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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO AIMÊ ARAÚJO DE CARVALHO PLANO DE AÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA A3P NO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NATAL, RN 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

AIMÊ ARAÚJO DE CARVALHO

PLANO DE AÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA A3P NO TRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

NATAL, RN

2014

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AIMÊ ARAÚJO DE CARVALHO

PLANO DE AÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA A3P NO TRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Coordenação do curso de graduação em

Administração da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, como requisito parcial para a

obtenção do título de Bacharel em

Administração.

Orientador: Carlos Alberto Freire Medeiros, Dr

NATAL, RN

2014

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Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do NEPSA / CCSA

Carvalho, Aimê Araújo de.

Plano de ação para implantação da A3P no Tribunal de Contas

do Estado do Rio Grande do Norte / Aimê Araújo de Carvalho. –

Natal, RN, 2014.

57 f.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Freire de Medeiros.

Monografia (Graduação em Administração) – Universidade

Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais

Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas.

1. Administração – Monografia. 2. Gestão ambiental –

Monografia. 3. Planejamento – Monografia. 4. Administração

pública – Monografia. I. Medeiros, Carlos Alberto Freire de. II.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BS CDU 005.51:504

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

PLANO DE AÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA A3P NO TRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

AIMÊ ARAÚJO DE CARVALHO

Monografia apresentada e aprovada em 09 de junho de 2014, pela banca

examinadora composta pelos seguintes membros:

______________________________________

Carlos Alberto Freire Medeiros, Dr.

Orientador

_______________________________________

Antônio Carlos Ferreira, Msc.

Examinador

________________________________________

Leandro Trigueiro Fernandes, Prof.

Examinador

Natal, 09 de junho de 2014

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Aos meus pais, por suas abdicações em meu favor,

pelo constante apoio, e que com muito carinho

e sempre presentes, não mediram esforços

para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

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AGREDECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por me proporcionar mais essa conquista e por estar

sempre iluminando o meu caminho.

Aos meus pais, José Romualdo e Maria Neide, por seu amor incondicional e

que sempre me incentivaram e nunca pouparam esforços para contribuir com a minha

educação.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte pela oportunidade de vivenciar

a graduação em administração.

Aos professores que me proporcionaram uma formação acadêmica e cultural e

que me engrandeceram com tantos novos conhecimentos durante todo o curso.

Ao professor Carlos Alberto pela orientação e apoio na elaboração deste

trabalho.

As meus amigos e amigas mais próximos que estiveram sempre presentes em

todos os momentos, me apoiando e torcendo por mim.

Aos meus colegas de turma, que me acompanharam direta e indiretamente, e se

fizeram grandes companheiros e amigos durantes esses cinco anos.

A todos aqueles que, não só neste, mas em todos os momentos torcem pelo meu

sucesso e felicidade, enfim, a todos que contribuíram para mais essa conquista em minha

vida, o meu sincero agradecimento.

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“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo”

Winston Churchill

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RESUMO

A administração pública tem a responsabilidade de contribuir no enfrentamento das

questões ambientais, sempre em busca de soluções e estratégias inovadoras que repensem

os atuais padrões de produção e consumo, e estejam de acordo com as questões sociais e

ambientais. Diante dessa necessidade, as instituições públicas têm sido motivadas a buscar

novas estratégias e assim, implementar iniciativas especificas e desenvolver projetos que

promovam a discussão sobre o desenvolvimento e a adoção de uma política de

responsabilidade socioambiental do setor público. A Agenda Ambiental na Administração

Pública surge como uma solução para essa necessidade. O programa é voltado para o

incentivo e implantação da gestão ambiental nos órgãos públicos. Dessa forma o presente

trabalho procurou elaborar um plano de ação para a implantação da A3P no Tribunal de

Contas do Estado do Rio Grande do Norte. O trabalho realizou um estudo do tipo

exploratório descritivo, para tanto foi realizado um estudo de caso no TCE-RN com

aplicação de questionários com perguntas fechadas com os funcionários efetivos e entre

alguns gestores. A pesquisa permitiu identificar fatores que contribuem com a falta de

comprometimento de alguns funcionários com o desperdício de recursos. Assim, foi

elaborado o passo a passo para implantação do programa, julgando-se imprescindível e

visivelmente útil para mudanças de hábitos dentro da instituição, e assim minimizar

impactos sociais e ambientais gerados pelo órgão.

Palavras-chave: Gestão Socioambiental, Sustentabilidade, A3P, 5W2H

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Nomenclatura 5W2H........................................................................................28

Quadro 2 Plano de ação geral para implantação da A3P..................................................45

Quadro 3 1 ª Etapa............................................................................................................46

Quadro 4 2 ª Etapa............................................................................................................46

Quadro 5 3 ª Etapa...... .....................................................................................................47

Quadro 5 4 ª Etapa............................................................................................................47

Quadro 7 5 ª Etapa............................................................................................................48

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................11

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO.........................................................12

1.1.1 Histórico....................................................................................................................12

1.1.2 Competência.............................................................................................................13

1.1.3 Funcionamento.........................................................................................................14

1.1.4 Missão........................................................................................................................16

1.1.5 Visão..........................................................................................................................16

1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA ..............................................................17

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA...................................................................................18

1.3.1 Objetivo Geral .........................................................................................................18

1.3.2 Objetivos específicos................................................................................................18

1.4 JUSTIFICATIVA......................................................................................................19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .........................................................................20

2.1 GESTÃO AMBIENTAL...........................................................................................20

2.1.1 Sustentabilidade.......................................................................................................22

2.1.2 Desenvolvimento Sustentável..................................................................................22

2.1,3 Histórico das Questões Ambientais........................................................................24

2.1.4 Política Pública Ambiental no Brasil.....................................................................25

2.2 MÉTODO 5W2H......................................................................................................28

2.3 AGENDA AMBIENTAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – A3P...................30

2.3.1 O que é A3P..............................................................................................................30

2.3.2 Objetivos...................................................................................................................30

2.3.3 Histórico....................................................................................................................31

2.3.4 Eixos Temáticos........................................................................................................32

3 METODOLOGIA ...................................................................................................34

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA....................................................................34

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA......................................................................................34

3.3 DADOS E INSTRUMENTOS DE COLETA...........................................................34

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3.4 TRATAMENTO E FORMA DE ANÁLISE DOS DADOS.....................................35

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS.............................................................36

4.1 DIAGNÓSTICO........................................................................................................36

4.2 PLANO DE AÇÃO....................................................................................................48

5 CONCLUSÕES........................................................................................................51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................53

APÊNDICE A .........................................................................................................56

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1 INTRODUÇÃO

Desde a última década a sustentabilidade vem fazendo parte da agenda das

principais empresas do país. Essa realidade inclui todos os níveis federais, estaduais, e

municipais, assim como empresas privadas. Os gestores do país passaram a aceitar que a

adoção de soluções sustentáveis e ecologicamente responsáveis são cada vez mais

necessárias dentro das empresas, não só para melhorar a imagem, mas para aumentar a

competitividade e rentabilidade dos negócios. Diante de tudo isso surge no Brasil a

necessidade de um novo padrão de políticas que desenvolvam práticas sustentáveis e

melhor utilização dos recursos.

A realidade tem mostrado que nem todas as empresas tem essa preocupação com as

questões socioambientais. É visível ainda em grande parte das repartições públicas a falta

de preocupação com os recursos ambientais, havendo desperdício de materiais e desrespeito

ao meio ambiente. Tudo isso é oriundo de uma cultura onde os recursos naturais são

tratados como inesgotáveis. Fatos como esses demonstram cada vez mais que os recursos

humanos das organizações devem ser trabalhos para que haja conscientização.

As empresas passaram a introduzir a temática ambiental em seus sistemas de gestão,

desde que esse assunto vem sendo amplamente debatido e discutido em grandes encontros

nacionais e mundiais. Em 1992, a Organização das Nações Unidas – ONU realizou no Rio

de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o Desenvolvimento

(CNUMAD) que ficou conhecida como Rio 92. Esse evento teve como principal resultado

a Agenda 21 Global, que nada mais é do que um programa de ação, que constitui a mais

abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de

desenvolvimento, denominado “desenvolvimento sustentável” Isso representou a busca da

sociedade por um consenso a respeito da necessidade de iniciativas que tornassem o século

XXI viável.

Desse tempo pra cá, vários protocolos foram assinados e várias medidas foram

tomadas na tentativa buscar de ações sustentáveis. Uma das últimas ações foi a Rio + 20,

que marcou os 20 anos da primeira conferência em 1992. Uma das maiores conferências

convocadas pela ONU que teve como objetivo a renovação do compromisso político com o

desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na

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implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do

tratamento de temas novos emergentes.

A Agenda Ambiental da Administração Pública - A3P surge como uma forma de

colocar em prática toda essa ideia de sustentabilidades na administração pública. Criado

em 1999 pelo Ministério do Meio Ambiente, a A3P busca a construção de uma nova cultura

institucional nos órgãos e entidades públicas. Seu principal objetivo é estimular os gestores

públicos a incorporar princípios e critérios de gestão socioambiental em suas atividades

rotineiras, levando a economia de recursos naturais e à redução de gastos institucionais por

meio do uso racional dos bens públicos, da gestão adequada dos resíduos, da licitação

sustentável e da promoção da sensibilização, capacitação e qualidade de vida no ambiente

de trabalho.

