internacionalização do azeite português na polónia

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Marketing Internacional AZEITE OLIWY Z OLIWEK Implantação de um produto Português na Polónia Ana Isabel Sousa José Manuel Barros ISVOUGA Marketing, Publicidade e Relações Públicas 3º Ano 2º Semestre

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Marketing Internacional

AZEITE

OLIWY Z OLIWEK

Implantação de um produto Português na

Polónia

Ana Isabel Sousa

José Manuel Barros

ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas

3º Ano – 2º Semestre

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Marketing Internacional | Azeite | Polónia

ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros

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Índice

1 Introdução e Objectivo .............................................................................................. 3

2 O Produto – Azeite .................................................................................................... 4

2.1 O Azeite em Portugal ......................................................................................... 4

2.2 Principais características do Azeite ................................................................... 5

2.3 Necessidades de adequação/adaptação do produto ao novo mercado .......... 6

2.4 Gama do produto ............................................................................................... 7

3 A Polónia como Mercado Alvo .................................................................................. 8

3.1 Caracterização geral do país ............................................................................. 8

3.2 Dados Macroeconómicos ................................................................................ 10

3.3 Análise Interna – Pontos Fortes ...................................................................... 14

3.4 Análise Interna – Pontos Fracos ..................................................................... 14

3.5 Análise Externa - Oportunidades..................................................................... 15

3.6 Análise Externa - Constrangimentos ............................................................... 16

4 Os clientes alvo ....................................................................................................... 18

5 O mercado em valor ................................................................................................ 19

6 Metodologia de abordagem ao mercado ................................................................ 24

6.1 Canais de distribuição e Gama de produtos ................................................... 25

6.2 A Comunicação ................................................................................................ 26

6.2.1 Media ........................................................................................................ 26

6.2.2 Feiras e eventos gastronómicos .............................................................. 26

6.2.3 Internet e outras redes ............................................................................. 27

6.2.4 Material de suporte promocional e de apoio à venda .............................. 27

7 Fluxograma das Acções a realizar .......................................................................... 28

8 Anexos - Material promocional................................................................................ 29

9 Anexos - Glossário .................................................................................................. 43

10 Bibliografia e webografia ......................................................................................... 45

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1 Introdução e Objectivo

Este trabalho foi realizado na licenciatura do Curso de Marketing, Publicidade e

Relações Públicas, no âmbito da disciplina de Marketing Internacional.

O objectivo do trabalho é a internacionalização de um produto iminentemente

português, elaborando um plano de actividades que visa implementar essa

internacionalização num dos países escolhidos a partir de uma lista prévia (Bulgária,

Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia e República Checa), proposta

pelo docente.

A escolha deste grupo de trabalho recaiu no azeite como produto a

internacionalizar na Polónia, pelas razões que neste trabalho se fundamentarão.

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2 O Produto – Azeite

A oliveira, árvore mítica e símbolo da imortalidade, funde-se com a história, a

tradição e a cultura dos povos mediterrânicos. A sua origem, na sua forma primitiva,

remonta à Era Terciária – antes do nascimento do homem – e situa-se, segundo a

opinião de vários autores, na Ásia Menor, talvez na Síria ou Palestina, região onde

foram descobertos vestígios de instalações de produção de Azeite e fragmentos de

vasos datados do início da Idade do Bronze. O facto é que em todo o Mediterrâneo

foram encontradas folhas de oliveira fossilizadas, datadas do Paleolítico e do Neolítico.

Por volta de 3000 antes de Cristo, a oliveira era já cultivada por todo o

“Crescente Fértil”. A dispersão desta cultura pela Europa mediterrânica ter-se-á ficado

a dever aos gregos que com os romanos, eram grandes entusiastas e produtores de

Azeite, igualmente pródigos a descobrir-lhe aplicações e, não contentes com as

múltiplas utilizações que lhe davam na cozinha, utilizavam ainda o Azeite como

medicamento, unguento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação,

lubrificante de alfaias e impermeabilizante de tecidos.

Mais tarde, a cultura do olival espalhou-se pela bacia do Mediterrâneo e, com

as expedições marítimas dos portugueses e espanhóis, a oliveira acabou por navegar

até às Américas. Depois, onde as condições climatéricas lhe foram favoráveis, foi-se

propagando um pouco por todo o mundo.

2.1 O Azeite em Portugal

O olival é uma cultura com uma larga tradição no território nacional,

confundindo-se com a própria cultura lusitana, muitos anos antes do nascimento da

nacionalidade.

Em Portugal, a cultura da Oliveira perde-se nos tempos mais remotos.

Segundo rezam as crónicas, os Visigodos já a deviam ter herdado dos Romanos e

estes, possivelmente, tinham-na encontrado na Península Ibérica. Por sua vez, os

Árabes mantiveram esta cultura e fizeram-na prosperar, sendo que a palavra Azeite

tem origem no vocábulo árabe az-zait, que significa “sumo de azeitona”. Resistente à

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seca, de fácil adaptação aos terrenos pedregosos, a oliveira tornou-se numa presença

constante na agricultura portuguesa.

De facto, as primeiras manifestações da importância da cultura da oliveira em

Portugal aparecem nas províncias onde a reconquista cristã mais tardiamente se

realizou. Os primeiros forais referentes à produção olivícola dizem respeito às

províncias portuguesas da Estremadura e do Alentejo. Até finais de século XII, em

Portugal, não é mencionada a cultura da oliveira nem o interesse económico da sua

produção. Contudo, no século XIII, o Azeite já ocupa um lugar importante no nosso

comércio externo, posição que manterá posteriormente, podendo afirmar-se que esta

gordura era um produto muito abundante na Idade Média.

Mais tarde, são as ordens religiosas que, com o seu papel na revitalização da

agricultura, dedicam especial atenção ao fabrico do Azeite. O “óleo sagrado” vai ter

uma importância fundamental na economia do Convento de Santa Cruz de Coimbra,

do Mosteiro de Alcobaça, da Ordem dos Freires de Cristo, da Ordem do Templo e da

Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O Azeite esteve sempre presente nos recantos da vida diária dos portugueses:

na candeia do pobre e no candelabro do rico, na mesa frugal do camponês e nos

solenes templos de velhos cultos. Mítico, bíblico, romanesco e histórico, “o Azeite vem

sempre ao de cima”. Enfrentou a nova verdade dos mercados selectivos e deixou de

ser simplesmente o Azeite, para adoptar o berço de uma origem e assumir a

identidade de uma marca.

2.2 Principais características do Azeite

O Azeite é muito apreciado desde a antiguidade pelo seu valor gastronómico,

pelas suas características químicas, biológicas e organolépticas, mas também porque

as suas propriedades preventivas e terapêuticas fazem dele uma gordura

absolutamente insubstituível. O Azeite Virgem conserva o sabor, o aroma, as

vitaminas, os antioxidantes, sendo a única gordura vegetal que pode ser consumida,

directamente, virgem e crua.

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Estudos realizados provaram que países onde a dieta é tradicionalmente rica

em Azeite, como a que se verifica nos povos mediterrâneos, têm uma incidência muito

menor de doenças cardiovasculares. O Azeite é uma gordura essencialmente

monoinsaturada, rica em vitamina E e outros antioxidantes naturais (caroteno e

polifenóis) que ajudam o nosso organismo a defender-se dos “radicais livres”

responsáveis pelo envelhecimento celular, prevenindo os efeitos nocivos da idade

sobre as funções cerebrais e o envelhecimento dos tecidos e órgãos em geral.

O Azeite tem uma composição em ácidos gordos essenciais que se aproxima

da do leite materno e que proporciona o seu fornecimento adequado, atendendo às

necessidades de um organismo em crescimento. Mercê do seu ácido oleíco (que se

metaboliza facilmente) é uma excelente fonte de energia, inclusive para um coração

doente. Contrariamente às gorduras animais saturadas reduz o "mau" colesterol (LDL)

no sangue, mantendo o nível do "bom" colesterol (HDL). O Azeite, pelo seu alto teor

em ácidos gordos monoinsaturados, é também aconselhado na diabetes,

influenciando positivamente os valores de açúcar e gordura no sangue. A nível ósseo,

favorece a mineralização, estimulando o crescimento e favorecendo a absorção do

cálcio. Também pode proteger de alguns tipos de cancro, particularmente o da mama.

Estas características fazem com que o azeite seja um produto de cada vez

mais reconhecido e valorizado e por isso com um elevado potencial de crescimento a

nível global. Estas características deverão ser acentuadas e valorizadas no processo

de comunicação. O azeite foi um dos primeiros produtos portugueses a ser exportado.

