alimentaÇÃo saudÁvel: uma proposta de … · destaca-se que, a disciplina de biologia tem como...
TRANSCRIPT
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA
JUNTO A UM GRUPO DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA
DO PARANÁ
Telma Sosnitzky da Silva Galhardi1
Ricardo Castanho Moreira2
Resumo: A nutrição é essencial para manter a vida. Entretanto, o significado da nutrição em momentos específicos da vida vem se tornando cada vez mais apreciado e, na adolescência, ter uma dieta balanceada também é fundamental, pois as necessidades nutricionais nessa fase são maiores. Em nossa sociedade, o período de adolescência não é igual para todos, sendo uma fase de aquisição de conhecimentos, valores e hábitos que os acompanhará por toda a vida. O consumo de frituras, doces e refrigerantes pode ocorrer em excesso; esses e outros maus hábitos alimentares são freqüentes nesta fase, sendo importante estimular uma alimentação saudável e variada com ingestão de cereais, verduras, frutas, legumes carnes e leguminosas. Fatores sócio-econômico-culturais exercem influência na nutrição de crianças e adolescentes podendo haver carência de nutrientes fundamentais. Com o método da alimentação alternativa e através da reeducação alimentar evita-se o desperdício, melhorando a saúde, a qualidade de vida e consequentemente o rendimento escolar, garantindo saúde e prevenção de doenças futuras. O conhecimento da Biologia relacionado à alimentação e saúde colaborou para que os adolescentes mostrassem mais interesse em saber os benefícios dos alimentos para a manutenção da vida e ficassem alerta quanto aos excessos e carências alimentares.
Palavras-chave: hábitos alimentares; saúde; adolescência.
HEALTHFUL FEEDING: A PROPOSAL OF EDUCATIVEINTERVENTION NEXT TO A GROUP OF ADOLESCENTS
OF A PUBLIC SCHOOL OF THE PARANÁ
Abstract: The nutrition is essential to keep the life. However, the meaning of the nu-trition at specific moments of the life comes if becoming each time more appreciated e, in the adolescence, to have a balanced diet also it is basic, therefore the nutri- 1 Professora da Rede Pública do Estado do Paraná na disciplina de Biologia, Colégio Estadual Maria Dalila Pinto – EFM na cidade de Santo Antônio da Platina – PR.e-mail: [email protected] Professor Orientador do PDE na UENP – Campus de Bandeirantes, formado pela UNIOESTE no curso de Enfermagem. Mestre em Enfermagem pela UEM.e-mail: [email protected]
cionais necessities in this phase are bigger. In our society, the period of adolescence is not equal for all, being a phase of acquisition of conhecimen them to you, values and habits that the life will follow them for all. The consumption of frituras, cooling candies and can occur in excess; these and other bad alimentary habits are frequent in this phase, being important to stimulate a healthful and varied feeding with inges-tion of cereals, vegetables, fruits, vegetables meats and le-guminosas. Partner-economic-cultural factors exert influence in the nutrition of children and adolescents being able to have lack of basic nutrients. With the method of the alternative feeding and through the alimentary re-education wastefulness is prevented, improving the health, the quality of life and consequentemente the pertaining to school income, guaranteeing health and prevention of future illnesses. The knowledge of the Biology related to the feeding and health collaborated so that the adolescents showed more interest in knowing the benefits of foods for the maintenance of the life and were alert how much to the alimentary excesses and lacks.
Key-words: alimentary habits; health; adolescence.
INTRODUÇÃO
A Secretaria de Estado da Educação implantou o Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE), a ser desenvolvido em parceria com a
Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), o qual
envolve, simultaneamente, as escolas públicas estaduais de Educação Básica e as
Instituições de Ensino Superior, visando a integração desses níveis de ensino. O
PDE instaura uma nova concepção de Formação Continuada que integra a política
de valorização dos professores que atuam na Rede Pública Estadual de Ensino do
Estado do Paraná.
O primeiro processo de seleção ao PDE ocorreu em 2006. O
programa é composto de quatro períodos para o desenvolvimento dos trabalhos com
liberação total do professor das atividades didático-pedagógicas nos primeiros dois
períodos e parcial nos períodos seguintes.
No primeiro período o professor PDE teve como atividades a
participação em cursos de formação nas IES, tutoria para Grupo de Trabalho em
Rede (GTR) na Educação a Distância (EaD) e encontros com o orientador para
elaboração do Projeto de Pesquisa. Já no segundo período o ponto principal foi a
construção de material didático (Folhas, OAC, Multimídia, entre outros). No terceiro
período o professor voltou para sua escola de lotação para implementação do
projeto apresentado. Ao final do quarto período deste programa, quando termina o
processo, o Professor PDE apresentou seu trabalho com a produção de um artigo,
cuja temática está voltada ao seu objeto de estudo, sob a orientação do Professor
Orientador da IES e validado pelo mesmo e pelo Coordenador do PDE na IES para
certificação.
Assim esta estratégia de capacitação profissional contempla a troca
de experiências e a partilha de saberes, os quais, segundo Nóvoa (1997),
consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é chamado a
desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e formando.
Para Santos (2005, p.59) “é o saber sistematizado e sua apropriação
que garantem os dispositivos para lutar e conquistar uma vida melhor”. E ainda, é
necessário apropriar-se do saber sistematizado, compreendendo o significado dos
conceitos e analisando as condições e fatores que determinam sua produção. Neste
tocante, tornam-se esclarecedoras as palavras de Vygotsky (1982, p. 213-4) ao
conceber que “a tomada de consciência vem pela porta dos conhecimentos
científicos”.
Neste pensar, vislumbrei através desta porta um caminho, não
apenas para a oportunidade do aprimoramento de estudos, mas um caminho para
integrar os conhecimentos apreendidos em prol da conscientização de adolescentes
para incorporarem hábitos alimentares saudáveis no seu cotidiano.
