alfabetizaÇÃo digital a informÁtica a serviÇo da … · cidadania, parceiros da prodeb nesse...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
Núcleo de Pós-Graduação em Administração – NPGA
Programa de Capacitação Profissional Avançada – CPA
ALFABETIZAÇÃO DIGITAL
A INFORMÁTICA A SERVIÇO DA CIDADANIA
Josefina Elvira Trindade Ramos Rios
Salvador-Bahia
2003
JOSEFINA ELVIRA TRINDADE RAMOS RIOS
ALFABETIZAÇÃO DIGITAL
A INFORMÁTICA A SERVIÇO DA CIDADANIA
Monografia apresentada ao Curso de Pós-
Graduação da Escola de Administração, da
Universidade Federal da Bahia, como requisito
parcial para a obtenção do título de
Especialista em Administração de Serviços.
Orientador: Prof. Dr. Robinson Moreira Tenório
Salvador-Bahia
2003
JOSEFINA ELVIRA TRINDADE RAMOS RIOS
ALFABETIZAÇÃO DIGITAL
A INFORMÁTICA A SERVIÇO DA CIDADANIA
Monografia para obtenção do grau de Especialista em Administração de
Serviços.
Salvador, 01 de agosto de 2003
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Robinson Moreira Tenório______________________________ Universidade Federal da Bahia
Prof. Dr. Paulo Henrique de Almeida_____________________________ Universidade Federal da Bahia
À memória de meu pai José, parceiro incondicional que iluminou meu
caminho, verdadeiro amigo que sempre soube valorizar o conhecimento e meus
esforços como requisitos indispensáveis para o crescimento pessoal e profissional;
À minha mãe Floripes e ao meu avô Cantídio que nessa caminhada ficaram
privados de minha companhia, além de serem meus exemplos de vida, amor,
compreensão, perseverança, fé e integridade;
Aos meus filhos, parceiros e amigos Filipe e Thaís que, carinhosamente, me
propiciaram inúmeras ajudas espirituais e em meus trabalhos acadêmicos, cuja
contribuição foi muito mais além do que seria esperar de um filho;
Ao meu esposo Marco, cujo auxílio para vencer essa batalha não tem
precedentes em minha vida;
À minha irmã Regina, grande amiga, fonte de coragem, força, confiança e
inspiração em todos os momentos de minha vida;
Aos meus irmãos Luciano e Cláudio pela demonstração de garra e pelos
incentivos em busca do saber;
Aos meus sobrinhos Vinícius, Victor, Louise, Ricardo, Claudinho, Tales,
Tadeu e Luciana que me encorajaram e me confortaram com seu carinho e
compreensão nas horas de minha ausência para com eles;
Aos meus cunhados Almério Junior, Zilah e Jasilda pelo apoio constante recebido;
A minha grande amiga e irmã Daniela Franco Teixeira, ao me proporcionar a
oportunidade ímpar de crescimento profissional.
Ao meu amigo Phedro Pimentel dos Santos Neto, pelo apoio e incentivos para
concretizar essa etapa da minha vida.
A todos aqueles que me apoiaram com seu calor humano, numerosos demais
para que eu aqui mencionasse um a um.
Sou-lhes grata e dedico-lhes este trabalho.
AGRADECIMENTOS
Todo trabalho escrito por aqueles que não são escritores profissionais é
sacrificante, principalmente, quando estamos submissos ao tempo, espectador
indiferente aos nossos compromissos, problemas e cansaço dos dias exaustivos.
Uma vez terminado, nos proporciona grandes alegrias. É no momento final, ao
fazermos a retrospectiva do processo de nossa produção, que nos damos conta do
fato de tantas pessoas terem convivido conosco e construído o mosaico do nosso
projeto tornando-o realidade. Aos professores e funcionários do Programa de
Capacitação Profissional Avançada – CPA da Escola de Administração, da
Universidade Federal da Bahia e aos meus colegas, agradeço.
Algumas pessoas merecem meu reconhecimento especial: os Profs Drs.
Robinson Moreira Tenório pela orientação ímpar, Paulo Henrique de Almeida, ambos
parceiros de preocupações acadêmicas, com quem discuti cada ponto da monografia
e dividiram seus conhecimentos comigo, capacitando-me para assumir essa
empreitada; à Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia – Prodeb,
em especial, na pessoa de Dr. Jorge Calmon Moniz de Bittencourt Filho, Dr. Luiz
Henrique Gonzales d’Utra, Dr. Herivelto Cardoso da Rocha, Myriam de Castro
Gordilho, Nildete Gavazza, Nilma Ricardo, Ritalzira Barros Brandão, ao me
proporcionar essa grande oportunidade de desenvolvimento profissional, acreditando
no meu trabalho e aprovando a minha proposta de elaboração da pesquisa de campo
voltada para o Projeto Alfabetização Digital; agradeço aos instrutores e ex-instrutores
voluntários, aos coordenadores, alunos e ex-alunos das Escolas de Informática e
Cidadania, parceiros da Prodeb nesse projeto, que na etapa de coleta de dados,
agregaram valiosos subsídios ao meu aprendizado e informações imprescindíveis
para a realização do trabalho proposto; aos amigos Diorlene Oliveira, Daniela Tosta,
Messias Bittencourt que somaram esforços para realizar comigo tantos desafios
durante o trabalho estatístico; aos amigos Daniela Franco Teixeira e Carlos Eduardo
Cardoso Oliveira pela enorme colaboração em reunir material bibliográfico; a Deus
que me permitiu a conclusão deste trabalho e pelo milagre da vida!
RESUMO
Nos últimos anos, o desenvolvimento das novas tecnologias da informação e comunicação tem exercido um papel transformador na sociedade moderna, permitindo o rompimento de barreiras geográficas e a livre circulação de informação e conhecimento. O atual cenário é promissor, mas também apresenta problemas, pois ainda está muito distante de abranger toda a população. O problema da exclusão e do analfabetismo digital é visto como dos maiores desafios desse século, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos de nossa sociedade moderna. A desigualdade registrada entre pobres e ricos entra agora na era digital e ameaça se expandir com a mesma rapidez da informática. Acredita-se que encarar o problema de frente, analisá-lo, entender suas causas e tentar prever suas conseqüências é a atitude mais coerente a ser tomada. Nessa perspectiva, esta monografia busca proporcionar uma maior compreensão sobre a questão da alfabetização digital e tendo como objeto de estudo o Projeto Alfabetização Digital, fomentado pela Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia – Prodeb. Para tanto, realiza-se uma revisão bibliográfica abordando assuntos sobre a evolução da sociedade, o que é informação, Internet, exclusão social, governo eletrônico, inclusão digital, educação para cidadania, alfabetização digital e universalização de serviços para a cidadania. Os aspectos metodológicos adotados e a análise dos resultados estatísticos pertinentes ao estudo de caso compõem a parte empírica desta monografia. Em suma, são apresentadas as ações voltadas para a alfabetização digital ou tecnológica, tanto sob ponto de vista teórico, como empírico, isto é, iniciativas utilizando conhecimentos de informática visando a democratização da sociedade. Palavras-chave: Sociedade da Informação, Informação, Internet, Exclusão Social, Governo Eletrônico, Inclusão Digital, Alfabetização Digital, Cidadania, Democratização da Sociedade.
ABSTRACT
In the recent years the development of new information and communication technologies have been playing a transforming role in the modern society, allowing the rupture of geographic barriers and the free circulation of information and knowledge. Although the current scenario is promising, it also has problems due to the distance to be gone through in order to encompass all the population. The problem of exclusion and the digital illiteracy is seen as the major challenge of this century with direct and indirect implications over the varied aspects in our modern society. The inequality between poor and rich is part of digital era too and threats to expand as fast as the Information Technology. Facing the problem and analyzing it understanding its cause trying to predict its consequence is believable to be the most coherent attitude to be considered. In this perspective, this monograph aims to promote a better understanding about the Digital Literacy Project fomented by The Data Processing of Data of the State of Bahia- Prodeb. A bibliographic review was done about society evolution, what is meant by information, Internet, social exclusion, electronic government, digital inclusion, and education for citizenship, digital literacy and worldwide services for the citizenship. The methodological aspects adopted as well as the analysis of the statistic results pertinent to the case study belong to the empirical part of the monograph. Actions towards the digital or technologic literacy are presented in a theoretical as well as empirical point of view, which are meant to be initiatives using IT knowledge viewing democracy of the society. Key words: Society Information, Information, Internet, Social Exclusion, Electronic Government, Digital Inclusion, Digital Literacy, Citizenship, Democracy of the Society.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................
1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA......................................................... 1.2. PROBLEMA DE PESQUISA.................................................................. 1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO...............................................................
10
10 13 15
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS......................................................
2.1. A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE............................................................ 2.2. O QUE É A INFORMAÇÃO.................................................................... 2.3. INTERNET.............................................................................................. 2.4. EXCLUSÃO SOCIAL.............................................................................. 2.5. GOVERNO ELETRÔNICO..................................................................... 2.6. INCLUSÃO DIGITAL.............................................................................. 2.7. EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA E ALFABETIZAÇÃO DIGITAL........... 2.8. UNIVERSALIZAÇÃO DE SERVIÇOS PARA A CIDADANIA:
DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE.................................................
17
17 23 25 34 37 42 49
54
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS.................................................
3.1. ESTRATÉGIA DE PESQUISA................................................................ 3.2. DELINEAMENTO................................................................................... 3.3. ABORDAGEM........................................................................................ 3.4. LOCAL GEOGRÁFICO........................................................................... 3.5. POPULAÇÃO......................................................................................... 3.6. AMOSTRA.............................................................................................. 3.7. INSTRUMENTOS / PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS....... 3.8. TABULAÇÃO / TRATAMENTO ESTATÍSTICO......................................
58
58 60 60 60 61 62 63 67
4. ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS........................................
4.1. ANÁLISE ESTATÍSTICA QUALITATIVA................................................ 4.2. ANÁLISE ESTATÍSTICA QUANTITATIVA.............................................
69
69 85
5. CONCLUSÃO...............................................................................
240
6. REFERÊNCIAS............................................................................
248
7. APÊNDICES.................................................................................
1 – Metodologia Adotada para o Cálculo da Amostra
2 – Questionário 1 - Perfil dos Alunos Atuais – Beneficiários
3 – Questionário 2 - Perfil dos Alunos Formados – Ex- Beneficiários
4 – Questionário 3 - Perfil da Alta Administração da Prodeb
5 – Questionário 4 - Perfil da Coordenação da Escola de Informática e
Cidadania – EIC
6 – Questionário 5 - Perfil da Coordenação do Projeto Alfabetização Digital
7 – Questionário 6 - Perfil dos Instrutores Voluntários
8 – Questionário 7 - Perfil dos Ex-Instrutores Voluntários
9 – Questionário 8 - Perfil da Organização Parceira – Comitê para
Democratização da Informática
10 – Questionário 9 - Perfil da Organização Parceira – Siemens.
252
10
1. INTRODUÇÃO
Este capítulo traz, além do contexto em que o tema está inserido, o
problema de pesquisa e a estrutura do trabalho.
1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
No início do Século XXI, os temas e ações voltadas para Alfabetização
Digital, Cidadania, Exclusão Social, Governo Eletrônico, Inclusão Digital, têm
adquirido cada vez mais importância. A dimensão dada ao assunto,
universalmente, pelos governos, iniciativas privadas, organizações do terceiro
setor e pelo pensamento acadêmico, pode ser atribuída às exigências que
permeiam a nova sociedade, de modo que, a população para estar capacitada a
sobreviver na sociedade contemporânea, deve desenvolver as habilidades de
obter, fazer uso e gerenciar a informação alinhando-a aos recursos estratégicos
de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Na administração pública, mudanças gerenciais baseadas na interação
com a sociedade visa gerar oportunidades para todos atores econômicos e
sociais, para que maximizem seu potencial, garantindo-lhes acesso às
informações, ferramentas, infra-estrutura, serviços, relações, negócios, numa
escala tal, que torne possível impulsionar o desenvolvimento econômico e social.
11
Tanto nos países industrializados como nos países em desenvolvimento
existem demandas sobre iniciativas dos governos que vão além de assegurar a
transformação dos processos de governo e da entrega de serviços, ou uma nova
interação com a sociedade, ou mesmo com a geração de progresso material.
Trata-se de construir capital humano e social, transformando a ameaça de
exclusão decorrente da revolução digital em oportunidade real de alfabetização
digital e inclusão social, com isso alterando o atual quadro de exclusão,
desigualdade e pobreza.
É um dos aspectos da questão da revolução digital e de como endereçar
os desafios da pobreza e da exclusão digital. Questões como: por que investir na
área de tecnologia quando as pessoas não têm água ou alimento suficiente,
habitação, saúde, educação sabendo-se que os investimentos em tecnologias
envolvem altos custos e as pessoas estão preocupadas com a sobrevivência no
dia-a-dia? Isso porque existe possibilidade das pessoas melhorarem de vida
dentro da revolução digital sem abandonar as questões da necessidade básicas,
as duas coisas precisam ser feitas simultaneamente.
Ter acesso e abrir as portas do mundo da informação é o passo inicial para
combater a exclusão digital. Mas o grande desafio é: como romper ou minorar a
pobreza a partir das novas tecnologias?
Tomando como base o exposto acima, a elaboração da pesquisa de campo
voltada para o Projeto de Alfabetização Digital gerido por uma empresa da
Administração Pública, a Companhia de Processamento de Dados do Estado da
Bahia - Prodeb, compõe o objeto do estudo de caso desta monografia, favorecendo
um confronto entre teoria e a prática. A pesquisa ganha especial relevância no
cenário atual, tendo em vista as profundas mudanças causadas pelas tecnologias
de informação e comunicação, em especial a rede Internet, as quais vêm
modificando o cenário político-social para uma democracia mais efetiva.
Segundo as informações disponibilizadas no seu próprio site, a Prodeb é
uma empresa cuja natureza legal é Sociedade de Economia Mista, vinculada à
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Secretaria de Administração do Estado da Bahia - SAEB, com Receita
Operacional Líquida em 2002 na ordem de R$ 32,4 milhões, possuindo 510
empregados e 72 clientes.
A Prodeb tem como missão contribuir para a melhoria da qualidade de vida
do cidadão através da implementação de soluções em tecnologias de informação,
valorizando os seus colaboradores e como objetivo a prestação de serviços de
informática e de outras tecnologias de tratamento, armazenamento e transmissão
de informações da administração direta e indireta do Estado da Bahia.
Diante das informações obtidas pela empresa, podemos informar que o Projeto
Alfabetização Digital compõe o Programa Prodeb Cidadania e tem como objetivo
promover qualificação profissional para um público carente, através da parceria com o
Comitê para Democratização da Informática – CDI, na montagem de Escolas de
Informática e Cidadania - EICs em diversas comunidades locais da cidade de
Salvador-Bahia, capacitando os alunos ao exercício de cidadania e para enfrentarem o
mercado de trabalho competitivo e a cada dia mais exigente, contribuindo dessa forma
para a redução do contingente chamado Analfabetos Digitais.
A Prodeb conta com o apoio de parcerias internas (empregados
voluntários) seja como instrutores ou exercendo atividades administrativas e
externas (organizações do terceiro setor, empresas pública e privada) com
adoção das EICs, doação de computadores, utilizando metodologia pedagógica e
modelo de gestão para as EICs, capacitando instrutores, dentre outros aspectos.
Sendo assim, a Prodeb e parceiros assumem com o Projeto Alfabetização Digital
um compromisso público de longo alcance, resgata a responsabilidade social da
empresa cidadã, contribui para a democratização da informação e promove a
melhoria da qualidade de vida, isto é o desenvolvimento sustentável das
comunidades carentes locais.
As EICs criadas, sob a intermediação e responsabilidade da Prodeb, são
estruturadas dentro do modelo de gestão e adotam metodologia pedagógica
sustentados pelo CDI, uma organização não governamental – ONG, e conforme
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informações disponibilizadas no site, tem como missão institucional promover a
Inclusão Digital utilizando a tecnologia da informação como um instrumento para a
construção e exercício da cidadania, trabalhando em comunidades de baixa renda
e junto às instituições que atendem públicos com necessidades especiais.
O espaço físico das salas de informática é cedido por algumas organizações
do terceiro setor e empresas do setor público que adotam as EICs em parceria com
a Prodeb e o CDI. A estruturação das salas de informática deu-se com as doações
diversas, principalmente, dos recursos de tecnologia da informação recebidas de
algumas empresas privadas que atuam na cidade de Salvador.
Os instrutores voluntários são preparados pela Coordenação da ONG CDI-
Bahia, na sede da Prodeb. Vale ressaltar que, os instrutores voluntários ministram
as aulas utilizando o material didático disponibilizado por essa ONG e que as
aulas de cidadania são customizadas para o público-alvo, relacionando-as,
diretamente, com a realidade da comunidade local em que a EIC está instalada.
Os alunos cadastrados para participarem do curso de informática e
cidadania oferecido pela EIC, da comunidade a qual estão inseridos, obedecem
requisitos e particularidades definidas pelos coordenadores de cada EIC. Porém,
é imprescindível que os alunos candidatos tenham uma formação educacional
formal num grau que favoreça, leitura, escrita, raciocínio lógico, visando assegurar
o aprendizado do Sistema Operacional Windows, editores de texto, planilhas
eletrônicas, conhecimentos de Internet.
1.2. PROBLEMA DE PESQUISA
Sabendo-se que a perenidade de todo e qualquer projeto deve-se à criação
de uma sistemática de avaliações contínuas, fez-se necessário a realização da
pesquisa de campo, visando responder o seguinte problema:
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Qual a forma de gestão, as barreiras, os resultados e desafios da
Prodeb relativos ao Projeto Alfabetização Digital?
Para fundamentar a metodologia, principalmente a construção dos
instrumentos de coleta de dados, além de facilitar a operacionalização da
pesquisa de campo, o problema de pesquisa foi subdividido em quatro questões
operacionais, a seguir:
- Como o Projeto Alfabetização Digital é operacionalizado?
- Quais as barreiras enfrentadas pela Prodeb relativas às parcerias,
aos instrutores voluntários, aos Coordenadores das Escolas de
Informática e Cidadania e aos beneficiários?
- Quais os resultados obtidos com as ações do Projeto Alfabetização
Digital, sob o ponto de vista dos atores envolvidos nesse Projeto?
- Quais os desafios a serem enfrentados pela Prodeb, visando o
fortalecimento das ações e a perenidade do referido Projeto?
Ainda para responder ao problema que norteou a presente pesquisa, foram
formulados o objetivo geral e quatro objetivos específicos. O objetivo geral é
fortalecer o Projeto Alfabetização Digital mediante aos novos planos de ação e
estratégias a serem traçados decorrentes da análise diagnóstica e da realização
da pesquisa campo. Os objetivos específicos foram:
- conhecer a forma de gestão, os resultados, barreiras e desafios do
Projeto Alfabetização Digital;
- identificar, na prática, se as ações estão alinhadas com os objetivos
propostos pelo projeto;
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- criar uma sistemática de avaliações contínuas do projeto;
- produzir conhecimento e disseminá-lo no meio acadêmico, como
aluna da Pós-Graduação da Escola de Administração, da
Universidade Federal da Bahia.
Sendo assim, consideramos oportunidade importante para instrumentalizar
valores e conhecimentos que possibilitam o confronto do referencial teórico e os
propósitos do referido projeto com a prática, além de consistir em uma atividade
que agrega valores para a empresa que se constitui em objeto de estudo.
1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO
Para uma maior clareza na apresentação deste trabalho, o seu conteúdo
está divido em cinco capítulos.
O Capítulo 1 traz a Introdução apresentando o tema da monografia,
contextualizado a pesquisa dentro do cenário mundial contemporâneo, a Prodeb
inserida nesse contexto, o problema de pesquisa, bem como a estrutura do trabalho.
O Capítulo 2 traz os Fundamentos Teóricos que estão direcionados a
apresentar o que os teóricos falam sobre os assuntos relacionados com o
problema de pesquisa. São abordados os seguintes temas: A Evolução da
Sociedade, O que é Informação, Internet, Exclusão Social, Governo Eletrônico,
Inclusão Digital, Educação para Cidadania e Alfabetização Digital e
Universalização de Serviços para a Cidadania: Democratização da Sociedade.
O Capítulo 3 trata dos Aspectos Metodológicos relatados, de forma
detalhada, o estudo dos princípios e dos métodos da pesquisa de campo
realizada, tendo como ponto de partida a Prodeb.
16
O Capítulo 4 trata da Análise Estatística dos Dados, apresentando os
resultados qualitativos e quantitativos que respondem o problema, as questões
operacionais e os objetivos geral e específicos que nortearam a pesquisa de
campo. A íntegra do relatório estatístico contendo a análise dos resultados é de
propriedade da Prodeb, bem como os Planos de Ação que o compõe.
O Capítulo 5 trata da Conclusão, que alicerçada nos resultados, recapitula
sinteticamente os fundamentos teóricos do trabalho monográfico, incluindo
considerações finais, sugestões, dando um fechamento em todo o trabalho, tanto
sob o aspecto empírico como teórico.
Espera-se que os resultados desta monografia possam contribuir para uma
melhor compreensão sobre as questões da alfabetização digital, pautadas nos
propósitos de exercício da cidadania utilizando as ferramentas de tecnologia da
informação e comunicação, objetivando a prestação de serviços para a camada
menos favorecida da sociedade.
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2. FUNDAMENTOS TÉORICOS
Este capítulo traz os aspectos teóricos e sua relação com temas direta ou
indiretamente relacionados ao problema de pesquisa.
2.1. A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE
No que tange ao assunto sobre a Evolução da Sociedade, o referencial
teórico está construído baseado na monografia de Rios (2001, p.12-16), em que
faz citações dos seguintes autores: Toffler (1980), Alban (1999), Nascimento e
Barbosa (1996), Oliveira (1995) e artigo de Borges (2000).
O estudo da evolução da sociedade leva-nos a focalizar a atenção nas
continuidades históricas, identificando uma sucessão de profundas mudanças e
transformações na sociedade.
Para TOFFLER (1980, p.27), o aparecimento da agricultura constitui o
primeiro ponto decisivo do desenvolvimento social humano, caracterizando a
Sociedade Agrícola pelo cultivo sistemático da terra capaz de fixar o homem em
seu ambiente e de produzir seus alimentos. A terra era, assim, a base da
economia, da vida, da cultura, da estrutura da família e da política.
A Sociedade Agrícola ainda não havia se exaurido pelo fim do Século XVIII
quando a Revolução Industrial se desencadeou na Europa provocando uma
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ruptura nos interesses agrícolas, caracterizada pela evolução tecnológica aplicada
à produção e a conseqüente revolução no processo de produção e nas relações
sociais. A história avançava para o triunfo do industrialismo sobre a agricultura,
tendo na Inglaterra o núcleo dessas profundas transformações.
A Sociedade Industrial representou mais que chaminés e linhas de
montagem. Constituiu-se num sistema social rico, multiforme, que tocou todos os
aspectos da vida humana, contrariando todas as características da Sociedade
Agrícola. A produção econômica deslocou-se do campo para a fábrica.
OLIVEIRA (1995, p. 75;76), destaca que a Sociedade Industrial pode ser
caracterizada por dois momentos distintos: o primeiro (1760-1850) corresponde
ao período de transformações tecnológicas e sociais promovidas basicamente no
setor têxtil e na introdução, em outros setores, da máquina a vapor na produção,
em substituição às antigas fontes de energia até então empregadas (força
manual, tração animal, energia hidráulica). Está claro que não foi essa
substituição simples que caracterizou a transformação: trata-se, na verdade, de
um marco. O avanço da tecnologia, a inovação, impôs-se as duras penas, pois
encontrou resistência dos trabalhadores. Além disso, as técnicas tradicionais se
mantiveram durante algum tempo em determinados setores da produção.
O segundo momento da Revolução Industrial (1850-1900) é marcado pela
expansão da maquinaria a outros países da Europa (Bélgica, França e
Alemanha), da América (Estados Unidos) e da Ásia (Japão). Essa expansão foi
acompanhada de novos avanços tecnológicos como o uso do aço, que, associado
ao avanço da metalurgia, possibilitou a construção de máquinas e sistemas
mecânicos maiores e mais potentes, além de mais velozes e eficientes que os
similares em ferro. A descoberta da eletricidade como força motriz e de
combustíveis produzidos a partir do petróleo (como a gasolina), permitiram a
invenção do rádio, do submarino e dos motores de explosão, sendo o automóvel
o invento mais expressivo do aproveitamento desses motores. Tais avanços
dinamizaram os setores de transportes marítimos e terrestres, com o
aperfeiçoamento dos navios e a introdução das ferrovias pelo aproveitamento das
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locomotivas a vapor. Além disso, com o enriquecimento das técnicas, a
contribuição da ciência tornou-se mais eficaz, especialmente na química, que é
aplicada à indústria.
As duas fases da Revolução Industrial correspondem a uma etapa
importante do crescimento do capitalismo industrial, o qual apresenta um caráter
liberal, assentado na livre-concorrência, que vigora no período de 1760 a 1914.
Após a Primeira Guerra Mundial, com a implantação definitiva da indústria
mecanizada, da produção automatizada, o avanço tecnológico representa a
marca da "civilização industrial". Segundo OLIVEIRA (1995, p.77), o mundo é
reestruturado geopoliticamente e os Estados Unidos substituem a Inglaterra na
hegemonia mundial; o capitalismo assume formas mais agressivas: surge o
capitalismo monopolista, em que o papel do Estado é redimensionado e ocupa a
função centralizadora e, em alguns casos, intervencionista. Durante essa fase,
que se arrasta até os nossos dias, a produção industrial é automatizada e os
meios de comunicação expandem-se vertiginosamente. A energia elétrica
substitui definitivamente a energia a vapor promovendo uma completa
reconfiguração dos sistemas produtivos.
Para ALBAN (1999, p.120), a energia elétrica está para a Segunda
Revolução Industrial assim como a máquina a vapor esteve para a primeira.
Embora não constituindo uma nova fonte de energia, mas sim uma nova forma de
transmissão, a energia elétrica, por suas características intrínsecas, promove uma
completa reconfiguração dos sistemas produtivos. Suas mudanças, a rigor, são
ainda mais profundas e revolucionárias que as do vapor. Substituindo com
enorme flexibilidade a rígida transmissão mecânica permitindo o desenvolvimento
de usos absolutamente novos, a eletricidade penetra e modifica, diretamente,
todo o modo de vida contemporâneo.
Segundo TOFFLER (1980, p.28), a Sociedade Industrial trouxe consigo
tecnologias mais poderosas, cidades maiores, transportes mais rápidos,
educação em massa. Destruiu os monopólios de comunicações avançando de
20
país em país. Isso aconteceu porque a tecnologia e a produção em massa da
fábrica exigiram movimentos de informação também em massa.
Dentro de um contexto de mudança, a intensificação do fenômeno da
industrialização em amplitudes mundial, com o advento da microeletrônica e a
chegada da Tecnologia da Informação (TI), integrando a televisão, o telefone e o
computador, trouxeram desdobramentos imprevisíveis. Nessas circunstâncias, os
fatores maquinaria, mão-de-obra e capital, produzem retornos cada vez menores.
Para NASCIMENTO e BARBOSA (1996, p.57), na base desses avanços
tecnológicos estão as mudanças ocorridas no trabalho, o alicerce da sociedade
humana. Tais mudanças favoreceram o surgimento de riqueza e miséria no
mundo. Desequilíbrios sociais, tensão política, violência e fragmentação
intensificaram-se sobremaneira nos últimos anos. As novas vias de organização
do trabalho e da produção foram introduzidas no setor industrial através de um
processo de modernização de princípios conservadores (com a manutenção da
riqueza e do poder nas mãos dos mais ricos). Os efeitos desse processo
repercutiram negativamente no emprego e na qualidade de vida dos
trabalhadores em todo o mundo.
O emprego passou a migrar do setor industrial para o setor de serviços, e o
trabalho manual foi substituído pelo trabalho mental, indicando o caminho para a
era da pós-industrialização baseada no conhecimento e no setor terciário.
Existe o consenso entre os autores pesquisados de que, na Sociedade
Pós-Industrial, na qual a economia assume tendências globais, a informação
passou a ser considerada um capital precioso equiparando-se aos recursos de
produção, materiais e financeiros. O que tem sido relevante é a mudança
fundamental no significado que a informação assume na nova realidade mundial
de uma sociedade globalizada: agora a informação não é apenas um recurso,
mas o recurso.
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A informação, portanto, desempenha um papel crescente na vida
econômica, social, cultural e política e esse fenômeno existe independentemente
do país, do seu nível de desenvolvimento ou da sua filosofia política. É o
surgimento de uma nova sociedade: Informacional ou da Informação.
Segundo BORGES (2000, p. 25;26), a Sociedade Informacional utiliza a
informação como recurso econômico. As empresas recorrem cada vez mais à
informação para aumentar sua eficácia, sua competitividade, estimular a inovação
e obter melhores resultados, melhorando, na maioria dos casos, a qualidade de
bens e serviços que produzem. Outro aspecto observado é possível identificar
maior uso da informação pelo público em geral. As pessoas usam mais
intensamente a informação em suas atividades como consumidores: para
escolher com critérios diferentes produtos, serviços públicos e serviços em geral.
No Quadro 1, comparativo a seguir, podemos ter uma compreensão mais
objetiva das diferenças entre a organização da sociedade industrial e a
organização moderna, da sociedade da informação e do conhecimento.
Quadro 1 - Comparação entre Organização da Sociedade Industrial e Organização da Sociedade da Informação
Organização da Sociedade Industrial Organização da Sociedade da Informação
- Individualismo / predomínio / distanciamento entre as pessoas.
- Autoridade centralizadora / paternalista / autocrática.
- Continuidade num único nincho profissional. Especialização excessiva.
- Tendência ao gigantismo e à centralização.
- Valorização da quantidade.
- Empresário avesso ao risco.
- A grande alavanca é o dinheiro.
- O sucesso é garantido pelo poder de investimento em máquinas e instalações.
- Compartilhamento / participação.
- Autoridade adulta / facilitadora / democrática.
- Opções múltiplas. Visão generalizada.
- Descentralização, resguardando-se a integração.
- Valorização da qualidade associada à quantidade.
- Empresário empreendedor, criativo e competitivo.
- A grande alavanca é a informação / o conhecimento / a educação.
- A mente humana é o grande software. O computador é o grande hardware.
Fonte: BORGES (2000, p. 26).
22
Para RIFKIN (2001, p. 9), a transformação do capitalismo industrial para o
cultural está desafiando muitas de nossas suposições básicas sobre o que
constitui a sociedade humana. As antigas instituições fundadas nas relações de
propriedade, nas relações de troca de mercado e no acúmulo de bens materiais
estão sendo arrancadas para dar lugar a uma era em que a cultura se torna o
recurso comercial mais importante, o tempo e a atenção se tornam a posse mais
valiosa e a própria vida de cada indivíduo se torna o melhor mercado.
Embora delineando as características marcantes da Sociedade Agrícola,
Sociedade Industrial e Sociedade Informacional, sabemos que a informação
sempre foi o insumo básico do desenvolvimento.
Para BORGES (2000, p. 32), quando o homem associou a fala à imagem e
criou a escrita, quando se comunicava através de mensageiros, serviço expresso
a cavalo, que entrecruzavam o continente, ele permitiu a transmissão e a
armazenagem da informação. A imprensa de Gutenberg, no século XV, o
telefone, o rádio, a televisão e agora as tecnologias da informação e da
comunicação, que revolucionaram os séculos XIX e XX, aceleraram o acesso e o
intercâmbio de informações. Estes diversos meios de comunicação, em vez de se
excluírem, potencializaram-se mutuamente. Em pleno século XXI, o mundo está
cada vez mais conectado através de novas tecnologias e das novas redes.
BORGES (2000, p. 32), acrescenta que as novas tecnologias, os novos
mercados, as novas mídias, os novos consumidores desta Era da Informação e
do Conhecimento conseguiram transformar o mundo em uma sociedade
globalizada. Mas o homem, diante dessa nova realidade, continua no comando
desta mudança como o único ser dotado de vontade, inteligência e conhecimento,
capaz de compreender os desafios e de definir os passos que direcionarão seu
próprio futuro.
Para consolidar o entendimento sobre a Sociedade da Informação, a seguir
conceituaremos a informação mostrando a diferença entre dados e conhecimento,
bem como abordagens distintas para administrar a informação e de que forma
23
essa informação deve estar disponibilizada, estrategicamente, para que seja
considerada o maior recurso.
2.2. O QUE É A INFORMAÇÃO?
O conteúdo desse tópico, até a exposição do quadro de O’Brien (vide
Quadro 4), foi extraído da monografia de RIOS (2001, p.16-19).
Para compreender melhor o que é informação é preciso fazer a distinção
entre dados, informação e conhecimento. Informação é um termo que envolve os
três, além de servir como conexão entre os dados brutos e o conhecimento.
Objetivando maior esclarecimento, tomamos como base o Quadro 2
explicativo a seguir:
Quadro 2 - Dados, Informação e Conhecimento
Dados Informação Conhecimento
Simples observações sobre o estado do mundo.
Dados dotados de relevância e propósito.
Informação valiosa da mente humana.
Inclui reflexão, síntese, contexto.
Facilmente estruturado. Requer unidade de análise. De difícil estruturação.
Facilmente obtido por máquinas.
Exige consenso em relação ao significado.
De difícil estruturação.
Freqüentemente quantificado. Exige necessariamente a medição humana.
Freqüentemente tácito.
