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Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016 SBSP - Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção AGROTÓXICOS NA PRODUÇÃO DE HORTIFRÚTI: UM ESTUDO EM UMA PROPRIEDADE DA AGRICULTURA FAMILIAR PESTICIDES IN HORTIFRUTI PRODUCTION: A STUDY ON A FARMING FAMILY PROPERTY André Socoloski Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT Campus de Tangará da Serra MT [email protected] Cleci Grzebieluckas Professora do Programa de Mestrado em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola PPGASP Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT Campus de Tangará da Serra MT. [email protected] Andréia Rezende da Costa Nascimento Mestranda do Programa em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola PPGASP Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT Campus de Tangará da Serra MT. [email protected] Josiane Silva Costa dos Santos Mestranda do Programa em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola PPGASP Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT Campus de Tangará da Serra MT. [email protected] Thiago Vargas Maldonado Mestrando do Programa de Pós-graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná (PPGCONT-UFPR) [email protected] Grupo 2. Segurança alimentar e agricultura familiar

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Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016

SBSP - Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção

AGROTÓXICOS NA PRODUÇÃO DE HORTIFRÚTI: UM ESTUDO EM UMA

PROPRIEDADE DA AGRICULTURA FAMILIAR

PESTICIDES IN HORTIFRUTI PRODUCTION: A STUDY ON A FARMING

FAMILY PROPERTY

André Socoloski

Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis

Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT Campus de Tangará da Serra MT

[email protected]

Cleci Grzebieluckas

Professora do Programa de Mestrado em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola –

PPGASP

Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT Campus de Tangará da Serra MT.

[email protected]

Andréia Rezende da Costa Nascimento

Mestranda do Programa em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola – PPGASP

Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT Campus de Tangará da Serra MT.

[email protected]

Josiane Silva Costa dos Santos

Mestranda do Programa em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola – PPGASP

Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT Campus de Tangará da Serra MT.

[email protected]

Thiago Vargas Maldonado

Mestrando do Programa de Pós-graduação em Contabilidade da Universidade Federal

do Paraná (PPGCONT-UFPR)

[email protected]

Grupo 2. Segurança alimentar e agricultura familiar

Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016

SBSP - Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção

Resumo

O objetivo do estudo foi descrever como é realizado o uso e aplicação dos agrotóxicos na

produção de hortifrúti em uma propriedade da agricultura familiar em Tangará da Serra - MT.

A pesquisa foi realizada em 2015 e usou como instrumentos de coleta roteiro estruturado,

observação direta e entrevistas com a família. Foram levantados cultivares e os agroquímicos

utilizados na propriedade, bem como aspectos socioeconômico da família e ambiental da

propriedade. Identificou-se que há uso de agrotóxico em todas as culturas, sendo o tomate a

que exige uma maior variedade e quantidade, no entanto não usados equipamentos de

proteção individual (EPIs). A família possui cultura predominante agrícola e tem como base

econômica o cultivo de alface e tomate. No tocante as questões ambientais verificou-se que a

propriedade encontra-se em dia que a Legislação Ambiental.

Palavras-chave: Risco. Contaminação. Embalagem. Meio Ambiente

Abstract

The aim of the study was to describe how it is done the use and application of pesticides in

grocery production in a property of the family farm in Tangara da Serra - MT . The survey

was conducted in 2015 and used as structured script collection instruments , direct

observation and interviews with family . cultivars and agrochemicals were used raised on the

property , as well as socio-economic aspects of family and environmental property . It was

identified that there is use of pesticides in all cultures , and tomato that requires a greater

variety and quantity, however not used personal protective equipment ( PPE ) . The family

has agricultural predominant culture and its economic base growing lettuce and tomato.

Regarding environmental issues it found that the property is on the day that the

Environmental Legislation .

Key words: Risk. Contamination. Packing. Environment.

1. Introdução

O crescimento populacional de forma exponencial evidenciado no ultimo século,

passando de dois bilhões de pessoas em 1922 (ALVES, 2007) para próximo de 7,3 bilhões em

2015 (COUNTRYMETERS, 2015) provocou o aumento na demanda por mais alimentos.

