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PARTE II PODER LEGISLATIVO ESTA PARTE É EDITADA ELETRONICAMENTE DESDE 1º DE JULHO DE 2005 ANO XLIV - Nº 203 QUINTA-FEIRA, 1 DE NOVEMBRO DE 2018 IMPRESSO 2 A renovação da As- sembleia Legis- lativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) será maior em 2019 do que a que ocorreu na legislatura atual, quando 33 novos parlamentares assumi- ram seus mandatos. No próxi- mo ano, a mudança represen- tará 51% do quadro do Poder Legislativo fluminense com 36 novos eleitos ocupando as va- gas da Casa. Entre os que tomam posse no dia 1º de janeiro está o de- putado mais votado, Rodrigo Amorim, ex-secretário de Ci- dadania e Direitos Humanos do município de Nilópolis (Bai- xada Fluminense), que se jun- tará a outros 12 parlamentares eleitos pelo PSL, grupo político com a maior bancada da Casa. O segundo partido com mais integrantes na Alerj é o DEM com seis eleitos, seguido pelo MDB que empatou com o PSol e garantiu cinco representan- tes. O PDT, o PRB, o PSD, o PT e o SD ocuparão três cadeiras cada um. Já DC, NOVO, PHS, PP, PRP, PSC e PSDB elegeram dois deputados, enquanto ou- tros dez partidos contarão com um parlamentar cada. Doutor em Ciência Política e Relações Internacionais, o pro- fessor da pós-graduação Lato Sensu em gestão no Poder Legis- lativo da Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (ELERJ), Cláudio Alfradique, aponta que a renovação é “sempre um anseio da sociedade. Ele afirma que o Poder Legislativo é fundamental para a democracia. “É o ambien- te destinado ao livre debate de ideias, à busca de soluções, ao aperfeiçoamento da sociedade no combate a todo tipo de discrimi- nação, à defesa da liberdade e ao bom funcionamento dos demais poderes republicanos”, disse. PROFISSÕES Os militares e profissionais da área de Segurança Pública integram a categoria que mais ocupará vagas na próxima le- gislatura: 12 deputados são do setor. A segunda categoria mais representada é a advocacia: oito parlamentares eleitos são for- mados em Direito, enquanto ou- tros sete são empresários. NÚMERO DE MULHERES Um dos destaques destas eleições foi o crescimento da bancada feminina da Casa. Na próxima legislatura serão 12 mu- lheres, um aumento de 33% em relação às nove deputadas que exercem mandato atualmente na Alerj. A campeã nas urnas foi a paraquedista do Exército Alana Passos (PSL), que teve pouco mais de 106 mil votos e foi a terceira parlamentar mais votada entre os 70 eleitos. O MAIS VOTADO Pai de dois filhos, o advoga- do Rodrigo Amorim (PSL), que teve pouco mais de 140 mil vo- tos, se define como conservador. Formado pela Escola de Magis- tratura do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, ele tem pós-graduação em Direi- to do Trabalho e Legislação So- cial e é especializado em Direito da Saúde. Cidadão honorário de Nilópolis, Teresópolis e Niterói, já ocupou cargos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e em fundações, organizações sociais e redes do Mercosul. O DECANO A partir de 2019, o deputa- do Carlos Minc (PSB) iniciará seu nono mandato consecuti- vo, tornando-se o parlamentar mais antigo na Casa. Ele foi eleito pela primeira vez em 1985 e, aos 67 anos, é autor de 174 leis. No Executivo, ocu- pou os cargos de Secretário de Estado de Meio Ambiente e Ministro do Meio Ambien- te. É professor, economista, geógrafo e ambientalista pre- miado pela Organização das Nações Unidas. A média de idade dos depu- tados que tomam posse em ja- neiro está em cerca de 46 anos contra 49 anos do mandato atual. A partir de 2019, quatro parlamentares estarão abaixo dos 30 anos, enquanto na legis- latura anterior foram cinco de- putados. Cabe destacar, porém, que o número cairá para três parlamentares a partir de abril, pois Alana Passos completará 30 anos de idade. Alerj tem 51% do seu Plenário renovado Crescimento da bancada feminina é destaque da próxima legislatura Thiago Lontra DA REDAÇÃO CULTURA » Nova exposição na Alerj até dia 30 de novembro EDUCAÇÃO » STF reconhece constitucionalidade de lei estadual PÁGINA 3 PÁGINA 2 Rodrigo Amorim (PSL) Marcio Canella (MDB) Alana Passos (PSL) Alexandre Knoploch (PSL) Coronel Salema (PSL) Samuel Malafaia (DEM) André Corrêa (DEM) Lucinha (PSD)B) Renata Souza (PSol) Danniel Librelon (PRB) Rosenverg Reis (MDB) Flavio Serafini (PSol) Max (MDB) Delegado Carlos Augusto (PSD) Tia Ju (PRB) Rosane Felix (PSD) Carlos Macedo (PRB) Gustavo Tutuca (MDB) Luiz Paulo (PSDB) Delegada Martha Rocha (PDT) Zeidan (PT) Marcio Pacheco (PSC) André Ceciliano (PT) Thiago Pampolha (PDT) Franciane Motta (MDB) Jorge Felippe Neto (PSD) Dionisio Lins (PP) Mônica Francisco (PSol) Anderson Moraes (PSL) Filipe Soares (DEM) Luiz Martins (PDT) Carlos Minc (PSB) Fabio Silva (DEM) Dr. Deodalto (DEM) Gustavo Schmidt (PSL) Eliomar Coelho (PSol) Renato Cozzolino (PRP) Vandro Familia (SD) Enfermeira Rejane (PCdoB) Jair Bittencourt (PP) Carlo Caiado (DEM) Welberth Rezende (PPS) Renato Zaca (PSL) Marcos Muller (PHS) Waldeck Carneiro (PT) Marcus Vinícius - Neskau (PTB) Gil Vianna (PSL) Dani Monteiro (PSol) Filippe Poubel (PSL) Doutor Serginho (PSL) Pedro Brazao (PR) Chicão Bulhões (Novo) Rodrigo Bacellar (SD) Bebeto Tetra (Pode) Marcelo Do Seu Dino (PSL) Anderson Alexandre (SD) Val Ceasa (Patri) Bruno Dauaire (PRP) Marcos Abrahão (Avante) João Peixoto (DC) Valdecy da Saúde (PHS) Márcio Gualberto (PSL) Chiquinho da Mangueira (PSC) Pedro Ricardo (PSL) Léo Vieira (PRTB) Alexandre Freitas (Novo) Marcelo Cabeleireiro (DC) Sub Tenente Bernardo (Pros) Giovani Ratinho (PTC) Marina (PMB) OS ELEITOS PARA A 12ª LEGISTATURA (2019-2022) Sede da Alerj, o Palácio Tiradentes passa a contar, a partir de 1º de janeiro, com 36 novos deputados

