alemanha - aicep portugal globala polónia, a hungria e a turquia – 8º, 9º e 10º fornecedores...

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Alemanha Síntese setorial de moldes 1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MERCADO Fonte: ITC - International Trade Centre 144 130 100 110 120 130 140 2011 2012 2013 2014 2015 Mundo Alemanha Evolução das importações de moldes - Alemanha vs Mundo (2011=100) 997 1 078 1 133 1 152 1 204 722 811 874 887 937 275 267 259 265 268 0 200 400 600 800 1 000 1 200 2011 2012 2013 2014 2015 Milhões de Euros Balança comercial de moldes - Alemanha Exportações Importações Saldo China 27,2% Suíça 13,2% Itália 12,2% Rep. Checa 6,7% Portugal 6,3% Áustria 4,8% EUA 3,7% Polónia 2,7% Hungria 2,6% Turquia 2,3% Outros 18,3% Principais fornecedores de moldes à Alemanha em 2015 Posição da Alemanha no comércio mundial de moldes (NC 8480) em 2015: Importações: 4º importador mundial (6,1% do total em valor) Exportações: 5º exportador mundial (7,3% do total em valor) 6,9% 6,4% 6,7% 6,1% 7,8% 6,6% 5,1% 5,6% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 2011 2012 2013 2014 2015 Total 8480 - Moldes 848071 - Moldes de injeção e compressão para plástico e borracha 848079 - Moldes para plástico e borracha n.e Quota da Alemanha nas importações mundiais totais, de moldes, de moldes para plástico ou borracha e de outros n.e 14,2% 27,2% 15,6% 13,2% 16,8% 12,2% 6,9% 6,7% 6,6% 6,3% 0% 6% 12% 18% 24% 30% 2011 2012 2013 2014 2015 China Suíça Itália Rep. Checa Portugal 8,5% 4,8% 2,3% 3,7% 1,9% 2,7% 2,6% 2,6% 2,1% 2,3% 0% 2% 4% 6% 8% 2011 2012 2013 2014 2015 Áustria EUA Polónia Hungria Turquia Principais fornecedores - quotas mais reduzidas Principais fornecedores - quotas mais elevadas

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Page 1: Alemanha - aicep Portugal GlobalA Polónia, a Hungria e a Turquia – 8º, 9º e 10º fornecedores – têm quotas próximas e uma evolução favorável no mercado. Entre 2011 e 2015,

AlemanhaSíntese setorial de moldes

1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MERCADO

Fonte: ITC - International Trade Centre

144

130

100

110

120

130

140

2011 2012 2013 2014 2015

Mundo Alemanha

Evolução das importações de moldes - Alemanha vs Mundo (2011=100)

997 1 078

1 133 1 152 1 204

722 811

874 887 937

275 267 259 265 268

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Balança comercial de moldes - Alemanha

Exportações Importações Saldo

China 27,2%

Suíça 13,2%

Itália 12,2% Rep. Checa 6,7%

Portugal 6,3%

Áustria 4,8%

EUA 3,7%

Polónia 2,7%

Hungria 2,6%

Turquia 2,3%

Outros 18,3%

Principais fornecedores de moldes à Alemanha em 2015

Posição da Alemanha no comércio mundial de moldes (NC 8480) em 2015: Importações: 4º importador mundial (6,1% do total em valor) Exportações: 5º exportador mundial (7,3% do total em valor)

6,9%

6,4% 6,7%

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2011 2012 2013 2014 2015Total8480 - Moldes848071 - Moldes de injeção e compressão para plástico e borracha848079 - Moldes para plástico e borracha n.e

Quota da Alemanha nas importações mundiais totais, de moldes, de moldes para plástico ou borracha e de outros n.e

14,2%

27,2%

15,6% 13,2%

16,8%

12,2%

6,9% 6,7%

6,6% 6,3%

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6%

12%

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2011 2012 2013 2014 2015

China Suíça Itália Rep. Checa Portugal

8,5%

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2,7% 2,6% 2,6%

2,1% 2,3%

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Áustria EUA Polónia Hungria Turquia

Principais fornecedores - quotas mais reduzidas Principais fornecedores - quotas mais elevadas

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aicep Portugal Global

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Moldes (dezembro 2016)

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Principais aspetos a salientar:

De acordo com os dados do ITC – International Trade Centre, em 2015, a Alemanha foi o 3º maior importador mundial de bens, com 6,4% do total. Nos moldes, ocupava a 4ª posição no ranking, respondendo por 6,1% das importações mundiais desses produtos.

Entre 2011 e 2015, o ritmo de crescimento médio anual das importações alemãs foi inferior ao mundial, tanto nas importações de bens (1,3% versus 3,3%), como de moldes (6,8% contra 9,7%). As exportações alemãs tanto de bens como de moldes cresceram de forma sustentada entre 2011 e 2015, se bem que abaixo da média mundial.

No mesmo período, a balança comercial de bens da Alemanha foi sempre superavitária, tendência idêntica à do setor dos moldes que, ao longo de cinco anos, vem verificando saldos favoráveis, sempre na ordem dos 260M€.

No quadro dos dez maiores fornecedores de moldes à Alemanha, exceto nos casos de Itália e da Áustria, os valores das importações em 2015, superam largamente os registados em 2011.

