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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO Núcleo de Pós-Graduação em Administração – NPGA Programa de Capacitação Profissional Avançada – CPA ALFABETIZAÇÃO DIGITAL A INFORMÁTICA A SERVIÇO DA CIDADANIA Josefina Elvira Trindade Ramos Rios Salvador-Bahia 2003

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

Núcleo de Pós-Graduação em Administração – NPGA

Programa de Capacitação Profissional Avançada – CPA

ALFABETIZAÇÃO DIGITAL

A INFORMÁTICA A SERVIÇO DA CIDADANIA

Josefina Elvira Trindade Ramos Rios

Salvador-Bahia

2003

JOSEFINA ELVIRA TRINDADE RAMOS RIOS

ALFABETIZAÇÃO DIGITAL

A INFORMÁTICA A SERVIÇO DA CIDADANIA

Monografia apresentada ao Curso de Pós-

Graduação da Escola de Administração, da

Universidade Federal da Bahia, como requisito

parcial para a obtenção do título de

Especialista em Administração de Serviços.

Orientador: Prof. Dr. Robinson Moreira Tenório

Salvador-Bahia

2003

JOSEFINA ELVIRA TRINDADE RAMOS RIOS

ALFABETIZAÇÃO DIGITAL

A INFORMÁTICA A SERVIÇO DA CIDADANIA

Monografia para obtenção do grau de Especialista em Administração de

Serviços.

Salvador, 01 de agosto de 2003

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Robinson Moreira Tenório______________________________ Universidade Federal da Bahia

Prof. Dr. Paulo Henrique de Almeida_____________________________ Universidade Federal da Bahia

À memória de meu pai José, parceiro incondicional que iluminou meu

caminho, verdadeiro amigo que sempre soube valorizar o conhecimento e meus

esforços como requisitos indispensáveis para o crescimento pessoal e profissional;

À minha mãe Floripes e ao meu avô Cantídio que nessa caminhada ficaram

privados de minha companhia, além de serem meus exemplos de vida, amor,

compreensão, perseverança, fé e integridade;

Aos meus filhos, parceiros e amigos Filipe e Thaís que, carinhosamente, me

propiciaram inúmeras ajudas espirituais e em meus trabalhos acadêmicos, cuja

contribuição foi muito mais além do que seria esperar de um filho;

Ao meu esposo Marco, cujo auxílio para vencer essa batalha não tem

precedentes em minha vida;

À minha irmã Regina, grande amiga, fonte de coragem, força, confiança e

inspiração em todos os momentos de minha vida;

Aos meus irmãos Luciano e Cláudio pela demonstração de garra e pelos

incentivos em busca do saber;

Aos meus sobrinhos Vinícius, Victor, Louise, Ricardo, Claudinho, Tales,

Tadeu e Luciana que me encorajaram e me confortaram com seu carinho e

compreensão nas horas de minha ausência para com eles;

Aos meus cunhados Almério Junior, Zilah e Jasilda pelo apoio constante recebido;

A minha grande amiga e irmã Daniela Franco Teixeira, ao me proporcionar a

oportunidade ímpar de crescimento profissional.

Ao meu amigo Phedro Pimentel dos Santos Neto, pelo apoio e incentivos para

concretizar essa etapa da minha vida.

A todos aqueles que me apoiaram com seu calor humano, numerosos demais

para que eu aqui mencionasse um a um.

Sou-lhes grata e dedico-lhes este trabalho.

AGRADECIMENTOS

Todo trabalho escrito por aqueles que não são escritores profissionais é

sacrificante, principalmente, quando estamos submissos ao tempo, espectador

indiferente aos nossos compromissos, problemas e cansaço dos dias exaustivos.

Uma vez terminado, nos proporciona grandes alegrias. É no momento final, ao

fazermos a retrospectiva do processo de nossa produção, que nos damos conta do

fato de tantas pessoas terem convivido conosco e construído o mosaico do nosso

projeto tornando-o realidade. Aos professores e funcionários do Programa de

Capacitação Profissional Avançada – CPA da Escola de Administração, da

Universidade Federal da Bahia e aos meus colegas, agradeço.

Algumas pessoas merecem meu reconhecimento especial: os Profs Drs.

Robinson Moreira Tenório pela orientação ímpar, Paulo Henrique de Almeida, ambos

parceiros de preocupações acadêmicas, com quem discuti cada ponto da monografia

e dividiram seus conhecimentos comigo, capacitando-me para assumir essa

empreitada; à Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia – Prodeb,

em especial, na pessoa de Dr. Jorge Calmon Moniz de Bittencourt Filho, Dr. Luiz

Henrique Gonzales d’Utra, Dr. Herivelto Cardoso da Rocha, Myriam de Castro

Gordilho, Nildete Gavazza, Nilma Ricardo, Ritalzira Barros Brandão, ao me

proporcionar essa grande oportunidade de desenvolvimento profissional, acreditando

no meu trabalho e aprovando a minha proposta de elaboração da pesquisa de campo

voltada para o Projeto Alfabetização Digital; agradeço aos instrutores e ex-instrutores

voluntários, aos coordenadores, alunos e ex-alunos das Escolas de Informática e

Cidadania, parceiros da Prodeb nesse projeto, que na etapa de coleta de dados,

agregaram valiosos subsídios ao meu aprendizado e informações imprescindíveis

para a realização do trabalho proposto; aos amigos Diorlene Oliveira, Daniela Tosta,

Messias Bittencourt que somaram esforços para realizar comigo tantos desafios

durante o trabalho estatístico; aos amigos Daniela Franco Teixeira e Carlos Eduardo

Cardoso Oliveira pela enorme colaboração em reunir material bibliográfico; a Deus

que me permitiu a conclusão deste trabalho e pelo milagre da vida!

RESUMO

Nos últimos anos, o desenvolvimento das novas tecnologias da informação e comunicação tem exercido um papel transformador na sociedade moderna, permitindo o rompimento de barreiras geográficas e a livre circulação de informação e conhecimento. O atual cenário é promissor, mas também apresenta problemas, pois ainda está muito distante de abranger toda a população. O problema da exclusão e do analfabetismo digital é visto como dos maiores desafios desse século, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos de nossa sociedade moderna. A desigualdade registrada entre pobres e ricos entra agora na era digital e ameaça se expandir com a mesma rapidez da informática. Acredita-se que encarar o problema de frente, analisá-lo, entender suas causas e tentar prever suas conseqüências é a atitude mais coerente a ser tomada. Nessa perspectiva, esta monografia busca proporcionar uma maior compreensão sobre a questão da alfabetização digital e tendo como objeto de estudo o Projeto Alfabetização Digital, fomentado pela Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia – Prodeb. Para tanto, realiza-se uma revisão bibliográfica abordando assuntos sobre a evolução da sociedade, o que é informação, Internet, exclusão social, governo eletrônico, inclusão digital, educação para cidadania, alfabetização digital e universalização de serviços para a cidadania. Os aspectos metodológicos adotados e a análise dos resultados estatísticos pertinentes ao estudo de caso compõem a parte empírica desta monografia. Em suma, são apresentadas as ações voltadas para a alfabetização digital ou tecnológica, tanto sob ponto de vista teórico, como empírico, isto é, iniciativas utilizando conhecimentos de informática visando a democratização da sociedade. Palavras-chave: Sociedade da Informação, Informação, Internet, Exclusão Social, Governo Eletrônico, Inclusão Digital, Alfabetização Digital, Cidadania, Democratização da Sociedade.

ABSTRACT

In the recent years the development of new information and communication technologies have been playing a transforming role in the modern society, allowing the rupture of geographic barriers and the free circulation of information and knowledge. Although the current scenario is promising, it also has problems due to the distance to be gone through in order to encompass all the population. The problem of exclusion and the digital illiteracy is seen as the major challenge of this century with direct and indirect implications over the varied aspects in our modern society. The inequality between poor and rich is part of digital era too and threats to expand as fast as the Information Technology. Facing the problem and analyzing it understanding its cause trying to predict its consequence is believable to be the most coherent attitude to be considered. In this perspective, this monograph aims to promote a better understanding about the Digital Literacy Project fomented by The Data Processing of Data of the State of Bahia- Prodeb. A bibliographic review was done about society evolution, what is meant by information, Internet, social exclusion, electronic government, digital inclusion, and education for citizenship, digital literacy and worldwide services for the citizenship. The methodological aspects adopted as well as the analysis of the statistic results pertinent to the case study belong to the empirical part of the monograph. Actions towards the digital or technologic literacy are presented in a theoretical as well as empirical point of view, which are meant to be initiatives using IT knowledge viewing democracy of the society. Key words: Society Information, Information, Internet, Social Exclusion, Electronic Government, Digital Inclusion, Digital Literacy, Citizenship, Democracy of the Society.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..............................................................................

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA......................................................... 1.2. PROBLEMA DE PESQUISA.................................................................. 1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO...............................................................

10

10 13 15

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS......................................................

2.1. A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE............................................................ 2.2. O QUE É A INFORMAÇÃO.................................................................... 2.3. INTERNET.............................................................................................. 2.4. EXCLUSÃO SOCIAL.............................................................................. 2.5. GOVERNO ELETRÔNICO..................................................................... 2.6. INCLUSÃO DIGITAL.............................................................................. 2.7. EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA E ALFABETIZAÇÃO DIGITAL........... 2.8. UNIVERSALIZAÇÃO DE SERVIÇOS PARA A CIDADANIA:

DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE.................................................

17

17 23 25 34 37 42 49

54

3. ASPECTOS METODOLÓGICOS.................................................

3.1. ESTRATÉGIA DE PESQUISA................................................................ 3.2. DELINEAMENTO................................................................................... 3.3. ABORDAGEM........................................................................................ 3.4. LOCAL GEOGRÁFICO........................................................................... 3.5. POPULAÇÃO......................................................................................... 3.6. AMOSTRA.............................................................................................. 3.7. INSTRUMENTOS / PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS....... 3.8. TABULAÇÃO / TRATAMENTO ESTATÍSTICO......................................

58

58 60 60 60 61 62 63 67

4. ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS........................................

4.1. ANÁLISE ESTATÍSTICA QUALITATIVA................................................ 4.2. ANÁLISE ESTATÍSTICA QUANTITATIVA.............................................

69

69 85

5. CONCLUSÃO...............................................................................

240

6. REFERÊNCIAS............................................................................

248

7. APÊNDICES.................................................................................

1 – Metodologia Adotada para o Cálculo da Amostra

2 – Questionário 1 - Perfil dos Alunos Atuais – Beneficiários

3 – Questionário 2 - Perfil dos Alunos Formados – Ex- Beneficiários

4 – Questionário 3 - Perfil da Alta Administração da Prodeb

5 – Questionário 4 - Perfil da Coordenação da Escola de Informática e

Cidadania – EIC

6 – Questionário 5 - Perfil da Coordenação do Projeto Alfabetização Digital

7 – Questionário 6 - Perfil dos Instrutores Voluntários

8 – Questionário 7 - Perfil dos Ex-Instrutores Voluntários

9 – Questionário 8 - Perfil da Organização Parceira – Comitê para

Democratização da Informática

10 – Questionário 9 - Perfil da Organização Parceira – Siemens.

252

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1. INTRODUÇÃO

Este capítulo traz, além do contexto em que o tema está inserido, o

problema de pesquisa e a estrutura do trabalho.

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

No início do Século XXI, os temas e ações voltadas para Alfabetização

Digital, Cidadania, Exclusão Social, Governo Eletrônico, Inclusão Digital, têm

adquirido cada vez mais importância. A dimensão dada ao assunto,

universalmente, pelos governos, iniciativas privadas, organizações do terceiro

setor e pelo pensamento acadêmico, pode ser atribuída às exigências que

permeiam a nova sociedade, de modo que, a população para estar capacitada a

sobreviver na sociedade contemporânea, deve desenvolver as habilidades de

obter, fazer uso e gerenciar a informação alinhando-a aos recursos estratégicos

de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Na administração pública, mudanças gerenciais baseadas na interação

com a sociedade visa gerar oportunidades para todos atores econômicos e

sociais, para que maximizem seu potencial, garantindo-lhes acesso às

informações, ferramentas, infra-estrutura, serviços, relações, negócios, numa

escala tal, que torne possível impulsionar o desenvolvimento econômico e social.

11

Tanto nos países industrializados como nos países em desenvolvimento

existem demandas sobre iniciativas dos governos que vão além de assegurar a

transformação dos processos de governo e da entrega de serviços, ou uma nova

interação com a sociedade, ou mesmo com a geração de progresso material.

Trata-se de construir capital humano e social, transformando a ameaça de

exclusão decorrente da revolução digital em oportunidade real de alfabetização

digital e inclusão social, com isso alterando o atual quadro de exclusão,

desigualdade e pobreza.

É um dos aspectos da questão da revolução digital e de como endereçar

os desafios da pobreza e da exclusão digital. Questões como: por que investir na

área de tecnologia quando as pessoas não têm água ou alimento suficiente,

habitação, saúde, educação sabendo-se que os investimentos em tecnologias

envolvem altos custos e as pessoas estão preocupadas com a sobrevivência no

dia-a-dia? Isso porque existe possibilidade das pessoas melhorarem de vida

dentro da revolução digital sem abandonar as questões da necessidade básicas,

as duas coisas precisam ser feitas simultaneamente.

Ter acesso e abrir as portas do mundo da informação é o passo inicial para

combater a exclusão digital. Mas o grande desafio é: como romper ou minorar a

pobreza a partir das novas tecnologias?

Tomando como base o exposto acima, a elaboração da pesquisa de campo

voltada para o Projeto de Alfabetização Digital gerido por uma empresa da

Administração Pública, a Companhia de Processamento de Dados do Estado da

Bahia - Prodeb, compõe o objeto do estudo de caso desta monografia, favorecendo

um confronto entre teoria e a prática. A pesquisa ganha especial relevância no

cenário atual, tendo em vista as profundas mudanças causadas pelas tecnologias

de informação e comunicação, em especial a rede Internet, as quais vêm

modificando o cenário político-social para uma democracia mais efetiva.

Segundo as informações disponibilizadas no seu próprio site, a Prodeb é

uma empresa cuja natureza legal é Sociedade de Economia Mista, vinculada à

12

Secretaria de Administração do Estado da Bahia - SAEB, com Receita

Operacional Líquida em 2002 na ordem de R$ 32,4 milhões, possuindo 510

empregados e 72 clientes.

A Prodeb tem como missão contribuir para a melhoria da qualidade de vida

do cidadão através da implementação de soluções em tecnologias de informação,

valorizando os seus colaboradores e como objetivo a prestação de serviços de

informática e de outras tecnologias de tratamento, armazenamento e transmissão

de informações da administração direta e indireta do Estado da Bahia.

Diante das informações obtidas pela empresa, podemos informar que o Projeto

Alfabetização Digital compõe o Programa Prodeb Cidadania e tem como objetivo

promover qualificação profissional para um público carente, através da parceria com o

Comitê para Democratização da Informática – CDI, na montagem de Escolas de

Informática e Cidadania - EICs em diversas comunidades locais da cidade de

Salvador-Bahia, capacitando os alunos ao exercício de cidadania e para enfrentarem o

mercado de trabalho competitivo e a cada dia mais exigente, contribuindo dessa forma

para a redução do contingente chamado Analfabetos Digitais.

A Prodeb conta com o apoio de parcerias internas (empregados

voluntários) seja como instrutores ou exercendo atividades administrativas e

externas (organizações do terceiro setor, empresas pública e privada) com

adoção das EICs, doação de computadores, utilizando metodologia pedagógica e

modelo de gestão para as EICs, capacitando instrutores, dentre outros aspectos.

Sendo assim, a Prodeb e parceiros assumem com o Projeto Alfabetização Digital

um compromisso público de longo alcance, resgata a responsabilidade social da

empresa cidadã, contribui para a democratização da informação e promove a

melhoria da qualidade de vida, isto é o desenvolvimento sustentável das

comunidades carentes locais.

As EICs criadas, sob a intermediação e responsabilidade da Prodeb, são

estruturadas dentro do modelo de gestão e adotam metodologia pedagógica

sustentados pelo CDI, uma organização não governamental – ONG, e conforme

13

informações disponibilizadas no site, tem como missão institucional promover a

Inclusão Digital utilizando a tecnologia da informação como um instrumento para a

construção e exercício da cidadania, trabalhando em comunidades de baixa renda

e junto às instituições que atendem públicos com necessidades especiais.

O espaço físico das salas de informática é cedido por algumas organizações

do terceiro setor e empresas do setor público que adotam as EICs em parceria com

a Prodeb e o CDI. A estruturação das salas de informática deu-se com as doações

diversas, principalmente, dos recursos de tecnologia da informação recebidas de

algumas empresas privadas que atuam na cidade de Salvador.

Os instrutores voluntários são preparados pela Coordenação da ONG CDI-

Bahia, na sede da Prodeb. Vale ressaltar que, os instrutores voluntários ministram

as aulas utilizando o material didático disponibilizado por essa ONG e que as

aulas de cidadania são customizadas para o público-alvo, relacionando-as,

diretamente, com a realidade da comunidade local em que a EIC está instalada.

Os alunos cadastrados para participarem do curso de informática e

cidadania oferecido pela EIC, da comunidade a qual estão inseridos, obedecem

requisitos e particularidades definidas pelos coordenadores de cada EIC. Porém,

é imprescindível que os alunos candidatos tenham uma formação educacional

formal num grau que favoreça, leitura, escrita, raciocínio lógico, visando assegurar

o aprendizado do Sistema Operacional Windows, editores de texto, planilhas

eletrônicas, conhecimentos de Internet.

1.2. PROBLEMA DE PESQUISA

Sabendo-se que a perenidade de todo e qualquer projeto deve-se à criação

de uma sistemática de avaliações contínuas, fez-se necessário a realização da

pesquisa de campo, visando responder o seguinte problema:

14

Qual a forma de gestão, as barreiras, os resultados e desafios da

Prodeb relativos ao Projeto Alfabetização Digital?

Para fundamentar a metodologia, principalmente a construção dos

instrumentos de coleta de dados, além de facilitar a operacionalização da

pesquisa de campo, o problema de pesquisa foi subdividido em quatro questões

operacionais, a seguir:

- Como o Projeto Alfabetização Digital é operacionalizado?

- Quais as barreiras enfrentadas pela Prodeb relativas às parcerias,

aos instrutores voluntários, aos Coordenadores das Escolas de

Informática e Cidadania e aos beneficiários?

- Quais os resultados obtidos com as ações do Projeto Alfabetização

Digital, sob o ponto de vista dos atores envolvidos nesse Projeto?

- Quais os desafios a serem enfrentados pela Prodeb, visando o

fortalecimento das ações e a perenidade do referido Projeto?

Ainda para responder ao problema que norteou a presente pesquisa, foram

formulados o objetivo geral e quatro objetivos específicos. O objetivo geral é

fortalecer o Projeto Alfabetização Digital mediante aos novos planos de ação e

estratégias a serem traçados decorrentes da análise diagnóstica e da realização

da pesquisa campo. Os objetivos específicos foram:

- conhecer a forma de gestão, os resultados, barreiras e desafios do

Projeto Alfabetização Digital;

- identificar, na prática, se as ações estão alinhadas com os objetivos

propostos pelo projeto;

15

- criar uma sistemática de avaliações contínuas do projeto;

- produzir conhecimento e disseminá-lo no meio acadêmico, como

aluna da Pós-Graduação da Escola de Administração, da

Universidade Federal da Bahia.

Sendo assim, consideramos oportunidade importante para instrumentalizar

valores e conhecimentos que possibilitam o confronto do referencial teórico e os

propósitos do referido projeto com a prática, além de consistir em uma atividade

que agrega valores para a empresa que se constitui em objeto de estudo.

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO

Para uma maior clareza na apresentação deste trabalho, o seu conteúdo

está divido em cinco capítulos.

O Capítulo 1 traz a Introdução apresentando o tema da monografia,

contextualizado a pesquisa dentro do cenário mundial contemporâneo, a Prodeb

inserida nesse contexto, o problema de pesquisa, bem como a estrutura do trabalho.

O Capítulo 2 traz os Fundamentos Teóricos que estão direcionados a

apresentar o que os teóricos falam sobre os assuntos relacionados com o

problema de pesquisa. São abordados os seguintes temas: A Evolução da

Sociedade, O que é Informação, Internet, Exclusão Social, Governo Eletrônico,

Inclusão Digital, Educação para Cidadania e Alfabetização Digital e

Universalização de Serviços para a Cidadania: Democratização da Sociedade.

O Capítulo 3 trata dos Aspectos Metodológicos relatados, de forma

detalhada, o estudo dos princípios e dos métodos da pesquisa de campo

realizada, tendo como ponto de partida a Prodeb.

16

O Capítulo 4 trata da Análise Estatística dos Dados, apresentando os

resultados qualitativos e quantitativos que respondem o problema, as questões

operacionais e os objetivos geral e específicos que nortearam a pesquisa de

campo. A íntegra do relatório estatístico contendo a análise dos resultados é de

propriedade da Prodeb, bem como os Planos de Ação que o compõe.

O Capítulo 5 trata da Conclusão, que alicerçada nos resultados, recapitula

sinteticamente os fundamentos teóricos do trabalho monográfico, incluindo

considerações finais, sugestões, dando um fechamento em todo o trabalho, tanto

sob o aspecto empírico como teórico.

Espera-se que os resultados desta monografia possam contribuir para uma

melhor compreensão sobre as questões da alfabetização digital, pautadas nos

propósitos de exercício da cidadania utilizando as ferramentas de tecnologia da

informação e comunicação, objetivando a prestação de serviços para a camada

menos favorecida da sociedade.

17

2. FUNDAMENTOS TÉORICOS

Este capítulo traz os aspectos teóricos e sua relação com temas direta ou

indiretamente relacionados ao problema de pesquisa.

2.1. A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE

No que tange ao assunto sobre a Evolução da Sociedade, o referencial

teórico está construído baseado na monografia de Rios (2001, p.12-16), em que

faz citações dos seguintes autores: Toffler (1980), Alban (1999), Nascimento e

Barbosa (1996), Oliveira (1995) e artigo de Borges (2000).

O estudo da evolução da sociedade leva-nos a focalizar a atenção nas

continuidades históricas, identificando uma sucessão de profundas mudanças e

transformações na sociedade.

Para TOFFLER (1980, p.27), o aparecimento da agricultura constitui o

primeiro ponto decisivo do desenvolvimento social humano, caracterizando a

Sociedade Agrícola pelo cultivo sistemático da terra capaz de fixar o homem em

seu ambiente e de produzir seus alimentos. A terra era, assim, a base da

economia, da vida, da cultura, da estrutura da família e da política.

A Sociedade Agrícola ainda não havia se exaurido pelo fim do Século XVIII

quando a Revolução Industrial se desencadeou na Europa provocando uma

18

ruptura nos interesses agrícolas, caracterizada pela evolução tecnológica aplicada

à produção e a conseqüente revolução no processo de produção e nas relações

sociais. A história avançava para o triunfo do industrialismo sobre a agricultura,

tendo na Inglaterra o núcleo dessas profundas transformações.

A Sociedade Industrial representou mais que chaminés e linhas de

montagem. Constituiu-se num sistema social rico, multiforme, que tocou todos os

aspectos da vida humana, contrariando todas as características da Sociedade

Agrícola. A produção econômica deslocou-se do campo para a fábrica.

OLIVEIRA (1995, p. 75;76), destaca que a Sociedade Industrial pode ser

caracterizada por dois momentos distintos: o primeiro (1760-1850) corresponde

ao período de transformações tecnológicas e sociais promovidas basicamente no

setor têxtil e na introdução, em outros setores, da máquina a vapor na produção,

em substituição às antigas fontes de energia até então empregadas (força

manual, tração animal, energia hidráulica). Está claro que não foi essa

substituição simples que caracterizou a transformação: trata-se, na verdade, de

um marco. O avanço da tecnologia, a inovação, impôs-se as duras penas, pois

encontrou resistência dos trabalhadores. Além disso, as técnicas tradicionais se

mantiveram durante algum tempo em determinados setores da produção.

O segundo momento da Revolução Industrial (1850-1900) é marcado pela

expansão da maquinaria a outros países da Europa (Bélgica, França e

Alemanha), da América (Estados Unidos) e da Ásia (Japão). Essa expansão foi

acompanhada de novos avanços tecnológicos como o uso do aço, que, associado

ao avanço da metalurgia, possibilitou a construção de máquinas e sistemas

mecânicos maiores e mais potentes, além de mais velozes e eficientes que os

similares em ferro. A descoberta da eletricidade como força motriz e de

combustíveis produzidos a partir do petróleo (como a gasolina), permitiram a

invenção do rádio, do submarino e dos motores de explosão, sendo o automóvel

o invento mais expressivo do aproveitamento desses motores. Tais avanços

dinamizaram os setores de transportes marítimos e terrestres, com o

aperfeiçoamento dos navios e a introdução das ferrovias pelo aproveitamento das

19

locomotivas a vapor. Além disso, com o enriquecimento das técnicas, a

contribuição da ciência tornou-se mais eficaz, especialmente na química, que é

aplicada à indústria.

As duas fases da Revolução Industrial correspondem a uma etapa

importante do crescimento do capitalismo industrial, o qual apresenta um caráter

liberal, assentado na livre-concorrência, que vigora no período de 1760 a 1914.

Após a Primeira Guerra Mundial, com a implantação definitiva da indústria

mecanizada, da produção automatizada, o avanço tecnológico representa a

marca da "civilização industrial". Segundo OLIVEIRA (1995, p.77), o mundo é

reestruturado geopoliticamente e os Estados Unidos substituem a Inglaterra na

hegemonia mundial; o capitalismo assume formas mais agressivas: surge o

capitalismo monopolista, em que o papel do Estado é redimensionado e ocupa a

função centralizadora e, em alguns casos, intervencionista. Durante essa fase,

que se arrasta até os nossos dias, a produção industrial é automatizada e os

meios de comunicação expandem-se vertiginosamente. A energia elétrica

substitui definitivamente a energia a vapor promovendo uma completa

reconfiguração dos sistemas produtivos.

Para ALBAN (1999, p.120), a energia elétrica está para a Segunda

Revolução Industrial assim como a máquina a vapor esteve para a primeira.

Embora não constituindo uma nova fonte de energia, mas sim uma nova forma de

transmissão, a energia elétrica, por suas características intrínsecas, promove uma

completa reconfiguração dos sistemas produtivos. Suas mudanças, a rigor, são

ainda mais profundas e revolucionárias que as do vapor. Substituindo com

enorme flexibilidade a rígida transmissão mecânica permitindo o desenvolvimento

de usos absolutamente novos, a eletricidade penetra e modifica, diretamente,

todo o modo de vida contemporâneo.

Segundo TOFFLER (1980, p.28), a Sociedade Industrial trouxe consigo

tecnologias mais poderosas, cidades maiores, transportes mais rápidos,

educação em massa. Destruiu os monopólios de comunicações avançando de

20

país em país. Isso aconteceu porque a tecnologia e a produção em massa da

fábrica exigiram movimentos de informação também em massa.

Dentro de um contexto de mudança, a intensificação do fenômeno da

industrialização em amplitudes mundial, com o advento da microeletrônica e a

chegada da Tecnologia da Informação (TI), integrando a televisão, o telefone e o

computador, trouxeram desdobramentos imprevisíveis. Nessas circunstâncias, os

fatores maquinaria, mão-de-obra e capital, produzem retornos cada vez menores.

Para NASCIMENTO e BARBOSA (1996, p.57), na base desses avanços

tecnológicos estão as mudanças ocorridas no trabalho, o alicerce da sociedade

humana. Tais mudanças favoreceram o surgimento de riqueza e miséria no

mundo. Desequilíbrios sociais, tensão política, violência e fragmentação

intensificaram-se sobremaneira nos últimos anos. As novas vias de organização

do trabalho e da produção foram introduzidas no setor industrial através de um

processo de modernização de princípios conservadores (com a manutenção da

riqueza e do poder nas mãos dos mais ricos). Os efeitos desse processo

repercutiram negativamente no emprego e na qualidade de vida dos

trabalhadores em todo o mundo.

O emprego passou a migrar do setor industrial para o setor de serviços, e o

trabalho manual foi substituído pelo trabalho mental, indicando o caminho para a

era da pós-industrialização baseada no conhecimento e no setor terciário.

Existe o consenso entre os autores pesquisados de que, na Sociedade

Pós-Industrial, na qual a economia assume tendências globais, a informação

passou a ser considerada um capital precioso equiparando-se aos recursos de

produção, materiais e financeiros. O que tem sido relevante é a mudança

fundamental no significado que a informação assume na nova realidade mundial

de uma sociedade globalizada: agora a informação não é apenas um recurso,

mas o recurso.

21

A informação, portanto, desempenha um papel crescente na vida

econômica, social, cultural e política e esse fenômeno existe independentemente

do país, do seu nível de desenvolvimento ou da sua filosofia política. É o

surgimento de uma nova sociedade: Informacional ou da Informação.

Segundo BORGES (2000, p. 25;26), a Sociedade Informacional utiliza a

informação como recurso econômico. As empresas recorrem cada vez mais à

informação para aumentar sua eficácia, sua competitividade, estimular a inovação

e obter melhores resultados, melhorando, na maioria dos casos, a qualidade de

bens e serviços que produzem. Outro aspecto observado é possível identificar

maior uso da informação pelo público em geral. As pessoas usam mais

intensamente a informação em suas atividades como consumidores: para

escolher com critérios diferentes produtos, serviços públicos e serviços em geral.

No Quadro 1, comparativo a seguir, podemos ter uma compreensão mais

objetiva das diferenças entre a organização da sociedade industrial e a

organização moderna, da sociedade da informação e do conhecimento.

Quadro 1 - Comparação entre Organização da Sociedade Industrial e Organização da Sociedade da Informação

Organização da Sociedade Industrial Organização da Sociedade da Informação

- Individualismo / predomínio / distanciamento entre as pessoas.

- Autoridade centralizadora / paternalista / autocrática.

- Continuidade num único nincho profissional. Especialização excessiva.

- Tendência ao gigantismo e à centralização.

- Valorização da quantidade.

- Empresário avesso ao risco.

- A grande alavanca é o dinheiro.

- O sucesso é garantido pelo poder de investimento em máquinas e instalações.

- Compartilhamento / participação.

- Autoridade adulta / facilitadora / democrática.

- Opções múltiplas. Visão generalizada.

- Descentralização, resguardando-se a integração.

- Valorização da qualidade associada à quantidade.

- Empresário empreendedor, criativo e competitivo.

- A grande alavanca é a informação / o conhecimento / a educação.

- A mente humana é o grande software. O computador é o grande hardware.

Fonte: BORGES (2000, p. 26).

22

Para RIFKIN (2001, p. 9), a transformação do capitalismo industrial para o

cultural está desafiando muitas de nossas suposições básicas sobre o que

constitui a sociedade humana. As antigas instituições fundadas nas relações de

propriedade, nas relações de troca de mercado e no acúmulo de bens materiais

estão sendo arrancadas para dar lugar a uma era em que a cultura se torna o

recurso comercial mais importante, o tempo e a atenção se tornam a posse mais

valiosa e a própria vida de cada indivíduo se torna o melhor mercado.

Embora delineando as características marcantes da Sociedade Agrícola,

Sociedade Industrial e Sociedade Informacional, sabemos que a informação

sempre foi o insumo básico do desenvolvimento.

Para BORGES (2000, p. 32), quando o homem associou a fala à imagem e

criou a escrita, quando se comunicava através de mensageiros, serviço expresso

a cavalo, que entrecruzavam o continente, ele permitiu a transmissão e a

armazenagem da informação. A imprensa de Gutenberg, no século XV, o

telefone, o rádio, a televisão e agora as tecnologias da informação e da

comunicação, que revolucionaram os séculos XIX e XX, aceleraram o acesso e o

intercâmbio de informações. Estes diversos meios de comunicação, em vez de se

excluírem, potencializaram-se mutuamente. Em pleno século XXI, o mundo está

cada vez mais conectado através de novas tecnologias e das novas redes.

BORGES (2000, p. 32), acrescenta que as novas tecnologias, os novos

mercados, as novas mídias, os novos consumidores desta Era da Informação e

do Conhecimento conseguiram transformar o mundo em uma sociedade

globalizada. Mas o homem, diante dessa nova realidade, continua no comando

desta mudança como o único ser dotado de vontade, inteligência e conhecimento,

capaz de compreender os desafios e de definir os passos que direcionarão seu

próprio futuro.

Para consolidar o entendimento sobre a Sociedade da Informação, a seguir

conceituaremos a informação mostrando a diferença entre dados e conhecimento,

bem como abordagens distintas para administrar a informação e de que forma

23

essa informação deve estar disponibilizada, estrategicamente, para que seja

considerada o maior recurso.

2.2. O QUE É A INFORMAÇÃO?

O conteúdo desse tópico, até a exposição do quadro de O’Brien (vide

Quadro 4), foi extraído da monografia de RIOS (2001, p.16-19).

Para compreender melhor o que é informação é preciso fazer a distinção

entre dados, informação e conhecimento. Informação é um termo que envolve os

três, além de servir como conexão entre os dados brutos e o conhecimento.

Objetivando maior esclarecimento, tomamos como base o Quadro 2

explicativo a seguir:

Quadro 2 - Dados, Informação e Conhecimento

Dados Informação Conhecimento

Simples observações sobre o estado do mundo.

Dados dotados de relevância e propósito.

Informação valiosa da mente humana.

Inclui reflexão, síntese, contexto.

Facilmente estruturado. Requer unidade de análise. De difícil estruturação.

Facilmente obtido por máquinas.

Exige consenso em relação ao significado.

De difícil estruturação.

Freqüentemente quantificado. Exige necessariamente a medição humana.

Freqüentemente tácito.

