Água fluoretada

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Água fluoretada, uma herança nazista Por Cláudia Rodrigues* Em setembro de 2003, e lá se vão oito anos, uma petição internacional assinada por mais de 300 cientistas, químicos, técnicos e ambientalistas de 37 países, recomendou a revisão, esclarecimento e discussão sobre os benefícios e malefícios da adição à água encanada do flúor, íon utilizado como preventivo de cáries. Atendendo à petição, foram apresentados vários estudos comprovando os riscos para a saúde geral do corpo, especialmente dos ossos, devido à ingestão desse potente agente químico que quando ultrapassa apenas 1ppm já causa problema até nos dentes. De lá para cá, muitas pesquisas vêm atestando ligações entre ingestão de flúor e doenças da modernidade. Autistas, por exemplo, não devem beber água fluoretada. Embora não haja confirmação de associação direta entre o flúor e a disfunção, sabe-se que ele potencializaria os sintomas do autismo. http://www.slweb.org/bibliography.html

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Page 1: Água Fluoretada

Água fluoretada, uma herança nazista

Por Cláudia Rodrigues*

Em setembro de 2003, e lá se vão oito anos, uma petição internacional assinada por mais

de 300 cientistas, químicos, técnicos e ambientalistas de 37 países, recomendou a

revisão, esclarecimento e discussão sobre os benefícios e malefícios da adição à água

encanada do flúor, íon utilizado como preventivo de cáries. Atendendo à petição, foram

apresentados vários estudos comprovando os riscos para a saúde geral do corpo,

especialmente dos ossos, devido à ingestão desse potente agente químico que quando

ultrapassa apenas 1ppm já causa problema até nos dentes. De lá para cá, muitas

pesquisas vêm atestando ligações entre ingestão de flúor e doenças da modernidade.

Autistas, por exemplo, não devem beber água fluoretada. Embora não haja confirmação de

associação direta entre o flúor e a disfunção, sabe-se que ele potencializaria os sintomas

do autismo. http://www.slweb.org/bibliography.html

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O problema da adição de uma droga, venenosa ou não, na água de todas as pessoas, é

uma questão delicada. Até que ponto as autoridades têm o direito de institucionalizar um

tratamento medicamentoso na água para todos os cidadãos de todas as idades? Sabendo-

se da ligação entre tal produto e desencadeamento de patologias, como e por quais

razões se mantêm a mesmas diretrizes?

A retirada, diante das evidências, bate na trave econômica e política. Subproduto da

indústria do alumínio, o íon, que mata um corpo adulto com apenas 5 gramas, não pode

ser simplesmente jogado na natureza. A confiança inicial de que em doses ínfimas

espalhadas pelas águas e alimentos no mundo, só faria bem aos dentes, evitando cáries,

fez com que as políticas se consolidassem nesse gigantesco contrato comercial mundial,

agora difícil de ser desfeito, especialmente em países em desenvolvimento que têm de um

lado a população ignorante que aceita as decisões públicas e privadas sem

questionamentos e de outro os concentradores de renda, que defendem o status quo a

qualquer preço.

Alguns países, já a partir de 2003, outros antes, retiraram o flúor da água e passaram a

adicioná-lo ao sal de cozinha, já que se consome menos sal do que água, o que reduziria

o risco de ingestão excessiva do íon, cumulativo no corpo humano. Diante das evidências

e para reparar a visão equivocada, baseada em pesquisas que só levavam em conta a

prevenção de cáries, muitos países simplesmente não utilizam mais o uso sistêmico do

flúor como preventivo de cáries; apostam na educação alimentar, higiene e no uso tópico,

diretamente aplicado nos dentes. No Canadá, Áustria, Finlândia, Bélgica, Noruega, França

e Cuba, alguns dos países que pararam de fluoretar suas águas, os índices de cáries

continuaram caindo. Estudos sobre a ingestão do flúor, que a partir da década de 1970

também foi adicionado a alimentos, leites em pó e a alguns medicamentos, apontam

malefícios graves e cumulativos para a saúde em geral. Os danos começam pela fluorose,

que pode ser leve, causando manchas esbranquiçadas nos dentes ou grave, quando a

dentição permanente fica com manchas marrons ou chega a ser perdida, esfacelando os

dentes. Para que isso ocorra basta que crianças de zero a seis anos sejam expostas à

ingestão diária do íon. O resultado visível só aparece nos dentes permanentes, já a

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ingestão de flúor na gravidez compromete a primeira dentição da criança.

O flúor no corpo- Quando ingerido o flúor é rapidamente absorvido pela mucosa do

estômago e do intestino delgado. Sabe-se que 50% dele é eliminado pelos rins e que a

outra metade aloja-se junto ao cálcio dos tecidos conjuntivos. Dentes e ossos, ao longo do

tempo, passam a ficar deformados, surgem doenças e rachaduras. A hipermineralização

dos tecidos conectivos dos ossos, da pele e da parede das artérias é afetada, os tecidos

perdem a flexibilidade, se tornam rígidos e quebradiços. Para que tudo isso ocorra,

segundo estudo de 1977 da NationalAcademyofSciences, dos EUA, o corpo humano

precisaria absorver durante 40 anos apenas 2mg de flúor por dia. Parece difícil ingerir

tanto, mas a fluorose já é um fato, uma doença moderna comprovada. Diversos estudos

químicos atestam que o flúor é tão tóxico como o chumbo e, como este, cumulativo.

