agricultura, pecuária, meio ambiente, turismo, indústria e ......nalidades como acomodação de...

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groin a gronegócios a O Jornal do Agronegócio Brasileiro. Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente, Turismo, Indústria e Energia Jornal 69ª EDIçãO - 4 a 17 de setembro de 2011 circulação MS, MG E SP GovErno PrEPara MEdidaS Para incEntivar a Produção dE cana Medida vai garantir a geração de crédito presumido de PIS e Cofins na venda de cana-de- açúcar que for destinada à produção de álcool EMbraPa MoStra aS raízES dE uM SiStEMa PEcuário SuStEntávEl A Embrapa Pecuária Sul mostrou como o manejo correto do campo, além de melhorar o potencial produ- tivo, também pode beneficiar o solo e, consequentemente, todo o sistema de produção pecuária. Página 9. Produtos in natura como verduras e frutas, alimentos orgânicos, além de derivados do leite e mel, estão entre os produtos em negociações duran- te o Encontro de Agro Alimentos, promovido pelo Sebrae no dia 15 de setembro, a partir das 7h, em Campo Grande. Página 7. SEbraE ProMovE Encontro dE nEGócioS coM ProdutorES ruraiS conSuMo dE lEitE do braSilEiro é MEnor do quE SE PEnSava diz EStudo aGroPEcuária E indúStria PuxaM dESacElEração do Pib braSilEiro EM São Paulo, Produção dE laranja MiGra Para o cEntro-Sul do EStado Página 11. Página 15. Página 5. P ara incentivar a produção de cana, o governo deve lançar, dentro de pouco tempo, novas medidas de apoio ao setor. Se- gundo o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Bertone, já está praticamente pronta uma medida que vai garantir a geração de crédito presumido de PIS e Cofins na venda de cana-de-açúcar que for destinada à produção de álcool. Se- gundo ele, mecanismo semelhante já existe para a venda de cana que é direcionada à produção de açúcar. Bertone, entretanto, não especificou quando a medida será ofi- cialmente anunciada. O tema atualmente está em estudo no Ministério da Fazenda. Bertone destacou que também está sendo avaliada a criação de uma linha de financiamento para garantir tratos cultu- rais e renovação de lavouras mantidas por usinas, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BN- DES). "Sentimos a necessidade de ter uma taxa mais atrativa para o setor", destacou Bertone. Continua na página 2. Foto: Wisley Torales / Agroimagebank.com

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Page 1: Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente, Turismo, Indústria e ......nalidades como acomodação de estoques das indústrias e o final do embarque da safra de soja. Além disso, ele

groina gronegóciosaO Jornal do Agronegócio Brasileiro. Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente, Turismo, Indústria e Energia

Jorn

al 69ª Edição - 4 a 17 de setembro de 2011

circulaçãoMS, MG E SP

GovErno PrEPara MEdidaS Para incEntivar a Produção dE canaMedida vai garantir a geração de crédito presumido de PIS e Cofins na venda de cana-de-açúcar que for destinada à produção de álcool

EMbraPa MoStra aS raízES dE uM SiStEMa PEcuário SuStEntávEl

A Embrapa Pecuária Sul mostrou como o manejo correto do campo, além de melhorar o potencial produ-tivo, também pode beneficiar o solo e, consequentemente, todo o sistema de produção pecuária. Página 9.

Produtos in natura como verduras e frutas, alimentos orgânicos, além de derivados do leite e mel, estão entre os produtos em negociações duran-te o Encontro de Agro Alimentos, promovido pelo Sebrae no dia 15 de setembro, a partir das 7h, em Campo Grande. Página 7.

SEbraE ProMovE Encontro dE nEGócioS coM ProdutorES ruraiS

conSuMo dE lEitE do braSilEiro é MEnor do quE SE PEnSava diz EStudo

aGroPEcuária E indúStria PuxaM dESacElEração do Pib braSilEiro

EM São Paulo, Produção dE laranja MiGra Para o cEntro-Sul do EStado

Página 11. Página 15.

Página 5.

Para incentivar a produção de cana, o governo deve lançar, dentro de pouco tempo, novas medidas de apoio ao setor. Se-gundo o secretário de Produção

e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Bertone, já está praticamente pronta uma medida que vai garantir a geração de crédito presumido de PiS e Cofins na venda de cana-de-açúcar que for destinada à produção de álcool. Se-gundo ele, mecanismo semelhante já existe para a venda de cana que é direcionada à produção de açúcar. Bertone, entretanto, não especificou quando a medida será ofi-cialmente anunciada. o tema atualmente está em estudo no Ministério da Fazenda.

Bertone destacou que também está sendo avaliada a criação de uma linha de financiamento para garantir tratos cultu-rais e renovação de lavouras mantidas por usinas, com recursos do Banco Nacional de desenvolvimento Econômico Social (BN-dES). "Sentimos a necessidade de ter uma taxa mais atrativa para o setor", destacou Bertone. Continua na página 2.

Foto: Wisley Torales / Agroimagebank.com

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GovErno PrEPara MEdidaS Para incEntivar a Produção dE canaEssa nova linha não envolve

recursos do Plano de Safra, destacou o secretário. Bertone lembrou que o Plano de Safra já destinou recursos exclusivos

para os fornecedores autônomos de cana. Em relação aos produtores individuais, as medidas já foram tomadas", afirmou. os produtores independentes respondem por cerca de 20% da oferta de cana. o restante da produção é obtida em lavouras das próprias usinas, destacou.

o secretário de Produção e Agroenergia do Mapa voltou a defender a necessidade de construção de 15 novas usinas de pro-cessamento de cana por ano, cada uma com capacidade entre 3,6 milhões e 4 milhões de toneladas. Ainda assim, ele afirmou que o atual parque de usinas opera com capacida-

de ociosa que permitiria o processamento de até 150 milhões de toneladas por ano. "o desafio é que os processos, hoje, precisam contemplar açúcar, etanol e energia elétrica gerada com bagaço de cana", disse.

Segundo Bertone, a rentabilidade do setor leva em conta a remuneração gerada por todos os produtos obtidos com a cana de açúcar. "E os preços do etanol hidratado estão limitados pelo preço da gasolina", ex-plicou. ou seja, o preço do álcool hidratado está atrelado ao preço da gasolina e isso gera impactos sobre o setor produtivo da cana-de-açúcar. Para o secretário, a melhor alternativa é promover ações que garantam maior competitividade ao álcool e esse di-ferencial terá de ser buscado por meio de ganhos no lado da produção. "Temos de es-tar focados em medidas de reduzam o custo de produção do etanol", disse o secretário, destacando não apenas questões envolven-

do as despesas agrícolas, mas a necessidade de melhores estradas, desenvolvimento de "clusters" (polos especializados) produtivos

e a necessidade de superar as dificuldades geradas pelas diferentes alíquotas de iCMS aplicadas pelos estados.