Assim delimitei o fenômeno a ser pesquisado, visto que a
adolescência é um período caracterizado por crescimento físico, desenvolvimento
rápido, ganhos de massa muscular e óssea e, consequentemente, com aumento da
necessidade de nutrientes. A alimentação dos adolescentes deve sustentar o
crescimento, promover a saúde e ser agradável.
Contudo, nesta fase, os maus hábitos alimentares são frequentes e,
associados aos fatores ambientais e sócio-econômicos como a renda familiar,
poderão comprometer o desempenho escolar e contribuir para o aumento do risco
para doenças, entre elas as que acometem o aparelho cardiovascular, principal
causa de mortalidade na população brasileira (BARRETO, 2002).
O estudo de conceitos da área de ciências, quando envolvem
situações que dizem respeito à saúde dos alunos, aos seus hábitos de lazer, as
suas experiências de trabalho, ou ainda, à sua explicação sobre fenômenos da
natureza, torna-os mais motivados para aprendizagens de caráter científico,
ampliando sua visão de mundo e colaborando para a modificação de hábitos
capazes de melhorar sua qualidade de vida (DELIZOICOV; ANGOTTI;
PERNAMBUCO, 2002).
Para tanto, pautei-me no conhecimento da Biologia aplicado na
alimentação saudável durante a adolescência, que tem como base as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná dentro do conteúdo básico: sistemas biológicos;
conteúdo estruturante: mecanismos biológicos e conteúdo específico: fisiologia
humana focando a nutrição.
Destaca-se que, a disciplina de Biologia tem como objeto de estudo
o fenômeno VIDA. A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos
fenômenos naturais levou o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de
mundo e de seu papel como parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à
necessidade de garantir a sobrevivência humana (PARANÁ, 2008, p. 38).
Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná:
...a disciplina de Biologia deve ser capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento; deve priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, e propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes (PARANÁ, 2008; p. 56).
Com o estudo da Biologia tornamo-nos mais capazes de tomar
decisões quanto à nossa saúde e ao nosso bem-estar: a importância de fazer
exercícios, de ter uma alimentação adequada (LINHARES; GEWANDSZNAJDER,
2003). Assim, no âmbito das opções cotidianas que cada ser humano tem
sobre seus hábitos de vida, a nutrição saudável é uma opção essencial para manter
a vida.
Importa, então, conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as ideias primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levam à compreensão do conceito VIDA (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: BIOLOGIA, 2008; p. 63).
Diante desta situação, o objetivo deste estudo foi elaborar uma
proposta de orientação de hábitos alimentares saudáveis para adolescentes de um
colégio estadual e avaliar o estado nutricional dos adolescentes de acordo com
dados antropométricos e laboratoriais.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter prospectivo, do tipo
quase-experimental. Quantitativo porque prevê a mensuração de variáveis
preestabelecidas, com posterior análise estatística destas. Quase experimental, pois
será realizada a observação e análise dos sujeitos no grupo, antes e após a
realização da intervenção proposta (CHIZZOTTI, 1991).
O público alvo da pesquisa foram os alunos do terceiro ano do
Ensino Médio do Colégio Estadual Maria Dalila Pinto, Ensino Fundamental e Médio,
período matutino, localizado no bairro urbano, Jardim Bela Vista, do município de
Santo Antônio da Platina.
Inicialmente a proposta de estudo foi divulgada aos professores,
direção, equipe pedagógica e funcionários do Colégio, a qual foi autorizada pela
instituição. Posteriormente, foi apresentado o projeto aos alunos do terceiro ano do
Ensino Médio. A escolha desta turma para o desenvolvimento da implementação da
intervenção se deu pela conveniência da grade curricular do referido período ser
congruente com os propósitos da pesquisa e que, os demais alunos, de outras
turmas, terão oportunidades nos anos seguintes, dando continuidade a este projeto.
A aproximação com os alunos iniciou-se com a sondagem das
preferências alimentares dos alunos do através de questionário (apêndice 1) com
questões objetivas para assinalarem os diversos alimentos, bem como a freqüência
com que os consomem. Em seguida, encaminhamos aos pais e/ou responsáveis
dos adolescentes da turma em estudo, um segundo questionário (apêndice 2) para
caracterização da situação sócio-econômica-cultural visto que a orientação alimentar
depende da família com a qual o adolescente convive. Junto com o questionário, foi
encaminhado também, um termo de consentimento livre e esclarecido (apêndice 3)
aos pais e/ou responsáveis do estudo.
Para avaliação do impacto da intervenção proposta, foram utilizados
parâmetros bioquímicos como dosagem de hemoglobina, hematócrito, leucócitos,
colesterol e triglicérides. Para tanto, recebemos na sala de aula uma biomédica
responsável por um dos laboratórios de Análises Clínicas local, que explanou sobre
a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, visto que as carências ou
excessos na ingestão de alimentos poderão repercutir na saúde dos adolescentes,
manifestando-se por doenças cardiovasculares, diabetes ou anemia.
A turma possui 29 (vinte e nove) alunos. Ao finalizar a palestra, foi
realizada a coleta de sangue, por um profissional capacitado e qualificado para tal
procedimento, de uma amostra de 18 alunos, os quais consentiram em ingressar na
pesquisa.
Distribuímos aos alunos participantes do projeto um formulário onde
indicaram como fazem rotineiramente as refeições, bem como os horários em que
realizam as mesmas: café da manhã (desjejum), lanche da manhã (geralmente no
colégio), almoço, lanche da tarde, jantar e ceia (apêndice 4). Sob orientação da
professora PDE, os alunos da turma em estudo, preencheram este registro do
consumo alimentar referente ao dia anterior, com a realidade de cada família.
O segundo encontro contou com a presença de uma nutricionista,
que abordou o tema sobre alimentação saudável e ressaltou a importância de comer
o que se gosta “sem culpas”, mas moderadamente. Destacou a importância da
aceitação pessoal, onde o físico também tem a ver com a genética, os perigos de
seguir um padrão físico apresentado pela mídia que muitas vezes leva à bulimia,
anorexia e uso de anabolizantes.
