alinhamento para resultados no ministÉrio da educaÇÃo · o ministério da educação desenvolveu...

22
ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO José Henrique Paim Fernandes Manoela Dutra Macedo João Paulo Mota Ludimila Guilherme Martins 1. INTRODUÇÃO O alinhamento das diretrizes institucionais com os desafios de Governo representa uma questão chave para o desempenho organizacional. O desempenho, por sua vez, está intrinsecamente correlacionado ao alcance de resultados, sendo que estes resulta- dos são precedidos de uma adequada integração e interconexão entre os elementos estratégicos organizacionais, setoriais e go- vernamentais. Para o desenvolvimento da gestão com foco nos resultados, é fundamental possuir um modelo que atenda a essas especifi- cidades. Considerando esse contexto, o Ministério da Educação (MEC) revisou sua principal referência de ação estratégica, o Pla- no de Desenvolvimento da Educação (PDE 1), por meio do alinha- mento das diversas fontes de orientação estratégica, buscando, de forma mais específica, integrá-lo às agendas intersetoriais e gover- namentais. Este capítulo elucida os esforços empreendidos e resultados iniciais alcançados no processo de construção do PDE 2 por meio da aplicação de diversas metodologias de alinhamento estratégico para: a revisão da Agenda Estratégica (Plano de Desenvolvimento da Educação 2), o alinhamento da estrutura implementadora e a de- finição do modelo de Monitoramento e Avaliação (M&A). Capítulo 1 19

Upload: others

Post on 16-Jul-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

José Henrique Paim Fernandes

Manoela Dutra Macedo

João Paulo Mota

Ludimila Guilherme Martins

1. INTRODUÇÃO

O alinhamento das diretrizes institucionais com os desafios de Governo representa uma questão chave para o desempenho organizacional. O desempenho, por sua vez, está intrinsecamente correlacionado ao alcance de resultados, sendo que estes resulta-dos são precedidos de uma adequada integração e interconexão entre os elementos estratégicos organizacionais, setoriais e go-vernamentais.

Para o desenvolvimento da gestão com foco nos resultados, é fundamental possuir um modelo que atenda a essas especifi-cidades. Considerando esse contexto, o Ministério da Educação (MEC) revisou sua principal referência de ação estratégica, o Pla-no de Desenvolvimento da Educação (PDE 1), por meio do alinha-mento das diversas fontes de orientação estratégica, buscando, de forma mais específica, integrá-lo às agendas intersetoriais e gover-namentais.

Este capítulo elucida os esforços empreendidos e resultados iniciais alcançados no processo de construção do PDE 2 por meio da aplicação de diversas metodologias de alinhamento estratégico para: a revisão da Agenda Estratégica (Plano de Desenvolvimento da Educação 2), o alinhamento da estrutura implementadora e a de-finição do modelo de Monitoramento e Avaliação (M&A).

Capítulo 1

19

Page 2: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

2. ANTECEDENTES: A TRAJETÓRIA DO MEC EM GESTÃO PARA RESULTADOS

O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação de futuro desejada. Todavia, além dos objetivos estratégicos, o MEC possui outras relevantes agendas de orientação estratégica, tais como o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE1), o Plano Nacional de Educação (PNE 2011/2020)1 e o Plano Plurianual (PPA 2012/2015), sendo que cada qual possui propósitos e escopos espe-cíficos, bem como a existência de sobreposições e lacunas.

O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE1) foi lançado em 2007 e tem como objetivo a melhoria da qualidade da educação no País como foco na visão sistêmica do itinerário formativo. O PDE1 possui mais de 40 ações e programas de governo direcionados para promover uma educação equitativa e de boa qualidade. Essas ações e programas são organizados em torno de quatro eixos: educação básica; educação profissional; alfabetização e educação superior.

O Plano Nacional de Educação (PNE 2011/2020) traz o con-junto de 10 diretrizes e 20 metas desdobradas em estratégias espe-cíficas para sua concretização. O PNE representa, sobretudo, o prin-cipal direcionador de resultados das políticas educacionais.

O Plano Plurianual (2012/2015), recém elaborado, contempla as diretrizes orçamentárias formuladas com vistas a refletir os pla-nos de governo, para fins de assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias do Ministério e com os respectivos planos de educação, a fim de viabi-lizar sua plena execução.

Adicionalmente, o Ministério da Educação concebeu o SIMEC (Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle), uma ferramenta informatizada de gestão (operacional e estratégica) que permite o acompanhamento intensivo das iniciativas e resultados,

1 Os trabalhos foram realizados com base na versão preliminar do Plano Nacional de Educação elaborado pelo MEC. Até a finalização desta publicação, o Plano Na-cional de Educação (PNE - PL 8035/10) encontrava-se em tramitação e análise no Congresso Nacional.Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

20

Page 3: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

favorecendo o alcance da agenda de governo, assim como o au-mento do nível de inter-relação entre as diversas áreas do Minis-tério. O SIMEC foi implantado em 2005 e ao longo dos anos foram criados novos módulos com funções correlacionadas tanto ao mo-nitoramento e avaliação, quanto à execução orçamentária e finan-ceira das ações do Ministério da Educação, resultando numa robus-ta plataforma com um quantitativo superior a 30 módulos, dentre os quais estão: Programação Orçamentária, Gerência de Projetos, Gestão de Pessoas, Monitoramento do PDE, REUNI, Brasil Profissio-nalizado, ENEM, dentre outros.

Nesse contexto, o Plano de Desenvolvimento da Educação 2 (PDE2), deve estar integrado ao SIMEC, de forma a subsidiar a siste-mática de M&A.

Para tanto, as questões principais que se colocam são:Como formular uma Agenda Estratégica do MEC, o PDE2, que integre as diversas fontes de informações estratégi-cas (Planejamento Estratégico, PDE 1, PNE, PPA)?Como assegurar que essa Agenda esteja permanente-mente alinhada com as diretrizes governamentais?Uma vez tendo concebido a Agenda Estratégica inte-grada do MEC, como desdobrar o PDE 2 e definir pontos críticos e indicadores para assegurar o cumprimento das iniciativas?Como identificar a contribuição de unidades e organiza-ções para a implementação das estratégias definidas?Como aprimorar a metodologia de monitoramento e ava-liação para o adequado acompanhamento das iniciativas e resultados do Ministério?