Os cinco maiores fornecedores são responsáveis por mais de 65% do mercado alemão de moldes em 2015.

A China ultrapassou a Itália e a Suíça em 2012, e ascendeu à liderança do mercado, com uma quota de 27,2%, em 2015 (14,2% em 2011). A tendência das importações alemãs tem sido de forte crescimento, com uma taxa média de variação anual de 25,9%, entre 2011 e 2015. No último ano, a Alemanha comprou 255M€ de moldes chineses (mais 150M€ que no início do período).

A Suíça ocupava, em 2015, a 2ª posição entre os fornecedores de moldes, com uma quota de 13,2% (123M€). As compras alemãs de moldes a este país tiveram um comportamento irregular nos últimos cinco anos. Apesar da taxa média de crescimento anual de 2,6%, 2012 e 2014 foram anos de contração. Em 2011, a quota de mercado era superior (15,6%) mas, em valor, as importações ficaram 10M€ abaixo das registadas em 2015.

A Itália tem perdido importância no mercado alemão de moldes; depois das importações terem atingido 150M€ em 2012 (18,5% do mercado), as contrações foram sucessivas até se fixarem em 114M€ em 2015 (12,2%). Em média, a diminuição foi de 8,5% ao ano.

Em 2015, a Alemanha importou 63M€ em moldes da República Checa (4º fornecedor), que representaram 6,7% do mercado. No início do período foram importados 50M€ que correspondiam a 6,9% do total.

Portugal posicionou-se como 5º fornecedor, e as compras alemãs de moldes portugueses têm aumentado a um ritmo médio de 5,8% ao ano. Em 2015, fixaram-se em 59M€ (6,3% do total), quando, em 2014, foram alcançados 64M€, isto é, 7,2% do mercado. Existem discrepâncias entre os valores de importação da Alemanha a Portugal (59M€) e os das exportações portuguesas para o mercado alemão (127M€). Este facto pode, eventualmente, resultar das fontes de informação utilizadas pelo ITC.

A Áustria ocupa, em 2015, o 6º lugar no ranking de fornecedores, com 45M€ (4,8% do total). Apesar do aumento das importações alemãs entre 2011 (61M€) e 2013 (70M€), os anos seguintes foram de decréscimo. No cômputo geral, a taxa média de variação anual foi -5,7%.

A Alemanha importou 34,6M€ de moldes dos EUA (3,7%), em 2015. Em termos gerais, houve uma evolução positiva desde 2011, ano em que as compras se fixaram em 16,9M€ (2,3% do mercado).

A Polónia, a Hungria e a Turquia – 8º, 9º e 10º fornecedores – têm quotas próximas e uma evolução favorável no mercado. Entre 2011 e 2015, as compras alemãs de moldes à Polónia passaram de 13,6M€, para 25,5M€ (de 1,9% para 2,7%); no caso húngaro, houve um aumento de 19M€ para 24M€, e o peso no mercado rondou 2,6%; por fim, as importações à Turquia crescerem de 15,3M€ para 21M€ (de 2,1% para 2,3%).

De referir que, em 2015, 70% das importações alemãs deste setor foram moldes para plásticos ou borracha, para moldagem por injeção ou compressão. As compras da Alemanha a Portugal deste tipo de moldes atingiram 90% do total. Nesta categoria, Portugal foi o 4º fornecedor do mercado, com uma quota de 8,2%.

Em 2015, 11,4% das importações alemãs do setor a Portugal foram outros moldes para plásticos ou borracha. Esta categoria de moldes representou 6,1% das compras alemãs de moldes portugueses.

Assim, os moldes para plástico ou borracha constituem praticamente a totalidade dos fornecimentos de moldes de Portugal à Alemanha (95,7% em 2015).

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2. RELACIONAMENTO BILATERAL

- Erofio - Engenharia e Fabricação de Moldes, SA

- IMA - Industria de Moldes de Azeméis, SA

- MD Moldes - Manuel Domingues, Lda

- MDA - Moldes de Azeméis, SA

- Moldetipo II, Lda

- Mold-Tech Portugal, Lda

- Moliporex, SA

- SETsa - Sociedade de Engenharia e Transformação, SA

- Simoldes Aços, SA

- Tecnimoplás - Indústria Técnica de Moldes, Lda

Fonte: INE

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Maiores exportadoras portuguesas de moldes para a Alemanha em 2015

(ordem alfabética)

Observação: Esta informação considera apenas pessoas coletivas (sociedades) e exclui

as empresas não identificadas e as que pediram confidencialidade. Fonte: INE

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Mundo Alemanha

Evolução das exportações portuguesas de moldes para o mundo vs para a Alemanha (2011=100)

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Balança comercial de moldes - Portugal/Alemanha

Exportações Importações Saldo

Principais aspetos a salientar:

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 2015, a Alemanha foi o 3º cliente das exportações portuguesas de bens (5 883M€) e o 2º fornecedor (7 768M€), com uma quota de 11,8% nas saídas e de 12,8% nas entradas de mercadorias.

