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ai»mi xi HIO t)E _ANE.RO, -5 t)E ABRIL 0 K títí_ ASaiGNATÜHAS Anno..... . 1-5S000 Sefnestre 7g0O0 "PAGAMENTO ADEANTADO 8 _-__!& . *'**,V T!'S\....' .•'" s:-!"...¦.-. ¦ '¦': # '• ', Periódico I. i-Kcmaiia], Humorístico e Illustrado Redacção e administração, líita da Assembléa ti. 7S Xaro-.e contra a coqueluche c brojicJUilc,—Curaqualquer tosse cui ü;! lioi-as VI»K© »$00O deposito geralí—Droa-aria Pacheco ANDRÀDAS, 59 laboratório:—I. au«tt * Freitas—Porto Alegre Nos bastidores -Tenho um papel para você, na minha nova peça, que ha de pro- duzir muito effeito. -Qualé? -O Purgen. ••_-". Quem tiver gonoirlica pode ficar bom com o GONOL $>- Ách?.-se á venda em todas as pharmacias e drogarias '- ¦'¦&. ._.^^...e__i_,'.:: y% s ytg§í/< ¦_i

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ai»mi xi HIO t)E _ANE.RO, -5 t)E ABRIL 0 K títí_

ASaiGNATÜHASAnno..... . 1-5S000 — Sefnestre 7g0O0

"PAGAMENTO ADEANTADO

8

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Periódico I. i-Kcmaiia], Humorístico e Illustrado

Redacção e administração, líita da Assembléa ti. 7SXaro-.e contra a coqueluche c brojicJUilc,—Curaqualquer tosse cui ü;! lioi-as

VI»K© »$00Odeposito geralí—Droa-aria Pacheco — ANDRÀDAS, 59

laboratório:—I. au«tt * Freitas—Porto Alegre

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Nos bastidores -Tenho um papel para você, na minha nova peça, que ha de pro-duzir muito effeito.-Qualé?-O Purgen.

••_-". Quem tiver gonoirlica só pode ficar bom com o GONOL $>-Ách?.-se á venda em todas as pharmacias e drogarias

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ftQf RIO.1NUh.13.-PE ABRJ.fvPg,M9o8 mffl fti^f

V'

^ Semana Pespida *-;¦Meu caro leitor, minha mana CorinnHorror já vae tendo aos tristonhos jornaes,Pois ve tanto sangue a chistosa menina,..(Noticias sangrentas que fim não tem mais).Calculem que .1 mana, que ha pouco casou,Gorducha, brejeira, gracil bonito naO tal sarrabulho a sorrir comparouA' esplendida entrada em novel Barcelona fE a rir foi a mana o roast-hcef comprarNo açougue correcto do Chico CapengaFoi Ia o Pedroca da Silva encontrarCom o Chico em sarilho... Que grande pendenga!O Chico queria p'ra explendido almoçoA carne bem fresca, macia, um bom bife,Mas que não tivesse, nem sombra de um osso.O Chico pisou:— O' seu grande patife I...E arruma-lhe um osso nas ventas, valente.E pondo-o na rua com um só empurrãoTermina a contenda, dizendo insolente :—Tu queres c carne que cresça na mão...Mas é que doosso sahindo o tutanoCahir foi direito no beque da manaNão o viu a Corina e abriu logo o pannoUm bonde tomando, Tijuca, bem lhana. . .

COMMENTARIOS

.Duas moças bem chies, com grandes chapéos,Conversara na frente da mana, gentis,Emquanto que ao vento, das tampas, os véosFazer vão negaças da mana ao nariz.E tanto esvoaçam os trapos damnadosQue a mana espirrando os taes véos entutanaCom o tutano dò osso que os deixa empastados.Após ao Phardux, a correr vae a manaP'ra ver as baleias que mortas chegaram.Mas quantas! pessoas sem senso se vfi !...Sessenta e mais quatro baleias acharam?Pois eu tenh;o visto das taes como que.,.Das quaes uma-só, com um só tanto moveQue cinco dispensa e com doce deleiteAo tempo que fôrma, sessenta e mais noveTambém faz bastante e dulcissirao azeite...

Chamando o povinho de tolo, a Corina,Voltando p'ra casa, eis que encontra era viagemOs dois Fonsequinhas. Negocio da China,Fizeram os gajos, que são de coragem.Têm nomes éguaes, um genro eo outro sogro;Sendo este rfn;;?.ím_.íj"fté~a's"íilíías nao poupa),Foi visto p'io genro pregando-lhe um logro:Estava com a filha.,. cosendo.,. isso... roupa.O genro abespinha; o tal sogro á caretaNão teme, e zás traz—lá vae picaretaNa tola do genro. A Corina, culpadaDiz será pequena, Não foi, lhes garanto:Antônio Fonseca era o pae dessa fada,Antônio Fonseca era o esposo, portanto,E' bem natural o se dar confusãoDepois.,. isso á noite, sem ter lampeão...Agora esse genro que faça tambémNo caso que o facto outra vez lhe aconteçaO mesrnü que fez outro genro, e fez bemVirarrdo-se em mula, das taes sem cabeça.Com isso terá muita cousa lucrado:—Não mostra a este mundo o testaceo enfeitado.

Se bem que ás escuras o mal só decresce(O gaz acabóu-se), os prophetas em greveFizeram com que, o rubor prompto cesse— Quem não tem vergonha, decerto que vèveE quanta couainba de noite faráAssim pelo escuro um cabrinha sarado ?Si ás vezes de dia o que no mundo irá?Anda poí al|i tanto gaio escovado...Largo do Rocio, jardins e outras praçasAssim sem ter luz, ó leitor que aturaes,E'cousa que;, creio, não ser para graças,Coltoca Sra perigo da gente os cahaes. "A vela efe sebo vae tendoextracção;E vem kerozene fazendo um bonito;Também na cosinha entra em scena o carvão,O espirito o jazei te do bacalháo frito!...Porém essajeousa de gaz, muus amigos,Ha muito qde sobra a valer nesta terra

O Júlio Maria tem gaz —dos antigos—Também o Lãtt com o qual tanto berra,E d'outros ainda (que ha gaz-a valer),Com todos o_ cheiro:., que gaz não é obra !A's vezes no bonde se o pôde obterCom velhas que geram bom gaz e de sobra..,¦Emfim meu leitor tu que és muito sagazE o meu g^zjá tomaste, te oá por feüz,E, se por acaso, não foi-te ao narizEujáo accendi e nâo o quero hoje mais.

Pae Ze'.

Vejam voeis, como o diabo na arma, O «Jor-nai do Commerciou transcreveu um artigo do«New York Herald» cm que um jornalista ameri-cano dizia que a capital do Brazil é uma cidade di-vinal, etherea!...

No mesmo dia houve agiéve do Gaz, e na maiscompleta escuridão a cidade deixou de ser ethereapara ficar... hemetherea.cs ao

Foi o diabo !As ruas pretas como breu, causaram vários

equívocos lamentáveis.Um cavalheiro sisudo, pae de famiiia respei-

tavel, não consegue acertar com a sua própria re-sidencia, e, coitadinho, foi forçado a passar a noiteem casa de uma francesa.

E n_o lhes digo nada. No dia seguinte o pobrehomem amanheceu tão abatido, tão... chupado, quefazia pena. esso

Commigo ainda aconteceu peor.Eu passava pela casa da Profiria e ella convi-

dou-me a entrar. Eu estava deante delia quandoapagou-se o gaz de repente. E eu no escuro atra-palheí-me, enganei-me e não sei como foi, mas emvez de entrar pela frente, embarafustei pelos fun-dos,.. da casa.