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Page 1: Alerj tem 51% do seu Plenário renovado · 2016. Na época, a validade da lei foi questionada pela Associação ... Sustentabilidade no manejo do lixo ... evento de abertura da “Semana

PARTE IIPODER LEGISLATIVO

ESTA PARTE É EDITADAELETRONICAMENTE

DESDE 1º DE JULHO DE2005

ANO XLIV - Nº 203QUINTA-FEIRA, 1 DE NOVEMBRO DE 2018

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A renovação da As-sembleia Legis-lativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) será maior

em 2019 do que a que ocorreu na legislatura atual, quando 33 novos parlamentares assumi-ram seus mandatos. No próxi-mo ano, a mudança represen-tará 51% do quadro do Poder Legislativo fl uminense com 36 novos eleitos ocupando as va-gas da Casa.

Entre os que tomam posse no dia 1º de janeiro está o de-putado mais votado, Rodrigo Amorim, ex-secretário de Ci-dadania e Direitos Humanos do município de Nilópolis (Bai-xada Fluminense), que se jun-tará a outros 12 parlamentares eleitos pelo PSL, grupo político com a maior bancada da Casa. O segundo partido com mais integrantes na Alerj é o DEM com seis eleitos, seguido pelo MDB que empatou com o PSol e garantiu cinco representan-tes. O PDT, o PRB, o PSD, o PT e o SD ocuparão três cadeiras cada um. Já DC, NOVO, PHS, PP, PRP, PSC e PSDB elegeram dois deputados, enquanto ou-tros dez partidos contarão com um parlamentar cada.