Essa demanda, aliada à degradação ambiental e o monocultivo resultaram no surgimento de

diversas pragas nas lavouras, exigindo assim melhorias das técnicas de produção, e fabricação

de agrotóxicos (CASSIANO; MELO, 2014).

Tais pragas interferem na vida das pessoas há milhares de anos, existindo registros na

Bíblia, que insetos e fungos devastaram plantações. Naquela época, as pragas eram

consideradas castigo dos deuses em razão do comportamento do homem, que sempre buscou

maneiras de combate-las usando de rituais religiosos. No entanto, nem sempre os resultados

eram satisfatórios surgindo a necessidade de desenvolver novos mecanismos de produção

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desencadeando a criação dos agrotóxicos, um dos grandes avanços da agricultura, resultando

assim no aumento da produção de alimentos (BRAIBANTE; ZAPPE, 2012).

Estas substâncias são utilizadas, especialmente nos sistemas de monocultura em

grandes extensões e também em pequenas propriedades com cultivos diversificados. Os

agroquímicos também são usados na saúde pública para a eliminação e controle de vetores

transmissores de enfermidades endêmicas como doença de chagas, malária, dengue entre

outros (DOMINGUES, 2004).

O Brasil é líder mundial na utilização de agrotóxicos consumindo mais de 1 milhão de

toneladas ano, uma média de 5,2 Kg por habitante (MILHORANCE, 2015; RADIO EBC,

2015). Mato Grosso lidera o ranking nacional no uso de insumos químicos atingindo média de

113 mil toneladas ano, isso se deve a produção de grandes monoculturas de exportação como

a soja, o milho e o algodão (HOLLAND, 2012).

A agricultura familiar é responsável por produzir aproximadamente 80% dos

alimentos consumidos no mundo (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A

ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTURA – FAO, 2014), no Brasil, aproximadamente 70% do

alimento consumido é oriundo da agricultura familiar (MINISTÉRIO DO

DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA, 2016). Segundo Melo e Vilela (2007) no Brasil

60% da produção de hortaliças advém de propriedades de exploração familiar com menos de

10 hectares, maximizando tanto o uso do espaço quanto do tempo.

A participação das hortaliças nas venda de agrotóxicos no Brasil representa entre 3 a 5%

no volume total (ALMEIDA; CARNEIRO; VILELA, 2009), neste contexto o objetivo do estudo

é descrever como é realizado o uso e aplicação dos agrotóxicos na produção de hortifrúti em

uma propriedade da agricultura familiar em Tangará da Serra - MT. Justifica-se a pesquisa em

razão de que na maioria das vezes não há um detalhamento dos tipos e quantidades de

produtos químicos utilizados na produção de hortifrúti das propriedades familiares. Embora

existam estudos que tratam do uso desses em hortaliças (ALMEIDA; CARNEIRO; VILELA,

2009; SOUZA et al, 2012; RIZZATO et al, 2015) no Estado de Mato Grosso estes ainda são

incipientes.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Histórico, definição e classificação dos agrotóxicos

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A produção de agrotóxicos foi pensada incialmente para ser uma arma química, na

Primeira Guerra Mundial, porém, utilizada somente na Segunda Guerra Mundial. Após o fim

dos conflitos os químicos das forças armadas voltaram à produção dos agrotóxicos para a

agricultura, pois concluíram que, se são letais para humanos, provavelmente seriam para os

insetos (LISBOA; SENA; DUTRA, 2007; BRAIBANTE; ZAPPE, 2012). A partir de então

com a revolução verde (1950) deu-se o inicio ao amplo uso de agrotóxicos e fertilizantes

químicos, uma nova era tecnológica que iria modificar as bases de produção agrícola mundial,

principalmente nos países em desenvolvimento os quais tinham a responsabilidade de acabar

com a fome do mundo (PERES; MOREIRA, 2003).

No Brasil, a utilização de agrotóxicos teve origem entre as décadas de 60 e 70, quando

no campo iniciava um progressivo processo de automação das lavouras, juntamente com o

programa de maquinário e utilização de produtos agroquímicos. Sua implementação foi

estimulada pelo Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), que vinculava a concessão de

empréstimos aos agricultores à fixação de um percentual a ser gasto com produtos químicos,

considerados, então, símbolo da modernidade no campo (MOURA, 2005).