- ¦ -- -cg»-Com um amigo meu ainda aconteceu peor...Elle estava de visita em casa de uma senhora

por quem ha muito tempo tem uma paixão preta.Estavam na sala conversando, elle, ella e Ju-

linha, uma menina de 8 annos, travessa como odiabo e filha da tal senhora.

O meu amigo para agradar a mãe (salvo seja)faz muito agrado a essa criança que assim tomoupor elle grap.de intimidade.

De repente apaga-se o gaz.Susto, exclamações. Correm todos em busca

da luz. Julinha precipita-se para o meu amigo gri-tando:

-De cíi os seus phosphoros seu Antunes.— Não tenho, filhinha —respondeu o rapaz.—Tem sim. Você nAo quer dar. Deixa ver...E apezar da insistência do meu amigo,começou

a apalpar as algibeiras todas. De repente soltouura grito de trmmpho.

—Mamãe. Venha cá, seu Antunes diz quenão tem phosphoros, pois apalpe aqui, elle tem umavela no bolso da calça.

CSSDIsto é uma cousa que não tem graça alguma.O meu velho amiho Deiró dá o desespero

qutndo passa algum dia sem... gaz.Elle fica, coitado, que nem levanta a cabeça.Felizmente elle tein uma receita de umas pi-

lulas que o fazem ficar logo com o encanamentocheio.

CS§0Mas, deixem lá, que assim mesmo a gente

tem sorte.Faltou o gaz, mas appareceu a lua cheia.Vejam vocês como ê boa a lua ; substitue tudo.El verdade que ás vezes atrapalha a vida da

gente, provocando marés,,, no mar Vermelho.Mas, em outros casos, a gente estando atra-

palhada e não podendo avançar frente a frente, se-gue outro rumo e arranja a sua vida cora a... luacheia.

C00OE afinal só falei no gaz.Mas, não admira. Com esse caso eu fiquei, po-

sitivamente, esgazeadò.Vou tomar uma gazosa.

ZÉ FlDELlS.' ,.

.jróRirAIV I)O BKAXII.»

0 «popularissimo», como diz toda a gente,«colheu mais uma llor, erc.,» no dia 900' corrente,-entrando em annos, (perdãn) commemorando o seu17o anniversário, graças á sabia direcção que lheé dada pelos jornalistas de pulso que são os irmãosFernando Mendes, os quaes até conseguiram fazercom que o valente orgam commemore dois anni-versarios annuae?, tal a sua incontestável aceita-ção.

Pois, chuchem lá, por causa disso, os cumpri-mentos da rapaziada d'«0 Rio Nuj..

TO .-->Palestra entre um pândego e uma recem-vivua—Então, minha senhora, como se tem arran-

jado depois de viuva ?Oh ! ma1, muito mal. Meu defunto marido

deixou-me sem recursos.Perdão! ha de convir que deixou um.

. — Qual? não me dirá?Ora essa! o de casar-se novamente.

Lefíres d'un fllussiúA' MUSSIÍ. LE »R. GAZ OMliTllIQUE Har-

ROPS - ROMPÉDEUR... DE CANUDES GRIÍVISTES,Vrèclare Suptrinden,. .liste:

ftlSg mbore ataquade d'un térciaire défluxe-asia-TyOf, tique, je lance main de Ia pcnne — de Ia

VZz&6 pate... qui l'a poste—pour rabisquer (sansmalice) cette lettrinhe, à vous dirigide, franque deport et sans récibe de volte.

J'óscutave toud le monde... equivoque bra-der:

—Vive Harrops I,.. vEt l'écco répetie:

Harrop... arrop... rrop...E're une juste homénage à vosse attitude, pa-

cificamente hostile, en\& greve,En Ia question de Ia cargue écona.. .mique des

fortes et tétortes, ne démonstrer sue dureze, unHarrop-horreur!...

Et votre posicion, mussíú, entre les dues forteset rètortcs fui juste, úrecte et téze: —"Entre lesdues, mon c.. .oraçon balance»—garantide pour legouvernement... de Ia Light.

La durúze d'une rache cardeuse ne vous inti-raide, ã vous - le superintendem harrop horrible 1...

Les désditeuses opéraires du Gaz (dómittides)von s'ósquenter en le gasomêíre de sues éspouses";si son casades; sí son soltòres passeron Ia nuit in-tière contande les tabues du tecte, tenande en Iamain une vele... sanspavie...

Certement, pour un dèvoir de justice... decase, Ia Light vous fairá une «juste maniféstaciond'apréee»:

Marche aux flambeaux, de lamparines apa-gades et de candéies-ás avòsses, au' rompeur dePalvorade d'une belle nuit de chuve torrenciel ettrovoade mòdonhe.

Et le proprie Grand-Mussiú Mackensie, faisendempregue d'une palavre portugaise, exclaraerá:

—Jamais nunque de Ia vide je tenhe conhe-cide un homme comme ça,. .gaz !...

En le banquet, au espouquer du champagne,les convidades exclamaron :

Hip... hip ., hurrah, Harrop 1...Avectoude 1'enthousiasme, au quel s'associe

(avant du fin de Ia lettre) votre admirateur

'S.erioFrakcisque Athanaze.

«-T.CT..-

Ao Deiró Júnior

Lembraste, meu amor, daquella deslumbranteNoite de brando luar, Á cuja luz trocamos,Sob o caramanchão envolto em verdes ramos,Ardentes beijos mil, numa anciã flageJlante ?

Que noite I que delido ! Impávidos, gozamos ¦ &A nossa carne moça, ardente e palpitante.Queimava-nos o peito a chamma calcinanteDo amor. Éramos dois ditosos gaturamos...

Já não te lembras mais ? Como esquecer pu deste?Minha memória é forte, ó cherubim celeste, ¦'!K,palltdo de espanto, exclamo varias vezes:

— «Sou bom, no movimento e artista consummado ;Trabalho muito bem, trabalho com cuidado,,.E a cousa não rendeu... no fim dos nove mezes!_>

Hercules Bravo.

Valença, E:. do Rio, 1908.1

—Diz-me cá; uma cousa, ó José, ó que vem aser esse negocio de>capitab e "trabalho'?. ?. —Eu te digo : tu me emprestas dois mil réis;isso é o «capital».

—Perfeitamente ; e depois?— Ao cabo de algum tempo queres que eu os

devolva e nisso consiste o «trabalho».«v. __•¦» ¦•

Lapides mortuâr3$s(de pessoas vívasí

Boclua flardoaio

Advogado que foi dos operáriosDa «Socíete», não soube *'ser sagaz,Sem conseguir o augmento dos salários,Morreu por fim, na escuridão do gas.

Jeremias,

jgsiKstMg

efciü^

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O RIO NU—15 DE ABRIL DE 1008

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l*HI!«

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BASTIDORESrçSTÀ1 COm O «Chiquinlio».», de Souza, a Sra.Amélia Lopptcolo, ingratamente desprezada

pelo actor José Ricardo,Ha quem diga que ella para ahi foi unicamente

por causa das reprises ; tanto assim que está outravez era uso de leite.

YA Sra. Abigail Maia, actriz da companhia

Souza, actualmente no Pará, continua a gostar dopapel pardo.