Doutor em Ciência Política e Relações Internacionais, o pro-fessor da pós-graduação Lato Sensu em gestão no Poder Legis-lativo da Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (ELERJ), Cláudio Alfradique, aponta que a renovação é “sempre um anseio da sociedade. Ele afi rma que o Poder Legislativo é fundamental para a democracia. “É o ambien-te destinado ao livre debate de ideias, à busca de soluções, ao aperfeiçoamento da sociedade no combate a todo tipo de discrimi-

nação, à defesa da liberdade e ao bom funcionamento dos demais poderes republicanos”, disse.

PROFISSÕES

Os militares e profi ssionais da área de Segurança Pública integram a categoria que mais ocupará vagas na próxima le-gislatura: 12 deputados são do setor. A segunda categoria mais representada é a advocacia: oito parlamentares eleitos são for-mados em Direito, enquanto ou-tros sete são empresários.

NÚMERO DE MULHERESUm dos destaques destas

eleições foi o crescimento da bancada feminina da Casa. Na próxima legislatura serão 12 mu-lheres, um aumento de 33% em relação às nove deputadas que exercem mandato atualmente na Alerj. A campeã nas urnas foi a paraquedista do Exército

Alana Passos (PSL), que teve pouco mais de 106 mil votos e foi a terceira parlamentar mais votada entre os 70 eleitos.

O MAIS VOTADO

Pai de dois fi lhos, o advoga-do Rodrigo Amorim (PSL), que teve pouco mais de 140 mil vo-tos, se defi ne como conservador. Formado pela Escola de Magis-tratura do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, ele tem pós-graduação em Direi-to do Trabalho e Legislação So-cial e é especializado em Direito da Saúde. Cidadão honorário de Nilópolis, Teresópolis e Niterói, já ocupou cargos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e em fundações, organizações sociais e redes do Mercosul.

O DECANOA partir de 2019, o deputa-

do Carlos Minc (PSB) iniciará

seu nono mandato consecuti-vo, tornando-se o parlamentar mais antigo na Casa. Ele foi eleito pela primeira vez em 1985 e, aos 67 anos, é autor de 174 leis. No Executivo, ocu-pou os cargos de Secretário de Estado de Meio Ambiente e Ministro do Meio Ambien-te. É professor, economista, geógrafo e ambientalista pre-miado pela Organização das Nações Unidas.

A média de idade dos depu-tados que tomam posse em ja-neiro está em cerca de 46 anos contra 49 anos do mandato atual. A partir de 2019, quatro parlamentares estarão abaixo dos 30 anos, enquanto na legis-latura anterior foram cinco de-putados. Cabe destacar, porém, que o número cairá para três parlamentares a partir de abril, pois Alana Passos completará 30 anos de idade.