2.3 Necessidades de adequação/adaptação do produto ao novo mercado

Dado tratar-se da internacionalização de um produto genuinamente português

(apesar de não ter a exclusividade do produto, Portugal é um dos principais produtores

tradicionais) e cuja estratégia reside precisamente na valorização das suas

características únicas, não se justificam por isso quaisquer alterações ou adaptações

do produto ao mercado polaco. Muito pelo contrário, trata-se de um produto que se

identifica com a sua origem e cuja mensagem reside precisamente nas suas

características intrínsecas.

Para além da tradução dos rótulos, em virtude das normas europeias, não se

torna necessário qualquer adaptação.

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2.4 Gama do produto

Os Azeites hoje disponíveis no mercado português são de vários tipos, que se

diferenciam pelo seu processo de fabrico, maturação e variedade da azeitona e região.

As principais designações são:

Azeite Virgem Extra - Azeite de qualidade superior, com sabor e cheiro intensos a

azeitona sã. Não apresenta nenhum defeito organoléptico. Acidez igual ou inferior a

0,8%. Obtido por processos mecânicos e físicos.

Azeite Virgem Azeite de boa qualidade, com sabor e cheiro a azeitona sã. Acidez

igual ou inferior a 2%. Obtido por processos mecânicos e físicos.

Azeite – contém azeite refinado e azeite virgem Trata-se de azeite refinado,

enriquecido com azeite virgem, aromático e frutado, com grau de acidez igual ou

inferior a 1,0%.

Dentro dos Azeites que se encontram no mercado podem, ainda, encontrar-se

os Azeites com Denominação de Origem Protegida” (DOP) que têm origem numa

área geográfica delimitada, com solos e clima característicos e são exclusivamente

elaborados com azeitonas de certas variedades de oliveiras, os “Azeites da

Agricultura Biológica” que são provenientes de olivais conduzidos de acordo com o

modo de produção biológico, tal como previsto pela Regulamentação Europeia. E

finalmente os “Azeites Elementares ou Monovarietais” que são obtidos de uma só

variedade de azeitona.

Produção e Consumo Mundial de Azeite

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3 A Polónia como Mercado Alvo

3.1 Caracterização geral do país

A Polónia é uma República (República

da Polónia) com uma forma de governo

parlamentar-presidencial, baseada no

equilíbrio e separação dos poderes

legislativo, executivo e judicial. Com uma

população de 38,18 milhões de habitantes

(Nov. 2009), e uma superfície de 311.899 km2,

é, em termos populacionais e de superfície, o

maior país do conjunto dos PECO (Países da

Europa Central e Ocidental).

A sua capital é Varsóvia (1.707 mil habitantes - Dezembro de 2007), outras

cidades importantes são Łódź, Kraków, Wrocław, Poznań, Gdańsk, Szczecin.

Relativamente à religião a maioria da população é cristã, com 97% aderentes à Igreja

Católica Romana. A língua oficial é o polaco e a unidade monetária é o Zloty (PLN).

Sob o antigo regime socialista, de economia estatal e planificação central, a

indústria pesada mereceu sempre a preferência das autoridades, em prejuízo das

indústrias viradas para a satisfação das necessidades imediatas da população e do

sector de serviços transaccionáveis.

A Polónia era, então, conhecida sobretudo como um grande produtor de

carvão, cobre e enxofre, ferro e aço, no que respeita a matérias-primas e produtos

intermédios, e produtor de máquinas e equipamentos, no tocante a bens de capital.

A transição para a economia de mercado, de livre iniciativa, que teve lugar

entre o final da década de 80 e o início dos anos 90, implicou três alterações radicais

no sistema socioeconómico: a introdução da democracia, com aceitação de um regime

pluripartidário; o predomínio da propriedade privada, em detrimento da propriedade

estatal (actualmente cerca de 96,2% das empresas existentes funcionam no sector

privado gerando cerca de 80% do PIB e empregando 71% da população activa); e,

finalmente, a reestruturação profunda do tecido económico.

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No período de 1989-2006, a estrutura da economia polaca registou, à

semelhança do que fora outrora observado em outras economias desenvolvidas, o

predomínio final do sector terciário na formação do produto interno bruto (PIB) e a

consequente perda de peso dos sectores primário e secundário.

Em termos do sistema bancário, a Lei do Banco Nacional da Polónia (BNP), de

Agosto de 1997, define a gestão da política monetária do país. O objectivo básico do

BNP é obter a estabilidade dos preços. Foi criado o Conselho de Política Monetária

que tem a responsabilidade de estabelecer as linhas directrizes da política monetária,

com carácter anual.

Mau grado os efeitos negativos provocados pela crise financeira em 2008, com

a diminuição da taxa de crescimento do PIB, aumento da taxa de desemprego,

desvalorização do Zloty (moeda local), aumento do risco e das taxas de juro, a Polónia

continua a oferecer um mercado potencial e de oportunidade.

Oportunidade concreta que o grupo sentiu a necessidade de aproveitar, dada a

conjuntura favorável e previsões de crescimento e desenvolvimento devido à

dimensão do mercado e suas características:

• 40 Milhões de habitantes;

• Membro da União Europeia;

• Mercado com elevado potencial de crescimento, em processo de

convergência para as médias da EU.

Com a entrada na União Europeia em 1 de Maio de 2004, a Polónia passou a

fazer parte integrante da União Aduaneira, caracterizada, nomeadamente, pela livre

circulação de mercadorias e pela adopção de uma política comercial comum em

relação a países terceiros.

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3.2 Dados Macroeconómicos

A partir de meados de 2003, a economia polaca entrou num ciclo de

crescimento que a converteu numa das mais dinâmicas da UE, o que se manteve até

ao momento presente. Com efeito, apesar da crise económico-financeira mundial a

Polónia registou a quarta maior taxa de crescimento do PIB (5,0% para 6,8%, em

2007), apenas atrás da Roménia, Eslováquia e Bulgária, enquanto que, em 2009, terá

sido, segundo a EIU – Economist Intelligence Unit, a única daquelas economias a

registar uma taxa de crescimento positiva (1,7%). Estes resultados são ainda mais

expressivos em comparação com as taxas de crescimento do PIB da UE27, em 2008

e 2009 (estimativa): 0,7% e -4,1%, respectivamente.

No conjunto da UE, a economia polaca tem sido aquela que melhor resistiu à

crise mundial, o que se deverá ao facto da Polónia contar com o maior mercado, no

conjunto dos PECO, uma taxa moderada de abertura da sua economia ao exterior

(66,0% em 2009 – a 3ª mais baixa no conjunto dos 12 países do alargamento), e uma

situação financeira relativamente equilibrada das empresas polacas.

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No período de 2007-2009, o PIB cresceu a uma taxa média de 5,4% ao ano,

superando a da UE27 (2,2%) e a da Zona Euro (2,4%). A procura interna (6,3% em

média ao ano) foi o factor determinante do crescimento económico, com o consumo

privado e a formação bruta de capital fixo dando os maiores contributos.

Segundo informação do Millennium BCP (2010) e ICEP (2010), consideram a

Polónia como um dos casos de sucesso da União Europeia e com grandes

potencialidades futuras, esperando-se taxas de crescimento do PIB de 2,6% em 2010

e 3,1% em 2011, devendo crescer até 3,7% em 2012, superando sempre as taxas de

crescimento da UE27 e da Zona Euro, mas, marcadamente aquém das taxas de

crescimento registadas no período de 2005-2008, figurando novamente a procura

interna como locomotiva do crescimento, com a formação bruta de capital fixo e o

consumo privado como principais factores dinamizadores.

A taxa de inflação que montou a 3,1% em 2009 (2,7% em média no período de

2007-2009), em consequência principalmente do forte aumento nominal dos salários,

com um diferencial acentuado das taxas de crescimento dos salários reais e

produtividade do trabalho, e dos aumentos dos preços do petróleo e alimentos no

mercado internacional, cai ligeiramente para 2,9% em 2010 (estimativa), devendo

continuar esta tendência para 2,8% e 2,7%, em 2011 e 2012, respectivamente.

De todos os modos, pode afirmar-se que a Polónia não sofreu de problemas

inflacionários graves, tendo a sua economia evitado a recessão.

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A taxa média de desemprego, que caíra de 9,6% em 2005 para 8,2% em 2009,

caiu ainda mais em 2008 (7,1%), devendo montar a 10,0% em 2010, iniciando-se

depois um movimento descendente até 7,9% em 2012, continuando, portanto, ainda

além da taxa de 2008, mostrando, assim, a persistência dos efeitos negativos da crise

económico-financeira mundial na economia polaca, embora menos acentuados do que

noutras economias desenvolvidas.