Facilmente transferível. De difícil transferência.
Fonte: DAVENPORT (1998, p.18)
Informação é essencialmente criação humana e nunca seremos capazes
de administrá-la se não levarmos em consideração o papel fundamental
desempenhado pelas pessoas nesse cenário.
24
DAVENPORT (1998, p.12-14) faz ainda duas abordagens comparativas,
levando em consideração a administração da informação do ponto de vista
estático e do ponto de vista da era informacional conforme demonstra o Quadro 3.
Quadro 3 - Abordagens distintas para administrar a Informação
Abordagem do ponto de vista estático
Abordagem da era informacional
A informação é facilmente armazenada nos computadores na forma de dados.
A informação não é facilmente arquivada em computadores - e não é apenas constituída de dados.
Criar bancos de dados em computadores é o único modo de administrar a complexidade da informação.
Quanto mais complexo o modelo da informação, menor será sua utilidade.
A informação deve ser comum a toda organização.
A informação pode ter muitos significados em uma organização.
As mudanças tecnológicas irão aperfeiçoar o ambiente informacional.
A tecnologia é apenas um componente do ambiente de informação e freqüentemente não se apresenta como meio adequado para operar mudanças.
Fonte: DAVENPORT (1988, p.12-14).
Portanto, à medida que a informação se torna mais importante, precisamos
aprender a pensar além das máquinas.
É indiscutível o aumento da TI nas organizações e esta pode ser uma força
poderosa para mudar o modo como fazemos nosso trabalho. A tecnologia -
incluindo computadores, redes de comunicação e softwares - tornou-se apenas
uma ferramenta para administrar a informação, mas também um setor vigoroso
em si mesmo. Não devemos supor que a tecnologia, em si, possa resolver todas
as dificuldades, mas a informação, - ou ao menos o uso efetivo dela, deve ser
potencializada, de alta qualidade por ser extremamente útil.
Nessa perspectiva, O'BRIEN (2001, p. 25) afirma que a informação é
dotada de três dimensões: tempo, conteúdo e forma e que os atributos de
qualidade importantes da informação podem ser agrupados nessas três
dimensões, melhor explicado no Quadro 4 a seguir:
25
Quadro 4 - Resumo dos atributos da qualidade da informação
Dimensão do Tempo
Prontidão
Aceitação
Freqüência
Período
- A informação deve ser fornecida quando for necessária.
- A informação deve estar atualizada quando for fornecida.
- A informação deve ser fornecida tantas vezes quantas forem necessárias.
- A informação pode ser fornecida sobre períodos passados, presentes e futuros.
Dimensão do Conteúdo
Precisão
Relevância
Integridade
Concisão
Amplitude
Desempenho
- A informação deve estar isenta de erros.
- A informação deve estar relacionada às necessidades de informação de um receptor específico para uma situação específica.
- Toda informação que for necessária deve ser fornecida.
- Apenas a informação que for necessária deve ser fornecida.
- A informação pode ter um alcance amplo ou estreito, ou um foco interno ou externo.
- A informação pode revelar desempenho pela mensuração das atividades concluídas, progresso realizado ou recursos acumulados.
Dimensão da Forma
Clareza
Detalhe
Ordem
Apresentação
Mídia
- A informação deve ser fornecida de uma forma que seja fácil de compreender.
- A informação pode ser fornecida em forma detalhada ou resumida.
- A informação pode ser organizada em uma seqüência predeterminada.
- A informação pode ser apresentada em forma de narrativa, numérica, gráfica ou outras.
- A informação pode ser fornecida na forma de documentos em papel impresso, monitores de vídeo ou outras mídias.
Fonte: O’BRIEN (2001, p. 25 ).
Sendo assim, podemos afirmar que é dessa forma que as informações
devem ser apresentadas, atendendo aos requisitos de que devemos considerá-la
a partir de sua relevância.
MARUYAMA, citado por TENÓRIO (2001, p. 77;78) afirma que a maior
parte da informação relevante é situacional, aplicável a casos individuais
26
específicos e apenas num momento específico. É imediatamente necessária para
ação. Não é preciso o armazenamento permanente da informação, mas sim seu
rápido processamento.
Essas informações caracterizadas como relevantes, agrupadas nas
dimensões do Quadro 4, de O’Brien, contribuem para a produção do
conhecimento e conseqüentemente para a transformação da sociedade, que é a
finalidade da utilização da informação.
Face ao exposto, é pertinente apresentar a afirmação feita por TENÓRIO
(2001, p. 61;62):
A globalização econômica está intensificando os fluxos informacionais. O conhecimento e a informação têm assumido uma importância cada vez maior como os fatores de produção, acrescentando valor aos produtos no processo de produção, fornecimento, atendimento e serviços ao consumidor. A adequada administração da informação é uma atividade cada vez mais importante no funcionamento de uma organização de qualquer natureza.
AKUTSU (2002, p. 38) afirma que na Sociedade da Informação tanto a
escassez de informações, quanto o excesso podem dificultar o exercício da
democracia. Se a escassez não permite aos cidadãos acompanhar que decisões
os governantes estão tomando, o excesso pode dificultar a busca das informações,
desviando a tenção do cidadão para assuntos secundários, além de dificultar a
pesquisa às informações relevantes e que de fato interessam a cada cidadão.
Sendo assim, é legítimo, que os governos selecionem as informações que
julguem mais relevantes para divulgação, de modo que a sociedade não seja
bombardeada por um excesso de informações uma vez que a importância da
informação para a sociedade é universalmente aceita, constituindo-se, senão no
mais relevante, pelo menos em um dos recursos cuja gestão e aproveitamento
estão diretamente relacionados com a competitividade efetiva, diferencial de
mercado, lucratividade e o sucesso desejado para toda Sociedade Informacional.
27
A seguir, faz-se necessário entender sobre a Internet uma vez que é uma
rede mundial de computadores e que é, antes de tudo, o meio de comunicação
global que possibilita os governos, cidadãos divulgar informações, oferecer
serviços fortalecendo as discussões indispensáveis para a democratização da
sociedade, na sociedade informacional.
2.3. INTERNET
SILVEIRA (2001, p.13;14) afirma que as origens da Internet são
encontradas na Advanced Research Projects Agency Network (Arpanet), uma
rede única criada em 1969 para permitir o compartilhamento de dados e criar um
sistema de correio eletrônico. O autor também relata, que a partir dos anos 90,
ocorre a explosão das conexões à Internet. Antes, a rede era muito restrita aos
norte-americanos. Quando a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos,
National Science Foundation, em 1984, assumiu o gerenciamento da rede criada
pela Arpanet, menos de dez países estavam conectados. Isso não significa que
outras redes de computador não existissem. A ligação em uma única rede de
todas as demais redes de computador só se intensificou depois 1989, com a
queda do Muro de Berlin e com a destruição do bloco soviético. A Internet é
apenas isso: uma conexão mundial de todas as diferentes redes de computador.
Uma aplicação foi decisiva para a rápida popularização da Internet: o
sistema de hipermídia para obter informações por meio da rede conhecida como
world wide web, o hoje famoso www ou simplesmente web.
Em 1991, é conectado à rede o primeiro servidor de web. Hoje bilhões de
páginas em hipertexto ocupam o espaço virtual da Internet. Para navegar na web
todos precisam de um browser ou navegador, um programa que lê os hipertextos
e os coloca graficamente estruturados na tela do computador. A supremacia em
relação ao browser foi inicialmente do Netscape e hoje é do Explorer da Microsoft,
28
que conseguiu monopolizar o mercado acoplando seu navegador ao sistema
operacional Windows , que já dominava o mercado.
LIMA (2000, p. 31), afirma que, com a WEB, pela primeira vez na história
da humanidade, podemos enviar de forma irrestrita quer em termos de
quantidade, quer em termos de distância, informações para outras pessoas de
uma forma rápida, segura e barata com a vantagem de que elas só acessam a
porção da informação que elas têm real interesse.
Para LAUDON K. e LAUDON J. (1999, p. 168) a Internet é sem dúvida, a
maior rede de computadores do mundo. E tem sido o foco de tanta atenção por
ser a maior e mais rápida forma de implementação de uma “auto-estrada de
informação”. A expressão auto-estrada de informação refere-se às redes de
telecomunicações de alta velocidade com escopo, local, nacional ou internacional
e que oferecem acesso aberto (com ou sem taxa de cobrança) ao público em
geral. A Internet cada vez mais está tendo um enorme impacto no mundo
empresarial, nas comunidades universitárias e governamentais, e também em
muitas pessoas. Esse impacto vem de sua capacidade de eliminar praticamente
muitas das barreiras de tempo e de espaço.
Segundo LIMA (2000, p. 32;33), a Internet muito embora não seja ainda
uma tecnologia acabada, tendo ainda um grande espaço para evoluir, quer em
termos de velocidade, manuseio e compreensão da informação, quer em termos
de incorporação de novos recursos, a Internet/Web exerceu e exerce, um papel
fundamental na aceleração da mudança, pois tem possibilitado o redesenho do
ambiente em que vivemos em termos de:
Comunicação:
- representa um recurso ou ferramenta que possibilita, de forma
igualitária e democrática, a comunicação entre pessoas, grupos e
organizações de forma local e mundial;
29
- abre as portas para uma revisão global dos custos do processo
de comunicação;
- facilita o acesso das pessoas às ferramentas disponíveis sem
distinções sócio-econômicas;
- oferece recursos e oportunidades de participar do processo de
comunicação àqueles que possuem dificuldades físicas ou limitações.
Publicações:
- é uma tribuna livre para todos aqueles que, democraticamente,
querem tornar disponíveis suas idéias;
- oferece a possibilidade de acesso a informações sem os custos
normais de pesquisa ou aquisição;
- diminui o gap entre o fato e o acesso às informações pertinentes
ao mesmo;
- cria um novo conceito de jornal, revista, livro;
- possibilita um sistema de arquivamento de informações com
acesso seletivo.
Comércio:
- está revolucionando o conceito de negócio através da venda virtual;
- elimina a intermediação e reduz os custos finais do produto/serviço;
30
- elimina a diferença/distinção existente entre grandes e pequenos
negócios;
- revoluciona o conceito de logística e distribuição;
- desenvolve o conceito de alianças e parcerias, etc.
Manuseio de Informação:
é depositório livre de informações, acessíveis via diretórios e índices;
oferece novos recursos e metodologias de procura;
permite o acesso a navegação não-linear;
permite acesso a dados disponibilizados em diferentes mídias;
permite combinações de dados em critérios personalizados etc.
Recurso Educacional:
está permitindo que dados disponibilizados se transformem em
conhecimento;
está democratizando o acesso à educação e desenvolvendo o
conceito de autodesenvolvimento;
está se tornando um importante meio de distribuição de cursos e
seminários via educação a distância;
31
permite desenvolver formas de suporte ao processo educativo a
distância;
permite um processo de aprendizagem cooperativa;
permite um processo de interação e suporte ao aprendizado via
aconselhamento, avaliação de performance, suporte, etc.
Esses são apenas alguns exemplos com os quais podemos demonstrar as
conseqüências das mudanças de paradigma para a sociedade contemporânea.
Em termos sociais, é importante entender que esses exemplos já são uma
realidade prática para alguns segmentos da sociedade e que outros estão,
gradualmente, sendo incorporados.
2.3.1. A INTERNET – A GERAÇÃO DE UM NOVO ESPAÇO
ANTROPOLÓGICO
“Os espaços antropológicos são mundos de significação e não categorias
coisificadas que partilham entre si objetos corporais” (LÉVY, 1997, p. 186).
Segundo SILVA (1999, p. 62), a comunicação sustentada nas redes e
serviços telemáticos, das quais a Internet é a mais conhecida, gerou a
possibilidade de criação e desenvolvimento de um novo espaço público, uma
nova era que apresenta como característica fundamental o fato de ser um híbrido,
digamos um Fórum Híbrido em que o sujeito vive a possibilidade de ambivalência
entre o local e o global, entre o eu e o anonimato, entre o eu e o outro do
pseudônimo, entre o ser produtor e consumidor de conhecimentos à escala
global, entre a nacionalidade e o cosmopolitismo etc.
A Internet é simultaneamente real e virtual, informação e contexto de
interação, espaço (site) e tempo, mas que altera as próprias coordenadas
espaços-temporais a que estamos habituados, compactando-as, ou seja, o
32
espaço e o tempo na rede existem na medida em que são construções sociais
partilhadas. Esta construção é estruturada pelos laços e valores sócio-políticos,
estéticos e éticos que tipificam este novo espaço antropológico.
Este novo espaço com áreas de privacidade - um novo mundo - é um
suporte aos processos cognitivos, sociais e afetivos, os quais efetuam a
transmutação da rede de tecnologia eletrônica e telecomunicações em espaço
social povoado por seres que (re)constroem as suas identidades e os seus laços
sociais nesse novo contexto comunicacional. Geram uma teia de novas
sociabilidades que suscitam novos valores. Estes novos valores, por sua vez,
reforçam as novas sociabilidades.
2.3.1.1. O Direito de Acesso
SILVEIRA (2000, p. 30), relata que o Concise Oxford Dictionary, reunião
dos termos mais empregados da língua inglesa, incluiu em sua oitava edição, em
1990, o verbo access (acessar). Esta constatação encontra-se no livro do
economista RIFKIN (2001, p. 12). Acessar é um dos termos mais utilizados na
sociedade em rede. O acesso à comunicação mediada por computador tornou-se
sinônimo de direito à comunicação.
Para RIFKIN (2001, p. 12), a noção de acesso e de redes, entretanto, está
se tornando cada vez mais importante e começando a redefinir nossa dinâmica
social de uma forma tão poderosa quanto à redefinição da idéia de propriedade e
de mercado às vésperas da era moderna. Até recentemente a palavra acesso era
ouvida apenas ocasionalmente e geralmente restringia-se a questões de
ingressos a espaços físicos. Agora acessar é um dos termos mais usados na vida
social. Quando as pessoas ouvem a palavra acessar, provavelmente pensam na
abertura para mundos totalmente novos de possibilidades e oportunidades. O
acesso tornou-se o bilhete de ingresso para o avanço e para a realização pessoal,
sendo tão poderoso quanto a visão democrática foi para gerações anteriores. É
uma palavra cheia de significado político. Acessar, afinal, diz respeito a distinções
e divisões, sobre quem deverá ser incluído e quem será excluído. Acessar está se
33
tornando uma ferramenta conceitual potente para se repensar nossa visão de
mundo, bem como nossa visão econômica, tornando-se a metáfora mais
poderosa da próxima era.
Já na Revolução Francesa (1789), segundo SILVEIRA (2001, p. 30), a
liberdade de expressão só poderia existir se estivesse assegurada a liberdade de
uso do suporte que transmitia a informação. Assim, a liberdade de imprensa era
materializada da liberdade de expressão. Uma estava intrinsecamente vinculada à
outra. Separá-las seria como eliminar a essência de ambas.
Para SILVEIRA (2001, p. 30;31), nas sociedades modernas, o acesso às
tecnologias de reprodução de informações em larga escala era uma condição
democrática. Na sociedade da informação, a defesa da inclusão digital é
fundamental não somente por motivos econômicos ou de empregabilidade, mas
por razões político-sociais, principalmente para assegurar o direito inalienável à
comunicação. Comunicar na sociedade pós-moderna é poder interagir nas redes
de informação.
A maioria da população, ao ser privada do acesso à comunicação mediada
por computador, está sendo simplesmente impedida de se comunicar pelo meio mais
ágil, completo e abrangente. O apartheid digital arrebenta uma liberdade formal
básica do universo liberal-democrático. Passam a existir dois tipos de cidadão,
aquele que pode acessar instantaneamente o que os outros falam, com eles
podendo interagir, e aqueles que estão privados da velocidade de comunicação.
Entender o acesso à Internet também como um direito de compartilhar as
redes de comunicação e informação, é fundamental para assegurar seu uso
cultural, social e cidadão, ou seja, para superar os entendimentos de que a rede
mundial de computadores está destinada a ser um grande hipermercado virtual,
recuperando o espírito inicial de parte de seus idealizadores.
A diferença qualitativa da comunicação em rede de todas as formas
anteriores está na interatividade. Esta característica é poderosa nas políticas de
34
inclusão. A exploração da interatividade incentiva à criatividade, a curiosidade, o
conhecimento, a sociabilidade e até a criação de mais sites não-comerciais
mantendo viva a presença de nosso universo cultural na rede mundial de
computadores, afirma SILVEIRA (2001, p. 31).
Entretanto, não podemos deixar de mencionar, que o uso da Internet está
agravando a desigualdade social e econômica entre pessoas e nações, formando
a classe dos excluídos socialmente, ou infoexcluídos.
DINIZ (2002, p. 6), explica esse fenômeno introduzindo o seguinte conceito:
Exclusão Digital é a impossibilidade de utilização dos serviços oferecidos através de canais eletrônicos resultante da dificuldade, por motivos sociais ou econômicos, de acesso às tecnologias básicas que permitam a conexão com o universo digital.
Dessa forma, faz-se necessário abordar sobre os efeitos que a ampliação
da comunicação em rede, da informática básica e a exigência em conhecer bem
os recursos da Internet provocam para as comunidades menos favorecidas
acentuando a Exclusão Social.
2.4. EXCLUSÃO SOCIAL
OLIVEIRA et al (2001, p. 32-34) conceitua Exclusão Social referindo-se a
população com baixos níveis de renda per capta que refletem altas taxas de
analfabetismo adulto, baixo acesso à educação formal avançada e à tecnologia da
informação. A Exclusão Social é caracterizada pelo desemprego tecnológico,
desqualificação do trabalhador, perda de comunicação interpessoal e de grupo, perda
do sentido de identidade e aprofundamento das desigualdades sociais e econômicas.
35
Para explicar o que é Exclusão Social SILVEIRA (2001, p. 17;18) destaca
que para se conectar à Sociedade da Informação, para acessar à Internet - a rede
mundial de computadores, é preciso pagar mensalmente um provedor de acesso
e o gasto com a conta telefônica. Além disso, é preciso ter um computador que
custa mais de 1.000 reais. Em um país com quase um terço da sociedade abaixo
da linha da pobreza, gasta algo em torno de 40 reais por mês pelo uso mínimo de
conexão e conta telefônica é impossível para a maioria da população. Sendo
assim, o autor, considera que essa é a nova face da Exclusão Social. Enquanto
um jovem das camadas abastadas da sociedade tem acesso ao ciberspaço e a
todas as fontes de informação disponíveis em bilhões de sites espalhados pelo
globo, o adolescente de camadas pauperizadas fica privado de interagir com os
produtores de conteúdo, de observá-los, de questioná-los e de copiar seus
arquivos. Para a pessoa incluída na rede, a navegação estimula a criatividade,
permite realizar pesquisas sobre inúmeros temas e encontrar com maior
velocidade o resultado de sua busca. Quem está desconectado desconhece o
oceano informacional, ficando impossibilitado de encontrar uma informação
básica, de descobrir novos temas, de despertar para novos interesses.
Os novos excluídos não conseguem se comunicar com a velocidade dos
incluídos pela comunicação mediada por computador. Ao contrário do que se
afirmava, o e-mail (correio eletrônico) não afasta as pessoas. Sua rapidez quase
instantânea e facilidade de envio, sem necessidade de deslocamento até o posto
do correio, ampliaram o contato entre as pessoas, solidificaram laços afetivos
entre amigos distantes e têm permitido compartilhar conhecimentos obtidos em
qualquer parte do mundo, afirma SILVEIRA (2001, p. 17).
Dessa forma, podemos afirmar que as oportunidades dos incluídos na
sociedade da informação são bem maiores do que as daqueles que vivem no
apartheid digital. Para se obter um emprego, cada vez mais será preciso ter alguma
destreza no uso do computador. Com a ampliação da comunicação em rede, além
da informática básica será necessário conhecer bem os recursos da Internet.
36
Segundo SILVEIRA (2001, p. 18) a exclusão digital ocorre ao se privar as
pessoas de três instrumentos básicos: o computador, a linha telefônica e o
provedor de acesso. O resultado disso é analfabetismo digital, a pobreza e a
lentidão comunicativa, o isolamento e o impedimento do exercício de inteligência
coletiva. Estes três resultados podem ser comparados aos estragos que a fome
gera nos primeiros anos de vida de uma criança. Por isso, não é correto
classificar a exclusão digital como mera conseqüência da exclusão social.
Além de ser um veto cognitivo e um rompimento com a mais liberal das
idéias de igualdade formal e de direito de oportunidade, a exclusão digital impede
que se reduza a exclusão social, uma vez que as principais atividades
econômicas governamentais e boa parte da produção cultural da sociedade vão
migrando para a rede, sendo praticadas e divulgadas por meio da comunicação
informacional. Estar fora da rede é ficar fora dos principais fluxos de informação.
Desconhecer seus procedimentos básicos é amargar a nova ignorância.
Como um excluído terá a mesma destreza no uso do computador, na
navegação e na pesquisa de rede, na conversa em um fórum de debates, na
manipulação de um software, que um incluído? Quem obterá as melhores
chances? Isso não significa que o desemprego será eliminado quando todos
souberem utilizar o potencial básico dos computadores e das redes de
comunicação. Sem dúvida alguma é possível crer que com a maciça inclusão de
pessoas na sociedade da informação teremos uma explosão das possibilidades
de cidadania. E quanto mais cidadãs forem às pessoas, mais conscientes serão
das necessidades de reinvenção da dinâmica social excludente e desigual.
Segundo AKUTSU (2002, p. 46), deve-se salientar que o fator econômico
não é o único a determinar a infoexclusão. Como potenciais infoexcluídos devem
ser considerados também alguns grupos da sociedade, tais como: os mais velhos,
os desempregados, aqueles que têm dificuldade de aprendizagem. Tais
dificuldades são inerentes ao fato de a Internet ser um instrumento de
comunicação novo e caracterizado por mudanças tecnológicas constantes,
dificultando a incorporação de seu uso ao cotidiano das pessoas. De todos esses
37
fatores, entretanto, o econômico é o mais importante e determinante dos outros,
principalmente no Brasil, onde a grande maioria da população não tem renda
suficiente para adquirir um computador e manter uma linha telefônica com acesso
à Internet.
A ação governamental é, portanto, fundamental para minimizar o número
de infoexcluídos e para viabilizar a Sociedade da Informação, não somente para
aqueles que têm menor poder aquisitivo, mas também para os segmentos da
sociedade que têm maior dificuldade em utilizar a Internet. Para combater o
principal fator que determina a infoexclusão – o econômico – o Estado pode
promover políticas públicas que promovam a redução da desigualdade econômica
e permitam o acesso de uma parcela maior da população à Internet.
Sendo assim, com o propósito de permitir maior acesso do público à
informação com fins ao exercício de cidadania e tornar o governo mais transparente
para os seus cidadãos, faz-se necessário entender a forma de modernização do
governo frente aos fatores contemporâneos acima mencionados.
2.5. GOVERNO ELETRÔNICO
DINIZ (2002, p. 5) traz o seguinte conceito:
Para a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI, 2001), Governo Eletrônico ou Governo Digital pode ser entendido como uma das principais formas de modernização do Estado e resulta do uso estratégico e intensivo das tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), nas relações internas dos próprios órgãos de governo e também das relações do setor público com os cidadãos e as empresas, seja na oferta de serviços, seja nos processos de compras governamentais. Esta modernização do Estado se relaciona também com a necessidade de uma maior transparência na gestão econômica e fiscal da máquina pública, na busca de maior eficiência na prestação de serviços e, na melhora da qualidade dos serviços oferecidos aos cidadãos. Estes fatores podem levar também ao incremento no processo de democratização política, contribuindo para aumentar a legitimação de governos, e estabelecer novas maneiras de gerenciar as atividades.
38
Para LEER, citado por BITTENCOURT FILHO (2000, p. 62), o governo
americano identificou cinco grandes desafios a serem vencidos, em todo o planeta,
para que os benefícios da sociedade da informação cheguem a todos os povos:
a) aumentar o acesso às telecomunicações para que, em todo o
mundo, as pessoas estejam próximas dos serviços de
comunicações de voz e dados nos próximos dez anos;
b) superar as barreiras das línguas, desenvolvendo tecnologias que
permitam a tradução instantânea, de forma que as pessoas possam
se comunicar nos seus próprios idiomas;
c) criar uma Rede Global de Conhecimento Profissional para que
possamos superar os desafios em educação, saúde, agricultura,
segurança pública e desenvolvimento sustentado;
d) usar a tecnologia da informação em favor do livre intercâmbio de
idéias, assegurando a democracia;
e) usar as telecomunicações para expandir as oportunidades
econômicas para todas as comunidades do mundo.
Segundo DORRIS, citado por BITTENCOURT FILHO (2000, p. 58), o
Governo Eletrônico utiliza as tecnologias da informação e das telecomunicações,
integrando-se em rede, para prover serviços e informações para toda a
sociedade, a qualquer hora e em qualquer lugar, e para receber retroalimentação,
num canal de mão dupla, fortalecendo a democracia.
Essa é a forma, que governos em todo o mundo estão desenvolvendo o
governo eletrônico. Em cada região do globo – de países em desenvolvimento
aos industrializados – governos locais e nacionais estão colocando informações
39
importantes on-line, automatizando processos antes burocráticos e interagindo
eletronicamente com seus cidadãos.
As colocações feitas, a seguir, foram extraídas do documento “Diretrizes
para o Governo Eletrônico no Mundo em Desenvolvimento” e que refletem as
experiências coletivas de um grupo de dirigentes e líderes de programas de
governo eletrônico da África do Sul, Brasil, Chile, Dinamarca, Egito, Emirados
Árabes Unidos, Estados Unidos, Índia, Israel, México, Tanzânia e Tailândia.
Definindo amplamente, Governo Eletrônico é o uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação para promover um governo mais efetivo e eficiente,
com serviços públicos mais acessíveis, permitir maior acesso do público à
informação e, tornar o governo mais transparente para os seus cidadãos. O
Governo Eletrônico envolve prestação de serviços via Internet, telefone, em
centros comunitários (com auto-serviço ou atendimento de balcão), através de
aparelhos sem fio ou outros sistemas de comunicação.
Mas, o Governo Eletrônico não é um atalho para o desenvolvimento
econômico, diminuição de orçamentos ou a construção de um governo “limpo” e
eficiente. Governo Eletrônico é um processo chamado de evolução tecnológica
que envolve custos e riscos, tanto financeiros quanto políticos.
Estes riscos podem ser significativos. Se não forem bem concebidas e
implementadas, as iniciativas do governo eletrônico podem desperdiçar recursos,
falhar na promessa de proporcionar serviços úteis e, assim, aumentar a frustração
pública com o governo. Particularmente, no mundo em desenvolvimento, onde os
recursos são escassos, o governo eletrônico deve ter como alvo áreas com
maiores chances de sucesso.
Governo Eletrônico significa mudar a maneira como o governo funciona,
como ele lida com a informação, como os funcionários vêem suas funções e
interagem com o público. Alcançar sucesso no governo eletrônico requer
parcerias ativas entre governo, cidadãos e o setor privado. O processo do
40
governo eletrônico precisa ser avaliado continuamente pelos seus “clientes” –
público, empresas e funcionários de governo que utilizam serviços do governo
eletrônico. Suas vozes e idéias são essenciais para fazer o governo eletrônico
funcionar. Governo Eletrônico, quando implementado de maneira correta, é um
processo participativo.
Governo Eletrônico é sobre transformações – tecnologia é uma ferramenta.
Governo Eletrônico é sobre transformações que ajudam os cidadãos e as
empresas a encontrarem novas oportunidades na economia mundial do
conhecimento. Ele tem um grande potencial. Se o Governo Eletrônico não é parte
de um programa maior de reforma – reformando como o governo funciona,
administra informação, gerencia funções internas, serve aos cidadãos e às
empresas – então ele não pode produzir todos os benefícios esperados pelo
tempo e dinheiro investidos. O Governo Eletrônico é válido para repensar o papel
do governo. Deve ser adotado como uma ferramenta para um maior crescimento
econômico e um bom governo. Governo Eletrônico não é algo fácil e nem barato.
Antes de comprometer o tempo, recursos e vontade política necessários para
implementar com sucesso uma iniciativa de governo eletrônico, deve-se ter uma
clara compreensão das razões básicas para buscar ou não buscar o governo
eletrônico. É uma ferramenta para alcançar o desenvolvimento econômico com
diminuição de orçamentos e transparências nas ações. Especialmente, em países
em desenvolvimento, onde os recursos são escassos, deve-se traçar planos de
ação bem definidos. Do contrário, seguir adiante com planos mal concebidos
pode ser um erro caro, financeiramente e politicamente.
Governo Eletrônico como todas as reformas necessita de mudanças na
forma como os funcionários do governo pensam e age, como eles vêem seus
trabalhos, como eles dividem informações entre os departamentos (G2G –
Governo para Governo), com empresas (G2E – Governo para Empresa) e com
cidadãos (G2C – governo para cidadãos). Governo Eletrônico demanda uma
reengenharia dos processos de negócio do governo, tanto nas agências quanto
em todo o governo.
41
Ao mesmo tempo, o Governo Eletrônico responde às mudanças ocorridas
fora do governo. A maneira como uma sociedade – seus cidadãos, empresas e
sociedade civil – lida com o governo e com a informação, está mudando
radicalmente em alguns lugares. Cidadãos estão começando a desejar que os
serviços do governo sejam equivalentes aos serviços oferecidos pelo setor
privado. Com o passar do tempo, os cidadãos vão agir mais e mais como
consumidores. Os governos devem se ajustar a isso, e o Governo Eletrônico é
uma ferramenta que pode ajudar. Tecnologia da Informação e Comunicação é um
instrumento para reforçar a reforma do governo.
Tratar o Governo Eletrônico como um processo de reforma, e não
meramente a informatização das operações governamentais irá contribuir para a
construção de uma “Sociedade da Informação”, onde as vidas dos cidadãos são
enriquecidas e reforçadas pelo acesso a toda a informação e oportunidades
sociais, econômicas e políticas que ele oferece. Isso está se tornando uma
prioridade nacional chave para todos os países, ricos e pobres.
Novas (e velhas) tecnologias são, simplesmente, meios de atingir os
objetivos maiores da sociedade. Ao invés de focalizar na idéia de “governo
eletrônico”, conhecido como e-gov, deve ser focalizado em criar um “i–governo”
ou “i-gov”, ou até uma “i-sociedade”, onde “i” significa “inteligência” ou
“informação”. É necessário estabelecer um foco em questões como o governo e a
sociedade processam e usam crescentes quantidades de informações, e como o
governo pode corresponder melhor às necessidades e solicitações dos cidadãos.
Entretanto, para que Governo Eletrônico obtenha êxito e esteja alinhado
com suas diretrizes, é imprescindível que ações governamentais também estejam
voltadas para permitir que os excluídos socialmente possam utilizar ferramentas
de compartilhamento de conhecimento, isto é, estejam incluídos digitalmente.
42
2.6. INCLUSÃO DIGITAL
Baseado em informações obtidas nas palestras proferidas no Congresso
de Informática Pública – CONIP (2002/2003) compreendemos que Inclusão Digital
é a denominação dada, genericamente, aos esforços de fazer com que as
populações da sociedade contemporânea, cujas estruturas e funcionamento estão
sendo significativamente alteradas, possam obter os conhecimentos necessários
para utilizar a Internet com um mínimo de proeficiência, os recursos de tecnologia
de informação e comunicação existentes e dispor de acesso físico regular a esses
recursos. Assim, percebemos que, claramente, a exclusão digital aprofunda a
exclusão sócio-econômica já que a toda população deve ser garantido o direito de
acesso ao mundo digital, tanto no âmbito técnico/físico (sensibilização, contato e
uso básico) quanto educacional (formação, geração de conhecimento,
participação e criação).
SILVEIRA (2001, p. 21), considera que, primeiro é necessário entender que
a revolução tecnológica em curso destinou à informação um lugar estratégico. A
sociedade é cada vez mais a sociedade da informação e os agrupamentos sociais
que não souberem manipular, reunir, desagregar, processar, analisar informações
ficarão distantes da produção dos conhecimentos, estagnados ou vendo se agravar
sua condição de miséria. O acesso à rede é apenas um pequeno passo, embora
vital, que precisa ser dado. Apesar de já ter se tornado um lugar comum, sempre é
bom frisar que a informação somente gera conhecimento se for adequadamente
tratada. É preciso inserir as pessoas no dilúvio informacional das redes e orientá-
las sobre como obter conhecimento. Como qualquer navegador, somente após um
período de introdução e de treinamento é que se obtém as técnicas próprias para
navegar sozinho e não naufragar diante das marés e intempéries.
Segundo, a organização da economia e do trabalho no mundo rico será
cada vez mais mediada pelo computador e pela comunicação em rede, afirma
SILVEIRA (2001, p. 21). Portanto, todas as camadas da sociedade precisam se
qualificar para acompanhar o desenvolvimento das tecnologias intelectuais, pois é
43
disso que tratamos quando falamos em inclusão na sociedade da informação. A
pobreza não será reduzida com cestas básicas, mas com a construção de
coletivos sociais inteligentes, capazes de qualificar as pessoas para uma nova
economia e para novas formas de sociabilidade, permitindo que utilizem
ferramentas de compartilhamento de conhecimento para exigir direitos, alargar a
cidadania e melhorar as condições de vida.
Terceiro, a proficiência em massa das pessoas para uso da tecnologia da
informação pode gerar sinergia essencial para o desenvolvimento sustentado do
país, argumenta SILVEIRA (2001, p. 21).
