2018. O tratamento e análise de dados foi feito em Excel.

RESULTADOS:Do total das 335 IF efetuadas em 105 doentes, das quais 333 (99, 4%) aceites pelo Médico, destacam -se da área de Farmácia Clínica: 229 (68, 4%) relativas ao pedido de monitorização de parâmetros laboratoriais (doseamentos de antibióticos, função renal, parâmetros inamatórios) e monitorização farmacocinética para avaliação da adequação da dose prescrita (efetividade, segurança ou manutenção); 11 (3, 2%) alteração de dose (toxicidade, inecácia); 22 (6, 6%) outros motivos (sugestão de dose, início de medicamento, pedido de prescrição, switch terapêutico). Da área de Farmacotecnia destacam -se: 45 (13, 4%) referen-tes a alterações de dose/aporte na Nutrição parentérica (NP) por toxicidade, inecácia ou incompatibilidades físico -químicas e 24 (7, 2%) referentes a indicação para iniciar ou suspender aditivação da NP.

CONCLUSÕES:Os resultados obtidos reforçam a importância da intervenção do Farmacêutico e corroboram os de outros estudos nacionais e internacionais, que reportam a monitorização farmacocinética e as recomendações de alteração de dose como as maiores fontes de Intervenção Farmacêutica, com vista ê otimização da terapêutica e minimização de toxicidades. Após esta caracte-rização será relevante analisar os outcomes quer em saúde, quer em termos farmacoeconómicos do impacto da intervenção farmacêutica neste âmbito.

BIBLIOGRAFIA:LaROCHELLE, Joseph, JACK, Kayrah et al - Comparative analysis of clinical pharmacy intervention in a pediatric intensive care unit. Crit Care Shock, Vol.21, N.º1 (2018), p.7 -12.

NOTAS:

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P49MODELO SUSY: TERAPÊUTICA PERSONALIZADA E FOCADA NO DOENTE ATRAVÉS DA ADEQUAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS

AUTORES: Gabriela Nunes Muniz Ribeiro, Beatriz Teixeira Pinto, Teresa Maria Santos Cabeças, Francisco Almeida Sá, Ana Rita Guerreiro Queiroz, Ana Maria Gaspar Ventim Neves, Joana Macara Cardoso, Maria Galvão Baptista, Rita Maria dos Reis Oliveira, Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO:A pulverização dos comprimidos, em ambiente hospitalar, surge como a opção em situações de impossibilidade de degluti-ção (nutrição entérica, disfagia, população pediátrica, etc.). No entanto, esta mesma técnica conta com diversas desvantagens: ocorrência de incompatibilidades físico -químicas, possível obstrução do tubo da nutrição entérica, a perda de substância activa, entre outras. O Farmacêutico tem a responsabilidade de assegurar a toma segura e adequada do medicamento, garantindo que este, devidamente selecionado, é administrado ao doente certo, no momento certo, na dosagem e forma farmacêutica certas com a via de administração certa. Na prática clínica, torna -se premente encontrar soluções inovadoras que se adaptem à reali-dade de cada doente, ainda que o mercado não disponibilize as formas farmacêuticas para todas as condições supra referidas. Modelo SUSY® (conceito integrado que permite a elaboração de soluções e suspensões orais de forma rápida, económica e segura utilizando veículo suspensor e veículo xarope) apresenta -se como a solução necessária.

OBJECTIVOS:Descrição do modelo inovador de adequação da forma farmacêutica às necessidades especícas do doente: modelo SUSY®.

MÉTODOS:1ª Fase: Compilação de todas as substâncias activas que possam ser submetidas a manipulação através do modelo SUSY® em formato de fácil consulta;2ª Fase: Validação da Prescrição pelo Farmacêutico Clínico com a atenção necessária para situações de aplicação pertinente (infeciologia pediátrica);3ª Fase: Inclusão do projecto no hospital como parte integrante de uma administração mais completa, correcta e adequada e também de uma maior adesão à terapêutica por parte do doente.

RESULTADOS:No âmbito da infeciologia pediátrica, em ambulatório, foi formulada uma suspensão de piridoxina (20mg/mL em 200mL) que garantiu a administração de 40mg (2mL) da substância activa por toma, a um lactente de 6 meses, com diagnóstico de tuber-culose em estado latente. A mesma foi preparada com aroma de banana, sabor selecionado pela família. No serviço de internamento, foi feito um levantamento de todos as situações passíveis de switch, no que respeita à forma far-macêutica do medicamento, através da consulta do material bibliográco previamente preparado vericando estabilidade da preparação. Aplicação do modelo em doente crítico internado na unidade de cuidados intensivos através da preparação de uma suspensão de rifaximina (2%) que garantiu a administração de 400mg (20mL) da substância activa por toma.

CONCLUSÕES:A farmácia galénica revela -se num novo formato no modelo SUSY® uma vez que este se apresenta como solução aos constran-gimentos associados à preparação/manipulação de soluções orais não disponíveis no mercado nacional.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P50CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE PRESCRIÇÃO DE ESTATINAS

FACE À NORMA DGS NUM HOSPITAL PRIVADO DE LISBOA

AUTORES: Joana Macara Cardoso, Ana Maria Gaspar Ventim Neves, Teresa Maria Santos Cabeças, Francisco Almeida Sá, Ana Rita Guerreiro Queiroz, Rita Maria dos Reis Oliveira, Beatriz Teixeira Pinto, Gabriela Nunes Muniz Ribeiro, Maria Teresa Aires Pereira, Maria Galvão BaptistaHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO:Sendo a doença cardiovascular uma das principais causas de morte em Portugal e sendo a dislipidemia um fator de risco para esta mesma doença, é necessário acompanhar atentamente e de forma crítica a prescrição efetivada no hospital. Acrescentando também a diversidade de estatinas existentes, torna -se imperativo garantir o uso de um critério normalizado no momento da prescrição.

OBJECTIVOS:Caracterizar as prescrições de Estatinas de todos os doentes internados num hospital privado de Lisboa ao longo dos meses de Setembro e Outubro do ano de 2016, sendo o resultado da mesma análise confrontado com a Norma de Orientação Clínica (NOC) da Direção Nacional de Saúde (DGS).

MÉTODOS:Numa primeira abordagem, foi recolhido o histórico de prescrições de Estatinas de doentes internados durante os meses de Setembro e Outubro do ano de 2016. Estes dados foram atentamente analisados e escrutinados em formato Excel para maior facilidade de consulta e posterior análise comparativa, sendo esta tarefa completada com recurso a outros suportes tais como Soluções Clínicas Glintt®. Numa fase nal, fez -se a devida comparação da base de dados com a NOC 019/2011 (Abordagem Terapêutica da Dislipidemia no Adulto). A amostra considerada incluiu 114 doentes (84 homens e 30 mulheres) com idades compreendidas entre 33 e 90 anos, apresentando na sua maioria fatores de risco cardiovascular como HTA, DM, DRC, obesidade, histórico de EAM ou AVC, entre outros.

RESULTADOS:A NOC nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 11/05/2017 refere a utilização de Sinvastatina como terapêutica de primeira linha no tratamento da Hipercolesterolémia. Constatou -se que a maioria das prescrições foi realizada em contexto de interna-mento (após eventos cardiovasculares) ou em consulta de Cardiologia, pelo que nenhuma correspondeu a um início de tera-pêutica. Posto isto, ainda que a NOC nº 019/2011 não possa ser aplicada à amostra global considerada, foi realizada uma análise grosseira do consumo global referente aos meses de Setembro e Outubro do ano de 2016, que demonstrou uma percentagem superior de prescrições de Atorvastatina.

CONCLUSÕES:A NOC nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 11/05/2017 refere a utilização de Sinvastatina como terapêutica de primeira linha no tratamento da hipercolesterolemia. Constatou -se que a maioria das prescrições foi realizada em contexto de inter-namento (após eventos cardiovasculares) ou em consulta de Cardiologia, pelo que nenhuma terá correspondido a um início de terapêutica crónica para o diagnóstico de dislipidemia. Ainda que a Norma nº 019/2011 não possa ser aplicada à amostra global considerada, após uma análise grosseira do consumo global referente aos meses de Setembro e Outubro do ano de 2016, concluiu -se existir uma percentagem superior de prescrições de Atorvastatina. Em grande parte dos casos analisados, vericou -se escassez de registos clínicos (em Soluções Clínicas Glintt®) relativamente à presença de co -morbilidades e/ou fato-res de risco, pers lipídicos e medicação habitual para a dislipidemia, o que representou uma diculdade na análise do critério de prescrição das estatinas.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P51HEPATITE C – 3 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO TRATAMENTO COM ANTIVÍRICOS DE AÇÃO DIRETA

AUTORES: Rute Duarte, Marta Mendes, João Ribeiro, Inês Eusébio, Andreia Gaspar, Sandra Morgado, Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira

INTRODUÇÃO:A Hepatite C (HepC) é um problema de saúde pública a nível mundial, constituindo uma das principais causas de doença hepá-tica crónica, com grande potencial evolutivo para cirrose e carcinoma hepatocelular. Em Portugal, estima -se uma prevalência de infeção pelo vírus da HepC (VHC) de 1 -1, 5%(1).Nos últimos anos assistiu -se a uma revolução no tratamento da HepC, com a utilização dos Antivíricos de Ação Direta (DAA)(2). A DGS emitiu a norma de orientação clínica n.º28/2017, que dene o tratamento de adultos portadores de VHC.

OBJECTIVOS:Caracterizar o perl dos doentes submetidos a terapêutica DAA, entre os anos de 2015 e 2018. Avaliar os resultados terapêu-ticos.

MÉTODOS:Estudo retrospetivo dos doentes aprovados para tratamento anti -VHC com DAA, entre 2015 e agosto de 2018, através de con-sulta do Portal da Hep C do Infarmed.

RESULTADOS:No período referido foram tratados 130 doentes. A média de idades é de 48, 2 anos (30 – 80 anos), dos quais 29% são co -infe-tados VIH -VHC.O genótipo 1 (1a e 1b) foi o mais prevalente (69, 2%), seguido dos genótipos 3a (21, 5%) e 4a (9, 2%). A maioria dos doentes encontravam -se em estadio F4 (36, 8%) e F1 (25, 6%).Apesar de 72, 2% dos doentes serem naïves, dos doentes submetidos a tratamento anterior (34), 5 efetuaram retratamento com DAA (4 respondedores nulos e 1 por recidiva, a DAA anteriores).A associação de ledipasvir+sofosbuvir foi a terapêutica predominante (78, 5%), seguido de sofosbuvir: em monoterapia (5, 4%); e associado a ribavirina (8, 5%), velpatasvir (3, 1%) e daclatasvir (2, 3%). Glecaprevir+pibrentasvir foi autorizado para 2 doentes.Os resultados terapêuticos evidenciam a obtenção de resposta virológica sustentada (RVS) às 12 ou 24 semanas em 61, 54% dos doentes (28 doentes com tratamento concluído há mais de 6 meses não têm registo de RVS no portal HepC). Apenas 2 doentes não concluíram tratamento por não adesão à terapêutica. Há evidência de 4 doentes em que não foi obtida RVS às 24 semanas.

CONCLUSÕES:A inovação terapêutica DAA veio revolucionar o tratamento da HepC, com elevadas taxas de cura efetiva, comodidade posoló-gica e reduzidos efeitos secundários.O estudo dos casos de falência terapêutica é essencial no sentido de apurar as causas do insucesso dos tratamentos.

BIBLIOGRAFIA:1. J. Anjo, A. Café, A. Carvalho, M. Doroana, J. Fraga, J. Gíria, R. Marinho, S. Santos, J. Velosa, O impacto da hepatite C em Portugal, GE Jornal Português de Gastrenterologia, Volume 21, Issue 2, 2014, Pages 44 -54, ISSN 0872 -8178, https://doi.org/10.1016/j.jpg.2014.03.001.2. Relatório do Programa Nacional para as Hepatites Virais 2017. Direção Geral da Saúde. Disponível em: https://www.dgs.pt/documentos -e -publicacoes/relatorio -do -programa -nacional -para -as -hepatites -virais -2017.aspx (acedido a: 03.09.2018)3. Norma n.º 28/2017 – Tratamento da Hepatite C crónica no Adulto. Direção Geral da Saúde. 2017.

NOTA:

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P54SEGUIMENTO FARMACÊUTICO DE DOENTE ONCOLÓGICO

COM PRESCRIÇÃO OFF -LABEL DE OLAPARIB

AUTORES: Joana Macara Cardoso, Ana Maria Gaspar Ventim Neves, Teresa Maria Santos Cabeças, Francisco Almeida Sá, Ana Rita Guerreiro Queiroz, Rita Maria dos Reis Oliveira, Beatriz Teixeira Pinto, Gabriela Nunes Muniz Ribeiro, Maria Teresa Aires Pereira, Maria Galvão BaptistaHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO:O Olaparib está indicado em monoterapia no tratamento de manutenção de doentes adultas com cancro do ovário, trompa de falópio, ou peritoneal primário, epitelial seroso de alto grau, recidivado, sensível a platina, com mutação BRCA (germinativa e/ou somática) com resposta parcial ou completa. O Olaparib é um inibidor potente das enzimas poli (ADP -ribose) polimerase (PARP -1, PARP -2 e PARP -3) humanas e foi demonstrado que, in vitro, inibe o crescimento de linhas celulares tumorais seleciona-das e, in vivo, o crescimento do tumor, seja em monoterapia ou em combinação com quimioterapias estabelecidas. Resultados preliminares de estudos de fase II parecem demonstrar que doentes com cancro da próstata metastizado, resistentes à castra-ção e com mutação BRCA2, submetidos anteriormente a tratamento com docetaxel, respondem positivamente ao tratamento com inibidores das PARPs, o que se traduz num aumento da actividade antitumoral (MATEO, et al., DNA -Repair Defects and Olaparib in Metastatic Prostate Cancer N Engl J Med. 2015;373(18):169).