Relativamente à moeda, depois duma desvalorização até Julho 2009 verifica-

se uma valorização sistemática do zloty em relação ao Euro sobretudo fruto da

desvalorização do Euro em relação ao Dólar. Contudo há que ter presente, por

exemplo, que o zloty se tem mostrado como uma moeda significativamente volátil,

mantendo-se ainda o risco do zloty enfraquecer, caso os investidores venham a julgar

que o governo enfrenta dificuldades em alcançar os seus objectivos. Apesar deste

constrangimento para que quer exportar para a Polónia, ao se tornar membro da UE,

esta assumiu também o compromisso de adesão à UEM, o que pressupõe no curto

prazo que este problema deixará de existir em 2015 (nova data de adesão à UEM).

Taxas de câmbio de referência: Banco de Portugal

País Moeda 18/05/2011 17/05/2011 16/05/2011 13/05/2011

POLÓNIA ZLOTI POLACO PLN 3,9263 3,9288 3,9303 3,9173

1 EUR = 3,97 PLN (câmbio médio, entre 01 de Janeiro e 05 de Maio de 2010)

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Moeda Notas Cheques

Abrev. Descrição Compra Venda Compra Venda

PLN ZLOTY NOVO POLÓNIA 4,15400 3,68380 3,96590 3,87190

Fonte: BPI - Data: 20/05/2011 Hora: 08:29

Alguns dados mais sobre “Ranking” de negócios:

o Risco político – A

o Risco de estrutura económica – BB

o Risco país – BB (AAA = risco menor; D = risco maior)

o “Ranking” em negócios – índice 7,28 (10 = máximo)

o “Ranking” geral – 28 (entre 82 países) (EIU – Maio 2010)

o Risco de crédito: 2 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Abril 2010)

o Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp+Imp/PIB = 66,0% (2009)

o Imp. / PIB = 33,6% (2009)

o Imp. / Imp. Mundial = 1,2% (2008)

Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) - Country Report

EIU – Country Profile; EIU Viewswire; WTO; COSEC

Fonte: Eurostat

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3.3 Análise Interna – Pontos Fortes

Excelentes condições edafoclimáticas adaptadas à cultura do olival, com importante

diversidade de variedades, que potenciam os requisitos para a produção de azeite

de qualidade.

Benefícios intrínsecos associados ao consumo do azeite.

As preocupações com a qualidade da alimentação são já um factor estruturante em

favor do consumo de azeite.

Aumentos anuais progressivos da produção proporcionais às novas áreas de olival.

Sector estratégico que tem tido nos últimos anos um grande desenvolvimento, com

a modernização dos lagares e das técnicas agrícolas do olival, com novas práticas

de processamento, para além da expansão das áreas em produção, a par da

inovação no marketing e comercialização, que demonstram uma grande dinâmica e

um elevado nível técnico.

Reconhecimento internacional dos azeites portugueses, devido às suas

características e especificidade com inúmeros prémios internacionais (ex. Conselho

Oleícola Internacional), situação que se perspectiva poder continuar. As variedades

tradicionais com as suas especificidades são um complemento indispensável à

produção de azeite com características amplamente reconhecidas.

A bolsa de novos consumidores está longe de estar esgotada. A procura continua a

alargar-se, mo plano interno e externo.

Diferenciação positiva em relação às outras oleaginosas que não exigem condições

edafoclimáticas adaptadas à cultura e cujas características são semelhantes em

todos os países.

Experiência na exportação para diferentes países.

Apoios ao olival e melhoria da qualidade e certificação de azeite e azeitona de

mesa DOP/IGP.

3.4 Análise Interna – Pontos Fracos

Apoios em fase degressiva.

Descida dos preços em Portugal.

O azeite inicia processos de deterioração a partir do momento em que é extraído,

logo não poderá ser armazenado por períodos muito prolongados de tempo.

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O mercado nacional não permite o escoamento da produção total do azeite, em que

o consumo doméstico se encontra relativamente estagnado há vários anos, o

aumento da produção nacional torna imperiosa a dinamização das exportações.

3.5 Análise Externa - Oportunidades

A tradição mediterrânea de temperar os pratos com um fio de azeite,

substituindo muitas vezes as gorduras animais, geralmente presentes na cozinha

polaca, entra cada vez mais nos hábitos culinários dos polacos, especialmente como

complemento às saladas de legumes, consumidas em grandes quantidades. A

importação de azeite tem aumentado sistematicamente desde a segunda metade dos

anos 90, devido a uma forte promoção da dieta mediterrânica, como uma dieta

saudável onde é bastante comum o uso destes produtos, antigamente quase

desconhecidos na Polónia Essas alterações nos hábitos de consumo da população

abrem excelentes oportunidades de negócios para alguns dos produtos da chamada

“dieta mediterrânea”.

O uso destes produtos tornou-se muito frequente e aconselhado pelos

nutricionistas polacos. Para a divulgação destes hábitos contribuíram decisivamente

as viagens de férias dos polacos para os países do Sul da Europa e a implementação

da grande distribuição que aumentou e diversificou a oferta alimentar na Polónia.

Por outro lado existe na Polónia algum uso do azeite como produto de

embelezamento e estética, nomeadamente através de massagens, máscaras,

tratamentos de pele e cabelo. São vários os blogues polacos que dão conselhos e

mostram a utilização do azeite como produto terapêutico, enaltecendo estas

qualidades.

Vantagens comparativas da Polónia

Leis económicas estáveis;

Força de trabalho altamente qualificada;

Força de trabalho relativamente barata;

Perspectivas de forte potencial para a economia polaca;

Redução dos custos no mercado de trabalho e imobiliário;

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Apoio financeiro fornecido pelos Programas da EU e Programas Nacionais aos

investidores;

Condições especiais (isenções ficais e apoios financeiros) nas Zonas Económicas

Livres;

Apoio da EU para importantes infra-estruturas de obras públicas (estradas, caminho

de ferro, etc.)

Especificamente para o sector do Azeite, Conselho Oleícola Internacional (COI)

concede apoios a candidaturas individuais para participação em feiras e realização de

materiais de promoção. Estas candidaturas são feitas directamente no COI, que as

financia em 50%. Do mesmo modo existem apoios e iniciativas patrocinadas pelo

ICEP no apoio ao comércio externo.

3.6 Análise Externa - Constrangimentos

Numa fase inicial de abordagem, constata-se um défice de informação sobre a

realidade e as características actuais do mercado polaco.

Falta de acesso aos canais de grande distribuição.

Mercado em grande mutação social e económica que requer um acompanhamento

directo e frequente dos clientes locais por parte do exportador.

Mercado bastante competitivo, com uma forte presença de empresas locais e

estrangeiras de grande qualidade e onde as empresas portuguesas podem

encontrar dificuldades se não tiverem uma correcta, agressiva e persistente

estratégia de internacionalização.

Burocracia ao nível da administração pública, traduzida num elevado número de

documentos necessários em qualquer processo administrativo.

Lentidão e rigidez do sistema judicial, o que se tem procurado minimizar através do

aconselhamento por parte de advogados locais.

Precariedade das infra-estruturas de transportes, sobretudo ao nível das auto-

estradas.

Dimensão territorial do país (semelhante à de Espanha), com 42 cidades com mais

de 100.000 habitantes.

Tradicional “nacionalismo polaco” e algum “proteccionismo” e preferência por

empresas locais.

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Dificuldades de comunicação relacionadas com a língua, que gradualmente se vai

ultrapassando pelo facto de um número cada vez maior de polacos dominarem a

língua inglesa.

Distância geográfica que condiciona as comunicações e o transporte de pessoas e

mercadorias, agravada pela inexistência de ligações aéreas directas e regulares ao

longo de todo o ano.

Relativo desconhecimento da oferta portuguesa de bens e serviços.

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4 Os clientes alvo

A Polónia não é um país produtor de azeite e até há bem pouco tempo este era

um produto quase desconhecido na Polónia, mas hoje em dia o seu uso tornou-se

muito frequente nos consumidores com mais elevado poder de compra.

O azeite português tem assim potencial em qualidade para se posicionar nos

segmentos de preço médio e médio alto e concorrer directamente com a oferta

italiana, espanhola ou grega.

A presença pouco visível de azeite português deve-se à falta de acesso aos

canais de grande distribuição. O azeite português é vendido unicamente nas pequenas

lojas tipo gourmet.

Contudo estão identificados no mercado como principais clientes/canais:

Importadores

Distribuidores/Grossistas

Retalho

Sector HoReCa (hotelaria e restauração)

O nosso cliente alvo final, é um indivíduo da classe média, média alta e alta,

que valoriza a dieta mediterrânica como forma de alimentação saudável, moderno,

aberto a novas experiências e culturas.