Foto: Reprodução

CONTINUAÇÃO DA CAPA

JorNaL agroiN agroNegÓCiosCirculação ms, mg e sP

aNo iii - Nº 694 a 17 de setembro de 2011

diretor: WisLey toraLes argueLho

[email protected] - 67 9974-6911

Jornalista responsáveleLiaNe Ferreira / drt-ms 152

[email protected]

direto à redaçãosugestões de Pauta

[email protected]

o Jornal agroin agronegócios é uma publicação de responsabilidade da

agroin Comunicação.

redação, Publicidade e assinaturas rua 14 de Julho, 1008 Centro

CeP 79004-393, Campo grande-msFone/Fax: (67) 3026 5636

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agroiN ComuNiCação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nas entrevistas ou matérias

assinadas.

balança tEM o MElhor aGoSto dESdE 2006Agosto foi o melhor mês para o

comércio exterior brasileiro em 2011, com recordes tanto nas

exportações, quanto nas importações. o bom desempenho levou o Ministério do desenvolvimento, indústria e Comércio Exterior (MdiC) a elevar a meta de ex-portação do ano de US$ 245 bilhões para US$ 257 bilhões. o ministério também anunciou ontem, pela primeira vez, a pre-visão de superávit comercial este ano de US$ 27 bilhões, acima das estimativas do mercado e do BC.

As vendas externas somaram em agosto US$ 26,2 bilhões e as importações, US$ 22,3 bilhões, os melhores resultados mensais da história. o saldo comercial no mês passado ficou positivo em US$ 3,9 bilhões, o maior valor para agosto desde 2006, quando foi de US$ 4,6 bilhões. No acumulado do ano, o superávit chegou a US$ 19,96 bilhões, o maior dos últimos três anos para o período e, muito próximo ao valor alcançado em todo o ano passado, de US$ 20,2 bilhões.

Se os cálculos do MdiC para a balança comercial se concretizarem, exportações, importações e corrente de comércio ba-terão novo recorde histórico este ano. No acumulado em 12 meses, encerrados em agosto, a corrente de comércio já atingiu a cifra inédita de US$ 456,5 bilhões.

"É um novo patamar do comércio exte-rior brasileiro nas duas frentes, com uma tendência de aumento que faz com que tenhamos este marco no mês de agosto", disse a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

Acima da média. Segundo ela, o co-mércio exterior brasileiro está crescendo acima da média das exportações mundiais, de 18%, o que faz com que o Brasil amplie sua fatia de mercado. As vendas externas registraram alta de 30,1% em agosto, em relação ao mesmo período de 2010, e de 31,4% no acumulado dos oito primeiros meses do ano. As importações subiram 26,6% no mês passado e 27,4% de janeiro a agosto. A secretária, no entanto, previu uma desaceleração no ritmo de expansão das vendas externas até o final do ano. Se-gundo Tatiana, elas devem crescer 19,4% de setembro a dezembro.

o secretário executivo do MdiC, Alessandro Teixeira, disse que, tradicional-mente, há um arrefecimento do comércio no segundo semestre, em função de sazo-nalidades como acomodação de estoques das indústrias e o final do embarque da safra de soja. Além disso, ele lembra que o processo de desaquecimento nas economias avançadas, como Estados Unidos e Europa, deve afetar o Brasil.

os dados da balança comercial mos-tram, entretanto, que os resultados recordes das exportações foram impulsionados mais pelo aumento dos preços internacionais do que pela ampliação do volume embarcado para o exterior. Além disso, os produtos manufaturados estão perdendo espaço.

A participação na pauta exportadora caiu de 39,7% entre janeiro e agosto de 2010 para 36,1% no mesmo período deste ano. os básicos foram o que mais ganharam es-paço na pauta, aumentando a participação de 44,3% de janeiro a agosto de 2010 para 47,8% em de 2011.

Foto: Reprodução

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MErcado coMPEtitivo ExiGE GEStão daS ProPriEdadES quE PrEciSaM orGanizar Produção E auMEntar lucro

o mercado interno e externo está cada vez mais exigente tanto no que diz respeito à sanidade quanto à questão política de venda. isto quer

dizer que as empresas rurais que desejam sucesso precisam trabalhar com ferramen-tas de gestão. Quem garante isto é Gustavo Mariosi Silveira, Médico Veterinário e dire-tor de negócios da Ger Rural – Tecnologia e Serviços.

Gustavo comanda uma equipe de profissionais que atua em várias frentes para atender à expectativa do empresário rural que deseja aumentar produtividade, conquistar mercado e também liquidez de seu produto. Ele explica que quando um cliente o procura o primeiro passo é fazer uma entrevista para levantar os ideais deste produtor. depois é feita uma visita à pro-priedade para verificar onde estão os pontos que precisam de adequações e aqueles que podem ser ainda melhor explorados.

“Temos propostas modernas para implantar nas propriedades porque hoje a pecuária necessita, principalmente porque o consumo de carne no mundo tende a

aumentar e muito. os empresários rurais precisam de gestão em tempo real para não perder negócios”, explica Gustavo.

o diretor de negócios da Ger Rural ainda reforça que o planejamento é um dos maiores trunfos do mundo moderno para manter, além de boa estabilidade, o crescimento das empresas. “Temos um

Gustavo Mariosi Silveira, diretor da GER Rural

modelo individual de atendimento e com isto vemos a realidade de cada empresa, pois cada uma delas tem os seus detalhes que podem ser transformados em lucro e ainda respeitar questões importantes como a ambiental”, diz.

Além de ferramentas de gestão que englobam toda a propriedade, a Ger Rural

também oferece serviços específicos como reprodução animal, sanidade, nutrição, pecuária de leite e corte, setor jurídico, entre outros. “Hoje o produtor precisa ter ciência de que as barreiras internacionais precisam ser minimizadas, tendo qualidade de produto, expondo essa qualidade através do Marketing para o mundo. Por isso, entre outros serviços, também oferecemos orien-tação na parte de comercialização da carne”.

Gustavo Mariosi desmistifica o pensa-mento de que investir em gestão significa apenas gastos. Na verdade, o produtor estará investindo na certeza de que seu negócio vai prosperar, conforme o foco que tem toda a equipe de profissionais da Ger Rural.

Rua Manoel Inácio de Souza, 1691 - Vivendas do BosqueCampo Grande-MS, CEP: 79021-190

Tel.: 67 3043-3483 - www.gerrural.com.br

SERVIÇO:

Foto: Wisley Torales / Agroimagebank.com

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GuErra fiScal fEcha friGorífico EM São Paulo

viação E tranSPortES aProva rEGiStro obriGatório Para tratorES

depois de avisar seus 1,2 mil funcionários, o Frigorífico JBS começou no dia 1/9 a desativar a unidade de Pre-sidente Epitácio, no extremo

oeste paulista. o frigorífico vai se transferir para Campo Grande e Naviraí (MS). Para evitar demissões, os funcionários que aceitarem a transferência vão permanecer empregados.

o principal motivo do fechamento é a guerra fiscal entre os estados. "o problema é trazer o boi de Mato Grosso do Sul para abater em São Paulo, o governo paulista não repassa parte dos créditos do iCMS recolhido em outros estados. os créditos

podem ser usados para pagar outros im-postos. Sem o repasse desse dinheiro, as empresas enfrentam dificuldades", declarou um representante do grupo JBS, que pediu anonimato.

Para a fonte, depois de tanta discussão para acabar com a guerra fiscal, chegou o momento de a empresa tomar uma decisão. "São medidas (transferência) para sobre-viver. Passaram anos discutindo a guerra fiscal e nada foi resolvido". Só uma mágica mantém o frigorífico em Presidente Epitá-cio, ironizou o representante, referindo-se às negociações entre o grupo, governo de São Paulo e prefeitura.

o prefeito José Antônio Furlan viajou

A Comissão de Viação e Transportes aprovou na última quarta-feira (1-09) proposta que torna obrigatório

o registro de tratores e de outros veículos agrícolas e de pavimentação de estradas nos departamentos estaduais de trânsito (detrans). Atualmente, o registro e o licen-ciamento anual são obrigatórios sempre que esses veículos forem transitar em vias públicas, como estradas e rodovias.

