aliados ou vilÕes? · 2018-05-22 · faz com que encontrem algumas soluções inéditas, porém...

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#78 2018 MAIO/JUNHO ALIADOS OU VILÕES? Doutora em teoria econômica da USP, Ana Maria Barufi explica o que é mobilidade urbana Oportunidades e ameaças para a locação de veículos podem estar onde menos se espera! Empresários do setor fazem test-drive com lançamentos das montadoras Audiência pública sobre mobilidade inclui locação de veículos Número de empregos nas locadoras cresceu em 2017

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Page 1: ALIADOS OU VILÕES? · 2018-05-22 · faz com que encontrem algumas soluções inéditas, porém nem todas aplicáveis. É certo que isso, no mínimo, possibilita pensamentos diversos

#782018

MAIO/JUNHO

ALIADOS OU VILÕES?

Doutora em teoria econômica da USP, Ana Maria Barufi explica o que é mobilidade urbana

Oportunidades e ameaças para a locação de veículos podem estar onde menos se espera!

Empresários do setor fazem test-drive com lançamentos das montadoras

Audiência pública sobre mobilidade inclui locação de veículos

Número de empregos nas locadoras cresceu em 2017

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Palavra do Presidente

NA BUSCA de perspectivas para o setor, estive em importantes eventos internacionais, bem como na comitiva da “Fundação Parar” em visita ao Vale do Silício (EUA). Executivos de empresas como BMW Invest, Google, Tesla e Lime Bike de-bateram conosco a mobilidade, com temas dire-tamente relacionados ao futuro da locação.

A Car Rental Show mostrou que lá fora as loca-doras estão investindo mais em monitoramento. Elas já utilizam equipamentos que são capazes de informar, além do posicionamento do veículo, a sua velocidade, combustível e até os impactos frontais ou laterais sofridos. Com isso, a locadora já tem de antemão o acompanhamento do uso do carro durante toda a locação.

Também surgiram discussões sobre Uber e Cabify, entre os modelos de negócio disrupti-vos. E sim, existem posições opostas: para uma parte, esse modelo já teve o seu auge. Dizem que, da forma com que operam e com os custos atuais, só se viabilizam com carros autônomos. Ou seja, há quem diga que em breve o modelo �cará inviável e não será fácil conseguir que in-vestidores mantenham os aportes necessários.

Desse evento fomos direto ao Vale do Silício, onde estão mais de 50 mil startups. Conversa-mos com investidores, aceleradoras e visitamos empresas reconhecidas mundialmente, envoltas em conhecimentos teóricos e práticos, buscan-do alternativas para “melhorar o mundo”.

No Vale do Silício predomina essa mentalidade diferenciada: a forma como analisam fatos e dados faz com que encontrem algumas soluções inéditas, porém nem todas aplicáveis. É certo que isso, no mínimo, possibilita pensamentos diversos (como dizemos por aqui, eles “pensam fora da caixa”).

Lá, conhecemos a Tesla e experimentamos um de seus veículos. Muito interessante, mas ouvimos de especialistas independentes que o veículo elétrico demandará bom tempo para ga-nhar espaço. A infraestrutura de abastecimento precisará ser instalada e a atual demanda não justi�ca o tamanho do investimento.

No mesmo caminho temos o carro autônomo. A tecnologia está desenvolvida, mas há questões éticas como a inteligência arti�cial a ser implan-tada pelo homem nesse tipo de veículo. E tam-bém há necessidade de infraestrutura apropria-da, algo que nem nos EUA já está pronta.

Fomos também à NAFA, que faz a certi�cação mundial de gestores de frota. Acompanhamos as palestras e a feira, na qual foram exibidos sis-temas de gestão de car sharing e de monitora-mento por câmeras dentro do veículo (capazes de identi�car o condutor e até analisar se ele está ou não concentrado ao volante).

Unanimidade mesmo só há em um aspecto: os próximos anos virão moldados na mobilida-de. Tanto aqui, como nos EUA, as novas gera-ções não querem mais a propriedade do veícu-lo, mas sim aproveitar melhor o seu uso.

Estamos aprendendo que utilizar veículos nos momentos em que precisamos é mais viá-vel do que investir na compra de um bem que passará a maior parte do tempo parado – e que tem elevada desvalorização.

Mobilidade é isso. Dentro dessa perspectiva, a locação de veículos continua sendo o princi-pal player: somos os precursores do car sharing (compartilhamento), que está no “DNA” das lo-cadoras desde o início de suas atividades. Temos tudo para seguir em frente com grande sucesso.

Tecnologias, inovações e desafiosUnanimidade mesmo só há em um aspecto: os próximos anos virão moldados na mobilidade

Paulo Miguel Junior

Presidente do Conselho Nacional

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14Capa Enxergar e avaliar as oportunidades e ameaças para o negócio de locação de veículos, uma exigência de mercado

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08ComunicaçãoDivulgação dos números do setor atinge todo o país

10Recursos HumanosSetor retoma nível de empregos

12Na FrenteAutorização para ter acesso aos sistemas do DENATRAN será renovada

18 EntrevistaDoutora em teoria econômica, Ana Baru� dá uma “aula” sobre mobilidade

22MultasIniciativa mineira permite consultas sobre os veículos das locadoras diretamente no banco de dados do Detran/MG

24CapacitaçãoContabilidade para não contadores é capacitação oferecida pela UNIABLA que alcança boa demanda entre os empresários

28Pílulas de GestãoPorque marcas fortes não conseguiram sobreviver, enquanto outras se adaptaram a um novo mercado

30EquipamentosSinalizadores para frotas alocadas na área de segurança

34Locação DiáriaUm dos ponto de partida para o aluguel de veículos, aeroportos estão sendo avaliados pelos usuários

foto: freepik

Ano XIV – No 78 – maio/junho 2018

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36Brasil ViagemRoteiro pela Paraíba passa pelo “maior São João do Mundo” e outras atrações

40ManutençãoConheça as vantagens oferecidas pelo programa de pós-venda da Ford

42FrotaGM alcança a liderança do ranking de veículos emplacados pelas locadoras

44Por DentroKwid da Renault é o primeiro SUV Compacto do país

50Test-Drive Empresários de locação de veículos avaliam alguns dos principais lançamentos das montadoras

56 Ao Volante“All Black” veste as picapes

Use o leitor QR Code do seu smartphone para acessar o site da ABLA

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Brasil Viagem

Ao VolantePor Dentro

62RepresentatividadeABLA defende o equilíbrio entre os processos tradicionais da economia e as novas tecnologias

65Fim de Papo A natureza do seguro

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Expediente

CONSELHO GESTORPaulo Miguel Junior (Presidente do Conselho Nacional), Marco Aurélio Gonçalves Nazaré (Vice-Presidente do Conselho Nacional), Jacqueline Moraes de Mello, Renato Franklin, Wilson José Benali, Marcelo Ribeiro Fernandes, Simone Pino, Saulo Tomaz Froes, Carlos Cesar Rigolino Junior, Eládio Paniagua Junior, Lusirlei Albertini e Eduardo Correa da Silva.

CONSELHO GESTOR (SUPLENTES)Leonardo Soares Nogueira Silva, Cleide Brandão Alvarenga, Célio Fonseca, Tércio Bergel Gritsch, Nilson Oliveira Silva, Flávio Kanaan Nabhan, Rogéria Vianna de Alencar, Rodolfo Miranda Marques, Ricardo Eduardo dos Santos Nogueira, Marcio Campos Palmerston, Nildo Pedrosa e Luiz Carlos Lang.

CONSELHO FISCAL Alvani Manoel Laurindo, Ricardo Cesar Mendes Zamuner, Amadeu Oliveira Silva, Rodrigo Selbach da Silva, Paulo Hermas Bonilha Junior e Marconi José de M. Dutra.

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) Miguel Alves Ferreira Junior, Otávio de Meira Lins Neto, Rodrigo Reda Gonçalves, Romero Rosa, Sidnei Reche Galdeano Filho e Marcio Castelo Branco Gonçalves.

CONSELHO CONSULTIVO Adriano Donizelli, José Zuquim Militerno, Paulo Gaba Junior e Paulo Nemer.

ABLA JOVEMJaqueline Denadai, Rodrigo Reda e Saulo Froes Júnior.

COORDENAÇÃO GERALJorge Machado e Olivo Pucci.

PUBLICIDADE Jorge Pontual e Francine Evelyn(11) 5087-4100.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS – ABLA www.abla.com.br email: [email protected]

São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar –CEP 04011-904 – (11) 5087.4100.

Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNTsala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 – (61) 3225-6728.

COORDENAÇÃO EDITORIALEm Foco Comunicação EstratégicaE-mail: [email protected] | (11) 3816.0732 Editor: Nelson Lourenço [MTB 22.899]Textos: Nelson Lourenço, Victória Bernardes e Aurea Figueira

ARTE: Estúdio MiradorDireção: Leandro CagianoEdição: Larissa Siebenkaess TIRAGEM: 3.500 exemplares

IMPRESSÃO: Mundial Gráfica

A Revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados.

Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte.

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De olho no futuro

Veículos elétricos apresentados em

feira realizada em São Paulo

foto: Fred Uehara

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Editorial

O QUÃO próximo de nossa realidade estão os carros elétricos e autônomos, que prometem re-volucionar a maneira como nos deslocaremos nas grandes cidades?

Conforme relatos do próprio presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior, que esteve recentemente no Vale do Silício e visi-tou as instalações da Tesla, artí�ce dos principais avanços já comprovados desses veículos, ainda demanda algum tempo até que elétricos e autô-nomos sejam a maioria no trânsito. Mas eles es-tão longe de serem um futuro distante.

Imaginar as ruas ocupadas por carros elétricos parece ser algo mais tangível em relação aos autô-nomos. Na verdade, alguns países já determinaram as datas em que os veículos a combustão estarão “aposentados”. Na Noruega, onde os carros elétri-cos avançam com mais rapidez, o prazo para que isso aconteça é 2025. A Índia projeta essa mudança para 2030, enquanto Reino Unido e França estimam que não mais serão vendidos modelos com mo-tores a combustão a partir de 2040. Na Inglaterra, inclusive, o governo recebeu críticas de quem acre-dita que esse prazo está longo demais e que as me-didas de restrição poderiam ser antecipadas.

Aqui, a demanda por carros elétricos é míni-ma, e a estimativa é que o percentual de empla-camentos nessa modalidade não ultrapasse os 0,08% do total até 2020, pelo menos.

Independente de datas, o que não se discute é que os chamados “carros verdes” respondem a um anseio de administrações públicas e da pró-pria população das grandes cidades em ter so-luções para a questão do trânsito, fundamental para que a mobilidade avance. E a locação de ve-ículos corresponde a essas expectativas, uma vez que vai ao encontro do pagamento pelo serviço, e não pela propriedade, que se consolida como a tendência que permeia todas as soluções imagi-nadas nessa área: o compartilhamento.

Nesta edição, a doutora Ana Maria Baru� faz uma excelente explanação, em entrevista, sobre

Os Editores

a evolução da mobilidade no país e como seu conceito vem se disseminando, fazendo com que as locadoras tenham uma oportunidade de ex-pansão a partir desse novo comportamento aqui mencionado, já detectado nas novas gerações (valorização do uso em vez da propriedade).

Outra matéria importante para a re�exão so-bre o negócio é a que apresentamos na página 14, em que confrontamos histórias de indústrias que não souberam se “reinventar” com algumas das ameaças externas ao mercado de locação de veículos, nem sempre identi�cadas como tal pe-los empresários.

Acreditamos que a Revista Locação tenha como missão provocar em seus leitores essa análise de in�uências que estão já desenhadas e certamente terão uma interferência – imediata ou a médio pra-zo – sobre suas atividades. Portanto, esperamos que a leitura desta edição 78 seja proveitosa e con-tribua para o avanço do setor.

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Comunicação

“Com a projeção da ABLA na pauta da mídia é a locação de veículos que ganha destaque”

Notícias ajudam as locadoras a crescer

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Comunicação

ENTRE os benefícios que a ABLA busca gerar para as locadoras de veículos está o de ampliar o mercado de locação para as pequenas, médias e grandes empresas do setor. A comunicação também está inserida nisso, na medida em que a ABLA cada vez mais se torna fonte de informa-ção para jornalistas.

Isso porque as reportagens publicadas ajudam diretamente a propagar a loca-ção para potenciais clientes e, em última análise, para a sociedade como um todo. Porém, para um assunto se tornar notícia é necessário muito trabalho junto à im-prensa sobre sua relevância.

