alimentação nos dois primeiros anos de vida luíza amélia cabus moreira 2006

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Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

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Page 1: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida

Luíza Amélia Cabus Moreira2006

Page 2: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Crescimento Perda de peso no RN: cerca de 5 a 10 % do seu

peso nos primeiros quatro dias de vida e recupera o peso de nascimento em torno dos 7 a 10 dias.

A criança dobra o peso (em Kg) em relação ao seu peso de nascimento em torno dos quatro aos cinco meses de vida, triplica com um ano e quadruplica com dois anos.

O peso médio com um ano de vida está em torno de 10 Kg. Para cada ano de vida, entre um e 10 anos, o ganho de peso é de 2.5 Kg/ ano.

O ganho diário de peso em gramas de 0 a 4 meses é de 20 a 40 e dos 4 aos 12 meses, de 10 a 20.

A criança nasce, em média, com 50 cm e ao final de primeiro ano de vida, estará com 75 cm.

O perímetro cefálico ao nascimento é de 35 cm. Até um ano de idade, aumenta cerca de 1 cm por mês e, depois, aumentará 10 cm em toda a infância (1 cm/ano).

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Conseqüências da Nutrição na Infância

Estudos de revisão sistemática: Aleitamento materno pode prevenir a obesidade e o desenvolvimento de hipertensão na idade adulta.

Martin et al 2005, Gunnel & Smith 2005; Owen et al 2003

Arens 2004; Owen, Martin & Whincup 2005 Parece haver um impacto na redução das

doenças cardiovasculares na idade adulta naquelas crianças que foram amamentadas.

Martin et al 2004

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Efeitos do LM Diminui a incidência e/ou gravidade de

doenças infecciosas. Heinig 2001

Aí estão incluídas: meningite bacteriana (Cochi

1986; Istre 1985), bacteremia (Istre 1985), diarréia (Dewey et al

1995; Beaudry 1995; Bhandari, Bahl & Mazundar 2003; Lopes-Alarcon 1997), infecções do trato respiratório (Blaymore Bier 2002; Lopes-Alarcon 1997; Wrigh et al 1995)

Diminui incidência enterocolite necrotizante (Schanler 1999; Lucas & Cole 1990), otite média (Saarinen 1982;

Paradise 1994), infecção do trato urinário (Pisacane

1992; Malrid 2004) e sépsis tardia em RNPTs (Hylander 1998; Schanler 1999).

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Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida:Três Períodos

I. Primeiros seis meses de vida: uso de leite materno (LM) ou fórmula atende às necessidades nutricionais;

II. Período de transição (dos seis aos doze meses de vida): introdução de alimentos semipastosos e sólidos. O LM ou a fórmula utilizada atendem a um menor percentual das necessidades calóricas e faz-se necessária a introdução da alimentação complementar;

III. Alimentação da criança é semelhante à alimentação dos adultos da casa: após os 12 meses.

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Alimentação Nos

Primeiros Seis Meses

De Vida

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Dados Essenciais Alimento ideal : LM Deve ser utilizado de forma exclusiva

até que a criança complete os seis meses de vida.

Não deve ser utilizada nem mesmo água.

Sucos e chás devem ser evitados, assim como o uso de bicos e mamadeiras.

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“Parece haver uma associação direta entre o uso de chupeta

e o desmame precoce”.

Soares 2003

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“O fato de ser ofertada água,

chás e outros líquidos a crianças

amamentadas pode levar

também ao comprometimento

do crescimento e o aumento da

morbimortalidade devido

a doenças infecciosas”.

Victora et al 1987.

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Ganho de Peso de Crianças Exclusivamente Amamentadas

Primeiros 2 a 3 meses : Ganham peso mais rapidamente em comparação com aquelas que usam fórmulas

Três aos doze meses: O ganho de peso é maior nos que tomam leite artificial.

Page 11: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

“O rápido ganho de peso

entre quatro a seis meses de vida

em crianças que utilizam fórmulas

pode estar associado a um risco

De sobrepeso futuro”.