Em 2015, a Alemanha foi o 1º cliente de Portugal de moldes. Com aquisições de 126M€, respondeu por 21,3% das exportações portuguesas do setor. As vendas destes produtos portugueses para o mercado alemão cresceram de forma sustentada, a uma média de 8,4% ao ano.

Enquanto fornecedor de moldes a Portugal, a Alemanha ocupa a 3ª posição, com uma quota de 12,1% (17,8M€). As importações de moldes à Alemanha aumentaram a um ritmo médio anual de 2,5%.

Assim, o saldo da balança comercial bilateral de moldes é positivo, e com uma tendência de reforço do superavit ao longo do período (em 2015 atingiu 108M€).

No conjunto das exportações portuguesas de bens, o peso da Alemanha decresceu entre 2011 e 2013 (para um mínimo de 20,3%) e, nos dois anos seguintes, recuperou 1 ponto percentual. Relativamente aos moldes, o decréscimo foi gradual, de 13,5% para 11,8%.

Nos moldes para plástico ou borracha, para moldagem por injeção ou compressão, as vendas portuguesas à Alemanha atingiram 115M€ em 2015 (mais de 90% do total das exportações em moldes). Entre 2011 e 2015, as exportações portuguesas destes moldes cresceram a um ritmo significativo, 14,1% ao ano.

Posição da Alemanha no comércio externo português de moldes em 2015: Exportações: 1º cliente (21,3% do total em valor) Importações: 3º fornecedor (12,1% do total em valor)

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11,8%

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21,3%

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Exportações totais para Alemanha / Mundo

Exportações de moldes para Alemanha / Mundo

Quota da Alemanha nas exportações portuguesas totais e de moldes

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3. DESTAQUES DO MERCADO

A Alemanha, maior economia da Europa, viu o seu Produto Interno Bruto (PIB) crescer 1,5% em 2015 e prevê um crescimento de 1,6% em 2016. Nos últimos anos, as sanções da UE à Rússia e a fraca procura por parte dos parceiros da zona Euro, limitaram o desempenho da economia alemã. No entanto, e embora continue vulnerável a choques externos, a Alemanha está em melhor situação económica que os seus vizinhos europeus (em grande parte graças às sólidas receitas das exportações).

O excedente orçamental de mais de 21 mil milhões de euros, alcançado durante o primeiro semestre de 2015, foi o maior superavit semestral em mais de 15 anos, e o mais importante do mundo. O investimento público representa quase 10% do orçamento de 2016 (30 900 milhões de euros), o que significa um aumento de cerca de 1 000 milhões de euros em relação a 2015.

A Alemanha atingiu a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 24 anos (menos de 5%) e conta, atualmente, com 43 milhões de trabalhadores assalariados, o maior número de sempre.

Produção

Apesar da crise europeia, a indústria de moldes e ferramentas terminou 2015 de forma positiva. O ambiente de negócios é favorável, e não se esperam grandes alterações. Praticamente um terço das empresas filiadas na associação da indústria de moldes só tem clientes no mercado interno. Para os restantes, o fluxo dos seus produtos prossegue com a intensificação das suas atividades no estrangeiro.

Também nas empresas do setor se confirma o ambiente positivo. Num questionário elaborado pelo Departamento de Ferramentas de Precisão, da Associação da Indústria de Máquinas e Equipamentos Técnicos (VDMA), em 2015, dirigido a fabricantes de moldes e ferramentas, 3/4 afirmaram esperar a mesma tendência positiva para 2016. Contudo, existe alguma preocupação por parte dos pequenos fabricantes com o aumento dos prazos de pagamento. Esta situação pode tornar-se incomportável, por não terem robustez financeira e, por sua vez, capacidade para negociar prazos mais alargados com os seus fornecedores.

Os fabricantes alemães de ferramentas de precisão, para além de serem dos maiores empregadores no setor de máquinas, são dos principais impulsionadores de inovação na metalomecânica. Estas empresas procuram concentrar-se na investigação e desenvolvimento, pois apenas com inovações nas técnicas de produção é possível abrir caminho para novos produtos.

A produção alemã de moldes para moldagem por injeção ou compressão foi avaliada em 2 339 milhões de euros. Nos últimos 6 anos, houve um aumento médio de 6,5% ao ano. Dentro das diversas categorias de moldes, os para plástico são os mais significativos (83%) e os que mais têm crescido (7,1% ao ano).

Fonte: Statistisches Bundesamt (Serviço Federal de Estatística); VDMA (Associação da Indústria de Máquinas e Equipamentos

Técnicos)

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O número de empresas tem-se mantido estável, nos últimos quatro anos, com os moldes para plástico a liderar de forma destacada, representando 85% do total.

Fonte: Statistisches Bundesamt (Serviço Federal de Estatística); VDMA (Associação da

Indústria de Máquinas e Equipamentos Técnicos)

A procura alemã de moldes, em 2015, ultrapassou os 2 mil milhões de euros e 45,3% do total foi coberto por moldes importados. O comércio externo alemão do setor tem crescido nos últimos seis anos, a uma taxa superior à da produção nacional (6,5%).