Após a palestra da nutricionista, cada aluno simulou seu próprio
cardápio saudável diário com a finalidade de segui-lo (apêndice 5).
Conforme a leitura e estudo da produção Didático-pedagógica
intitulada “O que comer entre as refeições?”, os alunos realizaram pesquisa
bibliográfica sobre nutrientes necessários às atividades vitais do organismo,
aproveitamento de alimentos e talos. Também foram divididos em grupos para
pesquisa em bibliotecas e/ou internet: Doenças Cardiovasculares, Colesterol “bom”
e Colesterol ”ruim”, Pirâmide Alimentar, Atividade Física Associada à Alimentação
Saudável, Anorexia, Bulimia, Multimistura. Finalizando o trabalho de pesquisa os
grupos fizeram uma breve plenária dos mesmos em sala de aula, culminando com
debate. Após a apresentação dos grupos destacaram, curiosamente, a
multimistura quando alguns alunos comentaram nunca terem escutado falar desta.
Como atividade contida no cronograma da Implementação, realizamos a visita à
sede da Pastoral da Criança local. Os alunos puderam conhecer o trabalho dos
voluntários obtendo conhecimento mais detalhado da alimentação alternativa
(incluindo a multimistura) utilizada por famílias carentes, bem como os benefícios
multimistura) utilizada por famílias carentes, bem como os benefícios desta para a
gestante e recém-nascido.
A intervenção teve uma duração de 30 (trinta) semanas, e após este
período foi realizado, no mês de outubro, o pós-teste, com os mesmos parâmetros
destacados anteriormente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A turma em estudo é, atualmente, constituída por 27 alunos,
conforme pode ser visto, mais detalhadamente na tabela abaixo:
Tabela 1. Caracterização da população de estudo
População (n) (%)SexoFemininoMasculino
1611
59,2540,75
Idade (anos)17181920
21020301
77,78 7,4011,12 3,70
Tipo de moradia:Alvenaria
27 100,00
Aluno trabalha fora de casa:SimNão
0819
29,6270,38
Após alguns dias, com os exames em mãos, realizamos a tabulação
dos resultados. Dentre os 19 exames, 05 (cinco) apresentaram colesterol elevado e
06 (seis) anemia; sendo apenas 01 (uma) aluna a apresentar colesterol e anemia
concomitantemente, os níveis de triglicerídeos mantiveram-se normais conforme
gráficos em anexo. Nada muito grave, podendo ser corrigido apenas com
alimentação. Ao término da tabulação de dados, estudamos detalhadamente os
componentes de cada exame para que os alunos pudessem entender com mais
clareza os resultados. No Hemograma Completo estudaram a definição de:
Eritrograma – hematócrito, hemoglobina, hemácias, volume corpuscular médio
(VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração hemoglobina (CHCM);
bina corpuscular média (HCM), concentração hemoglobina (CHCM); Leucograma –
leucócitos, basófilos, eosinófilos, mielócitos, metamielócitos, bastões, segmentados,
linfócitos, monócitos; Hematoscopia; Colesterol Total, Triglicerideos.
Verificamos que muitos dos alunos participantes da pesquisa vão
para a escola sem o desjejum, ou seja, não ingerem alimentos no período matutino
anterior as aulas. Sabemos que todas as refeições são importantes para nossa
saúde, mas o café da manhã é primordial. Sem ingerir alimentos no café da manhã
nosso organismo ficará com carência de nutrientes e energia, ficando mais difícil
controlar a quantidade de alimentos a serem ingeridos no almoço, causando a
compulsão alimentar.
Com a sondagem das preferências alimentares dos alunos do 3º ano
do Ensino Médio, obtivemos a frequência com que consomem os mesmos, conforme
tabela abaixo:
Tabela 2. Distribuição das preferências e freqüência de consumo alimentar entre os alunos
ALIMENTOTODOS
OS DIAS
1 VEZNA
SEMANA
1 VEZAO
MÊS
1 VEZAO
ANONUNCA
Arroz 29 - - - -Feijão 29 - - - -Macarrão - 27 1 - 1Massas (ex.: lasanha, nhoque, panqueca, etc.) - 15 11 2 1Pão 27 2 - - -Ovos 3 12 12 - 2Carne de boi 13 16 - - -Carne de porco 4 17 5 - 3Carne de ave / frango 6 19 3 - 1Carne de peixe / sardinha 1 12 10 1 5Vísceras )fígado, rim, língua, etrc.) 1 3 1 2 22Lingüiça - 20 5 - 4Salsicha 4 16 6 - 3Mortadela 7 15 6 - 1Salame - 9 8 2 10Leite 23 3 1 - 2Presunto / apresuntado 7 16 6 - -Queijo 7 12 9 - 1Requeijão 3 5 14 - 7Iogurte 7 9 10 - 3Margarina 18 7 2 - 2Manteiga 10 8 1 3 7Maionese 10 10 3 2 4Catchup 16 11 4 1 7Mostarda 4 5 2 - 18Achocolatado 15 8 5 1 -Café 20 4 - - 5Bolacha recheada 10 12 6 1 -Bolacha salgada 10 9 8 1 1Bolacha simples 10 9 7 1 2Bolo 6 14 9 - -Verduras (couve, alface, rúcula, etc.) 13 10 1 1 4Legumes (cenoura, abobrinha, chuchu, etc.) 11 11 2 1 4Sopa - 13 11 - 5Frutas 13 13 2 - 1Suco natural 10 12 5 1 1Refrigerante 14 11 3 - 1
Chocolate e bombom 6 14 9 - -Sorvete de fruta 1 12 11 1 4Sorvete de massa - 20 8 - 1Doces caseiros (abóbora, amendoim, etc.) 3 13 10 - 3Doces industrializados (pé-de-moleque, etc.) 5 10 12 - 2Gelatina - 10 13 1 6Sanduíches (cachorro-quente, X-salada, etc.) 4 15 10 - -Salgados fritos ou assados (coxinha, etc.) 6 21 2 - -Pipoca 2 15 4 1 2“Chips” 1 14 9 2 3Batata frita 2 12 11 2 2Pizza - 12 13 2 2Outro. Qual? 1 cerveja - 1 chá
Observando a ingestão diária dos alimentos registramos que 100%
dos alunos ingerem arroz e feijão e 93% ingerem pão. Este panorama reforça a
importância da estratégia do Ministério da Saúde do Brasil, implantada em 2005, a
qual escolheu cereais como o arroz, o trigo e o milho para fortificação (BRASIL,
2002). O consumo destes alimentos, segundo Galeazzo, Domene e Sichieri
(1997) apud Araújo (2007, p.15) “fazem parte da dieta de toda a população
brasileira, uma vez que integram a cesta básica, e assim contribuem de forma
importante para o fornecimento deste minera”.