De acordo com a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989 agrotóxicos e afins são produtos

e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de

produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas. São utilizados nas

pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas

podendos ser em ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a

composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos

considerados nocivos. Esses produtos e agentes só poderão ser produzidos, exportados,

importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão federal, de

acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde,

do meio ambiente e da agricultura. (BRASIL, 1989);

Os agrotóxicos possuem duas classificações: a toxicológica e o potencial de

periculosidade ambiental. A toxicológica é definida pela Agencia Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA), que classifica os agrotóxicos em quatro classes Classe I: Extremamente

Tóxico; Classe II: Altamente Tóxico; Classe III: Medianamente Tóxico; e Classe IV: Pouco

Tóxico (ANVISA, 2009). Ainda existem produtos que não recebem classificação

toxicológica, por apresentarem características teratogênicas, carcinogênicas e mutagênicas, ou

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causarem distúrbios hormonais, pois o registro desses é proibido (BRASIL, 1989; ANVISA,

2009).

Já o potencial de periculosidade ambiental é realizado pelo Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Baseia-se nos parâmetros de

bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial

mutagênico, teratogênico e carcinogênico. São classificados em: Classe I: Produto Altamente

Perigoso; Classe II: Produto Muito Perigoso; Classe III: Produto Perigoso; e Classe IV:

Produto Pouco Perigoso (IBAMA, 1996).

De acordo com Yamashita (2008) os agrotóxicos e afins são classificados de acordo

com sua função: Inseticidas: controlam insetos; Fungicidas: destroem ou inibem fungos;

Herbicidas: combatem plantas invasoras; Desfolhantes: eliminam folhas indesejadas;

Fumigantes? combatem bactérias do solo; Raticidas: combatem ratos e outros roedores;

Moluscocidas: combatem moluscos; Nematicidas: combatem nematoides; Acaricidas:

utilizados no combate a ácaros. Os grupos químicos das principais classes são apresentados

no quadro 1.

Quadro 1 - Classificação química das principais classes de pesticidas

Classe Grupos Químicos

Inseticidas

Organoclorados

Organofosforados

Carbamatos

Piretróides (sintético)

Fungicidas

Ditiocarbamatos

Organoestânicos

Dicarboximidas

Herbicidas

Glicina substituída

Derivados do ácido fenóxiacético

Dinitrofenóis

Pentaclorofenol

Fonte: Rodrigues (2012)

As classificações químicas apresentadas no quadro 1 são as principais classes usadas

no mundo, sendo que o herbicida é o mais utilizado no Brasil, representando cerca de 50% do

total anual (JARDIM; ANDRADE; QUEIROZ, 2009).

2.2. Risco da utilização dos agrotóxicos

Os agrotóxicos representam risco químico potencial aos seres humanos e a todo bioma

em geral (MOURA, 2005). Além dos perigos aos seres humanos, nos aspectos ocupacionais,

alimentares e de saúde pública, sabe-se que a utilização no ambiente pode provocar efeitos

indesejáveis, tendo como consequência mudanças no funcionamento do ecossistema afetado

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(SPADOTTO, 2006). Segundo Soares e Porto (2007) ao decidir sobre o uso de agrotóxicos,

devem ser calculados o custo benefício, devendo ser considerado como custo, não somente o

privado com a aquisição do produto e aplicação, mas as externalidades causadas por esses

tanto para humanos quanto para o meio ambiente (Figura 1), e os benefícios são os ganhos de

produtividades obtidos, e a perda de produtos pós colheita evitada.

Figura 1 - Externalidades do uso dos agrotóxicos

Fonte: Soares e Porto (2007)

O aumento do uso de agrotóxicos representam um risco para o ser humano, uma vez

que podem ser encontrados nos alimentos, seja diretamente, como resultado da aplicação na

produção, transporte ou armazenamento, ou indiretamente como no caso de animais de corte

alimentado com ração vegetal contaminada, provocando diversas doenças pois, alguns

produtos químicos possuem componentes que podem atuar como “disruptores endócrinos”

(MOURA, 2005).