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5 O mercado em valor

A importação de azeite tem aumentado sistematicamente desde a segunda

metade dos anos 90, devido a uma forte promoção da dieta mediterrânea, como uma

dieta saudável onde é bastante comum o uso do azeite. Neste momento, conforme

várias análises, o mercado encontra-se numa fase estável. Para a divulgação destes

hábitos contribuíram decisivamente as viagens de férias dos polacos para os países

do Sul da Europa.

Do ponto de vista de conteúdo de ácidos gordos, que determinam o valor

nutritivo do azeite para o consumo, o produto que compete com o azeite no mercado

polaco é o óleo de colza (uma planta oleaginosa muito frequente na Europa Central)

produzido e consumido tradicionalmente na cozinha polaca.

No mercado polaco, o consumo de azeite constitui ainda uma pequena parte

do consumo de gorduras vegetais sendo muito superior o consumo de óleo de colza

devido, fundamentalmente, ao seu preço baixo que é muito inferior ao do azeite. O

óleo de colza é comparável ao óleo de girassol, logo as diferenças de preço são

similares às verificadas em Portugal entre o azeite e o óleo.

Uma garrafa de azeite virgem na polónia pode custar em média, entre 30 a 40

Zloty, cerca de 7,50 a 10 euros. O óleo de colza custa em média 8 Zloty, cerca de 2

euros.

Conforme a AC Nielsen (VIII 2009-VII 2010), a estrutura de vendas de gorduras

vegetais, no mercado polaco, apresenta-se de seguinte maneira:

Quantidades Valor

Óleo de colza 80,6% 67,5%

Óleo de girassol 8,0% 6,8%

Azeite 3,6% 14,1%

Óleo de soja 2,6% 1,8%

Outros 5,3% 9,8%

No mercado polaco estão presentes os seguinte tipos de azeite: extra virgem,

virgem, refinado e uma grande quantidade de azeite feito dos restos das azeitonas

trituradas.

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O azeite é vendido em todos os estabelecimentos de venda de produtos alimentares,

desde as grandes superfícies, lojas tipo “gourmet” até às pequenas mercearias e lojas

tipo “discount”. Obviamente que a qualidade do produto oferecido ao consumidor

nestes vários estabelecimentos difere bastante de estabelecimento para

estabelecimento.

O azeite é oferecido em vários tamanhos de garrafas de vidro, em lata ou em

garrafas de plástico.

Importações Polacas e Posicionamento de Portugal

Posição Pautal: 1509 – Azeite de oliveira

2007 2008 2009 I-IX 2010PaValor Quot

a

(%)

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Segundo dados das estatísticas polacas (GUS), as importações mostram uma

tendência decrescente e em 2009 atingiram o valor cerca de 16,078 milhões de Euros,

tendo registado um decréscimo de 15,7% em relação a 2008. Nos três primeiros

semestres de 2010 a importação atingiu o valor de 12,791 milhões de Euros.

O mercado está praticamente dominado pelos produtos italianos e espanhóis.

Durante os 4 anos analisados, manteve-se a ordem dos fornecedores, com uma forte

liderança italiana.

Em relação ao azeite português notou-se uma queda significativa das

importações. 2005 foi o primeiro ano das grandes importações (374 965,00 Euros e

3,16% quota de mercado) e logo nos anos seguintes tem-se observado a diminuição

substancial das importações (ano de 2006: 59 396,00 Euros e 0,42% quota de

mercado).

Realce-se o facto de alguns países que não produzem azeite, estarem à frente

de Portugal relativamente à quota de mercado (a Alemanha justifica-se pela

proximidade e histórico de relações comerciais). Deste modo, contamos aumentar a

quota de mercado não só pelo aumento do consumo mas também pelo aumento de

quota de mercado face a países não produtores de azeite.

Pela análise dos dados da tabela abaixo, o preço médio nas exportações de

azeite é muito semelhante, ou até superior ao do mercado interno.

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Consumo de Azeite na EU:

Fonte: COI

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Este era o panorama em 2004. Com os dados do COI, actualmente a Polónia

situa-se no valor per capita de 0,065 Kg de azeite por ano. Verificando-se um aumento

considerável. Não sendo muito viável considerar uma média europeia pois como se

verifica, o consumo de azeite está concentrado nos países mediterrânicos, é

espectável que os países onde os consumos são residuais os venham a aumentar.

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6 Metodologia de abordagem ao mercado

A oferta de produtos alimentares da dieta mediterrânica de boa qualidade,

tratando-se de produtos importados, está dirigida para a classe social com maior poder

de compra. Os produtos da dieta mediterrânica portugueses têm potencial para se

posicionarem nos segmentos de preços médio e médio/alto e concorrem directamente

com a oferta italiana, espanhola ou grega, já bem instalada no mercado, como já ficou

demonstrado.

Para a entrada neste mercado, é fundamental uma aposta na promoção destes

produtos nos meios de comunicação social, como também em feiras e festivais ou

eventos gastronómicos.

A fim de ultrapassar os constrangimentos verificados na análise externa,

optamos por escolher um parceiro local, conhecedor do mercado e com uma rede de

distribuição implantada, estabelecendo uma parceria, tendo em vista a promoção e o

desenvolvimento das vendas do azeite, nomeadamente pelo:

Conhecimento do mercado

Acesso aos canais de distribuição

Acompanhamento dos clientes locais

Esta parceria é estabelecida através de uma Joint Venture com o fim de

partilhar o risco de negócio, os investimentos, as responsabilidades e os lucros

associados ao projecto de internacionalização, mantendo-se as entidades

juridicamente independentes.

O Produto é da inteira responsabilidade do produtor/exportador.

O Preço é determinado pelos parceiros, acordando seguir o preço de mercado.

A Promoção será gerida pelo produtor, em colaboração com o parceiro e

outras entidades de apoio à internacionalização do Azeite português. Uma

percentagem das vendas é destinada à promoção.

A distribuição fica a cargo do parceiro local que dispõe de armazém para

stock e distribuição dos azeites, disponibilizando prazos de entrega rápidos e

permitindo que o transporte de origem se faça directamente por camião completo CIF

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Varsóvia. Cabe-lhe a gestão do processo de comercialização no país bem assim como

a logística.

6.1 Canais de distribuição e Gama de produtos

Conforme decorre deste trabalho, estando definido o público-alvo, foram

seleccionados os diferentes canais de distribuição assim como os produtos a distribuir,

segundo as especificidades dos segmentos e sua utilização final:

Retalho e Grande

distribuição

Retalho Especializado

HORECA

Azeite Virgem Extra Garrafa 750ml - Garrafa 250ml Garrafão 5L

Azeite Virgem Garrafa 750ml - Garrafa 250ml Garrafão 5L

Azeite Garrafa 750ml - Garrafão 5L

Azeites DOP - Garrafa 250ml Garrafa 250ml

Azeites aromatizados e premium

- Garrafa 500ml -

As garrafas são de vidro e os garrafões de plástico.

Garrafa de 250ml

Garrafa de 500ml

Garrafa de 750ml

Garrafão de 5l

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6.2 A Comunicação

A comunicação assentará essencialmente nos benefícios intrínsecos

associados ao consumo do azeite em geral – integrado na dieta mediterrânica e

retirando partido dessa notoriedade – e na especificidade e qualidade do azeite

português em particular e da nossa marca.

A estratégia de comunicação considerada adequada utilizará argumentos tais

como “saber fazer tradicional”, “comércio justo”, “ responsabilidades ambientais “, para

atingir os consumidores dispostos a pagar mais.

É fundamental que nesta primeira fase se efectue uma maior aposta

promocional no mercado, através de uma participação mais activa em feiras da

especialidade, festivais gastronómicos, imprensa e acções junto dos consumidores, no

sentido de dar a conhecer o produto, a sua origem, a sua utilização (receitas por

exemplo) e as suas vantagens de consumo.

Uma das vantagens do parceiro local é que o enfoque da comunicação será

mais dirigido ao cliente final, pois contamos com a sua experiência e conhecimento

dos intermediários, assim como das suas relações comerciais com eles.

6.2.1 Media

Divulgação através de uma campanha publicitária em revistas especializadas e

de grande tiragem nacional e que correspondam ao perfil do cliente alvo.

“MAGAZYN WINO” (“Revista Vinho”) – trimestral1

“NOWOŚCI GASTRONOMICZNE” (“Novidades Gastronómicas”) – mensal2

6.2.2 Feiras e eventos gastronómicos

Presença na feira POLAGRA-FOOD Feira Internacional do Sector Alimentar

(Poznan)3. Para além desta maior feira internacional, existem muitos outros eventos de

carácter mais regional em toda a Polónia.