A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). o texto aprovado pela comissão é um substitutivo do relator, deputado Mauro Lopes (PMdB-MG), ao Projeto de Lei 4607/04, do deputado Edu-ardo Sciarra (dEM-PR). o relator manteve as alterações previstas na proposta original, colocando-as em uma parte do código que já tratava do registro desses veículos.

Segundo o relator, a inscrição de veículos

para São Paulo para tentar impedir a mudan-ça do frigorífico. Ele se reuniu com diretores da empresa e com o secretário Estadual da Fazenda, Andréa Calabi. "Aceitamos conversar", completou o representante. Já em Presidente Epitácio a preocupação é com as demissões. "Fomos surpreendidos, são 1,2 mil funcionários e muitos não vão querer se transferir para Mato Grosso do

Sul", resumiu Marlan de Mello, de 44 anos, secretário municipal da administração. Com 35 unidades em 11 estados e 45 mil funcionários, o grupo JBS, que também atua em sete países, incluindo Estados Unidos e itália, faz, no momento, um remaneja-mento em seis unidades. No ano passado, o faturamento foi de R$ 55 bilhões aqui e no exterior.

agrícolas e de pavimentação no Registro Nacional de Veículos Automotores (Rena-vam) garante informações sobre os atuais e antigos proprietários. “Essa possibilidade é de grande valor para a investigação de furtos ou roubos desses veículos e para o controle da sua revenda ilegal”, afirmou.

outras duas propostas (PLs 2698/07 e 6931/10), que tramitavam apensadas, foram rejeitadas pela comissão.

TRAMiTAção - A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania.

Foto: Arquivo JBS

Grupo JBS vai transferir a unidade de Presidente Epitácio para Mato Grosso do Sul

Foto: Reprodução

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aGroPEcuária E indúStria PuxaM dESacElEração do Pib A desaceleração do Produto

interno Bruto (PiB) no segundo trimestre do ano, ante o trimestre anterior, foi puxada por resultados pífios

da indústria (+0,2%) e da agropecuária (-0,1%) no período, ressaltou Rebeca de La Rocque Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (iBGE). "Realmente a gente vê uma desaceleração do crescimento. A gente continua crescendo, mas em uma taxa mais baixa. Mas temos que lembrar que as taxas mais altas de 2010 têm a ver com o ano de comparação, 2009, que era ano da crise", assinalou. "Quem puxou para baixo, como era esperado, foram agropecuária e indústria."

Na indústria, a expansão de 2,2% regis-trada pela indústria extrativa foi contraba-lançada pelo comportamento da indústria de transformação, que ficou estável neste trimestre. os índices de volume do Valor Adicionado da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana e da construção civil, por sua vez, registraram crescimento de 1,5% e 0,5%, respectiva-mente.

SERViçoS - o crescimento da atividade de serviços de informação, de 1,9% no se-gundo trimestre deste ano ante o trimestre anterior, foi um dos destaques do aumento de 0,8% do PiB no período, informou o iBGE. Na comparação com o primeiro trimestre de 2011, o crescimento do setor de serviços como um todo também foi de 0,8%. Além dos serviços de informação, as maiores elevações foram verificadas em intermediação financeira e seguros (1,6%) e comércio (1,1%).

o índice de volume dos outros serviços

cresceu 1,0%, seguido por administração, saúde e educação públicas (0,6%), trans-porte, armazenagem e correio (0,1%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,1%).

"Serviços continuaram crescendo a taxas bem semelhantes que as do primeiro trimestre", disse a gerente da Coordenação de Contas Nacionais. "Quem pesa mesmo é a parte de telecomunicação. dentro dos serviços de informação, tiveram destaque telefonia, informática e uma pequena parte de TV por assinatura. Mas o pesado mesmo é a parte de telefonia tanto móvel quanto fixa e a parte de informática", explicou Rebeca Palis.

VARiAção No SEMESTRE - A va-riação de 3,6% no PiB do primeiro semestre deste ano foi a mais fraca para um primeiro semestre desde 2009, o ano da crise global. Segundo o iBGE, a taxa de elevação do PiB no primeiro semestre do ano passado foi de 9,2%. Já a variação do PiB no primeiro semestre de 2009 foi negativa, com recuo de 2,9%.

Apesar da retração país continua crescendo, mas em uma taxa mais baixa, diz IBGE

Foto: Reprodução

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Safra dE cana no PaíS PodE cair 5,6%, SEGundo a conab

A produção nacional de cana-de-açúcar a ser moída pela indústria sucroalcooleira na safra 2011/2012 deve chegar a 588,915 milhões de tone-

ladas, 5,6% menos que na safra anterior. o resultado é do segundo levantamento da safra, divulgado nesta terça-feira (30/8) pela Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab).

Em um sinal de que o mercado está em relativo equilíbrio com os atuais níveis de preços, as cotações do açú-

car tiveram ontem apenas uma leve queda na bolsa de Nova York mesmo diante da previsão de um superávit maior na safra 2011/12. A organização internacional do Açúcar (iSo, na sigla em inglês) elevou em 1,2 milhão de toneladas a previsão de supe-rávit global, que agora será de 4,2 milhões de toneladas. Em Nova York, os contratos para março fecharam a 28,73 centavos de dólar por libra-peso, retração de 15 pontos.

A queda na produção de açúcar no Brasil será compensada pela alta em outros países produtores. Com isso, a produção mundial terá um novo recorde de 172,3 milhões de toneladas, alta de 6,6 milhões de toneladas (ou 4%) em relação ao ciclo anterior.

A queda da produção se deve à baixa na produtividade, causada principalmente por fatores climáticos, como a estiagem de abril e outubro de 2010, a escassez de chuva em maio deste ano, a ocorrência de geada nos estados de São Paulo, Mato Grosso e Paraná, além do florescimento excessivo. A falta de renovação dos canaviais e o uso de insumo em escala menor também colaboraram para a queda.

do total de cana a ser esmagada, 51,05% são destinados à produção de 23,687 bi-lhões de litros de etanol. deste volume, 14,550 bilhões de litros são do tipo hidra-tado e 9,137 bilhões do anidro. os 49,95% restantes vão para a produção de 37,069

A iSo prevê para o Brasil queda em 2011/12 de 2,870 milhões de toneladas. Mas estima que na Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar, a produção adicional será de 2,050 milhões de to-

milhões de toneladas de açúcar, inferior em 2,88% à safra passada, quando foram produzidas 38,168 milhões de toneladas.

No que se refere à área destinada ao setor, a pesquisa indica 8,434 milhões de hectares ou ao equivalente a 4,7% a mais que a da safra anterior. o estado de São Paulo ocupa a maior parte, com 4,436 milhões hectares ou 52,6% do total nacional. Em seguida, vêm Minas Gerais (0,759 milhões de hectares), Goiás (0,672 milhões de hectares), Paraná (0,612 mi-lhões de hectares), Mato Grosso do Sul (0,481 milhões de hectares), Alagoas (0,455 milhões de hectares) e Pernambuco (0,325 milhões de hectares).

neladas, e na Rússia, de 1,915 milhão de toneladas. Na União Europeia, o adicional será de 1,525 milhão de toneladas, na China, de 1,125 milhão e na Ucrânia, de 400 mil toneladas.