Stettler 2002.

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“Lactentes parcialmente amamentados e crianças que consomem fórmulas têm uma ingestão calórica diária cerca de 20 % maior do que as exclusivamente amamentadas”.

Dewey 2001; Haisma 2003.

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Produção de LM

Nos cinco dias pós-parto : é altamente variável (200 a 900 ml/dia);

Nas próximas três a cinco semanas, o débito de leite é progressivamente regulado pelas necessidades da criança;

Podem diminuir a produção de leite: Estresse materno, outros líquidos oferecidos ao RN e acúmulo do leite

(feedback inhibitor of lactation).

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Freqüência da Amamentação

Em média, durante o primeiro mês, a criança mama de oito a dez vezes/24 horas e esta freqüência vai diminuindo, até que entre quatro a seis meses, mama seis a oito vezes/24 horas.

Hopkinson, 1988.

A mãe deve ser orientada a amamentar pelo menos sete vezes ao dia durante os três meses iniciais

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Contra-indicações ao Aleitamento Materno

Chen 2000; Ando 1989;CDC& USPHS Working Group 1993); Egan 1985; AAP 2001; Hamprecht 2001;

AAP 2003,2005 RN com galactosemia ; Mães portadores do HTLV 1 e 2 e HIV 1 e 2; Mães recebendo isótopos radioativos, agentes

antimetabólicos ou quimioterápicos; Drogas ilegais ; Lesões de herpes na mama; Soropositivas para CMV se RNPT

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“Crianças exclusivamente amamentadas após os seis meses de vida estão sob risco de desnutrição, se não receberem alimentação complementar”. Cohen, 1995.

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A alimentação complementar ocorre á época na qual qualquer outro nutriente, inclusive líquido, é introduzido concomitantemente ao uso do LM (WHO 2004).Evitar o termo “desmame”.O retardo do crescimento linear em países subdesenvolvidos geralmente ocorre entre os 6 a 18 meses de vida que corresponde ao período no qual a alimentação complementar é introduzida, pois esta pode ter uma qualidade comprometida (Karlberg 1994).

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Dewey et al (1995 ) avaliando, em um estudo longitudinal um grupo de crianças, encontraram que aos seis, nove e doze meses de vida o leite materno era responsável por 86.0%, 63.0 % e 39.0% do valor calórico total respectivamente, sendo o restante complementado por outros alimento

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Alimentação complementar após

os 6 meses de vida : o porquê.

Criança de 6 Kg

VCT = 600 a 750 cal/dia

LH: 68 cal/100 ml

Produção média de leite aos 6 meses : 200-400 ml/dia

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Alimentação complementar e DNPM

Levar as mãos à boca : 4 a 5 meses;

Alimentar-se com os dedos: 5 a 7 meses;

Desaparecimento do reflexo de extrusão: 4 a 5 meses;

Capaz de sentar com apoio e com bom controle neuromuscular da cabeça e pescoço.

Page 21: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Progressão da Alimentação Os alimentos na forma semipastosa são introduzidos

gradualmente aos seis meses;

Iniciar com alimentos amassados e dados na colher como a papa de frutas e depois uma refeição salgada;

Aos 7-8 meses, outra papa é introduzida; A papa deve conter óleo;

Evitar líquidos de baixo valor calórico como café e chás, assim como restringir a ingestão de sucos ao máximo de 250 ml/dia (WHO 2004).

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A criança “aprende” a comer novos alimentos

Novas apresentações dos alimentos.

Preferência por alimentos doces e com maior teor de gordura.

“Menor esforço”.

Influência dos hábitos familiares.

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ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

Controle excessivo dos pais.Sensação de fome e saciedade;Novo alimento: 12 a 15 vezes

exposto (Birch 1992);“Mistura” de um sabor novo com

um já conhecido.