1 http://www.magazynwino.pl

2 http://www.brog.pl

3 www.polagra-food.pl

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Entre os dias 30 Maio e 5 de Junho, irá ter lugar em Varsóvia a 2ª edição da

semana gastronómica portuguesa "Sabores de Portugal" (ou em polaco Smaki

Portugalii)4. Esta é uma iniciativa da Câmara de Comércio Portuguesa na Polónia com

vários parceiros, que será alargada a outros locais para apresentar a nossa cultura em

termos de comida, vinhos e música também.

6.2.3 Internet e outras redes

Será criado um “micro site” dedicado ao azeite da marca presente com toda a

gama, com o historial do azeite, os diferentes tipos, características, benefícios do seu

uso, curiosidades e receitas, com interligação ao Facebook (rede social).

Será disponibilizado um serviço de apoio ao consumidor por correio electrónico

e linha telefónica com número dedicado.

6.2.4 Material de suporte promocional e de apoio à venda

Os clientes e potenciais clientes terão ao dispor fichas de produto com

informação relevante, colecção de receitas, curiosidades, características, etc. Estes

suportes farão parte também de campanhas promocionais – marketing directo –

sobretudo na grande distribuição e também nas lojas de especialidade.

No sector HORECA serão oferecidos suportes para as garrafas de 0,25L para

uso na mesa, assim como nas lojas “gourmet” por cada compra de duas garrafas.

Em anexo reproduzimos alguns exemplos deste material.

4 http://www.flavoursofportugal.pl/

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7 Fluxograma das Acções a realizar

Mês Revistas Feiras e eventos Pontos de Venda

(1 semana)

Maio 2011 MAGAZYN WINO - -

Junho 2011 NOWOŚCI

GASTRONOMICZNE

Sabores de Portugal (Hotel Intercontinental)

Retalho e especialidade

Julho 2011 NOWOŚCI

GASTRONOMICZNE Sabores de

Portugal Retalho e

especialidade

Agosto 2011 MAGAZYN WINO Sabores de

Portugal -

Setembro 2011 NOWOŚCI

GASTRONOMICZNE POLAGRA-FOOD -

Outubro 2011 NOWOŚCI

GASTRONOMICZNE Feira regional Retalho

Novembro 2011 MAGAZYN WINO Sabores de

Portugal Lojas de

especialidade

Dezembro 2011 NOWOŚCI

GASTRONOMICZNE Feira regional

Lojas de especialidade

Por todas as razões e mais uma...

... a dos seus sonhos e desejos, do seu estilo de vida e da imaginação. O azeite é

sabor que não se esquece, intensidade que se procura. Ele é paixão condimentada de

prazer e fonte renovada de bem-estar e saúde.

Ponha à prova todos os seus sabores...

Z tych wszystkich powodów i więcej ...

... do swoich marzeń i pragnień, stylu życia i wyobraźni. Smak oliwy z oliwek, które nie

zostało zapomniane, że intensywność popytu. To jest pasja odnowionej ostry źródłem

przyjemności i dobrego samopoczucia i zdrowia.

Aby spróbować wszystkich smaków ...

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8 Anexos - Material promocional

A dieta mediterrânea e os novos mercados do azeite - Argumentário

O interesse pela Dieta Mediterrânica teve início, algo paradoxalmente, nos Estados

Unidos. Nos anos 60, o Prof. Ancel Keys, da Universidade do Minnesota, ficou

profundamente impressionado pela baixa incidência de doenças cardiovasculares e

pela comparativamente elevada esperança de vida observada entre as populações

mediterrânicas, o que o levou a pensar que poderia existir uma relação entre o

consumo de gordura, o aumento do colesterol e o risco de mortalidade por doenças

cardiovasculares.

Como consequência, este professor norte-americano começou a observar a

alimentação destas populações, tendo iniciado uma série de investigações cujos

resultados ficaram conhecidos pelo “’Estudo dos Sete Países” (Keys, 1970).

Neste estudo comparam-se as dietas de diferentes populações, incluídas dietas de

países do norte da Europa, de países mediterrânicos, do Japão e dos estados Unidos,

tendo-se confirmado cientificamente o que até então se sabia empiricamente: a

esperança de vida das populações mediterrânicas, nomeadamente no caso de Creta,

era muito superior à observada em populações de outras regiões.

A razão desta diferença aparecia associada às concentrações de colesterol total

observadas entre as diversas populações. De facto, embora a dieta tradicional das

populações mediterrânicas apresentasse uma alto teor em gordura total, este

compunha-se fundamentalmente de azeite, encontrando-se entre estas populações

uma das mais baixas incidências de doenças cardiovasculares do mundo.

Os estudos desenvolvidos nos asnos sessenta e setenta estiveram na base dos

estudos de nutrição que, em 1993, conduziram à definição da pirâmide da dieta

mediterrânica, apresentada pelo Prof. Walter Willett da Escola de Saúde Pública de

Harvard, na Conferência Internacional sobre a Dieta Mediterrânica 1993, celebrada em

Cambridge, Massachusetts.

Esta pirâmide sublinha a importância dos principais grupos de alimentos, cada um dos

quais proporciona alguns, mas não todos, os nutrientes de que necessitamos para

uma alimentação saudável, e constitui um modelo de estilo de vida e de alimentação

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que recomenda o consumo regrado de alimentos de todos os grupos associados a um

exercício físico regular, as prazer da mesa e a um período de repouso após as

refeições.

Entre as características e os produtos básicos da dieta mediterrânica encontramos o

azeite, eixo fundamental em torno do qual se elaboram a maior parte dos pratos do

regime mediterrânico, e que se utiliza tanto para cozinhar como para ser consumido

cru, formas em que melhor se pode apreciar o seu aroma e sabor e, ainda, aproveitar

os benefícios de todos os seus componentes naturais.

Assim, com a “descoberta” e expansão da dieta mediterrânica, assistiu-se a uma

procura crescente daquela que é a sua principal fonte de gordura – o azeite – porque a

adopção da dieta mediterrânica e do estilo de vida que lhe está associado significam

utilizar o azeite em substituição de outras gorduras, nomeadamente as gorduras

saturadas e as hidrogenadas, e não para além destas ou juntamente com estas.

--------

COMO ESCOLHER

Utilizado desde tempos imemoriais como ingrediente culinário, o Azeite é um dos

pilares da cozinha moderna e saudável. O seu consumo não se confina às regiões

produtoras, e espalha-se hoje por todo o mundo.

O Azeite dá sabor, aroma e cor, integra os alimentos, personaliza e identifica um

prato.

Na hora de escolher um azeite deve-se esquecer:

● Da acidez do azeite pois está não está directamente relacionada com o seu

sabor. A acidez está relacionada com o estado fitossanitário das azeitonas,

enquanto que o sabor, cor e cheiro do azeite é dado por pequenos compostos

chamados compostos menores.

● Da cor do azeite pois esta não está relacionada com a qualidade. Azeites mais

verdes são provenientes de azeitonas mais verdes enquanto que azeites mais

amarelos são provenientes de azeitonas mais maduras.

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E deve lembrar-se que:

● O azeite inicia processos de deterioração a partir do momento em que é

extraído, logo não deverá armazená-lo por períodos muito prolongados de

tempo;

● Dentro da ampla gama de Azeites hoje disponível no mercado, deverá eleger o

Azeite em função da sua utilização culinária e do seu gosto pessoal, sendo que

os tipos disponíveis são:

Azeite Virgem Extra Azeite de qualidade superior, com sabor e cheiro intensos a

azeitona sã. Não apresenta nenhum defeito organoléptico. Acidez igual ou inferior a

0,8%. Apto para o consumo directo e ideal para temperar a cru. Os azeites virgem

extra de sabor mais suave são ideais para o tempero de saladas e alimentos com

sabor mais suave, bem como para a doçaria. Por outro lado, os azeites virgem extra

de sabor mais intenso vão melhor com alimentos de sabor mais marcado e poderão

ser utilizados para a confecção de alguns molhos.

Azeite Virgem Azeite de boa qualidade, com sabor e cheiro a azeitona sã. Acidez

igual ou inferior a 2%. Apto para consumo directo e apropriado para assados, sopas,

refogados ou marinadas.

Azeite – contém azeite refinado e azeite virgem Trata-se de azeite refinado,

enriquecido com azeite virgem, aromático e frutado, com grau de acidez igual ou

inferior a 1,0%. É ideal para frituras dada a sua elevada resistência às altas

temperaturas. É mais barato, mantém o valor nutritivo do azeite e tem um ponto de

fumo bastante elevado o que permite aumentar o seu número de utilizações. Além

disso, forma uma crosta na superfície dos alimentos, que impede a penetração do

Azeite no interior dos mesmos. Com a utilização do Azeite para a fritura obtêm-se

fritos mais secos e apetecíveis.