Facilmente transferível. De difícil transferência.

Fonte: DAVENPORT (1998, p.18)

Informação é essencialmente criação humana e nunca seremos capazes

de administrá-la se não levarmos em consideração o papel fundamental

desempenhado pelas pessoas nesse cenário.

24

DAVENPORT (1998, p.12-14) faz ainda duas abordagens comparativas,

levando em consideração a administração da informação do ponto de vista

estático e do ponto de vista da era informacional conforme demonstra o Quadro 3.

Quadro 3 - Abordagens distintas para administrar a Informação

Abordagem do ponto de vista estático

Abordagem da era informacional

A informação é facilmente armazenada nos computadores na forma de dados.

A informação não é facilmente arquivada em computadores - e não é apenas constituída de dados.

Criar bancos de dados em computadores é o único modo de administrar a complexidade da informação.

Quanto mais complexo o modelo da informação, menor será sua utilidade.

A informação deve ser comum a toda organização.

A informação pode ter muitos significados em uma organização.

As mudanças tecnológicas irão aperfeiçoar o ambiente informacional.

A tecnologia é apenas um componente do ambiente de informação e freqüentemente não se apresenta como meio adequado para operar mudanças.

Fonte: DAVENPORT (1988, p.12-14).

Portanto, à medida que a informação se torna mais importante, precisamos

aprender a pensar além das máquinas.

É indiscutível o aumento da TI nas organizações e esta pode ser uma força

poderosa para mudar o modo como fazemos nosso trabalho. A tecnologia -

incluindo computadores, redes de comunicação e softwares - tornou-se apenas

uma ferramenta para administrar a informação, mas também um setor vigoroso

em si mesmo. Não devemos supor que a tecnologia, em si, possa resolver todas

as dificuldades, mas a informação, - ou ao menos o uso efetivo dela, deve ser

potencializada, de alta qualidade por ser extremamente útil.

Nessa perspectiva, O'BRIEN (2001, p. 25) afirma que a informação é

dotada de três dimensões: tempo, conteúdo e forma e que os atributos de

qualidade importantes da informação podem ser agrupados nessas três

dimensões, melhor explicado no Quadro 4 a seguir:

25

Quadro 4 - Resumo dos atributos da qualidade da informação

Dimensão do Tempo

Prontidão

Aceitação

Freqüência

Período

- A informação deve ser fornecida quando for necessária.

- A informação deve estar atualizada quando for fornecida.

- A informação deve ser fornecida tantas vezes quantas forem necessárias.

- A informação pode ser fornecida sobre períodos passados, presentes e futuros.

Dimensão do Conteúdo

Precisão

Relevância

Integridade

Concisão

Amplitude

Desempenho

- A informação deve estar isenta de erros.

- A informação deve estar relacionada às necessidades de informação de um receptor específico para uma situação específica.

- Toda informação que for necessária deve ser fornecida.

- Apenas a informação que for necessária deve ser fornecida.

- A informação pode ter um alcance amplo ou estreito, ou um foco interno ou externo.

- A informação pode revelar desempenho pela mensuração das atividades concluídas, progresso realizado ou recursos acumulados.

Dimensão da Forma

Clareza

Detalhe

Ordem

Apresentação

Mídia

- A informação deve ser fornecida de uma forma que seja fácil de compreender.

- A informação pode ser fornecida em forma detalhada ou resumida.

- A informação pode ser organizada em uma seqüência predeterminada.

- A informação pode ser apresentada em forma de narrativa, numérica, gráfica ou outras.

- A informação pode ser fornecida na forma de documentos em papel impresso, monitores de vídeo ou outras mídias.

Fonte: O’BRIEN (2001, p. 25 ).

Sendo assim, podemos afirmar que é dessa forma que as informações

devem ser apresentadas, atendendo aos requisitos de que devemos considerá-la

a partir de sua relevância.

MARUYAMA, citado por TENÓRIO (2001, p. 77;78) afirma que a maior

parte da informação relevante é situacional, aplicável a casos individuais

26

específicos e apenas num momento específico. É imediatamente necessária para

ação. Não é preciso o armazenamento permanente da informação, mas sim seu

rápido processamento.

Essas informações caracterizadas como relevantes, agrupadas nas

dimensões do Quadro 4, de O’Brien, contribuem para a produção do

conhecimento e conseqüentemente para a transformação da sociedade, que é a

finalidade da utilização da informação.

Face ao exposto, é pertinente apresentar a afirmação feita por TENÓRIO

(2001, p. 61;62):

A globalização econômica está intensificando os fluxos informacionais. O conhecimento e a informação têm assumido uma importância cada vez maior como os fatores de produção, acrescentando valor aos produtos no processo de produção, fornecimento, atendimento e serviços ao consumidor. A adequada administração da informação é uma atividade cada vez mais importante no funcionamento de uma organização de qualquer natureza.

AKUTSU (2002, p. 38) afirma que na Sociedade da Informação tanto a

escassez de informações, quanto o excesso podem dificultar o exercício da

democracia. Se a escassez não permite aos cidadãos acompanhar que decisões

os governantes estão tomando, o excesso pode dificultar a busca das informações,

desviando a tenção do cidadão para assuntos secundários, além de dificultar a

pesquisa às informações relevantes e que de fato interessam a cada cidadão.

Sendo assim, é legítimo, que os governos selecionem as informações que

julguem mais relevantes para divulgação, de modo que a sociedade não seja

bombardeada por um excesso de informações uma vez que a importância da

informação para a sociedade é universalmente aceita, constituindo-se, senão no

mais relevante, pelo menos em um dos recursos cuja gestão e aproveitamento

estão diretamente relacionados com a competitividade efetiva, diferencial de

mercado, lucratividade e o sucesso desejado para toda Sociedade Informacional.

27

A seguir, faz-se necessário entender sobre a Internet uma vez que é uma

rede mundial de computadores e que é, antes de tudo, o meio de comunicação

global que possibilita os governos, cidadãos divulgar informações, oferecer

serviços fortalecendo as discussões indispensáveis para a democratização da

sociedade, na sociedade informacional.

2.3. INTERNET

SILVEIRA (2001, p.13;14) afirma que as origens da Internet são

encontradas na Advanced Research Projects Agency Network (Arpanet), uma

rede única criada em 1969 para permitir o compartilhamento de dados e criar um

sistema de correio eletrônico. O autor também relata, que a partir dos anos 90,

ocorre a explosão das conexões à Internet. Antes, a rede era muito restrita aos

norte-americanos. Quando a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos,

National Science Foundation, em 1984, assumiu o gerenciamento da rede criada

pela Arpanet, menos de dez países estavam conectados. Isso não significa que

outras redes de computador não existissem. A ligação em uma única rede de

todas as demais redes de computador só se intensificou depois 1989, com a

queda do Muro de Berlin e com a destruição do bloco soviético. A Internet é

apenas isso: uma conexão mundial de todas as diferentes redes de computador.

Uma aplicação foi decisiva para a rápida popularização da Internet: o

sistema de hipermídia para obter informações por meio da rede conhecida como

world wide web, o hoje famoso www ou simplesmente web.

Em 1991, é conectado à rede o primeiro servidor de web. Hoje bilhões de

páginas em hipertexto ocupam o espaço virtual da Internet. Para navegar na web

todos precisam de um browser ou navegador, um programa que lê os hipertextos

e os coloca graficamente estruturados na tela do computador. A supremacia em

relação ao browser foi inicialmente do Netscape e hoje é do Explorer da Microsoft,

28

que conseguiu monopolizar o mercado acoplando seu navegador ao sistema

operacional Windows , que já dominava o mercado.

LIMA (2000, p. 31), afirma que, com a WEB, pela primeira vez na história

da humanidade, podemos enviar de forma irrestrita quer em termos de

quantidade, quer em termos de distância, informações para outras pessoas de

uma forma rápida, segura e barata com a vantagem de que elas só acessam a

porção da informação que elas têm real interesse.

Para LAUDON K. e LAUDON J. (1999, p. 168) a Internet é sem dúvida, a

maior rede de computadores do mundo. E tem sido o foco de tanta atenção por

ser a maior e mais rápida forma de implementação de uma “auto-estrada de

informação”. A expressão auto-estrada de informação refere-se às redes de

telecomunicações de alta velocidade com escopo, local, nacional ou internacional

e que oferecem acesso aberto (com ou sem taxa de cobrança) ao público em

geral. A Internet cada vez mais está tendo um enorme impacto no mundo

empresarial, nas comunidades universitárias e governamentais, e também em

muitas pessoas. Esse impacto vem de sua capacidade de eliminar praticamente

muitas das barreiras de tempo e de espaço.

Segundo LIMA (2000, p. 32;33), a Internet muito embora não seja ainda

uma tecnologia acabada, tendo ainda um grande espaço para evoluir, quer em

termos de velocidade, manuseio e compreensão da informação, quer em termos

de incorporação de novos recursos, a Internet/Web exerceu e exerce, um papel

fundamental na aceleração da mudança, pois tem possibilitado o redesenho do

ambiente em que vivemos em termos de:

Comunicação:

- representa um recurso ou ferramenta que possibilita, de forma

igualitária e democrática, a comunicação entre pessoas, grupos e

organizações de forma local e mundial;

29

- abre as portas para uma revisão global dos custos do processo

de comunicação;

- facilita o acesso das pessoas às ferramentas disponíveis sem

distinções sócio-econômicas;

- oferece recursos e oportunidades de participar do processo de

comunicação àqueles que possuem dificuldades físicas ou limitações.

Publicações:

- é uma tribuna livre para todos aqueles que, democraticamente,

querem tornar disponíveis suas idéias;

- oferece a possibilidade de acesso a informações sem os custos

normais de pesquisa ou aquisição;

- diminui o gap entre o fato e o acesso às informações pertinentes

ao mesmo;

- cria um novo conceito de jornal, revista, livro;

- possibilita um sistema de arquivamento de informações com

acesso seletivo.

Comércio:

- está revolucionando o conceito de negócio através da venda virtual;

- elimina a intermediação e reduz os custos finais do produto/serviço;

30

- elimina a diferença/distinção existente entre grandes e pequenos

negócios;

- revoluciona o conceito de logística e distribuição;

- desenvolve o conceito de alianças e parcerias, etc.

Manuseio de Informação:

­ é depositório livre de informações, acessíveis via diretórios e índices;

­ oferece novos recursos e metodologias de procura;

­ permite o acesso a navegação não-linear;

­ permite acesso a dados disponibilizados em diferentes mídias;

­ permite combinações de dados em critérios personalizados etc.

Recurso Educacional:

­ está permitindo que dados disponibilizados se transformem em

conhecimento;

­ está democratizando o acesso à educação e desenvolvendo o

conceito de autodesenvolvimento;

­ está se tornando um importante meio de distribuição de cursos e

seminários via educação a distância;

31

­ permite desenvolver formas de suporte ao processo educativo a

distância;

­ permite um processo de aprendizagem cooperativa;

­ permite um processo de interação e suporte ao aprendizado via

aconselhamento, avaliação de performance, suporte, etc.

Esses são apenas alguns exemplos com os quais podemos demonstrar as

conseqüências das mudanças de paradigma para a sociedade contemporânea.

Em termos sociais, é importante entender que esses exemplos já são uma

realidade prática para alguns segmentos da sociedade e que outros estão,

gradualmente, sendo incorporados.

2.3.1. A INTERNET – A GERAÇÃO DE UM NOVO ESPAÇO

ANTROPOLÓGICO

“Os espaços antropológicos são mundos de significação e não categorias

coisificadas que partilham entre si objetos corporais” (LÉVY, 1997, p. 186).

Segundo SILVA (1999, p. 62), a comunicação sustentada nas redes e

serviços telemáticos, das quais a Internet é a mais conhecida, gerou a

possibilidade de criação e desenvolvimento de um novo espaço público, uma

nova era que apresenta como característica fundamental o fato de ser um híbrido,

digamos um Fórum Híbrido em que o sujeito vive a possibilidade de ambivalência

entre o local e o global, entre o eu e o anonimato, entre o eu e o outro do

pseudônimo, entre o ser produtor e consumidor de conhecimentos à escala

global, entre a nacionalidade e o cosmopolitismo etc.

A Internet é simultaneamente real e virtual, informação e contexto de

interação, espaço (site) e tempo, mas que altera as próprias coordenadas

espaços-temporais a que estamos habituados, compactando-as, ou seja, o

32

espaço e o tempo na rede existem na medida em que são construções sociais

partilhadas. Esta construção é estruturada pelos laços e valores sócio-políticos,

estéticos e éticos que tipificam este novo espaço antropológico.

Este novo espaço com áreas de privacidade - um novo mundo - é um

suporte aos processos cognitivos, sociais e afetivos, os quais efetuam a

transmutação da rede de tecnologia eletrônica e telecomunicações em espaço

social povoado por seres que (re)constroem as suas identidades e os seus laços

sociais nesse novo contexto comunicacional. Geram uma teia de novas

sociabilidades que suscitam novos valores. Estes novos valores, por sua vez,

reforçam as novas sociabilidades.

2.3.1.1. O Direito de Acesso

SILVEIRA (2000, p. 30), relata que o Concise Oxford Dictionary, reunião

dos termos mais empregados da língua inglesa, incluiu em sua oitava edição, em

1990, o verbo access (acessar). Esta constatação encontra-se no livro do

economista RIFKIN (2001, p. 12). Acessar é um dos termos mais utilizados na

sociedade em rede. O acesso à comunicação mediada por computador tornou-se

sinônimo de direito à comunicação.

Para RIFKIN (2001, p. 12), a noção de acesso e de redes, entretanto, está

se tornando cada vez mais importante e começando a redefinir nossa dinâmica

social de uma forma tão poderosa quanto à redefinição da idéia de propriedade e

de mercado às vésperas da era moderna. Até recentemente a palavra acesso era

ouvida apenas ocasionalmente e geralmente restringia-se a questões de

ingressos a espaços físicos. Agora acessar é um dos termos mais usados na vida

social. Quando as pessoas ouvem a palavra acessar, provavelmente pensam na

abertura para mundos totalmente novos de possibilidades e oportunidades. O

acesso tornou-se o bilhete de ingresso para o avanço e para a realização pessoal,

sendo tão poderoso quanto a visão democrática foi para gerações anteriores. É

uma palavra cheia de significado político. Acessar, afinal, diz respeito a distinções

e divisões, sobre quem deverá ser incluído e quem será excluído. Acessar está se

33

tornando uma ferramenta conceitual potente para se repensar nossa visão de

mundo, bem como nossa visão econômica, tornando-se a metáfora mais

poderosa da próxima era.

Já na Revolução Francesa (1789), segundo SILVEIRA (2001, p. 30), a

liberdade de expressão só poderia existir se estivesse assegurada a liberdade de

uso do suporte que transmitia a informação. Assim, a liberdade de imprensa era

materializada da liberdade de expressão. Uma estava intrinsecamente vinculada à

outra. Separá-las seria como eliminar a essência de ambas.

Para SILVEIRA (2001, p. 30;31), nas sociedades modernas, o acesso às

tecnologias de reprodução de informações em larga escala era uma condição

democrática. Na sociedade da informação, a defesa da inclusão digital é

fundamental não somente por motivos econômicos ou de empregabilidade, mas

por razões político-sociais, principalmente para assegurar o direito inalienável à

comunicação. Comunicar na sociedade pós-moderna é poder interagir nas redes

de informação.

A maioria da população, ao ser privada do acesso à comunicação mediada

por computador, está sendo simplesmente impedida de se comunicar pelo meio mais

ágil, completo e abrangente. O apartheid digital arrebenta uma liberdade formal

básica do universo liberal-democrático. Passam a existir dois tipos de cidadão,

aquele que pode acessar instantaneamente o que os outros falam, com eles

podendo interagir, e aqueles que estão privados da velocidade de comunicação.

Entender o acesso à Internet também como um direito de compartilhar as

redes de comunicação e informação, é fundamental para assegurar seu uso

cultural, social e cidadão, ou seja, para superar os entendimentos de que a rede

mundial de computadores está destinada a ser um grande hipermercado virtual,

recuperando o espírito inicial de parte de seus idealizadores.

A diferença qualitativa da comunicação em rede de todas as formas

anteriores está na interatividade. Esta característica é poderosa nas políticas de

34

inclusão. A exploração da interatividade incentiva à criatividade, a curiosidade, o

conhecimento, a sociabilidade e até a criação de mais sites não-comerciais

mantendo viva a presença de nosso universo cultural na rede mundial de

computadores, afirma SILVEIRA (2001, p. 31).

Entretanto, não podemos deixar de mencionar, que o uso da Internet está

agravando a desigualdade social e econômica entre pessoas e nações, formando

a classe dos excluídos socialmente, ou infoexcluídos.

DINIZ (2002, p. 6), explica esse fenômeno introduzindo o seguinte conceito:

Exclusão Digital é a impossibilidade de utilização dos serviços oferecidos através de canais eletrônicos resultante da dificuldade, por motivos sociais ou econômicos, de acesso às tecnologias básicas que permitam a conexão com o universo digital.

Dessa forma, faz-se necessário abordar sobre os efeitos que a ampliação

da comunicação em rede, da informática básica e a exigência em conhecer bem

os recursos da Internet provocam para as comunidades menos favorecidas

acentuando a Exclusão Social.

2.4. EXCLUSÃO SOCIAL

OLIVEIRA et al (2001, p. 32-34) conceitua Exclusão Social referindo-se a

população com baixos níveis de renda per capta que refletem altas taxas de

analfabetismo adulto, baixo acesso à educação formal avançada e à tecnologia da

informação. A Exclusão Social é caracterizada pelo desemprego tecnológico,

desqualificação do trabalhador, perda de comunicação interpessoal e de grupo, perda

do sentido de identidade e aprofundamento das desigualdades sociais e econômicas.

35

Para explicar o que é Exclusão Social SILVEIRA (2001, p. 17;18) destaca

que para se conectar à Sociedade da Informação, para acessar à Internet - a rede

mundial de computadores, é preciso pagar mensalmente um provedor de acesso

e o gasto com a conta telefônica. Além disso, é preciso ter um computador que

custa mais de 1.000 reais. Em um país com quase um terço da sociedade abaixo

da linha da pobreza, gasta algo em torno de 40 reais por mês pelo uso mínimo de

conexão e conta telefônica é impossível para a maioria da população. Sendo

assim, o autor, considera que essa é a nova face da Exclusão Social. Enquanto

um jovem das camadas abastadas da sociedade tem acesso ao ciberspaço e a

todas as fontes de informação disponíveis em bilhões de sites espalhados pelo

globo, o adolescente de camadas pauperizadas fica privado de interagir com os

produtores de conteúdo, de observá-los, de questioná-los e de copiar seus

arquivos. Para a pessoa incluída na rede, a navegação estimula a criatividade,

permite realizar pesquisas sobre inúmeros temas e encontrar com maior

velocidade o resultado de sua busca. Quem está desconectado desconhece o

oceano informacional, ficando impossibilitado de encontrar uma informação

básica, de descobrir novos temas, de despertar para novos interesses.

Os novos excluídos não conseguem se comunicar com a velocidade dos

incluídos pela comunicação mediada por computador. Ao contrário do que se

afirmava, o e-mail (correio eletrônico) não afasta as pessoas. Sua rapidez quase

instantânea e facilidade de envio, sem necessidade de deslocamento até o posto

do correio, ampliaram o contato entre as pessoas, solidificaram laços afetivos

entre amigos distantes e têm permitido compartilhar conhecimentos obtidos em

qualquer parte do mundo, afirma SILVEIRA (2001, p. 17).

Dessa forma, podemos afirmar que as oportunidades dos incluídos na

sociedade da informação são bem maiores do que as daqueles que vivem no

apartheid digital. Para se obter um emprego, cada vez mais será preciso ter alguma

destreza no uso do computador. Com a ampliação da comunicação em rede, além

da informática básica será necessário conhecer bem os recursos da Internet.

36

Segundo SILVEIRA (2001, p. 18) a exclusão digital ocorre ao se privar as

pessoas de três instrumentos básicos: o computador, a linha telefônica e o

provedor de acesso. O resultado disso é analfabetismo digital, a pobreza e a

lentidão comunicativa, o isolamento e o impedimento do exercício de inteligência

coletiva. Estes três resultados podem ser comparados aos estragos que a fome

gera nos primeiros anos de vida de uma criança. Por isso, não é correto

classificar a exclusão digital como mera conseqüência da exclusão social.

Além de ser um veto cognitivo e um rompimento com a mais liberal das

idéias de igualdade formal e de direito de oportunidade, a exclusão digital impede

que se reduza a exclusão social, uma vez que as principais atividades

econômicas governamentais e boa parte da produção cultural da sociedade vão

migrando para a rede, sendo praticadas e divulgadas por meio da comunicação

informacional. Estar fora da rede é ficar fora dos principais fluxos de informação.

Desconhecer seus procedimentos básicos é amargar a nova ignorância.

Como um excluído terá a mesma destreza no uso do computador, na

navegação e na pesquisa de rede, na conversa em um fórum de debates, na

manipulação de um software, que um incluído? Quem obterá as melhores

chances? Isso não significa que o desemprego será eliminado quando todos

souberem utilizar o potencial básico dos computadores e das redes de

comunicação. Sem dúvida alguma é possível crer que com a maciça inclusão de

pessoas na sociedade da informação teremos uma explosão das possibilidades

de cidadania. E quanto mais cidadãs forem às pessoas, mais conscientes serão

das necessidades de reinvenção da dinâmica social excludente e desigual.

Segundo AKUTSU (2002, p. 46), deve-se salientar que o fator econômico

não é o único a determinar a infoexclusão. Como potenciais infoexcluídos devem

ser considerados também alguns grupos da sociedade, tais como: os mais velhos,

os desempregados, aqueles que têm dificuldade de aprendizagem. Tais

dificuldades são inerentes ao fato de a Internet ser um instrumento de

comunicação novo e caracterizado por mudanças tecnológicas constantes,

dificultando a incorporação de seu uso ao cotidiano das pessoas. De todos esses

37

fatores, entretanto, o econômico é o mais importante e determinante dos outros,

principalmente no Brasil, onde a grande maioria da população não tem renda

suficiente para adquirir um computador e manter uma linha telefônica com acesso

à Internet.

A ação governamental é, portanto, fundamental para minimizar o número

de infoexcluídos e para viabilizar a Sociedade da Informação, não somente para

aqueles que têm menor poder aquisitivo, mas também para os segmentos da

sociedade que têm maior dificuldade em utilizar a Internet. Para combater o

principal fator que determina a infoexclusão – o econômico – o Estado pode

promover políticas públicas que promovam a redução da desigualdade econômica

e permitam o acesso de uma parcela maior da população à Internet.

Sendo assim, com o propósito de permitir maior acesso do público à

informação com fins ao exercício de cidadania e tornar o governo mais transparente

para os seus cidadãos, faz-se necessário entender a forma de modernização do

governo frente aos fatores contemporâneos acima mencionados.

2.5. GOVERNO ELETRÔNICO

DINIZ (2002, p. 5) traz o seguinte conceito:

Para a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI, 2001), Governo Eletrônico ou Governo Digital pode ser entendido como uma das principais formas de modernização do Estado e resulta do uso estratégico e intensivo das tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), nas relações internas dos próprios órgãos de governo e também das relações do setor público com os cidadãos e as empresas, seja na oferta de serviços, seja nos processos de compras governamentais. Esta modernização do Estado se relaciona também com a necessidade de uma maior transparência na gestão econômica e fiscal da máquina pública, na busca de maior eficiência na prestação de serviços e, na melhora da qualidade dos serviços oferecidos aos cidadãos. Estes fatores podem levar também ao incremento no processo de democratização política, contribuindo para aumentar a legitimação de governos, e estabelecer novas maneiras de gerenciar as atividades.

38

Para LEER, citado por BITTENCOURT FILHO (2000, p. 62), o governo

americano identificou cinco grandes desafios a serem vencidos, em todo o planeta,

para que os benefícios da sociedade da informação cheguem a todos os povos:

a) aumentar o acesso às telecomunicações para que, em todo o

mundo, as pessoas estejam próximas dos serviços de

comunicações de voz e dados nos próximos dez anos;

b) superar as barreiras das línguas, desenvolvendo tecnologias que

permitam a tradução instantânea, de forma que as pessoas possam

se comunicar nos seus próprios idiomas;

c) criar uma Rede Global de Conhecimento Profissional para que

possamos superar os desafios em educação, saúde, agricultura,

segurança pública e desenvolvimento sustentado;

d) usar a tecnologia da informação em favor do livre intercâmbio de

idéias, assegurando a democracia;

e) usar as telecomunicações para expandir as oportunidades

econômicas para todas as comunidades do mundo.

Segundo DORRIS, citado por BITTENCOURT FILHO (2000, p. 58), o

Governo Eletrônico utiliza as tecnologias da informação e das telecomunicações,

integrando-se em rede, para prover serviços e informações para toda a

sociedade, a qualquer hora e em qualquer lugar, e para receber retroalimentação,

num canal de mão dupla, fortalecendo a democracia.

Essa é a forma, que governos em todo o mundo estão desenvolvendo o

governo eletrônico. Em cada região do globo – de países em desenvolvimento

aos industrializados – governos locais e nacionais estão colocando informações

39

importantes on-line, automatizando processos antes burocráticos e interagindo

eletronicamente com seus cidadãos.

As colocações feitas, a seguir, foram extraídas do documento “Diretrizes

para o Governo Eletrônico no Mundo em Desenvolvimento” e que refletem as

experiências coletivas de um grupo de dirigentes e líderes de programas de

governo eletrônico da África do Sul, Brasil, Chile, Dinamarca, Egito, Emirados

Árabes Unidos, Estados Unidos, Índia, Israel, México, Tanzânia e Tailândia.

Definindo amplamente, Governo Eletrônico é o uso das Tecnologias de

Informação e Comunicação para promover um governo mais efetivo e eficiente,

com serviços públicos mais acessíveis, permitir maior acesso do público à

informação e, tornar o governo mais transparente para os seus cidadãos. O

Governo Eletrônico envolve prestação de serviços via Internet, telefone, em

centros comunitários (com auto-serviço ou atendimento de balcão), através de

aparelhos sem fio ou outros sistemas de comunicação.

Mas, o Governo Eletrônico não é um atalho para o desenvolvimento

econômico, diminuição de orçamentos ou a construção de um governo “limpo” e

eficiente. Governo Eletrônico é um processo chamado de evolução tecnológica

que envolve custos e riscos, tanto financeiros quanto políticos.

Estes riscos podem ser significativos. Se não forem bem concebidas e

implementadas, as iniciativas do governo eletrônico podem desperdiçar recursos,

falhar na promessa de proporcionar serviços úteis e, assim, aumentar a frustração

pública com o governo. Particularmente, no mundo em desenvolvimento, onde os

recursos são escassos, o governo eletrônico deve ter como alvo áreas com

maiores chances de sucesso.

Governo Eletrônico significa mudar a maneira como o governo funciona,

como ele lida com a informação, como os funcionários vêem suas funções e

interagem com o público. Alcançar sucesso no governo eletrônico requer

parcerias ativas entre governo, cidadãos e o setor privado. O processo do

40

governo eletrônico precisa ser avaliado continuamente pelos seus “clientes” –

público, empresas e funcionários de governo que utilizam serviços do governo

eletrônico. Suas vozes e idéias são essenciais para fazer o governo eletrônico

funcionar. Governo Eletrônico, quando implementado de maneira correta, é um

processo participativo.

Governo Eletrônico é sobre transformações – tecnologia é uma ferramenta.

Governo Eletrônico é sobre transformações que ajudam os cidadãos e as

empresas a encontrarem novas oportunidades na economia mundial do

conhecimento. Ele tem um grande potencial. Se o Governo Eletrônico não é parte

de um programa maior de reforma – reformando como o governo funciona,

administra informação, gerencia funções internas, serve aos cidadãos e às

empresas – então ele não pode produzir todos os benefícios esperados pelo

tempo e dinheiro investidos. O Governo Eletrônico é válido para repensar o papel

do governo. Deve ser adotado como uma ferramenta para um maior crescimento

econômico e um bom governo. Governo Eletrônico não é algo fácil e nem barato.

Antes de comprometer o tempo, recursos e vontade política necessários para

implementar com sucesso uma iniciativa de governo eletrônico, deve-se ter uma

clara compreensão das razões básicas para buscar ou não buscar o governo

eletrônico. É uma ferramenta para alcançar o desenvolvimento econômico com

diminuição de orçamentos e transparências nas ações. Especialmente, em países

em desenvolvimento, onde os recursos são escassos, deve-se traçar planos de

ação bem definidos. Do contrário, seguir adiante com planos mal concebidos

pode ser um erro caro, financeiramente e politicamente.

Governo Eletrônico como todas as reformas necessita de mudanças na

forma como os funcionários do governo pensam e age, como eles vêem seus

trabalhos, como eles dividem informações entre os departamentos (G2G –

Governo para Governo), com empresas (G2E – Governo para Empresa) e com

cidadãos (G2C – governo para cidadãos). Governo Eletrônico demanda uma

reengenharia dos processos de negócio do governo, tanto nas agências quanto

em todo o governo.

41

Ao mesmo tempo, o Governo Eletrônico responde às mudanças ocorridas

fora do governo. A maneira como uma sociedade – seus cidadãos, empresas e

sociedade civil – lida com o governo e com a informação, está mudando

radicalmente em alguns lugares. Cidadãos estão começando a desejar que os

serviços do governo sejam equivalentes aos serviços oferecidos pelo setor

privado. Com o passar do tempo, os cidadãos vão agir mais e mais como

consumidores. Os governos devem se ajustar a isso, e o Governo Eletrônico é

uma ferramenta que pode ajudar. Tecnologia da Informação e Comunicação é um

instrumento para reforçar a reforma do governo.

Tratar o Governo Eletrônico como um processo de reforma, e não

meramente a informatização das operações governamentais irá contribuir para a

construção de uma “Sociedade da Informação”, onde as vidas dos cidadãos são

enriquecidas e reforçadas pelo acesso a toda a informação e oportunidades

sociais, econômicas e políticas que ele oferece. Isso está se tornando uma

prioridade nacional chave para todos os países, ricos e pobres.

Novas (e velhas) tecnologias são, simplesmente, meios de atingir os

objetivos maiores da sociedade. Ao invés de focalizar na idéia de “governo

eletrônico”, conhecido como e-gov, deve ser focalizado em criar um “i–governo”

ou “i-gov”, ou até uma “i-sociedade”, onde “i” significa “inteligência” ou

“informação”. É necessário estabelecer um foco em questões como o governo e a

sociedade processam e usam crescentes quantidades de informações, e como o

governo pode corresponder melhor às necessidades e solicitações dos cidadãos.

Entretanto, para que Governo Eletrônico obtenha êxito e esteja alinhado

com suas diretrizes, é imprescindível que ações governamentais também estejam

voltadas para permitir que os excluídos socialmente possam utilizar ferramentas

de compartilhamento de conhecimento, isto é, estejam incluídos digitalmente.

42

2.6. INCLUSÃO DIGITAL

Baseado em informações obtidas nas palestras proferidas no Congresso

de Informática Pública – CONIP (2002/2003) compreendemos que Inclusão Digital

é a denominação dada, genericamente, aos esforços de fazer com que as

populações da sociedade contemporânea, cujas estruturas e funcionamento estão

sendo significativamente alteradas, possam obter os conhecimentos necessários

para utilizar a Internet com um mínimo de proeficiência, os recursos de tecnologia

de informação e comunicação existentes e dispor de acesso físico regular a esses

recursos. Assim, percebemos que, claramente, a exclusão digital aprofunda a

exclusão sócio-econômica já que a toda população deve ser garantido o direito de

acesso ao mundo digital, tanto no âmbito técnico/físico (sensibilização, contato e

uso básico) quanto educacional (formação, geração de conhecimento,

participação e criação).

SILVEIRA (2001, p. 21), considera que, primeiro é necessário entender que

a revolução tecnológica em curso destinou à informação um lugar estratégico. A

sociedade é cada vez mais a sociedade da informação e os agrupamentos sociais

que não souberem manipular, reunir, desagregar, processar, analisar informações

ficarão distantes da produção dos conhecimentos, estagnados ou vendo se agravar

sua condição de miséria. O acesso à rede é apenas um pequeno passo, embora

vital, que precisa ser dado. Apesar de já ter se tornado um lugar comum, sempre é

bom frisar que a informação somente gera conhecimento se for adequadamente

tratada. É preciso inserir as pessoas no dilúvio informacional das redes e orientá-

las sobre como obter conhecimento. Como qualquer navegador, somente após um

período de introdução e de treinamento é que se obtém as técnicas próprias para

navegar sozinho e não naufragar diante das marés e intempéries.

Segundo, a organização da economia e do trabalho no mundo rico será

cada vez mais mediada pelo computador e pela comunicação em rede, afirma

SILVEIRA (2001, p. 21). Portanto, todas as camadas da sociedade precisam se

qualificar para acompanhar o desenvolvimento das tecnologias intelectuais, pois é

43

disso que tratamos quando falamos em inclusão na sociedade da informação. A

pobreza não será reduzida com cestas básicas, mas com a construção de

coletivos sociais inteligentes, capazes de qualificar as pessoas para uma nova

economia e para novas formas de sociabilidade, permitindo que utilizem

ferramentas de compartilhamento de conhecimento para exigir direitos, alargar a

cidadania e melhorar as condições de vida.

Terceiro, a proficiência em massa das pessoas para uso da tecnologia da

informação pode gerar sinergia essencial para o desenvolvimento sustentado do

país, argumenta SILVEIRA (2001, p. 21).

