algumas observaÇoes bioecologicas dos … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás,...

15
ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS MOLUSCOS, CRUSTACEOS E PEIXES DAS ÁREAS DE SALINAS DOS MUNICI-PIOS DE GROSSOS, AREIA BRANCA E MOSSORO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL. JOS~ FAUSTO FILHO* INTRODUÇÃO 1 Os. trabalhos que mais se destacam até a presente data, tendo em vista dar um embasamento a essaspretensas ex- plorações nas citadas regiões, são aqueleselaboradospor Mesquita (1972), América et alii (1980) e Fausto Filho (1066,1978,1981,1982,1983). 2 - MATERIAL E METODOS o presente trabalho tem como ob- jetivo principal ampliar os conhecimen- tos existentes sobre a biologia e a eco- logia dos moluscos, crustáceose peixes que habitam as zonas' estuarinas dos municípios salineiros de Gr~sos, Areia Branca e Mossoró, situados no Estado do Rio Grandedo Norte, Brasil'. Em 1980, o autor, com outros pesquisadores, elaboraram um relatório técnico sobre vários aspectos relaciona- dos com um dos temas deste subsídio e com algumas observações sobre os pa- râmetros físico-químicos das águas das citadas áreas. No mencionado relatório deu-se mais ênfase ao estudo quantita- tivo e estatístico dos dados coligidos, ao passo que, neste trabalho-, damos prioridade aos aspectos qualitativos. Assim sendo, destacamos a grande importância econômica que aquelas áreas estuarinas constituem para os relacionados municípios, principalmen- te no que diz respeito à exploração dos seus recursos aquáticosbiológicos. A metodologia empregada nesta contribuição constou de trabalhos de campo e de laboratório. Os primeiros relacionam-se com' aquelas atividades voltadas diretamente para as observa- ções in loco na Salina Morro Branco, em Mossoró, RN, dos aspectos ecológicose da coleta de material biológico. Deste material, principalmente moluscos, peixes e crustáceos eram capturados, utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios,ou por processo manual. A duração dessas co- letas foi de três anos (julho/1976 a ju- nho/1979), abrangendo os turnos da manhã, tarde e noite. Todo o material -coligido era posteriormente colocado em vidros e conservado em álcool comer- cial ou em formo I a 10 e 30% para os peixes menores e maiores, respectiva- mente. Com a intenção de se verificar Pe~uisador do Conselho Nacional de Desenvol- vimento Científico e Tecnol6gico e Professor Ad- junto do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Ceará. 1'7 Ciên. A2ron.. Fortaleza. 15 (1/2): pá.2.117-131 - Dezel1lbro. 1984

Upload: vuphuc

Post on 23-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS MOLUSCOS, CRUSTACEOSE PEIXES DAS ÁREAS DE SALINAS DOS MUNICI-PIOS DE GROSSOS, AREIA

BRANCA E MOSSORO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.

JOS~ FAUSTO FILHO*

INTRODUÇÃO1 Os. trabalhos que mais se destacamaté a presente data, tendo em vista darum embasamento a essas pretensas ex-plorações nas citadas regiões, sãoaqueles elaborados por Mesquita (1972),América et alii (1980) e Fausto Filho(1066,1978,1981,1982,1983).

2 - MATERIAL E METODOS

o presente trabalho tem como ob-jetivo principal ampliar os conhecimen-tos existentes sobre a biologia e a eco-logia dos moluscos, crustáceos e peixesque habitam as zonas' estuarinas dosmunicípios salineiros de Gr~sos, AreiaBranca e Mossoró, situados no Estadodo Rio Grande do Norte, Brasil'.

Em 1980, o autor, com outrospesquisadores, elaboraram um relatóriotécnico sobre vários aspectos relaciona-dos com um dos temas deste subsídio ecom algumas observações sobre os pa-râmetros físico-químicos das águas dascitadas áreas. No mencionado relatóriodeu-se mais ênfase ao estudo quantita-tivo e estatístico dos dados coligidos,ao passo que, neste trabalho-, damosprioridade aos aspectos qualitativos.Assim sendo, destacamos a grandeimportância econômica que aquelasáreas estuarinas constituem para osrelacionados municípios, principalmen-te no que diz respeito à exploração dosseus recursos aquáticos biológicos.

A metodologia empregada nestacontribuição constou de trabalhos decampo e de laboratório. Os primeirosrelacionam-se com' aquelas atividadesvoltadas diretamente para as observa-ções in loco na Salina Morro Branco, emMossoró, RN, dos aspectos ecológicos eda coleta de material biológico. Destematerial, principalmente moluscos,peixes e crustáceos eram capturados,utilizando-se apetrechos de pesca, taiscomo, puçás, tarrafas, rangaios, ou porprocesso manual. A duração dessas co-letas foi de três anos (julho/1976 a ju-nho/1979), abrangendo os turnos damanhã, tarde e noite. Todo o material-coligido era posteriormente colocado emvidros e conservado em álcool comer-cial ou em formo I a 10 e 30% para ospeixes menores e maiores, respectiva-mente. Com a intenção de se verificar

Pe~uisador do Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnol6gico e Professor Ad-junto do Departamento de Engenharia de Pescada Universidade Federal do Ceará.

1'7Ciên. A2ron.. Fortaleza. 15 (1/2): pá.2. 117-131 - Dezel1lbro. 1984

Page 2: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

2)

a distribuição dos peixes e crustáceos nasalina, dividiu-se esta em três estações(I, II e 111), sendo a primeira nas proxi-midades da entrada d'água, a segundano meio, e a terceira próximo ao segun-do tanque da referida salina.

Com o objetivo de detectar osconcorrentes biológicos e os predadoresnaturais dos camarões que entram nassalinas, os trabalhos de laboratório sedesenvolveram neste sentido. Nele iden-tificavam-se as diversas espécies de peixese seus conteúdos estomacais, moluscos,crustáceos e outros organismos, com .0suporte da bibliografia básica disponívele auxílio de uma lupa estereoscópicaadequada.