O presente trabalho está dividido em cinco capítulos principais. Primeiramente é

apresentada a parte introdutória, dela constando a caracterização da organização analisada,

a contextualização e o problema da pesquisa, os objetivos gerais e específicos e a

justificativa do estudo. Em seguida, encontra-se o referencial teórico, que apresenta a

revisão da literatura. O terceiro capítulo expõe a metodologia utilizada na pesquisa,

abordando a caracterização da pesquisa, o plano de coleta de dados e o plano de análise dos

dados. No capítulo quatro é feita a apresentação e análise dos dados coletados com o

estudo. O quinto capítulo faz um fechamento de tudo o que foi abordado no projeto,

apresentando as considerações finais.

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

1.1.1 Histórico

A história do Tribunal de Contas do Estado teve inicio no ano de 1962, criado

oficialmente no dia 12 de janeiro, no final do Governo de Dinarte Mariz. A primeira

composição era composta sete ministros: Vicente da Mota Neto (presidente), Oscar

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Nogueira Fernandes, José Borges Montenegro, Lindalva Torquato Fernandes, Aldo

Medeiros, Morton Mariz, Romildo Gurgel e como Procurador Geral do TCE, Múcio Vilar

Ribeiro Dantas.

Instalado em meio a uma histórica disputa política no Rio Grande do Norte, o

Tribunal de Contas enfrentou sua primeira grande batalha no começo do Governo de

Aluízio Alves, quando teve que provar sua constitucionalidade no Supremo Tribunal

Federal, sendo vitorioso. Na época, funcionava na rua Campos Sales.

Apesar do embate inicial, o Tribunal de Contas manteve relações amistosas com o

Governo, que também contribuiu para a sua consolidação junto á sociedade. O segundo

presidente do TCE, Romildo Gurgel, destacou-se como o grande articulador dessa

consolidação, conscientizando a classe política da missão do Tribunal de Contas em

fiscalizar o bom emprego do dinheiro público do Estado e dos municípios.

Aluízio Alves foi o primeiro governador a ter as suas contas apreciadas pelo TCE.

Ainda no seu governo, o Tribunal de Contas ganhou novas instalações físicas e sua segunda

sede, localizada na rua Seridó, em frente ao Colégio Sete de Setembro. Ganhou também

uma nova formação, aumentando de sete para nove conselheiros, sendo nomeados dois

novos membros, o ex-governador José Varela e José Petronilo Fernandes. Alguns anos

depois, o TCE retomou a sua composição original, com sete membros.

O crescimento das atribuições do TCE e do próprio Estado, revelaram a necessidade

de construção de novas instalações, e com isso, depois de anos de batalha por uma sede

própria o Tribunal, instala-se definitivamente em um prédio pertencente a Assembléia

Legislativa, na avenida Getúlio Vargas, onde está localizado até os dias de hoje.

1.1.2 Competência

De acordo com o artigo 52 da Constituição Estadual, compete à Assembléia

Legislativa, através do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, a fiscalização contábil,

financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e de todas as entidades da

administração direta e indireta.

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Composto por sete conselheiros, o Tribunal de Contas do Estado realiza o controle

externo dos órgãos do Governo do Estado e de todos os municípios do Rio Grande do

Norte, observando os aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade. Conforme o

artigo 53 da Constituição estadual.

1.1.3 Funcionamento

O Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte atua em todo o Estado, fiscalizando a

aplicação correta dos recursos públicos. Para o pleno desenvolvimento das suas atividades,

trabalha com órgãos decisórios, auxiliares e complementares, assim distribuídos:

São órgãos decisórios:

O Pleno - Constituído pela totalidade dos Conselheiros, é responsável pelo

julgamento dos processos administrativos e constantes da ordem do dia, assim como

a decisão sobre os requerimentos e moções de sua competência. Reúnem-se todas as

terças e quintas-feiras, ás 10h30m, na sala do plenário.

As Câmaras - Compostas por três Conselheiros, reúnem-se em sessão ordinária,

uma vez por semana, e em sessões extraordinárias, quando convocadas pelo seu

Presidente ou por deliberação da maioria dos membros das Câmaras.

A Primeira Câmara de Contas - Têm competência sobre a Administração Pública

Municipal, direta e indireta, com as atribuições definidas pelo Tribunal Pleno,

previstas no art. 88 do Regimento Interno. Reúne-se na quinta-feira, ás 9:30h, na

sala do Plenário.

A Segunda Câmara de Contas - Tem competência para exame dos processos

originários da Administração Indireta do Estado, que inclui as autarquias, empresas

públicas, sociedades de economia mista e fundações instituídas e mantidas pelo

Poder Público Estadual, exercitando as suas atribuições nas situações discriminadas

no art. 88 do Regimento Interno, exceto naquelas da competência privativa do

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Pleno. Suas reuniões ordinárias ocorrem todas as terças-feiras a partir das 09 horas.

Como Órgão Executivo da Segunda Câmara, funciona a Diretoria da Administração

Indireta – DAI.

Diretoria da Administração Direta – DAD - Responsável pela fiscalização Contábil,

Financeira e Orçamentária de todos os Órgãos que integram a Administração Direta

do Estado, emitindo informações conclusivas sobre o Controle Externo, nos moldes

do artigo 233 do Regimento Interno do Tribunal de Contas. A DAD se ocupa em

fiscalizar as contas dos gestores públicos, mediante o exame dos Balancetes

encaminhados mensalmente ao TCE. Esses demonstrativos contábeis dão subsídios

para a requisição de processos de despesas, mediante o método de amostragem.

Inspetoria de Controle Externo - Técnicos realizam periodicamente a fiscalização in

loco das contas dos Municípios e Câmaras Municipais.

Diretoria de Atos e Execuções – DAE – Criada recentemente a diretoria surge da

necessidade do TCE em organizar o serviço de comunicação dos processos junto

aos agentes públicos. Além da responsabilidade pela citação e intimação, a D.A.E

fará a execução da decisão do Tribunal, após seu trânsito em julgado, a fim de

comprovar o recolhimento do débito ou da multa, no prazo de cinco dias. A nova

diretoria também poderá notificar, segundo determinação do relator, o titular de

órgão responsável pela elaboração da folha de pagamento, para desconto integral

nos vencimentos, subsídios ou proventos do agente público ou responsável

condenado, do valor do débito ou da multa, constantes da decisão do relator do

processo. A Diretoria está subordinada à Secretaria Geral.

Presidência do Tribunal Pleno e das Câmaras - Cabe ao Presidente representar e

dirigir o Tribunal, exercendo as atribuições definidas no Regimento Interno, assim

como aos presidentes das Câmaras, proferir decisões referentes a julgamentos de

contas ou processos de prestação ou tomada de contas.

Corregedoria - Compete á Corregedoria desenvolver atribuições de apoio e

fiscalização em todos os setores da administração, providenciando o cumprimento

dos objetivos funcionais e jurisdicionais de atuação do Órgão; Centralizar e manter

constante o fluxo de informações relativas as atividades de todos os órgãos do

tribunal de Contas em suas ações internas e externas e desempenhar as demais

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atribuições afeitas á competência da Corregedoria, ainda que não previstos

formalmente no Regimento.

Os Auditores - nomeados pelo Governador do Estado, são os substitutos dos

Conselheiros. Quando não convocados para a substituição, presidem a instrução dos

processos que lhes sejam atribuídos, relatando-os com propostas de decisão a ser

votada pelo Plenário do Tribunal ou da Câmara para o qual estiver designado.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado é exercido pelo

Procurador junto ao Tribunal de Contas, a que compete especificamente a missão de guarda

da Lei e fiscal da sua execução, na órbita de sua competência; promover a defesa dos

interesses do erário; zelar pelo efetivo respeito da execução orçamentária, contábil,

financeira, operacional e patrimonial do Estado, Municípios e dos órgãos e entidades da

administração pública, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade.

Os serviços auxiliares do Tribunal de Contas são executados através da sua

Secretaria - órgão incumbido dos serviços administrativos do Tribunal e de apoio técnico à

elaboração e execução de suas decisões. Atualmente o TCE funciona com um total de 442

funcionários, sendo 232 servidores efetivos, 98 cargos comissionados e 112 servidores de

outros órgão à disposição.

1.1.4 Missão

“Exercer o controle externo, orientando e fiscalizando a gestão dos recursos públicos, em

benefício da sociedade.”

1.1.4 Visão:

“Ser instituição de referência no controle externo, reconhecida pela sociedade como

indispensável no fortalecimento da cidadania.”

