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    REDAO

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    NDICECAPTULO 01 .................................................................................... 2

    A Redao em Concurso Pblico ............................................................................ 2Ausncia de Prtica .........................................................................................................2

    Palavras-chave em Concurso Pblico - Coeso, Progresso e Coerncia ............... 2Coeso - o Que ? ............................................................................................................2

    Progresso - como Realizar? ............................................................................................3Dissertao - Como Assim? ..............................................................................................4

    Estrutura do Texto Dissertativo .............................................................................. 4Sentena Declarativa ........................................................................................................5Interrogao .....................................................................................................................5

    Relao Adversativa .........................................................................................................5Referncia Histrica .........................................................................................................5

    Palavra - chave..................................................................................................................5

    Relao Causal - consecutiva ............................................................................................5Causa e Consequncia ......................................................................................................5

    Enumerao de Fatos .......................................................................................................5

    Aluso Histrica ................................................................................................................6O Pargrafo Dissertativo ...................................................................................................6

    O Tpico Frasal - Um Conceito Importantssimo ..............................................................6A Justa Medida do Pargrafo ............................................................................................7

    Entendendo a Temtica ....................................................................................................7Concluso do Texto ..........................................................................................................7

    O Texto Narrativo .................................................................................................... 7Operadores do Texto Narrativo ........................................................................................8

    A Carta Argumentativa ........................................................................................... 9O Texto Descritivo ..........................................................................................................12

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    Reescrevendo:

    Ex.: O governo brasileiro precisa providen-ciar uma reforma da previdncia, s no o fazporque muito trabalhoso.

    Voc teve uma ideia bsica de como se pode esta-belecer coeso no texto. Agora precisa treinar.

    Progresso - como Realizar?Bem, o assunto de progresso textual no muito

    abordado, porque grande parte dos professores achaque difcil fazer com que o aluno compreenda aideia de progresso dos argumentos de um texto. Naverdade, a maneira como um texto est encadeadopermite compreender qual foi a estratgia de progres-so utilizada pelo autor. Vamos demonstrar isso comum exemplo.

    Imagine que, ao ler o tema da redao, voc veja aseguinte temtica.

    Pena de morte no Brasil: uma soluo ou apenasmais um problema administrativo

    O assunto batido, porm muito simples de traba-lhar. Em primeiro lugar, o texto vai pedir que voc seposicione em relao ao tema, portanto no se pode

    ficar em cima do muro, pois isso faz com que vocperca nota. No se esquea de que estamos trabalhan-do com um tema polmico e, por mais que voc querialibertar o esprito assassino e soltar o pavor porsobre o rprobos da sociedade, isso vai de encontro noo de politicamente correto. mais seguro fazerum texto simples do que apostar em ser esperto ebuscar uma inovao que s trar problemas.

    Em segundo lugar, pegue uma folha de rascunhoe escreva todos os argumentos que voc consideracomo cabveis para a construo de seu texto. Assim , possvel seleo daquilo que far o texto progredir.Vamos construir o raciocnio:

    Minha posio:

    A pena de morte um problema! Meus argumentos: Viola a Declarao dos Direitos Humanos;

    A Constituio Federal no permite;

    S Deus pode tirar a vida de algum; um retrocesso na evoluo do homem;

    No h sistema judicial preparado o suficientepara no cometer erros;

    O Estado no pode ser um assassino;

    O processo de aplicao da pena seria muitomoroso e burocrtico.

    H muitas ideias, mas nem todas esto em conexo.

    Ou seja, utilizar todos esses argumentos seria a chavepara sua nota ficar baixa. A questo simples: nohaveria tempo (linhas) para aprofundar todos essesconhecimentos, portanto o seu texto ficaria raso, almdo fato de ser quase impossvel encadear todos essesargumentos em apenas uma linha de raciocnio. Emvirtude disso, necessrio escolher os argumentos quesero utilizados. Para tanto, basta ver quais possuemalgum tipo de relao, depois escolher a ordem queser empregada no texto. Vejamos:

    Meus argumentos Viola a Declarao dos Direitos Humanos.

    A Constituio Federal no permite.

    S Deus pode tirar a vida de algum.

    um retrocesso na evoluo do homem.

    No h sistema judicial preparado o suficientepara no cometer erros.

    O Estado no pode ser um assassino. O processo de aplicao da pena seria muito

    moroso e burocrtico.

    Ordem sugerida: Crescente (+ fraco para + forte)

    O processo de aplicao da pena seria muitomoroso e burocrtico. No h sistema judicial preparado o suficiente

    para no cometer erros. A Constituio Federal no permite.

    Viola a Declarao dos Direitos Humanos.

    Ordem sugerida: Decrescente (+ forte para + fraco) O processo de aplicao da pena seria muito

    moroso e burocrtico.

    No h sistema judicial preparado o suficientepara no cometer erros.

    A Constituio Federal no permite. Viola a Declarao dos Direitos Humanos.

    Como voc conseguiu perceber, retiramos asideias que ficariam voando ao longo do texto. Seriamuito difcil ligar esses argumentos no corpo do texto;deixe-os, portanto, de lado. Com aquilo que sobrou,preencha o seu texto encadeando os argumentos domais forte para o mais fraco (escala decrescente), ou domais fraco para o mais forte (escala crescente). Assim, otexto progride e fica claro!

    Alguns elementos (palavras/expresses-chave) quevoc pode utilizar para dar progresso e conectar o seutexto:

    Para Comear o Desenvolvimento Inicialmente.

    Primeiramente. Em primeiro lugar. A priori. Primariamente. Em primeira anlise. Em primeiro plano. Antes de tudo. Desde j.

    Para Amarrar o Pargrafo. Sequencialmente. Posteriormente. Em segundo lugar.

    A posteriori. Acresce que. Em segunda anlise. Em segundo plano. Do mesmo modo. Ainda por cima.

    Para Finalizar o Texto Finalmente.

    Em concluso. Assim.

    Ento. Portanto.

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    Afinal.

    Logo.

    Em suma.Use as ferramentas acima para garantir a progres-

    so do seu texto. Coerncia

    Em poucas palavras: coerncia fazer sentido. otexto ter noo! Veja bem, se algum disser eu digo que

    estava nevando nas praias paulistas, ser bem incoe-rente, porque nevar na praia, em condies normais, literalmente impossvel. No caso do concurso pblico,a incoerncia fica a cargo de se utilizar um argumen-to que contradiga suas ideias principais subjacentes aotexto. Ou seja, desdizer o que voc estava dizendo.Entre outros aspectos, avalia-se a coerncia segundoestes elementos:

    a) Adequao ao tema.b) Pertinncia do argumento.

    c) Aprofundamento do texto.

    d) No-contradio.e) Fuga do senso-comum.

    Dissertao - Como Assim?O conceito de dissertao simples: informar algo

    ou opinar sobre algo. Na verdade, quando algumdisserta sobre um assunto, busca expor conceitos ouargumentos com base em alguma fundamentao, issoquer dizer que possvel defender ou atacar pontosde vista sobre algum assunto. Essa apenas uma daspossibilidades da dissertao, dentre as vrias facetasque esse tipo de texto (extremamente cobrado emconcurso pblico) oferta a quem deseja escrever.

    Seria descabido contar uma histria ou fazer umrelato se a proposta pede um texto que exige um po-sicionamento, ou seja, um texto dissertativo. Alis, no interesse do corretor saber se o candidato criativo,mas sim saber se ele (candidato) tem condies de ar-ticular ideias em uma sequncia lgica. No h estra-tgias milagrosas para escrever uma dissertao, bastacompreender a estrutura e exercitar. Abaixo, eis algumasespecificaes acerca dos tipos de dissertao.

    Tipos de Texto Dissertativo Expositivo.

    Argumentativo. Misto.

    O texto Expositivo

    Conceitual.

    Informacional. Aspectos descritivos. No exige posicionamento.

    Ex.: Texto expositivo (CESPE):

    Nas farmcias brasileiras, os comprimidos deextrato de ginkgo vendidos s com receita mdicacompetem com cpsulas de p modo e folhas, em em-balagens expostas nas prateleiras ao alcance do consu-midor. Muita gente relata efeitos benficos advindosdessas frmulas alternativas. Mas seriam elas toeficazes quanto os comprimidos vendidos com receita?A resposta no.

    Pesquisadores da UFSC fizeram testes para saberquanto h de componentes do extrato EGb 761 nessascpsulas e nas folhas da planta. Concluso: para obtera mesma quantidade de um nico comprimido de 120mg, seriam necessrias 20 cpsulas de 200 mg de pmodo. Quanto ao ch, a eficcia depende da qualida-de da matria-prima. Mas seria preciso ingerir grandequantidade, j que os teores das substncias ativas noch caseiro so baixos, afirma a autora do trabalho epesquisadora da UFSC. Segundo ela, a proporo ideal

    s obtida com os extratos secos padronizados.Internet: www.saude.abril.com.br (com adaptaes)

    Ex.: Texto argumentativo (CESPE):O voto, direito duramente conquistado, deve ser

    considerado um dever cvico, sem o exerccio do qual odireito se descaracteriza ou se perde, afinal liberdade edemocracia so fins e no apenas meios. Quem vive emuma comunidade poltica no pode estar desobrigadode opinar sobre os rumos dela. Nada contra a desobe-dincia civil, recurso legtimo para o protesto cidado,que, no caso eleitoral, se pode expressar no voto nulo(cuja tecla deveria constar na mquina utilizada paravotao). Com o voto facultativo, o direito de votar eo de no votar ficam inscritos, em p de igualdade, no

    corpo legal. Uma parte do eleitorado deixar voluntaria-mente de opinar sobre a constituio do poder poltico.O desinteresse pela poltica e a descrena no voto

    so registrados como mera escolha, sequer comodesobedincia civil ou protesto. A consagrao da alie-nao poltica como um direito legal interessa aos con-servadores, reduz o peso da soberania popular e des-constitui o sufrgio como universal.

    Para o cidado ativo, que, alm de votar, se organizapara garantir os direitos civis, polticos e sociais, o enfoque inteiramente outro. O tempo e o trabalho dedicados aoacompanhamento continuado da poltica no se apresen-tam como restritivos da liberdade individual. Pelo contr-rio, so obrigaes auto-assumidas no esforo de cons-truo e aprofundamento da democracia e de viglia na

    defesa das liberdades individuais e pblicas.A ideia de que a democracia se constri nas lutas

    do dia a dia se contrape, na essncia, ao modeloliberal. O cidado escolado na disputa poltica sabeque a liberdade de no ir votar uma armadilha. Paraque o sufrgio continue universal, para que todo poderemane do povo e no, dos donos do poder econmico,o voto, alm de ser um direito, deve conservar a suacondio de dever cvico.Lo Lince. Em defesa do voto obrigatrio. Internet: www.correioci-

    dadania.com.br (com adaptaes)

    Estrutura do Texto Dissertativo Introduo (tema + argumentos).