Por sua vez, a ingestão diária de frutas, verduras e legumes
demonstrou ser pouco freqüente entre os alunos, devendo ser motivada sua
inclusão no cotidianos destes adolescentes. Dentre as carnes consumidas, a bovina
foi de 44,8% e 3,4% carne de peixe, considerada mais saudável. O leite foi consu-
mido por 79,3% dos alunos e deverá ser mantido.
Encaminhamos aos pais e/ou responsáveis dos adolescentes da
turma em estudo, um outro questionário para sondagem da situação sócio-
econômica-cultural (apêndice 2) visto que a orientação alimentar depende da família
com a qual o adolescente convive.
Verificamos que 100% dos alunos moram em casa de alvenaria com
seus progenitores e a refeição é preparada em 96,5% pela mãe. As residências,
100% recebem serviço de esgoto e 6,8% usufruem de água de poço.
Dos bens materiais existentes dentro de casa, 100% das residências
possuem TV e geladeira; 91% possuem DVD; 50% possuem computador; 83,3%
possuem carro ou moto; 58,3% possuem filtro de água; 58,3% possuem telefone
fixo; 50% possuem microondas e 33,4% possuem vídeogame ou playstation.
Através do avanço tecnológico e da expansão das
telecomunicações, a imagem da perfeição corpórea passa a habitar, de forma
constante, o cotidiano. A “imperfeição” física dos indivíduos comuns defronta-se, a
cada instante, com imagens de “corpos perfeitos” em telas de cinemas e TV. Desta
imagens de “corpos perfeitos” em telas de cinemas e TV. Desta forma, a mídia, leva
milhões de pessoas a consumir dietas e suplementos alimentares, pouco saudáveis.
Por outro lado, tão intenso é o investimento para divulgação de guloseimas
(SABINO, 2007).
Neste tocando, os pais dos alunos participantes da pesquisa, em
sua maioria, relataram que cedem ao pedido dos filhos quando estes solicitam os
alimentos sugeridos em comerciais de TV, sendo a minoria dos adolescentes que
não pedem para comprá-los.
Quanto aos alimentos sugeridos em comerciais de TV, a atitude dos
pais quando os filhos pedem para comprar foi que 86% às vezes compram, em 6,9%
os filhos trabalham e compram quando querem e 3,4% não pedem para comprar.
Observamos que 33% dos alunos não costumam pedir aos pais
informações e orientações sobre alimentos, sendo que 58,3% escolhem seus
alimentos com informações adquiridas através da TV, 41,6% em panfletos de
mercados, 25% com informações da embalagem dos alimentos, 41,6% por
recomendação de profissionais da saúde e 8,3% por indicação de professores.
No diálogo familiar pudemos constatar que 66,6% dos pais
conversam com os filhos sobre os assuntos abordados em sala de aula, mas apenas
25% tem o hábito de freqüentar a escola para saber do desempenho dos filhos,
mesmo quando não solicitados pela direção e pedagogos.
Constatamos que muitos dos alunos participantes da pesquisa vão
para a escola sem o desjejum, ou seja, não ingerem alimentos no período matutino
anterior as aulas. Sabemos que todas as refeições são importantes para nossa
saúde, mas o café da manhã é extremamente importante para iniciar um novo dia,
pois durante o período de sono o organismo gasta energia que precisa ser reposta.
Sem ingerir alimentos no café da manhã nosso organismo ficará com carência de
nutrientes e energia, ficando mais difícil controlar a quantidade de alimentos a serem
ingeridos no almoço, causando a compulsão alimentar.
Verificamos que apenas 31% dos alunos não tem hábito de tomar o
café da manhã, chegando ao colégio com desânimo, dificultando a aprendizagem;
72,4% não consomem o lanche oferecido pela escola; 100% almoçam em casa;
86% fazem o lanche da tarde entre 14h e 16h; 69% jantam entre 18:30h e 20h,
sendo que os demais realizam lanches; 44,8% dos alunos não tem costume de
realizar a ceia, antes de dormir.
Com as orientações recebidas no desenvolvimento do projeto sobre
alimentação aliadas aos conhecimentos de Biologia já adquiridos pelos educandos,
pudemos constatar que os mesmos conseguiram assimilar o que lhe foi exposto e
pesquisado. Neste contexto, formularam um cardápio saudável, com a finalidade de
segui-lo, para uma vida saudável e de qualidade, melhorando o desempenho
escolar.
Tal melhoria pode ser observada na figura 1, que demonstra a
evolução da medida da hemoglobina dos alunos.
Figura 1. Comparação, individual, das medidas de hemoglobina (g/dL) obtidas em adolescentes de uma escola pública do Paraná
Hemog
lobina
g%
10,811,111,411,7
1212,312,612,913,213,513,814,114,4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
pré-intervenação pós-intervenção
Como pode ser notado na figura, a maioria dos participantes do
estudo, apresentaram um aumento na quantidade de hemoglobina no sangue, fato
que “torna o eritrócito capaz de realizar sua principal função, ou seja, transportar o
oxigênio entre os pulmões e os tecidos” (SMELTZER; BARE, 2002, p. 703).