Para atender a essas questões, houve um esforço de alinha-mento para resultados no MEC, em linha com a metodologia da Ges-tão Matricial de Resultados, que propicie: i) a consolidação das fontes de orientação estratégica em uma agenda estratégica consolidada; ii) o desdobramento das iniciativas em uma matriz de contribuição das unidades e organizações; e iii) o estabelecimento do monitoramento e avaliação intensivo com vistas a efetiva implementação do PDE2.

Capítulo 1

21

Page 4: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

3. A IMPLANTAÇÃO DO ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MEC

O cenário governamental está marcado por desafios, transfor-mações, instabilidades e eventuais descontinuidades. Esse contexto torna a implantação da gestão para resultados uma tarefa comple-xa e não trivial. Com o objetivo de atender aos requerimentos desse cenário, o processo de implantação do alinhamento para resultados no Ministério da Educação baseou-se na aplicação de metodologias de referência a partir da integração do modelo de Gestão Matricial

de Resultados2, do Balanced Scorecard (BSC)3 e do Roadmap Es-

tratégico4 dentre outras metodologias com o intuito de assegurar o alcance dos resultados esperados.

Este tópico apresenta o modelo lógico de trabalho, abarcan-do desde as etapas para a construção do PDE 2 até a definição do modelo de monitoramento e avaliação. O trabalho foi desenvolvido por meio de duas frentes, como ilustrado na figura 1.1 a seguir.

2 Uma visão detalhada dessa abordagem encontra-se em MARTINS, Humberto e MARINI, Caio, “Um Guia de Governança para Resultados na Administração Pú-

blica”, Editora Publix, 2010.

3 Uma visão detalhadada dessa abordagem encontra-se em Kaplan, Robert; Nor-ton, David, “Mapas Estratégicos: convertendo ativos intangíveis em resultados

tangíveis”, Campus Elsevier. 2004.

4 Uma visão detalhada dessa abordagem encontra-se em Phaal, R. Farrukh, C.J.P., Probert, D. “Roadmapping: a planning framework for evolution and revolu-

tion”. Technological Forecasting & Social Change, 2004.Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

22

Page 5: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

Figura 1.1. Modelo Lógico de Trabalho

3.1. Revisão da Agenda Estratégica: PDE 2 (Frente 1)

O MEC apresenta uma multiplicidade de agendas estratégi-cas de alta complexidade e dinamicidade inerentes ao ambiente educacional, bem como de interconectividade com as agendas go-vernamentais. Esse conjunto de fatores torna o MEC um ambiente de relativa profusão estratégica. Nesse contexto, o desafio estabele-cido no Plano de Desenvolvimento da Educação, PDE 2, é desenvol-ver uma agenda integrativa orientada para resultados, com arranjos de cooperação e categorias programáticas coesas.

Para tal, iniciou-se a construção da Matriz Estratégica, cujo propósito centra-se na sistematização do conteúdo das fontes de orientação, destacando os resultados e iniciativas, categorias pro-gramáticas do Ministério, a saber: o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o Plano Nacional de Educação (PNE 2011/2020), o Plano Plurianual (PPA 2012/2015) e o Planejamento Estratégico do MEC. Essa etapa buscou um entendimento dos fundamentos, das di-retrizes, dos resultados e das iniciativas educacionais como um todo.

Após a realização da etapa supracitada foi elaborada a Ma-

triz Consolidada de Resultados, derivando uma versão compilada

Passo 1Matriz

Estratégica

Passo 2Matriz

Consolidada de Resultados

Passo 3 Matriz

Consolidadade Resultados

e Inici vas

Passo 5Iden cação de

lacunas e sobreposições

Mapa Estratégico do

MEC

Passo 6Roadmap

Estratégico do PDE2

Passo 7Quadro de

Indicadores e Metas

Passo 11Modelo de

M&A

SIMEC

Passo 8Po olio de Inicia vas

Passo 9Matriz de

Contribuição

Passo 10Matriz

de Contribuição Detalhada

Quadro de Indicadores e

Metas

Po olio de Inicia vas

Passo 4 PDE 2 na Matriz consolidada de

Resultados e Inicia vas

Passo 3.1 Priorização de resultados e

inici vas

Frente 2Frente 1

Capítulo 1

23

Page 6: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

de resultados estratégicos. Posteriormente, com vistas a encontrar os elementos que se sobrepunham ou se completavam, houve a Consolidação de Resultados e Iniciativas. A 1º etapa da consoli-dação reduziu 68% no quantitativo de resultados, de 401 para 128 resultados. As iniciativas reduziram 21%, de 540 para 424. A 2º etapa da consolidação implicou na redução de 81% no quantitativo de resultados, de 128 para 24 resultados. Nessa etapa, as iniciativas fo-ram reduzidas em 58%, de 424 para 176. Esse recorte mais sucinto permitiu a agregação dos resultados e iniciativas, reduzindo a frag-mentação estratégica das agendas.

A identificação do PDE 2 na Matriz Consolidada de Resulta-

dos e Iniciativas considerou os seguintes critérios de priorização: i) Relevância na política pública; ii) Maturidade da iniciativa: requer ou não monitoramento intensivo; e iii) Potencial de impacto no alcan-ce de resultados. Esse processo contemplou:

Priorização das iniciativas com base nas entrevistas com a alta gestão do MEC, realizadas com os Secretários e diri-gentes das autarquias vinculadas ao MEC;Priorização das iniciativas com base na análise de discur-sos recentes do Ministro da Educação e da Sra. Presidenta da República sobre a agenda de prioridades do governo;Priorização das iniciativas com base nas entrevistas com atores-chave das áreas do Ministério e órgãos vinculados; eAnálise final de consistência e validação da proposta ini-cial de iniciativas do PDE 2 elaborado.