Alerj tem 51% do seu Plenário renovado

Crescimento da bancada feminina é destaque da próxima legislaturaThiago Lontra

DA REDAÇÃO

CULTURA » Nova exposição na Alerj até dia 30 de novembro

EDUCAÇÃO » STF reconhece constitucionalidade de lei estadual

PÁGINA 3PÁGINA 2

Rodrigo Amorim (PSL)Marcio Canella (MDB)Alana Passos (PSL)Alexandre Knoploch (PSL)Coronel Salema (PSL)Samuel Malafaia (DEM)André Corrêa (DEM)Lucinha (PSD)B)Renata Souza (PSol)Danniel Librelon (PRB)Rosenverg Reis (MDB)Flavio Serafi ni (PSol)Max (MDB)Delegado Carlos Augusto (PSD)Tia Ju (PRB)Rosane Felix (PSD)Carlos Macedo (PRB)Gustavo Tutuca (MDB)Luiz Paulo (PSDB)Delegada Martha Rocha (PDT)Zeidan (PT)Marcio Pacheco (PSC)André Ceciliano (PT)Thiago Pampolha (PDT)Franciane Motta (MDB)Jorge Felippe Neto (PSD)Dionisio Lins (PP)Mônica Francisco (PSol)Anderson Moraes (PSL)Filipe Soares (DEM)Luiz Martins (PDT)Carlos Minc (PSB)Fabio Silva (DEM)Dr. Deodalto (DEM)Gustavo Schmidt (PSL)Eliomar Coelho (PSol)Renato Cozzolino (PRP)Vandro Familia (SD)Enfermeira Rejane (PCdoB)Jair Bittencourt (PP)Carlo Caiado (DEM)Welberth Rezende (PPS)Renato Zaca (PSL)Marcos Muller (PHS)Waldeck Carneiro (PT)Marcus Vinícius - Neskau (PTB)Gil Vianna (PSL)Dani Monteiro (PSol)Filippe Poubel (PSL)Doutor Serginho (PSL)Pedro Brazao (PR)Chicão Bulhões (Novo)Rodrigo Bacellar (SD)Bebeto Tetra (Pode)Marcelo Do Seu Dino (PSL)Anderson Alexandre (SD)Val Ceasa (Patri)Bruno Dauaire (PRP)Marcos Abrahão (Avante)João Peixoto (DC)Valdecy da Saúde (PHS)Márcio Gualberto (PSL)Chiquinho da Mangueira (PSC)Pedro Ricardo (PSL)Léo Vieira (PRTB)Alexandre Freitas (Novo)Marcelo Cabeleireiro (DC)Sub Tenente Bernardo (Pros)Giovani Ratinho (PTC)Marina (PMB)

OS ELEITOS PARA A 12ª LEGISTATURA

(2019-2022)

Sede da Alerj, o Palácio Tiradentes passa a contar, a partir de 1º de janeiro, com 36 novos deputados

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O Plenário do Supre-mo Tribunal Fede-ral (STF) confi rmou por unanimidade a

constitucionalidade da Lei es-tadual 7.202/2016 que proíbe as universidades particulares de co-brar taxas de repetência, de dis-ciplina eletiva e para realização de provas. A norma, de autoria do deputado Thiago Pampolha (PDT), foi aprovada pela Assem-bleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e sanciona-da pelo governador Luiz Fernan-do Pezão (MDB) em janeiro de 2016. Na época, a validade da lei foi questionada pela Associação Nacional das Universidades Par-ticulares (Anup) que argumen-tou que o texto estadual invadia competências legais da União.

O ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo, reconheceu a legitimidade da Anup como representante das instituições de ensino superior, mas discordou dos argumentos da entidade para invalidar a lei. “Ve-

rifi ca-se que, na espécie, o Esta-do-Membro, ao contrário do que alegado na petição inicial, não in-vadiu a competência privativa da União para legislar sobre direito civil (CF, art. 22, I) ou mesmo a sua competência para a edição de normas gerais atinentes à educa-ção e aos direitos do consumidor (CF, art. 24, V, VIII e IX).”, afi r-mou o ministro em sua decisão.

A Procuradoria Geral da Re-pública também se manifestou favoravelmente à constitucio-nalidade da lei aprovada pela

Alerj. “A Lei 7.202/2016 não pre-tendeu substituir a disciplina do chamado Código de Defesa do Consumidor (CDC – Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990), mas suplementá-la, no desiderato de ampliar a proteção dos consumi-dores fl uminenses em aspectos peculiares a exigências locais, conforme faculta a Constitui-ção”, argumentou o procurador--geral à época, Rodrigo Janot.

Antes da aprovação da norma, diversas faculdades particulares cobravam taxas além da mensa-

lidade. A de repetência se referia ao valor acrescido à mensalidade, no caso de reprovação do aluno em uma ou mais disciplinas. A cobrança sobre disciplina eletiva estava relacionada ao valor soma-do às matérias obrigatórias. A de prova se referia ao valor cobrado sobre procedimentos de avaliação realizados pela instituição.

Para o deputado Thiago Pampolha, a lei irá garantir mais transparência na hora de fazer a matrícula. Além disso, permitirá ao aluno escolher uma

universidade, sabendo o valor da mensalidade até o fi m do curso.