Foto: Wisley Torales / Agroimagebank.com

Fatores climáticos trouxeram prejuízos ao ciclo 2011/2012

SuPErávit Mundial dE açúcar dEvErá crEScEro consumo mundial crescerá 2,01%. As

exportações globais vão crescer 344 mil de toneladas, para 52,16 milhões de toneladas. Na safra mundial, o maior crescimento em produção virá do açúcar de beterraba, sobretudo por causa da União Europeia e dos países do leste europeu. A previsão da iSo é de que a produção de açúcar de beter-raba crescerá 4,4 milhões de toneladas. do açúcar de cana é esperado um crescimento mais modesto, com oferta adicional na safra 2011/12 de 2,3 milhões de toneladas.

A organização também prevê aumento considerável da produção de açúcar entre os países que são importadores da commo-dity. Esse grupo de países deve produzir 62,433 milhões de toneladas, um aumento de 6,39 milhões de toneladas em relação à safra anterior.

Foto: Reprodução

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SEbraE ProMovE Encontro dE nEGócioS coM ProdutorES ruraiS

Produtos in natura como verdu-ras e frutas, alimentos orgâni-cos, além de derivados do leite e mel, estão entre os produtos em negociações durante o

Encontro de Agro Alimentos, promovido pelo Sebrae no dia 15 de setembro, a partir das 7h, em Campo Grande. Produtores rurais das cidades de Campo Grande, Sidrolândia, Bandeirantes e Terenos são aguardados para o evento, que pretende reunir 80 pessoas, incluindo compradores da cadeia do agronegócio.

As inscrições já estão abertas aos com-pradores, como mini-mercados, hotéis, restaurantes e agroindústrias. Estes em-presários terão a oportunidade de comprar

as hortaliças e proporcionar ao cliente outras opções de consumo. Já os ofertantes, vêem a chance de ampliar o horizonte de mercado e aumentar a margem de lucro. Além da capacidade lucrativa, o encon-tro possibilita também, identificar novos fornecedores, compradores e parceiros.

Segundo a técnica do Sebrae Roberta Marca, o encontro será um verdadeiro in-tercâmbio comercial. de um lado, aqueles que demandam; do outro, os que ofertam. Entre eles o diálogo, peça fundamental para estimular o acesso a novos merca-dos e despertar interesses de compra e venda. Cada reunião terá, em média, 20 minutos, onde ambas as parte vão expor suas necessidades.

Foto: Divulgação

Roberta reforça ainda que os produto-res encontram dificuldades em comercia-lizar. “Esperamos que os canais de comer-cialização ampliem e favoreça uma nova realidade para a economia rural. Gerando tanto negócios imediatos quanto a longo prazo,” completa.

Para os compradores interessados é preciso fazer inscrição prévia pela Central de Atendimento do Sebrae. Se necessário, será encaminhado um consultor até a em-presa para mais detalhes sobre o evento.

CAPACiTAção - No dia 8 de setem-bro, das 7h30 às 12h, o Sebrae promove uma oficina de capacitação aos produtores rurais de como proceder durante o encon-tro, repassando informações sobre técnicas sobre negociação. A palestra será gratuita.

Hortaliças, verduras e legumes estarão entre os produtos comercializados durante o Encontro de Agro Alimentos

Inscrições estão abertas para empresários do setor alimentício interessados em participar das negociações e comprar os produtos ofertados

SERViço:A inscrição para compradores é gratuita e pode ser feita pelo 0800-570-0800. o

Encontro será na sede do Sebrae em Campo Grande (MS), localizada à Avenida Mato Grosso, nº 1661, centro.

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lEilõES dE rEProdutorES GarantEM GrandES MédiaS Em agosto e setembro grandes

leilões foram realizados pela Leiloboi, sempre visando a ne-cessidade do pecuarista. Neste período grandes destaques nos

leilões de reprodutores realizados pela lei-loeira, através de promotores que sempre buscam o melhor o desempenho e ofertas de animais avaliados.

Na busca de características que tragam melhorias, desempenho e evolução no re-banho, os touros ofertados apresentaram genética para ganho de peso, fertilidade comprovado, funcionalidade e acabamento de carcaça, entre outros elementos.

No último dia 25 de agosto aconteceu o Leilão Virtual Top dCC, que ofertou 100 reprodutores Nelore avaliados pelo Sumário

Embrapa/ABCZ, com idade entre 30 e 36 meses, pelo Canal do Boi, o leilão atingiu a excelente média de RS 4.742,76.

No dia 27 de agosto aconteceu um dos leilões mais tradicionais de Mato Grosso do Sul, o 39º Leilão LS, o Leilão do Patriarca, que ofertou 100 reprodutores Nelore, gera-ção 2009, avaliados pelo programa Embrapa Geneplus. o leilão foi uma realização do Condomínio LS e contou com média de R$ 5.721,09 por animal.

outra grande promoção foi o leilão de Torres Lincoln Prata Cunha, no último dia 4 de setembro, em seu leilão Virtual Poty VR, pelo Canal do Boi, que colocou à disposição do mercado 100 reprodutores Nelore Po de 24 a 30 meses, além de 50 matrizes, atingindo ótimas médias.

Foto: Wisley Torales / Agroimagebank.com

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EMbraPa PEcuária Sul MoStra aS raízES dE uM SiStEMa PEcuário SuStEntávEl

Na Expointer 2011, que aconteceu de 27/08 a 04/09, a Embrapa Pecuária Sul mostrou como o manejo correto do campo, além de

melhorar o potencial produtivo, também pode beneficiar o solo e, consequentemente, todo o sistema de produção pecuária.

Monolitos de solo de campo nativo serão expostos em caixas de vidro de 50 cm de altura, 50 cm de largura e 30 cm de profundidade no estande da Unidade na Casa da Embrapa. o monolito que tem o campo mais alto, resultado de um manejo adequado, evidencia raízes mais ativas e profundas. Já o monolito com campo mais baixo, em decorrência do pastoreio excessivo, apresenta raízes menos ativas e mais superficiais.

“Essa é uma nova forma de enxergar o campo nativo, não apenas como alimento para os rebanhos, mas como provedor de outros serviços ambientais”, diz o pesqui-sador Leandro Volk, da Embrapa Pecuária Sul, doutor em Ciência do Solo. Junto com outros pesquisadores da unidade, ele ob-serva diversas possíveis contribuições do campo nativo e do sistema radicular para o ambiente, e acrescenta que metodologias de pesquisa estão sendo desenvolvidas para avaliar com maior precisão o comportamen-to das raízes das espécies forrageiras nativas.

“Há indícios de que o correto manejo do campo nativo leva a uma alteração também da dinâmica do sistema radicular, o que pode determinar maior acúmulo de carbono orgânico, mais resistência à compactação pelo pisoteio dos animais e mais atividade

biológica. Além disso, o aumento de matéria vegetal no solo lhe garante maior porosida-de, permitindo a infiltração de água, uma vez que as raízes que morrem deixam o caminho livre para essa infiltração”, explica.

o que também se observa, segundo o

pesquisador, é que quanto maior o volume de solo ocupado pelas raízes ativas, maior a disponibilidade de nutrientes, além de maior eficiência no aproveitamento da água disponível no solo, garantindo assim mais resistência das plantas aos períodos de seca.