OBJECTIVOS:Monitorizar e fazer o seguimento farmacêutico de doente com cancro da próstata, resistente à castração, BRCA2+ e em progres-são após tratamento com docetaxel e abiraterona, ao qual foi prescrito olaparib, em utilização o -label.

MÉTODOS:Acompanhamento e seguimento do doente, por parte do Farmacêutico clínico residente no Hospital de Dia de Oncologia, atra-vés da folha de seguimento farmacêutico do doente oncológico, consultas presenciais com o doente, follow -ups telefónicos, avaliação e interpretação de exames e análises realizados, assim como acesso à informação discutida nas reuniões multidisci-plinares.

RESULTADOS:Durante o período de seguimento e acompanhamento do doente (Junho de 2018 a Setembro de 2018), o mesmo apresentou boa adesão à terapêutica. As reacções adversas mais reportadas foram: urticária, astenia e disgeusia. Os exames realizados durante este período demonstram um possível controlo da doença (diminuição da PSA).

CONCLUSÕES:O Farmacêutico clínico residente no Hospital de Dia de Oncologia tem um papel muito importante na farmacovigilância ativa da terapêutica oncológica, para além da validação, preparação e dispensa de medicamentos antineoplásicos. A presença con-tínua e integrada na equipa multidisciplinar, e no âmbito da monitorização adicional das terapias inovadoras, permite uma melhor abordagem do doente oncológico, detectando precocemente reacções adversas, contribuindo desta forma para uma optimização da terapêutica e para a excelência dos cuidados prestados pela instituição ao mesmo. A mais valia traduz -se numa melhor comunicação com o médico acerca da evolução da terapêutica, ecácia ou falta da mesma, efeitos adversos, compliance e informações de maior pertinência.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P55RASTREABILIDADE E SEGURANÇA DO DOENTE NUMA UNIDADE DE FARMÁCIA ONCOLÓGICA

AUTORES: Ana Oliveira, Cristina Soares, Patrocínia RochaCentro Hospitalar e Universitário do Porto

INTRODUÇÃO:Numa Unidade de Farmácia Oncológica, os processos de melhoria de gestão de stocks assumem -se hoje, a par dos mecanismos de prevenção do erro, bases fulcrais do seu funcionamento.

OBJECTIVOS:Otimizar o circuito do medicamento numa Unidade de Farmácia Oncológica, com introdução de tecnologia e procedimentos auxiliares, que permitam garantir a segurança das preparações realizadas, assegurando a qualidade e rastreabilidade desde a receção, preparação até Ã dispensa do medicamento ao doente em Hospital de Dia e Internamento.

MÉTODOS:Quando um fármaco chega à unidade satélite, é reetiquetado com um código de controlo Data Matrix, similar ao conhecido como código QR (com respetiva designação, lote e validade)(1). O farmacêutico, no momento da validação, lê o código através de um leitor ótico e prepara o tabuleiro com uma ordem de preparação e rótulo associado. No interior da sala branca são realizados procedimento adicionais que visam aumentar a segurança e qualidade das prepara-ções como o controlo gravimétrico, recorrendo a uma balança de precisão e captura de imagem por uma câmara de alta de-nição (que permite fotografar o fármaco e quantidade medida no momento da preparação). Estes sistemas estão conectados com o sistema informático recolhendo a informação que é depois conrmada pelo farmacêutico no momento da libertação da preparação. O rótulo da preparação contem um código de barras associado ao doente e à preparação e que pode ser lido pelo leitor ótico, agilizando o processo nal de libertação bem como contribuindo para a segurança do circuito até à dispensa e administração.

RESULTADOS:Mediante a introdução desta nova tecnologia, além do contributo para diminuição do erro associado a passos crí ticos da prepa-ração, também possibilita a recuperação de informação (fármaco -lote -doente) na cadeia hospitalar.

CONCLUSÕES:A implementação de um sistema de rastreabilidade numa Unidade de Farmácia Oncológica é uma mais valia para garantir eciência, produtividade e segurança do doente(2). É necessário treinar e consciencializar equipas para a importância de sistematizar procedimentos em todas as etapas estipuladas do circuito, mesmo e nomeadamente em fazes de maior volume de preparações e falta de recursos.

BIBLIOGRAFIA:1. Escudero -Vilaplana B, Manso -Manrique M, Garcí a -Sanz E, Sánchez -Guerrero A. -Traceability of oncohematological drugs through data capture codes. Farm Hosp. 2017 Sep 1;41(5):649 -650. doi: 10.7399/fh.10822. Spanish. PubMed PMID: 288472602. Cañamares -Orbis I, Cortijo -Cascajares S, Garcí a -Muñoz C, Goyache -Goñi MP, Ferrari -Piquero JM. - Introduction of a trace-ability system in the pharmacy oncology area in a tertiary hospital. Rev Calid Asist. 2014 Jan -Feb;29(1):58 -9. doi: 10.1016/j.cali.2013.04.005. Epub 2014 Jan 17. Spanish. PubMed PMID: 24440579.

NOTAS:

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P58ÓXIDO FÉRRICO SACAROSADO E CARBOXIMALTOSE FÉRRICA:

ANÁLISE COMPARATIVA

AUTORES: Margarida Vicente, Rute Duarte, Maria Olímpia Fonseca, Jorge MartinezCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira, E.P.E.

INTRODUÇÃO:O tratamento da anemia ferropénica, além da correção da etiologia de base, visa repor as reservas de ferro. Em algumas situa-ções especifícas preconiza -se a administração de ferro endovenoso (FE).(1)Em Portugal, estão disponíveis várias formulações de FE, como o Óxido férrico sacarosado (OFS) e a Carboximaltose férrica (CF).

OBJECTIVOS:Analizar o consumo de OFS e de CF, entre 2009 e 2017. Enquadrar a sua variação com as diferenças farmacológicas e com o número de unidades (U) de concentrado de eritrócitos (CE) transfundidas.

MÉTODOS:Análise farmacoeconómica retrospetiva dos dois fármacos e de CE, entre 2009 e 2017, através de consulta do Sistema de Gestão Integrada do Circuito do Medicamento e da Aplicação de Sistema de Informação de Sangue.

RESULTADOS:Em 2009, ano da introdução da CF no guia farmacoterapêutico, registou -se um consumo de 94 U de CF, comparativamente com 2524 ampolas de OFS. Ao longo do período em estudo, vericou -se uma diminuição do consumo de OFS (1664 ampolas em 2017) e um aumento do consumo de CF (1259 U em 2017). Os custos globais de FE duplicaram ao longo do período em análise (de 38087 euros em 2009 para 76870 euros em 2017).O número de CE administrado evoluiu de 2896 U (579200 euros) em 2009 para 2319 U (463800 euros) em 2017, representando uma diminuição de 20% (115400 euros).

CONCLUSÕES:Apesar do custo da CF ser superior, o relatório de avaliação prévia do medicamento para uso humano em meio hospitalar do Infarmed concluiu que tem valor terapêutico acrescido, pela maior ecácia, segurança e pela maior facilidade de adminis-tração.(2).Embora os custos associados ao FE tenham aumentado, devido ao maior consumo de CF, verica -se que na prática clínica foi dada cada vez mais importância às orientações do Infarmed, corroborado pela diminuição do número e volume de transfusões sanguíneas. A variação de consumo vericada traduz -se numa poupança efetiva para a instituição.Desde 2009, por deliberação da Comissão de Farmácia e Terapêutica, o armazenamento de CF está restrito aos Serviços Farmacêuticos e a prescrição é feita com validação da Imunohemoterapia.Em 2018 será implementado o Patient Blood Management (PBM)(3). Pretende -se prolongar o estudo e vericar quais as impli-cações do PBM na utilização de FE e CE.

BIBLIOGRAFIA:1. Luísa Martins Figueiredo, Tiago Tómas, Alexandra Martins. As vantagens do ferro Isomaltosido 1000 – uma opção custo--ecácia?. Revista Portuguesa de Coloproctologia. Maio/Out (2017), p.43 -50. 2. Infarmed. Relatório de avaliação prévia de medicamentos para uso humano em meio hospitalar. DCI – Carboximaltose fér-rica. M -APH -003/5. Disponível em: http://www.infarmed.pt/documents/15786/1424140/Carboximaltoseferrica_Ferrinject_Antianemico_Parecer+net_+13112014.pdf/5436bfd8 -b21b -40c2 -9e8d -e29b2144b64b (acedido em 12/09/2018).3. Despacho nº 3387/2018. Diário da República nº 67/2018, Série II de 2018/04/05, p. 9697 -9698.

NOTAS:

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P59ADESÃO À TERAPÊUTICA EM DOENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA UM DESAFIO DA CONSULTA FARMACÊUTICA

AUTORES: Pedro Cardoso, Cátia Abrantes, Miriam Monteiro Capoulas, Tiago Lobo, Ângela Timóteo, José Vale, Cláudia SantosHospital Beatriz Angelo

INTRODUÇÃO:A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica, inamatória e desmielinizante, que afeta o Sistema Nervoso Central, sendo considerada a doença neurológica mais incapacitante em adultos jovens. A adesão à terapêutica (AT) é de extrema importância nas doenças crónicas a m de se obter a efetividade pretendida com a terapêutica instituà da.Neste âmbito, a equipa de farmacêuticos hospitalares responsável pelo acompanhamento dos doentes com EM em Consulta Farmacêutica, pretende analisar a respetiva adesão à terapêutica, com recurso à versão portuguesa do questionário Beliefs about Medicines Questionnaire (BMQ) – Especíco. Este questionário está validado para a população portuguesa, tendo demonstrado ser muito útil na avaliação das crenças dos doentes e da associação destas com a falta de adesão à terapêutica em diversas patologias.A percepção da doença pelo doente com EM e o cumprimento das recomendações da equipa de saúde inuenciam a adesão à terapêutica e, consequentemente, a efectividade terapêutica.

OBJECTIVOS:Análise exploratória da adesão à terapêutica em doentes com EM surto -remissão através do BMQ -Especíco.

MÉTODOS:Foram analisadas as datas de cedência da terapêutica através do programa informático de dispensa e feitas as correlações com os BMQ realizados em dois momentos (Junho/2017 e Janeiro/2018).

RESULTADOS:Foramincluídos 79 doentes com BMQ e dados de adesão validados. A taxa de adesão da amostra foi de 1, 00 (DP de 0, 108, IC 95%). Foram analisados cinco subgrupos: naïve (A, n=5); 1ª linha que mantiveram tratamento (B, n=37); ensaio clà nico (C, n=3); alteração terapêutica em 1ª linha (D, n=21); doentes 2ª linha (E, n=13). Da correlação BMQ vs. taxa de adesão, vericou -se que os doentes com más taxas de adesão (<0, 9 e >1, 1) têm um score de BMQ médio mais baixo que os doentes dentro do intervalo ideal de adesão (0, 9 -1, 1), -0, 47 vs 2, 52 respetivamente (p<0, 05). Nos grupos B e D, parece existir uma correlação positiva entre o BMQ e a taxa de adesão.Entre vias oral e injetável não se observaram diferenças signicativas no BMQ (p=0, 75) nem na taxa de adesão (p=0, 93).

CONCLUSÕES:O BMQ parece ser um instrumento útil para avaliar a adesão ao tratamento. Apesar da reduzida dimensão da amostra os doen-tes sem alteração terapêutica e atualmente em 1ª linha, parecem apresentar correlações mais signicativas entre BMQ e taxa de adesão. Não se vericou diferença de adesão medida ou estimada entre doentes a realizar terapêutica oral vs injetável.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P60ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR HIPODERMOCLISE:

CRIAÇÃO DE PROTOCOLOS

AUTORES: Cláudia Elias, Inês Nunes, Iurri Correira, Tânia Afonso, Ana Esteves, Filipe Lopes, Renata AfonsoHospital Prof Dr Fernando Fonseca EPE

INTRODUÇÃO:A parametrização de medicamentos nos Sistemas de Informação (SI) é uma ferramenta crucial de suporte à prescrição clínica, com mais -valias bem documentadas no que respeita à diminuição de erros de medicação, nomeadamente aqueles motiva-dos por erros de prescrição e, consequentemente, de administração. A disponibilização de informação, no processo clínico do doente, a todos os prossionais de saúde, promove a maior segurança das suas ações. A prescrição de medicamentos por via subcutânea (SC) a doentes sem via endovenosa disponível e não candidatos a procedimentos invasivos, é uma prática comum que deve estar apoiada no conhecimento das posologias adequadas e correta forma de administração.