    Desenvolvimento (defesa dos argumentos). Concluso (aquilo que se entende a partir

    dos argumentos). Introduo Chance de a redao sair boa. Estrutura.

    Tema (linhas inicias). Argumentos (apresentando a estratgia). Prvia da concluso.

    Proibies: Iniciar com a mesma sentena do tema. Iniciar com pronome demonstrativo.

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    Fazer um enrolation para adentrar o tema. Iniciar com a palavra atualmente.

    O grande problema dos concursandos iniciar otexto. Portanto, seguem algumas dicas aqui de comointroduzir sua prova descritiva. Vamos utilizar um temasimples para introduzir todos os textos: sistema prisio-nal brasileiro. Vamos l!

    Sentena DeclarativaTrata-se de utilizar uma afirmao para introduzir o

    texto. A partir da informao, desenvolvem-se as con-sideraes. Ex.:No h como negar que o sistema prisional

    brasileiro precisa de uma sria reviso estrutural.

    InterrogaoNessa estratgia, basta introduzir o texto com uma

    pergunta que servir de substrato para o desenvolvi-mento do texto. Lembre-se de que a pergunta DEVE serrespondida.

    Ex.:H uma questo que reverbera na socieda-de brasileira com relao segurana pblica:deve haver uma reviso estrutural no sistemaprisional do pas?

    Relao AdversativaNessa estratgia, eficaz construir uma relao deoposio nas linhas iniciais para que sirva de motivao construo do texto.

    Ex.: Se, por um lado, verificam-se estabeleci-mentos prisionais com estrutura adequada emalgumas regies do pas, por outro, visvel asituao de decadncia e descaso com os presi-dirios. Esse fato aponta para uma necessidadede reviso estrutural do sistema prisional bra-sileiro.

    Referncia HistricaUma das tcnicas mais eficazes est nesse item.

    Basta utilizar alguma aluso histrica para fundamen-

    tar o texto. Ex.:No de hoje que o sistema prisional brasi-leiro apresenta problemas. No ano de (colocara data e o dado histrico).

    Palavra - chavePartindo de um conceito simples, pode-se desen-

    volver todo o texto. Ex.:Reviso estrutural completa. Esse termo

    cada vez mais merecedor de ateno e reflexodas autoridades brasileiras quando se falasobre o sistema prisional brasileiro. Seja porisso... seja por aquilo.

    Relao Causal - consecutivaBasta enunciar a relao de causa e consequnciacom a qual se trabalhar ao longo do texto. Ex.: A causa principal para a necessidade de

    uma reviso estrutural no sistema prisional bra-sileiro o descaso com a pessoa humana que verificado nos presdios pelo pas.

    Estratgias para o desenvolvimento do textoO concursando que possui mais experincia e de-

    senvoltura na escrita pode achar que estou falandosobre assuntos ineficazes, ou que se trata, basicamen-te, de formas para mecanizar a redao do aluno.

    Logo, vamos trabalhar com estratgias paraencorpar sua redao, ou seja, para desenvolver oseu texto com qualidade e solidez. preciso que voc

    entenda o seguinte: seu desenvolvimento est intima-mente atrelado sua introduo, pois, quando se partedas sentenas introdutrias, encaminhar o desenvolvi-mento fica muito mais fcil. Vamos abordar as estrat-gias em questo!

    Causa e ConsequnciaNa presente estratgia, a ideia central selecionar a

    temtica pensando nos argumentos a serem desenvolvi-dos. A partir disso, comea-se a identificar as causas do

    termo em questo, para que, ao longo dos pargrafos,sejam identificadas as consequncias provenientes dasinformaes iniciais. Isso tudo parece muito abstrato,por isso, vamos tentar simplificar com exemplos.

    Para o exemplo em questo, vamos partir da intro-duo proposta anteriormente, feita na relao causal--consecutiva, s ento partiremos ao desenvolvimento.

    Tema: Sistema prisional brasileiro. Argumentos: Precisa de uma reforma estru-

    tural porque existe descaso com a pessoahumana.

    Causas: O descaso se mostra na falta de cuidado com a

    estrutura fsica de alguns presdios.

    H descaso tambm na ausncia de polticas dereinsero social do apenado.

    Consequncias: Humilhao, baixa condio de sade e desen-

    volvimento intelectual. Ausncia de perspectiva de vida para o presi-

    dirio aps sua sada da penitenciria, o que oimpele a continuar com a criminalidade.

    Introduo:A causa principal para a necessidade de uma

    reviso estrutural no sistema prisional brasileiro odescaso com a pessoa humana que verificado nospresdios pelo pas.

    Desenvolvimento:1 pargrafo:O descaso em questo pode ser evi-denciado na falta de cuidado com a estrutura fsica dealguns presdios do Brasil que, sem capacidade parasuportar o enorme contingente de presidirios, acabasujeitando-os a um confinamento humilhante, combaixssimas condies de sade e desenvolvimento in-telectual. No de se estranhar que a violncia acabepor ser um atrativo para o indivduo que se encontranesse contexto.

    2 pargrafo:Como no bastasse a impossibilida-de de haver vida digna dentro do presdio, a perspec-tiva do lado de fora da carceragem no muito boa. Aausncia de polticas de reinsero do apenado faz comque ele seja, cada vez mais, impelido a voltar para a cri-

    minalidade, uma vez que ela parece ser a nica formade atuao que o sistema social brasileiro da contem-poraneidade parece lhe oferecer.

    Voc percebe que no necessrio de muito paraconstruir todo o pargrafo? Isso aconteceu porque, nacomposio de cada pargrafo, utilizamos as estrutu-ras que j estavam separadas na seleo de argumen-tos, fato que facilitou extremamente a composio dotexto. Se achar interessante, pode treinar essa ttica.

    Enumerao de FatosNa estratgia em questo, pode-se partir de uma

    constatao simples (o que faz par com a introdu-o por meio da sentena declarativa), para que,

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    posteriormente, os fatos selecionados sirvam para cor-roborar com a sentena inicial.

    Tema: Quais so as vantagens da utilizao datecnologia na educao em um contexto no qual grande o nmero de analfabetos?

    Argumento:h vantagens! Fatos:

    A tecnologia pode acelerar e facilitar o processode alfabetizao.

    A capacitao dos profissionais pode serampliada por meio dos avanos tecnolgicos.

    Desenvolvimento do texto: Introduo: No h como negar que a tecnolo-

    gia, quando bem empregada, propicia avanostremendos. A situao ainda mais interessantequando a unio dos avanos tecnolgicos se dcom a educao. Mesmo num contexto em queo analfabetismo ainda uma realidade, como ocaso do Brasil, vislumbram-se perspectivas tang-veis de melhora.

    1 pargrafo:A primeira vantagem do provvelbinmio tecnologia-educao a possibilidadeda reduo do nmero de analfabetos efetivosem todo o territrio nacional. A utilizao de soft-wares que otimizem o processo de aquisio daescrita e realizao da leitura pode surtir resulta-dos positivos. Quer dizer, essa contribuio estrelacionada ao emprego dos computadores nocontexto educativo, o que pode, ainda, ser me-lhorado, levando em considerao que o materialaudiovisual (retroprojetores, rdios, aparelhosde blu-rayetc.) propicia um contato mais ldicodo contedo para com os possveis estudantes.

    2 pargrafo: Como se sabe, a capacitao doprofissional da educao primordial para queo desenvolvimento do trabalho docente sejaeficiente. Logo, com o emprego dos recursos

    tecnolgicos disponveis, a exemplo de aulasonline, cursos de ps-graduao a distncia, au-diobooks (livros narrados para reduzir o tempode leitura de uma obra), acervos virtuais entreoutras ferramentas, a prtica do profissional daeducao, alm de ser facilitada, aprimorada.

    Foram escritos apenas dois pargrafos. Claramente,a inteno mostrar que h possibilidade de se desen-volver um texto com tranquilidade. Voc pode, comorecurso metodolgico que vise ao aprimoramento desua redao, escrever mais pargrafos sequenciais, oumesmo reescrever os pargrafos que a esto. A ideia nunca desanimar e testar todas as possibilidades.

    Nos prximos itens, vamos lanar a ideia para voc

    desenvolver.Aluso Histrica

    No desenvolvimento por aluso histrica, parte-seda introduo em que se utiliza a mesma estratgia,para estabelecer um tipo de genealogia da temticaem questo. No se esquea de que os argumentos his-tricos serviro para comprovar o que se defende notexto, por isso, devem-se alinhavar muito bem os epi-sdios selecionados.

    Tenha certeza daquilo que voc afirma!

    Eis uma possibilidade de introduo para que vocpesquise e desenvolva seu texto.

    Tema:combate s drogas no territrio brasileiro. Sugesto de introduo para ser desenvolvida:

    Em retrospecto situao do combate s drogasno territrio brasileiro, alguns dados histricos revelamuma estatstica importante.

    Discurso autorizado (fala de especialista)Utilizando o discurso autorizado, transmite-se a

    impresso de maior consistncia argumentativa. Adica aqui a seguinte: no copie trechos da proposta,tampouco invente informaes, pensando que v darcerto. O corretor sabe que, quando voc escreve pes-quisas mostram, cientistas revelam, est, na realidade,tentando convenc-lo de algo que nem voc tem certeza.

    Agora, voc pode resumir essas tticas em umatabela e buscar a que mais fcil de desenvolve em suaprtica de escrita.

    O Pargrafo Dissertativo o momento de analisarmos a estrutura do par-

    grafo dissertativo, ou seja, como compor um pargrafoclaro e que possua qualidade. Primeiramente, preciso

    entender que h limites impostos pela propriedade daestrutura dissertativa, quer dizer que no se pode sim-plesmente tentar inovar o que j tem sido um padrode escrita h tantos anos. Ningum vai reinventar otexto dissertativo, portanto fique atento s ideias prin-cipais relacionadas ao princpio de construo do par-grafo na dissertao.

    O Tpico Frasal - Um ConceitoImportantssimo

    Cada texto possui uma temtica especfica, claro,com suas estratgias de desenvolvimento, seus argu-mentos, suas posies ideolgicas etc. Porm, nemsempre se dedica ateno suficiente compreensoda estrutura interna de todos esses elementos quecompem a materialidade do texto, o que acaba porpermitir que uma lacuna se forme na compreenso queo concursando possui de dissertao - quer seja argu-mentativa, quer seja meramente expositiva.

    Avaliando a construo dos pargrafos de umtexto com nuanas dissertativas, percebe-se que umelemento primordial para o sucesso da argumentaoou da exposio: o tpico frasal, slido e bem definido.O que significa dizer isso? Simples: significa dizer que sedeve apresentar uma ideia ou conceito que ser o alvodo pargrafo, sobre o que voc ir escrever, expondoou argumentando sobre.

