agregados 25-04-07 p alunos

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Profa. Me Arqta. Cleusa M. Rossetto - MCCI - Agreg. /Edifícios - FATEC-SP 1 ROSSETTO, C. M. - FATEC-SP (atualização 25 04 2007) 1 FATEC-SP Departamento de Edifícios MATERIAIS DE CONSTRU MATERIAIS DE CONSTRUÇ ÇÃO CIVIL ÃO CIVIL MCC I MCC I Agregados para Concreto Teoria Profa. Me Arqta. Cleusa Maria Rossetto ROSSETTO, C. M. - FATEC-SP (atualização 25 04 2007) 2 AGREGADOS PARA CONCRETO Sumário A. DEFINIÇÃO / IMPORTÂNCIA / CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS Exemplos - Tipos e formação das Rochas A.1 Definição de agregado A.2 Importância A.3 Classificação B. EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DOS AGREGADOS B.1 Exploração - Extração da areia natural B.2 Produção - Agregados naturais britados C. CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO C.1 Granulometria C.2 Índice de Forma C.3 Desgaste por abrasão Los Angeles C.4 Substâncias nocivas C.5 Durabilidade C.6 Ensaios especiais ou facultativos REFERÊNCIA BIBLIOGRÁ FICA

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1

FATEC-SPDepartamento de Edifícios

MATERIAIS DE CONSTRUMATERIAIS DE CONSTRUÇÇÃO CIVILÃO CIVILMCC IMCC IAgregados para ConcretoTeoria

Profa. Me Arqta. Cleusa Maria Rossetto

ROSSETTO, C. M. - FATEC-SP(atualização 25 04 2007)

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AGREGADOS PARA CONCRETOSumário

A. DEFINIÇÃO / IMPORTÂNCIA / CLASSIFICAÇÃO DOSAGREGADOS

Exemplos - Tipos e formação das RochasA.1 Definição de agregadoA.2 ImportânciaA.3 Classificação

B. EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DOS AGREGADOSB.1 Exploração - Extração da areia naturalB.2 Produção - Agregados naturais britados

C. CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADOC.1 GranulometriaC.2 Índice de FormaC.3 Desgaste por abrasão Los AngelesC.4 Substâncias nocivasC.5 DurabilidadeC.6 Ensaios especiais ou facultativos

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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A. DEFINIÇÃO / IMPORTÂNCIA /CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS

NBR 9935 – Agregados – TerminologiaRocha =

material natural consolidado na crostraterrestre, formado essencialmente por

minerais. Baseado em critérios genéticos,ou seja, como foi a sua formação na

natureza, podemos classificá-las, em suamaioria, em 3 grandes grupos:

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Exemplos - Tipos e formação das Rochas

Foto 3 - MármoreFoto 2 - ArenitoFoto 1 - Granito

MármoreGnaisse (da alteraçãodos granitos)Quartzito (da alteraçãode calcários)

Formadas pela alteração gradual na estrutura dasrochas anteriores, seja na textura, estrutura oucomposição mineral, devida à variações decondições f ísicas (temperatura e pressão) equímicas

Rochasmetamórficas

Arenito

Calcário

Consolidação do material transportado edepositado pelo vento, água ou geleirasResultam da deposição de outras rochas ou doacúmulo de detritos orgânicos /precipitaçõesquímicasObs.: São as rochas estratificadas em camadas,sendo a maior parte sob a água

Rochassedimentares

Granito (rocha plutônica- formação intrusiva)Basalto (lava vulcânica -formação extrusiva)

Consolidada mediante esfriamento do magmaObs.: A cristalização e a granulação da rochavaria com a velocidade de esfriamento

Rochasmagmáticas,eruptivas ou ígneas

EXEMPLOFORMAÇÃO / OBSERVAÇÃOCLASSE

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Formação das Rochas

Nota- Em uma mesma família (ex. granito) é normal existiremdiferenças de composição mineralógica entre as várias regiõesdo país. Os agregados resultantes destas rochas mantêm asmesmas características físico, mecânicas e químicas

Famílias de materiais normalmente utilizados como agregados No Brasil

- Rochas ígneas: granitos, dioritos, basaltos, diabásios- Rochas sedimentares carbonáticas: calcários

USA- Rochas sedimentares carbonáticas: calcários e dolomitas.