A sinergia essencial – integração, auxílio mútuo e troca de conhecimento e

experiências – é uma das explicações que CASTELLS, citado por SILVEIRA

(2001, p. 22) dá para o advento e desenvolvimento da Terceira Revolução

Tecnológica ter ocorrido em uma reduzida região oeste dos Estados Unidos, o

Vale do Silício. A Inclusão Digital maciça e a disseminação rápida do uso do

computador podem fomentar e potencializar as forças sinergéticas de que nossa

sociedade necessita.

LÉVY (1999, p. 175;176), estudioso da sociedade da informação e da

cibercultura, apontou as performances industriais e comerciais das companhias,

das regiões, das grandes zonas geopolíticas, são intimamente correlacionadas a

políticas de gestão do saber. Isso indica que o conhecimento e a constante

geração de competências são as principais fontes de riquezas das empresas,

metrópoles e nações. É estratégico disseminar amplamente o acesso aos

instrumentos mais avançados das tecnologias da informação como elemento

essencial da valorização do nosso espaço nacional. O caminho proposto para

reduzir e eliminar a miséria é partir em busca da riqueza. Tratar a redução da

pobreza apenas como política assistencial ou focalizada é, na sociedade da

informação como enxugar o gelo.

SILVEIRA (2001, p. 22) afirma que é necessário aprofundar um pouco mais

estas considerações para não parecer que a tecnologia em si possui o dom de

44

retirar do processo de acumulação capitalista a permanente geração de

desigualdades e injustiças.

SANTOS e SILVEIRA (2001, p. 140) escreveram um importante alerta:

A economia atual necessita de áreas contínuas, dotadas de infra-estruturas coletivas, unitárias, realmente indissociáveis quanto ao seu uso produtivo. Mas esse equipamento chamado coletivo é, na verdade, feito para o serviço das empresas hegemônicas. Construídas como dinheiro público, essas infra-estruturas aprofundam o uso seletivo do território, deixando excluída ou depreciada a maior parte da economia e da população.

É necessário assegurar o acesso às camadas socialmente excluídas como

estratégia fundamental de inclusão social. Mas, para que isso não tenha um

resultado desprezível torna-se indispensável a formulação de políticas básicas de

orientação, educação não-formal, proficiência tecnológica e de uso de novas

tecnologias da informação para mudar a vida, ou seja, para fomentar instrumentos

ágeis para organizar reivindicações, lutar por prioridades orçamentárias, fiscalizar

governos e expor preocupações e necessidades coletivas.

Para SILVEIRA (2001, p. 22;23), deve-se considerar que as ações de

inclusão digital são importantes para a redução da miséria, rompendo a

reprodução do ciclo da ignorância e do atraso tecnológico, mas acabam

favorecendo os grandes conglomerados da nova economia com uma mão-de-

obra capacitada, com experiência no uso da rede e com habilidade em informática

básica, criando também um enorme contingente de consumidores de produtos de

informática, hardware, software e serviços de manutenção.

Sendo assim, é justo cobrar dos conglomerados da nova economia a

contrapartida do crescimento de seus lucros com a prática e a manutenção da

inclusão digital, já que serão beneficiários diretos dela.

As pessoas apartadas da sociedade da informação estão percebendo a

importância de sua inserção, buscando menores brechas para não perderem os

45

bits da história. O computador conectado à Internet já é para as famílias uma

esperança de um futuro melhor para seus filhos.

2.6.1. AS PROPOSTAS DE INCLUSÃO DIGITAL

Segundo NERI, (2003, p. 6), a Inclusão Digital representa um canal

privilegiado para equalização de oportunidades da desigualdade social, em plena

era do conhecimento. A Inclusão Digital é cada vez mais parceira da cidadania e

da inclusão social, do apertar do voto eletrônico das urnas eletrônicas aos cartões

eletrônicos, passando sempre pelo contato inicial ao computador como

passaporte para a inserção no mercado de trabalho.

Para TAKAHASHI (2000, p. 33;34), em relação à informação para a

cidadania, tem sido importante a criação de conteúdos que facilitem a vida do

cidadão. Entre todos os agentes econômicos, o setor público, as concessionárias

e as prestadoras de serviços de utilidade pública – nas áreas de seguridade

social, saúde e educação, por exemplo, têm o maior potencial de ser as maiores

fontes desse tipo de conteúdos. Há um vasto conjunto de informações

relacionadas ao cotidiano das pessoas cuja disponibilidade seria um grande

facilitador na interação entre o cidadão e o Estado, com efeitos impactantes na

qualidade do serviço prestado.

Outro aspecto importante relaciona-se ao incentivo à montagem de pontos

de acesso público à Internet, por meio de telecentros, quiosques, bibliotecas

públicas, cibercafés, cabines públicas, etc. No caso de países em

desenvolvimento, em especial, o investimento nessas alternativas de

compartilhamento de acesso e do uso da Internet constitui uma filosofia e uma

estratégia de suma importância para ampliar o acesso aos serviços de rede, uma

vez que leva em consideração a questão de custos e, conseqüentemente, das

dificuldades econômicas da maioria da população.

SILVEIRA (2001, p. 33) considera que o acesso à informática e aos

computadores é o primeiro passo da inclusão digital. Inúmeras experiências têm

46

sido aplicadas em países ricos e pobres. A disseminação de laboratórios e salas

de informática nas escolas e bibliotecas da rede pública já é uma realidade em

quase todos os países. Contudo, não basta levar computadores para as escolas.

É preciso discutir seu uso didático-pedagógico e buscar incorporá-los ao processo

de ensino, exercício de cidadania e aprendizagem. Também é necessário formar

adequadamente professores capazes de ensinar informática para evitar a

subutilização dos laboratórios. Em várias escolas brasileiras ainda encontramos

laboratórios de informática não utilizados por falta de instrutores capacitados.

A idéia de abrir as salas de informática para a comunidade não-escolar é

uma proposta que começa a ser discutida em vários centros urbanos. É uma

forma de potencializar o uso de recursos escassos e relativamente caros para os

países pobres ou em desenvolvimento. Usar essas salas ou laboratórios nos fins

de semana também é uma possibilidade importante de alfabetização tecnológica

da comunidade que vive nas proximidades das escolas.

Outra proposta de acesso à informática e à Internet, segundo SILVEIRA

(2001, p. 33), é a constituição de pontos eletrônicos de presença em áreas de

grandes fluxos de pessoas. Várias instituições, empresas e governos têm

experimentado a instalação de totens, quiosques com acesso à rede ou alguns

serviços da rede, escolas comunitárias de informática e cidadania, telecentros,

salas do cidadão. Totens são como caixas de banco 24 horas. O projeto mais

abrangente desse tipo, até o momento, é o Quiosque dos Correios. Em seus

totens é permitido acessar sites da web, obter um e-mail gratuito e até participar

de chats, salas de bate-papo on-line. Isto é feito a partir de quiosques de acesso

público à Internet equipados com computador, teclado e mouse, implantados em

varias agências dos Correios espalhadas pelo Brasil.

O maior problema dos quiosques e totens é a sua inadequação para o uso

amplo da Internet. São pensados para permitir a busca veloz de uma informação,

o acesso rápido a um ou outro site e, principalmente para ler e enviar e-mails. Em

geral, são inadequados para a pesquisa e para o ensino-aprendizado. O usuário,

47

na maioria das vezes, deve ficar de pé diante do totem ou dentro do quiosque,

exatamente para desestimular o uso do equipamento por um período mais longo.

As Escolas Comunitárias de Informática, segundo OLIVEIRA (2003, p. 9),

trata-se de escolas de informática que funcionam em associações, centros

comunitários, sedes de movimentos religiosos, em escolas publicas etc. Em geral

congregam a sociedade civil organizada, algumas delas, as mais avançadas

recebem apoio de empresas privadas voltadas para alta tecnologia, dos setores

de informática, telecomunicações e outros, bem como do próprio governo. Figura-

se como um movimento crescente e pouco ordenado, mas extremamente

importante como resultado da ação da sociedade civil organizada.

Para SILVEIRA (2001, p. 33), a forma mais ampla de acesso físico ao

computador e à Internet tem sido a dos telecentros. Esta experiência foi

amplamente empregada na Escandinávia e dali se espalhou para vários países

do mundo. Um telecentro é um espaço físico em que são alocados alguns

computadores ligados à Internet para uso comunitário, em geral gratuito. São

sinônimos de telecentro os termos telecottage, centro comunitário de tecnologia,

teletienda, oficina comunitária de comunicação, clube digital, cabine pública,

infocentro, entre outros.

O termo Telecentro, segundo a Sociedade da Informação no Brasil, citado

por TAKAHASKI (2000, p. 34), tem sido utilizado genericamente para denominar as

instalações que prestam serviços de comunicações eletrônicas para camadas

menos favorecidas, especialmente nas periferias dos grandes centros urbanos ou

mesmo em áreas mais distantes. Do ponto de vista do público atingido diretamente

por iniciativas como as dos telecentros, parece ser inegável que eles têm tido um

papel de destaque no processo de universalização do acesso à Internet. E, mais

ainda, se forem analisados os perfis de diferentes públicos que deles se utilizam,

não parece haver dúvida de que suas experiências têm agregado segmentos

sociais que dificilmente teriam acesso à rede sem telecentros.

48

As formas de gestão dos Telecentros são bastante diversificadas. A

principal diferença está na incorporação da sociedade nas decisões sobre o uso

do equipamento.

Dentro das propostas de inclusão digital, TAKAHASHI (2000, p. 38) afirma

que várias ONGs têm se dedicado a esforços de disseminação de informática e

Internet entre instituições do Terceiro Setor, e especialmente entre a população

mais carente. Dentre elas, o CDI é a iniciativa brasileira mais diretamente

envolvida na disseminação de informática nas comunidades mais carentes.

Os telecentros do CDI oferecem cursos de informática, tais como

introdução ao sistema operacional Windows , programas de edição de texto e

planilha eletrônica, mas desenvolvem dinâmicas que promovam a cidadania, a

ecologia e os direitos humanos, por meio de tecnologias da informação.

Quanto às Salas do Cidadão, são espaços comunitários em que são

disponibilizados os equipamentos de informática com acesso à Internet, cursos de

informática básica, permitindo ao cidadão acesso às informações e serviços

públicos digitais pertinentes às propostas do Governo Eletrônico, visando a

inclusão digital.

Mas, o que define mesmo a qualidade de um plano, de uma proposta de

inclusão digital, não é o espaço físico, o número de máquinas ou o tipo dos

softwares utilizados, mas sim sua capacidade de articular as comunidades com o

universo de informações e oportunidades oferecido pelas novas tecnologias.

É necessário ir além, buscando adotar uma pedagogia que incentive a

aprendizagem personalizada a partir do interesse de cada comunidade, de cada

um, que promova a educação para a cidadania e ao mesmo tempo viabilize a

aprendizagem coletiva, a aprendizagem em rede e pela rede, fortalecendo as

propostas da alfabetização digital ou tecnológica, tópico que veremos a seguir.

49

2.7. EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA E ALFABETIZAÇÃO

DIGITAL

Segundo TAKASHAHI (2000, p. 45) a educação é o elemento-chave na

construção de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no

aprendizado. Parte considerável do desnível entre indivíduos, organizações,

regiões e países deve-se à desigualdade de oportunidades relativas ao

desenvolvimento da capacidade de aprender e concretizar inovações. Por outro

lado, “educar” em uma sociedade de informação significa muito mais que treinar

as pessoas para o uso das tecnologias da informação e comunicação: trata-se de

investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam

ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões

fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e

ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias,

seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas. Trata-se

também de formar os indivíduos para “aprender a aprender”, de modo a serem

capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da

base tecnológica.

Para SILVEIRA (2001, p. 28) a educação que cultiva a idéia do saber

consolidado deve ser substituída pela que ensina e prepara a pessoa para o

aprendizado permanente. Agora a escola é apenas um pólo de orientação diante

do dilúvio de informações gerado e constantemente alimentado pela rede mundial

de computadores.

A política educacional deve ser formulada para absorver e utilizar as

tecnologias que amplificaram a inteligência humana e suas funções cognitivas. A

memória foi ampliada pelos bancos de dados, pelos documentos em hipermídia e

pelos arquivos digitais. A imaginação teve nas tecnologias de simulação um

enorme avanço. O raciocínio pode atingir complexidade inimaginável nos modelos

matemáticos e nos mecanismos de inteligência artificial. A pesquisa dá saltos com

50

o saber compartilhado entre cientistas espalhados pelo planeta e a dedução lógica

e a indução vão sendo secundarizadas pelas de hipóteses com a realidade virtual.

O que está em jogo, conforme afirma SILVEIRA (2001, p. 28) é o potencial

de inteligência coletiva da sociedade. Não podemos aceitar um ensino que

desconsidere esta conjuntura e leve para as comunidades socialmente carentes a

noção de um saber falsamente imóvel ou de pouca mobilidade, uma formação

tecnicista e mecanicista, típica da fase taylorista-fordista, centrada na linearidade

e na escala piramidal, enquanto as elites são formadas para navegar no espaço

dos fluxos, encontrar informações que produzam conhecimento e aprender

continuamente a aprender e pesquisar.

A idéia de ensino aberto ao jovem e à sua comunidade deve ser

incorporada a qualquer programa de inclusão digital e alfabetização digital ou

tecnológica. O combate à exclusão não se resume ao ensino popular de

informática ou a cursos rápidos de montagem de computadores.

É necessário ir além. Uma pedagogia que incentive a aprendizagem

personalizada a partir do interesse de cada um e ao mesmo tempo viabiliza a

aprendizagem coletiva, a aprendizagem em rede e pela rede: este deve ser o

espírito da alfabetização tecnológica.

Orientar os percursos individuais e entender a educação como algo que

não pode mais simplesmente ser definido com antecedência. Educar não pode

ser entendido como aquilo que se pratica dentro dos muros escolares. Educar é

cada vez mais mergulhar na fronteira virtual. Por isso precisamos de novos

modelos de formação educacional em que os conhecimentos abertos e contínuos

precisam ser entendidos como singulares, vinculados a alguns objetivos e

contextos, devendo ser reconhecidos como pertencentes às pessoas e às suas

comunidades. Compreender e identificar a origem da informação é essencial para

a sua transformação em conhecimento.

51

Segundo SILVEIRA (2001, p. 28;29) o Professor será cada vez mais um

orientador indispensável, um coordenador de expedições em busca dos saberes

coletivos. Os grandes navegadores de outrora seriam hoje os exploradores do

ciberespaço à procura de saberes e inovações. Por isso, as linhas gerais de uma

política de Inclusão Digital - Alfabetização Digital ou Tecnológica devem superar o

mero ensino da informática, insuficientes para as necessidades de ampliação e

consolidação da cidadania nas comunidades na sociedade da informação. O

manuseio, a elaboração e a compreensão dos softwares são instrumentos

primários de uma política de inclusão e alfabetização digital ou tecnológica que

deve contemplar os seguintes elementos:

- a aprendizagem é um processo permanente e personalizado;

- navegar na rede é uma forma de obtenção de informações que

pode gerar conhecimento;

- é direito das comunidades obter a orientação presencial de seus

jovens e adultos para refletir criticamente em um espaço de

saber flutuante, contínuo e permanente renovável;

- a aprendizagem em rede é cooperativa;

- ao interagir, obtendo e gerando hipertextos, se está praticando e

desenvolvendo uma inteligência coletiva;

- é fundamental reconhecer, enaltecer e disseminar pela rede os

saberes desenvolvidos pela comunidade;

- cada cidadão e cidadã deve buscar desenvolver na rede

múltiplas competências;

52

- é preciso assegurar à população o conhecimento básico da

informática e incentivar o processo permanente de auto

aprendizagem.

Para TAKAHASHI (2000, p. 45), a atração que as novas tecnologias

exercem sobre todos - de formuladores de políticas e implementadores de infra-

estrutura e aplicações de tecnologias de informação e comunicação até usuários

de todas as classes e idades – pode levar a uma visão perigosamente reducionista

acerca do papel da educação na sociedade da informação, enfatizando a

capacitação tecnológica em detrimento de aspectos mais relevantes.

Pensar a educação na Sociedade da Informação exige considerar um

leque de aspectos relativos às tecnologias de informação e comunicação. A

começar pelo papel que elas desempenham na construção de uma sociedade

que tenha a inclusão e a justiça social como uma das prioridades principais.

E Inclusão Social pressupõe formação para a cidadania, o que significa que

as tecnologias de informação e comunicação devem ser utilizadas também para a

democratização dos processos sociais, para fomentar a transparência de políticas

e ações de governo e para incentivar a mobilização dos cidadãos e sua

participação ativa nas instâncias cabíveis. As tecnologias de informação e

comunicação devem ser utilizadas para integrar a escola e a comunidade, de tal

sorte que a educação mobilize a sociedade e a clivagem entre o formal e o

informal seja vencida.

Formar o cidadão não significa preparar o consumidor. Significa capacitar

as pessoas para a tomada de decisões e para a escolha informada acerca de

todos os aspectos na vida em sociedade de que as afetam, o que exige acesso à

informação e ao conhecimento e capacidade de processá-los judiciosamente,

sem se deixar levar cegamente pelo poder econômico ou político.

Para SCHAWARTZ, citado por OLIVEIRA et al (2001, p. 33), a exclusão

digital não é ficar sem computador ou telefone celular. É continuarmos incapazes

53

de pensar, de criar e de organizar novas formas, mais justas e dinâmicas, de

produção e distribuição de riqueza simbólica e material.

Segundo TAKAHASHI (2000, p. 38) o nível de alfabetização digital da

população brasileira é muito baixo. As oportunidades de aquisição das noções

básicas de informática indispensáveis para o acesso à rede e seus serviços são

insuficientes. No processo de educação formal de jovens, há um esforço em curso

pelo Ministério de Educação e Cultura. No âmbito de iniciativas comunitárias, os

esforços de viabilização de acesso tendem a incluir o oferecimento de instrução

básica em Informática.

De maneira geral, contudo, para adquirir conhecimentos básicos em

Informática, os interessados precisam recorrer a cursos pagos com resultados

nem sempre satisfatórios. Há cursos de toda espécie, e não é despropositado

dizer que, no geral, a qualidade é discutível. E também não há, no Brasil,

qualquer teste de avaliação e de certificação de conhecimentos em informática

que permita o interessado avaliar e comprovar suas habilitações e que aumente

suas oportunidades no mercado de trabalho.

Para SILVEIRA (2001, p. 26;27), falar em alfabetização tecnológica diante

de analfabetismo formal pode parecer um tanto equivocado. Não deveria então

concentrar recursos e tempo para romper as engrenagens que produzem

analfabetos formais? Para combater o duplo analfabetismo, o digital e o formal, a

saída não seria a informatização completa das escolas tal como a sugestão do

Government Leaders Conference, encontro ocorrido no primeiro semestre de

2001, em Seattle, sob o patrocínio da Microsoft?

Em caso afirmativo, é necessário sim, ter um plano de informatizar e conectar

todas as escolas à Internet. Este plano deve formar os professores para o novo

ambiente de ensino, evitando que os computadores fiquem ociosos por falta de

competência em utilizá-los como instrumento pedagógico ou simplesmente por não

saber realizar seus procedimentos mais elementares. Assim, a inclusão digital passa

necessariamente pela escola e por sua transformação.

54

Em contrapartida, a política de inclusão digital não pode se restringir à

escola e ao ensino formal. Com o maior uso dos equipamentos nas escolas, fica a

pergunta: e quem não está na escola ou já se formou e não possui recursos para

manter uma linha telefônica e um computador conectado à Internet?

Além da questão do acesso para enviar e receber seu correio eletrônico,

para fiscalizar seu governo, para se beneficiar de informações e serviços, para

participar de uma lista de discussões sobre um tema de sua escolha, para

distribuir seu currículo em busca de um emprego, como será possível se manter

atualizado diante de softwares e sites que estão em constante evolução e

mutação? A política de inclusão digital deve abrir outros espaços de acesso

favorecendo a universalização de serviços para a cidadania, isto é, em prol da

democratização da sociedade.

2.8. UNIVERSALIZAÇÃO DE SERVIÇOS PARA A

CIDADANIA: DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE

Para TAKAHASKI (2000, p. 31) o conceito de universalização tem caráter

evolutivo, decorrente da velocidade do desenvolvimento das tecnologias de

informação e comunicação e das novas oportunidades e assimetrias provocadas

por esse desenvolvimento – fontes de novas formas de exclusão, que devem ser

continuamente acompanhadas e consideradas.

Mas, o conceito de universalização deve abranger também o de

democratização, pois não se trata tão somente de tornar disponíveis os meios de

acesso e de capacitar os indivíduos para tornarem-se usuários dos serviços da

Internet. Trata-se, sobretudo, de permitir que as pessoas atuem como provedores

ativos dos conteúdos que circulam na rede. Nesse sentido, é imprescindível

promover a alfabetização digital, que proporcione a aquisição de habilidades

básicas para o uso de computadores e da Internet, mas também que se capacite

55

as pessoas para utilização dessas mídias em favor dos interesses e necessidades

individuais e comunitários, com responsabilidade e senso de cidadania.

SILVEIRA (2001, p. 38-40) afirma que alguns acreditam que a adoção

generalizada da solução voltada para utilização de software livre pode minorar a

dependência tecnológica de países como o Brasil. O que vem a ser software

livre? São programas abertos, ou seja, livres de restrição proprietária quanto à

sua cessão, alteração e distribuição. O Linux é um programa deste tipo e seu uso

mundial vem crescendo, amplificado pelo movimento mundial do software livre

cujo pólo dinâmico é a Free Software Foundation, ONG norte-americana. O

software livre não é necessariamente um software gratuito, e sim os custos da

aquisição desses programas que são bem menores.

A essência do software livre reside em quatro liberdades que seus usuários

devem exercer:

- liberdade de executar o programa para qualquer propósito;

- liberdade para estudar o programa e adaptá-lo às suas próprias

necessidades, ou seja, ter acesso ao seu código-fonte;

- liberdade de redistribuir suas cópias originais ou alteradas;

- liberdade para aperfeiçoar o programa e liberá-lo para benefício

da comunidade.

Sendo assim, do ponto de vista do setor público, a adoção do software livre

traz a vantagem de economizar quantias vultosas com o pagamento de licenças

de programas proprietários. Além disso, pode permitir a melhor formatação e

configuração dos softwares aos interesses da administração. A desvantagem

inicial estaria na necessidade de treinamento dos usuários e no custo do

desenvolvimento de ferramentas adequadas.

56

Segundo TAKASHAKI (2000, p. 32) é papel do Estado dedicar especial

atenção à incorporação dos segmentos sociais menos favorecidos e de baixa

renda à sociedade da informação. O Estado, nesse particular, tem a

responsabilidade de induzir o setor privado a se envolver no movimento de

universalização e a participar ativamente das ações nesse sentido. Outra função

fundamental do Estado é regulamentar as ações do setor privado. Na origem das

propostas e iniciativas dos governos e de algumas organizações civis, está o

reconhecimento da limitação das forças de mercado como propulsoras da

incorporação à vida social dos benefícios das tecnologias de informação e

comunicação. O crescimento recente da oferta de acesso gratuito à Internet por

parte dos provedores comerciais, como conseqüência do acirramento da

competição, é o elemento importante, mas não suficiente, para garantir a

universalização desse serviço.

Nos últimos anos, tem aumentado o número de iniciativas, ora com o

objetivo de acelerar a incorporação dos cidadãos às novas formas de organização

social induzidas pela tecnologia, ora no sentido de evitar que a evolução

tecnológica funcione como novo fator de exclusão social. Mesmo nos países de

economia avançada, esses objetivos têm demandado um esforço considerável

por parte dos governos em associação com a iniciativa privada.

Na maioria dos programas e propostas dos governos, a universalidade do

acesso aos serviços de Internet tem sido complementada por ações focadas em

pelo menos três grandes frentes: educação pública, informação para a cidadania

e incentivo à montagem de centros de serviço público à Internet.

Ao buscar soluções com menores custos favorecem, segundo SILVEIRA

(2001, p. 39;40), as várias iniciativas de inclusão digital que podem confluir para

a construção de uma gigantesca rede pública de comunicação, principalmente

com a criação de telecentros. Esta malha de grande capilaridade possibilitará um

maior envolvimento direto da população nas definições públicas.

57

Quanto mais telecentros instalados, maior será a possibilidade de

envolvimento direto da população nas definições essenciais do gasto público. As

pessoas poderão ser chamadas a acompanhar os fóruns eletrônicos sobre a

alocação de recursos das várias esferas de governo. Também poderão votar

eletronicamente nas prioridades que defendem.

O acompanhamento da execução orçamentária também ficará mais

próximo do cidadão, uma vez que ele terá acesso instantâneo a essas

informações, que estarão disponíveis nos sites governamentais e nos portais das

ONGs. A rede pública de comunicação ampliará a transparência da gestão estatal

e possibilitará um maior controle público e popular sobre governos.

É estratégica para defesa de uma cidadania ativa a multiplicação dos

telecentros em todas as cidades e áreas de exclusão social. O telecentro, ou

Ponto Eletrônico de Presença, ou Sala do Cidadão, ou Escola de Informática e

Cidadania é o elo que une o combate à exclusão digital e a luta pela

democratização profunda do Estado e da sociedade.

Para TAKAHASKI (2000, p. 31), fomentar a universalização dos serviços

significa, portanto, conceber soluções e promover ações que envolvam desde a

ampliação e melhoria da infra-estrutura de acesso até a formação do cidadão,

para que este, informado e consciente, possa utilizar os serviços disponíveis na

rede. As tecnologias de informação e comunicação são poderosos instrumentos

que os movimentos e os indivíduos possuem para alcançar esse fim.

58

3. ASPECTOS METODOLÓGICOS

Este capítulo relata o estudo dos princípios e dos métodos da pesquisa de

campo. Para a realização da mesma, fez-se necessário adotar a metodologia de

trabalho estruturada a seguir:

3.1. ESTRATÉGIA DE PESQUISA

Para responder ao problema que norteou a presente pesquisa – qual a

forma de gestão, as barreiras, os resultados e desafios da Prodeb relativos

ao Projeto Alfabetização Digital? – bem como, para fundamentar a metodologia

e facilitar a operacionalização da pesquisa de campo, foram formulados:

3.1.1. QUESTÕES OPERACIONAIS

- Como o Projeto Alfabetização Digital é operacionalizado?

- Quais as barreiras enfrentadas pela Prodeb relativas às

parcerias, aos instrutores voluntários, aos Coordenadores das

Escolas de Informática e Cidadania e aos beneficiários?

59

- Quais os resultados obtidos com as ações do Projeto

Alfabetização Digital, sob o ponto de vista dos atores envolvidos

nesse Projeto?

- Quais os desafios a serem enfrentados pela Prodeb, visando o

fortalecimento das ações e a perenidade do referido Projeto?

3.1.2. OBJETIVO GERAL

- Fortalecer o Projeto Alfabetização Digital, mediante aos novos

planos de ação e estratégias a serem traçados decorrentes da

análise diagnóstica e da realização da pesquisa campo.

3.1.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Conhecer a forma de gestão, os resultados, barreiras e desafios

do Projeto Alfabetização Digital;

- identificar, na prática, se as ações estão alinhadas com os

objetivos propostos pelo projeto;

- criar uma sistemática de avaliações contínuas do projeto;

- produzir conhecimento e disseminá-lo no meio acadêmico, como

aluna da Pós-Graduação da Escola de Administração, da

Universidade Federal da Bahia.

Vale ressaltar que, as questões operacionais e os objetivos foram os

pilares para a construção dos instrumentos de coleta de dados, apresentados nos

apêndices desta monografia.

60

3.2. DELINEAMENTO

Pretendeu-se com esta pesquisa, realizar uma investigação de uma

realidade existente e não avaliar uma intervenção introduzida experimentalmente

numa situação. Sendo assim, o delineamento da pesquisa de campo foi investigar

a atuação da Prodeb relacionada ao Projeto Alfabetização Digital.

3.3. ABORDAGEM

A abordagem definida para esta pesquisa foi a realização de entrevistas e

aplicação de questionários.

3.4. LOCAL GEOGRÁFICO

A pesquisa de campo foi desenvolvida na cidade de Salvador-Bahia e nos

seguintes bairros:

- Centro Administrativo da Bahia - CAB, onde está localizada a

sede da empresa Prodeb e a da EIC Prodeb;

- Piatã (Bairro da Paz - Malvinas), onde está localizada a EIC

Fundação Lar Harmonia - Creche Escola Tereza Cristina;

- Patamares, onde está localizada a EIC Fundação Lar Harmonia –

Escola Integral Allan Kardeck;

61

- Imbuí – (Comunidade Bata-Facho), onde está localizada a EIC

UNEB (Museu de Ciência e Tecnologia)

- Castelo Branco, onde está localizada a EIC Unidade Prisional da

Colônia Lafayete Coutinho;

- Pituba, onde está localizada a sede Comitê para Democratização

da Informática –CDI/Bahia;

- Costa Azul, onde está localizada a Siemens Ltda, filial Bahia.

O ponto de partida da pesquisa de campo foi no Centro Administrativo da

Bahia, na sede da Prodeb, seguido dos bairros que localizam as EICs e demais

organizações e instituições parceiras integrantes do Projeto Alfabetização Digital.

3.5. POPULAÇÃO

O universo de investigação constituiu-se do Presidente e Diretor de

Desenvolvimento de Negócios da Prodeb, coordenadores do Projeto

Alfabetização Digital, coordenadores das Escolas de Informática e Cidadania

(EICs), vinculadas à Prodeb, responsáveis pelas empresas e instituições

parceiras da Prodeb, alunos atuais - beneficiários, alunos formados - ex-

beneficiários, ex-instrutores voluntários e instrutores voluntários.

Sendo assim, a população da pesquisa constituiu-se dos atores envolvidos

no Projeto Alfabetização Digital.

62

3.6. AMOSTRA

3.6.1. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DA AMOSTRA

A amostra foi selecionada intencionalmente. Para determinação do

tamanho da amostra optou-se por uma amostragem estratificada que consiste na

divisão de uma população em grupos (estratos) segundo alguma(s)

característica(s) conhecida(s) na população sob estudo e de cada um desses

estratos são selecionadas amostras em proporções convenientes. Utilizou-se para

estimar a variabilidade a proporção máxima. Assim, o processo de determinação

do tamanho da amostra fica o mesmo da amostragem aleatória simples e, desta

forma, o tamanho da amostra foi definido com base numa amostragem aleatória

simples sem reposição para uma confiança de 95% e admitindo-se um erro

máximo de 5% entre a proporção encontrada na amostra, para um

questionamento qualquer, e a verdadeira proporção populacional (Tabela 1).

Tabela 1 - Tamanho da população, amostra ideal e amostra final nos respectivos estratos

Estratos População Amostra Ideal* Amostra Final

Presidente 1 1 1

Diretor 1 1 1

Instituições Parceiras 2 2 1

Coordenadores do Projeto 2 2 2

Coordenadores das EICs 5 4 4

Instrutores Voluntários 6 4 6

Ex-Instrutores Voluntários 9 7 4

Alunos Atuais - Beneficiários 47 33 11

Alunos Formados - Ex-Beneficiários

68 50 44

Total 141 104 74 Fonte: Prodeb / Coordenação das ECIs.

* Vide o cálculo da amostra, nos Apêndices

63

Houveram perdas na coleta dos dados para alguns estratos. Para os ex-

instrutores voluntários estimamos uma perda de 42,86%. Para os alunos atuais

beneficiários estimamos uma perda de 66,67% e para os alunos formados ex-

beneficiários de 12%.

3.6.2. IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DA AMOSTRA

Como houve recusa e foi difícil o acesso a alguns indivíduos da população,

não houve seleção aleatória dos indivíduos. Sendo assim, foram considerados

para fazer parte da amostra todos os indivíduos que foram contactados,

totalizando 74 participantes da pesquisa de campo e, portanto, compondo a

amostra final, observada na Tabela 1.

3.7. INSTRUMENTOS / PROCEDIMENTOS DE COLETA DE

DADOS

3.7.1. PESQUISA DOCUMENTAL

Implicou em uma análise detalhada de diversos tipos de comunicação

escrita, impressos, arquivo historiográfico, relatórios, folhetos, disponibilizados

pela Coordenação do Projeto Alfabetização Digital. Esse método foi utilizado, pois

os documentos escritos são instrumentos informativos que transmitem sem

distorções o perfil do Projeto, da empresa responsável.

3.7.2. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Consistiu em uma análise através de livros, artigos, revistas, jornais,

publicações acadêmicas visando a construção dos fundamentos teóricos que

compõem o trabalho monográfico.

64

3.7.3. PESQUISA EM SITES

Consistiu em acessar sites específicos, objetivando efetuar download de

trabalhos publicados na Internet, bem como obter informações atualizadas sobre

o assunto, enriquecendo os fundamentos teóricos, acima referido.

3.7.4. ENTREVISTAS

As entrevistas foram feitas mediante agendamento e, intencionalmente,

não foram estruturadas. Consistiu em um contato pessoal preliminar, permitindo

acesso e registro das informações desejadas de uma maneira mais objetiva e

informal. As entrevistas serviram como alicerce para a visão global do Projeto e

foram imprescindíveis para a construção dos questionários. Essas entrevistas

foram feitas ao Diretor de Desenvolvimento de Negócio da Prodeb, diretoria a

qual o Projeto está vinculado, no momento em que foi deferido a solicitação para

estudar o Projeto Alfabetização Digital, à Coordenadora do Projeto visando

conhecer melhor todo o trabalho, às Coordenações das EICs também pela

mesma forma. Durante as entrevistas foi possível coletar informações visando

ajustar a população/amostra e a forma de acessar aos beneficiários e ex-

beneficiários do Projeto na etapa da coleta de dados.

3.7.5. QUESTIONÁRIOS

Referem-se aos instrumentos que foram utilizados entre pesquisador e os

pesquisandos. Foram construídos 9 tipos de questionários, numa formatação adequada

para serem aplicados de forma presencial ou veicular por e-mail, vide os Apêndices.

