alípio de melo relatório urbanístico

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  • 7/22/2019 Alpio de Melo Relatrio Urbanstico

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    REFAZER CAPA PHOTOSHOP!!

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    Lara Secchin Pires

    Olvia Mendona Nunes

    Thais de Oliveira Souza Gurgel

    Ana Elisa Carvalho

    Lvia Baumgratz Marques

    Luis Gustavo Odara Souza

    Pedro Henrique Figueiredo Magalhes

    ALPIO DE MELO

    DE FAZENDA A UNIDADE DE VIZINHANA:

    DIRETRIZES PARA USO E OCUPAO DO SOLO

    E SISTEMA VIRIO

    Belo Horizonte

    Universidade Federal de Minas Gerais

    2013

    Relatrio tcnico sobre o bairro Alpiode Melo, desenvolvido para asdisciplinas Urbanismo I e II, do cursode Arquitetura e Urbanismo, soborientao da professora BeatrizAlencar dArajo Couto, Ana Carolina

    Soreggi e monitora Luciana Lelis.

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    LISTA DE COLABORADORES

    Alice Dicker Quintino dos Santos

    Alissa Rezende dos Santos

    Ana Elisa de Leo Carvaho

    Andr Tin Gimenez

    Andrezza Martins Alves

    Beatriz Guimares Duarte

    Camila Renata Felix de Oliveira

    Carolina da Silva Melo MiguezCeclia Vecchi Machado

    Diego Bernab Padovani

    Felipe Henrique Franco

    Gabriel Nardelli Arajo

    Isabela Barbosa Lopes

    Janana Oliveira Barros

    Joo Pedro de Lacerda CamposJuliana Sabino Rocha Incio

    Katarina Grillo Polatscheck

    Lara Secchin Pires

    Livia Baumgratz Marques

    Lucas Yosuke Leonel Fukuda

    Luciano Carvalho Bastos Garcia

    Luis Gustavo Odara SouzaLuisa Grassi Motta e Silva

    Magno Tadeu Gomes Rizzi

    Manuela Frattezi Regis de Oliveira

    Mariana Furtado Lavalle

    Marina Moreira Alves Reis

    Olvia Mendona Nunes

    Paula de Souza Carmo Lobato

    Rafaella Sousa e Silva

    Raquel Moita Brilhante

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    Roberto Carvalho Pedrosa de Medeiros

    Thais de Oliveira Souza Gurgel

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    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1Municpio de Belo Horizonte, mapa de 1922. ....................................... 10FIGURA 2Mapa de regionais e bairros de Belo Horizonte.................................... 11FIGURA 3Bairro Alpio de Melo e seu entorno imediato ....................................... 12FIGURA 4Planta Geral da Cidade de Minas ......................................................... 15FIGURA 5Expanso da mancha urbana em Belo Horizonte 1918-2007 .............. 16FIGURA 6Municpio de Belo Horizonte, mapa de 1937 ........................................ 17FIGURA 7Mapa do Municpio de Belo Horizonte, 1940 ........................................ 18FIGURA 8Detalhe em Mapa do Municpio de Belo Horizonte, 1940 .................... 18FIGURA 9Belo Horizonte, mapa 1953 .................................................................. 19FIGURA 10Mapa do Municpio de Belo Horizonte, 1964 ...................................... 20FIGURA 11Planta do loteamento do Setor 2 do CHAP ........................................ 21FIGURA 12Planta do loteamento do Setor 3 do CHAP ........................................ 22FIGURA 13Foto da inaugurao da pavimentao no Alpio de Melo, 1974 ........ 22FIGURA 14Foto de plantio de rvores no Alpio de Melo, 1976 ........................... 23FIGURA 15Folha 27 do mapa da LUOS de 1976 ................................................. 25FIGURA 16Folha 33 do mapa da LUOS de 1976 ....Error! Bookmark not defined.FIGURA 17Folha 27 do mapa da LUOS de 1985 ................................................. 27FIGURA 18Folha 33 do mapa da LUOS de 1985 ....Error! Bookmark not defined.FIGURA 19Folha 27 do mapa da LPOUS de 1996 .Error! Bookmark not defined.FIGURA 20Folha 33 do mapa da LPOUS de 1996 .Error! Bookmark not defined.FIGURA 21Folha 27 do mapa da LPOUS de 2000 .Error! Bookmark not defined.FIGURA 22: Folha 33 do mapa da LPOUS de 2000 ...Error! Bookmark not defined.

    FIGURA 23Folha 27 do mapa da LPOUS de 2010 .Error! Bookmark not defined.FIGURA 24Folha 33 do mapa da LPOUS de 2010 .Error! Bookmark not defined.FIGURA 25Levantamento de usos residenciais no bairro Alpio de Melo............. 48FIGURA 26Levantamento de uso unifamiliar ........................................................ 49FIGURA 27Levantamento de uso multifamiliar horizontal .................................... 49FIGURA 28Levantamento de uso multifamiliar vertical de at 4 pavimentos ....... 50FIGURA 29Levantamento de uso no residencial no bairro Alpio de Melo ......... 51FIGURA 30Levantamento de creches e escolas fundamentais ............................ 52FIGURA 31Levantamento de outros servios educacionais ................................. 53

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    FIGURA 32Levantamento de outros servios de sade ....................................... 53FIGURA 33Levantamento de comrcio e servios locais ..................................... 54FIGURA 34Levantamento de comrcio e servios regionais ................................ 55FIGURA 35Levantamento de espaos de lazer, esporte e cultura ........................ 56FIGURA 36Levantamento de igrejas e demais usos institucionais ....................... 57FIGURA 37Levantamento de indstrias ................................................................ 58FIGURA 38Levantamento de equipamentos d transporte e estacionamento ....... 58FIGURA 39Levantamento de construes civis .................................................... 59FIGURA 40Levantamento de edificaes desocupadas ....................................... 60FIGURA 41Levantamento de terrenos desocupados ............................................ 60FIGURA 42Plano de unidade de vizinhana para a cidade de Nova Iorque ...Error!Bookmark not defined.FIGURA 43Plano Piloto da Nova Capital Federal ... Error! Bookmark not defined.

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    LISTA DE ABREVIATURAS

    ADErea de Diretriz Especial

    BNHBanco Nacional de Habitao

    CBERSChina-Brazil Earth Resources Satellite program (Satlite Sino-Brasileiro de

    Recursos Terrestres)

    CHAMConjunto Habitacional Alpio de Mello

    GCAMGrmio Comunitrio Alpio de Melo

    LPOUSLei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo

    LUOSLei de Uso e Ocupao do SoloPBHPrefeitura de Belo Horizonte

    PDPlano Diretor

    PLAMBELPlanejamento da Regio Metropolitana de Belo Horizonte

    SESetor Especial

    SVOPSecretaria de Viao e Obras Pblicas

    UFMGUniversidade Federal de Minas Gerais

    UVUnidade de VizinhanaZAZona Adensada

    ZARZona de Adensamento Restrito

    ZCZona Comercial

    ZEISZona Especial de Interesse Social

    ZEUZona de Expanso Urbana

    ZIZona Industrial

    ZPZona de ProteoZPAMZona de Preservao Ambiental

    ZRZona Residencial

    ZUEZona de Uso Especial

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    APRESENTAO

    Esse relatrio trata da questo do Uso e Ocupao do Solo no bairro Alpio de Melo,

    situado na regio noroeste do municpio de Belo Horizonte, Minas Gerais. O trabalho

    foi desenvolvido pelas alunas Lara Secchin Pires, Olvia Mendona Nunes e Thais

    de Oliveira Souza Gurgel, durante o segundo semestre de 2013, para a disciplina de

    Urbanismo II, ministrada pela professora Beatriz Couto e monitora Luciana Lelis. O

    relatrio complementar ao desenvolvido previamente na disciplina Urbanismo I,

    durante o primeiro semestre de 2013, pelos alunos Ana Elisa Carvalho, Lvia

    Baumgratz Marques, Luis Gustavo Odara Souza, Olvia Mendona Nunes, PedroHenrique Figueiredo Magalhes eThais Gurgel; disciplina ministrada pela professora

    Ana Carolina Soreggi.

    O trabalho apresenta dois objetivos principais. O primeiro deles tem como foco o

    bairro em estudo, e a proposta de diretrizes de interveno para melhoria da

    qualidade de vida da populao que reside e frequenta o Alpio de Melo.

    O segundo objetivo, que visa os alunos da disciplina, consiste em promover o estudo

    para adquirir compreenso terica de temas frequentemente envolvidos na prtica

    profissional, elaborar diagnstico e propor diretrizes de planejamento urbano na

    escala de bairro, distinguir condicionantes, deficincias e potencialidades presentes

    no caso; e fazer, a partir da, propostas consistentes e adequadas de interveno

    dentre outros tpicos1

    1(COUTO, 2013)

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    SUMRIO

    1 INTRODUO .................................................................................................. 10

    2 EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO .................................. 14

    2.1 ANTERIOR A 1966 ............................................................................................ 14

    2.2 LOTEAMENTO DA ANTIGA FAZENDA SO JOS ......................................... 21

    2.3 LEI DE USO E OCUPAO DO SOLO DE 1976 ............................................. 23

    2.4 LEI DE USO E OCUPAO DO SOLO DE 1985 ............................................. 26

    2.5 LEI DE PARCELAMENTO, OCUPAO E USO DO SOLO DE 1996 .............. 282.6 LEI DE PARCELAMENTO, OCUPAO E USO DO SOLO DE 2000 .............. 31

    2.7 LEI DE PARCELAMENTO, OCUPAO E USO DO SOLO DE 2010 .............. 33

    3 STIO ................................................................................................................. 35

    4 IMAGEM ............................................................................................................ 37

    4.1 CONCEITO ........................................................................................................ 37

    4.2 ANLISE ........................................................................................................... 384.3 QUESTO CULTURAL ........................................Error! Bookmark not defined.