Quanto mais velhos mais aumentamos a concentração de flúor nos nossos ossos, o que

traz maiores riscos de rachaduras e doenças como a osteoporose (veja o primeiro link). A

versão natural do flúor, encontrada na natureza, inclusive em águas minerais, peixes, chás

e vegetais tem absorção de 25% pelo corpo humano, mas a fluoretação artificial é quase

que totalmente absorvida. A maior parte se deposita nas partes sólidas do organismo, os

ossos, e parte pequena vai para os dentes. Acredita-se que o fluoreto natural tenha algum

papel importante para a saúde humana, mas isso ainda não foi completamente

comprovado.

http://www.youtube.com/watch?v=NhELSXwU_40

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No Brasil a adição de flúor à água começou em 1953 em Baixo Guandu, ES, virou lei

federal (6.050/74) e a campanha da fluoretação das águas, abraçada pela odontologia em

parceria com sucessivos governos desde a década de 1960, continua em alta e tem como

meta atingir 100% da água brasileira encanada. Águas potáveis também recebem flúor e

algumas águas minerais possuem mais flúor em sua composição do que é recomendado

para evitar a fluorose, que é algo situado entre 0,5 ppm e 1ppm, dependendo da

temperatura ambiente, já que no verão ou em locais mais quentes se consome mais água.

Os odontologistas que ainda defendem a adição do flúor na água potável e encanada

afirmam ser a fluorose, que atingiu adolescentes nas últimas gerações com manchas

brancas, um problema menor diante das evidências de redução das cáries, comprovadas

por várias teses, elaboradas nos anos 1960 e 1970. Segundo eles esse método é o mais

eficaz para reduzir índices de cárie que variam entre 20% e 60%. Da década de 1960 para

cá, além da fluoretação das águas brasileiras, a população teve acesso maior às escovas

de dentes, que tornaram-se mais baratas e populares. Na Suécia, por exemplo, onde não

há fluoretação das águas, a cárie foi erradicada por meio da educação da população.

O flúor nos dentes- A redução de cáries por acesso ao flúor ocorre em decorrência de uma

regulação do ph bucal, que teria maior constância via corrente sangüínea a partir da

ingestão dessa substância. Após escovarmos os dentes com creme dental fluoretado,

mantemos o ph ideal por cerca de duas horas. Apesar da campanha pró-ingestão de flúor,

nenhum dentista defende a água fluoretada sem a dobradinha boa higiene e boa

alimentação. Não há ph administrado pelo flúor que regule os detritos retidos entre os

dentes; esses detritos desregulam o ph local, tornando-o mais ácido, o que favorece o

surgimento de cáries e outras doenças periodontais. O açúcar torna o ph do sangue muito

ácido e ao lado dele o outro grande vilão é o carboidrato, daí os odontologistas

condenarem o abuso de doces, biscoitos e pães entre as refeições, especialmente os

feitos com farinhas refinadas. Segundo Pedro Cordeiro, odontologista em Florianópolis,

uma boa alimentação e uma escovação bem feita três vezes ao dia são métodos

extremamente eficazes para a prevenção de cáries. “Recomendo aos pais que não usem

creme dental fluoretado em crianças até cinco anos, pois é possível que engulam o creme

acidentalmente ou voluntariamente, o que acarretaria a fluorose." Uso de fio dental,

escovação com água e uma boa alimentação são suficientes para evitar o surgimento de

cáries em qualquer idade, garante o dentista.

Medidas seguras- Na água potável encanada são recomendados no máximo 0,6 ppm de

flúor, o que causa em crianças menores de sete anos uma fluorose mínima ao nascerem

os dentes permanentes. “Acima de 1,5 ppm de flúor na água bebida por crianças menores

de sete anos a fluorose é mais agressiva e pode causar má aparência nos dentes

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permanentes, mas existe tratamento para essa fluorose nos consultórios dentários”,

garante o professor Jaime Cury, da Unicamp, defensor da adição de flúor à água. Em

Cocalzinho, cidade de Santa Catarina, o flúor contido numa água natural, (1000 ppm)

causou sérios danos aos dentes das crianças da região, com perdas parciais e totais dos

dentes permanentes. Profissionais de várias partes do Brasil interessaram-se pelo caso,

que foi documentado no final da década de 1980. Em 2004 a água mineral Charrua, do

RS, apresentava 4ppm de flúor, o que pode resultar em fluorose avançada. O flúor está

presente nos cremes dentais desde 1989, inclusive nos infantis, sendo hoje difícil

encontrar no mercado convencional um creme dental para uso diário sem o íon.