Para assegurar a aderência dos resultados e iniciativas prove-nientes da matriz aos critérios de priorização supracitados, realizou--se uma análise de consistência. Essa análise buscou a Identificação

de Lacunas e Sobreposições, equalizando resultados e iniciativas semelhantes entre as agendas. Ao fim desse processo, obteve-se um quantitativo de 24 resultados e 93 iniciativas afins ao PDE 2. A fi-gura 1.2 a seguir ilustra a síntese do processo de formulação do PDE 2 que contou com o envolvimento de vários atores do Ministério e órgãos vinculados, totalizando 34 oficinas de trabalho e entrevistas realizadas de discussão e validação.

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

24

Page 7: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

Fig

ura

1.2

. P

roce

sso

de

fo

rmu

laç

ão

do

PD

E 2

Font

es d

e O

rient

ação

Es

trat

égic

a

Estr

utur

ação

da

s Age

ndas

em

Res

ulta

dos

e In

icia

vas

Mat

riz

Estr

atég

ica

Mat

riz

Estr

atég

ica

Alin

hada

Mat

riz

Cons

olid

ada

– 1º

Eta

pa

Mat

riz

Cons

olid

ada

– 2º

Eta

pa

Mat

riz

Prio

rizad

a M

atriz

Tra

nsve

rsal

com

o

PDE

2

1 O

cina

Se

cret

aria

Ex

ecu

va

9 O

cina

s Se

cret

aria

Ex

ecu

va

8 O

cina

s co

m a

tore

s-ch

ave:

SE

B; S

ECAD

I; S

ETEC

; SA

SE; S

ERES

; SES

U;

INEP

; CAP

ES

10

(i da PD

E2

63Pr

ojet

osEs

trat

égic

os93

Inic

iava

s

R: R

esu

ltad

os

I: I

nic

iati

vas

LEG

END

A

6 En

trev

ista

s co

m se

cret

ário

s (S

EB; S

ESU

; SE

TEC;

SAS

E;

SERE

S) e

di

rigen

te d

o FN

DE

Oci

nas

nc

luin

do a

nális

e at

ravi

dade

e

púb

licos

ne

ciár

ios)

ta

ria E

xecu

dos

be Secr

eva

R:76

I:14

2

R:51

I:35

R:76

I:20

6

R:10

8I:

91

R:31

1I:

474

R:40

1I:

540

R:12

8I:

424

R:24

I:18

6R:

24I:

186

Capítulo 1

25

Page 8: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

Para elucidar como os resultados poderiam gerar valor públi-co para os destinatários das políticas educacionais, construiu-se um Mapa Estratégico do MEC, segundo a metodologia do Balanced Scorecard (BSC), com vistas a comunicar os resultados do MEC, de forma sistêmica, aos diversos públicos de interesse. A metodologia do BSC foi adotada por duas principais vantagens, a saber:

A flexibilidade do modelo, que possibilita adequação a diferentes contextos, conforme as necessidades e contin-gências específicas do MEC; eO alinhamento institucional, pois permite que as medi-das de desempenho sejam equilibradas; abranjam todos os eixos da educação; e orientem os recursos (financeiros, materiais, humanos) aos resultados organizacionais.

Para tanto, o Mapa Estratégico evidencia a relação de causa-lidade entre os 24 resultados, visando gerar valor público aos des-tinatários das políticas públicas no âmbito da educação. A seguir a figura 1.3 apresenta o Mapa Estratégico e os resultados supracita-dos sinalizados.

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

26

Page 9: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

Fig

ura

1.3

. M

ap

a E

stra

tég

ico

do

s R

esu

lta

do

s d

o M

EC

(2

01

1/2

02

0)

Estu

dant

es

Prof

esso

res

e Fu

ncio

nário

s-V

alor

izaç

ão-F

orm

ação

Ges

tão

Esco

lar

(ges

tore

s) e

G

estã

o De

moc

rátic

a

Dive

rsid

ade

e Eq

uida

de e

ntre

pe

ssoa

s e re

giõe

s

Defic

iênc

ia e

Su

perd

otaç

ão(e

duca

ção

espe

cial

izad

a)

Arti

cula

ção

e C

olab

oraç

ão-S

iste

mas

de

Ensi

no-E

sfer

as d

e G

over

no

Educ

ação

Inte

gral

Alfa

betiz

ação

de

Jove

ns e

Adu

ltos

(15

anos

ou

mai

s)

Univ

ersa

lizar

oat

endi

men

toda

popu

laç

ãode

4a

5an

os

Am

plia

roat

endi

men

top

ara

apo

pula

ção

deat

é3

anos

Am

plia

ro

finan

ciam

ento

daEd

ucaç

ãoIn

fant

il

Educ

ação

Infa

ntil

Dest

inat

ário

s da

s Pol

ítica

s Pú

blic

as

Univ

ersa

lizar

oen

sino

fund

amen

tald

eno

vean

ospa

raa

popu

laçã

ode

6a

14an

osA

lfabe

tizar

toda

sas

cria

nças

até

os8

anos

deid

ade

Ensin

o Fu

ndam

enta

lUn

iver

saliz

aro

ate

ndim

ento

para

tod

apo

pula

ção

de15

a17

anos

Ensin

o M

édio

Gar

antir

eex

pand

ira

educ

ação

prof

issi

onal

ete

cnol

ógic

aPr

omov

era

inte

graç

ãoda

educ

ação

dejo

vens

ead

ulto

sco

ma

educ

ação

prof

issi

onal

ete

cnol

ógic

a

Educ

ação

Pro

fissio

nal e

Tecn

ológ

ica

Am

plia

race

sso,

perm

anên

cia,

conc

lusã

oe

taxa

desu

cess

odo

ses

tuda

ntes

naed

ucaç

ãosu

perio

rG

aran

tira

ofer

tade

pós-

grad

uaçã

o;es

timul

arpr

oduç

ãoac

adêm

ica;