Assim discriminados:

- Questionário 1 - Perfil dos Alunos Atuais – Beneficiários, contendo

questões com respostas fechadas, algumas de múltipla escolha e com

uma questão de resposta aberta;

65

- Questionário 2 - Perfil dos Alunos Formados - Ex-Beneficiários com

a mesma estrutura do Questionário 1;

- Questionário 3 - Perfil da Alta Administração da Prodeb, contendo

questões de respostas abertas, em sua totalidade;

- Questionário 4 - Perfil da Coordenação da Escola de Informática e

Cidadania, contendo questões de respostas abertas e fechadas e com

algumas de múltipla escolha;

- Questionário 5 - Perfil da Coordenação do Projeto Alfabetização

Digital, contendo em sua maioria questões de respostas abertas e

apenas duas questões com respostas fechadas;

- Questionário 6 - Perfil dos Instrutores Voluntários foi elaborado

contendo questões de respostas abertas e fechadas de forma

equilibrada e algumas de múltipla escolha;

- Questionário 7 - Perfil dos Ex-Instrutores Voluntários, com a mesma

estrutura do Questionário 6;

- Questionário 8 - Perfil da Organização Parceira (CDI), contendo

somente questões com respostas abertas;

- Questionário 9 - Perfil da Organização Parceira (Siemens), contendo

somente questões com respostas abertas.

Os Questionários de números 8 e 9, voltados para traçar o perfil da

organização parceira, foram instrumentos de coleta diferentes e específicos

devido o foco do negócio de cada uma das organizações e do tipo de parceira

firmada com a Prodeb serem de caráter distintos.

66

O levantamento de informações e procedimentos de coleta de dados foram

realizados na Sede da Prodeb, nas sedes das próprias EICs, através de entrevistas

não estruturadas, aplicação de questionários, contatos por e-mails e telefonemas.

A aplicação dos questionários foi feita: de forma presencial aos alunos

atuais, alunos formados, coordenadores das EICs e de forma eletrônica aos

Presidente e Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Prodeb, Coordenadores

do Projeto, Organizações Parceiras, Instrutores e Ex-Instrutores Voluntários.

Durante a etapa de coleta de dados, alguns fatores impossibilitaram que a

amostra atingisse o seu tamanho ideal. São eles: a dispersão dos participantes

dessa amostra (alunos formados) devido a falta de vínculo com a EIC ao concluir

o curso, a dificuldade de acesso às residências dos mesmos, a falta de retorno

dos questionários respondidos em tempo hábil e previamente estabelecido. O

coordenador de uma EIC, embora tenha respondido o questionário, não o

entregou dentro do prazo estabelecido para a coleta de dados. Uma empresa

parceira não retornou com o questionário em tempo hábil, uma vez que

necessitava de liberação da Assessoria de Imprensa Americana da mesma, para

veicular as informações. Todos os ex-instrutores voluntários foram contactados,

havendo grande receptividade como participante da pesquisa, porém nem todos

devolveram o questionário respondido. Para traçar o perfil da alta administração

da Prodeb, em relação ao Projeto Alfabetização Digital, os questionários

encaminhados ao Presidente e ao Diretor de Desenvolvimento de Negócios foram

respondidos de forma consensual em um só instrumento de coleta, dessa mesma

forma, foi o procedimento adotado pelos Coordenadores do Projeto.

Em relação aos alunos que iniciaram o curso de informática e cidadania no

ano de 2002, na EIC da Unidade Prisional - Colônia Lafayete Coutinho fomos

informados que não chegaram a concluí-lo. Em visita à essa EIC, na ocasião da

entrevista e aplicação do questionário à Coordenação da mesma, foi constatado

que o curso havia sido interrompido, bem como da dificuldade de localizar os

alunos que faziam parte. Portanto, não foi possível a realização da coleta dos

67

dados, uma vez que os mesmos não mais se encontravam em regime de prisão e

dessa forma não participaram da amostra.

Das Escolas de Informática e Cidadania – EICs, sob a responsabilidade da

Prodeb, somente a EIC Prodeb e EIC Lar Harmonia – Creche Escola Tereza

Cristina estão em atividade, no ano de 2003 até a presente data. Os questionários

para os alunos atuais – beneficiários, somente foram aplicados na EIC Prodeb.

Em função de cumprimento de prazos e cronograma, não foi possível coletar

dados desses alunos na EIC Lar Harmonia – Creche Escola Tereza Cristina, pois

aqueles inscritos na nova turma, ainda não estavam freqüentando as aulas até a

data de encerramento dessa etapa da pesquisa.

3.8. TABULAÇÃO / TRATAMENTO ESTATÍSTICO

Para a entrada de dados, criação do banco de dados, validação, tabulação,

tratamento, geração dos gráficos visando a obtenção dos resultados estatísticos

foi utilizada a ferramenta de tecnologia da informação, voltada para a área de

estatística, o Software Spnhixs Léxica, instalado em laboratório de informática da

Escola de Administração, da Universidade Federal da Bahia.

Como as questões existentes nos questionários eram quase todas

quantitativas, os resultados observados apresentados são na maioria tabulações

simples e gráficos em números percentuais. Para as questões de múltiplas

escolhas foi considerado o percentual sobre as citações em tabelas e gráficos.

Para as questões de respostas abertas constantes nos questionários

aplicados aos estratos que foram tabulados, foi feita a categorizarão das mesmas

e o resultado estatístico também foi apresentado em tabulações simples e

gráficos em números percentuais. Porém, para os questionários aplicados,

aqueles compostos de respostas abertas e que não tiveram o tamanho da

68

amostra igual ou acima de quatro participantes, não justificou a tabulação e serão

apresentados de forma descritiva.

As informações levantadas, tiveram o objetivo unicamente estatístico e o

banco de dados gerado a partir dos dados coletados não identifica os

informantes, bem como os resultados aqui apresentados que foram veiculados de

forma agregada.

69

4. ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS

Este capítulo descreve a análise estatística de dados, utilizada para

responder ao problema, questões operacionais e objetivos geral e específicos que

nortearam a pesquisa de campo. Será apresentada em dois grupos, conforme os

seguintes requisitos:

- análise estatística qualitativa;

- análise estatística quantitativa.

4.1. ANÁLISE ESTATÍSTICA QUALITATIVA

Para os questionários com respostas abertas (questionários qualitativos),

aplicados aos estratos da população com tamanho da amostra inferior a quatro,

não foi feita a categorização das respostas e, conseqüentemente, a tabulação das

mesmas. Nesse caso, os resultados estatísticos serão apresentados de forma

descritiva. São os seguintes estratos: Presidente e Diretor de Desenvolvimento de

Negócio da Prodeb, Coordenadores do Projeto e Organizações Parceiras.

70

4.1.1. ALTA ADMINISTRAÇÃO DA PRODEB

A Prodeb, empresa vinculada à Secretaria de Administração do Estado da

Bahia – SAEB, fomenta o Projeto Alfabetização Digital com a proposta de ação

social voltada para a causa de Inclusão Digital e coordenado pela Diretoria de

Desenvolvimento de Negócios.

É pertinente mencionar que, a alta administração da Prodeb é composta

por Diretor Presidente (PR), Diretoria de Desenvolvimento de Negócios (DDN),

Diretoria de Sistemas e Serviços (DSS), Diretoria de Suporte e Operações (DSO)

e Diretoria de Administração e Finanças (DAF). Entretanto, a população,

intencionalmente definida pelo pesquisador, somente envolveu o Presidente e o

Diretor de Desenvolvimento de Negócios como participantes da coleta de dados.

O instrumento de coleta de dados aplicado para cada um, foi respondido,

consensualmente, em um único instrumento.

4.1.1.1. Perfil da Alta Administração da Prodeb

Foi informado pela alta administração da Prodeb, que os motivos que

levaram esta empresa a criar o Projeto Alfabetização Digital deveu-se ao

interesse em implantar um projeto voltado para Responsabilidade Social, em

aproveitar a idealização e motivação de alguns colaboradores da empresa nesse

sentido, o conhecimento do trabalho da ONG CDI nessa linha de atuação, bem

como o conhecimento da experiência da Siemens Ltda em projetos de

responsabilidade social. Pautada nestes motivos, a Prodeb, através da Diretoria

de Desenvolvimento de Negócios, articulou as parcerias para alavancar o projeto

até a sua concepção.

O projeto vem sendo gerenciado através da dedicação de parte do tempo

de um Gerente de Projeto, da dedicação integral de um estagiário ambos lotados

em área subordinada à diretoria referida no parágrafo acima. Também, é

gerenciado através de acompanhamento dos relatórios, pela Diretoria de

Desenvolvimento de Negócios. É viabilizado financeiramente com a formação de

71

parcerias, sem nenhum desembolso da Prodeb, além da disponibilização de

horários dos colaboradores da empresa que atuam, como voluntários, tanto na

parte administrativa como na instrutoria das aulas de informática e cidadania.

Para que o projeto seja operacionalizado, é necessário a identificação e

aprovação do local para a abertura das EICs e dos parceiros. Em seguida, são

assinados os termos de compromissos entre as partes envolvidas, isto é, entre a

instituição beneficiada, ONG CDI, Prodeb e instrutor voluntário. Ainda assim, é

necessário a capacitação dos instrutores da Prodeb pelo CDI, a implantação da

infra-estrutura pela Prodeb (apoiada pelos parceiros, fornecedores, voluntários),

o agendamento dos horários das aulas (conciliados com as atividades

profissionais) e o acompanhamento pela Prodeb.

Sob o ponto de vista da alta administração, não foram mencionadas as

desvantagens em relação ao Projeto Alfabetização Digital. Entretanto, as

vantagens e os resultados internos relacionados aos negócios da empresa e aos

voluntários, são os seguintes: melhoria da imagem e do clima organizacional. Em

relação às empresas concorrentes do ramo de tecnologia, por parte da Prodeb,

ainda não foram observadas diferenças nos resultados financeiros obtidos em

seus negócios, por estar atuando de forma socialmente responsável. Sendo o

curso de informática e cidadania extensivo aos filhos de funcionários com menor

faixa salarial, ainda não foi possível medir os resultados internos que a Prodeb

obtém, especificamente, em relação a esses funcionários que tiveram o privilégio

dos filhos estudarem na EIC.

É pertinente informar que, a Prodeb ao atuar com as empresas parceiras, o

CDI e Siemens Ltda, por exemplo, obteve os seguintes resultados: sinergia,

sensibilização e motivação de voluntários, utilização de um modelo de gestão e

metodologia pedagógica de sucesso, apoio na doação de equipamentos,

visibilidade do projeto e maior facilidade e agilidade na implantação das EICs.

Atualmente, a Prodeb atua acompanhando as EICs implantadas e sensibilizando

novos voluntários. Entretanto, acredita que o projeto também possa cada vez

72

mais se aprimorar e aproximar do cidadão, com ações implementadas pelas

próprias instituições beneficiadas.

A Prodeb, por ser uma empresa da esfera da administração pública,

prestando serviços na área de tecnologia da informação pode, juridicamente,

mobilizar outras empresas e realizar campanhas de doação e de arrecadação de

recursos de tecnologia de informação e comunicação, necessários para o

aperfeiçoamento, ampliação e criação de EICs. Sendo assim, quanto à captação

de recursos para esse projeto a Prodeb busca parcerias diversas, principalmente

de doação de equipamentos de informática.

As campanhas voltadas para a divulgação desse Projeto ainda estão

concentradas no âmbito interno da empresa e relacionadas à sensibilização dos

voluntários, através de e-mails, cartazes, reuniões, palestras, eventos, matérias

no Biponline (jornal eletrônico da empresa).

A falta de uma divulgação e mobilização mais incisiva de voluntários e a

desmobilização acentuada pelo desligamento de alguns colaboradores das ações

de cidadania do projeto, são ameaças identificadas pela alta administração.

Portanto, é visto como oportunidade as ações para melhorar a divulgação,

aumentar a valorização dos voluntários integrantes do projeto, criar momentos de

encontro com os mesmos para troca de experiências, críticas e sugestões.

Conforme foram identificados pela alta administração, o projeto apresenta

pontos fracos tais como: ausência de indicadores de qualidade e um

acompanhamento tímido das ações e resultados do mesmo. Entretanto, foram

apontados os seguintes pontos fortes: o projeto ter sido criado mediante idéia de

colaboradores da própria empresa, a rapidez na implantação de uma EIC, bem

como a forma que a empresa mobiliza os voluntários.

Como fatores críticos de sucesso para a consolidação e perenidade desse

projeto, além das oportunidades já mencionadas, foram considerados: ampliar e

fortalecer a divulgação interna e criar indicadores de qualidade.

73

A partir de 2003, ações para aumentar o número de instrutores voluntários

e o número de turmas otimizando o uso das salas de informática implantadas nas

EICs, bem como medir a qualidade são os desafios primordiais a serem

enfrentados pela Prodeb em relação ao Projeto Alfabetização Digital.

4.1.2. COORDENAÇÃO DO PROJETO

O Projeto Alfabetização Digital encontra-se sob a coordenação de uma

Gerência de Negócio, especificamente, sob a responsabilidade de um Gerente de

Projetos, ambos atuantes em área ligada à Diretoria de Desenvolvimento de Negócios.

Para a população, intencionalmente definida pelo pesquisador, o Gerente

de Negócios e o Gerente de Projetos foram considerados como os

Coordenadores e os participantes da coleta de dados. Os questionários aplicados

para cada um, foi respondido, consensualmente, em um único instrumento.

4.1.2.1. Perfil da Coordenação do Projeto

Mediante a coleta de dados advinda desse estrato da população, é

enriquecedor mencionar mais informações de como o Projeto Alfabetização foi

concebido. No primeiro semestre de 2001, um pequeno grupo de funcionários da

Prodeb, motivado pela palestra Responsabilidade Social, promovida pela

empresa, teve a iniciativa de fazer uma mobilização para desenvolver um trabalho

social, que, nesse momento, ainda não estava delineado. Depois de algumas

reflexões e providências desse grupo, foram sendo montados determinados

elementos que vieram a compor a íntegra do projeto e com a finalidade de reduzir

o analfabetismo digital. Os principais elementos foram: as doações dos

equipamentos vindas de fornecedores, os instrutores que são funcionários

voluntários e a adoção da metodologia pedagógica disponibilizada pelo CDI.

Desde o início, a alta administração da empresa foi comunicada e procurada,

mostrando-se muito receptiva e incentivadora. Durante algum tempo, o projeto

não tinha um cunho institucional, mas logo em seguida, foi acolhido com muito

empenho pela empresa vindo a se chamar Projeto Prodeb Cidadania. Atualmente,

74

esse projeto passou a se chamar Programa Prodeb Cidadania e que é composto

de dois projetos: Projeto Alfabetização Digital, que é o objeto de estudo desta

pesquisa de campo e o Projeto Instituições Beneficentes.

As articulações das parcerias para alavancar o projeto em questão,

também foram feitas pelos funcionários voluntários, numa abordagem direta com

as empresas tendo as solicitações atendidas. Nesse momento, não houve a

necessidade de formalizar a parceria da Prodeb com as empresas doadoras de

equipamentos nem com o CDI. Posteriormente, foram introduzidos 3 instrumentos

jurídicos que legalizam as parcerias quanto a criação e funcionamento das EICs,

assim descritos: Convênio de Parceria entre a Prodeb e as instituições

beneficiadas (instituições que adotaram e mantêm as EICs), Termo de

Compromisso entre as instituições e o CDI, Termo de Adesão entre o voluntário e

a Prodeb.

Não existe contribuição financeira de nenhuma das partes envolvidas,

conforme já foi afirmado pela alta administração. O projeto é viabilizado, também,

ao se utilizar os recursos da Prodeb tais como: equipamentos, copiadora,

colaboradores. Ainda não foi atribuído um orçamento específico para o projeto.

Vale mencionar, a valiosa contribuição da empresa em eventos com palestras e

ações de divulgação.

Ratificando as afirmações já registradas e acrescentado outras, o Projeto

Alfabetização Digital é operacionalizado através da coordenação das ações pelo

Gerente de Projetos e através da execução de atividades operacionais por um

estagiário da área de Marketing que atua com dedicação exclusiva e sob a

orientação e supervisão do coordenador do projeto. O estagiário é mantido pela

Prodeb e o mesmo utiliza os recursos físicos e materiais da empresa a qual

presta serviços. O Gerente de Negócio, ao qual o Gerente de Projeto está

vinculado, também tem um ativo envolvimento. Porém, existem alguns momentos

em que o volume de atividades aumenta em paralelo com as atividades da

empresa, dificultando a execução das atividades do projeto social. Portanto, a

75

dedicação exclusiva para as atividades do projeto fica um pouco comprometida,

mas não chega a causar nenhum impacto negativo no andamento do mesmo.

Do ponto de vista dessa Coordenação, a situação atual do projeto em

relação às EICs é distinta uma vez que nem todas estão em pleno funcionamento.

As EICs da sede da Prodeb e da Fundação Lar Harmonia – Creche Escola

Tereza Cristina encontram-se em pleno funcionamento. Entretanto, a EIC Presídio

Lafayete Coutinho necessita ser reativada, sendo que depende muito mais de

ações da instituição beneficiada, do que da Prodeb. Quanto à EIC Fundação Lar

Harmonia – Escola Integral Allan Kardec existe por parte da Prodeb esforços

visando realinhamento dos propósitos da instituição beneficiada com os objetivos

do projeto, isto é, negociações fundamentais para a reativação da mesma. Devido

a reforma do Museu de Ciência e Tecnologia onde estava instalada a EIC UNEB

– Comunidade do Bate Facho, houve a necessidade de descontinuar essa escola

e efetivar a retirada dos equipamentos.

A EIC da sede da Prodeb foi concebida aliando-se a oportunidade de

criação do projeto à um antiga iniciativa da empresa em prover capacitação

profissional para os filhos dos empregados com baixos salários. Vem sendo

gerenciada da mesma forma que as demais, através de uma Coordenação e

conta, também, com o apoio da Coordenação do Projeto. É viabilizada

financeiramente através dos recursos da Coordenação de Desenvolvimento de

Pessoal – Codep e adota a mesma filosofia de funcionamento como as demais.

No presente momento, não tem se buscado parcerias para abertura de

novas EICs, porém, foi solicitada a colaboração da Prodeb na montagem de uma,

mas ainda encontra-se em processo de negociação. Houve necessidade da

Prodeb tomar a iniciativa de montar uma outra, decorrente à relocação dos

computadores que foram retirados da EIC UNEB - Comunidade Bate Facho,

todavia o processo ainda está em trâmite.

Quanto aos instrutores voluntários, a Coordenação tem mantido contatos

ocasionais, quando é preciso e sem nenhuma dificuldade para realizá-los. Porém,

76

é imprescindível sistematizar esses contatos visando otimizar o acompanhamento

das atividades voluntárias que a eles competem. Atualmente, esse

acompanhamento só é feito por um voluntário, atendendo a uma pequena parte

do projeto. Tal situação, evidencia que se faz necessário mobilizar e conquistar

novos voluntários de acompanhamento, estratégia para correção de erros e busca

de soluções no surgimento de entraves ou problemas, que, anteriormente já

aconteceram e sem o conhecimento da coordenação do projeto, acarretaram no

afastamento de alguns instrutores.

Em relação à Diretoria de Desenvolvimento de Negócios, a Coordenação

do Projeto não enfrenta nenhuma barreira, ao contrário, todas as solicitações

feitas são atendidas com grande empenho. Entretanto, com a empresa parceira,

Siemens, foi constatado que não houve um acompanhamento do projeto, isto é o

apoio logístico por parte da mesma e a sua contribuição ficou caracterizada como

pontual, na doação de equipamentos e atualmente contando apenas com um

instrutor voluntário, dos cinco que integravam o projeto. Em relação à parceria

com o CDI, as barreiras enfrentadas são decorrentes da falta de disponibilidade

de tempo dos envolvidos para prestar a assessoria com mais freqüência

decorrente da sobrecarga das demandas e da deficiência de pessoal identificada

na sua estrutura. Mesmo assim e na medida do possível, o CDI através de seus

técnicos, sempre estão solícitos e bastante empenhados em atender as

demandas da Prodeb.

Foram apontadas como barreiras enfrentadas pela coordenação do projeto

em relação aos Coordenadores das EICs (instituições beneficiadas), a dificuldade

de empenho de alguns deles e do entendimento das suas reais atribuições e

competências definidas nos instrumentos jurídicos, a falta de comunicação

sistematizada. Pretende-se que tais barreiras sejam vencidas com a conquista de

novos voluntários de acompanhamento.

Foi mencionado como vantagem, as ações voltadas para contribuir com a

diminuição do analfabetismo digital das comunidades locais e como

77

desvantagem, o baixo alcance na promoção desse benefício, pois os recursos

disponíveis são limitados.

Como resultados que a Coordenação do Projeto obtém ao atuar com as

parcerias foi evidenciado que em relação à Siemens, a viabilização dos

equipamentos doados e atividades de instrutoria. Em relação ao CDI, a

viabilização do modelo de gestão das EICs e da metodologia pedagógica. Ao

atuar com as Coordenações das EICs, os resultados obtidos são: distribuição e

descentralização das tarefas operacionais pertencentes e específicas de cada

EIC, maior proximidade com a comunidade beneficiada e acompanhamento mais

constante das tarefas operacionais e de gestão da EIC.

Sob a responsabilidade da Prodeb, os procedimentos adotados para a

criação de uma nova EIC são: prover a aquisição dos equipamentos, montar e

instalar os equipamentos na sala de informática da EIC, orientar a instituição

beneficiada quanto à gestão, treinar os instrutores, fornecer uma cópia das

apostilas (em papel ou em meio magnético) e realizar regularmente o

acompanhamento das atividades. É pertinente mencionar as competências das

partes envolvidas na abertura de uma EIC. À alta administração da Prodeb,

compete dar apoio às solicitações de contatos externos e autorizar a utilização

dos recursos internos já disponíveis pela empresa. À Coordenação do Projeto,

compete promover todos os recursos necessários para a montagem e

acompanhamento das EICs, bem como procurar meios de melhoria do projeto

como um todo. Aos coordenadores das EICs, competem realizar todo o

acompanhamento do curso, desde a seleção dos candidatos, montagem das

turmas, até o provimento de material para as aulas. Aos instrutores voluntários,

compete planejar e ministrar as aulas e por fim ao CDI, compete ministrar

treinamento pedagógico para os instrutores, orientar na montagem e no

gerenciamento das EICs. Como o projeto está carente de voluntários de

acompanhamento, a gestão dos compromissos assumidos pelas partes

responsáveis e envolvidas no funcionamento da EIC, discriminados nos

instrumentos jurídicos, ainda acontece de forma muito incipiente.

78

Ao tomar conhecimento de que alguns instrutores voluntários se

desligaram do Projeto, foi informado que: mudança de empresa a qual exercem

as atividades profissionais, sobrecarga de trabalho impossibilitando conciliar as

atividades da empresa com as ações voluntárias, desvínculo com a própria

empresa, falta de identificação pessoal com a atividade de instrutoria são as

causas que acarretaram esse desligamento por parte dos ex-instrutores da

Prodeb. Em relação aos ex-instrutores da Siemens, somente é do conhecimento

da coordenação do projeto que um dos quatro que se afastou, deveu-se ao

envolvimento com outras atividades de voluntariado em horários mais adequados

à sua disponibilidade de tempo.

Segundo a avaliação feita pelo coordenador do projeto, os aspectos

voltados para a mobilização da clientela, a definição dos pré-requisitos para

instrutor e o relacionamento com a alta administração são de ótima conceituação.

Foram considerados como bons procedimentos: a forma como se dá a

mobilização do instrutor voluntário, canal de divulgação utilizado, modelo de

gestão da EIC, curso de instrutor, duração do curso de instrutor, perfil profissional

do instrutor, duração do curso de informática, utilização da sala de aula da EIC e

relacionamento com o instrutor voluntário. Entretanto, foi considerado como

regular os aspectos relacionados à captação de recursos, mobilização de

parceiro, relacionamento com a Coordenação da EIC e relacionamento com o

CDI. O número de instrutores e a questão de acompanhamento técnico-

pedagógico são dois aspectos tidos como ruins atualmente.

As sugestões de melhoria feitas para alguns dos aspectos conceituados

como regular e ruim e que visam fortalecer o Projeto Alfabetização Digital são:

- realização de eventos, visitas nas empresas de informática e firmar

parceria com outras empresas, são ações que precisam ser

adotadas para melhorar a captação de recursos;

- ampliação do número de instrutores para 20, visando atender com

folga a demanda atual;

79

- avaliação do professor por módulo, acompanhamento do conteúdo

programático e acompanhamento da freqüência do instrutor, são

ações em busca de efetividade para o acompanhamento técnico-

pedagógico ideal.

Sob o ponto de vista da Coordenação do Projeto, a partir de 2003, ações

voltadas para firmar o processo de acompanhamento, criar indicadores para

medir a qualidade do projeto, reativar três EICs, conquistar mais voluntários de

acompanhamento e de instrutoria, criar sistemáticas para aumentar proximidade

com os Coordenadores das EICs, voluntários e parceiros são vistos como

desafios a serem enfrentados pela Prodeb.

4.1.3. ORGANIZAÇÕES PARCEIRAS

Para viabilizar a criação e funcionamento das Escolas de Informática e

Cidadania, a Prodeb conta com a parceria de organizações privadas do ramo de

tecnologia de informação e comunicação, instituições que adotam as EICs e

organizações não governamentais (ONGs), como por exemplo o Comitê para

Democratização de Informática - CDI, que mantém mais de 300 escolas de

computação espalhadas pelo Brasil e que presta assessoria técnica à Prodeb

referente ao Projeto Alfabetização Digital.

Os equipamentos foram doados pela Siemens, que também prestou apoio

logístico e metodológico às EICs. As redes de computadores das escolas,

contaram com a doação de equipamentos da Enterasys e da 3COM Corporate,

multinacionais da área, e da Bahia Cabos, que doou materiais de cabeamento.

Algumas das organizações parceiras, mencionadas acima, apoiaram a

Prodeb de forma pontual, específica e descontinuada. Somente duas delas atuam

de forma perene e, portanto, foram considerados para fazer parte da população a

ser pesquisada: a ONG CDI e a Siemens.

80

Os instrumentos de coleta de dados construídos para aplicar ao CDI e a

Siemens foram distintos, em função do foco de negócio e da participação de cada

um desses parceiros no projeto não serem iguais.

Os questionários encaminhados e aplicados aos responsáveis pelas

organizações parceiras, com sede na Bahia, foram respondidos, porém, somente

foram tratados os resultados da ONG CDI. Quanto as informações prestadas pela

Siemens, tiveram que ser encaminhadas para autorização da Assessoria de

Imprensa Americana, por se tratar de uma organização multinacional. Até o

presente momento não foram disponibilizadas.

4.1.3.1. Perfil da Organização Parceira – CDI

O Comitê para Democratização da Informática – CDI atua na Bahia

ministrando treinamento para reciclar educadores das antigas Escolas de

Informática e Cidadania (EICs) e capacitar os educadores e coordenadores das

novas EICs. Além disso, faz o acompanhamento de todas as EICs através de

visitas mensais.

Na intenção de conquistar novos parceiros o CDI realiza, constantemente,

contatos com empresas para apresentação da ONG, além da solidificação do

relacionamento com as parcerias já existentes.

Uma outra vertente de trabalho do CDI é o atendimento a voluntários. É

grande o número de pessoas interessadas em colaborar com o CDI e para isso é

preciso atendê-las e ajustar o interesse, o potencial com as demandas da ONG.

O CDI-BA visita novas entidades que querem implantar uma EIC. Depois

da visita, é preciso avaliar as condições e critérios de seleção para definir se a

entidade tem ou não o perfil para adotar uma escola.

81

Com relação à manutenção técnica dos equipamentos de informática, o

CDI-BA conta hoje com um técnico voluntário que recebe as máquinas e as

repara para em seguida serem levadas para uma EIC.

O CDI foi procurado pela Prodeb para apoiar o Projeto Alfabetização Digital, o

qual foi de seu interesse e, portanto, acatou a proposta para seu Programa de

Cidadania. Uma vez criado tal vínculo e conhecendo o envolvimento de toda a

empresa para com a causa, aconteceu automaticamente a mútua colaboração.

Para operacionalizar esse projeto, as parcerias são firmadas e

formalizadas através de um termo de compromisso assinado entre o CDI e a

Prodeb e entre o CDI e as entidades beneficiadas.

Sob o ponto de vista financeiro, a parceria do CDI com a Prodeb não

acontece nem com doação e nem repasse financeiro da Prodeb para o CDI. O

que existe é um trabalho voluntário e a auto-sustentabilidade das Escolas de

Informática e Cidadania. Para mantê-las, as próprias entidades que as sediam

(instituições beneficiadas) se responsabilizam pelos custos de material e

manutenção dos equipamentos. E com relação aos educadores, essas EICs

contam com a colaboração voluntária de alguns funcionários da Prodeb, da

Siemens que conduzem as aulas e as atividades das EICs.

As obrigações firmadas entre o CDI e a Prodeb são: a Prodeb é

responsável pelo acompanhamento das 5 EICs fruto dessa parceria, enquanto o

CDI se responsabiliza pela capacitação e reciclagem dos educadores e

coordenadores das EICs.

O perfil profissional e demais requisitos que são exigidos pelo CDI para

que o voluntário seja instrutor de uma Escola de Informática e Cidadania – EIC é

que os candidatos tenham conhecimento básico das ferramentas computacionais

e de preferência com formação em nível superior. É necessário conhecimento de

didática e/ou goste de ensinar. Entretanto, o ideal é que o voluntário tenha

82

experiência com trabalho social, que se identifique ou tenha simpatia com a

causa, consistindo portanto em um dos principais requisitos.

O curso voltado para os instrutores voluntários da Prodeb consiste em um

treinamento com duração de um mês e carga horária de 20h, momento em que a

proposta político-pedagógica do CDI é apresentada. Em seguida, é colocada em

prática com o desenvolvimento de um produto final, trabalhado em um dos

programas escolhidos pela turma, como por exemplo: um jornal utilizando o Word,

apresentações elaboradas através do Power Point dentre outras sugestões. Além

da proposta político-pedagógica, trabalha-se com as noções de didática,

conceitos de cidadania e comandos da informática.

Além de instrutores voluntários, outros profissionais devem ser capacitados

para atuarem nas EICs, com o objetivo de que as ações desse projeto sejam

fortalecidas. Nessa perspectiva, o outro profissional importante desse projeto é o

coordenador da EIC. Ele tem o papel de garantir a autogestão e a auto-

sustentabilidade da escola. Para isso, ele é capacitado pelo CDI e a atuação é

acompanhada através de visitas mensais, orientando-o como e onde captar

recursos, como gerir as atividades operacionais (matrícula e seleção, evasão dos

alunos e instrutores, aquisição e reposição de material de apoio, relacionamento

com os educadores/alunos e a manutenção técnica das máquinas).

Dentro da sistemática de cursos ministrados pelo CDI, a reciclagem dos

instrutores é prevista e imprescindível. Na Faculdade Integrada da Bahia - FIB,

mediante a parceria dessa faculdade com o CDI ao ceder um laboratório de

informática, acontece todos os tipos de treinamentos. O foco principal dos

treinamentos para reciclagem está voltado para novas idéias, novos temas sobre

cidadania e sugestões de produtos finais que possam ser desenvolvidos nas

EICs, tanto pelos coordenadores, educadores como pelos educandos.

É papel do CDI supervisionar os trabalhos que são realizados nas EICs.

Porém, em relação as EICs que estão inseridas no Projeto Alfabetização Digital, a

supervisão se dá de forma indireta. É de responsabilidade da coordenação do

83

projeto – Prodeb supervisioná-las diretamente. É necessário que a Prodeb

repasse um relatório para o CDI contendo informações sobre o andamento

dessas escolas. Nesse caso específico, eventualmente, o CDI faz uma visita às

entidades beneficiadas.

Existem algumas barreiras que o CDI enfrenta em relação à Coordenação

do Projeto Alfabetização Digital, em prol do ensino de cidadania e informática.

Uma delas é que o CDI, atualmente conta com uma pequena equipe para

acompanhar mais de 30 EICs na Bahia, dentre elas, algumas no interior e por isso

a assessoria técnica não acontece com muita freqüência. Devido a esse motivo a

reciclagem e o acompanhamento que demandam muita dedicação e proximidade,

ficam prejudicados, contudo não deixam de acontecer. Entretanto, acarretam

dificuldades para o fortalecimento da proposta político-pedagógica (aliança entre

cidadania e informática), uma vez que é preciso reciclar, reforçar e insistir com

essa proposta, desafiadora para muitos educadores.

Em relação ao Projeto Alfabetização Digital, o CDI identifica alguns pontos

fracos tais como: pouca comunicação do parceiro com o CDI, com a coordenação

das EICs e poucas visitas (in loco) às entidades parceiras (rotinas de

acompanhamento). Por outro lado, os pontos fortes são identificados como

interesse e seriedade da Prodeb com a causa de inclusão digital, dedicação dos

voluntários e demais envolvidos mesmo diante das barreiras e dificuldades

enfrentadas, principalmente, por parte dos instrutores que, em sala de aula

absorvem uma significativa carga de responsabilidade e desafios demandados

pelo projeto.

O CDI ao atuar como parceiro da Prodeb aponta como vantagem, o apoio

recebido registrado nas matérias publicadas (site, jornal eletrônico, mídia),

credibilidade, visibilidade, relacionamento com outras entidades da sociedade civil

e do governo. Não identifica desvantagens nessa parceria, embora justifique a

dificuldade de disponibilidade de tempo e de pessoal do CDI para maior

aproximação, realização de encontros e trocas de experiências, mas isso

acontece com outros parceiros, não é específico dessa parceria.