Fonte: Statistisches Bundesamt (Serviço Federal de Estatística); VDMA (Associação da Indústria de Máquinas e Equipamentos Técnicos)

Nos últimos anos, este setor desenvolveu-se fortemente impulsionado pela concorrência asiática. Os modelos de negócio menos competitivos foram substituídos por outros mais ajustados aos desafios da indústria. Flexibilidade e segurança do processo produtivo, qualidade de produto e celeridade no seu desenvolvimento são as principais exigências do mercado. No sentido de as conseguir satisfazer, o setor teve de deixar de ser um simples fornecedor de hardware. Para além disso, valoriza-se o acompanhamento do processo, desde o desenvolvimento do molde, à sua fabricação e posterior manutenção.

Os moldes influenciam consideravelmente as estruturas de operações de fabrico, no tipo, número, sequência e velocidade das fases de fabricação. Esta lógica passou a estar cada vez mais presente no desenvolvimento do produto, na medida em que, através de uma construção bem adaptada à produção, podem ser evitados, erros e garantir uma diminuição dos custos de produção. Com ferramentas simuladoras especiais pode mostrar-se, ainda na fase de desenvolvimento, a funcionalidade do molde.

As principais indústrias clientes de moldes são a automóvel e a de transformação de plástico, destinada a produtos como as embalagens, os dispositivos médicos e os componentes elétricos e eletrónicos.

Indústria automóvel

A procura de veículos novos mantém-se em crescimento. Tanto nos EUA como na China, o mercado automóvel atinge valores elevados e, na Europa Ocidental, o crescimento destaca-se com os melhores níveis dos últimos cinco anos. Esta evolução reflete-se positivamente na indústria automóvel alemã, fortemente orientada para a exportação.

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Dados da associação alemã da indústria automóvel (VDA) indicam que o número de trabalhadores no setor, composto por fabricantes de veículos, componentes e reboques, ultrapassou 792 600 em 2015, que corresponde a um aumento de quase 18 000 postos de trabalho em relação ao ano anterior. Destes, cerca de 40% concentram-se no fabrico de componentes.

Principais indicadores da indústria automóvel e do fabrico de componentes na Alemanha

Fonte: VDA (Associação da Indústria Automóvel)

Em 2015, o volume de negócios gerado pela indústria automóvel alemã foi de 405 mil milhões de euros (10% mais do que em 2014), que representa 20% da faturação total da indústria. O fabrico de componentes foi responsável por 19% da indústria automóvel (76 mil milhões de euros).

Destaca-se também a concentração de unidades fabris OEM (Original Equipment Manufacturer) na Alemanha. Existem atualmente 41 OEM no país, com uma quota de 51% no mercado da Europa Ocidental. Dos 100 maiores fornecedores mundiais do setor automóvel, 21 são alemães.

A Alemanha mantém-se, assim, a quarta maior produtora, a seguir à China, EUA e Japão. Os fabricantes alemães de veículos registaram exportações de 263 mil milhões em 2015 (aumento de 11,3% em relação ao ano anterior). O mercado interno atingiu 141 mil milhões de euros (um aumento de 7,7% face a 2014).

Evolução do volume de negócios da indústria automóvel alemã (em milhões de euros)

Fonte: VDA (Associação da Indústria Automóvel), a partir de dados do Statistisches Bundesamt

A principal base da indústria automóvel alemã assenta na fabricação de veículos ligeiros de passageiros. Em 2015, foram produzidos mais de 5,7 milhões de unidades, o que representa um crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior. Destes, 4,4 milhões foram exportados.

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A produção de empresas alemãs no estrangeiro foi de 9,4 milhões de unidades. Deste modo, com um total de 15,1 milhões de viaturas produzidas, os fabricantes alemães lideram o mercado de veículos ligeiros a nível mundial, sendo responsáveis por mais de 19% da produção global. Uma característica da indústria automóvel alemã é a aposta em investigação e desenvolvimento. Em 2015, foi o setor mais intensivo em I&D na Alemanha, o investimento ascendeu a 20,6 mil milhões de euros. Em comparação com 2014, houve um aumento de 4,6%. Os principais objetivos foram o aumento da eficiência dos motores convencionais, redução das emissões de CO2 e otimização dos processos de produção. De acordo com os dados da Comissão Europeia, a indústria automóvel alemã representa 34% do total das despesas mundiais de I&D do setor.

As relações entre as OEM e os seus fornecedores têm vindo a evoluir, condicionadas por um conjunto de fatores, incluindo o aumento da diversidade de modelos e variantes, a diminuição do ciclo de vida dos produtos, a modularização e as estratégias de montagem, a racionalização dos custos, a dinâmica resultante da implementação de novas tecnologias e o desenvolvimento da soluções alternativas de mobilidade.

Esta multiplicidade de desafios colocados à indústria automóvel traduz-se numa necessidade crescente de recursos tecnológicos, o que tem levado a que as OEM externalizem a procura de soluções, ficando os fornecedores cada vez mais responsáveis pela inovação - e criação de valor – no setor automóvel.

De acordo com a VDA, o papel dos fornecedores continuará a ganhar relevância, particularmente a nível dos motores de combustão, dos motores elétricos, da transmissão, carroçaria e exteriores.