A sinergia essencial – integração, auxílio mútuo e troca de conhecimento e
experiências – é uma das explicações que CASTELLS, citado por SILVEIRA
(2001, p. 22) dá para o advento e desenvolvimento da Terceira Revolução
Tecnológica ter ocorrido em uma reduzida região oeste dos Estados Unidos, o
Vale do Silício. A Inclusão Digital maciça e a disseminação rápida do uso do
computador podem fomentar e potencializar as forças sinergéticas de que nossa
sociedade necessita.
LÉVY (1999, p. 175;176), estudioso da sociedade da informação e da
cibercultura, apontou as performances industriais e comerciais das companhias,
das regiões, das grandes zonas geopolíticas, são intimamente correlacionadas a
políticas de gestão do saber. Isso indica que o conhecimento e a constante
geração de competências são as principais fontes de riquezas das empresas,
metrópoles e nações. É estratégico disseminar amplamente o acesso aos
instrumentos mais avançados das tecnologias da informação como elemento
essencial da valorização do nosso espaço nacional. O caminho proposto para
reduzir e eliminar a miséria é partir em busca da riqueza. Tratar a redução da
pobreza apenas como política assistencial ou focalizada é, na sociedade da
informação como enxugar o gelo.
SILVEIRA (2001, p. 22) afirma que é necessário aprofundar um pouco mais
estas considerações para não parecer que a tecnologia em si possui o dom de
44
retirar do processo de acumulação capitalista a permanente geração de
desigualdades e injustiças.
SANTOS e SILVEIRA (2001, p. 140) escreveram um importante alerta:
A economia atual necessita de áreas contínuas, dotadas de infra-estruturas coletivas, unitárias, realmente indissociáveis quanto ao seu uso produtivo. Mas esse equipamento chamado coletivo é, na verdade, feito para o serviço das empresas hegemônicas. Construídas como dinheiro público, essas infra-estruturas aprofundam o uso seletivo do território, deixando excluída ou depreciada a maior parte da economia e da população.
É necessário assegurar o acesso às camadas socialmente excluídas como
estratégia fundamental de inclusão social. Mas, para que isso não tenha um
resultado desprezível torna-se indispensável a formulação de políticas básicas de
orientação, educação não-formal, proficiência tecnológica e de uso de novas
tecnologias da informação para mudar a vida, ou seja, para fomentar instrumentos
ágeis para organizar reivindicações, lutar por prioridades orçamentárias, fiscalizar
governos e expor preocupações e necessidades coletivas.
Para SILVEIRA (2001, p. 22;23), deve-se considerar que as ações de
inclusão digital são importantes para a redução da miséria, rompendo a
reprodução do ciclo da ignorância e do atraso tecnológico, mas acabam
favorecendo os grandes conglomerados da nova economia com uma mão-de-
obra capacitada, com experiência no uso da rede e com habilidade em informática
básica, criando também um enorme contingente de consumidores de produtos de
informática, hardware, software e serviços de manutenção.
Sendo assim, é justo cobrar dos conglomerados da nova economia a
contrapartida do crescimento de seus lucros com a prática e a manutenção da
inclusão digital, já que serão beneficiários diretos dela.
As pessoas apartadas da sociedade da informação estão percebendo a
importância de sua inserção, buscando menores brechas para não perderem os
45
bits da história. O computador conectado à Internet já é para as famílias uma
esperança de um futuro melhor para seus filhos.
2.6.1. AS PROPOSTAS DE INCLUSÃO DIGITAL
Segundo NERI, (2003, p. 6), a Inclusão Digital representa um canal
privilegiado para equalização de oportunidades da desigualdade social, em plena
era do conhecimento. A Inclusão Digital é cada vez mais parceira da cidadania e
da inclusão social, do apertar do voto eletrônico das urnas eletrônicas aos cartões
eletrônicos, passando sempre pelo contato inicial ao computador como
passaporte para a inserção no mercado de trabalho.
Para TAKAHASHI (2000, p. 33;34), em relação à informação para a
cidadania, tem sido importante a criação de conteúdos que facilitem a vida do
cidadão. Entre todos os agentes econômicos, o setor público, as concessionárias
e as prestadoras de serviços de utilidade pública – nas áreas de seguridade
social, saúde e educação, por exemplo, têm o maior potencial de ser as maiores
fontes desse tipo de conteúdos. Há um vasto conjunto de informações
relacionadas ao cotidiano das pessoas cuja disponibilidade seria um grande
facilitador na interação entre o cidadão e o Estado, com efeitos impactantes na
qualidade do serviço prestado.
Outro aspecto importante relaciona-se ao incentivo à montagem de pontos
de acesso público à Internet, por meio de telecentros, quiosques, bibliotecas
públicas, cibercafés, cabines públicas, etc. No caso de países em
desenvolvimento, em especial, o investimento nessas alternativas de
compartilhamento de acesso e do uso da Internet constitui uma filosofia e uma
estratégia de suma importância para ampliar o acesso aos serviços de rede, uma
vez que leva em consideração a questão de custos e, conseqüentemente, das
dificuldades econômicas da maioria da população.
SILVEIRA (2001, p. 33) considera que o acesso à informática e aos
computadores é o primeiro passo da inclusão digital. Inúmeras experiências têm
46
sido aplicadas em países ricos e pobres. A disseminação de laboratórios e salas
de informática nas escolas e bibliotecas da rede pública já é uma realidade em
quase todos os países. Contudo, não basta levar computadores para as escolas.
É preciso discutir seu uso didático-pedagógico e buscar incorporá-los ao processo
de ensino, exercício de cidadania e aprendizagem. Também é necessário formar
adequadamente professores capazes de ensinar informática para evitar a
subutilização dos laboratórios. Em várias escolas brasileiras ainda encontramos
laboratórios de informática não utilizados por falta de instrutores capacitados.
A idéia de abrir as salas de informática para a comunidade não-escolar é
uma proposta que começa a ser discutida em vários centros urbanos. É uma
forma de potencializar o uso de recursos escassos e relativamente caros para os
países pobres ou em desenvolvimento. Usar essas salas ou laboratórios nos fins
de semana também é uma possibilidade importante de alfabetização tecnológica
da comunidade que vive nas proximidades das escolas.
Outra proposta de acesso à informática e à Internet, segundo SILVEIRA
(2001, p. 33), é a constituição de pontos eletrônicos de presença em áreas de
grandes fluxos de pessoas. Várias instituições, empresas e governos têm
experimentado a instalação de totens, quiosques com acesso à rede ou alguns
serviços da rede, escolas comunitárias de informática e cidadania, telecentros,
salas do cidadão. Totens são como caixas de banco 24 horas. O projeto mais
abrangente desse tipo, até o momento, é o Quiosque dos Correios. Em seus
totens é permitido acessar sites da web, obter um e-mail gratuito e até participar
de chats, salas de bate-papo on-line. Isto é feito a partir de quiosques de acesso
público à Internet equipados com computador, teclado e mouse, implantados em
varias agências dos Correios espalhadas pelo Brasil.
O maior problema dos quiosques e totens é a sua inadequação para o uso
amplo da Internet. São pensados para permitir a busca veloz de uma informação,
o acesso rápido a um ou outro site e, principalmente para ler e enviar e-mails. Em
geral, são inadequados para a pesquisa e para o ensino-aprendizado. O usuário,
47
na maioria das vezes, deve ficar de pé diante do totem ou dentro do quiosque,
exatamente para desestimular o uso do equipamento por um período mais longo.
As Escolas Comunitárias de Informática, segundo OLIVEIRA (2003, p. 9),
trata-se de escolas de informática que funcionam em associações, centros
comunitários, sedes de movimentos religiosos, em escolas publicas etc. Em geral
congregam a sociedade civil organizada, algumas delas, as mais avançadas
recebem apoio de empresas privadas voltadas para alta tecnologia, dos setores
de informática, telecomunicações e outros, bem como do próprio governo. Figura-
se como um movimento crescente e pouco ordenado, mas extremamente
importante como resultado da ação da sociedade civil organizada.
Para SILVEIRA (2001, p. 33), a forma mais ampla de acesso físico ao
computador e à Internet tem sido a dos telecentros. Esta experiência foi
amplamente empregada na Escandinávia e dali se espalhou para vários países
do mundo. Um telecentro é um espaço físico em que são alocados alguns
computadores ligados à Internet para uso comunitário, em geral gratuito. São
sinônimos de telecentro os termos telecottage, centro comunitário de tecnologia,
teletienda, oficina comunitária de comunicação, clube digital, cabine pública,
infocentro, entre outros.
O termo Telecentro, segundo a Sociedade da Informação no Brasil, citado
por TAKAHASKI (2000, p. 34), tem sido utilizado genericamente para denominar as
instalações que prestam serviços de comunicações eletrônicas para camadas
menos favorecidas, especialmente nas periferias dos grandes centros urbanos ou
mesmo em áreas mais distantes. Do ponto de vista do público atingido diretamente
por iniciativas como as dos telecentros, parece ser inegável que eles têm tido um
papel de destaque no processo de universalização do acesso à Internet. E, mais
ainda, se forem analisados os perfis de diferentes públicos que deles se utilizam,
não parece haver dúvida de que suas experiências têm agregado segmentos
sociais que dificilmente teriam acesso à rede sem telecentros.
48
As formas de gestão dos Telecentros são bastante diversificadas. A
principal diferença está na incorporação da sociedade nas decisões sobre o uso
do equipamento.
Dentro das propostas de inclusão digital, TAKAHASHI (2000, p. 38) afirma
que várias ONGs têm se dedicado a esforços de disseminação de informática e
Internet entre instituições do Terceiro Setor, e especialmente entre a população
mais carente. Dentre elas, o CDI é a iniciativa brasileira mais diretamente
envolvida na disseminação de informática nas comunidades mais carentes.
Os telecentros do CDI oferecem cursos de informática, tais como
introdução ao sistema operacional Windows , programas de edição de texto e
planilha eletrônica, mas desenvolvem dinâmicas que promovam a cidadania, a
ecologia e os direitos humanos, por meio de tecnologias da informação.
Quanto às Salas do Cidadão, são espaços comunitários em que são
disponibilizados os equipamentos de informática com acesso à Internet, cursos de
informática básica, permitindo ao cidadão acesso às informações e serviços
públicos digitais pertinentes às propostas do Governo Eletrônico, visando a
inclusão digital.
Mas, o que define mesmo a qualidade de um plano, de uma proposta de
inclusão digital, não é o espaço físico, o número de máquinas ou o tipo dos
softwares utilizados, mas sim sua capacidade de articular as comunidades com o
universo de informações e oportunidades oferecido pelas novas tecnologias.
É necessário ir além, buscando adotar uma pedagogia que incentive a
aprendizagem personalizada a partir do interesse de cada comunidade, de cada
um, que promova a educação para a cidadania e ao mesmo tempo viabilize a
aprendizagem coletiva, a aprendizagem em rede e pela rede, fortalecendo as
propostas da alfabetização digital ou tecnológica, tópico que veremos a seguir.
49
2.7. EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA E ALFABETIZAÇÃO
DIGITAL
Segundo TAKASHAHI (2000, p. 45) a educação é o elemento-chave na
construção de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no
aprendizado. Parte considerável do desnível entre indivíduos, organizações,
regiões e países deve-se à desigualdade de oportunidades relativas ao
desenvolvimento da capacidade de aprender e concretizar inovações. Por outro
lado, “educar” em uma sociedade de informação significa muito mais que treinar
as pessoas para o uso das tecnologias da informação e comunicação: trata-se de
investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam
ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões
fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e
ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias,
seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas. Trata-se
também de formar os indivíduos para “aprender a aprender”, de modo a serem
capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da
base tecnológica.
Para SILVEIRA (2001, p. 28) a educação que cultiva a idéia do saber
consolidado deve ser substituída pela que ensina e prepara a pessoa para o
aprendizado permanente. Agora a escola é apenas um pólo de orientação diante
do dilúvio de informações gerado e constantemente alimentado pela rede mundial
de computadores.
A política educacional deve ser formulada para absorver e utilizar as
tecnologias que amplificaram a inteligência humana e suas funções cognitivas. A
memória foi ampliada pelos bancos de dados, pelos documentos em hipermídia e
pelos arquivos digitais. A imaginação teve nas tecnologias de simulação um
enorme avanço. O raciocínio pode atingir complexidade inimaginável nos modelos
matemáticos e nos mecanismos de inteligência artificial. A pesquisa dá saltos com
50
o saber compartilhado entre cientistas espalhados pelo planeta e a dedução lógica
e a indução vão sendo secundarizadas pelas de hipóteses com a realidade virtual.
O que está em jogo, conforme afirma SILVEIRA (2001, p. 28) é o potencial
de inteligência coletiva da sociedade. Não podemos aceitar um ensino que
desconsidere esta conjuntura e leve para as comunidades socialmente carentes a
noção de um saber falsamente imóvel ou de pouca mobilidade, uma formação
tecnicista e mecanicista, típica da fase taylorista-fordista, centrada na linearidade
e na escala piramidal, enquanto as elites são formadas para navegar no espaço
dos fluxos, encontrar informações que produzam conhecimento e aprender
continuamente a aprender e pesquisar.
A idéia de ensino aberto ao jovem e à sua comunidade deve ser
incorporada a qualquer programa de inclusão digital e alfabetização digital ou
tecnológica. O combate à exclusão não se resume ao ensino popular de
informática ou a cursos rápidos de montagem de computadores.
É necessário ir além. Uma pedagogia que incentive a aprendizagem
personalizada a partir do interesse de cada um e ao mesmo tempo viabiliza a
aprendizagem coletiva, a aprendizagem em rede e pela rede: este deve ser o
espírito da alfabetização tecnológica.
Orientar os percursos individuais e entender a educação como algo que
não pode mais simplesmente ser definido com antecedência. Educar não pode
ser entendido como aquilo que se pratica dentro dos muros escolares. Educar é
cada vez mais mergulhar na fronteira virtual. Por isso precisamos de novos
modelos de formação educacional em que os conhecimentos abertos e contínuos
precisam ser entendidos como singulares, vinculados a alguns objetivos e
contextos, devendo ser reconhecidos como pertencentes às pessoas e às suas
comunidades. Compreender e identificar a origem da informação é essencial para
a sua transformação em conhecimento.
51
Segundo SILVEIRA (2001, p. 28;29) o Professor será cada vez mais um
orientador indispensável, um coordenador de expedições em busca dos saberes
coletivos. Os grandes navegadores de outrora seriam hoje os exploradores do
ciberespaço à procura de saberes e inovações. Por isso, as linhas gerais de uma
política de Inclusão Digital - Alfabetização Digital ou Tecnológica devem superar o
mero ensino da informática, insuficientes para as necessidades de ampliação e
consolidação da cidadania nas comunidades na sociedade da informação. O
manuseio, a elaboração e a compreensão dos softwares são instrumentos
primários de uma política de inclusão e alfabetização digital ou tecnológica que
deve contemplar os seguintes elementos:
- a aprendizagem é um processo permanente e personalizado;
- navegar na rede é uma forma de obtenção de informações que
pode gerar conhecimento;
- é direito das comunidades obter a orientação presencial de seus
jovens e adultos para refletir criticamente em um espaço de
saber flutuante, contínuo e permanente renovável;
- a aprendizagem em rede é cooperativa;
- ao interagir, obtendo e gerando hipertextos, se está praticando e
desenvolvendo uma inteligência coletiva;
- é fundamental reconhecer, enaltecer e disseminar pela rede os
saberes desenvolvidos pela comunidade;
- cada cidadão e cidadã deve buscar desenvolver na rede
múltiplas competências;
52
- é preciso assegurar à população o conhecimento básico da
informática e incentivar o processo permanente de auto
aprendizagem.
Para TAKAHASHI (2000, p. 45), a atração que as novas tecnologias
exercem sobre todos - de formuladores de políticas e implementadores de infra-
estrutura e aplicações de tecnologias de informação e comunicação até usuários
de todas as classes e idades – pode levar a uma visão perigosamente reducionista
acerca do papel da educação na sociedade da informação, enfatizando a
capacitação tecnológica em detrimento de aspectos mais relevantes.
Pensar a educação na Sociedade da Informação exige considerar um
leque de aspectos relativos às tecnologias de informação e comunicação. A
começar pelo papel que elas desempenham na construção de uma sociedade
que tenha a inclusão e a justiça social como uma das prioridades principais.
E Inclusão Social pressupõe formação para a cidadania, o que significa que
as tecnologias de informação e comunicação devem ser utilizadas também para a
democratização dos processos sociais, para fomentar a transparência de políticas
e ações de governo e para incentivar a mobilização dos cidadãos e sua
participação ativa nas instâncias cabíveis. As tecnologias de informação e
comunicação devem ser utilizadas para integrar a escola e a comunidade, de tal
sorte que a educação mobilize a sociedade e a clivagem entre o formal e o
informal seja vencida.
Formar o cidadão não significa preparar o consumidor. Significa capacitar
as pessoas para a tomada de decisões e para a escolha informada acerca de
todos os aspectos na vida em sociedade de que as afetam, o que exige acesso à
informação e ao conhecimento e capacidade de processá-los judiciosamente,
sem se deixar levar cegamente pelo poder econômico ou político.
Para SCHAWARTZ, citado por OLIVEIRA et al (2001, p. 33), a exclusão
digital não é ficar sem computador ou telefone celular. É continuarmos incapazes
53
de pensar, de criar e de organizar novas formas, mais justas e dinâmicas, de
produção e distribuição de riqueza simbólica e material.
Segundo TAKAHASHI (2000, p. 38) o nível de alfabetização digital da
população brasileira é muito baixo. As oportunidades de aquisição das noções
básicas de informática indispensáveis para o acesso à rede e seus serviços são
insuficientes. No processo de educação formal de jovens, há um esforço em curso
pelo Ministério de Educação e Cultura. No âmbito de iniciativas comunitárias, os
esforços de viabilização de acesso tendem a incluir o oferecimento de instrução
básica em Informática.
De maneira geral, contudo, para adquirir conhecimentos básicos em
Informática, os interessados precisam recorrer a cursos pagos com resultados
nem sempre satisfatórios. Há cursos de toda espécie, e não é despropositado
dizer que, no geral, a qualidade é discutível. E também não há, no Brasil,
qualquer teste de avaliação e de certificação de conhecimentos em informática
que permita o interessado avaliar e comprovar suas habilitações e que aumente
suas oportunidades no mercado de trabalho.
Para SILVEIRA (2001, p. 26;27), falar em alfabetização tecnológica diante
de analfabetismo formal pode parecer um tanto equivocado. Não deveria então
concentrar recursos e tempo para romper as engrenagens que produzem
analfabetos formais? Para combater o duplo analfabetismo, o digital e o formal, a
saída não seria a informatização completa das escolas tal como a sugestão do
Government Leaders Conference, encontro ocorrido no primeiro semestre de
2001, em Seattle, sob o patrocínio da Microsoft?
Em caso afirmativo, é necessário sim, ter um plano de informatizar e conectar
todas as escolas à Internet. Este plano deve formar os professores para o novo
ambiente de ensino, evitando que os computadores fiquem ociosos por falta de
competência em utilizá-los como instrumento pedagógico ou simplesmente por não
saber realizar seus procedimentos mais elementares. Assim, a inclusão digital passa
necessariamente pela escola e por sua transformação.
54
Em contrapartida, a política de inclusão digital não pode se restringir à
escola e ao ensino formal. Com o maior uso dos equipamentos nas escolas, fica a
pergunta: e quem não está na escola ou já se formou e não possui recursos para
manter uma linha telefônica e um computador conectado à Internet?
Além da questão do acesso para enviar e receber seu correio eletrônico,
para fiscalizar seu governo, para se beneficiar de informações e serviços, para
participar de uma lista de discussões sobre um tema de sua escolha, para
distribuir seu currículo em busca de um emprego, como será possível se manter
atualizado diante de softwares e sites que estão em constante evolução e
mutação? A política de inclusão digital deve abrir outros espaços de acesso
favorecendo a universalização de serviços para a cidadania, isto é, em prol da
democratização da sociedade.
2.8. UNIVERSALIZAÇÃO DE SERVIÇOS PARA A
CIDADANIA: DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE
Para TAKAHASKI (2000, p. 31) o conceito de universalização tem caráter
evolutivo, decorrente da velocidade do desenvolvimento das tecnologias de
informação e comunicação e das novas oportunidades e assimetrias provocadas
por esse desenvolvimento – fontes de novas formas de exclusão, que devem ser
continuamente acompanhadas e consideradas.
Mas, o conceito de universalização deve abranger também o de
democratização, pois não se trata tão somente de tornar disponíveis os meios de
acesso e de capacitar os indivíduos para tornarem-se usuários dos serviços da
Internet. Trata-se, sobretudo, de permitir que as pessoas atuem como provedores
ativos dos conteúdos que circulam na rede. Nesse sentido, é imprescindível
promover a alfabetização digital, que proporcione a aquisição de habilidades
básicas para o uso de computadores e da Internet, mas também que se capacite
55
as pessoas para utilização dessas mídias em favor dos interesses e necessidades
individuais e comunitários, com responsabilidade e senso de cidadania.
SILVEIRA (2001, p. 38-40) afirma que alguns acreditam que a adoção
generalizada da solução voltada para utilização de software livre pode minorar a
dependência tecnológica de países como o Brasil. O que vem a ser software
livre? São programas abertos, ou seja, livres de restrição proprietária quanto à
sua cessão, alteração e distribuição. O Linux é um programa deste tipo e seu uso
mundial vem crescendo, amplificado pelo movimento mundial do software livre
cujo pólo dinâmico é a Free Software Foundation, ONG norte-americana. O
software livre não é necessariamente um software gratuito, e sim os custos da
aquisição desses programas que são bem menores.
A essência do software livre reside em quatro liberdades que seus usuários
devem exercer:
- liberdade de executar o programa para qualquer propósito;
- liberdade para estudar o programa e adaptá-lo às suas próprias
necessidades, ou seja, ter acesso ao seu código-fonte;
- liberdade de redistribuir suas cópias originais ou alteradas;
- liberdade para aperfeiçoar o programa e liberá-lo para benefício
da comunidade.
Sendo assim, do ponto de vista do setor público, a adoção do software livre
traz a vantagem de economizar quantias vultosas com o pagamento de licenças
de programas proprietários. Além disso, pode permitir a melhor formatação e
configuração dos softwares aos interesses da administração. A desvantagem
inicial estaria na necessidade de treinamento dos usuários e no custo do
desenvolvimento de ferramentas adequadas.
56
Segundo TAKASHAKI (2000, p. 32) é papel do Estado dedicar especial
atenção à incorporação dos segmentos sociais menos favorecidos e de baixa
renda à sociedade da informação. O Estado, nesse particular, tem a
responsabilidade de induzir o setor privado a se envolver no movimento de
universalização e a participar ativamente das ações nesse sentido. Outra função
fundamental do Estado é regulamentar as ações do setor privado. Na origem das
propostas e iniciativas dos governos e de algumas organizações civis, está o
reconhecimento da limitação das forças de mercado como propulsoras da
incorporação à vida social dos benefícios das tecnologias de informação e
comunicação. O crescimento recente da oferta de acesso gratuito à Internet por
parte dos provedores comerciais, como conseqüência do acirramento da
competição, é o elemento importante, mas não suficiente, para garantir a
universalização desse serviço.
Nos últimos anos, tem aumentado o número de iniciativas, ora com o
objetivo de acelerar a incorporação dos cidadãos às novas formas de organização
social induzidas pela tecnologia, ora no sentido de evitar que a evolução
tecnológica funcione como novo fator de exclusão social. Mesmo nos países de
economia avançada, esses objetivos têm demandado um esforço considerável
por parte dos governos em associação com a iniciativa privada.
Na maioria dos programas e propostas dos governos, a universalidade do
acesso aos serviços de Internet tem sido complementada por ações focadas em
pelo menos três grandes frentes: educação pública, informação para a cidadania
e incentivo à montagem de centros de serviço público à Internet.
Ao buscar soluções com menores custos favorecem, segundo SILVEIRA
(2001, p. 39;40), as várias iniciativas de inclusão digital que podem confluir para
a construção de uma gigantesca rede pública de comunicação, principalmente
com a criação de telecentros. Esta malha de grande capilaridade possibilitará um
maior envolvimento direto da população nas definições públicas.
57
Quanto mais telecentros instalados, maior será a possibilidade de
envolvimento direto da população nas definições essenciais do gasto público. As
pessoas poderão ser chamadas a acompanhar os fóruns eletrônicos sobre a
alocação de recursos das várias esferas de governo. Também poderão votar
eletronicamente nas prioridades que defendem.
O acompanhamento da execução orçamentária também ficará mais
próximo do cidadão, uma vez que ele terá acesso instantâneo a essas
informações, que estarão disponíveis nos sites governamentais e nos portais das
ONGs. A rede pública de comunicação ampliará a transparência da gestão estatal
e possibilitará um maior controle público e popular sobre governos.
É estratégica para defesa de uma cidadania ativa a multiplicação dos
telecentros em todas as cidades e áreas de exclusão social. O telecentro, ou
Ponto Eletrônico de Presença, ou Sala do Cidadão, ou Escola de Informática e
Cidadania é o elo que une o combate à exclusão digital e a luta pela
democratização profunda do Estado e da sociedade.
Para TAKAHASKI (2000, p. 31), fomentar a universalização dos serviços
significa, portanto, conceber soluções e promover ações que envolvam desde a
ampliação e melhoria da infra-estrutura de acesso até a formação do cidadão,
para que este, informado e consciente, possa utilizar os serviços disponíveis na
rede. As tecnologias de informação e comunicação são poderosos instrumentos
que os movimentos e os indivíduos possuem para alcançar esse fim.
58
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS
Este capítulo relata o estudo dos princípios e dos métodos da pesquisa de
campo. Para a realização da mesma, fez-se necessário adotar a metodologia de
trabalho estruturada a seguir:
3.1. ESTRATÉGIA DE PESQUISA
Para responder ao problema que norteou a presente pesquisa – qual a
forma de gestão, as barreiras, os resultados e desafios da Prodeb relativos
ao Projeto Alfabetização Digital? – bem como, para fundamentar a metodologia
e facilitar a operacionalização da pesquisa de campo, foram formulados:
3.1.1. QUESTÕES OPERACIONAIS
- Como o Projeto Alfabetização Digital é operacionalizado?
- Quais as barreiras enfrentadas pela Prodeb relativas às
parcerias, aos instrutores voluntários, aos Coordenadores das
Escolas de Informática e Cidadania e aos beneficiários?
59
- Quais os resultados obtidos com as ações do Projeto
Alfabetização Digital, sob o ponto de vista dos atores envolvidos
nesse Projeto?
- Quais os desafios a serem enfrentados pela Prodeb, visando o
fortalecimento das ações e a perenidade do referido Projeto?
3.1.2. OBJETIVO GERAL
- Fortalecer o Projeto Alfabetização Digital, mediante aos novos
planos de ação e estratégias a serem traçados decorrentes da
análise diagnóstica e da realização da pesquisa campo.
3.1.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Conhecer a forma de gestão, os resultados, barreiras e desafios
do Projeto Alfabetização Digital;
- identificar, na prática, se as ações estão alinhadas com os
objetivos propostos pelo projeto;
- criar uma sistemática de avaliações contínuas do projeto;
- produzir conhecimento e disseminá-lo no meio acadêmico, como
aluna da Pós-Graduação da Escola de Administração, da
Universidade Federal da Bahia.
Vale ressaltar que, as questões operacionais e os objetivos foram os
pilares para a construção dos instrumentos de coleta de dados, apresentados nos
apêndices desta monografia.
60
3.2. DELINEAMENTO
Pretendeu-se com esta pesquisa, realizar uma investigação de uma
realidade existente e não avaliar uma intervenção introduzida experimentalmente
numa situação. Sendo assim, o delineamento da pesquisa de campo foi investigar
a atuação da Prodeb relacionada ao Projeto Alfabetização Digital.
3.3. ABORDAGEM
A abordagem definida para esta pesquisa foi a realização de entrevistas e
aplicação de questionários.
3.4. LOCAL GEOGRÁFICO
A pesquisa de campo foi desenvolvida na cidade de Salvador-Bahia e nos
seguintes bairros:
- Centro Administrativo da Bahia - CAB, onde está localizada a
sede da empresa Prodeb e a da EIC Prodeb;
- Piatã (Bairro da Paz - Malvinas), onde está localizada a EIC
Fundação Lar Harmonia - Creche Escola Tereza Cristina;
- Patamares, onde está localizada a EIC Fundação Lar Harmonia –
Escola Integral Allan Kardeck;
61
- Imbuí – (Comunidade Bata-Facho), onde está localizada a EIC
UNEB (Museu de Ciência e Tecnologia)
- Castelo Branco, onde está localizada a EIC Unidade Prisional da
Colônia Lafayete Coutinho;
- Pituba, onde está localizada a sede Comitê para Democratização
da Informática –CDI/Bahia;
- Costa Azul, onde está localizada a Siemens Ltda, filial Bahia.
O ponto de partida da pesquisa de campo foi no Centro Administrativo da
Bahia, na sede da Prodeb, seguido dos bairros que localizam as EICs e demais
organizações e instituições parceiras integrantes do Projeto Alfabetização Digital.
3.5. POPULAÇÃO
O universo de investigação constituiu-se do Presidente e Diretor de
Desenvolvimento de Negócios da Prodeb, coordenadores do Projeto
Alfabetização Digital, coordenadores das Escolas de Informática e Cidadania
(EICs), vinculadas à Prodeb, responsáveis pelas empresas e instituições
parceiras da Prodeb, alunos atuais - beneficiários, alunos formados - ex-
beneficiários, ex-instrutores voluntários e instrutores voluntários.
Sendo assim, a população da pesquisa constituiu-se dos atores envolvidos
no Projeto Alfabetização Digital.
62
3.6. AMOSTRA
3.6.1. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DA AMOSTRA
A amostra foi selecionada intencionalmente. Para determinação do
tamanho da amostra optou-se por uma amostragem estratificada que consiste na
divisão de uma população em grupos (estratos) segundo alguma(s)
característica(s) conhecida(s) na população sob estudo e de cada um desses
estratos são selecionadas amostras em proporções convenientes. Utilizou-se para
estimar a variabilidade a proporção máxima. Assim, o processo de determinação
do tamanho da amostra fica o mesmo da amostragem aleatória simples e, desta
forma, o tamanho da amostra foi definido com base numa amostragem aleatória
simples sem reposição para uma confiança de 95% e admitindo-se um erro
máximo de 5% entre a proporção encontrada na amostra, para um
questionamento qualquer, e a verdadeira proporção populacional (Tabela 1).
Tabela 1 - Tamanho da população, amostra ideal e amostra final nos respectivos estratos
Estratos População Amostra Ideal* Amostra Final
Presidente 1 1 1
Diretor 1 1 1
Instituições Parceiras 2 2 1
Coordenadores do Projeto 2 2 2
Coordenadores das EICs 5 4 4
Instrutores Voluntários 6 4 6
Ex-Instrutores Voluntários 9 7 4
Alunos Atuais - Beneficiários 47 33 11
Alunos Formados - Ex-Beneficiários
68 50 44
Total 141 104 74 Fonte: Prodeb / Coordenação das ECIs.
* Vide o cálculo da amostra, nos Apêndices
63
Houveram perdas na coleta dos dados para alguns estratos. Para os ex-
instrutores voluntários estimamos uma perda de 42,86%. Para os alunos atuais
beneficiários estimamos uma perda de 66,67% e para os alunos formados ex-
beneficiários de 12%.
3.6.2. IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DA AMOSTRA
Como houve recusa e foi difícil o acesso a alguns indivíduos da população,
não houve seleção aleatória dos indivíduos. Sendo assim, foram considerados
para fazer parte da amostra todos os indivíduos que foram contactados,
totalizando 74 participantes da pesquisa de campo e, portanto, compondo a
amostra final, observada na Tabela 1.
3.7. INSTRUMENTOS / PROCEDIMENTOS DE COLETA DE
DADOS
3.7.1. PESQUISA DOCUMENTAL
Implicou em uma análise detalhada de diversos tipos de comunicação
escrita, impressos, arquivo historiográfico, relatórios, folhetos, disponibilizados
pela Coordenação do Projeto Alfabetização Digital. Esse método foi utilizado, pois
os documentos escritos são instrumentos informativos que transmitem sem
distorções o perfil do Projeto, da empresa responsável.
3.7.2. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Consistiu em uma análise através de livros, artigos, revistas, jornais,
publicações acadêmicas visando a construção dos fundamentos teóricos que
compõem o trabalho monográfico.
64
3.7.3. PESQUISA EM SITES
Consistiu em acessar sites específicos, objetivando efetuar download de
trabalhos publicados na Internet, bem como obter informações atualizadas sobre
o assunto, enriquecendo os fundamentos teóricos, acima referido.
3.7.4. ENTREVISTAS
As entrevistas foram feitas mediante agendamento e, intencionalmente,
não foram estruturadas. Consistiu em um contato pessoal preliminar, permitindo
acesso e registro das informações desejadas de uma maneira mais objetiva e
informal. As entrevistas serviram como alicerce para a visão global do Projeto e
foram imprescindíveis para a construção dos questionários. Essas entrevistas
foram feitas ao Diretor de Desenvolvimento de Negócio da Prodeb, diretoria a
qual o Projeto está vinculado, no momento em que foi deferido a solicitação para
estudar o Projeto Alfabetização Digital, à Coordenadora do Projeto visando
conhecer melhor todo o trabalho, às Coordenações das EICs também pela
mesma forma. Durante as entrevistas foi possível coletar informações visando
ajustar a população/amostra e a forma de acessar aos beneficiários e ex-
beneficiários do Projeto na etapa da coleta de dados.