    O tpico frasal deve ser claro, curto e objetivo. Nuncadeixe seu pargrafo ficar confuso, ou apresentar mais

    ideias do que o conveniente, entendendo que o conve-niente inserir umaideia de cada vez em cada possibi-lidade de desenvolvimento. A exceo feita ao par-grafo introdutrio, no qual se pode fazer um pequenoresumo do propsito do texto. Desse modo, o textofica organizado e fcil de ler, indicadores de boa nota!

    Uma vez estabelecido o tpico frasal, alm das pos-sibilidades de quem j possui uma grande desenvolturana escrita, h trs bsicas estratgias: indicar a causado fato; dar uma explicao para o fato, ou realizar adefesa daquilo que se disse. Portanto, aps escolher asentena a ser trabalhada no pargrafo, adote um dosprocedimentos erigidos (mencionados) anteriormen-te, assim, evita-se que o pargrafo fuja da temticaproposta.

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    Lembre-se de que o tpico frasal possui algumasexigncias:

    01. Conciso;02. Clareza;03. Solidez;04. Coerncia;05. Objetividade;06. Bom espao na margem;

    07. Pontuao precisa.

    Se quiser utilizar um exemplo comprobatrio em seupargrafo do desenvolvimento, fique vontade, pormno se permita exagerar, inventar ou inserir itens queno estejam relacionados temtica ou proposta!

    A Justa Medida do PargrafoH uma considerao importante a ser feita com

    relao extenso do pargrafo num texto dissertati-vo. A justa medida, a medida urea para os pargra-fos de desenvolvimento de sete linhas. Sim, se fizero clculo com relao ao nmero de linhas, perceberque trs pargrafos com essa numerao somados in-troduo e concluso fecham, com folga, a distribuioperfeita das ideias no texto.

    Isso significa que, se um pargrafo do seu textoextrapolar o limite, como ocorre em algumas situa-es, provavelmente, o peso de seus argumentos serafetado, ou seja, haver um problema de distribuiodas ideias do texto: algumas ficaro com menor apro-fundamento; outras ficaro com aprofundamentodemasiado. O velho mestre Aristteles bem conheciaque a justa medida - o equilbrio entre um atributoem excesso ou em falta - o essencial para se atingirqualquer objetivo.

    Entendendo a TemticaQuando o concursando l a prova discursiva e se

    depara com a temtica proposta, acaba, em algumassituaes, por no conseguir entender como deveproceder escritura do texto. Bem, para que isso noocorra, vamos antecipar como costumam ser as tem-ticas apresentadas em concursos pblicos. Padro 1 Temtica direta e objetiva:Nesse padro, deve-se observar a temtica, sempre

    buscando conceitos-chave que faam remisso aocontedo proposto. Desse modo, possvel ficar presoao tema.

    Padro 2

    Temtica direta e objetiva com posicionamento:Nesse padro, alm de focalizar diretamente atemtica, quer dizer, possuir objetividade no tratamen-to do tema (no enrolar para entrar no assunto), ne-cessrio tambm deixar clara sua posio com relaoao tema. Lembrete: o posicionamento no deve serfeito por meio da 1 pessoa do singular.

    Padro 3 Temtica direta e objetiva com posicionamen-

    to + subitens:

    Nesse padro, a posio clara com relao temticadeve ser acompanhada de uma focalizao direta nossubitens. Sugiro que voc separe um pargrafo para cadasubitem pedido no texto, uma vez que, dessa forma, o

    corretor percebe que houve distribuio equivalentedos argumentos com relaes aos subitens.

    Padro 4

    Temtica direta e objetiva + subitens:Nesse padro, no necessrio mostrar posio,

    pois o texto expositivo, ento, no h com que sepreocupar em relao convencimento. Basta apostarem uma progresso clara do texto.

    Padro 5

    Temtica indireta (subjetiva):Nesse padro, a preocupao do concursando

    conseguir abstrair o assunto da temtica, ou seja, ohistrico de leituras permite que o candidato consigainterpretar a mensagem tratada e abordar com consis-tncia o tema da redao.

    Concluso do TextoA concluso do texto possui, basicamente, trs

    funes:

    a) Retomar a ideia inicial, asseverando a posio de-fendida, para um fechamento coerente da estrutu-ra do texto.

    b) Se a proposta pedir, a concluso serve para proporsolues para os problemas apresentados no texto.

    c) Finalmente, criar um impacto no leitor. Umcuidado, porm: no pense que usar chaves,frases de efeito ou citaes que no foram traba-lhadas no texto anteriormente possa fazer o seutexto brilhar. O efeito ser contrrio!

    Outras possibilidades de textos na redaoDentre as inmeras possibilidades relacionadas a

    gneros textuais para a as questes discursivas (provade redao), destaco, agora, algumas que, a despeitoda fora da dissertao, costumam receber algumaateno. So elas:

    Narrativo:

    a) Foco em sequenciar aes.b) Carta argumentativa.c) Foco em persuadir um interlocutor determinado.

    d) Descrio.e) Foco em apontar caractersticas.

    f) Resumo.Foco em extrair informaes essenciais de um texto.Vamos buscar compreender as necessidades e ca-

    ractersticas especiais de cada item acima mencionado.

    O Texto NarrativoSucintamente, narrar significa sequenciar aes,

    ou seja, encade-las de modo que progridam de formacoerente e inteligvel para o leitor. claro que o textonarrativo no o mais simples de ser escrito, a despeitode utilizarmos estratgias narrativas em muitosmomentos do nosso dia. Contar uma estria carecede uma srie de aspectos e elementos, os quais, jus-tamente por serem intestinos narrao, no podemser esquecidos ou deixados de lado. Isto , o texto nar-rativo possui elementos de progresso e operadorestextuais que nos permitem compreender o princpio deencadeamento das situaes narradas. o que passa-remos a estudar.

    Elementos de progresso narrativaEmbora a teoria possa elencar outros elementos,

    eis os mais relevantes para o concursando:

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    a) Apresentao:

    Tambm identificada como situao inicial omomento em que ocorre a introduo de personagens,preparao para a ao que ser abordada. H, nessemomento, a possibilidade de se fazer a descrio dolocal da ao. Para uma redao de concurso, no in-teressante fazer uma apresentao muito extensa.

    b) Conflito: o problema da narrativa, ou seja, aquilo que

    motiva a ao do texto.c) N:

    a complicao do problema inicial da narrativa.Quer dizer, aquilo que motiva a tenso do texto a ficarainda maior.

    d) Clmax: o ponto alto da narrativa, o momento mximo da

    estria. Para ficar mais claro, o clmax a ao final queh de gerar o desfecho do texto.

    e) Desfecho:

    Tambm chamado de concluso ou resoluo,consiste no encerramento da ao da narrativa, apre-sentando um final fechado (claro, sabe-se o que

    ocorre) ou aberto (obscuro, no se tem certeza do queocorreu). Para o concurso pblico, o candidato devepreferir os finais fechados.

    Operadores do Texto NarrativoSo operadores (termos que compem) do texto

    narrativo:a) Narrador: Quem conta.

    c) Tempo: Quando ocorre.

    e) Espao: Onde ocorre.g) Personagens: Quem pratica as aes.

    Comentrio Sobre Cada Operador Narrador: Para no nos delongarmos em um sem-nmero

    de classificaes, vamos explicar o narradorpartindo da ideia de foco narrativo.

    a) Autodiegtico: o foco em que o narrador conta algo de que parti-

    cipou como personagem principal, como protagonista.Conta a prpria histria.b) Homodiegtico:

    o foco em que o narrador conta algo de que par-ticipou, mas no como personagem principal, e simcomo um tipo de elemento secundrio ao.c) Heterodiegtico:

    foco em que o narrador conta algo de que noparticipou, podendo conhecer todos os eventos oumesmo uma parte deles (aquilo que conta).

    Tempo: Esse o quando da narrativa.

    a) Cronolgico:

    o tempo marcado por uma sequncia lgicade datas (dias, meses, anos). O tempo cronolgicotambm pode ser dado em uma sequncia de horas ouminutos.

    b) Psicolgico:

    o tempo sem marcao lgica, ou seja, as frontei-ras que so determinadas na cronologia, desaparecemnessa estratgia narrativa.

    c) Da narrativa:Apesar de no haver marcao temporal clara

    nessa estratgia de composio, o leitor conhece que aao progride por meio da anlise dos tempos verbaisou de palavras como: depois disso, de repente, ento,posteriormente etc.

    O concursando inteligente deve, sempre, optarpelo tempo cronolgico, pois mais simples de serinserido.

    Espao: Esse o onde da narrativa.

    a) Aberto:

    No ocorre a ao em apenas um lugar, os perso-nagens podem circular em vrios locais distintos. Isso mais facilmente verificado em narrativas mais longas.b) Fechado:

    A ao narrada em apenas um cenrio, no htroca de cenrios ou ambientes. Isso comum em nar-rativas mais breves.

    Personagens: So os envolvidos na ao do texto. Utilizando

    uma diviso simplista, temos:

    a) Protagonista: o personagem principal da ao.O heri ou com quem se passa a maior parte doseventos narrados.

    b) Antagonista: no possui presena obrigatria. definido como quem se ope ao protagonista daao.

    c) Adjuvantes: tambm no possuem presenaobrigatria. So definidos como os secundrios,aqueles que figuram ao que no so, necessaria-mente, as principais.

    salutar, em uma prova de concurso, no utilizar-mos personagens em demasia. Os dilogos sero indis-pensveis apenas quando a banca solicitar.

    Exemplo de Texto Narrativo Tudo bem filho, todo mundo faz issoJohnny tinha seis anos de idade e estava em com-

    panhia do pai quando este foi flagrado ao dirigir emexcesso de velocidade. O pai entregou ao guarda, junto sua carteira de motorista, uma nota de vinte dlares.Est tudo bem, filho, disse ele quando voltaram estrada. Todo mundo faz isso!

    Quando Johnny tinha oito anos, deixaram que assis-tisse a uma reunio de famlia, dirigida pelo tio George,a respeito das maneiras mais seguras de sonegar oimposto de renda. Est tudo bem, garoto, disse o tio.Todo mundo faz isso!

    Aos nove anos, a me levou-o, pela primeira vez, aoteatro. O bilheteiro no conseguia arranjar lugares atque a me de Johnny lhe deu, por fora, cinco dlares.Tudo bem, filho, disse ela. Todo mundo faz isso!

    Aos dezesseis anos, Johnny arranjou seu primeiroemprego. Nas frias de vero, trabalhou em um su-permercado. Seu trabalho: pr os morangos madurosdemais no fundo das caixas e os bons em cima, para lu-dibriar o fregus. Tudo bem, garoto, disse o gerente.Todo mundo faz isso!