LISTA DAS ESPÉCIES

CRUSTÁCEOS1 )

FAMI-LIA PENAEIDAE - Penaeusaztecus subtilis Perez-Farfante, ca-marão rosa, camarão rosado, cama-rão vermelho; P. brasiliensis Latrei-le, camarão vermelho, camarãorosa; P. SGhmitti Burkenroad, Ca-marão branco, camarão grande.

3)

FAMI-LIA PALAEMONIDAE - Pa-/aemonetes &carteri Gordon, cama-rão.FAMI-LIA ALPHEIDAE - A/pheuspontederiae Rochebrune, camarãodo mangue.FAMI-LIA PORTUNIDAE - Ca/-/inectes exasperatus Gerstaecker,siri do mangue; C. danae Smith,siri-azul; C. bocourti A. Milne-Edwards, siri-pimenta, siri-malague-ta; C. marginatus A. Milne-Edwards,siri-cachorro.FAMI-LIA GRAPSIDAE - Goniop-sis cruentata (Latreille), aratu.FAMI-LIA XANTHIDAE - Pano-peus herbstii Milne Edwards, caran-guejo do mangue; Eurytium /imo-sum (Say), caranguejo do mangue.FAMI-LIA OCYPODIDAE - Ucidescordatus cordatus (Linnaeus), ca-

ranguejo uçá; Uca rapax (Smith),xié; maracoani (Latreille), te-soureiro; U. thayeri Rathbun, cha-ma-maré; Uca sp. xié.

MOLUSCOS

FAMI-LIA NERITIDAE - Neriti-na virginica Linnaeus, buzo domangue.FAMI-LIA LITTORINIDAE - Lit-torina ziczac Gmelin, bUlO; L. an-gu/ifera Lamarck, bUlO.FAMI-LIA APLYSIIDAE - Ap/y-sia dactl"/ome/a Rang., lesma.FAMI-LIA OSTRAEIDAE - Cras-sostrea rhyzophorae Guilding,ostra.FAMI-LIA MYTILLIDAE - My-te/Ia ta/cata Orbigny, sururu.FAMI-LIA VENERIDAE - Ano-ma/ocardia brasi/iensis Gmelim,bUlO.FAMI-LIA SANGUINOLARIIDAE- Tage//us p~ebeius Solander, unhade velho.

PEIXES

FAMI-LIA ENGRAULIDAE - An-chovia sp. - arenque, sardinha,

manjuba.FAMILIA ARIIDAE - Tachysu-rus sp. bagre.FAMI-LIA BATRACHOIDIDAE -Amphycthys cryptocentrus (Cuvier& Valenciennes), pacamon, paca-mão.FAMI-LIA HEMIRHAMPHIDAE -Hyporhamphus? unifaciatus Raza-ni, peixe agulha.FAMI-LIA CARANGIDAE - O/igo-p/ites saurus (Bloch & Schneider),tibiro; Serio/a /a/andi Valiencien-nes, varapau; Caranx /ugubris(Poey), xaréu preto; Se/ene vomer(Linnaeus), peixe galo; Pepri/usparu (Linnaeus), pampo; Trachy-notus? fa/catus (Linnaeus), carabe-beloFAMI-LIA SCIANIDAE - Ste//ifernassa Jordan, entrique; Synoscionsp. pescada.FAMI-LIA GUERRIDAE - Euci-

118 l'iên. Agron.. Fortaieza.15 (1/2): páR. 117.131 . Dezembro. 19M

Page 3: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

3 --- DISCUSSÃO E CONCLUSOES

Obedecendo a seqüência exposta notópico relacionado com a Lista das espé-cies, verificamos que a fauna carcinoló-gica é relativamente rica. Os grupos quemais se destacam são o dos siris e o doscamarões marinhos da fam íl ia Penaeidae,tanto pela sua abundância como pela im-portância econômica que representampara a região. Sob este último aspecto,Mesquita (1972), num trabalho pioneiroe de grande relevância para o conheci-mento e aproveitamento desses crustá-ceos, destaca que a produção de cama-rões em áreas de salinas do Estado doRio Grande do Norte atinge cerca de3.000 quilos por hectare-ano, numaúnica salina (Salineira do Nordeste S/A- SOSAL), nos anos de 1968 a 1981.Este mesmo autor destaca, ainda, que aprodução do camarão cai sensivelmentede janeiro a agosto, e cresce a partirdeste mês até dezembro. I sto demonstraque existe uma forte correlação entre aprodução de camarões e as estações (chu-vosa e seca) climáticas da região, dondese conclui ser a época seca. (verão), quevai de julho a dezembro, o período demaior produção desses organismos. Estesdados são confirmados pelos três anos(julho/76 a junho/79) de coletas e depesqu isas realizadas pelo autor (inAmérica et alii, 1980). Os dados obser-vados nas figo 1, 2 e 3 comprovam estaafirmativa e ainda demonstram queas duas espécies - Penaeus schmitti(camarão branco) e P. aztecus subtilis(camarão rosa) - aumentaram e de-cresceram de produção, simultanea-mente, durante os três anos observa-dos. Com relação ao P. brasiliensis(camarão vermelho), nada de concretose pôde observar, já que a sua produ-ção foi bastante insignificante, hajavista que durante os anos de coletassomente cerca de 885 indivíduos foramcoligidos, sendo 469 no período de1976/77, 201 em 1977/78 e 215 em1978/1979. Daí se conclui que a parti-cipação relativa da prese.nte espécie ébastante pequena e que, segundo Fausto