    5 ESTRUTURA URBANA ATUAL ....................................................................... 42

    5.1 PERFIL SOCIOECONMICO DA POPULAO............................................. 42

    6 ANLISE DE USO E OCUPAO ................................................................... 44

    6.1 METODOLOGIA ................................................................................................ 45

    6.2 USO E OCUPAO DO SOLO NO BAIRRO .................................................... 476.2.1 Uso Residencial .......................................................................................... 47

    6.2.1.1 Unifamiliar ........................................................................................... 48

    6.2.1.2 Multifamiliar Horizontal ........................................................................ 49

    6.2.1.3 Multifamiliar Vertical At 4 Pavimentos............................................... 50

    6.2.2 USO NO RESIDENCIAL .......................................................................... 50

    6.2.2.1 Creche e Escola Fundamental............................................................ 51

    6.2.2.2 Outros Servios Educacionais............................................................. 526.2.2.3 Outros Servios de Sade................................................................... 53

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    6.2.2.4 Comrcio/Servio Local....................................................................... 54

    6.2.2.5 Comrcio/Servio Regional................................................................. 54

    6.2.2.6 Lazer, Esporte, Cultura, Lazer Noturno............................................... 55

    6.2.2.7 Igreja e Demais Usos Institucionais..................................................... 56

    6.2.2.8 Indstria............................................................................................... 57

    6.2.2.9 Transporte, Estacionamento................................................................ 58

    6.2.2.10 Construo Civil................................................................................... 59

    6.2.2.11 Edificao Desocupada....................................................................... 59

    6.2.2.12 Terreno Desocupado........................................................................... 60

    6.3 UNIDADE DE VIZINHANA E O BAIRRO ALPIO DE MELO ........................... 60

    7 SISTEMA VIRIO E CIRCULAO ................................................................. 63

    7.1 SISTEMA VIRIO NO BAIRRO ......................................................................... 63

    7.1.1 Stio e malha viria ...................................................................................... 64

    7.1.2 Anlise das vias .......................................................................................... 65

    7.1.3 Sinalizao e sentido de circulao das vias .............................................. 66

    7.1.4 Pavimentao das vias e localizao dos pontos de onibus ....................... 69

    7.1.5 Caladas e estacionamento ........................................................................ 70

    8 CONCLUSES .................................................................................................. 73

    8.1 CONDICIONANTES, DEFICINCIAS E POTENCIALIDADES .......................... 73

    8.2 DIRETRIZES ...................................................................................................... 74

    REFERENCIAS......................................................................................................... 77

    ANEXO A .................................................................................................................. 79

    ANEXO B .................................................................................................................. 80

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    INTRODUO10

    1 INTRODUO

    Apesar de Belo Horizonte ser uma cidade planejada, o seu crescimento urbano no

    ocorreu conforme os planos iniciais de Aaro Reis. Para adaptar-se ao novo formato

    que a capital estava adquirindo, foi necessrio que o governo criasse uma srie de

    leis regulamentadoras do uso do solo ao longo dos anos. Esse planejamento,

    conhecido como Leis de Uso e Ocupao do Solo (LUOS) tornou-se base para a

    evoluo da urbe a partir de sua primeira edio, em 1976.

    FIGURA 1Municpio de Belo Horizonte, mapa de 19222.

    Fonte: COMISSO MINEIRA DO CENTENRIO, 1926

    2Destaque em vermelho na regio da Ressaca (grifo nosso).

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    INTRODUO

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

    11

    Localizado na regional noroeste de Belo Horizonte, o bairro Alpio de Melo, como

    atualmente conhecido, era, no incio do sculo XX, a fazenda So Jos, localizada

    na regio da Ressaca, dentro dos limites do atual municpio de Contagem. O bairro,

    localizado na regional Pampulha, foi bastante beneficiado com o desenvolvimento na

    rea, promovido durante o mandato de Juscelino Kubitschek.

    Os limites da regio estudada inclui, de acordo com dados da Prefeitura Municipal

    de Belo Horizonte (PBH), parte do bairro Inconfidncia. No mapa abaixo se encontra

    destacada a rea tratada nesse relatrio, inserida no Municpio de Belo Horizonte.

    FIGURA 2Mapa de regionais e bairros de Belo HorizonteFonte: PREFEITURA DE BELO HORIZONTE, 2010

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    INTRODUO12

    A regio est contida dentro das vias: Avenida Ablio Machado, Rua Professora

    Ceclia Siqueira, Rua Joaquim de Paula, Rua Adelina Rita de Jesus, Rua Doutor

    Davi Rabelo, Avenida Joo XXIII, Rua dos Gelogos, Avenida dos Engenheiros e

    Avenida Herclito Mouro de Miranda; como pode ser percebido no mapa abaixo.

    FIGURA 3Bairro Alpio de Melo e seu entorno imediatoFonte: GOOGLE MAPS, 2013

    Tendo como base as leis citadas no incio do captulo, esse relatrio tcnicoapresenta um diagnstico urbano do bairro Alpio de Melo. O mesmo foi elaborado

    aps prolongado estudo histrico e levantamento de campo. Nos captulos a seguir,

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    INTRODUO

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

    13

    sero encontradas uma detalhada descrio do desenvolvimento urbano do bairro e

    de suas caractersticas atuais, um detalhamento de suas condicionantes,

    deficincias e potencialidades e, finalmente, diretrizes.

    O segundo captulo composto pela parte histrica do bairro. Consiste em uma

    descrio detalhada da evoluo urbana do Alpio de Melo. Para isso, foi necessrio

    um estudo sobre a regio da Pampulha, que impulsionou o crescimento para o vetor

    norte da cidade.

    Os prximos trs captulos dizem respeito ao stio, imagem e estrutura urbana do

    bairro, tendo como base, anlise previamente feita. A incluso desses temas norelatrio importante para ajudar na definio das condicionantes a serem avaliadas

    posteriormente.

    O prximo tema a ser tratado o bairro nos dias atuais. O conceito de unidade de

    vizinhana proposto por Clarence Perry usado como base para anlise do uso e

    ocupao do solo. Atravs de um levantamento de campo, foi possvel a elaborao

    de um mapa detalhado sobre o assunto. Esse mapa utilizado para odesenvolvimento de um diagnstico atual sobre o Alpio de Melo.

    Um estudo detalhado do sistema virio e da circulao existente no Alpio de Melo

    feito no captulo sete. Para essa etapa tambm foi realizado um levantamento de

    campo, que deu origem a diversos mapas, utilizados na exemplificao e anlise do

    tema.

    Por ltimo tem-se a anlise das condicionantes deficincias e potencialidades citada

    acima, bem como a proposta de diretrizes. Todo esse estudo e planejamento tem

    como objetivo a melhoria da qualidade de vida no Alpio de Melo.

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO14

    2 EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO

    Para se entender o funcionamento de um bairro e seu relacionamento com sua

    populao, necessrio, no s analisar e descrever suas caractersticas atuais,

    como tambm estudar toda a sua histria e desenvolvimento. A evoluo urbana do

    bairro Alpio de Melo nos diz muito a respeito das particularidades nele existentes

    nos dias de hoje, e tambm ajuda a entender o porqu de certas condicionantes e

    deficincias, o que essencial para propor as diretrizes adequadas.

    No bairro em questo, para entendermos melhor essa evoluo, foi feito um estudodetalhado desde a poca da inaugurao da cidade. Esse estudo foi baseado na

    pesquisa histrica da regio, e tambm na anlise de todas as Leis de Uso e

    Ocupao do Solo, que vigoram na cidade desde 1976.

    2.1 ANTERIOR A 1966

    Com o planejamento e fundao de Belo Horizonte no final do sculo XIX, houve

    uma grande migrao de populao para a nova regio da capital do estado. Aaro

    Reis apresentou em sua proposta para a cidade inaugurada em 1897, a subdiviso

    em trs reas, a urbana, contida dentro da Avenida do Contorno, a rea suburbana

    e rea rural. O plano era que, ao redor do traado urbano, fossem implantadas

    fazendas e colnias agrcolas, para suprir as necessidades da nova urbe. Esseprojeto foi parcialmente executado, uma vez que os altos preos dos terrenos

    urbanos causaram uma ocupao de carter irregular nas regies pr-determinadas

    para as reas rurais.

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    FIGURA 4Aaro Reis,Planta Geral da Cidade de MinasFonte: ARQUIVO PBLICO DA CIDADE, BELO HORIZONTE

    As bacias fluviais existentes no vetor norte ajudaram a tornar a regio da Pampulhaum polo de atrao para a populao. Na dcada de 1930 a rea foi contemplada

    com obras de saneamento e infraestrutura bsica, como tambm com as vias e

    avenidas que a interligavam com o centro da cidade. Essa rea recebeu um grande

    investimento durante o mandato de Juscelino Kubitschek, prefeito da capital nos

    anos 1940, que contratou Oscar Niemeyer para projetar o complexo arquitetnico da

    Lagoa da Pampulha. O desenvolvimento da Pampulha foi um grande incentivo para

    o desenvolvimento das reas ao seu redor.

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO16

    De acordo com o mapa abaixo, pode-se perceber que a mancha urbana na regio

    do bairro em questo teve sua formao entre os anos de 1950 e 1995.

    FIGURA 5Expanso da mancha urbana em Belo Horizonte 1918-2007Fonte: BELO HORIZONTE, 1995; IMAGEM CBERS DE 22/03/2007

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    O atual bairro Alpio de Melo pertencia, na poca da construo da capital, regio

    rural conhecida como Ressaca, do municpio de Contagem. A rea encontrava-se

    desvinculada do centro urbano de Belo Horizonte, possuindo poucas vias de

    conexo: a Estrada Velha da Ressaca, hoje Avenida Ablio Machado e a Rua

    Contagem, atual Rua Padre Eustquio. O povoado da Ressaca recebeu seu nome

    devido o crrego de mesmo nome que banha a regio.

    Nota-se, no mapa abaixo, que no ano de 1937 a urbanizao na regio da Ressaca

    mnima. A carta, denominada Municpio de Belo Horizonte, apresenta com detalhe

    a rede hidrogrfica da capital e tambm as reas urbanizadas (representadas por

    hachuras).

    FIGURA 6Municpio de Belo Horizonte, mapa de 19373Fonte: SECRETARIA DA AGRICULTURA, 1937

    Dento dos limites da regio citada havia uma fazenda chamada So Jos,

    propriedade de Alpio Ferreira de Mello e Ursulina de Andrade Mello. Os donos se

    3Destaque na regio da Ressaca.

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO18

    instalaram na rea em 1895, e sua fazenda era dedicada criao de vacas leiteiras

    e extrao de madeira. (FONTE???)

    FIGURA 7Mapa do Municpio de Belo Horizonte, 19404Fonte: SECRETARIA DE VIAO E OBRAS PBLICAS, 1940

    FIGURA 8Detalhe em Mapa do Municpio de Belo Horizonte, 19405Fonte: SECRETARIA DE VIAO E OBRAS PBLICAS, 1940A conexo do bairro, que herdou o nome do proprietrio da fazenda, com a malha

    urbana da cidade iniciou-se na mesma poca em que Juscelino Kubitschek investiu

    4Destaque na regio detalhada.