“Isso aconteceu com as estatísticas do Anuário, que não são de fácil e rápi-do entendimento para a mídia, mas que, devido ao sistemático trabalho de as-sessoria de imprensa, acabam sensibili-zando e virando pautas na imprensa em diversos estados”, explica Aurea Andra-de Figueira, sócia da agência EM FOCO, que presta serviços de relações públicas para a ABLA.

Todo o potencial de notícias do setor é aproveitado para gerar reportagens, com a ABLA divulgando via imprensa as estatísticas, modelos de gestão, parce-rias, campanhas de segurança no trânsi-to e até opiniões e posicionamentos de mercado das lideranças setoriais. “É uma comunicação corporativa que está sendo feita com continuidade”, acrescenta Olivo Pucci, que participa da coordenação do trabalho junto à agência, conselheiros e diretores regionais da associação.

Assim, a ABLA vai se tornando, em médio e longo prazo, referência para a imprensa, para formadores de opinião e para os públicos de interesse do setor. Esse trabalho de relacionamento com a mídia também permite mostrar a espe-cialização das fontes da ABLA nos as-suntos relacionados com a locação de veículos e mobilidade urbana. “Com a projeção dos entrevistados da ABLA na mídia, é a locação de veículos que ganha destaque”, diz Pucci.

Além disso, o direito à informação se consolidou como um valor dentro das sociedades democráticas e os cidadãos estão reconhecendo essa conquista. Com esse trabalho de comunicação corpora-tiva, a ABLA certamente não vai perder esse “trem da história”.

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SP, MG, RJ e BA estão à frente no ranking nacional de postos de trabalho do setor de aluguel de automóveis

AS EMPRESAS de aluguel de veículos empre-gam 80.378 pessoas no país, conforme o mais recente levantamento feito pela Associação Bra-sileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), a partir dos dados do Cadastro Geral de Emprega-dos e Desempregados (CAGED) e do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS). O núme-ro representa crescimento de 4,93% em relação ao total de 76.598 empregos diretos registrados pelo setor ao �nal de 2016.

Além do total de trabalhadores no setor, a ABLA constatou que o tempo médio no empre-go (rotatividade) nas locadoras de veículos é de 30 meses (assim como veri�cado também em 2016) e a média de idade dos pro�ssio-nais empregados subiu de 36 para 37 anos. Ao todo, há 70,3% (56.537) trabalhadores do sexo masculino, diante de 29,7% (23.841) do femi-nino. Quanto à escolaridade, a maior parte do quadro (58,9%) é composta por formados no ensino médio (47.388).

O presidente do Conselho Nacional da asso-ciação, Paulo Miguel Junior, avalia que “a pes-

quisa também mostra que precisamos que o poder público veja o quanto já somos essenciais para a mobilidade urbana, assim como preci-samos de condições comerciais adequadas por parte de montadoras e bancos para que as loca-doras aumentem suas frotas, cresçam, atendam mais usuários e gerem ainda mais empregos”.

Juntas, conforme as estatísticas de frota for-necidas para a ABLA pelo SERPRO (Serviço Fe-deral de Processamento de Dados), as 11.482 empresas com CNAE primario de locação têm o total de 709.033 automóveis e comerciais leves, o que representa uma média de 8,8 veículos por trabalhador nas empresas do setor.

A terceirização (aluguel de frotas inteiras para empresas e órgãos públicos e também para empresas da iniciativa privada) representa 58% do faturamento anual bruto do setor (R$ 15,5 bilhões) no Brasil. O turismo de lazer (pessoas físicas em viagens de férias) �ca em segundo lu-gar, com 23% de participação no faturamento. O turismo de negócios (pro�ssionais em viagens de trabalho) vem em seguida, com 19%.

Recursos Humanos

Locadoras de veículos apresentam crescimento no nível de empregos

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R A N K I N G

Há três trimestres seguidos, o PIB vem registran-do alta. No primeiro trimestre deste ano, o au-mento foi de 0,1%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatísti-ca (IBGE), o que signi�ca três trimestres conse-cutivos com expansão econômica.

O cenário político menos turbulento e a reto-mada da economia ajudam o setor de serviços – que representa 70% do PIB – a voltar a crescer. Em 2017, a oferta de empregos com carteira as-sinada no setor de serviços apresentou alta no

estado de São Paulo, após dois anos de queda. Até dezembro, um saldo de 7.318 novas vagas foi contabilizado, representando uma variação de apenas 0,1% em relação a 2016, segundo pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de São Paulo. É a primeira vez desde junho de 2015 que o saldo de empregos acumulado em 12 meses �ca positivo. No total, a organização estima que 237.000 postos de trabalho celetistas foram extintos no setor entre 2015 e 2016. Hoje, são 7.301.434 vínculos ativos. n

Recursos Humanos

1° São Paulo 21.692

2° Minas Gerais 7.657

3° Rio de Janeiro 7.025

4° Bahia 6.239

5° Pernambuco 5.537

6° Ceará 4.121

7° Paraná 3.502

8° Goiás 2.485

9° Rio Grande do Sul 2.460

10° Pará 2.277

11° Distrito Federal 2.076

12° Rio Grande do Norte 2.064

13° Amazonas 1.625

14° Maranhão 1.595

15° Sergipe 1.370

16° Mato Grosso do Sul 1.309

17° Espírito Santo 1.273

18° Santa Catarina 1.192

19° Alagoas 1.176

20° Piauí 974

21° Mato Grosso 848

22° Paraíba 658

23° Rondônia 441

24° Tocantins 367

25° Amapá 227

26° Roraima 110

27° Acre 78

TOTAL BRASIL 80.378 Fontes: ABLA, CAGED, RAIS.

ESCOLARIDADE 2016 2017

Até 5° ano incompleto 1.292 1.648

5° ano completo 1.873 2.869

6° ao 9° ano incompleto 3.046 3.326

9° completo 8.716 9.072

Ensino médio incompleto 5.493 5.583

Ensino médio completo 46.204 47.388

Superior incompleto 3.083 3.115

Superior completo 6.830 7.008

Mestrado 54 54

Doutorado 7 7

Não informado - 302

TOTAL 76.598 80.378

Fontes: ABLA, CAGED, RAIS.

CENÁRIO PARA O SETOR DE SERVIÇOS É FAVORÁVEL

LOCAÇÃO DE VEÍCULOS/EMPREGOS DIRETOS (ANO/BASE 2017)

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Na Frente

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ABLA e DENATRAN renovam acordo exclusivo

ABLA renova termo de autorização para seguir como única entidade do setor a ter acesso aos sistemas do DENATRAN

reforça Jorge Machado, geren-te administrativo da ABLA.

Vale ressaltar que o acesso aos sistemas e subsistemas do DENATRAN é exclusivo dos órgãos e entidades au-torizados, como é o caso da ABLA. “Não é permitido ce-der os números a terceiros e tampouco o direito de aces-so, bem como dados e infor-mações obtidos, sem prévia e expressa autorização do DE-NATRAN”, diz Jorge Machado.

Com a renovação do ter-mo, a ABLA mantém os com-promissos de comunicar de imediato quaisquer alterações nos seus dados cadastrais, qualquer anormalidade que se veri�car na prestação dos ser-viços e também providenciar os equipamentos necessários para o recebimento das infor-mações solicitadas. n

DURANTE o mês de maio será renovado o Termo de Autoriza-ção nº 111/2016, que foi emitido pelo Departamento Nacional de Trânsito e que tornou a ABLA a única entidade do setor de lo-cação a ter acesso aos sistemas e subsistemas informatizados do DENATRAN.

Isso inclui o acesso a relató-rios estatísticos sobre os em-placamentos e sobre a frota total do setor no Brasil. “São dados quantitativos, que nos são fornecidos sem identi�car quantos veículos cada loca-dora tem, mas sim a frota do setor como um todo, em cada unidade da federação”, explica o presidente do Conselho Na-cional, Paulo Miguel Junior.

O acesso ocorre conforme a possibilidade de disponibili-zação por parte do SERPRO e inclui o tipo de veículo, a mar-

ca, modelo, ano de fabricação e ano/modelo. “São dados es-senciais para o Anuário Brasi-leiro do Setor de Locação de Veículos que a ABLA produz”, acrescenta Paulo Miguel. “Com a renovação do termo de au-torização, desde já garantimos que a publicação do ano que vem seguirá proporcionando a melhor radiogra�a da atividade no Brasil”.

Importante dizer que, em conformidade com a Portaria do DENATRAN nº 15, de 2016, eventuais informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, ou à defesa da intimi-dade alheia, jamais são dispo-nibilizadas. “Via SERPRO, nós temos as informações que real-mente são úteis e necessárias à execução das estatísticas que fazem parte do nosso Censo”,

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Capa

As ameaças ao bom desempenho do setor podem estar onde menos se espera, avalia o ex-presidente da ABLA, José Adriano Donzelli

Qual concorrência?

ESTIMAR o impacto da concorrência nos negócios é uma tarefa es-pinhosa e, muitas vezes, mal compreendida. Na verdade, nem sem-pre a real concorrência é facilmente detectada. É célebre, no mundo empresarial, a seguinte frase: “O que matou a Olivetti não foi a Facit. Foi o computador.”

Ex-presidente da ABLA e conselheiro consultivo da entidade, José Adriano Donzelli considera concorrente “aquele que corre jun-to, que te ajuda a criar parâmetros na corrida, te incentiva a correr junto e que muitas vezes te ajuda a melhorar.”

Para ele, visões equivocadas podem fazer com que não se en-xerguem as verdadeiras ameaças à locação, “que são as que po-dem acabar com o nosso negócio”.

foto: freepik

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Capa

O computador foi uma

ameaça externa que

praticamente extinguiu o

mercado de máquinas de

escrever

UMA HISTÓRIA QUE REVELA MUITOS ENSINAMENTOSVinte anos após viver seu auge, a indústria de máquinas de escrever não conseguiu reagir ao advento do computador.

É bom lembrar como tudo aconteceu. A Oli-vetti foi uma das maiores fabricantes desse pro-duto e abocanhava a maior parte do mercado brasileiro. Na década de 1960, a empresa – fun-dada na região de Turim, Itália, em 1908 – viveu seu auge. Possuía cerca de 8 mil funcionários e �liais em mais de 100 países. Foi também nessa época em que se acirrou a concorrência com a Facit, companhia sueca criada em 1922, e que avançou bastante no mercado corporativo.

Durante anos as duas sobreviveram e dispu-taram a preferência de quem precisava adquirir uma máquina de escrever. O que as levou à beira da falência? Os computadores.

A empresa italiana foi um dos alvos da che-gada dos computadores ao mercado, nos anos 1990. Em 1996, a Olivetti desativou sua fábrica em Guarulhos e passou a produzir, durante al-

gum tempo, apenas máquinas eletrônicas, na zona sul de São Paulo. Quando isso aconteceu, apenas países que possuíam parte de sua popu-lação sem acesso à energia elétrica compravam máquinas de escrever mecânicas. Repartições públicas ainda requisitavam o equipamento para preenchimentos de formulários que não podiam ser gerados em computador.

Faltava capital e tecnologia à Olivetti para reagir diante de gigantes como a IBM. A empresa só não faliu mundialmente graças ao aporte de recursos da Telecom Itália. Com auxílio �nanceiro, pôde re-direcionar imediatamente sua linha de produtos e posicioná-la no segmento corporativo, com a oferta

Ameaças externas são as

mais perigosas, pois nem

sempre são entendidas

como ameaça

foto: freepik

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de copiadoras, periféricos de informática e equi-pamentos para correios, bancos e loterias. Mais à frente, passou a disputar também o mercado de computadores.

Portanto, a máquina de escrever não acabou por conta de outro concorrente, mas sim por causa de uma ameaça externa.

Ameaças externas são as mais perigosas, pois nem sempre são entendidas como ameaça.

Para não ser “engolido” pelos acontecimentos,algumas provocações para o futuro

A locação de veículos assumirá de vez seu papel como maior player de mobilidade urbana?

Como será o relacionamento das locadoras de veículos com as montadoras?

Carro autônomo: quem será o proprietário? Quando o Brasil estará preparado para ele? Será uma realidade?

Donzelli:

Há espaço

para todos

crescerem

MUITO ALÉM DO QUINTAL DO VIZINHOOlhar para o mundo de empecilhos – e oportu-nidades – que os ambientes externos proporcio-nam à locação é um exercício necessário.

Enquanto cenários externos afetam o setor, muitos empresários estão mais preocupados com a locadora que está ao lado: se ela compra carro com as mesmas vantagens, se possui mais ou menos carros, o que faz, como faz. “Será o vizinho a verdadeira ameaça?”, questiona o con-selheiro consultivo da ABLA, José Adriano Don-zelli. Para ele, a resposta é “não”.