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Curva de Crescimento

Trinta por cento dos lactentes normais cruzam os percentis de peso e/ou altura entre o 3 a 18 meses de vida e passam, então, a seguir o seu canal de crescimento. A média de idade em que este fato ocorre é de 13 meses. Smith, 1976.

 

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A Criança que não é amamentada exclusivamente

até os seis meses: O que considerar?

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Um dos principais tópicos em nutrição infantil é a adequação das fórmulas de maneira que estas mais se “assemelhem” ao LM (nos casos em que sejam utilizadas principalmente no primeiro ano de vida) e, após esta fase, que sejam adequadas às necessidades infantis.

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Composição Proteína do LV e do LH

LV: Caseína constitui cerca de 80% das proteínas totais (conteúdo seis vezes maior que no LH), enquanto no LH predominam as proteínas do soro, na proporção de 60-70%;

O alto teor de caseína do LV favorece a ligação da caseína ao cálcio formando sabões insolúveis prejudicando a absorção do mesmo (Oliveira MAA 2005);

O LM contém 1 a 1.5 g% de proteínas enquanto o LV contém 3.3 g%. (Curran 2000).

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Proteínas do Soro do LM

Alfa-lactoalbumina Lactoferrina Lisozina IgA, IgM e IgG Albumina

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Ingestão insuficiente de proteínas: Pode levar ao comprometimento do crescimento e desenvolvimento do lactente (Winick 1987).

Consumo excessivo de proteínas durante períodos críticos do desenvolvimento: Pode estar associado à diminuição da capacidade intelectual em uma fase posterior da vida assim como um aumento na freqüência de patologias como obesidade, diabetes mellitus e possivelmente efeitos renais adversos (Menkes 1977).

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Conteúdo de Proteínas

A maioria das fórmulas infantis contém 15g/L ou 2.2 g/100 calorias de proteínas.

Conteúdo proteico nas formulas lácteas entre 1.8 a 2.8 g/100 Kcal em fórmulas com 68 Kcal/dl (ESPGAN 1977).

Variação de 1.8 a 4.5 g/100 Kcal (AAP 1976; FDA 1985)

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O limite mais alto de proteínas de 4.5 g/100 kcal é criticado em muitos estudos e os objetivos da redução de proteínas nas fórmulas infantis são a diminuição do estresse metabólico de órgãos como os rins, tentar alcançar um padrão de aminoácidos plasmáticos semelhantes ao do LH e evitar consumo aumentado de calorias.

(Young 1989, 1991; Fomon 1991).

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Vários trabalhos demonstram que fórmulas que contenham uma concentração de proteínas de 11 a 12 g/l ou 1.6 a 1.8 g/100 Kcal produzem taxas de crescimento adequados e muitos dos índices que avaliam metabolismo protéico nas crianças (nível sérico de uréia e uréia urinária) foram similares aos encontrados nos lactentes em uso de LH (Janas 1987; Picone 1989; Lonnerdal 1990).

Page 33: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Gorduras No LV, predominam os ácidos graxos

saturados e, no LH, predominam os insaturados (Rodriguez-Palmeiro 1999);

Ácidos graxos essenciais apenas no LM . Não são encontrados no LV.

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Ácidos Graxos do LM

Alfa linolênico (18:3n-3); Ácido linoleico ((18:2n-6); Ácidos graxos de cadeia muito

longa (LCPUFA) :ácido docohexaenoico (DHA. 26:6n-3) e ácido araquidônico (AA. 20:4n-6)

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LCPUFA Ácido docohexaenoico (DHA) e ácido

araquidônico (AA. 20:4n-6);

Incorporados aos fosfolipídios das membranas (cérebro e retina) durante o último trimestre da gravidez e no primeiro ano de vida assim como a outras membranas celulares incluindo o endotélio vascular;

A quantidade de LCPUFA estocado é diretamente proporcional ao peso do nascimento (Clandinin 1981)

Maior papel : RNPTs

Page 36: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Uso do LV em Menores de 1 Ano