3.7.5. QUESTIONÁRIOS
Referem-se aos instrumentos que foram utilizados entre pesquisador e os
pesquisandos. Foram construídos 9 tipos de questionários, numa formatação adequada
para serem aplicados de forma presencial ou veicular por e-mail, vide os Apêndices.
Assim discriminados:
- Questionário 1 - Perfil dos Alunos Atuais – Beneficiários, contendo
questões com respostas fechadas, algumas de múltipla escolha e com
uma questão de resposta aberta;
65
- Questionário 2 - Perfil dos Alunos Formados - Ex-Beneficiários com
a mesma estrutura do Questionário 1;
- Questionário 3 - Perfil da Alta Administração da Prodeb, contendo
questões de respostas abertas, em sua totalidade;
- Questionário 4 - Perfil da Coordenação da Escola de Informática e
Cidadania, contendo questões de respostas abertas e fechadas e com
algumas de múltipla escolha;
- Questionário 5 - Perfil da Coordenação do Projeto Alfabetização
Digital, contendo em sua maioria questões de respostas abertas e
apenas duas questões com respostas fechadas;
- Questionário 6 - Perfil dos Instrutores Voluntários foi elaborado
contendo questões de respostas abertas e fechadas de forma
equilibrada e algumas de múltipla escolha;
- Questionário 7 - Perfil dos Ex-Instrutores Voluntários, com a mesma
estrutura do Questionário 6;
- Questionário 8 - Perfil da Organização Parceira (CDI), contendo
somente questões com respostas abertas;
- Questionário 9 - Perfil da Organização Parceira (Siemens), contendo
somente questões com respostas abertas.
Os Questionários de números 8 e 9, voltados para traçar o perfil da
organização parceira, foram instrumentos de coleta diferentes e específicos
devido o foco do negócio de cada uma das organizações e do tipo de parceira
firmada com a Prodeb serem de caráter distintos.
66
O levantamento de informações e procedimentos de coleta de dados foram
realizados na Sede da Prodeb, nas sedes das próprias EICs, através de entrevistas
não estruturadas, aplicação de questionários, contatos por e-mails e telefonemas.
A aplicação dos questionários foi feita: de forma presencial aos alunos
atuais, alunos formados, coordenadores das EICs e de forma eletrônica aos
Presidente e Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Prodeb, Coordenadores
do Projeto, Organizações Parceiras, Instrutores e Ex-Instrutores Voluntários.
Durante a etapa de coleta de dados, alguns fatores impossibilitaram que a
amostra atingisse o seu tamanho ideal. São eles: a dispersão dos participantes
dessa amostra (alunos formados) devido a falta de vínculo com a EIC ao concluir
o curso, a dificuldade de acesso às residências dos mesmos, a falta de retorno
dos questionários respondidos em tempo hábil e previamente estabelecido. O
coordenador de uma EIC, embora tenha respondido o questionário, não o
entregou dentro do prazo estabelecido para a coleta de dados. Uma empresa
parceira não retornou com o questionário em tempo hábil, uma vez que
necessitava de liberação da Assessoria de Imprensa Americana da mesma, para
veicular as informações. Todos os ex-instrutores voluntários foram contactados,
havendo grande receptividade como participante da pesquisa, porém nem todos
devolveram o questionário respondido. Para traçar o perfil da alta administração
da Prodeb, em relação ao Projeto Alfabetização Digital, os questionários
encaminhados ao Presidente e ao Diretor de Desenvolvimento de Negócios foram
respondidos de forma consensual em um só instrumento de coleta, dessa mesma
forma, foi o procedimento adotado pelos Coordenadores do Projeto.
Em relação aos alunos que iniciaram o curso de informática e cidadania no
ano de 2002, na EIC da Unidade Prisional - Colônia Lafayete Coutinho fomos
informados que não chegaram a concluí-lo. Em visita à essa EIC, na ocasião da
entrevista e aplicação do questionário à Coordenação da mesma, foi constatado
que o curso havia sido interrompido, bem como da dificuldade de localizar os
alunos que faziam parte. Portanto, não foi possível a realização da coleta dos
67
dados, uma vez que os mesmos não mais se encontravam em regime de prisão e
dessa forma não participaram da amostra.
Das Escolas de Informática e Cidadania – EICs, sob a responsabilidade da
Prodeb, somente a EIC Prodeb e EIC Lar Harmonia – Creche Escola Tereza
Cristina estão em atividade, no ano de 2003 até a presente data. Os questionários
para os alunos atuais – beneficiários, somente foram aplicados na EIC Prodeb.
Em função de cumprimento de prazos e cronograma, não foi possível coletar
dados desses alunos na EIC Lar Harmonia – Creche Escola Tereza Cristina, pois
aqueles inscritos na nova turma, ainda não estavam freqüentando as aulas até a
data de encerramento dessa etapa da pesquisa.
3.8. TABULAÇÃO / TRATAMENTO ESTATÍSTICO
Para a entrada de dados, criação do banco de dados, validação, tabulação,
tratamento, geração dos gráficos visando a obtenção dos resultados estatísticos
foi utilizada a ferramenta de tecnologia da informação, voltada para a área de
estatística, o Software Spnhixs Léxica, instalado em laboratório de informática da
Escola de Administração, da Universidade Federal da Bahia.
Como as questões existentes nos questionários eram quase todas
quantitativas, os resultados observados apresentados são na maioria tabulações
simples e gráficos em números percentuais. Para as questões de múltiplas
escolhas foi considerado o percentual sobre as citações em tabelas e gráficos.
Para as questões de respostas abertas constantes nos questionários
aplicados aos estratos que foram tabulados, foi feita a categorizarão das mesmas
e o resultado estatístico também foi apresentado em tabulações simples e
gráficos em números percentuais. Porém, para os questionários aplicados,
aqueles compostos de respostas abertas e que não tiveram o tamanho da
68
amostra igual ou acima de quatro participantes, não justificou a tabulação e serão
apresentados de forma descritiva.
As informações levantadas, tiveram o objetivo unicamente estatístico e o
banco de dados gerado a partir dos dados coletados não identifica os
informantes, bem como os resultados aqui apresentados que foram veiculados de
forma agregada.
69
4. ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS
Este capítulo descreve a análise estatística de dados, utilizada para
responder ao problema, questões operacionais e objetivos geral e específicos que
nortearam a pesquisa de campo. Será apresentada em dois grupos, conforme os
seguintes requisitos:
- análise estatística qualitativa;
- análise estatística quantitativa.
4.1. ANÁLISE ESTATÍSTICA QUALITATIVA
Para os questionários com respostas abertas (questionários qualitativos),
aplicados aos estratos da população com tamanho da amostra inferior a quatro,
não foi feita a categorização das respostas e, conseqüentemente, a tabulação das
mesmas. Nesse caso, os resultados estatísticos serão apresentados de forma
descritiva. São os seguintes estratos: Presidente e Diretor de Desenvolvimento de
Negócio da Prodeb, Coordenadores do Projeto e Organizações Parceiras.
70
4.1.1. ALTA ADMINISTRAÇÃO DA PRODEB
A Prodeb, empresa vinculada à Secretaria de Administração do Estado da
Bahia – SAEB, fomenta o Projeto Alfabetização Digital com a proposta de ação
social voltada para a causa de Inclusão Digital e coordenado pela Diretoria de
Desenvolvimento de Negócios.
É pertinente mencionar que, a alta administração da Prodeb é composta
por Diretor Presidente (PR), Diretoria de Desenvolvimento de Negócios (DDN),
Diretoria de Sistemas e Serviços (DSS), Diretoria de Suporte e Operações (DSO)
e Diretoria de Administração e Finanças (DAF). Entretanto, a população,
intencionalmente definida pelo pesquisador, somente envolveu o Presidente e o
Diretor de Desenvolvimento de Negócios como participantes da coleta de dados.
O instrumento de coleta de dados aplicado para cada um, foi respondido,
consensualmente, em um único instrumento.
4.1.1.1. Perfil da Alta Administração da Prodeb
Foi informado pela alta administração da Prodeb, que os motivos que
levaram esta empresa a criar o Projeto Alfabetização Digital deveu-se ao
interesse em implantar um projeto voltado para Responsabilidade Social, em
aproveitar a idealização e motivação de alguns colaboradores da empresa nesse
sentido, o conhecimento do trabalho da ONG CDI nessa linha de atuação, bem
como o conhecimento da experiência da Siemens Ltda em projetos de
responsabilidade social. Pautada nestes motivos, a Prodeb, através da Diretoria
de Desenvolvimento de Negócios, articulou as parcerias para alavancar o projeto
até a sua concepção.
O projeto vem sendo gerenciado através da dedicação de parte do tempo
de um Gerente de Projeto, da dedicação integral de um estagiário ambos lotados
em área subordinada à diretoria referida no parágrafo acima. Também, é
gerenciado através de acompanhamento dos relatórios, pela Diretoria de
Desenvolvimento de Negócios. É viabilizado financeiramente com a formação de
71
parcerias, sem nenhum desembolso da Prodeb, além da disponibilização de
horários dos colaboradores da empresa que atuam, como voluntários, tanto na
parte administrativa como na instrutoria das aulas de informática e cidadania.
Para que o projeto seja operacionalizado, é necessário a identificação e
aprovação do local para a abertura das EICs e dos parceiros. Em seguida, são
assinados os termos de compromissos entre as partes envolvidas, isto é, entre a
instituição beneficiada, ONG CDI, Prodeb e instrutor voluntário. Ainda assim, é
necessário a capacitação dos instrutores da Prodeb pelo CDI, a implantação da
infra-estrutura pela Prodeb (apoiada pelos parceiros, fornecedores, voluntários),
o agendamento dos horários das aulas (conciliados com as atividades
profissionais) e o acompanhamento pela Prodeb.
Sob o ponto de vista da alta administração, não foram mencionadas as
desvantagens em relação ao Projeto Alfabetização Digital. Entretanto, as
vantagens e os resultados internos relacionados aos negócios da empresa e aos
voluntários, são os seguintes: melhoria da imagem e do clima organizacional. Em
relação às empresas concorrentes do ramo de tecnologia, por parte da Prodeb,
ainda não foram observadas diferenças nos resultados financeiros obtidos em
seus negócios, por estar atuando de forma socialmente responsável. Sendo o
curso de informática e cidadania extensivo aos filhos de funcionários com menor
faixa salarial, ainda não foi possível medir os resultados internos que a Prodeb
obtém, especificamente, em relação a esses funcionários que tiveram o privilégio
dos filhos estudarem na EIC.
É pertinente informar que, a Prodeb ao atuar com as empresas parceiras, o
CDI e Siemens Ltda, por exemplo, obteve os seguintes resultados: sinergia,
sensibilização e motivação de voluntários, utilização de um modelo de gestão e
metodologia pedagógica de sucesso, apoio na doação de equipamentos,
visibilidade do projeto e maior facilidade e agilidade na implantação das EICs.
Atualmente, a Prodeb atua acompanhando as EICs implantadas e sensibilizando
novos voluntários. Entretanto, acredita que o projeto também possa cada vez
72
mais se aprimorar e aproximar do cidadão, com ações implementadas pelas
próprias instituições beneficiadas.
A Prodeb, por ser uma empresa da esfera da administração pública,
prestando serviços na área de tecnologia da informação pode, juridicamente,
mobilizar outras empresas e realizar campanhas de doação e de arrecadação de
recursos de tecnologia de informação e comunicação, necessários para o
aperfeiçoamento, ampliação e criação de EICs. Sendo assim, quanto à captação
de recursos para esse projeto a Prodeb busca parcerias diversas, principalmente
de doação de equipamentos de informática.
As campanhas voltadas para a divulgação desse Projeto ainda estão
concentradas no âmbito interno da empresa e relacionadas à sensibilização dos
voluntários, através de e-mails, cartazes, reuniões, palestras, eventos, matérias
no Biponline (jornal eletrônico da empresa).
A falta de uma divulgação e mobilização mais incisiva de voluntários e a
desmobilização acentuada pelo desligamento de alguns colaboradores das ações
de cidadania do projeto, são ameaças identificadas pela alta administração.
Portanto, é visto como oportunidade as ações para melhorar a divulgação,
aumentar a valorização dos voluntários integrantes do projeto, criar momentos de
encontro com os mesmos para troca de experiências, críticas e sugestões.
Conforme foram identificados pela alta administração, o projeto apresenta
pontos fracos tais como: ausência de indicadores de qualidade e um
acompanhamento tímido das ações e resultados do mesmo. Entretanto, foram
apontados os seguintes pontos fortes: o projeto ter sido criado mediante idéia de
colaboradores da própria empresa, a rapidez na implantação de uma EIC, bem
como a forma que a empresa mobiliza os voluntários.
Como fatores críticos de sucesso para a consolidação e perenidade desse
projeto, além das oportunidades já mencionadas, foram considerados: ampliar e
fortalecer a divulgação interna e criar indicadores de qualidade.
73
A partir de 2003, ações para aumentar o número de instrutores voluntários
e o número de turmas otimizando o uso das salas de informática implantadas nas
EICs, bem como medir a qualidade são os desafios primordiais a serem
enfrentados pela Prodeb em relação ao Projeto Alfabetização Digital.
4.1.2. COORDENAÇÃO DO PROJETO
O Projeto Alfabetização Digital encontra-se sob a coordenação de uma
Gerência de Negócio, especificamente, sob a responsabilidade de um Gerente de
Projetos, ambos atuantes em área ligada à Diretoria de Desenvolvimento de Negócios.
Para a população, intencionalmente definida pelo pesquisador, o Gerente
de Negócios e o Gerente de Projetos foram considerados como os
Coordenadores e os participantes da coleta de dados. Os questionários aplicados
para cada um, foi respondido, consensualmente, em um único instrumento.
4.1.2.1. Perfil da Coordenação do Projeto
Mediante a coleta de dados advinda desse estrato da população, é
enriquecedor mencionar mais informações de como o Projeto Alfabetização foi
concebido. No primeiro semestre de 2001, um pequeno grupo de funcionários da
Prodeb, motivado pela palestra Responsabilidade Social, promovida pela
empresa, teve a iniciativa de fazer uma mobilização para desenvolver um trabalho
social, que, nesse momento, ainda não estava delineado. Depois de algumas
reflexões e providências desse grupo, foram sendo montados determinados
elementos que vieram a compor a íntegra do projeto e com a finalidade de reduzir
o analfabetismo digital. Os principais elementos foram: as doações dos
equipamentos vindas de fornecedores, os instrutores que são funcionários
voluntários e a adoção da metodologia pedagógica disponibilizada pelo CDI.
Desde o início, a alta administração da empresa foi comunicada e procurada,
mostrando-se muito receptiva e incentivadora. Durante algum tempo, o projeto
não tinha um cunho institucional, mas logo em seguida, foi acolhido com muito
empenho pela empresa vindo a se chamar Projeto Prodeb Cidadania. Atualmente,
74
esse projeto passou a se chamar Programa Prodeb Cidadania e que é composto
de dois projetos: Projeto Alfabetização Digital, que é o objeto de estudo desta
pesquisa de campo e o Projeto Instituições Beneficentes.
As articulações das parcerias para alavancar o projeto em questão,
também foram feitas pelos funcionários voluntários, numa abordagem direta com
as empresas tendo as solicitações atendidas. Nesse momento, não houve a
necessidade de formalizar a parceria da Prodeb com as empresas doadoras de
equipamentos nem com o CDI. Posteriormente, foram introduzidos 3 instrumentos
jurídicos que legalizam as parcerias quanto a criação e funcionamento das EICs,
assim descritos: Convênio de Parceria entre a Prodeb e as instituições
beneficiadas (instituições que adotaram e mantêm as EICs), Termo de
Compromisso entre as instituições e o CDI, Termo de Adesão entre o voluntário e
a Prodeb.
Não existe contribuição financeira de nenhuma das partes envolvidas,
conforme já foi afirmado pela alta administração. O projeto é viabilizado, também,
ao se utilizar os recursos da Prodeb tais como: equipamentos, copiadora,
colaboradores. Ainda não foi atribuído um orçamento específico para o projeto.
Vale mencionar, a valiosa contribuição da empresa em eventos com palestras e
ações de divulgação.
Ratificando as afirmações já registradas e acrescentado outras, o Projeto
Alfabetização Digital é operacionalizado através da coordenação das ações pelo
Gerente de Projetos e através da execução de atividades operacionais por um
estagiário da área de Marketing que atua com dedicação exclusiva e sob a
orientação e supervisão do coordenador do projeto. O estagiário é mantido pela
Prodeb e o mesmo utiliza os recursos físicos e materiais da empresa a qual
presta serviços. O Gerente de Negócio, ao qual o Gerente de Projeto está
vinculado, também tem um ativo envolvimento. Porém, existem alguns momentos
em que o volume de atividades aumenta em paralelo com as atividades da
empresa, dificultando a execução das atividades do projeto social. Portanto, a
75
dedicação exclusiva para as atividades do projeto fica um pouco comprometida,
mas não chega a causar nenhum impacto negativo no andamento do mesmo.
Do ponto de vista dessa Coordenação, a situação atual do projeto em
relação às EICs é distinta uma vez que nem todas estão em pleno funcionamento.
As EICs da sede da Prodeb e da Fundação Lar Harmonia – Creche Escola
Tereza Cristina encontram-se em pleno funcionamento. Entretanto, a EIC Presídio
Lafayete Coutinho necessita ser reativada, sendo que depende muito mais de
ações da instituição beneficiada, do que da Prodeb. Quanto à EIC Fundação Lar
Harmonia – Escola Integral Allan Kardec existe por parte da Prodeb esforços
visando realinhamento dos propósitos da instituição beneficiada com os objetivos
do projeto, isto é, negociações fundamentais para a reativação da mesma. Devido
a reforma do Museu de Ciência e Tecnologia onde estava instalada a EIC UNEB
– Comunidade do Bate Facho, houve a necessidade de descontinuar essa escola
e efetivar a retirada dos equipamentos.
A EIC da sede da Prodeb foi concebida aliando-se a oportunidade de
criação do projeto à um antiga iniciativa da empresa em prover capacitação
profissional para os filhos dos empregados com baixos salários. Vem sendo
gerenciada da mesma forma que as demais, através de uma Coordenação e
conta, também, com o apoio da Coordenação do Projeto. É viabilizada
financeiramente através dos recursos da Coordenação de Desenvolvimento de
Pessoal – Codep e adota a mesma filosofia de funcionamento como as demais.
No presente momento, não tem se buscado parcerias para abertura de
novas EICs, porém, foi solicitada a colaboração da Prodeb na montagem de uma,
mas ainda encontra-se em processo de negociação. Houve necessidade da
Prodeb tomar a iniciativa de montar uma outra, decorrente à relocação dos
computadores que foram retirados da EIC UNEB - Comunidade Bate Facho,
todavia o processo ainda está em trâmite.
Quanto aos instrutores voluntários, a Coordenação tem mantido contatos
ocasionais, quando é preciso e sem nenhuma dificuldade para realizá-los. Porém,
76
é imprescindível sistematizar esses contatos visando otimizar o acompanhamento
das atividades voluntárias que a eles competem. Atualmente, esse
acompanhamento só é feito por um voluntário, atendendo a uma pequena parte
do projeto. Tal situação, evidencia que se faz necessário mobilizar e conquistar
novos voluntários de acompanhamento, estratégia para correção de erros e busca
de soluções no surgimento de entraves ou problemas, que, anteriormente já
aconteceram e sem o conhecimento da coordenação do projeto, acarretaram no
afastamento de alguns instrutores.
Em relação à Diretoria de Desenvolvimento de Negócios, a Coordenação
do Projeto não enfrenta nenhuma barreira, ao contrário, todas as solicitações
feitas são atendidas com grande empenho. Entretanto, com a empresa parceira,
Siemens, foi constatado que não houve um acompanhamento do projeto, isto é o
apoio logístico por parte da mesma e a sua contribuição ficou caracterizada como
pontual, na doação de equipamentos e atualmente contando apenas com um
instrutor voluntário, dos cinco que integravam o projeto. Em relação à parceria
com o CDI, as barreiras enfrentadas são decorrentes da falta de disponibilidade
de tempo dos envolvidos para prestar a assessoria com mais freqüência
decorrente da sobrecarga das demandas e da deficiência de pessoal identificada
na sua estrutura. Mesmo assim e na medida do possível, o CDI através de seus
técnicos, sempre estão solícitos e bastante empenhados em atender as
demandas da Prodeb.
Foram apontadas como barreiras enfrentadas pela coordenação do projeto
em relação aos Coordenadores das EICs (instituições beneficiadas), a dificuldade
de empenho de alguns deles e do entendimento das suas reais atribuições e
competências definidas nos instrumentos jurídicos, a falta de comunicação
sistematizada. Pretende-se que tais barreiras sejam vencidas com a conquista de
novos voluntários de acompanhamento.
Foi mencionado como vantagem, as ações voltadas para contribuir com a
diminuição do analfabetismo digital das comunidades locais e como
77
desvantagem, o baixo alcance na promoção desse benefício, pois os recursos
disponíveis são limitados.
Como resultados que a Coordenação do Projeto obtém ao atuar com as
parcerias foi evidenciado que em relação à Siemens, a viabilização dos
equipamentos doados e atividades de instrutoria. Em relação ao CDI, a
viabilização do modelo de gestão das EICs e da metodologia pedagógica. Ao
atuar com as Coordenações das EICs, os resultados obtidos são: distribuição e
descentralização das tarefas operacionais pertencentes e específicas de cada
EIC, maior proximidade com a comunidade beneficiada e acompanhamento mais
constante das tarefas operacionais e de gestão da EIC.
Sob a responsabilidade da Prodeb, os procedimentos adotados para a
criação de uma nova EIC são: prover a aquisição dos equipamentos, montar e
instalar os equipamentos na sala de informática da EIC, orientar a instituição
beneficiada quanto à gestão, treinar os instrutores, fornecer uma cópia das
apostilas (em papel ou em meio magnético) e realizar regularmente o
acompanhamento das atividades. É pertinente mencionar as competências das
partes envolvidas na abertura de uma EIC. À alta administração da Prodeb,
compete dar apoio às solicitações de contatos externos e autorizar a utilização
dos recursos internos já disponíveis pela empresa. À Coordenação do Projeto,
compete promover todos os recursos necessários para a montagem e
acompanhamento das EICs, bem como procurar meios de melhoria do projeto
como um todo. Aos coordenadores das EICs, competem realizar todo o
acompanhamento do curso, desde a seleção dos candidatos, montagem das
turmas, até o provimento de material para as aulas. Aos instrutores voluntários,
compete planejar e ministrar as aulas e por fim ao CDI, compete ministrar
treinamento pedagógico para os instrutores, orientar na montagem e no
gerenciamento das EICs. Como o projeto está carente de voluntários de
acompanhamento, a gestão dos compromissos assumidos pelas partes
responsáveis e envolvidas no funcionamento da EIC, discriminados nos
instrumentos jurídicos, ainda acontece de forma muito incipiente.
78
Ao tomar conhecimento de que alguns instrutores voluntários se
desligaram do Projeto, foi informado que: mudança de empresa a qual exercem
as atividades profissionais, sobrecarga de trabalho impossibilitando conciliar as
atividades da empresa com as ações voluntárias, desvínculo com a própria
empresa, falta de identificação pessoal com a atividade de instrutoria são as
causas que acarretaram esse desligamento por parte dos ex-instrutores da
Prodeb. Em relação aos ex-instrutores da Siemens, somente é do conhecimento
da coordenação do projeto que um dos quatro que se afastou, deveu-se ao
envolvimento com outras atividades de voluntariado em horários mais adequados
à sua disponibilidade de tempo.
Segundo a avaliação feita pelo coordenador do projeto, os aspectos
voltados para a mobilização da clientela, a definição dos pré-requisitos para
instrutor e o relacionamento com a alta administração são de ótima conceituação.
Foram considerados como bons procedimentos: a forma como se dá a
mobilização do instrutor voluntário, canal de divulgação utilizado, modelo de
gestão da EIC, curso de instrutor, duração do curso de instrutor, perfil profissional
do instrutor, duração do curso de informática, utilização da sala de aula da EIC e
relacionamento com o instrutor voluntário. Entretanto, foi considerado como
regular os aspectos relacionados à captação de recursos, mobilização de
parceiro, relacionamento com a Coordenação da EIC e relacionamento com o
CDI. O número de instrutores e a questão de acompanhamento técnico-
pedagógico são dois aspectos tidos como ruins atualmente.
As sugestões de melhoria feitas para alguns dos aspectos conceituados
como regular e ruim e que visam fortalecer o Projeto Alfabetização Digital são:
- realização de eventos, visitas nas empresas de informática e firmar
parceria com outras empresas, são ações que precisam ser
adotadas para melhorar a captação de recursos;
- ampliação do número de instrutores para 20, visando atender com
folga a demanda atual;
79
- avaliação do professor por módulo, acompanhamento do conteúdo
programático e acompanhamento da freqüência do instrutor, são
ações em busca de efetividade para o acompanhamento técnico-
pedagógico ideal.
Sob o ponto de vista da Coordenação do Projeto, a partir de 2003, ações
voltadas para firmar o processo de acompanhamento, criar indicadores para
medir a qualidade do projeto, reativar três EICs, conquistar mais voluntários de
acompanhamento e de instrutoria, criar sistemáticas para aumentar proximidade
com os Coordenadores das EICs, voluntários e parceiros são vistos como
desafios a serem enfrentados pela Prodeb.
4.1.3. ORGANIZAÇÕES PARCEIRAS
Para viabilizar a criação e funcionamento das Escolas de Informática e
Cidadania, a Prodeb conta com a parceria de organizações privadas do ramo de
tecnologia de informação e comunicação, instituições que adotam as EICs e
organizações não governamentais (ONGs), como por exemplo o Comitê para
Democratização de Informática - CDI, que mantém mais de 300 escolas de
computação espalhadas pelo Brasil e que presta assessoria técnica à Prodeb
referente ao Projeto Alfabetização Digital.
Os equipamentos foram doados pela Siemens, que também prestou apoio
logístico e metodológico às EICs. As redes de computadores das escolas,
contaram com a doação de equipamentos da Enterasys e da 3COM Corporate,
multinacionais da área, e da Bahia Cabos, que doou materiais de cabeamento.
Algumas das organizações parceiras, mencionadas acima, apoiaram a
Prodeb de forma pontual, específica e descontinuada. Somente duas delas atuam
de forma perene e, portanto, foram considerados para fazer parte da população a
ser pesquisada: a ONG CDI e a Siemens.
80
Os instrumentos de coleta de dados construídos para aplicar ao CDI e a
Siemens foram distintos, em função do foco de negócio e da participação de cada
um desses parceiros no projeto não serem iguais.
Os questionários encaminhados e aplicados aos responsáveis pelas
organizações parceiras, com sede na Bahia, foram respondidos, porém, somente
foram tratados os resultados da ONG CDI. Quanto as informações prestadas pela
Siemens, tiveram que ser encaminhadas para autorização da Assessoria de
Imprensa Americana, por se tratar de uma organização multinacional. Até o
presente momento não foram disponibilizadas.
4.1.3.1. Perfil da Organização Parceira – CDI
O Comitê para Democratização da Informática – CDI atua na Bahia
ministrando treinamento para reciclar educadores das antigas Escolas de
Informática e Cidadania (EICs) e capacitar os educadores e coordenadores das
novas EICs. Além disso, faz o acompanhamento de todas as EICs através de
visitas mensais.
Na intenção de conquistar novos parceiros o CDI realiza, constantemente,
contatos com empresas para apresentação da ONG, além da solidificação do
relacionamento com as parcerias já existentes.
Uma outra vertente de trabalho do CDI é o atendimento a voluntários. É
grande o número de pessoas interessadas em colaborar com o CDI e para isso é
preciso atendê-las e ajustar o interesse, o potencial com as demandas da ONG.
O CDI-BA visita novas entidades que querem implantar uma EIC. Depois
da visita, é preciso avaliar as condições e critérios de seleção para definir se a
entidade tem ou não o perfil para adotar uma escola.
81
Com relação à manutenção técnica dos equipamentos de informática, o
CDI-BA conta hoje com um técnico voluntário que recebe as máquinas e as
repara para em seguida serem levadas para uma EIC.
O CDI foi procurado pela Prodeb para apoiar o Projeto Alfabetização Digital, o
qual foi de seu interesse e, portanto, acatou a proposta para seu Programa de
Cidadania. Uma vez criado tal vínculo e conhecendo o envolvimento de toda a
empresa para com a causa, aconteceu automaticamente a mútua colaboração.
Para operacionalizar esse projeto, as parcerias são firmadas e
formalizadas através de um termo de compromisso assinado entre o CDI e a
Prodeb e entre o CDI e as entidades beneficiadas.
Sob o ponto de vista financeiro, a parceria do CDI com a Prodeb não
acontece nem com doação e nem repasse financeiro da Prodeb para o CDI. O
que existe é um trabalho voluntário e a auto-sustentabilidade das Escolas de
Informática e Cidadania. Para mantê-las, as próprias entidades que as sediam
(instituições beneficiadas) se responsabilizam pelos custos de material e
manutenção dos equipamentos. E com relação aos educadores, essas EICs
contam com a colaboração voluntária de alguns funcionários da Prodeb, da
Siemens que conduzem as aulas e as atividades das EICs.
As obrigações firmadas entre o CDI e a Prodeb são: a Prodeb é
responsável pelo acompanhamento das 5 EICs fruto dessa parceria, enquanto o
CDI se responsabiliza pela capacitação e reciclagem dos educadores e
coordenadores das EICs.
O perfil profissional e demais requisitos que são exigidos pelo CDI para
que o voluntário seja instrutor de uma Escola de Informática e Cidadania – EIC é
que os candidatos tenham conhecimento básico das ferramentas computacionais
e de preferência com formação em nível superior. É necessário conhecimento de
didática e/ou goste de ensinar. Entretanto, o ideal é que o voluntário tenha
82
experiência com trabalho social, que se identifique ou tenha simpatia com a
causa, consistindo portanto em um dos principais requisitos.
O curso voltado para os instrutores voluntários da Prodeb consiste em um
treinamento com duração de um mês e carga horária de 20h, momento em que a
proposta político-pedagógica do CDI é apresentada. Em seguida, é colocada em
prática com o desenvolvimento de um produto final, trabalhado em um dos
programas escolhidos pela turma, como por exemplo: um jornal utilizando o Word,
apresentações elaboradas através do Power Point dentre outras sugestões. Além
da proposta político-pedagógica, trabalha-se com as noções de didática,
conceitos de cidadania e comandos da informática.
Além de instrutores voluntários, outros profissionais devem ser capacitados
para atuarem nas EICs, com o objetivo de que as ações desse projeto sejam
fortalecidas. Nessa perspectiva, o outro profissional importante desse projeto é o
coordenador da EIC. Ele tem o papel de garantir a autogestão e a auto-
sustentabilidade da escola. Para isso, ele é capacitado pelo CDI e a atuação é
acompanhada através de visitas mensais, orientando-o como e onde captar
recursos, como gerir as atividades operacionais (matrícula e seleção, evasão dos
alunos e instrutores, aquisição e reposição de material de apoio, relacionamento
com os educadores/alunos e a manutenção técnica das máquinas).
Dentro da sistemática de cursos ministrados pelo CDI, a reciclagem dos
instrutores é prevista e imprescindível. Na Faculdade Integrada da Bahia - FIB,
mediante a parceria dessa faculdade com o CDI ao ceder um laboratório de
informática, acontece todos os tipos de treinamentos. O foco principal dos
treinamentos para reciclagem está voltado para novas idéias, novos temas sobre
cidadania e sugestões de produtos finais que possam ser desenvolvidos nas
EICs, tanto pelos coordenadores, educadores como pelos educandos.
É papel do CDI supervisionar os trabalhos que são realizados nas EICs.
Porém, em relação as EICs que estão inseridas no Projeto Alfabetização Digital, a
supervisão se dá de forma indireta. É de responsabilidade da coordenação do
83
projeto – Prodeb supervisioná-las diretamente. É necessário que a Prodeb
repasse um relatório para o CDI contendo informações sobre o andamento
dessas escolas. Nesse caso específico, eventualmente, o CDI faz uma visita às
entidades beneficiadas.
Existem algumas barreiras que o CDI enfrenta em relação à Coordenação
do Projeto Alfabetização Digital, em prol do ensino de cidadania e informática.
Uma delas é que o CDI, atualmente conta com uma pequena equipe para
acompanhar mais de 30 EICs na Bahia, dentre elas, algumas no interior e por isso
a assessoria técnica não acontece com muita freqüência. Devido a esse motivo a
reciclagem e o acompanhamento que demandam muita dedicação e proximidade,
ficam prejudicados, contudo não deixam de acontecer. Entretanto, acarretam
dificuldades para o fortalecimento da proposta político-pedagógica (aliança entre
cidadania e informática), uma vez que é preciso reciclar, reforçar e insistir com
essa proposta, desafiadora para muitos educadores.
Em relação ao Projeto Alfabetização Digital, o CDI identifica alguns pontos
fracos tais como: pouca comunicação do parceiro com o CDI, com a coordenação
das EICs e poucas visitas (in loco) às entidades parceiras (rotinas de
acompanhamento). Por outro lado, os pontos fortes são identificados como
interesse e seriedade da Prodeb com a causa de inclusão digital, dedicação dos
voluntários e demais envolvidos mesmo diante das barreiras e dificuldades
enfrentadas, principalmente, por parte dos instrutores que, em sala de aula
absorvem uma significativa carga de responsabilidade e desafios demandados
pelo projeto.