    Quando Johnny tinha 19 anos, um dos colegas maisadiantados lhe ofereceu, por cinquenta dlares, asquestes que iam cair na prova. Tudo bem garoto,disse ele. Todo mundo faz isso!

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    Flagrado colando, Johnny foi expulso da sala evoltou para casa com o rabo entre as pernas. Comovoc pde fazer isso com sua me e comigo?, disse opai. Voc nunca aprendeu estas coisas em casa!. Seh uma coisa que o mundo adulto no pode tolerar um garoto que cola nos exames...

    http://pcdec.sites.uol.com.br/tudobemfilho.htm

    A Carta ArgumentativaVamos definir a carta como um texto que possui um

    direcionamento especial - o destinatrio ou interlocu-tor -, sendo que o tratamento utilizado no texto podeser impessoal ou pessoal, dependendo da finalidadeda carta. certo que h vrias estratgias de desenvol-vimento para a carta (dissertativa-argumentativa, dis-sertativa-expositiva, narrativa, descritiva etc.), porm,para a nossa finalidade - o concurso pblico - vamosestudar aquela que possui o princpio argumentativo.

    Estruturando a carta Os elementos essenciais para o gnero que

    estamos estudando :a) Local e Data: Colocados na primeira linha do texto.b) Vocativo: a interpelao do destinatrio - seu nome.c) Desenvolvimento:os pargrafos que compem o

    desenvolvimento so utilizados para persuadir ointerlocutor da ideia defendida pelo remetente.

    d) Fecho:a saudao final que encerra a carta.

    Antes de progredir, vamos lembrar alguns itens muitoimportantes.

    A menos que a banca exija, voc no deve assinar acarta;

    Jamais utilize linguagem coloquial ou de baixo calo.

    Jamais fazer abreviaes nas datas ou vocativos.

    Jamais utilize expresses cristalizadas como: estou te

    escrevendo, escrevo-te esta carta, venho por meiodesta, rogo-lhe tal missiva entre outras.

    Busque um tratamento direto, ou seja, tente conver-sar com o seu interlocutor.

    Basicamente, a carta argumentativa uma disserta-o direcionada a um destinatrio especfico.

    Anlise da uma carta argumentativaVeja esse exemplo, muito bem redigido, claro, por

    Moacyr Scliar:

    Uns amigos me falaram que os senhores esto paradestruir 45 mil pares de tnis falsificados com a marcaNike e que, para esse fim, uma mquina especial jteria at sido adquirida. A razo desta cartinha um

    pedido. Um pedido muito urgente.Antes de mais nada, devo dizer aos senhores que

    nada tenho contra a destruio de tnis, ou de bonecasBarbie, ou de qualquer coisa que tenha sido piratea-da. Afinal, a marca dos senhores, e quem usa essamarca indevidamente sabe que est correndo um risco.Destruam, portanto. Com a mquina, sem a mquina,destruam. Destruir um direito dos senhores. Mas, por

    favor, reservem um par, um nico par desses tnis quesero destrudos para este que vos escreve. Este pedido motivado por duas razes: em primeiro lugar, sou umgrande admirador da marca Nike, mesmo falsificada.

    Alis, estive olhando os tnis pirateados e devo confessarque no vi grande diferena deles para os verdadeiros.

    Em segundo lugar, e isto o mais importante, soupobre, pobre e ignorante. Quem est escrevendo estacarta para mim um vizinho, homem bondoso. Ele vaiinclusive coloc-la no correio, porque eu no tenhodinheiro para o selo. Nem dinheiro para selo, nem paraqualquer outra coisa: sou pobre como um rato. Mas a

    pobreza no impede de sonhar, e eu sempre sonhei comum tnis Nike. Os senhores no tm ideia de como issoser importante para mim. Meus amigos, por exemplo,vo me olhar de outra maneira se eu aparecer de Nike.

    Eu direi, naturalmente, que foi presente (no quero quepensem que andei roubando), mas sei que a admiraodeles no diminuir: afinal, quem pode receber um Nikede presente pode receber muitas outras coisas. Veroque no sou o coitado que pareo.

    Uma ltima ponderao: a mim no importa que otnis seja falsificado, que ele leve a marca Nike sem serNike. Porque, vejam, tudo em minha vida assim. Moronum barraco que no pode ser chamado de casa, mas,

    para todos os efeitos, chamo-o de casa. Uso a camisetade uma universidade americana, com dizeres em ingls,que no entendo, mas nunca estive nem sequer pertoda universidade - uma camiseta que encontrei no lixo.E assim por diante.

    Mandem-me, por favor, um tnis. Pode ser tamanhogrande, embora eu tenha p pequeno. No me desa-gradaria nada fingir que tenho p grande. D pessoauma certa importncia. E depois, quanto maior o tnis,mais visvel ele . E, como diz o meu vizinho aqui, visibi-lidade tudo na vida.

    (Moacyr Scliar, cronista da Folha de S. Paulo, 14/8/2000)

    lgico que voc notou a ausncia de alguns ele-mentos essenciais carta no texto acima. Isso ocorreporque o texto em questo muito mais uma crnicadisfarada de carta argumentativa. Ele foi utilizado, noentanto, para que voc pudesse perceber como esta-belecer a argumentao em um texto que se pretendepara um leitor direto. Se voc leu com ateno, concluiu

    que o escritor, por assim dizer, construiu uma argumen-tao visando a convencer seu interlocutor da necessi-dade de ele receber um tnis Nike.

    No processo argumentativo de Scliar, h trs argu-mentos separados por introduo clara: em primeirolugar; em segundo lugar e uma ltima pondera-o. Isso facilita a leitura, no por outro motivo queo autor do texto cronista da Folha. No, no precisos-lo para que seu texto merea boa nota. Basta darateno estrutura e convencer o leitor de que seuponto de vista o correto. A interlocuo - lembrar atodo instante que est falando diretamente com apessoa - muito importante nesse processo.

    Resumo:

    Resumir um texto nada mais do que selecionaras principais ideias nele contidas e encade-las emuma ordem lgica, a fim de que se possa restabelecero conceito original do texto resumido. Para que umresumo seja feito a contento, importante que as in-formaes originais sejam preservadas, quer seja pormeio de parfrase, quer seja por meio de cpia dealguns trechos.

    Tambm no pode ser esquecido o nome do autor,bem como o ttulo do texto presentes no corpo doresumo. Depois de realizada a introduo do resumo,evidenciando os itens mencionados, deve-se observaro tpico frasal de cada pargrafo, para que sejam resu-midas as ideias presentes em CADA um deles.

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    Existem algumas tcnicas interessantes na hora dese fazer um resumo, vejamos:

    Supresso de trecho:Na tcnica em questo, objetiva-se localizar o tpico

    frasal (ideia mais relevante), mant-lo e, posteriormen-te, retirar as demais sentenas que no compem o prin-cipal elemento do pargrafo ou da frase.

    Ex.:Seu Lus era um caminhoneiro respeitvel,sempre cumpria suas obrigaes com objetivi-

    dade e tica. Resumindo:

    Ex.:Seu Lus era um caminhoneiro respeitvel,sempre cumpria suas obrigaes com objetivi-dade e tica.

    Sntese do trecho por meio de generalizao:consiste em utilizar um termo genrico para dispensartermos que no so essenciais.

    Ex.: Mariana comprou uma cala, um colete,meias, blusa de l e um cachecol ontem.

    Resumindo:

    Ex.:Mariana comprou roupas ontem.

    Transformao do trecho: por meio de uma cons-

    truo que vise a abranger o significado de uma se-quncia textual, constri-se um segmento que ocupa olugar de uma expresso maior.

    Ex.:O homem comprou a maminha, temperoue reservou. Depois de cortar a lenha seca,amontoou-a em uma pilha. Acendeu o fsforo,queimou a madeira e colocou a carne tempera-da por sobre o fogo.

    Resumindo:

    Ex.:O homem fez um churrasco.No resumo de texto narrativo, discurso direto e

    indireto. Discurso direto:

    Jos diz: Ex.:Penso em comprar um carro.

    Tio fala:

    Ex.:Morri por amor. Discurso Indireto:

    Ex.: Jos disse que pensava em comprar umcarro.

    Ex.:Tio falou que morrera por amor.

    Exerccio de resumo de um texto dissertativoO monstrengo do IPI tem pai: Guido Mantega

    H exatamente uma semana, economistas, em-presrios e consumidores tm tentado, sem sucesso,

    entender o decreto anunciado pelo governo queaumenta em 428% a cobrana do Imposto sobreProdutos Industrializados (IPI) dos automveis impor-tados. A deciso provm, oficialmente, de um grupode estudo interministerial - composto pelas pastas doDesenvolvimento, da Fazenda e de Cincia e Tecnologia- que tentava, junto Associao Nacional dos Fabri-cantes de Veculos Automotores (Anfavea), encontraruma maneira de tornar os automveis nacionais maiscompetitivos. No entanto, por trs de um trabalho quedeveria ser tcnico, est a mo protecionista do eco-nomista Guido Mantega, cujo ministrio nada tem aver com a poltica industrial do Brasil. Se seus sonhosde se tornar o homem-forte do governo - e interferir

    em todas as esferas - no foram realizados durante agesto anterior, o ministro agora consegue avanos aoser o principal autor do novo IPI.

    O site de VEJA ouviu mais de uma dezena de fontesministeriais e do setor automotivo que no quiseramter seus nomes revelados devido complexidade doassunto - e a um possvel temor de retaliao. Todasproferiram uma informao em comum: o ministroMantega - que deveria se ocupar inteiramente dafuno de cuidar do supervit fiscal e ajudar o BancoCentral a combater a inflao - articulou praticamentesozinho com as montadoras ditas nacionais a descabi-da medida da ltima semana. Nem mesmo os ministrosAloizio Mercadante e Fernando Pimentel, da Cincia eTecnologia e do Desenvolvimento, respectivamente,tinham total conhecimento do assunto. Eles foram in-timados de ltima hora a participar do anncio e nemimaginavam que a elevao do IPI chegaria a tanto. OFernando Pimentel havia dito que, se viesse, o aumentoseria de um nmero razovel. E ele pareceu muitosincero quando disse isso. J no momento do anncio,ele estava branco, afirmou Jos Luiz Gandini, presi-dente da Associao Brasileira das Empresas Importa-doras de Veculos Automotores (Abeiva), em coletiva

    imprensa no dia seguinte ao anncio.Atropelo- O nmero que circulava nos corredores do

    governo nas semanas que antecederam o decreto era deque o acrscimo do IPI seria de 30% e no de 30 pontosporcentuais. A deciso de adotar uma sada ou outra trazconsequncias muito dspares. Elevar uma alquota em30% significa que o IPI de um carro popularflexpassariade 7% para 9,1%. Contudo, ao lanar mo do ajuste de30 p.p., esse mesmo IPI vai a 37%. A alta absurda dacarga tributria faz com que veculos que no cumpremas regras de nacionalizao fixadas pelo governo fiquemat 28% mais caros para o consumidor final. Chegarama esse nmero na etapa final de negociao, afirmouuma fonte ligada Anfavea. Os ministros Mercadante

    e Pimentel foram avisados em cima da hora, de acordocom uma fonte ligada ao ministrio de Desenvolvimen-to. Ele atropelou todo mundo. O que ele sempre quis que a Fazenda fizesse poltica industrial, afirma.