Espanha- metamórficas: quartizitos

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Influências das rochas e dos agregados naspropriedades dos concretos

Agregados ocupam de 65 a 75% do volume do concreto

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AGREGADOS PARA CONCRETO

A.1 DEFINIÇÃO• NBR 12655:2006 –

Concreto de Cimento Portland –Preparo, controle e recebimento

• Agregado = materialsem forma ou volumedefinido, geralmenteinerte, de dimensões epropriedadesadequadas para opreparo de argamassae concreto.

• Tipo de obra esolicitação (esforços eambientais)- Edificações- Infra-estrutura urbana- Barragem- Blindagem radioativa

• Tipo de lançamento• Dimensões das

peças/armaduras

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AGREGADOS PARA CONCRETO

A.2 IMPORTÂNCIA• Fatores que justificam o uso dos agregados na mistura:

• Técnico - Influências no concreto no estado fresco eendurecido- trabalhabilidade- menor retração por secagem- melhora das propriedades mecânicas (ex. menor desgaste, maior

resistência à compressão)- altera as propriedades físicas (ex. massa específica)

• Econômico- reduz o custo do concreto (custo do agregado é menor que o

custo do cimento)• Ecológico

- quando se aplicam agregados reciclados - reduz o consumo dasjazidas naturais

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A.3 CLASSIFICAÇÃOA.3.1 Termos relativos à natureza

Agregado natural: Material pétreo que pode ser utilizadotal e qual encontrado na natureza, podendo ser submetidoa lavagem, classificação ou britagem. (Ex.: Areia de rio,sexo rolado, pedra britada de basalto, etc.)

Agregado artificial: Material resultante de processoindustrial, para uso como agregado em concreto eargamassa. (Ex.: argila expandida, polietileno expandido)

Agregado reciclado: Material obtido de rejeitos ousubprodutos da produção industrial, mineração ouprocesso de construção ou demolição na construção civil,incluindo agregados recuperados de concreto fresco porlavagem

Agregado especial: Agregado cujas propriedades podemconferir ao concreto ou argamassa um desempenho quepermite ou auxilia no atendimento de solicitaçõesespecíficas em estruturas não usuais.

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Agregado natural:Areia: Agregado miúdo originado através de processos naturaisou artificiais de desintegração de rochas ou provenientes deoutros processos industriais

• areia natural se resultante de ação de agentes da natureza• artificial quando proveniente de processos industriais, de areia

reciclada, quando proveniente de processos de reciclagem• britagem, quando proveniente de processos de cominuição

(redução de tamanho) mecânica de rocha, conforme normasespecíficas

Pedra britada ou brita: Agregado graúdo originado através dacominuição artificial mecânica de rocha

Pedregulho: Agregado graúdo que pode ser utilizado tal qual éencontrado na natureza, sem sofrer qualquer tratamento quenão seja lavagem e seleção

Pedregulho britado: Agregado graúdo originado através dacominuição artificial mecânica de pedregulho

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A.3.2 Termos relativos às dimensõesNBR 7211:2005 – Agregados para concreto – EspecificaçãoNBR 9935:2005 – Agregados – Terminologia.

Tamanho da Partícula:

adequada distribuição granulométrica maior compacidade menor índice de vazios

=maior economia de cimento e ganho de resistência

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AGREGADOS PARA CONCRETOA.3. CLASSIFICAÇÃO

A.3.3 Termos relativos à massa específica• agregado leve: (1800 kg/m³)

– Ex.: argila expandida, poliestireno expandido,vermiculita expandida, escória siderúrgica, ardósia,resíduo de esgoto e lixo sinterizados, pedras pomes,folhelos, rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas, cinzavolante sinterizada, etc.

• agregado normal: (1800 kg/m³ < < 3000 kg/m³)– Ex.: areias e seixos quartzozos, britas gnáissicas,

granitos, calcários, basalto, etc.

• agregado denso ou pesado: (3000 kg/m³)– Ex.: Waterita, Barita, Magnetita, Hematita, limonita,

agregados de aço, etc.