O CDI ao atuar como parceiro da Prodeb aponta como vantagem, o apoio
recebido registrado nas matérias publicadas (site, jornal eletrônico, mídia),
credibilidade, visibilidade, relacionamento com outras entidades da sociedade civil
e do governo. Não identifica desvantagens nessa parceria, embora justifique a
dificuldade de disponibilidade de tempo e de pessoal do CDI para maior
aproximação, realização de encontros e trocas de experiências, mas isso
acontece com outros parceiros, não é específico dessa parceria.
84
A possibilidade do CDI em divulgar seus trabalhos para a sociedade devido
aos eventos que realizou com o apoio da Prodeb, de ter seu site (CDI-Ba)
construído pela equipe técnica da Prodeb, além de obter contribuição para
expandir o seu trabalho, especificamente na Bahia, são vistos como resultados
positivos obtidos ao atuar como organização parceira da Prodeb.
Para fortalecer essa parceria, o CDI sugere à Coordenação do Projeto –
Prodeb, adotar uma sistemática que favoreça maior aproximação com o CDI,
divulgando e encaminhando os resultados obtidos com as EICs através de
relatórios, registros diversos, uma vez que o tamanho reduzido da equipe, gera
dificuldades para o CDI em fazer contatos, indo até o parceiro. Vale ressaltar que,
o CDI está em busca de novas parcerias visando ampliar a equipe técnica e,
conseqüentemente, intensificar as ações de assessoria.
Formar multiplicadores da proposta político-pedagógica, isto é, trabalhar
para que os próprios educadores e coordenadores (funcionários voluntários e/ou
da comunidade) possam exercer um papel mais direto na EIC e na comunidade,
repassando a metodologia e novos conhecimentos para os educandos
interessados, sem depender exclusivamente do CDI, é uma das ações que
podem ser implementadas com o propósito de aprimorar e aproximar cada vez
mais o Projeto Alfabetização Digital ao cidadão. Vale salientar que, o
desenvolvimento de produtos finais que tenham aplicabilidade e que venham
gerar impacto positivo na comunidade em que a EIC está implantada,
contribuindo com o desenvolvimento sustentável local, são estratégias
consideradas como uma das principais vertentes da atuação do CDI.
Portanto, primar pela qualidade do trabalho nas EICs existentes, assegurar
em sala de aula a aplicação da proposta político-pedagógica (cidadania +
informática), manter proximidade e envolvimento com as partes, efetuar o
acompanhamento e prestar assessoria de forma regular, preparar multiplicadores,
assegurar as conquistas dos educandos e trocar experiências com outras EICs
são considerados pelo CDI como ações importantes voltadas para a correção de
rumo, feedback, retroalimentação visando a perenidade e ampliação do projeto.
85
4.2. ANÁLISE ESTATÍSTICA QUANTITATIVA
Foram tabulados os questionários com respostas fechadas e abertas
(categorizadas), porém aqueles aplicados aos estratos da população, com
tamanho da amostra igual ou superior a quatro. São eles: 4 alunos atuais –
beneficiários, alunos formados – ex-beneficiários, instrutores voluntários, ex-
instrutores voluntários e coordenadores das EICs.
4.2.1. ALUNOS ATUAIS - BENEFICIÁRIOS
Desde o início do ano de 2003 até a presente data, sob a responsabilidade
da Prodeb, existem duas Escolas de Informática e Cidadania (EICs), em
atividade: EIC Prodeb e EIC Lar Harmonia – Creche Escola Tereza Cristina.
Em decorrência do cumprimento de prazos para a coleta de dados, não foi
possível aguardar o retorno dos questionários da EIC Lar Harmonia – Creche
Escola Tereza Cristina para esta etapa do trabalho, uma vez que até a época da
coleta de dados somente um aluno estava freqüentando as aulas e o mesmo não
respondeu ao questionário em tempo hábil. Vale ressaltar que, essa EIC atende a
comunidade das Malvinas, do Bairro da Paz - Piatã, isto é, jovens e adultos
familiares das crianças abrigadas na referida Creche.
A análise estatística dos dados foi baseada na aplicação dos questionários
feita na EIC Prodeb, onde foram coletados 11 questionários até a data final
prevista para encerramento dessa etapa. Nessa EIC, os alunos atuais –
beneficiários são filhos dos funcionários dessa empresa que encontram-se
situados na menor faixa salarial de contribuição de benefícios.
Para quaisquer uma das EICs que compõem o Projeto Alfabetização
Digital, os beneficiários devem estar regularmente matriculados nos ensinos
fundamental ou médio. As ações para a cidadania visam proporcionar, o
conhecimento básico e indispensável para o uso do computador e aplicativos,
86
como ferramentas que facilitem, auxiliem e complementem o aprendizado formal
do ensino regular, alternativa de educação profissionalizante, visando o ingresso
em condições mais iguais, desses indivíduos no competitivo mercado de trabalho.
As EICs diferem em relação ao público-alvo.
4.2.1.1. Perfil dos Alunos Atuais - Beneficiários
A distribuição da variável idade revela que a maioria dos alunos atuais
beneficiários tem entre 14 -16 (36,4%) e 16-18 (36,4%) anos. (Tabela 2 e Gráfico 1).
Tabela 2 - Distribuição da idade (em anos) dos alunos atuais beneficiários
Idade Freqüência %
10 |– 12 1 9,1
12 |– 14 1 9,1
14 |– 16 4 36,4
16 |– 18 4 36,4
18 |– 20 1 9,1
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
9%
37%
36%
9% 9% 10 |– 12
12 |– 1414 |– 16
16 |– 18
18 |– 20
Gráfico 1 - Percentual dos Alunos Atuais - Beneficiários segundo faixa etária
87
Constatamos que nenhum dos alunos atuais beneficiários residem no
mesmo bairro da EIC em que estudam e que 63,6% são do sexo masculino e
36,4% do sexo feminino (Tabela 3, Gráfico 2).
Tabela 3 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo o sexo
Sexo Freqüência %
Masculino 7 63,6
Feminino 4 36,4
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
36,4%
63,6%
Feminino
Masculino
Gráfico 2 - Distribuição das respostas dos Alunos Atuais Beneficiários segundo o sexo
Nenhum dos alunos atuais beneficiários pesquisados exerciam atividade
laboral na época da pesquisa.
88
Constatamos que as maiores dificuldades encontradas para conseguir
trabalho são: não ter profissão definida (40,0%), pouca oferta de trabalho (20,0%),
baixa escolaridade (10,0%) e falta de conhecimento em informática (10,0%)
(Tabela 4 e Gráfico 3).
Tabela 4 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo dificuldade para conseguir trabalho
Dificuldades para conseguir trabalho Freqüência %*
Não tenho profissão definida 4 40,0
Pouca oferta de trabalho 2 20,0
Falta de conhecimento em informática 1 10,0
Baixa escolaridade 1 10,0
Não encontro (ei) dificuldade - -
Local de residência - -
Outros 2 20,0
Total 10 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
40,0%
10,0%20,0%
10,0%
20,0%Não tenho profissão definida
Baixa escolaridade
Pouca oferta de trabalho
Falta de conhecimento em informática
Outro
Gráfico 3 - Percentual das dificuldades dos Alunos Atuais – Beneficiários para conseguir trabalho
89
4.2.1.2. Porque Resolveu Fazer o Curso
O apredizado da informática concentra 40,0% dos indivíduos pesquisados,
seguido da questão capacitação profissional com a opção - para conseguir
emprego com 25,0%, 10,0% fazem o curso por que gosta de informática, 10,0%
optaram pelo curso para adquirir conhecimentos de cidadania, seguido de 10,0%
que escolheram o curso por sugestão dos pais e 5,0% para ocupar o tempo livre
(Tabela 5, Gráfico 4).
Tabela 5 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo opção pela escolha do curso
Porque resolveu fazer o curso Freqüência % *
Porque é muito importante aprender informática 8 40,0
Para conseguir emprego 5 25,0
Gosta de informática 2 10,0
Obter conhecimentos de cidadania 2 10,0
Por sugestão dos pais 2 10,0
Para ocupar o tempo 1 5,0
Porque a comunidade ofereceu - -
Porque a escola/creche ofereceu - - Total 20 100
Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
10,0%
10,0%
5,0%
10,0%
25,0%
40,0%
Gosta de informática
Obter conhecimentos de cidadania
Para ocupar o tempo
Por sugestão dos pais
Para conseguir emprego
Porque é muito importante aprender informática
Gráfico 4 - Percentual dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a questão: Por que
resolveu fazer esse curso?
90
4.2.1.3. O Curso e a Vida Escolar
No que tange a vida escolar dos Alunos Atuais – Beneficiários,
constatamos que 61,5% já estudavam antes de iniciar o curso, 30,8% precisa
estar estudando para fazer o curso e apenas 7,7% pararam de estudar durante o
curso (Tabela 6, Gráfico 5).
Tabela 6 - Distribuição dos Alunos Atuais Beneficiários segundo a questão: O curso e sua vida escolar?
O curso e sua vida escolar Freqüência %*
Você já estudava antes de iniciar o curso 8 61,5
Você precisa estar estudando para fazer o curso 4 30,8
Você parou de estudar durante o curso 1 7,7
Você parou de estudar antes de iniciar o curso - -
Você voltou a estudar durante o curso - -
Total 13 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
30,8%
7,7%61,5%
Voce precisa estar estudando para fazer o curso
voce parou de estudar durante o curso
voce já estudava antes de iniciar o curso
Gráfico 5 - Percentual dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo o curso e a vida escolar.
91
4.2.1.4. O Curso e a Vida Profissional
No que tange a vida profissional dos Alunos Atuais – Beneficiários,
constatamos que 55,6% dos pesquisados estavam procurando trabalho e 44,4%
não estavam procurando trabalho (Tabela 7, Gráfico 6).
Tabela 7 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo a questão: O curso e sua vida profissional?
O curso e sua vida profissional Freqüência %*
Você está procurando trabalho 5 55,6
Você não está procurando trabalho 4 44,4
Você já trabalhava antes de iniciar o curso - -
Você já tem um trabalho em vista - -
Você mudou de trabalho / função durante o curso - -
Você começou a trabalhar durante o curso - -
Total 9 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
44,4%
55,6%
voce não está procurando trabalho
voce está procurando trabalho
Gráfico 6 - Percentual das respostas dos Atuais - Beneficiários segundo a questão: O
curso e sua vida profissional?
92
4.2.1.5. A Importância do Curso
Constatamos que em 100% dos pesquisados alguma mudança ocorreu e
foram observadas as seguintes mudanças: descoberta de novos interesses e
habilidades (30,0%), novos amigos (30,0%), ocupação do tempo livre (25,0%),
encontrou um caminho profissional (10,0%) e obteve novas oportunidades de
trabalho (5,0%). (Tabela 8, Gráfico 7).
Tabela 8 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo a questão: Quais mudanças ocorreram em sua vida?
Mudanças ocorridas na vida do aluno Freqüência %*
Descobriu novos interesses e habilidades 6 30,0
Novos amigos 6 30,0
Ocupou o tempo livre 5 25,0
Encontrou um caminho profissional 2 10,0
Obteve novas oportunidades de trabalho 1 5,0
Começou a trabalhar - -
Voltou estudar - -
Mudou de função no trabalho - -
Total 20 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
30,0%
25,0%5,0%10,0%
30,0% Novo amigos
ocupou o tempo livre
obteve novas oportunidades de trabalho
encontrou um caminho profissional
descobriu novos interesses e habilidades
Gráfico 7 - Percentual das mudanças ocorridas na vida do aluno em decorrência do curso
93
4.2.1.6. Dificuldades Encontradas para Aproveitar Melhor
o Curso
Em 63,6% dos individuos pesquisados não houve nenhum tipo de
dificuldade para aproveitar o curso e em 36,4% dos individuos foi identificado
algum tipo de dificuldade (Tabela 9, Gráfico 8).
Quanto às dificuldades apresentadas para o melhor aproveitamento do curso
destacaram-se: pouco tempo de aula (20,0%), poucas aulas práticas (20,0%) e espaço
de tempo entre as aulas muito grande (20,0%). (Tabela 10 e Gráfico 9).
Tabela 9 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo a questão: Encontrou dificuldades para aproveitar melhor o curso?
Encontra dificuldades para aproveitar o curso
Freqüência %
Não 7 63,6
Sim 4 36,4
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
36,4%
63,6%
Sim
Não
Gráfico 8 - Percentual dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a questão:
Encontrou dificuldade para aproveitar melhor o curso?
94
Tabela 10 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo a questão:Quais as dificuldades para aproveitar melhor o curso?
Dificuldades encontradas Freqüência %*
Pouco tempo de aula (horário reduzido) 1 20,0
Poucas aulas práticas 1 20,0
Espaço de tempo entre as aulas muito grande 1 20,0
Turma muito desigual - -
Não entende as aulas - -
Falta de preparo do instrutor - -
Poucos equipamentos - -
Começou a trabalhar - -
Equipamentos com defeito - -
Freqüência irregular do instrutor - -
Outros 2 40,0
Total 5 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
20,0%
20,0%
20,0%
40,0%
pouco tempo de aula(horário reduzido)
poucas aulas práticas
espaço de tempo entre as aulas muito grande
Outro
Gráfico 9 - Percentual das dificuldades dos Alunos Atuais – Beneficiários para o
melhor aproveitamento do curso.
95
4.2.1.7. Avaliação do Curso
Como um dos objetivos do projeto é a correção de rumos aumentando
assim a eficácia e o fortalecimento do projeto, foi solicitado aos alunos atuais
beneficiários que avaliassem o curso sob o seu ponto de vista no que tange aos
seguintes itens: horário do curso, duração das aulas, instalação da sala de aula,
equipamentos de informática, apostilas, método de ensino, instrutor,
relacionamento com o instrutor e relacionamento com os colegas.
Observamos que 45,5% dos individuos classificaram o item horário do
curso como bom, 27,3% como ótimo, 18,2% como ruim e 9,1% como regular
(Tabela 11, Gráfico 10).
Tabela 11 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item horário do curso
Horário do curso Freqüência %*
Bom 5 45,5
Ótimo 3 27,3
Ruim 2 18,2
Regular 1 9,1
Péssimo - -
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
27,3%
45,5%
9,1%
18,2%Ótimo
Bom
Regular
Ruim
Gráfico 10 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo o
horário do curso.
96
Observamos que 54,5% dos individuos classificaram o item duração das
aulas como ótimo, 27,3% como bom, 18,2% como regular (Tabela 12, Gráfico 11).
Tabela 12 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item duração das aulas
Duração das aulas Freqüência %*
Ótimo 6 54,5
Bom 3 27,3
Regular 2 18,2
Ruim - -
Péssimo - -
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
54,5%27,3%
18,2%Ótimo
Bom
Regular
Gráfico 11 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a
duração do curso.
97
Observamos que 54,5% dos individuos classificaram o item instalação da sala
de aula como bom, 27,3% como regular, 18,2% como ótimo (Tabela 13, Gráfico 12).
Tabela 13 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo item instalação da sala de aula
Instalação da sala de aula Freqüência %*
Bom 6 54,5
Regular 3 27,3
Ótimo 2 18,2
Ruim - -
Péssimo - -
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
18,2%
54,5%
27,3% Ótimo
Bom
Regular
Gráfico 12 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a
instalação da sala de aula.
98
Observamos que 54,5% dos individuos classificaram o item equipamentos
de informática como bom e 45,5% deles como ótimo (Tabela 14, Gráfico 13).
Tabela 14 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item equipamentos de informática
Equipamentos de informática Freqüência %*
Bom 6 54,5
Ótimo 5 45,5
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
45,5%
54,5%
Ótimo
Bom
Gráfico 13 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários
segundo os equipamentos de informática.
99
Observamos que 60,0% dos individuos classificaram o item apostilas como
ótimo e 40,0% como bom (Tabela 15, Gráfico 14).
Tabela 15 - Distribuição dos atuais beneficiários segundo item apostilas
Apostilas Freqüência %*
Ótimo 6 60,0
Bom 4 40,0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 10 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
60,0%
40,0%
Ótimo
Bom
Gráfico 14 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo as
apostilas.
100
Observamos que 63,6% dos individuos classificaram o item método de
ensino como ótimo e 36,4% como bom (Tabela 16, Gráfico 15).
Tabela 16 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo método de ensino
Método de ensino Freqüência %*
Ótimo 7 63,6
Bom 4 36,4
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
63,6%
36,4%Ótimo
Bom
Gráfico 15 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários
segundo o método de ensino do curso.
101
Observamos que 63,6% dos individuos classificaram o item instrutor como
ótimo e 36,4% como bom (Tabela 17, Gráfico 16).
Tabela 17 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item instrutor
Instrutor Freqüência % *
Ótimo 7 63,6
Bom 4 36,4
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
63,6%
36,4%Ótimo
Bom
Gráfico 16 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários
segundo o instrutor do curso.
102
Observamos que 72,7% dos individuos classificaram o item relacionamento
com o instrutor como ótimo e 27,3% como bom (Tabela 18, Gráfico 17).
Tabela 18 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item relacionamento com o instrutor
Relacionamento com o instrutor Freqüência % *
Ótimo 8 72,7
Bom 3 27,3
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
72,7%
27,3% Ótimo
Bom
Gráfico 17 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários
segundo o relacionamento com o instrutor.
103
Observamos que 45,5% dos individuos classificaram o item relacionamento
com os colegas como ótimo, 27,3% como bom e 27,3% como regular (Tabela 19,
Gráfico 18).
Tabela 19 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item relacionamento com o os colegas
Relacionamento com os colegas Freqüência %*
Ótimo 5 45,5
Bom 3 27,3
Regular 3 27,3
Ruim - -
Péssimo - -
Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
45,5%
27,3%
27,3% Ótimo
Bom
Regular
Gráfico 18 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários
segundo o relacionamento com os colegas.
104
4.2.1.8. Sugestões e Recomendações do Curso
Como alguns itens foram classificados como regular, ruim ou péssimo
pelos pesquisados, foi solicitado aos mesmos que sugerissem mudanças no
sentido de corrigir e alinhar o serviço oferecido a realidade daqueles que
realmente o utilizam.
Segundo os pesquisados, o item horário do curso para 66,7% dos alunos
atuais beneficiários deveria ser matutino (Tabela 20, Gráfico 19).
Tabela 20 - Distribuição das sugestões dos alunos atuais beneficiários segundo item horário do curso
Horário do curso Freqüência %*
Matutino 2 66,7
Vespertino - -
Noturno - -
Outro 1 33,3
Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
66.7%
33.3%Matutino
outro
Gráfico 19 - Percentual da sugestão dos Alunos Atuais – Beneficiários
segundo o horário do curso.
105
O item duração das aulas para todos os alunos atuais beneficiários deveria
ser 3h/dia.
O item instalação da sala de aula 66,7% dos alunos atuais beneficiários foi
sugeriram o aumento do tamanho da sala de aula. (Tabela 21, Gráfico 20).
Tabela 21 - Distribuição das sugestões dos alunos atuais beneficiários segundo item instalação da sala de aula
Instalação da sala de aula Freqüência %*
Aumentar tamanho 2 66,7
Melhorar iluminação - -
Melhorar ventilação - -
Outro 1 33,3
Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
66.7%
33.3%Aumentar tamanho
Outra
Gráfico 20 - Percentual da sugestão dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a
instalação das salas de aulas.
106
Quanto a questão – Recomenda esse curso para alguém ? 100% dos
atuais beneficiários responderam que sim.
Segundo os alunos atuais beneficiários que responderam sim a questão –
Recomenda esse curso para alguém? Um dos motivos que os levaram a sugerir
o curso para 50,0% dos pesquisados foi oportunidade de trabalho, 33,3%
responderam capacitação, 8,3% responderam crescimento profissional e 8,3%
Cidadania (Tabela 22, Gráfico 21).
Tabela 22 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo o motivo o que levaram a sugerir o curso para alguém
Motivos que o levaram a sugerir o curso
Freqüência %*
Oportunidade de Trabalho 6 50,0
Capacitação 4 33,3
Crescimento Profissional 1 8,3
Cidadania 1 8,3
Total 12 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33,3%
50,0%
8,3%8,3%
Capacitação
Oportunidade de Trabalho
Crescimento Profissional
Cidadania
Gráfico 21 - Percentual dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo os motivos que o
levaram a sugerir o curso.
107
4.2.2. ALUNOS FORMADOS - EX-BENEFICIÁRIOS
No ano de 2002, o Projeto Alfabetização Digital, sob a responsabilidade da
Prodeb, contava com 5 Escolas de Informática e Cidadania (EICs) e em pleno
funcionamento. São elas: EIC Sede da Prodeb, EICs Fundação Lar Harmonia:
Escola Integral Allan Kardec e Creche Escola Tereza Cristina, EIC Presídio
Lafayete Coutinho e EIC UNEB – Comunidade de Bate-Facho.
Nessa análise, os ex-alunos da EIC Presídio Lafayete Coutinho não estão
inseridos, uma vez que o curso de informática e cidadania foi interrompido. Foi
constatado que um dos fatores da interrupção, deveu-se à evasão dos instrutores
voluntários alocados para essa EIC, por motivos de trabalho nas empresas às
quais são vinculados. Essa EIC visa beneficiar a população do referido presídio,
isto é, aos reclusos (regime semi-aberto) e egressos (regime aberto). Somente foi
possível entrevistar o Coordenador dessa EIC, momento em que constatou-se a
impossibilidade de aplicar o questionário aos alunos que participavam do curso de
informática e cidadania, por não estarem mais no presídio, tanto pela concessão
da liberdade ou por outros motivos. Portanto, o estrato da amostra referente aos
alunos ex-beneficiários é composta somente pelos alunos que concluíram o curso
e vinculados às demais EICs.
É pertinente informar que o público alvo da EIC UNEB – Comunidade Bate-
Facho é composto por jovens e adultos moradores dessa comunidade que se
localiza nas imediações do Museu de Ciência e Tecnologia e da EIC Fundação Lar
Harmonia – Escola Integral Allan Kardec é composto por crianças e adolescentes
matriculados nas 3ª e 4ª séries do ensino fundamental, da referida escola.
Informamos que a coleta de dados para esse estrato da amostra foi feita
através dos Coordenadores de cada EIC, em parceria com os instrutores
voluntários e liderança da comunidade ligados a cada uma delas.
108
Apresentamos, a seguir, a distribuição dos questionários segundo a EIC
(Tabela 23, Gráfico 22) onde constatamos que a EIC Lar Harmonia Escola
Integral Allan Kardec representou 40,9% das informações levantadas, seguido da
EIC Prodeb com 29,5%, representando aproximadamente 70% das informações
para os alunos formados - ex-beneficiários. Isto significa, que a população
pesquisada não é representativa para a população total das EICs em estudo, pois
a amostra definida com 50 participantes não foi completada. Os resultados são
válidos para os 44 alunos formados - ex-beneficiários os quais nos permitiram
observar na prática, os propósitos do Projeto Alfabetização Digital que é promover
a qualificação profissional em informática, sedimentando valores e princípios
básicos de cidadania e as respostas ao problema de pesquisa dessa monografia
quanto às barreiras, resultados e desafios da Prodeb ao gerir esse Projeto.
É relevante informar que a EIC Lar Harmonia – Escola Integral Allan
Kardec possuiu um maior número de pesquisados, porque os alunos formados -
ex-beneficiários que participaram do curso de informática e cidadania ainda
possuem vínculo com a escola, por estarem matriculados no ensino convencional
oferecido pela mesma. Esse aspecto foi favorável por facilitar o acesso até eles e
concretizar, com êxito, a aplicação dos questionários.
109
Tabela 23 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a EIC
Escola de Informática e Cidadania (EIC)
Freqüência %
Fundação Lar Harmonia Allan Kardec 18 40,9
Prodeb 13 29,5
UNEB – Comunidade de Bate-facho 9 20,5
Fundação Lar Harmonia Tereza Cristina 4 9,1
Presídio Lafayete Coutinho - -
Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
29,5%
20,5%
40,9%
9,1%Prodeb
UNEB
Lar Harmonia Alan Kardec
Lar Harmonia Tereza Cristina
Gráfico 22 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a EIC.
110
4.2.2.1. Perfil dos alunos formados - ex-beneficiários
A distribuição da variável idade revela que a maioria dos alunos formados -
ex-beneficiários tem entre 10-2 (29,5%) e 20-42 (25%) anos, com idade média de
16 anos (Tabela 24, Gráfico 23).
Tabela 24 - Distribuição por faixa etária (em anos) dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a EIC
Escola de Informática e Cidadania (EIC)*
Faixa etária
(anos)
Prodeb
(%)
UNEB Comunidade
Bate-facho (%)
FLH Allan Kardec (%)
FLH Teresa Cristina (%)
Total (%)
8 |– 10 0,0 0,0 16,7 0,0 6,8
10 |– 12 0,0 0,0 77,8 0,0 31,8
12 |– 14 7,7 0,0 5,6 0,0 4,5
14 |– 16 23,1 0,0 0,0 0,0 6,8
16 |– 18 30,8 22,2 0,0 50,0 18,2
18 |– 20 15,4 11,1 0,0 25,0 9,1
Acima de 20 anos
23,1 66,7 0,0 25,0 22,7
Total (%) 100 100 100 100 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003. Idade Média = 16 anos
* Somente constam nessa tabela os % das EICs em que os alunos formados ex-beneficiários responderam ao questionário. Percentual calculado em relação a quantidade de questionários por EIC.
7%
31%
5%7%
18%
9%
23%8 |– 10
10 |– 12
12 |– 14
14 |– 16
16 |– 18
18 |– 20
20 |– 42
Gráfico 23 - Distribuição da idade (em anos) dos alunos formados - ex-beneficiários
111
Observa-se que 72,7% dos alunos formados - ex-beneficiários (Tabela 25,
Gráfico 24) não residem no mesmo bairro da EIC em que estudam e que 56,8%
são do sexo feminino e 43,2% do sexo masculino (Tabela 26, Gráfico 25).
Tabela 25 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo EIC e bairro onde mora
Mora no mesmo bairro da EIC que estuda ?
Escola de Informática e Cidadania (EIC)* Sim (%) Não(%) % Total
EIC
Prodeb 0,0 100 100
UNEB – Comunidade de Bate-facho 88,9 11,1 100
Fundação Lar Harmonia Allan Kardec 5,6 94,4 100
Fundação Lar Harmonia Tereza Cristina 75,0 25,0 100
% Total das observações 27,3 72,7 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
* Somente constam nessa tabela os % das EICs em que os alunos formados ex-beneficiários responderam ao questionário.
27,3%
72,7%
Sim
Não
Gráfico 24 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários
segundo o bairro onde mora.
112
Tabela 26 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo o sexo
Sexo Freqüência %
Feminino 25 56,8
Masculino 19 43,2
Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/ PRODEB, Salvador-BA. 2003
56,8%
43,2%
Feminino
Masculino
Gráfico 25 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários
segundo o sexo
Observa-se que 84% dos alunos formados - ex-beneficiários (Tabela 27,
Gráfico 26) não exerciam à época da pesquisa nenhuma atividade laboral.
Tabela 27 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo atividade
Trabalha atualmente? Freqüência %
Não 37 84,1
Sim 6 13,6
Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
14,0%
86,0%
Sim
Não
Gráfico 26 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-
beneficiários segundo atividade
113
Constatamos que as dificuldades encontradas para conseguir trabalho entre
os alunos formados - ex-beneficiários são: não ter uma profissão definida com
32,0%, poucas oportunidades de trabalho com 28,0%, baixa escolaridade com 8%,
local de residência com 4%, outras dificuldades com 16%. (Tabela 28, Gráfico 27).
Tabela 28 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo dificuldade para conseguir trabalho
Dificuldades para conseguir trabalho Freqüência % *
Não tenho profissão definida 8 32,0
Pouca oferta de trabalho 7 28,0
Não encontro(ei) dificuldade 3 12,0
Baixa escolaridade 2 8,0
Local de residência 1 4,0
Pouco conhecimento em informática - -
Outro 4 16,0
Total 25 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
12,0%
32,0%
4,0%8,0%
28,0%
16,0%Não encontro(ei) dificuldade
Não tenho profissão definida
Local de residência
Baixa escolaridade
Pouca oferta de trabalho
Outro
Gráfico 27 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo
dificuldade para conseguir emprego
114
4.2.2.2. Por que Resolveu Fazer o Curso
O apredizado da informática concentra 62,0% dos alunos formados – ex-
beneficiários pesquisados, seguido da questão para conseguir emprego com
16,0% dos pesquisados, 12,0% fazem o curso por que gostam de informática,
8,0% optaram pelo curso para adquirir conhecimentos de cidadania, seguido de
2,0% que escolheram o curso por sugestão dos pais (Tabela 29, Gráfico 28).
Há de se destacar que 8,0% dos pesquisados optaram pelo curso para
obter conhecimento de cidadania, o que representa um baixo índice levando-se
em consideração de que nesse curso a ferramenta computacional é o instrumento
para que os alunos, de forma lúdica, contemplem as reflexões sobre cidadania.
Tabela 29 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo opção pela escolha do curso
Porque resolveu fazer o curso? Freqüência %*
Porque é muito importante aprender informática 31 62,0
Para conseguir emprego 8 16,0
Gosta de informática 6 12,0
Obter conhecimentos de cidadania 4 8,0
Por sugestão dos pais 1 2,0
Para ocupar o tempo - -
Porque a comunidade ofereceu - -
Total 50 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
12,0%
8,0%2,0%
16,0%62,0%
Gosta de informática
Obter conhecimentos de cidadania
Por sugestão dos pais
Para conseguir emprego
Porque é muito importante aprender informática
Gráfico 28 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo
opção pela escolha do curso.
115
4.2.2.3. O Curso e a Vida Escolar
Com base na Tabela 30 observamos (somando-se o percentual total das
observações) que 52,3% dos alunos formados ex-beneficiários estavam cursando
o ensino fundamental e 48,2% estavam cursando o ensino médio.
Tabela 30 - Distribuição da idade dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a escolaridade
Última série que frequentou os estudos?
Ensino Fundamental (%)* Ensino Médio (%)* Total
Faixa Etária 1a 3a 6a 8a 1a 2a 3a (%)
8 |– 10 0,0 100 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100
10 |– 12 0,0 100 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100
12 |– 14 0,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100
14 |– 16 0,0 0,0 0,0 66,7 33,3 0,0 0,0 100
16 |– 18 12,5 0,0 0,0 0,0 37,5 25,0 25,0 100
18 |– 20 0,0 0,0 0,0 25,0 25,0 50,0 0,0 100
20 |– 42 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 30,0 70,0 100
% Total 2,3 40,9 2,3 6,8 11,4 15,9 20,5 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação aos elementos das linhas e ao total de observações.
116
No que tange a vida escolar dos alunos pesquisados, observamos que
54,8% deles já estudavam, 42,9% precisavam estar estudando para fazer o curso
e 2,4% haviam parado de estudar antes de iniciar o curso (Tabela 31, Gráfico 29).
Tabela 31 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: O curso e sua vida escolar?
O curso e sua vida escolar? Freqüência %*
Você já estudava antes de iniciar o curso 23 54,8
Você precisava estar estudando para fazer o curso 18 42,9
Você parou de estudar antes de iniciar o curso 1 2,4
Você voltou a estudar durante o curso - -
Você parou de estudar durante o curso - -
Total 42 100 Fonte: Coordenação das EICs/ PRODEB, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
42,9%
2,4%
54,8%
Voce precisava estar estudando para fazer o curso
voce parou de estudar antes de iniciar o curso
voce já estudava antes de iniciar o curso
Gráfico 29 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo questão: o
curso e sua vida escolar?
117
4.2.2.4. O Curso e a Vida Profissional
No que tange a vida profissional dos alunos, constatamos que 76,9% dos
pesquisados estavam procurando trabalho, 19,2% trabalhavam antes de iniciar o
curso e 3,8% não estavam procurando trabalho (Tabela 32, Gráfico 30).
Tabela 32 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: O curso e sua vida profissional?
O curso e sua vida profissional Freqüência %*
Você está procurando trabalho 20 76,9
Você já trabalhava antes de iniciar o curso 5 19,2
Você não está procurando trabalho 1 3,8
Você já tem um trabalho em vista - -
Você começou a trabalhar durante o curso - -
Total 26 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
19,2%
3,8%
76,9%
Voce já trabalhava antes de iniciar o curso
voce não está procurando trabalho
voce está procurando trabalho
Gráfico 30 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo questão: o
curso e sua vida profissional?
118
A Tabela 33 (percentual calculado em relação ao número de elementos da
coluna) mostra que, 62,5% dos indivíduos que estão entre 16-18 anos que
apresentaram dificuldades para conseguir trabalho alegam não ter uma profissão
definida, seguido da baixa escolaridade com 50% entre 16-18 e 18-20 anos. Para
aqueles que estão acima desta faixa etária 57% atribuíram a pouca oferta de
trabalho e 50% a baixa escolaridade como dificuldades para conseguir emprego.