Os trabalhadores rurais são os que mais correm o risco de contaminação pelo uso

exagerado dos agrotóxicos, uma vez que, preparam as caldas, fazem a aplicação, limpam os

maquinários que são utilizados na pulverização bem como a colheita das culturas. Esse risco

depende da exposição e fatores como: a toxicidade do produto em humanos; as condições da

exposição e os níveis de exposição ocupacional (DOMINGUES et al, 2004).

Os sintomas de intoxicação podem ser diferentes em cada pessoa de acordo com o tipo

de produto e exposição que sofreu (Quadro 2).

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Quadro 2 – Principais sintomas de intoxicação por agrotóxicos

Irritação ou nervosismo Ansiedade e angustia Fala com frases desconexas

Tremores no corpo Indisposição Fraqueza

Mal-estar Dor de cabeça Tonturas

Alterações visuais Vômitos Cólicas abdominais

Respiração difícil Dores no peito e falta de ar Vertigens

Convulsões Desmaios Náuseas

Perda de consciência e até coma Queimaduras e alterações na pele Salivação e sudorese aumentadas

Dores pelo corpo inteiro, em

especial nos braços, pernas e

peito

Irritação de nariz, garganta e olhos,

provocando tosse e lágrimas

Urina alterada seja na quantidade

ou na cor

Fonte: Lisboa, Sena e Dutra (2007)

A intoxicação por agrotóxico pode ser classificada em três tipos: aguda, subaguda e

crônica. Aguda é aquela que os sintomas surgem rapidamente, pouco tempo após a exposição

excessiva a produtos extremamente ou altamente tóxicos, os sintomas são nítidos e objetivos e

podem ocorrer de forma leve, moderada ou grave. A subaguda é aquela que os sintomas

surgem mais lento, por exposição moderada ou leve a produtos altamente tóxicos ou

medianamente tóxicos, os sintomas são subjetivos e vagos. A crônica é aquela que se

caracteriza por um surgimento mais tardio dos sintomas, meses ou anos, por exposição

pequena ou moderada a produtos tóxicos ou a múltiplos produtos, podendo causar danos

irreversíveis, como paralisias e neoplasias (DOMINGUES et al, 2004).

Se usado corretamente os agrotóxicos causam pouco impacto, mas, se utilizado de

forma indiscriminada põe em risco tanto o meio ambiente como também as pessoas que

entram em contato com esses produtos, pois traços de resíduos de pesticidas presentes no

solo, água, ar e alimentos podem ser perigosos à saúde (CASSAL et al, 2014). Porém a

contaminação por agrotóxicos pode afetar o meio ambiente de forma indireta, aumentando a

resistência de pragas ou eliminando indesejáveis predadores naturais de certos micro-

organismos (VEIGA; SILVA; VEIGA, 2005), uma vez que certas substancias como, por

exemplo, o Aldrin e o DDT levam respectivamente 6 e 30 anos para desaparecer 95% no meio

ambiente (DOMINGUES et al, (2004).

3. METODOLOGIA

3.1. Caracterizarão da pesquisa e instrumentos de coleta

A pesquisa é de natureza descritiva com abordagem quali-quantitativa e usou como

estratégia de pesquisa o estudo de caso. As pesquisas descritivas buscam investigar, analisar,

registrar e classificar os fatos ou fenômenos sem a interferência do pesquisador

(RICHARDSON et al, (2012). A abordagem quantitativa busca quantificar dados e

normalmente envolve análise estatística, já a qualitativa visa coletar informações das

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opiniões, costumes, hábitos e anseios dos entrevistados, pode ser utilizada para explicar as

descobertas feitas pela pesquisa quantitativa (MALHOTA, 2010). O estudo de caso é uma

investigação empírica que analisa um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da

vida real (YIN, 2005). Portanto, acredita-se que a pesquisa se enquadra nos parâmetros

descritos acima.