Apenas, mudou de marca.Y

A graciosa Maria Lina levou um «pito» dn «Fo-lha do Norte*, por sahir fora do papel quando emscena.

Que injustiça a da «Folha do Nortenl pois si agraça está nisso I...

YAté agora o actor Leite não conseguiu, em

toda a sua excursão ao Norte, impingir o seit mo-nologo: «O Dedo».

Que pena I

Dissolveu-se no sabbado ultimo, a companhiaMambembe, que trabalhava no Carlos Gomes.

Os arlislas que se haviam despedido antesdessa época, vottaram ppra o theatro apenas paraobsequiar a Sra. Cinira.

YVae trabalhar no «ChatNoir» a «fermosa» can-

tora Claudina .Montenegro.Apezar dos esforços do Sagi-Barba, não con-

seguiu este convencel-a de que devia ir para asua zarzuela I

Pobre S-ígi-Barba !Y

Thomé Veiga, o sympathico actor, actualmenteem Belém do Pará, foi nomeado representante daCompanhia de Cerveja Brahraa, naquelle Estado.

YPela segunda vez naufragou em Belém, o «Ro"

binson Crosué».D'esta vez o Robison ficou afogado, e com elle

o seu papagaio, representado pelo actor ThoméVeiga.

YEsteve deliciosa a festa da actriz Cinira Polo-

nio.Uma platéa escolhida, applaudio-a cora enthu-

siasmo, atirando-lhe flores.Pena foi que a representação da «Capital» fosse

tão ruim ISi não fosse isso,..

YO fallecido actor Fartado Coelho fez beneficio

no Recreio.A' sua festa esteve presente b intendente As-

sumpçâo, administrador dos Cemitérios.*•*Dizem que o contra baixo do Recreio vae de-

sinfectar o theatro e nâo leva nada por isso.O governo é quem paga.

YA Saúde da Mulher está agora sendo experi-

rnentada com bom resultado, pela actriz Albertina,do ex-Carlos Gomes.

YMambembada- Uma por numero:

O Mambembe falava dc um ex-actor de suacompanhia.

— Com que então, o pobre morreu ?—E* verdade; estava tisico,—Que pena I Tão novo ainda I-Elle foi quem teve a culpa.-Como ?—Tossia muito.

Diabo Rosa.

*uBiJoude Ia Mode- gg**£-«•*;eado c a varejo. Calçado nacional e estrangeiraftara homens, senhoras e crianças. Preços bara-tissimos, rua da Carioca ns. 74 e 76.

«_-"•» <njEncontramos no importante jornal do Pará

Diário do Comntcrcio de 24 de Março ultimo, estesversos deliciosos qwe gostosamente transcrevemos.

AR IDE C3-R-A.Ç..A.Sohro o israelita suicida---* Foram collocadas

IiiIiuhs tio iiiQiloiriin uvilar quo a torra quo li-casso cm cima ai tingisse o cadáver,

Da .F-llmii.

Porque se mostra assim tão precavidoO povo de Israel ?

Não quer que o corpo seja deglutido,Tal como um prato de sarapatel ?

Inútil precaução IEstúpida cautela !

Quer o rijo defunto queira ou não,Tem de servir de pabulo á guela

Dos vermes famulentos,Bem que a familia d'elle berre, implore,Que atròe os ares de cruéis lamentos,

E chore, choreSem tréguas, sem parar, eternamente,Tal como o povo israelita faz !

Si elle não fôr comido pela frente,Sel-o-á, fatalmente, por detraz I

Pepo.

Medico eminentecommendador Suvela morrera satisfeito

por conseguir formar em medicina, á forçade muitos empenhos e dinheiro, seu filho o

doutor Ambrosio que, mesmo assim, só logrou di-plomar-se onze annos após uma freqüência assíduana Academia.

Artidóro e sua mulher Constança, padrinhos deSarazinha, que era muito franzina e anêmica, toma-rara conta delia, procurando educal-a como si forasua filha, logo após o fallecimento dos pães.

Ha tempos a pequena constipou-se de tal fórraaque seus padrinhos, receiando que a quelle incom-modo se transformasse em uma afiecção pulmonar,fof-^ra obrigados a recorrer ao doutor Ambrosio,uniéw medico da localidade.

Este, muito pomadista, aceudiu immediatamen-te ao enamado e, depois de examinar a meninadisse á madrinha:

—Tenho observado, nSo só aqui no Rio comonos hospitaes da Europa, que, em sua maioria,todas as moléstias são hereditárias. Esta menina,por exemplo, acha-se gravemente doente; herdou,com certeza, eu affirmo, o germen da moléstia desua mãe que devia ser muito anêmica.

—Ao contrario doutor, disse Constança, a mi-nha comadre era muito gorda, muito rosada,., ..

_ —A gordura nem sempre, minha senhora, oindicio dc saude, continuou Ambrosio, um poucodesapontado.... Insisto ainda nas minhas obser-*vações: de que moléstia morreu a mãe da menina7

—De parto, respondeu Constança. '¦ JGarcia, rapaz trocista o que fez questão de as*1, fsistirno exame.medico, pois andava com vontadede desmoralizar Ambrosio, deixou escapar um sor-riso ao ver a cara deste, depois da resposta deConstança. Ambrosio, porém, fingiu não compre-hender o riso irônico daquelle e proseguiu :—Si a moléstia não proveiu da mãe, garantOjque é herdada do pae. Aposto em como o paedesta menina morreu da mesma enfermidade que;a matará I... De que morreu o pae? j—De hydrocelle... E os avós nasceram mor-tos sua cavalgadura, disse Garcia rindo-se, entre-gando a cartola ao medico que se retirou enver-gonhado.

Amoba.

Oiiiematoffi-apho Colosao-0 Paschoal,o homem que mais diversões nos proporciona,acaba de receber da Europa um mundo de fitasnovas e sensacionaes, com com cerca de 4000 me-tros de comprimento; e vae d'ahi, o Paschoal or-ganizouuma sessão especialmente para a imprensa,era que foram exhibidas essas fitas, quasi todasque são lindíssimas e dignas de serem apreciadaspela nossa população, o que não será dífficil, poisserão exhibidas no «Pavilhão Internacional)' no«Parque Novidades» e no «Colosso» (Theatro SãoJosé).

Não ha que ver, o Paschoal é mesmo um ca-marada turuna para divertir a gente, e não cochilanada para isso. Obrigados pelo convite que noscoube.

Aos apreciadores de bons cigarros, recommen-dam-se os afamados CusteHôea á venda nas cha-rutarias Paris, Palacx Thealrt e Maison Mcderne.

Can...tilena{Ao Borges)

Roliça raoreninha de olhos pretos,Nas lutas do prazer eu te quizeraA força te mostrar de meus sonetos,Para te dar dar uma lição severa.

Que gozo, que prazer, nós dois, facetos,Ultrapassando a meta da chimera,Em completa nudez. Nós dois completosDe desejos ardentes, quem me dera.,.

Havia de morder-te a carne mia,A minha collocar na bocea tua,Pleno de gozo, numa luta feia...

E terminando a can...tilena digo:Si algum dia estiver a sós comtigo,Hei de mostrar-te a força dum Gouveia.

Realengo —908.Dr. M. T. Tudo.

LICOR TIBAINA0 melhor purificador do sangue.