Tabela 33 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo faixa etária, as dificuldades para conseguir emprego
Quais as dificuldades que encontra para conseguir trabalho?*
Faixa etária
Não encontro(ei) dificuldade
Não tenho profissão definida
Local de residência
Baixa escolaridade
Pouca oferta de trabalho
Outro
N=3 N=8 N=1 N=2 N=7 N=4
8 |– 10 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
10 |– 12 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
12 |– 14 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
14 |– 16 0,0 0,0 0,0 0,0 14,3 25,0
16 |– 18 0,0 62,5 0,0 50,0 14,3 50,0
18 |– 20 33,3 12,5 0,0 50,0 14,3 0,0
20 |– 42 66,7 25,0 100 0,0 57,1 25,0
Total 100 100 100 100 100 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Percentual calculado em relação ao número de obs. das colunas
119
4.2.2.5. A Importância do Curso
Constatamos que em 95,5% dos pesquisados alguma mudança ocorreu,
contra 4,5% que disseram nada ter acontecido (Tabela 34, Gráfico 31).
Tabela 34 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: O curso mudou alguma coisa em sua vida?
O curso mudou alguma coisa em sua vida? Freqüência %
Sim 42 95,5
Não 2 4,5
Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
95,5%
4,5%Sim
Não
Gráfico 31 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários
segundo questão: O curso mudou alguma coisa em sua vida?
120
Observamos que as seguintes mudanças ocorreram entre os alunos
pesquisados : 56,3% descobriram novos interesses e habilidades, 18,8%
encontraram novos amigos, 12,52% ocuparam o tempo livre, 7,8% obtiveram
novas oportunidades de trabalho, 3,1% responderam ter encontrado um caminho
profissional (Tabela 35, Gráfico 32).
Tabela 35 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: Quais mudanças ocorreram em sua vida?
Mudanças ocorridas pelo curso em sua vida? Freqüência %*
Descobriu novos interesses e habilidades 36 56,3
Novos amigos 12 18,8
Ocupou o tempo livre 8 12,5
Obteve novas oportunidades de trabalho 5 7,8
Encontrou um caminho profissional 2 3,1
Começou a trabalhar - -
Voltou a estudar - -
Mudou de função no trabalho - -
Outro 1 1,6
Total 64 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
18,8%
12,5%
7,8%3,1%
56,3%
1,6%Novos amigos
ocupou o tempo livre
obteve novas oportunidades de trabalho
encontrou um caminho profissional
descobriu novos interesses e habilidades
Outro
Gráfico 32 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo
questão: Quais mudanças ocorreram em sua vida?
121
4.2.2.6. Dificuldades Encontradas para Aproveitar o Curso
Constatamos que em 50% dos indivíduos pesquisados foi apresentado
algum tipo de dificuldade para o melhor aproveitamento do curso, os 50%
restantes não demonstraram ter encontrado dificuldade (Tabela 36, Gráfico 33).
Tabela 36 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: Encontrou dificuldades para aproveitar melhor o curso?
Encontrou dificuldades para aproveitar o curso? Freqüência %
Sim 22 50,0
Não 22 50,0
Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
50,0%50,0%
Sim
Não
Gráfico 33 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo
questão: Encontrou dificuldades para aproveitar melhor o curso?
122
Observamos que 32,2% dos pesquisados informaram que o espaço de
tempo entre as aulas é muito grande, 28,8% que poucos equipamentos dificultam
o aprendizado, 28,8% o pouco tempo de aula contribuiu para o baixo
aproveitamento do curso, seguido dos demais casos como: equipamentos com
defeito com 3,4%, turma muito desigual com 1,7%, freqüência irregular do
instrutor com 1,7%, 1,7% não entendia as aulas e outros casos não especificados
com 1,7% (Tabela 37, Gráfico 34).
Tabela 37 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: Quais as dificuldades para aproveitar melhor o curso?
Dificuldades para aproveitar melhor o curso Freqüência %*
Espaço de tempo entre as aulas muito grande 19 32,2
Poucos equipamentos 17 28,8
Pouco tempo de aula (horário reduzido) 17 28,8
Equipamentos com defeito 2 3,4
Turma muito desigual 1 1,7
Não entendia as aulas 1 1,7
Freqüência irregular do instrutor 1 1,7
Faltava preparo do instrutor - -
Poucas aulas práticas - -
Começou a trabalhar - -
Outro 1 1,7
Total 59 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
1,7%1,7%
28,8%
28,8%3,4%1,7%
32,2%
1,7%Turma muito desigual
não entendia as aulas
poucos equipamentos
pouco tempo de aula(horário reduzido)
equipamentos com defeito
frequência irregular do instrutor
espaço de tempo entre as aulas muito grande
Outro
Gráfico 34 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo
questão: Quais as dificuldades para aproveitar melhor o curso?
123
4.2.2.7. Avaliação do Curso
Mediante o estudo diagnóstico, um dos objetivos desse trabalho é propor
correções de rumo para o Projeto Alfabetização Digital, traçando novos planos de
ação visando aumentar a efetividade e propiciar a perenidade do projeto.
Dessa forma, foi solicitado aos alunos formados - ex-beneficiários que
avaliassem o curso, no que tange aos seguintes itens: horário do curso, duração
das aulas, instalação da sala de aula, equipamentos de informática, apostilas,
método de ensino, instrutor, relacionamento com o instrutor e relacionamento com
os colegas.
Observamos que 58,1% dos individuos conceituaram o item horário do
curso como bom, 39,5% como ótimo e apenas 2,3% conceituaram como regular
ou péssimo (Tabela 38, Gráfico 35).
Constatamos que o horário do curso considerado em sua maioria como
bom e ótimo deve-se ao fato de que a definição do mesmo é baseda em análise
prévia da possibilidade dos alunos que se interessam pelo curso, conciliando com
a disponibilidade do Instrutor Voluntário e com o funcionamento da instituição ou
empresa a qual pertence e dessa forma procurando oferecer benefícios sempre
alinhados ao interesse da comunidade.
124
Tabela 38 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item horário do curso
Horário do curso Freqüência %*
Bom 25 58,1
Ótimo 17 39,5
Regular 1 2,3
Péssimo - -
Ruim - -
Total 43 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
39.5%
58.1%
2.3%Ótimo
Bom
Regular
Gráfico 35 - Distribuição das respostas dos alunos formados - aluno formado - ex-
beneficiários segundo item horário do curso
Observamos que 40,9% dos indivíduos classificaram a duração das aulas
como ruim, 36,4% como bom, 15,9% como ótimo e 6,8% como regular (Tabela
39, Gráfico 36).
De posse dos questionários respondidos, percebe-se que o maior
percentual para o conceito ruim atribuído à duração das aulas, foi dado pelos
alunos formados da EIC Lar Harmonia – Escola Allan Kardec por se tratar de uma
turma de 25 alunos para 05 computadores. Sendo assim, os instrutores
voluntários utilizaram a estratégia de dividir a turma em duas e reduzir a duração
de aula para atender a todos e mesmo dessa foram gerou insatisfação.
Podemos perceber que 52,3% dos pesquisados conceituaram a duração
das aulas como bom e ótimo contra um percentual de 47,7% como ruim e regular,
125
o que nos leva a deduzir que em sua maioria esse item atendeu positivamente às
expectativas dos alunos.
Tabela 39 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item duração das aulas
Duração das aulas Freqüência %*
Ruim 18 40,9
Bom 16 36,4
Ótimo 7 15,9
Regular 3 6,8
Péssimo - -
Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
15,9%
36,4%
6,8%
40,9%
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
Gráfico 36 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-
beneficiários segundo item duração das aulas.
126
Observamos que 38,6% dos indivíduos classificaram o item instalação da
sala de aula como péssimo, 29,5% como ótimo, 20,5% como bom, 9,1% como
regular e 2,3% como ruim (Tabela 40, Gráfico 37).
Tabela 40 - Distribuição das respostas dos alunos formados – ex-beneficiários segundo item instalação da sala de aula
Instalação da sala de aula Freqüência %*
Péssimo 17 38,6
Ótimo 13 29,5
Bom 9 20,5
Regular 4 9,1
Ruim 1 2,3
Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
29,5%
20,5%9,1%
2,3%
38,6%Ótimo
Bom
Regular
Ruim
Péssimo
Gráfico 37 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-
beneficiários segundo item instalação da sala de aula.
Observamos que 42,5% dos indivíduos classificaram como ruim o item
equipamentos de informática, 27% como ótimo, 20% como bom e 10% como
regular (Tabela 41, Gráfico 38).
Considerando que os equipamentos de informática são oriundos de
doações, temos o conhecimento de que se tratam de equipamento usados e
obsoletos e sendo assim são suscetíveis a constantes defeitos, não têm uma boa
performance, o que justifica 42,5% das respostas conceituando esse item como
ruim. É pertinente ressaltar que, a manutencão de hardware é de competência da
Coordenação da EIC. Portanto, faz-se necessário que os mesmos devam receber
127
manutenção preventiva, ser inspecionandos com freqüência, principlamente em
dias de aula para que o curso não tenha seu funcionamento comprometido, uma
vez que o computador é utilizado maciçamente como ferramenta de trabalho.
Tabela 41 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item equipamentos de informática
Equipamentos de informática Freqüência %*
Ruim 17 42,5
Ótimo 11 27,0
Bom 8 20,0
Regular 4 10,0
Péssimo - -
Total 40 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
26,2%
19,0%
14,3%
40,5%
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
Gráfico 38 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-
beneficiários segundo item equipamentos de informática.
128
Observamos que 73,1% dos entrevistados classificaram o item apostilas
como ótimo, 26,9% como bom (Tabela 42, Gráfico 39).
Tabela 42 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item apostilas
Apostilas Freqüência %*
Ótimo 19 73,1
Bom 7 26,9
Ruim - -
Regular - -
Péssimo - -
Total 26 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
70,4%
25,9%
3,7%Ótimo
Bom
Ruim
Gráfico 39 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-
beneficiários segundo item apostilas.
129
Observamos que, 83,7% dos individuos classificaram o item método de
ensino como ótimo 16,3% como bom (Tabela 43, Gráfico 40).
Tabela 43 - Distribuição das respostas dos alunos formados – ex-beneficiários segundo item método de ensino
Método de ensino Freqüência %*
Ótimo 36 83,7
Bom 7 16,3
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 43 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
83,7%
16,3%Ótimo
Bom
Gráfico 40 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-
beneficiários segundo item método de ensino.
130
Observamos que 92,6% dos indivíduos conceituaram o item instrutor como
ótimo, 7,1% como bom (Tabela 44, Gráfico 41).
Tabela 44 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item instrutor
Instrutor Freqüência %*
Ótimo 39 92,6
Bom 3 7,1
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 42 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
83,7%
16,3%Ótimo
Bom
Gráfico 41 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-
beneficiários segundo item instrutor
131
Observamos que 86,0% dos indivíduos classificaram o item relacionamento
com o instrutor como ótimo e 14,0% como bom (Tabela 45, Gráfico 42).
Tabela 45 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo ítem relacionamento com o instrutor
Relacionamento com o instrutor Freqüência %*
Ótimo 37 86,0
Bom 6 14,0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 43 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
86,0%
14,0%Ótimo
Bom
Gráfico 42 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-
beneficiários segundo item relacionamento com o instrutor.
132
Observamos que 46,3% dos alunos pesquisados conceituaram o item
relacionamento com os colegas como regular, 41,5% como ótimo e 12,2% como
bom (Tabela 46, Gráfico 43).
Tabela 46 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item relacionamento com o os colegas.
Relacionamento com os colegas Freqüência %*
Regular 19 46,3
Ótimo 17 41,5
Bom 5 12,2
Ruim - -
Péssimo - -
Total 41 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
41,5%
12,2%
46,3%
Ótimo
Bom
Regular
Gráfico 43 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários
segundo item relacionamento com os colegas.
133
4.2.2.8. Sugestão de Melhorias para o Curso
Em decorrência da conceituação regular, ruim ou péssimo para os itens
abordados na questão acima, foi solicitado aos alunos pesquisados que
sugerissem melhorias para esses itens visando corrigir e alinhar os propósitos do
curso de informática e cidadania aos objetivos do Projeto de Alfabetização Digital.
Diante dos questionários respondidos, identificamos que um aluno sugeriu
que horário ideal do curso seria o turno vespertino (Tabela 47).
Tabela 47 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item horário do curso
Horário do curso Freqüência %*
Vespertino 1 100
Noturno - -
Matutino - -
Outra sugestão - -
Total 1 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
134
O item duração das aulas para 90,0% dos alunos formados - ex-
beneficiários que sugeriram mudança, deveria ser de 2h/dia, para 5,0% dos
pesquisados 4h/dia e 5,0% para 3h/dia (Tabela 48, Gráfico 44).
Tabela 48 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item duração das aulas
Duração das aulas Freqüência %*
2h/dia 18 90,0
4h/dia 1 5,0
3h/dia 1 5,0
Outra sugestão - -
Total 20 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
90.0%
5.0%5.0%2h/dia
3h/dia
4h/dia
Gráfico 44 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-
beneficiários segundo item duração das aulas.
O item instalação da sala de aula para 37,5% dos alunos formados - ex-
beneficiários sugeriram aumentar o tamanho, 32,1% melhorar iluminação, 30,4%
melhorar ventilação (Tabela 49, Gráfico 45).
Mediante as visitas realizadas nas EICs, as sugestões dos alunos têm
procedência e devem ser levadas em consideração uma vez que esses aspectos
interferem no aprendizado e também na transferência do conhecimento uma vez
que esses aspectos, também, foram abordados pelos instrutores voluntários.
135
Tabela 49 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item instalação da sala de aula
Instalação da sala de aula Freqüência %*
Aumentar tamanho 21 37,5
Melhorar iluminação 18 32,1
Melhorar ventilação 17 30,4
Outra sugestão - -
Total 56 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
37.5%
32.1%
30.4% Aumentar tamanho
melhorar iluminação
melhorar ventilação
Gráfico 45 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários
segundo item instalação da sala de aula.
Quanto ao item equipamentos de informática foi sugerido por 35,8% dos
pesquisados que deveria ter um computador por aluno, 32,1% sugeriram que todos
os equipamentos estivessem funcionando, 30,2% sugeriram equipamentos com
acesso à Internet e 1,9% apresentaram outras sugestões (Tabela 50, Gráfico 46).
136
Tabela 50 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo ítem equipamentos de informática
Equipamentos de informática Freqüência %*
Ter um computador por aluno 19 35,8
Manter todos os equipamentos funcionando 17 32,1
Equipamento com acesso a Internet 16 30,2
Outra sugestão 1 1,9
Total 53 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
35.8%
32.1%
30.2%
1.9%Ter um computador por aluno
manter todos os equipamentos funcionando
Equipamento com acesso a Internet
Outro
Gráfico 46 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo
item equipamento de informática.
Quanto a questão – Recomenda esse curso para alguém? 97,6% dos
alunos formados - ex-beneficiários responderam que sim, seguido de 2,4%
responderam não (Tabela 51, Gráfico 47).
Nessa análise, podemos averiguar que quase na totalidade das respostas
obtidas para essa questão os alunos formados recomendam o curso para alguém,
o que denota uma grande aceitação do mesmo.
Convém salientar que, mediante os questionários respondidos aqueles
alunos que não recomendam o curso para alguém referem-se aos que tiveram
dificuldades no aprendizado do curso de informática e decorrentes de deficiência
no aprendizado convencional, cuja informação foi obtida nos questionários
respondidos pelos instrutores e ex-intrutores.
137
Tabela 51 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: Recomenda esse curso para alguém?
Recomenda esse curso para alguém? Freqüência %
Sim 41 97,6
Não 1 2,4
Total 42 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB.
97,6%
2,4%Sim
Não
Gráfico 47 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários
segundo a questão: Recomenda esse curso para alguém?
Segundo os alunos formados - ex-beneficiários que responderam sim a
questão – Recomenda esse curso para alguém? os motivos e os percentuais que
levaram os alunos pesquisados a sugerir o curso foram: qualidade do curso com
42,9%, capacitação profissional com 25%, oportunidade de trabalho com 10,7%,
qualificação do instrutor com 10,7%, gratuidade do curso com 3,6%, crescimento
profissional com 1,8%, comodidade com 1,8%, cidadania com 1,8%, crescimento
na educação formal com 1,8% como podemos observar na Tabela 52, Gráfico 48.
Diante dos motivos que os alunos recomendam o curso de informática e
cidadania para alguém, faz-nos observar que essas recomendações são
convergentes com os objetivos das EICs e com os objetivos do Projeto
Alfabetização Digital, dessa forma sinalizando a importância quanto à perenidade
desse projeto frente às exigências do mercado de trabalho.
138
Tabela 52 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo o motivo o que levaram a sugerir o curso para alguém
Motivos que o levaram a sugerir o curso
Freqüência %*
Qualidade do curso 24 42,9
Capacitação profissional 14 25,0
Oportunidade de trabalho 6 10,7
Qualificação do instrutor 6 10,7
Gratuidade do curso 2 3,6
Crescimento profissional 1 1,8
Comodidade 1 1,8
Cidadania 1 1,8
Crescimento na educação formal 1 1,8
Total 56 100 Fonte: PRODEB, Salvador-BA. 2003
* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.
24%
11%
2%
4%42%
11%
2%
2%2%
Capacitação Profissional
Oportunidade trabalho
Crescimento Profissional
Gratuidade do curso
Qualidade do curso
Qualificação do instrutor
Comodidade
Cidadania
Crescimento na educ.formal
Gráfico 48 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários
segundo motivos o que levaram a sugerir o curso para alguém.
139
4.2.3. INSTRUTORES VOLUNTÁRIOS
Os instrutores voluntários do projeto são empregados da Prodeb e
Siemens, profissionais com formação acadêmica média e superior, oriundos da
área técnica e administrativa da empresa, com perfil e interesse em trabalhos
comunitários não remunerados, que espontaneamente manifestem a vontade de
participar de programas de desenvolvimento e fortalecimento de equipes de
trabalho, tornando-se agentes multiplicadores do processo de aprendizagem.
O CDI , OGN parceira da Prodeb, capacita os colaboradores (empregados)
no intuito de desenvolverem competências interpessoais, técnicas pedagógicas e
aspectos de cidadania imprescindíveis ao desenvolvimento e execução do
trabalho voluntário comunitário.
A metodologia aplicada é participativa e de forma que os participantes se
tornem atores e autores do seu próprio processo de investigação, utilizando-se
para isso técnicas pedagógicas de dinâmica de grupo, leitura, discussão de texto
e adoção de recursos proporcionados pela tecnologia da informação disponível.
Apresentamos, a seguir, a distribuição dos questionários segundo as EICs
(Tabela 53, Gráfico 49) onde constatamos que 50% dos instrutores pesquisados
são da EIC Prodeb, 33,33% são da EIC Lar Harmonia – Creche Escola Tereza
Cristina e 16,7% são da EIC UNEB.
140
Tabela 53 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo a EIC
Escola de Informática e Cidadania (EIC)
Freqüência %
Prodeb 3 50,0
Lar Harmonia Tereza Cristina 2 33,3
UNEB 1 16,7
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%
16.7%
33.3%Prodeb
Uneb
Lar Harmonia Tereza Cristina
Gráfico 49 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo a EIC.
141
4.2.3.1. Perfil dos Instrutores Voluntários
Quanto à motivação dos instrutores de participar como voluntários do
Projeto Alfabetização Digital observamos que 50% responderam exercer
cidadania, 12,5% porque a metodologia do curso contempla informática e
cidadania e 12,5% por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital
(Tabela 54 e Gráfico 50).
Auxiliar o próximo foi outra motivação, que fizeram 25% dos instrutores a
participarem do projeto.
Tabela 54 - Distribuição dos instrutores voluntários segundo a motivação em participar do projeto
Motivação a participar do projeto Freqüência %*
Para exercer cidadania 4 50,0
Por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital
1 12,5
Porque a metodologia do curso contempla informática e cidadania
1 12,5
Para dar aulas de cidadania - -
Para dar aulas de informática - -
Outro 2 25,0
Total 8 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%
12.5%
12.5%
25.0% para exercer cidadania
por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital
porque a metodologia do curso contempla informática e cidadania
outro
Gráfico 50 - Percentual dos instrutores voluntários segundo a motivação em participar do projeto.
Segundo todos os instrutores voluntários, as aulas de cidadania refletem
sobre a realidade dos alunos matriculados na EIC em que eles trabalhavam.
142
4.2.3.2. Dificuldades Encontradas para Conduzir o Curso
Observamos que 83,3% dos instrutores voluntários encontravam
dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula e 16,7% não
encontravam nenhum tipo de dificuldade (Tabela 55, Gráfico 51).
Tabela 55 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo a questão: Encontrava dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula?
Encontrava dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula
Freqüência %
Sim 5 83,3
Não 1 16,7
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
83.3%
16.7%sim
não
Gráfico 51 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo a questão:
Encontrava dificuldade para conduzir os trabalhos em sala de aula?
Constatamos que as maiores dificuldades encontradas para conduzir os
trabalhos em sala de aula são: faixa etária desigual (14,3%), falta de maturidade
do aluno em relação ao objetivo do curso (14,3%), freqüência irregular dos alunos
(14,3%), grau de escolaridade desigual (7,1%), problema de conduta dos alunos
(7,1%), nível de escolaridade incompatível com o curso (7,1%), equipamentos
com defeitos (7,1%), poucos equipamentos (7,1%), pouco tempo de aula (7,1%),
espaço de tempo entre as aulas muito grande (7,1%) (Tabela 55 e Gráfico 51).
143
Outra dificuldade encontrada para conduzir os trabalhos foi o nivelamento da
turma (7,1%).
Tabela 56 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as dificuldades encontradas para conduzir os trabalhos em sala de aula
Dificuldades para conduzir os trabalhos Freqüência %*
Faixa etária desigual 2 14,3
Falta de maturidade do aluno em relação ao objetivo do curso
2 14,3
Frequência irregular dos alunos 2 14,3
Grau de escolaridade desigual 1 7,1
Problema de conduta dos alunos 1 7,1
Nível de escolaridade incompatível com o curso 1 7,1
Equipamentos com defeito 1 7,1
Poucos equipamentos 1 7,1
Pouco tempo de aula (horário reduzido) 1 7,1
Espaço de tempo entre as aulas muito grande 1 7,1
Poucas aulas práticas - -
Alunos desmotivados - -
Outros 1 7,1
Total 14 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
7.1%
14.3%
7.1%
14.3%
7.1%7.1%7.1%
14.3%
7.1%
7.1%7.1%
grau de escolaridade desigual
faixa etária desigual
problema de conduta dos alunos
falta de maturidade do aluno em relação ao objetivo do curso
nível de escolaridade incompatível com o curso
equipamentos com defeito
poucos equipamentos
frequência irregular dos alunos
pouco tempo de aula (horário reduzido)
espaço de tempo entre as aulas muito grande
outro
Gráfico 52 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as dificuldades
encontradas para conduzir os trabalhos em sala de aula.
144
4.2.3.3. Barreiras
Observamos que nenhum dos instrutores voluntários enfrentaram barreiras
com a coordenação do projeto - Prodeb.
Quanto as barreiras em relação a coordenação da EIC, 50% responderam
desligamento da turma e os 50% restantes indefinição dos papéis da
coordenação PRODEB e coordenação EIC (Tabela 57, Gráfico 53).
Tabela 57 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as barreiras enfrentadas em relação aos alunos
Barreiras enfrentadas em relação a coordenação da EIC
Freqüência %*
Desligamento do coordenador 1 50,0
Indefinição dos papéis da coordenação PRODEB e coordenação EIC
1 50,0
Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
Desligamento do coordenador
Indefinição dos papéis da coordenação PRODEB e coordenação EIC
Gráfico 53 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as barreiras
enfrentadas em relação a coordenação da EIC.
145
Quanto as barreiras em relação aos alunos, 50% responderam dificuldade
relacionadas a alfabetização e os 50% restantes dificuldades em aplicar a
metodologia do CDI (Tabela 58, Gráfico 54).
Tabela 58 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as barreiras enfrentadas em relação aos alunos
Barreiras enfrentadas em relação aos alunos Freqüência %*
Dificuldades relacionadas à alfabetização 1 50,0
Dificuldades em aplicar a metodologia do CDI 1 50,0
Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
Dificuldades relacionadas a alfabetização
Dificuldades em aplicar a metodologia do CDI
Gráfico 54 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as barreiras
enfrentadas em relação aos alunos.
146
4.2.3.4. Vantagens e Desvantagens
Observamos que em relação as vantagens relacionadas ao Projeto de
Alfabetização Digital, 25% dos instrutores voluntários responderam formação
profissional, 25% responderam formação do caráter do aluno, 12,5%
responderam uso da metodologia aplicada em outros Estados, 12,5%
responderam realização pessoal, 12,5% responderam interesse dos alunos em
aprender e 12,5% auxiliar a comunidade (Tabela 59, Gráfico 55).
Tabela 59 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as vantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital
Vantagens relacionadas ao Projeto Freqüência %*
Formação Profissional 2 25,0
Formação do caráter do aluno 2 25,0
Uso de Metodologia aplicada em outros Estados 1 12,5
Realização pessoal 1 12,5
Alunos interessados em aprender 1 12,5
Auxiliar a comunidade 1 12,5
Total 8 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
25.0%
25.0%12.5%
12.5%
12.5%
12.5%Formação do caráter do aluno
Formação Profissional
Uso de Metodologia aplicada em outros estados
Realização pessoal
Alunos interessados em aprender
Auxiliar a comunidade
Gráfico 55 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as vantagens
relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital.
147
Observamos que em relação as desvantagens relacionadas ao Projeto de
Alfabetização Digital, 50% dos instrutores voluntários responderam carga horária
das aulas e os 50% restantes responderam grande espaço de tempo entre as
aulas (Tabela 60, Gráfico 56).
Tabela 60 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as desvantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital
Desvantagens relacionadas ao Projeto Freqüência %*
Carga horária das aulas 1 50,0
Grande espaço de tempo entre as aulas 1 50,0
Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
Carga horária das aulas
Longo tempo entre uma aula e outra
Gráfico 56 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as
desvantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital.
148
4.2.3.5. Resultados Obtidos ao Atuar no Projeto
Dos resultados obtidos que os instrutores voluntários obtiveram ao atuar no
projeto, 30% responderam satisfação em auxiliar a comunidade, 20%
responderam cidadania, 20% contribuir com o processo de inclusão social, 10%
troca de idéias, 10% desenvolvimento psico-pedagógico e 10% qualificação
intelectual e social (Tabela 61, Gráfico 57).
Tabela 61 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo os resultados obtidos ao atuarem no Projeto de Alfabetização Digital
Resultados obtidos ao atuarem no Projeto Freqüência %*
Satisfação em auxiliar a comunidade 3 30,0
Contribuir com o processo de inclusão social 2 20,0
Cidadania 2 20,0
Troca de idéias 1 10,0
Desenvolvimento psico-pedagógico 1 10,0
Qualificação intelectual e social 1 10,0
Total 10 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
10.0%
10.0%
10.0%
20.0%30.0%
20.0% Troca de idéias
Desenvolvimento psico-pedagógico
Qualificação intelectual e social
Cidadania
Satisfação em auxiliar a comunidade
Contribuir com o processo de inclusão social
Gráfico 57 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo os resultados
obtidos ao atuar no Projeto de Alfabetização Digital.
149
4.2.3.6. Avaliação do Curso
Como um dos objetivos do projeto é a correção de rumos aumentando assim a
eficácia e o fortalecimento do projeto, foi solicitado aos instrutores voluntários que
avaliassem o curso sob o seu ponto de vista no que tange aos seguintes itens: curso
de Instrutor – CDI, duração do curso de Instrutor, modelo de EIC, horário do curso,
duração das aulas, duração do curso, instalação da sala de aula, equipamentos de
informática, apostilas, método de ensino, relacionamento com a coordenação do
Projeto-Prodeb, relacionamento com a coordenação da EIC, relacionamento com os
alunos e relacionamento com os demais instrutores.
Observamos que 66,7% dos instrutores voluntários classificaram o item
curso de instrutor – CDI como bom, 16,7% como ótimo e 16,7% como regular
(Tabela 62, Gráfico 58).
Tabela 62 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item curso de instrutor – CDI
Curso de Instrutor - CDI Freqüência %
Bom 4 66,7
Ótimo 1 16,7
Regular 1 16,7
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
16.7%
66.7%
16.7%ótimo
bom
regular
Gráfico 58 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o curso
de instrutor - CDI.
150
Observamos que 66,7% dos instrutores voluntários classificaram o item
duração do curso de instrutor – CDI como bom e 33,3% como regular (Tabela 63,
Gráfico 59).
Tabela 63 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo ítem duração do curso de instrutor – CDI
Duração do curso de instrutor - CDI Freqüência %
Bom 4 66,7
Regular 2 33,3
Ótimo - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
66.7%
33.3%bom
regular
Gráfico 59 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo a
duração do curso de instrutor - CDI.
151
Observamos que 50% dos instrutores voluntários classificaram o item
modelo da EIC como ótimo e 50% como bom (Tabela 64, Gráfico 60).
Tabela 64 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item modelo da EIC
Modelo da EIC Freqüência %*
Ótimo 3 50,0
Bom 3 50,0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
ótimo
bom
Gráfico 60 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o item
modelo da EIC.
152
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item horário do curso
como bom, 33,3% como regular e 16,7% como ótimo(Tabela 65, Gráfico 61).
Tabela 65 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item horário do curso
Horário do curso Freqüência %
Bom 3 50,0
Regular 2 33,3
Ótimo 1 16,7
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
16.7%
50.0%
33.3%ótimo
bom
regular
Gráfico 61 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o
horário do curso.
153
Observamos que 66,7% dos indivíduos classificaram o item duração das
aulas como bom, 16,7% como ótimo e 16,7% como regular (Tabela 66, Gráfico 62).
Tabela 66 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item duração das aulas
Duração das aulas Freqüência %
Bom 4 66,7
Ótimo 1 16,7
Regular 1 16,7
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
16.7%
66.7%
16.7%ótimo
bom
regular
Gráfico 62 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo a
duração do curso.
154
Observamos que 83,3% dos indivíduos classificaram o item duração do
curso como bom e 16,7% como ótimo (Tabela 67, Gráfico 63).
Tabela 67 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item duração do curso
Duração do curso Freqüência %
Bom 5 83,3
Ótimo 1 16,7
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
16.7%
83.3%
ótimo
bom
Gráfico 63 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo a
duração do curso.
155
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item instalação da
sala de informática como bom, 33,3% como ótimo e 16,7% deles como ruim
(Tabela 68, Gráfico 64).
Tabela 68 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática de informática
Instalação da sala de informática
Freqüência %
Bom 3 50,0
Ótimo 2 33,3
Ruim 1 16,7
Regular - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
50.0%
16.7%ótimo
bom
ruim
Gráfico 64 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo a
instalação da sala de informática.
156
Observamos que 83,3% dos indivíduos classificaram o item equipamentos
de informática como bom e 16,7% como ruim (Tabela 69, Gráfico 65).
Tabela 69 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática
Instalação da sala de informática
Freqüência %
Bom 5 83,3
Ruim 1 16,7
Regular - -
Ótimo - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
83.3%
16.7%bom
ruim
Gráfico 65 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo
os equipamentos de informática.
157
Observamos que 33,3% dos indivíduos classificaram o item apostilas como
ótimo, 33,3 como bom, 16,7% como regular e 16,7% como ruim (Tabela 70,
Gráfico 66).
Tabela 70 - Distribuição dos instrutores voluntários segundo item apostilas
Apostilas Freqüência %
Ótimo 2 33,3
Bom 2 33,3
Regular 1 16,7
Ruim 1 16,7
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
33.3%
16.7%
16.7%ótimo
bom
regular
ruim
Gráfico 66 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo
as apostilas.
158
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item método de ensino
como bom, 33,3% como ótimo e 16,7% como regular (Tabela 71, Gráfico 67).
Tabela 71 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo método de ensino
Método de ensino Freqüência %
Bom 3 50,0
Ótimo 2 33,3
Regular 1 16,7
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
50.0%
16.7%ótimo
bom
regular
Gráfico 67 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o
método de ensino do curso.
159
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento
com a coordenação do Projeto-Prodeb como ótimo, 33,3% como bom e 16,7%
como regular (Tabela 72, Gráfico 68).
Tabela 72 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com a coordenação do Projeto-Prodeb
Relacionamento com a coordenação da Prodeb
Freqüência %
Ótimo 3 50,0
Bom 2 33,3
Regular 1 16,7
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%
33.3%
16.7%ótimo
bom
regular
Gráfico 68 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o
relacionamento com a coordenação da Prodeb.
160
Observamos que 66,7% dos indivíduos classificaram o item relacionamento
com a coordenação da EIC como bom e 33,3% como ótimo (Tabela 73, Gráfico 69).
Tabela 73 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com a coordenação da EIC
Relacionamento com a coordenação da EIC
Freqüência %
Bom 4 66,7
Ótimo 2 33,3
Ruim - -
Regular - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
66.7%
ótimo
bom
Gráfico 69 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o
relacionamento com a coordenação da EIC.
161
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento
com os alunos como ótimo e 50% como bom (Tabela 74, Gráfico 70).
Tabela 74 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com os alunos
Relacionamento com os alunos Freqüência %
Ótimo 3 50,0
Bom 3 50,0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003. *Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
ótimo
bom
Gráfico 70 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o
relacionamento com os alunos.
162
Observamos que 66,7% dos indivíduos classificaram o item relacionamento
com os demais instrutores como bom e 33,3% como ótimo (Tabela 75, Gráfico 71).
Tabela 75 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com os demais instrutores
Relacionamento com os demais instrutores Freqüência %
Bom 4 66,7
Ótimo 2 33,3
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
66.7%
ótimo
bom
Gráfico 71 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o
relacionamento com os demais instrutores.