“Em alguns casos, os valores extras, somando todas as taxas, chegam a quase o dobro da men-salidade contratada inicialmen-te. É uma prática abusiva e que não pode continuar. E a lei tem como objetivo corrigir isto”, jus-tifi ca o deputado.

Para aperfeiçoar a lei anterior e garantir o acesso dos estudan-tes a documentos indispensáveis, a Alerj aprovou também a Lei 7.783/17, de autoria da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), que veda a cobrança de taxas na pri-meira emissão de comprovante de matrícula e de histórico esco-lar em faculdades particulares.

A contagem das emissões de-verá ser feita semestralmente. A medida altera a lei 7.202/16, que já proibia a cobrança de ta-xas de repetência e de disciplina eletiva no ensino superior priva-do. “Os estudantes passam por muitas difi culdades e a cobran-ça de diversos valores além da mensalidade contratada é uma delas”, esclarece a autora.

Apesar da proibição defi ni-da pela Lei Estadual 7.193/16, mulheres presas grávidas conti-nuam sendo algemadas durante o trabalho de parto. É o que de-nuncia o Mecanismo Estadual para Prevenção e Combate à Tortura (MEPCT/RJ), órgão da Assembleia Legislativa do Esta-do do Rio de Janeiro (Alerj), em relatório de visita a uma unida-de do Complexo Penitenciário de Gericinó. Em assembleia realizada no dia 19 de outubro, o órgão adiantou os principais pontos do relatório sobre a vis-toria, que ainda será publicado.

Em visita à penitenciária Talavera Bruce, a equipe do Mecanismo ouviu relatos de detentas que disseram que, sob a justifi cativa de seguran-ça, algumas continuam sendo algemadas durante o trabalho de parto. Ao sair da institui-ção, elas são transportadas em um carro (semelhante a um “camburão”) do Serviço de Operações Especiais da Secretaria de Estado de Ad-ministração Penitenciária até a Unidade de Pronto Atendi-mento do complexo peniten-ciário, onde chegam a esperar entre 12 e 15 horas até serem transferidas ao hospital.

Renata Lira, integrante doMecanismo que visitou a uni-dade, explicou que as grávidassão acompanhadas durantetodo o processo (inclusive den-tro da sala de parto) por agentesde segurança homens armadosde fuzis. “A direção da unidadedisse que não tem como avisaros familiares para acompanhá--las durante o resto do trabalhode parto. O único acompanhan-te é esse agente e isso as deixaconstrangidas”, relatou.

Como defi nido pela lei queo criou, o Mecanismo é com-posto também por um comitêformado por representantesdo Poder Público e da socie-dade civil com o principalobjetivo de pensar e formularpolíticas públicas a partir devisitas como a relatada. “Háuma articulação de diferen-tes órgãos. Vamos entrar emcontato, por exemplo, com aUnicef por conta de um even-to realizado, com o MinistérioPúblico e a Defensoria Públi-ca, sobre a promoção de direi-tos das crianças cujos pais es-tão privados de liberdade, emespecial aquelas que nascemnessa situação”, explicou An-tônio Pedro Soares, represen-tante da Comissão de DireitosHumanos da Casa e coordena-dor do comitê.

STF confirma constitucionalidade de lei

Mecanismo denuncia parto de mulheres presas algemadas

Sustentabilidade no manejo do lixo

Carlos Moura/STF

O ministro Alexandre de Moraes afi rma em sua decisão que a lei estadual não invadiu competência da União

Medida aprovada na Alerj proíbe cobrança das taxas por repetência, prova e disciplina eletiva

DA REDAÇÃO

HÉLIO LOPES

LEON LUCIUS

DIREITOS HUMANOS

EDUCAÇÃO

FÓRUM

O Fórum Permanente de De-senvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, vincu-lado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizou no dia 26 de outubro o evento de abertura da “Semana do Lixo Zero” que reuniu diversas organizações públicas e privadas para compartilhar experiências em torno do desenvolvimento sustentável. Os participantes destacaram a importância da co-leta seletiva e relataram as ações de suas instituições. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 99% dos produ-tos são jogados fora até seis me-ses depois de comprados. Segun-do a entidade, serão produzidos dois bilhões de toneladas de lixo só em 2018.

