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Agrojornal Brasil Edição de julho de 2007 / ano 1 / nº 1 A mídia impressa do agronegócio Agricultores paranaenses lideram produção de grãos RENDA NO CAMPO - ESTADO TEVE UMA PARTICIPAçãO DE 19,8% NA SAFRA NACIONAL, COM UMA PRODUçãO DE 23,9 MILHõES DE TONELADAS O Paraná é o maior produtor de feijão, milho, trigo, triticale, aveia e cevada e o se- gundo maior de soja. O IBGE atribui essa li- derança à diversidade de produção existente no Estado. Pág. 7 Com capacidade de produção de 500 a 1.000 litros por dia, a nova uni- dade da Tecpar vai pos- sibilitar o acompanha- mento da produção, a utilização do produto em pequena escala e permi- tir o repasse da tecnolo- gia aos produtores rurais paranaenses. A planta de produção é multiuso. Isto é, pode tes- tar qualquer tipo de óleo, mas vai começar com o de girassol. Pág. 12 Paraná inaugura sua usina de biocombustível Governador Roberto Requião e o Ministro da Agricultura, Reinold Stephanes, participaram da inauguração da Usina da Tecpar Produtores de Lon- drina e região estão or- ganizando a montagem de uma Aliança Merca- dológica para produção Aliança Mercadológica beneficia pecuaristas da região de carne bovina de qua- lidade. O objetivo é agre- gar valor ao produto local e aumentar a lucrativida- de da pecuária. Pág. 14 1ª Agrotec Familiar de Londrina vai reunir produtores rurais e homenagear os agricultores familiares pioneiros da colônia japonesa, em comemoração ao Dia do Agricultor, 28 de julho, com a presença do Secretário de Estado da Agri- cultura, Valter Bianchini. Durante o evento, será discutida a situação da agricul- tura familiar na região. Além disso, a semana será marca- da por uma série de atividades. Confira a agenda comple- ta da 1ª Agrotec na pág. 20 Secretaria de Agricultura de Londrina promove a 1ª Agrotec Familiar Exportação de frango tem o melhor semestre da história De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores e Ex- portadores de Frango (Abef), os embarques atingiram 1,544 mi- lhão de toneladas no período. Pág. 15 Presidente da Confepar analisa desempenho da pecuária leiteira Em artigo, o pre- sidente da Confepar, Renato José Beleze, avalia o bom momento do setor e acredita que parcerias com as inicia- tivas públicas podem melhorar ainda mais os índices de produção. Pág. 8 Sabáudia sedia a 14ª Expotécnica nos dias 2 e 3 de agosto Feira no interior do Estado vai tratar de as- suntos importantes para o setor como alimenta- ção de inverno para bo- vinocultura, gestão de propriedade agrícola e adaptações tecnológicas para a cultura do café. Pág. 20 Com promoção e realização da Fundação Meridional de Apoio à Pesqui- sa Agropecuária, organização da Embrapa Soja e do IAPAR e com o apoio da Sociedade Rural do Paraná, serão realizados entre 24 a 26 de julho a I Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (I RCBPTT) e o VII Seminário Técnico de Trigo (VII STT). O evento vai abranger três seg- mentos: reuniões de pesquisadores e técnicos; palestras e painéis técnicos e dia de campo. Pág. 7 Fundação Meridional promove seminário de trigo InpEV e Centrais organizam Dia Nacional do Campo Limpo Comemorações acon- tecem em 17 de agosto. Outras atividades estão programadas durante a semana que antecede a data. O evento é uma iniciativa do InpEV com apoio da ANDAV - Asso- ciação Nacional dos Dis- tribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários - e da OCB - Organização das Cooperativas Brasilei- ras e realizações das Cen- trais de Recebimento de Embalagens Vazias. Pág. 18 Londrina é a “Capital do Agronegócio Brasileiro” Levantamento reali- zado pelo Instituto FNP para a revista Dinheiro Rural aponta que Lon- drina é a cidade mais dinâmica do agronegó- cio no Brasil. O ranking – com os 11 municípios mais influentes do se- tor - foi criado com base na valorização de terras destinadas à agropecu- ária. Além de Londrina, Paranavaí ocupa a ter- ceira posição. Pág. 6. Recursos para a Suinocultura já estão disponíveis nos bancos Portaria interminis- terial autoriza a conces- são imediata por meio de uma linha especial de crédito (LEC) para a suinocultura. Segundo o Governo do Estado do Paraná, esta medida foi uma ini- ciativa do secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, que liderou um movimento em favor dos suinocultores. Pág. 9 Divulgação AEN/PR PhotoView Imagens

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Agrojornal BrasilEdição de julho de 2007 / ano 1 / nº 1A mídia impressa do agronegócio

Agricultores paranaenses lideram produção de grãosRenda no Campo - estado teve uma participação de 19,8% na safra nacional, com uma produção de 23,9 milhões de toneladas

O Paraná é o maior produtor de feijão, milho, trigo, triticale, aveia e cevada e o se-gundo maior de soja. O IBGE atribui essa li-derança à diversidade de produção existente no Estado. Pág. 7

Com capacidade de produção de 500 a 1.000 litros por dia, a nova uni-dade da Tecpar vai pos-sibilitar o acompanha-mento da produção, a utilização do produto em pequena escala e permi-

tir o repasse da tecnolo-gia aos produtores rurais paranaenses.

A planta de produção é multiuso. Isto é, pode tes-tar qualquer tipo de óleo, mas vai começar com o de girassol. Pág. 12

Paraná inaugura sua usina de biocombustível

Governador roberto requião e o ministro da agricultura, reinold stephanes, participaram da inauguração da usina da tecpar

Produtores de Lon-drina e região estão or-ganizando a montagem de uma Aliança Merca-dológica para produção

Aliança Mercadológica beneficia pecuaristas da região

de carne bovina de qua-lidade. O objetivo é agre-gar valor ao produto local e aumentar a lucrativida-de da pecuária. Pág. 14

1ª Agrotec Familiar de Londrina vai reunir produtores rurais e homenagear os agricultores familiares pioneiros da colônia japonesa, em comemoração ao Dia do Agricultor, 28 de julho, com a presença do Secretário de Estado da Agri-cultura, Valter Bianchini.

Durante o evento, será discutida a situação da agricul-tura familiar na região. Além disso, a semana será marca-da por uma série de atividades. Confira a agenda comple-ta da 1ª Agrotec na pág. 20

Secretaria de Agricultura de Londrina promove a 1ª Agrotec Familiar

Exportação de frango tem o

melhor semestre da história

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores e Ex-portadores de Frango (Abef), os embarques atingiram 1,544 mi-lhão de toneladas no período.Pág. 15

Presidente da Confepar analisa desempenho da pecuária leiteira

Em artigo, o pre-sidente da Confepar, Renato José Beleze, avalia o bom momento do setor e acredita que parcerias com as inicia-tivas públicas podem melhorar ainda mais os índices de produção. Pág. 8

Sabáudia sedia a 14ª Expotécnica nos dias 2 e 3 de

agosto

Feira no interior do Estado vai tratar de as-suntos importantes para o setor como alimenta-ção de inverno para bo-vinocultura, gestão de propriedade agrícola e adaptações tecnológicas para a cultura do café. Pág. 20

Com promoção e realização da Fundação Meridional de Apoio à Pesqui-sa Agropecuária, organização da Embrapa Soja e do IAPAR e com o apoio da Sociedade Rural do Paraná, serão realizados entre 24 a 26 de julho a I Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (I RCBPTT) e o VII Seminário Técnico de Trigo (VII STT). O evento vai abranger três seg-mentos: reuniões de pesquisadores e técnicos; palestras e painéis técnicos e dia de campo. Pág. 7

Fundação Meridional promove seminário de trigo

InpEV e Centrais organizam Dia

Nacional do Campo Limpo

Comemorações acon-tecem em 17 de agosto. Outras atividades estão programadas durante a semana que antecede a data. O evento é uma iniciativa do InpEV com apoio da ANDAV - Asso-ciação Nacional dos Dis-tribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários - e da OCB - Organização das Cooperativas Brasilei-ras e realizações das Cen-trais de Recebimento de Embalagens Vazias.Pág. 18

Londrina é a “Capital do

Agronegócio Brasileiro”

Levantamento reali-zado pelo Instituto FNP para a revista Dinheiro Rural aponta que Lon-drina é a cidade mais dinâmica do agronegó-cio no Brasil. O ranking – com os 11 municípios mais influentes do se-tor - foi criado com base na valorização de terras destinadas à agropecu-ária. Além de Londrina, Paranavaí ocupa a ter-ceira posição. Pág. 6.

Recursos para a Suinocultura já

estão disponíveis nos bancos

Portaria interminis-terial autoriza a conces-são imediata por meio de uma linha especial de crédito (LEC) para a suinocultura.

Segundo o Governo do Estado do Paraná, esta medida foi uma ini-ciativa do secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, que liderou um movimento em favor dos suinocultores. Pág. 9

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Agrojornal Brasil2 julho de 2007

É com grande satisfação que a equipe do Agro-jornal Brasil lança esta primeira edição. E não poderia ser em um mês tão importante para o agronegócio bra-sileiro. No início de julho, tivemos o Dia do Coopera-tivismo e, no dia 28 deste mês, vamos celebrar a data alusiva ao do Agricultor. Por isso, ficamos muito felizes em ver esta semente germinar.

O Agrojornal Brasil, como o próprio nome diz, é uma mídia impressa a serviço do agronegócio brasilei-ro. Com um projeto editorial arrojado, uma diagrama-ção moderna e uma equipe de trabalho formada por jovens talentos, o Agrojornal Brasil quer disponibili-zar suas páginas para mostrar o que de melhor está sendo feito no setor agropecuário paranaense, sem es-quecer de acompanhar os últimos acontecimentos da atividade no país.

A cada edição, vamos trazer projetos que estão em desenvolvimento no Estado e também a opinião de lideranças regionais e de pesquisadores dos mais importantes institutos e universidades do país.

Sabemos que há muitas questões relevantes para o setor como sanidade animal e vegetal, preservação ambiental, investimentos em pesquisas agropecuárias, escoamento de safra, subsídios agrícolas, custo-brasil, endividamento rural, entre outros. Mas, também há muito fatores a serem revelados: o agronegócio brasi-leiro é um dos pilares da geração de empregos no país; é responsável por boa parte do superávit da balança comercial; e nossos produtos são encontrados em to-dos os continentes do planeta.

O Paraná é considerado o celeiro de alimentos do país e Londrina acaba de ser indicada por pesquisa de reconhecida confiabilidade como a primeira cidade no ranking das mais importantes do Brasil em agrone-gócio. Um status concedido a Londrina em reconheci-mento ao trabalho de todos os seus empreendedores da indústria agropecuária filiados às cooperativas e à Sociedade Rural do Paraná, de um lado, e de outro, em reconhecimento à excelência em pesquisa dos profes-sores de Agronomia, Veterinária e Zootecnia, tanto da UNOPAR como da UEL, e aos renomados pesquisado-res do Iapar, Embrapa-Soja e Emater-PR.

Assim, queremos ser um espaço democrático, que possa oferecer uma oportunidade ao homem do campo, aos empresários rurais, às cooperativas, às or-ganizações governamentais e não governamentais, e, principalmente, à boa parte dos segmentos da cadeia produtiva nacional de divulgarem o seu trabalho e expor os seus ideais.

É com esta missão, que a equipe do Agrojor-nal Brasil cumprimenta os agricultores pelo seu dia. Parabéns!

EDItoRIAL

A serviço do agronegócio brasileiro

ExPEDIENtE

Agrojornal BrasilEdição de julho de 2007 / ano 1 / nº 1A mídia impressa do agronegócio

Um jornal a serviço do agronegócio brasileiro

Edição 1 – Ano I - Circulação Nacional

Julho de 2007

O Agrojornal Brasil é uma publicação mensal ad-

ministrada pela Cedilha Comunicação e Design

S/S Ltda.

Conselho Editorial

Sérgio Mari Jr.

Leonardo Mari

Olavo Alves

Editor Chefe

Olavo Alves

Mtb 4285/17

Editoria de Arte

Cedilha Comunicação e Design

Colaboradores

Mie Francine Chiba, Mariana Dib Fabre, Flávio

Augusto de Almeida e Paulo Rogério Nozi

Departamento Comercial

Cedilha Comunicação e Design

Rua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7

CEP 86061-000 Londrina - PR

Telefone: (43) 3025 3230

E-mail: [email protected]

Impressão

Gráfica Folha de Londrina

Textos de articulistas e colaboradores não repre-

sentam necessariamente a opinião dos editores. O

Agrojornal Brasil não se responsabiliza por produ-

tos e serviços divulgados.

O pecuarista brasi-leiro tem se esforçado para elevar a lucrativi-dade do seu negócio, au-mentando a qualidade dos pastos, realizando o melhoramento genético do rebanho, zelando pela nutrição dos animais, fa-zendo o piqueteamento , entre outros.

Além desses cuida-dos, outra questão tem se tornado relevante, princi-palmente entre os pecu-aristas mais tecnificados: a qualidade da produção, ou seja, a carne.

Gerar produtos de qualidade é o objetivo de qualquer setor da economia que deseja crescer e manter-se com credibilidade no merca-do, não sendo diferente na pecuária de corte, que deve primar em oferecer ao consumidor uma car-ne de qualidade.

As lesões de carcaça, por sua vez, são um dos fatores importantes que impedem o pecuarista de obter esta qualidade. As lesões são causadas por produtos injetáveis como antibióticos e vaci-nas com adjuvantes (veí-culos) insolúveis que são irritantes ou que perma-necem no local de aplica-ção. Esta situação é agra-vada quando existe falta

de higiene no processo de aplicação como, por exemplo, agulhas e apa-relhos de aplicação sujos ou em más condições.

Dois estudos reali-zados no Brasil, nos anos de 1998 e 2000, tiveram como objetivo quantifi-car as perdas decorren-tes das lesões de carcaça provocadas por produtos injetáveis. O primeiro estudo envolveu 4.000 carcaças de bovinos aba-tidos em oito frigorífi-cos, onde se avaliou as perdas com lesões na li-nha de abate. Observou-se que 69% das carcaças estavam lesionadas e a perda média por carcaça

era de 406 gramas, ge-rando prejuízos de mais de uma tonelada de car-ne imprópria para con-sumo. O segundo estudo quantificou as lesões de carcaça na desossa: dez frigoríficos e 5.000 car-caças foram envolvidas; observou-se um descarte médio de carne lesiona-da da ordem de 128 gra-mas por carcaça.

Todos estes prejuí-zos, sentidos diretamen-te no bolso do produtor, eram tidos como inevitá-veis. Mas hoje, podemos minimizar essa perda financeira utilizando ve-ículos que não lesionam e adotando práticas hi-

giênicas durante a apli-cação dos produtos.

A indústria veteri-nária já oferece produ-tos que não lesionam. Cabe ao pecuarista adotá-los, tendo como objetivo o aumento da qualidade e dos lucros. Num futuro próximo, quando a tipificação de carcaça for uma realida-de, a qualidade da carne será uma exigência ge-ral do mercado. Quem já estiver habituado, certa-mente, sairá na frente e conseguirá oferecer um produto melhorado.

Autores: Jefferson Campos, Luigi Carrer Filho e Sérgio Félix –

Departamento técnico da empresa Campos & Carrer

Como prevenir lesões vacinais

E mbora o conceito da cadeia produtiva na agricultura esteja bastante difundido, a

prática deixa muito a desejar. Uma cadeia produtiva agrícola começa na prancheta de um pesquisador cien-tífico, criando novas tecnologias e termina na gôndola de um supermercado. Posteriormente, se divide con-forme a clássica visão de Ray Goldberg e sua equipe de Harvard, em três capítulos: o que vem antes da por-teira das fazendas, o que se passa dentro das fazendas e o depois da porteira.

O primeiro - antes da porteira- se caracteriza pelos insumos e pelos serviços indispensáveis à produção ru-ral: a própria pesquisa científica, a extensão rural, os fer-tilizantes, defensivos, os corretivos, as sementes, as má-quinas e equipamentos, o crédito, o seguro rural...

O terceiro - depois da porteira - contém o transporte da produção, sua armazenagem, a industrialização, a em-balagem, a distribuição e o comércio interno ou externo.

E ambos dependem intensamente do segundo, que conta com o plantio, os tratos culturais e a colhei-ta, tudo sob gestão vigorosa de recursos gerenciais e humanos, da área comercial, da área ambiental, fis-cal, tributária, trabalhista, técnica, mecânica e um sem-número de ações que fazem da atividade rural de hoje uma verdadeira indústria a céu aberto.

A soma das cadeias produtivas é o agronegócio, que, no Brasil, é, igual a 29% do PIB, gera 37% de todos os empregos, responde por 36% das nossas ex-portações e por 92% do saldo da nossa balança co-mercial. E dele fazem parte os agentes responsáveis pelos fatores já referidos.

Mas o centro de tudo é o produtor rural, de qualquer tamanho, do familiar ao empresarial. Se ele não existisse, para que fabricar tratores, cami-nhões, adubos, defensivos, colhedoras? Não have-

ria toda a massa de emprego nessas fábricas, nem nas instituições de pesquisa, nem nos bancos, nem nas fábricas de alimentos ou nos supermercados.

Para que fabricar geladeiras se não houvesse ali-mentos? Ou microondas, ou pratos, talheres, copos, fo-gões? Na verdade, não há cidadão que não dependa da agricultura, muito mais do que imagina. Não só porque está vivo em função do que come. Mas por muito mais: calça jeans não existiria sem algodão, camisas e grava-tas de seda precisam de plantações de amora, sapatos são de couro, como bolsas, cintos, carteiras, estofamen-tos, e couro é boi; papel é árvore, assim como móveis, construções, assoalhos e forros; pneus e cabos vêm da borracha; assim como a camisinha que evita a Aids; aga-salhos de lã vêm da ovelha, e assim por diante.

Não haveria TV, nem rádio nem jornal sem anun-ciantes, assim como os empregos dos marqueteiros. Que anunciam roupas, sapatos, bebidas, carros (que se mo-vem com álcool e pneus de borracha), moda, alimentos, liquidações de eletrodomésticos, e tudo isso depende da agricultura.

Como pode alguém ser contra o agronegócio? Seria como estar contra a própria sobrevivência. Uma cadeia produtiva só é eficiente, seu produto final só será com-petitivo em termos de preço e qualidade, se a distribui-ção da renda no seu interior for equilibrada, de modo que todos os elos sejam remunerados adequadamente. Para isso, a renda do agricultor é essencial, e isso não tem acontecido.

Uma pena! Porque, neste exato momento em que o leitor termina esta leitura, milhares de homens e mu-lheres espalhados por esse imenso sertão brasileiro es-tão plantando ou colhendo algo para vivermos em paz.

Autor: Roberto Rodrigues - coordenador do Centro de Agronegócio da

FGV e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal

oPINIão

Cadeias produtivas

São mais de 15.000 consumidores doagronegócio que podem ver a sua MARCA.

ANUNCIE CONOSCO (43) 3025-3230

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Agrojornal Brasil 3julho de 2007

A Integrada apre-sentou para a Se-

cretaria da Agricultura do Paraná um projeto para implantação de uma indústria de sucos no Norte do Estado. Os investimentos serão de R$ 35 milhões e têm como objetivo incenti-var a produção citrícola na região.

A planta industrial teria uma capacidade inicial de esmagamento de mais de 120 mil to-neladas de frutas. “Para

atingir essa produção é necessária uma área mí-nima de cinco mil hecta-res. Nossa intenção é in-tegrar ao projeto cerca de mil associados”, pro-jeta o presidente da In-tegrada, Carlos Murate.

A expectativa de fa-turamento da Integrada com a nova indústria é de cerca de R$ 50 milhões por ano. Com a instala-ção da indústria de sucos, a cooperativa irá gerar mais de 1.000 empregos diretos e indiretos na re-

gião Norte, escolhida por ter condições de clima e solo favoráveis à fruti-cultura, além de ser um ponto logístico estratégi-co para a exportação.

Outro aspecto im-portante dessa indústria, segundo o presidente da Integrada, será a opção de diversificação de cul-tura que será criada na região. “Queremos criar uma alternativa de ren-da aos produtores que estão passando por difi-culdades em função da

IntegRada - projeto para implantação da indústria de sucos é apresentado ao secretário de aGricultura valter Bianchini

Cooperativa investe R$ 35 milhões em citriculturabaixa rentabilidade das culturas convencionais”, diz Murate.

O projeto para a im-plantação da indústria de sucos da Integrada foi apresentado ao se-cretário da Agricultura, Valter Bianchini, que se mostrou favorável a uma parceria com o governo do Estado, que pode ser importante em convê-nios de cooperação téc-nica. Além de uma par-ceria estratégica com o Instituto Agronômico

do Paraná (Iapar) na pesquisa de material ge-nético e capacitação de produtores e técnicos, e da Emater, para orientar os serviços de extensão rural com foco no desen-volvimento sustentável.

Para Bianchini, o pro-jeto atende às diretrizes do governo com relação à fruticultura e agroin-dustrialização. “Princi-palmente nos pequenos municípios da região Norte, onde a Secretaria da Agricultura está em-

penhada em promover a diversificação na proprie-dade agrícola com a pro-dução de frutas”, afirmou o secretário.

Também participa-ram da reunião o diretor geral da SEAB, Herlon Almeida, o chefe do nú-cleo regional da SEAB de Londrina, Gil Abelin, o representante da SEAB/DSV/Citrus, Eduardo Sil-va, e o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken.

Da Redação

Dias de Campo cresceram ao lado da cooperativa

Complexo industrial representa mais de 15% do faturamento da cooperativa

Os Dias de Campo também cresceram ao lado da cooperativa. O primeiro aconteceu há dez anos, em Mauá da Serra, cidade símbolo do sistema de plantio direto. De lá pra cá, o evento se expandiu e hoje é realizado em todas as regionais da Integrada, levando ao produtor o que há de mais moderno nas áreas de sementes, insumos, segurança e técnicas de manejo. “Nos Dias de Campo, nosso cooperado tem acesso a novas tecnologias. É o momento ideal para escolher o tipo de semente e defensivos que serão utilizados”, analisou o gerente técnico, Irineu Baptista.

O coordenador destaca as parcerias técnicas que a Integrada conquistou, trabalhando na organização de eventos ao lado de empresas fornecedoras de adu-bos, sementes, defensivos e instituições de pesquisa, como Embrapa, Iapar e Coodetec.