Foto: Embrapa Sul

Manejo correto do campo, além de melhorar o potencial produtivo, também pode beneficiar o solo e, consequentemente, todo o sistema de produção pecuária

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PEquEnoS ProdutorES dE lEitE PodEM qualificar Produção E auMEntar rEndaoito Centros Comunitários de

Produção (CCP) estão sendo ativados no Assentamento itamarati, em Ponta Porã, município localizado a 260

quilômetros ao Leste de Campo Grande (MS). Em cada unidade, será instalado um

resfriador para o beneficiamento do leite de vaca, além de outros equipamentos para qualificar a produção leiteira e aumentar a renda das cerca de 600 famílias da região.

Atualmente, a comunidade possui uma média de 500 cabeças de gado leiteiro que produzem 708 mil litros de leite por ano gerando renda mensal de cerca de R$ 360 para cada família.

"Hoje, 80% do leite são vendidos para uma empresa de laticínios da região, o restante é usado na fabricação artesanal de queijo e requeijão. Com a implantação da CCP, surge a possibilidade de se negociar a pro-dução com outros mercados a preços mais compensadores. A finalidade do projeto é fortalecer a parceria existente com o setor de pecuária leiteira da região, gerando maiores rendimentos a partir da agregação de valor ao leite produzido", explicou o coordenador estadual do programa Luz Para Todos, João Bosco da Silva.

Cada Centro Comunitário de Produção possui uma área de 24 metros quadrados, onde estão instalados um tanque de expansão

para resfriamento de leite com capacidade de 3 mil litros e outro tanque de recepção com capacidade de 200 litros. os produtores rurais também receberam todo equipamento necessário para garantir a qualidade e hi-giene da produção, como régua graduada, lamparina para teste do leite, conjunto para medição de densidade, tambores e baldes e materiais de escritório.

A um custo total de R$ 53,7 mil, a obra contou com parceiros como a Eletrobras, que entrou com aporte de recursos para aquisição de máquinas, equipamentos e outros materiais necessários para operação do empreendimento. A Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) foi en-

carregada pela adequação da rede elétrica no local, enquanto os moradores cederam o terreno e mão de obra da edificação.

o empreendimento teve colaboração da CoAAMS (Cooperativa de Agricultores de MS), que forneceu assistência e apoio técnico para operação dentro dos padrões de efici-ência e condições sanitárias adequadas, e da Eletrosul , responsável pelo apoio logístico , para melhor desenvolvimento dos trabalhos, respondendo também pela fiscalização dos mesmos. o engenheiro da divisão de Projetos Sócio Ambientais da Eletrobras, Fernando Mateus, destaca a importância da união entre Eletrobras, Eletrosul e Associa-ções para o sucesso do projeto.

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conSuMo dE lEitE do braSilEiro é MEnor do quE SE PEnSava

Ao contrário do que se pen-sava, o consumo per capita de leite, estimado em 150 litros por ano no Brasil, não ultrapassa os 128 litros, in-

cluindo seus derivados (leite em pó, quei-jos, requeijão, iogurte, leite fermentado e outros produtos lácteos). A conclusão é da Associação Brasileira dos Produ-

tores de Leite, a Leite Brasil, após recálculo com base em dois estudos:

Pesquisa de orçamen-tos Familiares (PoF)

2008-2009, e estu-do especial

Análise do C o n s u -mo Ali-mentar

P e s -

soal no Brasil, ambos divulgados pelo instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (iBGE), em julho.

Para chegar a esta nova leitura, a Leite Brasil estimou o consumo de leite líquido, leite em pó, queijos e requeijão, iogurte e leite fermentado e outros produtos lácteos, separando o volume consumi-do do volume utilizado pela indústria alimentícia.

o levantamento aponta que o déficit de consumo é de 72 litros, considerando como meta a recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, que sugere três porções diárias de leite e derivados, equi-valentes a 200 litros por ano.

Segundo Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, o estudo mostra que o brasileiro sofre uma defasagem forte de consumo de leite e seus derivados e esse

problema tem de ser solucionado. “É preciso trabalhar em prol da cadeia pro-dutiva como um todo, pois para atingir o nível de consumo ideal recomendado pelo Guia Alimentar, a produção de leite do país precisa aumentar cerca de 50%”, completa.

de acordo com estatísticas da in-ternational dairy Federation (idF), a diferença no consumo de leite líquido é ainda maior quando o Brasil é comparado a outros países. Enquanto o consumo do brasileiro é de 47,6 litros por ano, os uru-guaios bebem, em média, 74,2 litros, e os norte-americanos superam os brasileiros, contabilizando 81,9 litros anuais.

o consumo per capita de queijo no Brasil também é um dos mais baixos do mundo. Enquanto os brasileiros conso-mem 4,4 quilos por ano, na França são comercializados 26,1 quilos.

País está abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 200 litros por ano

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ProjEto quEr criar rEdE dE cooPEração EntrE coMunidadES afrorruraiS da aMérica latina

No Ano internacional dos Afrodescendentes, esta-belecido pela organiza-ção das Nações Unidas (oNU) em 2011, comu-

nidades afrorrurais do Brasil, Equador e Paraná, serão protagonistas do projeto Quilombo das Américas. o objetivo é fa-zer um levantamento dos aspectos sociais, econômicos, alimentares, institucionais, tecnológicos e culturais das comunidades para, a partir dos dados obtidos, construir uma rede de articulação de políticas pú-blicas e cooperação entre as localidades.

“São comunidades em países latino-americanos e caribenhos com trajetórias históricas similares aos quilombos no Brasil e com uma realidade muito pró-

xima da que ocorre no país”, explica o pesquisador Edson Guiducci Filho, da Embrapa Hortaliças (Brasília-dF), que integra a equipe do projeto.

de acordo com o pesquisador, o pro-jeto conta com dois eixos. o primeiro é o acesso a direitos econômicos sociais, cul-turais e políticos. o outro visa promover ações voltadas à promoção da segurança alimentar desses locais.

“obviamente, cada país tem sua cons-tituição e suas especificidades, mas em linhas gerais, a necessidade é garantir di-reitos sociais essenciais, mínimos”, afirma Josenilton Marques da Silva, pesquisador do ipea. o projeto também vai permitir o intercâmbio de experiências e práticas entre as diferentes comunidades.

Para a prefeita de Santa Fe, distrito da província de darién, no Panamá, conhecer comunidades com os mesmos problemas em outros países é uma expe-riência impactante. “Graças ao projeto foi possível ver que há muita coisa que pode melhorar e muitas coisas nas quais nós podemos ajudar. Sinto que essa luta vai servir a todos, pois todos esses países têm o mesmo problema, que vem da época da escravidão”.

Segundo José Chala Cruz, secretário executivo da Corporación de desarrollo Afroecuatoriano (Codae), o Quilombo das Américas é uma oportunidade para os países participantes conhecerem os avanços das nações vizinhas sobre temas como soberania e segurança alimentar. “o governo equatoriano tem uma grande expectativa de ter uma relação de apren-dizagem e intercâmbio de conhecimentos, além do diálogo que pode se estabelecer entre a sociedade civil, os quilombolas e os estados em termos da aplicação de po-líticas públicas que garantam a cidadania

em cada um dos países.” Para o representante do quilombo

Empata Virgem, em Maraú (BA), José Conceição da Silva, o projeto irá propor-cionar melhorias em sua comunidade. Ele também destacou o intercâmbio com outras comunidades como forma de fortalecer uma identidade negra na América Latina.