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1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA

Após séculos de exploração dos recursos ambientais do nosso planeta, a humanidade

tem parado para refletir a respeito da importância da adoção de práticas que promovam o

desenvolvimento econômico em equilíbrio com as necessidades da terra. Isso tem se

tornado cada vez mais comum nos dias de hoje e mostra a preocupação da sociedade com a

temática ambiental. Discursões sobre sustentabilidade e a busca por práticas alternativas

que não prejudiquem o meio ambiente estão crescendo cada vez mais principalmente dentro

do mundo empresarial.

Isso acontece porque os consumidores são bombardeados com informações a

respeito do assunto e passaram a dar mais importâncias as questões ambientais. Isso faz

com que as empresas busquem ações, produtos e/ou serviços que atendam as necessidades

desses clientes e que estejam de acordo com os preceitos da responsabilidade social e da

sustentabilidade.

Estudos feitos pelo Instituto Ilos, especializado em logística empresarial, revelam

que seis a cada dez empresas nacionais sentem que as mudanças climáticas já produzem

impacto diário em sua cadeira produtiva. E que quase metade das empresas brasileiras já

possui políticas específicas para o setor de sustentabilidade. A revista National Geographic

em 2010 realizou um estudo que investigou hábitos de 17 mil consumidores em 17 países, e

descobriu que o Brasil ocupa a segunda posição no ranking de consumo sustentável.

Ficando atrás apensa da Índia. (apud REVISTA BRASILIS)

As empresas que tem interesse em empregar a sustentabilidade empresarial no seu

dia-a-dia, buscam realizar práticas relacionadas a otimização dos usos dos recursos

ambientais em suas atividades e a diminuição do seu impacto no meio ambiente. Uma

forma de colocar essas ações em prática é através da certificação ISO 14001, que são

normas que fixam as especificações para certificação e avaliação de um sistema de gestão e

desenvolvimento de uma política ambiental, estabelecendo alguns objetivos e processos

para seu cumprimento, gerando uma melhoria contínua no seu desempenho ambiental.

No âmbito das entidades públicas, em 1999 surgiu um projeto idealizado pelo

Ministério do Meio Ambiente (MMA), com o objetivo de rever os parâmetros ligados ao

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consumo e ao desperdício, na administração pública, denominado: Agenda Ambiental na

Administração Pública (A3P). Após dois anos este se tornou um programa e acrescentou-se

como objetivo a sensibilização dos gestores públicos com o meio ambiente, encorajando-os

ao uso de padrões sustentáveis nas atividades de rotina, dos órgãos públicos, inspirados nas

normas de gestão ambiental.

No Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte, quase é possível

identificar pouquíssimas políticas ou ações voltadas para as questões ambientais, assim

como não se observa dos servidores a preocupação com a sustentabilidade dentro do

ambiente de trabalho.

Diante desse contexto, apresenta-se a seguinte problemática:

“Como o TCE pode se alinhar com questões socioambientais dentro do ambiente de

trabalho?”

1.3 – OBJETIVOS DA PESQUISA

1.3.1 Objetivo Geral

Elaborar um plano de ação para implantação do programa A3P no Tribunal de

Contas do Estado do Rio Grande do Norte.

1.3.2 Objetivos Específicos

Realizar um diagnóstico a partir da visão dos servidores a respeito da existência ou não

de ações voltadas para questões socioambientais dentro do tribunal;

Elaborar passo a passo do plano de ação e propor medidas que auxiliem na implantação,

acompanhamento e desenvolvimento do programa;

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1.4 JUSTIFICATIVA

O meio ambiente, nos últimos anos, vem sendo exaustivamente discutido em função

da degradação da natureza e consequente decadência da qualidade de vida, tanto nas

cidades, como no campo. Essa situação decorre, entre outras razões, do mau gerenciamento

ambiental advindo do setor público e privado (SCHNEIDER, 2001)

Debates, conferências, estudos e discussões estão cada vez mais frequentes, já que a

sociedade está acordando e buscando soluções sustentáveis e ecologicamente responsáveis

para que o homem possa viver em equilíbrio com os recursos naturais do planeta.

Dessa forma, as empresas e organizações também buscam soluções que ajudem e

contribuam para a não degradação do meio em que vivemos, e assim surge a

sustentabilidade empresarial, que é o conjunto de medidas tomadas pelas empresas em

busca do lucro sem prejudicar o planeta, ou seja, as empresas passam a não se preocupar

apenas com os ganhos, mas também com o respeito aos fatores ambientais e sociais

envolvidos em todo o processo em que está inserida.

A razão da escolha do tema deve-se a constante observação da falta de

comprometimento de alguns servidores TCE com o desperdício de recursos e do descaso de

boa parte desses com as questões socioambientais dentro do ambiente de trabalho. Além do

fato do reconhecimento da necessidade de conscientização a respeito da preservação do

planeta e dos recursos que ele nos proporciona. Assim é de fundamental importância a

implantações de políticas públicas que colaborem e incentivem ações que estejam de

acordo com os preceitos da responsabilidade socioambiental e da sustentabilidade.

Outro fato que influenciou na decisão do tema abordado, é a disponibilidade de

informações a respeito do assunto, já que é um tema atual, polêmico e de grande

importância, no qual é abordado em todos os âmbitos da sociedade. A bibliografia é vasta e

pode ser bem explorada, de maneira a possibilitar o acesso a muitas informações que

poderão auxiliar na elaboração do devido trabalho.

Outro ponto justificável revela-se pelo fato de que a pesquisadora atua no órgão

pesquisado, assim, o desenvolvimento deste estudo trará embasamento teórico e acarreta

em uma maior facilidade no acesso as informações, enriquecendo o conteúdo abordado

neste trabalho.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 GESTÃO AMBIENTAL

A gestão ambiental aplica-se a uma grande variedade de iniciativas relativas a

qualquer tipo de problema ambiental, No princípio estavam relacionadas apenas as ações

governamentais para escassez de recursos. Com o tempo, outras questões ambientais foram

sendo consideradas e com alcances diferentes.

Segundo Barbiere (2007, p. 25);

O termo gestão ambiental é entendido como as diretrizes e as atividades

administrativas e operacionais, tais como, planejamento, direção, controle, alocação

de recursos e outras realizadas com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o

meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou problemas causados

pelas ações humanas, quer evitando que eles surjam.

Dessa forma a gestão ambiental é entendida como um processo adaptativo e

contínuo, através do qual as organizações definem, e redefinem, seus objetivos e metas

relacionadas a proteção do ambiente, á saúde de seus empregados, como clientes e

comunidade, além de selecionar estratégias e meios para atingir estes objetivos num tempo

determinado através de constante avaliação de sua interação com o meio ambiente externo.

(ANDRADE, 2000)

Para Lanna, (1994) a abordagem conceitual para gestão ambiental envolve uma

visão holística deste processo. Integrando assim em seu significado três vertentes:

A política ambiental, que é o conjunto consistente de princípios doutrinários que

conformam as aspirações sócias e/ou modificações no uso, controle proteção e

conservação do meio ambiente;

O planejamento ambiental, que é o estudo prospectivo que visa a adequação do uso,

controle e proteção do ambiente às aspirações sociais e/ou governamentais, através

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da coordenação, compatibilização, articulação e implantação de projetos de

intervenções estruturais e não estruturais.

O gerenciamento ambiental, que é o conjunto de ações destinado a regular o uso,

controle, proteção e conservação do meio ambiente, e avaliar a conformidade da

situação corrente com os princípios doutrinários estabelecidos pela política

ambiental.

Segundo Barbiere (2007) as propostas de gestão ambiental empresarial devem se

apoiar em três critérios de desempenho, a saber: eficiência econômica, equidade social e

respeito ao meio ambiente, critérios esses que devem ser considerados simultaneamente.

Dessa forma, espera-se que a adoção dessas propostas possa contribuir para gerar renda e

riqueza, os objetivos básicos das empresas: minimizar seus impactos ambientais adversos,

maximizar os benefícios e tornar a sociedade mais justa.

Haverman e Dofman, (1999.) dizem que:

A gestão ambiental dentro de um contexto organizacional não é somente uma

forma de fazer com que as organizações evitem problemas com inadimplência legal

e restrições ou riscos ambientais, como também uma forma de adicionar valor a

elas, principalmente considerando-se que, atualmente, em todo processo de fusão e

aquisição de empresas, o passivo ambiental associado, bem como o seu

desempenho ambiental atual, são utilizados como fortes argumentos de negociação.

Ainda segundo Haverman e Dofman (1999), o valor das ações de empresas também

pode ser drasticamente alterado por seu histórico ambiental. Isso tem feito com que as

organizações venham buscando aprimorar seu desempenho ambiental ao longo dos últimos

anos.

Barbieri (2007) comenta que, a solução dos problemas ambientais, ou sua

minimização, exige uma nova atitude dos administradores, que devem passar a considerar o

meio ambiente em suas decisões e adotar concepções administrativas e tecnológica que

contribuam para ampliar a capacidade do planeta. Isso é motivado na concepção de Souza

(2002) por fatores como a crescente exigência em relação ao protecionismo ambiental, por

parte dos organismos internacionais; mudanças no cenário mercadológico e frente às

descobertas associadas aos danos ambientais.