efo

rmar

recu

rsos

hum

anos

,em

níve

lde

mes

trado

edo

utor

ado

Forta

lece

ras

açõe

sde

aval

iaçã

o,re

gula

ção

esu

perv

isão

Educ

ação

Sup

erio

r

Qua

lidad

e na

Edu

caçã

o

Freq

uênc

ia, P

erm

anên

cia

e C

oncl

usão

Rede Física e Tecnologias da Informação e Comunicação

14 22 8

Tecnologias Educacionais

Inve

stim

ento

em

Edu

caçã

o

1 32

4 5

6 7

910

11 12

13

15

20192321

1617

18

24

Capítulo 1

27

Page 10: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

A realização da etapa de entrevistas com atores-chave do Mi-nistério e dos órgãos vinculados exigiu que os resultados e iniciati-vas correspondentes aos eixos específicos de atuação de cada ator (por exemplo, o INEP) fossem priorizados. Para tanto, foram esta-belecidos critérios de importância/prioridade para cada iniciativa, considerando uma escala de 0 a 3, sendo “0” para iniciativas com prioridade elevada/crítica e “3” para iniciativas de baixa prioridade. Nesse contexto, a priorização resultou no quantitativo de 93 ini-ciativas com prioridade 0 e 1, formando, assim, o Portifólio de Ini-

ciativas do PDE 2. Vale ressaltar que as 93 iniciativas não esgotam a agenda estratégica do MEC, entretanto são elementos que necessi-tam de um monitoramento mais intensivo.

Com os resultados e iniciativas definidos, realizou-se análise criteriosa da consistência do PDE2, por meio da avaliação das con-tribuições, diretas e indiretas, das iniciativas nos resultados, levando em consideração suas tendências bem como o seu potencial de im-pacto na educação.

Com a conclusão da análise de consistência e relevância do PDE 2 para com as diretrizes educacionais e governamentais, ela-borou-se o Roadmap do PDE 2. O Roadmap é uma metodologia de planejamento que objetiva delinear uma agenda predominante-mente programática que estabelece um “caminho” necessário para alcançar os resultados pretendidos em um determinado horizonte temporal. Esta metodologia foi adotada por três principais vanta-gens, a saber:

Fornece aos tomadores de decisão meios para identificar, avaliar e selecionar alternativas estratégicas para atingir os resultados definidos;Conecta iniciativas estratégicas aos resultados para que sejam alcançados em um determinado período pré-esta-belecido; ePossui caráter programático, aborda a importância da de-finição de projetos estratégicos e iniciativas na forma de planos de ação, que conduzirão o Ministério de uma situ-ação atual para uma situação futura (desejada).

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

28

Page 11: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

A elaboração do Roadmap do PDE 2 baseou-se nos resulta-dos e iniciativas consolidados do PDE 2 e possibilitou a identificação de indicadores de desempenho que mensurem esforços e resulta-dos, facilitando o acompanhamento dos gestores, bem como a gera-ção de informações tempestivas sobre o desempenho que subsidie a tomada de ações corretivas. A inserção de indicadores de desem-penho permite melhor aderência da metodologia do Roadmap às necessidades e peculiaridades do PDE 2, em linha com as fontes de orientação estratégicas do MEC e agendas governamentais.

O Roadmap do PDE 2 possui 63 projetos estratégicos (cons-tituídos pelas 93 iniciativas), desdobrados de acordo com os eixos da educação, levando em consideração os esforços empreendidos para o alcance dos resultados. Logo, o Roadmap proposto busca identificar as melhores alternativas estratégicas para atingir os ob-jetivos definidos, desdobrando resultados em projetos estratégicos necessários para sair da situação atual (2011) e alcançar os resulta-dos pretendidos na situação futura (2015), sendo mensurado por indicadores estratégicos, como ilustrado na figura 1.4.

Capítulo 1

29

Page 12: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

Fig

ura

1.4

. Ro

adm

ap d

o P

DE

2

2 1102

015

Situ

ação

Atu

al

Situ

ação

Fut

ura

Proj

etos

Est

raté

gico

s do

PD

E 2

* Pr

ojet

os E

stra

tégi

cos n

ovos

que

não

con

stav

am n

o PD

E 1

Estu

dant

es

Prof

esso

res

e Fu

ncio

nário

s - V

alor

izaç

ão

- For

maç

ão

Ges

t(g Dem

ão E

scol

ar

esto

res)

e

Ges

tão

ocrá

tica

Div

ersi

dade

e

Equi

dade

ent

re

pess

oas

e re

giõe

s

Defi

ciên

cia

e Su

perd

otaç

ão

(edu

caçã

o es

peci

aliz

ada)

Art

icul

ação

e

Cola

bora

ção

- Sis

tem

as d

e En

sino

- E

sfer

as d

e G

over

no

Educ

ação

Inte

gral

Alfa

betiz

ação

de

Jove

ns e

Adu

ltos

(15

ano

s ou

mai

s)

Uni

vers

aliz

ar o

ate

ndim

ento

da

popu

l4

a 5

anos

A

mpl

iar o

ate

ndim

ento

par

a a

popu

lat

é 3

anos

A

mpl

iar o

fina

ncia

men

to d

a Ed

ucaç

ão

ação

de

ação

de

Infa

ntil

Educ

ação

Infa

ntil

Des

tinat

ário

s da

s Po

lític

as P

úblic

as

U

nive

rsal

izar

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l de

nove

an

os p

ara

a po

pula

ção

de 6

a 1

4 an

os

A

lfabe

tizar

toda

s as

cria

nças

até

os

8 an

os

de id

ade En

sino

Fun

dam

enta

l

Uni

vers

aliz

ar o

ate

ndim

ento

par

a to

da

popu

laçã

o de

15

a 17

ano

s

Ensi

no M

édio

G

aran

tir e

exp

andi

r a e

duca

ção

profi

ssio

Prom

over

a in

tegr

ação

da

educ

ação

de

nal e

tecn

ológ

ica

jove

ns e

adu

ltos

com

a e

duca

ção

profi

ssio

nal e

tecn

ológ

ica

Educ

ação

Pro

fissi

onal

e T

ecno

lógi

ca

Am

plia

r ace

sso,

per

man

ênci

a, c

oncl

Gar

antir

a o

fert

a de

pós

-gra

duaç

ão; e

sti

usão

e ta

xa d

e su

cess

o do

s es

tuda

ntes

na

educ

ação

sup

erio

r m

ular

pro

duçã

o ac

adêm

ica;

e fo

rmar

recu

rsos

hum

anos

, em

nív

el d

e m

estr

ado

e do

utor

ado

Educ

ação

Sup

erio

r

Qua

lidad

e na

Edu

caçã

o

Freq

uênc

ia, P

erm

anên

cia

e Co

nclu

são

Rede Física e Tecnologias da Informação e Comunicação!