A indústria de moldes portuguesa, bem posicionada mundialmente, poderá tirar partido dos desenvolvimentos que se anteveem para os próximos anos. Para além das principais feiras do setor de moldes, os contactos neste mercado deverão ser intensificados, designadamente através da participação continuada em feiras internacionais do setor automóvel que se realizam na Alemanha, como a IZB, a IAA, a Automechanika e, ainda, a feira industrial de Hannover.

Indústria de transformação de plástico

A indústria alemã de moldes é muito forte, desenvolvida em termos tecnológicos e usufrui, junto da indústria de transformação de plástico, de uma excelente imagem. Destaca-se a utilização de tecnologia de topo, o cumprimento de prazos e a qualidade dos produtos.

A indústria transformadora de plástico apresentou um crescimento entre 4 e 5% em 2015. No mesmo ano, na sondagem da associação alemã da indústria de processamento de plásticos (GKV), junto dos seus associados, constatou-se que dois terços das empresas questionadas assinalaram um aumento do volume de negócios em 2014, e quase um terço das empresas pretendia contratar mais colaboradores. Após a contração dos últimos anos, 37% das empresas perspetivava investir e 44% indicou um alargamento da sua capacidade produtiva, que pode atribuir-se à recuperação e posterior estabilização da procura.

As tendências no plástico concentram-se, cada vez mais, na procura de um produto inovador e de alta tecnologia, em detrimento do material estandardizado. Em ambos os casos, a otimização do fabrico em termos económicos mantem-se a principal prioridade. Porém, na transformação de plástico, surgem tendências fortes para processos de fabrico complexos, combinados com elevado grau de automatização, englobando uma diversidade de materiais no produto final, com uma melhoria significativa da multifuncionalidade.

Além disso, verificam-se tendências para uma produção customizada, implicando um aumento do número de variáveis na produção, com ciclos de vida curtos, designadamente tecnologias de impressão 3D.

A estreita interação entre a tecnologia dos materiais e a produção (incluindo automatização no fabrico de estruturas leves), assim como uma utilização eficiente de matérias-primas e energia em todas as fases do processo de fabrico, irão marcar o desenvolvimento futuro.

Aliado a estas tendências, e ao desenvolvimento técnico dos materiais, assiste-se a uma elevada concorrência entre as empresas europeias. A procura mundial de plásticos aumentou e a capacidade produtiva será alargada em muitos países. O mercado alemão continua a apresentar-se como o mais importante em termos europeus, tendo sido, em 2013, responsável por mais de um quarto da procura.

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Distribuição da procura de plástico na Europa em 2013

Fonte: PlasticsEurope (PEMRG)/Consultic/ECEBD

Uma parte essencial da produção deslocou-se para países da Europa de Leste e da Ásia. Como consequência, as empresas destes países desenvolveram-se tecnicamente, acabando por colocar sob forte pressão os fabricantes de peças simples e de produtos em série da Alemanha.

A conjuntura de desenvolvimento internacional e a evolução das estruturas de mercado e produção, criaram vários desafios à indústria alemã de transformação de plástico. Os principais fatores apontados são os custos, disponibilidade de matéria-prima, energia, eficiência de reciclagem e necessidade de trabalhadores especializados.

Apesar destes desafios, a indústria alemã neste setor apresenta uma evolução favorável. Nos dois últimos anos, o volume de negócios da indústria transformadora de plástico teve um aumento médio anual de 2%, atingindo um total de 59,8 mil milhões de euros em 2015. Os impulsionadores deste desenvolvimento foram os componentes para as indústrias automóvel, elétrica e eletrónica e maquinaria que cresceram, em média anual, 3,2% e as embalagens, com um aumento de 2,9%. No seu conjunto, a indústria transformou 13,6 milhões de toneladas de plástico em 2015.

Vendas da indústria transformadora de plástico na Alemanha

Fonte: GKV (Associação da Indústria de Processamento de Plásticos)

No mesmo ano, mais de 60% do total do volume de negócios (37,8 mil milhões de euros) foram realizados no mercado interno e, 22 mil milhões de euros no exterior. Este nível de exportação representa um acréscimo de 3,6% face a 2014. O setor integra 2 853 empresas, que empregam 316 000 pessoas.

Volume de negócios e emprego da indústria transformadora de plásticos

Fonte: GKV (Associação da Indústria de Processamento de Plásticos)

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A indústria de transformação de plástico cria novas oportunidades de negócio em numerosos mercados de aplicação. Novas tecnologias de produção abrem um leque de utilização crescente em quase todas as indústrias. Entre as mais importantes, destacam-se a embalagem, a construção, a indústria elétrica e eletrónica e os dispositivos médicos.

A proporção da embalagem no mercado do plástico atinge 35% do total. A utilização do plástico nas embalagens tem crescido de forma constante e, atualmente, na Europa, mais de metade dos bens é embalada em plástico. Na Alemanha, em 2015, o setor industrial de embalagem teve uma produção de 4,5 milhões de toneladas e vendas de 14,4 mil milhões de euros.

A segunda cliente do plástico, a indústria de construção, absorve 22% da produção. O plástico é indispensável na construção de edifícios modernos, devido à sua durabilidade, fácil manuseamento e baixos custos de manutenção. As maiores oportunidades surgem no segmento dos materiais de grande eficiência energética.