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2.1.2 Sustentabilidade

Muito tem se falado em sustentabilidade no dias atuais, diante de todos os

problemas e mudanças que o nosso meio ambiente vem sofrendo devido a degradação

desenfreada do ser humano.

Para Capra (2006, p. 19)

Sustentabilidade é consequência de um complexo padrão de organização que

apresenta cinco características básicas: interdependência, reciclagem, parceria,

flexibilidade e diversidade. Se essas características forem aplicadas às sociedades

humanas, essas também poderão alcançar a sustentabilidade.

De acordo com Meadows (1996, p. 27) Uma sociedade sustentável é aquela que

pode persistir por várias gerações, é uma sociedade que consegue enxergar longe o

suficiente, de forma ampla o suficiente.

A sustentabilidade está basicamente ligada as ações e atividades humanas que visam

suprir as necessidades atuais do seres humanos, sem comprometer as gerações futuras. Com

isso percebe-se a relação com o desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio

ambiente, usando recursos naturais de forma inteligente para que eles não se esgotem no

futuro.

Para Maimon (1996, p. 27)

Uma sociedade sustentável, está baseada em uma visão em longo prazo em que ela

prevê as consequências de suas atividades para que elas não possam quebrar o ciclo

de renovação dos recursos naturais e do meio ambiente. Tem que ser uma

sociedade de conservação e de interesse geral.

2.1.3 Desenvolvimento Sustentável

O termo desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez, em 1983, na

Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU.

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O desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a

exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do

desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam

o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações

humanas.

Comissão mundial sobre o meio ambiente e desenvolvimento (1991)

O conceito de desenvolvimento sustentável é amplo, discutido através de uma linha

de tempos e idéias e parece abranger diversos significados. A expressão desenvolvimento

sustentável está ligada a idéia de que as necessidades presentes devem ser atendidas de

forma que não venham a comprometer a capacidade das futuras gerações em atenderem as

suas.

Segundo Kinlaw (1998) o conceito básico de desenvolvimento sustentável se traduz

em elementos comuns na maioria deles. São eles:

Igualdade – todos os povos devem ter acesso à possibilidade de melhorar seu bem-

estar econômico, tanto as gerações presentes quanto as futuras;

Administração Responsável – os processos produtivos e financeiros devem ser

responsáveis com relação aquilo que é objeto de suas ações, sendo elaboradas de

forma a causar o menor prejuízo ambiental;

Limites – o desenvolvimento deve ser encaminhado dentro dos limites tanto de

recursos naturais não renováveis quanto da intervenção tolerável do ser humano

sobre os ecossistemas

Comunidade global – não há fronteiras nacionais ou geográficas para os prejuízos

ambientas, somente ações e cooperação internacional possibilitam reparar prejuízos

já causados e assegurar um desenvolvimento seguro no futuro;

Natureza sistêmica – o desenvolvimento deve considerar os relacionamentos entre

ecossistemas naturais e as atividades humanas.

Almeida (2002 p. 45) diz:

O desenvolvimento sustentável pode ser definido como desenvolvimento com uma

administração de recursos naturais que possa assegurar ou aumentar a capacidade

de produção em longo prazo de recursos básicos, e que também assegure a

melhoria da saúde e do bem estar em longo prazo, derivados do uso de sistemas

alternativos, como impactos ambientais toleráveis.;

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Dessa forma, pode-se observar que todos os conceitos estão embasados na ideia do

desenvolvimento durável, ininterrupto, propondo a continuidade entre uma geração e outra

e sugerindo a equidade socioambiental entre elas.

2.1.4 Histórico das Questões Ambientais

As primeiras manifestações a respeito de temas ambientais foram estimuladas pelo

esgotamento de recursos, como no caso da escassez de madeira para construção de

moradias, fortificações, móveis, instrumentos combustível, cujo a exploração se tornou

intensa desde a era medieval. Essa ações não tinham a intenção de proteção da natureza, e

sim do interesse de preservar recursos que a sociedade possuía e utilizava. (BARBIERE,

2007)

Ainda segundo Barbiere (2007) as ações para combater a poluição só começaram

efetivamente a partir da revolução Industrial. Na segunda metade do século XIX, começa

também um intenso debate entre, membros da comunidade científica e artística para

delimitar áreas do ambiente natural a serem protegidas das ações humanas, para criar

santuários onde a vida selvagem pudesse ser preservada.

No pós guerra, começa efetivamente o crescimento de vários movimentos

ambientalistas apoiados na crescente conscientização de um quantidade cada vez maior da

população. Isso ocorreu devido a observação da sociedade de várias catástrofes ambientais

que vinham ocorrendo nos últimos tempos como: Seveso, Exon Valez, Chernobil, Bahia de

Guanabara e muitas outras.

Em 1972, em Estolcomo, é criada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio

Ambiente Humano, a primeira do gênero. Em 1983, é criada a Comissão Mundial sobre o

Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida pela então primeira-ministra da Noruega, a

comissão propôs que o desenvolvimento econômico fosse integrado a questão ambiental,

estabelecendo-se assim o conceito de desenvolvimento sustentável.

Dando continuidade aos trabalhos da comissão, em 1987 é apresentado um

diagnóstico dos problemas globais ambientais, que ficou conhecido como Relatório de

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Brundtland. A conferência seguinte foi realizada no Brasil, em Junho de 1992, mais

conhecida como Eco-92. Como fruto deixou a Agenda 21, juntamente com a Carta da Terra

ou Declaração do Rio. Segundo Seiffert (2004, p.22)

A Agenda 21 caracteriza-se como um plano de ação que busca colocar em o prática

programas que paralisem o processo de degradação ambiental. Esses programas

divisem-se nas seguintes áreas de concentração: atmosfera, recursos da terra,

agricultura sustentável, desertificação, florestas, biotecnologia, mudanças

climáticas, oceanos, meio ambiente marinho, água potável, resíduos sólidos,

resíduos tóxicos, rejeitos perigosos, entre outras.

Dez anos depois ocorre novamente no Rio de Janeiro a Rio + 10. Em 2005 entra em

vigor o protocolo de Kioto, que é a consequência de uma séria de eventos que também

culminou na Rio 92. E recentemente, no ano de 2012 a Rio +20. Esses eventos ajudaram e

serviram como uma motivação despertadora de convicções e consciência ecológica

mundial.

2.1.5 Política Pública Ambiental no Brasil

O poder público no Brasil começa a se preocupar com meio ambiente na década de

1930. Antes disso, poucas iniciativas existiam, e as que já existiam eram pouco

significativas já que não buscavam a preservação do meio ambiente como seu objetivo

principal. Segundo Barbiere (2007, p. 98) Até no inicio do século XX, o campo político e

institucional brasileiro não se sensibilizava com problemas ambientais, embora não

faltassem problemas ambientais e nem vozes que os apontassem.

Ainda segundo Barbiere (2007), somente quando o Brasil começa a dar passos

firmes em direção a industrialização, inicia-se o esboço de uma política ambiental, dessa

forma a década de 30 é apontada como o inicio da política ambiental efetiva. Uma época

que marcou o inicio dessa primeira fase, foi ano de 1934, em que foram promulgados

documentos relativos a recursos naturais.

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Segundo Barbiere (2007):

As políticas públicas dessa primeira fase procuram alcançar efeitos sobre os

recursos naturais por meio de gestões setoriais (águas, florestas, mineração etc),

para os quais foram sendo criados órgãos específicos, como o Departamentos

Nacional de Recursos Minerais, Departamento Nacional de Água e Energia Elétrica

e outros.

Problemas relacionados as questões de poluição, só viriam a ser sentidos e

discutidos, em meados da década de 1960, quando o processo de industrialização já havia

sido completamente consolidado.

Em 1972, com a conferência de Estolcomo, surge a segunda fase da política

ambiental brasileira, quando as preocupações ambientais passaram a ser mais intensas. Em

1973, é criada pelo Executivo Federal a Secretaria Especial do Meio Ambiente, e a partir

daí, diversos estados criam suas agencias ambientais especializadas, como a Cetesb em São

Paulo e a Feema no Rio de Janeiro.

A terceira fase surge com o estabelecimento da política Nacional do Meio

Ambiente, a partir da Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Barbiere (2007, p. 100), comenta sobre a Lei 6.938 e diz:

Ela representa uma mudança importante no tratamento das questões

ambientais, na medida que procura integrar as ações governamentais

dentro de uma abordagem sistêmica. Essa lei tem por objetivo, a

preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia a

vida, visando assegurar condições de desenvolvimento socioeconômico, os

interesses da segurança nacional e proteção da dignidade humana.

A partir daí, o meio ambiente como um todo, passa a ser considerado um patrimônio

público, e deve ser protegido, visando sempre o uso coletivo. Diferente da idéia anterior, de

que o meio ambiente é característica de um recurso de acesso comum.

Em 1988, é criada uma nova constituição. Essa representa uma avanço bastante

significativo em relação a matéria ambiental. Barbiere (2007) comenta que, ela estabeleceu

a defesa do meio ambiente como um dos princípios a serem observados para as atividades

econômicas em geral e incorporou o conceito de desenvolvimento sustentável no capitulo

que é dedicado ao meio ambiente.