Hoje, a Integrada possui em campo mais de 70 engenheiros agrônomos, 15 técnicos agrícolas e dois veterinários distribuídos nas suas 14 regionais. Com a evolução da cooperativa, expansão de cooperados e crescimento do volume de produção, o corpo téc-nico também aumentou. De acordo com Baptista, os profissionais passam constantemente por cursos de capacitação e são incentivados a expandir seu conhe-cimento em diversas áreas. “Temos profissionais que fazem cursos de especialização, MBA e até mestrado, sempre com ajuda ou apoio da cooperativa”, relatou.

Os consumidores es-tão acostumados a ver em gôndolas de super-mercado diversos pro-dutos fabricados pelas cooperativas paranaen-ses. Frango, geléia, café, óleo de soja. Uma gama enorme de alimentos que agregam valor aos produtos primários de seus associados.

A industrialização é um processo fundamen-tal para assegurar a via-bilidade econômica das cooperativas. Mas o vare-jo não é o único caminho a ser tomado: há também um mercado enorme no segmento de atacado, ou seja, na produção de matérias-primas para as indústrias.

A Integrada vem seguindo essa trajetória com boa rentabilidade, investindo na manufa-tura de produtos agríco-las com foco nas indús-trias de varejo. “Com essa estratégia, criamos um canal de escoamen-to para nossos associa-dos e uma demanda para nossos produtos”, comenta o superinten-dente da Integrada, Jor-ge Hashimoto.

De acordo com o dire-tor-secretário Sérgio Ota-guiri, com essa estratégia, há um direcionamento maior nos investimentos. “Para entrar no varejo é preciso uma grande estru-tura de vendas e uma va-riedade grande de produ-tos para viabilizar o custo operacional”, afirma. “Te-mos intenção de também entrar no varejo no longo prazo, mas por enquanto vamos intensificar nossos investimentos nesse setor

de atacado”, completou o diretor.

Os produtos da Inte-grada são comercializa-dos nos mercados interno e externo e a rentabilida-de das indústrias acaba beneficiando os associa-dos da cooperativa, pois os bons resultados são in-corporados às sobras do exercício que são distri-buídas aos cooperados.

Otaguiri destaca ainda que o complexo industrial da Integrada,

composto pela fiação, unidades industriais de milho, ração e unidades de beneficiamento de sementes, é responsável por cerca de 15% a 17% do faturamento global da cooperativa. “Essas indústrias são impor-tantes porque agregam valor à matéria-prima e nossa intenção, a partir de agora, é modernizar nossa estrutura e con-quistar novos mercados”, ponderou Otaguiri.

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Parque industrial da Cooperativa Integrada é um dos mais modernos da região norte do Paraná

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Agrojornal Brasil4 julho de 2007

O produtor Décio Andreassa, de Paiçandu, foi o grande vencedor do IV Concurso Regional de Redução de Perdas na Colheita do Soja, cujos resultados foram anun-ciados na noite de 15 de junho, durante soleni-dade e jantar realizados no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Ma-ringá. O campeão, que anotou perda de apenas 4,07 kg por hectare co-lhido, ganhou uma plan-tadeira de milho ofere-cida por um tradicional fabricante do setor.

Paulino Roberto e Renato Franco, ambos do município de Ivatuba, classificaram-se em 2º e 3º lugares, respectiva-mente. Outros 28 produ-tores foram premiados de um rol de 183 opera-dores de máquinas, en-tre proprietários e tra-balhadores rurais, de 12 municípios cadastrados. A área abrangida corres-ponde a 53 mil hectares, pouco menos de um ter-ço dos 190 mil hectares cultivados na região de Maringá, segundo dados dos organizadores.

O IV Concurso Re-gional de Redução de Perdas na Colheita de Soja é promovido pela Emater em parceria com a Cooperativa dos Pro-dutores de Maringá (Co-camar) e Agro-Junior/UEM. Há 12 anos reúne 183 operadores de co-

lheitadeiras de Maringá, Sarandi, Marialva, Pai-çandu, Doutor Camargo, Ivatuba, Floresta, Itam-bé, Mandaguaçu, Ourizo-na, Ângulo e Iguaraçu.

Produtividade

O vice-governador Orlando Pessuti e os se-cretários de Estado do Planejamento e Coorde-nação Geral, Enio Verri, e da Agricultura e Abaste-cimento, Valter Bianchi-ni, integraram a mesa de autoridades, ao lado de lideranças do setor, reali-zadores e apoiadores do evento, que ocorreu jun-to com a 12ª Festa da Co-lheita do Soja, reunindo público estimado em 800 pessoas, em sua maioria agricultores.

Programas deste tipo mostram, de forma muito clara, a força dos agricultores paranaen-ses, celebrou o presiden-te do Instituto Emater/Paraná, Arnaldo Ban-deira, que reverenciou a

combinação qualidade e produtividade como a grande alavanca da competitividade.

Capacidade

O secretário Valter Bianchini, especialista em agricultura fami-liar, disse que o Para-ná detém, hoje, 20% da produção nacional de soja, acrescentando que, na última safra, o país se posicionou como segundo maior produtor mundial des-ta oleaginosa. Motiva-do com o desempenho da agricultura para-naense, ele observou que essa performance, exposta ontem nos re-sultados do concurso de redução de perdas, deve ser inteiramente creditada à capacidade extraordinária de nos-sos agricultores de su-perar as adversidades e buscar soluções inte-ligentes para aumentar a produção.

O Superintenden-te da agência do

Banco Regional de De-senvolvimento Econômi-co (BRDE) de Curitiba, Carlos Azzolin Olson, es-teve na Sede da Corol, em Rolândia para oficializar o financiamento da constru-ção do Moinho de Trigo.

O investimento total nessa nova agroindústria será de R$ 30 milhões, sendo que R$ 20 milhões serão repassados pelo banco de fomento.

As obras iniciam em breve e o projeto deve começar a funcionar no final de 2008. A capaci-dade produtiva inicial do moinho será de 128 mil toneladas de farinha

A Indústria de Sucos Cítricos da Corol Coopera-tiva Agroindustrial acaba de receber oficialmente o Certificado de Aprova-ção (número BR07/02693 rv 00) do HACCP Codex Alimentarius (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).

A indústria foi au-ditada pela SGS ICS Certificadora LTDA, e está, portanto, em con-formidade com os requi-sitos do Código de Prá-ticas do HACCP para as seguintes atividades: “Processo de produção de suco de laranja con-centrado congelado, com identificação dos perigos relativos à se-gurança dos alimentos, desde o recebimento de matérias-primas até a expedição”.

O HACCP é o mais rigoroso certificado in-ternacional de qualidade e segurança alimentar.

Além da Certifica-

CoRoL:

BRDE libera recursos para Moinho

e farelo. Com aproxima-damente 12 mil metros quadrados, o moinho será construído dentro das instalações da uni-dade de recebimento de grãos da cooperativa, lo-calizada em Rolândia.

Durante o anúncio do empreendimento, o presidente da Corol, Eli-seu de Paula, disse que o objetivo do moinho é a verticalização da pro-dução da cooperativa, transformando o produ-to primário, e também agregar maior valor na geração de renda dos as-sociados.

A Corol irá orientar os produtores em todo esse processo. Os técni-

cos vão indicar as varie-dades de grãos de trigo propícias para a indus-trialização. Isto possibi-litará matérias-primas de qualidade e um pro-duto final valorizado.

Para Carlos Olson, este financiamento re-presenta a segunda maior liberação do ban-co no período 2006/07. “É uma parceria de con-tinuidade. Há 30 anos, trabalhamos com a Co-rol”, comentou Olson, su-perintendente do BRDE. Ele frisou que o investi-mento será importante para a região, que é uma das maiores produtoras de trigo do país.

Da Redação

Indústria de Sucos Cítricos da Corol recebe certificação HACCP

ção, concedida pelo SGS, a indústria de Sucos Cí-tricos da Corol, também possui uma certificação específica sobre a qua-lidade dos processos e produto (suco de laran-ja congelado), conferi-do pela Ong alemã SGF - Schutzgemeinschaft Der Fruchtsaft-Indus-trie E.V., organização especializada na prote-

ção e garantia de rigo-roso controle dos pro-cessos de produção.

Com essas certifi-cações, a Fábrica de Su-cos da Corol entra para um seleto grupo de in-dústrias que atingiram o nível de excelência na produção de sucos, conseguindo colocar seus produtos nos mais exigentes mercados.

CoCAMAR

Redução de perdas na colheita premia agricultores em Maringá

Com o objetivo de comemorar o Dia Inter-nacional do Cooperativis-mo e integrar o quadro social, a Coamo Agroin-dustrial Cooperativa pro-moveu em Campo Mou-rão, no dia 22 de junho, o Encontro de Lideranças Cooperativistas 2007. O evento que já se tornou tradição no calendário de atividades desenvolvidas pela cooperativa reuniu 500 jovens líderes de to-das as regiões da sua área de ação.

O encontro foi aberto pelo engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, idealizador e presidente da Coamo, que enalteceu a impor-tância, a força e os re-sultados do movimento cooperativista para o de-senvolvimento técnico, econômico e social de milhões de pessoas em todos os continentes.

“O cooperativis-mo é um instrumento mundial que visa ao progresso dos seus as-sociados e também das comunidades através de ações em prol do co-mum. Ficamos felizes por reunir novamen-te os jovens líderes da Coamo, integrantes das 11 turmas do projeto de formação de líderes, premiado pela Organi-zação das Cooperativas Brasileiras (OCB) como o melhor projeto de educação cooperativis-ta do país. Isto mostra que a Coamo está no ca-minho certo, desenvol-vendo suas lideranças como empreendedores do agronegócio”, expli-ca Gallassini.

Ferrugem

O engenheiro agrô-

nomo Joaquim Mariano Costa, Chefe do Depar-tamento Fazenda Ex-perimental da Coamo, apresentou palestra sobre a Ferrugem da Soja. Na oportunidade, ele mostrou a situação atual, os desafios e as perspectivas desta do-ença que trouxe gran-des prejuízos na safra 2006/07. “É um assun-to de grande interes-se dos produtores, já que muitos deles sen-tiram no bolso a perda de receita em face da gravidade da situação. Diante disso, a Coamo está orientando seus cooperados com ações que visam solucionar os problemas desta do-ença”, afirmou Costa.

Mercado

Durante o Encon-tro de Lideranças Coo-perativistas da Coamo, os agricultores também acompanharam pales-tra sobre as tendên-cias do mercado agro-pecuário para a safra 2007/08, com o enge-nheiro agrônomo e eco-nomista André Pessoa - conselheiro do CIB (Conselho de Informa-ções de Biotecnologia) e membro titular da Câmara Consultiva de Soja e Milho da Bolsa de Mercadorias & Fu-turos (BMF).

O consultor elo-giou a iniciativa da Coamo em reunir suas lideranças e levar in-formações visando co-laborar para a tomada de decisões no meio ru-ral. “Vivemos na era da informação. Quem tem informação tem tudo. E a Coamo está de pa-rabéns em realizar um

evento significativo, congregando seus jo-vens líderes”, afirmou Pessoa, que fez uma ex-posição sobre as prin-cipais tendências para os mercados de milho e soja nos próximos meses, não só para a comercialização da sa-fra atual, mas também para a safra 2007/08.

Cenário promissor

Segundo ele, o ce-nário é promissor moti-vado pelos estoques no mercado internacional. “Mesmo com o aumen-to nos custos de produ-ção e a instabilidade do câmbio, há um cená-rio positivo no merca-do internacional, prin-cipalmente para a soja e o milho, em função da queda dos estoques no mercado internacio-nal”, destacou Pessoa.

O consultor reve-lou também que a de-manda por soja e milho no mercado internacio-nal vem sendo fortale-cida pela questão da bioenergia, tanto no consumo do milho para a produção de etanol quanto no consumo da soja para a produção de biodiesel.

“Os nossos concor-rentes não têm conse-guido crescer a pro-dução na velocidade necessária. Isso abre um espaço para o au-mento de preços no mercado internacional e o Brasil acaba se apro-veitando um pouco dis-so, compensando esses aumentos de custo de produção que nós tive-mos e ainda garantindo uma rentabilidade po-sitiva para o próximo ano”, considerou.

CoAMo

Dia do Cooperativismo reúne lideranças em Campo Mourão

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Indústria de sucos da Corol integra grupo seleto

Produtores paranaenses evitam o desperdício

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Agrojornal Brasil 5julho de 2007

A Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), entidade

que há mais de 36 anos desenvolve projetos de incen-tivo à pesquisa agropecuária paranaense e defende os interesses da classe, conta desde março deste ano com nova diretoria. O presidente, recém-eleito, Al-mir Montecelli, que também é diretor-presidente da Cooperativa Central de Algodão (Coceal), de Ibipo-rã/PR. Nesta edição do Agrojornal Brasil, Montecelli concede uma entrevista exclusiva e fala de questões polêmicas como transgênicos, sementes de uso pró-prio, combate à pirataria e vazio sanitário, além de defender uma participação mais ativa das lideranças do setor contra o protecionismo agrícola:

Agrojornal - Quais são as ações que a Apasem pretende adotar na sua gestão para combater o uso de sementes piratas no Estado do Paraná?

Almir Montecelli – Vamos continuar as ações já desenvolvidas em anos anteriores, como o incenti-vo às denúncias para a Apasem, que encaminham ao Ministério da Agricultura. No ano passado, por exemplo, distribuímos cinco mil cartazes alertan-do sobre o crime da comercialização e plantio de sementes ilegais. Neste ano, já denunciamos cerca de 30 empresas e agricultores que agiam fora da lei nessa área. Até junho, foram apreendidas 390 mil sacas de grãos entre soja e trigo. Em nível nacional, a Abrasem (Associação Brasileira de Sementes) – à qual a Apasem é filiada - está empenhada em envol-ver o Ministério da Justiça e seus órgãos no comba-te à pirataria das sementes, de forma similar como se combatem outros produtos piratas.

Agrojornal - Com relação às sementes de uso pró-prio, a entidade vai desenvolver campanhas que escla-reçam o produtor rural sobre a correta utilização deste produto? A entidade vai firmar parcerias com institui-ções de pesquisas/científicas para tratar do tema?

AM – O uso de sementes próprias não é proibido. Mas o agricultor precisa obedecer algumas exigências legais para isso. Ou seja, identificar a origem da semen-te a ser multiplicada, inscrever as áreas de plantio jun-to ao Ministério da Agricultura. Entre as exigências, estão: a semente tem que ser proveniente de áreas ins-critas no Mapa; deve ser utilizada apenas em sua pro-priedade, em quantidade compatível com a área a ser plantada na safra seguinte. Não pode, em hipótese al-guma, ser comercializada para plantio. Com o alto nível de tecnologia adotada pelo agricultor no Paraná, não se recomenda o uso dessa semente no plantio, pois pode trazer problemas no “stand” da lavoura pela falta de classificação por tamanho, o que dificulta a colheita. A incidência de doenças também é maior nas lavouras que utilizam sementes próprias. Para conscientizar os agricultores sobre esses problemas, pretendemos am-pliar a divulgação já feita regionalmente.

Agrojornal - Recentemente, o Conesa referendou a decisão de adotar o vazio sanitário no Paraná, em 2008, para ajudar no controle da ferrugem asiática da soja. A entidade acredita que o vazio sanitário pode trazer ganhos econômicos para o produtor rural?

AM – Somos amplamente favoráveis à im-plantação do Programa Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PECFS) e parti-cipamos das discussões para definir os termos da resolução a ser assinada pelo secretário da Agricultura do Paraná. Acreditamos que, com a eliminação das plantas guaxas de soja, have-rá uma redução substancial do ataque do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador dessa doença. Hoje a ferrugem asiática representa cerca de 8% do custo de produção da soja, havendo, com esse controle, uma economia substancial.

Agrojornal - Em relação aos transgênicos, principalmente no uso de sementes, qual é o po-sicionamento da nova diretoria sobre o emprego dos OGMs? Quanto à soja, a entidade se posiciona favorável ao emprego do produto convencional ou do transgênico?

AM – A decisão de plantio de soja convencio-nal ou transgênica é unicamente do agricultor e ele toma essa decisão em função de custos e praticida-de. Quanto à produção de sementes, a disponibili-dade de soja transgênca para o próximo plantio, no Paraná, é de 45% em relação à produção total. Os produtores de sementes ampliam ou reduzem a pro-dução de uma ou outra de acordo com a demanda. A Apasem apóia o programa da Secretaria da Agricul-tura para incentivo à produção de soja convencio-nal legal, inclusive como forma de reduzir o uso de sementes piratas. Isso fará bem para a economia do Estado e para a sanidade das lavouras.

apasem - almir: “neste ano já denunciamos cerca de 30 empresas e aGricultores que aGiam fora da lei nessa área”

“Combate à pirataria é questão de honra”

Agrojornal - Quanto à sanidade vegetal, a Apa-sem vai colaborar com as políticas públicas implan-tadas pelo Governo do Estado? Como a entidade vai participar dos programas?

AM – Nossa adesão ao programa de incentivo ao plantio de semente convencional é uma prova do nosso apoio às políticas de sanidade. Nossa partici-pação no programa do vazio sanitário também.

Agrojornal - Este mês, houve mais uma rodada da Organização Mundial do Comércio, que culmi-nou com o fracasso das negociações internacionais, em virtude de países como os EUA não aceitarem a redução dos subsídios agrícolas pagos aos seus agri-cultores. No caso do algodão, este protecionismo pode aumentar o estrangulamento da cadeia produ-tiva? Que medidas a entidade vai sugerir para que este quadro possa ser revertido em médio prazo?

AM - A Apasem, como entidade estadual, elegeu seus representantes nacionais que se posicionam sobre temas de interesse do Brasil. Sabemos que os ministé-rios das Relações Exteriores e da Agricultura vêm se posicionando a favor da redução dos subsídios agríco-las no mundo e que, na última década, houve relativo avanço, mas em nível inferior ao que desejamos. No algodão, a agricultura brasileira já ganhou uma ação na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra o subsídio americano, infelizmente, com pouco resulta-do prático para nós. Defendemos a contínua mobiliza-ção das lideranças públicas e privadas brasileiras para a queda desses subsídios, pois eles reduzem a nossa competitividade no mercado mundial. Da Redação

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Montecelli: “o uso de sementes próprias não é proibido. Mas o agricultor precisa obedecer algumas exigências legais para isso”

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Agrojornal Brasil6 julho de 2007

A Gerência Téc-nica do Siste-

ma Ocepar concluiu um estudo sobre as exporta-ções brasileiras, do Pa-raná e das cooperativas, com base em dados do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comér-cio (MDIC) e Ministério da Agricultura (Mapa). Conforme o levantamento

Complexo carnes (bo-vinos, suínos e aves): as exportações nos primei-ros cinco meses de 2007 foram de US$ 4.320,8 milhões, representando 19,88% das exportações totais do agronegócio, com aumento das expor-tações de 40%, quando comparado com o mesmo período de 2006;

Complexo soja (soja em grãos, farelo e óleo): foi responsável neste pe-ríodo pela exportação de US$ 4.159,1 milhões, representando 19,14% das exportações totais do agronegócio, com re-dução de 19,7%, quando comparado com o mesmo período de 2006;

Por mercado de des-tino, os resultados das exportações brasileiras nos primeiros cinco me-ses de 2007 sobre 2006, foram os seguintes:- União Européia: ex-portações de US$ 15,09 bilhões em 2007, contra US$ 11,30 bilhões em 2006, representando nos primeiros cinco meses de 2007, 25,1% do total das exportações brasi-leiras;- Estados Unidos (in-clusive Porto Rico): ex-portações de US$ 9,91 bilhões, contra US$ 9,29 bilhões em 2006, repre-sentando nos primeiros cinco meses de 2007, 16,5% do destino das ex-portações brasileiras;- Ásia (Exclusive Orien-te Médio): exportações de US$ 9,30 bilhões, contra US$ 7,32 bilhões em 2006, representando

oCEPAR - estudo técnico mostra que a comercialização de produtos aGrícolas para o exterior teve um aumento de 20%

Cooperativas brasileiras exportam US$ 677,48 milhões

nos primeiros cinco me-ses de 2007, 15,5% do destino das exportações brasileiras;- ALADI (Exclusive Mercosul): exportações de US$ 7,1 bilhões, con-tra US$ 6,28 bilhões em 2006, representando nos primeiros cinco meses de 2007, 11,8% do desti-no das exportações bra-sileiras;- MERCOSUL - exporta-ções de US$ 6,17 bilhões, contra US$ 5,15 bilhões em 2006, representando nos primeiros cinco me-ses de 2007, 10,3% do destino das exportações brasileiras;- Demais blocos - expor-tações de US$ 12,53 bi-lhões, contra US$ 10,25 bilhões em 2006, repre-sentando nos cinco pri-meiros meses de 2007, 20,8% do destino das ex-portações brasileiras.

Complexo madeira, papel e celulose: foram responsáveis nos primei-ros cinco meses de 2007 pela exportação de US$ 3.466,4 milhões, represen-tando 15,95%, das expor-tações totais do agrone-gócio, com aumento das exportações em 13,4% quando comparado com o mesmo período de 2006;

Complexo sucroalco-oleiro (açúcar e álcool): as exportações foram de US$ 2.523,0 milhões, representando 11,61% das exportações totais do agronegócio, com au-mento das exportações de 39,6%, quando com-parado com o mesmo pe-ríodo de 2006;

Couro: as exporta-ções foram de US$ 1.544,9 milhões, representando 7,11% das exportações totais do agronegócio, com aumento das expor-

da equipe técnica da Oce-par, o aumento das expor-tações brasileiras nos pri-meiros cinco meses deste ano foi de 20,2%, em com-paração com o mesmo pe-ríodo do ano passado.

Os principais desti-nos dos embarques foram União Européia (25,1%), Estados Unidos (16,5%), Ásia (15,5%) e Aladi

(11,8%). Foi registrado in-cremento na participação do Paraná nas exporta-ções totais brasileiras. Em 2006, a participação era de 7,3% e, nos primeiros cinco meses de 2007, au-mentou para 7,6%.

A fatia do cooperativismo

Dentro desse contex-to, as cooperativas bra-

sileiras exportaram, nos primeiros quatro meses do ano, US$ 677,48 mi-lhões, o que representa um aumento de 39,6% em 2007, comparado ao mesmo período de 2006. As exportações das coope-rativas paranaenses foram de US$ 248,43 milhões. A projeção é atingir a marca de US$ 1 bilhão em 2007.