Dentro dos Azeites que se encontram no mercado podem, ainda, encontrar-se os

”Azeites com Denominação de Origem Protegida” (DOP), os “Azeites da

Agricultura Biológica” e os “Azeites Elementares ou Monovarietais”.

Os “Azeites DOP” têm origem numa área geográfica delimitada, com solos e clima

característicos e são exclusivamente elaborados com azeitonas de certas variedades

de oliveiras. Estes factores, aliados ao saber fazer tradicional da região, que se

consubstancia no modo de condução das árvores, apanha da azeitona e extracção do

Azeite, conferem-lhes tipicidade e características qualitativas que os permitem

distinguir dos demais.

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Portugal possui, actualmente, seis denominações de origem protegida para Azeites:

“Azeites de Moura”, “Azeites de Trás-os-Montes”, “Azeites da Beira Interior

(Azeites da Beira Baixa e da Beira Alta)”, “Azeites do Norte Alentejano”, “Azeites do

Ribatejo” e “Azeites do Alentejo Interior”.

Os “Azeites da Agricultura Biológica” são provenientes de olivais conduzidos de

acordo com o modo de produção biológico, tal como previsto pela Regulamentação

Europeia. Este modo de produção obriga a diversos condicionalismos importantes,

designadamente à manutenção do fundo de fertilização dos solos, à utilização de

rotações adequadas e ao respeito por normas fitossanitárias e de fertilização muito

estreitas, sendo praticamente interdita a utilização de produtos químicos de síntese.

Os “Azeites Elementares ou Monovarietais” são obtidos de uma só variedade de

azeitona.

Qualidade do Azeite

É importante que se faça a distinção entre variedades e qualidades de Azeite. Duas

variedades diferentes de oliveira podem dar Azeites de cor, aroma e sabor diferentes

mas podem ter ambos qualidade.

A Qualidade do Azeite vai ser determinada pela região, a variedade e o grau de

maturação das azeitonas, o estado sanitário dos frutos, o processo de extracção, o

modo de conservação e a idade do azeite.

Para verificar a qualidade de um Azeite recorre-se a dois tipos de análises; as análise

químicas e análise organoléptica.

As Análises Químicas feitas ao Azeite são, entre outras:

● A acidez (quantidade de ácidos gordos livres expressa em % de ácido oleico).

A acidez é consequência, entre outros, das azeitonas não estarem em perfeitas

condições quando são laboradas ou do mau armazenamento do Azeite. A %

de acidez de um Azeite NÃO TEM RELAÇÃO COM O SEU SABOR.

● O índice de peróxidos - Verifica a oxidação inicial do Azeite e a sua

deterioração.

● A absorvência no ultravioleta - Utiliza-se para detectar componentes

anormais de um Azeite.

● O teor em ceras - Parâmetro utilizado para verificar a genuinidade de um

azeite.

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O Azeite é o único produto com prova organoléptica obrigatória. As suas

características organolépticas são definidas através de um painel de provadores

especializados para o efeito.

Estas são sensações detectáveis pelos sentidos, fundamentalmente relacionadas com

o cheiro e sabor, podendo ser agradáveis sendo, então, denominadas de atributos.

Os atributos mais comuns num azeite são o frutado, o amargo, o picante, a maçã ou a

amêndoa e são conferidos pela variedade e pelo estado de maturação da azeitona.

No entanto, e caso o estado da azeitona não seja o melhor ou o processamento do

azeite e sua armazenagem não sejam os mais correctos podemos ter sensações

desagradáveis denominadas de defeitos. Os mais comuns são a tulha o ranço e

mofo.

Uma vez que a cor de um Azeite não caracteriza a sua qualidade, os provadores

profissionais utilizam copos de vidro de cor azul, para não se deixarem influenciar pela

sua tonalidade.

O azeite é aquecido a uma temperatura de, aproximadamente, 28º C de modo a que

os componentes voláteis que conferem o cheiro e o sabor ao azeite se libertem mais

facilmente.

A Prova do Azeite

A prova de azeites não é só para profissionais... em casa poderá também realizar uma

prova de azeites seguindo estes passos:

● Verta cerca de 15ml de azeite para um copo

● Tape de imediato o copo com a mão

● Ponha a outra mão na base do copo, para aquecer um pouco o azeite

● Mova ligeiramente o azeite no interior do copo;

● Destape e inspire suave e lentamente

● Volte a tapar o copo de prova e esperar um pouco

● Engula uma pequena porção de azeite – deixe percorrer toda a cavidade bucal

e descer até à garganta

● Durante a prova e com o azeite na boca, é importante inspirar algum ar.

● Entre provas sugerimos que beba água e coma uma pequena porção de maçã,

não sendo aconselhável que prove mais de 3 azeites sucessivamente.

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CURIOSIDADES

Todas as azeitonas são negras se as deixarem amadurecer até ao fim.

Para extrair 1 l de Azeite são necessários, em média, 5 a 6 Kg de azeitonas.

grau de acidez pouco ou nada tem a ver com o cheiro e o sabor do Azeite. A

acidez tem a ver com a quantidade de ácidos gordos livres que o Azeite possui e

também com a variedade e o estado de maturação da azeitona quando é

colhida.

A cor do Azeite não está directamente ligada ao seu sabor ou aroma. Um Azeite

verde provém de azeitonas ainda verdes enquanto que um Azeite dourado

provém de azeitonas maduras. Mas o Azeite é geralmente obtido a partir de uma

mistura de variedades de azeitonas, com diferentes graus de maturação.

Como produto natural que é o Azeite, ao contrário do vinho, não melhora com o

tempo, pelo que é aconselhável consumi-lo o mais cedo possível. Quando bem

acondicionado, pode conservar-se, sem alteração das suas características, ao

longo de 18 meses a partir da extracção.

rendimento do Azeite é maior do que o de outras gorduras vegetais, tanto em frio

como em quente.

Azeite deve guardar-se em recipientes de vidro, de preferência escuro, ou em

recipientes de folha de flandres ou de aço inox. Deve manter-se em local fresco,

sem luz e longe de produtos com cheiros intensos para evitar que os absorva.

Quando sujeito a temperaturas muito baixas o Azeite pode solidificar. Contudo,

ele retomará o seu aspecto inicial quando volta à temperatura ambiente, não

perdendo nenhuma das suas características.

Niel Amstrong deixou na lua um raminho de oliveira em ouro como símbolo da

paz.

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DENOMINAÇÕES DE ORIGEM PROTEGIDA

Variedades Características dos Azeites

DOP AZEITES DE TRÁS-OS-MONTES

Verdeal

Madural

Cobrançosa

Negrinha do Freixo

Azeites equilibrados com cheiro e

sabor a fruto fresco por vezes

amendoado. Notável sensação

verde, amargo e picante

DOP AZEITES DA BEIRA INTERIOR

Galega

Cobrançosa

Carrasquenha

Outras

Azeites de cor amarela clara e

levemente esverdeada. Sabor a

fruto fresco. Bastante suaves.

DOP AZEITES DO RIBATEJO

Galega

Cobrançosa

Outras

Azeites ligeiramente espessos,

frutados, com cor amarela ouro, por

vezes ligeiramente esverdeados.

Sabor marcadamente doce e suave.

DOP AZEITES DO NORTE ALENTEJANO

Galega

Blanquete

Cobrançosa

Azeiteira

Carrasquenha

Redondil

Azeites de baixa a muito baixa

acidez, ligeiramente espessos,

frutados, com cor amarelo ouro por

vezes esverdeada, aroma e sabor

suave.

DOP AZEITES DO ALENTEJO INTERIOR

Galega

Cordonil de Serpa

Cobrançosa

Outras

Azeites de cor amarelo dourada ou

esverdeada, aroma frutado e suave

de azeitona madura e/ ou verde e

outros frutos nomeadamente maça

e figo. Grande sensação de doce.

DOP AZEITES DE MOURA

Verdeal

Cordonil

Galega

Azeites de baixa a muito baixa

acidez, cor amarela esverdeada

com aroma e sabor frutado. Amargo

e picante.

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... a da sabedoria do povo português e a da sua própria sabedoria, a da paz que

simboliza e a da paz que tanto preza, a da glória a que sempre esteve associado

e a da glória com que revela os seus desejados petiscos.

HISTÓRIA E ESTÓRIAS

A oliveira, árvore mítica e símbolo da imortalidade, funde-se com a história, a tradição

e a cultura dos povos mediterrânicos.