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AGREGADOS PARA CONCRETOA.3. CLASSIFICAÇÃO

A.3.4 Termos relativos quanto à forma das partículas• Forma das Partículas = feição exterior dos agregados GRAÚDOS,

processados ou não• Podem ser: - esferoidais ou equidimensionais

- em forma de disco (achatados) ou lamelares- em forma de bastão (alongado) ou prismáticos

– Calcários e mármores são rochas com ausência de foliação o quelhes confere elevada resistência à quebra e com tendência deprodução de fragmentos equidimensionais (característicadesejável para agregados em concretos)

• Forma das Partículas – quando da sua aplicação - a forma quefavorece o manuseio, obtém maior compacidade e maior resistênciado concreto é a de dimensões (espessura, largura e comprimento)equidimensionais (ou seja, as mais próximas)

NBR 7211:2004 - Índice de Forma = C/e IF 3

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FORMAS DOS FRAGMENTOS GRAÚDOS

Dimensões defragmentos de

agregado Fragmento equidimensional– desejável

Fragmento alongado- indesejável

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A.3. CLASSIFICAÇÃOA.3.5 Termos relativos quanto ao arredondamento das

partículas

• Grau de arredondamento = relação entre o raio médiode curvatura dos cantos e bordas da partícula e o raiodo círculo máximo nela inscrito.

Os termos usados são: angulosos, arredondados,subangulosos; subarredondados

NOTA- Quando comparados dois concretos de mesmofator água / cimento, um com agregados ângulosos e ooutro com arredondados, este último apresenta maiorplasticidade

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A.3. CLASSIFICAÇÃOA.3.6 Termos relativos quanto à textura da superfície• textura superficial - sua avaliação é feita pelo grau de

polimento ou rugosidade da superfície da partículaPodemos ter texturas:- vítrea- lisa- granulada- rugosa- cristalina- esponjosa, e- porosa

NOTA: A rugosidade afeta a aderência com a pasta decimento.

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AGREGADOS PARA CONCRETOCaracterísticas físicas importantes– Composição granulométrica (faixa de distribuição)

Feret, Fuller, Bolomey, Abrams, etc.

Granulometria contínua(> trabalhabilidade, < consumo)

Granulometria descontínua(> resistência)

Granulometria uniforme(> consumo de água)

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Características físicas importantes– Composição granulométrica e forma

Diâmetro X Superfície X Consumo de Água

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Características físicas importantes– Composição granulométrica e forma

Diâmetro X Superfície X Consumo de Água

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• Resistência: Possuir adequada resistência mecânica para suportar as solicitações físico-mecânicas durante a preparação do concreto, e aos esforços estruturais- Resistência à compressão das rochas: – granitos e basaltos = 200 a 300 MPa

- rochas sedimentares = 50 a 250 MPa)(>> que a pasta);

• Módulo de elasticidade:- granitos, basaltos e calcários densos = 70 a 90 GPa (>>concreto (30 GPa), argamassa e pasta)

• Densidade: A densidade é um bom indicador da alterabilidade do agregado.Baixos valores indicam má qualidade do agregado, devido ao aumento da porosidade, alteraçãoe muitas vezes a presença de argilominerais. NOTA- nem sempre esta conjectura é verdadeira -ex. Argila expandida

• Porosidade – % do volume total do agregado ocupada pelos poros.- Geralmente, a porosidade é inversamente proporcional a qualidade do agregado.- Afeta as características de resistência e elasticidade, que por sua vez, contribuem no

comportamento da permeabilidade, absorção d’água e durabilidade do agregadoNOTA- Materiais rochosos com absorção d’água iguais ou menores que 2%, em geral,

produzem bons agregados. Acima deste valor deve-se tomar algumas precauções quandodo seu uso. (Ex. granitos e basaltos 1-2%, arenitos e certos calcários - muito porosos 10 –40%)

• Estrutura dos poros – Refere-se ao tamanho, forma e volume dos poros. Podendo serpermeáveis (interconectados e conectados a superfície da partícula) ou impermeáveis (isolados).NOTA- Para muitas aplicações uma porosidade "permeável" não é desejada nos agregados,quanto maior a porosidade, maior a absorção de água e de soluções salinas ou outros elementosagressivos pelo agregado podendo reduzir a sua durabilidade e inclusive do concreto

Outras propriedades físicas dos agregados:

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Outras propriedades físicas dos agregados:Grau de fraturamento: >> fraturamento = agregados de qualidade duvidosa.