Os principais pro-dutos exportados fo-ram: açúcar, álcool, soja em grão, frango congelado, café, farelo de soja e milho. Entre as 40 maiores empre-sas exportadoras do Paraná, encontram-se quatro cooperativas.

A Coamo ocupa a 9ª posição, com 2,77%

de participação nas exportações paranaen-ses. A C.Vale ocupa a 19ª, com 0,95% de par-ticipação, a Cooperativa Lar ocupa a 22ª posição, com 0,84% de participa-ção, e a Copacol está em 34ª, com 0,49% de parti-cipação nas exportações estaduais.

Da Redação

tações de 13,9%, quando comparado com o mesmo período de 2006;

Café: as exportações foram de US$ 1.541,64 milhões, representando

7,09% das exportações to-tais do agronegócio, com crescimento das expor-tações de 27,6%, quando comparado com o mesmo período de 2006;

Sucos de fruta: as exportações foram de US$ 1.035,5 milhões, re-presentando 4,77% das exportações totais do agronegócio, com aumen-to das exportações de 78,3%, quando compara-do com o mesmo período de 2006;

Fumo: as expor-tações foram de US$ 666,51 milhões, repre-sentando 3,07% das exportações totais do agronegócio, com au-mento das exportações

de 42,1%, quando com-parado com o mesmo período de 2006;

Algodão e fibras: as exportações foram de US$ 516,25 milhões, re-presentando 2,37% das exportações totais do agronegócio, com redu-ção das exportações de 9,3%, quando compara-do com o mesmo perío-do de 2006;

Cereais (milho) e farinha: as exportações de US$ 444,53 milhões, representando 2,04% das exportações totais do agronegócio, com au-mento das exportações de 103,4%, quando com-parado com o mesmo pe-ríodo de 2006.

Os associados do Si-credi – Sistema de Crédito Cooperativo – agora con-tam com mais uma facili-dade para adquirir cami-nhões, utilitários, tratores e equipamentos agrícolas e rodoviários. Este é o novo segmento de consór-cios do Sicredi. “O poten-cial de vendas é grande já que atenderá o nosso maior público associado, o ligado ao agronegócio”, afirma Romeo Balzan, gerente da Administrado-ra de Consórcios Sicredi. Com planos de 100 meses, junto de opções de paga-mentos mensais e meia parcela com reforço tri-mestral ou semestral, este

Levantamento reali-zado pelo Instituto FNP para a revista Dinheiro Rural aponta que Londri-na é a cidade mais dinâ-mica do agronegócio no Brasil. O ranking – com os 11 municípios mais in-fluentes do setor - foi cria-do com base na valoriza-ção de terras destinadas à agropecuária. Além de Londrina, Paranavaí ocu-pa a terceira posição.

Segundo a pesquisa, o valor do hectare, nos últimos cinco anos, na re-gião norte do estado teve um aumento de 152%. Em 2002, o preço girava em torno de R$ 5.400,00/ha., e neste ano, já está

segmento atende a neces-sidade de associados que têm seus rendimentos predominantemente de forma sazonal. As faixas de crédito variam de R$ 58 mil a R$ 140 mil, com possibilidade de aquisi-ção de diferentes bens, que podem ser novos ou usados, com até dez anos de uso. As contemplações ocorrerão por sorteio e lances livres.

A Administradora de Consórcios Sicredi foi lançada em dezem-bro de 2006. “Nestes cin-co meses de operação, já atingimos mais de nove mil cotas comercializa-das apenas no segmento

de automóveis e motoci-cletas”, informa Romeo.

O Sicredi opera em grandes e pequenos cen-tros urbanos com 128 cooperativas de crédito e um mil pontos de aten-dimento em dez estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, San-ta Catarina, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás), sendo que, em 170 muni-cípios, o Sicredi é a úni-ca instituição financeira da comunidade.

Hoje, o Sistema de Crédito Cooperativo pos-sui no Brasil cerca de 1,1 milhão de associados.

Sicredi lança novo segmento de consórcios

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EUA E UE FoRAM oS PRINCIPAIS DEStINoS

DAS ExPoRtAÇÕES No INÍCIo DE 2007

CARNE REPRESENtA QUASE 20% DAS ExPoRtAÇÕES Do AGRoNEGÓCIo

As cooperativas paranaenses contribuiram decisivamente para o superávit da balança comercial brasileira

Produção de carne bovina foi um dos principais destaques

Londrina ganha status de capital do agronegóciocotado a R$ 13.615,00. Outro fator que pesou a favor da “terra vermelha” no levantamento foi a pro-dução de grãos.

Londrina foi consi-derada ainda o principal centro do agronegócio brasileiro por apresen-tar pontos importantes como qualidade da terra, entidades de pesquisa, universidades, cooperati-vas, instituições de repre-sentatividade do setor, ligações rodoviárias para todos os estados do país e proximidade com o Porto de Paranaguá.

Para o secretário mu-nicipal de agricultura de Londrina, Nilson Ladeia,

um dos grandes diferen-ciais da região é seu capi-tal social. “Encontramos em Londrina o que cha-mamos de capital social. Temos desde cooperati-va de crédito solidário, passando pelas grandes cooperativas e chegando a entidades de forte re-presentatividade do setor, como a Sociedade Rural do Paraná. Assim, o aten-dimento e o apoio que o produtor tem para cres-cer são amplos”, diz o se-cretário. E acrescenta. “A maioria das propriedades tem fácil acesso à água ou é banhada por rios. Não é qualquer lugar do Brasil que tem isso não”.

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Agrojornal Brasil 7julho de 2007

AGRoGRãoS

Paraná mantém liderança na produção de grãosRenda no Campo - o paraná é o maior produtor de feijão, milho, triGo, triticale, aveia e cevada e o seGundo maior de soja

Café

Funcafé libera ao Banco do Brasil

mais R$ 150 milhões

O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) liberou, no final de junho, recursos adicionais de R$ 150 mi-lhões ao Banco do Brasil para atender a deman-da de financiamento da colheita, estocagem e aquisição de café (FAC). Gerido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para atender à cafeicultura nacional, o Funcafé já li-berou este ano cerca de R$ 835 milhões.

Do total liberado, R$ 70 milhões serão des-tinados à colheita, R$ 50 milhões à estocagem e R$ 30 milhões ao FAC. Os interessados, nas di-versas linhas de crédito (produtores, cooperati-vas, exportadores, bene-ficiadores e torrefado-res), já podem procurar as agências do Banco do Brasil para efetuar as operações. Além do BB, outras 13 instituições de crédito rural vêm ope-rando recursos do Fun-café para essas linhas de financiamento.

Arroz

Pesquisadores debatem sobre

produção de sementes na

Embrapa

Até o mês de maio deste ano, o valor da pro-dução de sementes de ar-roz e de feijão no Brasil foi de aproximadamen-te 409 milhões de reais, sendo 100 milhões com o feijão e 309 milhões com o arroz. “A Embrapa par-ticipa em 80% da produ-ção de grãos no Brasil, ge-rando capital em torno de 3.880 bilhões de reais”, disse Ronaldo Pereira de Andrade, Gerente de Pro-dução da Embrapa Trans-ferência de Tecnologia.

Ronaldo Andrade foi um dos palestrantes da reunião técnica sobre Processo de Produção de Sementes promovida pela Embrapa Arroz e Fei-jão, no dia 28 de junho, na sede da Unidade, em Goiânia. O evento reuniu pesquisadores da Embra-pa, técnicos da equipe de comunicação e negócios do centro de pesquisa e profissionais da Embrapa Transferência de Tecnolo-gia (Brasília/DF).

Os temas apresenta-dos discorreram sobre a situação de produção de sementes básicas de arroz e feijão no SNT e na Em-brapa; produção de licen-ciamento de sementes; propriedade intelectual e processo de proteção e registro de cultivares; sis-tema de arrecadação de recursos com a venda de sementes e as principais dificuldades enfrentadas na produção de sementes.

Embrapa/Arroz

Feijão

Mato Grosso: plantio vai

beneficiar 1.300 famílias de

agricultores

A Secretaria de Esta-do do Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), através da secretaria-adjunta de Assistência Social, firmou acordo com a empresa “Sementes Horizonte”, a Secretaria de Desenvol-vimento Rural (Seder), a Empaer e a Conab, para plantio do feijão-de-corda, em 13 municípios do Estado, beneficiando 1.300 famílias.

Para a realização do projeto, serão adquiridas 400 sacas de 50kg de se-mentes de feijão-de-corda. A Secretaria de Desenvol-vimento Rural vai arcar com as despesas de 300 sacas, as outras 100 serão doadas pelo agricultor de Primavera do Leste, Moa-cir Tomazetti, da “Semen-tes Horizonte”.

O projeto vai atender inicialmente os municí-pios de Nobres, Acorizal, Várzea Grande, Cuiabá, Jangada, Rosário do Oes-te, Nossa Senhora do Li-vramento, Santo Antônio do Leverger, Barão de Mel-gaço, Nova Brasilândia, Chapada dos Guimarães, Planalto da Serra e Poco-né. Em cada cidade, serão selecionadas 100 famílias de pequenos agricultores assentados ou quilombo-las, que possuam área de até meio hectare.

Entre os parceiros do projeto, estão tam-bém, a Empaer-MT e a Conab-MT.

Algodão

Biocombustível pode aumentar

a renda dos produtores em

Minas Gerais

O coordenador do Proalminas, Lindomar Antônio Lopes, informa que atualmente o caro-ço de algodão tem boa aceitação no mercado, quando é vendido para servir de ração para o gado. “A cotação do pro-duto em Minas Gerais é da ordem de R$ 300,00 a tonelada”, explica. “Para garantir um me-lhor aproveitamento do caroço, o Proalminas, com os prefeitos de 16 municípios da região da Serra Geral e com a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) estão discutin-do a criação de usinas onde o caroço, além de ser transformado em torta (ração) para pro-dução animal, fornece-rá o óleo a ser destina-do ao biodiesel”.

Ele acrescenta que a torta gera 80% do rendimento do caroço, e o óleo, caso seja com-provada a competitivi-dade, completará a ren-da nesse segmento da exploração do produto. Segundo o coordena-dor, está sendo debati-da a criação de usinas esmagadoras de caroço e também de unidades beneficiadoras da fibra de algodão, próximas a cada um dos municí-pios integrados ao Pro-jeto de Retomada da Cotonicultura no Norte de Minas.

trigo

Especialistas participam de

encontros técnicos em Londrina

Com promoção e realização da Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa Agropecuária, organização da Embrapa Soja e do Iapar e com o apoio da Sociedade Rural do Paraná, serão realiza-dos em julho a I Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (I RCBPTT) e o VII Seminário Técnico de Trigo (VII STT).

Os encontros técni-cos serão realizados no período de 24 a 26 de julho de 2007, no Parque Gov. Ney Braga em Lon-drina/PR, e vão abranger três segmentos: reuniões de pesquisadores e téc-nicos; palestras e painéis técnicos e dia de campo.

Ambos os even-tos têm como objetivo principal reunir os di-ferentes integrantes da cadeia produtiva, para discutir diversos aspec-tos da cultura do trigo e do triticale, como a produção de insumos, pesquisa, tecnologias de cultivo, industrialização, consumo, entre outros.

Fundação Meridional

Milho

Exportações do produto cresceram 20% em volume em

junho

Os embarques de milho para o exterior cresceram 20% em volu-me no mês de junho, na comparação com maio. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio, foram expor-tadas no mês passado 803 mil toneladas de milho, comparadas às 669,3 mil toneladas em maio e 346,2 mil tonela-das em junho de 2006.

Além do aumento de volume, em relação a junho do ano passa-do, a receita cresceu 230,4%, para US$ 131,2 milhões. O preço médio da tonelada do milho, embarcado em junho, foi de US$ 163,4, contra US$ 163,3/t em maio e US$ 114,7/t em junho de 2006. No acumula-do do ano, as vendas externas de milho so-mam 3,185 milhões de toneladas, contra 1,196 milhão de toneladas no primeiro semestre do ano passado.

Agência Estado

O Paraná teve uma partici-

pação de 19,8% na safra nacional de grãos em 2006, com uma produ-ção de 23,96 milhões de toneladas de grãos de verão e inverno. Esse re-sultado confirma a posi-ção histórica que o Esta-do mantém na liderança da produção de grãos no país. Foram produzi-das 117,26 milhões de toneladas, que foi 4,1% maior do que a safra de 2005 (112,45 milhões), segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o resulta-do da produção agrícola de cereais, leguminosas e oleaginosas divulgado em 19 de julho.

O levantamento do IBGE mostra que depois do Paraná, o segundo co-locado na produção de grãos é o Mato Grosso, com 18,9% da produção

nacional e Rio Grande do Sul com 17% da produção nacional. Como acontece no Paraná, soja e milho também são os grandes responsáveis pela pro-dução de grãos com uma participação de 44,3% e 36,1%, respectivamente, no cenário nacional.

O Paraná é o maior produtor de feijão, mi-lho, trigo, triticale, aveia e cevada e o segundo maior produtor de soja. O IBGE atribui essa li-derança à diversidade de produção existente no Estado que permite, em caso de danos a al-guma cultura, que outra possa compensar, dimi-nuindo os impactos na economia paranaense. “Além do clima, a utiliza-ção de tecnologias, como o plantio direto e rotação de culturas, favorece essa variedade de produção, proporcionando o plantio de verão e de inverno em

uma mesma área”, infor-ma o boletim do órgão.

Em 2006, a safra de soja foi o grande desta-que e quebrou o recorde de participação na pro-dução nacional com um volume de 52,46 milhões de toneladas colhidas, um acréscimo de 2,5% em relação ao ano ante-rior. A safra paranaen-se de soja alcançou um volume de 9,33 milhões de toneladas, a segunda colocada no ranking na-cional do IBGE.

Destaques Regionais

O segundo lugar em produção de grãos coube ao milho, onde o Paraná liderou com uma produção de 11,7 milhões de toneladas. A produção paranaense de milho foi líder isola-da no ranking nacional, sendo que o segundo lu-gar em produção vem de Minas Gerais, com 5,15

milhões de toneladas, e o terceiro, Rio Grande do Sul, com 4,52 milhões de toneladas.

O volume total de milho produzido no país em 2006 atingiu 42,7 mi-lhões de toneladas, resul-tado que reflete a recu-peração dos efeitos das estiagens que afetaram a região Sul em 2005. No Paraná, os municí-pios que se destacaram na produção de milho, conforme o IBGE, foram: Guarapuava, com um vo-lume produzido de 29,5 mil toneladas, seguido

de Castro, com 28,5 mil toneladas, e Tibagi, com 26,4 mil toneladas.

A produção nacional de feijão em 2006, consi-derando-se as três safras juntas foi de 3,45 milhões de toneladas, que superou o recorde obtido em 1994, com um volume produzido de 3,36 milhões de tonela-das. O Paraná sozinho pro-duziu 818.015 toneladas, que correspondeu a uma participação de 23,7 % da produção nacional.

A produção nacional de trigo de 2006, com um volume de 2,46 milhões

de toneladas, foi a pior dos últimos cinco anos, com uma queda de 47,1% inferior à de 2005, por causa da estiagem. Os Es-tados do Paraná e o Rio Grande do Sul, responsá-veis por 50,2% e 33,4% da produção brasileira, respectivamente, foram os que mais sofreram por causa da estiagem.

A produção nacio-nal de algodão em caro-ço, em 2006, foi de 2,89 milhões de toneladas e o Paraná produziu 22,6 mil toneladas.

Da Redação

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Agrojornal Brasil8 julho de 2007

C om os reajustes recebidos em junho, re-ferente à produção de maio, os preços

médios do leite ao produtor já aumentaram quase 25% desde fevereiro – recebido pela produção de janeiro. De acordo com o Cepea (Centro de Estu-dos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP, naquele mês (fevereiro), o preço médio na-cional bruto foi de R$ 0,5005/litro e, em junho, de R$ 0,6244/litro.

Enquanto o preço aos produtores sobe, a quan-tidade ofertada por eles cai. De janeiro a maio, a di-minuição apontada pelo Índice de Captação de Lei-te (ICAP-L) do Cepea já é de 15,8%. Em comparação ao mesmo intervalo (jan/maio) de 2006, contudo, há 3% mais leite neste ano.

Com a diminuição do volume, os preços de quase todos os derivados subiram. O suporte tam-bém vem da demanda interna. Apesar da ligeira queda das exportações em maio, os embarques também vêm ajudando a reduzir a disponibilida-de no Brasil.

Entre os sete estados pesquisados pelo Cepea, a maior alta de maio para junho deste ano (de pouco mais de 12%) ocorreu em Santa Catarina, com o va-lor médio bruto pago ao produtor a R$ 0,5502/litro, em junho. Já o menor aumento, de 3,16% no mesmo período, ocorreu na Bahia, com o preço médio pas-sando para R$ 0,4735/litro.

Os maiores estados produtores de leite, Minas Gerais e Goiás, também apresentaram novos au-mentos nos valores pagos aos produtores, de 5,5% e 8,2%, respectivamente, em relação a maio. Com esse último reajuste, Goiás passa a ser o estado com o preço médio mais alto, de R$ 0,6550/litro.

Normalmente, o maior preço é observado em São Paulo. Dos últimos 12 pagamentos, em 10, os paulistas tiveram as melhores médias de preço. Em junho, o preço médio em São Paulo foi de R$ 0,6507/litro, aumento de 5,4% em relação a maio.

Derivados

Outro termômetro para o setor é o comporta-mento dos preços dos derivados no mercado ataca-dista. À exceção da manteiga, todos os derivados pesquisados pelo Cepea apresentam seguidos au-mentos de preços desde o final do ano passado.

No mercado atacadista de São Paulo, os maio-res aumentos ocorreram para a mussarela e para o leite UHT, com altas de 47,2% e 46,7%, respecti-vamente, na comparação de maio com janeiro. Em relação ao mês anterior (abril), a maior variação, de 18,4%, ocorreu para o leite pasteurizado, co-tado a R$ 1,19/litro, em média. A segunda maior alta, de 18,1%, foi para o leite UHT, que passou de R$ 1,38/litro em abril para R$ 1,63/litro em maio.

Mesmo em valores deflacionados (desconta-se a inflação), os atuais preços dos leites pasteu-rizados, UHT e pó, são os maiores do levantamen-to do Cepea, que iniciou em junho de 2004.

Exportação – Apesar da ligeira redução no volume de leite exportado de janeiro a maio, a balança comercial é positiva no ano, em US$ 7 milhões, segundo dados da Secex. O produto mais exportado é o leite em pó, representando mais de 54% da receita com as exportações do setor. De

LeIte - entre os sete estados pesquisados pelo cepea/usp, a maior alta de maio para junho deste ano ocorreu em santa catarina

Desde fevereiro, valor pago ao produtor já subiu 25%

janeiro a maio deste ano, o leite em pó já faturou pouco mais de US$ 37 milhões, 40% a mais que no mesmo período do ano passado.

A alta do faturamento do leite em pó deveu-se à valorização do produto, já que a quantidade ex-portada recuou 1%, totalizando 13,8 mil toneladas, segundo dados da Secex. O preço médio de venda do leite em pó para o mercado externo passou de US$ 1.906/t na média dos cinco primeiros meses de 2006 para US$ 2.701/t de janeiro a maio de 2007. Somente neste ano, o leite em pó valorizou 30,3%, passando de US$ 2.373/t em janeiro para US$ 3.093/t em maio, valor recorde para o setor.

Em maio, o preço médio dos produtos lácteos exportados pelo Brasil, segundo o Índice de Pre-ços de Exportação de Lácteos (IPE-L), do Cepea, foi de US$ 2,73/kg, aumento de 20,3% frente ao mês anterior e de 33,8% em relação a janeiro.

Agência Estado

A indústria de laticínios Latco, com sede em Cru-zeiro do Oeste, Noroeste do Paraná, vai investir R$ 20 milhões na nova unidade de processamento de leite em pó. O anúncio foi feito pelos diretores da indús-tria, Valter Pereira da Rocha e Valdomiro Leite, ao secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini. Os representantes da Latco salientaram que querem o apoio dessa Secretaria do estado para incentivar os pequenos produtores de leite.

Bianchini manifestou-se favorável à parceria, uma vez que o empreendimento atende aos interesses da agri-cultura familiar. “Da mesma forma que incentivamos a agricultura familiar, vamos apoiar também a pequena e média agroindústria. É importante que eles cresçam junto com os pequenos produtores, que se fortaleçam e contribuam para a melhoria e qualidade de vida destas pessoas do campo”, afirmou. Com esse investimento, o laticínio prevê dobrar a capacidade de produção para cerca de 400 mil litros de leite por dia.

Encontro de Leite da Copagril reúne 600 pessoas

A Cooperativa Agroindustrial Copagril, em parceria com a Frimesa, realizou no dia 21/6 o 16º Encontro Regional de Produtores de Leite, que teve a participação de aproximadamente 600 pessoas, entre cooperados, produtores, acadêmi-cos e comunidade. A programação iniciou com a palestra do supervisor do Fomento de Leite da Frimesa, Eduardo Portugal, que falou sobre a im-portância da higiene e qualidade na produção e industrialização da matéria-prima. Na seqüência, o zootecnista e nutricionista da Nutron, Renato Nogueira, abordou o tema “Pensando em Nutri-ção: Lucro Máximo ou Custo Mínimo”. Na parte da tarde, o médico veterinário e nutricionista da Matsuda, Fernando Antônio Nunes de Carvalho, falou sobre “A Influência da Pastagem na Produ-ção de Leite”.

Durante o encontro e ao final das palestras, os participantes foram premiados com brindes ofe-recidos pela Copagril e empresas parceiras. Entre vários prêmios, o grande prêmio do dia foi uma novilha Pura de Origem (P.O.) criada pelo associa-do Ari Hansen. Ao todo, cerca de 50 pessoas foram premiadas. O ganhador da novilha foi o cooperado da Unidade Copagril de Rondon, Artur Jope.

Confepar: Um bom momento para a pecuária leiteira

Estamos vivendo bons momentos no merca-do de lácteos. Uma exce-lente constatação. Porém, não podemos cruzar os braços e achar que tudo está bom e que vai melho-rar ainda mais. Temos mui-to o que avançar na pecu-ária leiteira, afinal, nossos índices zootécnicos ainda são muito baixos e nossos custos logísticos são mui-to altos. A base está feita. Precisamos agora evoluir, principalmente, no quesi-to volume.