Esta característica do eritrócito permite que as células do organismo
sejam supridas de nutrientes essenciais para o seu bom funcionamento, entre eles o
pensamento e a concentração, qualificações intimamente relacionadas ao bom
desempenho escolar.
Corroborando, a figura 2, demonstra a variação do percentual do
hematócrito dos alunos.
Figura 2. Comparação, individual, das medidas de hematócrito (%) obtidas em adolescentes de uma escola pública do Paraná
Hemat
ócrit
o %
32,733,233,734,234,735,235,736,236,737,237,738,238,739,239,740,240,741,241,742,242,743,243,744,244,7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
pré-interveção pós-intervenção
Outro benefício que notou-se após a implementação, foi o aumento
da resistência à agentes agressores externos, evidenciado pelo aumento do número
de leucócitos. Estas células têm a principal função de “proteger o corpo contra a
infecção e o dano ao tecido” (SMELTZER; BARE, p. 704).
Figura 3. Comparação, individual, das medidas de leucócitos (mm3) obtidas em adolescentes de uma escola pública do Paraná
Leuc
ócito
s / m
m3
3900440049005400590064006900740079008400890094009900
104001090011400
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
pré-intervenção pós-intervenção
A detecção precoce de níveis séricos elevados de colesterol em
pessoas assintomáticas permite a identificação de um importante fator de risco
modificável para doença arterial coronariana.
No entanto, Franca e Alves (2007) afirmam que apenas nos últimos
anos a dosagem de colesterol durante a infância tem recebido maior atenção. Esta
medida é importantíssima, pois crianças que correm maior risco de desenvolver
doenças do coração pode se beneficiar de uma intervenção dietética mais intensa.
As medidas bioquímicas relacionadas ao perfil lipídico dos
adolescentes participantes deste estudo são apresentados na figura 4.
Figura 4. Comparação, individual, das medidas de colesterol sérico (mg/dL) obtidas em adolescentes de uma escola pública do Paraná
Coles
tero
l mg/
dl
120130140150160170180190200210220230240250
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
pré-intervenção pós-intervenção
Os resultados apontam que, antes da implementação de uma
alimentação saudável, o grupo apresentava cinco adolescentes com colesterol
acima do recomendado, o que representa 27,8%. Esta proporção é semelhante
àquela encontrada por Franca e Alves (2007), os quais apontaram uma prevalência
de 29,7% de um dos fatores de risco clássicos para aterosclerose coronariana em
adolescentes pernambucanos.
Isto porque, quando aumentado o colesterol das lipoproteínas de
baixa densidade (LDL), se torna o principal componente do colesterol sérico total
associado a um risco aumentado para o desenvolvimento da aterosclerose
(COTRAN, KUMAR e COLLINS, 2000, p. 451). O LDL contém aproximadamente
70% do colesterol do sangue e é o principal alvo das intervenções de redução do
colesterol (LELLIS, 2006 p 30). O HDL proteína de alta densidade possui uma
(LELLIS, 2006 p 30). O HDL proteína de alta densidade possui uma relação inversa
entre aterosclerose sintomática, quanto maior os níveis de HDL menor o risco de
cardiopatia isquêmica, Acredita-se que este tenha a capacidade de mobilizar o
colesterol do ateroma em desenvolvimento e estabelecido, transportando-o para o
fígado para sua excreção na bile (COTRAN, KUMAR e COLLINS, 2000 p 451).
Pode-se observar ainda, na figura 4, que após a intervenção, o
percentual de adolescentes que apresentavam colesterol elevado, caiu de 27,8%
para 11,1%, demonstrando que a implementação proposta teve relação positiva com
a redução deste fator de risco.
Outro parâmetro bioquímico analisado foi o triglicerídeos, o qual teve
seu comportamento demonstrado na figura 5.
Figura 5. Comparação, individual, das medidas de triglicerídios (mg/dL), obtidas em adolescentes de uma escola pública do Paraná
Triglic
eridios
mg/
dl
5060708090
100110120130140150160170
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
pré-intervenção pós-intervenção
Como se pode notar, os resultados de triglicerídios dos adolescentes
apresentaram-se todos dentro da normalidade. Mesmo assim, houve uma redução
deste após a implementação da dieta saudável.
Há bastante tempo tem sido demonstrado que o aumento do
consumo de gordura associa-se à elevação da concentração plasmática de
colesterol e à maior incidência de aterosclerose (DBD, 2007, p. 9). Portanto, a
reeducação alimentar deve ser adotada na prevenção e no tratamento da
hipercolesterolemia, onde deverá se levar em conta as questões culturais, regionais,
sociais e econômicas dos clientes.
O colesterol é encontrado somente em alimentos de origem animal,
assim para reduzir a ingestão de colesterol, deve-se restringir o consumo de
vísceras como: fígado, miolo e miúdos, de leite integral, queijo, manteiga, biscoitos
amanteigados, folhados, sorvetes cremosos, embutidos (salsicha, lingüiça, bacon,
torresmo), frios (presunto, salame, mortadela), pele de aves, frutos do mar (lagosta,
camarão, ostra, marisco, polvo). Especial atenção deve se dar à redução na
ingestão da gema de ovo (DBD, 2001, p. 29).
Os alunos e seus familiares reconheceram a necessidade de
valorizar a alimentação saudável e balanceada, evitando futuras doenças,
encerrando assim as atividades da implementação.
Constatamos na tabulação dos questionários que os adolescentes,
no dia-a-dia, consomem alimentos nada saudáveis. Os fatores que, principalmente,
influenciam na escolha originam-se da família, talvez por falta de orientação e
considerando a cultura, os costumes e a influência da televisão.