Oranad» dc C- Rua i°. de Março, ai

FOLHETIM

MEMÓRIAS porDB

Uma «Claise-Lonpe»Víctaien di Saisssj

47

.__.Il_.ulgo adivinhar uma hesitação; mas, apezar deyjf tudo, meu amo respondeu immediatamente,*s/ sem que a menor emoção trahisae a sua

mentira:— Sim; minha senhora, é aqui. Queira ter a

bondade de entrar..,A dama entrou.—A senhora Josepha, está aqui neste aposen-

to ao lado. Como se encontra sósinha... queira tera bondade de me seguir,..

E a bella entrou no quarto, no nosso quarto.E"" claro que em nossa casa não havia nenhumasenhora Josepha.—Mas... arriscára-se elle a dizer: V, exa. nãogosta de esperar, accentuou meu amo,.. Vou pre-venil-a.

Desappareceu durante alguns segundos, vol-

tando cora uma garrafa de champagne e duas ta-ças. Emquanto espera, permitta-me que fhe offe-reça ura pouco deste vinho gelado... Está tantocalor e v. exa. está a transpirar 1

Ella muito aturdida, protestou não ter calornem sede, confundindo-se numa immensidade deagradecimentos ridículos,

E* necessário dizer-lhes que a senhora JosephaBarmin é a cocotte que mora no segundo andar,por cima de nós.

—V. exa. é amiga de Josepha? Perguntou meuamo.

—Sim... Apresentaram-nos uma á outra, o in-verno passado, em Monte-Carlo. Sympathis© muitocora ella... Tenho muita pena de nos encontrar-mos tão poucas vezes...

—Está muito preoecupada, disse meu amo.Vim para a beijar.

—V. exa. é encantadora. Tenho a certeza queJosepha sentirá uraa grande satisfação. A' sua sau-de, minha senhora, disse meu amo, apresentando-lhe a taça em que o vinho loiro espumava coquet-temente.

E' muito bom, disse ella. Tinha tanta sede!Tinha-o adivinhado... accentuou elle,fixan-

do-a com attenção.Porque me olha assim? perguntou ella.Procuro lembrar-me... Parece-me que a

conheço... Onde diabo a vi eu?,.. Os seus cabel-los loiros.., os seus olhos de côr violeta... a

distineção do seu porte... mas principalmente osseus cabellos, os seus admiráveis cabellos...

—O senhor é muito galante.. ,. Onde o vi eu?E fazia menção de pesquizar na memória com

uraa perfeita convicção.Evidentemente foi em Paris, continuou elle.

Porque a senhora é parisiense.—Não nasci em Paris, mas...Certamente, não nascemos parisienses, tor-

námo-nos parisienses. Conheço-a muito bem...Ella lisongeada, apressou-se a dizer:—Ah I... realmente,..—Em Paris, minha senhora, todas as mulheres

bonitas são conhecidas de certos homens.—Sim, mas eu não sou bonita..,

Peço perdão: é linda. Ha uma centena demulheres a quem nunca falei, que nunca me vi-ram e que conheço muito bem. Presentemente asenhora e uma delias.

Interrompeu-se:Mas não me vá eu esquecer de que morre

de sede.Despejaram as taças.

Está ha muito tempo em Paris?Ha seis annos...

—Desde a sua infância, por conseqüência.,.Oh 1 exclamou ella. Sou já uraa mulher, te-

nho...—Vinte e tres annos, bem sei, interrompeu

meu amo.(Coidinúa)

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O RIO NU-15 DE ABRIL DE 1908

._

adoptado na Europa e no

C(F&. hospital de marrons.

%$ REMÉDIO SBM G_K-~ dura. Sura «I-ficaz das molaa*_ A tias dr,

pelle, fe-

—O' Philomena, nao estejas a olhar pela fechadura do quarto dapatroa; olha que isso é feio.

—Sim, sim; mas, muito mais feio é o que eu estou a ver d'aqui...

Boro jTCoraclca—(adoptada no Exercito Nacional)—Pomada mila-grosa para a cura radical de espinhas, darthros, assaduras, queimaduras,empingens, sarnas, cczemas, ozagres, frieiras, herpes, escoriações e todasas moléstias da pelle. As rachaduras do bico do seio que tanto atormentamas jovens máes, curara-se com esta santa pomada, que não suja a roupa.Vende-se em todo o Brazil—Deposito geral—Drogaria Pacheco—Rua dosAndradas n. 59.

... ,i

A ÜMA ORGULHOSAPensas, mulher, que a tua formosuraMe faz curvar, humilde e reverente,Quando passas por mira, altivamente,Cheia dc empáfia, cheia de impostura?

O' grande tola I eu vejo unicamenteUma mulher de artística cintura,E uma perfeita e plástica figuraPara encantar um pobre adolescente.

Mulheres, amo-as, quando tenho unidoSeu corpo ao meu... esquivo e prevenidoContra seus beijos, ó mulher vaidosa I

Nao me magoas, nao, com o teu desprezo:Pois o meu coração nao vive presoNa barra de tua saia cúr dc rosa I

Hercules Bravo.Valença, E. do Rio, 1908.

PRKÇO I II do _-. Kdnitrda Franç»3$000 _._!

DEPOSITO noBrazil

A. FREITAS A GOMP.114 - Ourives - 114

S. Pedro, 90 — Na EuropaSarloEp.ba Milão. „__ _.

ridas, ompinçons, írioíra», suor dos pós, assa-duras, manchas, tinha, sardas, brotoejas, gedorrhéas, etc

Para ver se o marido <5 ílel ou nilo

Para ver se o maridoéfiel ou nao, a esposa de-verá fazer o seguinte :

Compre dois nabos—se quizer, nabiças tam-bem pôde ser—entregue ura ao marido e elle queo segure com a mão; depois d'isto, a esposa co-meça a fazer palhaçadas na frente do marido e donabo; mettendo o d'ella n'uma panella, que trarácom ella. Si o nabo do marido também se mexer,e começar aos pinotes a querer também metter-sena panella, elle é com certeza fiel, e se pelo con-trario o nabo não se mexer, é infiel.

Garante-se a eflicacia d'esta experiência donabo.

Na Avenida:Uma senhora escorrega e cae de maneira que

se levantam as saias.Ao levantar-se, repara n'iirn sujeito, que a

fitava com olhar brejeiro e diz-lhe toda irritada:—O senhor não é um cavalheiro I— Pelo que acabo de presenciar, também V. Ex.

o não é...

LOTERIAS DA CAPITAL FEÜEKÂLSabbado 35 do corrente

íooioiooo per 6$300Pedidos ã Companhia de Loterias Nacionaes

do Brazil.--Caixa Postal n.41—Rua i° de Março 38, 8

>v

-Nao podes imaginarQue pinga deliciosa!Has de um copinho provar,Diz o Thomaz ao Barboza.

llifr3—E'táo entretida a prosa

Que o Thomaz por distracçâoBebe os dois, e o seu BarbozaLú vae ficando na mão.

5-Reparanda que o ThomazA joça toda bebia,Barbosa caretas taz,E entende que é picardia.

—Sim; eu reconheço que fiz mal, porém... a senhora n„o estava,elle disse-me umas certas coisas... íi que não pude resistir e...depois...

—Depois... roubaste-me um amante não é ?— Ora, patroa, não se zangue, ainda lhe restam nove...