OBJECTIVOS:Implementação de protocolos de administração de medicamentos por via SC

MÉTODOS:A Unidade de Internamento de Curta Duração, o Hospital de dia de Oncologia, os Serviços de Medicina Interna e a Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital identicaram quais os medicamentos com maior interesse clínico para administração SC, a parametrizar nos SI. Em conjunto, selecionaram um total de 23 medicamentos, que após pesquisa bibliográca originaram a criação de 15 protocolos de administração em bólus e 10 em perfusões contínuas, que inclui o cloreto potássio (medicamento alto risco). Os medicamentos foram parametrizados no SI com Instruções médicas relativas a doses máximas (diárias e por administração) e Instruções da Farmácia com as características de administração (diluições e especicações relativas ao acesso SC). Solicitou -se à Gestão das Tecnologias de Informação a extracção de todas as prescrições destes medicamentos entre Abril e Agosto de 2018, nos doentes internados, para um cheiro excel.

RESULTADOS:Durante o período do estudo, 52 doentes tiveram 162 prescrições de protocolos SC. 60% das prescrições foram efetuadas pela Equipa de Paliativos, sendo que esta equipa presta consultadoria no hospital, sugerindo a outros colegas a prescrição e administração de medicamentos por via SC. A amostra tinha idades entre os 42 e os 95 anos (77% acima dos 70 anos) e 67, 3% eram mulheres. Os cinco medicamentos mais prescritos foram a morna, butilescopolamina, ceftriaxone, furosemida e halope-ridol em bólus e o cloreto sódio 0, 9% em perfusão continua. Os doentes eram maioritariamente provenientes de Enfermarias Médicas (75%) e o motivo principal de prescrição foi o descontrolo sintomático.

CONCLUSÕES:O trabalho interdisciplinar desenvolvido permitiu a recolha e disponibilização completa de informação e contribuiu para uma mais eciente implementação do processo. Está estabelecido que a parametrização dos SI promove o aumento da segurança da prescrição e administração de medicamentos. No entanto, não foi possível neste estudo, concluir que os erros de prescrição foram menores, por não existem dados prévios à parametrização. Entendemos contudo, que foi dado mais um passo na divul-gação desta via de administração a todos os prossionais, contribuindo para um controlo mais ecaz da sintomatologia destes doentes.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P61RESIDÊNCIA DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR DO HOSPITAL DE DIA (HD) DE ONCOLOGIA

AUTORES: Joana Macara Cardoso, Ana Maria Gaspar Ventim Neves, Teresa Maria Santos Cabeças, Francisco Almeida Sá, Ana Rita Guerreiro Queiroz, Rita Maria dos Reis Oliveira, Beatriz Teixeira Pinto, Gabriela Nunes Moniz Ribeiro, Maria Teresa Aires Pereira, Maria Galvão BaptistaHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO:A Farmácia Clínica é denida como a atividade desempenhada pelo farmacêutico, centrada no cuidado ao doente, no sentido de otimizar a medicação e promover a saúde, o bem -estar e a prevenção da doença. O farmacêutico constitui parte integrante da equipa multidisciplinar de saúde, contribuindo na promoção da utilização racional dos medicamentos. Médico, Farmacêutico, Enfermeiro, Auxiliar de Acção Médica, Psicólogo, Nutricionista, Gestor Oncológico e Administrativo, estes são os prossionais que devem constituir a equipa multidisciplinar de um HD de forma a prestar o melhor serviço possível ao doente oncológico. Esta é a fórmula utilizada e que tem vindo a demonstrar ser o mais acertado para responder às necessidades individuais dos nossos doentes e, mais importante, garantir a segurança e ecácia dos tratamentos que são prestados. O farmacêutico clínico revela -se um ponto chave já que, trabalhando em estreita colaboração com os restantes prossionais, e sendo o especialista do medicamento, consegue dar resposta em tempo real a todas as questões relacionadas com o mesmo, quer provenham do próprio doente ou de qualquer um dos restantes colegas de trabalho.

OBJECTIVOS:Descrever o papel e demonstrar a mais -valia da presença do farmacêutico clínico residente na equipa multidisciplinar do HD.

MÉTODOS:O papel do farmacêutico pressupõe: a revisão farmacoterapêutica e validação integrada da medicação crónica e antineoplásica do doente; a atenção para a medicação de suporte pós -tratamento; a promoção da informação sobre medicamentos para o doente e para os prossionais de saúde, que inclui aspetos técnicos como a estabilidade e compatibilidade de medicamentos, dosagens e indicações terapêuticas; o aconselhamento farmacêutico ao nível da dispensa de quimioterapia oral, das co -mor-bilidades, aspetos nutricionais, controlo da dor, reacções adversas induzidas pelo tratamento e monitorização da adesão à terapêutica.

RESULTADOS:Estando presente sicamente no serviço HD, o farmacêutico consegue dar resposta de uma forma mais rápida e ecaz a todas as necessidades já descritas. Destacamos neste ponto o seguimento farmacoterapêutico do doente oncológico. Actualmente garantimos que sensivelmente 90% dos doentes seguidos em HD beneciam deste acompanhamento por parte do farmacêu-tico.

CONCLUSÕES:A alocação do farmacêutico clínico ao serviço de oncologia revela -se importante no acompanhamento presencial da adminis-tração e intercorrências on -time. A presença do farmacêutico in loco permite a sua intervenção imediata e assertiva. Torna -se imprescindível a existência de registos, de forma a avaliar em número e qualidade as diversas intervenções e o seu impacto para o doente, assim como económico -nanceiro. A consulta do Farmacêutico aos doentes do Hemato -Oncologia tornar -se -á determinante no aumento da ecácia, segurança, conforto e adesão aos regimes terapêuticos.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P62ENSAIOS CLÍNICOS – CONSEGUIMOS?

AUTORES: Armando Alcobia, Gisela Costa, Ana Margarida Pires, Ana Cristina Lopes, Sónia Domingos Camões, Paulo Almeida, Anabela Gusmão, Maria Helena Duarte, Maria Manuela Rodrigues, Ana Paula Santos, Ana Margarida Pereira, Marta Brito, Andreia Fernandes, Laura Lourenço, Mafalda BritoHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO:A presença do farmacêutico, como prossional de saúde e especialista do medicamento, é indispensável na gestão do circuito dos medicamentos experimentais (recepção, armazenamento, preparação, dispensa, recolha, devolução ou destruição) e dos dispositivos utilizados para a sua administração, garantindo a segurança, transparência e rastreabilidade de todo o processo. O acompanhamento farmacêutico pressupõe a validação da prescrição, promoção da adesão dos participantes à terapêutica, prestação de informação relativa, ao medicamento experimental, aos participantes, e a todos os prossionais envolvidos no ensaio clínico.Mas para isto precisamos de farmacêuticos. Precisamos de uma carreira farmacêutica que permita uma especialização nesta área e coloque junto dos doentes e dos outros investigadores, farmacêuticos motivados. A possibilidade de externalização desta área foi explorada e a presença de farmacêuticos foi conseguida. Os custos associados a este processo têm sido clara-mente suplantados pelos resultados alcançados, mas deviam ser criadas condições para serem internalizados.

OBJECTIVOS:Avaliar um processo de externalização parcial de Ensaios Clínicos num Hospital Central com inicio em 2013.

MÉTODOS:Análise da evolução do número de ensaios clínicos e estudos observacionais de 2011 a 2017 num Hospital Central, nº de inves-tigadores alocados e impacto económico.

RESULTADOS:O nº de novos ensaios e estudos observacionais aumentou de: 13 (2011); 19(2012); 39 (2013); 33 (2014); 51 (2015); 27 (2016); 39 (2017).O número de investigadores envolvidos em 2017 foram 132, incluindo 11 farmacêuticos, 90 médicos e 24 enfermeiros.O impacto económico do crescimento do número de ensaios traduziu -se numa alocação de verbas a: prossionais de saúde envolvidos nos ensaios 755.795€; conta donativo dos serviços 88.587€; pagamentos de consultas e exames ao hospital 108.524€; centro investigação hospital 280.318€; Blueclinical 238.162€.

CONCLUSÕES:Com a assinatura do contrato de parceria com a Blueclinical, foram alocadas 2 farmacêuticas coordenadoras de estudo no Hospital, assumindo um papel de facilitadoras junto de investigadores e doentes, articulando com a Unidade de Ensaios Clínicos dos Serviços Farmacêuticos.O efeito sinérgico junto da equipa de investigação levou ao aumento do número de ensaios e taxas de recrutamento, “prossio-nalizando” alguns processos de registo, controlo e facturação.Houve um processo de melhoria na preparação e prospecção de ensaios clínicos por parte do hospital.

CONCLUSÃOA captação de ensaios clínicos e estudos académicos depende da disponibilidade de investigadores de excelência, motivados e com disponibilidade. O factor disponibilidade tem sido crítico nas várias classes prossionais, implicando uma elevada taxa de atrito, com baixos índices de recrutamento de doentes.A inclusão de elementos facilitadores – farmacêuticos coordenadores de estudo, nas equipas de investigação potencia a reali-zação de ensaios clínicos.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P63REORGANIZAÇÃO DO SECTOR DE ENSAIOS CLÍNICOS DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS DE UM CENTRO HOSPITALAR PORTUGUÊS

AUTORES: Marina Lobo ALves1, Margarida Falcão1, Tânia Laranjeira1, Érica Viegas2, Helena Farinha2, Ana Mirco2, Fátima Falcão2

1Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental2Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

INTRODUÇÃO:O aumento do número de ensaios clínicos (EC) a decorrer no centro hospitalar criou a necessidade de uma reorganização deste sector, com uniformização dos processos nos três serviços farmacêuticos do centro hospitalar.

OBJECTIVOS:Uniformização e informatização do sector de ensaios clínicos dos Serviços Farmacêuticos (SF) de um centro hospitalar.

MÉTODOS:Foram identicadas oportunidades de melhoria no circuito do medicamento experimental. Posteriormente, deniram -se as áreas de actividade a desenvolver, revisão do processo e criação de impressos para uniformização das diferentes fases do cir-cuito.

RESULTADOS:No cumprimento das Boas Práticas Clínicas, foram criadas melhorias nas áreas de acesso restrito para recepção e armazena-mento do medicamento experimental, arquivo da documentação condencial, zona de quarentena, área de preparação e atendimento personalizado do doente. As instalações foram equipadas com um sistema de controlo das condições ambien-tais (temperatura e humidade) contínuo, com registo informático e emissão de alarmes, frigoríco próprio e ar condicionado. Relativamente aos recursos humanos, houve necessidade de aumentar a equipa de farmacêuticos, garantindo a formação em Boas Práticas Clínicas. O farmacêutico coordenador de EC de cada um dos três hospitais passou a integrar o Departamento de Investigação Clínica da instituição. A uniformização das diferentes actividades do farmacêutico no circuito do medicamento experimental resultou da elaboração de impressos normalizados, nomeadamente declaração de participação dos SF e de ins-truções de trabalho para a recepção do medicamento experimental e respectiva dispensa para cada ensaio clínico. Foram cria-dos códigos para os medicamentos experimentais e os registos de recepção, dispensa e devolução ao promotor passaram a ser efectuados com recurso ao sistema de gestão integrada do circuito do medicamento (CPC -Glintt), garantindo a condenciali-dade dos dados e rastreabilidade do circuito.

CONCLUSÕES:As medidas implementadas no sector de EC, nomeadamente em infra -estruturas, formação de recursos humanos, uniformiza-ção de procedimentos e informatização, potenciaram a participação do farmacêutico hospitalar em todo o circuito do medica-mento experimental e resultaram na melhoria de organização das actividades e do serviço prestado.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P64CONSULTA FARMACÊUTICA EM DOENTES SOB TARV

COMO FATOR PREDITIVO NA ADESÃO AO TRATAMENTO

AUTORES: Inês Isabel Baltazar Coelho de Aleixo Ratão, Vânia Isabel Pereira Barradas, Francisca Matos DimasCHBM

INTRODUÇÃO:A TARV é complexa e longa. Fatores como adesão, efetividade farmacológica e tolerância contribuem para a resposta à terapêu-tica inicial. O risco de falência virológica associado à resistência antiretroviral aumenta quando a adesão diminui.

OBJECTIVOS:Avaliação do papel do Farmacêutico Hospitalar (FH) na optimização e gestão terapêutica nos doentes sob TARV.

MÉTODOS:Análise observacional retrospetiva de doentes (dtes) seguidos na Consulta Farmacêutica de Adesão Terapêutica (CFAT) desde outubro de 2017 a setembro 2018, avaliando a % de adesão pelo método indireto de contagem da medicação remanescente.Os dados analisados: Género, idade, TARV inicial, carga viral (CV) inicial, Teste de sensibilidade ao Abacavir (HLA), medicação concomitante, interacções (IM), efeitos adversos (EA), switch da TARV, CV ao 1º, 3º e 6º mês CAFT.