Na sua opinião, há vários fatores que preci-sam ser considerados. “Pagar 10 reais por meia hora de estacionamento é algo que inibe a de-manda. Pagar 300 reais para dormir num hotel, entrando às 22 horas, saindo às sete horas da manhã, e achar isso normal, enquanto o mesmo executivo considera caríssimo pagar 150 reais para ter um carro por 24 horas é outra ameaça ao setor”, exempli�ca ele. “Devemos trabalhar com esses conceitos”.

Donzelli alerta que o empresário de locação de veículos precisa mudar alguns hábitos e en-tender o que é oportunidade no cenário atual. “O Brasil possui 8 milhões de carros registrados em nome de CNPJs, mas desses apenas aproxima-damente um milhão é de locadoras. Podemos mais do que dobrar nosso mercado. Há espaço para todos crescerem”, acredita ele.

Entre as discussões propostas por Donzelli está a re�exão sobre o que seria “amigo” ou “inimigo” da locação, começando pelos aplicati-vos de transporte, como o Uber. Para ele, as fer-ramentas do gênero partem do mesmo princípio da locação, ou seja, a ideia de pagar pelo uso do automóvel, e não por sua posse. Somente pelo fato de disseminar esse conceito já pode se di-zer que os aplicativos são, de alguma maneira, favoráveis ao setor de locação. “O Uber é uma solução de transporte local. Não é uma solução para viajar. Se o cliente não possui o carro e quer viajar, ele recorre à locação”, acrescenta Donzelli.

Na sua opinião, o advento do Uber é uma boa notícia para as locadoras, exceto para as empresas que trabalham com o nicho de aluguel com mo-torista. “O leque de oportunidades vai aumentar quanto mais o conceito for difundido”, completa.

TECNOLOGIA, ALIADA OU VILÃ?O aluguel diário é um segmento aberto para no-vas visões. “Turismo não é mais destino. É ro-teiro. As pessoas querem experimentar atrações especí�cas a seu modo, a seu tempo. E isso abre oportunidades para a locação”, explica Donzelli.

"O empresário de locação de

veículos precisa mudar alguns

hábitos e entender o que é

oportunidade no cenário atual"

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A tecnologia tem transformado a maneira com que as pessoas programam suas viagens. As redes sociais inverteram o raciocínio: primeiro, o turista de�ne a experiência. E depois escolhe o destino. “Os posts dos amigos contando suas impressões de viagem são os novos guias turísti-cos”, a�rma Karina Arruda, CEO da consultoria de negócios Inspiral. “As redes sociais ativam hoje o senso de urgência de viajar”, completa.

Nessa linha, Donzelli cita algumas experiên-cias turísticas que somente o carro alugado permite usufruir de maneira satisfatória, como a Estrada Real em Minas Gerais e vários percur-sos do litoral brasileiro. Graças ao compartilha-mento difundido pela internet, as pessoas estão descobrindo essas atrações e como conhecê-las com comodidade e conforto a partir de aliados importantes, como a locação de veículos.

Por outro lado, a internet rápida também pode ser uma vilã para o mercado de locação de veículos. Um dos segmentos mais afetados é o turismo de negócios, composto por pes-

soas que viajam para participar de reuniões, conferências e outros eventos corporativos. “A internet ultrarrápida viabiliza a possibilida-de de se realizar conferências virtuais cada vez mais efetivas e produtivas. O participante não precisa mais viajar e alugar o carro para estar com aquelas pessoas que podem ser acessadas virtualmente”, analisa Donzelli. “Quanto mais rápida e mais con�ável for a internet, menos viagens corporativas vamos ter”, acrescenta.

A nova geração é cada vez mais adaptada aos modelos permitidos pela realidade virtu-al. São esses jovens clientes que usarão, no futuro, os serviços da locação de veículos. É preciso conquistar a confiança desse público. Será que eles percebem hoje que poucas ho-ras de uso do Uber podem equivaler a uma diária de um veículo para rodar da maneira que melhor entender?

Convencer mais e mais pessoas a descobri-rem as vantagens do aluguel é, provavelmente, o maior desa�o do setor. n

O compartilhamento que fundamenta a locação de veículos é

um conceito bem aceito pelas novas gerações.

As redes sociais inverteram o

raciocínio: primeiro, o turista

define a experiência. E depois

escolhe o destino

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Ana Maria Barufi (*) é doutora em Teoria Econômica pela USP, com pesquisas na área de Economia Regional e Urbana.

Mobilidade urbana avança para se

tornar prioridade das grandes cidades

Entrevista

Entrevista

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Como podemos definir mobilidade urbana?Mobilidade urbana pode ser de�nida como a pos-sibilidade de circulação de pessoas dentro das ci-dades, ou ainda a velocidade com que elas podem sair de certa origem para determinado destino.

Quais são os principais pontos que definem esse conceito?A mobilidade urbana está associada à distribui-ção das pessoas e das empresas nas cidades (e, portanto, dos locais de residência e de traba-lho), oferta de serviços públicos, e infraestrutu-ra de transporte, dada pela malha viária e pela disponibilidade de transporte público.

Por que a mobilidade urbana ganhou tanta importância nos últimos anos?O processo de urbanização se deu de maneira bastante intensa no Brasil e no mundo. Atual-mente, cerca de 85% da população brasileira reside em áreas urbanas, ocupando menos de 5% do território. Na década de 1990, a popula-ção em áreas urbanas representava ao redor de 77% do total, e nos anos 1970, perto de 57%. Com o aumento da concentração populacional nas cidades (especialmente das cidades de maior porte), aumentou a pressão sobre a pro-visão de serviços públicos e sobre a malha ur-bana existente, além de crescer o espraiamento das cidades. Ou seja, mais pessoas passaram a morar no entorno das grandes cidades, preci-sando percorrer longas distâncias para chegar ao trabalho ou ao local de estudo. Pesquisas do IBGE mostram que desde o início da década de 2000 cresceu de maneira signi�cativa o tempo médio de deslocamento de casa para o traba-lho na maioria das regiões metropolitanas. Por exemplo, em Salvador e Recife esse tempo mé-dio cresceu ao redor de 25% entre 2002 e 2013. Em São Paulo, o aumento foi de quase 20%. Em Belém, �cou em cerca de 50%. Os custos dos congestionamentos em termos de produti-vidade e qualidade de vida crescem na mesma medida, e, portanto, a temática da mobilidade urbana se torna cada vez mais importante.

Compare (ou priorize) o atual estágio de mobi-lidade urbana de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro e pequenas cidades do Brasil.Uma maneira de comparar a situação da mobi-lidade entre municípios é avaliar o percentual

de pessoas cujo tempo de deslocamento da residência para o trabalho é superior a uma hora. Considerando as informações do Censo Demográ�co de 2010, do IBGE, nos municípios com população inferior a 100 mil habitantes, esse percentual atingia 5,3%, enquanto nos municípios com população de 100 mil a 500 mil habitantes, atingia 11,6%. Já para os muni-cípios de maior porte, com 500 mil a 1 milhão de habitantes, �cava em 15%, e chegava a 21% para os municípios com população de 1 milhão ou mais pessoas. São Paulo e Rio de Janeiro atingiam um nível ainda mais crítico em relação a esse indicador, com 31% e 25,3% das pessoas demorando uma hora ou mais para chegar no trabalho, respectivamente. De fato, seu porte e a consequente pressão sobre a malha viária e o transporte público tornam mais complexo o problema.

Facilidade de transporte é um item importante nas políticas de mobilidade urbana? E o com-partilhamento (no caso, de veículos)?A facilidade, considerada como o acesso a diferentes modais de transporte, com certe-za é um item relevante para as políticas de mobilidade urbana. Tais políticas envolvem não apenas o investimento e definição da es-

Entrevista

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Entrevista

maneira de se expandir e ganhar novos ni-chos, já que representa o aluguel de um carro no momento que o usuário necessita. Ainda assim, é importante ter em mente os desejos de conveniência, facilidade e rapidez, além dos princípios de con�ança e senso de comu-nidade, para competir com outros modelos de negócio que vêm surgindo, tais como os aplicativos de transporte.

Entrevista

trutura do transporte público, como também a definição de regras para a circulação de veículos privados nas cidades. O comparti-lhamento de veículos vem se disseminando de maneira mais significativa nos últimos anos, com alternativas que envolvem o alu-guel, utilização de aplicativos de transporte e outras opções. Nesse contexto, a legislação e o próprio mercado ainda estão se adaptando, com novos modelos de negócio surgindo a cada momento.

Considerando que a locação é um compartilha-mento de veículos em sua origem, como o setor pode vir a ocupar uma posição de player impor-tante no contexto de mobilidade urbana?Além do processo de urbanização já mencio-nado, a sociedade está passando por mudan-ças atreladas à digitalização e à perspectiva que as novas gerações têm em relação à pos-se de bens e à forma como utilizam serviços. Nesse contexto, existe uma forte discussão sobre em que medida os millennials desejam de fato possuir bens, tais como veículos, ou se querem apenas utilizá-los conforme ne-cessitam. Os smartphones tornam possível o surgimento de novos modelos de negócio que passam a oferecer a utilização desses bens como serviços. Assim, a locação de veículos pode encontrar nessa nova demanda uma

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“O compartilhamento de veículos

vem se disseminando de maneira

mais significativa nos últimos

anos, com alternativas que

envolvem o aluguel de veículos,

utilização de aplicativos de

transporte e outras opções”

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Entrevista

A atual geração, que prefere não ter um auto-móvel, é mais aberta aos conceitos de mobili-dade urbana? Como explicar esse fenômeno?É importante considerar que as novas gerações de maneira geral estão ambientadas à utilização de plataformas digitais móveis e que as gran-des cidades apresentam desa�os em relação à mobilidade urbana. A percepção de que ao menos parte da nova geração prefere não ter um automóvel já foi razoavelmente mapeada em países desenvolvidos tais como os Estados

Unidos, sendo que em países em desenvolvi-mento não tenho conhecimento de dados que de fato atestem tal visão. Ainda assim, supondo-a verdadeira, a possibilidade de abrir mão da posse de um automóvel vai depender da infraestrutura de transporte local, ou seja, da disponibilidade de alternativas de transporte, além da distância a ser percorrida diariamente e da existência de mode-los compartilhados. Dentre os motivos levantados por pesquisas fora do Brasil para a crescente preferência por modelos compartilhados, estão a preocupação com a sustentabilidade e a possibili-dade de utilizar o tempo para algo produtivo.

Muitos consideram que o Brasil tem particula-ridades e dificuldades próprias que dificultam o avanço da mobilidade urbana. Isso é verdade? Quais seriam essas diferenças em relação a outros centros urbanos no mundo?O Brasil ainda é desigual, sob diversas dimensões: acesso a bens e serviços (smartphones, internet, automóvel etc.), infraestrutura de transporte entre cidades, existência de megalópoles com rede de transporte público em grande medida insu�-ciente, entre outras. Assim, as soluções precisam considerar a dinâmica especí�ca de cada local e possivelmente apresentar maneiras de incluir uma parcela da população que está à margem do novo mercado consumidor da economia compartilhada (para ampliar o mercado potencial). n

“A possibilidade de abrir mão da

posse de um automóvel vai depender

da infraestrutura de transporte

local, ou seja, da disponibilidade de

alternativas de transporte público,

além da distância a ser percorrida

diariamente e da existência de

modelos compartilhados de

transporte”

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Multas

Parceria com DETRAN/MG é exemplo a ser seguido

Iniciativa viabiliza consultas sobre os veículos das locadoras diretamente no banco de dados da instituição

DE NORTE a sul do Brasil, não têm sido poucas as locadoras que ainda recebem cobranças de multas de trânsito, cometidas pelos usuários, com enorme atraso. Há inclusive casos em que chegam às empresas somente os boletos de co-brança, sem que sequer tenham recebido as res-pectivas noti�cações de autuação.

Essa realidade aumenta, de cara, as chances de prejuízo com as multas “NIC” (abreviação de “não indicação do condutor”). Elas ocorrem quando um veículo de pessoa jurídica é autuado e, durante o prazo determinado por lei, a locado-ra não faz a indicação de quem estava ao volante no momento da multa (veja mais no box).

Um passo importante para evitar esse tipo de situação já foi dado em Minas Gerais, onde o Sin-dicato das Empresas Locadoras de Automóveis (Sindloc-MG) fechou parceria com o Departamen-to Estadual de Trânsito (Detran). A iniciativa gerou uma ferramenta de pesquisa, via web, que permite consultas otimizadas sobre os veículos das loca-doras diretamente no banco de dados do Detran.