Ciên. Agroo., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - Dezembro, 1984 119

nostomus sp. carapicu.FAMILIA SPARIDAE - Archosar-gus proba to cephalus (Walbaun),sargo.FAMILIA BOTHIDAE - Cithari-chthys? spilopterus Günther, so-lha.FAMI-LIA SERRANIDAE - Para-brax dewegeri (Metzelar), sirigado;Rypticus randalli Courtenay, sabão.FAMILIA ELOPIDAE - Elopssau-rus Linnaeus, Ubarana; Tarponatlanticus Valenciennes, camuru-pim.FAMI-LIA MURAENIDAE - Gym-notorax sp. morea.FAMI-LIA TETRAODONTIDAE -Logocephalus laevigatus Linnaeus,baiacu.FAMI-LIA GOBIIDAE - Gobionel-Jus oceanicus (Palias), boca deouro.FAMI-LIA SCORPAENIDAE ..-Scorpaena plumieri (Bloch), buchu-dinho.FAMILIA HAEMULIDAE - Co-nodon nobilis (Linnaeus), sanhoá.FAMI-LIA BELONIDAE - Stron-

gilura marina (Walban), agulhão.FAMILIA POECILIDAE - Poeci-lia' vivipara Bloch & Schneider,timtim.FAMILIA POMADASYIDAE -Haemulon steindachneri (Jordan &Gilbert), cambuba.FAMI-LIA TRIGILLIDAE - Prio-notus caprella Miranda Ribeiro,peixe cabra.FAMI-LIA SIGNATHIDAE - Hip-pocampus hudsonius, cavalo mari-nho.FAMILIA CENTROPOMIIDAE -

Centropomus? undecimalis (Bloch),camurim.FAMI-LIA LUTJANIDAE - Lutja-nus jocu (Bloch & Schneider), ver-melha.FAMI-LIA MUJI LIDAE - Mugilcurema Valencienes, tainha; M. in-silis Hancoch, tamaratana; M. bra-siliensis, Agassiz, tainha, cambão,cacetão.

Page 4: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

Filho (1981) ela corresponde a apenas delas como sendo de preferência para os6,2%, quando comparada com as espé- camarões.cies do mesmo gênero que ocorrem na No que diz respeito à salinidade, foiárea estudada. observado o que geralmente ocorre com

relação à abundância das três espécies eo aumento da salinidade. Assim, nosmeses de menor precipitação pluvio-métrica, quando a salinidade sobe, oaumento na produção de camarões foibastante evidente; o inverso ocorrendo,quando a pluviosidade aumenta. (Fig.1,2,3).

O segundo tópico da seqüênciaabrange uma sumária discussão acercada bioecologia dos principais molus-cos gastrópodos e pelecípodos queocorrem na área em estudo. De ummodo geral, observa-se que a fauna ma-lacológica é relativamente pequena emmatéria de diversidade específica. So-mente sete famílias, seis gêneros e oitoespécies se apresentam como as maisabundantes, sendo a família Mytillidaerepresentada pelas espécies Myte//a ta/ca-ta e Crassotrea rhyzophorae, as de maio-res significação sob o ponto de vistaquantitativo; ambas as espécies ofere-cem enorme potencial de exploração,'tanto pelo processo artesanal de coletacomo por mecanismo artificial de cul-tivo. /n América (1980), Mattanewsfaz algumas referências com relação aum experimento de cultivo de ostrasna citada área, tendo em vista a viabi-lização do seu cultivo. Referido autordestaca que problemas com predadoressão por demais evidentes; entre -estes,destacam-se o molusco Thais haemas-toma t/oridana, os crustáceos do grupodos siris e o caranguejo do mangue -Uçá (cardisoma guanhumi). Entre osconcorrentes biológicos Matthews (op.cit) ainda cita os cirrípedes, através doassentamento das suas larvas, ocupan-do espaços vitais para a fixação daslarvas de ostras, o que normalmenteocorrem nos meses de janeiro, julho,novembro e dezembro.

Com relação à fauna ictiológica,esta se apresenta rnais típica e maisvariada sob o ponto de vista específi-co, com cerca de 23 espécies habitan-

o. _\.gron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - Dezembro, 19M

Com relação aos aspectos biológi-cos e ecológicos da reprodução, FaustoFilho (1981,1982 e 1983) destaca al-gumas dessas características atinentes àstrês espécies mencionadas. No que serefere a P. brasi/iensis, foi constatadoque esta espécie alcança um tamanhopróximo ao de P. aztecus subti/is,porém sempre menor do que P. schm;t-ti e que parecem entrar em fase de ama-qurecimento sexual com cerca de 80,0- 84,0 mm de comprimento, no mêsde agosto. No que tange a P. aztecussubti/is, esta parece iniciar o seu ama-durecimento sexual com apenas 70,0mm, e também no mês de agosto, ondeos indivíduos alcançam o maior tamanhoe diminuem, a partir daí, até atingiremum menor crescimento em março. Noque concerne a P. schmitti, FaustoFilho (1983) salienta que são osmeses de agosto, janeiro e fevereiro osde maior ocorrência de fêmeas madu-ras e que isto pode ocorrer com espé-cimens de até 55,0 mm de comprimen-to. Com relação ao tamanho da presenteespécie, esta é a que alcança um maiordesenvolvimento, chegando a atingircerca de 165 mm de comprimentototal. Diferindo da espécie anterior-mente citada, o camarão branco alcançaum maior desenvolvimento durante osmeses de março, abril e maio e umcrescimento mínimo de dezembro a fe-vereiro. Tudo isto foi melhor observadodurante o período de 1976 a 1977 ondese coletou maior número de exemplaresda presente espécie.

No que diz- respeito aos turnos dodia, nada indica que haja um períododeste para melhor captura ou que exis-ta uma preferência de localização doscamarões; o número de indivíduos co-letados pela manhã, tarde e noite foimais ou menos o mesmo. Praticamente.com relação às estações de coletas,também não se detectou nenhuma

120 r;pn I

Page 5: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

3701\,

\\/

350 \~-r

\

.-L~

'\I\\\\\\\

\\\\\\i\\\\\

II

J1\

I \i

"\ I'\\\\

~

oDEZ FEV. MAR. ABR. MAl. JUNJUL. AGO. SET OUT. NOV. JAN.MESES

-ANOS 19771976

Figura 1 - Pluviosidade e ~otal de indivíduos de Penaeus aztecus subtilis e P. schmitti, capturadosem áreas de salinas do município de Areia Branca, Rio Grande do Norte, Brasil, no período de

julho/1976 a junho/1977.

121Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (lf2):pág. 117-131 - Dezembro, 1984

Page 6: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

ANOS-1 9 77 19 7 8

Figura 2 - Pluviosidade e total de indivíduos de Penaeus aztecus subtilis e P. schmitti, capturadosem áreas de salinas do município de Areia Branca, Rio Grande do Norte, Brasil, no período de

julho/1977 a junho/1978.

122 Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - Dezembro, 19M

Page 7: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

CONVENÇÕES270

f? schmittir- --

.P aztecus /,I ,IIIIII

250 ,"230

210

(I)O:> 190o'>o~ 170

~150-J

~~ 130OQ:W~ 110

1':>

z

901

IIIIIIIIIII

70

50

30

--

JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. JAN FEV. MAR. ABR. MAl JUL'MESES

--1978 1979ANOS

Figura 3 - Total dos indivíduos de Penaeus aztecus subtilis e P. schmitti, capturados em áreas desalinas do município de Areia Branca, Rio Grande do Norte, Brasil, no período de

julho/1978 a junho/1979.

Ciên. Agron., Fortaleza, 15(1/2): pág. 117-131 - Dezembro 1984 123

Page 8: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

Destas, destacamos que a Estação I,a mais próxima da entrada de águ~para o tanque, é a que apresenta umamaior abundância de peixes, tanto nosturnos da manhã, como nos da tardee noite (Tab. 4). A ocorrência de ummaior número de peixes na Estação Ideve-se ao fato dela estar próxima à en-trada de água proveniente do bombea-mento da água da camboa para o tanque.Esta água traz consigo um suprimentonovo e abundante de alimento e oxi-gênio para os peixes. Praticamente,todos os peixes capturados no tanque

do a área estudada. Destas, a mais abun-dante é a manjuba, seguida por ordemdecrescente de ocorrência. do carapicu,o buchudinho, o entrique, o arenque, osanhoá, a carapeba, o varapau, a saúna,o boca-de-ouro, o bagre, a pescada, otimtim, a solha, o caruruca, o xaréu, asardinha, o pacamon e o mero (Fig. 4,Tab. 1,2,3 e 4).

A distribuição dessas espécies nasáreas dos tanques das salinas, bemcomo sua ocorrência durante os trêsturnos do dia, são mostradas na Fig. 4e nas Tabelas acima mencionadas.

ESTAÇ~O }N.o OE INDIVIDUOS

10 30 50 70 90 100I I I I I I I I I I,..L

~STAÇÃO ,lI :N!' DE INDIVIDUOS

10 30 ~ 70.~~,~ I I

I~nlvínlln~ESPÉCIES -

30-5010

7~1

MANJUBA

CARAPICU

BUCHUDIM

~== "'" """ "'" "~.ENTRIOUE

ARENQUE

SANHOA'

CARAPEBA

VARAPAU

SAÚNA ~-BOCA DE OURO

BAGRE

I PESCADA- ~I TIMTIM~ ~

l~

SOLHA

bCURURUCA

XARÉU .SARDINHA

.~PACAMON

MANHÃ. IICONVENÇÕES TARDE' ~~~~~~~ NOITE'

Figura 4 - Distribuição e número dos peixes mais freqüentes e capturados nas estações I, II e 1IIem áreas de salinas do município de Areia Branca, Rio Grande do Norte, nos turnos da manhã,tarde e noite durante os períodos de julho/1976 a junho/1977, de julho/1977 a junho/1978 e de

julho/1978 a junho/1979.

124 Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2):pág. 117-131- Dezembro, 19M

ESTA Cio 111N~ DE INDIVIDUOS

Page 9: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

Ciên. A

gron., Fortaleza, 15 (1/2):pág.

117-131-Dezem

bro,19M

~'tJSC

o

'- O

):J

r-.1-0)II!'o

oc

.cc0)'

:Jt

-,o

~Z

00

O

r-.

'tJ ~0)--

'tJ O

C

:S~

:J

'- -,

(:) O

)O

'tJ

0- O

)

a:oo,r-.B

O

)C

.-

~--

'- O

00 .cC

~

:J°ã)

-,'-

~<

( r-.

O)

r-.'tJ0)O

'05.

O,-

.cu

-0-

:JC

-,

:J '

~r-.

r-.O

O

)'tJ'---li!

O~

.c

.- C

C

:: :J

<{

~

-,-J

(/) ~

wO

)(Q00

'tJ r-.

<(

~

O)

I-:J'<~E ~

O)

O)

- 'tJ

Ig ~

(.)o'tJ~

O'-

li! '-

W

O)

~

c..C

li!O

li! O

)O

'tJ

C

~

~'-

'-:J

:J

b.c~

'

u-li! Z

O)

~

x O

)0- O

) 0-c..

Oli!

ZO

O

)

'tJ-li!

I-~

~O

):J

'tJ-

'-

O

~:tJ1-<

(-:'li!

~~

~'u

I~C

.c

,O)

C::J

~

g~'-u.

00-r-..'-,caOIr-..t:r-..OOO

;',9Ia:IW! r'r-.

r-.

tOoItO,...

,..;ooQ.Qa:wI' O

J

~--cco

I

a)

!::::~ooc.Qa:~

VI

Q)

'ü'Q)

c.VI

"I I- ., -J~.-oL- 5;

'- 7 -J«I-o'- '5 I- ~ -J~o'-~

e o

:J .I::

Q)

.P:.:J

C

o co

co oS

Q

) C

O

CO

:J:J C

O

-U

oQ).c.c"C

CO

:J.I:: couE

C"

CO

C

O

~

o o

:J Q

).-E

"C

Q)

:J :J

o C

" C:J

"C 2

o;;.0-

c. c

'- '-

c. U

E

c.

CO

C

O

c. ~

.I:: .I::

Q)

C

0- Q

) o

~

:J '

';:. ~

:J

.cCO

:õ E

o~

'-

~:S

~

U

~ ~

U

c 6.