A sua origem, na sua forma primitiva, remonta à Era Terciária – antes do nascimento

do homem – e situa-se, segundo a opinião de vários autores, na Ásia Menor, talvez na

Síria ou Palestina, região onde foram descobertos vestígios de instalações de

produção de Azeite e fragmentos de vasos datados do início da Idade do Bronze. O

facto é que em todo o Mediterrâneo foram encontradas folhas de oliveira fossilizadas,

datadas do Paleolítico e do Neolítico.

Actualmente pensa-se que a espécie à qual pertence a oliveira, a Olea europaea, tem

uma origem híbrida, ou seja, é fruto do cruzamento de várias espécies. Entre os seus

progenitores encontram-se a Olea africana, originária da Arábia e do Egipto, a Olea

ferruginea, procedente da Ásia, e a Olea laperrini, abundante no Sul de Marrocos e

nas Ilhas da Macarronésia.

Por volta de 3000 antes de Cristo, a oliveira era já cultivada por todo o “Crescente

Fértil”. A dispersão desta cultura pela Europa mediterrânica ter-se-á ficado a dever aos

gregos.

Os gregos e os romanos, grandes entusiastas e produtores de Azeite, eram

igualmente pródigos a descobrir-lhe aplicações e, não contentes com as múltiplas

utilizações que lhe davam na cozinha, utilizavam ainda o Azeite como medicamento,

unguento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação, lubrificante de alfaias e

impermeabilizante de tecidos.

Mais tarde, a cultura do olival espalhou-se pela bacia do Mediterrâneo e, com as

expedições marítimas dos portugueses e espanhóis, a oliveira acabou por navegar até

às Américas. Depois, onde as condições climatéricas lhe foram favoráveis, foi-se

propagando um pouco por todo o mundo.

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MITOS E LENDAS

Desde sempre, a oliveira tem estado associada a práticas religiosas, a mitos e

tradições, a manifestações artísticas e culturais, a usos medicinais e gastronómicos.

Na antiga Grécia, as mulheres, quando queriam engravidar passavam longos períodos

de tempo à sombra das oliveiras. Da madeira das oliveiras faziam-se ceptros reais e

com o Azeite ungiam-se monarcas, sacerdotes e atletas. Com as folhas faziam-se

grinaldas e coroas para os vencedores.

A oliveira era considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória.

Os egípcios, há seis mil anos, atribuíam a Ísis, mulher de Osíris, Deus supremo da sua

mitologia, o mérito de ensinar a cultivar a oliveira. Na lenda grega Palas Atenea,

Deusa da paz e sabedoria, filha de Zeus, era para os Gregos a mãe da árvore sob a

qual teriam nascido Remo e Rómulo, descendentes dos Deuses e fundadores de

Roma, tendo feito brotar a oliveira de um golpe e, na sua grande bondade, ensinado o

seu cultivo e o seu uso.

Por sua vez Minerva oferece aos romanos este presente divino, asilo também da

divindade.

Cantaram a oliveira Homero, Esquilo, Sófocles, Virgílio, Ovído e Plínio:

“E com um ramo de oliveira o homem se purifica totalmente.” Virgílio, Eneida

“Uma gloriosa árvore floresce na nossa terra dórica: Nossa doce, prateada ama de

leite, a oliveira. Nascida sozinha e imortal, sem temer inimigos, a sua força eterna

desafia velhacos jovens e idosos, pois Zeus e Atena a protegem com olhos insones”

Sófocles, Édipo

Em quase todas as religiões se fala da oliveira, árvore de civilizações longínquas, que

tem lugar nos textos mais antigos:

- no "Génesis" a pomba de Noé traz no bico um ramo de oliveira para lhe mostrar que

o mundo revive.

- No "Êxodo", Yaveh prescreve a Moisés a "Santa Unção" na qual o Azeite se mistura

com perfumes raros.

- No horto de Getsemani vivem ainda oito grandes oliveiras que viram rezar, chorar e

morrer Cristo.

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- Também o Corão canta a árvore que nasce no monte Sinai e refere-se ao óleo que

dela se extrai para ser transformado em luz de candeia “que parece um astro

rutilante”.

Foi sempre património dos países mediterrâneos, mas hoje em dia encontra-se

disseminada um pouco por toda a parte, desde a Argentina, Austrália, Chile, Estados

Unidos da América, até ao Japão, México, China e República da África do Sul, entre

outros.

O AZEITE EM PORTUGAL

O Azeite esteve sempre presente nos recantos da vida diária dos portugueses: na

candeia do pobre e no candelabro do rico, na mesa frugal do camponês e nos solenes

templos de velhos cultos.

Mítico, bíblico, romanesco e histórico, “o Azeite vem sempre ao de cima”. Enfrentou a

nova verdade dos mercados selectivos e deixou de ser simplesmente o Azeite, para

adoptar o berço de uma origem e assumir a identidade de uma marca.

Em Portugal, a cultura da Oliveira perde-se nos mais remotos tempos. Segundo rezam

as crónicas, os Visigodos já a deviam ter herdado dos Romanos e estes,

possivelmente, tinham-na encontrado na Península Ibérica. Por sua vez, os Árabes

mantiveram a cultura e fizeram-na prosperar, sendo que a palavra Azeite tem origem

no vocábulo árabe az-zait, que significa “sumo de azeitona”.

De facto, as primeiras manifestações da importância da cultura da oliveira em Portugal

aparecem nas províncias onde a reconquista cristã mais tardiamente se realizou. É

assim que os primeiros forais que se referem à produção olivícola dizem respeito às

províncias portuguesas da Estremadura e do Alentejo.

Até finais de século XII, em Portugal, não é mencionada a cultura da oliveira nem o

interesse económico da sua produção. Contudo, no século XIII, o Azeite já ocupa um

lugar importante no nosso comércio externo, posição que manterá posteriormente,

podendo afirmar-se que esta gordura era um produto muito abundante na Idade

Média.

Mais tarde, são as ordens religiosas que, com o seu papel na revitalização da

agricultura, dedicam especial atenção ao fabrico do Azeite. O “óleo sagrado” vai ter

uma importância fundamental na economia do Convento de Santa Cruz de Coimbra,

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do Mosteiro de Alcobaça, da Ordem dos Freires de Cristo, da Ordem do Templo e da

Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Resistente à seca, de fácil adaptação aos terrenos pedregosos, a oliveira tornou-se

numa presença constante na agricultura portuguesa.

-------------------

Por todas as razões e mais uma...

Pelo bem-estar

O Azeite é muito apreciado desde a antiguidade pelo seu valor gastronómico, pelas

suas características químicas, biológicas e organolépticas, mas também porque as

suas propriedades preventivas e terapêuticas fazem dele uma gordura absolutamente

insubstituível.

O Azeite Virgem conserva o sabor, o aroma, as vitaminas, os antioxidantes, sendo a

única gordura vegetal que pode ser consumida, directamente, virgem e crua.

Estudos realizados provaram que países onde a dieta é tradicionalmente rica em

Azeite, como a que se verifica nos povos mediterrâneos, têm uma incidência muito

menor de doenças cardiovasculares.

O Azeite é uma gordura essencialmente monoinsaturada, rica em vitamina E e outros

antioxidantes naturais (caroteno e polifenóis) que ajudam o nosso organismo a

defender-se dos “radicais livres” responsáveis pelo envelhecimento celular, prevenindo

os efeitos nocivos da idade sobre as funções cerebrais e o envelhecimento dos tecidos

e órgãos em geral.

O Azeite tem uma composição em ácidos gordos essenciais que se aproxima da do

leite materno e que proporciona o seu fornecimento adequado, atendendo às

necessidades de um organismo em crescimento.

É a mais digestiva das gorduras. Absorvido antes de uma boa refeição protege as

mucosas do estômago e protege-o contra as úlceras. Tomado como laxante (1 ou 2

colheres de sopa em jejum, com ou sem limão ou café) não irrita o intestino, não

contrai demasiado a vesícula, não cria hábito. Actua nas doenças das vias biliares e

da vesícula.

Mercê do seu ácido oleíco (que se metaboliza facilmente) é uma excelente fonte de

energia, inclusive para um coração doente. Contrariamente às gorduras animais

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saturadas reduz o "mau" colesterol (LDL) no sangue, mantendo o nível do "bom"

colesterol (HDL).

O Azeite, pelo seu alto teor em ácidos gordos monoinsaturados, é também

aconselhado na diabetes, influenciando positivamente os valores de açúcar e gordura

no sangue.

A nível ósseo, favorece a mineralização, estimulando o crescimento e favorecendo a

absorção do cálcio.

Também pode proteger de alguns tipos de cancro, particularmente o da mama.