    5Destaque na localizao da Sede da Fazenda So Jos

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    na regional da Pampulha. Na dcada de 1940 surgiram, na regio da Ressaca,

    loteamentos clandestinos, que foram ocupados lentamente ao longo dos anos.

    FIGURA 9Belo Horizonte, mapa 19536Fonte: ACHILLES PAZ, 1953

    6Destaque na urbanizao da regio da Ressaca

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO20

    O mapa da pgina anterior, elaborado a partir de iniciativa privada, mostra a

    urbanizao na cidade de Belo Horizonte no incio dos anos 1950. Nota-se na regio

    do bairro Alpio de Melo uma maior urbanizao, se comparada com os mapas

    anteriores, sua maioria devido aos loteamentos clandestinos citados anteriormente.

    Comparando o mapa anterior com a carta de 1964 abaixo pode-se perceber a rpida

    evoluo da ocupao urbana no vetor noroeste, principalmente nas reas que

    conectam a regio da Ressaca ao centro da cidade e Pampulha.

    FIGURA 10Mapa do Municpio de Belo Horizonte, 19647Fonte: DEPARTAMENTO GEOGRFICO DO ESTADO, 1959/60

    7Destaque na urbanizao da regio da Ressaca

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    2.2 LOTEAMENTO DA ANTIGA FAZENDA SO JOS

    Com o passar dos anos, tornou-se cada vez mais evidente que o plano de Aaro

    Reis para as regies suburbanas no era vivel devido ao grande crescimento da

    malha urbana. O loteamento na regio do bairro Alpio de Melo j havia comeado

    de forma clandestina na dcada de 1940, com o surgimento da Vila Coronel Alpio

    de Melo, na regio das atuais ruas Uirapiana, Marianita, Estorninho, e avenidas Joo

    XXIII e Ablio Machado. Seguindo o fluxo do crescimento urbano da poca, um

    conjunto de cooperativas operrias comprou uma grande rea da Fazenda So

    Jos, em 1966.

    As cooperativas, em parceria com o Banco Nacional da Habitao (BNH),

    construram o ento chamado Conjunto Habitacional Alpio de Mello (CHAP). Isso

    impulsionou o loteamento e a ocupao do restante da regio. As ruas, em

    homenagem s cooperativas operrias, receberam nomes de profisses. Nas

    dcadas seguintes, vrios bairros vizinhos tambm foram loteados.

    FIGURA 11Planta do loteamento do Setor 2 do CHAPFonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, 1976

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO22

    FIGURA 12Planta do loteamento do Setor 3 do CHAPFonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, 1976

    FIGURA 13Foto da inaugurao da pavimentao no Alpio de Melo, 1974Fonte: APCBH/ASCOM, 2013

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    2.3 LEI DE USO E OCUPAO DO SOLO DE 1976

    A Lei de Uso e Ocupao do Solo de 1976 (LUOS/76) surgiu do Plano de Ocupao

    do Solo da Aglomerao Metropolitana, proposto pelo PLAMBEL, e foi aprovada em

    29 de Novembro do mesmo ano. Tal lei pretendia

    atuar em dois nveis no controle do processo de expanso edesenvolvimento do aglomerado. O primeiro nvel se refere a escalamicro onde a unidade ou mdulo a rua [...]. O segundo nvel serefere a escala macro, ou seja, o controle das grandes linhas deexpanso do aglomerado e da consequente conformao da sua

    estrutura urbana.8

    A escala micro est diretamente relacionada classificao viria. No caso, as vias

    expressas seriam ocupadas por servios e indstrias; as vias arteriais por comrcios

    e servios regionais; as vias coletoras, com servios e comrcios de bairro, e por

    fim, as vias locais destinadas exclusivamente a residncias. J a escala macro,

    focando principalmente no desenvolvimento do aglomerado, era necessrio um

    controle das localizaes das reas de espaos abertos e reas industriais, alem docontrole do crescimento urbano.

    FIGURA 14Foto de plantio de rvores no Alpio de Melo, 1976

    Fonte: APCBH/ASCOM, 20138VILELA, 1984, p.3

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO24

    Assim sendo, a cidade foi dividida em zonas relacionadas ao uso (residencial,

    comercial, industrial e institucional), e sua ocupao se dava atravs de modelos de

    parcelamento e assentamento. So criadas ento zonas de uso, ocupao e

    parcelamento do territrio do Municpio de Belo Horizonte, sendo elas: Zona

    Residencial (ZR), dividida em seis classificaes; Zona Comercial (ZC), tambm

    dividida em seis classificaes; Zona Industrial (ZI); Setores Especiais (SE); Zona de

    Expanso Urbana (ZEU); e Zona de Uso Especial (ZUE).

    Podemos dizer que a LUOS/76 foi uma tentativa de organizao da cidade, e por

    trs dela estavam presentes vises funcionalistas e setorialistas, pois as mesmas

    eram caractersticas do pensamento urbanista da poca.

    O bairro se encaixava na Zona Residencial 3 (ZR3), que, segundo Vilela (1984, p.7),

    possua uso residencial e permitia o uso residencial unifamiliar e multifamiliar

    horizontal. Alm disso, predominavam nela as categorias de comercio local, servio

    local, indstrias urbanas de pequeno porte e institucional local. A ZR3

    caracterizada pela ocupao da populao de renda baixa e mdia, correspondendo

    a maiores reas de aglomerao.

    A Avenida dos Engenheiros se encaixa na ZC1 (Zona Comercial 1), que permitia

    comrcio de bairro e indstria de pequeno porte. J as avenidas Herclito Mouro,

    Joo XXIII e Ablio Machado pertencem a ZC3 (Zona Comercial 3), permitindo o

    comrcio atacadista.

    No ano de 1976, quando a lei foi criada, o bairro encontrava-se em seus primeirosanos de formao, sofrendo, dessa forma, grande influncia da LUOS/76. Nota-se a

    predominncia do uso residencial unifamiliar, e multifamiliar (conjuntos habitacionais

    do BNH), como definido pela lei. As avenidas limtrofes da regio mostravam

    classificao de ZC1 e ZC3, que tambm condiz com o que foi implantado na poca.

    Essa conformao muito similar, se no idntica, encontrada nos dias de hoje no

    bairro, comprovando a importncia que a LUOS/76 teve no Alpio de Melo.

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    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    FIGURA 15Alpio de Melo: Lei de Uso e Ocupao do Solo de 1976Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, 1976

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    EVOLUO URBANA NO BAIRRO ALPIO DE MELO26

    2.4 LEI DE USO E OCUPAO DO SOLO DE 1985

    A Lei de Uso e Ocupao do Solo de Belo Horizonte, aprovada em 1985, trata

    apenas de uma reviso da lei anterior, contendo poucas mudanas. Ela se baseou

    principalmente no tipo de uso da edificao. As propostas formuladas por ela

    partiram das criticas feitas Lei anterior. Entre elas est a modificao da zona ZR4,

    alterando seus ndices de densidade e de ocupao do solo. O objetivo era reduzir a

    adensamento nessas reas, uma vez que elas se tornaram reas de grande

    interesse para o setor imobilirio.

    Por conta de uma concentrao muito forte nas reas de zoneamento ZC1, a Lei

    procurou ampliar a localizao das atividades para as outras regies. Outro avano

    que deve ser destacado foi a implantao do zoneamento Setor Especial 4 (SE4),

    destinado a regulamentao das reas de favelas do municpio.

    Tais alteraes mostram que a LUOS/85 se tonou mais permissiva em relao Lei

    anterior. Porm, algumas mudanas de restrio tambm aparecem, como a daZona Residencial 4 (ZR4), que foi subdividida em ZR4A e ZR4B.

    O bairro Alpio de Melo, assim como na LUOS/76, manteve a classificao de ZR3

    (Zona Residencial 3), onde permitida ocupao de residncia unifamiliar com uso

    institucional local, e outros; ZC1 e ZC3. O fato de que a classificao da regio no

    se modificou na Lei de 1985, mantendo-se inalterada por 20 anos, fez com o bairro

    adotasse as suas caractersticas de uso e ocupao existentes at os dias atuais.Indicando tambm que o seu desenvolvimento se deu, de maneira mais intensiva,

    nessa poca.

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    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    FIGURA 16Alpio de Melo: Lei de Uso e Ocupao do Solo de 1985Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, 1985

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    2.5 LEI DE PARCELAMENTO, OCUPAO E USO DO SOLO DE 1996

    Patrus Ananias, ao assumir a Prefeitura de Belo Horizonte em 1993, deu incio

    elaborao de um novo Plano Diretor (PD), que estava presente em sua plataforma

    de governo. De acordo com Torres (2003, p. 52), a primeira ideia era elaborar um

    Plano Diretor tecnicamente progressista, incorporando elementos que estivessem

    sendo discutidos por setores ligados ao tema da reforma urbana, sendo tambm

    politicamente vivel a ponto de garantir que fosse aprovado pelo poder Legislativo.

    Para isso seria necessrio reformular a Lei de Uso e Ocupao do Solo vigente (nocaso, a LUOS/85), com a finalidade de adequ-la s novas diretrizes propostas pelo

    Plano Diretor. Composta por nove captulos, a Lei de Parcelamento, Ocupao e

    Uso do Solo (LPOUS/96) estabelece as normas para utilizao do solo urbano do

    municpio e pretende estabelecer um desenvolvimento econmico, social e urbano

    da cidade de Belo Horizonte. Contm os seguintes parmetros urbansticos:

    coeficiente de aproveitamento, taxa de ocupao, quota de terreno por unidade

    habitacional, afastamento frontal, lateral e de fundo, altura na divisa e reas deestacionamento etc.

    Com relao ao uso do solo, os usos no residenciais:

    foram classificados em trs grupos conforme a repercussoproduzida sobre o ambiente urbano. A localizao definida pelaconjugao entre a classificao de cada atividade e a natureza elargura da via. J o funcionamento estar condicionado ao

    atendimento de medidas, definidas em lei complementar [aprovadaem 2000], que possibilitem amenizar as repercusses negativasprovocadas.9

    J com relao ocupao do solo, a mesma foi definida a partir dos critrios

    ligados ao adensamento. Assim sendo, de acordo com Amaral (1996, p.75) o

    zoneamento proposto levou em considerao vrios elementos, como informaes

    sobre as caractersticas do sistema virio, a articulao e largura das vias; as

    caractersticas topogrficas e geolgicas; as deficincias estruturais de infraestrutura

    9AMARAL, 1996, p. 77

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    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    de saneamento; as necessidades de proteo ambiental e os processos recentes de

    ocupao. Logo, as reas onde ocorreriam o crescimento e a ocupao deveriam

    atender a tais requisitos e suportar a nova ocupao.