RESULTADOS:Realizadas 210 CFAT aos 43 dtes referenciados pelo médico para a necessidade de integração na CFAT.As TARV iniciais: 41, 9% DOL+FTC/TDF; 13, 95% DRV/c+FTC/TAF; 11, 63% DOL/ABV/3TC e 11, 63% DRV/c+FTC/TDF; 4, 65% EFV+ABV/3TC; 4, 65% DOL+DRV/c+FTC/TAF; 4, 65% EFV+ABV/3TC; 2, 33% DOL+FTC/TAF; 2, 33% DOL+FTC/TDF; 2, 33% DRV/c+ABV/3TC.Dos 43 dtes, 76, 7% foi testado o HLA. Destes os que revelaram ser negativos apenas 16 dtes mudaram para uma TARV contendo ABV/3TC.Cerca de 41, 86% dos dtes tem medicação concomitante.Um doente tinha um medicamento com potencial de IM. 16 dtes referiram EA relacionados com a TARV. Dos dtes que referiram EA, 35, 3% eram passíveis de intervenção Farmacêutica. Ao longo do período em estudo 53, 5% dos dtes mudaram TARV. Quanto à CV ao 1º mês 18, 6% não têm avaliação. Dos dtes com avaliação da CV ao 1º mês vericou -se CV indetectável (CVind) em 42, 8%. Dos 32 dtes passiveis de ser reavaliada a CV ao 3º mês, 75% avaliaram a CV. Destes últimos, 15 dtes têm CVind. Sendo que 10 dtes mantiveram a CVind e 5 atingiram. Dos 21 dtes passiveis de ser avaliada a CV ao 6º mês, 61, 9% avaliaram a CV. Destes últimos, 9 dtes têm CVind. Sendo que 6 dtes mantiveram a CVind, 3 atingiram e 1 deixou de estar indetetável. Dos dtes seguidos em CFAT, à data do estudo 85, 7% apresentam CVind.Relativamente à adesão, apenas 35 dtes são passiveis de avaliação: 37, 1% atingiram 100%; 45, 7% estão entre 85% e 99%; 11, 4% entre 50 e 84% e 5, 7% abaixo de 49%.

CONCLUSÕES:A maioria dos dtes em CAFT tem uma boa adesão à terapêutica (82, 8%), reetindo -se numa CVind.O seguimento dos dtes em CAFT, permite -nos conhecer a adesão dos dtes e informar a equipa médica de modo a determinar as causas da não adesão e assim desenhar, em equipa multidisciplinar, estratégias para aumentar a adesão ao tratamento e melhorar os resultados da TARV, validando assim o papel fundamental do FH.

BIBLIOGRAFIA:Antón Torres, R. et al - Adhesión al tratamiento antirretrovírico en pacientes VIH+. Farm Hosp 2000 ; 24(6):377 -382J.M. Ventura Cerdá et al - Adherencia, satisfaccion y calidade de vida relacionada com la salude en pacientes infectados por el VIH com tratamento antirretroviral en Espana. Estudio ARPAS. Farm Hosp 2014; 38(4):291 -299

NOTAS:

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P65FARMACÊUTICO HOSPITALAR NA FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA – CONSULTA FARMACÊUTICA

AUTORES: Ana Patrícia de Almeida Serra Fernandes, Vânia Isabel Pereira Barradas, Francisca Matos DimasCHBM

INTRODUÇÃO:A Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), é uma doença brótica crónica, implacavelmente progressiva, do trato respiratório inferior que tipicamente afeta adultos com mais de 40 anos. A Consulta Farmacêutica (CF) surge da necessidade de monitorização da terapêutica e efeitos adversos (EA), custos e promoção da adesão.

OBJECTIVOS:Caracterização dos doentes (Dte) com FPI seguidos em CF e avaliação do papel do Farmacêutico Hospitalar (FH) na optimiza-ção/gestão da terapêutica.

MÉTODOS:Análise observacional retrospetiva dos Dte seguidos na CF desde fevereiro 2016 a setembro 2018. Avaliação da % de adesão pelo método indireto de contagem da medicação remanescente. Dados analisados: Género, idade, esquema terapêutico, medicação concomitante e interações medicamentosas (IM), EA, ade-são e custo tratamento.

RESULTADOS:Realizadas 249 CF aos 21 Dte seguidos desde 2016. Um Dte é seguido na CF, mantendo tratamento desde agosto de 2016 até há presente data, com um total de 32 CF. Média de idades 70, 8 anos (amplitude: 47 a 83 anos). Os Dte em tratamento estão equitativamente distribuídos pelos 2 géneros. Dos 21 Dte seguidos, 1 Dte abandonou tratamento e 6 Dte faleceram. Esquemas terapêuticos: 52, 4% Nintedanib; 47, 6% Pirfenidona. Todos os Dte têm mais que 5 medicamentos concomitantes, dos quais corticosteroides e imunomoduladores, sem IM relevan-tes com os medicamentos da FPI. O EA mais frequente é diarreia (referido por todos os Dte). Em 2 Dte (9, 52%) sob Nintedanib, fez -se ajuste/redução da dose. Fotossensibilidade ocorreu num Dte sob Pirfenidona, controlado com aplicação de proteção solar. Todos os doentes têm boa adesão terapêutica (> 85%). Custo mensal da terapêutica dos 14 Dte em tratamento: 12.612, 60€ (Nintedanib); 12.373, 5€ (Pirfenidona). Tempo mínimo/CF 30min. Tempo total mínimo despendido nas 249 CF foi de 124, 5 horas.

CONCLUSÕES:O seguimento dos doentes em CF permite ao FH, ter um papel mais orientado para o Dte, integrado na equipa multidisciplinar, por forma a gerir o esquema terapêutico de acordo com o prescrito. O abandono da terapêutica por parte de 1 Dte foi motivada pela persistência dos EA, elevada perda de peso e escasso suporte familiar. O tempo dispendido na CF, cedendo informação ao Dte (verbal e escrita -folheto informativo), com aconselhamento terapêutico da medicação para a FPI assim como da terapêutica de suporte para prevenção/tratamento dos EA, permite ao FH promover a adesão e melhoria da qualidade de vida dos Dte, sendo o elo entre estes e o seu médico, contribuindo para o aumento da segurança/conança do Dte.

BIBLIOGRAFIA:F. Soares Pires et al – Fibrose pulmonar Idiopática: apresentação clínica, evolução e fatores de prognóstico basais numa coorte portuguesa. Revista Portuguesa de Pneumologia. 2013;19 (1):19 -27Ganesh Raghu, MD et al - Pathogenesis of idiopathic pulmonary brosis, UpToDate [Consult. em 19/09/2018] Disponivel em https://www.uptodate.com/contents/pathogenesis -of -idiopathic -pulmonary -brosis?search=brosis%20pulmonar%20idio-patica&source=search_result&selectedTitle=5~150&usage_type=default&display_rank=5

NOTAS:

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P66ESTUDO DA ESTABILIDADE DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO NO VEÍCULO F.G.P B.9

AUTORES: Renata Barbosa1, João Campos2, Ana Silva1, Domingos Ferreira2, Paulo Carinha1, Paulo Costa2, Soa Nogueira1, Susana Fraga1, Teresa Soares1

1Centro Hospitalar Universitário São João2Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

INTRODUÇÃO:A ação antiplaquetária do Ácido Acetilsalicílico (AAS) tem valor clínico na população pediátrica para o tratamento de diversas patologias de risco trombótico. A inexistência de uma especialidade farmacêutica direcionada para a população pediátrica leva à necessidade de produzir, através da manipulação farmacêutica, uma preparação líquida oral de AAS. No entanto, não existem estudos de estabilidade deste fármaco veiculado na forma farmacêutica líquida, limitando a validade.

OBJECTIVOS:Este trabalho tem como objetivo determinar a estabilidade físico -química de uma suspensão oral de AAS, utilizando a matéria--prima e comprimidos de AAS no veículo B.9 descrito no Formulário Galénico Português, de forma a determinar um prazo de utilização após preparação.

MÉTODOS:Duas formulações (4x3 lotes) de suspensão oral de AAS foram preparadas recorrendo à matéria -prima de AAS ou a comprimi-dos de 100 mg, veiculados no veículo B.9 (F.G.P), armazenadas em frascos de âmbar ao abrigo da luz e ar e a uma temperatura de 25°C ou 4 -8°C. Diversos parâmetros foram avaliados ao longo de 28 dias, nomeadamente, o valor de pH, a concentração do AAS e o aspeto da preparação. De modo a determinar a concentração de AAS foi desenvolvido um método de doseamento em HPLC -UV (eluição isocrática 1 ml/min de acetonitrilo:água pH 2.0 (40:60) e fase estacionária Brisa LC2 C18 10x0.46 cm 3 µm). Uma curva de calibração (80 -120% da concentração alvo) foi obtida por análise de soluções padrão. A qualidade do método foi determinada pela assimetria, número de pratos teóricos, tempo de retenção e fator de capacidade. A validação do método foi avaliada pela linearidade, precisão, especicidade, limite de deteção e limite de quanticação.

RESULTADOS:Foi observado um decréscimo no valor de pH do meio ao longo do tempo. Perda de 10% da concentração inicial foi observado nas suspensões preparadas com os comprimidos no dia 14 (25°C) e 28 (4 -8°C), e no dia 7 para a suspensão preparada com a matéria -prima (25°C). A formulação preparada com matéria -prima e armazenada a 4 -8°C demostrou manter a concentração de AAS. Foi vericado a separação de fases em todas as preparações por sedimentação do agente suspensor.

CONCLUSÕES:A acidicação do meio é resultado da degradação do AAS e a formação de ácido acético. Apenas a suspensão preparada com a matéria -prima e armazenada em frigoríco demostrou manter a concentração do fármaco durante os 28 dias. A separação de fases da solução coloidal formada pelo veículo sugere que o método de preparação sugerido não é suciente para ativar o agente suspensor.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P67INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA PELA ANÁLISE, CARACTERIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO DAS POSSÍVEIS INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS NAS PRESCRIÇÕES DE UM SERVIÇO DE INTERNAMENTO

AUTORES: Joana Isabel Faustino dos Santos1, Jorge Aperta1, Isabel Maria Marques da Silva1, Criste Bianca Diana2

1ULS Guarda Hospital Sousa Martins2Universitatea de Medicina si Farmacie Cluj -Napoca

INTRODUÇÃO:A polimedicação é comum na prática clínica e está relacionada com o aumento do risco de interacções medicamentosas que pode ser associado a um acréscimo da morbilidade e mortalidade. A revisão da medicação do doente com o intuito de detectar potenciais interacções medicamentosas de relevância clínica pode gerar uma intervenção farmacêutica preventiva com vista a optimizar a terapêutica e os outcomes clínicos.

OBJECTIVOS:Avaliar a ocorrência de potenciais interacções medicamentosas em prescrições num serviço de internamento quantica -las, classicá -las quanto ao seu grau de risco e efectuar intervenções farmacêuticas junto dos clínicos.

MÉTODOS:Durante o período de Janeiro a Agosto de 2018 num serviço de internamento todas as tabelas terapêuticas instituídas a entrada do doente e consecutivas alterações foram introduzidas no programa Lexicomp® Drug Interactions avaliadas quanto a existên-cia de interacções na medicação, grau de risco (C, D ou X) e sendo de relevância clínica (risco D e X) comunicadas pelo GAFH ao médico assim como uma sugestão do farmacêutico de como a gerir. Finalmente registou -se o número de doentes com poten-ciais interacções medicamentosas de risco com signicado clínico e o número de intervenções farmacêuticas geradas.

RESULTADOS:Foram incluídas 229 tabelas e alterações de tabelas terapêuticas com potenciais interacções terapêuticas de risco D(considerar modicação terapêutica) e X(evitar combinação), referentes a 177 (29%) doentes dum total de 622 doentes internados analisa-dos. Encontraram -se 331 potenciais interacções medicamentosas das quais 245 (74%) de risco D e 86 (26%) de risco X. Foram efectuadas 331 intervenções farmacêuticas.

CONCLUSÕES:A análise das tabelas terapêuticas com o intuito de encontrar preventivamente possíveis interacções medicamentosas pelo far-macêutico tem impacto na melhoria da segurança destes doentes polimedicados devido a percentagem ainda considerável de doentes que poderiam vir sofrer reacções adversas. Foi uma limitação no entanto não conseguir aferir qual a real percentagem de reacções adversas efectivamente ocorridas no serviço. Sendo no futuro fundamental começar a registar se as intervenções do farmacêutico são aceites pelos clínicos.

BIBLIOGRAFIA:UPTUDATE - Lexicomp® Drug Interactions. Holanda: UpToDate Inc. [Consult. 31 Agos. 2018] Disponível em WWW:URL:https://www.uptodate.com/drug -interactions/?source=responsive_home#di -druglist

NOTAS:

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P68EXPOSIÇÃO NO VIH – PROFILAXIA EFICAZ?

AUTORES: Andreia Fernandes, Ana Mafalda Brito, Laura Lourenço, Sónia Domingos, Ana Soares, Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO:Prolaxia pós -exposição (PPE) do VIH tem como objectivo prevenir a transmissão desta infecção através da administração de medicação anti -retroviral (ARV), e aplica -se a pessoas em risco de contrair VIH após uma exposição suspeita, em contexto não ocupacional ou ocupacional.

OBJECTIVOS:Caracterização dos utentes que utilizaram PPE.

MÉTODOS:Estudo retrospectivo descritivo. Foram incluídos todos os indivíduos maiores 18 anos com levantamento de medicação ARV para a PPE nos Serviços Farmacêuticos (SF) entre Janeiro de 2016 e Setembro de 2018.