*-« ara __JjTí-í

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3t| 1 RoTaffinl-j —Historia de um sujeito «doente», contada pelo_-H.j-*}>\J rallUUUld. Vagabundo. A i$ooo em nosso escnptono.f:^-fl*/, , _^ ,,, __ ___ __ „- 1

•fiilTHIIMUm ¦_ ¦¦¦! ¦—¦¦.!uil¦niiwn nl nniii-i ¦¦in.l**f"*' *awP**«*——*l_g U^iMsumM—wmmummiM*™*"" »**¦***¦ "

ei tend— Sim senhor I que bello peixe para ser comi- — Ai, que o maganãodo... .,.-.„„ de mira.

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O RIO NU-1.. DE ABRIL DE 1908

a—E vae os copos enchendoAté chegar a medida;Sempree sempreenaltecendoTão succulenta bebida.

4—Os copos de novo enchendoO seu Thomaz nflo reparaQue o Barbosa ficou vendoE da pinga não provara.

6—-Então que tal? diz por fimO Thomaz em tom brejeiro.—Não presta; pois, cá por mimO que eu tomei foi... o cheiro.

A primeira quedaToda entregue aos devaneiosIVuiii priminho tentador

E gentil,D. Elisa entoava seus gorgeios,Desde a sala ao corredor

Vezes mil.

O priminho, lambareiroE co'a voz muito afinada

P'ra cantar.Pede si prima, mui lampeiro,A fineza de, na escada,

Lhe falar I

D. Elisa, que lhe deitaMuito amor, amor secreto,

N'elle filaMeigo olhar... e dessa feitaIr á escada, por affecto,

Não hesita...

E lá vae; lá vão os doisSegredar não sei o quô,

Os pombinhos,Inflammados como soes,Inflainmando quem os vú

Tão juntinhos!

Mas o diabo que é tendeiro,E n'estas cousas uma rasca

Sempre arranja,Foi depar—Oh ! que brejeiro ! —Aos pés d'Elisa uma casca

De laranja...

Elisa, que d"um revezAbrolhos nunca provou,

Tal não viu,E—coitada I—desta vez,Sem querer, escorregou...

Ecahiu !,..

Accacio Trigueiro.ffVJ V»

O Peitoral <le Angico Pelo-lense —A cura da tísica, das bron-chites, das anginas do peito, d'essastosses tenazes que muitas vezes só fin-dam quando finda a vida de sua victi-ma, é um problema hoje praticamenteresolvido para quem conhece o màgni-fico remedir* tão popular no Brdzil: oPeitoral de Angico Pelotense.—-Depo-sito: Em Pelotas —Eduardo C. Se-queira. Rio — Drogaria Pacheco. SãoPaulo—Baruel & C. Santos — DrogariaColombo.

Amor com amor se pagaUra estudante cabula recebe dome-

dico o attestado de doença —que naoteve—e paga-lh'o com os cinco tostõesdo estylo.

Peço perdão I estes cinco tostõessáo falsos...

Bem sei; mas o seu attestado tam-bem o é...

¦;.|. _a—Has de convir que cora o bello corpo que tenho passarei á posteridade,— Não ha duvida; principalmente agora que os homens são todos posteriores.

Molho Elevtrlco (o rei dos tempe-ros)—Pdde ser usado com toda e qualquerespécie de comida de sal, com a vanta-gem de poder ser addicionado a cadaprato em maior ou menor quantidade,,conforme o gosto e os hábitos de cadaum. Dá muita realce ás sopas, guisadose refogados. O churrasco, as costelletas,a carne de porco e a de carneiro, ficamexcellentes quando adubadas com esteaíamado molho. A' venda nas principaescasas.

Sí tu, leitor, és fumanteCom maus fumos não te atochesMostra que és homem galanteFumando sempre GAVROCHES

um de Caricaturas —Vende-se a 500 réis em nosso|»_escriptorio. Pelo correio 1 $ioo.|»_

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E_ crd roa ****.u o -

_"_KL*-».lyi.Holi_.iiio

Marido hypnotisador e ciumento :—Ordeno-te que digas quem é o homera

a quem amas ?Mulher, (hypnotisada:) — E* o pae dos

teus filhos.Marido, (acordando-a:)—Obrigado,meu

anjo IMulher, (acordada:) — O que disse eu

durante o somno, que te deu tanta alegria?Marido, (bajojo:) —Que me amavas a

mim, o pae dos meus filhos IMulher, (á parte)—Abençoado hypno-

tismo, que se pôde dizer a verdade, semser indiscreta nem falar no primo Au-relio I

ÍNJKVÍ

Fornada Seccatlva «Ie Silo l_a-zaro—Esta pomada é hoje universal-mente conhecida como a única que curatoda e qualquer ferida sem prejudicar o>sangue, allivia qualquer dor como a ery-sipela e o rheumatismo—Rua dos Ao-dradasn. 59.

tendeu e está rindo-se — Ah I ah 1se alho da mae

ahi que grande patusco me sahiu es-

—Olha, Tliereza, nós precisamos vêr si ganhamos o prêmio do povo-araento do solo, ouviste ?...

—-Homem, eu creio que, mais do que temos trabalhado para isso, nao épossível... e si queres que te diga francamente, eu até já estou precisandofazer uso da A Saude 4a Msd/ier para endireitar o machimsmo...

I i |

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O RIO NU-15 DE ABRIL DE 1908

Is^IEIDK^ÒSA.-unhamos brigado por tolices, como do cos-

turae; e, corao de.costume, ella é que co-meçára na platóa do theatro Lyrico nrru-

fando-se derepentc,a pretexto de que eu olhava commuita insistência para a segunda corista .-1 . cs.querda.Nao era exacto. Confesso mesrao que naquellecorpo de coros brilhantíssimo,a única mulher que...me abria o appetite era uma lourinha magra queestava exactamente do outro lado,

Mas, Angelina desconfiou, não sei porque, dcuma morena gorda-a segunda A esquerda —afiir-mando que «eu nao tirava os olhos delia».

Ri*me da accusação, porém Angelina ficou logode raá cara e no intervallo seguinte—para me fazerraiva —saudou com ornais lindo de seus sorrisoso Aguiar, o rapaz que ella bem sabe que eu nSoposso tolerar.

Dizem que aquelle rapaz gostou de Angelinaha tempos, e eu, com o mais estúpido e mais retro-activo dos ciúmes, tenho lhe um ódio mortal.

Até esse momento nao tomara a serio a zangade minha companheira; estava até disposto a dar-lhe explicações para destruir-lhe as suspeitas corarelação á corista, mas, á vista do acinte daquellaaraabilidade com o Aguiar, irritei-me tambem e oo resultado é que chegámos á casa como cào egato.

EUa nao dizia palavra; nem eu.As nossas brigas eram sempre assim.Levávamos as vezes semanas inteirassem nos

fallar. vivendo na mesma casa, dormindo no mes*mo leito, como dois inimigos. E dizer-se que vive-mos assim dois annos e que até hoje tenho saúda-des dJelles 1,..

Tolices. „ _Emfim, d'essa vez foi "como das outras mas feliz*

mente d'está vez a rusga durou pouco, graças a umacircunstancia accidental.

Ceiamos calados. Ella tratava-me por sr. com araltivo; eu chamava-a —«a senhora» e fingia-me des-trahido.

Ao deitar-se Angelina ostensivamente afastou-se de mim o mais que poude. Collocou-se bem naextremidade do leito, voltada para o outro lado, eteve o cuidado de envolver-se sosinha na colxa, co*brindo-se toda, para que eu nem siquer pudessevel-a.