Q)

"E

'- à;

'" '-

Ec

CO

CO

0-

CO

CO

Q)

CO

o C

O o

CO

:J

CO

CO

'- C

O C

O

Q):J

0-w

>~

~~

~m

>U

~~

mu~

m~

m~

~X

~~

u~

~~

oo I

I I

I I~

'-

Mv

CO

NM

~v~

I-I

,N

Vm

II

NM

~-~

N

-

N

N

VN

vi

~O

O-I

I I

I I~

~V

VV

~~

N~

~

IM-M

~V

~~

N

~

~~

~~

N~

~~

~~

Nm

~~

~M

~~

~~

I II

~~

~

~~

~~

~~

~

NN

~O

OM

111-

I ~

OO

MIn.-

~M

M-

IIN

I~

MM

w~

~vm

NV

--l

mN

~

M--

~

N-~

V

-o M

N

-

I I

M.-r--N

OO

OO

ON

M

CO

Ln M

.-VN

Ln.-N.-

Ln-1M

100N

tON

Ll1Ll1tO

M

:::r-.~It)q-N

re I

I I~

I

Ll)<D

OO

OO

q-MN

II

100.-""

NN

Ll)

.-

~~

~

I I

I I

I ~

M~

OO

~

I ~

~

I I

m

I I

I ~

~

"""

OO

VO

O--II

M~

~

~~

NO

- ~

M-

- I

M-N

I- II1II I

I I

I

I I

I I

N~

C)

11-- I

N'-'-~

N~

CO

~C

O

I I

N

I I

I I

~N

~I

II

II

~-N

ON

~--~

~--

I~

-~

- M

-

N-

N

-

OO

NLn--

r

-J«f-of- CX

)co.- NM.- MN MN"""

LC)

00 ~oN <.o

~ tON.- cooN 1f8'- o,...~125

m.-

Page 10: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

126

CQ

-o~O

)E

r...:JO

)1-'-----'"

ooo!:c

c.

:JO

J-,+

"'..

CQ

000Z

r...00)-0'-----O

J O

-O

o!:c-C

Q

:J..-,

~

.

o~.-

O)

I:I:.--

CQ

O

uo!:C

C

~

:J

1%)-'

CQ

CQ

.- r...~

r...<

tO)

.--

OJ---

-O

O

o:f.-

:J,e: -,u

..-

r...C

r...

:JO)

~.-----

O

O-O

o!:

N

'" C

CQ

:J

<t

.~-,

-.J -

CQ

W

~C

DI%

) O

Jr...<

t -00)

I- "'~C

Q

OO

Jo!:

<"3E~

OJ-O

- '"

- O

0-0_IC

Q

OU

- '-

CQ

..

+"'

OJ

",c..W

'"

CQ

O

C

OJ

'" +

"'O

C

-O

CQ

CQ

..

.. :J

:JC+

"'c.-:.C

Qz

u-'" O

JO

J +

"'X

.-

.- O

OJz

c..'" O

J0-

-01-",-C

Q

OJ

+"'-0

:J ..

- C

Q

~I-

..0-

<t~",-ro

ICQ

.ü o!:

C

C'O

J C

Q::J

~C

"O

J..

"-

~

OO

O~

~N

II

I~

~1

000~M

~~

mI

I«~

.- ~

.- M

N

m

...

t: o

CO

...

10

I .-

OO

Z

MC

O~

I

I I

I ~

I I

~~

~

I

,...

,...

OO.~

Il) 00 N

N

I

I I ~

~

I M

M

:: M

~Wa..

~

N~

~

I I

I I

I ~

I I

M~

~

.

~~N

~Il)IIIIIS

!111100

O,...

...

8I

~

Ni:::::

I ~

I

I I

I I

I I

I I

I

,...

oog '-~

NIIIIIM

IIII'-~wa..

.-OO

N

Il)~

.-

I I

I I

I I

I I

,

-J« C

O~

OI-

~N

.-o

r-. l-

r-.-..C

OoI

r-.qoMC

O

M.-

~r-.

~R

_M'-

C

I- M

.9: ~wa..

I ~

-

CO

--

i: e

o::I

J::

o o

~

c'"

Q)

ta J::::I

C

'~ta

,- Q

) ta ta

Q)

::I~

c O

::l"'QiU

o~

~.c"tJta::lJ::

tagE'(3

.2' c.

~

~

e c.

U

E

'ã. ta

E

ta c. o~

1. 2.

Q) g

,S

::I o

-g '-

°:i:;.

'8. p

~

::I ta:õ

E

o~

'- ~

=

=

~

U

~

c U

c

5, Q

) "E

~

'- ~

~

E

'" c

ta ta .c

0- ta

ta Q

) ta o

ta o

ta ~

::I ta

ta '-

ta ta

~

Q)

::I 0-

W

w>

~~

~~

m>

u~~

muG

m~

m~

~X

G~

u~

5

-Lt)I

I I

I 1-

- I I

I I

~

I

Ciên. A

gron., Fortaleza. 15 (1/2):páR

.117-131- D

ezembro. 19M

Ln LnLnLnO

)LnMLn.-N

.-.-

I I

N

I I

I

I I

I I

I ':3"~

I

I I

I

..-c>r--r--ONr--

N NO

)O).-N

NN

NO

) .- I

(0..-

I I

I:: I

I

.- ~

I

I

.- I

M

I I

-

LnNN

OO

ON

OO

IIM

NN

v .-

I I

I

LnN.-

I I I

I

('1 II

I I

I

I I

I I

I I

I

r..Mod-

Mil

M

.-MLnN

.-CO

q-q-Lnr--O'-co.-

q- O

OC

Oq-

N

I I

I

~- ~-

.-r...

<DLn

oCX

)-oLI)

MLn- C>

Lt)

00v tO MN MIn-J~l-aI- q-M- coq-

Page 11: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

Ciên. A

gron., Fortaleza, 15 (1/2):pág. 117-131- D

ezembro, 19M

"'o>O

r-.

co>'-.-:J

I- oo!:

'" C

o :J

C-,

a>' co

to>O

r-.

zo>O

~"C

o

a>~

"C

:JC

-,co

a>'-"c

(Do a>

.- 00

a:r-.,o>C

O'-

u C O

coo!:'-

ClI)

:Jco-'

'ã; co

'-r-.~

r-.a>

o>"c.-O

O

,- o!:

0,-,-

~u

~

,- -,

C

':Jr-.