Haroldo Mattos, presidente da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (SEAERJ), falou sobre os obstáculos que afastam do desenvolvimento sustentável. “A espécie humana já dominou o planeta inteiro e a ação está sendo desenvolvida de maneira predatória e comprometendo nosso futuro. Apesar de o pro-gresso humano ser incontestá-vel, nenhuma espécie destruiu tantas outras e consumiu tantos recursos naturais”, avaliou.

Geiza Rocha, secretária-geral do Fórum, falou sobre os desa-fi os de traçar estratégias para comunicação dos objetivos do

desenvolvimento sustentável e da implementação de metas ade-quadas ao tema na Alerj. “Nós desperdiçamos menos quando temos consciência do nosso con-sumo. Por isso é importante falar com o público por meio de exem-plos que possam ser adotados no cotidiano”, declarou.

Jonathan VanSpeier, profes-sor da Fundação Getúlio Var-gas (FGV), afi rmou que ações individuais e coletivas são fun-damentais para mudar o para-digma de desenvolvimento. Ele relatou que, como resultado de empenho de todos os envolvi-dos, especialmente os alunos, a Escola Brasileira de Adminis-tração Pública e de Empresas (Ebape-FGV) aboliu todas as latas de lixo e substituiu por pontos de coleta seletiva. “Nos-so comportamento nos últimos anos foi parasitário com o am-biente. Só tiramos e não devol-vemos. Cada copinho de plásti-co leva de 250 a 400 anos para se decompor. Por isso na Ebape,

nós estamos trocando esse ma-terial por copos reutilizáveis “, contou Jonathan.

Aline Trigo, professora do CEFET, contou que a institui-ção difundiu pontos de coleta seletiva de plástico, papel e resí-duos por todas as suas unidades, atuou na limpeza e separação do lixo e celebrou um termo de compromisso com cooperati-vas de catadores responsáveis pela logística do material. “Nós devemos ser responsáveis com tudo aquilo que produzimos e solidários com as cooperativas de catadores”, ensinou.

Desde 2015 o Fórum de De-senvolvimento Estratégico do Estado do Rio participa da Se-mana Lixo Zero, movimento internacional que é realizando concomitantemente em vários estados do país, que reúne ati-vistas de todo o mundo para tro-car ideias, expor boas práticas e soluções inovadoras e eviden-ciar os desafi os de fazer a gestão dos resíduos sólidos.

Geiza Rocha falou sobre os desafi os de traçar estratégias para comunicação

Thiag

o Lontra

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PODER LEGISLATIVO �������� �

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DIÁRIO OFICIAL PARTE II - PODER LEGISLATIVO

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ENVIO DE MATÉRIAS: As matérias para publicação deverão ser enviadas pelo sistema edof’s ou entregues em mídia eletrônica nas Agências Rio ou Niterói.PARTE I - PODER EXECUTIVO : Os textos e reclamações sobre publicações de matérias deverão ser encaminhados à Assessoria para Preparo e Publicações dos Atos Oficiais - à Rua Pinheiro Machado, s/nº - (Palácio Guanabara - Casa Civil), Laranjeiras, Rio de Janeiro - RJ, Brasil - CEP 22.231-901Tels.: (0xx21) 2334-3242 e 2334-3244.

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Diretor IndustrialLuiz Carlos Manso Alves

Celia AbendDiretora de Comunicação Social

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Design e diagramação

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@instalerj@assembleiaRJ @alerj j.mp/TVAlerj

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O ônibus da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj está atendendo hoje na Praça Ruy Barbosa, no Calçadão de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. A comissão atende presencialmente também em sua sede, que fi ca na Rua da Alfândega 8, no Centro da capital.

Defesa do Consumidor das 9h às 17h01/11

até2018

Nova Iguaçu

#AgoraÉLei

As autoescolas devem ter pelo menos um carro adaptado para a aprendizagem de pessoas com defi ciência. É o que determina a Lei nº 8.142/18 sancionada pelo governador Luiz Fernando Pezão e publicada no Diário Ofi cial do Poder Executivo na última segunda-feira (29/10). A proposta de autoria da ex-deputada Tania Rodrigues revoga a Lei nº 3.622, cuja redação só obrigava as autoescolas com dez veículos ou mais a possuir carros adaptados.