Tecnologias Educacionais!

Inve

stim

ento

em

Edu

caçã

o

1" 3"2"

4" 5"

6"

7"

8"

9"10

"

11"

12"

13"

14"

15"

16"

17"

18"

Indi

cado

res

de

Resu

ltado

s: 5

8 In

dica

dore

s de

pr

odut

os: 2

2

Estu

dant

es

Prof

esso

res

e Fu

ncio

nário

s - V

alor

izaç

ão

- For

maç

ão

Ges

tão

Esco

lar

(ges

tore

s) e

G

estã

o D

emoc

rátic

a

Div

ersi

dade

e

Equi

dade

ent

re

pess

oas

e re

giõe

s

Defi

ciên

cia

e Su

perd

otaç

ão

(edu

caçã

o es

peci

aliz

ada)

Art

icul

ação

e

Cola

bora

ção

- Si

stem

as d

e En

sino

- E

sfer

as d

e G

over

no

Educ

ação

Inte

gral

Alfa

betiz

ação

de

Jove

ns e

Adu

ltos

(15

ano

s ou

mai

s)

Uni

vers

aliz

ar o

ate

ndim

ento

da

popu

laçã

o de

4

a 5

anos

A

mpl

iar o

ate

ndim

ento

par

a a

popu

laçã

o de

at

é 3

anos

A

mpl

iar o

fina

ncia

men

to d

a Ed

ucaç

ão In

fant

il

Educ

ação

Infa

ntil

Des

tinat

ário

s da

s Po

lític

as P

úblic

as

U

nive

rsal

izar

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l de

nove

an

os p

ara

a po

pul

ação

de

6 a

14 a

nos

A

lfabe

tizar

toda

s as

cria

nças

até

os

8 an

os

de id

ade En

sino

Fun

dam

enta

l

Uni

vers

aliz

ar o

ate

ndim

ento

par

a to

da

popu

laçã

o de

15

a 17

ano

s

Ensi

no M

édio

G

aran

tir e

exp

andi

r a e

duca

ção

profi

ssio

nal e

tecn

ológ

ica

Prom

over

a in

tegr

ação

da

educ

ação

de

jove

ns e

adu

ltos

com

a e

duca

ção

profi

ssio

nal e

tecn

ológ

ica

Educ

ação

Pro

fissi

onal

e T

ecno

lógi

ca

Am

plia

r ace

sso,

per

man

ênci

a, c

oncl

usão

e ta

xa d

e su

cess

o do

s es

tuda

ntes

na

educ

ação

sup

erio

r G

aran

tir a

ofe

rta

de p

ós-g

radu

ação

; est

imul

ar p

rodu

ção

acad

êmic

a; e

form

ar re

curs

os h

uman

os, e

m n

ível

de

mes

trad

o e

dout

orad

o

Educ

ação

Sup

erio

r

Qua

lidad

e na

Edu

caçã

o

Freq

uênc

ia, P

erm

anên

cia

e Co

nclu

são

Rede Física e Tecnologias da Informação e Comunicação!

Tecnologias Educacionais!

Inve

stim

ento

em

Edu

caçã

o

1" 3"2"

4" 5"

6"

7"

8"

9"10

"

11"

12"

13"

14"

15"

16"

17"

18"

24"

20"

19"

23"

21"

22"

1.

Acom

panh

amen

to d

a Fr

equê

ncia

do

Bolsa

Fam

ília

2.

AEE

3.

BPC

na E

scol

a 4.

Br

asil

Alfa

beza

do

5.

Busc

a A

va*

6.

Cam

inho

da

Esco

la

7.

Dire

itos d

e Ap

rend

izage

m,

dire

trize

s ped

agóg

icas

e

parâ

met

ros c

urric

ular

es

naci

onai

s com

uns*

8.

Ed

ucaç

ão D

igita

l*

9.

Educ

ação

Indí

gena

**

10. E

DUCA

CEN

SO

11. E

NEM

12

. Ens

ino

Fund

amen

tal d

e N

ove

Anos

13

. Ens

ino

Méd

io In

ovad

or*

14. E

scol

a Ac

essív

el

15. E

scol

a da

Ter

ra

16. E

scol

a se

m F

ront

eira

* 17

. IDE

B 18

. Mai

s Edu

caçã

o (i

nclu

indo

Ca

mpo

) 19

. PAR

20

. PAR

- In

frae

stru

tura

21

. PAR

FOR

22. P

DE E

scol

a 23

. PIB

ID

24. P

iso S

alar

ial d

o M

agist

ério

25

. Pro

gram

a Al

fabe

zaçã

o na

Id

ade

Cert

a (P

AIC)

* 26

. Pro

gram

a de

apo

io a

pla

nos

de re

estr

utur

ação

e

expa

nsão

do

ensin

o m

édio

(R

EUN

I do

ensin

o m

édio

)*

27. P

roIn

fânc

ia (P

AC 2

) 28

. PRO

JOVE

M

29. P

rova

nac

iona

l de

doce

ntes

* 30

. Pro

vinh

a Br

asil

31. P

rova

Bra

sil

32. P

SE

33. Q

uadr

as P

olie

spor

vas

Esco

lare

s (PA

C 2)

*

34. S

ala

de R

ecur

sos

Mul

func

iona

is 35

. Tra

nspo

rte

Aces

sível

36

. UAB

37

. Val

oriza

ção

do M

agist

ério

*

Eixo

: Edu

caçã

o Bá

sica

38.