Com isso, as locadoras associadas passaram a ter acesso a informações como “a situação do licen-ciamento, impedimentos, multas e até relatórios com estatísticas da sua frota”, diz o vice-presidente da ABLA e atual presidente do sindicato mineiro

das locadoras de veículos, Marco Aurélio Nazaré. Na prática, isso signi�ca que a locadora pode

obter informações sobre as multas cometidas pelos usuários de forma antecipada, “antes mes-mo da chegada da noti�cação via correio”, expli-ca Marco Aurélio.

O acesso das locadoras ao banco de dados do Detran é feito por meio de certi�cado digital. Com a novidade, “sem dúvida as empresas do setor ganharam um instrumento efetivo para evitar prejuízos”, diz o vice-presidente da ABLA.

A inédita ferramenta foi desenvolvida pela Companhia de Tecnologia da Informação do Es-tado de Minas Gerais (Prodemge), que também é parceira da ideia. Por meio de seus produtos e serviços, a companhia auxilia órgãos e enti-dades do Governo de Minas a prestar serviços não apenas na área de trânsito, mas também em saúde, educação e até em segurança.

De imediato, a iniciativa mineira já se trans-forma em um exemplo que pode vir a ser se-guido pelos Detrans de todo o Brasil. “Um dos focos é exatamente o de dar agilidade aos pro-cessos referentes às infrações cometidas pelos usuários e, assim, reduzir bastante os prejuízos comuns das empresas do setor”, complementa Marco Aurélio. “É uma grande conquista”.

Marco Aurélio Nazaré, vice-presidente da ABLA

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Multas

O QUE DIZ A JUSTIÇAA Súmula 312, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pacificou que no processo administrati-vo para imposição de multas de trânsito são necessárias duas notificações: a da autuação e a da aplicação da pena decorrente. “Essa súmula foi editada há mais de 10 anos e to-dos os órgãos de trânsito já se adaptaram”, diz Adriano Castro, advogado especialista no setor de locação de veículos. “Logo, não de-veria ser comum o caso de envio apenas dos boletos de cobrança”.

Em tese, o não recebimento da notificação de autuação faz com que a penalidade seja anu-lada. Porém, para fazer valer esse entendimen-to, a locadora precisa apresentar recurso de pe-nalidade à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI), processo que normalmente é bastante trabalhoso.

“A locadora deve deixar claro que, quando rece-beu a notificação de autuação, o prazo já havia se esgotado”, diz Adriano Castro. “Também é impor-tante colocar o pedido para que o órgão de trânsi-to exiba os avisos de recebimento, principalmente em relação à própria multa original, a qual foi en-tregue para a locadora fora do prazo legal”.

Uma sugestão do advogado para que as lo-cadoras se protejam é acrescentar ao contrato da locação uma cláusula específica, detalhando o procedimento a ser adotado nesses casos. “A locadora efetuará o pagamento administrativo das multas, que deverão ser imediatamente re-embolsadas pelo cliente. O cliente também po-derá apresentar defesa e recurso de penalidade e, se deferido, poderá sacar para si o valor das multas assim que ocorrer o reembolso por parte do órgão de trânsito”. n

“NIC” PODE SER EXECUTADA ATÉ CINCO ANOS DEPOISPara medir a dimensão e a importância do novo serviço disponibilizado em Minas, basta lembrar que a multa NIC (“Não Indicação do Condutor”) pode ser executada até cinco anos depois da data da infração.

Esse tipo de multa ocorre quando a locadora não faz a indicação de quem era o condutor do veículo dentro do prazo e, nessa situação, após lavradas pelo Detran, duas multas chegarão por meio de documentos distintos: uma multa pela própria infração de trânsito e a outra pela NIC.

Além disso, a multa NIC sofre acrés-cimos proporcionais à quantidade de vezes em que o mesmo tipo de infra-ção é cometido dentro dos últimos 12 meses. Ou seja, a cada reincidência, vai ficando mais cara.

Adriano Castro, advogado especialista

no setor de locação de veículos

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Contabilidade para não contadores

Capacitação oferecida pela UNIABLA alcança boa demanda entre os empresários do setor de locações de automóveis

Capacitação

UMA DAS PREOCUPAÇÕES, se não a maior, em gerir um negócio é conhecer processos e entender adversidades que podem sur-gir. O que é módulo �scal? Como faturar as receitas? Quais os tributos das vendas de veículos? Essas e muitas outras questões podem ser o ponto de decisão entre o fracasso e o sucesso.

Segundo levantamento do IBGE, as empresas sobrevivem até cinco anos no mercado – dados mostram que das 733,6 mil em-presas que nasceram em 2015, apenas 37,8% sobreviveram até 2017. Mesmo com a economia ainda engatinhando para vencer a recessão, driblar essa realidade é uma preocupação cada vez mais atual para donos de negócios.

Por isso a UNIABLA pensou em oferecer aos empresários do setor o curso presencial “Contabilidade para não contado-res (módulo 2)”, em parceria com a Audit Consult. Paulo Hen-rique, do núcleo de Desa�os e Novos Negócios da empresa, é o ministrante do curso desde o primeiro módulo. “Em 2017 foi um sucesso, o curso teve a melhor avaliação, de fato uma sur-presa, ante um tema tão complexo e ‘indigesto’ como muitos acham”, a�rma ele. O professor identi�cou que os participantes

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foram despertados pela urgência em aprender que há muito mais que apenas o faturamento da locadora.

No segundo módulo, portanto, a preocupa-ção está em “como chegar nos números, fazer os cálculos, entender ´por conta´ como a parte tributária atinge as locadoras”, diz o ministrante. Traz a prática apurada com os conteúdos: mó-dulo �scal e tributário, faturamento das receitas e vendas de veículos. Em oito horas de curso, os alunos aprendem como escolher o melhor regime tributário vigente – dado que houve

DESATUALIZAÇÃOAs normas, leis e mercados estão sempre em mudança. Mais que isso, novas tecnologias estão surgindo para facilitar e revolucionar a maneira de trabalhar. Por isso, �car de olho nos lançamentos, transmutações tributárias e, claro, investir em cursos de atualização é imprescindível.

VALORAÇÕES ERRADASNa hora de lançar o demonstrativo contábil, a pressa é a principal inimiga. Não se pode pular tarefas na hora de gerenciar contas – a falsa sensação de economia de tem-po provoca desperdícios no futuro. Por exemplo, quando os valores são marcados de forma errada, duplicada ou até mesmo não contabilizados, a saúde da empresa �ca debilitada. O ideal é que os lançamentos �nanceiros se-jam, pelo menos, diários e confrontados semanalmente com as contas do negócio.

SAIBA QUAIS SÃO OS QUATRO PRINCIPAIS ERROS DE CONTABILIDADE COMETIDOS E FIQUE ATENTO!

CÁLCULO DE IMPOSTOSCOFINS, ISS e PIS são alguns dos principais impostos em que uma empresa precisa estar em dia. Para evitar perdas signi�cativas, é interessante contar com siste-mas automatizados de contabilidade na hora de emitir guias, declarações e, claro, estar atento aos prazos e documentações.

AUSÊNCIA DE CÓPIAS DE SEGURANÇAContar com a sorte não é algo sensato: principalmente para empresas pequenas que não investem em serviços de backup, ou seja, cópias de seguranças dos dados, sejam eles arquivos, documentos, lançamentos, entre outros. Hoje já existem dispositivos externos que fazem muito bem este trabalho como HDs externos, computa-dores especí�cos e serviços online de armazenamento em nuvens – o segredo para o sucesso desse procedi-mento também está na periodicidade de atualização.

mudanças desde 2017; recebem dicas de como faturar mão-de-obra com motorista; tributar os reembolsos de despesas e riscos �scais; e entendem os efeitos tributários com exercícios práticos que envolvem cálculos.

Desde o início de 2018, já foram ministrados seis cursos presenciais de Contabilidade para não contadores e, até o �nal do ano, serão mais 12. “Ao vivo a interação dos participantes é maior, as perguntas incentivam uns aos outros e ajudam na exposição melhor do conteúdo”, avalia Paulo. Ainda sobre a importância do tema, o ministran-

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14 | JUN ESPÍRITO SANTO

20 | JUN SÃO PAULO (CAPITAL)

02 | AGO RONDÔNIA

08 | AGO SÃO PAULO (INTERIOR)

20 | SET MARANHÃO

24 | SET SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

26 | SET AMAZONAS

15 | OUT RIO GRANDE DO SUL

18 | OUT SÃO PAULO (INTERIOR)

23 | OUT TOCANTINS

07 | NOV CEARÁ

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Capacitação

OUTROS CURSOS PRESENCIAIS UNIABLA

� REGISTRO DE PREÇOS COM PREGÃO ONLINE – LICITAÇÕES PÚBLICAS

� EMPREENDEDORISMO

� GESTÃO EMPRESARIAL COM FOCO EM RESULTADO

� GESTÃO DE MULTAS DE TRÂNSITO E ANÁLISE PRÁTICA DE ACIDENTES DE VEÍCULOS

� PREÇO JUSTO 2.0

Para visualizar toda a agenda de cursos acesse:

www.abla.com.br/uniabla

Os cursos EAD da UNIABLA estão tendo grande demanda de alunos em todas as regiões do país.

No Paraná, o empresário Tércio Gritsch, tam-bém diretor regional da ABLA no estado, adotou como norma envolver toda a equipe no progra-ma de capacitação. “Nossa empresa tem �lial em vários outros estados, e em todos os locais veri�camos a participação de nossos funcioná-rios. Temos incentivado todos a realizarem os cursos oferecidos, mesmo não sendo da área em que trabalham”, con�rma ele.

Segundo Tércio, os cursos sobre “Gestão de Frota” e “Vendas com Qualidade” foram os de maior adesão até agora. O perfil dos fun-cionários que estão realizando a qualificação envolve atendentes e a área operacional.

“Como empresário, é uma satisfação poder oferecer um curso de qualidade e gratuito pela UNIABLA. A possibilidade de interação entre os alunos do Brasil todo e das mais diversas locadoras tem fascinado nosso pessoal. Outro

aspecto interessante é o fato de que os funcio-nários que já �zeram os cursos têm repassado o conhecimento aos demais, além de incentivá--los a participarem também”, �naliza Tércio. n

Tércio (à direita), ao lado do presidente da ABLA,

Paulo Miguel Junior: exemplo no incentivo à quali�cação

CURSOS A DISTÂNCIA ESTÃO ABERTOS A TODOS

te alerta que saber cuidar bem dos impostos que são repassados ao governo afeta em muito a lu-cratividade das locadoras.

A Audit possui 20 anos de experiência, ofe-rece serviços de auditoria, impostos, consultoria contábil, assessoria tributária, perícia contábil e mais atendimentos para empresas de pequeno, médio e grande porte.

Acompanhe a agenda dos próximos cursos “Contabilidade para não contadores” em sua re-gião para não perder a chance.

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O ex-presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, em um de seus mais lembrados discursos, disse que “quando escrita em chinês, a palavra ‘crise’ tem dois caracteres: um é o perigo e outro representa a oportunidade”. Há quem diga que, nesse discurso, o próprio Kennedy se beneficiou da oportunidade que de os norte--americanos não entendiam absolutamente nada de chinês, para falar uma coisa que não é bem lá muito precisa. Profes-sores de mandarim explicam que, juntos, esses dois carac-teres significam algo como “momento crucial de perigo” – e não “perigo e oportunidade”. Bem, o que interessa mesmo é que a intenção de Kennedy com o discurso, que foi a de estimular as pessoas a verem chances em momentos difí-ceis, é válida. Sobre o setor de locação, quem sabe o ex-pre-sidente nos dissesse hoje: “em tempos de crise, quem insistir em agir e em alugar carros da mesma forma que fazia na época em que eu estava vivo, vai ter bem mais dificuldade para seguir no mercado”.

A tal da “reinvenção” de que se fala tanto também no setor de locação está muito distante de “jogar tudo fora” e recome-çar do zero. Pelo contrário: a experiência é primordial para quem quer ganhar o bilhete para o “bonde da história”. A Xerox é um exemplo bem conhecido. Era só mais uma fa-bricante de papéis fotográficos em 1906, quando foi fundada com o nome de Haloid Photo-graphic Company. Mais de 50 anos depois, soube se reinven-tar: a então Haloid acrescentou à sua linha uma máquina de fotocópias (a Xerox 914). Em menos de dois anos, até reba-tizada a empresa foi e passou a adotar o nome Xerox Corpo-ration. Acredite: depois disso, a Xerox foi responsável por criar a impressora a laser e teve participação até na invenção dos computadores pessoais. “Reinvenção”, para a “gigante das cópias”, incluiu se libertar de amarras e de dogmas que inibiam atitudes com foco na atualização, capacitação, construção de novas redes e a descoberta de mais horizontes para o negócio.