84

A possibilidade do CDI em divulgar seus trabalhos para a sociedade devido

aos eventos que realizou com o apoio da Prodeb, de ter seu site (CDI-Ba)

construído pela equipe técnica da Prodeb, além de obter contribuição para

expandir o seu trabalho, especificamente na Bahia, são vistos como resultados

positivos obtidos ao atuar como organização parceira da Prodeb.

Para fortalecer essa parceria, o CDI sugere à Coordenação do Projeto –

Prodeb, adotar uma sistemática que favoreça maior aproximação com o CDI,

divulgando e encaminhando os resultados obtidos com as EICs através de

relatórios, registros diversos, uma vez que o tamanho reduzido da equipe, gera

dificuldades para o CDI em fazer contatos, indo até o parceiro. Vale ressaltar que,

o CDI está em busca de novas parcerias visando ampliar a equipe técnica e,

conseqüentemente, intensificar as ações de assessoria.

Formar multiplicadores da proposta político-pedagógica, isto é, trabalhar

para que os próprios educadores e coordenadores (funcionários voluntários e/ou

da comunidade) possam exercer um papel mais direto na EIC e na comunidade,

repassando a metodologia e novos conhecimentos para os educandos

interessados, sem depender exclusivamente do CDI, é uma das ações que

podem ser implementadas com o propósito de aprimorar e aproximar cada vez

mais o Projeto Alfabetização Digital ao cidadão. Vale salientar que, o

desenvolvimento de produtos finais que tenham aplicabilidade e que venham

gerar impacto positivo na comunidade em que a EIC está implantada,

contribuindo com o desenvolvimento sustentável local, são estratégias

consideradas como uma das principais vertentes da atuação do CDI.

Portanto, primar pela qualidade do trabalho nas EICs existentes, assegurar

em sala de aula a aplicação da proposta político-pedagógica (cidadania +

informática), manter proximidade e envolvimento com as partes, efetuar o

acompanhamento e prestar assessoria de forma regular, preparar multiplicadores,

assegurar as conquistas dos educandos e trocar experiências com outras EICs

são considerados pelo CDI como ações importantes voltadas para a correção de

rumo, feedback, retroalimentação visando a perenidade e ampliação do projeto.

85

4.2. ANÁLISE ESTATÍSTICA QUANTITATIVA

Foram tabulados os questionários com respostas fechadas e abertas

(categorizadas), porém aqueles aplicados aos estratos da população, com

tamanho da amostra igual ou superior a quatro. São eles: 4 alunos atuais –

beneficiários, alunos formados – ex-beneficiários, instrutores voluntários, ex-

instrutores voluntários e coordenadores das EICs.

4.2.1. ALUNOS ATUAIS - BENEFICIÁRIOS

Desde o início do ano de 2003 até a presente data, sob a responsabilidade

da Prodeb, existem duas Escolas de Informática e Cidadania (EICs), em

atividade: EIC Prodeb e EIC Lar Harmonia – Creche Escola Tereza Cristina.

Em decorrência do cumprimento de prazos para a coleta de dados, não foi

possível aguardar o retorno dos questionários da EIC Lar Harmonia – Creche

Escola Tereza Cristina para esta etapa do trabalho, uma vez que até a época da

coleta de dados somente um aluno estava freqüentando as aulas e o mesmo não

respondeu ao questionário em tempo hábil. Vale ressaltar que, essa EIC atende a

comunidade das Malvinas, do Bairro da Paz - Piatã, isto é, jovens e adultos

familiares das crianças abrigadas na referida Creche.

A análise estatística dos dados foi baseada na aplicação dos questionários

feita na EIC Prodeb, onde foram coletados 11 questionários até a data final

prevista para encerramento dessa etapa. Nessa EIC, os alunos atuais –

beneficiários são filhos dos funcionários dessa empresa que encontram-se

situados na menor faixa salarial de contribuição de benefícios.

Para quaisquer uma das EICs que compõem o Projeto Alfabetização

Digital, os beneficiários devem estar regularmente matriculados nos ensinos

fundamental ou médio. As ações para a cidadania visam proporcionar, o

conhecimento básico e indispensável para o uso do computador e aplicativos,

86

como ferramentas que facilitem, auxiliem e complementem o aprendizado formal

do ensino regular, alternativa de educação profissionalizante, visando o ingresso

em condições mais iguais, desses indivíduos no competitivo mercado de trabalho.

As EICs diferem em relação ao público-alvo.

4.2.1.1. Perfil dos Alunos Atuais - Beneficiários

A distribuição da variável idade revela que a maioria dos alunos atuais

beneficiários tem entre 14 -16 (36,4%) e 16-18 (36,4%) anos. (Tabela 2 e Gráfico 1).

Tabela 2 - Distribuição da idade (em anos) dos alunos atuais beneficiários

Idade Freqüência %

10 |– 12 1 9,1

12 |– 14 1 9,1

14 |– 16 4 36,4

16 |– 18 4 36,4

18 |– 20 1 9,1

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

9%

37%

36%

9% 9% 10 |– 12

12 |– 1414 |– 16

16 |– 18

18 |– 20

Gráfico 1 - Percentual dos Alunos Atuais - Beneficiários segundo faixa etária

87

Constatamos que nenhum dos alunos atuais beneficiários residem no

mesmo bairro da EIC em que estudam e que 63,6% são do sexo masculino e

36,4% do sexo feminino (Tabela 3, Gráfico 2).

Tabela 3 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo o sexo

Sexo Freqüência %

Masculino 7 63,6

Feminino 4 36,4

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

36,4%

63,6%

Feminino

Masculino

Gráfico 2 - Distribuição das respostas dos Alunos Atuais Beneficiários segundo o sexo

Nenhum dos alunos atuais beneficiários pesquisados exerciam atividade

laboral na época da pesquisa.

88

Constatamos que as maiores dificuldades encontradas para conseguir

trabalho são: não ter profissão definida (40,0%), pouca oferta de trabalho (20,0%),

baixa escolaridade (10,0%) e falta de conhecimento em informática (10,0%)

(Tabela 4 e Gráfico 3).

Tabela 4 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo dificuldade para conseguir trabalho

Dificuldades para conseguir trabalho Freqüência %*

Não tenho profissão definida 4 40,0

Pouca oferta de trabalho 2 20,0

Falta de conhecimento em informática 1 10,0

Baixa escolaridade 1 10,0

Não encontro (ei) dificuldade - -

Local de residência - -

Outros 2 20,0

Total 10 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

40,0%

10,0%20,0%

10,0%

20,0%Não tenho profissão definida

Baixa escolaridade

Pouca oferta de trabalho

Falta de conhecimento em informática

Outro

Gráfico 3 - Percentual das dificuldades dos Alunos Atuais – Beneficiários para conseguir trabalho

89

4.2.1.2. Porque Resolveu Fazer o Curso

O apredizado da informática concentra 40,0% dos indivíduos pesquisados,

seguido da questão capacitação profissional com a opção - para conseguir

emprego com 25,0%, 10,0% fazem o curso por que gosta de informática, 10,0%

optaram pelo curso para adquirir conhecimentos de cidadania, seguido de 10,0%

que escolheram o curso por sugestão dos pais e 5,0% para ocupar o tempo livre

(Tabela 5, Gráfico 4).

Tabela 5 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo opção pela escolha do curso

Porque resolveu fazer o curso Freqüência % *

Porque é muito importante aprender informática 8 40,0

Para conseguir emprego 5 25,0

Gosta de informática 2 10,0

Obter conhecimentos de cidadania 2 10,0

Por sugestão dos pais 2 10,0

Para ocupar o tempo 1 5,0

Porque a comunidade ofereceu - -

Porque a escola/creche ofereceu - - Total 20 100

Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

10,0%

10,0%

5,0%

10,0%

25,0%

40,0%

Gosta de informática

Obter conhecimentos de cidadania

Para ocupar o tempo

Por sugestão dos pais

Para conseguir emprego

Porque é muito importante aprender informática

Gráfico 4 - Percentual dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a questão: Por que

resolveu fazer esse curso?

90

4.2.1.3. O Curso e a Vida Escolar

No que tange a vida escolar dos Alunos Atuais – Beneficiários,

constatamos que 61,5% já estudavam antes de iniciar o curso, 30,8% precisa

estar estudando para fazer o curso e apenas 7,7% pararam de estudar durante o

curso (Tabela 6, Gráfico 5).

Tabela 6 - Distribuição dos Alunos Atuais Beneficiários segundo a questão: O curso e sua vida escolar?

O curso e sua vida escolar Freqüência %*

Você já estudava antes de iniciar o curso 8 61,5

Você precisa estar estudando para fazer o curso 4 30,8

Você parou de estudar durante o curso 1 7,7

Você parou de estudar antes de iniciar o curso - -

Você voltou a estudar durante o curso - -

Total 13 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

30,8%

7,7%61,5%

Voce precisa estar estudando para fazer o curso

voce parou de estudar durante o curso

voce já estudava antes de iniciar o curso

Gráfico 5 - Percentual dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo o curso e a vida escolar.

91

4.2.1.4. O Curso e a Vida Profissional

No que tange a vida profissional dos Alunos Atuais – Beneficiários,

constatamos que 55,6% dos pesquisados estavam procurando trabalho e 44,4%

não estavam procurando trabalho (Tabela 7, Gráfico 6).

Tabela 7 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo a questão: O curso e sua vida profissional?

O curso e sua vida profissional Freqüência %*

Você está procurando trabalho 5 55,6

Você não está procurando trabalho 4 44,4

Você já trabalhava antes de iniciar o curso - -

Você já tem um trabalho em vista - -

Você mudou de trabalho / função durante o curso - -

Você começou a trabalhar durante o curso - -

Total 9 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

44,4%

55,6%

voce não está procurando trabalho

voce está procurando trabalho

Gráfico 6 - Percentual das respostas dos Atuais - Beneficiários segundo a questão: O

curso e sua vida profissional?

92

4.2.1.5. A Importância do Curso

Constatamos que em 100% dos pesquisados alguma mudança ocorreu e

foram observadas as seguintes mudanças: descoberta de novos interesses e

habilidades (30,0%), novos amigos (30,0%), ocupação do tempo livre (25,0%),

encontrou um caminho profissional (10,0%) e obteve novas oportunidades de

trabalho (5,0%). (Tabela 8, Gráfico 7).

Tabela 8 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo a questão: Quais mudanças ocorreram em sua vida?

Mudanças ocorridas na vida do aluno Freqüência %*

Descobriu novos interesses e habilidades 6 30,0

Novos amigos 6 30,0

Ocupou o tempo livre 5 25,0

Encontrou um caminho profissional 2 10,0

Obteve novas oportunidades de trabalho 1 5,0

Começou a trabalhar - -

Voltou estudar - -

Mudou de função no trabalho - -

Total 20 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

30,0%

25,0%5,0%10,0%

30,0% Novo amigos

ocupou o tempo livre

obteve novas oportunidades de trabalho

encontrou um caminho profissional

descobriu novos interesses e habilidades

Gráfico 7 - Percentual das mudanças ocorridas na vida do aluno em decorrência do curso

93

4.2.1.6. Dificuldades Encontradas para Aproveitar Melhor

o Curso

Em 63,6% dos individuos pesquisados não houve nenhum tipo de

dificuldade para aproveitar o curso e em 36,4% dos individuos foi identificado

algum tipo de dificuldade (Tabela 9, Gráfico 8).

Quanto às dificuldades apresentadas para o melhor aproveitamento do curso

destacaram-se: pouco tempo de aula (20,0%), poucas aulas práticas (20,0%) e espaço

de tempo entre as aulas muito grande (20,0%). (Tabela 10 e Gráfico 9).

Tabela 9 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo a questão: Encontrou dificuldades para aproveitar melhor o curso?

Encontra dificuldades para aproveitar o curso

Freqüência %

Não 7 63,6

Sim 4 36,4

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

36,4%

63,6%

Sim

Não

Gráfico 8 - Percentual dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a questão:

Encontrou dificuldade para aproveitar melhor o curso?

94

Tabela 10 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo a questão:Quais as dificuldades para aproveitar melhor o curso?

Dificuldades encontradas Freqüência %*

Pouco tempo de aula (horário reduzido) 1 20,0

Poucas aulas práticas 1 20,0

Espaço de tempo entre as aulas muito grande 1 20,0

Turma muito desigual - -

Não entende as aulas - -

Falta de preparo do instrutor - -

Poucos equipamentos - -

Começou a trabalhar - -

Equipamentos com defeito - -

Freqüência irregular do instrutor - -

Outros 2 40,0

Total 5 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

20,0%

20,0%

20,0%

40,0%

pouco tempo de aula(horário reduzido)

poucas aulas práticas

espaço de tempo entre as aulas muito grande

Outro

Gráfico 9 - Percentual das dificuldades dos Alunos Atuais – Beneficiários para o

melhor aproveitamento do curso.

95

4.2.1.7. Avaliação do Curso

Como um dos objetivos do projeto é a correção de rumos aumentando

assim a eficácia e o fortalecimento do projeto, foi solicitado aos alunos atuais

beneficiários que avaliassem o curso sob o seu ponto de vista no que tange aos

seguintes itens: horário do curso, duração das aulas, instalação da sala de aula,

equipamentos de informática, apostilas, método de ensino, instrutor,

relacionamento com o instrutor e relacionamento com os colegas.

Observamos que 45,5% dos individuos classificaram o item horário do

curso como bom, 27,3% como ótimo, 18,2% como ruim e 9,1% como regular

(Tabela 11, Gráfico 10).

Tabela 11 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item horário do curso

Horário do curso Freqüência %*

Bom 5 45,5

Ótimo 3 27,3

Ruim 2 18,2

Regular 1 9,1

Péssimo - -

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

27,3%

45,5%

9,1%

18,2%Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Gráfico 10 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo o

horário do curso.

96

Observamos que 54,5% dos individuos classificaram o item duração das

aulas como ótimo, 27,3% como bom, 18,2% como regular (Tabela 12, Gráfico 11).

Tabela 12 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item duração das aulas

Duração das aulas Freqüência %*

Ótimo 6 54,5

Bom 3 27,3

Regular 2 18,2

Ruim - -

Péssimo - -

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

54,5%27,3%

18,2%Ótimo

Bom

Regular

Gráfico 11 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a

duração do curso.

97

Observamos que 54,5% dos individuos classificaram o item instalação da sala

de aula como bom, 27,3% como regular, 18,2% como ótimo (Tabela 13, Gráfico 12).

Tabela 13 - Distribuição das respostas dos atuais beneficiários segundo item instalação da sala de aula

Instalação da sala de aula Freqüência %*

Bom 6 54,5

Regular 3 27,3

Ótimo 2 18,2

Ruim - -

Péssimo - -

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

18,2%

54,5%

27,3% Ótimo

Bom

Regular

Gráfico 12 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a

instalação da sala de aula.

98

Observamos que 54,5% dos individuos classificaram o item equipamentos

de informática como bom e 45,5% deles como ótimo (Tabela 14, Gráfico 13).

Tabela 14 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item equipamentos de informática

Equipamentos de informática Freqüência %*

Bom 6 54,5

Ótimo 5 45,5

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

45,5%

54,5%

Ótimo

Bom

Gráfico 13 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários

segundo os equipamentos de informática.

99

Observamos que 60,0% dos individuos classificaram o item apostilas como

ótimo e 40,0% como bom (Tabela 15, Gráfico 14).

Tabela 15 - Distribuição dos atuais beneficiários segundo item apostilas

Apostilas Freqüência %*

Ótimo 6 60,0

Bom 4 40,0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 10 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

60,0%

40,0%

Ótimo

Bom

Gráfico 14 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo as

apostilas.

100

Observamos que 63,6% dos individuos classificaram o item método de

ensino como ótimo e 36,4% como bom (Tabela 16, Gráfico 15).

Tabela 16 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo método de ensino

Método de ensino Freqüência %*

Ótimo 7 63,6

Bom 4 36,4

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

63,6%

36,4%Ótimo

Bom

Gráfico 15 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários

segundo o método de ensino do curso.

101

Observamos que 63,6% dos individuos classificaram o item instrutor como

ótimo e 36,4% como bom (Tabela 17, Gráfico 16).

Tabela 17 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item instrutor

Instrutor Freqüência % *

Ótimo 7 63,6

Bom 4 36,4

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

63,6%

36,4%Ótimo

Bom

Gráfico 16 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários

segundo o instrutor do curso.

102

Observamos que 72,7% dos individuos classificaram o item relacionamento

com o instrutor como ótimo e 27,3% como bom (Tabela 18, Gráfico 17).

Tabela 18 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item relacionamento com o instrutor

Relacionamento com o instrutor Freqüência % *

Ótimo 8 72,7

Bom 3 27,3

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

72,7%

27,3% Ótimo

Bom

Gráfico 17 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários

segundo o relacionamento com o instrutor.

103

Observamos que 45,5% dos individuos classificaram o item relacionamento

com os colegas como ótimo, 27,3% como bom e 27,3% como regular (Tabela 19,

Gráfico 18).

Tabela 19 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo item relacionamento com o os colegas

Relacionamento com os colegas Freqüência %*

Ótimo 5 45,5

Bom 3 27,3

Regular 3 27,3

Ruim - -

Péssimo - -

Total 11 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

45,5%

27,3%

27,3% Ótimo

Bom

Regular

Gráfico 18 - Percentual da avaliação dos Alunos Atuais – Beneficiários

segundo o relacionamento com os colegas.

104

4.2.1.8. Sugestões e Recomendações do Curso

Como alguns itens foram classificados como regular, ruim ou péssimo

pelos pesquisados, foi solicitado aos mesmos que sugerissem mudanças no

sentido de corrigir e alinhar o serviço oferecido a realidade daqueles que

realmente o utilizam.

Segundo os pesquisados, o item horário do curso para 66,7% dos alunos

atuais beneficiários deveria ser matutino (Tabela 20, Gráfico 19).

Tabela 20 - Distribuição das sugestões dos alunos atuais beneficiários segundo item horário do curso

Horário do curso Freqüência %*

Matutino 2 66,7

Vespertino - -

Noturno - -

Outro 1 33,3

Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

66.7%

33.3%Matutino

outro

Gráfico 19 - Percentual da sugestão dos Alunos Atuais – Beneficiários

segundo o horário do curso.

105

O item duração das aulas para todos os alunos atuais beneficiários deveria

ser 3h/dia.

O item instalação da sala de aula 66,7% dos alunos atuais beneficiários foi

sugeriram o aumento do tamanho da sala de aula. (Tabela 21, Gráfico 20).

Tabela 21 - Distribuição das sugestões dos alunos atuais beneficiários segundo item instalação da sala de aula

Instalação da sala de aula Freqüência %*

Aumentar tamanho 2 66,7

Melhorar iluminação - -

Melhorar ventilação - -

Outro 1 33,3

Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

66.7%

33.3%Aumentar tamanho

Outra

Gráfico 20 - Percentual da sugestão dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo a

instalação das salas de aulas.

106

Quanto a questão – Recomenda esse curso para alguém ? 100% dos

atuais beneficiários responderam que sim.

Segundo os alunos atuais beneficiários que responderam sim a questão –

Recomenda esse curso para alguém? Um dos motivos que os levaram a sugerir

o curso para 50,0% dos pesquisados foi oportunidade de trabalho, 33,3%

responderam capacitação, 8,3% responderam crescimento profissional e 8,3%

Cidadania (Tabela 22, Gráfico 21).

Tabela 22 - Distribuição das respostas dos alunos atuais beneficiários segundo o motivo o que levaram a sugerir o curso para alguém

Motivos que o levaram a sugerir o curso

Freqüência %*

Oportunidade de Trabalho 6 50,0

Capacitação 4 33,3

Crescimento Profissional 1 8,3

Cidadania 1 8,3

Total 12 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33,3%

50,0%

8,3%8,3%

Capacitação

Oportunidade de Trabalho

Crescimento Profissional

Cidadania

Gráfico 21 - Percentual dos Alunos Atuais – Beneficiários segundo os motivos que o

levaram a sugerir o curso.

107

4.2.2. ALUNOS FORMADOS - EX-BENEFICIÁRIOS

No ano de 2002, o Projeto Alfabetização Digital, sob a responsabilidade da

Prodeb, contava com 5 Escolas de Informática e Cidadania (EICs) e em pleno

funcionamento. São elas: EIC Sede da Prodeb, EICs Fundação Lar Harmonia:

Escola Integral Allan Kardec e Creche Escola Tereza Cristina, EIC Presídio

Lafayete Coutinho e EIC UNEB – Comunidade de Bate-Facho.

Nessa análise, os ex-alunos da EIC Presídio Lafayete Coutinho não estão

inseridos, uma vez que o curso de informática e cidadania foi interrompido. Foi

constatado que um dos fatores da interrupção, deveu-se à evasão dos instrutores

voluntários alocados para essa EIC, por motivos de trabalho nas empresas às

quais são vinculados. Essa EIC visa beneficiar a população do referido presídio,

isto é, aos reclusos (regime semi-aberto) e egressos (regime aberto). Somente foi

possível entrevistar o Coordenador dessa EIC, momento em que constatou-se a

impossibilidade de aplicar o questionário aos alunos que participavam do curso de

informática e cidadania, por não estarem mais no presídio, tanto pela concessão

da liberdade ou por outros motivos. Portanto, o estrato da amostra referente aos

alunos ex-beneficiários é composta somente pelos alunos que concluíram o curso

e vinculados às demais EICs.

É pertinente informar que o público alvo da EIC UNEB – Comunidade Bate-

Facho é composto por jovens e adultos moradores dessa comunidade que se

localiza nas imediações do Museu de Ciência e Tecnologia e da EIC Fundação Lar

Harmonia – Escola Integral Allan Kardec é composto por crianças e adolescentes

matriculados nas 3ª e 4ª séries do ensino fundamental, da referida escola.

Informamos que a coleta de dados para esse estrato da amostra foi feita

através dos Coordenadores de cada EIC, em parceria com os instrutores

voluntários e liderança da comunidade ligados a cada uma delas.

108

Apresentamos, a seguir, a distribuição dos questionários segundo a EIC

(Tabela 23, Gráfico 22) onde constatamos que a EIC Lar Harmonia Escola

Integral Allan Kardec representou 40,9% das informações levantadas, seguido da

EIC Prodeb com 29,5%, representando aproximadamente 70% das informações

para os alunos formados - ex-beneficiários. Isto significa, que a população

pesquisada não é representativa para a população total das EICs em estudo, pois

a amostra definida com 50 participantes não foi completada. Os resultados são

válidos para os 44 alunos formados - ex-beneficiários os quais nos permitiram

observar na prática, os propósitos do Projeto Alfabetização Digital que é promover

a qualificação profissional em informática, sedimentando valores e princípios

básicos de cidadania e as respostas ao problema de pesquisa dessa monografia

quanto às barreiras, resultados e desafios da Prodeb ao gerir esse Projeto.

É relevante informar que a EIC Lar Harmonia – Escola Integral Allan

Kardec possuiu um maior número de pesquisados, porque os alunos formados -

ex-beneficiários que participaram do curso de informática e cidadania ainda

possuem vínculo com a escola, por estarem matriculados no ensino convencional

oferecido pela mesma. Esse aspecto foi favorável por facilitar o acesso até eles e

concretizar, com êxito, a aplicação dos questionários.

109

Tabela 23 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a EIC

Escola de Informática e Cidadania (EIC)

Freqüência %

Fundação Lar Harmonia Allan Kardec 18 40,9

Prodeb 13 29,5

UNEB – Comunidade de Bate-facho 9 20,5

Fundação Lar Harmonia Tereza Cristina 4 9,1

Presídio Lafayete Coutinho - -

Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

29,5%

20,5%

40,9%

9,1%Prodeb

UNEB

Lar Harmonia Alan Kardec

Lar Harmonia Tereza Cristina

Gráfico 22 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a EIC.

110

4.2.2.1. Perfil dos alunos formados - ex-beneficiários

A distribuição da variável idade revela que a maioria dos alunos formados -

ex-beneficiários tem entre 10-2 (29,5%) e 20-42 (25%) anos, com idade média de

16 anos (Tabela 24, Gráfico 23).

Tabela 24 - Distribuição por faixa etária (em anos) dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a EIC

Escola de Informática e Cidadania (EIC)*

Faixa etária

(anos)

Prodeb

(%)

UNEB Comunidade

Bate-facho (%)

FLH Allan Kardec (%)

FLH Teresa Cristina (%)

Total (%)

8 |– 10 0,0 0,0 16,7 0,0 6,8

10 |– 12 0,0 0,0 77,8 0,0 31,8

12 |– 14 7,7 0,0 5,6 0,0 4,5

14 |– 16 23,1 0,0 0,0 0,0 6,8

16 |– 18 30,8 22,2 0,0 50,0 18,2

18 |– 20 15,4 11,1 0,0 25,0 9,1

Acima de 20 anos

23,1 66,7 0,0 25,0 22,7

Total (%) 100 100 100 100 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003. Idade Média = 16 anos

* Somente constam nessa tabela os % das EICs em que os alunos formados ex-beneficiários responderam ao questionário. Percentual calculado em relação a quantidade de questionários por EIC.

7%

31%

5%7%

18%

9%

23%8 |– 10

10 |– 12

12 |– 14

14 |– 16

16 |– 18

18 |– 20

20 |– 42

Gráfico 23 - Distribuição da idade (em anos) dos alunos formados - ex-beneficiários

111

Observa-se que 72,7% dos alunos formados - ex-beneficiários (Tabela 25,

Gráfico 24) não residem no mesmo bairro da EIC em que estudam e que 56,8%

são do sexo feminino e 43,2% do sexo masculino (Tabela 26, Gráfico 25).

Tabela 25 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo EIC e bairro onde mora

Mora no mesmo bairro da EIC que estuda ?

Escola de Informática e Cidadania (EIC)* Sim (%) Não(%) % Total

EIC

Prodeb 0,0 100 100

UNEB – Comunidade de Bate-facho 88,9 11,1 100

Fundação Lar Harmonia Allan Kardec 5,6 94,4 100

Fundação Lar Harmonia Tereza Cristina 75,0 25,0 100

% Total das observações 27,3 72,7 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

* Somente constam nessa tabela os % das EICs em que os alunos formados ex-beneficiários responderam ao questionário.

27,3%

72,7%

Sim

Não

Gráfico 24 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários

segundo o bairro onde mora.

112

Tabela 26 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo o sexo

Sexo Freqüência %

Feminino 25 56,8

Masculino 19 43,2

Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/ PRODEB, Salvador-BA. 2003

56,8%

43,2%

Feminino

Masculino

Gráfico 25 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários

segundo o sexo

Observa-se que 84% dos alunos formados - ex-beneficiários (Tabela 27,

Gráfico 26) não exerciam à época da pesquisa nenhuma atividade laboral.

Tabela 27 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo atividade

Trabalha atualmente? Freqüência %

Não 37 84,1

Sim 6 13,6

Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

14,0%

86,0%

Sim

Não

Gráfico 26 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-

beneficiários segundo atividade

113

Constatamos que as dificuldades encontradas para conseguir trabalho entre

os alunos formados - ex-beneficiários são: não ter uma profissão definida com

32,0%, poucas oportunidades de trabalho com 28,0%, baixa escolaridade com 8%,

local de residência com 4%, outras dificuldades com 16%. (Tabela 28, Gráfico 27).

Tabela 28 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo dificuldade para conseguir trabalho

Dificuldades para conseguir trabalho Freqüência % *

Não tenho profissão definida 8 32,0

Pouca oferta de trabalho 7 28,0

Não encontro(ei) dificuldade 3 12,0

Baixa escolaridade 2 8,0

Local de residência 1 4,0

Pouco conhecimento em informática - -

Outro 4 16,0

Total 25 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

12,0%

32,0%

4,0%8,0%

28,0%

16,0%Não encontro(ei) dificuldade

Não tenho profissão definida

Local de residência

Baixa escolaridade

Pouca oferta de trabalho

Outro

Gráfico 27 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo

dificuldade para conseguir emprego

114

4.2.2.2. Por que Resolveu Fazer o Curso

O apredizado da informática concentra 62,0% dos alunos formados – ex-

beneficiários pesquisados, seguido da questão para conseguir emprego com

16,0% dos pesquisados, 12,0% fazem o curso por que gostam de informática,

8,0% optaram pelo curso para adquirir conhecimentos de cidadania, seguido de

2,0% que escolheram o curso por sugestão dos pais (Tabela 29, Gráfico 28).

Há de se destacar que 8,0% dos pesquisados optaram pelo curso para

obter conhecimento de cidadania, o que representa um baixo índice levando-se

em consideração de que nesse curso a ferramenta computacional é o instrumento

para que os alunos, de forma lúdica, contemplem as reflexões sobre cidadania.

Tabela 29 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo opção pela escolha do curso

Porque resolveu fazer o curso? Freqüência %*

Porque é muito importante aprender informática 31 62,0

Para conseguir emprego 8 16,0

Gosta de informática 6 12,0

Obter conhecimentos de cidadania 4 8,0

Por sugestão dos pais 1 2,0

Para ocupar o tempo - -

Porque a comunidade ofereceu - -

Total 50 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

12,0%

8,0%2,0%

16,0%62,0%

Gosta de informática

Obter conhecimentos de cidadania

Por sugestão dos pais

Para conseguir emprego

Porque é muito importante aprender informática

Gráfico 28 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo

opção pela escolha do curso.

115

4.2.2.3. O Curso e a Vida Escolar

Com base na Tabela 30 observamos (somando-se o percentual total das

observações) que 52,3% dos alunos formados ex-beneficiários estavam cursando

o ensino fundamental e 48,2% estavam cursando o ensino médio.

Tabela 30 - Distribuição da idade dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a escolaridade

Última série que frequentou os estudos?

Ensino Fundamental (%)* Ensino Médio (%)* Total

Faixa Etária 1a 3a 6a 8a 1a 2a 3a (%)

8 |– 10 0,0 100 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100

10 |– 12 0,0 100 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100

12 |– 14 0,0 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100

14 |– 16 0,0 0,0 0,0 66,7 33,3 0,0 0,0 100

16 |– 18 12,5 0,0 0,0 0,0 37,5 25,0 25,0 100

18 |– 20 0,0 0,0 0,0 25,0 25,0 50,0 0,0 100

20 |– 42 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 30,0 70,0 100

% Total 2,3 40,9 2,3 6,8 11,4 15,9 20,5 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação aos elementos das linhas e ao total de observações.

116

No que tange a vida escolar dos alunos pesquisados, observamos que

54,8% deles já estudavam, 42,9% precisavam estar estudando para fazer o curso

e 2,4% haviam parado de estudar antes de iniciar o curso (Tabela 31, Gráfico 29).

Tabela 31 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: O curso e sua vida escolar?

O curso e sua vida escolar? Freqüência %*

Você já estudava antes de iniciar o curso 23 54,8

Você precisava estar estudando para fazer o curso 18 42,9

Você parou de estudar antes de iniciar o curso 1 2,4

Você voltou a estudar durante o curso - -

Você parou de estudar durante o curso - -

Total 42 100 Fonte: Coordenação das EICs/ PRODEB, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

42,9%

2,4%

54,8%

Voce precisava estar estudando para fazer o curso

voce parou de estudar antes de iniciar o curso

voce já estudava antes de iniciar o curso

Gráfico 29 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo questão: o

curso e sua vida escolar?

117

4.2.2.4. O Curso e a Vida Profissional

No que tange a vida profissional dos alunos, constatamos que 76,9% dos

pesquisados estavam procurando trabalho, 19,2% trabalhavam antes de iniciar o

curso e 3,8% não estavam procurando trabalho (Tabela 32, Gráfico 30).

Tabela 32 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: O curso e sua vida profissional?

O curso e sua vida profissional Freqüência %*

Você está procurando trabalho 20 76,9

Você já trabalhava antes de iniciar o curso 5 19,2

Você não está procurando trabalho 1 3,8

Você já tem um trabalho em vista - -

Você começou a trabalhar durante o curso - -

Total 26 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

19,2%

3,8%

76,9%

Voce já trabalhava antes de iniciar o curso

voce não está procurando trabalho

voce está procurando trabalho

Gráfico 30 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo questão: o

curso e sua vida profissional?

118

A Tabela 33 (percentual calculado em relação ao número de elementos da

coluna) mostra que, 62,5% dos indivíduos que estão entre 16-18 anos que

apresentaram dificuldades para conseguir trabalho alegam não ter uma profissão

definida, seguido da baixa escolaridade com 50% entre 16-18 e 18-20 anos. Para

aqueles que estão acima desta faixa etária 57% atribuíram a pouca oferta de

trabalho e 50% a baixa escolaridade como dificuldades para conseguir emprego.

Tabela 33 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo faixa etária, as dificuldades para conseguir emprego

Quais as dificuldades que encontra para conseguir trabalho?*

Faixa etária

Não encontro(ei) dificuldade

Não tenho profissão definida

Local de residência

Baixa escolaridade

Pouca oferta de trabalho

Outro

N=3 N=8 N=1 N=2 N=7 N=4

8 |– 10 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

10 |– 12 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

12 |– 14 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

14 |– 16 0,0 0,0 0,0 0,0 14,3 25,0

16 |– 18 0,0 62,5 0,0 50,0 14,3 50,0

18 |– 20 33,3 12,5 0,0 50,0 14,3 0,0

20 |– 42 66,7 25,0 100 0,0 57,1 25,0

Total 100 100 100 100 100 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Percentual calculado em relação ao número de obs. das colunas

119

4.2.2.5. A Importância do Curso

Constatamos que em 95,5% dos pesquisados alguma mudança ocorreu,

contra 4,5% que disseram nada ter acontecido (Tabela 34, Gráfico 31).

Tabela 34 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: O curso mudou alguma coisa em sua vida?