As atividades são coordenadas pela Secretaria de Políticas de Promoção da igualdade Racial da Presidência da Re-pública (Seppir/PR) e, além da Embrapa, também participam do projeto a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Mi-nistério das Relações Exteriores, o insti-tuto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (ipea), a Secretaria Geral ibero-americana (Segib), o instituto interamericano de Cooperação para a Agricultura (iiCA), Entidade das Nações Unidas para igual-dade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (oNU Mulheres) e o Programa interagencial de Promoção da igualdade de Gênero, Raça e Etnia.

Objetivo é desenvolver políticas públicas que garantam direitos sociais mínimos, além de uma relação de aprendizagem e intercâmbio de conhecimentos entre as localidades

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itr dEvE SEr dEclarado até dia 30

os proprietários de imóvel rural devem prestar contas com a Receita Federal até o dia 30 de setembro. Aque-les que não entregarem a

declaração do imposto sobre a Proprie-dade Territorial Rural (diTR), referente ao exercício 2011, no prazo estipulado pelo Fisco, terão que pagar multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido.

devem entregar o documento todas as pessoas f ísicas e jurídicas proprietárias de imóvel rural, titulares do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive as usufrutuárias; um dos condôminos quando, na data da apresentação da declaração, o imóvel rural pertencer a mais de uma pessoa f ísica ou jurídica, em decorrência de con-trato ou decisão judicial; e os donatários, em função de doação recebida em comum.

devem prestar contas com a Receita aqueles que, entre o dia 1º de janeiro de 2011 e a data da entrega da diTR perderam a posse do imóvel rural. Ficam obrigados tam-

bém a entregar a declaração quem perdeu o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel ao patrimônio do expropriante, em decorrência de desa-propriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, inclusive para fins de reforma agrária. “Além disso, a pessoa f ísica ou jurídica que perdeu a posse ou a propriedade do imóvel rural, em função de alienação ao Poder Público, deve entregar a diTR, bem como o inventariante, em nome do espólio, e um dos compossuidores quando mais de uma pessoa for possuidora da propriedade”.

Na declaração deve conter o documento de informação e Atualização Cadastral do iTR (diac), com todos os dados cadastrais correspondentes a cada imóvel rural e a seu titular, e o documento de informação e Apuração do iTR (diat), com o cálculo sobre a Propriedade Territorial Rural (iTR) e a apuração do imposto correspondente a cada imóvel rural. “É bom ficar atento, por-que os dados constantes no diac integrarão o Cadastro de imóveis Rurais (Cafir), cuja

administração compete à RFB que pode, a qualquer momento, solicitar informações visando à sua atualização”, explica Chio-mento, pontuando ainda que o imóvel rural imune ou isento do iTR está dispensado do preenchimento do diat.

A diTR pode ser transmitida pelo site da Receita Federal ou por formulário, que deve ser entregue em qualquer agência e nas lojas franqueadas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ao custo de R$ 6, ou em mídia removível, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. “Porém, em alguns casos, a declaração deve, obrigatoriamente, ser remetida pela internet. Por exemplo: as pessoas f ísicas que possuírem imóveis rurais com área total igual ou superior mil hectares, em

município localizado na Amazônia oci-dental ou no Pantanal mato-grossense e no sul mato-grossense; quinhentos hectares, em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia oriental; e du-zentos hectares, se localizado em qualquer outro município”, comenta o presidente do CRC SP.

Ele acrescentou ainda que a pessoa jurídica, mesmo a imune ou isenta do iTR, independente da área do imóvel rural, também deve enviar o documento pelo site da RFB, assim como “a pessoa f ísica cujo imóvel, após 1º de janeiro de 2011, teve mais de uma perda da posse por desapro-priação ou alienação para entidades imunes do iTR; e qualquer condômino, quando o condomínio participar de pelo menos uma pessoa jurídica”.

A multa para quem perder o prazo é de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido. o valor não pode ser inferior a R$ 50, no caso de imóvel rural sujeito à apuração do imposto, além de multa e juros. No caso de imóvel rural imune ou isento, a não apre-sentação da declaração no prazo implica em multa de R$ 50.

Foto: Reprodução

Todas as pessoas f ísicas e jurídicas proprietárias de imóvel rural têm que prestar contas com o Fisco

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PláStico vErdE Ganha MErcado E atrai invEStiMEntoS

Em substituição ao petróleo, a cana-de-açúcar. A migração do combustível fóssil para fonte renovável, inicialmente vista com desconfiança, ganhou

novo status no Brasil menos de um ano após o início das operações da primeira fábrica local de resina fabricada a partir do etanol.

o produto, impulsionado pela deman-da de embalagens alimentícias e de itens de higiene e beleza e pelo forte apelo mundial por sustentabilidade, deixou de ser visto como um concorrente direto do plástico produzido com petróleo e deu origem a um novo mercado, cujo protagonismo tende a ser brasileiro.

o primeiro passo foi dado pela

Braskem, com a instalação de uma fábrica em Triunfo (RS) no ano passado e anún-cio de construção de uma nova unidade de resinas em 2013. A americana dow Chemical e a belga Solvay também têm projetos anunciados para o Brasil, todos com base na cana-de-açúcar e voltados para nichos de mercado. “Falamos de um novo produto, que precisa cada vez mais ser diferenciado do produto convencional. É um biopolímero que deve ser comparado com outros biopolímeros”, destaca o dire-tor de Negócios Químicos Renováveis da Braskem, Marcelo Nunes.

A produção de resinas com uso de fontes renováveis ainda é bastante restrita mundialmente, com capacidade total de pouco mais de 700 mil toneladas anuais,

segundo dados da associação europeia que acompanha o mercado de bioplásticos. A Braskem é líder, com capacida-de anual de 200 mil toneladas de polietilenos (PE) verdes, volume que, entretanto, repre-senta menos de 1% da produção mundial dessa resina. o volu-me excedente é concentrado principalmente em países do hemisfério norte que utilizam como matéria-prima milho e trigo, entre outros produtos.

Até 2015, a produção mun-dial de biopolímeros deverá ter um salto de 136%, prevê a European Bioplastics, para 1,7 milhão de toneladas anu-ais. Caso a estimativa seja confirmada, é previsto que o Brasil seja um dos principais destaques dessa projeção.

O produto, impulsionado pela demanda de embalagens e o apelo mundial por sustentabilidade, dá origem a um novo mercado no Brasil

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O Jornal do Agronegócio Brasileiro. Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente, Turismo, Indústria e Energia 14época, a gente faz contrato para o ano com as empresas que tem o produto e com pre-ço pré-estabelecido, desta forma a gente consegue fazer a dieta e programar toda dieta durante o ano – disse Gustavo Aguiar.

Em outra fazenda, o produtor Silvio Sampaio contabilizou os prejuízos durante a seca mais prolongada do ano passado, quando faltou silagem e a produção caiu de 3,6 mil para três mil litros por dia. Ele aprendeu a lição, e este ano está preparado para fazer sobrar comida no cocho.