Xerox,

que fabricava

papéis

fotográficos,

continuou no

setor de cópias

criando a

impressora

a laser

Ideogramas

chineses que

representariam,

quando juntos,

crise (perigo) e

oportunidade

(solução)

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Kennedy, nada de culpar a crise!

Até gigantes se reinventam

Pílulas de Gestão

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Quem não se lembra de já ter ido até uma loja da Blockbuster para alugar um filme? Muita gente traz esse hábito na memória, mas nem tantos são os que sabem que essa rede esteve a um passo de comprar a Netflix. Apesar de inovadora quando foi criada, a Netflix “não decolou” logo de cara e, então, seu fundador teve a ideia de tentar uma fusão com a Blockbuster. Reed Hastings ofereceu 95% do negócio para a “concorrente”, mas a então gigante dos filmes e DVDs não viu vantagem na operação. Resultado: em pouco tempo, a Netflix arregimentou mais de 80 milhões de clientes, em 190 países, enquanto a Blockbuster fechou as portas. Aqui, também o setor de aluguel de veículos experimenta uma fase de consolidação, com algumas fusões e aquisições “que fazem parte do jogo”. Mas, ao contrário do que aconteceu com a Blockbuster, existe espaço para as pequenas locadoras de veículos, pois está claro que o aluguel de carros ainda tem muito a crescer nas diferentes regiões do país.

1. Qual o segmento do meu negócio?

2. Como o negócio vai ser no futuro, com base nas tendências atuais?

3. Quem é meu cliente?

4. Quem é meu cliente ideal? O meu cliente perfeito para o que eu vendo?

5. O que meu cliente considera como valor ou como um diferencial?

6. O que eu faço especialmente bem?

7. Quais são meus objetivos enquanto empresário?

8. Quais são hoje as restrições sobre o meu negócio?

9. Quais são os “20%” de minhas atividades que podem ser responsáveis por “80%” dos meus resultados?

Netflix, que antes

do crescimento

vertiginoso quase

foi comprada pela

Blockbuster

As perguntas que

todo empresário

precisa fazer a si

mesmo

Pílulas de Gestão

Fusões e aquisições fazem “parte do jogo”

“Quiz Show” dos ótimos planejamentos

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Pílulas de Gestão

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Apoio:

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Equipamentos

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Detalhes que fazem a diferença

Sinalização em frota terceirizada de segurança passa por rígidos controles

O MERCADO de terceirização de frotas para se-gurança pública possui algumas peculiaridades importantes. A sinalização desses veículos de-manda um trabalho de adaptação especializado, oferecido por empresas que desenvolvem tecno-logia especí�ca para esses equipamentos.

A Flash Engenharia é uma das empresas que vem se notabilizando em parcerias com locado-ras de automóveis. Uma das maiores preocupa-ções da indústria é com a qualidade, con�abili-dade e durabilidade dos sinalizadores.

“Toda linha de sinalização é desenvolvida com foco na necessidade do usuário, com fácil operação e 100% funcional. O desenvolvimento é contínuo, com sinalizadores visuais, sirenes e controladores, sinalização auxiliar e interco-

municadores, sempre pensando nas necessida-des de cada mercado especí�co”, explica César Monteiro, do marketing da Flash Engenharia. A empresa trabalha não apenas no mercado local, mas também leva seus produtos para demais países da América Latina.

Os sinalizadores conhecidos como “giro-�ex” são criados e produzidos de acordo com a regulamentação do Contran (Conselho Na-cional de Trânsito), que, por meio da Resolução 227, regulamenta a utilização dos sinalizadores em veículos.

Os equipamentos e processo de fabricação são certi�cados pelas normas SAE para os testes de vibração, umidade, poeira, corrosão, deformação, ciclo térmico e intensidade luminosa. Com isso, a Flash Engenharia alcança reconhecimento entre corporações policiais, corpos de bombeiros, guar-das municipais, secretarias de saúde, departamen-tos de trânsito, prefeituras, empresas de seguran-ça e concessionárias de rodovia, todos eles nichos importantes para a terceirização de frota.

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Equipamentos

Na prática, de acordo com o padrão de cada corporação e a determinação do Contran, os equipamentos com luzes vermelhas podem ser instalados em veículos policiais, ambulâncias, viaturas do corpo de bombeiros e carros de �s-calização de trânsito. Já os veículos de coleta de lixo, transporte de valores, guinchos e ser-viços de água, energia e telefonia podem usar luzes na cor amarela (âmbar).

No Brasil, conforme o artigo 29 do Código de Trânsito Brasileiros, os veículos utilizados na segurança pública devem empregar somente a cor vermelha como sinais luminosos (conheci-dos como “sinalizadores”).

Porém, algumas instituições adotam ou-tra cor além da vermelha, como no estado da Bahia, onde a Polícia Militar e Polícia Civil sem-pre usaram o sinalizador com as cores verme-lha e azul (leia abaixo o trecho da Resolução). n

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 667 DE 18/05/2017 § 1º As lanternas especiais de emergência que emitem luz de cor azul, conforme Anexo XVI, poderão ser utilizadas exclusivamente em veí-culos destinados a socorro de incêndio e sal-vamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, quando em efetiva prestação do serviço de urgência e devidamente identificados.

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Locação Diária

Um dos pontos de partida para a locação de veículos

A E R O P O RTO S

Área de embarque do aeroporto de Vitória:

as locadoras ainda estão se instalando no novo terminal

foto: Tiago Bênia/Infraero

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Locação Diária

REALIZADO entre os 15 maiores destinos aero-portuários do país, um levantamento da Secreta-ria Nacional de Aviação Civil, órgão ligado ao Mi-nistério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, indicou no início do ano quais são os melhores aeroportos no Brasil.

Os pontos mais críticos apontados pelos pas-sageiros na pesquisa são o custo-benefício dos serviços de alimentação e do comércio em ge-ral e o transporte público para chegar e sair dos terminais (o que representa uma oportunidade para as locadoras).

Nessa primeira lista, não �zeram parte da pesquisa algumas capitais, como Vitória, que em março inaugurou um novo aeroporto. A ci-dade será avaliada no próximo levantamento, que também incluirá os aeroportos de Maceió, Goiânia, Belém e Florianópolis.

As obras do novo aeroporto da capital capixaba demoraram 33 meses e custaram R$ 560 milhões. O terminal é quase cinco vezes maior e tem capa-cidade para 8,4 milhões de passageiros por ano.

Para o diretor regional da ABLA no Espírito Santo, Marcio Castelo Branco Gonçalves, Vitó-ria passa a ter agora um aeroporto que condiz com o tamanho e a importância da cidade. "Os espaços para as locadoras �cam bem em fren-te ao desembarque. Como o aeroporto ainda é recente, as locadoras ainda estão se instalando”, comenta. “O re�exo nos negócios só será maior se tivermos um incremento de voos, o que não é esperado a curto prazo”, acrescenta o diretor.

O novo terminal e a nova pista não desativa-ram o antigo aeroporto de Vitória. Lá, um termi-nal de passageiros seguirá em funcionamento para atender as aviações geral (off-shore, avia-ção executiva e taxi aéreo), militar e operações de carga aérea.

VIAJANTES FREQUENTES E SEUS FAVORITOSToda pessoa que viaja com frequência pelo Brasil costuma comparar os aeroportos e eleger os seus favoritos. Especializado em turismo, o jornalista Antônio Euryco vive em São Paulo e voa constan-temente a trabalho para o Brasil e exterior. Ao sa-ber da pesquisa, ele concordou com a escolha de Curitiba como o melhor do país. “O Afonso Pena ganhou muito após uma grande reforma e amplia-ção. O mesmo deverá acontecer com o Salgado Filho, em Porto Alegre. No Nordeste, ainda pre�ro o aeroporto de Guararapes, no Recife”, a�rma.

Para Euryco, o principal aeroporto que serve a capital paulista ainda tem muito a melhorar. “É indiscutível a importância do aeroporto de Guaru-lhos, ele é nossa principal referência pelo tráfego que tem. Deveria ser muito melhor. Apresenta al-guns pontos positivos elevados depois que foi pri-vatizado. Mas, a situação da concessionária impe-diu outros desenvolvimentos”, diz o jornalista.

De maneira geral, para ele, os aeroportos bra-sileiros estão longe da qualidade de seus simila-res na Europa, Oriente Médio, Ásia ou Estados Unidos. “Temos que priorizar um melhor atendi-mento aos passageiros/clientes. E a questão dos preços no aeroporto é um problema que provo-ca muitas reclamações”, completa.

Quanto às locadoras, Euryco acredita que as atuantes em aeroportos deveriam investir mais em promoções e conjugar esforços com compa-nhias aéreas, como acontece em outros países. n

CONFIRA A ORDEM DOS AEROPORTOS, COMEÇANDO DO MAIS BEM AVALIADO

1 | Curitiba (PR)

2 | Viracopos (Campinas – SP)

3 | Confins (MG)

4 | Natal (RN)

5 | Santos Dumont (RJ)

6 | Guarulhos (SP)

7 | Manaus (AM)

8 | Brasília (DF)

9 | Fortaleza (CE)

10 | Recife (PE)

11 | Porto Alegre (RS)

12 | Congonhas (SP)

13 | Cuiabá (MT)

14 | Galeão (RJ)

15 | Salvador (BA)

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Brasil Viagem

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CARRO ALUGADO PARA CURTIR

O SÃO JOÃO E OUTRAS ATRAÇÕES

Em junho, Campina Grande, no interior do estado, é o destaque do roteiro em terras

paraibanas, que têm ainda praias e cenários cinematográficos que podem ser visitados com

aluguel diário de veículos

UMA DAS festas mais populares do Brasil, o São João de Campina Grande atrai milhões de visi-tantes para o estado da Paraíba durante o mês de junho. Como a porta de entrada da região é o aeroporto da capital, João Pessoa, o evento é uma boa oportunidade para o aluguel diário de veículos entre as duas cidades.

O diretor regional da ABLA na Paraíba, Rossi Alencar, destaca que o estado possui ainda ou-tras atrações que merecem fazer parte de um roteiro turístico rodoviário, como as praias e a região conhecida como “Roliúde Nordestina”.

Campina Grande �ca a 135 quilômetros de João Pessoa e possui pouco mais de 300 mil ha-bitantes. A festa junina da cidade é autoprocla-mada o “maior São João do mundo” e ocupa os 40,5 mil m2 do espaço chamado Parque do Povo, onde acontecem shows com forró e artistas po-pulares, polo de artesanato, museu da sanfona, arena das quadrilhas, calçadas temáticas e uma infraestrutura atualizada com amplo estaciona-mento. No primeiro dia, um aguardado show de fogos abre a programação.

PARAÍBA

fotos PB Tur

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Brasil Viagem

Centro Histórico Curitiba [Jackson Ramone]

Barra de Camaratuba

Praia de Tambau (João Pessoa/PB) – foto: Cacio Murilo

SIGA EM FRENTE E VOLTE PARA SE REFRESCAR NAS PRAIASCom a liberdade de criar seu próprio roteiro a partir do carro alugado, o cliente pode estender a viagem e conhecer um pouco mais da surpre-endente Paraíba.

Uma sugestão é prosseguir 75 quilômetros além de Campina Grande até o município de Cabaceiras, em pleno sertão paraibano. Chove muito pouco na região, que, além dessa carac-terística de baixíssimos índices pluviométricos, possui uma paisagem espetacular.

Graças a esses fatores, Cabaceiras se tornou a “queridinha” do cinema nacional. Filmes como “Auto da Compadecida” e “Cinema, Aspirinas e

Letreiro em Cabaceiras

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Urubus” foram gravados na região. A última pro-dução importante que utilizou o cenário local foi a série “Onde Nascem os Fortes”, da Rede Globo.

Na entrada da cidade, um letreiro de 80 metros de comprimento por cinco de altura mostra que o viajante acaba de chegar à Roliúde Nordestina.