    Tambm na Anfavea, as discusses foram poucotransparentes - tanto que executivos de montadorasligadas associao afirmaram VEJA que no foramsequer consultados. A associao nega, argumentandoque, desde o incio do ano, h discusses com o governopara tentar melhorar a competitividade da indstriaautomobilstica nacional. Em coletiva, o presidente daAnfavea, Cledorvino Belini, que tambm preside a Fiat,negou que tenha havido lobby das grandes empresasdo setor. Segundo ele, a deciso foi motivada pelo

    impacto negativo que a importao de veculos temcausado na balana comercial.Fosse essa a razo, o aumento do IPI nem assim

    se justificaria. O dficit provocado pela importao depeas e veculos, que chegou a 20 bilhes de dlaresno acumulado de janeiro a agosto, est bem prximodo saldo negativo da balana comercial da indstriaqumica, que chegou a 18 bilhes de dlares no mesmoperodo. J no caso dos eletroeletrnicos, esse nmero de 14 bilhes de dlares at agosto, segundo dadosdo Ministrio do Desenvolvimento. Neste ltimo caso,inclusive, em vez de colocar barreiras aos importados, ogoverno d at incentivos. Tanto que o Banco Nacionalde Desenvolvimento Social e Econmico (BNDES) ir

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    mesmo perodo. J no caso dos eletroeletrnicos,esse nmero de 14 bilhes de dlares at agosto,segundo dados do Ministrio do Desenvolvimento.Neste ltimo caso, inclusive, em vez de colocar barrei-ras aos importados, o governo d at incentivos. Tantoque o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Eco-nmico (BNDES) ir ajudar a financiar a nova fbricada taiwanesa Foxconn no Brasil, a qual produzir ostablets da Apple apenas com componentes importa-dos. Por fim, a balana comercial - que administrada

    pelo Ministrio de Desenvolvimento - est fora da reade competncia da Fazenda. J a inflao que beira aodescontrole, apesar de ser da alada do Banco Central,est bem mais prxima de Mantega. Passam ao largode seus projetos, no entanto, medidas para baixar aelevada carga tributria, que penaliza o empresrioque quer expandir oferta no pas, ou mudar o perfilgastador do estado, que tanto pressiona os preos.

    Plano interrompido - Desde que as montado-ras asiticas, como Hyundai, Kia e JAC, comearama ganhar corpo no mercado nacional, o governotem buscado sadas para melhorar a competitivida-de daquelas j instaladas no pas. Os debates entrea indstria e o Planalto resultaram em um plano deestmulo competitividade anunciado em 2010, que

    j previa, inclusive, um corte no redutor de 40% doimposto de importao de autopeas - beneficiando,assim, os fornecedores nacionais. Tal plano foi anun-ciado pelo ento ministro, Miguel Jorge, e por GuidoMantega.Neste ano, veio a Medida Provisria n 540,que previa a reduo do IPI para montadoras nacio-nais. preciso entender que o pas necessita de umaumento de competitividade. Medidas protecionistasgeram resultados de curto prazo e no aumentam a efi-cincia do setor, afirma o consultor e ex-secretrio deComrcio Exterior, Welber Barral.

    Ocorre que o governo no quis abrir mo dostributos e utilizou o decreto da semana passada parafaturar em cima do contribuinte: limitou a concorrn-cia; reduziu as opes do consumidor, sobretudo da

    classe mdia; e deteriorou a imagem do pas junto ainvestidores estrangeiros, mostrando sinais de inge-rncia poltica e insegurana jurdica.

    http://veja.abril.com.br/noticia/economia/o-monstrengo-do-ipi--tem-pai-guido-mantega (com adaptaes).

    O Texto DescritivoPor meio da focalizao momentnea em algum

    ser ou objeto (ou ainda em um lapso temporal), possvel registrar caractersticas externas ou internasdaquilo que se objetiva descrever. Essa uma definiobem chique de descrio. Na verdade, quero explicaro seguinte: se voc precisa dizer como alguma coisa, use o texto descritivo. No v pensando que nopode haver descrio em outras sequncias textuais

    (narrao, dissertao etc.), mas no podemos confun-dir os conceitos.

    Ao passo que o texto narrativo busca sequenciaraes, o texto descritivo pode evidenciar particulari-dades de momentos, bem como particularidades deobjetos seres etc., sem esquecer que o que vale parao julgamento do gnero textual o critrio da predo-minncia, ou seja, o seu texto deve possuir, predomi-nantemente, as caractersticas descritivas, para ser umtexto descritivo.

    Tipos de descrio:a) Descrio de lugar, espao ou ambiente;

    Interna ou externa;

    b) Descrio de pessoa; Fsica ou psicolgica

    c) Descrio de objeto

    Aspectos estruturais

    01. Descrio objetiva (O que se v)

    A focalizao, aqui, objetiva uma descrio impass-vel, ou seja, sem mencionar os sentidos que se podemdespertar no autor quando observa aquilo que est es-crevendo.

    02. Descrio subjetiva (O que se sente)A focalizao, aqui, objetiva uma descrio repleta

    de sentimento, ou seja, quando o autor do textoobserva o que est descrevendo, emoes surgem epassam a ser complemento dessa descrio.

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Referncias Bibliogrficas

    FARACO, Carlos Alberto. Prtica de texto: lngua por-tuguesa para estudantes universitrios. Petrpolis:Vozes, 1992.KOCH, I. G. V. Introduo lingustica textual. So Paulo:Martins Fontes, 2004.

    A coeso textual. 11 ed. So Paulo: Contexto,1999.Manual de redao: Folha de S. Paulo. So Paulo: Publi-folha, 2011.O ESTADO DE SO PAULO. Manual de redao e estilo.So Paulo: O Estado de S. Paulo, 1990.

    SUQUARISI, Dad. Escrever melhor: guia para passar ostextos a limpo. So Paulo: Contexto, 2011.

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    DIREITOP

    ROC

    ESSUALDOTR

    ABALHO

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    NDICECAPTULO 01 .................................................................................. 14

    Lei n 11.419, de 19 de Dezembro de 2006. ......................................................... 14Da Informatizao do Processo Judicial .........................................................................14

    Da Comunicao Eletrnica dos Atos Processuais .........................................................14Do Processo Eletrnico ...................................................................................................15

    Disposies Gerais e Finais .............................................................................................15

    Resoluo 94 do Conselho Superior da Justia do Trabalho (CSJT) ...................... 16Captulo I ........................................................................................................................16

    Captulo II .......................................................................................................................21Captulo III ......................................................................................................................22

    Captulo IV ......................................................................................................................23Medida Provisria N 2.200-2, de 24 de Agosto de 2001. .................................... 23

    AC Raiz - Autoridade Certificadora Raiz..........................................................................24AC - Autoridade Certificadora ........................................................................................24

    AR - Autoridade de Registro ...........................................................................................24

    Instituto Nacional de Tecnologia da Informao - ITI .....................................................24

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    NoesdeDireito

    Processualdo

    Trabalho

    CAPTULO 01Lei n 11.419, de 19 de

    Dezembro de 2006.Da Informatizao do ProcessoJudicial

    O uso de meio eletrnico para a tramitao de pro-cessos judiciais, para a comunicao de atos e para atransmisso de peas processuais ser admitido nostermos da lei 11.419/06.

    Aplica-se o disposto nesta Lei, indistintamente,aos processos civil, penal e trabalhista, bem comoaos juizados especiais, em qualquer grau de jurisdi-o (apesar de no regulado na lei, nada impede quetambm isso tambm seja adotado em outros ramosdo Judicirio, como a Justia Eleitoral e a Militar).

    Conceitos que a lei traz: Meio eletrnico - qualquer forma de armaze-

    namento ou trfego de documentos e arquivosdigitais;

    Transmisso eletrnica - toda forma de comuni-cao a distncia com a utilizao de redes de co-municao, preferencialmente a rede mundial decomputadores;

    Assinatura eletrnica - as seguintes formas deidentificao inequvoca do signatrio:

    assinatura digital baseada em certificado digitalemitido por Autoridade Certificadora creden-ciada, na forma de lei especfica;

    mediante cadastro de usurio no Poder Judicirio,conforme disciplinado pelos rgos respectivos.

    O envio de peties, de recursos e a prtica de atosprocessuais, em geral por meio eletrnico, sero admi-tidos mediante uso de assinatura eletrnica, na formado art. 1 da lei 11.419, sendo obrigatrio o credencia-mento prvio no Poder Judicirio, conforme disciplina-do pelos rgos respectivos.

    O credenciamento no Poder Judicirio ser realiza-do mediante procedimento no qual esteja assegurada aadequada identificao presencial do interessado.

    Ao credenciado ser atribudo registro e meio deacesso ao sistema, de modo a preservar o sigilo, a iden-tificao e a autenticidade de suas comunicaes.

    Os rgos do Poder Judicirio podero criar umcadastro nico para o credenciamento previsto nesteartigo.

    Consideram-se realizados os atos processuais pormeio eletrnico no dia e na hora do seu envio aosistema do Poder Judicirio, do que dever ser

    fornecido protocolo eletrnico.

    Quando a petio eletrnica for enviada paraatender a prazo processual, sero consideradas tem-

    pestivas as transmitidas at as 24 (vinte e quatro)horas do seu ltimo dia.

    Da Comunicao Eletrnica dosAtos Processuais

    Os tribunais podero criar Dirio da Justia ele-trnico, disponibilizado em stio da rede mundial de

    computadores, para publicao de atos judiciais e ad-ministrativos prprios e dos rgos a eles subordina-dos, bem como comunicaes em geral.

    O stio e o contedo das publicaes de que trataeste artigo devero ser assinados digitalmente combase em certificado emitido por Autoridade Certifica-dora credenciada na forma da lei especfica.

    A publicao eletrnica na forma deste artigosubstitui qualquer outro meio e publicao oficial,

    para quaisquer efeitos legais, exceo dos casosque, por lei, exigem intimao ou vista pessoal.

    Considera-se como data da publicao o primeirodia til seguinte ao da disponibilizao da informaono Dirio da Justia eletrnico.

    Os prazos processuais tero incio no primeiro dia tilque seguir ao considerado como data da publicao.

    A criao do Dirio da Justia eletrnico dever seracompanhada de ampla divulgao, e o ato administra-tivo correspondente ser publicado durante 30 (trinta)dias no dirio oficial em uso.