– Fizemos um planejamento mais adequado e quase dobramos a área plan-tada de milho para fazer silagem. Este ano fizemos1,5 mil toneladas e no ano passado apenas 800 toneladas. inclusive vai até sobrar um pouco este ano se chover em outubro – observou Silvio Sampaio.

Na região do Triângulo Mineiro, na entressafra, a produção chega cair entre 10% e 15%, porque muitos produtores não conseguem preparar silagem suficiente para cinco meses de seca.

– Quem se prepara para produzir mais leite no período de seca tem a vantagem do preço ser maior neste período pela escassez do produto – frisou Sampaio.

ProdutorES dE lEitE dE MinaS EvitaM iMPortação do Produto do MErcoSulA importação de leite do Mer-

cosul preocupa os pecua-ristas nas principais regiões produtoras do país. Se o pre-ço cair nesta época, quando

os custos são mais altos, o produtor vai ter prejuízo. Em Minas Gerais, que responde por 30% da produção nacional de leite, os produtores aprendem a lidar com a seca e procuram investir em silagem. Mesmo com os custos mais altos, a produção aumenta e os preços estão garantindo renda, além de resistirem ao leite importado.

Em plena entressafra, os produtores mineiros estão preocupados com as im-portações, principalmente do Mercosul. Se os preços caírem durante a seca, não vão cobrir os custos.

– Na Argentina, existia a cota em torno de três mil toneladas por mês, que venceu e está em processo de negociação a fixação destas cotas para Argentina e Uruguai. Se

for analisar hoje, o que entra de leite aqui no país equivale à captação dos maiores fornecedores internos de leite do Brasil – disse Alberto do Valle Junior, presidente do sindicato rural de Araxá.

Mesmo com a pressão do produto im-portado, a oferta está menor e o consumo interno do leite vem aumentando. os preços se mantém estáveis. o desafio é manter a produtividade durante a entressafra.

os produtores se prepararam com si-lagem para complementar a pastagem que nesta época é castigada pela seca, mas com a expectativa de que até metade do mês de setembro a chuva retorne para recuperar o verde do pasto. o planejamento é fator determinante, principalmente na região do Cerrado, para estabilizar a produção de leite durante todo ano.

– Esta época que o pasto está muito seco a gente confina o gado e aumenta os custos, mas também aumenta a produção de leite.

Um dos grandes problemas que a gente tem hoje é que o milho, a soja, os produtos de alimentação, estão muito mais caros. isso aumenta muito nossos custos – declarou Gustavo Aguiar, produtor de leite.

o pecuarista Gustavo Aguiar está bem estruturado. Com 195 vacas produz 5,3 mil litros por dia. Com volume e qualidade ele consegue entre R$ 0,92 e R$ 0,94 pelo litro, mas o custo por este sistema mais intensivo é de R$ 0,80. o planejamento é total para alimentar a vaca da silagem de sorgo, e até de milho úmido.

Para reduzir gastos na formulação da ração ele aposta nos produtos alternativos, como a poupa cítrica que veio do interior paulista a R$ 370 a tonelada. o caroço de algodão custa R$ 430, comprado em Ron-donópolis, Mato Grosso. Para garantir o fornecimento desses insumos, tem que fechar contrato.

– Para o caroço e a polpa cítrica, nesta

Realizado no último dia 27-08, o 39° LS Leilão do Patricarca foi mais uma vez um sucesso de vendas com 100% de liquidez. Chancelado pela Leiloboi Leilões Rurais, o remate ofertou 100 reprodutores Nelore, geração 2009, avaliados pelo programa

Embrapa Geneplus. O leilão foi uma realização do Condomínio LS e teve média de R$ 5.721,09 por animal. Senhor Luiz Vieira, responsável pela organização do leilão não

deixou faltar a tradicional Goiabada da LS, brinde oferecido aos compradores pre-sentes no recinto. Teve gente que precisou de ajuda pra levar as goibadas pra casa,

tamanha era a empolgação com os lotes adquiridos um atrás do outro...

39° LS LEiLãO DO PATRiARCA: 100% DE LiquiDEz

Ana Flávia e Cristiano Luiz Vieira e Rodrigo VieiraGracina e Salma

Eduardo e Dr Claudionor Chico Carvalho e Artemio OlegárioMarlene, Nice e Sra BaesoMagno Coelho e Família

Foto: Wisley Torales / Agroimagebank.com

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Produção dEvE alcançar 377 MilhõES dE caixaS

ExPoGEnética tErMina coM alta no faturaMEnto

EM São Paulo, Produção dE laranja MiGra Para o cEntro-Sul do EStado

o diretor de Política Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto, afirmou que as culturas de laranja e

café vêm perdendo áreas de produção devido ao aumento da área de plantio da cana-de-açúcar. “A competição entre es-sas culturas e a cana tem acontecido por causa da expectativa de crescimento do setor sucroalcooleiro”, explicou o diretor na coletiva para apresentação do terceiro levantamento da safra 2011/2012 de laranja realizado pela Conab, nesta quinta-feira, dia 1º. de setembro.

A perda de áreas no norte no estado, no entanto, não provocou queda na produção.

“Há uma compensação pela perda de área, que é a migração para o centro-sul do es-tado, onde o clima é até mais favorável, o solo é novo e a incidência de doenças deve ser menor, por se tratar do primeiro ciclo de plantio na região”, afirmou Silvio Porto.

o estado de São Paulo é maior produtor de laranja do país, com participação de aproximadamente 75% da plantação da fruta. durante a safra 2010/2011, a pro-dução de laranja no estado deverá atingir 377 milhões de caixas de 40,8 kg, o que representa um aumento de cerca de 17% em relação à safra passada, que foi de 322,2 milhões de caixas.

SAiBA MAiS - A pesquisa da safra da laranja é feita pela Conab em parceria com

A produção de laranja no estado de São Paulo deverá atingir 377 mi-lhões de caixas de 40,8 kg durante

a safra 2010/2011. os dados fazem parte do último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anun-ciado nesta quinta-feira, 1º de setembro. Houve um aumento de cerca de 17% em

os números finais da ExpoGené-tica 2011, encerrada domingo dia 21-08, em Uberaba, apontam

um aquecimento no mercado de bovinos avaliados. o faturamento dos dez leilões

Foto: Reprodução

a Secretaria de Agricultura do estado de São Paulo, por meio do instituto de Economia Agrícola (iEA) e a Coordenadoria de Assis-tência Técnica integral (Cati). Utilizam-se recursos de amostragem probabilística estratificada, seguindo o critério de segmen-

tação. o levantamento da fruta começou a ser realizado no segundo semestre de 2010.

os dados foram coletados entre julho e agosto deste ano, mediante aplicação de questionários junto às unidades de produ-ção agrícola.

relação à safra passada, que foi de 322,2 milhões de caixas, e de 6,22% comparado ao levantamento realizado em maio (355 milhões de caixas).

Em relação à área ocupada, o total diminuiu para 580,57 mil hectares, em relação à previsão anterior de 601,6 mil hectares. A redução se deve à erradicação

virtuais e presenciais realizados durante a exposição chegou a R$11,5 milhões contra R$ 10,1 milhões, em 2010. Foram comercia-lizados touros e fêmeas das raças tabapuã, gir leiteiro e nelore.