A indústria elétrica e eletrónica corresponde a 6% do total de aplicação do plástico. Com 850 000 trabalhadores e vendas de 179 mil milhões de euros, é um dos maiores setores industriais na Alemanha. A utilização do plástico nesta indústria atinge cerca de 20% do total da procura. As qualidades isoladoras e flexíveis do plástico são ideais para a sua utilização neste setor que é, a nível mundial, o ramo industrial com o crescimento mais rápido e, na Alemanha, o quarto mais lucrativo.

A Alemanha é o mercado europeu mais importante para o setor dos dispositivos médicos e o terceiro maior no mundo. Com um volume de negócios de 28,4 mil milhões de euros e empregando cerca 130 000 trabalhadores, este setor é um pilar importante da economia alemã. Em 2015, as empresas do setor assinalam um crescimento na ordem dos 11% no volume de negócios internacional (19,2 mil milhões de euros). O peso da exportação atingiu 68% nesse ano. A utilização do plástico nesta área tem vindo a aumentar, incluindo a sua incorporação no desenvolvimento de produtos tecnologicamente avançados, como próteses ortopédicas e órgãos artificiais.

Abordagem ao mercado

De um modo geral, na seleção dos fornecedores, as empresas alemãs utilizadoras de moldes dão a máxima importância ao cumprimento rigoroso de prazos, dado estarem sob enorme pressão dos clientes, por haver o risco de causar atrasos na cadeia de produção (a falta de uma peça pode paralisar todo um processo produtivo).

O planeamento rigoroso dos prazos de entrega, desde o recebimento dos dados do artigo a injetar, passando pelo design, projeção e fabrico do molde, é uma condição fundamental em todo o processo. O não cumprimento do prazo é razão suficiente para abandonar o fornecedor e até o país desse fabricante.

Na seleção de fornecedores, a qualidade é outro critério de grande importância. Habitualmente, as empresas entregam aos fabricantes de moldes cadernos de encargos que definem as normas, os tipos de aço, as tolerâncias, os pontos de injeção e outros detalhes. Não é condição indispensável que os fabricantes de moldes possuam o certificado de gestão de qualidade DIN EN ISO 9001 (ou semelhante), embora possa ser vantajoso. Têm de ter, porém, sistemas de controlo de qualidade próprios.

Normalmente, as empresas que encomendam os produtos fazem elas próprias uma auditoria tanto aos fabricantes que pretendem selecionar como seus fornecedores, certificando-se dos equipamentos que possuem, verificando se têm departamentos de construção com CAD, entre outros. As exigências são tanto maiores quanto maior a precisão que a peça de plástico requer, sendo as tolerâncias ínfimas nos casos da indústria automóvel ou da eletrónica.

A proximidade geográfica perdeu importância devido à facilidade de comunicação. De modo geral, as empresas transmitem por e-mail os dados sobre o design e as especificações técnicas de construção do artigo de plástico aos seus fornecedores de moldes.

Os produtores de moldes portugueses têm de oferecer a possibilidade de testar o molde, ainda em fábrica, de modo a que esteja garantida a produção em série sem falhas.

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Sugestões às empresas portuguesas

Portugal está em forte competição com países como a República Checa, Áustria, Coreia do Sul, Hungria e China. Deve haver uma cuidadosa análise do mercado e uma adaptação permanente da oferta, de maneira a defender a posição no mercado. A indústria portuguesa de moldes tem uma imagem bastante favorável e é relativamente bem conhecida na Alemanha. Importa continuar a investir na expansão dessa imagem, através da participação das empresas portuguesas em feiras setoriais, particularmente na K, Fakuma e Moulding Expo, que possibilitam o contacto com potenciais clientes. Para o efeito, é necessário aperfeiçoar os instrumentos utilizados na apresentação da oferta portuguesa, nomeadamente a elaboração atempada dos anuários de fabricantes e atualização das respetivas bases de dados.

As empresas alemãs dão uma importância secundária aos preços e às condições de pagamento. No entanto, em geral, parte-se do princípio de que os preços dos moldes portugueses têm de ser inferiores aos dos fabricados na Alemanha.

A indústria deverá continuar a envidar esforços no aperfeiçoamento dos seus processos produtivos, nomeadamente no planeamento dos prazos de entrega, tomando consciência de que, na Alemanha, é um fator decisivo para a criação de uma imagem que transmita confiança.

No caso dos produtores que fornecem para segmentos de qualidade menos exigente, devem ter em consideração que concorrem com países que oferecem preços inferiores e, portanto, só se poderão destacar através da qualidade.

Por outro lado, devem manter-se os investimentos no domínio da certificação das empresas (introdução e implementação de sistemas de gestão de qualidade), assim como na oferta de um bom serviço. Só por este caminho se conseguirá assegurar, de forma duradora, uma presença significativa na Alemanha.

Por fim, as empresas deverão continuar a desenvolver estratégias de marketing a médio e longo prazo que lhes permitam responder com rapidez e flexibilidade à contínua evolução do mercado. Para tal, há que identificar os pontos fracos e os pontos fortes, definir objetivos e analisar em que segmento, tipo de molde ou componente se encontra a competência da empresa.