Ao voltar para João Pessoa, o turista tem a chance de passear por algumas das praias mais bonitas do Brasil, encerrando o roteiro com o pé na areia. Tambaú, Tambaba e Cabo Branco são al-gumas das opções acessíveis por rodovias com boas condições para trafegar e se deslocar pelo litoral paraibano. n

São João em Campina GrandeSão João em Campina Grande

Brasil Viagem

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Manutenção

Toda FORÇA ao PÓS-VENDA

Programa Ford Protect simplifica a manutenção da frota

O RELACIONAMENTO pós-venda com as lo-cadoras de veículos começa a ser valorizado e passa a receber cuidados maiores por parte das montadoras. Um exemplo de companhia que está investindo nesse serviço é a Ford.

A manutenção pré-paga é um serviço prestado pela Ford a seus clientes, a partir do qual a mon-tadora faz a gestão dos pagamentos das peças e serviços relacionados ao plano de manutenção do veículo junto aos distribuidores, no momento em que forem executados. “Além da comodidade, o cliente ainda se bene�cia com a proteção contra os potenciais aumentos de preços ao longo dos anos, e ainda consegue diluir seus gastos nas parcelas mensais do �nanciamento do seu veículo”, explica Jorge Cavalcanti, supervisor nacional de planeja-mento de produtos de Pós-Venda da Ford.

Seria um mecanismo parecido com a recar-ga do celular, ou seja, você empenha o investi-mento apenas quando necessitar do serviço? “É melhor do que isso”, responde Jorge. “No caso do celular, a gente não sabe exatamente quanto vai gastar e, como o gasto é continuo, fazemos recarga. Nos planos de manutenção de veículos, os serviços já estão previamente de�nidos, per-mitindo que o cliente saiba de antemão quanto vai gastar no ciclo inteiro”, completa.

O programa de pós-venda se chama Ford Protect e pode ser aplicado para toda a linha de produtos

“A aquisição da manutenção

via Ford Protect permite que

os veículos sejam atendidos

prontamente em toda a

nossa rede e a conta já está

paga, o que evita atrasos no

atendimento e liberação das

unidades”

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Manutenção

da montadora. Ele existe desde março de 2016, quando passou a ser oferecido, após quase dois anos de desenvolvimento. “O serviço surgiu com a necessidade de ajudar os nossos clientes não só a cumprir com o plano de manutenção de seus veículos, mas também a ter um melhor controle sobre os gastos relacionados a esse plano. Começamos com as manutenções pre-ventivas previstas no manual do proprietário, e hoje atingimos um grau de personalização para desenvolver soluções para frotas. E não vamos parar por aí”, comenta Jorge.

No caso do mercado de locação, sempre que os veículos retornam à rede da Ford para rea-lizar manutenção, há o trâmite do pagamento entre as locadoras e os distribuidores da mar-ca, que nem sempre é algo fácil. “A aquisição da manutenção via Ford Protect permite que essas unidades sejam atendidas prontamente em toda a nossa rede e a conta já está paga. Isso evita atrasos no atendimento e liberação das unidades, representando melhor produtivi-dade dos veículos das locadoras, além de evi-tar problemas de satisfação com os usuários”, assegura Jorge.

Somando as vendas em varejo dos produtos Ford Protect e as soluções oferecidas para fro-tas e locadoras, o pós-venda da Ford atinge hoje mais de 40 mil veículos atendidos. n

Jorge Cavalcanti, da Ford:

pós-venda descomplicado

O novo Ford EcoSport é um dos veículos que podem ser atendidos pelo programa

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Frota

GM é a nova líder de

emplacamentos do setor de

locação

A GENERAL MOTORS fechou o ano passado como líder no segmento de automóveis e co-merciais leves do setor de locação, de acordo com o levantamento do Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos 2018, com 70.597 unidades. O resultado, em relação a 2016, sig-ni�ca um crescimento de 33.607 veículos, ou 47,6% a mais do que fora vendido às locadoras no exercício anterior.

A General Motors é uma das fabricantes que mais investe no país. Desde 2014, cerca de R$ 13 bilhões foram destinados à modernização de suas fábricas. Até 2020, o objetivo é que os com-plexos de Gravataí (RS) e São Caetano do Sul (SP) estejam inseridos no conceito de manufatu-ra 4.0: prensas de última geração, solda a laser,

sistema de montagem de motor e transmissão, novas injetoras plásticas, novo processo de fu-nilaria e novo transportador de veículo na linha de montagem.

Atrás apenas dos Estados Unidos e da China, o Brasil é o terceiro país que mais vende veículos Chevrolet – por dia, a estimativa é de que pelo menos 1,5 mil unidades sejam comercializadas.

Produtos da linha atual também podem ser considerados destaques de venda em seus res-pectivos segmentos, entre eles o Prisma, o Spin, o Tracker, o Cruze, a S10 e o recém-lançado Equinox, que se transformou no veículo de passeio da mar-ca mais vendido no mundo. Na América Latina, o grande sucesso é o Ônix, o modelo mais vendido do continente.

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Frota

ÔNIX É O MODELO MAIS EMPLACADO NO SETOR PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVODesde seu lançamento, no �nal de 2012, o Ônix é o produto da Chevrolet com a mais rápida ascen-são comercial. Cerca de 800 mil unidades já foram vendidas até 2017. No ano passado, inclusive, foi o modelo mais emplacado pelas locadoras, com 37.859 veículos. Em 2016, o Ônix já havia sido o líder em emplacamentos entre as locadoras.

Considerado pelo Anuário Brasileiro do Se-tor de Locação de Veículos um hatch pequeno, o Ônix é oferecido nas versões LD, LT e LTZ, com motor SPE/4 especialmente desenvolvido para que o modelo seja mais e�ciente e econômico, tanto na versão 1.0, quanto na 1.4 litro. O sistema multimídia MyLink também é inédito, permitin-do a leitura de músicas, fotos, vídeos, aplicativos de celular e conexão Bluetooth para ligações.

O design externo do veículo é inconfundível e imprime o apelo moderno da Chevrolet em sua moldura: espelho retrovisor e capa de ma-çaneta cromados, roda de alumínio 15’, calha de chuva, aerofólio, friso lateral, saia dianteira, faróis e lanternas esportivas, e adesivos para a soleira, coluna B e tampa traseira.

Confortável, o Ônix é equipado com vidro e es-pelho retrovisor elétrico, kit antena com base, ma-nopla esportiva, capa de banco de couro preta com medalhão de porta, lâmpada effect blue e haste de antena. Oferece como itens de segurança grade de radiador, câmera de ré para MyLynk, protetor de cárter, protetor de parachoque, alarme, trava elé-trica, farol de neblina, sensor de estacionamento e display para sensor de estacionamento.

A mais recente versão do Ônix divulgada pela Chevrolet foi a 1.4 Advantage, o modelo automáti-co mais acessível da montadora. Foi desenvolvido especialmente para quem procura um veículo ágil, compacto e econômico.

Direção: elétrica progressivaCâmbio: Activ Select automático de 6 marchas Quadro de Instrumentos: velocímetro digital, ar-condicionado, sistema de áudio com Bluetooth (sem o MyLink), retrovisores, travas das portas e vidros dianteiros com acionamento elétrico. Segurança: Alertas de baixa pressão nos pneus, faróis acesos e cinto de segurança, sistema iso�x e top tether, suplo airbag e freios ABS com EBD.Motor: Flex 1.4 ECO de 98cv, torque de 12,9kgfm e 11,7km/l na cidade (gasolina) e 106cv, torque de 13,9 kgfm e 7,9 km/l na cidade (etanol).Design exterior: calotas escurecidas aro 15, adesivos de coluna e capas dos retrovisores externos em preto brilhante e emblema com nome da versão nas portas dianteiras. Oferecido nas cores cinza, branco, preto ou prata. n

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KWID ZEN 1.0 FLEX

Por Dentro

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PREÇO ACESSÍVEL DO SUV COMPACTO EXPLICA O SUCESSO DE VENDAS DA RENAULT

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KWID é o principal responsável pela Renault ter conseguido voltar aos top 5 mais vendidos no Brasil. Devido a procura agressiva pelo modelo, a montadora assumiu o desa�o de entregar até o �nal de março 10 mil unidades. A meta foi superada: no primeiro trimestre houve 13.687 emplacamentos no Brasil. E não é para menos: o considerado SUV compacto, devido sua altura e ângulos de entrada (24º) e saída (40º) inco-muns na categoria, foi lançado como sucessor do Clio e é um show de custo-benefício, com atributos tecnológicos imprescindíveis.

Direção elétrica

Bluetooth, USB,

multimídia touchscreen e

sensor de estacionamento.

Porta-malas:290 litros

Rodas deliga leve 14"

5 lugares

Travas e vidros

frontais elétricos

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CARACTERÍSTICAS DO KWID

Altura 1,47 m

Entre-eixos 2,42 m

Largura 1,57 m

Peso 779 kg

MOTOR

Cilindradas 1.0 SCe de quatro tempos

3 cilindros em linha

12 válvulas

Injeção Multiponto

Combustível FLEX (GAS/ALC)

Capacidade 38 litros

DESEMPENHO

GASOLINA

Autonomia 15,2 km/l

Velocidade máxima 152 km/h

Potência 66 cv (5.500 rpm)

Torque de 9,4 kgfm (4.250 rpm)

ALCOOL

Autonomia 10,5 km/l

Velocidade máxima 156km/h

Potência 70cv (5.500 rpm)

Torque de 9,8 kgfm (4.250 rpm)

airbags

frontais e laterais

Câmbio manual

Ar condicionadoDois pares de

IsoFix para

cadeirinhas infantis

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Por Dentro

O KWID ZEN 1.0 é a versão intermediária do modelo e, de acordo com a Renault, correspon-de a 55% das vendas em relação às versões IN-TENSE (top de linha) e a LIFE. Enquanto a ZEN conta com direção elétrica, diâmetro de giro de 10,0m e pesa 779kg, a LIFE vem com direção me-cânica com diâmetro de giro também de 10,0 m e 758kg. Já a INTENSE é uma versão que con-ta com atributos um pouco mais so�sticados (faróis de neblina, conta giros, computador de bordo, abertura elétrica do porta-malas, ajuste elétrico dos retrovisores), pesa 786kg e pode custar até 16% a mais que a ZEN.

O design da carroceria foi pensado no estilo monobloco com quatro portas e capacidade para até 5 pessoas. O KWID ZEN 1.0 vem totalmente pronto de fábrica com os acessórios imprescindí-veis: airbags frontais e laterais dianteiros, ar-condi-cionado, Iso�x para cadeirinhas infantis nos ban-cos traseiros, travas e vidros frontais elétricos e ainda um porta-malas que comporta até 290 litros.

Dentre os atributos opcionais do ZEN estão a conexão Bluetooth, entradas USB, multimídia touchscreen e sensor de estacionamento.

Ainda sobre os atributos físicos, há quem arris-ca dizer que o segredo da conquista do público, além do valor que é acessível, se dá pela classi�-cação de utilitário esportivo com características de SUV, mas não ser tão grande quanto os tradicio-nais. Possui rodas de liga leve de 14”, 1,47 m de al-tura, 1,57 m de largura, entre-eixos de 2,42 m, e 18 cm de altura livre do solo – esse detalhe, em espe-cial faz com que o motorista se sinta mais elevado.

O motor 1.0 SCe (o mesmo dos modelos Logan e Sandero) é de quatro tempos, possui três cilindros em linha, 12 válvulas, injeção multiponto, refrigeração por circuito, câmbio manual de 5 marchas. Conta com a tecnologia FLEX com capacidade para até 38 litros no tan-que de combustível. E, falando em combustí-vel, o Inmetro considerou que, em performance pela cidade, as versões INTENSE, ZEN e LIFE são os mais econômicos do segmento de SUV compactos, tanto em gasolina (15,2 km/l) quan-to em álcool (10,5 km/l).

Utilizado com gasolina, o ZEN é capaz de chegar à velocidade máxima de até 152km/h, na potência máxima de 66 cv (5.500 rpm) e torque de 9,4 kgfm (4.250 rpm). No álcool, faz 156km/h, alcança a potência máxima de 70 cv (5.500 rpm) e torque de 9,8 kgfm (4.250 rpm).

No afamado teste de segurança Latin NCAP, o modelo conquistou três estrelas na proteção dos adultos e das crianças, graças aos quatro airba-gs (dois frontais e dois laterais) e ao sistema de Iso�x. Na escala de segurança dos adultos, que vai de 0 a 34 pontos, o KWID conquistou 22,85 pontos e, no que diz respeito à segurança das crianças, de 0 a 49, o modelo somou 33,87. n

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Test-drive Test-drive

Na pista

O que dizem as locadoras sobre alguns dos mais cobiçados veículos do momento

com as “máquinas”

UM TEST DRIVE muito original foi realizado em Atibaia, a 60 km de São Paulo (SP). Proprietários de locadoras associadas à ABLA estiveram numa pista “off road” para conhecer seis modelos que despertam a atenção por onde passam: a picape S10 e as SUV Trailblazer e Equinox, da General Motors; a picape Amarok e os sedans Virtus e Passat, da Volkswagen.