O curso mudou alguma coisa em sua vida? Freqüência %

Sim 42 95,5

Não 2 4,5

Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

95,5%

4,5%Sim

Não

Gráfico 31 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários

segundo questão: O curso mudou alguma coisa em sua vida?

120

Observamos que as seguintes mudanças ocorreram entre os alunos

pesquisados : 56,3% descobriram novos interesses e habilidades, 18,8%

encontraram novos amigos, 12,52% ocuparam o tempo livre, 7,8% obtiveram

novas oportunidades de trabalho, 3,1% responderam ter encontrado um caminho

profissional (Tabela 35, Gráfico 32).

Tabela 35 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: Quais mudanças ocorreram em sua vida?

Mudanças ocorridas pelo curso em sua vida? Freqüência %*

Descobriu novos interesses e habilidades 36 56,3

Novos amigos 12 18,8

Ocupou o tempo livre 8 12,5

Obteve novas oportunidades de trabalho 5 7,8

Encontrou um caminho profissional 2 3,1

Começou a trabalhar - -

Voltou a estudar - -

Mudou de função no trabalho - -

Outro 1 1,6

Total 64 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

18,8%

12,5%

7,8%3,1%

56,3%

1,6%Novos amigos

ocupou o tempo livre

obteve novas oportunidades de trabalho

encontrou um caminho profissional

descobriu novos interesses e habilidades

Outro

Gráfico 32 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo

questão: Quais mudanças ocorreram em sua vida?

121

4.2.2.6. Dificuldades Encontradas para Aproveitar o Curso

Constatamos que em 50% dos indivíduos pesquisados foi apresentado

algum tipo de dificuldade para o melhor aproveitamento do curso, os 50%

restantes não demonstraram ter encontrado dificuldade (Tabela 36, Gráfico 33).

Tabela 36 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: Encontrou dificuldades para aproveitar melhor o curso?

Encontrou dificuldades para aproveitar o curso? Freqüência %

Sim 22 50,0

Não 22 50,0

Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

50,0%50,0%

Sim

Não

Gráfico 33 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo

questão: Encontrou dificuldades para aproveitar melhor o curso?

122

Observamos que 32,2% dos pesquisados informaram que o espaço de

tempo entre as aulas é muito grande, 28,8% que poucos equipamentos dificultam

o aprendizado, 28,8% o pouco tempo de aula contribuiu para o baixo

aproveitamento do curso, seguido dos demais casos como: equipamentos com

defeito com 3,4%, turma muito desigual com 1,7%, freqüência irregular do

instrutor com 1,7%, 1,7% não entendia as aulas e outros casos não especificados

com 1,7% (Tabela 37, Gráfico 34).

Tabela 37 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: Quais as dificuldades para aproveitar melhor o curso?

Dificuldades para aproveitar melhor o curso Freqüência %*

Espaço de tempo entre as aulas muito grande 19 32,2

Poucos equipamentos 17 28,8

Pouco tempo de aula (horário reduzido) 17 28,8

Equipamentos com defeito 2 3,4

Turma muito desigual 1 1,7

Não entendia as aulas 1 1,7

Freqüência irregular do instrutor 1 1,7

Faltava preparo do instrutor - -

Poucas aulas práticas - -

Começou a trabalhar - -

Outro 1 1,7

Total 59 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

1,7%1,7%

28,8%

28,8%3,4%1,7%

32,2%

1,7%Turma muito desigual

não entendia as aulas

poucos equipamentos

pouco tempo de aula(horário reduzido)

equipamentos com defeito

frequência irregular do instrutor

espaço de tempo entre as aulas muito grande

Outro

Gráfico 34 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo

questão: Quais as dificuldades para aproveitar melhor o curso?

123

4.2.2.7. Avaliação do Curso

Mediante o estudo diagnóstico, um dos objetivos desse trabalho é propor

correções de rumo para o Projeto Alfabetização Digital, traçando novos planos de

ação visando aumentar a efetividade e propiciar a perenidade do projeto.

Dessa forma, foi solicitado aos alunos formados - ex-beneficiários que

avaliassem o curso, no que tange aos seguintes itens: horário do curso, duração

das aulas, instalação da sala de aula, equipamentos de informática, apostilas,

método de ensino, instrutor, relacionamento com o instrutor e relacionamento com

os colegas.

Observamos que 58,1% dos individuos conceituaram o item horário do

curso como bom, 39,5% como ótimo e apenas 2,3% conceituaram como regular

ou péssimo (Tabela 38, Gráfico 35).

Constatamos que o horário do curso considerado em sua maioria como

bom e ótimo deve-se ao fato de que a definição do mesmo é baseda em análise

prévia da possibilidade dos alunos que se interessam pelo curso, conciliando com

a disponibilidade do Instrutor Voluntário e com o funcionamento da instituição ou

empresa a qual pertence e dessa forma procurando oferecer benefícios sempre

alinhados ao interesse da comunidade.

124

Tabela 38 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item horário do curso

Horário do curso Freqüência %*

Bom 25 58,1

Ótimo 17 39,5

Regular 1 2,3

Péssimo - -

Ruim - -

Total 43 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

39.5%

58.1%

2.3%Ótimo

Bom

Regular

Gráfico 35 - Distribuição das respostas dos alunos formados - aluno formado - ex-

beneficiários segundo item horário do curso

Observamos que 40,9% dos indivíduos classificaram a duração das aulas

como ruim, 36,4% como bom, 15,9% como ótimo e 6,8% como regular (Tabela

39, Gráfico 36).

De posse dos questionários respondidos, percebe-se que o maior

percentual para o conceito ruim atribuído à duração das aulas, foi dado pelos

alunos formados da EIC Lar Harmonia – Escola Allan Kardec por se tratar de uma

turma de 25 alunos para 05 computadores. Sendo assim, os instrutores

voluntários utilizaram a estratégia de dividir a turma em duas e reduzir a duração

de aula para atender a todos e mesmo dessa foram gerou insatisfação.

Podemos perceber que 52,3% dos pesquisados conceituaram a duração

das aulas como bom e ótimo contra um percentual de 47,7% como ruim e regular,

125

o que nos leva a deduzir que em sua maioria esse item atendeu positivamente às

expectativas dos alunos.

Tabela 39 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item duração das aulas

Duração das aulas Freqüência %*

Ruim 18 40,9

Bom 16 36,4

Ótimo 7 15,9

Regular 3 6,8

Péssimo - -

Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

15,9%

36,4%

6,8%

40,9%

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Gráfico 36 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-

beneficiários segundo item duração das aulas.

126

Observamos que 38,6% dos indivíduos classificaram o item instalação da

sala de aula como péssimo, 29,5% como ótimo, 20,5% como bom, 9,1% como

regular e 2,3% como ruim (Tabela 40, Gráfico 37).

Tabela 40 - Distribuição das respostas dos alunos formados – ex-beneficiários segundo item instalação da sala de aula

Instalação da sala de aula Freqüência %*

Péssimo 17 38,6

Ótimo 13 29,5

Bom 9 20,5

Regular 4 9,1

Ruim 1 2,3

Total 44 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

29,5%

20,5%9,1%

2,3%

38,6%Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Gráfico 37 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-

beneficiários segundo item instalação da sala de aula.

Observamos que 42,5% dos indivíduos classificaram como ruim o item

equipamentos de informática, 27% como ótimo, 20% como bom e 10% como

regular (Tabela 41, Gráfico 38).

Considerando que os equipamentos de informática são oriundos de

doações, temos o conhecimento de que se tratam de equipamento usados e

obsoletos e sendo assim são suscetíveis a constantes defeitos, não têm uma boa

performance, o que justifica 42,5% das respostas conceituando esse item como

ruim. É pertinente ressaltar que, a manutencão de hardware é de competência da

Coordenação da EIC. Portanto, faz-se necessário que os mesmos devam receber

127

manutenção preventiva, ser inspecionandos com freqüência, principlamente em

dias de aula para que o curso não tenha seu funcionamento comprometido, uma

vez que o computador é utilizado maciçamente como ferramenta de trabalho.

Tabela 41 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item equipamentos de informática

Equipamentos de informática Freqüência %*

Ruim 17 42,5

Ótimo 11 27,0

Bom 8 20,0

Regular 4 10,0

Péssimo - -

Total 40 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

26,2%

19,0%

14,3%

40,5%

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Gráfico 38 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-

beneficiários segundo item equipamentos de informática.

128

Observamos que 73,1% dos entrevistados classificaram o item apostilas

como ótimo, 26,9% como bom (Tabela 42, Gráfico 39).

Tabela 42 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item apostilas

Apostilas Freqüência %*

Ótimo 19 73,1

Bom 7 26,9

Ruim - -

Regular - -

Péssimo - -

Total 26 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

70,4%

25,9%

3,7%Ótimo

Bom

Ruim

Gráfico 39 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-

beneficiários segundo item apostilas.

129

Observamos que, 83,7% dos individuos classificaram o item método de

ensino como ótimo 16,3% como bom (Tabela 43, Gráfico 40).

Tabela 43 - Distribuição das respostas dos alunos formados – ex-beneficiários segundo item método de ensino

Método de ensino Freqüência %*

Ótimo 36 83,7

Bom 7 16,3

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 43 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

83,7%

16,3%Ótimo

Bom

Gráfico 40 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-

beneficiários segundo item método de ensino.

130

Observamos que 92,6% dos indivíduos conceituaram o item instrutor como

ótimo, 7,1% como bom (Tabela 44, Gráfico 41).

Tabela 44 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item instrutor

Instrutor Freqüência %*

Ótimo 39 92,6

Bom 3 7,1

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 42 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

83,7%

16,3%Ótimo

Bom

Gráfico 41 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-

beneficiários segundo item instrutor

131

Observamos que 86,0% dos indivíduos classificaram o item relacionamento

com o instrutor como ótimo e 14,0% como bom (Tabela 45, Gráfico 42).

Tabela 45 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo ítem relacionamento com o instrutor

Relacionamento com o instrutor Freqüência %*

Ótimo 37 86,0

Bom 6 14,0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 43 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

86,0%

14,0%Ótimo

Bom

Gráfico 42 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-

beneficiários segundo item relacionamento com o instrutor.

132

Observamos que 46,3% dos alunos pesquisados conceituaram o item

relacionamento com os colegas como regular, 41,5% como ótimo e 12,2% como

bom (Tabela 46, Gráfico 43).

Tabela 46 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item relacionamento com o os colegas.

Relacionamento com os colegas Freqüência %*

Regular 19 46,3

Ótimo 17 41,5

Bom 5 12,2

Ruim - -

Péssimo - -

Total 41 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

41,5%

12,2%

46,3%

Ótimo

Bom

Regular

Gráfico 43 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários

segundo item relacionamento com os colegas.

133

4.2.2.8. Sugestão de Melhorias para o Curso

Em decorrência da conceituação regular, ruim ou péssimo para os itens

abordados na questão acima, foi solicitado aos alunos pesquisados que

sugerissem melhorias para esses itens visando corrigir e alinhar os propósitos do

curso de informática e cidadania aos objetivos do Projeto de Alfabetização Digital.

Diante dos questionários respondidos, identificamos que um aluno sugeriu

que horário ideal do curso seria o turno vespertino (Tabela 47).

Tabela 47 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item horário do curso

Horário do curso Freqüência %*

Vespertino 1 100

Noturno - -

Matutino - -

Outra sugestão - -

Total 1 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

134

O item duração das aulas para 90,0% dos alunos formados - ex-

beneficiários que sugeriram mudança, deveria ser de 2h/dia, para 5,0% dos

pesquisados 4h/dia e 5,0% para 3h/dia (Tabela 48, Gráfico 44).

Tabela 48 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item duração das aulas

Duração das aulas Freqüência %*

2h/dia 18 90,0

4h/dia 1 5,0

3h/dia 1 5,0

Outra sugestão - -

Total 20 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

90.0%

5.0%5.0%2h/dia

3h/dia

4h/dia

Gráfico 44 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-

beneficiários segundo item duração das aulas.

O item instalação da sala de aula para 37,5% dos alunos formados - ex-

beneficiários sugeriram aumentar o tamanho, 32,1% melhorar iluminação, 30,4%

melhorar ventilação (Tabela 49, Gráfico 45).

Mediante as visitas realizadas nas EICs, as sugestões dos alunos têm

procedência e devem ser levadas em consideração uma vez que esses aspectos

interferem no aprendizado e também na transferência do conhecimento uma vez

que esses aspectos, também, foram abordados pelos instrutores voluntários.

135

Tabela 49 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo item instalação da sala de aula

Instalação da sala de aula Freqüência %*

Aumentar tamanho 21 37,5

Melhorar iluminação 18 32,1

Melhorar ventilação 17 30,4

Outra sugestão - -

Total 56 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

37.5%

32.1%

30.4% Aumentar tamanho

melhorar iluminação

melhorar ventilação

Gráfico 45 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários

segundo item instalação da sala de aula.

Quanto ao item equipamentos de informática foi sugerido por 35,8% dos

pesquisados que deveria ter um computador por aluno, 32,1% sugeriram que todos

os equipamentos estivessem funcionando, 30,2% sugeriram equipamentos com

acesso à Internet e 1,9% apresentaram outras sugestões (Tabela 50, Gráfico 46).

136

Tabela 50 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo ítem equipamentos de informática

Equipamentos de informática Freqüência %*

Ter um computador por aluno 19 35,8

Manter todos os equipamentos funcionando 17 32,1

Equipamento com acesso a Internet 16 30,2

Outra sugestão 1 1,9

Total 53 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

35.8%

32.1%

30.2%

1.9%Ter um computador por aluno

manter todos os equipamentos funcionando

Equipamento com acesso a Internet

Outro

Gráfico 46 - Distribuição das sugestões dos alunos formados - ex-beneficiários segundo

item equipamento de informática.

Quanto a questão – Recomenda esse curso para alguém? 97,6% dos

alunos formados - ex-beneficiários responderam que sim, seguido de 2,4%

responderam não (Tabela 51, Gráfico 47).

Nessa análise, podemos averiguar que quase na totalidade das respostas

obtidas para essa questão os alunos formados recomendam o curso para alguém,

o que denota uma grande aceitação do mesmo.

Convém salientar que, mediante os questionários respondidos aqueles

alunos que não recomendam o curso para alguém referem-se aos que tiveram

dificuldades no aprendizado do curso de informática e decorrentes de deficiência

no aprendizado convencional, cuja informação foi obtida nos questionários

respondidos pelos instrutores e ex-intrutores.

137

Tabela 51 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo a questão: Recomenda esse curso para alguém?

Recomenda esse curso para alguém? Freqüência %

Sim 41 97,6

Não 1 2,4

Total 42 100 Fonte: Coordenação das EICs/PRODEB.

97,6%

2,4%Sim

Não

Gráfico 47 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários

segundo a questão: Recomenda esse curso para alguém?

Segundo os alunos formados - ex-beneficiários que responderam sim a

questão – Recomenda esse curso para alguém? os motivos e os percentuais que

levaram os alunos pesquisados a sugerir o curso foram: qualidade do curso com

42,9%, capacitação profissional com 25%, oportunidade de trabalho com 10,7%,

qualificação do instrutor com 10,7%, gratuidade do curso com 3,6%, crescimento

profissional com 1,8%, comodidade com 1,8%, cidadania com 1,8%, crescimento

na educação formal com 1,8% como podemos observar na Tabela 52, Gráfico 48.

Diante dos motivos que os alunos recomendam o curso de informática e

cidadania para alguém, faz-nos observar que essas recomendações são

convergentes com os objetivos das EICs e com os objetivos do Projeto

Alfabetização Digital, dessa forma sinalizando a importância quanto à perenidade

desse projeto frente às exigências do mercado de trabalho.

138

Tabela 52 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários segundo o motivo o que levaram a sugerir o curso para alguém

Motivos que o levaram a sugerir o curso

Freqüência %*

Qualidade do curso 24 42,9

Capacitação profissional 14 25,0

Oportunidade de trabalho 6 10,7

Qualificação do instrutor 6 10,7

Gratuidade do curso 2 3,6

Crescimento profissional 1 1,8

Comodidade 1 1,8

Cidadania 1 1,8

Crescimento na educação formal 1 1,8

Total 56 100 Fonte: PRODEB, Salvador-BA. 2003

* Os percentuais foram são calculados em relação ao número de citações.

24%

11%

2%

4%42%

11%

2%

2%2%

Capacitação Profissional

Oportunidade trabalho

Crescimento Profissional

Gratuidade do curso

Qualidade do curso

Qualificação do instrutor

Comodidade

Cidadania

Crescimento na educ.formal

Gráfico 48 - Distribuição das respostas dos alunos formados - ex-beneficiários

segundo motivos o que levaram a sugerir o curso para alguém.

139

4.2.3. INSTRUTORES VOLUNTÁRIOS

Os instrutores voluntários do projeto são empregados da Prodeb e

Siemens, profissionais com formação acadêmica média e superior, oriundos da

área técnica e administrativa da empresa, com perfil e interesse em trabalhos

comunitários não remunerados, que espontaneamente manifestem a vontade de

participar de programas de desenvolvimento e fortalecimento de equipes de

trabalho, tornando-se agentes multiplicadores do processo de aprendizagem.

O CDI , OGN parceira da Prodeb, capacita os colaboradores (empregados)

no intuito de desenvolverem competências interpessoais, técnicas pedagógicas e

aspectos de cidadania imprescindíveis ao desenvolvimento e execução do

trabalho voluntário comunitário.

A metodologia aplicada é participativa e de forma que os participantes se

tornem atores e autores do seu próprio processo de investigação, utilizando-se

para isso técnicas pedagógicas de dinâmica de grupo, leitura, discussão de texto

e adoção de recursos proporcionados pela tecnologia da informação disponível.

Apresentamos, a seguir, a distribuição dos questionários segundo as EICs

(Tabela 53, Gráfico 49) onde constatamos que 50% dos instrutores pesquisados

são da EIC Prodeb, 33,33% são da EIC Lar Harmonia – Creche Escola Tereza

Cristina e 16,7% são da EIC UNEB.

140

Tabela 53 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo a EIC

Escola de Informática e Cidadania (EIC)

Freqüência %

Prodeb 3 50,0

Lar Harmonia Tereza Cristina 2 33,3

UNEB 1 16,7

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%

16.7%

33.3%Prodeb

Uneb

Lar Harmonia Tereza Cristina

Gráfico 49 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo a EIC.

141

4.2.3.1. Perfil dos Instrutores Voluntários

Quanto à motivação dos instrutores de participar como voluntários do

Projeto Alfabetização Digital observamos que 50% responderam exercer

cidadania, 12,5% porque a metodologia do curso contempla informática e

cidadania e 12,5% por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital

(Tabela 54 e Gráfico 50).

Auxiliar o próximo foi outra motivação, que fizeram 25% dos instrutores a

participarem do projeto.

Tabela 54 - Distribuição dos instrutores voluntários segundo a motivação em participar do projeto

Motivação a participar do projeto Freqüência %*

Para exercer cidadania 4 50,0

Por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital

1 12,5

Porque a metodologia do curso contempla informática e cidadania

1 12,5

Para dar aulas de cidadania - -

Para dar aulas de informática - -

Outro 2 25,0

Total 8 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%

12.5%

12.5%

25.0% para exercer cidadania

por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital

porque a metodologia do curso contempla informática e cidadania

outro

Gráfico 50 - Percentual dos instrutores voluntários segundo a motivação em participar do projeto.

Segundo todos os instrutores voluntários, as aulas de cidadania refletem

sobre a realidade dos alunos matriculados na EIC em que eles trabalhavam.

142

4.2.3.2. Dificuldades Encontradas para Conduzir o Curso

Observamos que 83,3% dos instrutores voluntários encontravam

dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula e 16,7% não

encontravam nenhum tipo de dificuldade (Tabela 55, Gráfico 51).

Tabela 55 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo a questão: Encontrava dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula?

Encontrava dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula

Freqüência %

Sim 5 83,3

Não 1 16,7

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

83.3%

16.7%sim

não

Gráfico 51 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo a questão:

Encontrava dificuldade para conduzir os trabalhos em sala de aula?

Constatamos que as maiores dificuldades encontradas para conduzir os

trabalhos em sala de aula são: faixa etária desigual (14,3%), falta de maturidade

do aluno em relação ao objetivo do curso (14,3%), freqüência irregular dos alunos

(14,3%), grau de escolaridade desigual (7,1%), problema de conduta dos alunos

(7,1%), nível de escolaridade incompatível com o curso (7,1%), equipamentos

com defeitos (7,1%), poucos equipamentos (7,1%), pouco tempo de aula (7,1%),

espaço de tempo entre as aulas muito grande (7,1%) (Tabela 55 e Gráfico 51).

143

Outra dificuldade encontrada para conduzir os trabalhos foi o nivelamento da

turma (7,1%).

Tabela 56 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as dificuldades encontradas para conduzir os trabalhos em sala de aula

Dificuldades para conduzir os trabalhos Freqüência %*

Faixa etária desigual 2 14,3

Falta de maturidade do aluno em relação ao objetivo do curso

2 14,3

Frequência irregular dos alunos 2 14,3

Grau de escolaridade desigual 1 7,1

Problema de conduta dos alunos 1 7,1

Nível de escolaridade incompatível com o curso 1 7,1

Equipamentos com defeito 1 7,1

Poucos equipamentos 1 7,1

Pouco tempo de aula (horário reduzido) 1 7,1

Espaço de tempo entre as aulas muito grande 1 7,1

Poucas aulas práticas - -

Alunos desmotivados - -

Outros 1 7,1

Total 14 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

7.1%

14.3%

7.1%

14.3%

7.1%7.1%7.1%

14.3%

7.1%

7.1%7.1%

grau de escolaridade desigual

faixa etária desigual

problema de conduta dos alunos

falta de maturidade do aluno em relação ao objetivo do curso

nível de escolaridade incompatível com o curso

equipamentos com defeito

poucos equipamentos

frequência irregular dos alunos

pouco tempo de aula (horário reduzido)

espaço de tempo entre as aulas muito grande

outro

Gráfico 52 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as dificuldades

encontradas para conduzir os trabalhos em sala de aula.

144

4.2.3.3. Barreiras

Observamos que nenhum dos instrutores voluntários enfrentaram barreiras

com a coordenação do projeto - Prodeb.

Quanto as barreiras em relação a coordenação da EIC, 50% responderam

desligamento da turma e os 50% restantes indefinição dos papéis da

coordenação PRODEB e coordenação EIC (Tabela 57, Gráfico 53).

Tabela 57 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as barreiras enfrentadas em relação aos alunos

Barreiras enfrentadas em relação a coordenação da EIC

Freqüência %*

Desligamento do coordenador 1 50,0

Indefinição dos papéis da coordenação PRODEB e coordenação EIC

1 50,0

Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

Desligamento do coordenador

Indefinição dos papéis da coordenação PRODEB e coordenação EIC

Gráfico 53 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as barreiras

enfrentadas em relação a coordenação da EIC.

145

Quanto as barreiras em relação aos alunos, 50% responderam dificuldade

relacionadas a alfabetização e os 50% restantes dificuldades em aplicar a

metodologia do CDI (Tabela 58, Gráfico 54).

Tabela 58 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as barreiras enfrentadas em relação aos alunos

Barreiras enfrentadas em relação aos alunos Freqüência %*

Dificuldades relacionadas à alfabetização 1 50,0

Dificuldades em aplicar a metodologia do CDI 1 50,0

Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

Dificuldades relacionadas a alfabetização

Dificuldades em aplicar a metodologia do CDI

Gráfico 54 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as barreiras

enfrentadas em relação aos alunos.

146

4.2.3.4. Vantagens e Desvantagens

Observamos que em relação as vantagens relacionadas ao Projeto de

Alfabetização Digital, 25% dos instrutores voluntários responderam formação

profissional, 25% responderam formação do caráter do aluno, 12,5%

responderam uso da metodologia aplicada em outros Estados, 12,5%

responderam realização pessoal, 12,5% responderam interesse dos alunos em

aprender e 12,5% auxiliar a comunidade (Tabela 59, Gráfico 55).

Tabela 59 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as vantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital

Vantagens relacionadas ao Projeto Freqüência %*

Formação Profissional 2 25,0

Formação do caráter do aluno 2 25,0

Uso de Metodologia aplicada em outros Estados 1 12,5

Realização pessoal 1 12,5

Alunos interessados em aprender 1 12,5

Auxiliar a comunidade 1 12,5

Total 8 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

25.0%

25.0%12.5%

12.5%

12.5%

12.5%Formação do caráter do aluno

Formação Profissional

Uso de Metodologia aplicada em outros estados

Realização pessoal

Alunos interessados em aprender

Auxiliar a comunidade

Gráfico 55 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as vantagens

relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital.

147

Observamos que em relação as desvantagens relacionadas ao Projeto de

Alfabetização Digital, 50% dos instrutores voluntários responderam carga horária

das aulas e os 50% restantes responderam grande espaço de tempo entre as

aulas (Tabela 60, Gráfico 56).

Tabela 60 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo as desvantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital

Desvantagens relacionadas ao Projeto Freqüência %*

Carga horária das aulas 1 50,0

Grande espaço de tempo entre as aulas 1 50,0

Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

Carga horária das aulas

Longo tempo entre uma aula e outra

Gráfico 56 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo as

desvantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital.

148

4.2.3.5. Resultados Obtidos ao Atuar no Projeto

Dos resultados obtidos que os instrutores voluntários obtiveram ao atuar no

projeto, 30% responderam satisfação em auxiliar a comunidade, 20%

responderam cidadania, 20% contribuir com o processo de inclusão social, 10%

troca de idéias, 10% desenvolvimento psico-pedagógico e 10% qualificação

intelectual e social (Tabela 61, Gráfico 57).

Tabela 61 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo os resultados obtidos ao atuarem no Projeto de Alfabetização Digital

Resultados obtidos ao atuarem no Projeto Freqüência %*

Satisfação em auxiliar a comunidade 3 30,0

Contribuir com o processo de inclusão social 2 20,0

Cidadania 2 20,0

Troca de idéias 1 10,0

Desenvolvimento psico-pedagógico 1 10,0

Qualificação intelectual e social 1 10,0

Total 10 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

10.0%

10.0%

10.0%

20.0%30.0%

20.0% Troca de idéias

Desenvolvimento psico-pedagógico

Qualificação intelectual e social

Cidadania

Satisfação em auxiliar a comunidade

Contribuir com o processo de inclusão social

Gráfico 57 - Percentual das respostas dos instrutores voluntários segundo os resultados

obtidos ao atuar no Projeto de Alfabetização Digital.

149

4.2.3.6. Avaliação do Curso

Como um dos objetivos do projeto é a correção de rumos aumentando assim a

eficácia e o fortalecimento do projeto, foi solicitado aos instrutores voluntários que

avaliassem o curso sob o seu ponto de vista no que tange aos seguintes itens: curso

de Instrutor – CDI, duração do curso de Instrutor, modelo de EIC, horário do curso,

duração das aulas, duração do curso, instalação da sala de aula, equipamentos de

informática, apostilas, método de ensino, relacionamento com a coordenação do

Projeto-Prodeb, relacionamento com a coordenação da EIC, relacionamento com os

alunos e relacionamento com os demais instrutores.

Observamos que 66,7% dos instrutores voluntários classificaram o item

curso de instrutor – CDI como bom, 16,7% como ótimo e 16,7% como regular

(Tabela 62, Gráfico 58).

Tabela 62 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item curso de instrutor – CDI

Curso de Instrutor - CDI Freqüência %

Bom 4 66,7

Ótimo 1 16,7

Regular 1 16,7

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

16.7%

66.7%

16.7%ótimo

bom

regular

Gráfico 58 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o curso

de instrutor - CDI.

150

Observamos que 66,7% dos instrutores voluntários classificaram o item

duração do curso de instrutor – CDI como bom e 33,3% como regular (Tabela 63,

Gráfico 59).

Tabela 63 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo ítem duração do curso de instrutor – CDI

Duração do curso de instrutor - CDI Freqüência %

Bom 4 66,7

Regular 2 33,3

Ótimo - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

66.7%

33.3%bom

regular

Gráfico 59 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo a

duração do curso de instrutor - CDI.

151

Observamos que 50% dos instrutores voluntários classificaram o item

modelo da EIC como ótimo e 50% como bom (Tabela 64, Gráfico 60).

Tabela 64 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item modelo da EIC

Modelo da EIC Freqüência %*

Ótimo 3 50,0

Bom 3 50,0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

ótimo

bom

Gráfico 60 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o item

modelo da EIC.

152

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item horário do curso

como bom, 33,3% como regular e 16,7% como ótimo(Tabela 65, Gráfico 61).

Tabela 65 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item horário do curso

Horário do curso Freqüência %

Bom 3 50,0

Regular 2 33,3

Ótimo 1 16,7

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

16.7%

50.0%

33.3%ótimo

bom

regular

Gráfico 61 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o

horário do curso.

153

Observamos que 66,7% dos indivíduos classificaram o item duração das

aulas como bom, 16,7% como ótimo e 16,7% como regular (Tabela 66, Gráfico 62).

Tabela 66 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item duração das aulas

Duração das aulas Freqüência %

Bom 4 66,7

Ótimo 1 16,7

Regular 1 16,7

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

16.7%

66.7%

16.7%ótimo

bom

regular

Gráfico 62 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo a

duração do curso.

154

Observamos que 83,3% dos indivíduos classificaram o item duração do

curso como bom e 16,7% como ótimo (Tabela 67, Gráfico 63).

Tabela 67 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item duração do curso

Duração do curso Freqüência %

Bom 5 83,3

Ótimo 1 16,7

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

16.7%

83.3%

ótimo

bom

Gráfico 63 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo a

duração do curso.

155

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item instalação da

sala de informática como bom, 33,3% como ótimo e 16,7% deles como ruim

(Tabela 68, Gráfico 64).

Tabela 68 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática de informática

Instalação da sala de informática

Freqüência %

Bom 3 50,0

Ótimo 2 33,3

Ruim 1 16,7

Regular - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

50.0%

16.7%ótimo

bom

ruim

Gráfico 64 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo a

instalação da sala de informática.

156

Observamos que 83,3% dos indivíduos classificaram o item equipamentos

de informática como bom e 16,7% como ruim (Tabela 69, Gráfico 65).

Tabela 69 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática

Instalação da sala de informática

Freqüência %

Bom 5 83,3

Ruim 1 16,7

Regular - -

Ótimo - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

83.3%

16.7%bom

ruim

Gráfico 65 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo

os equipamentos de informática.

157

Observamos que 33,3% dos indivíduos classificaram o item apostilas como

ótimo, 33,3 como bom, 16,7% como regular e 16,7% como ruim (Tabela 70,

Gráfico 66).

Tabela 70 - Distribuição dos instrutores voluntários segundo item apostilas

Apostilas Freqüência %

Ótimo 2 33,3

Bom 2 33,3

Regular 1 16,7

Ruim 1 16,7

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

33.3%

16.7%

16.7%ótimo

bom

regular

ruim

Gráfico 66 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo

as apostilas.

158

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item método de ensino

como bom, 33,3% como ótimo e 16,7% como regular (Tabela 71, Gráfico 67).

Tabela 71 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo método de ensino

Método de ensino Freqüência %

Bom 3 50,0

Ótimo 2 33,3

Regular 1 16,7

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

50.0%

16.7%ótimo

bom

regular

Gráfico 67 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o

método de ensino do curso.

159

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento

com a coordenação do Projeto-Prodeb como ótimo, 33,3% como bom e 16,7%

como regular (Tabela 72, Gráfico 68).

Tabela 72 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com a coordenação do Projeto-Prodeb

Relacionamento com a coordenação da Prodeb

Freqüência %

Ótimo 3 50,0

Bom 2 33,3

Regular 1 16,7

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%

33.3%

16.7%ótimo

bom

regular

Gráfico 68 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o

relacionamento com a coordenação da Prodeb.

160

Observamos que 66,7% dos indivíduos classificaram o item relacionamento

com a coordenação da EIC como bom e 33,3% como ótimo (Tabela 73, Gráfico 69).

Tabela 73 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com a coordenação da EIC

Relacionamento com a coordenação da EIC

Freqüência %

Bom 4 66,7

Ótimo 2 33,3

Ruim - -

Regular - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

66.7%

ótimo

bom

Gráfico 69 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o

relacionamento com a coordenação da EIC.

161

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento

com os alunos como ótimo e 50% como bom (Tabela 74, Gráfico 70).

Tabela 74 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com os alunos

Relacionamento com os alunos Freqüência %

Ótimo 3 50,0

Bom 3 50,0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003. *Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

ótimo

bom

Gráfico 70 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o

relacionamento com os alunos.

162

Observamos que 66,7% dos indivíduos classificaram o item relacionamento

com os demais instrutores como bom e 33,3% como ótimo (Tabela 75, Gráfico 71).

Tabela 75 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com os demais instrutores

Relacionamento com os demais instrutores Freqüência %

Bom 4 66,7

Ótimo 2 33,3

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

66.7%

ótimo

bom

Gráfico 71 - Percentual da avaliação dos instrutores voluntários segundo o

relacionamento com os demais instrutores.

163

4.2.3.7. Sugestões para o Curso

Como alguns itens foram classificados como regular, ruim ou péssimo

pelos pesquisados, foi solicitado aos mesmos que sugerissem mudanças no

sentido de corrigir e alinhar o serviço oferecido a realidade daqueles que

realmente o utilizam.

Observamos que 50% dos pesquisados sugeriram que a duração do curso

de instrutor – CDI deveria ser de um mês e os 50% restantes que a duração

deveria ser de três meses (Tabela 76, Gráfico 72).

Tabela 76 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item duração do curso de instrutor – CDI

Duração do Curso de Instrutor - CDI Freqüência %*

1 mês 1 50,0

3 meses 1 50,0

2 meses - -

Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

1 mes

3 meses

Gráfico 72 - Percentual da sugestão dos instrutores voluntários segundo a

duração do curso de instrutor - CDI.