4. ASPETOS REGULAMENTARES

Regime de Importação

Tributação aduaneira

Direitos Aduaneiros:

Não há lugar ao pagamento de direitos aduaneiros, pois está em funcionamento o mercado interno, onde as mercadorias circulam livremente sem haver lugar a qualquer controlo alfandegário.

Outras Taxas:

IVA: A União Europeia (UE) aplica um Sistema Comum do IVA, sendo que, no entanto, os países da UE beneficiam de uma certa flexibilidade, incluindo a determinação das taxas do IVA. Na Alemanha, os moldes estão sujeitos à taxa genérica de 19%.

Fontes: Portal Europa – Taxation and Customs Union (VAT) / VAT Rates (data de atualização – 01.08.2016): Value-added Tax (Germany Trade & Invest); Point of Single Contact – Germany.

Formalidades de Importação

Não obstante a liberdade de circulação de mercadorias no território comunitário é necessário cumprir algumas exigências.

A Fatura Comercial assume uma importância vital no âmbito destas trocas, uma vez que foram suprimidos todos os documentos aduaneiros de controlo na Alfândega, servindo, assim, como único documento comercial onde se encontra a descrição completa das mercadorias transacionadas.

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Com a entrada em vigor do Mercado Único, foi publicada legislação sobre o IVA intracomunitário, tendo sido necessário que todos os Estados-membros atribuíssem um número de IVA aos respetivos sujeitos passivos (antecedido das iniciais de cada país). Assim, no contexto das trocas intracomunitárias, as faturas comerciais devem sempre indicar os números de registo em IVA do vendedor e do adquirente, com indicação do país em causa e correspondente expressão codificada. Informação disponibilizada no Portal Europa – FAQ’S – pergunta n.º 11.

Na página da Comissão Europeia podem ser consultados os números de identificação fiscal dos operadores de todos os Estados-membros da UE: Sistema de Intercâmbio de Informações sobre o IVA (VIES) – Validação n.º IVA / Perguntas Mais Frequentes sobre o VIES.

Para mais esclarecimentos sobre esta matéria os interessados podem contactar a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) / Direção de Serviços do Imposto sobre o Valor Acrescentado (DSIVA), Av. João XXI, 76 – 3.º, Apartado 8290, 1049-065 Lisboa, telefone: 217610351/354, fax: 217936508, e-mail: [email protected], CAT.: 707 206 707.

Para além da fatura comercial, é também importante que o vendedor português apresente junto do Instituto Nacional de Estatística (INE) a Declaração Intrastat. O Sistema Intrastat é o método de recolha da informação estatística sobre as transações de bens entre os Estados-membros da UE e aplica-se às mercadorias em livre circulação no território comunitário. Assim, todas as pessoas singulares ou coletivas que intervenham numa transação de bens intracomunitários que esteja abrangida pelo IVA e que ultrapasse os valores (anuais) dos limiares estatísticos de assimilação (para o ano de 2016: chegadas de 350 000€ a 4 999 999€ / expedições de 250 000€ até 6 499 999€) estão legalmente obrigadas a fornecer informação estatística ao INE, através do preenchimento da Declaração Intrastat.

No que se refere aos requisitos legais para a comercialização do produto não existe regulamentação técnica a observar pelos moldes resultante da transposição de Diretivas comunitárias de aplicação obrigatória (Marcação CE / Lista das Diretivas Nova Abordagem).

Tratando-se de peças utilizadas em processos de fabrico (ex.: de plástico; borracha; metal), não há requisitos específicos aplicáveis; a única legislação comunitária relevante está relacionada com aspetos da embalagem (Diretiva n.º 2000/29/CE), nomeadamente materiais de embalagem de madeira utilizados para o transporte dos produtos (ex.: caixotes; caixas; paletes; esteiras). Também o Regulamento REACH n.º 1907/2006/CE é importante do ponto de vista dos óleos protetores e anti corrosão utilizados nas embalagens.

No que respeita às embalagens de madeira, os agentes económicos portugueses deverão contactar com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) / Divisão de Serviços de Sanidade Vegetal (DSDV) / Divisão de Inspeção Fitossanitária e Materiais de Propagação Vegetativa (DIFMPV) para obtenção dos esclarecimentos necessários.

Relativamente ao Regulamento REACH são várias as autoridades competentes, atuando cada uma no âmbito das respetivas competências; o Helpdesk nacional funciona junto da Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. (IAPMEI), que presta informações, gratuitamente.

Para mais informação sobre o quadro legal aplicável aos moldes na União Europeia (entre outra), os interessados podem consultar o folheto – Moulds for Plastics or Rubber in the EU (2015), do Centre for the Promotion of Imports from Developing Countries (CBI), do Ministry of Foreign Affairs Netherlands.

Salientar, finalmente, que as empresas portuguesas devem inquirir junto dos seus clientes no mercado alemão sobre a necessidade de cumprir eventuais normas/requisitos técnicos específicos nacionais e processos de certificação. No site da German Institute for Standardization (que remete para o da Beuth Standards Solutions) os interessados podem solicitar informação sobre normas técnicas.