    Surgiram algumas zonas, como: Zona Especial de Interesse Social (ZEIS); Zona de

    Proteo (ZP); Zona Adensada (ZA); Zona de Adensamento Restrito (ZAR); Zona de

    Preservao Ambiental (ZPAM); entre outras. A LPOUS/96 tambm estabeleceu as

    reas de Diretrizes Especiais (ADEs), que podem demandar parmetros fiscais,

    urbansticos e de funcionamento diferenciados, exigindo polticas especficas,

    podendo ser permanentes ou no.

    O bairro Alpio de Melo se classifica como ZAR2 (Zona de Adensamento Restrito 2).

    De acordo com o Art. 8 da lei 7.166/96

    So ZARs as regies em que a ocupao desestimulada, em razode ausncia ou deficincia de infraestrutura de abastecimento degua ou de esgotamento sanitrio, de precariedade ou saturao daarticulao viria interna ou externa ou de adversidade dascondies topogrficas, e que se subdividem nas seguintes

    categorias:I - ZARs-1, regies com articulao viria precria ou saturada, emque se faz necessrio manter baixa densidade demogrfica;

    II - ZARs-2, regies em que as condies de infraestrutura e astopogrficas ou de articulao viria exigem a restrio daocupao.10

    As Avenidas Herclito Mouro, Joo XXIII e Ablio Machado foram classificadas

    como sendo "Vias de Ligao Regional"; a Avenida Joo Paulo I e a Avenida dos

    Engenheiros, alm das ruas Leonil Prata, dos Geologos, e Violeta de Melo so "Vias

    Coletoras".

    Apesar de haver uma mudana na classificao do bairro, no possvel notar uma

    influncia significativa em suas caractersticas de uso, uma vez que, no ano de 1985

    a regio j havia se consolidado como residencial. Entretanto, a Lei, ao qualificar o

    10Colocar referencia

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    Alpio de Melo como zona de adensamento restrito, impediu um possvel

    adensamento e verticalizao na rea.

    FIGURA 17Alpio de Melo: Lei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo de 1996Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, 1996

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    2.6 LEI DE PARCELAMENTO, OCUPAO E USO DO SOLO DE 2000

    As mudanas ocorridas na Lei 8137, publicada em 21 de Dezembro de 2000, so

    baseadas na lei de Parcelamento, Ocupao e Uso do Solo de 1996. Nelas so

    reforados aspectos do desenvolvimento econmico e social, como o estmulo

    indstria do turismo, a modernizao das tipologias e categorias de servios, o

    incentivo tecnologia e criao de parmetros legais para a economia informal. Nos

    mapas presentes na lei, notam-se destacadas apenas as reas onde se percebe

    uma alterao de classificao.

    Especialmente, para a anlise feita nesse relatrio, h tambm nessa lei polticas de

    preservao ambiental e requalificao da paisagem cultural (LEMOS, 2012, p.14).

    Nesse mbito, v-se surgir em Alpio de Melo uma ZPAM, entre as ruas dos

    Metalrgicos, dos Gelogos, dos Agrnomos, dos Topgrafos e dos Economistas.

    Dessa forma, o bairro passa a ter dois zoneamentos distintos, o ZPAM, e o ZAR2,

    determinado na LPOUS/96.

    Segundo o Art. 6 da lei 7.166/96:

    So ZPAMs as regies que, por suas caractersticas e pela tipicidadeda vegetao, destinam-se preservao e recuperao deecossistemas, visando a:

    I - garantir espao para a manuteno da diversidade das espcies epropiciar refgio fauna;

    II - proteger as nascentes e as cabeceiras de cursos d'gua;

    III - evitar riscos geolgicos.

    A criao de uma rea ZPAM no chegou a alterar muito a conformao do bairro. A

    rea, agora de proteo, acabou gerando um grande potencial para a regio,

    quando se fala em lazer diurno para a populao do bairro Alpio de Melo.

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    FIGURA 18Alpio de Melo: Lei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo de 2000

    Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, 2000

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    2.7 LEI DE PARCELAMENTO, OCUPAO E USO DO SOLO DE 2010

    A lei vigente em Belo Horizonte foi publicada em 20 de Julho de 2010, e trouxe

    mudanas nas Leis de Parcelamento, Ocupao e Uso do Solo de 1996 e 2000. As

    mudanas foram focadas na classificao de vias da cidade, na expedio de alvar

    de urbanizao, na anexao de reas verdes a parques da capital, no Zoneamento

    da cidade e nas reas de Diretrizes Especiais (ADEs).

    Essa Lei busca uma melhoria na qualidade de vida do cidado de Belo Horizonte a

    mdio/longo prazo atravs de medidas que sejam desestimulantes ao adensamentoimobilirio e estimulantes para o desenvolvimento ao redor dos principais eixos

    virios, para proporcionar uma maior mobilidade urbana. Isso foi feito atravs de

    medidas como a diminuio do coeficiente de aproveitamento do terreno, alm da

    insero de elementos que no eram antes considerados (como garagens, varandas

    e reas de circulao) no clculo de rea construda.

    V-se, no Alpio de Melo, uma manuteno de seu padro de ocupaopredominantemente horizontal, mas tambm uma melhoria na qualidade da

    infraestrutura construtiva encontrada no bairro. Esta melhoria decorre da expanso

    comercial que segue naquele eixo, impulsionada pelas avenidas Ablio Machado, e,

    desde o fim das obras em 2007, da conexo entre a Av. Dom Pedro II e a Av. Joo

    XXIII.

    A seguir, nota-se que, como na carta da lei de 2000, esto marcadas somente asalteraes efetuadas no bairro. Pode-se perceber que, na regio estudada, no

    houve mudana de classificao.

    A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo de 2010 teve pouca, se no

    nenhuma influncia no bairro, uma vez que sua classificao no foi alterada.

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    FIGURA 19Alpio de Melo: Lei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo de 2010Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, 2010

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    STIO

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    3 STIO

    As caractersticas geogrficas do bairro foram essenciais para determinar as

    caracterstica urbanas do mesmo.

    De acordo com o mapa, podemos identificar as reas em vermelho onde as curvas

    de nvel mais prximas representam acidentes geogrficos mais bruscos, ou seja, de

    maior declividade. Nessas reas a declividade varia entre 15 e 30%, sendo que em

    alguns pontos ela pode passar de 40%, e o volume de construo bem menor,

    comparado com as outras.

    A medida que as curvas de nvel comeam a se distanciar (reas em azul), h

    variaes graduais e mais leves de altitude. Nessas reas a declividade de 10 a

    15%.

    J as partes em verde representam as reas de menor declividade (de 0 a 10 %).

    Nesses mesmos locais encontramos tambm os vales, onde se encontram tambmos cursos d`gua da regio ( Av. Joo Paulo I e Av. Herclito Mouro de Miranda).

    As manchas marrons demonstram as cristas ou os topos das montanhas. As linhas

    de drenagem tendem obviamente a seguir das manchas marrons (cristas), passando

    pelas vermelhas e azuis (encostas com declividade mediana) e finalmente chegando

    nas manchas verdes (vales).

    3.1 RELAES ENTRE STIO, OCUPAO E USO DO SOLO

    O traado urbano do bairro Alpio de Melo foi feito de acordo com a geografia do

    local, ou seja, as curvas de nvel e os cursos dgua. Pra exemplificar, as setas no

    mapa indicam a direo predominante dos fluxos de gua. No difcil observar que

    as ruas tendem a acompanhar o mesmo sentido.

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    STIO36

    Pode-se de dizer que a regio composta por duas encostas, onde a Avenida Joo

    Paulo I o fundo de vale. As declividades so medias e quase homogneas para

    todo o bairro, salvo as reas marcadas de vermelhos onde um pouco mais intensa.

    As ruas tem baixa visibilidade e micro acessibilidade. Todas essas caractersticas

    conferem ao bairro condies ruins para o fluxo intenso de pessoas a p, portanto o

    comercio tambm.

    Nas divisas do bairro os espaos so predominantemente convexos (expostos e

    exteriorizados) o que convidativo para a interao com os outros bairros, nesse

    caso at talvez mais com eles do que com o seu interior. Tal caracterstica pode ser

    de grande relevncia para tentarmos compreender o motivo de to pouco comerciointerno e a aglomerao nas ruas de entorno igualmente encostas.

    THAIS ESSA PARTE COPIEO DO SEU GRUPO, SE NO ME ENGANO TEM UM

    MAPA QUE VEM AQUI! MAS NO CONSEGUI INSERIR!

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    IMAGEM

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    4 IMAGEM

    POR FAVOR, OU TIREM ESSAS PARTES 4 E 4.1, OU REESCREVAM EM

    OUTRAS PALAVRAS, CPIA COMPLETA DO TRABALHO DAS MINHAS

    AMIGAS!

    A anlise da imagem do Bairro Primeiro de Maio se deu com o objetivo de

    reconhecer os diversos elementos que fazem parte do cotidiano dos moradores e

    que servem de referncia para os mesmos, sejam eles espaos pblicos, vias,

    edificaes, entre outros.

    4.1 CONCEITO

    A anlise da imagem se baseou nos conceitos apresentados por Kevin Lynch em

    seu texto A Imagem da Cidade, de 1997. Lynch define o termo clareza, oulegibilidade, como sendo a facilidade com que as partes de algo podem ser

    reconhecidas e organizadas em um modelo coerente. Quando um lugar possui uma

    boa imagem ambiental, ele transmite ao usurio uma sensao de segurana. A

    imagem ambiental, aliada a outros fatores, resulta no que Lynch denomina como

    imaginabilidade, que a caracterstica de um objeto fsico que lhe confere uma alta

    probabilidade de evocar uma imagem forte no observador. Um lugar legvel permite

    com que o observador seja bem orientado e se desloque com facilidade, alm depossibilitar a explorao do potencial visual do local, que a expresso de toda a

    sua complexidade.