Todos os pesquisados sugeriram que o horário do curso deveria ser no

turno noturno.

Todos os pesquisados sugeriram que a duração das aulas deveria ser 2h/dia.

164

Segundo os pesquisados, o item instalação da sala de informática para

50% dos pesquisados deveria melhorar a ventilação (Tabela 77, Gráfico 73).

Outra sugestão deveria ter um local para guardar o material do curso.

Tabela 77 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática

Instalação da sala de informática Freqüência %*

Melhorar ventilação 1 50,0

Aumentar tamanho - -

Melhorar iluminação - -

Outros 1 50,0

Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

melhorar ventilação

outra

Gráfico 73 - Percentual da sugestão dos instrutores voluntários segundo a

instalação da sala de informática.

165

O item equipamentos de informática para 33,3% dos pesquisados deveria

ter um computador por aluno, para 33,3% manter todos os equipamentos

funcionando e para 33,3% acesso à internet. (Tabela 78, Gráfico 74).

Tabela 78 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática

Equipamentos de informática Freqüência %*

Ter um computador por aluno 1 33,3

Manter todos os equipamentos funcionando

1 33,3

Equipamento com acesso a internet 1 33,3

Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

33.3%

33.3%ter um computador por aluno

manter todos os equipamentos funcionando

equipamento com acesso a internet

Gráfico 74 - Percentual da sugestão dos instrutores voluntários segundo os equipamentos

de informática.

Para o item apostilas todos os pesquisados sugeriram que aumentasse

os exercícios.

Para o item método de ensino todos os pesquisados sugeriram que fosse

adaptado para cada EIC.

166

4.2.3.8. Ações para ser Implementadas no Projeto para

Consolidar a Parceria com os Instrutores

Para 60% dos instrutores voluntários existem ações que podem ser

implementadas no Projeto Alfabetização Digital com o próposito de consolidar a

parceria com os instrutores voluntários e para 40% não existem ações (Tabela 79,

Gráfico 75).

Tabela 79 - Distribuição dos instrutores voluntários segundo a questão: Existem ações que podem ser implementadas no Projeto e que tenham o propósito de consolidar a parceria com os instrutores

Existem ações a ser implementadas para consolidar a parceria com os instrutores

Freqüência %*

Não 3 60,0

Sim 2 40,0

Total 5 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

40.0%

60.0%

sim

não

Gráfico 75 - Percentual da sugestão dos Instrutores voluntários segundo a

questão: Existem ações a serem implementadas para consolidar a

parceria com os instrutores?

167

Das ações que poderão vir a ser implementadas no Projeto Alfabetização

Digital e que tenham como propósito consolidar a parceria com os instrutores

destacaram-se as seguintes: conscientizar o instrutor em relação ao trabalho

voluntariado (25%), manter vínculo de ex-instrutores com o projeto (25%), ações

concretas para atrair o voluntariado (25%), incentivar reuniões periódicas (25%)

(Tabela 80, Gráfico 76).

Tabela 80 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo as ações que podem ser implementadas no Projeto e que tenham o propósito de consolidar a parceria com os instrutores

Ações a ser implementadas para consolidar a parceria com os instrutores

Freqüência %*

Conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado

1 25,0

Manter vínculo de ex-instrutores com o projeto 1 25,0

Ações concretas para atrair o voluntariado 1 25,0

Incentivar reuniões periódicas 1 25,0

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

25.0%

25.0% 25.0%

25.0% Conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado Manter vínculo de ex-instrutores com projeto

Ações conctretas para atrair o voluntariado Incentivar reuniões periódicas

Gráfico 76 - Percentual da sugestão dos Instrutores voluntários segundo as ações a ser

implementadas para consolidar a parceria com os instrutores.

168

4.2.3.9. Recomendações para Atuação como Instrutor

Voluntário

Todos os instrutores voluntários recomendam aos seus colegas a atuarem

como instrutores voluntários do Projeto.

Das recomendações citadas para os colegas atuarem como instrutor

voluntário do Projeto destacaram-se: troca com os alunos é gratificante (37,5%),

ensinar é compensador (12,5%), divulgação do trabalho que desenvolve (12,5%),

ganhar novos amigos (12,5%), conhecer outra realidade e compartilhar (12,5%) e

gratificação em auxiliar (12,5%) (Tabela 81, Gráfico 77).

Tabela 81 - Distribuição dos instrutores voluntários segundo as recomendações para os colegas atuarem como instrutores voluntários no Projeto

Recomendações para os colegas atuarem como instrutor voluntário no Projeto

Freqüência %*

Troca com os alunos é gratificante 3 37,5

Ensinar é compensador 1 12,5

Divulgação do trabalho que desenvolve 1 12,5

Ganhar novos amigos 1 12,5

Conhecer outra realidade e compartilhar 1 12,5

Gratificação em auxiliar 1 12,5

Total 8 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

12.5%

12.5%

37.5%

12.5%

12.5%

12.5%Ensinar é compensador

Divulgando o trabalho que desenvolve

Troca com os alunos é gratificante

Ganhar novos amigos

Conhecer outra realidade e compartilhar

Gratificação em auxiliar

Gráfico 77 - Percentual dos Instrutores voluntários segundo as recomendações para os

colegas atuarem como instrutores voluntários no Projeto.

169

4.2.3.10. Ações a serem Implementadas no Projeto para

Fortalecer e Aproximar Cada Vez Mais o Projeto

do Cidadão

Quanto as ações que poderão ser implementadas com o próposito de

fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto Alfabetização Digital do Cidadão

destacaram-se: reuniões periódicas (30%), novas parcerias (20%), ampliação do

quadro de voluntários (10%), selecionar entre os alunos novos instrutores (10%),

ampliação do projeto (10%), treinamento e reciclagem (10%) e seminários

específicos (10%) (Tabela 82, Gráfico 78).

Tabela 82 - Distribuição das ações segundo os instrutores voluntários que podem ser implementadas com o próposito de fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto Alfabetização Digital do Cidadão

Ações a serem implementadas para fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto

Freqüência %*

Reuniões periódicas 3 30,0

Novas parcerias 2 20,0

Ampliação do quadro de voluntários 1 10,0

Selecionar entre os alunos novos instrutores 1 10,0

Ampliação do projeto 1 10,0

Treinamento de reciclagem 1 10,0

Seminários específicos 1 10,0

Total 10 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

28.6%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%Reuniões periódicas

Novas parcerias

Ampliação do quadro de voluntários

Ampliação do projeto

Envolver a comunidade através da publicidade

Criar uma sede própria para ministrar treinamentos aos voluntários

Gráfico 78 - Percentual dos Instrutores voluntários segundo as ações para fortalecer e

aproximar cada vez mais o Projeto.

170

4.2.4. EX-INSTRUTORES VOLUNTÁRIOS

Os ex-instrutores voluntários do projeto são empregados ou ex-empregados da

Prodeb e Siemens, profissionais com formação acadêmica média e superior, oriundos

da área técnica e administrativa da empresa, com perfil e interesse em trabalhos

comunitários e formação de grupos multiplicadores do conhecimento em comunidades

carentes de baixa renda no Município de Salvador-BA.

Atualmente não estão atuando no Projeto por motivos diversos, tais como:

falta de tempo, problemas de saúde, desligamento da empresa, bem como

interesse em outros projetos.

Apresentamos, abaixo, a distribuição dos questionários segundo as EICs

(Tabela 83, Gráfico 79) onde constatamos que em cada EIC foram levantadas

25% das informações para os ex-instrutores voluntários.

Tabela 83 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo a EIC

Escola de Informática e Cidadania (EIC)

Freqüência %

Lar Harmonia - Alan Kardec 1 25,0

Prodeb 1 25,0

UNEB 1 25,0

Lar Harmonia - Tereza Cristina 1 25,0

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% Prodeb

Uneb

Lar Harmonia Allan Kardec

Lafayete Coutinho

Gráfico 79 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo a EIC.

171

4.2.4.1. Perfil dos Ex-Instrutores Voluntários

Quanto à motivação dos ex-instrutores em participar como voluntários do

Projeto Alfabetização Digital, observamos que 28,6% responderam exercer

cidadania, 28,6% porque a metodologia do curso contempla informática e

cidadania, 14,3% para dar aulas de cidadania, 14,3% por ser comprometido com os

propósitos da inclusão digital e 14,3% por outros motivos (Tabela 84 e Gráfico 80).

O compartilhamento do conhecimento foi outra motivação, que fizeram

14,3% dos ex-instrutores voluntários a participarem do projeto.

Tabela 84 - Distribuição dos ex-instrutores voluntários segundo a motivação em participar do projeto

Motivação a participar do projeto Freqüência %*

Para exercer cidadania 2 28,6

Porque a metodologia do curso contempla informática e cidadania

2 28,6

Por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital

1 14,3

Para dar aulas de cidadania 1 14,3

Para dar aulas de informática - -

Outro 1 14,3

Total 7 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

28.6%

14.3%

14.3%

28.6%

14.3%para exercer cidadania

por ser comprometido com os propósitos da inclusão digital

para dar aulas de cidadania

porque a metodologia do curso contempla informática e cidadania

outro

Gráfico 80 - Percentual dos ex-instrutores voluntários segundo a motivação em participar do projeto.

172

Quanto ao desligamento do projeto, constatamos que 50% dos ex-

instrutores voluntários se desligaram por falta de tempo, 16,7% por problemas de

saúde, 16,7% por desligamento da empresa e 16,7% por interesses em outros

projetos (Tabela 85, Gráfico 81).

Tabela 85 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as causas do desligamento do projeto

Causas de desligamento do projeto

Freqüência %*

Falta de tempo 3 50,0

Problemas de saúde 1 16,7

Desligamento da empresa 1 16,7

Interesse em outros projetos 1 16,7

Total 6 100

Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

16.7%

16.7%

50.0%

16.7%Interesse em outros projetos

Problemas de saúde

Falta de tempo

Desligamento da empresa

Gráfico 81 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as causas

do desligamento do projeto.

Segundo todos os ex-instrutores voluntários, as aulas de cidadania refletem

sobre a realidade dos alunos matriculados na EIC em que eles trabalhavam.

173

4.2.4.2. Dificuldades Encontradas para Conduzir o Curso

Observamos que 75% dos ex-instrutores voluntários encontravam

dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula e 25% não encontravam

nenhum tipo de dificuldade (Tabela 86, Gráfico 82).

Tabela 86 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo a questão:

Encontrava dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula?

Encontrava dificuldades para conduzir os trabalhos em sala de aula

Freqüência %

Sim 3 75,0

Não 1 25,0

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

75.0%

25.0% sim

não

Gráfico 82 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários

segundo a questão: Encontrava dificuldade para conduzir os

trabalhos em sala de aula ?

174

Constatamos que as maiores dificuldades encontradas para conduzir os

trabalhos em sala de aula são: grau de escolaridade desigual (25%),

equipamentos com defeito (25%), faixa etária desigual (12,5%), nível de

escolaridade incompatível com o curso (12,5%), poucos equipamentos (12,5%)

(Tabela 87 e Gráfico 83). Outra dificuldade foi o baixo nível de escolaridade e

alunos não sabem escrever.

Tabela 87 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as dificuldades encontradas para conduzir os trabalhos em sala de aula

Dificuldades para conduzir os trabalhos Freqüência %*

Grau de escolaridade desigual 2 25,0

Equipamentos com defeito 2 25,0

Faixa etária desigual 1 12,5

Nível de escolaridade incompatível com o curso 1 12,5

Poucos equipamentos 1 12,5

Falta de maturidade do aluno em relação ao objetivo do curso

- -

Freqüência irregular dos alunos - -

Problema de conduta dos alunos - -

Poucas aulas práticas - -

Alunos desmotivados - -

Pouco tempo de aula - -

Espaço de tempo entre as aulas - -

Outro 1 12,5

Total 8 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

25.0%

12.5%

12.5%25.0%

12.5%

12.5%grau de escolaridade desigual

faixa etária desigual

nível de escolaridade incompatível com o curso

equipamentos com defeito

poucos equipamentos

outro

Gráfico 83 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as

dificuldades encontradas para conduzir os trabalhos em sala de aula.

175

4.2.4.3. Barreiras

Observamos que em relação às barreiras que os ex-instrutores voluntários

enfrentaram em relação à coordenação do projeto - Prodeb e a coordenação da

EIC, todos os pesquisados disseram que houve falta de acompanhamento efetivo.

Quanto às barreiras em relação aos alunos, 50% responderam nivelamento

da turma e os 50% restantes dificuldades em aplicar a metodologia do CDI

(Tabela 88, Gráfico 84).

Tabela 88 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as barreiras enfrentadas em relação aos alunos

Barreiras enfrentadas em relação aos alunos Freqüência %*

Nivelamento da turma 1 50,0

Dificuldades em aplicar a metodologia do CDI 1 50,0

Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

Nivelamento da turma

Dificuldades em aplicar a metodologia do CDI

Gráfico 84 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as barreiras

enfrentadas em relação aos alunos.

176

4.2.4.4. Vantagens e Desvantagens

Observamos que em relação as vantagens relacionadas ao Projeto de

Alfabetização Digital, 25% dos ex-instrutores voluntários responderam formação

profissional, 25% responderam auxiliar a comunidade, 25% responderam desafio,

gratificação e satisfação e 25% conscientização e cidadania (Tabela 89, Gráfico 84).

Tabela 89 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as vantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital

Vantagens relacionadas ao Projeto Freqüência %

Formação Profissional 1 25,0

Auxiliar a comunidade 1 25,0

Desafio, gratificação e satisfação. 1 25,0

Conscientização e cidadania 1 25,0

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% Formação Profissional

Auxiliar a comunidade

Desafio, gratificação e satisfação

Conscientização e cidadania

Gráfico 84 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as

vantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital.

177

Observamos que em relação as desvantagens relacionadas ao Projeto de

Alfabetização Digital, 50% dos ex-instrutores voluntários responderam ambiente e

estrutura da sala e os 50% restantes responderam dificuldades em praticar fora

da sala de aula (Tabela 90, Gráfico 85).

Tabela 90 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as desvantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital

Desvantagens relacionadas ao Projeto Freqüência %*

Ambiente e estrutura da sala 1 50,0

Dificuldades em praticar fora da sala de aula 1 50,0

Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

Ambiente e estrutura da sala

Dificuldades em praticar fora da sala de aula

Gráfico 85 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo as

desvantagens relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital.

178

4.2.4.5. Resultado Obtido ao Atuar no Projeto

Quanto aos resultados que os ex-instrutores voluntários obtiveram ao atuar

no projeto, 33,3% responderam cidadania, 16,7% responderam trocas de idéias,

16,7% satisfação em auxiliar a comunidade, 16,7% contribuir com o processo de

inclusão social e 16,7% crescimento pessoal (Tabela 91, Gráfico 85).

Tabela 91 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo os resultados obtidos ao atuarem no Projeto de Alfabetização Digital

Resultados obtidos ao atuarem no Projeto Freqüência %*

Cidadania 2 33,3

Troca de idéias 1 16,7

Satisfação em auxiliar a comunidade 1 16,7

Contribuir com o processo de inclusão social 1 16,7

Crescimento pessoal 1 16,7

Total 6 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

16.7%

33.3%

16.7%

16.7%

16.7%Troca de idéias

Cidadania

Satisfação em auxiliar a comunidade

Contribuir com o processo de inclusão social

Crescimento pessoal

Gráfico 85 - Percentual das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo os

resultados obtidos ao atuar no Projeto de Alfabetização Digital.

179

4.2.4.6. Avaliação do Curso

Como um dos objetivos do projeto é a correção de rumos aumentando

assim a eficácia e o fortalecimento do projeto, foi solicitado aos ex-instrutores

voluntários que avaliassem o curso sob o seu ponto de vista no que tange aos

seguintes itens: curso de Instrutor – CDI, duração do curso de Instrutor, modelo

de EIC, horário do curso, duração das aulas, duração do curso, instalação da sala

de aula, equipamentos de informática, apostilas, método de ensino,

relacionamento com a coordenação do Projeto-Prodeb, relacionamento com a

coordenação da EIC, relacionamento com os alunos e relacionamento com os

demais instrutores.

Observamos que 25% dos ex-instrutores voluntários classificaram o item

curso de instrutor – CDI como ótimo, 25% como bom, 25% como regular e 25%

como ruim (Tabela 92, Gráfico 86).

Tabela 92 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item curso de instrutor – CDI

Curso de Instrutor - CDI Freqüência %

Ótimo 1 25,0

Bom 1 25,0

Regular 1 25,0

Ruim 1 25,0

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% ótimo

bom

regular

ruim

Gráfico 87 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o curso de instrutor - CDI.

180

Observamos que 50% dos ex-instrutores voluntários classificaram o item

duração do curso de instrutor – CDI como ótimo, 25% como regular e 25% como

ruim (Tabela 93, Gráfico 88).

Tabela 93 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item duração do curso de instrutor – CDI

Duração do Curso de Instrutor - CDI Freqüência %

Ótimo 2 50,0

Regular 1 25,0

Ruim 1 25,0

Bom - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

50.0%

25.0%

25.0% ótimo

regular

ruim

Gráfico 88 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo a

duração do curso de instrutor - CDI.

181

Observamos que 66,7% dos ex-instrutores voluntários classificaram o item

modelo da EIC como ótimo e 33,3% como regular (Tabela 94, Gráfico 88).

Tabela 94 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item modelo da EIC

Modelo da EIC Freqüência %*

Ótimo 2 66,7

Regular 1 33,3

Ruim - -

Bom - -

Péssimo - -

Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

* Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

66.7%

33.3%ótimo

regular

Gráfico 88 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o item

modelo da EIC.

182

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item horário do curso

como bom, 25% como ótimo e 25% como regular (Tabela 95, Gráfico 89).

Tabela 95 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item horário do curso

Horário do curso Freqüência %

Bom 2 50,0

Ótimo 1 25,0

Regular 1 25,0

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

50.0%

25.0% ótimo

bom

regular

Gráfico 89 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o

horário do curso.

183

Observamos que 25% dos indivíduos classificaram o item duração das

aulas como ótimo, 25% como bom, 25% como regular e 25% como ruim (Tabela

96, Gráfico 90).

Tabela 96 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item duração das aulas

Duração das aulas Freqüência %

Ótimo 1 25,0

Bom 1 25,0

Regular 1 25,0

Ruim 1 25,0

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% ótimo

bom

regular

ruim

Gráfico 90 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo a

duração do curso.

184

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item duração do curso

como bom, 25% como ótimo e 25% como ruim (Tabela 97, Gráfico 91).

Tabela 97 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item duração do curso

Duração do curso Freqüência %

Bom 2 50,0

Ótimo 1 25,0

Regular 1 25,0

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100

Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

50.0%

25.0% ótimo

bom

ruim

Gráfico 91 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários

segundo a duração do curso.

185

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item instalação da

sala de informática como ruim, 25% como bom e 25% deles como regular (Tabela

99, Gráfico 92).

Tabela 99 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática de informática

Instalação da sala de informática

Freqüência %

Ruim 2 50,0

Bom 1 25,0

Regular 1 25,0

Ótimo - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%

50.0%

bom

regular

ruim

Gráfico 92 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários

segundo a instalação da sala de informática.

186

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item equipamentos de

informática como ruim, 25% como bom e 25% deles como regular (Tabela 100,

Gráfico 93).

Tabela 100 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática

Instalação da sala de informática

Freqüência %

Ruim 2 50,0

Bom 1 25,0

Regular 1 25,0

Ótimo - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%

50.0%

bom

regular

ruim

Gráfico 93 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários

segundo os equipamentos de informática.

187

Observamos que 75% dos indivíduos classificaram o item apostilas como

regular e 25% como bom (Tabela 101, Gráfico 94).

Tabela 101 - Distribuição dos ex-instrutores voluntários segundo item apostilas

Apostilas Freqüência %

Regular 3 75,0

Bom 1 25,0

Ótimo - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

75.0%

bom

regular

Gráfico 94 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários

segundo as apostilas.

188

Observamos que 25% dos indivíduos classificaram o item método de

ensino como ótimo, 25% como bom, 25% como regular e 25% como ruim (Tabela

101, Gráfico 95).

Tabela 101 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo método de ensino

Método de ensino Freqüência %

Ótimo 1 25,0

Bom 1 25,0

Regular 1 25,0

Ruim 1 25,0

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% ótimo

bom

regular

ruim

Gráfico 95 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários

segundo o método de ensino do curso.

189

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento

com a coordenação do Projeto - Prodeb como ótimo, 25% como bom e 25% como

regular (Tabela 102, Gráfico 96).

Tabela 102 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item relacionamento com a coordenação do Projeto-Prodeb

Relacionamento com a coordenação da Prodeb

Freqüência %

Ótimo 2 50,0

Bom 1 25,0

Regular 1 25,0

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte:Prodeb, Salvador-BA. 2003.

50.0%

25.0%

25.0% ótimo

bom

regular

Gráfico 96 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários

segundo o relacionamento com a coordenação da Prodeb.

190

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento

com a coordenação da EIC como ótimo e 50% como ruim (Tabela 103, Gráfico 97).

Tabela 103 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item relacionamento com a coordenação da EIC

Relacionamento com a coordenação da EIC

Freqüência %

Ótimo 2 50,0

Ruim 2 50,0

Bom - -

Regular - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

50.0%50.0%

ótimo

ruim

Gráfico 97 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o

relacionamento com a coordenação da EIC.

191

Observamos que 75% dos indivíduos classificaram o item relacionamento

com os alunos como ótimo e 25% como bom (Tabela 104, Gráfico 98).

Tabela 104 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo item relacionamento com os alunos

Relacionamento com os alunos Freqüência %

Ótimo 3 75,0

Bom 1 25,0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

75.0%

25.0% ótimo

bom

Gráfico 98 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários

segundo o relacionamento com os alunos.

192

Observamos que 50% dos indivíduos classificaram o item relacionamento

com os demais instrutores como ótimo, 25% como bom e 25% como regular

(Tabela 105, Gráfico 99).

Tabela 105 - Distribuição das respostas dos ex-instrutores voluntários segundo

item relacionamento com os demais instrutores

Relacionamento com os demais instrutores Freqüência %

Ótimo 2 50,0

Bom 1 25,0

Regular 1 25,0

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

50.0%

25.0%

25.0% ótimo

bom

regular

Gráfico 99 - Percentual da avaliação dos ex-instrutores voluntários segundo o

relacionamento com os demais instrutores.

193

4.2.4.7. Sugestões para o Curso

Como alguns itens foram classificados como regular, ruim ou péssimo

pelos pesquisados, foi solicitado aos mesmos que sugerissem mudanças no

sentido de corrigir e alinhar o serviço oferecido a realidade daqueles que

realmente o utilizam.

Observamos que 50% dos ex-instrutores voluntários sugeriram para o item

curso de instrutor – CDI aumento da carga horária e 50% sugeriram permitir

reciclagem (Tabela 106, Gráfico 100).

Tabela 106 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item curso de instrutor – CDI

Curso de Instrutor - CDI Freqüência %*

Aumentar carga horária 1 50,0

Permitir reciclagem 1 50,0

Contemplar outros conteúdos - -

Total 2 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

aumentar carga horária

permitir reciclagem

Gráfico 100 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo o

curso de instrutor - CDI.

Todos os ex-instrutores voluntários sugeriram que a duração do curso de

instrutor – CDI fosse de três meses.

194

Observamos que 33,3% dos pesquisados sugeriram para o item modelo da

EIC ampliação da sala de aula, 33,3% aumento do número de computadores e

33,3% acesso à internet. (Tabela 107, Gráfico 101).

Tabela 107 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item modelo da EIC

Modelo da EIC Freqüência %*

Ampliar sala de aula 1 33,33

Aumentar número de computadores 1 33,33

Prover o acesso à Internet 1 33,33

Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

33.3%

33.3%ampliar sala de aula

aumentar número de computadores

prover o acesso à Internet

Gráfico 101 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo o item

modelo da EIC.

Todos os pesquisados sugeriram que a duração das aulas fosse de 4h/dia.

Todos os pesquisados sugeriram que a duração do curso fosse de 6 meses.

195

Segundo os pesquisados, o item instalação da sala de informática para

33,3% dos pesquisados deveria aumentar o tamanho e para 33,3% deveria

melhorar a ventilação (Tabela 107, Gráfico 101). Outra sugestão seria melhorar a

qualidade das mesas e cadeiras.

Tabela 107 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática

Instalação da sala de informática Freqüência %*

Aumentar tamanho 1 33,3

Melhorar ventilação 1 33,3

Melhorar iluminação - -

Outros 1 33,3

Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

33.3%

33.3%aumentar tamanho

melhorar ventilação

outra

Gráfico 101 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo a

instalação da sala de informática.

196

O item equipamentos de informática para 40% dos pesquisados deveria ter

um computador por aluno, para 40% manter todos os equipamentos funcionando

e para 20% acesso à internet. (Tabela 108, Gráfico 102).

Tabela 108 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática

Equipamentos de informática Freqüência %*

Ter um computador por aluno 2 40,0

Manter todos os equipamentos funcionando

2 40,0

Equipamento com acesso a internet

1 20,0

Total 5 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações..

40.0%

40.0%

20.0% ter um computador por aluno

manter todos os equipamentos funcionando

equipamento com acesso a internet

Gráfico 102 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo os

equipamentos de informática.

197

O item apostilas por 50% dos pesquisados foi sugerido o aumento dos

exercícios, 25% sugeriram o aumento da teoria (Tabela 109, Gráfico 103). Com

relação a outra sugestão, 25% sugeriram melhor qualidade da apresentação

das apostilas.

Tabela 109 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item apostilas

Apostilas Freqüência %*

Aumentar os exercícios 2 50,0

Aumentar a teoria 1 25,0

Mais explicativas - -

Outros 1 25,0

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações..

50.0%

25.0%

25.0% aumentar os exercícios

aumentar a teoria

outra

Gráfico 103 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo as apostilas.

198

O item método de ensino por 66,7% dos pesquisados foi sugerido mais

interatividade e 33,3% sugeriram a adaptação para cada EIC (Tabela 110,

Gráfico 103).

Tabela 110 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo item método de ensino

Método de ensino Freqüência %*

Mais interativo 2 66,7

Adaptado para cada EIC 1 33,3

Diminuir aulas teóricas - -

Total 3 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

66.7%

33.3%mais interativo

adaptado para cada EIC

Gráfico 103 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo o

método de ensino.

4.2.4.8. Ações a Serem Implementadas no Projeto para

Consolidar a Parceria com os Instrutores

Todos os ex-instrutores voluntários disseram que existem ações que

poderão ser implementadas no Projeto Alfabetização Digital com o próposito de

consolidar a parceria com os instrutores voluntários.

Das ações que poderão vir a ser implementadas no Projeto e que tenham

como propósito consolidar a parceria com os instrutores destacaram-se:

conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado (25%), apoio efetivo

199

com mantenedores do projeto (25%), melhoria da qualidade do trabalho (25%) e

realização de trabalhos de auto-conhecimento (25%) ( Tabela 111, Gráfico 104).

Tabela 111 - Distribuição das sugestões dos ex-instrutores voluntários segundo as ações que poderão ser implementadas no Projeto e que tenham como propósito consolidar a parceria com os instrutores

Ações a ser implementadas para consolidar a parceria com os instrutores

Freqüência %

Conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado

1 25,0

Apoio efetivo com mantenedores do projeto 1 25,0

Melhoria da qualidade do trabalho 1 25,0

Realização de trabalhos de auto-conhecimento

1 25,0

Total 4 100 Fonte: Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% Conscientizar o instrutor em relação ao trabalho voluntariado

Apoio efetivo com mantenedores do projeto

Melhoria da qualidade do trabalho

Realização de trabalhos de autoconhecimento

Gráfico 104 - Percentual da sugestão dos ex-instrutores voluntários segundo as ações a ser

implementadas para consolidar a parceria com os instrutores.

200

4.2.4.9. Recomendações para Atuação como Instrutor

Voluntário

Todos os ex-instrutores voluntários recomendam aos seus colegas a atuarem

como instrutores voluntários do Projeto, pois é gratificante auxiliar a comunidade.

4.2.4.10. Ações a Serem Implementadas no Projeto para

Fortalecer e Aproximar Cada Vez mais o Projeto

do Cidadão.

Quanto as ações que poderão ser implementadas com o próposito de

fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto Alfabetização Digital do Cidadão

destacaram-se as seguintes sugestões: reuniões periódicas (28,6%), novas

parcerias (14,3%), ampliação do quadro de voluntários (14,3%), ampliação do

projeto (14,3%), envolver a comunidade através da publicidade (14,3%) e criar

uma sede própria para ministrar treinamentos aos voluntários (14,3%) (Tabela

112, Gráfico 105).

201

Tabela 112 - Distribuição das ações segundo os ex-instrutores voluntários que podem ser implementadas com o próposito de fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto Alfabetização Digital, do Cidadão

Ações a serem implementadas para fortalecer e aproximar cada vez mais o Projeto do

Cidadão

Freqüência %*

Reuniões periódicas 2 28,6

Novas parcerias 1 14,3

Ampliação do quadro de voluntários 1 14,3

Ampliação do projeto 1 14,3

Envolver a comunidade através da publicidade 1 14,3

Criar uma sede própria para ministrar treinamentos aos voluntários

1 14,3

Total 7 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

28.6%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%Reuniões periódicas

Novas parcerias

Ampliação do quadro de voluntários

Ampliação do projeto

Envolver a comunidade através da publicidade

Criar uma sede própria para ministrar treinamentos aos voluntários

Gráfico 105 - Percentual dos ex-instrutores voluntários segundo as ações para fortalecer e

aproximar cada vez mais o Projeto do Cidadão.

202

4.2.5. PERFIL DA COORDENAÇÃO DAS ESCOLAS DE

INFORMÁTICA E CIDADANIA

Os coordenadores das EICs integrantes do Projeto Alfabetização Digital,

são profissionais vinculados às instituições onde a EIC está implantada. Mediante

ao termo de compromisso entre o CDI e a Instituição Beneficiada, esta tem como

compromissos beneficiar comunidades carentes, estruturar condições para auto-

sustentação da EIC, garantir sua continuidade, articular com outras iniciativas afins,

a colocação no mercado de trabalho dos aprendizes de informática, dentre outros.

Decorrente da coleta de dados, faz-se importante frisar, que todas as

freqüências e percentuais foram calculados tomando como base 4

observações (coordenadores), sendo que a maior parte das questões do

instrumento de coleta utilizado, foram de ordem qualitativa. As respostas das

questões abertas foram categorizadas.

Apresentamos, a seguir, a distribuição das respostas dos questionários

segundo a EIC (Tabela 113, Gráfico 106) onde constatamos que 25% dos

coordenadores pesquisados são da EIC Prodeb, 25% são da EIC Lar Harmonia –

Escola Integral Allan Kardec, 25% são da EIC Lar Harmonia – Creche Escola

Tereza Cristina, 25% são da Unidade Prisional da Colônia Lafayete Coutinho.

203

Tabela 113 - Distribuição das respostas da Coordenação segundo a EIC

Escola de Informática e Cidadania Freqüência %

Prodeb 1 25.0

Lar Harmonia - Allan Kardec 1 25.0

Lar Harmonia - Tereza Cristina 1 25.0

Colônia Lafayete Coutinho 1 25.0

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% Prodeb

Lar Harmonia Allan Kardec

Lar Hamonia Tereza Cristina

Colônia Lafayete Coutinho

Gráfico 106 - Distribuição dos questionários da coordenação segundo a EIC

204

4.2.5.1. Motivação

Quanto ao item Motivação, ou seja, o que motivou essa

Empresa/Instituição a implantar em sua sede uma Escola de Informática, 25% dos

pesquisados responderam inserção ao mercado de trabalho, 25% formação

profissional, 25% atender a comunidade carente, 12,5% inclusão social e 12,5%

cidadania (Tabela 114, Gráfico 107).

Tabela 114 - Distribuição das respostas segundo a questão: O que motivou essa Empresa/Instituição a implantar em sua sede uma Escola de Informática e Cidadania – EIC?

Motivos que o levaram a implantar a Escola de Informática e

Cidadania

Freqüência %

Inserção ao mercado de trabalho 2 25.0

Formação profissional 2 25.0

Atender a comunidade carente 2 25.0

Inclusão no meio social 1 12.5

Cidadania 1 12.5

Total 8 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

25.0%

25.0%25.0%

12.5%

12.5%Inserção ao mercado de trabalho

Formação profissional

Atender a comunidade carente

Inclusão no meio social

Cidadania

Gráfico 107 - Distribuição das respostas segundo a questão: O que motivou essa

Empresa/Instituição a implantar em sua sede uma Escola de Informática e

Cidadania – EIC?

205

4.2.5.2. Quanto a Concepção da EIC

Quanto a concepção da EIC 66,7% responderam terem sido concebidas

através da Prodeb, 16,7% através da Secretária de Justiça e Direitos Humanos,

16,7% Fundação Lar Harmonia (Tabela 115, Gráfico 108).

Tabela 115 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como foi concebida?

Como foi concebida? Freqüência %

Prodeb 4 66.7

Secretaria de Justiça e Direitos Humanos 1 16.7

Fundação Lar Harmonia 1 16.7

Total 6 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

66.7%

16.7%

16.7%PRODEB

Secretaria de Justiça e Direitos Humanos

Fundação Lar Harmonia

Gráfico 108 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como foi concebida?

206

4.2.5.3. Como é Gerenciada?

Quanto a forma como vêm sendo gerenciada: 66,7% atribuíram a gerência

a Prodeb e 33,3% atribuíram a Coordenação da Colônia e Secretaria de Justiça e

Direitos Humanos (Tabela 116, Gráfico 109).