A preferência dos adolescentes foi por alimentos industrializados e
com alto valor calórico, como frituras, lanches e refrigerantes. Observamos também
que, em várias famílias, os pais saem para o trabalho deixando os alimentos
preparados, mas os adolescentes, em algumas refeições, optam pelo mais fácil e
rápido, muitas vezes pulando refeições.
Com o conhecimento da Biologia relacionado à alimentação e
saúde, os adolescentes mostraram-se mais interessados em saber os benefícios
dos alimentos para a manutenção da vida e ficaram alertas quanto aos excessos e
carências alimentares.
Fazendo parte das atividades, realizei a tutoria do Grupo de
Trabalho em Rede – GTR em EaD para professores da rede estadual de ensino.
Alguns professores reconheceram a importância do trabalho de reeducação
alimentar com envolvimento da família e da comunidade local, formando assim uma
rede de entre-ajuda onde todos se beneficiam. Seguem alguns comentários de
professores:“Entre tantos pontos positivos do seu projeto, um que me chamou atenção foi que as orientações alimentares em todos os sentidos foram de acordo com as diferentes situações sócio-econômica-cultural, ou seja com as diferentes realidades de cada família de nossos alunos. Tenha certeza de que seu projeto contribuiu muito para nós cursistas, para a escola e comunidade de sua cidade. Ele abrangeu além da conscientização, a orientação alimentar de acordo com a situação sócio-econômica-cultural dos alunos. Os recursos metodológicos utilizados foram variados e acessíveis a nós professores de escolas públicas, sendo que você
professores de escolas públicas, sendo que você também foi clara e objetiva na condução das atividades. Obrigado pela contribuição e Parabéns pelo seu projeto” (MASM).
“Gostei muito da sua proposta de trabalho, não sei como poderei contribuir, acredito que eu irei realizar algumas atividades de acordo com a sua proposta, gostei da idéia do hemograma pois é a partir daí que poderemos iniciar um trabalho fundamentado,muitos de nossos alunos acredito terem anemia, alguns alunos comentam que tem. Acredito que este conteúdo deve ser trabalhado em todas as séries, no segundo ano quando trabalho sistema nervoso, eu falo muito sobre a alimentação em relação a glicose, muitos de nossos alunos chegam a escola sem tomar café da manhã, sendo assim não tem rendimento adequado.Adorei este questionário assim poderemos ter uma idéia de como é a alimentação dos nossos alunos. Gostei da idéia de conhecer locais que utilizam a multimistura, acredito que esse trabalho deverá ser feito com alunos do ensino fundamental. Vou realizar este tipo de trabalho com os meus alunos, conhecer associações que utilizam pode ser da prefeitura, eu pensei também em trabalhar com os alunos do ensino médio seminários, aonde eles teriam que ir atrás e levantar dados sobre a questão da desnutrição” (RQM).“Inicialmente quando escolhi o tema achei muito interessante e o encaminhamento proposto durante o curso possibilitou que essas atividades enriquecessem o trabalho em sala de aula, pois certamente utilizarei nas turmas em que forem abordados esse conteúdo. As atividades propostas também foram claras e objetivas, de modo a facilitar o desenvolvimento das atividades e sem dúvida contribui e contribuirá para despertar o interesse no processo de ensino aprendizagem. Sua proposta de implementação também estava coerente com a realidade da escola em que atuo. Valeu a pena realmente!” (LCAA)
“A construção do próprio cardápio foi bem interessante ,pois faz comm que o aluno relacione os grupos dos alimentos que aprendeu em sala de aula ,para a prática do seu dia-a-dia” (LD).
“Achei muito interessante os alunos construirem seu próprio cardápio, pois assim eles podem perceber que é possível ter uma alimentação saudável de acordo com suas condições financeiras e ambientais. Infelizmente nossos alunos ainda tem o hábito de adquirir alimentos mais pela aparência do que pelo valor nutricional” (JAS).
“Sua proposta foi realmente embasada na realidade ao iniciar o diagnóstico pelo hemograma e pela pesquisa com os pais dos alunos. Parabéns! Essa turma de terceiro ano realmente sairá da escola com hábitos alimentares saudáveis” (LMK).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo encontramos elevado consumo de energéticos e
expressivo consumo de doces, bebidas com adição de açúcar e refrigerantes entre
os adolescentes do colégio em estudo. Podemos ter mais disposição para os
estudos, trabalho e, consequentemente, evitar doenças futuras com a mudança de
hábitos alimentares, desde que seja de comum acordo familiar pelo fato do poder de
influência sócio-econômico exercido pela família sobre o adolescente.
A mídia tem revelado através de programas de TV, jornais,
reportagens, entre outros, o valor da reeducação alimentar para a qualidade de vida.
A dieta adotada neste estágio da vida exige o desenvolvimento de
pesquisas e programas nutricionais que poderão ser discutidos, nos anos seguintes,
dentro do colégio num trabalho transdisciplinar, recomendando-se a execução de
campanhas de educação nutricional para famílias da comunidade escolar que
enfatizem a redução do consumo de açucares e frituras na alimentação, bem como
os benefícios decorrentes de uma dieta equilibrada. Tais medidas contribuirão para
a qualidade de vida através da reeducação alimentar, visto a importância desta na
formação e crescimento tanto de crianças como de adolescentes, com saúde e
prevendo doenças futuras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, C.R.M.A. Concentração de hemoglobina em gestantes atendidas em serviços de saúde do sul do Brasil antes e após a ingestão de ferro em alimentos fortificados. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Maringá (UEM). Programa de mestrado em enfermagem, 2007.
BRASIL. Resolução RDC nº 344, de 13 de dezembro de 2002. Aprova o regulamento técnico para a fortificação das farinhas de trigo e das farinhas de milho com ferro e ácido fólico. Disponível em [www.anvisa.gov.Br/legis/resol/2002/344_o2rdc.html]. Acessado em: 26 nov. de 2009.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. Coleta de dados quantitativos. v. 16, cap. 3, p. 51-67. São Paulo: Cortez, 1991.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI,J.A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
NÓVOA, A. (coord). Os professores e sua formação. Lisboa-Portugal: Dom Quixote, 1997.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008.