RESULTADOS:Registaram -se 105 levantamentos para PPE, 52, 4% (n=55) em contexto ocupacional e 47, 6% (n=50) em contexto não ocupa-cional, maioritariamente do sexo feminino 64, 8% (n=68) com idade média 35, 5 ± 12, 9 anos.Em contexto ocupacional, prevaleceram os indivíduos do sexo feminino 83, 6% (n=46) e as causas que justicaram a toma da PPE foram: o contacto com uidos infectantes através de picada acidental (83, 6%), contaminação mucosa ocular (12, 7%) e lesão muco -cutânea (3, 6%). 41, 5% (n=44) dos acidentados foram prossionais na área da Saúde.Em contexto não ocupacional do total de 50 indivíduos, 56, 0% eram do sexo masculino. As razões para a PPE foram: sexo des-protegido 34, 7%, rutura do preservativo 32, 7%, alegada violação 22, 5%, picada acidental 8, 2% e contacto com sangue 2, 0%.O estado serológico da fonte era desconhecido em 70, 5% dos casos.Dos 105 indivíduos que iniciaram PPE 6 suspenderam o tratamento após conhecimento do estado serológico negativo da fonte. O esquema inicial utilizado foi maioritariamente raltegravir(RAL)+emtricitabina/tenofovir (3TC/TDF) (78%). Outras combina-ções utilizadas (22%) cedidas no serviço de urgência ou noutros hospitais foram posteriormente alteradas em consulta externa de infecciologia para RAL+TDF/3TC por melhor perl de tolerabilidade.Um total de 26 utentes descreveram reacções adversas: gastrointestinais (náuseas, vómitos, cólicas, dejecções líquidas), tontu-ras e palpitações.Completaram seguimento serológico até aos 6 meses pós -exposição 63, 8% dos utentes, não se registando nenhum caso de seroconversão e tiveram alta da consulta. 18, 1% dos utentes faltaram às consultas de seguimento e análises e os restantes ainda estão em avaliação/seguimento. 5 doentes foram propostos para seguimento na consulta de Prolaxia Pré -exposição a VIH, 4 dos quais por comportamentos de risco sistemáticos e um por serodiscordância do parceiro sexual.

CONCLUSÕES:PPE da infecção por VIH constituiu uma abordagem extremamente ecaz para evitar a transmissão do VIH. Conrma -se a segu-rança dos medicamentos utilizados em PPE tendo em conta a baixa severidade dos efeitos adversos registados. No tratamento destas exposições deve -se combinar sempre intervenções educativas para prevenir futuras exposições. A variação do esquema de TARV utilizado em 2016 reecte as actualizações das guidelines.

BIBLIOGRAFIA:Updated Guidelines for Antiretroviral Postexposure Prophylaxis After Sexual, Injection Drug Use, or Other Nonoccupational Exposure to HIV -United States, 2016, CDC.

NOTAS:

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P69FARMACO -ONCOVIGILÂNCIA NA MUDANÇA DE FORNECEDOR

AUTORES: Maria da Nazaré Rosado, Pedro Colaço, Ana Patrícia Gomes, Andreia Margarida Duarte AleluiaHospital da Luz, Lisboa

INTRODUÇÃO:Actualmente um grande número de patentes de fármacos antineoplásicos e imunomoduladores biológicos está a expirar e face a um mercado alimentado pela escalada dos preços dos medicamentos inovadores e pela pressão das empresas farmacêuticas para aprovação acelerada de medicamentos, questões que envolvem a monitorização dos medicamentos biossimilares e gené-ricos são primordiais e o papel da farmacovigilância assume grande destaque.

OBJECTIVOS:Implementação de programa de monitorização do perl de reações adversas no Hospital de Dia Médico, com particular ênfase no padrão de noticação espontânea após alteração de fornecedores de medicamentos citotóxicos e imunomoduladores.

MÉTODOS:Aplicação de formulário para simplicação do registo dos eventos adversos e introdução dos dados na plataforma do portal RAM do Infarmed para determinar nexo de causalidade com os medicamentos.

RESULTADOS:Após alteração do fornecedor de um medicamento citotóxico taxano, foram reportados 8 casos de reações cutâneas graves, com erupções nos membros superiores de intensidade moderada a grave, acompanhadas de descamação, prurido intenso e dor. Na sequência da administração de uma nova apresentação de um citotóxico anti -metabolito, foram reportados 3 casos de toxicidade gastro -intestinal grau 4 e 5 doentes com queixas de astenia grau 3, eventos adversos que nunca foram observados com o fármaco original. Foram utilizados diferentes lotes de cada citóxico mas os efeitos permaneceram.O parecer emitido pelo portal RAM do Infarmed atribuiu nexo de causalidade provável com a alteração de fornecedor.

CONCLUSÕES:Estudos de farmacovigilância são imprescindíveis em oncologia, pois os antineoplásicos possuem alta toxicidade e estreita janela terapêutica. Assumimos que a natureza da doença e sua sintomatologia, aliada à convicção de que os efeitos colaterais da quimioterapia são expectáveis e normais, conduz à sub -noticação. É necessário o apoio da equipa médica e de enfermagem para sensibilizar os doentes a reportar.O posicionamento do farmacêutico, diretamente envolvido no estudo sistemático e multidisciplinar do medicamento, é deter-minante na análise do impacto orçamental da mudança de fornecedor de cada medicamento citotóxico versus a relação bene-fício/risco para o doente. Alertamos para a necessidade da colaboração do farmacêutico na Unidade de Oncologia, permitindo a avaliação da administra-ção dos medicamentos oncológicos, implementando medidas de minimização de risco e comunicação destes aos prossionais de saúde e doentes.

BIBLIOGRAFIA:VISACRI, Marília Berlofa – Pharmacovigilance in oncology: pattern of spontaneous notications, incidence of adverse drug reac-tions and under -reporting. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences – Vol 50, Nº2, 2014ALVES, Teresa Margarida Gomes – Alterações climáticas: cenários socioeconómicos para a Ria de Aveiro. Aveiro : Universidade de Aveiro, 2013. Dissertação de mestrado.

NOTAS:

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P71CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO DE CLORIDRATO DE METADONA 1%

AUTORES: Rita Rodrigues, Maria Manuel Morão, Paula Linhares, Joana Gomes, Ana Lima, Juliana Matos, Vanessa GouveiaHospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, E.P.E.R.

INTRODUÇÃO:Na ilha Terceira o tratamento de substituição com metadona é da responsabilidade da SRS, mais concretamente da DRPCD. O armazenamento e fornecimento de metadona, assim como a sua dispensa a doentes internados está a cargo dos Serviços Farmacêuticos (SF). A aquisição da metadona é feita pela SRS, mediante solicitação dos SF, ao LMPQF.

OBJECTIVOS:Elaboração de procedimentos para aquisição, armazenamento e dispensa de Metadona nos SF, assim como procedimentos de dispensa de Metadona a doentes internados.

MÉTODOS:As quantidades a adquirir, são avaliadas pelos SF, tendo em linha de conta os consumos mensais e o tempo de espera entre o pedido e a receção da encomenda.Aquando da receção, a metadona é conferida e armazenada por um farmacêutico. Semanalmente, um enfermeiro do Programa de Manutenção por Substituição Opióide (PMSO) requisita aos SF, a quantidade e doses que irão precisar. A administração e registo deste medicamento são feitos por um enfermeiro, diariamente, com base numa prescrição médica, na sua sede.Quando um doente que frequenta o PMSO é internado, a responsabilidade da dispensa diária passa a ser dos SF. Os SF solicitam a informação clínica atualizada do doente, de modo a que seja fornecido o relatório de encaminhamento onde está referida a dose. Posteriormente, um enfermeiro entrega nos SF a prescrição médica e as doses preparadas até à próxima requisição sema-nal. Contacta -se o médico para que seja feita a prescrição interna com base no relatório de encaminhamento e envia -se para o serviço de internamento a dose que deverá ser administrada diariamente. Internamente, existe um documento onde cam registados todos os movimentos (entradas, saídas e devoluções) da dose de metadona relativa aquele doente. Após a alta, as doses que não foram administradas são devolvidas pelo internamento aos SF e posteriormente, é efetuada a devolução destas doses, bem como as armazenadas nos SF.

RESULTADOS:Os movimentos de entrada e saída de metadona são registados numa base de dados informática todas as semanas e, mensal-mente, é feita uma contagem física. De forma a comprovar a receção da metadona, o fornecimento ao PMSO e a dispensa aos doentes internados, existem impressos próprios. Estes documentos são sempre validados por um Farmacêutico e assinados por quem entrega e quem recebe.

CONCLUSÕES:Cumpriu -se com os objetivos inicialmente delineados, uma vez que todo o circuito está a funcionar com uidez, sem erros.

BIBLIOGRAFIA:Circular normativa Nº 32 de 22/09/2016.Manual de gestão, procedimentos e circuito de cloridrato de metadona.

NOTAS:

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88 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

P72IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO DE SOLUÇÕES DE DIÁLISE PERITONEAL, PELOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS

AUTORES: Maria Manuel Morão, Daniela Garcia, Rita Rodrigues, Joana Gomes, Paula Linhares, Vanessa Gouveia, Juliana MatosHospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, E.P.E.R.

INTRODUÇÃO:O fornecimento das soluções de diálise peritoneal (SDP) é da responsabilidade dos Serviços Farmacêuticos (SF). A população abrangida por este fornecimento engloba as ilhas Terceira, S.Jorge e Graciosa. A entrega das SDP é feita pelos distribuidores locais na ilha Terceira quinzenalmente e nas outras ilhas mensalmente.

OBJECTIVOS:Otimizar o circuito das SDP, e ter um controlo efetivo do que é prescrito e do que é fornecido a cada doente. Garantir o correto preenchimento da prescrição e da requisição das SDP.

MÉTODOS:Os SF elaboraram um modelo de prescrição, para ser preenchido pelo médico, com a posologia de cada um dos tipos de SDP, para cada doente.O impresso da prescrição médica quando chega aos SF é rececionado por um farmacêutico que faz a sua validação.A cada prescrição é atribuído um nº sequencial, que é registado num documento Excel®, elaborado para o efeito.De seguida é feito o preenchimento do impresso de requisição das SDP para encomendar ao distribuidor as quantidades pre-tendidas a entregar na residência do doente. Neste impresso é registado o já referido nº sequencial que irá seguir com o pro-duto até ser entregue ao doente.Este impresso permite o registo de todas as etapas do processo uma vez que possui campos de preenchimento para cada um dos intervenientes envolvidos no circuito. Assim sendo, quando contactado pelos SF (via correio eletrónico), o distribuidor ca com cópia do documento relativo a cada requisição.Quando o doente recebe as SDP, deverá conferir se estas correspondem ao descrito na requisição e assinar.Só após a receção da cópia corretamente preenchida, acompanhada da fatura, é que o produto é considerado recebido e poderá ser dada entrada das SDP no Sistema informático dos SF. Conclui -se o circuito com o consumo individualizado ao doente.

RESULTADOS:Todos os movimentos de fornecimento de SDP têm uma prescrição médica e um registo associado, permitindo minimizar os erros e todas as etapas do processo são facilmente rastreáveis.

CONCLUSÕES:Antes da implementação deste circuito, a intervenção dos SF era mínima e o controlo das várias etapas decitário. Os SF faziam uma nota de encomenda global e a faturação, dos distribuidores, era feita e subtraída à quantidade pedida.Cumpriu -se com os objetivos inicialmente propostos, uma vez que todo o circuito está a funcionar com uidez, sem erros, per-mitindo saber que produtos são fornecidos, a que doente e em que quantidade. Para além disso, houve redução de custos após a implementação deste circuito.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P74TAMOXIFENO NA PERITONITE ESCLEROSANTE ENCAPSULADA

– A EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO

AUTORES: Alexandra Atalaia1, Ana Mirco1, Liliana Calixto1, Margarida Pereira1, Tânia Laranjeira1, Vanessa Pina1, Ivo Laranjinha1, Maria Augusta Gaspar1, Domingos Machado1, Fátima Falcão2

1Hospital de Santa Cruz, CHLO2Hospital São Francisco Xavier, CHLO

INTRODUÇÃO:O tamoxifeno inclui -se no grupo de medicamentos antineoplásicos e imunomoduladores, com indicação para o tratamento da neoplasia da mama; é um antiestrogénio não esteróide com efeitos farmacológicos em diferentes tecidos, que tem sido utilizado com sucesso no tratamento de vários síndromes bróticos, como a peritonite esclerosante encapsulada (PEE). A PEE é uma complicação rara e grave da diálise peritoneal (DP) que se caracteriza pela brose da membrana peritoneal, encapsula-mento intestinal e em estadios mais avançados, obstrução intestinal, para a qual não existe terapêutica especíca aprovada. Estão envolvidos neste processo de formação de brose e angiogénese, citoquinas e factores de crescimento, como a TGF -ß. O Tamoxifeno tem efeitos antibróticos que parecem estar relacionados com a diminuição da actividade da TGF -ß e com a inibição da angiogénese. Pela escassa literatura internacional com dados da prática clínica, considera -se relevante avaliar a utilização deste fármaco, caracterizando a sua utilização bem como a população utilizadora, contribuindo para uma utilização racional e segura.

OBJECTIVOS:O objectivo deste estudo descritivo, observacional e retrospectivo foi descrever e caracterizar o padrão de utilização de tamo-xifeno para o tratamento e prolaxia da PEE.

MÉTODOS:Foram incluídos os doentes com registo de dispensa de tamoxifeno em ambulatório hospitalar, para o tratamento ou prolaxia da PEE, entre Janeiro de 2011 e Dezembro de 2016. A recolha de informação demográca, de terapêutica e clínica foi efectuada por consulta dos registos hospitalares, bem como contacto com médico assistente.