163
4.2.3.7. Sugestões para o Curso
Como alguns itens foram classificados como regular, ruim ou péssimo
pelos pesquisados, foi solicitado aos mesmos que sugerissem mudanças no
sentido de corrigir e alinhar o serviço oferecido a realidade daqueles que
realmente o utilizam.
Observamos que 50% dos pesquisados sugeriram que a duração do curso
de instrutor – CDI deveria ser de um mês e os 50% restantes que a duração
deveria ser de três meses (Tabela 76, Gráfico 72).
Tabela 76 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item duração do curso de instrutor – CDI
Duração do Curso de Instrutor - CDI Freqüência %*
1 mês 1 50,0
3 meses 1 50,0
2 meses - -
Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
1 mes
3 meses
Gráfico 72 - Percentual da sugestão dos instrutores voluntários segundo a
duração do curso de instrutor - CDI.
Todos os pesquisados sugeriram que o horário do curso deveria ser no
turno noturno.
Todos os pesquisados sugeriram que a duração das aulas deveria ser 2h/dia.
164
Segundo os pesquisados, o item instalação da sala de informática para
50% dos pesquisados deveria melhorar a ventilação (Tabela 77, Gráfico 73).
Outra sugestão deveria ter um local para guardar o material do curso.
Tabela 77 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática
Instalação da sala de informática Freqüência %*
Melhorar ventilação 1 50,0
Aumentar tamanho - -
Melhorar iluminação - -
Outros 1 50,0
Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
melhorar ventilação
outra
Gráfico 73 - Percentual da sugestão dos instrutores voluntários segundo a
instalação da sala de informática.
165
O item equipamentos de informática para 33,3% dos pesquisados deveria
ter um computador por aluno, para 33,3% manter todos os equipamentos
funcionando e para 33,3% acesso à internet. (Tabela 78, Gráfico 74).
Tabela 78 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática
Equipamentos de informática Freqüência %*
Ter um computador por aluno 1 33,3
Manter todos os equipamentos funcionando
1 33,3
Equipamento com acesso a internet 1 33,3
Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
33.3%
33.3%ter um computador por aluno
manter todos os equipamentos funcionando
equipamento com acesso a internet
Gráfico 74 - Percentual da sugestão dos instrutores voluntários segundo os equipamentos
de informática.
Para o item apostilas todos os pesquisados sugeriram que aumentasse
os exercícios.
Para o item método de ensino todos os pesquisados sugeriram que fosse
adaptado para cada EIC.
166
4.2.3.8. Ações para ser Implementadas no Projeto para
Consolidar a Parceria com os Instrutores
Para 60% dos instrutores voluntários existem ações que podem ser
implementadas no Projeto Alfabetização Digital com o próposito de consolidar a
parceria com os instrutores voluntários e para 40% não existem ações (Tabela 79,
Gráfico 75).
Tabela 79 - Distribuição dos instrutores voluntários segundo a questão: Existem ações que podem ser implementadas no Projeto e que tenham o propósito de consolidar a parceria com os instrutores
Existem ações a ser implementadas para consolidar a parceria com os instrutores
Freqüência %*
Não 3 60,0
Sim 2 40,0
Total 5 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
40.0%
60.0%
sim
não
Gráfico 75 - Percentual da sugestão dos Instrutores voluntários segundo a
questão: Existem ações a serem implementadas para consolidar a
parceria com os instrutores?
167
Das ações que poderão vir a ser implementadas no Projeto Alfabetização
Digital e que tenham como propósito consolidar a parceria com os instrutores
destacaram-se as seguintes: conscientizar o instrutor em relação ao trabalho
voluntariado (25%), manter vínculo de ex-instrutores com o projeto (25%), ações
concretas para atrair o voluntariado (25%), incentivar reuniões periódicas (25%)
(Tabela 80, Gráfico 76).
Tabela 80 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo as ações que podem ser implementadas no Projeto e que tenham o propósito de consolidar a parceria com os instrutores
Ações a ser implementadas para consolidar a parceria com os instrutores
Freqüência %*
Conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado
1 25,0
Manter vínculo de ex-instrutores com o projeto 1 25,0
Ações concretas para atrair o voluntariado 1 25,0
Incentivar reuniões periódicas 1 25,0
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
25.0%
25.0% 25.0%
25.0% Conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado Manter vínculo de ex-instrutores com projeto
Ações conctretas para atrair o voluntariado Incentivar reuniões periódicas
Gráfico 76 - Percentual da sugestão dos Instrutores voluntários segundo as ações a ser
implementadas para consolidar a parceria com os instrutores.
168
4.2.3.9. Recomendações para Atuação como Instrutor
Voluntário
Todos os instrutores voluntários recomendam aos seus colegas a atuarem
como instrutores voluntários do Projeto.
Das recomendações citadas para os colegas atuarem como instrutor
voluntário do Projeto destacaram-se: troca com os alunos é gratificante (37,5%),
ensinar é compensador (12,5%), divulgação do trabalho que desenvolve (12,5%),
ganhar novos amigos (12,5%), conhecer outra realidade e compartilhar (12,5%) e
gratificação em auxiliar (12,5%) (Tabela 81, Gráfico 77).
Tabela 81 - Distribuição dos instrutores voluntários segundo as recomendações para os colegas atuarem como instrutores voluntários no Projeto
Recomendações para os colegas atuarem como instrutor voluntário no Projeto
Freqüência %*
Troca com os alunos é gratificante 3 37,5
Ensinar é compensador 1 12,5
Divulgação do trabalho que desenvolve 1 12,5
Ganhar novos amigos 1 12,5
Conhecer outra realidade e compartilhar 1 12,5
Gratificação em auxiliar 1 12,5
Total 8 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
12.5%
12.5%
37.5%
12.5%
12.5%
12.5%Ensinar é compensador
Divulgando o trabalho que desenvolve
Troca com os alunos é gratificante
Ganhar novos amigos
Conhecer outra realidade e compartilhar
Gratificação em auxiliar
Gráfico 77 - Percentual dos Instrutores voluntários segundo as recomendações para os
colegas atuarem como instrutores voluntários no Projeto.
169
4.2.3.10. Ações a serem Implementadas no Projeto para
Fortalecer e Aproximar Cada Vez Mais o Projeto
do Cidadão
Quanto as ações que poderão ser implementadas com o próposito de
fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto Alfabetização Digital do Cidadão
destacaram-se: reuniões periódicas (30%), novas parcerias (20%), ampliação do
quadro de voluntários (10%), selecionar entre os alunos novos instrutores (10%),
ampliação do projeto (10%), treinamento e reciclagem (10%) e seminários
específicos (10%) (Tabela 82, Gráfico 78).
Tabela 82 - Distribuição das ações segundo os instrutores voluntários que podem ser implementadas com o próposito de fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto Alfabetização Digital do Cidadão
Ações a serem implementadas para fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto
Freqüência %*
Reuniões periódicas 3 30,0
Novas parcerias 2 20,0
Ampliação do quadro de voluntários 1 10,0
Selecionar entre os alunos novos instrutores 1 10,0
Ampliação do projeto 1 10,0
Treinamento de reciclagem 1 10,0
Seminários específicos 1 10,0
Total 10 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
28.6%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%Reuniões periódicas
Novas parcerias
Ampliação do quadro de voluntários
Ampliação do projeto
Envolver a comunidade através da publicidade
Criar uma sede própria para ministrar treinamentos aos voluntários
Gráfico 78 - Percentual dos Instrutores voluntários segundo as ações para fortalecer e
aproximar cada vez mais o Projeto.
170
4.2.4. EX-INSTRUTORES VOLUNTÁRIOS
Os ex-instrutores voluntários do projeto são empregados ou ex-empregados da
Prodeb e Siemens, profissionais com formação acadêmica média e superior, oriundos
da área técnica e administrativa da empresa, com perfil e interesse em trabalhos
comunitários e formação de grupos multiplicadores do conhecimento em comunidades
carentes de baixa renda no Município de Salvador-BA.
Atualmente não estão atuando no Projeto por motivos diversos, tais como:
falta de tempo, problemas de saúde, desligamento da empresa, bem como
interesse em outros projetos.
Apresentamos, abaixo, a distribuição dos questionários segundo as EICs
(Tabela 83, Gráfico 79) onde constatamos que em cada EIC foram levantadas
25% das informações para os ex-instrutores voluntários.
Tabela 83 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo a EIC
Escola de Informática e Cidadania (EIC)
Freqüência %
Lar Harmonia - Alan Kardec 1 25,0
Prodeb 1 25,0
UNEB 1 25,0
Lar Harmonia - Tereza Cristina 1 25,0
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% Prodeb
Uneb
Lar Harmonia Allan Kardec
Lafayete Coutinho
Gráfico 79 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo a EIC.
171
4.2.4.1. Perfil dos Ex-Instrutores Voluntários
Quanto à motivação dos ex-instrutores em participar como voluntários do
Projeto Alfabetização Digital, observamos que 28,6% responderam exercer
cidadania, 28,6% porque a metodologia do curso contempla informática e
cidadania, 14,3% para dar aulas de cidadania, 14,3% por ser comprometido com os
propósitos da inclusão digital e 14,3% por outros motivos (Tabela 84 e Gráfico 80).
O compartilhamento do conhecimento foi outra motivação, que fizeram
14,3% dos ex-instrutores voluntários a participarem do projeto.
Tabela 84 - Distribuição dos ex-instrutores voluntários segundo a motivação em participar do projeto
Motivação a participar do projeto Freqüência %*
Para exercer cidadania 2 28,6
Porque a metodologia do curso contempla informática e cidadania
2 28,6
Por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital
1 14,3
Para dar aulas de cidadania 1 14,3
Para dar aulas de informática - -
Outro 1 14,3
Total 7 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
28.6%
14.3%
14.3%
28.6%
14.3%para exercer cidadania
por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital
para dar aulas de cidadania
porque a metodologia do curso contempla informática e cidadania
outro
Gráfico 80 - Percentual dos ex-instrutores voluntários segundo a motivação em participar do projeto.
172
Quanto ao desligamento do projeto, constatamos que 50% dos ex-
instrutores voluntários se desligaram por falta de tempo, 16,7% por problemas de
saúde, 16,7% por desligamento da empresa e 16,7% por interesses em outros
projetos (Tabela 85, Gráfico 81).
Tabela 85 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as causas do desligamento do projeto
Causas de desligamento do projeto
Freqüência %*
Falta de tempo 3 50,0
Problemas de saúde 1 16,7
Desligamento da empresa 1 16,7
Interesse em outros projetos 1 16,7
Total 6 100
Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
16.7%
16.7%
50.0%
16.7%Interesse em outros projetos
Problemas de saúde
Falta de tempo
Desligamento da empresa
Gráfico 81 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as causas
do desligamento do projeto.
Segundo todos os ex-instrutores voluntários, as aulas de cidadania refletem
sobre a realidade dos alunos matriculados na EIC em que eles trabalhavam.
173
4.2.4.2. Dificuldades Encontradas para Conduzir o Curso
Observamos que 75% dos ex-instrutores voluntários encontravam
dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula e 25% não encontravam
nenhum tipo de dificuldade (Tabela 86, Gráfico 82).
Tabela 86 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo a questão:
Encontrava dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula?
Encontrava dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula
Freqüência %
Sim 3 75,0
Não 1 25,0
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
75.0%
25.0% sim
não
Gráfico 82 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários
segundo a questão: Encontrava dificuldade para conduzir os
trabalhos em sala de aula ?
174
Constatamos que as maiores dificuldades encontradas para conduzir os
trabalhos em sala de aula são: grau de escolaridade desigual (25%),
equipamentos com defeito (25%), faixa etária desigual (12,5%), nível de
escolaridade incompatível com o curso (12,5%), poucos equipamentos (12,5%)
(Tabela 87 e Gráfico 83). Outra dificuldade foi o baixo nível de escolaridade e
alunos não sabem escrever.
Tabela 87 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as dificuldades encontradas para conduzir os trabalhos em sala de aula
Dificuldades para conduzir os trabalhos Freqüência %*
Grau de escolaridade desigual 2 25,0
Equipamentos com defeito 2 25,0
Faixa etária desigual 1 12,5
Nível de escolaridade incompatível com o curso 1 12,5
Poucos equipamentos 1 12,5
Falta de maturidade do aluno em relação ao objetivo do curso
- -
Freqüência irregular dos alunos - -
Problema de conduta dos alunos - -
Poucas aulas práticas - -
Alunos desmotivados - -
Pouco tempo de aula - -
Espaço de tempo entre as aulas - -
Outro 1 12,5
Total 8 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
25.0%
12.5%
12.5%25.0%
12.5%
12.5%grau de escolaridade desigual
faixa etária desigual
nível de escolaridade incompatível com o curso
equipamentos com defeito
poucos equipamentos
outro
Gráfico 83 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as
dificuldades encontradas para conduzir os trabalhos em sala de aula.
175
4.2.4.3. Barreiras
Observamos que em relação às barreiras que os ex-instrutores voluntários
enfrentaram em relação à coordenação do projeto - Prodeb e a coordenação da
EIC, todos os pesquisados disseram que houve falta de acompanhamento efetivo.
Quanto às barreiras em relação aos alunos, 50% responderam nivelamento
da turma e os 50% restantes dificuldades em aplicar a metodologia do CDI
(Tabela 88, Gráfico 84).
Tabela 88 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as barreiras enfrentadas em relação aos alunos
Barreiras enfrentadas em relação aos alunos Freqüência %*
Nivelamento da turma 1 50,0
Dificuldades em aplicar a metodologia do CDI 1 50,0
Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
Nivelamento da turma
Dificuldades em aplicar a metodologia do CDI
Gráfico 84 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as barreiras
enfrentadas em relação aos alunos.
176
4.2.4.4. Vantagens e Desvantagens
Observamos que em relação as vantagens relacionadas ao Projeto de
Alfabetização Digital, 25% dos ex-instrutores voluntários responderam formação
profissional, 25% responderam auxiliar a comunidade, 25% responderam desafio,
gratificação e satisfação e 25% conscientização e cidadania (Tabela 89, Gráfico 84).
Tabela 89 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as vantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital
Vantagens relacionadas ao Projeto Freqüência %
Formação Profissional 1 25,0
Auxiliar a comunidade 1 25,0
Desafio, gratificação e satisfação. 1 25,0
Conscientização e cidadania 1 25,0
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% Formação Profissional
Auxiliar a comunidade
Desafio, gratificação e satisfação
Conscientização e cidadania
Gráfico 84 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as
vantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital.
177
Observamos que em relação as desvantagens relacionadas ao Projeto de
Alfabetização Digital, 50% dos ex-instrutores voluntários responderam ambiente e
estrutura da sala e os 50% restantes responderam dificuldades em praticar fora
da sala de aula (Tabela 90, Gráfico 85).
Tabela 90 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as desvantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital
Desvantagens relacionadas ao Projeto Freqüência %*
Ambiente e estrutura da sala 1 50,0
Dificuldades em praticar fora da sala de aula 1 50,0
Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
Ambiente e estrutura da sala
Dificuldades em praticar fora da sala de aula
Gráfico 85 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as
desvantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital.
178
4.2.4.5. Resultado Obtido ao Atuar no Projeto
Quanto aos resultados que os ex-instrutores voluntários obtiveram ao atuar
no projeto, 33,3% responderam cidadania, 16,7% responderam trocas de idéias,
16,7% satisfação em auxiliar a comunidade, 16,7% contribuir com o processo de
inclusão social e 16,7% crescimento pessoal (Tabela 91, Gráfico 85).
Tabela 91 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo os resultados obtidos ao atuarem no Projeto de Alfabetização Digital
Resultados obtidos ao atuarem no Projeto Freqüência %*
Cidadania 2 33,3
Troca de idéias 1 16,7
Satisfação em auxiliar a comunidade 1 16,7
Contribuir com o processo de inclusão social 1 16,7
Crescimento pessoal 1 16,7
Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
16.7%
33.3%
16.7%
16.7%
16.7%Troca de idéias
Cidadania
Satisfação em auxiliar a comunidade
Contribuir com o processo de inclusão social
Crescimento pessoal
Gráfico 85 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo os
resultados obtidos ao atuar no Projeto de Alfabetização Digital.
179
4.2.4.6. Avaliação do Curso
Como um dos objetivos do projeto é a correção de rumos aumentando
assim a eficácia e o fortalecimento do projeto, foi solicitado aos ex-instrutores
voluntários que avaliassem o curso sob o seu ponto de vista no que tange aos
seguintes itens: curso de Instrutor – CDI, duração do curso de Instrutor, modelo
de EIC, horário do curso, duração das aulas, duração do curso, instalação da sala
de aula, equipamentos de informática, apostilas, método de ensino,
relacionamento com a coordenação do Projeto-Prodeb, relacionamento com a
coordenação da EIC, relacionamento com os alunos e relacionamento com os
demais instrutores.
Observamos que 25% dos ex-instrutores voluntários classificaram o item
curso de instrutor – CDI como ótimo, 25% como bom, 25% como regular e 25%
como ruim (Tabela 92, Gráfico 86).
Tabela 92 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item curso de instrutor – CDI
Curso de Instrutor - CDI Freqüência %
Ótimo 1 25,0
Bom 1 25,0
Regular 1 25,0
Ruim 1 25,0
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% ótimo
bom
regular
ruim
Gráfico 87 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o curso de instrutor - CDI.
180
Observamos que 50% dos ex-instrutores voluntários classificaram o item
duração do curso de instrutor – CDI como ótimo, 25% como regular e 25% como
ruim (Tabela 93, Gráfico 88).
Tabela 93 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item duração do curso de instrutor – CDI
Duração do Curso de Instrutor - CDI Freqüência %
Ótimo 2 50,0
Regular 1 25,0
Ruim 1 25,0
Bom - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
50.0%
25.0%
25.0% ótimo
regular
ruim
Gráfico 88 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo a
duração do curso de instrutor - CDI.
181
Observamos que 66,7% dos ex-instrutores voluntários classificaram o item
modelo da EIC como ótimo e 33,3% como regular (Tabela 94, Gráfico 88).
Tabela 94 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item modelo da EIC
Modelo da EIC Freqüência %*
Ótimo 2 66,7
Regular 1 33,3
Ruim - -
Bom - -
Péssimo - -
Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
66.7%
33.3%ótimo
regular
Gráfico 88 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o item
modelo da EIC.
182
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item horário do curso
como bom, 25% como ótimo e 25% como regular (Tabela 95, Gráfico 89).
Tabela 95 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item horário do curso
Horário do curso Freqüência %
Bom 2 50,0
Ótimo 1 25,0
Regular 1 25,0
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
50.0%
25.0% ótimo
bom
regular
Gráfico 89 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o
horário do curso.
183
Observamos que 25% dos indivíduos classificaram o item duração das
aulas como ótimo, 25% como bom, 25% como regular e 25% como ruim (Tabela
96, Gráfico 90).
Tabela 96 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item duração das aulas
Duração das aulas Freqüência %
Ótimo 1 25,0
Bom 1 25,0
Regular 1 25,0
Ruim 1 25,0
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% ótimo
bom
regular
ruim
Gráfico 90 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo a
duração do curso.
184
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item duração do curso
como bom, 25% como ótimo e 25% como ruim (Tabela 97, Gráfico 91).
Tabela 97 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item duração do curso
Duração do curso Freqüência %
Bom 2 50,0
Ótimo 1 25,0
Regular 1 25,0
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100
Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
50.0%
25.0% ótimo
bom
ruim
Gráfico 91 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários
segundo a duração do curso.
185
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item instalação da
sala de informática como ruim, 25% como bom e 25% deles como regular (Tabela
99, Gráfico 92).
Tabela 99 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática de informática
Instalação da sala de informática
Freqüência %
Ruim 2 50,0
Bom 1 25,0
Regular 1 25,0
Ótimo - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%
50.0%
bom
regular
ruim
Gráfico 92 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários
segundo a instalação da sala de informática.
186
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item equipamentos de
informática como ruim, 25% como bom e 25% deles como regular (Tabela 100,
Gráfico 93).
Tabela 100 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática
Instalação da sala de informática
Freqüência %
Ruim 2 50,0
Bom 1 25,0
Regular 1 25,0
Ótimo - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%
50.0%
bom
regular
ruim
Gráfico 93 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários
segundo os equipamentos de informática.
187
Observamos que 75% dos indivíduos classificaram o item apostilas como
regular e 25% como bom (Tabela 101, Gráfico 94).
Tabela 101 - Distribuição dos ex-instrutores voluntários segundo item apostilas
Apostilas Freqüência %
Regular 3 75,0
Bom 1 25,0
Ótimo - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
75.0%
bom
regular
Gráfico 94 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários
segundo as apostilas.
188
Observamos que 25% dos indivíduos classificaram o item método de
ensino como ótimo, 25% como bom, 25% como regular e 25% como ruim (Tabela
101, Gráfico 95).
Tabela 101 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo método de ensino
Método de ensino Freqüência %
Ótimo 1 25,0
Bom 1 25,0
Regular 1 25,0
Ruim 1 25,0
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% ótimo
bom
regular
ruim
Gráfico 95 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários
segundo o método de ensino do curso.
189
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento
com a coordenação do Projeto - Prodeb como ótimo, 25% como bom e 25% como
regular (Tabela 102, Gráfico 96).
Tabela 102 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item relacionamento com a coordenação do Projeto-Prodeb
Relacionamento com a coordenação da Prodeb
Freqüência %
Ótimo 2 50,0
Bom 1 25,0
Regular 1 25,0
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte:Prodeb, Salvador-BA. 2003.
50.0%
25.0%
25.0% ótimo
bom
regular
Gráfico 96 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários
segundo o relacionamento com a coordenação da Prodeb.
190
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento
com a coordenação da EIC como ótimo e 50% como ruim (Tabela 103, Gráfico 97).
Tabela 103 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item relacionamento com a coordenação da EIC
Relacionamento com a coordenação da EIC
Freqüência %
Ótimo 2 50,0
Ruim 2 50,0
Bom - -
Regular - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
50.0%50.0%
ótimo
ruim
Gráfico 97 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o
relacionamento com a coordenação da EIC.
191
Observamos que 75% dos indivíduos classificaram o item relacionamento
com os alunos como ótimo e 25% como bom (Tabela 104, Gráfico 98).
Tabela 104 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item relacionamento com os alunos
Relacionamento com os alunos Freqüência %
Ótimo 3 75,0
Bom 1 25,0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
75.0%
25.0% ótimo
bom
Gráfico 98 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários
segundo o relacionamento com os alunos.
192
Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento
com os demais instrutores como ótimo, 25% como bom e 25% como regular
(Tabela 105, Gráfico 99).
Tabela 105 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo
item relacionamento com os demais instrutores
Relacionamento com os demais instrutores Freqüência %
Ótimo 2 50,0
Bom 1 25,0
Regular 1 25,0
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
50.0%
25.0%
25.0% ótimo
bom
regular
Gráfico 99 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o
relacionamento com os demais instrutores.
193
4.2.4.7. Sugestões para o Curso
Como alguns itens foram classificados como regular, ruim ou péssimo
pelos pesquisados, foi solicitado aos mesmos que sugerissem mudanças no
sentido de corrigir e alinhar o serviço oferecido a realidade daqueles que
realmente o utilizam.
Observamos que 50% dos ex-instrutores voluntários sugeriram para o item
curso de instrutor – CDI aumento da carga horária e 50% sugeriram permitir
reciclagem (Tabela 106, Gráfico 100).
Tabela 106 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item curso de instrutor – CDI
Curso de Instrutor - CDI Freqüência %*
Aumentar carga horária 1 50,0
Permitir reciclagem 1 50,0
Contemplar outros conteúdos - -
Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
aumentar carga horária
permitir reciclagem
Gráfico 100 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo o
curso de instrutor - CDI.
Todos os ex-instrutores voluntários sugeriram que a duração do curso de
instrutor – CDI fosse de três meses.
194
Observamos que 33,3% dos pesquisados sugeriram para o item modelo da
EIC ampliação da sala de aula, 33,3% aumento do número de computadores e
33,3% acesso à internet. (Tabela 107, Gráfico 101).
Tabela 107 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item modelo da EIC
Modelo da EIC Freqüência %*
Ampliar sala de aula 1 33,33
Aumentar número de computadores 1 33,33
Prover o acesso à Internet 1 33,33
Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
33.3%
33.3%ampliar sala de aula
aumentar número de computadores
prover o acesso à Internet
Gráfico 101 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo o item
modelo da EIC.
Todos os pesquisados sugeriram que a duração das aulas fosse de 4h/dia.
Todos os pesquisados sugeriram que a duração do curso fosse de 6 meses.
195
Segundo os pesquisados, o item instalação da sala de informática para
33,3% dos pesquisados deveria aumentar o tamanho e para 33,3% deveria
melhorar a ventilação (Tabela 107, Gráfico 101). Outra sugestão seria melhorar a
qualidade das mesas e cadeiras.
Tabela 107 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática
Instalação da sala de informática Freqüência %*
Aumentar tamanho 1 33,3
Melhorar ventilação 1 33,3
Melhorar iluminação - -
Outros 1 33,3
Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
33.3%
33.3%aumentar tamanho
melhorar ventilação
outra
Gráfico 101 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo a
instalação da sala de informática.
196
O item equipamentos de informática para 40% dos pesquisados deveria ter
um computador por aluno, para 40% manter todos os equipamentos funcionando
e para 20% acesso à internet. (Tabela 108, Gráfico 102).
Tabela 108 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática
Equipamentos de informática Freqüência %*
Ter um computador por aluno 2 40,0
Manter todos os equipamentos funcionando
2 40,0
Equipamento com acesso a internet
1 20,0
Total 5 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações..
40.0%
40.0%
20.0% ter um computador por aluno
manter todos os equipamentos funcionando
equipamento com acesso a internet
Gráfico 102 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo os
equipamentos de informática.
197
O item apostilas por 50% dos pesquisados foi sugerido o aumento dos
exercícios, 25% sugeriram o aumento da teoria (Tabela 109, Gráfico 103). Com
relação a outra sugestão, 25% sugeriram melhor qualidade da apresentação
das apostilas.
Tabela 109 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item apostilas
Apostilas Freqüência %*
Aumentar os exercícios 2 50,0
Aumentar a teoria 1 25,0
Mais explicativas - -
Outros 1 25,0
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações..
50.0%
25.0%
25.0% aumentar os exercícios
aumentar a teoria
outra
Gráfico 103 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo as apostilas.
198
O item método de ensino por 66,7% dos pesquisados foi sugerido mais
interatividade e 33,3% sugeriram a adaptação para cada EIC (Tabela 110,
Gráfico 103).
Tabela 110 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item método de ensino
Método de ensino Freqüência %*
Mais interativo 2 66,7
Adaptado para cada EIC 1 33,3
Diminuir aulas teóricas - -
Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
66.7%
33.3%mais interativo
adaptado para cada EIC
Gráfico 103 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo o
método de ensino.
4.2.4.8. Ações a Serem Implementadas no Projeto para
Consolidar a Parceria com os Instrutores
Todos os ex-instrutores voluntários disseram que existem ações que
poderão ser implementadas no Projeto Alfabetização Digital com o próposito de
consolidar a parceria com os instrutores voluntários.
Das ações que poderão vir a ser implementadas no Projeto e que tenham
como propósito consolidar a parceria com os instrutores destacaram-se:
conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado (25%), apoio efetivo
199
com mantenedores do projeto (25%), melhoria da qualidade do trabalho (25%) e
realização de trabalhos de auto-conhecimento (25%) ( Tabela 111, Gráfico 104).
Tabela 111 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo as ações que poderão ser implementadas no Projeto e que tenham como propósito consolidar a parceria com os instrutores
Ações a ser implementadas para consolidar a parceria com os instrutores
Freqüência %
Conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado
1 25,0
Apoio efetivo com mantenedores do projeto 1 25,0
Melhoria da qualidade do trabalho 1 25,0
Realização de trabalhos de auto-conhecimento
1 25,0
Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% Conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado
Apoio efetivo com mantenedores do projeto
Melhoria da qualidade do trabalho
Realização de trabalhos de autoconhecimento
Gráfico 104 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo as ações a ser
implementadas para consolidar a parceria com os instrutores.
200
4.2.4.9. Recomendações para Atuação como Instrutor
Voluntário
Todos os ex-instrutores voluntários recomendam aos seus colegas a atuarem
como instrutores voluntários do Projeto, pois é gratificante auxiliar a comunidade.
4.2.4.10. Ações a Serem Implementadas no Projeto para
Fortalecer e Aproximar Cada Vez mais o Projeto
do Cidadão.
Quanto as ações que poderão ser implementadas com o próposito de
fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto Alfabetização Digital do Cidadão
destacaram-se as seguintes sugestões: reuniões periódicas (28,6%), novas
parcerias (14,3%), ampliação do quadro de voluntários (14,3%), ampliação do
projeto (14,3%), envolver a comunidade através da publicidade (14,3%) e criar
uma sede própria para ministrar treinamentos aos voluntários (14,3%) (Tabela
112, Gráfico 105).
201
Tabela 112 - Distribuição das ações segundo os ex-instrutores voluntários que podem ser implementadas com o próposito de fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto Alfabetização Digital, do Cidadão
Ações a serem implementadas para fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto do
Cidadão
Freqüência %*
Reuniões periódicas 2 28,6
Novas parcerias 1 14,3
Ampliação do quadro de voluntários 1 14,3
Ampliação do projeto 1 14,3
Envolver a comunidade através da publicidade 1 14,3
Criar uma sede própria para ministrar treinamentos aos voluntários
1 14,3
Total 7 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
28.6%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%Reuniões periódicas
Novas parcerias
Ampliação do quadro de voluntários
Ampliação do projeto
Envolver a comunidade através da publicidade
Criar uma sede própria para ministrar treinamentos aos voluntários
Gráfico 105 - Percentual dos ex-instrutores voluntários segundo as ações para fortalecer e
aproximar cada vez mais o Projeto do Cidadão.
202
4.2.5. PERFIL DA COORDENAÇÃO DAS ESCOLAS DE
INFORMÁTICA E CIDADANIA
Os coordenadores das EICs integrantes do Projeto Alfabetização Digital,
são profissionais vinculados às instituições onde a EIC está implantada. Mediante
ao termo de compromisso entre o CDI e a Instituição Beneficiada, esta tem como
compromissos beneficiar comunidades carentes, estruturar condições para auto-
sustentação da EIC, garantir sua continuidade, articular com outras iniciativas afins,
a colocação no mercado de trabalho dos aprendizes de informática, dentre outros.
Decorrente da coleta de dados, faz-se importante frisar, que todas as
freqüências e percentuais foram calculados tomando como base 4
observações (coordenadores), sendo que a maior parte das questões do
instrumento de coleta utilizado, foram de ordem qualitativa. As respostas das
questões abertas foram categorizadas.
Apresentamos, a seguir, a distribuição das respostas dos questionários
segundo a EIC (Tabela 113, Gráfico 106) onde constatamos que 25% dos
coordenadores pesquisados são da EIC Prodeb, 25% são da EIC Lar Harmonia –
Escola Integral Allan Kardec, 25% são da EIC Lar Harmonia – Creche Escola
Tereza Cristina, 25% são da Unidade Prisional da Colônia Lafayete Coutinho.
203
Tabela 113 - Distribuição das respostas da Coordenação segundo a EIC
Escola de Informática e Cidadania Freqüência %
Prodeb 1 25.0
Lar Harmonia - Allan Kardec 1 25.0
Lar Harmonia - Tereza Cristina 1 25.0
Colônia Lafayete Coutinho 1 25.0
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% Prodeb
Lar Harmonia Allan Kardec
Lar Hamonia Tereza Cristina
Colônia Lafayete Coutinho
Gráfico 106 - Distribuição dos questionários da coordenação segundo a EIC
204
4.2.5.1. Motivação
Quanto ao item Motivação, ou seja, o que motivou essa
Empresa/Instituição a implantar em sua sede uma Escola de Informática, 25% dos
pesquisados responderam inserção ao mercado de trabalho, 25% formação
profissional, 25% atender a comunidade carente, 12,5% inclusão social e 12,5%
cidadania (Tabela 114, Gráfico 107).
Tabela 114 - Distribuição das respostas segundo a questão: O que motivou essa Empresa/Instituição a implantar em sua sede uma Escola de Informática e Cidadania – EIC?
Motivos que o levaram a implantar a Escola de Informática e
Cidadania
Freqüência %
Inserção ao mercado de trabalho 2 25.0
Formação profissional 2 25.0
Atender a comunidade carente 2 25.0
Inclusão no meio social 1 12.5
Cidadania 1 12.5
Total 8 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
25.0%
25.0%25.0%
12.5%
12.5%Inserção ao mercado de trabalho
Formação profissional
Atender a comunidade carente
Inclusão no meio social
Cidadania
Gráfico 107 - Distribuição das respostas segundo a questão: O que motivou essa
Empresa/Instituição a implantar em sua sede uma Escola de Informática e
Cidadania – EIC?
205
4.2.5.2. Quanto a Concepção da EIC
Quanto a concepção da EIC 66,7% responderam terem sido concebidas
através da Prodeb, 16,7% através da Secretária de Justiça e Direitos Humanos,
16,7% Fundação Lar Harmonia (Tabela 115, Gráfico 108).
Tabela 115 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como foi concebida?
Como foi concebida? Freqüência %
Prodeb 4 66.7
Secretaria de Justiça e Direitos Humanos 1 16.7
Fundação Lar Harmonia 1 16.7
Total 6 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
66.7%
16.7%
16.7%PRODEB
Secretaria de Justiça e Direitos Humanos
Fundação Lar Harmonia
Gráfico 108 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como foi concebida?