~r-.o>0'-

"C

O"'o!:

M

co C

C,- :J

~

--,-J

~

coW

a>

(,OlI)

"Cr-.

~

",o>I-

co.-a>

'-

O

'<{~E

:J

a>-'a>

="C-

'"

O

OIC

O

"C(.)-0co

'-+

" '-

'" a>

wo..

co '"

C

O'"

a>o+

""C

C

co co

'- '-

:J :J

+"0

O,

co-:U

z"'-a>

a>X

+

"'ã;

'õo..z'"O

a>

"C-

",I-co-+

" a>

.2"CO

'-

'" co

.cl-~

-:

'ca~

'g ;;;;

'a> o!:

::J C

C]"C

O~

~u.

co"C

(X)

r-.---coo

Ir-.r-.---r-.ooo.9lI:w" O

)r-.cooI00r-.r-.OOQ.Qa:~r-.r-.---coo

I

cor-.---r-.ooc.9a:~

'"Q)

°ü'Q)

c.'""I -J«l-a'- 5" '- ~ -J<

!l-a~~ '- ., -J«l-aI- ~ I- .,

M~ I

I I

I I

10>(0

NM

NIIIII~

IIM

q-NM

lllllalllN

o...:]o

om

:] ca

.r::] t:m

:]ca t:

-U

o~C

" o.

ca ca

o o

:] m

,

0.-E

'"'

,- ...

... o.

UE

ca ca

... ca

t: ca

,-

Eca

ca.r: ca "

+"'

"':] .c

,-"'... -

U

'"'t:

ca ca.c

,- ca

ca m

ca

o ca

o

w>

(/):)I-a..m>

u(/)a..m

~~

~IIIII~

II'-

..-v..-M r-..M

CX

) - -r

MC

D-

CX

)("! I

I I

v

I v

I I

I I

I I

a)I

I I

I I

I Ln M

I

I

~

I I

I~-

~O

>M

I

I I

I-~

I M

M

M~

I

I I

I I

100Mo-o- M

I I

I

o-NIIIII,C

)o-,N

, ,

It) I

I I

I I~

-I"'"

N

1.C)q-r--.M

N

CO

Lt)r--N

N

.-MN

MN

NN

tO.-O

)!"-

o.J::co

C.c

co .-

w.c"O

a. ::I

::Ico

"-.J::--cuco

co ::I

U~

ID

I M~

NIt)

I N

I cc ~

I r-.

q-

I O

) aJ

I ::

v

1"-<0

I N

.-

.-Ln

,...

M

.-M.-

1.- I

I I

I I

M

1'- I

I I

N

(")1--111(")1(0

~~

~

I I

I~Ln~

Q)ca

caca:J..c:

cauEo

O"

C::J

"C

2 0-

..c: ~

c: 0- Q

) o

ca :J

+;'

c: C

lQ)"E

'-

à; ~

'- E

ca ca '-

ca ca Q

):J 0-

cnro<icnX

~c..O

I-

~

I C

O.-1l)

I I

I I

~.-~

I

v I

I I

I

;.-~q-0)

I I

I I

It) 1t)1t)C

'j

I I

I

I I

I I

I I

I I

I I

I I

I I

I Ç

X)M

I

I I

M

I

..- Ln -.

I I

I'~

~

I ILI)

- ~ -

MLn

O)

o:t

-J~I-oI- oLn

r-.U

')- ov- r--.q-q-

Mo:t

r-.v VN -.t

o;to;t

O>

~..-127

Page 12: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

12x

'"ocQ)-

+"'

I..oZ000

"C

r-.Q

)O)

"C~

C

O10.1::

<::5 §O

,.-

10a: r-.

-r-.~

O)

C.-

10 I..

O

aJ:10

~.- ,Q

)~

r-.'r-.Q

)O)

"c.-

O""

.- O

0..1::'-

C.~

~

C,

~

102:<

0O

r-.O

)"C

.- .

"' 0)

10 O

r-.

C.l::O

)~

":5~cn'OQ

)Q).I::

"C

"C

Co:t

'" '"

~

100,~

Q

)"CIO

-J ~

,2 00w

I.. r-.

aJ E

Q)O

)Q

)D

"' f-

-00

=Q

):Q

) +

"' ~

C-10'-

I.. Q

)

-'~"C

",QQ

)Q

) ,

10-u-z10-

t: Q

)

w

,~'"

O

IOZ

C'" Q

)0-:

"Cf-

10-I..

~

Q)

+"'"C

0.1..10

10U

f-'"

'Q

)-x2:'ã) -D

.. 110.I::

'" C

O

10"C

2:'"

10

~"C

~

'"-

OO

C

'" I..

.c ~

~f-'"10

.(3C'Q)

:~c-Q)

I..LL

Ciên. A

gron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - D

ezembro, 19M

o... o

o 5

.c.c:J

c tO

tO

.:: Q

) tO

tO

ã; .~

o ~

~

.c "C

tO

:J

.c tO

3' Ec.