Fontes: Autoridade Tributária e Aduaneira (AT); Instituto Nacional de Estatística (INE); Instituto Português da Qualidade (IPQ) / Marcação CE / Produtos que devem ter a designação “marcação CE” / O que é uma Diretiva “Nova Abordagem”; EUR-Lex (Acesso ao Direito da União Europeia); Material de Embalagem de Madeira, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) / Divisão de Serviços de Sanidade Vegetal (DSDV) / Divisão de Inspeção Fitossanitária e Materiais de Propagação Vegetativa (DIFMPV); Portal REACH (Helpdesk Portugal) / Ministério da Economia; Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. (IAPMEI); Centre for the Promotion of Imports from Developing Countries (CBI), Ministry of Foreign Affairs Netherlands; German Institute for Standardization.

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Entraves

Não são conhecidos entraves na venda de moldes para a Alemanha.

5. OUTRAS INFORMAÇÕES PRÁTICAS SOBRE O MERCADO

Fabricantes (membros das associações setoriais)

Indústria de processamento de plástico (GKV)

Indústria de embalagens de plástico (IK)

Indústria de máquinas e equipamentos técnicos (VDMA)

Indústria automóvel (VDA)

Principais entidades relacionadas com o setor

GKV Gesamtverband Kunststoffverarbeitende Industrie e.V. - Industry Association of the Plastics Converters Associação da Indústria de Processamento de Plástico

IK Industrievereinigung Kunststoffverpackungen e.V.- Industry Association for Plastics Packaging Associação da Indústria de Embalagens de Plástico

AVK Industrievereinigung verstärkte Kunststoffe e.V. - Industry Association of Reinforced Plastics Associação da Indústria de Plásticos Reforçados

pro-K Industrieverband Halbzeuge und Konsumprodukte aus Kunststoff e.V. - Industry Association of Semi-finished Products and Consumer Plastics Products Associação da Indústria de Produtos Plásticos Semi-acabados e de Consumo

TecPart Verband Technische Kunststoff-Produkte e.V. - Association for Technical Plastics Products Associação da Indústria de Plásticos Técnicos

VDMA Verband Deutscher Maschinen- und Anlagenbau e.V. – Mechanical Engineering Industry Association Associação da Indústria de Máquinas e Equipamentos Técnicos

VDA Verband der Automobilindustrie - Association of the Automotive Industry Associação da Indústria Automóvel

Principais feiras e eventos setoriais no mercado

Moulding Expo – International trade fair for tool, pattern and mold making. Stuttgart, 30 de maio a 2 de junho de 2017.

Fakuma – International trade fair for plastics processing. Friedrichshafen, 17 a 21 de outubro de 2017.

Euromold – World fair for mold and patternmaking tooling, design, additive manufacturing and product development. Munique, 24 a 26 de outubro de 2017.

Euroguss – International trade fair for die casting: technology, processes and products. A maior feira europeia do setor de moldes para fundição injetada). Nuremberga, 16 a 18 de janeiro de 2018.

K 2019 – Trade fair for plastics and rubber. A mais importante feira mundial da indústria de plásticos e borracha. Düsseldorf, 16 a 23 de outubro de 2019.

Hannover Messe – Industrial trade fair. 24 e 28 de abril de 2017.

Feiras do setor automóvel

Automechanika - Automotive Service Industry. Frankfurt, setembro de 2018 (data a confirmar).

IAA - International Motor Show. Frankfurt, 14 a 24 de setembro de 2017. Hannover, de 20 a 27 de setembro de 2018.

IZB - International Suppliers Fair. Wolfsburg, outubro de 2018 (data a confirmar).

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Publicações especializadas

Kunststoffe Kunststoffe International Adhäsion - Kleben & Dichten K-Zeitung – Kunststoff und Kautschuk KGK Kautschuk Gummi Kunststoffe KGK Rubberpoint Kunststoff-Berater Plastverarbeiter Recycling Magazin Verfahrenstechnik International Polymer Processing Neue Verpackung Estudos de mercado do setor

Injection Moulders in Germany. 2016, AMI's directory, desde 305€.

Production, Conversion and Recovery of Plastics in Germany 2015. 2016, Consultic / BKV Plastics Concepts Recovery,

96 páginas, 400€. (Study Summary, 24 páginas).

Packaging Industry in Germany. 2016, Euromonitor, 20 páginas, 1 750€.

Plastic Products in Germany. 2013, Euromonitor, 26 páginas, 550€.

Rubber Products in Germany. 2013, Euromonitor, 21 páginas, 550€.

Electromobility in Germany: Vision 2020 and Beyond. 2015, Germany Trade & Invest (GTAI), 49 páginas.

The Automotive Industry in Germany. 2016, Germany Trade & Invest (GTAI), 20 páginas.

The Plastics Industry in Germany. 2016, Germany Trade & Invest (GTAI), 16 páginas.

Tooling in Germany 2016, 2016, WBA Aachener Werkzeugbau Akademie / WZL Werkzeugmaschinenlabor, RWTH Rheinisch

-Westfälischen Technischen Hochschule Aachen, Fraunhofer IPT Institut für Produktionstechnik, 42 páginas.

Mechanical engineering - figures and charts 2016, 2016, VDMA - Verband Deutscher Maschinen- und Anlagenbau.

Outra informação sobre o mercado publicada pela AICEP

Síntese País

Ficha de Mercado

Oportunidades e Dificuldades do Mercado

Guia Prático de Acesso ao Mercado