Tabela 116 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como é gerenciada?

Como é gerenciada? Freqüência %

Prodeb 2 66.7

Coordenador da Colônia e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos

1 33.3

Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

66.7%

Coordenador da Colônia e SDJH

PRODEB

Gráfico 109 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como é gerenciada?

207

4.2.5.4. Como é Viabilizada Financeiramente?

Quanto a viabilidade financeira 66,7% atribuíram a trabalhos voluntários de

diversos colaboradores e 33,3% atribuíram a parcerias com governo e prefeitura

estaduais (Tabela 117, Gráfico 110).

Tabela 117 - Distribuição das respostas segundo a questão: Como é gerenciada?

Como é gerenciada? Freqüência %

Trabalhos voluntários de diversos colaboradores 2 66.7

Parcerias com Governo e Prefeitura Estaduais 1 33.3

Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

66.7%

33.3%Trabalhos voluntários de diversos colaboradores

Parcerias com Governo e Prefeitura

Gráfico 110- Distribuição das respostas segundo a questão: Como é gerenciada?

208

Atualmente existem duas (50%) EICs em funcionamento e duas EICs

(50%) desativadas (Tabela 118, Gráfico 111).

Tabela 118 - Distribuição dos questionários segundo situação atual da EIC

Situação atual dessa EIC Freqüência %

Funcionando 2 50.0

Não funcionando 2 50.0

Total 4 100

Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

50.0%50.0%

Funcionando

não funcionando

Gráfico 111 - Distribuição dos questionários da coordenação segundo a EIC

209

4.2.5.5. Por que não Está Funcionando?

Como justificativa do não funcionamento, 50% dos pesquisados disseram

estar com a sala de aula de informática ociosa aguardando posicionamento da

Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Prodeb, os 50% restantes alegaram

falta de instrutores (Tabela 119, Gráfico 112).

Tabela 119 - Distribuição das respostas segundo a questão: Porquê não está funcionando?

Por que não está funcionando? Freqüência %

Sala ociosa aguardando posicionamento da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Prodeb

1 50.0

Falta instrutores 1 50.0

Total 2 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

Sala ociosa aguardando posicionamento da SJDH e Prodeb

Falta instrutores

Gráfico 112 - Distribuição das respostas segundo a questão: Por que não está funcionando?

210

4.2.5.6. Mobilização

Quanto à questão mobilização: 16,7% responderam que a divulgação é

feita na própria comunidade, 16,7% através do mural da Empresa/Instituição,

16,7% através de avisos emcaminhados aos familiares dos alunos e 50%

responderam outras formas de mobilização (Tabela 120, Gráfico 113).

Tabela 120 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como é mobilizada a clientela relacionada à divulgação do ensino de informática, oferecido por essa EIC?

Como é realizada a mobilização? Freqüência %*

Divulgação na comunidade 1 16.7

Divulgação no mural da Empresa/Instituição 1 16.7

Avisos encaminhados aos familiares dos alunos 1 16.7

Outro 3 50.0

Total 6 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

16.7%

16.7%

16.7%

50.0%

divulgação na comunidade

divulgação no mural da Empresa/Instituição

avisos encaminhados aos familiares dos alunos

outro

Gráfico 113 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como é

mobilizada a clientela relacionada à divulgação do ensino de informática,

oferecido por essa EIC?

211

Observamos que 33,3% dos pesquisados utilizam o contato telefônico

como forma de mobilizar os alunos, 33,3% utilizam avisos à coordenação dos

detentos e 33,3% enviam avisos em escolas para os alunos de 3a e 4a séries

(Tabela 121, Gráfico 114).

Tabela 121 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Qual a outra forma de mobilização?

Outra forma de mobilização? Freqüência %

Contato telefônico 1 33.3

Avisos da Coordenação da colônia aos detentos 1 33.3

Avisos em escolas para os alunos de 3ª e 4ª série 1 33.3

Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

33.3%

33.3%Contato telefônico

Avisos da Coordenação da colônia aos detentos

Avisos em escolas para os alunos de 3a e 4a série

Gráfico 114 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Qual a outra

forma de mobilização?

212

4.2.5.7. Seleção dos Alunos

Observamos que a seleção dos alunos para 14,3% das EICs é feita através

do grau de instrução escolar, 14,3% através da condição estar estudando,14,3%

analisam o perfil sócio-econômico do funcionário/família; 14,3% analisam a

necessidade do curso para a empregabilidade do indivíduo e 42,9% responderam

outras formas de seleção (Tabela 122, Gráfico 115).

Tabela 122 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como se dá a seleção dos alunos candidatos?

Como se dá a seleção dos alunos? Freqüência %

Grau de instrução escolar 1 14.3

Estar estudando 1 14.3

Perfil sócio-econômico do funcionário/família 1 14.3

Estar necessitando do curso de informática para

se empregar

1 14.3

Outro 3 42.9

Total 7 100

Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%

42.9%

grau de instrução escolar

estar estudando

perfil sócio-econômico do funcionário/família

estar necessitando do curso de informática para se empregar

outro

Gráfico 115 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como se dá a

seleção dos alunos candidatos?

213

Segundo os pesquisados que responderam outra forma de seleção: 33,3%

optam melhor conduta, 33,3% por série, 33,3% pelo cadastro da Fundação Lar

Harmonia (Tabela 123, Gráfico 116).

Tabela 123 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Outra forma de seleção dos alunos?

Outra forma de mobilização? Freqüência %

Melhor conduta 1 33.3

Por série 1 33.3

Pelo cadastro da Fundação Lar Harmonia

1 33.3

Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

33.3%

33.3%Melhor conduta

Por série

Pelo cadastro da FLH

Gráfico 116 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão:

Outra forma de seleção dos alunos?

214

4.2.5.8. Manutenção Técnica

Observamos que 40% dos pesquisados atribuem a responsabilidade da

manutenção técnica dos equipamentos à coordenação da EIC, 40% sob a

responsabilidade da Prodeb e 20% outras formas de manutenção (Tabela 124,

Gráfico 117).

Tabela 124 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como se dá a manutenção técnica dos equipamentos de informática instalados na sala de aula dessa EIC?

Como se dá a manutenção técnica? Freqüência %

Sob a responsabilidade de cada coordenação da EIC 2 40.0

Sob a responsabilidade da Prodeb 2 40.0

Outro 1 20.0

Total 5 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

40.0%

40.0%

20.0%sob a responsabilidade de cada coordenação da EIC

sob a responsabilidade da PRODEB

outro

Tabela 117 - Distribuição das respostas dos Coordenadores segundo a questão: Como se dá a

manutenção técnica dos equipamentos de informática instalados na sala de aula

dessa EIC?

Verificamos que para 100% dos pesquisados as aulas de cidadania

refletem sobre a realidade em que os alunos beneficiários vivem.

215

4.2.5.9. Dificuldades com Relação à Coordenação do

Projeto - Prodeb

Segundo a coordenação das EICs as principais dificuldades encontradas

no que tange à Coordenação do Projeto - Prodeb foram: a falta de substituição

imediata dos voluntários para 50% dos pesquisados e dificuldades na ampliação

do quadro de voluntários (50%) (Tabela 125,Gráfico 118).

Tabela 125 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a coordenação dessa EIC enfrenta no que tange a Coordenação do Projeto - Prodeb?

Quais as dificuldades no que tange a coordenação Projeto-Prodeb?

Freqüência %

Substituição imediata de voluntários 1 50.0

Ampliação do quadro de voluntários 1 50.0

Total 2 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

Substituição imediata de voluntários

Ampliação do quadro de voluntários

Gráfico 118 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a

coordenação dessa EIC enfrenta no que tange a coordenação da Prodeb?

216

4.2.5.10. Dificuldades com Relação aos Instrutores

Voluntários

Segundo a coordenação das EICs as principais dificuldades no que tange

aos instrutores voluntários foram: a grande evasão dos voluntários para 50% dos

pesquisados e a falta de tempo para articular com os professores da escola para

50% dos pesquisados (Tabela 126, Gráfico 119).

Tabela 126 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a coordenação dessa EIC enfrenta no que tange aos instrutores voluntários?

Quais as dificuldades no que tange aos instrutores voluntários?

Freqüência %

Evasão dos voluntários 1 50.0

Falta de tempo para articular com os professores da escola 1 50.0

Total 2 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

Evasão dos voluntários

Falta de tempo para articular com os professores da escola

Gráfico 119 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a

coordenação dessa EIC com a coordenação da Prodeb?

217

4.2.5.11. Dificuldades com Relação aos Alunos

Segundo a coordenação das EICs as principais dificuldades no que tange

aos alunos atuais beneficiários e alunos formados ex-beneficiários foram: a

ausência de instrutores (25%), diminuição das aulas (25%), turma muito grande

com poucos equipamentos (25%), falta de disciplina em relação a freqüência

(25%) (Tabela 127, Gráfico 120).

Tabela 127 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a coordenação dessa EIC enfrenta no que tange aos alunos?

Quais as dificuldades no que tange aos alunos? Freqüência %

Ausência de instrutores 1 25.0

Diminuição das aulas 1 25.0

Turma muito grande com poucos equipamentos 1 25.0

Falta de disciplina em relação a freqüência 1 25.0

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% Ausência de instrutores

Diminuição das aulas

Turma muito grande com poucos equipamentos

Falta de disciplina em relação a frequência

Gráfico 120 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as barreiras que a

coordenação dessa EIC enfrenta no que tange aos alunos?

218

4.2.5.12. Principais Vantagens Relacionadas ao Projeto de

Alfabetização Digital

Segundo a coordenação das EICs, as principais vantagens observadas

relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital foram: proporcionar o

conhecimento de informática a pessoas de baixa renda com 14,3%, melhor

conduta interna 14,3%, profissionalização 14,3%, aumento do interesse de outros

detentos 14,3%, maior mobilização para concluir o ensino fundamental 14,3%,

maior interesse por parte das crianças carentes 14,3%, ampliação das

possibilidades para conseguir trabalho com 14,3% (Tabela 128, Gráfico 121).

Tabela 128 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as vantagens observadas pela coordenação dessa EIC ao Projeto de Alfabetização Digital?

Principais Vantagens? Freqüência %

Proporcionar o conhecimento de informática a pessoas de baixa renda

1 14.3

Melhor conduta interna 1 14.3

Profissionalização 1 14.3

Aumento do interesse de outros detentos 1 14.3

Maior mobilização para concluir o ensino fundamental 1 14.3

Maior interesse por parte das crianças carentes 1 14.3

Ampliação das possibilidades para conseguir trabalho 1 14.3

Total 7 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%Proporcionar o conhecimento de informática a pessoas de baixa renda

Melhor conduta interna

Profissionalização

Aumento do interesse de outros detentos

Maior mobilização para concluir o ensino fundamental

Maior interesse por parte das crianças carentes

Ampliação das possibilidades para conseguir trabalho

Gráfico 121 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as vantagens observadas pela

coordenação dessa EIC ao Projeto de Alfabetização Digital?

219

4.2.5.13. Principais Desvantagens Observadas

Segundo a coordenação das EICs as principais desvantagens observadas

relacionadas ao Projeto de Alfabetização Digital foram: afastamento dos

instrutores com 25%, falta de credibilidade com 25%, pouca disponibilidade do

voluntariado com 25% (Tabela 129, Gráfico 122).

Tabela 129 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as desvantagens observadas pela coordenação dessa EIC ao Projeto de Alfabetização Digital?

Principais desvantagens? Freqüência

%

Afastamento dos instrutores 1 25.0

Falta de ações efetivas para dar continuidade ao projeto 1 25.0

Falta de credibilidade 1 25.0

Pouca disponibilidade do voluntariado 1 25.0

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% Afastamento dos instrutores

Falta de ações efetivas para dar continuidade ao projeto

Falta de credibilidade

Pouca disponibilidade do voluntáriado

Gráfico 122 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais as desvantagens observadas

pela coordenação dessa EIC ao Projeto de Alfabetização Digital?

220

4.2.5.14. Resultados

Segundo a coordenação das EICs os resultados obtidos ao manter uma

EIC vinculada ao projeto foram os seguintes: ampliação das opções de emprego

com 28,6%, inclusão e acesso da comunidade carente ao mundo digital 28,6%,

maior motivação dos alunos com 14,3%, interesse em aprender com 14,3%

(Tabela 130, Gráfico 123).

Tabela 130 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados que essa Empresa/Instituição obtém ou obteve ao manter uma EIC vinculada ao Projeto Alfabetização Digital?

Resultados apresentados? Freqüência %

Ampliação de opções para emprego 2 28.6

Inclusão e acesso da comunidade carente ao mundo digital

2 28.6

Motivação dos alunos 1 14.3

Interesse em aprender 1 14.3

Melhora na conduta interna 1 14.3

Total 7 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

14.3%

14.3%

28.6%14.3%

28.6% Motivação dos alunos

Interesse em aprender

Ampliação de opções para emprego

Melhora na conduta interna

Inclusão e acesso da comunidade carente ao mundo digital

Gráfico 123 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados que essa

Empresa/Instituição obtém ou obteve ao manter uma EIC vinculada ao Projeto

Alfabetização Digital?

221

4.2.5.15. Resultados Observados com Relação ao Perfil

dos Instrutores Voluntários

Para a coordenação das EICs os resultados observados quanto ao perfil

dos instrutores foram os seguintes: profissionais dedicados 50%, profissionais

determinados apesar das dificuldades 25%, voluntários carismáticos 25% (Tabela

131, Gráfico 124).

Tabela 131 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados com relação ao perfil dos instrutores voluntários?

Principais resultados observados com relação ao perfil dos instrutores?

Freqüência %

Profissionais dedicados 2 50.0

Profissionais determinados apesar das dificuldades 1 25.0

Voluntários carismáticos 1 25.0

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%

25.0%

25.0% Profissionais dedicados

Profissionais determinados apesar das dificuladades

Voluntários carismáticos

Gráfico 124 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados com

relação ao perfil dos instrutores voluntários?

222

4.2.5.16. Resultados Observados com Relação aos Alunos

que Estudam ou Estudaram nas EICs

Segundo a coordenação das EICs os resultados obtidos pelos alunos ao

fazer os cursos foram os seguintes: Estágios na Prodeb com 14,3%, incentivo

para inclusão dos detentos ao meio social com 14,3%, gratuidade do curso com

14,3%, novas oportunidade de trabalho com 14,3%, propagação do conhecimento

com 14,3%, integração do ensino fundamental com o uso da informática com

14,3%, integração ao convívio social com 14,3% (Tabela 132, Gráfico 125).

Tabela 132 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados com relação aos alunos que estudam ou estudaram nas EIC´s?

Resultados observados com relação aos alunos? Freqüência %

Estágios na Prodeb 1 14.3

Incentivo para inclusão dos detentos ao meio social 1 14.3

Gratuidade do Curso 1 14.3

Novas oportunidades de trabalho 1 14.3

Propagação do conhecimento 1 14.3

Integração do ensino fundamental com o uso da informática

1 14.3

Integração ao convívio social 1 14.3

Total 7 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%

14.3%Estágios na PRODEB

Incentivo para inclusão dos detentos ao meio social

Gratuidade do Curso

Novas oportunidades de trabalho

Propagação do conhecimento

Integração do ensino fundamental com o uso da informática

Integração ao convivio social

Gráfico 125 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados com

relação aos alunos que estudam ou estudaram nas EIC´s?

223

4.2.5.17. Resultados Observados Intrainstitucionais

Para a coordenação das EICs os resultados observados intrainstitucionais

foram os seguintes: melhoria na conduta interna 33,3%, ex-detentos auxiliavam o

trabalho administrativo através do curso 33,3%, maior integração com a

comunidade 33,3% (Tabela 133, Gráfico 126).

Tabela 133 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados intrainstitucionais da Empresa/Instituição/Comunidade?

Resultados observados dentro da Empresa/Instituição/Comunidade?

Freqüência %

Melhoria na conduta interna 1 33.3

Ex-detentos auxiliavam o trabalho administrativo através do curso

1 33.3

Integração com a comunidade 1 33.3

Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

33.3%

33.3%

33.3%Melhoria na conduta interna

Ex-detentos auxiliavam o trabalho administrativo através do curso

Integração com a comunidade

Gráfico 126 - Distribuição das respostas segundo a questão: Quais os resultados observados

intrainstitucionais da Empresa/Instituição/Comunidade?

224

4.2.5.18. Melhoria nas Condições de Vida do Aluno

Segundo os coordenadores para 33,3% dos beneficiados houve um

aumento das oportunidades de trabalho, 16,7% observou uma melhora no

relacionamento com os detentos, 16,7% aumentou o interesse pelo ensino

fundamental, 16,7% maior interesse pelo curso, 16,7% maior interação dos alunos

com o mundo digital (Tabela 134, Gráfico 127).

Tabela 134 - Distribuição das respostas segundo a questão: O ensino da cidadania gera ou gerou uma melhoria qualitativa e quantitativa das condições de vida dos alunos que estudam ou estudaram nessa EIC?

Melhoras nas condições de vida dos beneficiados Freqüência %

Oportunidade de trabalho 2 33.3

Relacionamento entre detentos 1 16.7

Interesse pelo ensino fundamental 1 16.7

Interesse pelo curso 1 16.7

Maior Interação dos alunos com o mundo digital 1 16.7

Total 6 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

16.7%

16.7%

16.7%

33.3%

16.7%Relacionamento entre detentos

Interesse pelo ensino fundamental

Interesse pelo curso

Oportunidade de trabalho

Maior Interação dos alunos com o mundo digital

Gráfico 127 - Distribuição das respostas segundo a questão: O ensino da cidadania gera ou gerou

uma melhoria qualitativa e quantitativa das condições de vida dos alunos que

estudam ou estudaram nessa EIC?

225

4.2.5.19. Avaliação do Curso

Como um dos objetivos do projeto é a correção de rumos, aumentando assim

a eficácia e o seu fortalecimento, foi solicitado aos coordenadores das EIC´s que

avaliassem o curso, sob o seu ponto de vista, no que tange aos seguintes itens:

horário do curso, duração do curso, duração das aulas, instalação da sala de aula,

aproveitamento da sala de informática, equipamentos de informática, apostilas,

método de ensino, perfil do instrutor, número de instrutores, relacionamento com a

coordenação do Projeto-Prodeb, relacionamento com os alunos.

Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item horário do

curso como bom, 25% como ótimo (Tabela 135, Gráfico 128).

Tabela 135 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item horário do curso

Horário do curso Freqüência %

Bom 3 75.0

Ótimo 1 25.0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

75.0%

ótimo

bom

Gráfico 128 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item horário do curso.

226

Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item duração do

curso como bom, 25% como ótimo e 25% como ruim (Tabela 136, Gráfico 129).

Tabela 136 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item duração do curso

Duração do curso Freqüência %

Bom 2 50.0

Ótimo 1 25.0

Ruim 1 25.0

Regular - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

50.0%

25.0% ótimo

bom

ruim

Gráfico 129 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item duração do curso.

227

Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item duração das

aulas como bom e 25% como ótimo (Tabela 137, Gráfico 130).

Tabela 137 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item duração das aulas

Duração das aulas Freqüência %

Bom 3 75.0

Ótimo 1 25.0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

75.0%

ótimo

bom

Gráfico 130 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item duração das aulas.

228

Observamos que 25% dos coordenadores classificaram o item instalação

da sala de informática como ótimo, 25% como bom, 25% como regular e 25%

como ruim (Tabela 138, Gráfico 131).

Tabela 138 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática

Instalação da sala de informática Freqüência %

Ótimo 1 25.0

Bom 1 25.0

Regular 1 25.0

Ruim 1 25.0

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%25.0%

25.0% ótimo

bom

regular

ruim

Gráfico 131 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo ítem instalação da sala de informática

229

Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item

aproveitamento da sala de informática como ruim, 25% como bom e 25% como

regular (Tabela 139, Gráfico 132).

Tabela 139 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item aproveitamento da sala de informática

Aproveitamento da sala de informática Freqüência %

Ruim 2 50.0

Bom 1 25.0

Regular 1 25.0

Ótimo - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

25.0%

50.0%

bom

regular

ruim

Gráfico 132 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item aproveitamento da sala de informática.

230

Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item equipamentos

de informática como bom, 25% como regular (Tabela 140, Gráfico 133).

Tabela 140 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática

Equipamentos de informática Freqüência %

Bom 3 75.0

Regular 1 25.0

Ótimo - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

75.0%

25.0% bom

regular

Gráfico 133 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item equipamentos de informática.

231

Observamos que 66,7% dos coordenadores classificaram o item apostilas

como ótimo, 33,3% como bom (Tabela 141, Gráfico 134).

Tabela 141 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item apostilas

Apostilas Freqüência %

Ótimo 2 66.7

Bom 1 33.3

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 3 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

66.7%

33.3%ótimo

bom

Gráfico 134 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item apostilas.

232

Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item método de

ensino como ótimo, 50% como bom (Tabela 142, Gráfico 135).

Tabela 142 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item método de ensino

Método de ensino Freqüência %

Ótimo 2 50.0

Bom 2 50.0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

50.0%50.0%

ótimo

bom

Gráfico 135 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item método de ensino.

233

Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item perfil do

instrutor como ótimo e 50% como bom (Tabela 143, Gráfico 136).

Tabela 143 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item perfil do instrutor

Perfil do instrutor Freqüência % Ótimo 2 50.0 Bom 2 50.0

Regular - - Ruim - -

Péssimo - - Total 4 100

Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

50.0%50.0%

ótimo

bom

Gráfico 136 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item perfil do instrutor.

234

Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item número de

instrutores como bom, 25% como regular (Tabela 144, Gráfico 137).

Tabela 144 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item número de instrutores

Número de instrutores Freqüência %

Bom 3 75.0

Regular 1 25.0

Ótimo - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

75.0%

25.0% bom

regular

Gráfico 137 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item número de instrutores.

235

Observamos que 50% dos coordenadores classificaram o item

relacionamento com a Prodeb como bom, 25% como ótimo e 25% como regular

(Tabela 145, Gráfico 138).

Tabela 145 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com a Prodeb

Relacionamento com a Prodeb Freqüência %

Bom 2 50.0

Ótimo 1 25.0

Regular 1 25.0

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

50.0%

25.0% ótimo

bom

regular

Gráfico 138 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item relacionamento com a Prodeb.

236

Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item

relacionamento com os instrutores como bom, 25% como ótimo (Tabela 146,

Gráfico 139).

Tabela 146 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com os instrutores

Relacionamento com os instrutores

Freqüência %

Bom 3 75.0

Ótimo 1 25.0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

75.0%

ótimo

bom

Gráfico 139 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item relacionamento com o instrutor.

237

Observamos que 75% dos coordenadores classificaram o item relacionaento

com os alunos como bom e 25% como ótimo (Tabela 145, Gráfico 138).

Tabela 147 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários segundo item relacionamento com os alunos

Relacionamento com os alunos Freqüência %

Bom 3 75.0

Ótimo 1 25.0

Regular - -

Ruim - -

Péssimo - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

25.0%

75.0%

ótimo

bom

Gráfico 140 - Distribuição das respostas dos instrutores voluntários

segundo item relacionamento com os alunos.

238

4.2.5.20. Sugestões para o Curso

Como alguns itens foram classificados como regular, ruim ou péssimo

pelos pesquisados, foi solicitado aos mesmos que sugerissem mudanças no

sentido de corrigir e alinhar o serviço oferecido a realidade daqueles que

realmente o utilizam.

Observamos que 50% dos pesquisados sugeriram que a instalação da sala

de informática deve aumentar o tamanho e 50% sugeriram melhorar a ventilação

(Tabela 148, Gráfico 141).

Tabela 148 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item instalação da sala de informática

Instalação da sala de informática Freqüência %

Aumentar tamanho 2 50.0

Melhorar ventilação 2 50.0

Melhorar iluminação - -

Outra - -

Total 4 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

50.0%50.0%

aumentar tamanho

melhorar ventilação

Tabela 141 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item

instalação da sala de informática.

239

Observamos que 50% dos coordenadores sugeriram ter um computador

por aluno e 50% equipamentos com acesso a Internet (Tabela 149, Gráfico 142).

Tabela 149 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item equipamentos de informática

Equipamentos de informática Freqüência %

Ter um computador por aluno 1 50.0

Equipamento com acesso a Internet 1 50.0

Manter todos os equipamentos funcionando - -

Outra - -

Total 2 100 Fonte: Coordenação das EICs / Prodeb, Salvador-BA. 2003.

*Os percentuais foram calculados em relação ao número de citações.

50.0%50.0%

ter um computador por aluno

equipamento com acesso a internet

Tabela 142 - Distribuição das sugestões dos instrutores voluntários segundo item

equipamentos de informática.

240

5. CONCLUSÃO

Este capítulo apresenta a Conclusão que, alicerçada nos resultados,

recapitula sinteticamente os fundamentos teóricos do trabalho monográfico, incluindo

a resposta do problema de pesquisa, sugestões, considerações finais, dando um

fechamento em todo o trabalho, tanto sob o aspecto empírico como teórico.

Esta monografia buscou proporcionar uma maior compreensão sobre a

questão da alfabetização digital e tendo como objeto de estudo o Projeto

Alfabetização Digital, fomentado pela Prodeb.

Ao estabelecer e seguir um caminho metodológico para a elaboração da

pesquisa de campo, confrontamos os fundamentos teóricos com os propósitos do

projeto e foi constatando que esta é uma iniciativa de extrema relevância perante

à sociedade informacional na qual vivemos.

A relevância atribuída à iniciativa da Prodeb em promover ações voltadas

para a inclusão digital, deve-se ao fato de que a informação, hoje, é tida como o

recurso produtivo dominante nos processos de maior valor agregado do

capitalismo mundial. Estar alfabetizado digitalmente, conectado às redes de

informações e dominando o conhecimento de informática, pode fazer a diferença

entre a construção de uma sociedade com qualidade de vida e uma sociedade de

pobreza informacional e de miséria social.

O novo paradigma gerado pela sociedade da informação, a

universalização dos serviços de informação e comunicação, é condição

241

fundamental, ainda que não exclusiva, para se construir uma sociedade da

informação para todos. É urgente trabalhar no sentido da busca de soluções

efetivas para que as pessoas dos diferentes segmentos sociais e regiões

tenham amplo acesso à Internet, evitando assim que se crie uma classe de

info-excluídos.

Nessa perspectiva, a Prodeb e parceiros assumem com o Projeto

Alfabetização Digital um compromisso público de longo alcance, resgata a

responsabilidade social da empresa cidadã, promove a qualificação profissional

em informática para um público carente de diversas comunidades locais, através

das aulas gratuitas. Dessa forma, capacita os alunos para enfrentarem o mercado

de trabalho competitivo e a cada dia mais exigente, bem como, contribui para a

redução do contingente chamado de analfabetos digitais. São ações que

viabilizam a democratização da informação e promovem a melhoria de qualidade

de vida.

Sabendo-se que a perenidade de todo e qualquer projeto deve-se à criação

de uma sistemática de avaliações contínuas, fez-se necessário a realização da

pesquisa de campo, visando responder o seguinte problema:

- Qual a forma de gestão, as barreiras, os resultados e desafios da

Prodeb relativos ao Projeto Alfabetização Digital?

A forma de gestão do Projeto Alfabetização Digital está diretamente ligada

à forma de como ele é operacionalizado. Atualmente, se dá através da

coordenação das ações por um Gerente de Projetos, da execução de atividades

operacionais por um estagiário, orientado e supervisionado pela coordenação e

através de acompanhamento dos relatórios, por parte da Diretoria de

Desenvolvimento de Negócios. Sob o aspecto financeiro, o projeto é

operacionalizado firmando parceiras, recebendo doações, com auto-

sustentabilidade das EICs, com ações voluntárias dos colaboradores e utilizando

recursos materiais da empresa. Não existe nenhum desembolso financeiro das

partes envolvidas.

242

Neste estudo, foram apontadas como barreiras:

- a dificuldade de empenho de alguns dos Coordenadores das

EICs e do entendimento das suas reais atribuições e

competências definidas nos instrumentos jurídicos;

- inexistência de sistematização de reuniões e comunicação entre

os integrantes do projeto;

- a falta de clareza na definição dos papéis da Coordenação do

Projeto e da Coordenação da EIC ;

- deficiência no acompanhamento efetivo do projeto como um todo;

- falta de nivelamento das turmas, quanto à formação escolar dos

alunos;

- dificuldades em aplicar a metodologia pedagógica em relação ao

nível de escolaridade de alguns alunos;

- a impossibilidade de substituição imediata dos voluntários;

- dificuldades na ampliação do quadro de voluntários;

- subdimensionamento da equipe de assessoria do CDI.

Foram mencionados como aos resultados obtidos através do Projeto de

Alfabetização Digital:

- melhoria da imagem e do clima organizacional da Prodeb;

243

- forma de sensibilizar e motivar os colaboradores para as

ações voluntárias;

- contribuição para diminuir o analfabetismo digital;

- capacitação profissional;

- inserção de parte dos alunos formados no mercado de trabalho;

- receber doações de equipamentos;

- a utilização de um modelo de gestão e metodologia pedagógica

de sucesso;

- a distribuição e descentralização das tarefas operacionais com as

EICs, o que possibilita uma maior proximidade com a

comunidade beneficiada;

- trabalhar com parcerias;

- a viabilização e agilidade na implantação de EICs, decorrente de

equipamentos doados;

- as atividades de instrutoria;

- divulgar e expandir os trabalhos da ONG CDI;

- a realização de um trabalho voltado para cidadania auxiliando as

comunidades carentes locais;

- integração do ensino fundamental com o uso da informática.

244

Os desafios a serem enfrentados pela Prodeb, também, considerados

como os fatores críticos de sucesso, podem ser convertidos em ações

importantes para favorecer correção de rumo, feedback, retroalimentação do

projeto. São eles:

- reativar as três EICs que interromperam os trabalhos;

- ampliar e fortalecer a divulgação interna e externa;

- criar indicadores de qualidade;

- ampliar o número de instrutores voluntários e de turmas de

alunos, para otimizar o uso das salas de informática e ampliar as

ações do projeto;

- conquistar novos voluntários de acompanhamento e de instrutoria;

- formar multiplicadores da proposta político-pedagógica;

- estabelecer uma programação de reciclagem e novos treinamentos

para voluntários de instrutoria e de acompanhamento, bem como

dos Coordenadores das EICs;

- firmar novas parcerias;

- intensificar o envolvimento da comunidade;

- adotar uma sistemática contínua de acompanhamento e avaliação.

245

Diante da realidade estudada, sugerimos:

- planejamento das atividades do projeto com definições de metas

e prazos;

- a criação de um vídeo a ser utilizado como instrumento para a

divulgação e conquista de novos parceiros;

- ampliar o quadro de funcionários na área administrativa da

Prodeb, para atuação no Projeto;

- divulgar o projeto em eventos de informática e no meio

acadêmico utilizando os recursos: de palestras, vídeo, folders,

fotos, reportagens;

- estabelecer uma periodicidade para veicular matérias sobre o

projeto no site e jornal eletrônico da empresa;

- criação de banco de dados dos alunos (em curso e formado)

visando acompanhar os resultados das ações do projeto;

- estabelecer contatos e buscar parcerias com empresas para

encaminhar os alunos formados, visando inserção profissional;

- desenvolver trabalhos gerando produtos finais de aplicabilidade e

impacto positivo na comunidade em que a EIC está implantada,

contribuindo com o desenvolvimento sustentável local;

- identificar e planejar visitas às empresas do ramo de tecnologia

em busca de parcerias para o projeto;

246

- desenvolver campanhas para doação de equipamento, adoção

de EICs por outras empresas e recrutamento de voluntários.

Ao identificar as barreiras, os desafios e as sugestões, consideramos que

são informações imprescindíveis para traçar os novos planos de ação e

estratégias a serem operacionalizados pela Prodeb e parceiros, favorecendo o

fortalecimento do projeto, em questão.

Diante do estudo realizado, podemos afirmar que o Projeto Alfabetização

Digital é condição necessária, ainda que não suficiente para a inserção de

indivíduos como cidadãos na Sociedade de Informação. Portanto, é de suma

importância, fortalecer e ampliar o projeto sempre com o foco em:

- promover cada vez mais as ações de cidadania associadas aos

conhecimentos básicos para o uso do computador e da Internet;

- capacitar as pessoas para utilização dessas mídias em favor de

interesses e necessidades individuais e comunitários com

responsabilidade e senso de cidadania;

- promover conhecimento básico de tecnologia de informação

visando inserção no mercado de trabalho e geração de renda;

- possibilitar o acesso a fontes de informação, de espaços de

sociabilidade e em prol do desenvolvimento sustentável local;

Quanto às considerações finais, é pertinente mencionar a adequação da

elaboração da pesquisa de campo no momento atual, uma vez que o projeto

ainda não havia sido submetido a tal avaliação. Vale ressaltar um ponto

importante, que foi a criação da cultura de elaboração de pesquisa de campo,

metodologia que através da análise estatística dos dados serve como instrumento

247

de avaliação global das ações, correções, implementações, além de proporcionar

a aproximação das partes envolvidas no projeto.

A oportunidade de realizar este estudo, em uma importante empresa da

administração pública, atuando como voluntária em um projeto de relevância no

mundo de exclusão digital, foi bastante engrandecedora, pois ir além do plano

teórico, atuando na prática, propicia um ganho de aprendizado muito superior e

de forma lúdica, além de capacitar profissionalmente.

Longe de esgotar o tema, este estudo buscou identificar o projeto e ações

de uma empresa específica, do governo estadual da Bahia, no campo da

alfabetização digital, como uma proposta de ensino de informática gratuito a

serviço da cidadania. Em última instância, objetivou fazer um retrato mais ou

menos fiel do estágio desse projeto e conhecer um pouco melhor como estas

políticas e ações estão se desenvolvendo nas comunidades locais.

248

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7. APÊNDICES