Os instrumentos de coleta foram roteiro estruturado, observação direta e entrevistas

com a família composta por 5 membros, o casal e três filhos adultos. Com base nesses

instrumentos foram levantados aspectos socioeconômico da família e ambiental da

propriedade bem como os cultivares e agroquímicos utilizados.

3.2. Área de estudo

O estudo foi realizado em uma propriedade familiar no município de Tangará da Serra

MT localizada a 4,5 Km do centro da cidade. Possui 6.05 hectares, se dedica ao cultivo de

frutas e hortaliças e a mão de obra é estritamente familiar. A identificação das cultivares

produzidas, os produtos agroquímicos utilizados, a quantidade e frequência de aplicação em

cada cultura foi com base em entrevista e observação direta. Já a identificação do grupo

químico e as classificações dos agrotóxicos usados na propriedade utilizou-se dos rótulos e ou

bulas fornecidas pelo produtor.

Também foi indagado se conhecem a legislação no que se refere ao uso do agrotóxico,

destino dado às embalagens e se sabem dos riscos que esses produtos causam tanto ao ser

humano quando ao meio ambiente.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Aspectos sociais, econômicos e ambientais da propriedade

Os proprietários possuem respectivamente 61 e 55 anos de idade, aposentados, ambos

ensino primário. Migraram do Estado do Paraná (PR) para Tangará da Serra (MT) na década

de 70 e em 80 se conheceram e constituíram família, composta por três mulheres e dois

homens. Três (dois homens e uma mulher) possuem ensino superior e vivem com os pais,

somente um deles cursou o Ensino Superior em Universidade Pública, os demais por meio de

Financiamento Estudantil (FIES) e Programa Universidade para Todos (PROUNI). O trabalho

no campo é realizado pelo proprietário e dois filhos enquanto os afazeres domésticos ficam a

cargo da esposa e filhas.

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Parte da propriedade (50%) foi recebida de herança e a outra adquirida através de

permuta, dando continuidade a sucessão familiar de pai para filho. O investimento na

propriedade é realizado com recursos próprios, nunca buscaram fontes externas de

financiamento. A família possui uma casa de alvenaria de 140m2 e, três veículos uma Parati

ano 1994, uma S10 ano 2001, que são usados para entrega da produção, e uma Honda Biz ano

2008/2009. O faturamento médio mensal da família, excluídos os custos de produção, é cerca

de 7,5 salários mínimos.

A infraestrutura de produção consta com um sistema de irrigação por aspersor e

gotejamento, três estufas para o cultivo de tomate com cerca de 350m2 cada, e uma de 12m2

para a produção de mudas, e demais equipamentos manuais (bomba costal ferramentas

manual em geral). O único serviço contratado é hora máquina para preparar o solo.

Até 2003 a família trabalhava com a cafeicultura e outras culturas temporárias como o

milho e arroz. A partir de então, começaram a trabalhar com a hortifruticultura, deixando as

demais atividades de lado, pois verificaram maior lucratividade, em razão da facilidade em

comercializar parte dos produtos diretamente para os consumidores uma vez que apenas cerca

de 150 metros separa a propriedade do bairro mais próximo. Segundo o proprietário essa

proximidade possui pontos positivos e negativos: o positivo é a venda direta e o negativo é a

presença de vândalos que furtam alguns produtos. Além da comercialização direta (in situ)

também é feita a comercialização no atacado por meio de pedidos e ano varejo duas vezes por

semana.

A propriedade possui Cadastro Ambiental Rural (CAR), área de preservação

permanente (APP) e Reserva Legal (RL), ambas 30m à margem do córrego Palmital que

abastece o sistema de irrigação.

4.2. Aspectos agroquímicos da propriedade

Em termos de volume o mais usado é o herbicida (13 litros/ano), representando mais

de 50% dos produtos químicos utilizados na propriedade (Quadros 3 e 4).