206
4.2.5.3. Como é Gerenciada?
Quanto a forma como vêm sendo gerenciada: 66,7% atribuíram a gerência
a Prodeb e 33,3% atribuíram a Coordenação da Colônia e Secretaria de Justiça e
Direitos Humanos (Tabela 116, Gráfico 109).
Tabela 116 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como é gerenciada?
Como é gerenciada? Freqüência %
Prodeb 2 66.7
Coordenador da Colônia e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos
1 33.3
Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
66.7%
Coordenador da Colônia e SDJH
PRODEB
Gráfico 109 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como é gerenciada?
207
4.2.5.4. Como é Viabilizada Financeiramente?
Quanto a viabilidade financeira 66,7% atribuíram a trabalhos voluntários de
diversos colaboradores e 33,3% atribuíram a parcerias com governo e prefeitura
estaduais (Tabela 117, Gráfico 110).
Tabela 117 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como é gerenciada?
Como é gerenciada? Freqüência %
Trabalhos voluntários de diversos colaboradores 2 66.7
Parcerias com Governo e Prefeitura Estaduais 1 33.3
Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
66.7%
33.3%Trabalhos voluntários de diversos colaboradores
Parcerias com Governo e Prefeitura
Gráfico 110- Distribuição das respostas segundo a questão: Como é gerenciada?
208
Atualmente existem duas (50%) EICs em funcionamento e duas EICs
(50%) desativadas (Tabela 118, Gráfico 111).
Tabela 118 - Distribuição dos questionários segundo situação atual da EIC
Situação atual dessa EIC Freqüência %
Funcionando 2 50.0
Não funcionando 2 50.0
Total 4 100
Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
50.0%50.0%
Funcionando
não funcionando
Gráfico 111 - Distribuição dos questionários da coordenação segundo a EIC
209
4.2.5.5. Por que não Está Funcionando?
Como justificativa do não funcionamento, 50% dos pesquisados disseram
estar com a sala de aula de informática ociosa aguardando posicionamento da
Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Prodeb, os 50% restantes alegaram
falta de instrutores (Tabela 119, Gráfico 112).
Tabela 119 - Distribuição das respostas segundo a questão: Porquê não está funcionando?
Por que não está funcionando? Freqüência %
Sala ociosa aguardando posicionamento da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Prodeb
1 50.0
Falta instrutores 1 50.0
Total 2 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
Sala ociosa aguardando posicionamento da SJDH e Prodeb
Falta instrutores
Gráfico 112 - Distribuição das respostas segundo a questão: Por que não está funcionando?
210
4.2.5.6. Mobilização
Quanto à questão mobilização: 16,7% responderam que a divulgação é
feita na própria comunidade, 16,7% através do mural da Empresa/Instituição,
16,7% através de avisos emcaminhados aos familiares dos alunos e 50%
responderam outras formas de mobilização (Tabela 120, Gráfico 113).
Tabela 120 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como é mobilizada a clientela relacionada à divulgação do ensino de informática, oferecido por essa EIC?
Como é realizada a mobilização? Freqüência %*
Divulgação na comunidade 1 16.7
Divulgação no mural da Empresa/Instituição 1 16.7
Avisos encaminhados aos familiares dos alunos 1 16.7
Outro 3 50.0
Total 6 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
16.7%
16.7%
16.7%
50.0%
divulgação na comunidade
divulgação no mural da Empresa/Instituição
avisos encaminhados aos familiares dos alunos
outro
Gráfico 113 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como é
mobilizada a clientela relacionada à divulgação do ensino de informática,
oferecido por essa EIC?
211
Observamos que 33,3% dos pesquisados utilizam o contato telefônico
como forma de mobilizar os alunos, 33,3% utilizam avisos à coordenação dos
detentos e 33,3% enviam avisos em escolas para os alunos de 3a e 4a séries
(Tabela 121, Gráfico 114).
Tabela 121 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Qual a outra forma de mobilização?
Outra forma de mobilização? Freqüência %
Contato telefônico 1 33.3
Avisos da Coordenação da colônia aos detentos 1 33.3
Avisos em escolas para os alunos de 3ª e 4ª série 1 33.3
Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
33.3%
33.3%Contato telefônico
Avisos da Coordenação da colônia aos detentos
Avisos em escolas para os alunos de 3a e 4a série
Gráfico 114 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Qual a outra
forma de mobilização?
212
4.2.5.7. Seleção dos Alunos
Observamos que a seleção dos alunos para 14,3% das EICs é feita através
do grau de instrução escolar, 14,3% através da condição estar estudando,14,3%
analisam o perfil sócio-econômico do funcionário/família; 14,3% analisam a
necessidade do curso para a empregabilidade do indivíduo e 42,9% responderam
outras formas de seleção (Tabela 122, Gráfico 115).
Tabela 122 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como se dá a seleção dos alunos candidatos?
Como se dá a seleção dos alunos? Freqüência %
Grau de instrução escolar 1 14.3
Estar estudando 1 14.3
Perfil sócio-econômico do funcionário/família 1 14.3
Estar necessitando do curso de informática para
se empregar
1 14.3
Outro 3 42.9
Total 7 100
Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%
42.9%
grau de instrução escolar
estar estudando
perfil sócio-econômico do funcionário/família
estar necessitando do curso de informática para se empregar
outro
Gráfico 115 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como se dá a
seleção dos alunos candidatos?
213
Segundo os pesquisados que responderam outra forma de seleção: 33,3%
optam melhor conduta, 33,3% por série, 33,3% pelo cadastro da Fundação Lar
Harmonia (Tabela 123, Gráfico 116).
Tabela 123 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Outra forma de seleção dos alunos?
Outra forma de mobilização? Freqüência %
Melhor conduta 1 33.3
Por série 1 33.3
Pelo cadastro da Fundação Lar Harmonia
1 33.3
Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
33.3%
33.3%Melhor conduta
Por série
Pelo cadastro da FLH
Gráfico 116 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão:
Outra forma de seleção dos alunos?
214
4.2.5.8. Manutenção Técnica
Observamos que 40% dos pesquisados atribuem a responsabilidade da
manutenção técnica dos equipamentos à coordenação da EIC, 40% sob a
responsabilidade da Prodeb e 20% outras formas de manutenção (Tabela 124,
Gráfico 117).
Tabela 124 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como se dá a manutenção técnica dos equipamentos de informática instalados na sala de aula dessa EIC?
Como se dá a manutenção técnica? Freqüência %
Sob a responsabilidade de cada coordenação da EIC 2 40.0
Sob a responsabilidade da Prodeb 2 40.0
Outro 1 20.0
Total 5 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
40.0%
40.0%
20.0%sob a responsabilidade de cada coordenação da EIC
sob a responsabilidade da PRODEB
outro
Tabela 117 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como se dá a
manutenção técnica dos equipamentos de informática instalados na sala de aula
dessa EIC?
Verificamos que para 100% dos pesquisados as aulas de cidadania
refletem sobre a realidade em que os alunos beneficiários vivem.
215
4.2.5.9. Dificuldades com Relação à Coordenação do
Projeto - Prodeb
Segundo a coordenação das EICs as principais dificuldades encontradas
no que tange à Coordenação do Projeto - Prodeb foram: a falta de substituição
imediata dos voluntários para 50% dos pesquisados e dificuldades na ampliação
do quadro de voluntários (50%) (Tabela 125,Gráfico 118).
Tabela 125 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a coordenação dessa EIC enfrenta no que tange a Coordenação do Projeto - Prodeb?
Quais as dificuldades no que tange a coordenação Projeto-Prodeb?
Freqüência %
Substituição imediata de voluntários 1 50.0
Ampliação do quadro de voluntários 1 50.0
Total 2 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
Substituição imediata de voluntários
Ampliação do quadro de voluntários
Gráfico 118 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a
coordenação dessa EIC enfrenta no que tange a coordenação da Prodeb?
216
4.2.5.10. Dificuldades com Relação aos Instrutores
Voluntários
Segundo a coordenação das EICs as principais dificuldades no que tange
aos instrutores voluntários foram: a grande evasão dos voluntários para 50% dos
pesquisados e a falta de tempo para articular com os professores da escola para
50% dos pesquisados (Tabela 126, Gráfico 119).
Tabela 126 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a coordenação dessa EIC enfrenta no que tange aos instrutores voluntários?
Quais as dificuldades no que tange aos instrutores voluntários?
Freqüência %
Evasão dos voluntários 1 50.0
Falta de tempo para articular com os professores da escola 1 50.0
Total 2 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
Evasão dos voluntários
Falta de tempo para articular com os professores da escola
Gráfico 119 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a
coordenação dessa EIC com a coordenação da Prodeb?
217
4.2.5.11. Dificuldades com Relação aos Alunos
Segundo a coordenação das EICs as principais dificuldades no que tange
aos alunos atuais beneficiários e alunos formados ex-beneficiários foram: a
ausência de instrutores (25%), diminuição das aulas (25%), turma muito grande
com poucos equipamentos (25%), falta de disciplina em relação a freqüência
(25%) (Tabela 127, Gráfico 120).
Tabela 127 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a coordenação dessa EIC enfrenta no que tange aos alunos?
Quais as dificuldades no que tange aos alunos? Freqüência %
Ausência de instrutores 1 25.0
Diminuição das aulas 1 25.0
Turma muito grande com poucos equipamentos 1 25.0
Falta de disciplina em relação a freqüência 1 25.0
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% Ausência de instrutores
Diminuição das aulas
Turma muito grande com poucos equipamentos
Falta de disciplina em relação a frequência
Gráfico 120 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a
coordenação dessa EIC enfrenta no que tange aos alunos?
218
4.2.5.12. Principais Vantagens Relacionadas ao Projeto de
Alfabetização Digital
Segundo a coordenação das EICs, as principais vantagens observadas
relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital foram: proporcionar o
conhecimento de informática a pessoas de baixa renda com 14,3%, melhor
conduta interna 14,3%, profissionalização 14,3%, aumento do interesse de outros
detentos 14,3%, maior mobilização para concluir o ensino fundamental 14,3%,
maior interesse por parte das crianças carentes 14,3%, ampliação das
possibilidades para conseguir trabalho com 14,3% (Tabela 128, Gráfico 121).
Tabela 128 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as vantagens observadas pela coordenação dessa EIC ao Projeto de Alfabetização Digital?
Principais Vantagens? Freqüência %
Proporcionar o conhecimento de informática a pessoas de baixa renda
1 14.3
Melhor conduta interna 1 14.3
Profissionalização 1 14.3
Aumento do interesse de outros detentos 1 14.3
Maior mobilização para concluir o ensino fundamental 1 14.3
Maior interesse por parte das crianças carentes 1 14.3
Ampliação das possibilidades para conseguir trabalho 1 14.3
Total 7 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%Proporcionar o conhecimento de informática a pessoas de baixa renda
Melhor conduta interna
Profissionalização
Aumento do interesse de outros detentos
Maior mobilização para concluir o ensino fundamental
Maior interesse por parte das crianças carentes
Ampliação das possibilidades para conseguir trabalho
Gráfico 121 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as vantagens observadas pela
coordenação dessa EIC ao Projeto de Alfabetização Digital?
219
4.2.5.13. Principais Desvantagens Observadas
Segundo a coordenação das EICs as principais desvantagens observadas
relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital foram: afastamento dos
instrutores com 25%, falta de credibilidade com 25%, pouca disponibilidade do
voluntariado com 25% (Tabela 129, Gráfico 122).
Tabela 129 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as desvantagens observadas pela coordenação dessa EIC ao Projeto de Alfabetização Digital?
Principais desvantagens? Freqüência
%
Afastamento dos instrutores 1 25.0
Falta de ações efetivas para dar continuidade ao projeto 1 25.0
Falta de credibilidade 1 25.0
Pouca disponibilidade do voluntariado 1 25.0
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% Afastamento dos instrutores
Falta de ações efetivas para dar continuidade ao projeto
Falta de credibilidade
Pouca disponibilidade do voluntáriado
Gráfico 122 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as desvantagens observadas
pela coordenação dessa EIC ao Projeto de Alfabetização Digital?
220
4.2.5.14. Resultados
Segundo a coordenação das EICs os resultados obtidos ao manter uma
EIC vinculada ao projeto foram os seguintes: ampliação das opções de emprego
com 28,6%, inclusão e acesso da comunidade carente ao mundo digital 28,6%,
maior motivação dos alunos com 14,3%, interesse em aprender com 14,3%
(Tabela 130, Gráfico 123).
Tabela 130 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados que essa Empresa/Instituição obtém ou obteve ao manter uma EIC vinculada ao Projeto Alfabetização Digital?
Resultados apresentados? Freqüência %
Ampliação de opções para emprego 2 28.6
Inclusão e acesso da comunidade carente ao mundo digital
2 28.6
Motivação dos alunos 1 14.3
Interesse em aprender 1 14.3
Melhora na conduta interna 1 14.3
Total 7 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
14.3%
14.3%
28.6%14.3%
28.6% Motivação dos alunos
Interesse em aprender
Ampliação de opções para emprego
Melhora na conduta interna
Inclusão e acesso da comunidade carente ao mundo digital
Gráfico 123 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados que essa
Empresa/Instituição obtém ou obteve ao manter uma EIC vinculada ao Projeto
Alfabetização Digital?
221
4.2.5.15. Resultados Observados com Relação ao Perfil
dos Instrutores Voluntários
Para a coordenação das EICs os resultados observados quanto ao perfil
dos instrutores foram os seguintes: profissionais dedicados 50%, profissionais
determinados apesar das dificuldades 25%, voluntários carismáticos 25% (Tabela
131, Gráfico 124).
Tabela 131 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados com relação ao perfil dos instrutores voluntários?
Principais resultados observados com relação ao perfil dos instrutores?
Freqüência %
Profissionais dedicados 2 50.0
Profissionais determinados apesar das dificuldades 1 25.0
Voluntários carismáticos 1 25.0
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%
25.0%
25.0% Profissionais dedicados
Profissionais determinados apesar das dificuladades
Voluntários carismáticos
Gráfico 124 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados com
relação ao perfil dos instrutores voluntários?
222
4.2.5.16. Resultados Observados com Relação aos Alunos
que Estudam ou Estudaram nas EICs
Segundo a coordenação das EICs os resultados obtidos pelos alunos ao
fazer os cursos foram os seguintes: Estágios na Prodeb com 14,3%, incentivo
para inclusão dos detentos ao meio social com 14,3%, gratuidade do curso com
14,3%, novas oportunidade de trabalho com 14,3%, propagação do conhecimento
com 14,3%, integração do ensino fundamental com o uso da informática com
14,3%, integração ao convívio social com 14,3% (Tabela 132, Gráfico 125).
Tabela 132 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados com relação aos alunos que estudam ou estudaram nas EIC´s?
Resultados observados com relação aos alunos? Freqüência %
Estágios na Prodeb 1 14.3
Incentivo para inclusão dos detentos ao meio social 1 14.3
Gratuidade do Curso 1 14.3
Novas oportunidades de trabalho 1 14.3
Propagação do conhecimento 1 14.3
Integração do ensino fundamental com o uso da informática
1 14.3
Integração ao convívio social 1 14.3
Total 7 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%
14.3%Estágios na PRODEB
Incentivo para inclusão dos detentos ao meio social
Gratuidade do Curso
Novas oportunidades de trabalho
Propagação do conhecimento
Integração do ensino fundamental com o uso da informática
Integração ao convivio social
Gráfico 125 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados com
relação aos alunos que estudam ou estudaram nas EIC´s?
223
4.2.5.17. Resultados Observados Intrainstitucionais
Para a coordenação das EICs os resultados observados intrainstitucionais
foram os seguintes: melhoria na conduta interna 33,3%, ex-detentos auxiliavam o
trabalho administrativo através do curso 33,3%, maior integração com a
comunidade 33,3% (Tabela 133, Gráfico 126).
Tabela 133 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados intrainstitucionais da Empresa/Instituição/Comunidade?
Resultados observados dentro da Empresa/Instituição/Comunidade?
Freqüência %
Melhoria na conduta interna 1 33.3
Ex-detentos auxiliavam o trabalho administrativo através do curso
1 33.3
Integração com a comunidade 1 33.3
Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
33.3%
33.3%
33.3%Melhoria na conduta interna
Ex-detentos auxiliavam o trabalho administrativo através do curso
Integração com a comunidade
Gráfico 126 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados
intrainstitucionais da Empresa/Instituição/Comunidade?
224
4.2.5.18. Melhoria nas Condições de Vida do Aluno
Segundo os coordenadores para 33,3% dos beneficiados houve um
aumento das oportunidades de trabalho, 16,7% observou uma melhora no
relacionamento com os detentos, 16,7% aumentou o interesse pelo ensino
fundamental, 16,7% maior interesse pelo curso, 16,7% maior interação dos alunos
com o mundo digital (Tabela 134, Gráfico 127).
Tabela 134 - Distribuição das respostas segundo a questão: O ensino da cidadania gera ou gerou uma melhoria qualitativa e quantitativa das condições de vida dos alunos que estudam ou estudaram nessa EIC?
Melhoras nas condições de vida dos beneficiados Freqüência %
Oportunidade de trabalho 2 33.3
Relacionamento entre detentos 1 16.7
Interesse pelo ensino fundamental 1 16.7
Interesse pelo curso 1 16.7
Maior Interação dos alunos com o mundo digital 1 16.7
Total 6 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
16.7%
16.7%
16.7%
33.3%
16.7%Relacionamento entre detentos
Interesse pelo ensino fundamental
Interesse pelo curso
Oportunidade de trabalho
Maior Interação dos alunos com o mundo digital
Gráfico 127 - Distribuição das respostas segundo a questão: O ensino da cidadania gera ou gerou
uma melhoria qualitativa e quantitativa das condições de vida dos alunos que
estudam ou estudaram nessa EIC?
225
4.2.5.19. Avaliação do Curso
Como um dos objetivos do projeto é a correção de rumos, aumentando assim
a eficácia e o seu fortalecimento, foi solicitado aos coordenadores das EIC´s que
avaliassem o curso, sob o seu ponto de vista, no que tange aos seguintes itens:
horário do curso, duração do curso, duração das aulas, instalação da sala de aula,
aproveitamento da sala de informática, equipamentos de informática, apostilas,
método de ensino, perfil do instrutor, número de instrutores, relacionamento com a
coordenação do Projeto-Prodeb, relacionamento com os alunos.
Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item horário do
curso como bom, 25% como ótimo (Tabela 135, Gráfico 128).
Tabela 135 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item horário do curso
Horário do curso Freqüência %
Bom 3 75.0
Ótimo 1 25.0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
75.0%
ótimo
bom
Gráfico 128 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item horário do curso.
226
Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item duração do
curso como bom, 25% como ótimo e 25% como ruim (Tabela 136, Gráfico 129).
Tabela 136 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item duração do curso
Duração do curso Freqüência %
Bom 2 50.0
Ótimo 1 25.0
Ruim 1 25.0
Regular - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
50.0%
25.0% ótimo
bom
ruim
Gráfico 129 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item duração do curso.
227
Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item duração das
aulas como bom e 25% como ótimo (Tabela 137, Gráfico 130).
Tabela 137 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item duração das aulas
Duração das aulas Freqüência %
Bom 3 75.0
Ótimo 1 25.0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
75.0%
ótimo
bom
Gráfico 130 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item duração das aulas.
228
Observamos que 25% dos coordenadores classificaram o item instalação
da sala de informática como ótimo, 25% como bom, 25% como regular e 25%
como ruim (Tabela 138, Gráfico 131).
Tabela 138 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática
Instalação da sala de informática Freqüência %
Ótimo 1 25.0
Bom 1 25.0
Regular 1 25.0
Ruim 1 25.0
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%25.0%
25.0% ótimo
bom
regular
ruim
Gráfico 131 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo ítem instalação da sala de informática
229
Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item
aproveitamento da sala de informática como ruim, 25% como bom e 25% como
regular (Tabela 139, Gráfico 132).
Tabela 139 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item aproveitamento da sala de informática
Aproveitamento da sala de informática Freqüência %
Ruim 2 50.0
Bom 1 25.0
Regular 1 25.0
Ótimo - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
25.0%
50.0%
bom
regular
ruim
Gráfico 132 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item aproveitamento da sala de informática.
230
Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item equipamentos
de informática como bom, 25% como regular (Tabela 140, Gráfico 133).
Tabela 140 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática
Equipamentos de informática Freqüência %
Bom 3 75.0
Regular 1 25.0
Ótimo - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
75.0%
25.0% bom
regular
Gráfico 133 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item equipamentos de informática.
231
Observamos que 66,7% dos coordenadores classificaram o item apostilas
como ótimo, 33,3% como bom (Tabela 141, Gráfico 134).
Tabela 141 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item apostilas
Apostilas Freqüência %
Ótimo 2 66.7
Bom 1 33.3
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
66.7%
33.3%ótimo
bom
Gráfico 134 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item apostilas.
232
Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item método de
ensino como ótimo, 50% como bom (Tabela 142, Gráfico 135).
Tabela 142 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item método de ensino
Método de ensino Freqüência %
Ótimo 2 50.0
Bom 2 50.0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
50.0%50.0%
ótimo
bom
Gráfico 135 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item método de ensino.
233
Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item perfil do
instrutor como ótimo e 50% como bom (Tabela 143, Gráfico 136).
Tabela 143 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item perfil do instrutor
Perfil do instrutor Freqüência % Ótimo 2 50.0 Bom 2 50.0
Regular - - Ruim - -
Péssimo - - Total 4 100
Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
50.0%50.0%
ótimo
bom
Gráfico 136 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item perfil do instrutor.
234
Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item número de
instrutores como bom, 25% como regular (Tabela 144, Gráfico 137).
Tabela 144 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item número de instrutores
Número de instrutores Freqüência %
Bom 3 75.0
Regular 1 25.0
Ótimo - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
75.0%
25.0% bom
regular
Gráfico 137 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item número de instrutores.
235
Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item
relacionamento com a Prodeb como bom, 25% como ótimo e 25% como regular
(Tabela 145, Gráfico 138).
Tabela 145 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com a Prodeb
Relacionamento com a Prodeb Freqüência %
Bom 2 50.0
Ótimo 1 25.0
Regular 1 25.0
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
50.0%
25.0% ótimo
bom
regular
Gráfico 138 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item relacionamento com a Prodeb.
236
Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item
relacionamento com os instrutores como bom, 25% como ótimo (Tabela 146,
Gráfico 139).
Tabela 146 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com os instrutores
Relacionamento com os instrutores
Freqüência %
Bom 3 75.0
Ótimo 1 25.0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
75.0%
ótimo
bom
Gráfico 139 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item relacionamento com o instrutor.
237
Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item relacionaento
com os alunos como bom e 25% como ótimo (Tabela 145, Gráfico 138).
Tabela 147 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com os alunos
Relacionamento com os alunos Freqüência %
Bom 3 75.0
Ótimo 1 25.0
Regular - -
Ruim - -
Péssimo - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
25.0%
75.0%
ótimo
bom
Gráfico 140 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários
segundo item relacionamento com os alunos.
238
4.2.5.20. Sugestões para o Curso
Como alguns itens foram classificados como regular, ruim ou péssimo
pelos pesquisados, foi solicitado aos mesmos que sugerissem mudanças no
sentido de corrigir e alinhar o serviço oferecido a realidade daqueles que
realmente o utilizam.
Observamos que 50% dos pesquisados sugeriram que a instalação da sala
de informática deve aumentar o tamanho e 50% sugeriram melhorar a ventilação
(Tabela 148, Gráfico 141).
Tabela 148 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática
Instalação da sala de informática Freqüência %
Aumentar tamanho 2 50.0
Melhorar ventilação 2 50.0
Melhorar iluminação - -
Outra - -
Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
50.0%50.0%
aumentar tamanho
melhorar ventilação
Tabela 141 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item
instalação da sala de informática.
239
Observamos que 50% dos coordenadores sugeriram ter um computador
por aluno e 50% equipamentos com acesso a Internet (Tabela 149, Gráfico 142).
Tabela 149 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática
Equipamentos de informática Freqüência %
Ter um computador por aluno 1 50.0
Equipamento com acesso a Internet 1 50.0
Manter todos os equipamentos funcionando - -
Outra - -
Total 2 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.
*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.
50.0%50.0%
ter um computador por aluno
equipamento com acesso a internet
Tabela 142 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item
equipamentos de informática.
240
5. CONCLUSÃO
Este capítulo apresenta a Conclusão que, alicerçada nos resultados,
recapitula sinteticamente os fundamentos teóricos do trabalho monográfico, incluindo
a resposta do problema de pesquisa, sugestões, considerações finais, dando um
fechamento em todo o trabalho, tanto sob o aspecto empírico como teórico.
Esta monografia buscou proporcionar uma maior compreensão sobre a
questão da alfabetização digital e tendo como objeto de estudo o Projeto
Alfabetização Digital, fomentado pela Prodeb.
Ao estabelecer e seguir um caminho metodológico para a elaboração da
pesquisa de campo, confrontamos os fundamentos teóricos com os propósitos do
projeto e foi constatando que esta é uma iniciativa de extrema relevância perante
à sociedade informacional na qual vivemos.
A relevância atribuída à iniciativa da Prodeb em promover ações voltadas
para a inclusão digital, deve-se ao fato de que a informação, hoje, é tida como o
recurso produtivo dominante nos processos de maior valor agregado do
capitalismo mundial. Estar alfabetizado digitalmente, conectado às redes de
informações e dominando o conhecimento de informática, pode fazer a diferença
entre a construção de uma sociedade com qualidade de vida e uma sociedade de
pobreza informacional e de miséria social.
O novo paradigma gerado pela sociedade da informação, a
universalização dos serviços de informação e comunicação, é condição
241
fundamental, ainda que não exclusiva, para se construir uma sociedade da
informação para todos. É urgente trabalhar no sentido da busca de soluções
efetivas para que as pessoas dos diferentes segmentos sociais e regiões
tenham amplo acesso à Internet, evitando assim que se crie uma classe de
info-excluídos.
Nessa perspectiva, a Prodeb e parceiros assumem com o Projeto
Alfabetização Digital um compromisso público de longo alcance, resgata a
responsabilidade social da empresa cidadã, promove a qualificação profissional
em informática para um público carente de diversas comunidades locais, através
das aulas gratuitas. Dessa forma, capacita os alunos para enfrentarem o mercado
de trabalho competitivo e a cada dia mais exigente, bem como, contribui para a
redução do contingente chamado de analfabetos digitais. São ações que
viabilizam a democratização da informação e promovem a melhoria de qualidade
de vida.
Sabendo-se que a perenidade de todo e qualquer projeto deve-se à criação
de uma sistemática de avaliações contínuas, fez-se necessário a realização da
pesquisa de campo, visando responder o seguinte problema:
- Qual a forma de gestão, as barreiras, os resultados e desafios da
Prodeb relativos ao Projeto Alfabetização Digital?
A forma de gestão do Projeto Alfabetização Digital está diretamente ligada
à forma de como ele é operacionalizado. Atualmente, se dá através da
coordenação das ações por um Gerente de Projetos, da execução de atividades
operacionais por um estagiário, orientado e supervisionado pela coordenação e
através de acompanhamento dos relatórios, por parte da Diretoria de
Desenvolvimento de Negócios. Sob o aspecto financeiro, o projeto é
operacionalizado firmando parceiras, recebendo doações, com auto-
sustentabilidade das EICs, com ações voluntárias dos colaboradores e utilizando
recursos materiais da empresa. Não existe nenhum desembolso financeiro das
partes envolvidas.
242
Neste estudo, foram apontadas como barreiras:
- a dificuldade de empenho de alguns dos Coordenadores das
EICs e do entendimento das suas reais atribuições e
competências definidas nos instrumentos jurídicos;
- inexistência de sistematização de reuniões e comunicação entre
os integrantes do projeto;
- a falta de clareza na definição dos papéis da Coordenação do
Projeto e da Coordenação da EIC ;
- deficiência no acompanhamento efetivo do projeto como um todo;
- falta de nivelamento das turmas, quanto à formação escolar dos
alunos;
- dificuldades em aplicar a metodologia pedagógica em relação ao
nível de escolaridade de alguns alunos;
- a impossibilidade de substituição imediata dos voluntários;
- dificuldades na ampliação do quadro de voluntários;
- subdimensionamento da equipe de assessoria do CDI.
Foram mencionados como aos resultados obtidos através do Projeto de
Alfabetização Digital:
- melhoria da imagem e do clima organizacional da Prodeb;
243
- forma de sensibilizar e motivar os colaboradores para as
ações voluntárias;
- contribuição para diminuir o analfabetismo digital;
- capacitação profissional;
- inserção de parte dos alunos formados no mercado de trabalho;
- receber doações de equipamentos;
- a utilização de um modelo de gestão e metodologia pedagógica
de sucesso;
- a distribuição e descentralização das tarefas operacionais com as
EICs, o que possibilita uma maior proximidade com a
comunidade beneficiada;
- trabalhar com parcerias;
- a viabilização e agilidade na implantação de EICs, decorrente de
equipamentos doados;
- as atividades de instrutoria;
- divulgar e expandir os trabalhos da ONG CDI;
- a realização de um trabalho voltado para cidadania auxiliando as
comunidades carentes locais;
- integração do ensino fundamental com o uso da informática.
244
Os desafios a serem enfrentados pela Prodeb, também, considerados
como os fatores críticos de sucesso, podem ser convertidos em ações
importantes para favorecer correção de rumo, feedback, retroalimentação do
projeto. São eles:
- reativar as três EICs que interromperam os trabalhos;
- ampliar e fortalecer a divulgação interna e externa;
- criar indicadores de qualidade;
- ampliar o número de instrutores voluntários e de turmas de
alunos, para otimizar o uso das salas de informática e ampliar as
ações do projeto;
- conquistar novos voluntários de acompanhamento e de instrutoria;
- formar multiplicadores da proposta político-pedagógica;
- estabelecer uma programação de reciclagem e novos treinamentos
para voluntários de instrutoria e de acompanhamento, bem como
dos Coordenadores das EICs;
- firmar novas parcerias;
- intensificar o envolvimento da comunidade;
- adotar uma sistemática contínua de acompanhamento e avaliação.
245
Diante da realidade estudada, sugerimos:
- planejamento das atividades do projeto com definições de metas
e prazos;
- a criação de um vídeo a ser utilizado como instrumento para a
divulgação e conquista de novos parceiros;
- ampliar o quadro de funcionários na área administrativa da
Prodeb, para atuação no Projeto;
- divulgar o projeto em eventos de informática e no meio
acadêmico utilizando os recursos: de palestras, vídeo, folders,
fotos, reportagens;
- estabelecer uma periodicidade para veicular matérias sobre o
projeto no site e jornal eletrônico da empresa;
- criação de banco de dados dos alunos (em curso e formado)
visando acompanhar os resultados das ações do projeto;
- estabelecer contatos e buscar parcerias com empresas para
encaminhar os alunos formados, visando inserção profissional;
- desenvolver trabalhos gerando produtos finais de aplicabilidade e
impacto positivo na comunidade em que a EIC está implantada,
contribuindo com o desenvolvimento sustentável local;
- identificar e planejar visitas às empresas do ramo de tecnologia
em busca de parcerias para o projeto;
246
- desenvolver campanhas para doação de equipamento, adoção
de EICs por outras empresas e recrutamento de voluntários.
Ao identificar as barreiras, os desafios e as sugestões, consideramos que
são informações imprescindíveis para traçar os novos planos de ação e
estratégias a serem operacionalizados pela Prodeb e parceiros, favorecendo o
fortalecimento do projeto, em questão.
Diante do estudo realizado, podemos afirmar que o Projeto Alfabetização
Digital é condição necessária, ainda que não suficiente para a inserção de
indivíduos como cidadãos na Sociedade de Informação. Portanto, é de suma
importância, fortalecer e ampliar o projeto sempre com o foco em:
- promover cada vez mais as ações de cidadania associadas aos
conhecimentos básicos para o uso do computador e da Internet;
- capacitar as pessoas para utilização dessas mídias em favor de
interesses e necessidades individuais e comunitários com
responsabilidade e senso de cidadania;
- promover conhecimento básico de tecnologia de informação
visando inserção no mercado de trabalho e geração de renda;
- possibilitar o acesso a fontes de informação, de espaços de
sociabilidade e em prol do desenvolvimento sustentável local;
Quanto às considerações finais, é pertinente mencionar a adequação da
elaboração da pesquisa de campo no momento atual, uma vez que o projeto
ainda não havia sido submetido a tal avaliação. Vale ressaltar um ponto
importante, que foi a criação da cultura de elaboração de pesquisa de campo,
metodologia que através da análise estatística dos dados serve como instrumento
247
de avaliação global das ações, correções, implementações, além de proporcionar
a aproximação das partes envolvidas no projeto.
A oportunidade de realizar este estudo, em uma importante empresa da
administração pública, atuando como voluntária em um projeto de relevância no
mundo de exclusão digital, foi bastante engrandecedora, pois ir além do plano
teórico, atuando na prática, propicia um ganho de aprendizado muito superior e
de forma lúdica, além de capacitar profissionalmente.
Longe de esgotar o tema, este estudo buscou identificar o projeto e ações
de uma empresa específica, do governo estadual da Bahia, no campo da
alfabetização digital, como uma proposta de ensino de informática gratuito a
serviço da cidadania. Em última instância, objetivou fazer um retrato mais ou
menos fiel do estágio desse projeto e conhecer um pouco melhor como estas
políticas e ações estão se desenvolvendo nas comunidades locais.
248
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Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações - Sucesu http://www.sucesu.org.br