RESULTADOS:Entre Janeiro de 2011 e Dezembro de 2016, 17 doentes efectuaram terapêutica com tamoxifeno. Destes, 10 foram considerados doentes de alto risco de desenvolver PEE e 7 tinham diagnóstico conrmado. A dose de tamoxifeno prescrita a 88% (n=15) dos doentes foi de 20mg/dia, com duração média de tratamento de 7, 6 meses. Dos doentes em estudo, 58, 8% (n=10) eram do sexo masculino, com idade compreendida entre os 40 e 86 anos. O tempo médio em DP à data do início de terapêutica com tamoxifeno era de 64 (23 – 109) meses; 29, 4% (n=5) dos doentes eram diabéticos e 76, 5% (n=13) estavam submetidos a DP automatizada. A média de peritonites por doente previamente à terapêutica com tamoxifeno era de 1, 5 e após terapêutica 0, 6. Dos doentes que efectuaram tratamento prolático, nenhum desenvolveu PEE. Não foi reportada nenhuma suspeita de reacção adversa medicamentosa relativa à utilização de tamoxifeno nesta indicação.

CONCLUSÕES:A PEE é uma complicação rara mas potencialmente perigosa para os doentes submetidos a DP de longa duração. À semelhança dos estudos publicados, consideramos o potencial benefício da utilização do tamoxifeno no tratamento e prolaxia da PEE. Contudo, serão necessários mais estudos prospectivos e randomizados para sustentar esta utilização.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P76ADMINISTRAÇÃO INTRAVESICAL DE COLISTIMETATO SÓDICO: ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DE INFEÇÕES DO TRATO URINÁRIO A MICROORGANISMOS MULTIRRESISTENTES?

AUTORES: Deolinda Aires, Marco Berenguer, Maria Manuel Mouro, Ana Carvalho, Lilia Leonardo, Brigitte Viegas, Carmen ParreiraCentro Hospitalar Universitário do Algarve Unidade de Faro

INTRODUÇÃO:As infeções nosocomiais constituem uma realidade diária contribuindo signicativamente para a morbi -mortalidade, bem como para um consumo acrescido de recursos hospitalares.A administração intravesical de colistimetato sódico é “oabel”, o que pode responder na prática clínica a uma grande neces-sidade de alterativas seguras e ecazes no tratamento de bactérias multirresistentes em infecções do trato urinário, nomeada-mente Klebsiella pneumoniae; Acinetobacter baumannii

OBJECTIVOS:Analisar a segurança e a ecácia do colistimetato de sódio via intravesical em doentes com infeção do trato urinários na dose de 3, 5 mg/kg numa diluição de 500ml de soro siológico de 12/12h em lavagem contínua durante 7 dias.

MÉTODOS:Análise bibliográca sobre o tema e apresentação de casos clínicos de dois doentes, ambos com infeção do trato urinário (ITU) onde foram isolados em urocultura num deles Klebsiella Pneumoniae multiresistente e no outro Acinetobacter baumannii multirresistente.

RESULTADOS:A pesquisa bibliográca realizada revelou poucos dados sobre o assunto. No entanto, apesar da pouca evidência disponível, houve a necessidade de se utilizar este fármaco nesta via de administração em dois doentes idosos, com várias comorbilidades, polimedicados e com vasto historial de antibioterapia.Em ambos os casos, cumpriram integralmente o regime posológico proposto sem intercorrências, com melhorias clínicas ao nível da ITU.

CONCLUSÕES:O colistimetato de sódio administrado por via intravesical pode constituir uma alternativa promissora no tratamento de Klebsiella Pneumoniae e Acinetobacter baumannii multiresistentes no tratamento de infeções do trato urinário.No entanto mais dados são necessários para concluir sobre a segurança e ecácia deste fármaco nesta via de administração.

BIBLIOGRAFIA:Biswas S et all , Colistin: an update on the antibiotic of the 21st century, Expert Rev Anti Infect Ther. 2012 Aug;10(8):917 -34Volkow -Fernández P, Rodríguez CF, Cornejo -Juárez P. Intravesical colistin irrigation to treat multidrug -resistant Acinetobacter baumannii urinary tract infection: a case report. J Med Case Rep 2012;6:426.Giua R, Pedone C, Cortese L, Antonelli Incalzi R. Colistin bladder instillation, an alternative way of treating multi -resistant Acinetobacter urinary tract infection: a case series and review of literature. Infection 2014;42(1):199 -202.RCM Colistimetado de sódio 1.000.000 U.I. Colixin ® www.infarmed.pt

NOTAS:

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P77ACESSIBILIDADE

AUTORES: Sónia Domingos, Andreia Fernandes, Laura Lourenço, Ana Mafalda Brito, Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO:Como instituição prestadora de cuidados de saúde, o nosso hospital tem como objetivo a procura da melhoria contínua dos serviços prestados e a satisfação dos doentes. A garantia de adesão à terapêutica, consultas e meios complementares de diag-nóstico tem sido comprometida por questões económicas, levando a que um número crescente de doentes sinta diculdade no acesso a estes cuidados de saúde. O Projeto de Acessibilidade (Pharmaccess), a decorrer desde Janeiro de 2016, é um projeto de cariz social que visa assegurar a adesão à terapêutica dos doentes que por carência económica, mobilidade reduzida, isolamento social e/ou falta de transpor-tes não se conseguem deslocar aos Serviços Farmacêuticos do Hospital onde são acompanhados para o levantamento da sua medicação mensal.

OBJECTIVOS:Ponto de situação do projeto de acessibilidade.

MÉTODOS:Análise retrospetiva da evolução do projeto de acessibilidade.

RESULTADOS:Desde Janeiro de 2016 foram submetidos, ao Serviço Social do nosso hospital, 169 pedidos de envio de medicação para a far-mácia comunitária mais próxima da área de residência do doente.Em 2016 foram incluídos 129 doentes, em 2017 mais 21 doentes, e em 2018 mais 19 doentes.Para este projeto contámos com o apoio de 27 Farmácias Comunitárias de três concelhos da área de envolvência do Hospital.Os 121 doentes ativos do projecto são acompanhados em diferentes especialidades médicas, sendo a infeciologia (38, 8%, n=47), neurologia (16, 5%, n=20), nefrologia (11, 6%, n=14), reumatologia (8, 2%, n=10) as especialidades com o maior número de doentes.O grau de satisfação dos doentes manteve -se nos diferentes inquéritos de satisfação realizados e a adesão dos doentes após a inclusão no projeto aumentou 3%.

CONCLUSÕES:O Projeto de Acessibilidade decorreu da necessidade de actuar perante todos os doentes que possam ver comprometidos os seus cuidados de saúde por questões de acessibilidade.O grau de satisfação é muito elevado, a adesão é optimizada e alguns doentes admitem que não conseguiriam assumir o encargo de levantamento da medicação no hospital, na ausência deste projecto.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P78ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE INIBIDORES DAS TIROSINACINASES EM DOENTES COM CANCRO DO PULMÃO

AUTORES: Idalina Freire, Inês Eusébio, Andreia Gaspar, João Ribeiro, Rute Duarte, Manuel Morgado, Maria Olímpia Fonseca, Maria Jesus Valente, Maria Salete ValenteCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira, EPE

INTRODUÇÃO:Tem -se assistido a uma rápida evolução no tratamento do cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC) com a desco-berta de múltiplos mecanismos moleculares subjacentes aos tumores e aparecimento de várias terapêuticas -alvo como os inibidores das tirosinacinases e imunoterapia.

OBJECTIVOS:Analisar a utilização de inibidores das tirosinacinases em doentes com CPNPC, duração de tratamento e tolerabilidade.

MÉTODOS:Estudo retrospetivo dos inibidores das tirosinacinases utilizados no tratamento de doentes com CPNPC, no período de 2014 a outubro de 2017, na nossa instituição, com análise das variáveis: idade, sexo, classicação do tumor, duração de tratamento e tolerabilidade. Estudo autorizado pela comissão de ética da nossa instituição.

RESULTADOS:No período em estudo foram utilizados os fármacos: erlotinib e crizotinib desde 2014, ceritinib e getinib desde 2015, osimer-tinib desde 2016, alectinib e afatinib em 2017.Foram incluídos 48 doentes (32 homens), média de idades 65, 5 anos (36 -89) maioritariamente com adenocarcinoma em esta-dio IV (n=38). Expressaram mutação EGFR positiva (n=13), mutação T790M (n=1), translocação ALK positiva (n=5). Efetuaram tratamento com erlotinib (n=42), getinib (n=2), afatinib (n=1), osimertinib (n=1), crizotinib (n=5), ceritinib (n=1), alectinib (n=1).Doentes com mutações EGFR positivas foram tratados com erlotinib (n=11), getinib (n=1, 1ª linha) e afatinib (n=1, 2ª linha, em tratamento). No período em estudo, o erlotinib foi maioritariamente utilizado em 2ª linha após quimioterapia (QT) em adenocarcinomas, mutação EGFR negativa ou não estudada. A duração média de tratamento foi de 89 dias (14 -881). Todos os doentes manifesta-ram efeitos adversos, principalmente cutâneos, a maior parte grau 1 e 2 e apenas um doente com grau 4. A duração média de tratamento com getinib foi 357, 5 dias (64 -651), com toxicidade cutânea num caso. O osimertinib foi utilizado em 3ª linha, após QT e erlotinib, em adenocarcinoma com mutação T790M positiva, mantendo 320 dias, ainda em tratamento.Nos doentes com translocação ALK positiva foi utilizado crizotinib, na maioria em 2ª linha após QT. A duração média de trata-mento foi de 100, 8 dias (22 -335). Num doente efetuou -se switch para ceritinib por progressão, noutro para alectinib por inte-ração farmacológica. A duração de tratamento com ceritinib foi de 409 dias, até progressão. O alectinib foi suspenso devido a dores musculares.

CONCLUSÕES:No período em estudo foram utilizados sete fármacos inibidores das tirosinacinases, sendo o erlotinib o mais utilizado. Observaram -se durações de tratamentos muito variáveis, com respostas longas em alguns doentes. A utilização de fármacos fundamentada em estudos genéticos do tumor permite uma terapêutica personalizada.

BIBLIOGRAFIA:

NOTAS:

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P79ANÁLISE DE DEVOLUÇÕES DE MEDICAMENTOS EM DISTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL

DIÁRIA EM DOSE UNITÁRIA NOS SERVIÇOS DE INTERNAMENTO

AUTORES: Armanda Soa Gonçalves Dias, Jorge Aperta1ULSGuarda – EPE-HSM

INTRODUÇÃO:Embora a implementação dos sistemas de distribuição individualizada para os serviços de internamento hospitalar seja uma intervenção farmacêutica que ajuda a racionalizar a distribuição dos medicamentos, diminuir os erros relacionados com a medicação e racionalizar os custos com a terapêutica. Não deixam de existir problemas com as devoluções dos medicamentos distribuà dos desta forma. Para fazer face a essa situação pretendemos estudar o problema da devolução de medicamentos e encontrar possà veis soluções tendo em vista uma necessária redução dos custos e desperdà cios.

OBJECTIVOS:Identicar os serviços com um volume mais relevantes de devoluções, o tipo de devoluções mais signicativas, causas dessas devoluções e possibilidade de reutilização de fármacos ou inutilizações como desperdà cio.

MÉTODOS:Como o estudo ainda se encontra a decorrer e em função dos dados obtidos será escolhida posteriormente a melhor metodo-logia de análise estatà stica.

RESULTADOS:Posteriormente há análise dos dados, pretende -se listar a medicação devolvida, cruzar esses dados com os motivos da devo-lução, avaliar a medicação que não pode ser reutilizada face há medicação que pode ser utilizada com segurança, bem como contabilizar os custos envolvidos no desperdà cio/reutilização.

CONCLUSÕES:Como o farmacêutico hospitalar é um prossional competente que visa a promoção da ecácia e eciência no combate ao desperdà cio com medicamentos pretende -se promover a discussão e a mudança obrigatória de comportamentos entre as equipas multidisciplinares, utilização com segurança da medicação devolvida e alertar para a necessidade de redução de custos mantendo o circuito do medicamento hospitalar.

BIBLIOGRAFIA:Manual da Farmácia Hospitalar, Conselho Executivo da Farmácia Hospitalar, Ministério da Saúde, Marê§o 2005. ISBN: 972 -8425 -63 -5.https://www.jornaldenegocios.pt/negocios -iniciativas/detalhe/os -desperdicios -na -saude -sao -o -maior -problemahttp://www.infarmed.pt/web/infarmed/prossionais -de -saude/utilizacao -e -despesa/relatorios/estatistica -anual

NOTAS:

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P80IMPACTO DIFERENCIAL DA ASSOCIAÇÃO NETUPITANT E PALONOSSETROM (NEPA) EM REGIMES DE QUIMIOTERAPIA EMETIZANTE

AUTORES: Susana Daniela Henriques dos Santos, Ana Margarida Freitas, Sílvia Filipa MartinsHospital Cuf Descobertas

INTRODUÇÃO:O paradigma associado à quimioterapia emetizante tem -se modicado com o desenvolvimento de novos antieméticos, que promovem maior qualidade de vida aos doentes. O conhecimento da siopatologia da emese e dos neuroreceptores envolvi-dos a nível central e periférico proporcionaram o aparecimento de novos fármacos antagonistas dos recetores NK1 e 5HT3. Em 2015, a Agência Europeia do Medicamento aprovou a associação de netupitant e palonossetrom (NEPA), em regimes altamente emetizantes (cisplatina) e moderadamente emetizantes. Contudo, está sujeito a monitorização adicional obrigatória de farma-covigilância pelos prossionais de saúde.