Os órgãos da administração pública direta ou indireta deverão utilizar, preferencialmente, produtos com agregados reciclados em execução de obras e serviços públicos. É o que determina a Lei 8.139/18, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), sancionada pelo governador Luiz Fernando Pezão e publicada no Diário Ofi cial do Poder Executivo no dia 26 de outubro.

A norma não se aplica às obras de caráter emergencial ou contratadas por dispensa de licitação, além das obras em que a utilização de agregados reciclados seja tecnicamente ou economicamente inviável e quando não houver disponibilidade de agregados reciclados no mercado.

» Autoescolas deverão oferecer carro adaptados para PCDs

» Reciclados em obras públicas

Rafael W

allace

A vida urbana do Rio em exposição na AlerjMostra reúne 60 fotos de Luis Teixeira Mendes

CULTURA

GUSTAVO NATARIO

A exposição “Crônica de uma cidade ama-da”, do fotógrafo Luis Teixeira Men-

des, foi inaugurada na última terça-feira (30/10), no Salão Nobre do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislati-va do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A mostra reúne 60 fo-tografi as da cidade do Rio, em que o artista faz uma leitura do cotidiano urbano de uma ma-neira misteriosa e peculiar. As fotos fi carão expostas até o dia 30 de novembro.

“Meu objetivo nesta mostra é apresentar um Rio de Janeiro romântico, passional e miste-rioso”, declarou Luís Teixeira Mendes, que além de fotógrafo, é jornalista e produtor teatral.

O artista começou na foto-grafi a há cinco anos, tendo au-las com o curador da mostra, o fotógrafo Walter Firmo, que é especialista em imagens de rua e de espetáculos musicais. “Sou discípulo deste grande mestre. Ele que me incentivou a fotogra-far a cidade do Rio. Mostrei para

Walter a foto ‘Anjos da Noite’, que retratava o Beco do Rato, na Glória. “Ele fi cou encanta-do e me falou para focar neste tipo de trabalho, fotografando a cidade sob o olhar misterioso e com uma luz diferente. Então passei dois anos realizando este trabalho diariamente”, explica entusiasmado o artista.

A exposição no Palácio Tira-dentes é a segunda de Luis Tei-xeira. Antes, o trabalho havia sido exposto no Museu da Repú-

blica com 12 mil visitantes em três meses.

Subdiretora-geral de Cultura da Alerj, Fernanda Figueiredo explicou que a equipe do depar-tamento visitou a exposição do artista no Museu da República. “Vimos que tinha tudo a ver com o Palácio Tiradentes e con-vidamos o artista. Acredito que o mais impactante e especial dessa exposição é que o artista consegue juntar o urbano com o humano. Ele pega a paisagem linda do Rio, em um momento diferenciado e com uma luz es-pecial, sempre colocando o fator humano dentro da foto. A expo-sição é uma mistura da questão do sentir do fotógrafo e do amor pela cidade”, afi rmou.

Várias pessoas prestigiaram a inauguração da exposição. En-tre elas, a professora e funcio-nária pública Márcia Pinto. Ela ressaltou o ângulo diferenciado pelo qual o artista apresenta a capital fl uminense. “Ele retra-ta lugares importantes, como a escadaria da Igreja da Penha, de forma poética. Isto leva o espec-tador a uma viagem através da história”, destacou Márcia.

■ Quando: 30/10 a 30/11

■ O que: “Crônica de uma cidade amada”

■ Onde: Palácio Tiradentes: Rua Primeiro de Março, s/nº- Praça XV – Centro

■ Horários: De seg. a sábado, de 10h as 17h. Domingos e feriados, de 12 as 17h

■ Telefone: 2588-1186

■ Inclusão: Acesso a cadeirantes – Rua D. Manuel

PROGRAME-SE!

“Crônica de uma cidade amada” poderá ser visitada até 30 de novembro no Salão Nobre do Palácio Tiradentes

Thiag

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