    As intimaes sero feitas por meio eletrnicoemportal prprio aos que se cadastraremna forma do art.2 desta Lei, dispensando-se a publicao no rgooficial, inclusive eletrnico.

    Considerar-se- realizada a intimaono dia emque o intimando efetivar a consulta eletrnicaao teor da intimao, certificando-se, nos autos,a sua realizao.

    Caso essa consulta no seja feita em dia til, a in-timao ser considerada realizada no primeirodia til seguinte.

    Essa consulta deve ser feita em at 10 dias corridos(contados da data do envio da intimao), sobpena de considerar-se a intimao automatica-mente realizada na data do trmino desse prazo.

    Em carter informativo, poder ser efetivadaremessa de correspondncia eletrnica, comuni-cando o envio da intimao e a abertura autom-tica do prazo processual aos que manifestareminteresse por esse servio.

    Nos casos urgentesem que a intimao feita naforma deste artigo possa causar prejuzo a quais-quer das partes ou nos casos em que for eviden-ciada qualquer tentativa de burla ao sistema,o ato processual dever ser realizado por outromeio que atinja a sua finalidade, conforme de-terminado pelo juiz.

    As intimaes feitas na forma deste artigo, IN-CLUSIVE DA FAZENDA PBLICA, sero consideradas

    pessoais para todos os efeitos legais.Observadas as formas e as cautelas do art. 5 desta

    Lei, as citaes, INCLUSIVE DA FAZENDA PBLICA, ex-cetuadas as dos Direitos Processuais Criminal e Infra-cional, podero ser feitas por meio eletrnico, desdeque a ntegra dos autos seja acessvel ao citando.

    As cartas precatrias, rogatrias, de ordem e, deum modo geral, todas as comunicaes oficiais quetransitem entre rgos do Poder Judicirio, bem comoentre os deste e os dos demais Poderes, sero feitaspreferentemente por meio eletrnico.

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    NoesdeDireito

    Processualdo

    Trabalho

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    Do Processo EletrnicoOs rgos do Poder Judicirio podero desenvol-

    ver sistemas eletrnicos de processamento de aesjudiciais por meio de autos, total ou parcialmente,digitais, utilizando, preferencialmente, a rede mundialde computadores e acesso por meio de redes internase externas.

    Todos os atos processuais do processo eletrnicosero assinados eletronicamente na forma estabeleci-

    da nesta Lei.No processo eletrnico, todas as citaes, intima-

    es e notificaes, inclusive da Fazenda Pblica, serofeitas por meio eletrnico, na forma desta Lei.

    As citaes, intimaes, notificaes e remessasque viabilizem o acesso ntegra do processo corres-pondente sero consideradas vista pessoaldo interes-sado para todos os efeitos legais.

    Quando, por motivo tcnico, for invivel o uso domeio eletrnico para a realizao de citao, intimao ounotificao, esses atos processuais podero ser praticadossegundo as regras ordinrias, digitalizando-se o docu-mento fsico, que dever ser posteriormente destrudo.

    A distribuio da petio inicial e a juntada da con-testao, dos recursos e das peties em geral, todosem formato digital, nos autos de processo eletrni-co, podem ser feitas diretamente pelos advogadospblicos e privados, sem a necessidade de intervenodo cartrio ou secretaria judicial, situao em que aautuao dever dar-se de forma automtica, forne-cendo-se recibo eletrnico de protocolo.

    Quando o ato processual tiver que ser praticadoem determinado prazo, por meio de petio eletrni-ca, sero considerados tempestivos os efetivados atas 24 (vinte e quatro) horas do ltimo dia. Se Sistemado Poder Judicirio se tornar indisponvel por motivotcnico, o prazo fica automaticamente prorrogado parao primeiro dia til seguinte resoluo do problema.

    Os rgos do Poder Judicirio devero manter equi-pamentos de digitalizao e de acesso rede mundialde computadores disposio dos interessados paradistribuio de peas processuais.

    Os documentos produzidos eletronicamente ejuntados aos processos eletrnicos, com garantia daorigem e de seu signatrio, na forma estabelecidanesta Lei, sero considerados originais para todos osefeitos legais.

    Os extratos digitais e os documentos digitalizados ejuntados aos autos pelos rgos da Justia e seus auxilia-res, pelo Ministrio Pblico e seus auxiliares, pelas pro-curadorias, pelas autoridades policiais, pelas reparties

    pblicas em geral e por advogados pblicos e privadostm a mesma fora probante dos originais, ressalvadaa alegao motivada e fundamentada de adulteraoantes ou durante o processo de digitalizao.

    A arguio de falsidade do documento original serprocessada eletronicamente na forma da lei processualem vigor.

    Os originais dos documentos digitalizados deveroser preservados pelo seu detentor at o trnsito em

    julgado da sentenaou, quando admitida, at o finaldo prazo para interposio de ao rescisria.

    Os documentos cuja digitalizao seja tecnicamen-te invivel devido ao grande volume ou por motivo deilegibilidade devero ser apresentados ao cartrio ou

    secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do envio depetio eletrnica comunicando o fato, e esses documen-tos sero devolvidos parte aps o trnsito em julgado.

    Os documentos digitalizados juntados em processoeletrnico somente estaro disponveis para acesso pormeio da rede externa para suas respectivas partes pro-cessuais e para o Ministrio Pblico, respeitado o dispostoem lei para as situaes de sigilo e de segredo de justia.

    A conservao dos autos do processo poder ser

    efetuada total ou parcialmente por meio eletrnico.Os autos dos processos eletrnicos devero ser pro-tegidos por meio de sistemas de segurana de acesso earmazenados em meio que garanta a preservao e aintegridade dos dados, sendo dispensada a formaode autos suplementares.

    Os autos de processos eletrnicos que tiverem deser remetidos a outro juzo ou instncia superior queno disponham de sistema compatvel devero ser im-pressos em papel, autuados na forma dos arts. 166 a168 da Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Cdigode Processo Civil, ainda que de natureza criminal outrabalhista, ou pertinentes a juizado especial.

    Nesse caso, o escrivo ou o chefe de secretaria cer-

    tificar os autores ou a origem dos documentos produ-zidos nos autos, acrescentando, ressalvada a hiptesede existir segredo de justia, a forma pela qual o bancode dados poder ser acessado para aferir a autenticida-de das peas e das respectivas assinaturas digitais.

    Feita a autuao na forma estabelecida no 2deste artigo, o processo seguir a tramitao legalmen-te estabelecida para os processos fsicos.

    A digitalizao de autos em mdia no digital, emtramitao ou j arquivados, ser precedida de publi-cao de editais de intimaes ou da intimao pessoaldas partes e de seus procuradores, para que, no prazopreclusivo de 30 (trinta) dias, manifestem-se sobre odesejo de manterem pessoalmente a guarda de algum

    dos documentos originais. O magistrado poder determinar que sejam reali-zados, por meio eletrnico, a exibio e o envio dedados e de documentos necessrios instruo doprocesso.

    Consideram-se cadastros pblicos, para essesefeitos acima citados, dentre outros existentes ou quevenham a ser criados, ainda que mantidos por conces-sionrias de servio pblico ou empresas privadas, osque contenham informaes indispensveis ao exerc-cio da funo judicante.

    Esse acesso dar-se- por qualquer meio tecnolgi-co disponvel, preferentemente o de menor custo, con-siderada sua eficincia.

    Disposies Gerais e FinaisOs sistemas a serem desenvolvidos pelos rgos

    do Poder Judicirio devero usar, preferencialmente,programas com cdigo aberto, acessveis ininterrup-tamente por meio da rede mundial de computadores,priorizando-se a sua padronizao.

    Os sistemas devem buscar identificar os casos deocorrncia de preveno, litispendncia e coisa julgada.

    Salvo impossibilidade que comprometa o acesso justia, a parte dever informar, ao distribuir a petioinicial de qualquer ao judicial, o nmero no cadastrode pessoas fsicas ou jurdicas, conforme o caso,perante a Secretaria da Receita Federal.

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    Da mesma forma, as peas de acusao criminaisdevero ser instrudas pelos membros do MinistrioPblico ou pelas autoridades policiais com os nmerosde registros dos acusados no Instituto Nacional deIdentificao do Ministrio da Justia, se houver.

    Os livros cartorrios e demais repositrios dosrgos do Poder Judicirio podero ser gerados e arma-zenados em meio totalmente eletrnico.

    Os rgos do Poder Judicirio regulamentaro estaLei, no que couber, no mbito de suas respectivas com-petncias.

    Ficam convalidados os atos processuais praticadospor meio eletrnico at a data de publicao desta Lei,desde que tenham atingido sua finalidade e no tenhahavido prejuzo para as partes.

    Essa lei trouxe algumas alteraes no CPC:Art. 38. Pargrafo nico. A procurao pode serassinada digitalmente com base em cercadoemido por Autoridade Cercadora credenciada,na forma da lei especca. (NR)

    Art. 154. 2Todos os atos e termos do processopodem ser produzidos, transmidos, armazenados e

    assinados por meio eletrnico, na forma da lei. (NR)Art. 164. Pargrafo nico.A assinatura dos juzes,em todos os graus de jurisdio, pode ser feita eletro-nicamente, na forma da lei. (NR)

    Art. 169. 1 vedado usar abreviaturas.

    2Quando se tratar de processo total ou parcial-mente eletrnico, os atos processuais pracados na

    presena do juiz podero ser produzidos e armaze-nados de modo integralmente digital em arquivo ele-trnico inviolvel, na forma da lei, mediante registroem termo que ser assinado digitalmente pelo juiz epelo escrivo ou chefe de secretaria, bem como pelosadvogados das partes.

    3 No caso do 2 deste argo, eventuais contradi-es na transcrio devero ser suscitadas oralmen-

    te no momento da realizao do ato, sob pena deprecluso, devendo o juiz decidir de plano, registran-do-se a alegao e a deciso no termo. (NR)

    Art. 202. 3 A carta de ordem, carta precatria oucarta rogatria pode ser expedida por meio eletrni-co, situao em que a assinatura do juiz dever sereletrnica, na forma da lei. (NR)

    Art. 221. IV- por meio eletrnico, conforme reguladoem lei prpria. (NR)

    Art. 237.Pargrafo nico. As inmaes podem serfeitas de forma eletrnica, conforme regulado em leiprpria. (NR)

    Art. 365. V - os extratos digitais de bancos de dados,pblicos e privados, desde que atestado pelo seuemitente, sob as penas da lei, que as informaes

    conferem com o que consta na origem;VI. as reprodues digitalizadas de qualquer

    documento, pblico ou parcular, quandojuntados aos autos pelos rgos da Jusae seus auxiliares, pelo Ministrio Pblico eseus auxiliares, pelas procuradorias, pelasrepares pblicas em geral e por advo-gados pblicos ou privados, ressalvada aalegao movada e fundamentada deadulterao antes ou durante o processode digitalizao.