Acor

do d

e gr

atui

dade

do

Sist

ema

S 39

. Av

alia

ção

da E

PT*

40.

Bolsa

For

maç

ão*

41.

Bras

il

42.

EJA

Cam

po S

aber

es d

a Te

rra

43

. En

sino

Méd

io In

tegr

ado

Indí

gena

**

44.

E-Te

c 45

. Ex

pans

ão d

a Re

de F

eder

al

de E

PCT

46.

FIES

Téc

nico

e E

mpr

esa*

47

. M

ulhe

res M

il*

48.

PRO

EJA

49.

Rede

Cer

Eixo

: Edu

caçã

o Pr

ofiss

iona

l e T

ecno

lógi

ca

50.

CEN

SUP

51.

Ciên

cia

sem

Fro

ntei

ras*

52

. Ex

pans

ão d

a Re

de F

eder

al

de E

duca

ção

Supe

rior

53.

FIES

(Gra

duaç

ão e

Exp

ansã

o FI

ES p

ara

pós-

grad

uaçã

o*)

54.

Form

ação

de

para

Edu

caçã

o In

díge

na e

s-gr

adua

ção

Indí

gena

**

55.

INCL

UIR

56

. Pl

ano

Nac

iona

l de

Resid

ênci

a M

édic

a*

57.

PNAE

S 58

. Pó

s-gr

adua

ção

do C

ampo

e

do Q

uilo

mbo

la*

59.

PRO

UN

I 60

. Re

estr

utur

ação

dos

Ho

spita

is U

nive

rsitá

rios*

61

. RE

UN

I 62

. SI

NAE

S 63

. SI

SU

Eixo

: Edu

caçã

o Su

perio

r

** N

ome

prov

isório

de

novo

s Pro

jeto

s Est

raté

gico

s Indi

cRe

sul

Indi

cpr

od

22"

21"

23"

24"

19"

20"

ador

es d

e ta

dos:

58

ador

es d

e ut

os: 2

2

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

30

Page 13: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

É importante salientar que o PDE 2 é uma elaboração dinâ-mica, sujeita a alterações e incorporações. Os projetos nos eixos devem ter organicidade e estar em constante comunicação com as agendas governamentais. Além disso, a dinamicidade da agenda permite que haja fusão e derivação de projetos, bem como o surgi-mento de outras categorias programáticas, resultados e iniciativas.

Os indicadores e metas do PDE 2 tem por objetivo demons-trar um determinado aspecto da realidade, de forma quantitativa. O quadro de indicadores e metas do PDE 2 foi fundamentado em diversas fontes do MEC, como: PNE, PPA, PDE1, Planejamento Es-tratégico do MEC, Sinopse de Ações (2011) e SIMEC, e também, em benchmark internacional de indicadores do Banco Mundial, OCDE e Brasil Hoje.

Após a análise das diversas fontes, reuniram-se os indicado-res, gerando um quantitativo de aproximadamente 500 indicadores de resultados. Logo, houve a priorização considerando os seguintes critérios: i) pertinência/relevância; ii) confiabilidade metodológica; e iii) viabilidade. Com a priorização houve uma redução de 88% do quantitativo inicial, finalizando em 58 indicadores ordenados em 3 eixos: Educação Básica; Educação Profissional e Tecnológica; e Educação Superior. Nesse contexto, foram definidos, também, os indicadores de produto (outputs) de acordo com os projetos estra-tégicos do Roadmap do PDE 2, totalizando um quantitativo de 22 indicadores. O quadro 1.1 a seguir mostra uma síntese dos indica-dores priorizados.

Eixos Nº Indicadores Meta

EB 1 Taxa de frequência da população de 0 a 3 anos 50% até 2020

EB 2 Taxa de frequência da população de 4 a 5 anos 96% até 2016

EB 3 Taxa de Frequência à Escola - população de 15 a 17 anos 96% até 2016

EB 4 Escolaridade média da população de 18 a 24 anos 12 anos de estudos

Capítulo 1

31

Page 14: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

Eixos Nº Indicadores Meta

EB 5Escolaridade média da população de 18 a 24 anos da região brasileira de menor escolaridade

12 anos de estudos

EB 6 Escolaridade média da população de 18 a 24 anos do campo 12 anos de estudos

EB 7 Escolaridade média da população de 18 a 24 anos entre os 25% mais pobres 12 anos de estudos

EB 8 Escolaridade média da população negra de 18 a 24 anos 12 anos de estudos

EB 9 Taxa de Escolarização Líquida no Ensino Fundamental de 9 anos (6 a 14 anos) 96%

EB 10 Taxa de Escolarização Líquida no Ensino Médio (15 a 17 anos) 85% até 2020

EB 11 Percentual de alfabetizados até 8 anos de idade 96%

EB 12 Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais 93,5% até 2015

EB 13 Taxa de analfabetismo funcional da população de 15 anos ou mais de idade 50% até 2020

EB 14 IDEB (Ensino Fundamental anos iniciais) 6 até 2021

EB 15 IDEB (Ensino Fundamental anos finais) 5,5 até 2021

EB 16 IDEB (Ensino médio anos finais) 5,2 até 2021

EB 17

Relação entre os Salários Médios de Professores da Educação Básica e outros profissionais com o mesmo nível de escolaridade

1 até 2020

EB 18Percentual de professores da educação básica com pós-graduação lato e stricto sensu

50%

EB 19Percentual de planos de carreira para os profissionais do magistério implementados no sistema de ensino

2 anos

EB 20Percentual de servidores em cargos de provimento efetivo em efetivo exercício na rede pública de educação básica

90%

EB 21 Percentual de escolas públicas de educação básica com educação integral 50%

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

32

Page 15: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

Eixos Nº Indicadores Meta

EPT 22 Nº de matrículas na Educação Profissional e Técnica de nível médio Duplicar

EPT 23 Relação aluno/professor nas EPT 20 estudantes para cada professor

EPT 24Percentual de matrículas de EJA integrada a EPT nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio

25%

EPT 25Taxa de conclusão média nos cursos técnicos de nível médio da rede federal de EPCT

90%

ES 26 Taxa bruta de matrícula na educação superior da população 50%

ES 27 Taxa líquida de matrículas na educação superior da população de 18 a 24 anos 33%

ES 28 Relação aluno/professor nas Instituições de Ensino Superior

18 alunos para cada professor

ES 29 Taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais 90%

ES 30Percentual de docentes com mestrado e doutorado atuando nas instituições de educação superior

75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total,

35% de doutores

ES 31Percentual de docentes com doutorado atuando nas instituições de educação superior

35% de doutores

ES 32 Número de mestres titulados por ano 60 mil mestres

ES 33 Número de doutores titulados por ano 25 mil doutores

IE 34 Percentual de investimento público direto na educação em relação ao PIB 7% do PIB

... ...