De acordo com a constituição brasileira:

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Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de

uso comum do povo e essencial à sadias alidade de vida, impondo-se ao

poder público e a coletividade o dever de defende-lo e preserva-lo para as

presentes e futuras gerações.

BRASIL. Constituição Federal, 1988. Art 170, VI.

Barbiere (2007) também cita que além de um capítulo específico para o meio

ambiente, a atual Constituição ampliou os mecanismos para defesa da natureza, conferindo

a qualquer cidadão o direito de propor ação popular para proteger o meio ambiente, o

patrimônio histórico e também cultural. Além de que, ampliou a autonomia do Ministério

Público na defesa de questões socioambientais.

Como pode-se perceber, a partir da Constituição de 1988, várias novas medidas

foram criadas pela legislação. Procurando sempre aperfeiçoar os instrumentos de defesa

ambiental. Um dos programas que pode ser destacado é o Programa Nossa Natureza, que

em 1989 procurou corrigir as deficiências da legislação, alterando importantes leis e

reestruturando assim toda a administração ambiental.

Nesse período, unificou-se em um só órgão, o IBAMA, a atividade administrativa

ambiental. Esse fato demonstra que o aperfeiçoamento do Direito Ambiental, a partir de

1988, tornou-se uma realidade, coroada com a realização da Conferência das Nações

Unidas Sobre o Meio Ambiente, no Rio em 1992.

Atualmente, a gestão publica sustentável tem como pressuposto básico a utilização

de atividades e instrumentos das tecnologias limpas que permite otimizar os técnicos e

procedimentos de suas operações fabris e de serviços juntamente com suas atividades.

(SCHENINI:NASCIEMNTO, 2002)

Nessa conjuntura, vale enfatizar que gestão ambiental facilita o processo de

gerenciamento, proporcionando vários benefícios ás organizações públicas. Cagnin (2000)

enumera benefícios da gestão ambiental: redução do consumo de água, energia e outros

insumos; reciclagem; vendas e aproveitamento de resíduos e diminuição de efluentes;

melhoria da imagem institucional e melhoria na relação de trabalho.

Assim, para que as instituições públicas realmente possam trabalhar com a gestão

ambiental devem, inevitavelmente, passar por mudanças em suas culturas e por uma revisão

de paradigmas. Nesse sentido, a gestão ambiental tem se configurado como um das mais

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importantes atividades relacionadas com o desenvolvimento das atividades de uma

instituição (RÊGO et al. 2011)

2.2 MÉTODO 5W2H

A técnica 5W2H é uma ferramenta prática que permite, a qualquer momento,

identificar os dados e rotinas mais importantes de um projeto ou de uma unidade de

produção. Também possibilita identificar quem é quem dentro da organização, o que faz e

porque realiza tais atividades. O 5w2h é basicamente um checklist de determinadas

atividades que precisam ser desenvolvidas com o máximo de clareza possível. Ele funciona

como um mapeamento desta atividade, onde ficará estabelecido o papel de cada um dentro

de todo o processo.

O nome da ferramenta 5w2h foi assim estabelecido por juntar as primeiras letras dos

nomes (em inglês) das diretrizes utilizadas nesse processo.

Quadro 1 – Nomenclatura 5W2H

What O quê Etapas

Why Porque Justificativas

Where Onde Local

When Quando Tempo

Who Quem Responsabilidade

How Como Método

How Much How Much Custos

Dessa forma é criado o check list básico para realização das atividades.

a) O quê? Qual a atividade? Qual é o assunto? O que deve ser medido? Quais os

resultados dessa atividade? Quais atividades são dependentes dela? Quais atividades são

necessárias para o início da tarefa? Quais os insumos necessários?

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b) Quem? Quem conduz a operação? Qual a equipe responsável? Quem executará

determinada atividade? Quem depende da execução da atividade? A atividade depende

de quem para ser iniciada?

c) Onde? Onde a operação será conduzida? Em que lugar? Onde a atividade será

executada? Onde serão feitas as reuniões presenciais da equipe?

d) Por quê? Por que a operação é necessária? Ela pode ser omitida? Por que a atividade é

necessária? Por que a atividade não pode fundir-se com outra atividade? Por que A, B e

C foram escolhidos para executar esta atividade?

e) Quando? Quando será feito? Quando será o início da atividade? Quando será o

término? Quando serão as reuniões presenciais?

f) Como? Como conduzir a operação? De que maneira? Como a atividade será executada?

Como acompanhar o desenvolvimento dessa atividade? Como A, B e C vão interagir

para executar esta atividade?

g) Quanto custa realizar a mudança? Quanto custa a operação atual? Qual é a relação

custo / benefício? Quanto tempo está previsto para a atividade?

Essa ferramenta é bastante útil para as empresas, uma vez que elimina quase que por

completo qualquer dúvida que possa surgir sobre um processo ou atividade. O mundo

corporativo nos dias atuais está cada dia mais ágil e competitivo, dessa forma a ausência de

duvidas agiliza muito as atividades a serem desenvolvidas por colabores de setores ou áreas

diferentes, afinal, um erro de transmissão de informações pode acarretar diversos prejuízos

á qualquer empresa.

A técnica 5W2H apesar de muito simples, pode ser muito poderosa, para auxiliar a

análise e o conhecimento sobre determinado processo, problema ou ação a serem

efetivadas, podendo ser usado em três etapas na solução de problemas:

a) Diagnóstico: na investigação de um problema ou processo, para aumentar o nível de

informações e buscar rapidamente as falhas;

b) Plano de ação: auxiliar na montagem de um plano de ação sobre o que deve ser feito para

eliminar um problema;

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c) Padronização: auxilia na padronização de procedimentos que devem ser seguidos como

modelo, para prevenir o reaparecimento de modelos.

2.3 AGENDA AMBIENTAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – A3P

2.3.1 O que é A3P?

A A3P é um programa que busca incorporar os princípios da responsabilidade

socioambiental nas atividades da Administração Pública, através do estímulo a

determinadas ações que vão, desde uma mudança nos investimentos, compras e

contratações de serviços pelo governo, passando pela sensibilização e capacitação dos

servidores, pela gestão adequada dos recursos naturais utilizados e resíduos gerados, até a

promoção da melhoria da qualidade de vida no ambiente. Os eixos temáticos da A3P são

divididos e estruturados a partir dessas ações citadas.

2.3.2 Objetivos

Segundo o Ministério Público do Meio Ambiente, o principal objetivo da A3P, é

estimular a reflexão e a mudança de atitude dos servidores para que os mesmo incorporem

os critérios de gestão socioambiental em suas atividades rotineiras. Além disso, a A3P

também busca:

- Sensibilizar os gestores públicos para questões socioambientais

- Promover o uso racional dos recursos naturais e a redução de gastos institucionais

- Contribuir para revisão dos padrões de produção e consumo e para a adoção de

novos referenciais de sustentabilidade no âmbito da administração pública.

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-Reduzir o impacto socioambiental negativo direto ou indireto causado pela

execução das atividades de caráter administrativo e operacional;

- Contribuir para a melhoria da qualidade de vida;

2.3.3 Histórico

O ministério público do meio ambiente cria um projeto em 1999 que buscava a

revisão dos padrões de produção e consumo e da adoção de novos referenciais de

sustentabilidade ambiental nas instituições públicas. Dois anos depois a partir desse projeto,

é criado o Programa Agenda a Ambiental na Administração Pública, com objetivos ainda

maiores de sensibilizar os gestores públicos para importância das questões ambientais,

estimulando-os a incorporar princípios e critérios de gestão ambiental em suas atividades

rotineiras.

Segundo o Ministério Público do Meio Ambiente (Cartilha A3P, 2009, p. 30)

Em 2002, a A3P foi reconhecida pela UNESCO devido a relevância do

trabalho desempenhado e dos resultados positivos obtidos ao longo do seu

desenvolvimento, ganhando o prêmio de “O melhor dos exemplos” na

categoria meio ambiente. Diante da sua importância a A3P foi incluída no

PPA 2004/2007 como ação integrante do programa de Educação

Ambiental para Sociedade Sustentáveis, tendo continuidade no PPA

2008/2011.

A A3P se tornou um diferencial de sustentabilidade nas atividades públicas a partir

dessas medidas, que foram capazes de viabilizar a implantação efetiva da mesma. Depois

disso a A3P ainda passou a integrar o Departamento de Cidadania e responsabilidade

Socioambiental (DCRS), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental

(SAIC), sendo assim fortalecida e passou a ser umas das principais ações para proposição e

estabelecimento de um novo compromisso governamental ante as atividades da gestão

pública.

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2.3.4 Eixos temáticos da A3P

O ministério do Meio Ambiente define o foco principal da A3P na política dos

5R’s: Repensar, Reduzir, Reaproveitar, Reciclar e Recusar produtos que gerem impactos

socioambientais significativos. Com base nesses 5R’s a A3P foi estruturada em seus cinco

eixos temáticos principais, listados a seguir.

Uso racional dos recursos naturais e bens públicos

Usar racionalmente os recursos naturais e bens públicos evitando o seu desperdício.