A Confepar aposta muito na assistência técni-ca e nos centros de recria. Estamos acreditando tam-bém nas parcerias com as iniciativas públicas e tentando criar um cená-rio ainda mais favorável,

A vaca campeã ge-ral do 18º Torneio Leitei-ro da MEGALEITE 2007 foi Malandra Lins, com média de produção de 72,31 quilos de leite por dia. A novilha vencedora foi Labareda HOJ, com produção média diária de 57,14 quilos. Em nove ordenhas, durante três, dias foram produzidas duas toneladas e meia de leite pelas 13 vacas e quatro novilhas Girolan-do participantes.

Após o Torneio Lei-teiro, os campeões leva-ram o já tradicional ba-nho de leite. Segundo o diretor administrativo da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, José Antônio Clemen-te, os resultados obtidos este ano foram excelen-tes, demonstrando a alta qualidade produtiva dos animais Girolando e, principalmente, a sua capacidade de manter al-tos índices de produção. “Isso só pode ser conse-guido, graças ao trabalho dedicado dos criadores,

Desenvolvimento – “O novo empreendimento de-verá gerar 80 empregos diretos”, disse Rocha. Com a parceria, poderá ser criada uma linha de fomento que favoreça o produtor a ampliar a produção no curto prazo e que atenda o aumento da demanda do novo laticínio.

A previsão da Latco é colocar a fabrica de lei-te em pó em operação no final de 2008. Os recursos para bancar o empreendimento virão do Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-DEs) e da própria empresa.

O investimento da Latco no Sudoeste vai resul-tar na instalação da terceira fábrica de leite em pó no Paraná. A primeira está em Londrina e a segun-da, em Marechal Cândido Rondon. A produção será destinada aos mercados interno e externo.

A Latco é uma empresa paranaense em ativida-des há 40 anos na região Noroeste. O grupo mantém ainda duas unidades na região Sudoeste e outras duas unidades em Santa Catarina.

Latco vai investir R$ 20 milhões em nova unidade no Paraná

torneio leiteiro da Megaleite define as grandes campeãs

em que o nosso produtor consiga uma resposta mais rápida no que tange ao au-mento de volume na sua propriedade.

O mercado interna-cional aponta preços mais favoráveis para os próxi-mos anos. E, nós, produto-res brasileiros, vamos nos beneficiar disso. Os níveis de preços dos lácteos vão se posicionar em patama-res bem melhores do que foram no ano passado. E isso é o que precisamos para dar um salto de qua-lidade e quantidade.

O setor está mais vivo do que nunca. É com-petitivo como qualquer outra atividade agrope-cuária. Vamos aproveitar, é a nossa vez!

Renato José Beleze / Presidente da Confepar

buscando sempre o me-lhoramento genético do seu rebanho”, salientou.

Membro da Comis-são da MEGALEITE, responsável pelo Tor-neio Leiteiro, José An-tônio, lembrou que Ma-landra Lins, do criatório de Waldir Junqueira de Andrade, já foi recor-dista de produção em 2006 com a média de 80,883Kg/dia de leite.

O diretor lembrou que, a partir desse ano, as normas estão sendo aperfeiçoadas para pres-tigiar o criador/selecio-nador de animais. Por isso, as novilhas, com até quatro dentes definiti-vos, são portadoras de registro em livro fecha-do. Ele explica que essa medida tem o objetivo de fomentar o incremen-to da participação de animais, com genealogia conhecida para estimar o valor genético de seus pais e sua potencialida-de produtiva.

Com informações da

ABCGirolando

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Apesar da queda na produção de leite, preço do produto está em alta no mercado interno

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Agrojornal Brasil 9julho de 2007

O s recursos anun-ciados para

apoiar a comercialização de carne suína já estão disponíveis nos bancos. Portaria interministe-rial, assinada pelos mi-nistros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Fazenda, Guido Mantega, autoriza a concessão de crédito imediato, por meio de uma Linha Especial de Crédito (LEC) para a suinocultura.

Segundo o Governo do Estado, esta medida foi uma conquista do secretário da Agricul-tura e do Abastecimen-to, Valter Bianchini, que liderou um movi-mento iniciado no final de março, quando uma comitiva de suinoculto-res esteve em seu ga-binete, pedindo ajuda. Na época os suinocul-tores enfrentavam uma séria crise de oferta e os preços dos suínos

suInos - seGundo o Governo do estado, esta medida foi uma conquista do secretário da aGricultura e do aBastecimento, valter Bianchini

Comercialização: Recursos para suinocultura já estão disponíveis

oVINoS

Criação de ovelhas ganha destaque no

país

A Pif Paf, maior in-dústria frigorífica mineira e uma das dez maiores do setor do país, que começou a investir na ovinocultura em 2005, também sente o reflexo do incremento da atividade no Brasil. A partir de julho, a empresa pretende mais que dobrar o número mensal de aba-tes na unidade de Patrocí-nio (MG): passa a abater 1,5 mil ovinos por mês. Até agora, eram abatidos apenas 700.

Embora o mercado consumidor esteja em crescimento, estima-se que, no Brasil, o consumo de carne ovina seja de apenas 0,7 Kg/ habitante/ ano, um quantitativo pe-queno, se comparado com a Nova Zelândia, que con-some em média 45 vezes mais do que o Brasil.

Levucell SC recebe autorização da UE para ovinos e caprinos leiteiros

A autorização, que recebeu o número E1711, foi publicada no Jornal Oficial da União Européia, após resultados obtidos em provas de eficácia do produto em pequenos ruminantes leiteiros, reali-zadas por aproximadamente 15 experimentações independentes e executadas nas principais áreas européias de produção. Essas experimentações mostraram que o Levucell SC melhora o rendimen-to leiteiro em aproximadamente 10%, bem como a eficácia alimentar — até 100 g leite extra produzi-do/kg de alimento ingerido —, enquanto assegura a saúde animal e melhora a higiene do leite em ambas as espécies.

Esses experimentos tiveram o suporte de apro-ximadamente 40 publicações científicas, que des-creveram os efeitos e as modalidades da ação do produto no rúmen dos animais, emitidas em mais de 15 anos de pesquisas em parceria com o INRA (Ins-tituto de Pesquisa Agronômica) empresa francesa e outros institutos de pesquisa internacionais.

A levedura, específica do rúmen Levucell SC, com a cepa Saccharomyces cerevisiae CNCM I-1077, é autorizada na Europa sem limite de tempo tam-bém para bovinos destinados à produção do leite e da carne, desde setembro de 2005. Por ser um produto natural com levedura viva, o Levucell SC é autorizado também para a produção orgânica.

desabaram no mercado abaixo dos custos de produção.

Bianchini levou as reivindicações da suino-cultura, que vinha afe-tando todo o Sul do País, ao ministro Reinhold Stephanes, que aco-lheu as solicitações do Paraná e providenciou rapidamente o encami-nhamento das questões para o Ministério da Fazenda, que é o órgão responsável pela libera-ção do crédito.

Portaria Ministerial

A portaria minis-terial foi publicada no Diário Oficial da edi-ção em 27 de junho. A LEC tem como limite o valor de até R$ 80 mil por produtor e de até R$ 10 milhões para a indústria. O prazo de contratação do crédito é de 180 dias, devendo ser encerrado no dia 28 de dezembro de 2007.

O prazo do reembolso também será de 180 dias, a partir da data da contratação do crédito.

Com os recursos, os

produtores, cooperati-vas e agroindústrias te-rão condições de fazer estoque da produção para que seja liberada

num momento mais fa-vorável de comerciali-zação. Na contratação do financiamento, os interessados deverão

comprovar a aquisição da carne suína direta-mente de produtores ou de suas cooperativas.

Da Redação

O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, visitou no início de julho as instalações da Unidade Agroindus-trial da Sadia no muni-cípio de Lucas do Rio Verde, juntamente com o Diretor Presidente da empresa, Gilberto To-mazoni. No empreendi-mento, a Sadia deu iní-cio à operação de três importantes processos que fazem parte do projeto de construção da unidade. Hoje, já estão em funcionamen-to a granja multipli-

Sadia investe em novo parque industrial no Mato Grossocadora de suínos “1”, a granja de recria de aves “1” e a unidade de armazenamento de ce-reais. O projeto como um todo – que contará com investimentos de R$ 800 millhões e com-preenderá a constru-ção de um abatedouro de aves, uma unidade de abate e industriali-zação de suínos e uma fábrica de rações – tem previsão de iniciar os primeiros abates em meados de 2008.

O primeiro proces-so a entrar em operação

foi o das granjas mul-tiplicadoras de suínos, que tem como função fornecer reprodutores ao povoamento e reposi-ção de plantel das Uni-dades Produtoras de Leitão (UPLs). Já a se-gunda etapa do projeto foi a granja de recria de aves, onde os animais são alojados até atingi-rem o amadurecimento sexual. Em junho últi-mo, a companhia iniciou a operação de recebi-mento, secagem e arma-zenagem de grãos.

Quando estiver em

pleno funcionamento, mais precisamente no fi-nal de 2009, a nova uni-dade da Sadia terá capa-cidade para abater 114 milhões de frangos e 1,25 milhão de suínos por ano. O projeto deverá gerar aproximadamente 6 mil

empregos diretos e ou-tros 18 mil indiretos na região, incluindo a força dos produtores integra-dos que atuarão como parceiros da companhia. Ao todo, serão 190 mó-dulos de aves de corte e 115 módulos de suí-

nos de corte, que conta-rão com tecnologia de ponta para garantir as práticas internacionais de bem-estar animal, melhor produtividade e, consequentemente, maior competitividade.

Máquina da Notícia

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Valor do crédito liberado ao suinocultor pode chegar até R$ 80 mil por produtor e de R$ 10 milhões para indústria

Entre os dias 30 de julho a 4 de agosto, no Restaurante-Escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Comer-cial (Senac), em Curi-tiba, será realizado o

Festival Gastronômico vai mostrar variedade e sabor da carne suína

Festival Gastronômico Suíno. Os participantes do encontro vão ter a oportunidade de conhe-cer a diversidade de cor-tes e pratos preparados à base de carne suína.

O cardápio do Festi-val, que o Senac promove em parceria com o Siste-ma FAEP, por meio do SENAR-PR, inclui desde pratos tradicionais até os mais requintados.

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Agrojornal Brasil10 julho de 2007

O p r e s i d e n t e da Repúbli-

ca, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, lançaram no final de junho, durante solenidade no Palácio do Planalto, o Plano Agríco-la e Pecuário (PAP), cujas principais definições são a redução de juros e o au-mento do volume de cré-dito para investimento, custeio e comercialização da safra 2007/08.

Crédito - O valor do crédito rural destinado à agricultura empresarial é de R$ 58 bilhões, um acrés-cimo de 16% em relação à safra anterior. Destes, R$ 49,1 bilhões para custeio e comercialização e R$ 8,9 bilhões para os programas de investimento.

Juros – A taxa anu-al de juros controlada, em vigor desde julho de 1998, foi reduzida de 8,75 para 6,75%, compensan-do, assim, o aumento real dessa taxa decor-rente da queda da infla-ção. Segundo o MAPA, a nova taxa anunciada representa uma diminui-ção de 22,9% nos custos destes financiamentos para o produtor rural. O total de recursos com ta-xas de juros controladas será de R$ 36,45 bilhões, um acréscimo de 21% em relação ao programa-do para a safra anterior.

Financiamentos - Além do aumento de re-cursos e queda de taxa de juros, o PAP 2007/08 ampliou os limites de fi-nanciamento de custeio, investimento e Emprés-timos do Governo Fede-ral (EGF). Para lavouras irrigadas de arroz, feijão, mandioca, sorgo ou trigo e milho, o limite aumen-tou de R$ 400 mil para R$ 450 mil. O limite de financiamento para pe-cuária bovina e bubali-na, leiteira ou de corte,

safRa - o valor do crédito rural para aGricultura empresarial é de r$ 58 Bilhões e a taxa de juros passa a ser de 6,75%

Plano Agrícola aumenta crédito e reduz juros

foi ampliado de R$ 140 mil para R$ 150 mil. Para avicultura e suinocultura exploradas em sistemas que não o de parceria, o limite aumentou de R$ 120 mil para R$ 150 mil. No caso de investimen-tos, demais custeios ou comercialização os limi-tes subiram de R$ 80 mil para R$ 100 mil.

Investimento – Os programas de financia-mento coordenados pelo Ministério da Agricultu-ra, com recursos do Ban-co Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES) e dos Fundos Constitucionais, contarão com um total de R$ 8,9 bilhões, ante R$ 8,6 bilhões na safra 2006/07. O número de programas de investi-mento com recursos do BNDES caiu de oito para seis, sendo que o Mode-ragro, Proderagro e Pro-defruta foram consolida-dos num único programa, denominado Moderagro II, de forma a aprimorar sua operacionalização. O limite de crédito por operação no Moderagro II será de R$ 600 mil. Os demais programas de in-vestimento são: Moderin-fra, Prodecoop, Propflo-ra, Moderfrota, Prolapec, Proger-Investimento e Fi-name Agrícola Especial.

Proger Rural - Para fortalecer a média agricul-tura, o governo também baixou a taxa de juros do Programa de Geração de Emprego e Renda Ru-ral (Proger Rural) de 8% para 6,25% ao ano. Além disso, o volume de recur-sos foi ampliado de R$ 700 milhões na safra an-terior para R$ 2,2 bilhões.

Para enquadramen-to no programa da safra 2007/08, o produtor deve ter uma renda bruta anu-al de até R$ 220 mil, con-tra R$ 100 mil definido na safra 2006/07. O limite de crédito também foi am-

pliado de R$ 48 mil para R$ 100 mil por benefici-ário, tanto para custeio quanto para investimen-to.

Comercial ização – Em 2007, o governo fará leilões de equali-zação de preços, antes do plantio, de modo a garantir aos produto-res a comercialização de suas safras em 2008, a preços estabelecidos com base em estimati-vas do custo variável.

Preços Mínimos – Para produtos amparados por Aquisições do Gover-no Federal (AGF) e EGF, o PAP 2007/08 contempla aumento dos preços mí-nimos vigentes, em nível regional e nacional, para diversos produtos.

Títulos Privados – Considerando o papel estratégico dos títulos do agronegócio, o governo continuará empenhando no fortalecimento do sis-tema privado de financia-mento do agronegócio. As operações realizadas com os três principais tí-tulos privados de crédi-to já movimentaram um valor estimado em R$ 6,7 bilhões. A dupla dos títulos Certificados de Depósito Agropecuário e Warrant Agropecuá-rio (CDA-WA), emitidos simultaneamente e las-treados em mercadorias depositadas em arma-zéns, movimentou R$ 4,5 bilhões. Os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) movimentaram R$ 1,55 bilhão e R$ 746 milhões, respectivamente. Estes dois títulos são lastrea-dos em recebíveis, com vencimento futuro.

Seguro Rural – O go-verno aumentou as sub-venções ao prêmio do seguro rural, de R$ 31,1 milhões em 2006 para R$ 100 milhões em 2007.

O governo vai dispo-nibilizar R$ 12 bilhões, orçamento que ultrapas-sa em R$ 2 bilhões o an-terior. O Plano prevê re-dução em taxas de juros, ampliação dos limites de financiamento e dos limi-tes de renda para enqua-dramento de agricultores familiares no Programa Nacional e Fortalecimen-to da Agricultura Fami-liar (Pronaf).

Os juros, que varia-vam entre 1% e 7,25% ao ano, agora ficam en-

tre 0,5% e 5,5% anuais. Quanto ao limite de fi-nanciamento, o grupo de agricultores que antes podia obter até R$ 3 mil, poderá retirar R$ 3,5 mil. Nos demais casos, os valo-res-limite passam de R$ 4 mil para R$ 5 mil e de R$ 8 mil para R$ 10 mil.

O limite de renda bru-ta anual familiar, para que os agricultores se enqua-drem no Pronaf, também aumentou. São quatro os grupos que tem acesso a um menor valor. A renda

Agricultura familiar tem R$ 2 bilhões a mais de orçamentosobe de até R$ 3 mil para até R$ 4 mil. No grupo de maior valor, o limite passa de até R$ 80 mil para até R$ 110 mil.

Para a assistência técnica, serão destina-dos R$ 168 milhões. Ou-tros R$ 10 milhões serão destinados ao apoio de agricultores que atuem no setor de combustíveis renováveis. Eles poderão financiar o cultivo de ca-na-de-açúcar para a pro-dução de etanol.

Agência Brasil

O objetivo é ampliar a abrangência do siste-ma brasileiro de segu-ro rural, atualmente da ordem de 2,4% da área plantada. Dificuldades estruturais relacionadas com o Fundo de Estabili-dade do Seguro Rural e o monopólio do mercado de resseguros, recente-mente eliminado, aliado à falta de tradição do produtor em contratar o seguro, são alguns dos entraves apontados pelo governo para a ‘fragili-dade’ do sistema.

Fundo de Catástrofe - Como forma de superar as mencionadas restrições à expansão do seguro ru-ral, o governo aumentou as subvenções ao prêmio do seguro rural e está en-caminhando ao Congresso Nacional um Projeto de Lei que substitui o atual

Fundo de Estabilidade do Seguro Rural por um Fun-do de Catástrofe. Este terá suporte financeiro assegu-rado por meio de subven-ção econômica anual do Ministério da Agricultura e garantia da União, em títulos do Tesouro Nacio-nal a serem depositados em instituição financeira federal.

Infra-Estrutura – O governo está criando um Grupo de Trabalho para propor decisões referen-tes à infra-estrutura e logística, com o objetivo de fortalecer a partici-pação da agricultura no Plano de Aceleração do Crescimento.

Endividamento Ru-ral – O governo aprovou a adoção de efeito sus-pensivo, até 31 de agosto de 2007, das parcelas das dívidas de investimen-

to vencidas e não pagas ou vincendas até 30 de agosto de 2007, para os produtores adimplentes até 31 de dezembro de 2006. As parcelas de cus-teio das safras 2004/05 e 2005/06, já prorrogadas e com vencimento em 2007, também foram be-neficiadas com prorroga-ção para 12 meses após o vencimento do contrato. Conjugado a essas medi-das, o governo criou um Grupo de Trabalho in-terministerial composto por representantes dos ministérios da Agricul-tura, Pecuária e Abaste-cimento e da Fazenda, e integrado por parlamen-tares e assessores, com o objetivo de propor medi-das que contribuam para equacionar o endivida-mento agrícola.

Da Redação

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Agrojornal Brasil 11julho de 2007

O médico veteri-nário e diretor-

presidente da Emater/PR – Instituto Parana-ense de Assistência Téc-nica e Extensão Rural, Arnaldo Bandeira, con-sidera que o Estado do Paraná vive um momen-to especial: “um proces-so de reconversão, de sair da monocultura de grãos, das commodities puras - inclusive entre os agricultores familia-res - para um processo de diversificação”. Em entrevista ao Agrojor-nal Brasil, Bandeira des-taca as principais ações da autarquia estadual e fala de projetos que priorizam o acesso das comunidades mais po-bres às políticas públi-cas de orientação técni-ca ao homem do campo:

Agrojornal – Quais são as principais metas para a sua gestão?

Arnaldo Bandeira - Nós queremos carac-terizar o nosso trabalho com um foco absoluto na agricultura familiar. A extensão rural tem duas grandes tarefas, duas grandes missões. A primeira é permitir o acesso das populações

emateR - Bandeira: “o paraná está experimentando um processo de crescimento, de modernização e de inclusão social”

Diversificar para agregar valor à produçãode regiões mais empo-brecidas às políticas pú-blicas, aos programas de governo, para que essas populações sejam inclu-ídas no processo de de-senvolvimento e não ex-cluídas. Esta é a nossa grande missão. Subordi-nada a esta tarefa, que é o princípio, a base de tudo, nós temos uma ou-tra missão que é orien-tar os agricultores e as suas organizações com o objetivo de qualificar a sua produção, melhorar a produtividade, desen-volver mercados de uma maneira que os agricul-tores produzam melhor, com mais qualidade, e os acessem de forma mais justa, mais iguali-tária, para que na rela-ção dos produtores com os agentes comerciais não ocorra todo o pro-cesso de exclusão.

Agrojornal – E como o governo estadu-al vai fazer esta inclu-são social?

Bandeira - Nós te-mos como Governo, um papel de Estado, enquanto instituição jurídica, que é de tra-balhar para fazer inclu-são e não de reforçar

as desigualdades ou de reforçar a concentra-ção. Então, nós temos que ter isso presente em todas as ações que fazemos. O Governador Roberto Requião disse que quer governar o Estado com a Carta de Cuba na mão. A nossa interpretação, a nos-sa diretriz para isso, é que nossos recursos e esforços deverão estar essencialmente orien-tados para as regiões e as populações mais em-pobrecidas. Com a apli-cação das duas grandes missões, que mencionei anteriormente, nós es-peramos cumprir esta diretriz.

Agrojornal – E qual será a contribuição da Emater Paraná neste processo?

Bandeira - O nosso trabalho tem três eixos de orientação. O primei-ro eixo é o da inclusão social. Nós temos uma grande responsabilida-de nesta questão porque nós estamos presentes nas mais diferentes co-munidades deste Esta-do. Nós temos valores de comprometimento com a agricultura familiar, va-

lores obtidos ao longo do tempo, e que nos remete a uma responsabilidade muito grande de liderar algumas vezes este pro-cesso e, em outras vezes, de estar junto com outras organizações, contribuin-do para os programas de inclusão. O segundo eixo do nosso trabalho é o fortalecimento das eco-nomias locais, e, é neste momento, que temos que privilegiar - e é o que es-tamos fazendo - projetos que tenham alta densida-de de renda por área, por-que a área é um recurso escasso para os agricul-tores familiares; e pro-gramas que privilegiem o uso de mão-de-obra porque a mão-de-obra é um recurso abundante na agricultura familiar. Não tem sentido trabalhar a agricultura familiar com produtos voltados para a monocultura, trabalhar com produtos de commo-dities, que tem baixa den-sidade de renda por área e alta necessidade de capital intensivo, e que é exatamente o fator es-casso dos agricultores fa-miliares. Nós temos que reorientar isto. E o Para-ná, com o governador Re-quião, o secretário Bian-chini e o vice-governador Pessuti tem atuado nesta direção. O nosso Estado está vivendo um momen-to especial, um processo de reconversão, de sair da monocultura de grãos, das commodities puras - inclusive entre os agri-cultores familiares - para um processo de diversifi-cação, incluindo nas ati-vidades outros projetos como a fruticultura, o café, os cultivos flores-tais, a oleoricultura, o projeto de carnes espe-ciais, entre outros. São programas preocupados em dar mais sustentabi-lidade, diminuir o risco do agricultor familiar pela diversificação, em dar mais estabilidade a médio e longo prazos e de agregar mais valor à produção. Nesse senti-do, a nossa Secretaria de Agricultura está fazendo um trabalho muito bom juntamente com as orga-nizações de representati-vidade dos agricultores, com a iniciativa privada, buscando garantir ques-tões importantes como sanidade e a qualidade da produção paranaense. Nós precisamos, no Para-ná, além de produzir e de ter produtividade, quali-ficar e agregar valor à nossa produção.