“Cada vez mais, a locação de veículos será vista por todos os nichos de usuários como a melhor experiência relacionada ao conceito de mobilidade”, diz o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior. “Assim, é preciso que os empreende-dores do setor conheçam, ao volante, os veículos que já atendem esse desejo dos seus usuários”.

Na prática, é crescente entre os proprietários das locadoras a inclusão, entre os critérios de compra, do desejo dos clientes em experimentarem “algo novo” com a locação. “O test-drive voltado

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“Fiz o test-drive com o Virtus, da Volkswagen, e concluí que conforto é a palavra desse carro, começando

pela direção elétrica, que tem boa progressividade e leveza quando

necessário. O modelo se diferencia pela segurança, já que vem equipado

com dois airbags dianteiros e mais dois laterais, além do sistema de

frenagem automática pós-colisão”.

Sidney Reche Galdeano FilhoLocadora Reche (AM)

Test-drive

“A conquista e o encantamento,

tanto dos proprietários das empresas

de aluguel de veículos, como de

seus usuários, ficam a cargo de mais

chances para dirigir de verdade"

Na pista

O que dizem as locadoras sobre alguns dos mais cobiçados veículos do momento

Jorge Pontual,

diretor comercial da ABLA

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“Achei o Virtus uma opção de baixo consumo e muito afinada com o que o público mais jovem procura ao alugar um veículo. Ao dirigir esse carro da Volkswagen é possível perceber que ele tem uma aerodinâmica que favorece a economia de combustível, e esse fator é sempre valorizado pelo usuário de qualquer veículo alugado”.

Julio Torres Ribeiro Neto Ribal Locadora (DF)

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Test-drive

“Estou muito surpreso positivamente com o conforto. Ao dirigir, a gente até esquece

que está dentro de uma picape, pois se sente mesmo em um

verdadeiro carro de luxo, dos mais espaçosos. Gostei dos bancos

em couro, que podem ter a altura regulada eletronicamente, da

central multimídia e do câmbio automático, que eu não esperava

encontrar em uma picape grande”.

Eduardo Correa Ranking Rent a Car (ES)

Test-drive

“Fiquei impressionado com a Amarok. Essa picape da Volkswagen tem um sistema ‘off road’ para descida que é supermoderno. Ao colocar em tração 4x4, o sistema segura a velocidade na descida sem qualquer esforço ou preocupação do motorista. O modelo tem mercado para as locadoras que trabalham com terceirização de frotas”.

Carlos César Rigolino JuniorTransvepar (PR)

para os donos das empresas de locação vai ao encontro disso tudo, na medida em que gera a chance aos empresários de entrar em contato com novas tecnologias existentes nos veículos”, con�rma o presidente do Conselho Nacional.

Paulo Miguel Junior acrescenta que, também por isso, a ABLA pretende oferecer mais ações como essa, “em que os proprietá-rios das locadoras associadas tenham a oportunidade de entrar em contato direto com os modelos que realmente podem agregar esse tipo de valor em suas frotas”.

MONTADORAS TÊM MUITO A GANHARPara as montadoras, a iniciativa do test-drive promovido pela ABLA para os empresários das locadoras associadas é um fator importante a ser considerado para modernas estratégias de vendas ao setor.

Para Jorge Pontual, diretor comercial da ABLA, “na medida em que o test-drive tradicional, feito em alguns poucos minutos numa concessionária, tem sido cada vez menos su�ciente para convencer o possível comprador, o setor de locação surge como

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“Testei o Passat e confirmei minha expectativa: realmente se trata de um modelo excelente para locar para empresas interessadas em oferecer o automóvel como benefício para seus executivos de alto escalão, assim como para o turismo de negócios. Ao dirigir esse modelo da Volkswagen, ele me pareceu uma perfeita união entre o luxo e o conforto”.

Amadeu Oliveira Rede Brasil (MT)

Test-drive

“O Passat é ágil e ao mesmo tempo é estável. Esse modelo

da Volkswagen me deu enorme segurança, com respostas

precisas às mais leves pressões no acelerador. O câmbio faz as trocas

rapidamente, tanto no automático, quanto no manual. Além disso, é

impressionante o silêncio interno: praticamente não existe ruído e isso

é outra qualidade que fica fácil de notar com o test-drive”.

Cleide Brandão Alvarenga Localiza (TO)

“Dirigi o Chevrolet Equinox e constatei que ele traz o padrão norte-americano de conforto e de potência para as ruas brasileiras. O modelo valoriza a maciez e creio que tem todo o perfil para a locação diária, principalmente para turistas estrangeiros em viagens de lazer ou mesmo de negócios, acostumados com essas características em seus países de origem”.

Paulo Gaba Jr., Europcar (SP)

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Test-drive Test-drive

“Depois de dirigir, eu diria que a Trailblazer é um 4x4 ‘inteligente’, ideal para a locação destinada para famílias em viagens de lazer. E que show de tecnologia tem esse modelo da Chevrolet, com computador de bordo e uma central multimídia que são realmente incríveis. Sem dúvida tem a robustez de uma picape e a so�sticação de um automóvel sedan”.

Rossi Alencar 4 Rodas Rent a Car (PB)

A S-10 na estrada: modelo recebeu muitos elogios do

pessoal das locadoras

o fator mais decisivo de estímulo para as vendas, inclusive para as vendas no varejo”.

Segundo ele, a estratégia para a propagação das marcas de cada montadora, exatamente por meio da locação, “já provou que surte resultados efetivos, sobretudo nesse momento de mudança na mentalidade das pessoas em relação ao conceito de mobilida-de”, avalia. “Grande parte dos usuários do aluguel diário já admite que, quando entende que chegou o momento de comprar ou tro-car de carro, inclusive leva em consideração somente as marcas e modelos que já tiveram a chance de alugar antes”.

Assim, a conquista e o encantamento, tanto dos proprietários das empresas de aluguel de veículos como de seus usuários, cres-cem na medida em que também aumentam as oportunidades de dirigir de verdade, de ter a sensação de comando e de tirar toda a sorte de impressões positivas a partir da experiência ao volante.

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Test-drive

“A Trailblazer é para quem gosta de aventura e para usuários da locação que sentem a necessidade de um modelo mais robusto, seja para trabalhar, seja para passear. Ao dirigir é possível sentir o quanto esse SUV da Chevrolet é ótimo e macio. Fica fácil notar que existe uma combinação de tecnologia, rendimento, design e segurança nesse carro”.

Otávio Meira Lins, Unidas (SE)

“O desempenho do Chevrolet Equinox é simplesmente maravilhoso. Gostei particularmente também do fato de o veículo avisar, com um pequeno ‘tremor’ no banco do motorista, qualquer perigo ou obstáculo iminente que surja atrás do carro. É perfeito, inclusive, para a locação destinada a executivos em viagens de negócios."elo Brasil”.

Marconi DutraScala Rent a Car (BA)

“A nova Chevrolet S10 tem ‘a cara’ do Nordeste, com potencial

para aluguel aos pecuaristas, fazendeiros, órgãos públicos e para outros nichos de usuários. Dá muita segurança ao dirigir e as novidades

no conjunto mecânico e no visual também contam positivamente.

Senti que a dirigibilidade e o conforto melhoraram muito em

relação às versões anteriores”.

Romero Rosa Locabem (MA)

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Picapes disponíveis em all black

Ao Volante

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Ao Volante

AS CONFIGURAÇÕES do sonho de consumo dos apaixonados por picapes foram atualiza-das: a Fiat Toro poderá ser comprada na versão Blackjack, em que todos os detalhes são pretos por dentro e por fora – apenas uma ressalva nas rodas de liga leve aro 17, nos retrovisores exter-nos, no friso da grade dianteira, nas barras do teto e até mesmo no logotipo da Fiat, em que fo-ram aplicados em gra�te escuro. Tudo isso con-fere ao modelo um visual marcante.

Além das características estéticas, a Toro Blackjack é baseada no modelo Freedom 2.4 com motor Tigershark MultiAir Flex (gasolina/etanol) de 174/186 cv e torque de 23,6/24,9 kgfm. Em relação ao conforto, o revestimento dos bancos

lhante. A intenção, de acordo com a montado-ra, é atender ao público de atitude marcante. O motor é o 2.0 TurboDiesel de 200 cv, seis marchas sequenciais, sistema 4x4, controles elétricos de estabilidade e tração e assistente de partida em rampas, para que o veículo não recue em saídas íngremes.

Ao mesmo tempo, a Hyundai promete que o modelo Santa Cruz será lançado até 2020. A primeira picape da fabricante está sendo desen-volvida em conjunto com a próxima geração da Tucson. Será um SUV espaçoso para até cinco pessoas, quatro portas. O design da dianteira pode lembrar as rivais Oroch e Duster, da Renault, e o estilo monobloco a aproxima do modelo Honda Ridgeline.

mescla couro e tecido e tem a inscrição Blackjack bordada nos encostos dianteiros. Traz ainda cen-tral multimídia que transmite DVD e capta sinal de TV digital. Conta com ar-condicionado, faróis de neblina, luzes diurnas em LED, barras de teto longitudinais, entre outros componentes.

Já a General Motors apresenta a versão Midnight na robusta picape S10. Conhecido por sua força, as características físicas do mo-delo ganham mais evidência com todos os elementos trabalhados na tonalidade escu-ra: grade frontal e logos Chevrolet em preto, carroceria em ouro negro, rodas aro 18 com acabamento acetinado, emblemas Midnight nas portas dianteiras e tampa traseira, bancos de tecido Jet Black com detalhes em preto bri-

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Ao Volante

TOTALMENTE conectado, o novo Audi A6 Avant--garde traz um novo design que imprime a atual linguagem da marca: elegância, esportividade e so�sticação. Possui 4,94 metros de comprimento, 1,89 metro de largura e 1,47 metro de altura, ofe-rece �exibilidade no compartimento de bagagens com capacidades entre 565 e 1.680 litros. O que dá nome ao modelo de Avant são as station wagons, um tipo moderno de carroceria que alonga a si-lhueta do automóvel, o que faz com que ele seja atribuído à categoria de “perua”.

O modelo possui sistemas de navegação e segurança para a melhor performance ao moto-rista, tais como a tecnologia de iluminação com faróis de LEDs HD Matrix; sistemas de assistência com frenagem de emergência, auxiliar de cruzei-ro adaptativo e mais; e segurança passiva, que reconhece quando o motorista falha, emitindo um aviso visual, acústico ou tátil. Caso o condu-tor não responder, o sistema assume o controle, acende as luzes de advertência e automaticamen-te leva o A6 a uma parada em sua própria pista. Os clientes podem escolher entre quatro versões de suspensão: de mola de aço padrão, esportiva, com controle de amortecedor e pneumática adap-tativa, também com amortecedores controlados.

Audi apresenta o novo Avant-garde

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Ao Volante Ao Volante

EM 2017, a Volkswagen anunciou trabalho duro para chegar no topo das vendas. Como uma ação a�rmativa para consolidar essa ideologia, após lançar o facelift do Golf, a nova geração do Polo e introduzir a Amarok V6, a montadora anuncia agora o quarto lançamento: o Tiguan Allspace.

O Tiguan Allspace é um modelo completa-mente novo, que será oferecido em con�gura-ções distintas, conforme o tipo de tração, mo-tor, equipamentos e quantidade de assentos. O 250 TSI promete 250 Nm de torque, gerados pelo motor 1.4 TSI Total Flex, 150 cv, transmis-são DSG de 6 marchas cinco lugares, tração 4x2 (dianteira) e capacidade de 710 litros no baga-geiro. A versão 350 TSI marca o retorno da grife esportiva e traz motor 2.0 TSI com câmbio DSG de 7 marchas com 220 cv e 35,7 kgfm, capacida-de de 1.870 litros e sete lugares. Em compara-ção com a primeira geração, o Tiguan Allspace está mais comprido, largo, baixo e tem a maior distância entre-eixos da categoria: 2.790 mm. Oferece o sistema de infotainment Discover Media de 8” totalmente conectado, com contro-le por voz e espelhamento de smartphone por plataformas Apple CarPlay, Mirrorlink e Android Auto.