    Para Lynch, a cidade apresenta elementos fundamentais, os quais so utilizados

    pelas pessoas para estruturar sua imagem da cidade. So eles: regies/bairros, os

    limites, as vias/ruas, os cruzamentos/pontos nodais e os pontos focais/elementos

    marcantes. Tais elementos que so responsveis pela qualidade da imagem

    mental da cidade ou meio urbano.

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    STIO38

    Lynch define o bairro como uma rea homognea em relao ao resto da cidade ou

    que possui uma ou mais caractersticas que permitem diferenci-la do resto do

    tecido urbano. J os limites so elementos lineares constitudos pelas bordas de

    duas regies distintas, sendo que podem configurar quebras lineares na

    continuidade, formando barreiras, ou podem interligar essas duas reas, tornando-se

    costuras.

    As vias so os caminhos propriamente ditos, e se constituem como o principal

    elemento segundo o qual a cidade organizada. Os pontos nodais ou cruzamentos

    so pontos estratgicos na cidade que so determinantes para a orientao dos

    deslocamentos, pois onde se determina e se percebe de onde se vem e para ondese vai. Podem ser esquinas, praas, bairros, encontros de atividade, entre outros.

    Os pontos focais so elementos pontuais, que podem ser de diferentes escalas, os

    quais possuem alguma caracterstica nica ou memorvel no contexto em que est

    inserido. Geralmente, os marcos so vistos a partir de muitos lugares, ou

    estabelecem um contraste com os elementos do entorno.

    4.2 ANLISE

    Assim como foi anteriormente dito na historia do bairro, o Alpio de Melo teve seu

    loteamento iniciado a partir de um convenio formado com o BNH (Banco Nacional da

    Habitao) para a criao de um conjunto habitacional no local. Bairro novo e criadoem condies to especficas para alojamento de uma grande populao exemplo

    do modo modernista de pensar habitaes de interesse social. No de se

    estranhar que suas primeiras edificaes tambm fizessem uso desse modo de

    construo.

    Hoje, quase cinquenta anos depois, o bairro perdeu muito de suas caracterizas

    iniciais. A valorizao da regio devida principalmente melhoria da infraestrutura e

    do acesso favoreceu que a maioria das casas de padro popular fosse substituda

    por vernculas de classe media. Por esse motivo o mapa hoje se divide em duas

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    IMAGEM

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    manchas, a verde indicando as verses perifricas do modernismo em termos de

    habitaes de interesse social e outra, todo o resto do bairro, de uma arquitetura

    verncula.

    Na primeira mancha mencionada as habitaes foram construdas como conjuntos

    de modo que eles apresentassem pouca variedade, seno nenhuma, entre os

    prdios ou as unidades habitacionais. As configuraes edilcias repetem

    dimenses e propores de prismas e de composies de fachadas, por isso no

    favorecem realces nem dominncias e estruturam conjuntos enormes de prdios

    idnticos, geralmente edificaes de classes media e media-baixa KOHLSDORF,

    Maria Elaine. Introduo. Braslia Mosaico Morfolgico. Outras caractersticas so apresena de reas de uso comum como jardins e os espaos mnimos e

    racionalizados. Ainda que esses conjuntos sejam absolutamente independentes

    entre si, tais caractersticas podem ser identificadas em todos eles.

    Na segunda mancha, as edificaes com predominncia de habitaes unifamiliares

    e servios bsicos (escolas, creches e pequenos comrcios) apresentam a clssica

    morfologia verncula onde se equilibra homogeneidade com a heterogeneidade deforma harmnica. Ou seja, sujeitas ao planejamento local e a princpios construtivos

    tradicionais, porem com uma produo de espao quase que artesanal, umas vez

    que mesmo que parecidas cada casa

    apresenta forma nica. Outra caracterstica relevante so os temas da funo

    indicados na forma, diferenciando a vista qual o uso de cada edificao.

    No bairro as reas pblicas se restringem praticamente as trs praas (dos

    Professores, dos Compositores e Paulo VI) e o Parque Ecolgico Vencesli Firmino

    da Silva. Porem foram adicionados a esse mapa outros locais de igual relevncia

    para os moradores em termos de ponto de encontro e vida coletiva que sero

    mencionados mais adiante.

    A Praa do Professores praticamente s no esta abandonada devido a presena de

    um ponto de nibus. No raro a encontrar com o mato alto. Em oposio as duas

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    STIO40

    outras praas tem bastante uso. A praa Paulo VI, localizada em dos locais com

    maior fluxo de pessoas quase sempre esta recebendo pessoas, alm de domingos e

    feriados quando recebe feirantes, famlias e crianas. A Praa dos Compositores,

    tambm conhecida como Praa do Correto, fica no interior do bairro e recebe uma

    quantidade razovel de pessoas incentivadas principalmente por alguns comrcios

    ali instalados e a tradio do lugar. O parque o Parque Ecolgico Vencesli Firmino

    da Silva tem rea aproximada de 20.200 m e opes de lazer, como campo de

    futebol, pista de caminhada, teatro de arena, quadra de vlei, brinquedos, pista de

    skate e equipamentos de ginstica com horrio de funcionamento de tera-feira a

    domingo, das 8h s 18 horas. bastante usado, porem devido s limitaes como o

    restrito horrio de funcionamento no possui a real apropriao a que tem potencia.

    O campo de futebol (nico local marcado de azul), que embora esteja localizado na

    divisa e em rea respectiva ao bairro Jardim So Jose exerce real importncia para

    o entorno: Bairro Manacs, Inconfidncia e inclusive o Alpio de Melo. Em frente

    Praa Paulo VI, ainda em construo, vemos um teatro.

    Clubes, escolas e igrejas ainda que no sejam reas publicas, so reas privadascom grande capacidade de reunir pessoas, sobretudo em festas quando muitas

    vezes no h restrio de publico. As igrejas no foram representadas, pois no

    aparentavam possuir de equipamentos ou condies

    para uma real apropriao da comunidade. As escolas foram apenas as duas

    maiores, uma particular e outra pblica, respectivamente: Colgio Frei Orlando (R.

    dos Agrnomos, 185) e Escola Municipal Jlia Paraso (R.Tis). Dito isso possvelcompreender a enorme quantidade e a importncia dos clubes para a vida social no

    Bairro, algo que muitas vezes foi ressaltado nas entrevistas.

    Algo peculiar a participao e engajamento da comunidade nos espaos pblicos

    em nvel intermedirio, algo bastante raro nos dias de hoje. Grupos de moradores e

    comerciantes constantemente esto propondo por intervenes e exigindo por

    cuidados e melhorias nos espaos urbanos. Ainda eu seja apenas nesse nvel de

    atuao: exigir, uma vez que compreendem que as atitudes so responsabilidades

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    IMAGEM

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    dos rgos oficiais, so inegveis os benefcios adquiridos ao bairro devido a esse

    engajamento.

    Exemplos disso so a prpria criao do Parque Vencesli Firmino da Silva por meio

    de um oramento participativo em 2006 e as reunies em maro do ano passado

    entre o secretrio Regional da Pampulha Osmando Pereira da Silva e o secretrio

    adjunto Farid Sales com grupos comunitrios e feirantes que exigiram

    respectivamente para as praas do Correto e Paulo VI um policiamento mais

    intenso, afugentao de vndalos e reformas bsicas. Os pedidos no foram em

    vo, durante o prprio evento, representantes do deputado estadual Joo Vitor

    Xavier anunciaram parte de uma verba de R$ 500 mil do governo do Estado parademais melhorias no bairro, especialmente para o programa de Academia a Cu

    Aberto.

    THAIS ISSO TAMBM DO SEU GRUPO, ACHO QUE TEM ALGUMAS IMAGENS

    FALTANTES QUE NO CONSEGUI COPIAR, SE VOC OU A OLVIA PUDESSEM

    DAR UMA LIDINHA PARA ORGANIZAR MELHOR O TEXTO!

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    ESTRUTURA URBANA ATUAL42

    5 ESTRUTURA URBANA ATUAL

    Inserir aqui parte de URB I

    5.1 PERFIL SOCIOECONMICO DA POPULAO

    Nome do Bairro Regional Territrio Populao 2000 Densidade (hab/km2) 2000

    Populao 2010 Densidade (hab/km2) 2010 rea (km2)Alpio de

    Melo Pampulha P4 10.848 9.193,22 9.530 8.076,27 1,180

    rea de Ponderao Bairros Faixa de rendimento em Salrio Mnimo Populao

    Total Rendimento nulo At 1/4 SM De 1/4 a 1/2 SM De 1/2 a 1 SM De 1 a 2 SM De 2

    a 5 SM De 5 a 10 SM Mais de 10 SM

    P4-B Alpio de Melo, Confisco, Conjunto Celso Machado, Itatiaia, Santa Terezinha,

    Serrano, Urca, Vila Santo Antnio Barroquinha 2,1 1,9 9,4 23,3 28,3 26,3 7,1 1,749.417

    ISSO ERA PARA SER UMA TABELA, TAMBM NO CONSEGUI COPIAR

    DIREITO, E NO POSSO PERDER MUITO MAIS TEMPO COM ISSO

    Conforme a 2 tabela, verifica-se que a populao da rea de Ponderao P4-B que

    o Bairro Alpio de Melo est inserido recebe, majoritariamente, entre a 5 salriosmnimos, classificando-se como uma populao de mais baixa renda, contudo, a

    populao do Bairro Alpio de Melo destoa com relao s do seu arredor, uma vez

    que, segundo o site da FACE da UFMG num estudo com base do censo de 2000, a

    populao pertencia uma classe mdia, cujos salrios do chefes das famlias

    recebia entre 5 e 8 salrios mnimos.

    Residentes de 6 a 15 anos de idade Residentes de 20 a 24 anos de idade

    Residentes de 40 a 44 anos Residentes de 60 anos ou mais

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    ESTRUTURA URBANA ATUAL

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    Comparando-se os mapas temticos do Censo do IBGE 2010, observa-se

    claramente uma concentrao maior de adultos no bairro, sobretudo idosos.

    Podendo-se considerar, ento, uma populao majoritariamente adultaidosa.

    Homens Residentes Mulheres Residentes

    Com exceo de alguns setores censitrios possvel observar certa igualdade com

    relao ao gnero sexual dominante na regio. Possivelmente, h mais mulheres do

    que homens no bairro, contudo no uma diferena muito alarmante.