Quadro 3 - Herbicidas utilizados na propriedade e suas classificações

Nome

Comercial

Ingrediente

Ativo

Grupo

Químico

Classificação

Quanto a

Ação

Classificação

Toxicológica

Classificação

Ambiental

Quantidade

Usada por

ano

Gramocil Paraquate,

Diurom

Ureia +

bipiridilio

Herbicida não

seletivo de

ação não sistêmica

Classe I –

Extremamente Tóxico

Classe II –

Muito Perigoso

7 litros

Roundup Glifosato Glicina Herbicida não Classe II – Classe III - 5 litros

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substituída seletivo de

ação sistêmica

Altamente

Tóxico

Perigoso

Targa 50

EC

Quizalofope-

p-metílico

ácido

ariloxifenoxipro-

piônico

Herbicida

graminicida

seletivo

Classe I –

Extremamente

Tóxico

Classe II –

Muito

Perigoso

1 litros

Total de herbicidas 13 litros

Fonte: Dados da pesquisa

No tocante à variedade o inseticida é o mais usual (Quadro 4). Dado semelhante foi

encontrado no estudo de Marques, Neves e Ventura (2010) Londrina - PR, que na produção

de hortaliças, os inseticidas predominaram. Segundo o produtor, essas variedades são

necessárias pelo fato de alguns insetos criarem resistência a um produto, sendo indispensável

outra variedade coadjuvante no controle das pragas.

Quadro 4 - Agrotóxicos utilizados na propriedade e suas classificações

Nome

Comercial

Ingrediente

Ativo

Grupo

Químico

Classificação

Quanto a

Ação

Classificação

Toxicológica

Classificação

Ambiental

Quantidade

Usada por

ano

Assist Óleo Mineral Hidrocarbonetos

Alifáticos

Inseticida e

acaricida de

contato, e

adjuvante

Classe IV –

Pouco tóxico

Classe IV –

Pouco

perigoso

4 litros

Belt Flubendiamida Diamida do

ácido ftálico

Inseticida de

contato

Classe III –

Medianamente

tóxico

Classe III -

Perigoso 0,25 litros

Evidence Imidacloprido Neonicotinoides Inseticida

sistêmico

Classe IV –

Pouco tóxico

Classe III -

Perigoso 1 Kg

Cobre

Atar BR

Óxido

Cuproso Inorgânico

Fungicida e

Bactericida

de Contato

Classe IV –

Pouco Tóxico

Classe III -

Perigoso 2 Kg

Iharaguen-s

Polioxietileno alquifenol éter

Não contém na Bula

Espalhante Adesivo

Classe II –

Altamente Tóxico

Classe IV –

Pouco perigoso

1 litros

Manzate

WG Mancozebe Alquilenobis

Fungicida

Protetor

Classe I –

Extremamente

Tóxico

Classe II –

Muito

Perigoso

2 Kg

Pirate Clorfenapir Análogo de

pirazol

Inseticida e

Acaricida de

contato

Classe III –

Medianamente

tóxico

Classe II –

Muito

Perigoso

1 litros

Fonte: Dados da pesquisa

Verifica-se (Quadro 5) que as culturas com maior uso de agrotóxicos são abóbora,

brócolis, couve-flor, repolho, pepino, tomate e vagem. Segundo o agricultor, essas culturas

sofrem um forte ataque de insetos sendo necessária a aplicação preventiva, que é realizada

uma vez por semana. Informa também que, o herbicida Targa 50 EC é utilizado somente

quando existe uma forte invasão de capim.

Quadro 5 - Agrotóxicos utilizados nas culturas e frequência de uso

Cultura Agrotóxicos Aplicados Frequência de Aplicação

Abacaxi Gramocil 1 vez por ano

Abobora Targa 50 EC 1 vez no ciclo produtivo

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Assist; Manzate WG; Evidence 1 vez por semana

Alface Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Almeirão Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Banana Gramocil 1 vez no ano

Berinjela Pirate Quando verificar ataque de insetos

Beterraba Pirate Quando verificar ataque de insetos

Brócolis Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Pirate; Manzate WG 1 vez por semana

Cenoura Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Couve Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; pirate Quando verificar ataque de insetos

Couve-flor Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Pirate 1 vez por semana

Jiló Assist; Pirate Quando verificar ataque de insetos

Mandioca Gramocil; Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Milho

Verde Gramocil 1 vez no ciclo se houver necessidade

Pepino Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Pirate; Manzate WG 1 vez por semana