Aboreceu-rae aquillo. Pílulas. Ia começar umanova serie de dias de arrufo. Mas como náo era mi-nha a culpa no caso,aocontrario,eu que tora o offen-dido por aquelle sorriso do Aguiar, não me cabiatentar a reconciliação.

Deitei-me tam bem,voltado para o lado opposto,e depois de remoer por algum tempo idéias negrasadormeci.

„ No dia seguinte quando acordei, já Angelinaestá de pé e, sem corpete, deante do espelho pen*teava-se.

Estava de costas para mim." Por isso pude, sem perder a dignidade, con*templar por algum tempo a linha gracial e frágilde seu corpo delicado mas que eu sabia de tantoconforto e tanto gozo.

Era ¦ dia um pouco frio. Estirei-me nervoso,.,Como seria bom chamal-a, fazel-a voltar ao leito eficarmos os dois enlaçados amorosamente, prenderentre meus braços aquelle corpo lindo, que aliestava semi-nú e tão excitante L ..

Mas não, Eu não devia dar o braço a torcer.Ella provocara a briga... a ella competia humi-Ihar-se buscando fazer as pazes.

Saltei da cama com raiva, c o dia passou numaathmosphcra dc rancor e turra de parte a parte.

Ella náo cedia ?... pois nem eu.Mas confesso que já me pesava aquella sí*

tuação. Eu gostava deveras d'aquclla crentura ;nao lhe tinha amor sentimental, paixão idealista,mas gostava d'ella com a carne, com a gratidão ea fome do muito gozo que recebia dc sua carnecheirosa.' Angelina mantinha em mim um desejo porassim dizer constante, e raro era o dia ein que eunao necessitava'o gozo dc um beijo para conse-guir a tranquillidade de meu corpo cançado e satis-feito...

Exactamente n'aquetle dia, a visão da minhaamante tao graciosa, em camisa, penteando-sedeante do psyché, deixou*me uma impressão queperseguiu-me na rua como um aguílhão aphro-disiaco. Que estupidez I Ella afinal continuava aser rainha, vivia commigo, estava em minha casano meu quarto, e eu cheio de desejo não a podiapossuir... por um capricho tolo.

Voltei para jantar mais cedo,quasi resolvido achegar, agarral-a, tapar-lhe a bocea com um beijo.Porém ella, irritada ainda, seria capaz de me repet-lir ou zombar de mim, fazer valer a sua victoria.

Nâo. Era preciso mostrar-me homem. Entreide cara fechada. Ella nem siquer ergueu os olhospara mim. Jantamos um duante do outro, sérios eimpassíveis como dois leóezinhos de louça dessesque ha nos portões de chácara.

Eu via approximar-se a hora de dormir comanciã e com ódio. Com anciã, porque então fica-riamos os dois a sós, fora das vistas da criada, eporque Angelina seria forçada a despir-sc, a dei*xar-me ver a carne adorável que eu desejava Iou-

_çamente.E ao mesmo tempo com ódio pela idéia de queella ia deitar-se ao pé de mim, mas com tanta in-

diflerença como si estivéssemos a léguas de distan-cia um do outro.

Ella começou a tirar a roupa, e eu disfarçada-mente admirava a graça encantadora de seus bra-ços torneados, de seus hombros modelados, e asua divina cintura...

Só de vêl-a assim, eu sentia uma sede ardentede beijal-a toda. E lembrar-me que ia tel-a ali jun-to de mim no leito em que tantas vez a... beijara...sem poder agarral-a e delirar na satisfação de todoo desejo que me entorpecia !

Ella, com aspecto absolutamente calmo, dei-tou-se e corao na véspera, bem longe, voltada pa-ra a parede ebem envolta na colxa de seda.

Deitei-me tambem e tentei ler um pouco parame distrahir, mas quall

Era tal o ódio e ao mesmo tempo a fome deamor que me vibrava em todo o corpo que nãoconsegui prestar attenção ao que lia.

Apaguei a vela e ficamos na cama,ella immo-vel em silencio, de costas e afastada de mim; euroendo a minha cólera, furioso, indignado coraaquella estupidissima situação.

Quanto tempo se passou? Uma hora talvez. Jávinha o somno, mas não podia dormir porqueapezar do silencio e do escuro, eu tinha conscien-cia de que ella estava acordada. E continuava aimmobilidade, o silencio, meu e d'ella.

De repente ouvi no quarto ao lado um ruidosingular. Era um arranhar exquisito, dir-seia quealguém do lado de fora mexia na fechadura daporta.

Apurei o ouvido, vagamente inquieto, pen-

sando em historias dc f-atunos, de assaltos auda»ciosos. Fiquei assim t.1o quieto que Angelina, jul-gnndo talvez que eu dormia, sentou-se nc leito eperguntou cm voz baixo mas approximando aboecade meu ouvido.

—Ernesto I Ernesto I Está ouvindo?Estou.

—S.to gatunos I—murmurou ella. Ea sua voztinha uma expressão de temor intenso.

Levantei-me em ceroulas. Accendi a vela,apanhei o revólver e corri toda a casa sem nadaencontrar de suspeito. Voltei ao leito e logo de-pois ouviu-se de novo o mesmo rumor singular.Era de se jurar que estavam mexendo em uma fe-chadura. Ergui-me de novo irritado e d'esta vez.aopassar junto ao toiletle no quarto ao lado descobrio acaso do rumor. Era um ratinho, um pequenocamondongo que cahira na bacia do rosto e na-dando, tentando subir pela porcellana fazia aquellebarulho estranho.

Notei isto e voltei a deitar-me tranquillo, maspor maldade nada disse a Angelina. Queria dei-xal-a sob aquella impressão de susto.

Ella guardou silencio conspicuo mas por fimperguntou ainda:

Que era ?Nada. Não vi cousa alguma.

No mesmo instante recomeçou o ruido. Eu quejá sabia do que se tratava fiquei mudo, mas Ange-lina estremeceu e suspirou :

Meu DeuslFiquei impassível. Èlla propoz em voz baixa :—Nâo é melhor abrirajanella da rua capitar?Ora qual—resmunguei—Não ha perigo. Na-

turalmente é algum rato no forro da casa.—Qual rato 1 Estão forçando a fechadura.Não respondi,e como ella insistisse, declarei pe-

remptoriamente que já correra toda a casa e iadormir.

Ageitei-me no travesseiro e fingi que na ver-dade adormecera.

Angelina esperou ura pouco, tremula e anciosa.Depois illudida pela minha respiração regular nãose conteve. O ruido continuava irritante assustador.Elíapoucoa pouco approximou-se de mim. 0 medoobrigava-a a procurar um apoio.

Chegou-se,e julgando-me a dormir encostou-se amim. Quando sentiu o contacto de meu corpo, oseuterror ainda disfarçado explodiu de súbito e a umrumor mais forte ella agarrou-se francamente amim num gesto couvulsivo.

Naquelle momento esquecia a nossa briga, eraapenas uma mulher como que uma criança, commedo.

Eu tive tanto prazer em sentir o seu corpoquerido junto a mim, que não tive coragem de abu-sar da situação e repellíl-a. Ao contrario, passei-lhe um braço pela cintura e ella per sua vez en-laçou-me o pescoço cora os braços frescos e per-fumados.

A sua bocea estava tão perto da minha.— Que ruido I—murmurouella.Senti-lhe o hálito quente na face. Veltei um pou-

co o rosto e os nossos lábios tocaram-se. Puxei-amais a mim. Ella lembrou-se ainda da briga e se-gredou :

—Mau 1Sellei a palavra com um beijo. E pouco depois

o leito agitado pelo nosso amor ardente rangia, fa-zendo mais rumor do que o pobre ratinho na bacia.