    1 Os originais dos documentos digitalizados, men-cionados no inciso VI do caput deste argo, deveroser preservados pelo seu detentor at o nal do prazopara interposio de ao rescisria.

    2Tratando-se de cpia digital de tulo execuvoextrajudicial ou outro documento relevante ins-truo do processo, o juiz poder determinar o seudepsito em cartrio ou secretaria. (NR)

    Art. 399. 1 Recebidos os autos, o juiz mandarextrair, no prazo mximo e improrrogvel de 30(trinta) dias, cerdes ou reprodues fotogrcasdas peas indicadas pelas partes ou de ocio; ndoo prazo, devolver os autos reparo de origem.

    2 As repares pblicas podero fornecer

    todos os documentos em meio eletrnico conformedisposto em lei, cercando, pelo mesmo meio, quese trata de extrato el do que consta em seu banco dedados ou do documento digitalizado. (NR)

    Art. 417. 1 O depoimento ser passado paraa verso dalogrca quando houver recurso dasentena ou noutros casos, quando o juiz o determi-nar, de ocio ou a requerimento da parte.

    2 Tratando-se de processo eletrnico, observar-se-- o disposto nos 2 e 3 do art. 169 desta Lei. (NR)

    Art. 457. 4 Tratando-se de processo eletrnico,observar-se- o disposto nos 2 e 3 do art. 169desta Lei. (NR)

    Art. 556. Pargrafo nico. Os votos, acrdos edemais atos processuais podem ser registrados em

    arquivo eletrnico inviolvel e assinados eletronica-mente, na forma da lei, devendo ser impressos parajuntada aos autos do processo quando este no foreletrnico. (NR)

    01. A informatizao do processo judicial permiteque as citaes, intimaes e notificaes sejamrealizadas por meio eletrnico, salvo as relati-vas fazenda pblica.

    ERRADO. A lei 11.419/06 permite que as citaes,intimaes e notificaes sejam realizadas por meioeletrnico, inclusive da fazenda pblica, que poderreceber as comunicaes judiciais dessa forma.

    Resoluo 94 do ConselhoSuperior da Justia do

    Trabalho (CSJT)Levando em considerao as diretrizes contidas na Lei

    n 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispe sobrea informatizao do processo judicial e as resolues emetas traadas pelo CSJT, foi elaborada a resoluo 94.

    Essa resoluo foi criada para instituir Instituir oSistema Processo Judicial Eletrnico da Justia doTrabalho - PJe-JT - como sistema informatizado deprocesso judicial na Justia do Trabalho e estabelecer os

    parmetros para a sua implementao e funcionamento.Captulo I

    Do Processo Judicial Eletrnico daJustia Do Trabalho

    Disposies GeraisA tramitao do processo judicial no mbito da

    Justia do Trabalho, a prtica de atos processuaise asua representao por meio eletrnico, nos termosda Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006, sero rea-lizadas exclusivamente por intermdio do SistemaProcesso Judicial Eletrnico da Justia do Trabalho -PJe-JT- regulamentado por esta Resoluo.

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    A implantao do sistema mencionado no caputdeste artigo ocorrer de forma gradual, conformecronograma definido pela Presidncia do ConselhoSuperior da Justia do Trabalho - CSJT.

    Os Tribunais Regionais do Trabalho deveroplanejar internamente a expanso da implantaogradativae encaminharo Presidncia do ConselhoSuperior da Justia do Trabalho, at o final do msde outubro de cada ano, a proposta de cronogra-ma a ser aprovada para vigorar no ano seguinte, atque o sistema esteja em funcionamento em todas asunidades judicirias da Regio.O PJe-JT compreender o controle do sistema judicialtrabalhista nos seguintes aspectos:

    I. O controle da tramitao do processo;II. A padronizao de todos os dados e informaes

    compreendidas pelo processo judicial;III. A produo, o registro e a publicidade dos atos

    processuais; e

    IV. O fornecimento de dados essenciais gesto dasinformaes necessrias aos diversos rgos desuperviso, controle e uso do sistema judiciriotrabalhista.

    CONCEITOS(para fins dessa resoluo): Assinatura Digital: assinatura em meio eletrni-

    co, que permite aferir a origem e a integridadedo documento, baseada em certificado digital,padro ICP-BRASIL, tipo A-3 ou A-4, emitido porAutoridade Certificadora Credenciada, na formade lei especfica;

    Autos Do Processo Eletrnico Ou Autos Digitais:conjunto de documentos digitais correspondentesa todos os atos, termos e informaes do processo;

    Digitalizao: processo de converso de um do-cumento originalmente confeccionado em papelpara o formato digital por meio de dispositivo

    apropriado, como um scanner; Documento Digital: documento codificado emdgitos binrios, acessvel por meio de sistemacomputacional;

    Meio Eletrnico: qualquer forma de armazenamen-to ou trfego de documentos e arquivos digitais;

    Transmisso Eletrnica: toda forma de comuni-cao a distncia com a utilizao de redes de co-municao, preferencialmente a rede mundial decomputadores;

    Usurios Internos: magistrados e servidores daJustia do Trabalho, bem como outros a que se re-conhecer acesso s funcionalidades internas dosistema de processamento em meio eletrnico

    (estagirios, prestadores de servio, etc.); Usurios Externos: todos os demais usurios, in-

    cludos partes, advogados, membros do Minist-rio Pblico, peritos e leiloeiros.

    Esses conceitos so bastante importantes para aprova, cuidado para no confundi-los!

    Os usurios tero acesso s funcionalidades do PJe-JT,de acordo com o perfil que lhes for atribudo no sistemae definidas em ato da Presidncia do CSJT, observada anatureza de sua atuao na relao jurdico-processual.

    A criao de novos perfisde usurios no sistema, in-clusive pelos Tribunais Regionais do Trabalho, somentepoder ocorrer mediante prvia e expressa autoriza-o da Presidncia do Conselho Superior da Justia doTrabalho, ouvida a Gerncia Tcnica do PJe-JT.

    Caber ao MAGISTRADO GESTOR DA UNIDADE JU-DICIRIAdefinir os perfis dos servidores usurios nelalotados.

    A resoluo veda (probe) a designao, para oestagirio, de perfil diverso daquele existente nosistema, e tambm dispe que no poder atribuirperfil de Diretor de Secretaria e Assessor a servidorno ocupante do respectivo cargo.

    As Presidncias do Conselho Superior da Justia doTrabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho adotaroas providncias necessrias para fornecer, pelo menos,dois certificados digitais para cada magistrado, prefe-rencialmente de autoridades certificadoras diferentes, epelo menos um para os demais usurios internos.

    Os atos processuais tero registro, visualizao, tra-mitao e controle exclusivamente em meio eletrni-coe sero assinados digitalmente, contendo elemen-tos que permitam identificar o usurio responsvelpela sua prtica.

    A cpia de documento extrada dos autos digitaisdever conter elementos que permitam verificar a suaautenticidadeno endereo referente consulta pblicado PJe-JT, cujo acesso tambm ser disponibilizado nosstios do Conselho Superior da Justia do Trabalho, doTribunal Superior do Trabalho e dos Tribunais Regionaisdo Trabalho na Rede Mundial de Computadores.

    O usurio responsvel pela exatido das informa-es prestadas, quando de seu credenciamento, assimcomo pela guarda, sigilo e utilizao da assinatura ele-trnica, no sendo oponvel, em qualquer hiptese,alegao de uso indevido, nos termos da Medida Provi-sria n 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.

    Do Acesso ao SistemaPara acesso ao PJe-JT, obrigatria a utilizao de

    assinatura digitala que se refere o inciso I do artigo3 da Resoluo (assinatura em meio eletrnico, quepermite aferir a origem e a integridade do documento,baseada em certificado digital, padro ICP-BRASIL, tipoA-3 ou A-4, emitido por Autoridade Certificadora Cre-denciada, na forma de lei especfica).

    No caso de ato urgenteem que o usurio externono possua certificadodigital para o peticionamento,ou em se tratando da hiptese prevista no art. 791 daCLT (partes postulando diretamente, sem a presenade advogado), a prtica ser viabilizada por interm-dio de servidorda unidade judiciria destinatria dapetio ou do setor responsvel pela reduo a termo e

    digitalizao de peas processuais.Ser possvel acesso ao sistema PJe-JT mediante

    identificao de usurio (login) e senha, exclusivamen-te para visualizao de autos, exceto nas hipteses desigilo ou segredo de justia (Art. 5 com redao dadapela Resoluo CSJT n 128, de 30 de agosto de 2013).

    Para o uso da assinatura digital, o credenciamentodar-se- pela simples identificao do usurio por meiode seu certificado digital e remessa do formulrio ele-trnico, devidamente preenchido, disponibilizado noportal de acesso ao PJe-JT.

    Alteraes de dados cadastrais podero ser feitaspelos usurios, a qualquer momento, na seo respec-tiva do portal de acesso ao PJe-JT.

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    O credenciamento implica a aceitao das normasestabelecidas nesta Resoluo, assim como nas demaisnormas que vierem a regulamentar o uso do processoeletrnico no mbito dos Tribunais e a responsabilidadedo credenciado pelo uso indevido da assinatura digital.

    O credenciamento de advogados na forma previstaneste artigo no dispensa a juntada de mandato, parafins do disposto no art. 37 do CPC.

    O PJe-JT estar disponvel 24 horas por dia, ininter-

    ruptamente, ressalvados os perodos de manutenodo sistema.

    As manutenes programadas do sistema serosempre informadas com antecedncia e realizadas,preferencialmente, no perodo das 00h dos sbadoss 22h do domingo, ou no horrio entre 00h e 06h nosdemais dias da semana.

    Considera-se INDISPONIBILIDADE dos sistemas detramitao eletrnica de processos a falta de oferta ao

    pblico externo de qualquer um dos seguintes servios:

    Consulta aos autos digitais.

    Transmisso eletrnica de atos processuais. Citaes, intimaes ou notificaes eletrnicas.

    As falhas de transmisso de dadosentre as estaesde trabalho do pblico externo e a rede de comunica-o pblica, assim como a impossibilidade tcnicaquedecorra de falhas nos equipamentos ou programas dosusurios, no caracterizamindisponibilidade.

    de responsabilidade do usurio: O acesso ao seu provedor da internet e a configu-

    rao do computador utilizado nas transmisseseletrnicas.

    O acompanhamento do regular recebimento daspeties e documentos transmitidos eletronica-

    mente. A indisponibilidade ser: Aferida pelos Tribunais Regionais do Trabalho e

    registrada em relatrio de interrupes de fun-cionamento.

    Divulgada ao pblico na rede mundial de compu-tadores nos endereos eletrnicos respectivos ereproduzida pelo Conselho Superior da Justia doTrabalho.