Agrojornal – Mas como realizar uma agri-cultura sustentável sem agredir o meio ambiente?

Bandeira - O terceiro eixo, que eu quero desta-car, é o da recuperação e preservação ambien-tal. Quando você fala em agricultura no Brasil e em qualquer lugar do mundo, no Paraná não é diferen-

te. Não é possível falar de agricultura sem tratar da questão do meio ambien-te. Nós temos passivos ambientais ainda muito graves, que precisam ser recuperados e resgatados. Nós estamos desenvolven-do programas e vamos realizar outros para fazer essa recuperação. Mas, o que é mais importante se atentar, é que nós não podemos mais continuar usando modelos agrícolas e tecnologias que produ-zem passivos ambientais, ou seja, que degradam o meio ambiente, ao mesmo tempo, em que a gente in-veste recursos e esforços do outro lado para corri-gir e regatar estes passi-vos. Isso não é inteligente. Você corrige uma parte do passivo ambiental, mas, ao mesmo tempo, que você está trabalhando, produ-zindo, você está gerando um novo passivo ambien-tal. É preciso trabalhar na recuperação do passivo ambiental, mas, mais do que isso, é preciso tra-

balhar novos modelos agrícolas, modelos de diversificação, sistemas de produção sustentá-vel, novas tecnologias – uma matriz tecnoló-gica diferente, que não privilegie o uso abusivo de insumos, mas a pre-servação e a recupera-ção do ambiente. Para que a gente não incorra neste processo de corri-gir passivos ambientais por um lado e produzir no outro. Nós queremos contribuir para que no final deste período ad-ministrativo, nós tenha-mos uma agricultura muito mais sustentável no Paraná. Para que a gente tenha agriculto-res familiares vivendo dignamente da agricul-tura como cidadãos e, para que, a gente pos-sa continuar produzin-do sem comprometer

o patrimônio natural e cultural das gerações futuras.

Agrojornal – Na ati-vidade pecuária, há tam-bém programas desen-volvidos pela Emater/PR que se preocupam com a inserção social?

Bandeira - Quando falamos de inclusão, nós não podemos deixar de falar de projetos como o da pecuária de leite. O Paraná cresce a uma taxa muito maior que a taxa de crescimento de produção no Brasil. Hoje, moderniza grada-tivamente o seu proces-so, a sua cadeia produti-va do leite, sem produzir exclusão. São muitos agricultores familiares se dedicando e novos produtores entrando na atividade do leite. As estatísticas anteriores estimavam que o Para-ná tinha 30, 40 ou 60 mil produtores de leite. Nós acreditamos que atual-mente já chega a quase 120 mil. É um projeto que produz renda, for-talece a economia local e não produz exclusão. Contrariando o que se dizia na década de 90, que havia um grande processo de crescimento de escala, que a agricul-tura familiar seria extin-ta e haveria um processo de crescimento, de mo-dernização e de exclu-são. Na verdade, o Para-ná está experimentando um processo de cresci-mento, de modernização e de inclusão. Este é um grande dado, um novo dado neste processo. Nós estamos trabalhando com a visão, dentro do conceito de desenvolvi-mento territorial. Esta é a matriz básica de nosso planejamento. É assim que queremos trabalhar a idéia de fortalecimen-to das economias locais, em que a renda é me-lhor distribuída e gasta no local onde ela é pro-duzida. A fruticultura faz isso, o leite faz isso, o café também.

Da Redação

Nós precisamos no Paraná, além de pro-duzir e de ter produ-tividade, qualificar e agregar valor à nossa produção”

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Bandeira: “Nós temos que trabalhar pela inclusão social”

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Agrojornal Brasil12 julho de 2007

A c o m e m o ra -ção dos 100

anos da imigração ja-ponesa no Brasil, em 2008, é um marco pro-pício para a expansão das parcerias entre o Governo do Paraná e a Mitsui, um dos maiores grupos empresariais do Japão, disse o governa-dor Roberto Requião, durante visita a Tó-quio, realizada no final de maio.

Ele reuniu-se com o presidente mundial do grupo, Shoei Utsuda, para discutir uma pos-sível parceria com os japoneses na constru-ção de um alcoolduto para escoar a produção paranaense de etanol até o Porto de Parana-

BIoComBustíveL - um dos maiores Grupos empresariais da ásia, a mitsui pode investir no escoamento do etanol paranaense

Governo discute parceria com Japão para construir alcoolduto no Paranáguá. Requião e Utsuda também trataram da realização de estudos de viabilidade para a produção de combustí-veis e lubrificantes que utilizem mamona como matéria-prima.

O grupo Mitsui é dono de 24,5% das ações da Companhia Paranaen-se de Gás (Compagás), empresa de economia mista cuja acionista ma-joritário é a Copel Parti-cipações, que detém 51% dos papéis. No Brasil, a Mitsui também é sócia da Companhia Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional. O grupo também é acionis-ta de duas das maiores in-dústrias japonesas, Toyo-ta e Mitsubishi, e mantém

investimentos em empre-sas de alimentos, papel e celulose, produtos quími-cos, transportes e teleco-municações.

No encontro com o governador, Shoei Utsu-da disse que o Japão de-senvolve estudos para adotar o etanol ou um subproduto menos vo-látil, como sua nova ma-triz energética. Nesse caso, o Brasil deverá ser um dos principais for-necedores do produto. O alcoolduto discutido entre Requião e Utsuda deverá ser construído em parceria com a As-sociação de Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcoolpar).

O presidente da Al-coopar, Anísio Tormena,

acredita que as reuniões realizadas por Requião no Japão podem garantir ao Paraná um dos maio-res compradores de álcool combustível no mercado externo. “O contato com os japoneses começou há alguns anos e eles buscam a garantia de fornecimen-to para mudar sua matriz energética”, diz.

“Como estamos num processo de ex-pansão nacional de produção, podemos ga-rantir a regularidade no fornecimento que eles necessitam”, afir-ma Tomena. O Japão consome cerca de 60 bi-lhões de litros de gaso-lina por ano e algumas províncias já estudam a adição de álcool. “A

adição de apenas 3% de álcool na gasolina num dos grandes mer-cados do mundo signi-

fica uma quantidade considerável do produ-to”, avalia.

Da Redação

Com a variedade de pesquisas sobre o bio-diesel - produzido prin-cipalmente a partir de oleaginosas, como a soja ou a mamona – um sub-projeto da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizado no departamento de Quími-ca da Universidade Esta-dual de Londrina (UEL), procura a matéria-prima em fontes inutilizadas: resíduos da agricultura. “O resíduo da agricultu-ra é uma fonte de produ-ção de biocombustível mais interessante que o óleo vegetal, porque você tem a diretriz que é eliminar todo o mate-rial que tem potencial poluidor”, defende a co-ordenadora do subproje-to, doutora e docente da UEL, Carmen Luisa Bar-bosa Guedes.

Bagaço de cana, palha de cana, palha de arroz, caroço de pês-sego são exemplos de matérias-primas para a produção do bioóleo, que tem como princi-pais qualidades: ser mais econômico - por utilizar resíduos que outrora poderiam ser descartados, e não o produto em si; ambien-talmente e politica-mente mais correto.

Esta última quali-dade do bioóleo toca na questão da utiliza-ção do solo. Esse tipo de combustível apre-senta a vantagem de não demandar a utili-zação do solo, ao con-trário do óleo vegetal, que exige o cultivo das lavouras para se retirar a matéria-prima. Estas plantações podem com-petir com as de gênero alimentício. “Investe-se em combustível por-que, obviamente, não se pode deixar de investir na matriz energética. Mas, de certa forma, isso está interferindo na questão da alimen-tação. Há, ainda, muita gente passando fome

Pesquisa mostra que Bioóleo tem potencial como aditivo da gasolina

no país”, explicitou a coordenadora do sub-projeto.

A produção do bio-óleo consiste na piró-lise, ou seja, submeter o resíduo agrícola a al-tas temperaturas, que-brando suas cadeias longas como a celulo-se ou a lignina. Assim, obtêm-se três fases do resíduo, cujas molécu-las são menores: a fase sólida, que consiste no

pó de carvão; a gasosa, recolhida com lavado-res industriais e, final-mente, a fase líquida, o bioóleo, muito seme-lhante ao petróleo.

Menos nocivo

O bioóleo tem cor e viscosidade pareci-das com as do combus-tível fóssil, além de hi-drocarbonetos. A única diferença é que o pe-tróleo contém enxofre e nitrogênio, enquanto o bioóleo não possui enxofre e uma quan-tidade muito pequena de nitrogênio. Essa di-ferença entre as duas substâncias, que pode-ria desanimar os pes-quisadores, é um fator extremamente positi-vo: prova que o bioóleo é ambientalmente me-nos nocivo que o com-

bustível fóssil, já que o enxofre e o nitrogênio compõem substâncias poluentes ao meio-am-biente.

Produto alternativo

Em um trabalho de mestrado concluído no ano passado e que fez parte do subprojeto da Unicamp, o grupo de pesquisa chegou a um ponto que comprova a viabilidade do uso do

bioóleo. Uma fração do biocombustível foi separada, esterificada - reação essa semelhante à aplicada no óleo ve-getal para se chegar ao biodiesel, que modifica as estruturas das subs-tâncias para se obter ésteres – e tratada. “De-pois de análise físico-química desse produto, vimos que esse deri-vado do bioóleo tinha características muito semelhantes ao álcool etílico-anidro combus-tível”, contou a coorde-nadora do subprojeto.

O passo seguinte foi testar a mistura des-sa substância ao diesel. “Como este produto tem características mais pró-ximas do álcool do que do biodiesel, supomos que ele não iria se mis-turar com o diesel, mas

sim com o petróleo, mais leve, como a gasolina”. A previsão da doutora estava correta. O produ-to alternativo do bioóleo tem moléculas menores que as do biodiesel, e o diesel tem estrutura mais complexa, portan-to, um produto mais pe-sado. Após testes com diesel e gasolina, che-gou-se à conclusão que o produto derivado do bio-óleo é compatível com a gasolina.

Em seguida, a mis-tura da fração do bioóleo com a gasolina foi sub-metida a testes de qua-lidade técnica. Os testes são os mesmos exigidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), onde é submetido qualquer com-bustível para que ele seja comercializado. “Tivemos a grata surpresa de que a gasolina aditivada com o produto do bioóleo pas-sou em todos os testes de que a gasolina pura, vendida hoje nos postos de gasolina, passa”, afir-mou Guedes. De acordo com ela, a gasolina aditi-vada com o bioóleo teve ótimo desempenho. No teste de octanagem, por exemplo, viu-se que a ga-solina aditivada chegou a níveis maiores que as da gasolina pura. Durante a queima do combustível no motor, também se veri-ficou que a gasolina aditi-vada com o bioóleo libera menos resíduos.

Após obter resul-tados satisfatórios do bioóleo, agora o grupo de pesquisadores está realizando testes com a água ácida, resultante da fase gasosa do pro-cesso de pirólise de re-síduos da agricultura. O objetivo é resgatar os produtos dissolvidos na água para obter um ou-tro combustível, ou ou-tro aditivo. “Tudo o que sai do processo de piró-lise tem potencial para ser aproveitado”, enfa-tizou a coordenadora.

Da Redação

Paraná fecha parceria de

Biodiesel com PortugalCom investimentos de R$ 3,4 milhões já feitos

no Programa de Bioenergia do Paraná, o governo do Estado vai ampliar a troca de experiências entre in-vestidores, governos e instituições de pesquisa para-naenses e européias para a produção de combustíveis renováveis. O anúncio foi feito no dia 20 de junho, pelo vice-governador do Estado, Orlando Pessuti, durante o I Encontro Luso-Brasileiro de Negócios em Biocom-bustíveis no Paraná, realizado em Curitiba.

“O governo estadual luta para a implantação de uma política energética baseada na energia limpa e de recursos renováveis”, afirmou Pessuti. “Ao lado da iniciativa privada, cooperativas, sindicatos, centros de pesquisa e universidades, o Paraná se tornou exem-plo da prova que a substituição de áreas até então de-gradadas ou de pastagens podem ser utilizadas para a produção de culturas voltadas aos biocombustíveis. Tudo sem a perda de áreas territoriais ou de produção de alimentos”, acrescentou.

Segundo o embaixador de Portugal no Brasil, Seixas da Costa, estão surgindo novas e promis-soras oportunidades de negócios entre o Brasil e Portugal. “O Brasil assumiu um papel de liderança mundial no consumo, produção e pesquisa no setor de biocombustíveis. A cooperação entre o Brasil e a União Européia trará benefícios mútuos que pas-sam por causas ambientais até ao desenvolvimento sustentável”.

Ainda de acordo com o diplomata, Portugal vai assumir a presidência da União Européia (UE) de ju-lho a dezembro deste ano e o Brasil receberá o título de “sétimo país parceiro privilegiado da União Euro-péia”, posição que renderá aos brasileiros novos negó-cios com a Europa.

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A usina de produção de biodiesel, instalada no Ins-tituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), foi inaugurada. Com capacidade de produção de 500 a 1.000 litros por dia, a unidade vai possibilitar o acompanhamento da produção e a utilização do produto em pequena escala e permitir o repasse da tecnologia aos produtores rurais paranaenses.

“Agora será possível acompanhar a produção e a utilização do produto em escala semi-industrial”, afir-ma o gerente da Divisão de Biocombustíveis (Dbio) e do Centro Brasileiro de Referência em Biocombustí-veis (Cerbio), Bill Jorge Costa, ao lembrar que o Pa-raná já conta com a base e a experiência em testes de biocombustíveis em escala laboratorial. “O Tecpar é referência, trabalha na área desde a década de 80, tem uma longa história de trabalhos realizados na área de biocombustíveis, além de pesquisar, analisar e testar combustíveis alternativos e de fontes renová-veis”, destaca Costa.

A planta de produção é multiuso. Isto é: pode testar qualquer tipo de óleo, mas vai começar com o de girassol. O governo quer estudar a possibilida-de de aproveitamento de diversas matérias-primas regionais, basicamente óleos vegetais de produtos como a soja, o girassol e o nabo forrageiro, além de gorduras animais. Para isso, está organizando um zoneamento agrícola.

Usina de Biodiesel do tecpar é inaugurada

Requião: “o Imin 100 é um marco para a expanção dos negócios”

Gasolina aditivada com bioóleo apresenta ótimo desempenho

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Agrojornal Brasil 13julho de 2007

E ncontrada em terrenos bal-

dios, na beira da estrada ou em qualquer canto que apresente um pou-co de terra, muitas vezes a mamona é confundi-da com simples mato e grande parte das pessoas não faz idéia da infinida-de de aplicações que po-dem ser feitas com essa oleaginosa.

O mercado da ma-mona está em expansão, como afirma o empresá-rio Antonio Nésio que, há pelo menos 5 anos, traba-lha com a comercialização dessa planta na região de Londrina. “A mamona é a matéria-prima do presen-te e do futuro”, indica.

Logo que chegou, Nésio encontrou resis-tência por parte dos agri-cultores para o plantio da mamona e, ao realizar uma pesquisa para a in-dústria paulista na qual trabalha, ele constatou que faltava incentivo, tecnologia adequada, mercado comprador e in-formação para os produ-tores de Londrina. “Hoje em dia, 90% da produção da mamona brasileira es-tão na Bahia, mas, na re-alidade, até 1985, o Nor-te do Paraná tinha tanta tradição quanto aquele estado”, relembra.

Para se ter uma idéia, das 600 mil toneladas que as indústrias podem pro-

BIoComBustíveL - fonte de enerGia renovável e matéria-prima para vários produtos, a oleaGinosa é uma Boa opção de renda

Momento é bom para investir em mamonacessar, sequer um terço é produzido na região, o que está preocupando os em-presários do setor. Tendo em vista todo esse poten-cial, a empresa de Nésio fornece o apoio necessário para ao pequeno, médio e

grande produtor que quer investir no plantio da ma-mona. A começar pelas sementes, que são de uma variedade indeiscente, ou seja, não explodem no chão e que permitem uma colheita única, tecnologia de plantio e garantia de preço mínimo na compra.

“A produção é de 80 a 100 sacos por alqueire, para os quais são gastos 20 quilos de semente ao custo de 120 reais, mais a mão-de-obra, que pode ser familiar, o custo do plantio fica em torno de R$ 500,00 a R$ 600,00. A mamona, beneficiada na cidade, segue para a indústria em São Paulo”, explica Nésio.

A empresa paulis-ta, para onde a mamona produzida é destinada, esmaga cerca de 5 mil to-neladas por mês e, mes-

mo assim, ainda carece de mais matéria-prima.

Vantagens

Antonio Nésio res-salta ainda que a mamo-na pode ser usada na fa-bricação de pelo menos

outros 640 subpro-dutos que vão des-de graxas, espu-mas, próteses de silicone, tinta para a pintura externa de aviões e até cos-

méticos, visto que sua capacidade de resistir a altas temperaturas e sua elasticidade fazem dela a matéria-prima ideal. Isso significa dizer que não será a necessidade de se produzir biodiesel que vai nortear a pro-dução, ela representará apenas mais uma possi-bilidade de aplicação da mamona. Como conseqü-ência disso, Nésio prevê

uma grande escassez da planta no mercado, o que elevará seu preço. “Esse é o momento exato para o agricultor plantar ma-mona, porque a procura vai ser muito maior que a oferta”, profetiza.

Outra vantagem da mamona está na possibili-dade de se fazer a colhei-ta mais de uma vez, desde que a planta esteja bem enraizada e seja feita a poda e a adubação corre-

tas, o que pode mul-tiplicar o lucro em relação aos gastos com o plantio. To-mados todos os cui-dados necessários, o primeiro ciclo dura 180 dias, enquanto o segundo é reduzido em 30 dias. Re-comenda-se, a cada dois anos, que seja feita uma rotação de culturas.

A mamona deixa 50 toneladas de matéria or-

gânica por alqueire no solo após a colheita, além disso, a torta e o farelo, ambos subprodutos da re-tirada do óleo, podem ser usados como excelentes adubos orgânicos, dada a sua riqueza em nitrogê-nio. Combate nematoses e, por isso, pode ser asso-ciada a outras culturas. Nésio ressalta que, por conta dessa característi-ca, a mamona está sendo plantada na região, jun-tamente com o café. “O sucesso das lavouras é fantástico. Quem planta mamona junto com o café nunca mais quer tirar”. Além disso, o sistema de raízes pivotantes recicla e descompacta o solo.

Maior teor

Em comparação com as demais oleagino-sas também usadas para a produção de bioener-

gia, a mamona apresen-ta no teor de óleo outro fator que a torna ainda mais vantajosa em rela-ção às demais. Apresen-ta cerca de 50% de óleo, enquanto outras plantas oferecem 15 e 17%.

Atualmente, a China e a Índia são as maiores produtoras de mamona do planeta. Contudo o Brasil, que, de acordo com Nésio, foi o pioneiro no cultivo dessa planta, ocupa so-mente a terceira posição. Segundo dados da Em-brapa, houve retração nos níveis de produção no pe-ríodo compreendido entre 1998/2000.

Vale lembrar que a mamona é uma cultura como qualquer outra e os cuidados com o plantio devem ser rigorosos para se obter uma boa colhei-ta. Antonio Nésio diz que muita gente chega até seu escritório, comentan-do que tem interesse em plantar mamona porque acha que a planta não re-quer muita atenção. “Se o indivíduo achar que é só jogar a semente no chão, ficar pescando e voltar depois de seis meses para colher, não vai encontrar nada”, adverte.

Para o empresário, o momento não poderia ser mais propício para o seu cultivo. “Com tecnologia adequada e incentivo, a produção de mamona tem tudo para ser um bom in-vestimento, é só plantar e cuidar, pois a indústria garante a compra. E, sem dúvida, o lucro é certo”, afirma.

Da Redação.Maiores informações

pelo fone (43) 3348-6776

Depois de criterio-sos testes de campo e de laboratório, a Valtra libe-rou oficialmente, há pou-cos meses, o uso de B-20 em seus tratores, com garantia de fábrica. Os testes de campo, realiza-dos durante 18 meses na Usina Catanduva, com-provaram a viabilidade econômica e a segurança do biodiesel como com-bustível alternativo para máquinas agrícolas equi-padas com motor Sisu-Diesel da Valtra.

Foi testado principal-mente o sistema de inje-ção dos tratores e avaliado os desgastes dos compo-nentes e a longevidade do motor com misturas de 5% e 20% de biodiesel ao diesel. Os testes permiti-ram estender a garantia de fábrica para misturas de até 20% de biodiesel.

Durante os testes de campo, foi verificado que o consumo de combustí-vel por hora trabalhada dos tratores com biodie-sel B-20 (20% de mistura) equivale ao de 100% die-sel. Os testes constataram ainda que não houve al-teração ou qualquer tipo de contaminação do óleo lubrificante nas máquinas abastecidas com biodiesel. Isto comprova que não há desgastes anormais dos componentes do motor.

O próximo passo do projeto da Valtra é liberar o uso de B-100 (100% bio-diesel) em seus tratores.

Empresa Valtra libera uso de biodiesel em seus tratores

Os testes com esta finali-dade já foram iniciados na Usina Barralcool, em Mato Grosso.

Em Barra do Bugres, a 180 km de Cuiabá, dois tratores Valtra BH 180 vão se integrar ao trabalho nas lavouras de cana da Usina Barralcool para testar, du-rante 18 meses (cerca de 4.000 horas de trabalho), sua performance com os combustíveis B-50 (50% de biodiesel e 50% de diesel) e B-100 (100% biodiesel).

Biodiesel Valtra

O projeto Biodiesel Valtra teve início em 2001, com estudos rea-lizados em uma tese de mestrado no Campus da Unesp de Jaboticabal (FCAV), que avaliava no modelo de trator Valtra BM 100 instrumentado, diversos níveis e tipos de biodiesel transeste-rificado para determi-nação de consumo e de-sempenho.