E~

c.:J

:J o

C" C

:J "C

... .-

E

tO

tO

.-.c .c

~

c'- 'Q

) o

~

:J +

;'

",~=

~(.)~

c(.)cc:nQ)"E

"""~"'E

Q)

'" o

tO

o tO

tO

:J

tO

tO

... tO

tO

Q

) Q

) :J.-

>U

cno..Q)u~

Q)cnQ

)<icnX

~o..U

I-

~O

OO

O~

~M

~~

V~

MO

~O

~M

~N

~V

OO

~~

VM

o)~~

~

NV

N

M.~

~

~N

II

OO

~~

NM

M~

~N

~~

NN

M

MN

,=,"

~

NC

OM

MC

OLnO

.;rCO

.-N.-Ln

M

.;r.;r

N~

~~

~N

~~

~~

~~

~I

N~

M

00 ~

~N

~~

~~

~

~

~~

OO

~~

~O

N~

~~

N~

OO

~N

mM

Nm

~~

OO

N~

~~

~m

~N

~

M~

M

~~

M~

N

IN

oo~O

ON

~m

ooooo~~

~m

oooo~

~

~o~

~~

~

~~

1C

)(O'-O

OLnLnooq-q-

1N

q-LnN

N

CO

.-Ll1M

(J)MN

O.-

V

N.-N

IMI

.-MN

.-N.-I

I

IIt)M

'-V(O

(OO

VN

MI

vN

M

(o.- N

00.- ~

.-Ln'-MO

O~

M

~.-

IN

I ~

~

II I

r--tCN'-VOVLnr cn N

NN

Lnr--NLn

.- r-.~r-.M

CO

IM

~M

~O

~M

~oooom

N

~~

M,

NtO

~M

N

N

I~

~

~~

~N

NV

M~

~O

O~

M-

~M

Nr

'-'-~~

N

~

IN.-N

I I

I

r"-.Lnr"-.

N

N lI")

..J~I-oI- .-r-..V ootO MC

C~ Lt)MLt).- Inq-N 00L!)N oo:tN M~ 1:0VN r--~N M.-N coor-..

MtO.-M

Page 13: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

são pescados nos três turnos do dia;somente os bagres e os pacamons apre-sentaram-se como de hábito exclusiva-mente noturno. Durante o turno datarde foi o arenque a espécie predo-minante, e pela manhã, a sardinha.

Com relação ao tamanho dos peixesamostrados, foi a salema o que apresen-tou um maior comprimento médio, atin-gindo 20,1 cm. Seguiram-se a esta, emordem decrescente de tamanho, a uba-rana, a cururuca, o boca-de-ouro, a ver-melha, a saúna, o arenque, o timtim, asolha, o pacamon, o entrique, o tibiro, acarapeba, a sardinha, o baiacu, o vara-pau, a manjuba, o sanhoá, e o buchu-dinho com a~enas 3,8 cm de compri-mento méd io.

Com base no estudo do conteúdoestomacal dos peixes coletados, foramconsiderados predadores de camarõesou carcinófagos os seguintes peixes:pescada, entrique, timtim, carapicu,cururuca, manjuba, bagre, vermelha,carapeba, sanhoá, varapau, xaréu, uba-rana, buchudinho e o pacamon. Valeressaltar que dessas espécies, as trêsprimeiras relacionadas são quase queexclusivamente carcinófagas; as ostras,principalmente o pacamon, se alimentamquase que restritamente de lama e deIodo. O conhecimento desses dados nosleva a sugerir aos criadores de camarões,medidas profiláticas no sentido de im-pedir a entrada desses peixes nas áreasde cultivos reservados para os camarõesda família Penaeidae.

Com relação aos organismos planc-tônicos, o autor, juntamente com Ce-licina Borges em 1980 (In América(1980), destacou como principais cons-tituintes do fitoplâncton das águas dostanques de salinas as classes Bacillario-phyceae, Chlorophyceae e Cianophy-ceae. A primeira, com os seguintesgêneros: Actinoptychus, Anplora, An-pliplora, Bacteriastrum, Bidulphia, Chae-toceros, Coscinodiscus, Cymbella, Fra-gillaria, Gramatophora, Gyrasigma, Lep-tocylindrus, Licmophora, Melosira, Na-'/icula, Nitzchia, Pinnularia, Pyxidicula,Rhyzosolenia, Surirella, Synedra, Ske-

Ciên. A2lOD.. Fortaleza. 15 (1/2): pág,. 117-131 - Dezemb

5UMMARY

50me bioecology observations onmollusks, crustaceans and fisheslive in salt ponds of the Grossos,

a Branca and Mossoró, in the State~io Grande do Norte. - This papers with some general observations;ome aspects of the biology and)gy of the mollusks, crustaceans and~s that live in salt pond of theGros-Areia Branca, and Mossoró county

>ns, in the State of R io Grande dote, Northeast Brazil. I n this paper~ collected and identified about~en, eight and twenty three speciescrustaceans, mollusks and fishes.

129

letonema e Thalassiotriz; dentre as cla-rofíceas os que mais se destacaramforam: Cosmarium, Spirogonium, Spiro-gyra e Ulotrix,. e entre as cianofíceas:Lymbia, ascillatoria, Raplidiopsis eSpirulina. Vale salientar que somenteos gêneros Girasigma, Licmophora, Na-vicula, Nitzchia e Keletronema, sãoextremamente abundantes; os demaissão pouco freqüentes, principalmenteas cianofíceas que se apresentaramraras.

Quanto ao zooplâmcton, apenas ostintinídeos do grupo dos protozoáriosmerecem destaque. Do grupo dos celen-terados, apenas larvas destes foram de-tectadas. Dos rot íferos, mu itos orga-nismos não identificados, bem comomuitas larvas de anelídeos poliquetas.Dos crustáceos predominaram os ostra-códeos, copépodos, larvas de cirrípe-des e de decápodos braquiuros. Destesgrupos, o que se detectou como maisabundante foi o dos copépodos. Emresumo, a análise do plâncton revelouuma produtividade alta, capaz de su-portar populações enormes de produ-tores secundários e, conseqüentemen-te, suportar uma criação extensiva esem i-intensiva de camarões marinhos,peixes e mexilhões.

4 -~

c.thethatAreiof Fdealof ~ecolcfishE

sos,regi(Nor1werESixtEof I

:0, 19M

Page 14: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

respectively. Some aspects of the repro-duction,l, growth, feedings habits, andproduction of these species were discus-sed, as well as, the plankton and waterproductivity from the studied area.

FAUSTO FILHO, J., COSTA, R. S.& MAT-TEWUS - Lista preliminar dos organis-

mos estuarinos que ocorrem em salinasda região de Grossos, Mossoró e AreiaBranca, no Estado do Rio Grande doNorte (Brasil). Cal. Massar., Mossoró,10 p., 1978.