EPT 80 Nº de bolsas ofertadas no exterior 40 mil bolsas

Legenda: EB – Educação Básica; EPT – Educação Profissional e Tecnológica; ES – Educação Superior; IE – Investimento em Educação.

Quadro 1.1. Indicadores e Metas

Para o alcance dos resultados do PDE 2 é necessário não apenas um agenda alinhada, mas sim a institucionalização de uma sistemáti-

Capítulo 1

33

Page 16: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

ca de monitoramento e avaliação que produza informações tempesti-vas sobre o desempenho da organização em suas diversas instâncias.

O Modelo de Monitoramento e Avaliação do MEC abarcou objetos tanto do esforço quanto do resultado. Os objetos do resul-tado são os elementos do Mapa Estratégico do MEC e do Roadmap do PDE 2, seja sob a forma de objetivos, projetos ou metas mobili-zadoras (por meio de seus indicadores de efetividade, eficiência e eficácia, conforme o caso), estejam ou não dispostos em instrumen-tos de contratualização interna ou externa. Os objetos do esforço estão representados principalmente nos elementos programáticos do Roadmap do PDE 2, seja sob a forma de iniciativas estratégicas, ações, atividades, marcos e por meio de indicadores de excelência, execução e economicidade.

3.2. Alinhamento das Estruturas Implementadoras

(Frente 2)

As estruturas implementadoras são compreendidas em sen-tido amplo, como unidades de uma ou mais organizações que pos-suem a função de realizar a estratégia. As estruturas implementado-ras são formadas não apenas pela estrutura organizacional, como também pelos processos, força de trabalho e recursos orçamentá-rios-financeiros que ensejaram redes com nós localizados dentro dos limites de uma ou mais organizações que necessitam estar ali-nhados à agenda estratégica do MEC para promover sua execução.

O alinhamento da estrutura implementadora do MEC reali-zou-se por meio da matriz de contribuição. A matriz possibilita a análise da contribuição de cada unidade organizacional do MEC para o alcance do PDE 2.

As unidades organizacionais que compõem a estrutura im-plementadora possuem a função de realizar a estratégia por meio da execução das iniciativas. As unidades analisadas foram:

Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE);Secretaria de Educação Básica (SEB);Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diver-

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

34

Page 17: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

sidade e Inclusão (SECADI);Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Supe-rior (SERES);Secretaria de Educação Superior (SESU);Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SE-TEC).

Adicionalmente, os órgãos vinculados ao MEC que também fazem parte da estrutura implementadora, contemplados na aná-lise foram:

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES);Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE);Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

A figura 1.5 ilustra o cruzamento das unidades organizacio-nais (MEC e órgãos vinculados) com os projetos estratégicos do PDE 2. Estes estão sequenciados de acordo com numeração apresenta-da no Roadmap do PDE 2, figura 1.4.

A matriz de contribuição do PDE 2 ilustra uma rede interde-pendente de vários projetos estratégicos, com intersecções entre as secretarias e organizações vinculadas ao MEC, responsáveis pela execução de um programa específico. Os projetos que possuem um número maior de inter-relações com secretarias e organizações vinculadas possuem um nível maior de complexidade, pois necessi-tam de intensa articulação e coordenação entre os responsáveis das respectivas áreas para que o programa seja implementado. Além disso, verifica-se que tanto as secretarias como os órgãos vincula-dos ao MEC são multiprojetos, ou seja, contribuem com a execução de mais de um projeto concomitantemente. Dessa forma, todas as secretarias e órgãos vinculados estão envolvidos com esforços de implementação das iniciativas estratégicas. Nota-se que o FNDE é a autarquia mais transversal do PDE 2, atuando em 25 projetos. Em seguida, está a SECADI com 21 projetos.

Capítulo 1

35

Page 18: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

Fig

ura

1.5

. C

ruz

am

en

to e

ntr

e u

nid

ad

es

org

an

iza

cio

na

is e

in

icia

tiv

as

est

raté

gic

as

CAPE

S

1415

1617

1819

2021

2223

2425

2630

12

35

67

89

1011

1213

2728

2931

32

SESU

FNDE

INEP

SASE

SEB

SERE

S

SECA

DI

SETE

C

13

11

22

11

12

12

21

21

33

47

21

11

22

13

33

1

4 2

4546

4748

4950

5152

5354

5556

5761

3334

3536

3738

3940

4142

4344

5859

6062

22

21

11

22

22

22

12

11

11

14

22

12

31

11

12

5 19 21 1 11 12 5 25 13

Eixo

da

Educ

ação

Bás

ica

Eixo

da

Educ

ação

Pro

ssio

nal e

Tecn

ológ

ica

Eixo

da

Educ

ação

Su

perio

rAu

tarq

uias

Mat

riz d

e Co

ntrib

uiçã

o do

PDE

2Pr

ogra

mas

Unidades Organizacionais

Alin

ham

ento

das

Est

rutu

ras I

mpl

emen

tado

ras

Lege

ndas

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

36

Page 19: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

3.2.1 Detalhamento dos Projetos Estratégicos Priorizados

do PDE 2 – Matriz de Contribuição Detalhada

Após a definição dos projetos estratégicos do PDE 2 e seu cru-zamento com a estrutura implementadora, empreendeu-se o esfor-ço de detalhamento desses projetos com o objetivo de explicitar os principais objetos de monitoramento e avaliação para apoiar o acompanhamento estratégico desses projetos em cada nó (inter-secção) da matriz de contribuição. Para tanto, o detalhamento dos projetos estratégicos possui os seguintes elementos:

Cadeia de valor: diagrama sistêmico do projeto que per-mite a visualização dos insumos, ações executadas, pro-dutos e impactos gerados.Ações e atividades: As ações são elementos de execução, que tornam o objetivo do projeto em algo tangível. As atividades são desdobradas das ações, haja vista que um conjunto de atividades pode ser definido como ações e representam os esforços necessários para o alcance dos resultados esperados pelo projeto.Indicadores de ação: consistem em métricas que propor-cionam informações relevantes para o processo decisório e permitem a avaliação do desempenho do projeto seguindo três aspectos relevantes: controle, comunicação e melhoria.Caminho crítico: diagrama que representa o sequencia-mento de ações a partir das relações de precedência exis-tentes entre as diversas ações de um projeto.

O processo de formulação da Matriz de Contribuição Deta-

lhada em ações e atividades foi fundamentado no detalhamento dos 6 projetos estratégicos priorizados do PDE 2, a saber: Rede E-tec Brasil; Bolsa-Formação; Ciência sem Fronteiras; Brasil Profissionali-zado; Expansão da Rede Federal de EPCT; e Acordo de Gratuidade do Sistema S. Nesse contexto foi possível visualizar a contribuição das unidades para a geração dos resultados esperados, assim como alinhar as equipes para a implementação das iniciativas de maneira coordenada e integrada.

Capítulo 1

37

Page 20: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

4. RESULTADOS

O alinhamento para resultados no MEC gerou soluções espe-cíficas para o Ministério, como o Mapa Estratégico, o Roadmap do PDE 2, as matrizes de contribuição, o modelo de Monitoramento e Avaliação entre outros importantes elementos. Destaca-se que os trabalhos realizados tiveram não somente contribuição para o de-senvolvimento interno do MEC, como também possibilitou ganhos para os destinatários das políticas educacionais.

O Roadmap do PDE 2, por exemplo, foi debatido em oficinas de trabalho com a equipe da Secretaria Executiva, resultando em uma segmentação por destinatários das políticas públicas, com o objetivo de ofertar um “cardápio” de prestação de serviços à socie-dade. Essa ação permite maior transparência, haja vista que os pú-blicos destinatários serão mais cientes de quais ações ou políticas são desenvolvidas pelo Ministério. O desdobramento do PDE 2 re-sultou em dois agrupamentos: por solicitante e por destinatário. O solicitante é um ator autorizado a requerer o benefício gerado pelos projetos estratégicos. Por sua vez, o destinatário é o que recebe, de forma direta ou indiretamente, os produtos ou os serviços gerados pelos projetos. Foram definidos em oficina 8 grupos de solicitantes e/ou destinatário dos projetos estratégicos do PDE 2, propiciando um “cardápio” de projetos estratégicos do MEC voltado a atender a cada um dos destinatários, a saber:

Estudante: contempla todos os educandos regulares com matrícula vigente nos sistemas de ensino;Cidadão: contempla todo indivíduo que não é educando regular com matrícula nas redes de ensino, podendo ser, por exemplo, alfabetizando, trabalhador, desempregado, beneficiário de inclusão produtiva do projeto Bolsa Famí-lia, soldado, funcionário da escola etc.;Professor/Profissionais da Educação: contempla os profis-sionais do magistério, técnicos e funcionários;Escola: contempla as unidades de ensino da educação básica;Instituição (EPT e Superior): contempla a Rede de Educa-G

over

nanç

a em

Açã

o - V

olum

e 3

38

Page 21: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

ção Profissional e Tecnológica e os Institutos Federais de Ensino Superior (Ifes), a Rede de Educação Superior etc.;Município: contempla as Secretarias Municipais de Educação;Estado: contempla as Secretarias Estaduais de Educação;Instrumentos e Sistemas de Gestão e Avaliação: refere-se aos instrumentos e ferramentas de gestão ou de avalia-ção do ensino para apoio ao processo decisório.

O desdobramento do Roadmap por destinatários gera um de-safio maior ao MEC, pois torna mais complexa a operacionalização da sistemática de monitoramento e avaliação, devido ao aumento da inter-relação e interdependência com os destinatários das polí-ticas educacionais. Contudo, torna mais transparente sua atuação perante a sociedade, gerando maior valor público.

Em suma, a continuidade do alinhamento para resultados no MEC depende essencialmente de sua capacidade de manter uma estrutura que suporte a agenda estratégica, PDE 2, com coesão in-terna e alinhada com as diretrizes governamentais, integrada com as estruturas implementadoras e com a sistemática de monitora-mento e avaliação, buscando, assim, o aprendizado para resultados e a melhoria contínua da educação.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Plano de Desenvolvimento da

Educação. Brasília, DF, 2007.

BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação 2011-

2020. Brasília, DF, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria Executiva. Plano Plurianual

2012-2015. Brasília, DF, 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria Executiva. Sinopse das

Ações do Ministério da Educação. Brasília, DF, 2011.

< http://portal.mec.gov.br/index.php>. Acesso em 25 de julho de 2011

< http://simec.mec.gov.br>. >. Acesso em 25 de julho de 2011

Capítulo 1

39

Page 22: ALINHAMENTO PARA RESULTADOS NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO · O Ministério da Educação desenvolveu em 2009-2010 seus objetivos estratégicos com a finalidade de alcançar uma situação

KAPLAN, R.; NORTON, D. Mapas Estratégicos: convertendo ativos

intangíveis em resultados tangíveis. Campus Elsevier, 2004.

MARTINS, H.F.; MARINI, C. Um guia de governança para resultados

na administração pública. Brasília: Instituto Publix, 2010.

PHAAL, R.; FARRUKH, C. ; PROBERT, D. “Roadmapping: A planning

framework for evolution and revolution”. Technological Forecasting & Social Change, 2004.

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

3

40