Normalmente os cremes dentais recebem de 1000 ppm a 1800 ppm de flúor. Não há

pesquisa que ateste que o flúor aplicado, sem ingestão, cause qualquer mal, mas segundo

vários estudos em odontopediatria os problemas de fluorose verificados em todo o Brasil

nos últimos anos estão relacionados ao uso de creme dental porque crianças pequenas,

além de serem extremamente vulneráveis à ingestão do flúor, engolem acidentalmente ou

voluntariamente o creme dental. Uma das razões da ingestão voluntária, em crianças

maiores de 3 anos, se deve ao sabor doce dos géis dentais infantis. A fluorose aparente

nos dentes de crianças e adolescentes é uma realidade no Brasil.

http://www.scielo.br/pdf/csp/v18n1/8138.pdf

Diferenças de miligramas são fatais- O argumento que sustenta a adição de flúor à água

potável encanada e às águas engarrafadas baseia-se na defesa do controle da cárie

infantil, mas quando as águas brasileiras começaram a ser fluoretadas em massa, em

1974, os cremes dentais não eram fluoretados e as informações sobre os hábitos de

higiene e de alimentação iniciavam nas capitais e cidades maiores. Naquela época o flúor

ainda não era adicionado a medicamentos, chicletes, biscoitos e leites em pó para bebês,

que quando somados ao flúor da água ultrapassam o nível recomendado para lactantes

em até 80%. O leite humano possui cerca de 00,1ppm de flúor, uma quantidade já

bastante inferior à dos leites em pó, mais isso depende, obviamente, da alimentação da

mãe. Durante a década de 1980, quando a fama do flúor como preventivo de cáries era

inquestionável, muitas mulheres grávidas tiveram prescrição para tomar comprimidos que

incluíam o íon na composição. Hoje já não se receitam suplementos de flúor para

gestantes, pois as que tomaram enfrentaram problemas de fluorose na primeira dentição

de seus filhos. Foi um teste “científico” que não deu certo, mas não foi o primeiro.

Flúor e o nazismo- As primeiras pesquisas com ingestão de flúor em humanos foram feitas

em campos de concentração nazistas com o intuito de acalmar os prisioneiros, que

ingeriam o íon a partir da água com até 1500 ppm de flúor. O resultado gerava uma

espécie de apatetamento, os prisioneiros cumpriam melhor suas tarefas sem questioná-

las. Com o mesmo objetivo o flúor é adicionado a alguns medicamentos psiquiátricos hoje

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em dia. Mais de 60 tranquilizantes largamente utilizados contêm flúor, como Diazepan,

Valium e Rohypnol, da Roche, ligada à antiga I.G.Farben, indústria química que atuou a

serviço da Alemanha nazista.

http://www.theforbiddenknowledge.com/hardtruth/fluoridation.htm

Essa ligação histórica desperta brigas ferrenhas entre os adeptos da adição do flúor à

água e os que são contra, esses últimos acusados pelos primeiros de fazer terrorismo e

estabelecer o caos social em nome da nova ordem mundial, que está aí a questionar as

bases que sustentam a economia.

A Associação Brasileira de Odontologia recomenda a adição de flúor à água potável como

método preventivo fundamental para o Brasil, país grande, de população pobre e

desinformada sobre os hábitos de higiene e de alimentação. Segundo o professor Jaime

Cury,que passou mais de 20 anos estudando a prevenção da cárie, o flúor adicionado à

água tem uma importância social inquestionável. “Gostaria de ser o primeiro a anunciar

que o flúor não precisa mais ser adicionado à água, mas o povo brasileiro, a maior parte

da população, a que é pobre e desinformada, não escova os dentes corretamente, não

pode cuidar da alimentação e é beneficiada pela adição de flúor na água.”

Para ele, “a fluorose leve que não

causa mal-estar social, nem deveria ser considerada um problema ou doença porque as

crianças com fluorose leve, manchinhas brancas, têm dentes mais fortes.”

Questões políticas- A ciência odontológica vê a fluorose média ou grave como problema

principal em conseqüência da adição de flúor à água, mas médicos, químicos e

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toxicologistas afirmam que a fluorose é apenas o começo de um problema espalhado por

todos os ossos do corpo, sobrecarregando a glândula pineal e acarretando outras

conseqüências na saúde devido a alteração do funcionamento bioquímico. Eles alertam

que as doenças podem demorar anos para surgir, pois o flúor é cumulativo. Nunca houve

uma denúncia formal ligando o flúor à indústria de alumínio; as pesquisas feitas por

químicos e neurologistas focam exclusivamente os danos do íon à saúde humana.

Polêmica à parte, algo não está sendo levado em conta: é praticamente impossível

encontrar água que não tenha sofrido adição de flúor. Por uma convenção entre

sucessivos governos, a ciência odontológica e a indústria de alumínio, o brasileiro perdeu

o direito de beber água sem o aditivo.

Cláudia Rodrigues, jornalista, terapeuta reichiana, autora de Bebês de Mamães mais que Perfeitas,

2008. Centauro Editora. Publicado no Sul21. Blog da Cláudia: http://buenaleche-

buenaleche.blogspot.com