Pimenta Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Manzate WG Quando verificar necessidade

Pimentão Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Manzate WG Quando verificar necessidade

Quiabo Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Repolho Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Pirate 1 vez por semana

Rúcula Targa 50 EC; 1 vez no ciclo se houver necessidade

Tomate

Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Evidence; Cobre Atar BR;

Manzate WG; Pirate 1 vez por semana

Vagem Targa 50 EC 1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Manzate WG; Pirate 1 vez por semana

Fonte: Dados da pesquisa

O tomate é a cultura que tem uma maior variedade de agrotóxicos usado na

propriedade, que são aplicados uma vez por semana, menos que a relatada por Carvalho

(2014) no qual os produtores fazem em média duas a três aplicações por semana de acordo

com as condições climáticas. As culturas que tem uma menor utilização são o abacaxi, a

banana e a mandioca, que usa somente o herbicida Gramocil, com apenas uma aplicação por

ano, sendo que essas culturas não têm nenhum contato direto com o pesticida, pois o

herbicida usado é do tipo contato, ou seja, mata as plantas que tiverem contato com o mesmo.

O responsável pela aplicação de agrotóxicos relata que nunca fez uso equipamento de

proteção individual (EPI), no entanto, não há casos intoxicação na família. A justificativa pelo

não uso é o calor e o desconforto, mas declara ser cauteloso ao aplicar os pesticidas em

relação a posição do vento para não ser atingido diretamente pela calda, e não caminhar nos

locais que foi aplicado por um determinado período. Motivo semelhante do não uso dos EPIs

foi encontrado no estudo de Marques, Neves e Ventura (2010), os quais identificaram que

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30% dos entrevistados não utilizavam EPIs, e dos que disseram usar, 75% não faziam o uso

do equipamento completo. Por outro lado Souza et al, (2012) em Santa Inês – MA,

verificaram que 67% dos produtores não faziam uso de nenhum tipo de equipamento de

proteção.

No que se refere às embalagens dos agrotóxicos, o agricultor não recebe nenhuma

orientação sobre o descarte correto no momento da compra do produto, mas diz saber da

obrigatoriedade da logística reversa, porém não a faz, o destino final dado é queima. Em

Boqueirão – PB, Nogueira e Dantas (2013) identificaram que 62,5% dos agricultores

pesquisados não descartavam as embalagens adequadamente, em Santa Inês – MA, Souza et

al. (2012), verificaram que 50% dos produtores descartavam as embalagens junto ao lixo

comum e os demais próximo a plantação.

Quanto ao receituário agronômico, o agricultor relata que não possui orientação

técnica para a aquisição dos produtos, pois a mesma se dá por meio de vendedores de insumos

e ou outros produtores, corroborando, portanto, com Souza et al. (2012) que também

verificaram ausência de orientações especializadas no uso de agrotóxicos. Já na aplicação o

agricultor recebe orientação através do filho, técnico em mecanização agrícola.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo permitiu identificar que há uso de agrotóxico em todas as culturas, sendo o

tomate a que exige uma maior variedade e quantidade, no entanto não são usados

equipamentos de proteção individual (EPIs). A família possui cultura predominante agrícola

e tem como base econômica o cultivo de alface e tomate. No tocante as questões ambientais

verificou-se que a propriedade encontra-se em dia que a Legislação Ambiental.

Apesar de haver preocupação com o meio ambiente e com a saúde dos consumidores,

o produtor corre risco de contaminação, por não ter orientação de pessoal qualificado, e

principalmente pelo não uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) no momento do

manuseio dos produtos químicos. Portanto, sugere-se que façam o uso de EPIs para evitar

problemas de saúde pela exposição direta como o uso dos agrotóxicos.

Recomenta que sejam feitos trabalhos semelhantes em outras propriedades da

agricultura familiar, tanto no município tangaraense quanto em outros a fim de confrontar os

resultados aqui obtidos. Sugere-se também que seja feita uma analise química dos produtos, a

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fim de verificar o índice de contaminação dos produtos pelos agrotóxicos utilizados bem

como estimar o risco destes à saúde humana.

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