O estudo concluiu que a melhor mistura foi a B-50, que obteve um bai-xo consumo sem perda de desempenho. Já a mistu-ra B-100 obteve uma mé-dia de aproximadamente 5% a mais no consumo.

Outros detalhes sobre o projeto Biodiesel Valtra e seus tratores podem ser obtidos com a Tork Agro-comercial pelo telefone (43) 3336 5000 ou no web-site: www.valtra.com.br

Da Redação

A paranaense Fer-rolease comemora seus cinco anos no mercado brasileiro com o lan-çamento de 35 vagões tanque, que estão dis-poníveis para locação a partir da segunda quinzena de julho.

A empresa, que aposta na forte deman-da do setor ferroviário, já investiu cerca R$ 30 milhões nestes cinco anos, completando sua frota nacional de 146 vagões entre granelei-ros e tanques. “Estes 35 tanques que estão sendo ofertados ao mercado pela Ferrolea-se é uma oportunidade, pois têm uma grande capacidade de carga, 86m3 e um diferencial: podem operar na bitola larga, com possibilida-de de rápida conversão para bitola métrica”, enfatiza o presidente da empresa Estefano Vaine Junior.

Leasing

Segundo a empresa, há uma grande demanda para transporte de líqui-dos (etanol, biodiesel, óleo vegetal, combustí-veis). “Nossa aposta é nos usuários das ferro-vias, principalmente em-presas de combustíveis, óleos vegetais e exporta-dores”, comenta.

A empresa acredita que o mercado de leasing operacional tenha um maior crescimento a par-

Ferrolease lança 35 novos vagões tanquestir deste ano. Para Vaine, a tendência das conces-sionárias de ferrovias é investir em via perma-nente e os equipamentos rodantes, como vagões e locomotivas deverão ser ofertados pelo mercado de locação. “Desde o fi-nal de 2006 até agora, nossa frota cresceu 46%. Estamos investindo qua-se R$ 12 milhões devi-do a este crescimento. Para os próximos anos, o ritmo de investimentos será parecido”, diz.

Timidez

Em comparação com o mercado ame-

ricano, este segmento ainda é tímido no Bra-sil. Vaine acredita que ainda faltam marcos re-gulatórios claros para ter mais investimento nesse setor. “Acredita-mos que a opção de le-asing operacional e fi-nanceiro terá um papel fundamental no inves-timento do setor para aumentar a oferta de serviço de transporte. Foi isto que fez a ferro-via americana crescer tão rápido em pouco tempo”.

O americano Bar-ry Ulrich, presidente do conselho da Ferro-

lease, se diz satisfei-to com o progresso da empresa nos primeiros cinco anos. “A Ferrole-ase é mais do que uma empresa de locação de equipamentos, é uma empresa de serviços ferroviários aliada à gestão de frotas ferro-viárias no Brasil. Esta-mos preparados para apoiar os usuários das ferrovias, financeira-mente e estrategica-mente, enquanto ex-pandem os negócios e o mercado nacional”, afirma.

Da Redação

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Nésio: ”Ela pode ser usada na fabricação de 640 subprodutos”

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Agrojornal Brasil14 julho de 2007

P rodutores de Londrina e re-

gião estão organizando a montagem de uma Alian-ça Mercadológica para produção de carne bo-vina de qualidade, com o objetivo de agregar valor ao produto local e aumentar a lucrativi-dade da pecuária. A ini-ciativa tem apoio da So-ciedade Rural do Paraná (SRP), da Secretaria da Agricultura e do Abas-tecimento do Paraná e da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Seab/Emater).

De acordo com o integrante do Conselho Técnico da SRP, Luigi Carrer Filho, a meta é viabilizar a comerciali-zação de carne bovina padronizada e com qua-lidade, o que resulta em maiores preços e ganhos de produtividade.

O Estado do Para-ná conta até o momen-to com oito alianças mercadológicas – duas delas transformaram-se em cooperativas – que exportam carne. O volume produzido, no entanto, não é suficien-

peCuáRIa de CoRte - a iniciativa tem o apoio da sociedade rural do paraná, da secretaria de aGricultura e emater

Aliança é alternativa para agregar valor à produção de carnete para ampliar a par-ticipação no mercado externo.

Carrer Filho acres-centa que é só por meio da organização em alian-ças que os pecuaristas conseguirão atender exi-gências de manejo para padronização e homoge-neização do rebanho, exi-gência do mercado exter-no nos dias de hoje.

“É como uma es-pécie de ISO 9000 para certificar que a pro-dução da carne é feita respeitando-se o meio ambiente e não explo-rando a mão-de-obra infantil, entre outras exigências”, comenta Carrer Filho. Outras conseqüências da for-mação da aliança são: o melhoramento gené-tico da produção e a capacitação técnica da mão-de-obra.

“Hoje não adian-ta ser apenas criador de boi, é necessário ser produtor de carne. E de carne de qualidade”, acrescenta.

Comissões

Vinte e nove pecu-aristas participaram, no

dia 2 de julho, de uma nova reunião de traba-lho para a implantação da Aliança Mercadológi-ca. O encontro, realizado na Sociedade Rural do Paraná, serviu para defi-nir os responsáveis pelas comissões da aliança.

O próximo encontro foi marcado para o dia 6 de agosto. Essa é a data

limite para adesão ao gru-po. Depois disso, o candi-dato deverá passar por aprovação dos membros.

Foram definidos também os nomes dos responsáveis pelas comis-sões: mercado, indústria e distribuição, tecnologia e produção. Também foi determinada a personali-dade jurídica da aliança.

As comissões fica-rão responsáveis por formatar a comercia-lização e distribuição nos pontos de venda, a definição do frigorífico, embalagens e logística, ações de merchandi-sing, o selo da aliança e o acompanhamento de pastagens e cruzamen-tos genéticos.

A reunião contou ain-da com a participação de técnicos da Emater, Seab e da própria Rural. Mais informações com o inte-grante do Conselho Téc-nico da SRP, Luigi Carrer Filho, pelos telefones (43) 3378-2000 e 9935-0947. As informações são da asses-soria de imprensa da SRP.

Da Redação

Promovido pela So-ciedade Rural do Para-ná, entre os dias 1º e 7 de outubro – no Parque Gov. Ney Braga – o 2º Rural TecnoShow reu-nirá produtores rurais, técnicos do Estado e contará com a partici-pação de especialistas renomados, além da presença das principais lideranças da atividade

2º Rural tecnoShow será em outubro

O norte-americano Willie Altenburg, vice-pre-sidente de marketing da CRI Genética Avançada, profere no dia 30 de julho, às 19h30, palestra no Au-ditório Antonio Fernan-des Sobrinho, no Parque Governador Ney Braga. O tema será: “Tendência do Mercado de Carne no Mundo: Que Tipo de Ani-mais Devemos Produzir?”

O evento foi trazi-do para Londrina pela diretoria da Rural. A palestra é aberta e as inscrições, gratuitas. O agendamento pode ser feito através do telefo-ne (43) 3324-7831, com Angélica ou Elisângela ou pelo e-mail [email protected].

A atividade faz par-te da 1ª Reunião de Trei-namento de Vendas – Corte, evento que ocorre nos dias 29 e 30 de julho em Londrina.

Mais informações podem ser obtidas com o integrante do Conse-lho Técnico da Socie-dade Rural do Paraná, Luigi Carrer Filho, pelo (43) 9935-0947.

Rural é sede de palestra de

especialista norte-americano

Representantes do grupo JBS-Friboi disseram que a compra da americana Swift, anunciada em maio, não modifica os planos de crescimento da empresa. O grupo pretende investir em aquisições na área de bovinos no bloco do Pacífico, além de ampliar operações na Améri-ca do Sul e entrar com mais força na área de suínos. “A aquisição da Swift não altera nossos planos de cresci-mento, é apenas uma nova etapa nesse processo”, disse o presidente do Friboi, Joesley Mendonça Batista.

Segundo Batista, a companhia, criada a partir da integração da Swift com o Friboi, terá capacida-de de alavancagem de US$ 1,4 bilhão, quando atin-gir a margem Ebitda - um indicador de rentabilida-de - esperada, de 3% a 4%, em três ou quatro anos. Atualmente, a margem da Swift é inferior a 1%.

O Friboi anunciou no dia 29 de maio a compra da Swift por US$ 1,4 bilhão, sendo US$ 1 bilhão em dívidas. Para financiar essa compra, a empresa resol-veu fazer uma nova emissão de ações, que totalizará US$ 1,85 bilhão. O BNDESPar, braço de participa-ções do BNDES, anunciou que subscreveria até R$ 1,46 bilhão dessa emissão.

A participação do BNDES viabiliza, conforme nota divulgada pelo banco, “parte dos recursos necessários para permitir a aquisição da Swift & Co., terceira maior empresa de carnes bovina e suína dos Estados Unidos e maior empresa de carne bovina na Austrália”.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse que a operação realizada com o Friboi é “interes-sante e se insere na política de fortalecer empresas bra-sileiras a se tornarem ‘atores globais’ ”.

De acordo com o executivo, essa política leva em conta empresas que possam operar não apenas no mer-cado brasileiro, mas também em outros mercados. Com essa expansão, prosseguiu Coutinho, o grupo vai se tor-nar o maior abatedor mundial de bovinos e o segundo de suínos. Agência Estado

Com BNDESPar, Friboi quer ir além da Swift

O Frigorífico Bertin pretende investir R$ 75 milhões em abatedouro bovino em Rio Branco, capital do Acre.

Em parceria com pecuaristas e empresas locais, cerca de 75% do investimento será da indústria frigorífica.

O governo do Esta-do pretende incentivar a operação de abertu-

Bertin quer investir em frigorífico no Acrera, através do finan-ciamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS) e do aces-so a recursos do Fun-do Constitucional do Norte, desde que a em-presa se comprometa a determinações relacio-nadas à sustentabilida-de ambiental, criação de postos de trabalho

e rastreabilidade do re-banho bovino.

A nova unidade do Grupo Bertin deve-rá atingir capacidade de dois mil abates por ano, até 2010, e sua produção estará vol-tada principalmente para comercialização no mercado externo.

Valor econômico.

agropecuária nacional. Segundo Luigi

Carrer Filho, médico veterinário, integrante do conselho técnico da SRP e coordenador do Rural TecnoShow, na programação oficial, constam seminários, simpósios, palestras, cursos, provas hípicas e equestres - ativida-des programadas para

atender aos interesses dos técnicos, produto-res de grãos e criadores de bovinos de corte, de leite, ovinos, caprinos, suínos, aves e eqüinos. Na 1ª edição do Ru-ral TecnoShow, houve a presença de 1.300 participantes, destaca Carrer Filho, o que evi-dencia a qualidade do evento.

Desde 1º de julho, as cargas de carnes ex-portadas para a Rússia devem ser acompanha-das da nova versão do Certificado Sanitário Internacional (CSI) emi-tido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O novo documento passa

MAPA cria novo Certificado Sanitário

a ser impresso em papel especial, o qual é fabri-cado pela Casa da Mo-eda do Brasil, e tem 12 itens de segurança, com o objetivo de dificultar a falsificação.

Em aproximada-mente um mês, o novo certificado será esten-dido ao mercado euro-

peu e, gradativamente, substituirá o antigo do-cumento emitido para os mais de 150 países importadores de carnes brasileiras. Por ano, são emitidos, em média, 200 mil certificados.

Além do novo mode-lo do CSI, também já se encontra em fase de im-

plantação a etiquetagem individual de cada peça de carne bovina exporta-da para a Rússia – além da atual identificação de cada caixa de produto. As medidas foram acertadas entre o serviço veteriná-rio russo e a missão brasi-leira, que esteve naquele país no início de junho. A

implementação da certi-ficação eletrônica encon-tra-se em fase adiantada de estudos e deverá en-trar em vigor em aproxi-madamente seis meses, complementando o con-junto de medidas para aumentar a credibilidade e a segurança das expor-tações brasileiras.

“Recebemos, em mé-dia, 700 pedidos de confir-mação de autenticidade dos certificados ao ano”, explica o diretor do De-partamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, do Mapa, Nelmon Oliveira. “As mudanças devem reduzir muito es-sas demandas”, analisa.

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Pecuaristas do norte do Paraná querem aumentar a margem de lucro do produto e melhorar a organização do setor

Novo certificado sanitário busca evitar as fraudes nas vendas externas

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Agrojornal Brasil 15julho de 2007

A s exportações b ra s i l e i ra s

de frango atingiram vo-lume, receita e preço recordes no primeiro se-mestre deste ano, o que surpreendeu o setor. De acordo com dados divul-gados pela Associação Brasileira dos Produto-res e Exportadores de Frango (Abef), os em-barques atingiram 1,544 milhão de toneladas no primeiro semestre, au-mento de 24,4% sobre o mesmo período de 2006. A receita cambial no período foi US$ 2,145 bilhões, com incremen-to de 47%. No primeiro semestre de 2005, o vo-lume embarcado foi de 1,351 milhão de tonela-das e a receita atingiu US$ 1,521 bilhão.

Os números ba-teram os do primeiro semestre de 2005, con-siderado excepcional pela indústria, anterior ao surto de gripe aviá-ria que reduziu o con-

avICuLtuRa - seGundo associação Brasileira dos produtores e exportadores, a receita camBial foi de us$ 2,145 Bilhões

Exportação de frango tem o melhor semestre da históriasumo em diversos paí-ses em 2006. O melhor desempenho da receita com relação aos embar-ques deve-se ao preço recorde alcançado pela carne de frango ex-portada pelo Brasil no primeiro semestre, de US$ 1,51 o quilo. Neste valor, estão embutidos a alta provocada pela demanda aquecida no mercado internacional e o aumento dos pre-ços do milho, um dos principais insumos na produção do frango. O câmbio médio do se-mestre ficou em R$ 2,04, segundo a Abef, ante R$ 2,18 em 2006 e R$ 2,44 em 2005.

Os embarques para a União Européia (UE) e o Oriente Médio puxa-ram o resultado do se-mestre e compensaram com folga a queda nas vendas para a Rússia, quarto maior compra-dor individual de carne de frango brasileira. Os

embarques para a UE somaram 271.475 to-neladas, alta de 53,7% ante o primeiro semes-tre de 2006. A receita foi

de US$ 576,7 milhões. Para o Oriente Médio, os embarques totaliza-ram 461,8 mil toneladas (+56,2%) e a receita fi-

cou em US$ 573,8 mi-lhões (+83,2%). Para a Rússia, os embarques ca-íram 13,2%, para 88.361 toneladas, mas a recei-

ta aumentou 13%, para US$ 115,74 milhões, em relação ao primeiro se-mestre do ano passado.

Agência Estado

Em maio deste ano, segundo a Apinco, foram produzidos no Brasil 433,5 milhões de pintos de corte, 10,1 milhões de cabeças a mais que em março/07 (mês, também, de 31 dias e recorde anterior do setor).

O novo recorde representa incre-mento de 15,17% sobre maio de 2006 (época em que o setor ainda se encon-trava em profunda crise) e de 4,6% sobre o mês de abril de 2007. Consi-derada, porém, a produção-dia de um e outro mês (maio tem 31 dias), o au-mento foi de apenas 1,26%.

Com o último resultado, a pro-dução dos cinco primeiros meses de 2007 encontra-se pouco além dos 2,082 milhões de pintos de corte, vo-lume quase 15% superior ao do mes-mo período de 2006. E como a pro-dução de junho dificilmente deve ser inferior à de maio (média diária de quase 14 milhões de pintos de corte), o volume total do primeiro semestre deve superar a marca dos 2,5 bilhões de cabeças. Este montante projeta para todo 2007, um volume global de pelo menos 5 bilhões de pintos de corte – entre 9% e 10% a mais que o produzido em 2006.

Até o fechamento desta edição, o volume de pintos de corte produzido num espaço de 12 meses (junho de 2006 a maio de 2007) soma 4.846,7 milhões de cabeças e apresenta expansão de 4,25% sobre o mesmo período anterior.

Depois de encerrar o primeiro quadrimestre do ano com expansão negativa (-12%) em relação ao mes-mo período de 2006, o alojamento de matrizes de postura teve uma reversão e apresentou expansão de praticamente 11% sobre os cinco primeiros meses do ano passado. Se-gundo dados divulgados pela União Brasileira de Avicultura (UBA), o número de matrizes alojadas supe-rou em 258% o alojamento de maio de 2006.

Para as matrizes de linhagens produtoras de ovos brancos, o vo-lume aumentou 244%, passando de 18.026 cabeças há um ano para 62.067 cabeças em maio de 2007. O acumulado no ano – 210.477 matri-zes de ovos brancos – apresenta va-riação de apenas 2,84% sobre os cin-co primeiros meses de 2006.

Já as matrizes de linhagens pro-dutoras de ovos vermelhos registra-ram expansão de 306%, passando de 5.197 cabeças em maio do ano passado para 21.100, após um ano. Com isso, o alojamento acumulado no ano, que já vinha se ampliando nos últimos dois meses, passou a ser 34,37% superior ao do período janeiro-maio de 2006.

O alojamento global de matrizes de postura em cinco meses somou 301.797 milhões de cabeças, apre-sentando evolução de 10,70% sobre o mesmo período de 2006. Vale res-saltar, neste caso, o aumento signi-ficativo das matrizes de linhagens produtoras de ovos vermelhos em relação ao total alojado. Enquanto que, nos cinco primeiros meses de 2006, as matrizes de ovos vermelhos eram menos de 25 em cada 100 cabe-ças de postura alojadas, neste ano, somam mais de 30 para cada 100 ma-trizes – um aumento de participação de mais de 20%.

Pintos de corte alcançam a marca dos 2,5 bilhões

O Paraná manteve a liderança dis-parada no ranking dos estados brasilei-ros produtores de frango, com 24,9% do total da produção nacional, contra 18,8% de Santa Catarina, o segundo colocado. Os números fazem parte da Pesquisa Tri-mestral do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Gali-nha, divulgada em junho pelo IBGE, que revela ainda que, no período, foram aba-tidos um bilhão de frangos no país.

A pesquisa mostra que o Paraná pro-duziu cerca de 260 milhões de unidades, na frente de SC, com 196 milhões, e RS, com 179 milhões (17,2% da produção na-cional). Portanto, a produção nacional se-gue concentrada nos três Estados do Sul, que juntos totalizam 60% do abate de frangos no país. O Sudeste vem a seguir com 24,3% e o Centro-Oeste é o terceiro colocado com 11,3%.

Paraná mantém liderança na produção nacional de frangos

Alojamento de matrizes de postura cresce 10% no ano

No primeiro semestre de 2007, mais de 1,5 bilhão de quilos de carne de fran-go (1,539 milhão de toneladas) fluíram para o exterior por sete portos: Itajaí (SC), Antonina (PR), Rio Grande (RS), Santos (SP), São Francisco (SC), Rio de Janeiro e Sepetiba (ambos no RJ). Juntos, os sete responderam por 91,5% dos embarques ocorridos, respondendo

Itajaí (SC) e Antonina (PR) respondem por quase 70% dos embarquespor um volume que, somado aos 8,22% de embarques realizados por locais não identificados, corresponde a 99,72% do total exportado.

O restante está distribuído por mais de uma dezena de outros portos, aeropor-tos e pontos rodoviários de fronteira. In-cluem-se entre os pontos de despacho da carne de frango, portos como o de Salva-

dor, Fortaleza, Guajará-Mirim e Corum-bá (os dois últimos, fluviais), aeroportos como o de Guarulhos e o de Campinas, em São Paulo, e cidades como São Bor-ja, Jaguarão, Uruguaiana e Chuí, no Rio Grande do Sul; Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina; Foz do Iguaçu, no Para-ná; Ponta-Porã, no Mato Grosso do Sul; e Cáceres no Mato Grosso.

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A carne de frango obteve um aumento de quase 25% nos embarques do produto, nos seis primeiros mêses do ano

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Agrojornal Brasil16 julho de 2007

O preço inicial de R$ 8,00 a

caixa de morango - com quatro cumbucas no total de 1,6 kg - está fazendo a festa da rentabilidade do produtor rural londri-nense Ailton Carneiro, 43 anos, que fornece sua produção para o mer-cado consumidor local e, principalmente, para os clientes visitantes da Chácara Carneiro, no sis-tema de colha e pague.

Pioneiro na ativi-dade, com experiência de 21 anos no cultivo do morango na periferia de Londrina, Carneiro é entusiasta e se con-sidera especialista de tanto praticar e difun-dir novas tecnologias, buscando sempre au-mentar seu lucro, mes-mo com investimentos elevados, “algo em tor-no de R$ 40 mil por hec-tare, se fosse implantar agora nova área”.

Na sua chácara de 12 mil metros quadra-dos, além de produzir

fRutICuLtuRa - no paraná são aproximadamente 400 hectares de moranGo que produzem em média 15 mil toneladas

Londrina: morango tem boa perspectiva de mercado

muda de olerícolas em estufas e fornecer em bandejas de isopor, manter área de mora-dia, barracão e esta-cionamento para aten-dimento dos clientes. Carneiro inovou na con-

dução de oito mil plantas de morango. Ele procura obter durante a safra a média de mais de um quilo de fruto por planta e receber durante cinco meses os seus tradicio-nais compradores.

Rotação de Culturas

Para manter frutos grandes, bonitos, sa-borosos e mais limpos de agrotóxicos, ele uti-liza rotação de cultu-ra. Além disso, muda anualmente a área de cultivo e faz adubação verde para aumentar a matéria orgânica do solo. Carneiro cobre os canteiros com plástico branco, que reflete os raios solares, reduzindo o aquecimento dos fru-tos e também evitando entrada de ervas dani-nhas, mas que refresca o ambiente para segu-rar a umidade do solo e evitar a ciração de focos de doenças nas folhas. O agricultor aplica a ferti-irrigação por gote-jamento e, pela adoção de técnicas de manejo de pragas, também pro-cura reduzir bem o uso de agrotóxicos.

Segundo o enge-nheiro agrônomo Élcio Félix Rampazzo, res-

ponsável pelo Progra-ma de Fruticultura do instituto estadual de extensão rural da Ema-ter, vinculado à Secre-taria da Agricultura e do Abastecimento, a vantagem obtida por Carneiro vem do seu alto grau de profissio-nalização, necessário porque a cultura do morango exige domí-nio de tecnologia de produção.