5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS FAUSTO FilHO, J. - Sobre os peneídeosdo nordeste brasileiro. Arq. Est. 8iol.Mar. Univ. Fed. Ceará, Fortaleza 6 (1):47-50,1966.

AMÉRICA, F. R. M. et. alii. - Atividades de-

senvolvidas no Projeto de pesquisa: Bio-ecologia de camarões, cultivo de peixesem viveiros e cultivo de ostras na regiãosalineira de Mossoró, Grossos e AreiaBranca, no Estado do Rio Grande doNorte - Convênio Banco Central -

EMBRAPA-ESAM. Período: julho, 1976/julho 1979. RELATÓRIO TÉCNICO188 p., 13 figs., 1980.

--- Sobre a maturação das gõnadas femini-nas do camarão vermelho (Penaeus bra-siliensis Latreille) em áreas de salinasdo Estado do Rio Grande do Norte.(Crustácea, Decapoda, Penaeidae). Ciên.Agron., Fortaleza, 12 (1/2),: 155-160,1981.2 figs.

AL VES, J. O. - Ictiofauna marinha da RegiãoNorte do Brasil. Asses. Div. SUDENE,Recife, 1-25, 1975.

CERVIGON, M. F. - Los peces marínos deVenezuela (Tomos I e 11. Estación deI nvestigaciones Marinas de Margarita.Fundación Ia Salle de Ciências Natura-les, Caracas. 463 p., 181 figs., 1966.

--- Sobre a maturação das gônadas femininasdo camarão-rosa (penaeus aztecus subotilis Perez.Farfante), em áreas de salinasdo Estado do Rio Grande do Norte,Brasil. (Crustácea, Decapoda, Penaeidae).Ciên. Agron., Fortaleza, 13 (1/2): 15-22,1982, 2 figs.

--- Sobre a maturação das gônadas femininasdo camarão-branco (Penaeus schmittiBurkenroad), em áreas de salinas do Es.tado do Rio Grande do Norte, Brasil(Crustácea, Decapoda, Penaeidae). Ciên.Agron., Fortaleza, 14 (1/2): 141-143,1983. 2 figs.

COSTA, R. S. - Fisioecologia do caranguejoUçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763)Crustáceo Decápode - do nordeste bra-sileiro. Tese de Doutoramento, SãoPaulo, 121 p., 18 figs., 1972.

COELHO, P. A. - Estudo ecológico da LagoaOlho-d'água, Pernambuco, com especialatenç&,o aos crustáceos decápodos. Trabs.Insto Oceanogr. Unive. Fed. Pe., Recife,7/8: 51-70, 1967a.

~-- Os crustáceos decápodos de alguns man-guezais pernambucanos: Trabs. InstoOceanogr. Univ. Fed. Pe., Recife, 7/8:71-90,1976b.

ESKINAZI, A. M. - Lista preliminar dos pei-xes estuarinos de Pernambuco e Estadosvizinhos (Brasil). Trabs. Insto Oceanogr.Pe., Recife, 9/11: 265-275,1 fig., 1970.

c::;-- Peixes do canal de Santa Cruz, Pernam-, buco - Brasil. Trabs. Insto Oceanogr.

Unív. Fed. Pe., Recife, 13: 283-302,1972.

F ARFANTE, I. P. - A new species and tl/IIOnew subspecies of shimos of the genusPenaeus from the Western Atlantic.Proc. Bio/. Soco Wash., Washington, 80:83-100,4 figs., 1967.

HOL THUIS, L. B. - A general revision of the

Palaemonidae (Crustácea Decapoda Na-tantia) of the Americas. II The Subfa-mily Palaemonidae. A//an HancockFoundation Pub/ication, Lo.; Angeles, Oc-casional paper, (12): 1-396, 1952,55 piso

--- The Crustacea Decapoda of Suriname

(Dutch Guiana). Zoo/. Verhande/, Leiden,(44): 1-296,1955,68 figs., 16 piso

LIMA, H. H. - Primeira contribuição ao conhe-

cimento dos nomes vulgares de peixesmarinhos do nordeste brasileiro. Bo/.Ciên. Mar., Fortaleza, 21: 1-20, 1969.

MENEZES, R. S. & MENEZES M. F. - Estudopreliminar sobre a flora e a fauna de águasestuarinas do Estado do Ceará. Arq. Est.Bio/. Mar, Univ. Fed. do Ceará, Fortale-za,8 (1): 101-106, 1968.

MESQUITA, A. L. L. - Produção de camarõesem salinas do Estado do Rio Grande doNorte (Brasil). Bo/. Cear. Agron., Fortale-za, 13: 29-38,1972.4 figs.

1JO Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2):pág. 117-131- Dezembro, 19M

Page 15: ALGUMAS OBSERVAÇOES BIOECOLOGICAS DOS … utilizando-se apetrechos de pesca, tais como, puçás, tarrafas, rangaios, ou por processo manual. A duração dessas co-letas foi de três

Boi. Ciên. Mar, Fortaleza, 29: 1-26,1978.

NEIVA, F. S. & MISTAKIDS M. - Identifica-tion de algLJnos camarones marinos deilitoral Centro-Sur dei Brasil. Seq. Reun.As. Reg. Pesca At/. Sudoc., Mar dei Plata,18: 1-9, 1964. 11 figs.

WARMKE, G. L. & ABBOT R. T. - CaribbeanSeashells, aguide to the marine mollusksof Puerto Rico and other West Islands,Bermude and the Lower Florida Keys.Levingston Publication Publishing Co.,348 pp., 34 figs., 44 pls., 19 maps, Nar-berth, 1962.

OLIVEIRA & A. M. E. - Segunda contribui-ção ao conhecimento dos nomes vulgaresde peixes marinhos do nordeste brasileiro.

Ciên. Agron., Fortaleza, 15 (1/2): pág. 117-131 - Dezembro, 1984 131