    ESTO FALTANDO GRFICOS/MAPAS QUE (DE NOVO) NO DEU PARA

    COPIAR)

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    ANLISE DE USO E OCUPAO44

    6 ANLISE DE USO E OCUPAO

    Para que se possa chegar a um nvel adequado de conhecimento sobre o bairro, a

    ponto de seja possvel a elaborao de diretrizes, necessrio, no s estudar seu

    passado, mas tambm investigar e analisar suas caractersticas e peculiaridades

    atuais. Nesse relatrio a questo a ser estudada a forma com que o bairro utiliza-

    se de seu espao pblico e particular. Somente tendo total conhecimento disso que

    possvel a determinao de diretrizes que venham suprir as necessidades do

    Alpio de Melo.

    No relatrio em questo, foi utilizado o conceito de Unidade de Vizinhana,

    desenvolvido por Clarence Perry, como base para elaborao de diretrizes para o

    bairro Alpio de Melo.

    Para a realizao dessa parte do trabalho, foi feito um levantamento em campo com

    o objetivo de elaborao de um mapa de Uso e Ocupao da regio estudada. Esse

    levantamento foi realizado tendo como base parmetros pr-determinados, e emhorrio comercial, para que houvesse o menor ndice de erros possvel. Encontra-se

    anexo no final desse trabalho o mapa inicial elaborado, e tambm o corrigido.

    Esse captulo est divido em dois subitens principais, um que diz respeito aos usos

    residenciais, e outro aos usos no residenciais. O Alpio de Melo um bairro

    predominantemente residencial, apresentando pouqussimas edificaes verticais,

    estas sendo notadas somente perto das grandes avenidas, onde se instalam osConjuntos Habitacionais que deram origem ao bairro.

    A rea no residencial encontra-se distribuida pela regio, estando mais

    concentrada nas ias arteriais, ou seja, nas Avenidas Ablio Machado, Joo XXIII e na

    Rua Leonil Prata.

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    ANLISE DE USO E OCUPAO46

    A unidade de vizinhana deve apresentar uma delimitao fsica, normalmente feita

    atravs de vias arteriais, suficientemente largas, facilitando o trfego externo e, da

    mesma forma, impedindo que este penetre na UV.

    Em relao a espaos pblicos, a vizinhana apresenta um conjunto de parques e

    espaos de recreao, planejados visando promover o encontro social, devendo

    atender s particularidades exigidas por cada UV.

    De acordo com Perry, a unidade de vizinhana tambm deve apresentar reas

    institucionais, onde so localizadas escolas (como citado acima), igrejas, entre

    outros estabelecimentos. A esfera de servio oferecido pelas instituies coincidecom os limites da UV.

    Deve ser implantadas, dentro dos limites da unidade de vizinhana, reas de

    comrcio local, visando atender s necessidades da populao que reside no local,

    como padarias, farmcias, etc. reas comerciais podem ser implantadas entres

    limites de UV, de forma que duas ou mais unidades usufruam do mesmo comrcio e

    servio local.

    O sistema virio interno deve ser projetado de forma a facilitar a circulao no

    interior das unidades e desencorajar o trfego rpido de passagem. As vias so

    planejadas levando em considerao o fluxo interno de trfego, apresentando

    tamanhos proporcionais s suas necessidades.

    Como possvel perceber atravs dos fatores que caracterizam o conceito deunidade de vizinhana, Perry foca-se na distribuio de equipamentos pblicos e

    sistema virio, no se preocupando com o parcelamento de lotes residenciais. Essa

    liberdade apresentada pelo modelo permitiu que ele fosse amplamente implantado

    ao redor do mundo, sofrendo alteraes necessrias para melhor adaptao s

    particularidades de cada populao e terreno.

    No Brasil, podem ser percebidas diversas implantaes do conceito de unidade de

    vizinhana, a mais importante delas na capital do pas, Braslia. Vrios dos projetos

    apresentados no Concurso do Plano Piloto da Nova Capital Federal apresentavam

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    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    influncias do modelo de Perry. O projeto vencedor, do arquiteto e urbanista Lcio

    Costa, possua uma diviso poro residencial da cidade em Superquadras, onde o

    conjunto de quatro dessas unidades formaria uma unidade de vizinhana;

    compreendendo uma escola fundamental, demais rias institucionais, comrcio,

    reas de lazer e cultura, e uma igreja.

    6.2 USO E OCUPAO DO SOLO NO BAIRRO

    Nos itens a seguir ser feita uma anlise detalhada dos diversos usos verificados nobairro Alpio de Melo, que depois sero discutidos nos captulos conclusivos.

    6.2.1 Uso Residencial

    O bairro em questo est localizado em uma ZAR2, ou seja, uma regio onde o

    adensamento controlado, no sendo permitida a verticalizao das edificaes.

    Essa zona, tambm tem como caracterstica a predominncia residencial,

    apresentando em menor quantidade os usos de comrcio e servios. A maioria das

    construes encontradas no bairro Alpio de Melo so residncias unifamiliares,

    podendo ser notadas tambm, com menor ocorrncia, residncias multifamiliares

    horizontais e multifamiliares verticais de at quatro pavimentos.

    Essa caracterizao condizente ao se levar em considerao a evoluo do bairro

    desde a LUOS de 1976. Abaixo encontra-se um mapa mostrando a localizao dos

    usos residenciais no bairro, pode-se perceber que essa ocupao bem uniforme,

    sendo encontrada em todas as regies do bairro.

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    FIGURA 20Levantamento de usos residenciais no bairro Alpio de MeloFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.1.1 Unifamiliar

    Diferentemente do que esperava ser encontrado, a maior parte das residncias no

    Alpio de Melo so unifamiliares. Essas pertencem a uma classe econmica um

    pouco mais elevada, se comparado com os moradores das residncias

    multifamiliares. Na maioria, as casas so grandes, chegando a possuir dois

    pavimentos, muradas e com afastamentos frontais e posteriores, apresentando

    jardins e quintais.

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    FIGURA 21Levantamento de uso unifamiliarFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.1.2 Multifamiliar Horizontal

    As residncias multifamiliares horizontais aparecem em menor quantidade na regio.

    Normalmente pertencem a famlias de renda mais baixa, e so percebidas em maior

    concentrao na parte sul do bairro, onde, de acordo com mapa da PBH uma rea

    que faz parte do bairro Inconfidentes. Em sua tipologia, as casa multifamiliares so

    mais fechadas ao meio exterior, apresentando muros altos e poucos recuos.

    FIGURA 22Levantamento de uso multifamiliar horizontalFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

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    ANLISE DE USO E OCUPAO50

    6.2.1.3 Multifamiliar Vertical At 4 Pavimentos

    Quando se trata de residncias mutifamiliares de at quatro pavimentos, o que mais

    se percebe so os conjuntos habitacionais, sendo eles as nicas construes que se

    destacam no cenrio. Os conjuntos, construdos pelo BNH na dcada de 1970,

    possuem tipologia caracterstica, e abrigam famlias de menor renda, assim como as

    outras residncias multifamiliares. Podem ser percebidos em maior concentrao no

    setor norte do bairro, e garantem ele a sua caracterstica ainda operria.

    FIGURA 23Levantamento de uso multifamiliar vertical de at 4 pavimentosFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2 Uso No Residencial

    Por ser um bairro predominantemente residencial, os usos que no se encaixam

    nessa denominao encontram-se limitados a certas regies. Esto localizados s

    margens das vias arteriais, como as Avenidas Ablio Machado, Joo XXIII e Rua

    Leonil Prata. A instalao do comrcio e servio nessas reas deu-se por diversos

    fatores, sendo um deles o fato das vias ocuparem os principais acessos ao bairro,

    tornando-as regies movimentadas. A sua topografia pouco acidentada tambm

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    favoreceu a ocupao no residencial. Quando localizados fora das zonas citadas,

    as construes no residenciais apresentam um carter mais local.

    No mapa abaixo percebemos tambm que h uma maior concentrao de comrcios

    e servios na regio sul do bairro, enquanto as reas destinadas a lazer se

    concentram no setor norte.

    FIGURA 24Levantamento de uso no residencial no bairro Alpio de MeloFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.1 Creche e Escola Fundamental

    Essa subdiviso tem como base a ideia de unidade de vizinhana a ser tratada no

    prximo captulo. O setor de creches e escolar fundamentais classificado

    separadamente de outras instituies educacionais por atingir a um publicopertencente a uma distinta faixa etria. Crianas pequenas precisam de mais

    ateno, e a existncia de melhores e mais creches pelo bairro facilita a vida de pais

    que no podem arcar com babs e precisam trabalhar.

    As creches (presentes nas ruas Mrio de Melo, Uirapiana, entre outras), a Escola

    Fundamental, e Centro Educacional de ensino infantil, so instituies

    completamente focadas no ensino de crianas menores. Porm o bairro tambmapresenta grandes escolas que tambm fornecem o ensino fundamental, bem como

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    o ensino mdio. Elas so a Escola Estadual Professor Alisson Pereira Guimares,

    localizada na Rua dos Economistas, a Escola Municipal Julia Paraso, na Rua Tis,

    e o Colgio Frei Orlando, na Rua dos Agrnomos.

    FIGURA 25Levantamento de creches e escolas fundamentaisFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.2 Outros Servios Educacionais

    Nesse setor foram registradas edificaes educacionais que no possuem servio

    de ensino fundamental, como instituies de ensino de lnguas estrangeiras e

    tambm de aulas particulares.

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    FIGURA 26Levantamento de outros servios educacionaisFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.3 Outros Servios de Sade

    O bairro Alpio de Melo muito carente quando se trata do setor de sade. No se

    pode perceber a presena de nenhum posto de sade pblico, bem como hospitais

    dentro dos seus limites. Nota-se a existncia de algumas clnicas mdicas, em sua

    maioria clnicas odontolgicas, apresentando tambm um centro de nutrio e

    fisioterapia.

    FIGURA 27Levantamento de outros servios de sade

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    Fonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.4 Comrcio/Servio Local

    O setor de comrcios e servios locais se encontra relativamente bem distribudo ao

    redor do bairro, apresentando uma maior concentrao na regio central, e s

    margens das avenidas arteriais do Alpio de Melo, como pode ser percebido no

    mapa abaixo.

    Nessa classificao, podemos perceber uma caracterizao por comrcios e

    servios essenciais ao funcionamento de uma vizinhana, como padarias, farmcias,

    pequenas lojas de roupas e calados, mercearias e restaurantes, bem como sales

    de beleza, e outras prestaes de servios.