Este eixo engloba o uso racional da energia, água e madeira além do consumo de papel,

copos plásticos e outros materiais de expediente.

Gestão adequada dos resíduos gerados

A gestão adequada de resíduos gerados passa pela adoção da política dos 5R’s, Dessa

forma deve-se primeiramente pensar em reduzir o consumo e combater o desperdício para

só então destinar o resíduo corretamente.

Qualidade de vida no ambiente de trabalho

A qualidade de vida no ambiente de trabalho, visa facilitar e satisfazer as necessidades

do trabalhador ao desenvolver suas atividades na organização através de ações para o

desenvolvimento pessoal e profissional.

Sensibilização e capacitação

A sensibilização busca criar e consolidar a consciência cidadã da responsabilidade

socioambiental nos servidores. O processo de capacitação contribui para o desenvolvimento

de competências institucionais e individuais fornecendo oportunidade para os servidores

desenvolverem atitudes para um melhor desempenho de suas atividades.

Licitações sustentáveis

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A administração pública deve promover a responsabilidade socioambiental das suas

compras. Licitações que levem á aquisição de produtos e serviços sustentáveis são

importantes não só para a conservação do meio ambiente mas também apresentam uma

melhor relação custo/benefício a médio ou longo prazo quando comparadas ás que se valem

do critério de menor preço.

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3 METODOLOGIA

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Este trabalho pretendeu elaborar um plano de ação para implantação da Agenda

Ambiental da Administração Pública - A3P, no Tribunal de Contas do Estado do Rio

Grande do Norte. Portando, trata-se de uma pesquisa segundo Tripodi (1981, p. 40)

descritiva subtipo estudo de caso BRUYNE (1977, p. 224-228)

Nas pesquisas descritivas, os fatos são observados, registrados, analisados,

classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles, ou seja, os

fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo

pesquisador. As pesquisas descritivas são juntamente com as pesquisas exploratórias, as

que habitualmente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática.

(PRODANOV e FREITAS, 2013).

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA

A população interna desta pesquisa compreende todos os servidores locados no

Tribunal de Contas do Estado, no total de 442 funcionários.

Como não foi possível pesquisar todos os servidores devido a grande quantidade, o

estudo trata-se de uma amostra não probabilística acidental. O questionário foi aplicado em

125 servidores, o que corresponde a 28% do total de servidores do órgão.

3.3 DADOS E INSTRUMENTOS DE COLETA

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Os dados primários foram levantados através de questionários com os servidores do

TCE aplicadas pela própria pesquisadora, questionários esses que foram semiestruturados

de acordo com a revisão da literatura. Além disso, os dados foram levantados através de

observação participante, já que a pesquisadora estagia diretamente no órgão estudado.

A observação direta possibilitou um contato pessoal e estreito do pesquisador com o

objeto de estudo. Essa técnica permite que o pesquisador recorresse aos seus

conhecimentos e experiências pessoais como auxiliares no processo de compreensão e

interpretação do fenômeno estudo (LUDKE e ANDRÈ, 1986).

Os questionários foram aplicados no próprio local de trabalho, contendo 15 questões

fechadas. A aplicação foi feita de forma impressa na maioria dos setores do TCE. No

instrumento foi identificado o perfil dos participantes e foi coletado informações sobre o

estudo de caso. Este instrumento de coleta pode ser encontrado no apêndice A.

.

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

A análise de conteúdo foi a técnica utilizada para análise dos dados e segundo

Vergara (2000), é considerada uma técnica para o tratamento de dados que visa identificar

o que está sendo dito a respeito de determinado tema.

Após coleta, os dados foram digitados e posteriormente passaram pelo processo de

agrupamento e classificação, destacando as informações que representam a(s) ideia(s) das

respostas.

Os dados foram analisados quantitativamente e qualitativamente, e após a

interpretação dos mesmos, foi feita a comparação com a revisão da literatura.

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo serão apresentadas e analisadas as informações coletadas durante a

pesquisa. Inicialmente será mostrado os resultados obtidos através do questionário e

consequentemente o diagnóstico da atual visão dos servidores em relação a gestão

ambiental no Tribunal. Na sequência, será apresentado plano de ação para a implantação da

A3P no TCE.

4.1 DIAGNÓSTICO

A partir da aplicação dos questionários, procurou-se investigar a perspectiva dos

servidores do TCE a respeito da existência ou não de ações relacionadas a gestão

ambiental. Dessa forma apresenta-se os resultados.

Figura 1 – Observância do sexo dos questionados

Fonte: Dados de Pesquisa

Como podemos perceber na primeira questão 55,20% dos servidores questionados são

do sexo feminino, e 44,80 do sexo masculino.

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Figura 2 – Observância da faixa etária

Fonte: Dados de Pesquisa

Na figura 2 podemos perceber que 49% dos servidores estão na faixa etária maior de 35 anos,

esses correspondem aos funcionários mais antigos do tribunal e representam quase que a metade

dos seus servidores no total. 19,23% tem de 31 a 35 anos de idade. 12,46% dos servidores tem de

26 a 30 anos de idade. 14,31% tem idade entre 21 e 25 anos, o que também é uma quantidade bem

significativa diante do número total, os questionados dessa faixa etária são em sua maioria os

estagiários. E por fim apenas 5% tem menos de 20 anos de idade.

Figura 3 – Observância do conhecimento da A3P

Fonte: Dados de Pesquisa

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38

Na figura 3, podemos perceber que 74% dos questionados afirmam não conhecer o

programa A3P.

Figura 4 – Observância da consciencia a respeito da importância das instituições se

preocuparem com a gestão ambiental

Fonte: Dados de Pesquisa

Dos questionados 91,8% consideram importante as instituições se preocuparem com a

gestão ambiental, e apenas 8,20% não consideram importante essa preocupação, como é

mostrado no gráfico da figura 04.

Figura 5 – Observância de ações voltadas ao uso dos recursos natuarais e bem

públicos

Fonte: Dados de Pesquisa

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39

No gráfico da figura 05 percebe-se que apenas 37,3% dos questionados tem

conhecimento de alguma ação no TCE voltada para o uso de recursos naturais e bens

públicos. 62,70% desconhecem ações desse tipo.

Figura 6 – Observância do hábito de usar frente e verso das folhas de oficio nas

impressões

Fonte: Dados de Pesquisa

56,3% dos questionados afirmam ter o costume de utilizar frente e verso das folhas de

ofício na hora da impressão.

Figura 7 – Observância do hábito de confeccionar blocos de anotações para rascunho

com folhas usadas.

Fonte: Dados de Pesquisa

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40

Dos servidores questionados, 87,8% dizem confeccionar blocos de anotações com

papeis usados para utiliza-los como rascunho. O que representa uma quantidade

significativa de servidores.

Figura 8 – Observância do hábito de desligar luzes e computadores nos intervalos e

fim de expediente

Fonte: Dados de Pesquisa

Em relação ao consumo de energia, apenas 7,8% dos questionados afirmam não ter o

costume de desligar luzes e computadores ao sair da sala durante intervalos grandes ou ao

fim do expediente. E 92,20% afirmam já ter essa preocupação de desligar luzes e

computadores ao sair da sala.

Figura 9 – Observância da possibilidade de utilização das condições naturais como

iluminação e ventilação

Fonte: Dados de Pesquisa

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Na figura 09, podemos perceber que dos setores em que é possível aproveitar

condições naturais como iluminação e ventilação, 66,7% dos servidores questionados já

fazem uso dessas condições para auxiliar na diminuição do consumo de energia.

Figura 10 – Observância do hábito de utilizar copos ou garrafas próprias em

substituição dos copos descartáveis

Fonte: Dados de Pesquisa

No gráfico da figura 10 percebe-se que apenas 19,9% dos questionados se preocupam

em utilizar garrafa ou copo próprio para substituir os copos descartáveis.

Figura 11 – Observância da disposição de mudanças de hábitos para contribuir com a

economicidade de recursos

Fonte: Dados de Pesquisa

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42

O gráfico da figua11 mostra que 100% dos funcionários questionados, estão dispostos

a mudar alguns hábitos para contribuir com a economia dos recursos naturais e bens

públicos dentro do tribunal. O que é uma observação motivadora, já que mostra o interesse

e a preocupação de todos em de alguma forma contribuírem com a diminuição dos

desperdícios gerados dentro do ambiente de trabalho.

Figura 12 – Observância de ações voltadas para os resíduos gerados no TCE

Fonte: Dados de Pesquisa

O gráfico da figura 12 questiona aos servidores a respeito da existência de alguma

ação no TCE que se preocupe com os resíduos gerados dentro do órgão. Apenas 30% dos

questionados afirmam ter conhecimento dessas ações.

Figura 13 – Observância da existência de ações voltadas para a qualidade de vida no

ambiente de trabalho

Fonte: Dados de Pesquisa

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Na figura 13 podemos perceber que 70% dos questionados afirmam não ter

conhecimento algum de políticas realizadas pelo TCE voltadas para a qualidade de vida no

ambiente de trabalho.