    Esse relatrio dever conter, pelo menos, as se-guintes informaes:

    Data, hora e minuto de incio da indisponibilidade. Data, hora e minuto de trmino da indisponi-

    bilidade. Servios que ficaram indisponveis.Os prazos que se venceremno dia da ocorrncia de

    indisponibilidadede quaisquer dos servios acima re-feridos sero automaticamente prorrogadospara o diatil seguinte retomada de funcionamento, quando:

    A indisponibilidade for superior a 60 minutos, inin-terruptos ou no, se ocorrida entre 06h00 e 23h00.

    Ocorrer indisponibilidade entre 23h01 e 24h00.As indisponibilidades ocorridas entre 00h00 e 06h00

    dos dias de expediente forense e as ocorridas em feriadose finais de semana, a qualquer hora, no produziroesseefeito de prorrogar o vencimento do prazo.

    Os prazos fixados em hora sero prorrogados namesma proporodas indisponibilidades ocorridas nointervalo entre 06h00 e 23h00. Nesse caso, o reincio dacontagem do prazo em horas ocorrer a partir da plenacincia das partes ou dos interessados quanto ao resta-belecimento dos servios que estavam indisponveis.

    A indisponibilidade previamente programadapro-duzir as consequncias definidas pela autoridade quea determinar e ser ostensivamente comunicada aopblico externo com, pelo menos, 48 (quarenta e oito)horas de antecedncia.

    Do Funcionamento do SistemaO sistema receber arquivos com tamanho mximo

    de 1,5 megabytes e apenas nos seguintes formatos:

    I. ARQUIVOS DE TEXTO no formato PDF (portabledocument format), com resoluo mxima de 300dpi, formatao A4 e orientao tipo retrato.

    II. ARQUIVOS DE UDIO no formato MPEG-1 ouMP3 (Moving Picture Experts Group).

    III. ARQUIVOS DE UDIO E VDEO(AV) no formatoMPEG-4 (Moving Picture Experts Group).

    IV. ARQUIVOS DE IMAGEM no formato JPEG (Joint

    Photographic Expertes Group), com resoluomxima de 300 dpi.

    Partes ou terceiros interessados desassistidos de ad-vogadospodero apresentar peas processuais e docu-mentos em papel, segundo as regras ordinrias, nos locaiscompetentes para o recebimento, cabendo Unidade Ju-diciria digitaliz-los e inseri-los no processo.

    Essa regra tambm pode ser estendida aos advo-gados, em CASOS URGENTES, devidamente comprova-dos, em que no for possvel a prtica de atos direta-mente pelo sistema, ou em qualquer outra hiptese de

    justo impedimento de acesso, a critrio do magistrado.O sistema de armazenamento dos documentos

    digitais dever conter funcionalidades que permitam

    identificar o usurio que promover excluso, inclusoe alterao de dados, arquivos baixados, bem como omomento de sua ocorrncia.

    A EXCLUSO DE PEAS E DOCUMENTOS no sistema atribuio tpica dos magistrados de primeiro esegundo graus, sendo vedada a sua delegao ou atri-buio de funcionalidade semelhante a servidores.

    A parte ou o advogado poder juntar quantosarquivos se fizerem necessrios ampla e integraldefesa de seus interesses, desde que cada um dessesarquivos observe o limite de tamanho mximo fixado(limite de 1.5 MB).

    O recebimento de arquivos nos formatos definidosnos incisos II, III e IV (acima vistos) somente ocorrer

    a partir da implantao da verso correspondente dosistema, divulgada por meio de ato a ser posteriormen-te editado.

    Os documentos produzidos eletronicamente,os extratos digitais eos documentos digitalizados e

    juntados aos autos pelos rgos da Justia do Trabalhoe seus auxiliares, pelos membros do Ministrio Pblico,pelas procuradorias e por advogados pblicos eprivados tm a mesma fora probante dos originais,ressalvada a alegao motivada e fundamentada deadulterao.

    Incumbir parte zelar pela qualidade dos docu-mentos juntados por qualquer meio, especialmentequanto sua legibilidade, para o que se recomenda no

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    utilizar papel reciclado, em virtude de dificultar a res-pectiva visualizao posterior.

    Os originais dos documentos digitalizados, acimamencionados, devero ser preservados pelo seudetentor at o trnsito em julgado da sentena ou,quando admitida, at o final do prazo para propositurade ao rescisria.

    A arguio de falsidade do documento original serprocessada eletronicamente na forma da lei processual

    em vigor.Os documentos cuja digitalizao mostre-se tec-nicamente invivel devido ao grande volume ou pormotivo de ilegibilidadedevero ser apresentados emsecretariano prazo de 10 (dez) dias contados do envio depetio eletrnica comunicando o fato. Aps o trnsitoem julgado, os referidos documentos sero devolvidos,incumbindo-se parte preserv-los at o final do prazopara propositura de ao rescisria, quando admitida.

    Excetuando-se esses documentos acima citados,todos os demais documentos apresentados deveroser retirados pelos interessados, no prazo de 30 dias,para os efeitos do artigo 11, 3, da Lei n 11.419/2006.

    Findo o prazo estabelecido no caput deste artigo, a

    Unidade Judiciria correspondente poder inutilizar osdocumentos mantidos sob sua guarda em meio impresso.

    Os documentos que forem juntados eletronica-mente em autos digitais e reputados manifestamenteimpertinentes pelo Juzo tero sua visualizao tornadaindisponvel por expressa determinao judicial.

    Os documentos digitalizados e anexados speties eletrnicas sero adequadamente classifi-cados e organizados de forma a facilitar o exame dosautos eletrnicos, podendo o juiz determinar a suareorganizao e classificao.

    A falta de cumprimento dessa determinaoensejar a excluso dos documentos do feito e, emse tratando de petio inicial, ser observada a regraprevista no art. 284 e pargrafo nico do CPC.

    Os Tribunais Regionais do Trabalho manteroinstalados equipamentos disposio das partes,dos advogados e dos interessados para consulta aocontedo dos autos digitais e para o envio de peasprocessuais e documentos em meio eletrnico.

    Dos Atos Processuais

    No processo eletrnico, todas as citaes, intima-es e notificaes, INCLUSIVE DA FAZENDA PBLICA,far-se-o por meio eletrnico.

    As citaes, intimaes, notificaes e remessasque viabilizem o acesso ntegrado processo corres-pondente sero consideradas vista pessoaldo interes-sado para todos os efeitos legais.

    Quando, por motivo tcnico, for invivelo uso domeio eletrnico para a realizao de citao, intimaoou notificao, esses atos processuais podero ser pra-ticados segundo as regras ordinrias, digitalizando-seo documento fsico, que permanecer na secretaria daunidade judiciria at o trnsito em julgadoda sentenaou, quando admitida, at o final do prazo para propositu-ra de ao rescisria, findo o qual ser destrudo, caso aparte interessada, devidamente intimada, no o receber.

    As intimaes endereadas aos advogados nosmdulos de primeiro e segundo graus, cuja cincia noexija vista pessoal, as incluses em pautas de rgo

    julgador colegiado e a publicao de acrdos deveroser feitas via Dirio Eletrnico da Justia do Trabalho,hiptese em que a contagem dos prazos reger-se-na forma prevista nos 3 e 4 do artigo 4 da Lei n11.419/2006.

    No instrumento de notificao ou citao, constarindicao da forma de acesso ao inteiro teor da petioinicial no endereo referente consulta pblica doPJe-JT, cujo acesso tambm ser disponibilizado nosstios do Conselho Superior da Justia do Trabalho e dosTribunais Regionais do Trabalho na Rede Mundial deComputadores.

    Para efeito da contagem do prazo de 10 (dez)dias corridos de que trata o art. 5, 3, da Lei n11.419/2006, sendo a intimao feita pelo sistema detramitao de processos:

    O DIA INICIAL DA CONTAGEM o dia seguinte aoda disponibilizao do ato de comunicao nosistema, independentementede esse dia ser, ouno, de expediente no rgo comunicante;

    O DIA DA CONSUMAO da intimao ou comu-nicao o dcimo dia a partir do dia inicial, casoseja de expediente judicirio, ou o primeiro diatil seguinte, conforme previsto no art. 5, 2, daLei n 11.419/2006.

    A intercorrncia de feriado, interrupo de expe-diente ou suspenso de prazo entre o dia inicial e odia final do prazo para concluso da comunicao noter nenhum efeito sobre sua contagem, excetuada ahiptese do inciso II.

    O cadastramento do processo, a distribuio dapetio inicial e a juntada da contestao, dos recursose das peties em geral, todos em formato digital, nosautos de processo eletrnico, devem ser feitos direta-

    mente pelos advogados pblicos e privados, sem a ne-cessidade de interveno da secretaria judicial, situaoem que a autuao ocorrer de forma automtica, for-necendo-se o recibo eletrnico de protocolo.

    A petio inicial conter, alm dos requisitos refe-ridos no art. 840, 1, da CLT, a indicao do CPF ouCNPJ da parte autora, conforme determinao do art.15, caput, da Lei n 11.419/2006.

    O sistema fornecer, imediatamente aps o envioda petio inicial:

    comprovao de recebimento;

    informaes sobre o nmero atribudo aoprocesso;

    rgo Julgador para o qual foi distribuda a ao;

    a data da audincia inicial (se for o caso) designa-da automaticamente e da qual ser o autor ime-diatamente intimado.

    Os dados da autuao automtica sero conferidospela unidade judiciria, que proceder sua altera-o em caso de desconformidade com os documentosapresentados, e tudo ficar registrado no sistema.

    Em se tratando de processos recebidos em autosfsicos nas unidades judicirias que utilizam exclusiva-mente o PJe-JT, o magistrado dever conceder prazorazovel para que a parte que se encontre assistida poradvogado adote as providncias necessrias regulartramitao do feito no meio eletrnico, inclusive o seu

  • 8/11/2019 Alfacon 2013 12 Complemento Trt2 Tec

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    NoesdeDireito

    Processualdo

    Trabalho

    prvio credenciamento no sistema, caso ainda no hajaocorrido, sob pena de extino do processo, sem reso-luo do mrito, nos termos do art. 267, III, do CPC.

    Essas providncias ficaro a cargo da Secretaria daVara do Trabalho, na hiptese de a parte encontrar-sedesassistida por advogado, na forma do art. 791 da CLT.

    A distribuio em primeiro e segundo graus de juris-dio ser necessariamente automtica e realizada pelosistema logo aps o protocolamento da petio inicial.

    O sistema fornecer indicao de possvel preven-o com processos j distribudos, com base nos pa-rmetros definidos pelos Comits Gestores Nacionaisdo PJe do Conselho Nacional de Justia e do ConselhoSuperior da Justia do Trabalho, e o magistrado, sempreque acolher tal indicativo, em deciso fundamentada,determinar a redistribuio imediata dos autos p