OBJECTIVOS:Avaliar o tipo de resposta associada ao NEPA, e a sua utilização nos regimes de quimioterapia, considerando o perl do doente.

MÉTODOS:Estudo retrospetivo realizado desde o período de Abril de 2017 a Agosto de 2018 em 49 doentes com prescrição de NEPA.A informação foi recolhida de acordo com o protocolo de monitorização adicional deste fármaco por consulta do processo clínico eletrónico.Os dados recolhidos incluem: validação da indicação; sexo; idade; regime de quimioterapia; classicação do grau de emese; início de terapêutica; classicação do tipo de resposta ao tratamento; avaliação de efeitos secundários.

RESULTADOS:Numa amostra total de 49 doentes (39 sexo feminino , 10 sexo masculino), com uma média de idades de 54 anos, obtiveram--se 45% de respostas completas (0 náuseas/vómitos), 29% de respostas parciais (1 -2 episódios de náuseas/vómitos), 23% de respostas incompletas (> 2 episódios náuseas/vómitos) e 2% não responderam. Apesar deste medicamento atuar na emese aguda e tardia, 55% da população necessitou de terapêutica rescue, não sendo o fármaco completamente ecaz.

CONCLUSÕES:Neste estudo inicial, conclui -se que o NEPA é vantajoso na prevenção de náuseas e vómitos associados à quimioterapia, com impacto positivo na melhoria da qualidade de vida dos doentes face à reduzida opção de terapêuticas anti -emetizantes. Esta análise sugere que tais fármacos de nova geração oferecem maior comodidade, particularmente em terapêuticas altamente emetizantes. Sugere -se um estudo futuro de maior amostra que inclua um grupo comparador com o mesmo regime quimiote-rapêutico sem NEPA.

BIBLIOGRAFIA:ROILA, F. et al. – 2016 MASCC and ESMO guideline update for the prevention of chemotherapy - and radiotherapy -induced nau-sea and vomiting and of nausea and vomiting in advanced cancer patients. Annals of Oncology. Vol.27 Nº5 (2016) p.v119 -v133. [Consult. 20 set. 2018]. Disponível em https://academic.oup.com/annonc/article/27/suppl_5/v119/2237028http://www.ema.europa.eu/docs/pt_PT/document_library/EPAR_ -_Product_Information/human/003728/WC500188432.pdf (consultado a 20/09/2018).

NOTAS:

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95 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

P81“DOSE UNITÁRIA PERFEITA – IMPORTÂNCIA CRESCENTE

COMO CRITÉRIO DE ESCOLHA”

AUTORES: Catarina Candeias, Ana Lúcia Reis, Armanda Correia, Catarina Vieira, Joana Ferreira, Joana Ribeiro, Djamila Santos, Diana Silva, Marta Mendes, Sónia Sousa, Rita CarvalhoUnião das Misericórdias Portuguesas

INTRODUÇÃO:A Dose Unitária Perfeita (DUP) consiste na identicação de cada unidade de medicamento com a informação necessária à sua rastreabilidade: DCI, dosagem, lote de fabrico e prazo de validade.Se existem medicamentos que já são comercializados em DUP, noutros é necessário recorrer à reembalagem, com a inscri-ção unitária da informação referida, garantindo a identicação inequívoca do medicamento durante todo o circuito até à sua administração. Todavia, a reembalagem tem custos, quer relacionados com o pessoal quer relativos ao equipamento e material utilizados.

OBJECTIVOS:Averiguar a prevalência de medicamentos com DUP e identicá -los.

MÉTODOS:Análise das informações enviadas pelos laboratórios e da experiência prática do quotidiano.

RESULTADOS:Foram identicadas mais de 3 centenas de medicamentos comercializados no mercado com DUP. A lista inclui cerca de 200 CHNM, fornecendo informação importante acerca das alternativas existentes no mercado para medicamentos diariamente uti-lizados nos hospitais.

CONCLUSÕES:A maioria dos medicamentos não exibe DUP, o que obriga à sua reembalagem. É fundamental aprofundar que medicamentos cumprem este requisito, aliando os ganhos em segurança para o doente com a poupança de tempo e dinheiro na sua identi-cação. Assim, a DUP deverá ser valorizada como critério de escolha durante a aquisição.

BIBLIOGRAFIA:Boas Práticas de Farmácia Hospitalar, Conselho do Colégio de Especialidade em Farmácia Hospitalar.Manual de Farmácia Hospitalar (Infarmed, 2005).“Good Repackaging Practices”, Cap 1178, USP 29, 2005.Portaria 594/2004, de 2 Junho – “Boas práticas a observar na preparação de medicamentos manipulados em farmácia de ocina e hospitalar”.Farmacotecnia – Boletim Informativo, volume 4, número 1, Janeiro – Abril 2015 (Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar).

NOTAS:

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ÍNDICE DE TRABALHOS

96 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

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CO13 VALIDAÇÃO CLÍNICA DE UM MANIPULADO HOSPITALAR “PT SMELL TEST” PARA DIAGNOSTICAR PA‑TOLOGIA OLFATIVA

CO22 AUTOMATIZAÇÃO EM NUTRIÇÃO PARENTÉRICA: RESULTADOS DO CONTROLO DE QUALIDADE GRA‑VIMÉTRICO ANTES E APÓS A SUA IMPLEMENTAÇÃO

CO28 CULTURA DE SEGURANÇA DO MEDICAMENTO INTEGRADA NO MODELO DE RESIDÊNCIA DO FAR‑MACÊUTICO CLÍNICO

CO40 RECONCILIAÇÃO TERAPÊUTICA E A RESIDÊNCIA DO FARMACÊUTICO NOS SERVIÇOS CLÍNICOS NUM HOSPITAL PRIVADO DE LISBOA

CO46 FARMACOCINÉTICA CLÍNICA E MONITORIZAÇÃO DE FÁRMACOS INTEGRADA NO MODELO DE RESI‑DÊNCIA DO FARMACÊUTICO

CO57 CONSULTA FARMACÊUTICA – COMO OPTIMIZAR O TEMPO DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR

CO73 VIA VERDE NA GESTÃO DA TOXICIDADE DA IMUNOTERAPIA

CO75 GEL ORAL MUCOADESIVO DE DEXAMETASONA A 0, 1% (M/M): ESTRATÉGIA PROFILÁCTICA PARA A MUCOSITE POR INIBIDORES MTOR

P3 FARMACOVIGILÂNCIA ATIVA DE BIOSSIMILARES

P4 UTILIZAÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES DURANTE O TRATAMENTO DA HEPATITE C

P5 ADEQUAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA ADMINISTRAÇÃO POR SNG

P6 MONITORIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE PROFILAXIA DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO (TEV) EM DOENTES DE FORO MÉDICO (DFM)

P7 O FARMACÊUTICO NA REDE DE CUIDADOS CONTINUADOS E INTEGRADOS – MAIOR PROXIMIDADE, MAIOR QUALIDADE

P8 IMPACTO CLÍNICO DA CONSULTA FARMACÊUTICA NUM SERVIÇO DE HEMATO ‑ONCOLOGIA

P9 IMPACTO ECONÓMICO DA CONSULTA FARMACÊUTICA NUM SERVIÇO DE HEMATO ‑ONCOLOGIA

P12 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM DOENTES EM HEMODIÁLISE: INFORMAÇÃO SOBRE AD‑MINISTRAÇÃO POR SONDA

P15 ESTUDO DE ESTABILIDADE QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS: EXTEN‑SÃO DO PRAZO DE UTILIZAÇÃO

P16 EVOLUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ENSAIOS CLÍNICOS NUM CENTRO HOSPITALAR PORTUGUÊS

P17 IMPLEMENTÇÃO DE UM SISTEMA DE ALERTAS DE INTERAÇÕES MAJOR NO REGIME DE INTERNA‑MENTO

P18 O PARADIGMA DA RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS: O EXEMPLO DE METHICILLIN ‑RESISTANT STA‑PHYLOCOCCUS AUREUS E ESCHERICHIA COLI PRODUTORA DE EXTENDED ‑SPECTRUM β ‑LACTAMASES

P19 ANTIBIÓTICOS: TRATAR NO HOSPITAL OU DOMICILIO?

P20 UTILIZAÇÃO DE ECULIZUMAB – TRÊS ESTUDOS DE CASO

P21 VALIDAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE DESSENSIBILIZAÇÃO DE OXALIPLATINA

P23 BOLSA DE NUTRIÇÃO PARENTÉRICA PADRONIZADA PARA RECÉM ‑NASCIDO NO PÓS ‑OPERATÓRIO CARDÍACO

P24 ANÁLISE DA PRESCRIÇÃO DE BENZODIAZEPINAS EM DOENTES IDOSOS NO INTERNAMENTO

P25 BUTILESCOPOLAMINA E FLUIDOTERAPIA: UM CASO DE ASSÉDIO?

P26 INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS ASSOCIADAS À VALIDAÇÃO DA PRESCRIÇÃO ELETRÓNICA HOSPI‑TALAR

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ÍNDICE DE TRABALHOS

97 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

P27 HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR ‑ENVOLVIMENTO DA EQUIPA FARMACÊUTICA NUM CENTRO DE REFERÊNCIA

P29 NUTRIÇÃO PARENTÉRICA DOMICILIÁRIA EM DOENTES PEDIÁTRICOS: EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO

P30 UTILIZACAO DE IDARUCIZUMAB NUM HOSPITAL DO GRUPO I

P31 SIATS – A TECNOLOGIA AO SERVIÇO DA SAÚDE?

P32 MONITORIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS DE CONTRACEÇÃO

P33 INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS: MELHORIA DA SEGURANÇA DO DOENTE E SUA OTIMIZAÇÃO TERAPÊUTICA

P35 EFICÁCIA, SEGURANÇA E ADESÃO À TERAPÊUTICA ORAL NO TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

P36 A EFICÁCIA DOS ANTIVÍRICOS DE AÇÃO DIRETA NA POPULAÇÃO RECLUSA E NÃO RECLUSA

P37 ANTIBIOTIC STEWARDSHIP PROGRAM: INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO NA INFECÇÃO ASSOCIA‑DA A CUIDADOS DE SAÚDE E USO DE ANTIMICROBIANOS

P38 ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DE SUGAMADEX

P39 ANTIVÍRICOS DE AÇÃO DIRETA NO TRATAMENTO DO VÍRUS DA HEPATITE C: SUCESSO E INSUCESSO TERAPÊUTICO

P41 O DESPERDÍCIO (IN)EVITÁVEL

P43 INTRODUÇÃO DO RITUXIMAB BIOSSIMILAR – UM ANO DE EXPERIÊNCIA

P44 A LIÇÃO DO PEMETREXED

P45 O DOENTE COMO FOCO: RESIDÊNCIA DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO SERVIÇO

P47 IMPACTO ECONÓMICO DA AVALIAÇÃO DOS ERROS DE INFORMATIZAÇÃO DE RECEITAS DE AMBU‑LATÓRIO HOSPITALAR

P48 INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NAS UNIDADES DE PEDIATRIA, NEONATOLOGIA E CUIDADOS IN‑TERMÉDIOS PEDIÁTRICOS: UMA RETROSPETIVA

P49 MODELO SUSY: TERAPÊUTICA PERSONALIZADA E FOCADA NO DOENTE ATRAVÉS DA ADEQUAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS

P50 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE PRESCRIÇÃO DE ESTATINAS FACE À NORMA DGS NUM HOSPITAL PRIVADO DE LISBOA

P51 HEPATITE C – 3 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO TRATAMENTO COM ANTIVÍRICOS DE AÇÃO DIRETA

P54 SEGUIMENTO FARMACÊUTICO DE DOENTE ONCOLÓGICO COM PRESCRIÇÃO OFF ‑LABEL DE OLAPARIB

P55 RASTREABILIDADE E SEGURANÇA DO DOENTE NUMA UNIDADE DE FARMÁCIA ONCOLÓGICA

P58 ÓXIDO FÉRRICO SACAROSADO E CARBOXIMALTOSE FÉRRICA: ANÁLISE COMPARATIVA

P59 ADESÃO À TERAPÊUTICA EM DOENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA UM DESAFIO DA CONSULTA FARMACÊUTICA

P60 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR HIPODERMOCLISE: CRIAÇÃO DE PROTOCOLOS

P61 RESIDÊNCIA DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR DO HOSPITAL DE DIA (HD) DE ONCOLOGIA

P62 ENSAIOS CLÍNICOS – CONSEGUIMOS?

P63 REORGANIZAÇÃO DO SECTOR DE ENSAIOS CLÍNICOS DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS DE UM CEN‑TRO HOSPITALAR PORTUGUÊS

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ÍNDICE DE TRABALHOS

98 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

P64 CONSULTA FARMACÊUTICA EM DOENTES SOB TARV COMO FATOR PREDITIVO NA ADESÃO AO TRA‑TAMENTO

P65 FARMACÊUTICO HOSPITALAR NA FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA – CONSULTA FARMACÊUTICA

P66 ESTUDO DA ESTABILIDADE DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO NO VEÍCULO F.G.P B.9

P67 INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA PELA ANÁLISE, CARACTERIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO DAS POSSÍ‑VEIS INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS NAS PRESCRIÇÕES DE UM SERVIÇO DE INTERNAMENTO

P68 EXPOSIÇÃO NO VIH – PROFILAXIA EFICAZ?