D, Villaflor.

OoitstcioA senhora dona Carlota é casada; e, (aqui pa-ra nós, muito em segredo,) dona Carlota c tambem

um fazendão... de quem por ahi se diz umas tan-tas cousas pouco lisongeiras relativamente * sortedo marido, sempre achacado de aores de cabe-ça...

Dona Carlota apezar dos pezares. .. é boa ai*ma e tem pena das dores de cabeça do marido, demudo que a todos ella diz:"'¦¦-—Soffre tanto, coitadinho ! #¦£*+A visinha, com essa solicitude geralmente «de-

sinteressadaj) dos visinhos, já perguntou á donaCarlota porque nao dava ao maridosum cházinhode folhas de laranjeira. '"j^í

E' verdade I ia íazel-o, ia fazePo, sim. O coi-tadinho já nera pode com o peso da cabeça IPudera I — exclamou a visinha sentimental-mente —Pudera 1

-E' que a «amável» visinha bem sabia que opeso da cabeça do marido do dona Carlota nunca_ jmais-sahtriaT., nunca mais,,,

A uma mulherMulher infame, carne apodrecida,Despudorada e pallida creatura,K', para mim, a mais atroz torturaVer-te, por tantos loucos, tao querida !

E muitos beijam a tua face impura.Nojento lodo; face endurecidaPelos beijos do vicio, e onde, esculpida,Eu vejo a tenebrosa desventura I

Dizem que tu nao tens, 6 prostituta,O coração no peito, horrenda gruta,Ninho letal de rubras mancenilhas.

Talvez seja verdade. Eu acreditoQue tu tenhas, mulher, o teu malditoCoração de rochedo entre as virilhas 1

Hercules Bravo* -Cnllope-Iiiia Unico infallivel extirpador

dos callos, não impede andar calçado —Rua dos An-dradas 59.

Os leitores conhecem de sobra a DrogariaGranado, ali na rua Primeiro de Março n. 12, mas oque não sabem é que ella está distribuindo umasfolhas de mataborrão com annuncios de seus pre*parados, o que quer dizer, que reúne o útil aoagradável.

Com esses mataborrões que são de primeiraordem, tem a gente a vantagem de ficar conhecendoos preparados medicinaes do Granado, cujos pre-parados são bem reputados em todo o Brazil, es-pecialmente a Água Ingleza e a Magnesia Fluida,como não ha melhores.

DE GRANADO & C.é o depnratlvo

mal» efllcaz e reoommendado — Rua Pri-meiro de Março ia.

Hespanholada.O' Baptista, tu conheces o medo ?

—Nunca soube o que é isso.—Não te assustam os trovões e tormentas ?— Como hão de assustar-me ! Um dia cahiu um

raio aos meus pés e eu apanhei-o.

LICOR TIBAINA

¦sMékmt*,

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.0.1U0-MU-^,-pE.ABIffl:,^|9^ ""

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C^RTEIR^ PE UW PERU'*stava eu na Avenida pensando por onde co-

mcçar as cuvaçoes, quando de repente me- - npparece a Annita da Bancada Mineira,

toda no trinques, c com ares de quem ia fazer umaalta cavaçào... Atraquei a gaja.

Vem cá meu bem, onde vae voce com essechiquismo todo ?

-Deixa-me, Lingua. Voce sempre me saiu umempata... ,

Queres entào dizer que ias cavar... algumacousa, não e assim 7 Pois, nào te deixo emquantonào me disseres quem é o maganao com que tevaes encontrar. . ,, ,

—Tem paciência, isso eu mio digo porque ecasado, tu podes pregar com elle na tua Carteirae escangalhar-me a igrejtnha.

-Bem então nflo te largo a casaca sem que aomenos me des alguma nota sobre as tuas «colle-

' -Isso sim, mas não digas que fui eu.

luro pelo leite que raammei em minha avo.-Faz-te de engraçado! Presta attenção,e toma

nota:'-A Zinha «estatermo» a tal que foi .c°rr!ai-da Bancada, foi apresentada pelo «enrabichado»ao pessoal dos Telegraphos com significativo intui-to; p para «incitar» os collegas, elle, após a apre-sentação, passou os dedos sobre as pilhas electri-cas que ornavam o peito da Zinha. Seria bom quena «Carteira» vocú prevenisse ao Co Tmha, que opessoal prepa,ra-lhe uraa solemnissirna vaia porcausa dessas scenas dentro da repartição. Agoradeixa-me em paz.Vae, diabinha. vae. Se

Deixando a Annita ir cavar o delia... Pegueium bondinho e fui até á Lapa. Na zona Marangua-pe encontrei a Mauricia.

Sabes, Lingua, eu fiz uma perversidade quedeu que tazer. Imagina você, que o Saboia, que étodo coisas para a Adelaide (.bebedeira», foi outrodia acasada Judilh, e eu escrevi logo um bilheteprevenindo a Adelaide, que veiu de repente e quizesbofetear a Judith, mas, coitada, apanhou delia

feliz, e muito obri-

oue se lambeu!—Tu fizeste isso ? Pois também devias apanhar

para nào seres mexeriqueira, ouviste ?E dizendo isto, fui até ao Largo.Ahi, dei de cara com o Joâosinho, sendo por

elle informado que a Sarah Gata anda n'uiírcaipo-rismo atroz. Além do utero que nào a deixa soce-gada (para isso é bom a A Saúde da Mulher) tem

. levado vaias em companhia das funecionarias quelhe advogam a. causa.

O que/ária o tutu vendo esses escândalos'!Soube mais que a Izabel «esqueleto» depois quemora coma Julia «Fon fon», esta ficando magra¦com os estudos de línguas... e toques de clarineta.Pudera 1 Entào aquillo é brinquedo ? O Murta que

¦o diga. _ *Depois.do. Joâosinho encontreus Formiga, que,

depois que deixou a Rosalinà «jumenton.ex-Pivetteou Bedelho, atirou-se a propaganda do chocolatesem lembrar-se que: «o que nâo se limpa cria bo-lor».

Encontrei ainda o Alberto «chapeleiro» apre-çiador dos Gouveias, que não tendo arranjado«nada por fora» como queria, andava a cata deum bom... Gouveia, e disse-me até que não podiapassar sem elle. _ ¦

Mandei-o tomar vergonha, e fui até ao Barapreciar uma dose de Vinho Villar d'Alen, e ahiouvi o Piaba dizer que tinha «cem paus» páraabarracar com uma gaja. Sem duvida houve banzecora o pessoal da zona Presidencial, mas estou in-/orniado que para elle fazer a «figuração» cascouo relógio no prego. Ora o Piaba I

Ouvi também dizer que a Zulmira «zuzú» nàodá uma folga no cultivo das roças com a Maria Boi,¦e tanto assim que já regam a cousa... (sem tro-cadilho) comchampagne, que por signal é Assis

.Brasil. Arre ! que o vicio pegou de galho IConstou-me cambem'que a Virgoliha vae entrar

para o collegio da Alição.Bonito I si ella se mette a fazer umas cousas

que as outras por lá fazem, a Virgo está aqui, estáprecisando fazer uso da Tisana Luiz Dias Amadoo maravilhoso remédio para corriraentos, feridas

¦ ou chagas, e que se vende na rua do Ouvidorn. 155, sobrado.