Figura 14 – Questionamento a respeito de ações de sensibilização e capacitação

referentes a temas socioambientais no TCE

Fonte: Dados de Pesquisa

No gráfico da figura 14 observamos que apenas 20,4% dos funcionários dizem saber

da existência de ações e capacitação referentes a temas socioambientais.

Figura 15 – Observância do interesse por parte do TCE em adquirir materiais ou

serviçoes sustentaveis

Fonte: Dados de Pesquisa

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E por fim, como pode ser visto no gráfico da figura 15, 69,4% dos questionados

afirmam que o tribunal não se preocupa em adquirir materiais e ou serviços sustentáveis.

Através da aplicação desse questionário, podemos observar que boa parte dos

servidores do TCE não tem conhecimento a respeito das leis ambientais e nem da A3P.

Também pode-se perceber que existem pouquíssimas ações por parte do tribunal que

viabilizem boas práticas ambientais na construção da sustentabilidade. Mesmo com essa

carência, é possível perceber que alguns servidores já se preocupam com essas questões e

fazem sua parte, colocando em prática pequenas ações no dia-a-dia que colaboram com a

economicidade de recursos naturais e bens públicos. Ações essas, que mesmo individuais e

em pequena quantidade, já mostram que existe a preocupação e o interesse de alguns com

as questões ambientais dentro do ambiente de trabalho.

A partir dos questionários, pôde-se observar que a quantidade de servidores que já

tem práticas voltadas a contribuir com as questões ambientais dentro do Tribunal ainda é

pequena, diante da grande quantidade funcionários. Por outro lado, a maioria dos servidores

já tem a consciência da importância da gestão socioambiental nas instituições, e dos

benefícios que essa pode trazer, tanto para o órgão em si como para o meio ambiente. Com

isso, todos os questionados disseram estar dispostos a mudar alguns hábitos para melhorar

atitudes e contribuir com a economicidade dos recursos e bens utilizados no ambiente de

trabalho. Esse reconhecimento além de vantajoso, já é o primeiro passo para a implantação

do programa.

Ainda há muito desperdício de recursos naturais e dos bens públicos utilizados no

ambiente de trabalho. Através de levantamentos recentes, foram detectados gastos no total

de R$ 4.519,50 somente na compra de copos descartáveis para água no período de

novembro de 2012 a outubro de 2013. Os gastos com papel toalha no mesmo período foram

de R$ 1.240,99. No último ano os gastos com a compra de papel ofício branco

ultrapassaram R$ 22.152,52. Gastos esses que poderiam ser facilmente reduzidos com a

implantação de ações que estimulassem o uso consciente desses materiais.

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4.2 PLANO DE AÇÃO

A implantação do programa A3P no TCE, surge como uma resposta e solução para os

problemas acima identificados, de forma que irá estimular os gestores públicos a incorporar

princípios e critérios de gestão socioambiental nas atividades rotineiras do ambiente de

trabalho. Dessa maneira segue o plano de ação elaborado para implantação do programa no

órgão. Os custos para implantação, só podem ser definidos a medida que o programa for

sendo implementado, dependendo das ações e mudanças que serão necessárias implantar no

Tribunal. Dessa forma, o plano foi elaborado apenas com base no 5W1H, sem as

estimativas de custos.

QUADRO 2 – PLANO DE AÇÃO GERAL PARA IMPLANTAÇÃO DA A3P

AÇÃO DESCRIÇÃO

O quê? Implantação da A3P

Por quê? Revisar posturas, atitudes e práticas internas em relação a questões

socioambientais afim de melhora-las

Quem? Conselheiros do Tribunal junto a secretaria geral

Onde? Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte

Quando? Segundo semestre de 2014

Como? Através do passo a passo descrito no plano de ação abaixo.

A primeira condição para que a A3P seja implantada no TCE, é a decisão dos

gestores em implantar o programa. Os Conselheiros juntamente a secretaria geral, devem

analisar e optar pela aceitação ou não do programa. Após a decisão de implantação, o

Órgão assina um termo de adesão elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente, que é o

instrumento pelo qual a instituição vai formalizar o seu compromisso em implantar a A3P.

A partir daí tudo será acordado junto ao MMA, por meio da consolidação de um Plano de

Trabalho contendo as metas a serem atingidas pela instituição e os diversos prazos. Dessa

maneira segue o plano de ação que determina o passo a passo detalhado para implantação

da A3P no TCE.

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QUADRO 3 – 1 ª Etapa

AÇÃO DESCRIÇÃO

1

O quê? Criação da comissão gestora da A3P

Por quê? Definir os responsáveis por coordenar, desenvolver e avaliar a implantação

Quem? Conselheiros do TCE junto a Secretaria Geral do Órgão

Onde? TCE

Quando? A partir do segundo semestre de 2014

Como? Convocar servidores de diferentes setores para a formação da comissão.

Como podemos perceber, o primeiro passo para a implantação da A3P é criar e

estabelecer a comissão gestora do programa. Para que todo o processos aconteça de forma

participativa, a comissão deve ser formada preferencialmente por servidores de diferentes

setores. Ela será encarregada de implementar e monitorar as medidas de desenvolvimento

da A3P, bem como controlar e divulgar as informações mais relevantes. Os servidores que

tiverem interesse, podem se oferecer espontaneamente para fazer parte da comissão,

ficando a cargo dos conselheiros e da secretaria geral, a decisão final a respeito da

formação da comissão.

QUADRO 4 – 2 ª Etapa

2

O quê? Realizar diagnóstico ambiental

Por quê? Direcionar as melhores medidas a serem implantadas

Quem? Comissão Gestora da A3P

Onde? Todos os setores do tribunal

Quando? Logo após a criação da comissão

Como? Mapeando os gastos da instituição (água, energia, material de expediente

O segundo passo a ser realizado, é elaboração do diagnóstico ambiental, que servirá

para direcionar as melhores medidas a serem implantadas na instituição, tendo como base

os levantamentos e pesquisas que serão realizados. Dessa forma será possível mapear os

gastos com tudo e coletar informações relevantes. Além do mapeamento dos gastos, deve

ser realizado um levantamento dos programas já existentes com base nos cinco eixos

temáticos da A3P, avaliar os recursos físicos e financeiros disponíveis para a efetivação do

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programa, identificar pontos críticos e possíveis problemas, bem como suas causas, que

permitam avaliar as facilidades e dificuldades na implantação do programa.

QUADRO 5 – 3 ª Etapa

3

O quê? Desenvolver projetos e atividades

Por quê? Definir quais atividades serão implantadas e coloca-las em prática

Quem? Comissão Gestora da A3P

Onde? No TCE

Quando? Logo após a finalização do diagnóstico ambiental

Como?

- Definindo atividades e projetos prioritários;

- Elaborando um plano de trabalho com ações, objetivos, metas e recursos financeiros

necessários;

- Definindo indicadores para acompanhamento e aprimoramento de cada uma das

atividades

- Implantar as ações

Logo após o diagnóstico, é preciso começar a desenvolver os projetos e atividades.

Para isso a comissão deve definir a partir do diagnóstico quais as atividades e projetos que

primeiro devem ser implantados, elaborar um plano de trabalho e definir os indicadores que

irão servir para acompanhar o andamento das atividades. É importante que a comissão

elabore o plano de trabalho de forma documentada, contendo os objetivos de cada

atividade, as ações a serem implantadas, as metas a serem atingidas e os recursos

financeiros e físicos disponíveis, todos dentro de um cronograma de execução coerente. A

organização dos dados deve ser feita a partir de um escopo que permita a avaliação

posterior do desempenho das ações. Dessa forma, a comissão está buscando elencar e

ordenar as medidas a serem inseridas no plano de trabalho, de acordo com a realizade

institucional apurada.

QUADRO 6 – 4 ª Etapa

4

O quê? Promover a mobilização e Sensibilização

Por quê? Para conscientizar os servidores da importância da implantação do projeto e expor os

impactos que desperdício pode causar ao meio ambiente e aos cofres públicos

Quem? Comissão Gestora da A3P

Onde? No TCE

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Quando? Logo após o desenvolvimento dos projetos ou até mesmo antes da implantação

Como?

- Apresentando o resultado do diagnóstico, comparando gastos e desperdícios e abrir

espaço para o debate sobre os mesmos

- Promovendo palestras com casos de sucesso.

Promover a mobilização e sensibilização dos servidores também é um trabalho para

a comissão gestora da A3P. Os resultados do diagnósticos podem ser apresentados com a

participação dos dirigente, comparando gastos internos com os de outras instituições que já

adotaram o programa. Expor os impactos que o desperdício pode causar ao meio ambiente

e aos cofres públicos. Convidar representantes do MMA para apresentar o programa A3P.

Convidar representantes de cooperativas que foram ou estão sendo beneficiadas pela

implantação do programa no TCE. Incentivar o debate entre os principais envolvidos com o

programa a fim de aprimorar a A3P na instituição. Divulgar melhorias obtidas após a

implantação do programa, estimulando os servidores a reaplica-las. Todas essas, são ações

que podem auxiliar durante o processo de implantação do programa. Para que a

implementação tenha sucesso, é imprescindível que os servidores estejam sensibilizados

para a importância de tudo que está acontecendo no órgão e de todo o processo de

implantação, dessa forma há um envolvimento mais significativo de cada indivíduo no

processo.