SABINO, C. Anabolizantes: drogas de apoio. In: GOLDENBERG, M. et al. Nu & Vestido – Dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca: Rio de Janeiro. Record, 200, p. 144-145).
SANTOS, C.S. Ensino de Ciências: Abordagem histórico-crítica. Campinas, SP: Armazém do Ipê, 2005.
SMELTZER; S.C.; BARE, B.G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 2a ed, v. 1. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara e Koogan, 2002.
VYGOTSKi, L.S. Obras escogidas II. Madrid: Visor, 1982.
APÊNDICES
Apêndice 1:
PDE – Programa de Desenvolvimento EducacionalProfessora PDE/2008: Telma Sosnitzky da Silva Galhardi
NUTRIÇÃO E SAÚDE NA FASE DA ADOLESCÊNCIA O CONHECIMENTO DA BIOLOGIA APLICADO
NA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DURANTE A ADOLESCÊNCIA
Questionário sobre hábitos alimentares dos alunos do 3º ano do Ensino MédioEm que freqüência que você consome os alimentos citados abaixo?
ALIMENTOTODOS OS DIAS
1 VEZ NA SEMANA
1 VEZAO MÊS
1 VEZAO ANO NUNCA
ArrozFeijão MacarrãoMassas (ex.: lasanha, nhoque, panqueca, etc.)PãoOvosCarne de boiCarne de porcoCarne de ave / frangoCarne de peixe / sardinhaVísceras )fígado, rim, língua, etrc.)LingüiçaSalsichaMortadelaSalameLeitePresunto / apresuntadoQueijoRequeijãoIogurteMargarinaManteigaMaioneseCatchupMostardaAchocolatadoCaféBolacha recheadaBolacha salgadaBolacha simplesBoloVerduras (couve, alface, rúcula, etc.)Legumes (cenoura, abobrinha, chuchu, etc.)SopaFrutasSuco naturalRefrigeranteChocolate e bombomSorvete de frutaSorvete de massaDoces caseiros (abóbora, amendoim, etc.)Doces industrializados (pé-de-moleque, etc.)GelatinaSanduíches (cachorro-quente, X-salada, etc.)Salgados fritos ou assados (coxinha, etc.)Pipoca“Chips”Batata fritaPizzaOutro. Qual?
Colégio Estadual Maria Dalila Pinto. EFM.Disciplina: BiologiaData: ____ de março de 2009.
Apêndice 2:
PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional Professora PDE/2008: Telma Sosnitzky da Silva Galhardi
NUTRIÇÃO E SAÚDE NA FASE DA ADOLESCÊNCIA O CONHECIMENTO DA BIOLOGIA APLICADO NA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
DURANTE A ADOLESCÊNCIA
Questionário sobre a família e as condições de vida do aluno
Nome do(a) aluno(a): _______________________________________
1. Assinale o tipo de casa em que o(a) senhor(a) vive com os filhos:( ) alvenaria ( ) madeira
2. Assinale o tipo de água utilizada dentro de casa: ( ) poço ou nascente ( ) rede Sanepar ( ) outra forma
3. Assinale o tipo de esgoto que a casa onde vive a família:( ) rede Sanepar ( ) não tem ligação de esgoto
4. Assinale os bens existentes na casa:ap. de som ( ) ap. DVD ( ) carro ( )computador ( ) filtro de água ( ) freezer ( )geladeira ( ) microondas ( ) moto ( )playsatation ( ) rádio ( ) telefone ( )televisão ( ) videocassete ( ) vídeo-game ( )
5. Informe o nº de pessoas (adultos, adolescentes e crianças – incluindo o aluno) que vivem na casa:adultos (acima de 19 anos): ______________adolescentes (16 a 19 anos): _____________crianças (abaixo de 15 anos): ____________
6. Mora na casa com o escolar:( ) pai ( ) mãe ( ) padastro ( ) madastra( ) avó paterna ( ) avô paterno ( ) avó materna ( ) avô materno( ) tia ( ) tio ( ) primo(a) ( ) sobrinho (a)
7. Este seu (sua) filho(a), freqüentou creche (de zero a 5 anos)?( ) sim ( ) não
8. Quem prepara as refeições?( ) mãe ( ) pai ( ) empregada ( ) avô ou avó( ) tio ou tia ( ) compra comida pronta ( ) outro: Quem? _________
9. Seu (sua) filho(a) costuma comer fora de casa? (Não considere a merenda escolar)( ) sim ( ) não ( ) às vezes ( ) não sabe
10. Em caso afirmativo, onde costuma consumir alimentos?( ) lanchonetes ( ) bares ( ) pizzaria ( ) restaurantes( ) selv-service ( ) marmita ( ) panificadora ( ) parentes/amigos
11. Quais destas refeições seu(sua) filho(a) faz em casa?( ) café da manhã ( ) almoço ( ) lanche da tarde ( ) jantar
12. Qual sua atitude quando seu(sua) filho(a) pede para comprar algum alimento que ele (a) viu nos comerciais de TV?( ) não compra ( ) às vezes compra ( ) compra quando em dinheiro( ) sempre compra ( ) ele(a) não pede ( ) ele(a) trabalha, então compra
13. Seu Sua filho(a) costuma lhe pedir informações e orientações sobre alimentos?( ) sim ( ) não
14. De acordo com o costume alimentar da sua família, escreva quais os alimentos mais consumidos:___________________________________________________________________
15. Escreva, agora, os alimentos que são menos apreciados por sua família:___________________________________________________________________
16. Marque as fontes de informação mais utilizadas para escolher os alimentos a serem consumidos:( ) TV ( ) rádio ( ) revistas ( ) jornais( ) recomendado por amigos e/ou vizinhos( ) recomendado por médico( ) recomendado por profissionais dos postos de saúde( ) panfletos de mercados( ) de acordo com o que está escrito nas embalagens dos alimentos( ) indicado por professores
17. Quais atividades seu(sua) filho(a) costuma realizar quando está em casa:( ) utilizar o computador ( ) ouvir música( ) assistir TV ( ) jogar vídeo-game( ) falar ao telefone celular ( ) leitura
18. No diálogo familiar, vocês conversam sobre os assuntos abordados na sala de aula de seu(sua) filho(a)?( ) sim ( ) não
19. A família tem o hábito de freqüentar a escola pra saber do desempenho dos filhos, mesmo quando não solicitados pela direção e pedagogos?( ) sim ( ) não
20. Seu (sua) ficho(a) trabalha fora de casa?( ) sim ( ) não
Data: ___ / 04/2009.