Outra vantagem apontada pelo exten-sionista em relação ao produtor é a localiza-ção geográfica da área de produção, dentro do grande centro consumi-dor de Londrina. “Em-bora no transcurso até o pico da safra o quilo do morango pode diminuir de R$ 7, 00 até R$ 4,00”, assegura Rampazzo.

Diversificação

No Paraná, são apro-ximadamente 400 hecta-res de morango que pro-duzem em média 15 mil

toneladas - com a Região Metropolitana de Curi-tiba respondendo por 50% desse total. O Norte Velho produz 25%, inte-grando os municípios de Jaboti, Pinhalão, Tomazi-na e Salto do Itararé. Os restantes, ou seja, 25% estão nas regiões de Londrina, Maringá, Ivai-porã, Apucarana, Campo Mourão, Umuarama e Cascavel.

A importância do morango na diversifica-ção agrícola da proprie-dade familiar é muito grande, afirma Rampa-zzo, “porque promove um bom período de ren-da quase diária, ocupa a mão-de-obra da família e é mais um bom negó-cio no campo, graças à diversidade de aprovei-tamento do fruto, pelo processamento em lácte-os, panificação, geléias e sucos”.

Mais informações sobre o programa de fruticultura da Emater: (43) 3341-1411.

As exportações de frutas tiveram um au-mento significativo no primeiro semestre de 2007, comparando ao ano anterior. De janei-ro a junho, foram ex-portadas 372 mil tone-ladas em 2007 contra 326 mil em 2006, re-presentando um cres-cimento de 14% em vo-lume. Quanto ao valor, as exportações dos seis primeiros meses do ano representaram US$ 203 milhões, 30% a mais que em 2006 - US$ 156 milhões. Maurício de Sá Ferraz, gerente da central de serviços de exportação do Ibraf,

afirma que “apesar do aumento do valor das exportações, a margem de lucro do exportador diminuiu por causa do Custo Brasil, ou seja, dos recentes reajustes de preços dos pedá-gios, do frete marítimo, aéreo, etc. Houve um aumento de custos em todo o processo logísti-co, desta forma, estes números significam que o exportador está gastando mais sem re-ceber mais”.

A maçã foi a prin-cipal fruta responsável pelo aumento das ex-portações, a fruta teve um crescimento de cer-

ca de 100%, passando de 53 mil toneladas em 2006 para 106 mil to-neladas em 2007. Este crescimento, segundo Pierre Nicolas Péres, presidente da Associa-ção Brasileira de Pro-dutores e Exportado-res de Maçã – ABPM, “é conseqüência da vol-ta de uma colheita qua-se normal, com fruta de boa qualidade e de bom calibre, além disso, a Europa está com esto-ques menores que nos últimos anos e preços mais atrativos, embora o câmbio não seja nada animador, todo este con-junto resultou na recu-

Com safra supe-rior aos 3 milhões de toneladas em 2006, o tomate para processa-mento é um dos princi-pais produtos da agri-cultura do país. Entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro, essa cadeia produtiva terá a oportunidade de co-nhecer as novidades do setor, durante o Con-gresso Brasileiro de To-mate Industrial, na Fe-deração da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), em Goiânia.

O encontro é reali-zado pela WIN Central de Eventos, e conta com a parceria da Em-brapa Hortaliças (Bra-sília-DF), da FAEG, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Associação Brasileira de Horticultura (ABH).

Um dos objetivos do congresso é reunir profissionais, entidades

O Instituto Agronô-mico do Paraná (Iapar), autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abas-tecimento, lançou no final de junho, o livro Viticultura tropical: o sistema de produção no Paraná, cujos editores são dois pesquisadores do Iapar, Sérgio Carva-lho e Antônio Kischino, já falecido, e um pro-fessor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Sérgio Ruffo.

Segundo o diretor técnico-científico do Instituto Agronômico, Arnaldo Colozzi Filho, o livro é uma síntese, sistematizada, das prin-cipais tecnologias para a produção de uva no Paraná. Ele acrescenta dizendo que o livro “re-úne o trabalho de mais de 20 pesquisadores do Instituto que, a partir de enfoques diferen-tes, trazem uma grande contribuição para a vi-

tomate industrial terá congresso nacional

Volume das exportações de frutas cresce 14%peração das exportações brasileiras de maçã”.

Mercado Internacional

Frutas como limão, abacaxi e figo também tiveram crescimento nos seis primeiros meses do ano, porém, banana, manga e mamão apre-sentaram uma leve que-da, que foi causada por uma série de motivos que vêm agravando os rendi-mentos dos exportadores brasileiros, como proble-mas de infra-estrutura, baixa do dólar, produ-tor descapitalizado, gre-ve dos fiscais federais agropecuários, barreiras comerciais disfarçadas

de fitossanitárias, super oferta de algumas fru-tas que causam baixa no valor de mercado, entre outros. Ferraz ressalta que “o resultado das exportações não está negativo porque muitos exportadores não que-rem perder o acesso ao mercado internacional, outro fator é que muitos contratos com a União Européia são fechados em euro, que não teve uma queda tão expressi-va quanto o dólar”.

Apesar destes fato-res os produtores vêm se preparando cada vez mais para atender as exigên-cias do mercado interna-

cional, de olho no incenti-vo mundial por produtos mais saudáveis e naturais. Ações de capacitação em Boas Práticas Agrícolas e marketing internacional também vêm sendo reali-zadas pelo Ibraf em par-ceria com o Sebrae-SP e a Apex-Brasil, visando pro-mover a qualidade da fru-ta brasileira e seus deriva-dos no mercado externo. “Temos grande potencial de crescimento, porém, precisamos que alguns gargalos sejam resolvi-dos para que o produtor e o exportador possam continuar crescendo de forma sustentada”, afir-ma Ferraz.

Livro aborda a viticultura no Paraná ticultura do estado”.

Para Colozzi, a pu-blicação dessa obra “é o desfecho com chave de ouro do investimen-to em pesquisa rea-lizado pelo Iapar em benefício da sociedade paranaense”. Carva-lho lembra que quem começou a escrever o livro foi o pesquisador Kishino, que faleceu há três anos. “Muito dedicado ao trabalho e de poucas palavras, Kishino estudou a viti-cultura por muito tem-po, reuniu conhecimen-tos, agregou técnicos e produtores em torno da uva, pesquisou e de-senvolveu tecnologias que hoje são aplicadas em todo o Brasil”, re-lembra Carvalho. Para ele “foi uma honra ter trabalhado com o Dr. Kishino por muitos anos, muito me honra ter sido escolhido para terminar tão importan-te obra”.

Segundo Ruffo, o li-vro aborda os aspectos mais importantes de toda a cadeia produtiva da uva de mesa no esta-do. Ele também diz que “nele é discutido desde os aspectos econômicos da viticultura até o ge-renciamento dos recur-sos financeiros, de pro-dução, de pessoal e da comercialização”.

Ainda de acordo com o pesquisador, a obra “em uma aborda-gem bastante minucio-sa, trata da relação dos fatores climáticos do estado com o desenvol-vimento da planta, base para o estabelecimento de técnicas avançadas, como a dupla safra anu-al, marca registrada do Norte do Paraná”.

e empresas que atuam no setor para gerar ne-gócios e oportunidades. O evento também visa proporcionar debates nas áreas técnicas e científicas, com a reali-zação de palestras, ex-posição de trabalhos acadêmicos e visitas técnicas a campos de produção e indústrias de processamento.

As inscrições para o Congresso Brasileiro de Tomate Industrial po-dem ser feitas no websi-te: www.congressotomate.com.br.

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Carneiro se considera especialista na produção da fruta

Gerenciamento da atividade está entre os tópicos mais importantes

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Agrojornal Brasil 17julho de 2007

O Instituto Agro-nômico do Pa-

raná (Iapar), autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultu-ra e do Abastecimento, comemorou 35 anos de fundação no dia 29 de ju-nho com uma grande fes-ta. Estiveram presentes o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes; o vice-governador, Orlando Pessuti e os secretários de estado da Agricultu-ra, Valter Bianchini; da Administração e Previ-dência, Maria Marta Lu-nardon; e do Meio Am-biente, Rasca Rodrigues.

O secretário de de-fesa agropecuária do Mi-nistério da Agricultura, Inácio Kroetz, deputados federais Alex Canziani e Barbosa Neto; e estadu-al Luiz Eduardo Cheida; a Coordenadora da Re-gião Metropolitana de Londrina, Elza Correia;

ConfRateRnIzação - foram prestadas homenaGens ao ex-prefeito dalton paranaGuá e aos secretários de estado

Iapar comemora 35 anos com muitos projetos para o futuroalém de lideranças lo-cais, também marcaram presença.

Foram prestadas ho-menagens ao ex-prefeito Dalton Paranaguá e aos secretários de estado. Na oportunidade, o Iapar também homenageou a família do pesquisador Antônio Kischino, que faleceu há três anos e foi o iniciador do livro Viti-cultura tropical: o siste-ma de produção no Pa-raná, lançado durante as comemorações. O presi-dente do Iapar, José Au-gusto Teixeira de Freitas Picheth, ainda assinou convênio com o Ministé-rio da Agricultura para a liberação de recursos para a fruticultura no estado.

Papel das lideranças

O ministro da Agri-cultura destacou a im-portância do Iapar para

a agricultura e pecuá-ria do Paraná e do Bra-sil. Stephanes salientou o empenho das lideran-ças políticas que traba-lharam para a criação do Iapar. O vice-gover-nador também frisou o papel da instituição e recordou de todo o apoio que o governo do estado vem oferecendo ao Iapar, desde a im-plantação do novo plano de cargos até o aporte de recursos. O secretá-rio de agricultura citou dados que mostraram a posição do Paraná como o maior produ-tor de grãos do Brasil e lembrou que isso é uma realidade graças ao tra-balho de instituições como o Iapar. Picheth destacou em seu dis-curso o histórico da im-plantação do Instituto no início da década de 70 e as contribuições

da instituição para a agricultura e a pecuá-ria paranaense. O pre-sidente lembrou ainda dos avanços conquista-dos ao longo dos anos, como a recuperação do orçamento e o redire-cionamento do quadro de pessoal. Ele também falou do estabelecimen-to de uma nova agenda de pesquisa, na qual se destacam os estudos de bioenergia, a agroecolo-gia, a sustentabilidade da agricultura familiar, o desenvolvimento lo-cal e a diversificação da produção. Para Picheth, “temos muitos desafios pela frente, mas temos, acima de tudo, um es-pírito de equipe e gar-ra que vão nos levar a encarar todos os desa-fios com a coragem e a união que têm sido a marca do Iapar”.

Da Redação

O Iapar, autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, teve mais um projeto de pes-quisa aprovado pela Fi-nanciadora de Estudos e Projetos (Finep), entida-de ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O projeto, no valor de R$ 438.470,00, vai ser usa-do para desenvolver um colhedor de mandioca, uma antiga reivindicação do setor, que sofre com a falta de mão-de-obra.

O diretor técnico-científico interino do Ia-par, Tiago Pellini, afirma que o trabalho de colher mandioca é bastante pe-noso para o homem do campo, que poderá reali-zar outras atividades com o tempo a mais que terá com a colheita mecânica, além de reduzir custos com a contratação de tra-balho temporário.

Segundo o pesqui-sador Paulo Figueiredo, as máquinas de colheita de mandioca existentes no mercado têm muitas restrições por utilizarem muita mão-de-obra. “Al-gumas máquinas usam 12 pessoas para operá-la, o que torna pratica-mente inviável o uso”.

A instituição já está usando R$ 833 mil em dois projetos aprovados pela Finep. O projeto de pesquisa agrícola para produção e uso do biodiesel no Estado do Paraná vai consumir R$ 699 mil em recursos.

Infra-estrutura

De acordo com o pes-quisador Ruy Yamaoka, os recursos estão sendo usados para a criação de infra-estrutura, como construção de barra-cões de armazenamento de sementes e compra de equipamentos, como computadores e instru-mentos de trabalho. “Nós também vamos construir

uma base física para mon-tagem de uma usina de extração de óleo vegetal na sede do Iapar. Nesse local nós também vamos avaliar quais as prensas mais apropriadas para extração do óleo”, expli-ca Yamaoka.

O outro projeto em andamento prevê a regionalização do balanço hídrico no Pa-raná, utilizando sen-soriamento remoto e informações da rede estadual de estações meteorológicas de su-perfície. O projeto está sendo executado pelo Iapar em parceria com o Simepar e a Funda-ção ABC com gastos or-çados em, aproximada-mente, R$ 133 mil.

Conforme o pesqui-sador Paulo Caramori, com o novo sistema, vai ser possível fazer um balanço hídrico deta-lhado do estado com a combinação de infor-mações obtidas pelo sa-télite e os dados das es-tações meteorológicas.

“As chuvas têm uma variabilidade muito grande, principalmen-te no verão, então pode ocorrer de chover na es-tação meteorológica de Londrina, por exemplo, e não chover em Cam-bé. Se não tivermos a possibilidade de cruzar todos esses dados e não houver uma estação em Cambé, nós tomaremos como base os números de Londrina e não sa-beremos que no muni-cípio vizinho a situação foi diferente”, esclare-ce o pesquisador.

Recusos Genéticos

O Iapar deve rece-ber em breve a notifica-ção oficial da aprovação de outro projeto, no va-lor de R$ 420 mil, para a estruturação do setor de recursos genéticos vegetais para o desen-volvimento tecnológico da agropecuária do Pa-raná (Genbiopar).

Conforme Pellini, o projeto vai “prover e melhorar as estruturas

e equipamentos volta-dos à conservação, ca-racterização e avaliação de recursos genéticos vegetais para avanço das pesquisas de me-lhoramento de espécies importantes para o es-tado”.

O diretor técnico-científico interino afir-ma ainda que, somados todos os projetos apro-vados e os em processo de aprovação, o Iapar vai receber R$ 1,69 mi-lhão em recursos da Fi-nep até 2009, mostran-do que a instituição “tem sido muito bem sucedida na captação de recursos para a me-lhoria da infra-estrutu-ra de pesquisa”.

Ele conclui dizen-do que os recursos “são frutos da elaboração de propostas bem focadas, sintonizadas com o de-senvolvimento local e regional, e respaldadas por um corpo técnico de capacidade reco-nhecida no Paraná e no Brasil”.

Finep libera mais recursos para Iapar

Na solenidade de comemoração de seus 35 anos, o Iapar firmou um memorando de entendi-mento com a Embrapa Solos para editar publi-cação e CD-ROM conten-do os novos “Mapas de Solos do Paraná”.

Todo o material sairá de acordo com a nomen-clatura proposta pelo novo Sistema Brasileiro de Clas-sificação de Solos e conte-rá boletim técnico, mapa geral em escala 1:600.000 e 22 mapas regionais, na escala de 1:250.000. Con-forme o entendimento, as obras estarão à disposição

Paraná tem mapas de solos atualizados

do público até o final do ano. Mas os mapas já po-dem ser consultados on line, informa o chefe geral da Embrapa Solos, Celso Manzatto. O endereço é www.cnps.embrapa.br.

Para Gonçalo Sig-norelli de Farias, do Iapar, o levantamento dos solos do Paraná foi realizado pela Embrapa Solos e Embrapa Florestas, no pe-ríodo entre 1973 e 1984. Ele também conta que, em 1981, foi publicado o mapa geral, em parceria com o Iapar, obra que se encontra esgotada há vá-rios anos.

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Stephanes destacou o papel das lideranças políticas

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Agrojornal Brasil18 julho de 2007

O Dia Nacional do Campo

Limpo foi idealizado pelo inpEV em 2005 como forma de mobili-zar, em uma única data, todos os envolvidos no programa de destina-ção final de embalagens vazias de agrotóxicos (agricultores, distri-buidores, cooperativas, indústria fabricante e poder-público) para a ampla divulgação des-ta iniciativa de suces-so para a sociedade. A organização de ativi-dades sócio-educativas

ReCICLagem - comemorações acontecem em 17 de aGosto. outras atividades serão realizadas durante a semana que antecede a data

InpEV e Centrais começam a organizar Dia Nacional do Campo Limpoem escolas, a realização de concurso de desenho e redação e a abertura das centrais de recebi-mento de embalagens para visita da comuni-dade são as principais formas utilizadas para celebrar a data.

Em 2007, as come-morações serão reali-zadas por 96 centrais de recebimento de 21 estados. Atividades de portas abertas de cen-trais de recebimento de embalagens vazias de produtos fitossani-tários serão realizadas

no dia 17 de agosto (sexta-feira), porém outras atividades co-memorativas também acontecerão durante toda a semana que an-tecede a data.

O evento é uma ini-ciativa do inpEV, com apoio da ANDAV – Asso-ciação Nacional dos Dis-tribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários e OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras e realização das Centrais de Recebimento de Em-balagens Vazias.

Da Redação

A ANPARA - Associa-ção Norte Paranaense de Revendedores Agroquí-micos - elegeu durante o primeiro semestre deste ano, em Assembléia Geral Ordinária, a nova diretoria para o mandato de março de 2007 a março de 2008.

Entre os principais objetivos da ANPARA está o de congregar os agentes do mercado de defensivos agrícolas, produtos veteri-nários, sementes e fertili-zantes, visando promover e fortalecer a união entre eles e facilitar o acesso a conhecimentos técnicos.

Conheça a composi-ção da nova diretoria da entidade: - Diretor-Presidente: Edson David Khouri (Produza); - 1º Diretor Vice–Presi-dente: Wagner Amâncio (Sertagro); - 2º Diretor Vice–Presi-dente: Sebastião Severo (Cofercatu); - Diretor Administrativo: Humberto Nogueira Du-arte (Corol);

ANPARA define nova diretoria administrativa

- Diretor Financeiro: Milton Takinami (Coo-perativa Integrada); - Diretor Técnico: Ed-son Massatoshi Hirata (Agroterra); - Diretor Social: Eloy Spag-nolo Júnior (Fazfértil).

Conselho Fiscal

Veja a composição do conselho fiscal:- Walter Bussadori Ju-nior (Agro 100);- Reinaldo Martins Ri-ghetti (Ponto Rural);- José Yochikatu Hara (Agro Hara);- Antônio Aparecido Per-cinoto (Belagrícola); - Tsutomu Utzumi (Agro-tis);- Adão Missias Ribeiro (Agrícola Niágara).

O Conselho de ex-presidentes da ANPA-RA é formado por: Itar Ogawa (Garça Rural), Seisuke Ito (Coopera-tiva Integrada) e Luis Takashi Sudo (Ponto Rural).

Maio registra recorde de

recolhimentoNo último mês de

maio foi atingido o maior volume de em-balagens vazias pro-cessadas em um único mês desde o início das operações do Instituto Nacional de Processa-mento de Embalagens Vazias (inpEV): 2.716 toneladas, número 91% maior do que o desti-nado em maio de 2006 (1.423 toneladas).

O maior volume de embalagens destinado em um único mês havia sido alcançado em julho de 2006, quando foram processadas 2.421 tone-ladas de embalagens.

No período acumu-lado entre janeiro e maio de 2007 os resultados também são positivos: 26% mais embalagens seguiram para recicla-gem ou incineração e já somam um total de 9.079 toneladas de embala-gens processadas (con-tra 7.186 nos primeiros cinco meses de 2006).

O governador Ro-berto Requião auto-rizou a renovação do convênio entre a Secre-taria do Meio Ambien-te e Recursos Hídricos, Instituto Nacional de Processamento de Em-balagens Vazias (Inpev) e a Universidade Fede-ral do Paraná (UFPR), para orientar e capaci-tar agricultores para-naenses na devolução e destinação correta das embalagens vazias de agrotóxicos.

O Paraná é referên-cia na destinação final de embalagens vazias de defensivos agríco-las, sendo responsável por 16% do total reco-lhido no país, entre os meses de janeiro a ju-nho deste ano.

No último mês de junho, foram devolvi-das por agricultores paranaenses 3,7 tone-ladas de embalagens, o que representa 97% da produção consumida no Estado e garante ao Pa-raná a segunda coloca-ção nacional.

“Há seis anos o Para-ná alcançava a nona co-locação em recolhimento

de embalagens. Com esta parceria, que envolve um trabalho constante e efe-tivo junto aos agriculto-res, fabricantes, coopera-tivas e poder público, em favor do meio ambiente, temos garantido um dos melhores índices mun-diais”, destacou o secre-tário do Meio Ambien-te e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

Conseguimos! Pela primeira vez, a popula-ção mundial urbana se igualou em número à população rural.

Das 6.6 bilhões de almas deste mundo, 3.3 bilhões já estão nas ci-dades.

Os dados são do UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas.

O UNFPA também prevê que, em 2050, a Terra terá 9 bilhões de humanos. A grande maioria amontoados em cidades.

Até agora, a única maneira pela qual os seres humanos prova-ram o seu domínio foi pela expansão. Cada vez mais numerosos, nem por isso menos es-túpidos e atrevidos.

Quando é que re-sistiremos à tentação de crescer sem parar?

O planeta nunca permitiu que uma po-pulação viesse a ex-pandir-se indefinida-mente. Populações em crescimento descontro-lado sempre entram em colapso. Aglomerações causam estresse, abun-dância de resíduos e escassez de alimento,

sejam em humanos, bactérias, vacas ou re-polhos.

O estresse gera an-siedade e desordens que resultam na queda de fertilidade e do interesse em reproduzir-se. Quan-do não, em modos menos civilizados de controle de natalidade como agres-sões físicas às fêmeas e à futura prole.

A abundância de resíduos leva a doenças individuais e a pragas co-letivas. Algumas delas re-crudescentes outras, ma-les inteiramente novos.

Paraná é referência na destinação das embalagens de agrotóxicos

Os resultados disso ficam por conta da sorte.

A escassez de ali-mento leva a comporta-mentos destrutivos e de-sintegração social. Até herbívoros, quando em desespero, transformam-se em predadores cruéis e canibais.

Quem pode mais, chora menos.

Ponto de vista: o gato subiu no telhado

“As populações ur-bana e rural pela pri-meira vez se equiva-lem. A previsão é de aglomerações urbanas cada vez maiores

Os seres humanos não são diferentes dos demais inquilinos do planeta. Aliás, somos di-ferentes em apenas um ponto: a presunção. Cre-mos poder dar fim à na-tureza. Ledo engano...

Não somos, nem de longe, uma ameaça à natureza. Somos tão somente uma ameaça a nós mesmos.

Se acabarmos, as demais espécies conti-nuarão muito depois de termos ido embora.

Como o amigo, pre-parando o espírito do colega a fim de contar-lhe que o gato de esti-mação havia morrido:

- Olha, seu gato su-biu no telhado...