    FIGURA 28Levantamento de comrcio e servios locaisFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.5 Comrcio/Servio Regional

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    As edificaes classificadas como comrcio e servio regionais encontram-se nas

    regies limtrofes do bairro, implantados nas avenidas arteriais que conectam o

    Alpio de Melo com outras reas da cidade. So observadas grandes lojas de

    departamento, eletrodomsticos, mveis, ticas, entre outros.

    FIGURA 29Levantamento de comrcio e servios regionaisFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.6 Lazer, Esporte, Cultura, Lazer Noturno

    Como pode ser percebido no mapa abaixo, as reas destinadas a lazer, esporte e

    cultura no bairro esto localizadas em seu setor norte. So compostas, em sua

    maioria, por praas e parques.

    O Parque Ecolgico Vancesli Firmino da Silva localizado na Rua dos Agrnomos,e foi implantado em 2009, atravs do Oramento Participativo de 2005/2006. Com

    uma rea de 20200 m2, possui pistas de caminhada e de skate, equipamentos

    pblicos de ginstica, quadras poliesportivas, campo de futebol, playground infantil,

    teatro de arena, mirante e espaos de convivncia. Ele constitui um dos mais

    importantes centros de lazer do bairro.

    O bairro possui tambm pequenos parques distribudos ao longo de sua rea. Essespossuem um equipamento urbano mais precrio, diminuindo, dessa forma, a sua

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    ANLISE DE USO E OCUPAO56

    importncia e seu uso pela vizinhana. Nota-se tambm a existncia de um clube, o

    Grmio Comunitrio Alpio de Melo (GCAM), tambm na rea norte.

    O bairro tambm possui centros de cultura, como bibliotecas.

    FIGURA 30Levantamento de espaos de lazer, esporte e culturaFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.7 Igreja e Demais Usos Institucionais

    Pode-se perceber uma relativamente grande quantidade de centros religiosos no

    bairro, sendo eles de diversas religies distintas. Encontram-se localizados na regio

    mais central, prximo s outras reas no residenciais.

    Alm de igrejas, a rea atendida por outras instituies, como bancos e agnciasdos correios; esses ltimos predominantemente situados nas vias arteriais.

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    FIGURA 31Levantamento de igrejas e demais usos institucionaisFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.8 Indstria

    Dentro da categoria de indstrias tem-se, principalmente, os grandes depsitos

    localizados nas Avenidas Joo XXIII e dos Engenheiros. H tambm na regio, uma

    fbrica de calados, e a indstria PH Publicidade, que fabrica placas publicitrias de

    diversos tipos. Esta ltima est localizada no interior do bairro, longe das vias

    arteriais.

    Tambm pertinente a esse setor, encontra-se uma edificao que funciona como

    ponto de distribuio de sinal de companhia de TV a cabo.

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    FIGURA 32Levantamento de indstriasFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.9 Transporte, Estacionamento

    No quesito de transporte e estacionamento, encontram-se diversos postos de

    gasolina, oficinas mecnicas e estacionamentos. Esses tem sua maior concentrao

    nas Avenidas Ablio Machado e Herclito Mouro de Miranda. No interior do bairro

    nota-se a existncia de autoescolas, como tambm de oficinas mecnicas de menor

    porte.

    FIGURA 33Levantamento de equipamentos d transporte e estacionamentoFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

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    ANLISE DE USO E OCUPAO

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    6.2.2.10 Construo Civil

    So poucas as construes civis no bairro. Sendo localizadas esparsamente pela

    regio, apresentam carter de pequeno porte. Nota-se, na regio sul do bairro a

    construo de um edifcio residencial vertical, tipologia pouco presente atualmente

    na rea. H tambm a construo de uma nova igreja.

    FIGURA 34Levantamento de construes civisFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.11 Edificao Desocupada

    As edificaes desocupadas encontram-se homogeneamente distribudas ao longo

    do bairro. Caracterizam-se, em sua maioria, por residncias postas para aluguel. A

    presena de edificaes desocupadas no chega a gerar certa preocupao em

    relao ocupao do bairro, uma vez que, apesar de estarem presentes em toda a

    rea, no se encontram em grande nmero.

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    ANLISE DE USO E OCUPAO60

    FIGURA 35Levantamento de edificaes desocupadasFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.2.2.12 Terreno Desocupado

    Os terrenos desocupados so quase inexistentes no Alpio de Melo, e se localizam

    principalmente na parte sul do bairro, regio delimitada pela PBH como pertencente

    ao bairro Inconfidncia.

    FIGURA 36Levantamento de terrenos desocupadosFonte: ALUNOS DE URBANISMO II, 2013

    6.3 UNIDADE DE VIZINHANA E O BAIRRO ALPIO DE MELO

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    Para que seja possvel a proposio de diretrizes para o Alpio de Melo, tendo como

    base o conceito de unidade de vizinhana de Perry, necessrio o levantamento e

    anlise dos equipamentos urbanos j existentes que dizem respeito ao modelo

    utilizado. Nesse captulo ser feito um detalhamento da disposio viria, e dos

    equipamentos citados acima, comparando-os com os fatores apresentados no

    captulo anterior.

    No bairro em questo, nota-se a presena de duas escolas pblicas e uma grande

    escola particular, citadas em captulos anteriores, alm de pequenos centros infantis

    e creches. Esses so capazes de atender a populao no quesito de nmero devagas disponveis, porm nota-se que esto localizadas somente na regio norte,

    fazendo com que a parte sul do bairro no seja bem atendida.

    Quando se trata da disposio de vias, percebe-se que a regio possui um traado

    bem caracterstico ao descrito por Perry. Os seus limites so definidos, em sua

    maioria, por vias arteriais de transito rpido, sendo elas as Avenidas Ablio Machado,

    Herclito Mouro de Miranda, e dos Engenheiros, demarcando os limites norte eoeste do bairro. No setor sul e leste no se percebe essa diviso acentuada,

    fazendo com que o limite entre os bairro no seja claramente distinguvel.

    Internamente, as ruas so de pequeno porte e acidentadas, fazendo com que seu

    fluxo principal seja composto apenas de transito local, favorecendo tambm a

    apropriao do pedestre. Nota-se a presena de uma grande avenida de grande

    porte e trnsito rpido que corta o Alpio de Melo ao meio, essa a Avenida JooXXIII. Ela interrompe a conexo entre os dois lados do bairro, dificultando, dessa

    forma, a relao de convivncia de seus habitantes.

    Ao analisar os espaos pblicos presentes na rea estudada, percebe-se que esses

    se encontram localizados, tambm, no setor norte. O bairro consta com parques a

    praas de recreao, alm de um grmio esportivo, porm todos esses espaos so

    subutilizados, devido falta de equipamentos de interesse populao e m

    conservao dos j existentes.

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    ANLISE DE USO E OCUPAO62

    Tratando-se das reas institucionais, temos as escolas, j descritas acima, e

    tambm centros religiosos, bancos, entre outros. Nota-se que no h uma regio

    especfica destinada a esse uso.

    De acordo com o modelo de Perry, as reas destinadas a comrcio local devem ser

    localizadas prximas s vias de trfego mais intenso, o que realmente ocorre no

    Alpio de Melo. Pode-se perceber uma maior concentrao de comrcio e servios

    nas Avenidas Ablio Machado e dos Engenheiros, que tambm delimitam o contorno

    do bairro. O comrcio pode, alm disso, ser encontrado no centro do bairro, tambm

    s margens de uma via de trnsito rpido, a Joo XXIII.

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    SISTEMA VIRIO E CIRCULAO

    ALPIO DE MELODe Fazenda a Unidade de Vizinhana

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    7 SISTEMA VIRIO E CIRCULAO

    O presente captulo analisar e diagnosticar o Sistema Virio do Bairro Alpio de

    Melo, baseando-se nos conceitos apresentados nos textos de Vasconcellos (1996) e

    Mascar (1994).

    7.1 SISTEMA VIRIO NO BAIRRO

    Mascar (1994), ao discorrer sobre sistema virio, defende que este composto por

    uma ou mais redes de circulao. Essas redes variam de acordo com o espao

    urbano, acomodando veculos motorizados, bicicletas, pedestres, entre outros, o que

    o torna um sistema bastante delicado, visto que precisa balancear a fluidez e a

    segurana na circulao destes grupos. (VASCONCELLOS,1996).

    O conceito de fluidez apresentado consiste na relao de tempo gasto parapercorrer certo percurso. Em um extremo, temos a fluidez mxima, na qual o fluxo

    de veculos seria favorecido, minimizando o nmero de paradas, como sinais e

    cruzamentos, e aumentando o limite de velocidade. Um exemplo claro o Anel

    Rodovirio, em Belo Horizonte, MG. Equilibrando-se a esse parmetro, contudo, em

    uma cidade deve-se levar em considerao a segurana das pessoas.

    Para que sejam compreendidos os problemas de circulao, segundo Vasconcellos(1996), devemos compreender a acessibilidade, subdividida em macroacessibilidade

    e microacessibilidade, qualidade ambiental, e custo e nvel de servio de transporte.

    A acessibilidade definida pela facilidade de deslocamento do indivduo dentro da

    cidade, com segurana aceitvel e percorrendo um caminho o mais direto o

    possvel, em uma velocidade razovel, podendo estacionar o mais perto o possvel

    de seu destino (BUCHANAN 1963 e VASCONCELLOS, 1996, p. 87). Analisa-se,

    portanto, a quantidade e qualidade de meios de transporte disponveis que

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    conectam a cidade, as condies fsicas das ruas e caladas, os caminhos possveis

    e a disponibilidade de estacionamento na proximidade.

    A macroacessibilidade, para Vasconcellos (1996), definida pela quantidade e

    natureza de ligaes fsicas no espao, quanto s vias e aos sistemas de transporte

    pblico (VASCONCELLOS, 1996, p.94). J a microacessibilidade ditada pelo

    acesso direto ao destino final, ou ao veculo desejado, e medida pela distncia ou

    tempo de acesso.

    7.1.1 Stio e malha viria

    O traado do bairro Alpio de Melo diferenciado de algumas regies para outras.

    Como pode-se notar, enquanto em alguns pontos QUAIS PONTOS? RUAS?as ruas

    tem traado ortogonal, e portanto resultam em inclinaes mais elevadas, em outros

    pontos QUAIS PONTOS? RUAS?, o traado acompanha as curvas de nvel,

    suavizando as inclinaes. Pode-se analisar essas caractersticas no mapa decurvas de nvel abaixo (Figura XXX).