Fator de risco importante para a ocorrência de anemia em crianças, pois o conteúdo de ferro do LV é baixo, assim como sua biodisponibilidade;

Maior carga renal de solutos; Menores concentrações de ácidos graxos

essenciais (linoleico e linolênico); Menores concentrações vitamina C

(Fator estimulador da absorção do ferro), zinco e elementos traço;

Altas concentrações de cálcio (aproximadamente quatro vezes maior que o LH) e fósforo

Page 37: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Não se recomenda o uso do leite de vaca integral em crianças menores que um

ano de idade

Page 38: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Como são “desenhadas” as fórmulas infantis para crianças com menos de

1 ano?

Page 39: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Codex Alimentarius

Criado em 1963; FAO (Food and Agriculture Organization)

e WHO ( World Health Organization); Controle, proteção da saúde do

consumidor e assegurar práticas corretas do mercado da alimentação

Page 40: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Algumas Recomendações e suas comparações com o LV do nascimento

até um ano (mínimo e máximo)

Nutrientes 100 Kcal

0-6 m 6-12 m LV

Proteínas (g) 1.8-4 3-5.5 5.9Gorduras (g) 3.3- 6 NE NEÁcido linolênico (g) 0.3- NE 0.3 0.1Ácido alfa linolênico (mg)

NE NE NE

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Algumas Recomendações e suas comparações com o LV do nascimento

até um ano (mínimo e máximo)

Nutrientes 100 Kcal

0-6 m 6-12 m LV

Na (mg) 20-60 20-85 82

K (mg) 80-200 80-NE 246

Cl (mg) 55-150 55-NE 173

Page 42: Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida Luíza Amélia Cabus Moreira 2006

Algumas Recomendações e suas comparações com o LV do nascimento

até um ano (mínimo e máximo)

Nutrientes 100 Kcal

0-6 m 6-12 m LV

Cálcio (mg) 50-NE 90-NE 197

Fósforo (mg) 25-NE 60-NE 174

Ferro (mg) 1-NE 1-2 0.08

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Alimentação de um ano até os dois anos

de vida.

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Entre 1 e 2 anos.... Exposição a uma variedade de alimentos

que possuem altos teores de gorduras e hidratos de carbono;

Há evidências de que crianças entre um a quatro anos podem consumir um valor calórico dia que pode chegar de 20 a 35.0% a mais que suas reais necessidades;

Os pais ficam preocupados com a falsa desaceleração de ganho de peso e comprimento e, ainda, podem não estar preparados para a “independência” da criança.

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I. A família pode exercer uma grande influência nos hábitos e preferências alimentares de uma criança (Golan 1988);

II. O comportamento alimentar começa na infância e pode persistir até a idade adulta (Braren 1999).

III. As intervenções dietéticas que envolvem as famílias tendem a produzir mais efeitos positivos do que aquelas que não as incorporam (Crockett 1988) .

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I. Aos 12 meses, a criança habitualmente aceitará a dieta da família;

II. Proporção entre os componentes (30 a 40.0% de lipídios, 40 a 50.0% de hidratos de carbono e 10 a 20.0% de proteínas);

III. Evitar o consumo de açucares refinados em excesso;

IV. Estimular o consumo de frutas e legumes.

V. A proteína virá das carnes e do leite.

VI. A dieta deve conter alimentos ricos em vitamina A (frutas e vegetais), vitamina C (frutas, vegetais e batata), vitaminas do complexo B (fígado, ovos, produtos lácteos, folhas verdes e vegetais) folato (legumes, folhas verdes, suco de laranja).

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É importante lembrar que a criança adquire hábitos alimentares, não nasce com eles. Cada uma delas está inserida em um contexto social e familiar diferente. Não há fórmulas, há observações e orientações gerais. Cabe ao pediatra adequar a dieta para o melhor desenvolvimento de seus pacientes e, também, considerar o momento de intervir, como fazê-lo e, mesmo de procurar ajuda ultidisciplinar (nutricionista, psicólogo, assistentes sociais).