Cultura perdeu áreas de plantio no norte de São Paulo devido à expansão da produção de cana-de-açúcar. Fatores climáticos também contribuíram

de pomares improdutivos e à migração das pequenas propriedades para o plantio de cana-de-açúcar. A área em produção é de 535 mil hectares e a produtividade média atual chega a 704,8 caixas/hectares e 1,92 caixa/pé.

o crescimento da produção, apesar da redução de área observada no estudo, se

deve à tecnologia aplicada aos novos poma-res e à substituição de áreas improdutivas por novos plantios com maior potencial produtivo. do total produzido, 86% (cerca de 324,3 milhões de caixas) vão para as indústrias processadoras de suco, enquanto 14% (52,79 milhões de caixas) seguem para o mercado de consumo in natura.

Realizada no Parque Fernando Cos-ta, em Uberaba, entre os dias 13 e 21 de agosto, a ExpoGenética também registrou bom volume de vendas e negócios para as empresas presentes. Para Antônio dias Martins, supervisor de vendas da empresa de troncos Romancini, os negócios foram acima do esperado. “Como o mercado de animais está bom, isso tem refletido posi-tivamente nas vendas de equipamentos. A ExpoGenética confirmou essa tendência de alta no mercado. Estreamos muito bem na feira”, diz Martins.

Para Sérgio Barros Gomes, gerente de Relações institucionais da empresa de saúde animal Biogénesis-Bagó, a feira foi uma oportunidade de consolidar a marca junto aos pecuaristas em um momento de

alta nas vendas de produtos voltados para a reprodução animal, como os hormônios utilizados na inseminação Artificial por Tempo Fixo (iATF).

Foto: Wisley Torales / Agroimagebank.com

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Michél Calarge (Cria Consultoria), João Carlos (Adames) e Orivaldo Melo que convida todos a acessar o www.agropecuariaomel.com.br (site assinado pela Agroin Web Sites) e conferir a partir de quarta-feira, os vídeos e fotos dos animais a venda no 1° Leilão Grandes Marcas

Eles fazem e acontecem nos leilões do Mato Grosso do Sul. Os pisteiros Jussara da Leiloboi, Leléco figuraça que leva o público as gargalhadas durante os leilões que participa e a simpática Ângela e ainda Luciano Pires, um dos melhores, senão, o melhor leiloeiro do Estado

EXPO SIDROLÂNDIA 2011 - De 6 a 11 de setembro acontece a 13ª Expo Sidrolândia 2011, o evento terá de acordo com o presidente do sindicato rural, Osório Straliotto, o tradicional Concurso Rainha, Princesa e Princesinha, Concurso Leiteiro, shows musicais e expositores do comércio e indústria. O rodeio acontecerá entre os dias 8 e 11 e os leilões nos dias 8 e 9 . Dia 9 tem o melhor leilão da exposição, o Pérolas do Planalto que está na sua segunda edição e promete bater mais um recorde de média.

Depois do sucesso do 1º Leilão Virtual Canchim, os criadores estão finalizando os preparativos para o segundo remate, que acontece no dia 19 de setembro, às 21h, com transmissão pelo Canal Terra Viva. “Serão vendidos reprodutores de comprovada qualidade superior, aprovados pelos nossos técnicos, e fêmeas prenhes de touros TOP da raça’, garante Raphael Antonio Nogueira de Freitas, diretor de Eventos da Associação Brasileira de Criadores de Canchim. A liquidez quase total nos últimos leilões comprova a crescente procura pela raça Canchim, que, segundo o diretor, é o reconhecimento do mercado que valoriza a qualidade dos animais. O 2º Leilão Virtual Canchim Primavera, que acontece no dia 19/9 às 21 horas, ofertará ao todo 35 touros e 23 matrizes prenhes. O evento tem apoio da Associação Brasileira de Criadores de Canchim (ABCCAN). A transmissão será pelo Canal Terra Viva.

groina 67 3026 - 5636 | [email protected]

por Wisley Torales

2º LEiLãO ViRTuAL CANChim PRimAVERA OFERTARá TOuROS COm quALiDADE ACimA DA méDiA

1° LEiLãO GRANDES mARCAS

A Leilogrande realiza no dia 19, o 5° Leilão Agro-pecuária Paquetá e Convidados, serão ofertados 110 touros CEiP, 75 fêmeas candidatas a New Gen e 20 fêmeas New Gen prenhez com Ceip. Durante o leilão serão ofertadas também doses de sêmen do touro Torpedo da Paquetá, líder do Sumario Aliança. Participam como convidados a Conexão Delta G e o grupo Nelore de Produção, o leilão acontece no Parque de Exposições Laucídio Coelho em Campo Grande a partir das 19h00 e a transmissão é do Agromix e pelo site www.leilogrande.com.br. Já o dia 21 de agosto marcou a estréia da Leilogrande em uberaba-mG, no Leilão Naviraí Camparino, parceria Leilogrande, Estância Bahia e Leilopec. O Naviraí Camparino é um dos principais leilões da Expogenética, o leilão teve média de R$ 13.332,00 e um expressivo número de compradores em mS. “ Foi uma estréia em grande estilo e com um ótimo resultado, tanto para quem comprou quanto para quem vendeu!” afirma murilo Borges.

PROGRAmA LEiLÕES - quem está de volta ao estado e com escritório no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, é a Progra-ma Leilões. No comando da filial mS Valmir Ra-bello (foto), sobre a supervisão de Carlos Nunes (Carlota), está dia-a-dia com os clientes da Pro-grama sempre os assessorando na hora de fazer bons negócios. "A Programa quer ficar mais per-to de seus clientes e também dar uma atenção especial ao cliente do gado de corte, tanto que decidiu abrir a Filial mS para dar suporte a seus clientes" afirma Valmir. A Programa mS realiza toda quarta no Canal do Boi, a partir das 18h horário de mS, o Na Batida do martelo, e aos domingos a partir das 10h o Programa de Do-mingo. informações e cadastros 67 3045.6703 e lances 43 4009-7099. Programa Leilões, mais de 40 anos de experiência em leilões rurais.

Orivaldo melo parece ter descobrido o caminho das pedras, ou dos touros provados melhor dizendo. Depois de

participar das últimas 4 Edições do mega Leilão Genética Aditiva, Orivaldo, Robson

medeiros, Claudio zottesso e Jerônimo machado, também integrantes do grupo Genética Aditiva, se uniram e decidiram realizar dia 19 de setembro às 19h30 o

1° Leilão Virtual Grandes marcas. Serão ofertados 114 touros nelore avaliados pelo programa ANCP Nelore Brasil. A

transmissão é pelo Canal do boi.

Raphael Antonio Nogueira de Freitas, diretor de Eventos da Associação Brasileira de Criadores de Canchim

Edson Reich da Agropecuária Paquetá e Murilo Borges, da Leilogrande

SHOWS - No dia 6, quem sobe ao palco da Expo Sidrolândia é Brenno Reis e Marco Viola, dia 7, Conrado e Aleksandro, dia 8 tem Banda Metrópole, com entrada franca. Dia 9 é a vez de Victor e Vinícius, no sábado, dia 10, tem show de Victor e Matheus, onde os ingressos antecipados custarão R$ 15, e na hora, R$ 20, dias 6 e 7 os ingressos custarão R$ 10 antecipado e R$ 15 na bilheteria. No encerramento da Expo Sidrolândia, no dia 11, a entrada será franca.