As populações ur-bana e rural pela pri-meira vez se equiva-lem. A previsão é de aglomerações urbanas cada vez maiores e suas previsíveis conse-qüências.

O gato subiu no te-lhado. Ou ele desce ou nós caímos.

Luiz Eduardo Cheida é médico, deputado estadual e presidente da Comissão de Ecologia e Meio

Ambiente da Assembléia Legislativa do Paraná

SENAI LoNDRINA PRoGRAMAÇão DE CURSoS – AGoSto 2007

CURSO INÍCIO TÉRMINO INVESTIMENTO

Administração de Custos e Produtividade 25/08/2007 01/09/2007 R$ 80,00

Administração de Materiais 04/08/2007 11/08/2007 R$ 80,00

Auditorias Internas em Sistemas de Gestão da Qualidade 04/08/2007 18/08/2007 R$ 150,00

Auto Cad R14 07/08/2007 04/10/2007 R$ 220,00

Corel Draw 07/08/2007 04/10/2007 R$ 220,00

Custos e Formação de Preços Industriais 04/08/2007 11/08/2007 R$ 90,00

Eletricista Instalador Industrial 06/08/2007 10/09/2007 R$ 395,00

Eletricista Reparador de Sistema Elétrico 11/08/2007 24/11/2007 R$ 495,00

Ferramentas da Qualidade 25/08/2007 01/09/2007 R$ 80,00

Gestão de Custos Industriais 11/08/2007 18/08/2007 R$ 90,00

Hidráulica Básica 06/08/2007 27/08/2007 R$ 385,00

Instalador de Som Automotivo 13/08/2007 28/08/2007 R$ 280,00

Interpretação de Normas Iso 9000 - 2000 11/08/2007 18/08/2007 R$ 90,00

Layout Industrial 18/08/2007 25/08/2007 R$ 80,00

Mecânico de Manutenção Industrial 13/08/2007 08/10/2007 R$ 645,00

Montagem e Manutenção de Redes Locais 06/08/2007 19/12/2007 R$ 375,00

Operador de Empilhadeira 20/08/2007 24/08/2007 R$ 220,00

Soldador Elétrico e Oxiacetilênico 20/08/2007 12/09/2007 R$ 365,00

Soldador Mig Mag Tig 06/08/2007 27/08/2007 R$ 365,00

Torneiro CNC 13/08/2007 13/09/2007 R$ 480,00

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

CURSO INÍCIO TÉRMINO INVESTIMENTO

MBA em Gestão Industrial – Ênfase em Sistemas de Produção Agosto/07 Outubro/08 18 x R$ 330,00

MBA em Gestão de Projetos Agosto/07 Outubro/08 18 x R$ 330,00

MBA para Gestão da Segurança de Alimentos – a distânci@ Agosto/07 Outubro/08 20 x R$ 400,00

Pós- Graduação em Gestão da Segurança em Redes de

ComputadoresAgosto/07 Outubro/08 18 x R$ 330,00

MBA´S E PÓS-GRADUAÇÕES

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Destinação das embalagens de agrotóxicos é a maior preocupação das lideranças do setor

Recolhimento no PR é superior a 16% do total registrado no país

Page 19: Agrojornal Brasil - tudoagro.com.brtudoagro.com.br/files/pdf/1043.pdf · O terceiro - depois da porteira - contém o transporte da produção, sua armazenagem, a industrialização,

Agrojornal Brasil 19julho de 2007

meIo amBIente - proGrama Busca estimular o reflorestamento, a produção madeireira certificada e seus derivados

Projeto que cria fundo de apoio às florestas plantadas é aprovadoF oi aprovado,

no mês de ju-nho, na Comissão de Meio Ambiente da Câ-mara dos Deputados, o Projeto de Lei 1546/03, do deputado Ricardo Izar (PTB/SP), que cria o Fundo Nacional de Apoio às Florestas Plan-tadas. O projeto visa estimular projetos de reflorestamento e a pro-dução madeireira certi-ficada e seus derivados, permitindo a expansão da área plantada e o au-mento das exportações. O relator da matéria, deputado Cezar Silves-tri (PPS/PR), salientou que o cultivo de floresta plantada “representa um importante setor da eco-nomia brasileira, cujo desenvolvimento ainda não se encontra ampara-do pelo governo federal. A partir da aprovação deste projeto podemos

pensar em nesta ativida-de como uma alternati-va concreta para atrair investimentos pesados, gerando riqueza e renda para toda nossa região”.

Emendas

O relator apresentou sete emendas para tornar mais clara a proposta. A primeira acrescenta a participação de represen-tantes da Embrapa Flo-restas, das universidades e instituições de pesqui-sa no Conselho Gestor de Apoio às Florestas Plan-tadas. A segunda inclui representantes do setor industrial no conselho, além do Poder Público e da sociedade civil. A ter-ceira emenda permite in-centivos para a concessão de créditos aos produto-res que fizerem refloresta-mento com a combinação de espécies homogêneas (como o cultivo do euca-

lipto e do pinus) e nati-vas, além da manutenção de áreas de preservação permanente e de reserva legal em bom estado de preservação.

Convênios

Outra emenda pro-íbe a derrubada de flo-resta primária para a implantação de flores-tas plantadas. O rela-tor apresentou também emenda que permite ao Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abas-tecimento a realização de convênios com os agentes financeiros de desenvolvimento, socie-dade civil e prefeitu-ras, com o objetivo de implementar projetos de reflorestamento. Por fim, a última emenda do relator definiu que o Mi-nistério da Agricultura será o responsável pelo planejamento, coorde-

nação e supervisão dos projetos beneficiados com recursos do fundo. O projeto, que tramita em caráter conclusivo

nas comissões, ainda deverá ser analisado pelas comissões de Fi-nanças e Tributação; de Agricultura, Pecuária,

Abastecimento e De-senvolvimento Rural e de Constituição, Justiça e Cidadania.

Da Redação

A Comissão Técni-ca Nacional de Biosse-gurança (CTNBio) apro-vou no final de junho, durante sua 103ª reu-nião plenária, o plantio do eucalipto transgêni-co para pesquisa.

As empresas ou ins-tituições interessadas

CtNBio libera plantio de eucalipto transgênico para pesquisa

Em outubro o Pa-raná vai sediar um dos mais importantes even-tos brasileiros na área de Recursos Hídricos: o IX Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hi-drográficas, que será re-alizado em Foz do Igua-çu. Os preparativos já começaram na Secreta-ria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, coor-denadora do encontro.

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hí-dricos, Rasca Rodrigues, destacou a importância da realização do Fórum, ao lembrar que este será o primeiro encontro na-cional em que todos os Estados brasileiros vão participar. “Além dis-so, será avaliada a im-plementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos, que completa uma década neste ano”, comentou. “É muito gra-tificante saber que o Pa-raná foi escolhido para sediar este evento tão importante para a ges-tão dos recursos hídricos no país”, disse Rasca.

Entre as experiên-cias paranaenses que serão apresentadas no encontro de outubro es-tão a reorganização dos escritórios regionais do Sistema SEMA (com-posto pela Secretaria e suas autarquias) por bacia hidrográfica; os

Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas será no Paraná

avanços dos quatro co-mitês de bacia já insta-lados; o Programa Mata Ciliar – que já plantou mais de 61 milhões de mudas de espécies nati-vas às margens dos rios paranaenses, favorecen-do a qualidade da água destes rios; e o Canal da Piracema – construído em parceria por técni-cos da Suderhsa e da Itaipu Binacional para ajudar os peixes a ven-cerem o desnível de 120 metros entre a superfí-cie do lago do reservató-rio e o rio Paraná.

Escolha do Paraná

A primeira reunião preparatória para o en-contro que acontece em outubro foi realizada em maio deste ano e contou com a participação do coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, Lupércio Ziroldo Antô-nio. Na ocasião, Lupér-cio comentou que o Pa-raná foi escolhido para sediar o encontro pelas ações já em andamen-to voltadas à cobrança pelo uso da água e pre-servação de aqüíferos, entre outras ações que se enquadram à nova política nacional de re-cursos hídricos.

“Os projetos do Pa-raná estão diretamente relacionados ao obje-

tivo do encontro de ar-ticular os Comitês de Bacias Hidrográficas, visando o fortalecimen-to do sistema nacional de recursos hídricos, de forma descentralizada, integrada e participati-va”, afirmou Lupércio na primeira reunião.

Comitês

O Comitê de Bacia Hidrográfica é o fórum de decisão das ações que serão desenvolvidas na área de abrangência da bacia para reverter a poluição já ocorrida e também para proteger as bacias que ainda não foram atingidas pela po-luição. Os comitês geral-mente são formados por 40 integrantes, sendo 14 representantes do Poder Público, 16 do setor de usuários de Recursos Hí-dricos e 10 da sociedade civil organizada.

O Paraná possui 16 bacias hidrográficas e já instalou os comitês da bacia do Alto Iguaçu e afluentes do Rio Ribeira, da bacia do Rio Tibagi, Paraná III e do Rio Jor-dão. “A meta é implantar-mos outros três comitês ainda este ano e, até 2010, totalizarmos 12 comitês instalados de acordo com a definição do Conselho Estadual de Recursos Hí-dricos”, concluiu o secre-tário Rasca.

em estudar a modifica-ção genética da árvore (Eucalyptus GM) de-vem atender a procedi-mentos planejados de plantio para proteger o meio ambiente.

As áreas experi-mentais, por exemplo, terão que ficar isola-

das por uma barreira mínima de “amorteci-mento” – um raio de 100 metros, com ou sem árvores, a partir da borda do campo de pesquisa – e somente após essa área pode ser feito o plantio do euca-lipto comercial.

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RProjeto permite a expansão da área plantada e pode atrair novos investimentos para o setor

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Agrojornal Brasil20 julho de 2007

A Tectrol, há mais de 10 anos no mercado de automação indus-trial, tem colaborado com o desenvolvimento tecnológico das indús-trias, apresentando so-luções inovadoras em hidráulica, pneumática e lubrificação centrali-zada, utilizando equi-pamentos de última geração, mundialmente conhecidos, mantendo um amplo e diversifica-do estoque para entre-gas rápidas, atendendo

tectrol é premiada com top FIVE 2006 Bosch Rexrothas expectativas de seus consumidores.

E com estes objeti-vos, foi com muita ale-gria que, no dia 22 de junho de 2007, a Tectrol recebeu da Bosch Rexro-th o premio TOP FIVE, que é o mais importan-te premio entre os dis-tribuidores autorizados que leva em considera-ção o volume de vendas e o crescimento em rela-ção ao ano anterior.

Agradecemos a to-dos os colaboradores,

clientes e amigos por está nova conquista!

Acesse: www.tectrol-net.com.br

AGRoNEWS

AGRoEVENtoS

A Syngenta apre-sentou novos estudos no combate à ferrugem, dia 27/6, durante o Simpósio Brasileiro de Ferrugem Asiática da Soja, organi-zado pela Embrapa-Soja no Hotel Crystal, em Londrina (PR).

Nilceli Fernandes Buzzerio, pesquisadora de desenvolvimento de produtos da Syngenta/

Syngenta participa do Simpósio de Ferrugem AsiáticaHolambra e vice-presi-dente do comitê de Ação a Resistência a Fungi-cidas (FRAC-Brasil), ministrou palestra, que teve como tema princi-pal os estudos de monito-ramento da susceptibili-dade do fungo causador da Ferrugem Asiática – phakopsora pachyrhizi – obtidos entre as safras 2005/06 e 2006/07.

Considerada refe-rência no estudo de re-sistência a fungicidas e inseticidas, a Syngenta possui um laboratório situado em Holambra/SP que, desde 1997, vem produzindo estudos de baseline e monitoramen-to da suscetibilidade a diferentes alvos e ingre-dientes ativos.

A Merial Saúde Animal, uma das maio-res empresas de produ-tos veterinários do país, lançou recentemente uma nova campanha de comunicação para o antiparasitário Ivomec, que completa 25 anos de mercado com núme-ros impressionantes: é a marca mais lembrada (top of mind) da pecuá-

Merial exibe nova campanha promocional de Ivomecria brasileira e também o produto mais usado, com mais de 200 mil tra-tamentos diários. A base da campanha de marke-ting, idealizada para o primeiro semestre deste ano, é a própria expres-são do produto: Ivomec, a Cara do Boi.

A Merial, joint-ven-ture entre a Merck e a Sanofi-Aventis, é líder

mundial em produtos para saúde animal, com faturamento global de US$ 2,2 bilhões e pre-sença em mais de 150 países. No Brasil, a Me-rial também é líder, com faturamento de R$ 263 milhões, equivalente a 11,5% do mercado de produtos veterinários. Mais informações no we-bsite www.merial.com.br.

Com o slogan “Oxi-tetraciclina de qualida-de tem nome”, a Bayer lança Tetrabac LA, pro-duto antimicrobiano com ação prolongada in-dicado para bovinos, ca-prinos, ovinos e suínos.

Com rápida ação microbiana e fácil apli-cação, o produto é indi-cado no tratamento de diarréias, pneumonias, anaplasmose, mastites, feridas e abscessos, um-bigo, cascos, articula-ções, além de leptospi-rose e na prevenção de possíveis infecções pós-parto. Em suínos é reco-mendado no tratamento da Síndrome M.M.A., leptospirose, rinite atró-fica, pneumonia, erisipe-la, diarréias por colibaci-lose, onfaloflebite, entre outras enfermidades.

Bayer lança tetrabac LA,

oxitetraciclina de longa ação

Aaron L. Wetzel é o novo vice-presidente de marketing, vendas e planejamento da John Deere para a América do Sul. Sediado no Es-critório Regional, em Porto Alegre, ele será o responsável “por li-derar os processos mul-tidisciplinares a fim de desenvolver e monito-rar o plano de negócios para que a John Deere alcance a hegemonia neste importante mer-cado”, como afirmou H. J. Markley, presidente da divisão de equipa-mentos agrícolas para a Europa, África e Amé-rica do Sul e da Divisão Global de Colheitadei-ras da Deere & Com-pany no comunicado de apresentação do novo vice-presidente.

John Deere tem novo vice-presidente de

MarketingA divisão de Saúde

Animal da Pfizer tem uma nova gerente: a en-genheira agrônoma Mér-cia Maróstica. Ela é for-mada pela Faculdade de Agronomia de Paragua-çu Paulista e tem MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getú-lio Vargas. Durante 15 anos trabalhou na Dow AgroSciences Industrial, ocupando diversos car-gos nas áreas comercial e marketing. Sua última posição foi como Geren-te de Marketing para a Linha de Pastagens. A composição de portfólio de produtos para as prin-cipais culturas, o desen-volvimento de equipes no campo, e o sistema de distribuição são algumas das ações prioritárias da executiva.

Pfizer: nova gerente na divisão de

saúde animal

XXII Expo Rondon25/7 a 29/7/2007Local: Mal. Cândido RondonMais informações:

Fone: (45) 3254-1953

2° Congresso Internacional do Boi de Capim 25/7 a 27/7/2007Local: Bahia Othon Palace Hotel - Salvador/BAMais informações:Fone: (071) 2102-6604E-mail:

[email protected]

Curso de comercialização da soja 02/8/2007Local: Londrina/PRMais informações:Fone: (051) 3224-7039E-mail:[email protected]:

http://www.safras.com.br

14ª ExpoTécnica2/8 a 3/8/2007Local: Sabáudia/PRMais informações:Emater – Apucarana Fone: (43) 3422 8644E-mail:

[email protected]

XV EXPOUNIÃO3/8 a 5/8/2007Local: União da Vitória/PRMais informações:Fones: (41) 3283-5566 ou (42)

3523-1011

XXXII EXPOGUÁ3/8 a 12/8/2007Local: Guarapuava/PRMais informações:Fone: (42) 3623-3896

47º Congresso Brasileiro de Olericultura 5/8 a 10/8/2007Local: Porto Seguro/BAMais informações:E-mail:[email protected]

V Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado 7/8 a 10/8/2007Local: Parque de Fenadoce - Pelotas/RSMais informações:Fone: (55) 3025-6005 E-mail:[email protected]

XXI EXPOGOIO8/8 a 12/8/2007Local: Goioerê/PRMais informações:Fones: (44) 3522-1596 ou (44)

3522-1088

VI Congresso Brasileiro do Algodão 13/8 a 16/8/2007Local: Centro de Convenções de Uberlândia/MGMais informações:Site: www.cbamg.com.br/br/index.

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Agroleite 200714/8 a 18/8/2007Local: Parque de Exposições Dario Macedo - Castro/PRMais informações: Fone: (42) 3234-8042Site:www.agroleitecastrolanda.

com.br

8ª TecnoCarne21/8 a 23/8Local: Centro de Exposições Imigrantes – São Paulo/CapitalMais informações:Site:

www.dipemar.com.br

IX EXPOCOP 25/8 a 2/9/2007Local: Cornélio ProcópioMais informações:Fone: (43) 3524-3315 ou 3523-8034

Expointer 200725/8 a 2/9/2007Local: Parque de Exposições Assis Brasil - Esteio/RSMais informações: Fones: (51) 3288-6223 ou 3288-6225, Fax: 3288-6379 E-mail:[email protected]

4º Dia de Campo & Leilão de Caprinos26/8/2007Local: Fazenda Esperança – Ivaiporã/PRMais informações:Fone: (43) 3472 3912Site:www.agroesperanca.com

6º Congresso Brasileiro de Agribusiness27/8 a 28/8Local: Hotel WTC - São Paulo/CapitalMais informações:Site:

www.abag.com.br

Congresso Brasileiro de Produção de Peixes Nati-vos de Água Doce 28/8 a 31/8/2007Local: Sede da Embrapa Agro-pecuária Oeste - Dourados/MSMais informações:Fone: (67) 3425-5122 E-mail:[email protected] Site:

www.cpao.embrapa.br

Congresso Brasileiro de Tomate Industrial 29/8 a 1/9/2007Local: FAEG - Goiânia/GOMais informações:Fone: (062) 3241-3939 E-mail:[email protected]

Exposição de Uberlândia30/8 a 9/9/2007 Local: Uberlândia/MGMais informações: Site:

www.sru.org.br

A Prefeitura de Lon-drina, por meio da Se-cretaria de Agricultura e Abastecimento, promo-ve na próxima semana a “1ª Agrotec Familiar de Londrina”. Durante o evento, será discutida a situação da agricultura familiar na região. Além disso, a semana será mar-cada por uma série de atividades que prestam homenagem ao Dia do Agricultor, comemorado no dia 28 de julho.

O primeiro evento ocorre na terça-feira (dia 24) no Centro de Educa-ção Ambiental no Parque Arthur Thomas, das 9h ao meio-dia. Lideranças dos agricultores familiares da

enContRo téCnICo - evento comemora semana do aGricultor

Secretaria de Agricultura realiza a 1ª Agrotec Familiar

região norte do Paraná vão se reunir com o depu-tado federal Assis Miguel do Couto (PT), com o ob-jetivo de discutir e enca-minhar propostas de am-pliação dos trabalhos da Cooperativa de Crédito Solidário da Agricultura Familiar (Cresol).

Na quarta-feira (dia 25), será realizado o “1º Encontro de Agricultores Familiares na Produção, Melhoramento e Conser-vação de Sementes na Re-gião de Londrina”, das 9h às 17h no Centro de Ciên-cias Biológicas (CCB), da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Durante o encontro serão formula-dos os novos encaminha-

mentos do projeto de uso de sementes, implantado em 2006 nas comunida-des rurais de Guairacá, 80 Alqueries e Pó-de-Serra, onde residem predomi-nantemente agricultores familiares. O encontro também promove a ati-vidade de produção de sementes como caminho para o desenvolvimento da agricultura familiar.

Na sexta-feira (dia 27) é a vez do “1º Seminá-rio Regional Agricultura Familiar: Viabilidade com Sustentabilidade”, na As-sociação Vale das Acácias, das 9h às 17h. Técnicos e lideranças de agricultores familiares assistem pales-tras que vão contribuir e subsidiar grupos de dis-cussão sobre os temas matriz produtiva, gestão da propriedade e geração de renda na agricultora familiar.

A Secretaria Munici-pal de Agricultura ainda promove no sábado (dia 28) o “1º Seminário Regio-nal Agricultura Familiar: Viabilidade com Sustenta-bilidade”, na Associação Vale das Acácias, das 9h às 15h30. O seminário vai apresentar um diagnósti-co da agricultura familiar de Londrina.

Secretário do Estado

Ainda está prevista para sábado a partici-pação do secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, que vai apre-sentar propostas do Go-verno do Estado para o setor. A Associação Vale das Acácias também se-dia na sexta-feira (dia 27) e no sábado (dia 28) a exposição de má-quinas, equipamentos, sementes e outros pro-dutos que poderão ser utilizados pelos agricul-tores familiares.

Às 11h, será reali-zada solenidade em ho-menagem a agricultores familiares pioneiros da colônia nipo-brasileira, em comemoração ao Dia do Agricultor e referência ao Centenário da Imigra-ção Japonesa no Brasil – Imin 100, que ocorrerá em junho de 2008.

“A homenagem aos pioneiros japoneses é uma forma simbólica de valorizar todos os agri-cultores, porque foram eles que proporcionaram o desenvolvimento da ci-dade”, comenta o secre-tário municipal de agri-cultura, Nilson Ladeia.

A “1ª Agrotec Fami-liar” é uma promoção da Secretaria Municipal de Agricultura de Lon-drina, em parceria com a Emater, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e a Universidade Estadual de Londrina. Mais informações na Se-cretaria de Agricultura, pelo telefone (43) 3341-1177; ou na Emater pelo telefone (43) 3326-1629.

De acordo com José Otacílio da Silveira, di-retor comercial da Coim-ma, a grande vantagem nova balança eletrônica é a eliminação de proble-mas com má conexão, que às vezes ocorrem e inter-ferem no sinal recebido pelo indicador eletrônico de pesagem por meio dos

Coimma expõe balança Wirelesscabos. A KT-100 utiliza rá-dio-freqüência para comu-nicação entre um peque-no aparelho transmissor e o indicador eletrônico, que funciona como recep-tor de sinal. O transmissor é conectado às barras de pesagem e afixado na viga da gaiola ou do tronco. Já o indicador pode ser co-

locado em um suporte ou permanecer com o opera-dor. Ao início da sessão de pesagem, o transmissor é facilmente instalado na viga e posteriormente re-tirado.

Mais informações so-bre a balança no telefone 0800 11 2555 ou no site www.coimma.com.br

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