Ura pândego que lí*. estava no Bar, garantiu-me quK a Lucinda "flores brancas» azulou de Ma-dureíra porque o Luiz precisava de azeite para...os modernos amores da dita cuja. Entretanto, dizo Piaba que com elle era em secco... Safa, quepessoal!

Outra que tal nos modernos amores, ò a Pel-lada (mana' que tem a especialidade de subir pelaparede no melhor da funeção... Palavra que temgraça 1

Sendo já tarde, resolvi rodar, e chegando aolargo soube que para certa casa de modas do bòccodo Império, haviam ido umas gajas do liarem dazona Presidencial. Quererão cilas passar por fa-milia ? Ora já viram que m»nin.

Dou hoje uma folga no pessoal do «Chat Noir»,em breve darei um ar da graça do povo d'aquellasbandas.

Língua de Prata.•_/¦-» ÍNJ

Gtilllieruio TelI—Nova marca de cigarre»deliciosos, cada carteira é premiada.

CARINHAS E CARETASTutíi Faria * '

III

Na roda é muito pouco conhecidoEsse que a gala finge ter amorE de quem talo nesse verso torto,Que com prazer incrível, desmedido,Desempenha o papel de gato morto!

Dizem que a poucos mezesO elegante palito perfumado,Numa voraz e tresloucada sede,

Risonho muitas vezes,Nos braços de um chaveco. endiabrado,Recordava-se triste, acabrunhado,Do tempo era que trepava na parede INo erntanto é um bom rapaz, baixo e bonito,Tem lampejos de amor no altivo olharE um sincero e bondoso coração...Que o diga- aquella que elle sabe amar,De um modo bem notável e exquisito,Numa fremente e intermina paixão!— Faço ponto final. Eu nâo almejo,Magoar o seu tutu, o apaixonado

Dessa gata infeliz...Somente o que mais peço e que desejo

Nesse verso quebradoQue a musa nâo maldiz,

E' que possa, feliz e venturoso,Passar a vida inteira,

Uma vida de amor, calma e barata,Ao lado dessa triste bagageira...

Que chama Sarah GatalTambém eu nunca vi,Confesso-lhes aqui ;.'.'¦,.

Embora queira conséryar-me mudo,Um par que tanto se\pareça era tudo I

Boticário.

Caixinha de EstalosM, T. Tudo—Mande, mas tenha cautela com

a linguagem, sim ?Archi-Duque—Si servir publicaremos.

Thomaz Thomei —Ora vá.... tomar na cuia. -

Aos apreciadores de bons cigarros, recomrnen-dam-se os afamados Castellpes á venda nas cha-rutarias Paris, Palace Theatre e Maison Modérne.

ANNUN6IOS DE GRAÇA

eARNE—Vende*se qualquer quantidade, sem os-

so e sem nervo; mas si o freguez fizer quês-tâo de levar nervo... leva mesmo de graça.

Sócio—Precisa-se de um que tenha um bom...

capital para alargar o negocio de uma. senho-ra, o qual foi aberto pelo marido da mesma logoque se casou, mas que não dá mais conta do re-cado., "

Prédio-Compra-se um, desfle que o proprieta-

rio prove que tem os fundos era bom estado,e o rego limpo.

Professora — Offerece-se uraa diplomada pela

Academia de Línguas. Também é perita emtocar clarinetta ou flautim de capa.

Cavallos—Um cidadão que adquiriu uma pare-

lha de cavallos, deseia desfazer-se dosmesmos por lhe ser muito difficil tratal-os. Dá-osgratuitamente.

Uma senhora, perita no corte de ceroulas, offe-

rece separa esse fim a qualquer senhor queprecise. Uutrosim declara que vae a casa do fre*guez tornar... a medida.

Nabos e tomates - Vendem-se de superior qua-

hdade, na Praça do Mercado, barraca doStoute Enfii Ando. Ao freguez que comprar muito,o proprietário dá um nabo e dois tomates de que*bra.

Quebra cabeçasCharada antiga

A Rita nunca foi boa-1 ¦*-*Para o membro bem mexer—1Oli! que cousa táo gostosa,Como é boa de comer.

Charada». novI-iHlmas

Chupa-se no apparelho que dít um liquido gros-SO—2 I

Na pomba o instrumento 6 de aparato—r-T.

YcrHOH a concluir

Encontrando peito a peitoO devedor tremebundo.Elle diz em tom profundo:— «Acaso acha que é direito ?

«Acha que estou satisfeito '?Responda seu vagabundo,Parece dono do mundoA ninguém já tem respeito.»

Mas o outro que è ligeiro,Livra-se e chama*o tratante,

* Patife, ladrão astuto I

E antes que o chamem primeiro,Com voz forte e retumbanteDá-lhe uma roda de....i ?

OíãfV-SLÇíãLO

•:Xv\vt. •

,|ü Passei" n • •<*f8]

i.7

luando as evoluções másculas, accumuladàsnos empórios gástricos e ovoides se des-

_ prendem, produzem geralmente effeitos tu-midos, e espraiando-se em seguida pelos ares, apóshaverem percorrido os fundilhos das calças doproprietário expellidor, embalsamam os espaçosde um exquisito perfume árido ou concreto geral-mente similhante ao do repolho cosido ou couvemineira.

Essas observações prendem-se aos altisonanteslampejos rubidos de um cérebro encephalo, inca-paz de negar a co-existencia de focosfatuos, que,longe de serem inúteis, sao iconoclastas paladinosda verdade, da luz e beneficência pelos humanosmortaes. ,

Precisamente ura desses seres invisíveis q_üeperambulam errantes, foi que invoquei na sessãode hontem para fornecer-me os dados para a:he-ctorogehea manipulação dos dogmas prognosticaesque aqui vos offereço por seu intermédio.

Disse o invisível: — Si o homem não fosse taoBurro, e tivesse vôos de Águia, jamais borbole-

-toava em questões-de amor,—pois o castigo"qae—sempre vem á Cavallo', obriga-o a fazer papel deCachorro, rastejando como braa Cobra, aturandosogras que são umas feras, peores do que Tigresou Leões, além de estarem sempre trombudas co-mo o Elephante.

No gerai o homem é um Camello, porqueapenas canta o Gallo, vae manso como um Carnei-ro tirar o leite das Vaccas (sié vaqueiro) raas põe*se a fazer macacadas e fica sujo como um Porco.

Deduz-se, pois, o seguinte:

201-716—830-535- 642- 053-37517-33-50-57—81-98-97

Veja-se agora os que abaixo se exhibem:,

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Creio que mais claro, só mesmo para quem fôr

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O RIO NU-ts ABRIL BE DE ftggj

É" flpparencias de um Quadro jgp»

J£i) Este quadro parece um pouco escabroso.... 2) e depois de retocado parece mais escabroso ainda.

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3) E com outra cousa por cima, ainda è mais rebarbativo. 4) Entretanto não é nada do que estão pensando 1...

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LEITURA PARA GENTE FRIA

Htm

Romance escaldante até dizer, basta !—Contendo 20 gravuras d'aquellasHH que só mesmo vendo... porque não se pôde dizer o que são e osfl*^ tremeliques que fazem na gente.

^n»rc^sê_ttã«1_JAI>AAS_il3M(M.I._EA7S, a 3$ _>_>©, pelo Correio 4$©__©—Aproveitem que são poucosTHEREZA PHILOSí

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