Tiguan Allspace é o quarto produto da Nova Volkswagen

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Ao Volante

A CITRÖEN vem estabelecendo uma nova modalidade de produção, chamada de family feeling – uma maneira de se consolidar no mer-cado com modelos que prezam o conforto e a segurança. Depois de dois anos de estudo, a montadora resolveu apostar na remodelagem de um modelo consolidado, o C4 Lounge. São diversas novidades que fazem da silhueta do automóvel uma constante conexão: o para--choque moldurado, onde estão inseridos os faróis de neblina, se co-necta com a lateral e integra a carroceria.

A parte superior traz o Chevron, sempre utilizado nos modelos da Citroën, em design tridimensional. Todo o conjunto ótico do C4 Lounge conta com tecnologia Full Led com luzes diurnas (DRL), que conferem assinatura luminosa ao automóvel. O motor THP Turbo Flex garante alto desempenho e economia de combustível, enquanto o sistema Volt Control adapta o uso do veículo de acor-do com a necessidade (por exemplo, “desacopla” a bateria do al-ternador quando está carregada e “acopla” quando carregada). Essas e outras características proporcionam um comportamento dinâmico e conforto que contribuem para tornar o C4 Lounge ex-tremamente agradável de dirigir.

C4 Lounge 2018 promete tecnologia e conforto

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Ao Volante Ao Volante

A INTRODUÇÃO da opção de con�guração hatch do motor 2.0 no Ford Focus 2018 fez com que o custo-benefício do veículo seja mais atraente. A versão está sendo denominada como SE e tam-bém traz opção do sistema de conectividade SYNC 3 em toda a linha Fastback – é o primeiro modelo a estrear a tecnologia no Brasil. Isso signi�ca que o Focus 2018 possui em primeira mão a terceira geração da central multimídia da Ford, compatível com Android Auto e Apple CarPlay, tela de 8”, navegação e som pre-mium da Sony.

Além disso, essa geração oferece mais itens de segurança, como frenagem autônoma contra acidentes, controle eletrônico de estabilidade e tração, sistema preventivo contra derrapagens, assistente de partida em rampa, torque em curvas, frenagem de emergência, aviso de pressão baixa nos pneus, estacionamento automático em vagas paralelas e perpendiculares e faróis bi-xenon adaptáveis. O novo Focus pode ser adquirido com os motores 1.6 Sigma Flex com transmissão manual de cinco velocidades ou com o motor 2.0 Direct Flex, que possui transmissão sequencial de seis velocidades e “paddle shift”. n

Ford Focus 2018 com mais conteúdo

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Representatividade

ABLA defende as

locadoras em audiência

pública

O PRESIDENTE do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior, representou as locadoras de veículos na mais recente audi-ência pública sobre “Economia Colaborativa - Mobilidade Urbana 2’, que tratou de locação, compartilhamento de veículos e também do transporte de cargas.

Paulo Miguel defendeu o equilíbrio entre os processos tradicionais da economia e as novas tec-nologias, dentro da Comissão Especial do Marco Regulatório da Economia Colaborativa. “No início, os aplicativos provocaram uma queda na deman-da pelo aluguel de veículos”, disse o presidente da ABLA. “No entanto, depois, houve um ajuste no setor levando em consideração que as novas tec-nologias criam situações e mudam parâmetros”.

Para Paulo Miguel Junior, “é necessário que a legislação acompanhe essa evolução e esteja pre-parada de forma a não desabrigar quem já está no sistema”, acrescentou. “Temos de manter o equilíbrio entre o passado e o futuro, principal-mente na área econômica”.

A defesa dos direitos do se-tor, também em encontros como esse, na Câmara dos Deputados, faz parte do escopo dos serviços prestados pela ABLA. “Quanto mais empresas se associam, mais representatividade o setor acaba ganhando”, diz Paulo Miguel. “É importante que os empresários ve-jam que fazer parte da ABLA gera muitos benefícios, além das com-pras de veículos com preços e con-dições comerciais diferenciadas”.

A Comissão Especial da Eco-nomia Colaborativa foi instalada em agosto do ano passado e já fez oito audiências públicas. Ao lado do presidente da ABLA, também foram convidados para esse deba-

te em Brasília (DF) o conselheiro consultivo do aplicativo TruckPad, Ricardo Goldani Altmann; o presidente-executivo da Associação Nacional de Empresas de Aluguel de Veículos e Gestão de Frotas (Anav), Paulo Saab; a representante da Comissão de Assuntos Jurídicos da Anav, Luísa Carneiro; o representante do Bynd Serviços de Tecnologia, Gustavo Gracitelli; e o gerente-geral da Shippify Brasil, Lucas Grossi. n

“Fazer parte da ABLA gera outros benefícios, além das compras de veículos em condições comerciais diferenciadas”.

Paulo Miguel Junior (em destaque no telão): presidente da

ABLA foi a Brasília defender os direitos das locadoras.

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

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Representatividade

A ABLA AJUDA SUA LOCADORA A CRESCER!

Trabalhamos para estimular a cultura do aluguel de veículos e aumentar a visibilidade das locadoras!

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Fim de Papo

Ildebrando T. S. Gozzo

O PSICÓLOGO americano Abraham Maslow contextualizou em seus estudos que as neces-sidades humanas obedecem uma hierarquia, conhecida como Hierarquia de necessidades de Maslow, ou Pirâmide de Maslow, que são:

Em um mundo ideal, sem riscos, não haveria a necessidade da contratação de seguros. Mas não vivemos em um mundo ideal.

Seguro para quê?

Fonte: Reproduzida em Endeavor

realização pessoal

estima

amorrelacionamento

segurança

fisiologiarespiração, comida, água, sexo, sono, homeostase, excreção

segurança do corpo, do emprego, de recursos, da família, da saúde, da propriedade

amizade, família, íntimidade sexual

auto-estima, confiança, conquista,respeito dos outros, respeito aos outros

moralidade,criatividade,

espontaneidade,solução de problemas,

ausência de preconceitos,aceitação dos fatos

É da necessidade de segurança, que se encontra no segundo nível da pirâmide de Maslow, que nasce no ser humano o desejo de se proteger dos perigos reais ou da sua imaginação.

Essa percepção dos riscos gera sentimento de insegurança e desperta o instinto de preser-vação que são inerentes à natureza humana, motivando a busca para a sua proteção, da sua família e de seus bens.

A premissa de que a probabilidade da realiza-ção do risco pode provocar perdas �nanceiras, patrimoniais e danos pessoais é que gera a ne-cessidade no ser humano de buscar proteção no seguro, com o objetivo de minimizar ou reparar perdas e danos decorrentes de sinistros.

Atualmente, a multiplicidade de riscos a que o indivíduo, sua família, e seu patrimônio estão expostos exige uma visão mais ampla e realista da necessidade de contratação de se-guros com o �m de minimizar as perdas �nan-ceiras e econômicas decorrentes de sinistros, possibilitando a reparação dos danos e perdas sofridos e de responsabilidades que lhes pos-sam ser imputadas.

É da necessidade de segurança, que se encon-tra no segundo nível da pirâmide de Maslow, que nasce no ser humano o desejo de se proteger dos perigos reais ou da sua imaginação.

Essa percepção dos riscos gera sentimento de insegurança e desperta o instinto de preser-vação que são inerentes à natureza humana,

Fim de Papo

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Fim de Papo

motivando a busca para a sua proteção, da sua família e de seus bens.

A premissa de que a probabilidade da realiza-ção do risco pode provocar perdas �nanceiras, patrimoniais e danos pessoais é que gera a ne-cessidade no ser humano de buscar proteção no seguro, com o objetivo de minimizar ou reparar perdas e danos decorrentes de sinistros.

Atualmente, a multiplicidade de riscos a que o indivíduo, sua família, e seu patrimônio estão expostos exige uma visão mais ampla e realista da necessidade de contratação de seguros com o �m de minimizar as perdas �nanceiras e eco-nômicas decorrentes de sinistros, possibilitando a reparação dos danos e perdas sofridos e de res-ponsabilidades que lhes possam ser imputadas.

No universo das locadoras, quanto ao risco, temos:

O risco pode ser evitado: O risco somente pode ser evitado caso haja essa possibili-dade de escolha; se não houver, o mesmo deve ser tratado adequadamente. Como exemplo, não aceitar locar o veículo quan-do este se destinar a uso severo ou de cir-culação em regiões de alto risco.

O risco pode ser retido: O risco pode ser retido, sendo que essa decisão pode de-correr tanto de atitude consciente, como por ignorância das consequências que pode advir da decisão de retê-lo. A locado-ra poder decidir não realizar o seguro de seus veículos, ou contratar as coberturas de responsabilidade civil a terceiros em valores que não a protegem, efetivamente, de prejuízos em sinistros de grande mon-ta, ou de desconhecer a possibilidade de contratação, por exemplo, de coberturas a segundo risco. A causa da agravação do risco pode ser re-duzida: A causa que agrava a possibilida-de de ocorrência de um sinistro pode ser reduzida através da adoção de política de minimização das condições de agravação das causas que provocam um dano, pela adoção de medidas de segurança. É o caso de política rigorosa de análise e checagem dos documentos e informações dos loca-tários, a �m de evitar sinistros decorren-tes de estelionato e apropriação indébita, cujos riscos não são cobertos pelas segu-radoras e, portanto, não estão cobertos em caso de sinistro, mesmo que a locadora tenha contratado o seguro para o veículo.

As perdas podem ser reduzidas: As per-das podem ser reduzidas com a adoção de ações e iniciativas que minimizem a extensão do sinistro, caso este se ma-terialize. A instalação de extintores, hi-drantes entre outros equipamentos de combate ao fogo e a instalação de equi-pamentos de monitoramento podem reduzir o prejuízo em caso de incêndio ou de roubo, respectivamente.

O risco pode ser transferido: O risco pode ser transferido para terceiros por subcontratação de um contrato assu-mido. Por exemplo, a contratação de uma locação com uma Empresa Loca-tária, pela franqueadora, que transfere para sua rede a obrigação de atender às necessidades da locadora em sua área de atuação, assumindo esta os riscos inerentes ao contrato de locação.

O risco pode ser reduzido: O método mais e�caz de redução de prejuízos em decorrência de sinistros, caso o risco se materialize, é através do seguro, pois o custo para contratá-lo e a sua partici-pação no sinistro (franquia) podem ser orçados ou estimados, representando esta despesa o máximo que, por exem-plo, uma perda total de um veículo ou incêndio em suas instalações e pátio possa custar.Cabe ressaltar que a possibilidade de segurar um risco implica na obser-vância de algumas condições, sem as quais o mesmo não pode ser segurado.

Quanto a sua natureza, o risco segurável é o: evento futuro, incerto (em relação à morte, a data de sua ocorrência), de natureza aleatória, lícito, possível de ocorrer, independente da vontade das partes contratantes, e do qual estão sujeitos as pessoas e bens, capaz de gerar um dano, um prejuízo ou responsabilidade, além de ser quanti-tativamente mensurável.

Embora atendidos todos estes pré-requisitos não signi�ca que a seguradora irá aceitar o risco.

O segmento de locação de veículos, pelas suas características de elevado grau de risco na locação dos veículos, exige, por exemplo, que os gestores das locadoras busquem melhor conhe-cer os riscos a que estão expostos e se proteger, não só na contratação de apólice de seguro para seus veículos, mas também em relação aos seus contratos de locação em terceirização de frotas

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Fim de Papo

*Ildebrando T. S. Gozzo é diretor da ST Corretora de Seguros

(exempli�cando, quando a utilização dos veículos se destinar a: manutenção de rede de telefonia ou eletricidade, segurança, escolta, vigilância, po-lícia civil, militar e metropolitana, bombeiros, am-bulâncias, Uber, táxi, car sharing ou similares).

Essas atividades, que agravam o risco de ocor-rência de sinistros e/ou desgastes dos veículos, estão cada vez mais restritas de aceitação pelo mercado segurador. Quando aceitas, têm seus custos de seguro e de franquias majorados em relação às demais atividades.

É de todo prudente a análise da preci�cação do custo da locação dos veículos destinados a es-sas atividades, considerando na rubrica de des-pesas com seguro a possibilidade de agravo dos prêmios e das franquias pelas seguradoras, e até mesmo a recusa de aceitação do risco, em espe-cial nas renovações em que a apólice apresente elevada sinistralidade. n

“Manutenção de rede de

telefonia ou eletricidade,

segurança, escolta,

vigilância, polícia civil,

militar e metropolitana,

bombeiros, ambulâncias,

Uber, táxi, car sharing ou

similares são atividades

cada vez mais restritas de

aceitação pelo mercado

segurador”

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