Como se produz

A Oliveira é uma árvore de porte médio, muito resistente, com raízes que atingem os 6

metros, sendo conhecidas cerca de 400 espécies. Tem crescimento lento e

normalmente só entra em produção a partir do quinto ano.

A transformação e melhoria das características da oliveira foram conseguidas pelo

homem, ao longo dos tempos, até se obter a árvore a que chamamos hoje a oliveira

cultivada.

A Oliveira que todos conhecem, Mãe das azeitonas que produzem o Azeite que

consumimos, é da Espécie Olea europea L..

Dentro desta espécie encontram-se diversos grupos de cultivares, espalhados por

diferentes zonas oleícolas.

As cultivares de maior importância utilizadas em Portugal são a Galega, a

Carrasquenha, a Cordovil, a Cobrançosa e a Verdeal, entre outras.

A oliveira, dada a sua rusticidade, encontra-se muitas vezes em terrenos onde

nenhuma outra planta resistiria. Mas quando a oliveira é tratada como uma verdadeira

cultura as produções aumentam em quantidade e, em comparação com situações

extremas, também em qualidade.

Em média, uma oliveira dá 20 Kg de azeitonas, sendo necessários cerca de 5 a 6 Kg

para produzir 1 L de Azeite.

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A Obtenção do Azeite

O Azeite é obtido da azeitona exclusivamente por processos mecânicos e físicos em

condições, essencialmente térmicas, que não produzem a sua alteração.

Para se obter um azeite de qualidade deve partir-se de azeitonas inteiras, sãs e

maduras.

1. Apanha da Azeitona

A oliveira floresce na primavera. O fruto começa a formar-se, passando da cor verde a

negra, altura em que fica maduro. No princípio de Inverno está pronto para a apanha.

2. Transporte da Azeitona para o Lagar

As azeitonas colhidas são transportadas para o lagar para serem laboradas.

3. Operações Preliminares

Ao entrar no lagar as azeitonas devem ser classificadas, a fim de serem laboradas

separadamente consoante a classe.

As azeitonas são limpas das folhas que as acompanham e são lavadas com água

corrente.

Nesta fase é recolhida uma amostra para laboratório, procede-se à pesagem,

classificação e armazenagem.

4. Moenda da Azeitona limpa e preparação da pasta

A moenda consiste na trituração da azeitona, até formar uma pasta: a massa de

azeitona. Antigamente eram utilizados moinhos de pedra (mós ou galgas). Hoje em dia

recorre-se a moinhos de martelos metálicos.

Seguidamente esta pasta é batida e aquecida numa termobatedeira de maneira a

aumentar o rendimento de extracção, facilitando a separação do azeite.

5. Separação das partes sólida e líquida (extracção do azeite)

Quando a massa está convenientemente batida e aquecida, procede-se à extracção

propriamente dita, ou seja, à separação da parte sólida (o bagaço) das partes líquidas

(o Azeite e a água de vegetação). Por fim, separa-se o azeite da água.

6. Armazenamento

O Azeite obtido é armazenado em depósitos até à sua comercialização. A uma

temperatura de armazenado ideal situa-se entre os 15 e os 18ºC (para permitir uma

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correcta maturação dos azeites sem favorecer a sua oxidação). Deve também ter

pouca luminosidade.

Obtenção de Azeites Refinados: Refinação

Devido a condições climatéricas, a colheitas tardias, a grandes tempos de espera

antes das azeitonas serem laboradas e erros no processo indicado anteriormente, os

azeites virgens apresentam, por vezes, defeitos, como a acidez elevada e odores e

sabores estranhos, que os fazem não ser aptos para consumo, pelo que devem sofrer

um processo de refinação para eliminar defeitos.

A refinação consta de três fases, cada uma das quais tende a eliminar um processo

determinado: Neutralização, Descoloração e Desodorização.

Azeite refinado - Azeite obtido por refinação de Azeite virgem.

Azeite - Azeite constituído por loteamento de Azeite refinado e de Azeite virgem com

exclusão do Azeite lampante.

Óleo de bagaço de azeitona - óleo constituído por loteamento de óleo de bagaço de

azeitona refinado e de azeites virgens, com exclusão do Azeite lampante.

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9 Anexos - Glossário

Absorvência no Ultravioleta ( K270, K232, ∆K): Utiliza-se para detectar componentes

anormais de um azeite.

Acidez: Percentagem de ácido oleico livre existente no azeite. Não está relacionada

com o sabor.

Análise Organoléptica: Análise efectuada para caracterizar o aroma e sabor de um

azeite. É obrigatória por lei.

Água russa: Água de vegetação das azeitonas, isto é, água existente no interior das

azeitonas. É bastante poluente.

Azeite: Gordura líquida de cor verde amarelada que se obtém mediante extracção

física das azeitonas.

Azeite de Agricultura Biológica: Azeites provenientes de olivais conduzidos de

acordo com o modo de produção biológico, tal como previsto pela Regulamentação

Europeia. Este modo de produção obriga a diversos condicionalismos importantes que

visam a protecção do meio ambiente

Azeitona: Fruto da oliveira (Olea europea, L.), drupa de forma ovóide.

Bagaço de azeitona: Subproduto obtido da extracção de azeite. Compreende a água

de constituição da azeitona, a água de adição e lavagem e uma percentagem variável

de produto sólido (epiderme, polpa e caroço de azeitona). A quantidade de água

presente neste subproduto depende do método de extracção do azeite adoptado.

Borras: Impurezas existentes nos azeites e que ao fim da algum tempo acabam por

se sedimentar no fundo dos recipientes onde este está armazenado.

Capacho: Objecto do lagar de azeite em forma de disco plano e delgado, feito de

fibras vegetais ou sintéticas, sobre o qual é distribuída a massa da azeitona, a fim de

ser espremida na prensa.

Cor: A cor do azeite varia entre o amarelo e o verde. Esta não está relacionada com a

qualidade do azeite. Azeites obtidos de azeitonas mais maduras são mais amarelos,

enquanto que azeites obtidos a partir de azeitonas mais verdes são mais verdes.

D.O.P – Denominação de Origem Protegida. Certificação europeia que garante que o

azeite têm origem numa área geográfica delimitada, com solos e clima característicos

e é exclusivamente elaborado com azeitonas de certas variedades de oliveiras.

Extracção a Frio: Azeite extraído a uma temperatura inferior a 27º.

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Infernos ou ladrões: Nome que se atribui aos depósitos onde se armazenam as

águas russas.

Índice de Peróxidos: Parâmetro utilizado para verificar a oxidação inicial do azeite e a

sua deterioração.

Lagar: local onde se efectua o processamento da azeitona para se extrair o azeite.

Lote: Conjunto de unidades de venda de um género alimentício produzido, fabricado

ou acondicionado em circunstâncias praticamente idênticas. Esta indicação permite

saber detalhes sobre a produção e o enchimento do produto, tais como a data de

fabrico e a origem das matérias-primas utilizadas.

Maquia: Quantidades de azeite que o lagareiro retém para si como contrapartida dos

serviços que prestou aos olivicultores.

Monovarietal: Azeite obtido a partir de uma só variedade de azeitona.

Óleo de bagaço de azeitona: Óleo extraído a partir do bagaço de azeitona através de

processos químicos.

Oliveira: A oliveira é conhecida cientificamente como Olea europaea L., família

Oleaceae. São árvores baixas de tronco retorcido nativas da parte oriental do Mar

Mediterrâneo.

Painel de provadores: Grupo de provadores especialmente treinados para proceder à

caracterização organoléptica do azeite e à sua pontuação.

Primeira pressão a frio: Menção usada pelos azeites obtidos por prensagem a uma

temperatura inferior a 27º.

Teor em Ceras: Parâmetro analisado para verificar a genuinidade de um azeite.

Variedade: Diferentes tipos de oliveiras que, apesar de pertencerem à mesma

espécie, apresentam algumas diferenças significativas.

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10 Bibliografia e webografia

Agricultura, M. d. (2010). Internacionalização dos Sectores Agro‐Alimentar e e

Florestal.

Associação do Azeite de Portugal. (s.d.). Obtido em Maio de 2011, de Casa do Azeite:

http://www.casadoazeite.pt

BCP, M. (2010). Corporate International Services - Polónia.

Cadernos, Boletins e fichas de mercado. (s.d.). Obtido em Maio de 2011, de AICEP:

http://www.portugalglobal.pt

COI/IOC. (s.d.). Obtido em Maio de 2011, de International Olive Council:

http://www.internationaloliveoil.org/

Fernandes, M. O. (s.d.). A Dieta Mediterrânica, o caso do Azeite. Conselho Oleícola

Internacional.