P69 FARMACO ‑ONCOVIGILÂNCIA NA MUDANÇA DE FORNECEDOR

P71 CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO DE CLORIDRATO DE METADONA 1%

P72 IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO DE SOLUÇÕES DE DIÁLISE PERITONEAL, PELOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS

P74 TAMOXIFENO NA PERITONITE ESCLEROSANTE ENCAPSULADA – A EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO

P76 ADMINISTRAÇÃO INTRAVESICAL DE COLISTIMETATO SÓDICO: ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DE INFEÇÕES DO TRATO URINÁRIO A MICROORGANISMOS MULTIRRESISTENTES?

P77 ACESSIBILIDADE

P78 ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE INIBIDORES DAS TIROSINACINASES EM DOENTES COM CANCRO DO PULMÃO

P79 ANÁLISE DE DEVOLUÇÕES DE MEDICAMENTOS EM DISTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL DIÁRIA EM DOSE UNITÁRIA NOS SERVIÇOS DE INTERNAMENTO

P80 IMPACTO DIFERENCIAL DA ASSOCIAÇÃO NETUPITANT E PALONOSSETROM (NEPA) EM REGIMES DE QUIMIOTERAPIA EMETIZANTE

P81 “DOSE UNITÁRIA PERFEITA – IMPORTÂNCIA CRESCENTE COMO CRITÉRIO DE ESCOLHA”

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ÍNDICE DE AUTORES

99 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

Aida Duarte ................................................................. 42Ainda Duarte ............................................................... 31Alexandra Atalaia ...................................................... 89Ana Araújo ................................................................... 44Ana Capela ..................................................... 25, 49, 54Ana Carvalho ............................................................... 90Ana Castro .................................................................... 31Ana Cláudia Franco ............................................ 39, 40Ana Cristina Lopes .................................................... 79Ana Esteves ........................................................... 44, 77Ana Isabel Ferreira ..................................................... 41Ana Jorge ..................................................................... 60Ana Lima ....................................................................... 87Ana Lúcia Reis ...................................................... 38, 95Ana Mafalda Brito ........................................ 63, 85, 91Ana Margarida Freitas .............................................. 94Ana Margarida Pereira ............................................. 79Ana Margarida Pires ................................................. 79Ana Maria Gaspar Ventim Neves .....26, 27, 28, 67,

70, 71, 73, 78Ana Marta Jorge .................................................. 59, 62Ana Mirco ..................................................43, 61 80, 89Ana Oliveira ................................................................. 74Ana Patrícia de Almeida Serra Fernandes ......... 82Ana Patrícia Gomes ..................................... 42, 86, 99Ana Paula Santos ....................................................... 79Ana Pereira ................................................................... 64Ana Rita Guerreiro Queiroz ........26, 27, 28, 67, 70,

71, 73, 78Ana Silva ....................................................................... 83Ana Simões .................................................................. 52Ana Soares .................................53, 56, 63, 64, 66, 85Ana Ventura ................................................................. 68Anabela Gusmão ................................................ 53, 79André Azevedo ........................................................... 44Andreia Fernandes .........................53, 63, 79, 85, 91Andreia Gaspar ................................29, 34, 35, 72, 92Andreia Loba ........................................................ 37, 51Andreia Margarida Duarte ..................................... 42Andreia Margarida Duarte Aleluia ............... 30, 86Ângela Timóteo .......................................................... 76António J. de Almeida .............................................. 31António Melo Gouveia .............................. 39, 40, 48Arlindo Ferreira .......................................................... 31Armanda Correia ................................................ 38, 95Armanda Soa Gonçalves Dias ............................. 93

Armando Alcobia ............24, 46, 52, 53, 56, 63, 64, 65, 66, 79, 85, 91

Beatriz Mónico ............................................................ 50Beatriz Teixeira Pinto .............26, 27, 28, 67, 70, 71,

73, 78Brenda Madureira ...................................................... 43Brigitte Viegas ............................................................. 90Cândida Barroso......................................................... 59Carla Ferrer ..................................................... 59, 60, 62Carla Pinto .................................................................... 41Carmen Parreira ......................................................... 90Carolina Tovar Chaves .............................................. 24Catarina Amorim ....................................................... 51Catarina Candeias .............................................. 38, 95Catarina Oliveira .......................................... 59, 60, 62Catarina Vieira ...................................................... 38, 95Cátia Abrantes ............................................................ 76Cláudia Elias................................................................. 77Cláudia Santos ........................................37, 51, 69, 76Criste Bianca Diana ................................................... 84Cristina Soares ............................................................ 74Daniela Garcia ............................................................. 88Daniela Malheiro da Silva ....................................... 58Deolinda Aires ............................................................ 90Diana Silva ............................................................. 38, 95Djamila Santos ............................................................ 95Domingas Porfírio da Palma .................................. 55Domingos Ferreira .................................................... 83Domingos Machado ................................................. 89Elisa Oliveira Lopes Cardeal dos Reis .................. 45Érica Viegas ........................................................... 43, 80Eugénia Marques ................................................ 37, 69Fábio Glória .................................................... 59, 60, 62Fátima Falcão ..........................................43, 61, 80, 89Filipa Cosme Silva ...................................................... 31Filipa Duarte-Ramos ................................................. 24Filipa Tátá ...................................................................... 37Filipe Lopes .................................................................. 77Francisca Matos Dimas ..................................... 81, 82Francisco Almeida Sá .............28, 67, 70, 71, 73, 78Francisco de Almeida Sá de Brito Rodrigues ... 26Francisco Sá ................................................................. 27Frederica Roldão ........................................................ 64Gabriela Nunes Moniz Ribeiro ....................... 67, 78Gabriela Nunes Moutinho Moniz Ribeiro .. 26, 27Gabriela Nunes Muniz Ribeiro ..........28, 70, 71, 73

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ÍNDICE DE AUTORES

100 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

Gisela Costa ................................................... 46, 65, 79Gonçalo Cainé ............................................................ 58Helena Duarte ............................................................ 46Helena Farinha .................................................... 43, 80Helena Luna Pais ........................................................ 31Helena Ribeiro ............................................................ 24Helena Vaz .................................................................... 44Henrique Pereira .......................................... 59, 60, 62Hercília Guimarães .................................................... 49Humberto Gonçalves ........................................ 39, 40Idalina Freire ......................................................... 50, 92Inês Alçada Batista Almeida Eusébio.................. 36Inês Eusébio .................................................. 34, 72, 92Inês Isabel Baltazar Coelho de Aleixo Ratão .... 81Inês Jacinto Pereira Parente Martins .................. 57Inês Machado de Barros Figueiredo ................... 57Inês Nunes ................................................................... 77Inês Reis ........................................................................ 58Inês Sousa .................................................................... 41Isabel Maria Marques da Silva ............................... 84Isabel Patrício .............................................................. 29Iurri Correira ................................................................ 77Ivo Laranjinha ............................................................. 89Jesus Cotrina Luque ................................................. 55Joana Fernandes ........................................................ 64Joana Ferreira ...................................38, 59, 60, 62, 95Joana Gomes ........................................................ 87, 88Joana Isabel Faustino dos Santos ........................ 84Joana Macara Cardoso.................26, 27, 67, 70, 71,

73, 78Joana Madeira da Silva ............................................ 69Joana Martins Calisto ............................................... 58Joana Marto ................................................... 24, 31, 42Joana Pais Macara Abrantes Cardoso................. 28Joana Ribeiro ....................................................... 38, 95Joana Russo .......................................................... 39, 40João Campos ............................................................... 83João Godinho ............................................................. 41João Maia ..................................................................... 58João Paulo Cruz ................................................... 31, 47João Ribeiro .......................................................... 72, 92Jorge Aperta ......................................................... 84, 93Jorge Felix .................................................................... 46Jorge Martinez ............................................................ 75José Branco .................................................... 59, 60, 62José Vale ....................................................................... 76

Juliana Matos ....................................................... 87, 88Laura Lourenço ......................................63, 79, 85, 91Lilia Leonardo ............................................................. 90Liliana Calixto .............................................................. 89Lúcia Soares .......................................................... 37, 69Luís Antunes ................................................................ 24Luísa Fétal ..................................................................... 43Luzia Fernandes ......................................................... 41Mafalda Brito ............................................................... 79Manuel Morgado ................................................ 50, 92Marco Berenguer ....................................................... 90Marco Correia .............................................................. 55Margarida Falcão ................................................ 43, 80Margarida Pereira ........................................ 61, 65, 89Margarida Vicente .............................................. 36, 75Maria Aida Costa Silva Conceição Duarte ......... 45Maria Augusta Gaspar ............................................. 89Maria Augusto .............................................. 59, 60, 62Maria da Nazaré Rosado .................................. 42, 86Maria de Lurdes Gama Brites ................................ 57Maria Galvão Baptista ...........26, 27, 28, 67, 70, 71,

73, 78Maria Helena Duarte ................................................ 79Maria Jesus Valente ................................................... 92Maria João Ribeiro....................................... 39, 40, 48Maria Luísa Pereira .................................................... 58Maria Manuel Morão ......................................... 87, 88Maria Manuel Mouro ................................................ 90Maria Manuela Rodrigues ...................................... 79Maria Manuela Vicente ............................................ 68Maria Nazaré Rosado ............................................... 30Maria Olímpia Ferreira Fonseca ............................ 36Maria Olímpia Fonseca ..........29, 34, 35, 50, 75, 92Maria Salete Valente ................................................. 92Maria Teresa Aires Pereira ...........26, 27, 28, 67, 70,

71, 73, 78Mariana Carvalho ........................................ 59, 60, 62Marina Lobo Alves .............................................. 80, 43Mário Santos ............................................................... 24Marta Brito ................................................................... 79Marta Daniela Rodrigues Mendes ....................... 36Marta Mendes ...........................34, 35, 38, 50, 72, 95Miriam Capoulas ................................................. 37, 69Miriam Monteiro Capoulas ............................. 51, 76Nádia Varela ................................................................. 44Nuno Landeira ............................................................ 58

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ÍNDICE DE AUTORES

101 11.ª Semana APFH – XI Congresso Nacional | Centro de Congressos do Estoril, 21 a 24 de novembro 2018

Nuno Miguel Henriques Pereira ........................... 69Olímpia Fonseca ........................................................ 72Patrícia Alexandra Catarino Carvalho ................ 55Patrícia Moura ............................................................. 44Patrícia Vieira ............................................................... 41Patrocínia Rocha ........................................................ 74Paula Gomes ............................................................... 43Paula Guerra ................................................................ 49Paula Linhares ...................................................... 87, 88Paula Santos ................................................................ 52Paulo Almeida ............................................................. 79Paulo Carinha ..........................................25, 49, 54, 83Paulo Costa .................................................................. 83Pedro Cardoso ........................................37, 51, 69, 76Pedro Colaço ............................................................... 86Raquel Figueiredo ..................................................... 37Renata Afonso ............................................................ 77Renata Barbosa ......................................25, 49, 54, 83Ricardo Carvalho ....................................................... 44Rita Carvalho ........................................................ 38, 95Rita Lima ....................................................................... 44Rita Maria dos Reis de Oliveira ....................... 26, 27Rita Maria dos Reis Oliveira ...............28, 67, 70, 71,

73, 78Rita Rodrigues ..................................................... 87, 88Rosa Mendes ............................................................... 44Rosário Bronze ............................................................ 24Rute Duarte ...............................29, 34, 35, 72, 75, 92Sandra Cristina Guardado Antunes Rolo Passos

Morgado ................................................................... 36Sandra Morgado ....................................34, 35, 50, 72Sandra Simões ............................................................ 31Sara Azevedo .............................................................. 47Sara Machado ............................................................. 58Sara Pires ............................................................... 39, 40Sara Rodrigues ........................................................... 68Sérgio Gomes................................................ 59, 60, 62Sílvia Fanica ................................................................. 58Sílvia Filipa Martins ................................................... 94Soa Nogueira ........................................25, 49, 54, 83Sónia Domingos .............................53, 63, 65, 85, 91Sónia Domingos Camões ....................................... 79Sónia Moreira .............................................................. 68Sónia Sousa .......................................................... 38, 95Susana Daniela Henriques dos Santos .............. 94Susana Fraga ...........................................49, 54, 83, 25

Susana Pissarra ........................................................... 49Tânia Afonso ................................................................ 77Tânia Laranjeira ............................................ 43, 80, 89Teresa Maria Santos Cabeças ...........26, 27, 28, 67,

70, 71, 73, 78 Teresa Soares ...........................................25, 49, 54, 83Tiago Lobo ............................................................ 37, 76Vanessa Gouveia ................................................. 87, 88Vanessa Pina ................................................................ 89Vanessa Rodrigues ...................................... 59, 60, 62Vânia Almeida ............................................................. 59Vânia Isabel Pereira Barradas.......................... 81, 82Vasco Rodrigues.................................................. 31, 47Vera Pires ...................................................................... 48

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