QUADRO 7 – 5 ª Etapa

5

O quê? Avaliação e Monitoramento

Por quê? Identificar pontos críticos, melhorias e os procedimentos que tiveram êxito

Quem? Comissão Gestora da A3P

Onde? No TCE

Quando? Periodicamente

Como?

- Realizar reuniões para identificar se as metas foram batidas;

- Avaliar as ações implanta identificando falhas e corrigindo-as;

- Analisar o desempenho ambiental e os benefícios que a implantação da A3P está

proporcionando ao TCE.

O quinto e último passo consiste na avaliação e monitoramento das ações adotadas.

Nessa etapa a comissão realizará reuniões periódicas para gerenciar o atingimento das

metas definidas no plano de trabalho. É importante analisar o desempenho ambiental

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decorrente da implantação das ações, utilizando para isso os indicadores previamente

definidos. Além disso, reforçar os procedimentos que obtiveram sucesso e identificar ações

de controle. Através desse monitoramento continuo é possível identificar os pontos críticos,

as melhorias indispensáveis e os procedimentos exitosos, de forma a indicar as

necessidades e prioridades para replanejar as atividades.

Seguem abaixo algumas recomendações de ações que podem ser adotadas durante a

implantação e implementação do programa:

Promover campanhas de conscientização a respeito da implantação do programa e

da importância de economizar papel, agua, energia entre outros recursos;

Fazer levantamento e acompanhamento do consumo de papel, água e energia;

Realizar levantamento das impressoras que precisam de manutenção

Incentivar o uso de frente e verso do papel e a confecção de blocos de anotação

Adotar o papel não colorado ou reciclado

Fazer diagnóstico da situação das instalações elétricas e hidráulicas, e propor

melhorias se necessário.

Estudar viabilidade de implantação de projetos para aproveitamento de água e

energia solar, usando o espaço do 13 andar.

Desativar um dos elevadores em horários de baixo movimento

Disponibilizar copos ou garrafas permanentes para todos os servidores

Substituir o papel toalha por secadores automáticos

Promover a coleta seletiva de acordo com a resolução do COMANA

Fazer parcerias com associação de catadores e de reciclagem

Direcionar corretamente os resíduos de saúde, lâmpadas e material eletrônico

Promover doação de material de informática que não estejam mais sendo usados

para outras instituições

Promover a capacitação e sensibilização dos servidores, e dos terceirizados que

trabalham diretamente com resíduos, para que sejam manuseados corretamente e

facilite a ação da empresa que recolherá o material.

Produzir informativos referentes a temas socioambientais e progressos alcançados

pela instituição;

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Promover atividades de integração no local de trabalho e qualidade de vida, como

ginastica laboral, RGP entre outras;

Se preocupar em adquirir produtos ou serviços sustentáveis (licitações sustentáveis)

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5 CONCLUSÕES

A administração pública, como grande consumidora de bens e serviços, como

cumpridora responsável das politicas publicas e com o poder de compra que possui por

meio das licitações, precisa dar o exemplo das boas práticas nas atividades que lhe cabem.

O TCE por ser um órgão responsável pelo controle dos gastos públicos, precisa estar

alinhado com uma nova perspectiva de gestão, inclusive com a gestão socioambiental.

O trabalho apresentado buscou uma maneira de fazer com que o TCE alinhasse

suas ações a fim de inserir a variável socioambiental no cotidiano da instituição. Com isso,

o órgão estará otimizando o uso dos recursos ambientais em suas atividades e

consequentemente diminuição o seu impacto no meio ambiente. Além de diminuir

significativamente os altos custos da instituição. A construção de uma nova cultura

institucional voltada para a gestão ambiental, proporcionará ao TCE benefícios tangíveis

tanto para o próprio órgão, para os servidores, como também para o meio ambiente.

Dessa forma o presenta trabalho atingiu todos os objetivos buscados. O diagnóstico

foi realizado através da análise dos questionários aplicados, mostrando que apesar da baixa

quantidade de servidores que já adotam ações voltadas para as questões socioambientais, a

maioria deles consideram importante que o Tribunal se preocupe com essas questões, e

estão dispostos a mudar hábitos para contribuir com a implantação do programa. Além

disso, através da pesquisa empírica foi possível identificar altos gastos na compra de

materiais de expediente e o alto índice de desperdício dos mesmos, o que reforça ainda

mais a necessidade de mudanças imediatas.

O plano de ação foi executado e elaborado com base nos cinco eixos temáticos da

A3P, direcionando assim o passo a passo para que o programa seja implantado no TCE.

Além de cada etapa foram sugeridas várias ações a serem adotadas durante a implantação

do programa e que auxiliam diretamente na busca dos resultados que serão definidos pela

comissão gestora do programa.

O grande desafio desse trabalho, é fazer com que o discurso meramente teórico seja

concretizado num compromisso sólido. A adoção dos princípios sustentáveis na gestão

pública exige mudanças de atitudes e de práticas. Para isso, é importante a cooperação e

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união de esforços, visando minimizar os impactos sociais e ambientais advindos das ações

cotidianas presentes no Tribunal de Contas.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A

Questionário aplicado aos servidores do TCE/RN

PLANO DE AÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DA A3P NO TRIBUNAL DE CONTAS

DO RIO GRANDE DO NORTE

Prezado(a) Colega,

O presente questionário faz parte do meu trabalho de conclusão do curso (TCC) de

graduação em Administração na UFRN, o qual está elaborando um plano de ação para a

implantação da Agenda Ambiental da Administração Pública no Tribunal de Contas do

Estado do Rio Grande do Norte. Este trabalho está sendo orientado pelo Professor Dr.

Carlos Alberto Freire Medeiros ([email protected]). A presente pesquisa objetiva

analisar a atual visão dos servidores do tribunal a respeito de ações relacionadas a questões

ambientais dentro do ambiente de trabalho, e a partir dessa análise, elaborar um plano de

ação para que o projeto A3P seja implantado no órgão. Neste sentido, não existem respostas

certas ou erradas para as questões deste instrumento de pesquisa, pretendendo-se captar

apenas a sincera visão que os servidores têm sobre o tema. Importa destacar ainda que são,

apenas, 15 perguntas para responder, os dados serão analisados de forma global, e não

individualizada, e que todas as informações coletadas serão utilizadas para fins estritamente

acadêmicos. Sendo preservado o anonimato dos respondentes. Desde já, agradeço pela

colaboração! Estamos à disposição para responder a qualquer dúvida.

Aimê Araújo de Carvalho – E-mail: [email protected]

01. Sexo

( ) Feminino

( ) Masculino

02. Faixa Etária

( ) Menos de 20 anos

( ) De 21 a 25 anos

( ) De 26 a 30 anos

( ) De 31 a 35 anos

( ) Mais de 35

0.3 Você tem algum conhecimento sobre Agenda Ambiental na Administração Pública-

A3P?

( ) Sim

( ) Não

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0.4 Você considera importante as instituições se preocuparem com a gestão ambiental?

( ) Sim

( ) Não

05. Você tem conhecimento de alguma ação no TCE voltada para o uso racional dos

recursos naturais e bens públicos, como por exemplo, material de expediente, água,

energia, entre outros?

( ) Sim

( ) Não

06. Você tem o costume de realizar impressões utilizando frente e verso das folhas?

( ) Sim

( ) Não

07. Você confecciona blocos de anotações para rascunhos com papeis usados apenas de

um lado?

( ) Sim

( ) Não

08. Você tem o costume de desligar as luzes e os computadores ao sair da sala entre um

turno e outro ou no fim do expediente?

( ) Sim

( ) Não

09. No seu setor é possível aproveitar as condições naturais do ambiente, como

iluminação ou ventilação em algum horário do expediente? Se não, passe para a

próxima pergunta, se sim, vocês fazem uso dessa energia?

( ) Sim

( ) Não

10. Você costuma utilizar copo ou garrafa própria para substituir os copos descartáveis?

( ) Sim

( ) Não

11. Você estaria disposto a mudar alguns hábitos para contribuir com a economicidade

dos recursos naturais e bens públicos, que você usa diariamente no TCE?

( ) Sim

( ) Não

12.Você tem conhecimento de alguma ação no TCE que se preocupe com os resíduos

gerados no ambiente de trabalho? Ex: Separação de lixo, coleta seletiva, reutilização

ou reciclagem do lixo?

( ) Sim

( ) Não

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13. Você tem conhecimento de alguma política realizada pelo TCE voltada para a

qualidade de vida no ambiente de trabalho?

( ) Sim

( ) Não

14. Você tem conhecimento da existência de ações de sensibilização e capacitação

referentes a temas socioambientais dentro do TCE?

( ) Sim

( ) Não

15. Você observa a preocupação por parte do tribunal em adquirir materiais e ou

serviços sustentáveis?

( ) Sim

( ) Não