_______________________________________Assinatura do responsável
Apêndice 3:
a.
b.
AUTORIZAÇÃO
Eu, ___________________________________________ responsável pelo(a) aluno(a) _______________________________________matriculado(a) no 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Maria Dalila Pinto – EFM, autorizo o (a) mesmo(a) à submeter-se aos exames de sangue – 2ª etapa: HEMOGRAMA COMPLETO, COLESTEROL e TRIGLICÉRIDES que serão realizados pela Biomédica responsável Maristela Rezende, no dia 30/10/2009 às 7:30h nas dependências do Colégio, estando o(a) mesmo(a) em jejum. Esta atividade está inserida no Projeto PDE/2008 da profª de Biologia Telma S. S. Galhardi.
Ass. do responsável:________________________________________
AUTORIZAÇÃO
Eu, ___________________________________________ responsável pelo(a) aluno(a) _______________________________________matriculado(a) no 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Maria Dalila Pinto – EFM, autorizo o (a) mesmo(a) à submeter-se aos exames de sangue – 1ª etapa: HEMOGRAMA COMPLETO, COLESTEROL e TRIGLICÉRIDES 03/04/2009 às 7:30h nas dependências do Colégio, estando o(a) mesmo(a) em jejum. Esta atividade está inserida no Projeto PDE/2008 da profª de Biologia Telma S. S. Galhardi.
Ass. do responsável:________________________________________
Apêndice 4:
PDE – Programa de Desenvolvimento EducacionalProfessora PDE/2008: Telma Sosnitzky da Silva Galhardi
NUTRIÇÃO E SAÚDE NA FASE DA ADOLESCÊNCIA
O CONHECIMENTO DA BIOLOGIA APLICADO NA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DURANTE A ADOLESCÊNCIA
Registro do consumo alimentar do dia anteriorCAFÉ DA MANHÃ:Horário:( ) antes da 7h ( ) depois das 7h ( ) não tomou café da manhãAlimentos:( ) café ( ) café com leite ( ) leite puro ( ) suco de frutas( ) chá ( ) frutas ( ) pão com margarina ( ) pão recheado( ) queijo branco ( ) bolacha doce ( ) bolacha salgada ( ) leite com achocolatado
LANCHE DA ESCOLA:( ) merenda oferecida na escola O que? __________________________( ) bolachas levadas de casa ( ) salgado assado
ALMOÇO:Horário:( ) 12h às 12:30h ( ) 12:30h às 13h ( ) após as 13hAlimentos:( ) arroz ( ) feijão ( ) carne de boi ( ) carne de frango( ) carne de peixe ( ) salada de folhas ( ) salada de legumes ( ) massas( ) legume refogados ( ) batata ( ) abobrinha ( ) polenta( ) Outros. Quais? ____________________________________________________
LANCHE DA TARDE:Horário:( ) 14h às 15h ( ) 15h às 15:30h ( ) 15:30h às 16hAlimentos:( ) café ( ) café com leite ( ) leite puro ( ) suco de frutas( ) chá ( ) frutas ( ) pão com margarina ( ) pão recheado( ) queijo branco ( ) bolacha doce ( ) bolacha salgada ( ) leite com achocolatado
JANTAR:Horário:( ) 18:30h às 19h ( ) 19h às 19:30h ( ) após as 19:30hAlimentos:( ) arroz ( ) feijão ( ) carne de boi ( ) carne de frango ( ) carne de peixe ( ) salada de folhas ( ) salada de legumes ( ) massas( ) legume refogados ( ) batata ( ) abobrinha ( ) polenta( ) café ( ) café com leite ( ) leite puro ( ) leite com achocolatado ( ) chá ( ) frutas ( ) pão com margarina ( ) pão recheado( ) queijo branco ( ) bolacha doce ( ) bolacha salgada ( ) suco de frutas( ) salgadinho frito ( ) pizza ( ) cachorro-quente ( ) bolo( ) pão de queijo ( ) ovo frito ( ) Outros. Quais? _________________________
LANCHE NOTURNO:Horário:( ) 22h às 22:30h ( ) 22:30h às 23h ( ) após as 23hAlimentos:( ) café ( ) café com leite ( ) leite puro ( ) leite com achocolatado ( ) chá ( ) frutas ( ) pão com margarina ( ) pão recheado( ) torrada ( ) bolacha doce ( ) bolacha salgada ( ) suco de frutas( ) iogurte ( ) queijo branco ( ) sobras do jantar ( ) Outros. Quais? ___________
Aluno(a): ____________________________________________Data: ___ / 04/2009.
Apêndice 5:
PDE – Programa de Desenvolvimento EducacionalProfessora PDE/2008: Telma Sosnitzky da Silva Galhardi
NUTRIÇÃO E SAÚDE NA FASE DA ADOLESCÊNCIA
O CONHECIMENTO DA BIOLOGIA APLICADO NA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DURANTE A ADOLESCÊNCIA
Simular um cardápio saudável das principais refeições diárias, para que seja seguido:
CAFÉ DA MANHÃ:
ALMOÇO:
JANTAR:
Aluno(a): _____________________________________________________Data: _____ de maio de 2009.