    FIGURA 37Mapa Curvas de NvelFonte: Mapa produzido por ANDR TINE, e outros (2013). Base Cartogrfica: Prodabel, 20xx

    Alm disso, seu traado foi bastante inspirado pelos crregos que atravessam e

    delimitam o bairro, que seriam o Crrego das Taiobas, Crrego So Jos e CrregoRessaca, visto que grandes avenidas acompanham seu traado, como a Avenida

    Ablio Machado, que acompanha o Crrego das Taiobas, a Avenida Joo XXIII,

    acompanhando o So Jos, e por ltimo, a Avenida Herclito Mouro de Miranda.

    Ao acompanhar os crregos, essas ruas garantiram uma suavidade em sua

    topografia, facilitando a instalao de comrcio, e a circulao de pessoas e

    veculos.

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    Como podemos ver no mapa de declividade cujos dados foram levantados pela

    equipe tcnica 2012/2, o bairro possui inclinaes pouco expressivas em sua maior

    extenso, o que facilita a acessibilidade.

    FIGURA 38Mapa de DeclividadeFonte: Mapa produzido pela Equipe Tcnica (2013). Base Cartogrfica: Prodabel, 20xx

    7.1.2 Anlise das vias

    A hierarquia viria urbana influencia diretamente os parmetros urbansticos, de

    onde so tiradas bases para a construo de edificaes. De acordo com a

    Legislao Municipal de Belo Horizonte a classificao das vias determina os

    afastamentos frontais mnimos e a largura da calada.

    No bairro Alpio de Melo foram identificadas vias arteriais, coletoras e locais, como

    mostra o mapa abaixo (Figura xxx):

    FIGURA 39Mapa de Hierarquia ViriaFonte: EQUIPE TCNICA (2013). Base Cartogrfica: PRODABEL, 20xx

    Das vias arteriais, pode-se destacar suas intersees em nvel, normalmente

    controladas por semforos, conectadas a lotes lindeiros e vias secundrias e locais,fazendo delas elos entre bairros e outras regies da cidade. Elas so ruas com

    trnsito mais intenso, frequentadas por automveis, veculos de carga e nibus, e

    possuem, no geral, duas faixas por sentido, com o estacionamento sendo ou no

    permitido. As vias arteriais do bairro Alpio de Melo so a Avenida Ablio Machado, a

    Avenida Herclito Mouro de Miranda e a Avenida Joo XXIII. Todas elas so de

    extrema importncia local e regional, pois so responsveis pela conexo entre o

    Centro de Belo Horizonte e a regio da Pampulha, abarcando os bairros da zona

    Noroeste.

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    As vias coletoras coletam o trnsito de dentro do bairro, e o direcionam para as vias

    arteriais. So portanto ruas mais largas que cortam ou contornam partes do bairro.

    No caso de Alpio de Melo, temos a Avenida dos Engenheiros, a Avenida Joo Paulo

    I, a rua dos Gelogos, a Rua Leonil Prata, a Rua Violeta de Melo e a Rua Dr. Davi

    Rabelo.

    As vias locais so exclusivas para acesso local, j que geralmente levam a apenas

    residncias ou comrcios locais, usadas por moradores ou pessoas frequentadoras

    do bairro, e tendem a ser mais estreitas e arborizadas que as outras. Correspondem

    ao restante das vias de Alpio de Melo.

    Diversas linhas de nibus abastecem as vias arteriais do bairro, entre elas a 30,

    1404A, 4403D, 4410 e S54, e as linhas 1404A e 1404B circulam internamente no

    bairro, por vias locais e coletoras, facilitando o acesso. Pode-se observar os pontos

    de nibus existentes no bairro no mapa abaixo:

    FIGURA 40Mapa de pontos de nibusFonte: EQUIPE TCNICA (2013). Base Cartogrfica: PRODABEL, 20xx

    7.1.3 Sinalizao e sentido de circulao das vias

    FIGURA 41Mapa de faixas de rolamento, estacionamento, placas....etcFonte: EQUIPE TCNICA (2013). Base Cartogrfica: PRODABEL, 20xx

    O bairro Alpio de Melo apresenta, basicamente, vias com duas ou trs faixas de

    rolamento, sendo que as vias com trs faixas de rolamento localizam-se

    principalmente na parte sul do bairro. As avenidas dos Engenheiros, Herclito

    Mouro de Miranda, Joo Paulo I, a Rua dos Escritores e parte da Rua dos

    Advogados apresentam quatro faixas de rolamento. As principais vias de acesso aobairro so as Avenidas Ablio Machado, Joo XXIII e Herclito Mouro de Miranda.

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    A Avenida Ablio Machado possui duas faixas de rolamento e outras duas faixas de

    estacionamento regulamentado em praticamente toda a sua extenso, com exceo

    de um pequeno trecho onde existem trs faixas de rolamento e outros em que no

    existem faixas de estacionamento regulamentado. Tal via possui uma enorme

    concentrao de comercio. por esse fator, juntamente com outros como, por

    exemplo, o grande fluxo de nibus e locais de estacionamento que no atendem

    demanda acarretam grandes problemas de fluidez na avenida.

    A Avenida Joo XXIII possui quatro faixas de rolamento, divididas igualmente para

    cada sentido de transito, e duas faixas de estacionamento. Nela encontram-se umsupermercado, algumas pequenas lojas e diversos estabelecimentos do tipo

    depsito. Este ltimo, por sua vez, no gera grande fluxo de pessoas e veculos,

    melhorando assim a fluidez do transito na avenida.

    J a Avenida Herclito Mouro, assim como a Avenida Joo Paulo I, possui quatro

    faixas de rolamento, divididas igualmente para cada sentido de transito e separadas

    pelo crrego. Na primeira encontra-se estabelecimentos do tipo postos de gasolina eoficinas mecnicas. Assim sendo, o trafego de veculos na mesma mais rpido e o

    trafego de pessoas menor do que nas demais avenidas.

    A Rua Leonil Prata, com duas faixas de rolamento e com trechos que possuem uma

    ou duas faixas de estacionamento regulamentado, tambm concentra parte do

    comrcio do bairro, mas isto no acarreta grandes problemas de fluidez na via.

    A maioria da vias apresenta sentido de mo dupla e apenas algumas com sentido de

    mo nica, como a Rua Ursulina de Melo e alguns trechos das Ruas Alan Kardec,

    dos Economistas e dos Agrnomos, alem via que circula a Praa Paulo VI. As Ruas

    Mrio de Melo, Jair de Matos e Alan Kardec so exemplos de vias que apresentam

    problemas quanto fluidez, principalmente nos trechos mais prximos Avenida

    Ablio Machado. Isso ocorre porque grande parte dos veculos estacionam nas

    mesmas, apesar da proibio.

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    A rotatria da Praa Paulo VI de grande importncia, pois a mesma esta no

    encontro de algumas das principais vias do bairro que possuem grande trafego de

    veculos, como a Joo XXIII e a Rua Leonil Prata. Essa rotatria se faz necessria

    pois promove a reduo da velocidade do transito naquele local, facilitando assim a

    circulao de pedestres e principalmente de crianas, que frequentam a praa.

    Os semforos foram encontrados na Avenida Ablio Machado, prximo Praa

    Paulo VI; no cruzamento da Avenida Joo Paulo I e Rua Leonil Prata; na Avenida

    Herclito Mouro de Miranda com a Rua Jabaquara e, por fim, na Rua Maria

    Magalhes de Souza. A maioria desses semforos est localizada prximo a faixa

    de pedestres e evidenciam a necessidade de ateno por parte do motorista e dereduo de velocidade prximo a esses locais de travessia.

    Outras faixas de pedestres esto localizadas no cruzamento entre a Rua dos

    Mdicos com a Rua dos Comerciantes, possivelmente pelo fato de haver uma

    Escola nesse quarteiro, que por sua vez um equipamento gerador de transito que

    necessita da ateno por parte do motorista quanto travessia de pedestres. Como

    no interior do bairro h predominncia de trnsito local, no h semforos e faixasde pedestres.

    Os quebra-molas foram encontrados na Avenida Ablio Machado, no encontro com a

    Rua Jau; em dois pontos da Rua Uirapiana; na Rua Leonil Prata; na Avenida Joo

    Paulo I, prximo ao cruzamento com a Rua Leonil Prata; na Rua dos Mdicos,

    prximo aos cruzamentos com as Ruas dos Corretores, dos Advogados, dos

    Odontlogos e dos Veterinrios; na Avenida dos Engenheiros, prximo ao encontrocom a Rua dos Gelogos; na Avenida Joo XXIII, prximo ao encontro com a

    Avenida Joo Paulo I; e por fim nas Ruas Dr. Davi Rabelo, Joaquim de Paula e

    Clemente Barreto. A localizao desses quebra-molas evidencia locais onde h

    necessidade da reduo da velocidade do transito, seja devido ao encontro ou

    cruzamento de vias com grande volume de trfego, seja em pontos onde h

    equipamentos geradores de transito como, por exemplo, escolas e reas de lazer.

    As placas com os nomes da vias esto localizadas tanto no cruzamento de vias

    locais com as vias coletoras, quanto no cruzamento de vias locais com vias arteriais

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    e de vias coletoras com vias arteriais. A presena de placas de sinalizao com o

    nome das ruas nos trs encontros possveis de vias (local-coletora; local-arterial;

    coletora-arterial) facilita a entrada das pessoas que chegam ao bairro pelas vias

    arteriais, facilitam a movimentao e localizao destas no interior do bairro.

    7.1.4 Pavimentao das vias e localizao dos pontos de onibus

    Como mostrado no mapa acima (Figura 106) as vias do bairro Alpio de Melo so

    tanto caladas quanto asfaltadas. Todas as vias arteriais e coletoras so asfaltadas,o que garante a elas uma maior fluidez no trnsito. J as vias locais so em similar

    proporo asfaltadas e caladas. As vias caladas esto concentradas nas regies

    mais antigas do bairro, e seu calamento, em alguns trechos, foi mantido por

    escolha da populao local, pois eles acreditam dar uma ambincia mais agradvel,

    alm de forar os veculos a andar mais devagar, melhorando a segurana do

    bairro.(Figura cxx).

    FIGURA 42Mapa de qualidade das viasFonte: EQUIPE TCNICA (2013). Base Cartogrfica: PRODABEL, 20xx

    Pode-se perceber atravs da figura acima tambm que a maior parte das vias

    necessita de manuteno. A situao generalizada no interior do bairro

    preocupante, mas o trfego menos intenso e mais lento. J nas vias arteriais,

    especificamente um trecho da Abli