Fraturas = caminhos naturais para a água (que age no intemperismo) ocorrendoalteração das rochas e, de seus constituintes

Com a permeabilidade a água pode atingir os argilominerais expansivos localizadostanto nos poros quanto nas fissuras da rocha

NOTA- A expansão dos argilominerais pode provocar tensões de traçãomanifestadas pelo aumento de volume destes e que pode levar a rocha àdesagregação. Também resulta em agregados menos duráveis frente ao gelo-degelo

• Variação volumétrica: Deve-se, muitas vezes, a variações cíclicas de umidade.– Os agregados devem possuir pequena ou nenhuma variação volumétrica

devido a ciclos de umedecimento e secagem. NOTA- Expansão e contração doagregado produzem forças de tração que podem fissurar o concreto

• Dilatação Térmica: Mudanças de volume do agregado produzidas por variação natemperatura.

– Agregados devem ter coeficientes de dilatação térmica que sejam iguais emtodas as direções, e em todos os minerais constituintes

• Condutividade térmica: Habilidade do agregado em conduzir calor.– Agregados com baixa condutividade termal são desejáveis para prevenção do

congelamento através do pavimento e questionáveis quando da difusibilidadetérmica do calor de hidratação gerado, principalmente nos grandes volumes deconcreto

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Propriedades Químicas dos Agregados:• Reação Álcali-sílica - Os álcalis do cimento (Sódio e o Potássio), em presença de

água, podem reagir com agregados que contenham certos minerais de sílica,formando um gel em volta da partícula do agregado. Este gel umedecido causaexpansão do agregado e consequentemente a do concreto

• Reação Álcali-carbonato - Esta reação é similar à Álcali-sílica, entretanto, nenhumgel visível é formado. Rochas susceptíveis a reação Álcali-carbonato são oscalcários dolomíticos

• Propriedades eletroquímicas – Influenciam na adesividade agregado/ligante

• Presença de minerais metálicos - Alguns componentes metálicos, tal como o óxidode zinco, podem afetar seriamente o concreto. Algumas piritas ao se oxidarempodem causar problemas relacionados a expansão mineral e interferências nacoloração do concreto quando oxidadas

• Presença de sulfetos - Pirita, Marcassita e Pirofilita são minerais acessóriosfreqüentes em rochas que são utilizadas como agregados. Se há oxigênio livre noambiente, provavelmente haverá a oxidação destes minerais provocando a perda deresistência do concreto. A oxidação produz sulfatos solúveis que reagem com amatriz do cimento causando aumento de volume associados a fissuras

• Presença de sulfatos - Quando presente em quantidades suficientes, ou quandoem ambientes saturados e úmidos ossulfatos podem reagir com os componentes docimento resultando em uma expansão excessiva culminando com a fadiga doconcreto

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B. EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DOS AGREGADOS

• Aspecto da sustentabilidade ambiental – muitas vezes énegligenciado pelos mineradores. Com o aumento da pressão, porparte dos ecologistas, há uma constante desavença entremineradores, políticos e a sociedade como um todo, dificultando aaprovação de novas jazidas, perto dos centros urbanos. Quandoisto ocorre o agregado acaba saindo mais caro e, muitas vezes, ficaeconomicamente inviável seu emprego

• Nova realidade mundial - buscar agregados alternativos como: -resíduos, provenientes de demolições ou de novas construções, -rejeitos de indústrias siderúrgicas ou outras, etc., porém, antes deserem aceitos para uso em concreto, estes devem serexaustivamente estudados para se evitar o emprego de materiaiscom propriedades, sejam físico, químico ou mecânica,inapropriadas não só para o concreto como também para o meioambiente e a saúde do usuário

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B. EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DOS AGREGADOS

B.1 Exploração - Extração da areia natural• Os agregados miúdos naturais (areias) normalmente são

constituídos de rochas sedimentares silicosas, depositadasmecanicamente, consolidadas ou não, podendo ser extraídos delavras tipos leito de rio, mar, bancos, barrancos e minasNOTA- As lavras utilizando solo de alteração apresentam maior

contaminação

A extração da areia pode ser feita por dois métodos:• B.1.1 Extração fluvial ou marítima

• Método do Bombeamento – se em rio / curso de água, utilizandopara isto barcaças (chatas) ou, - se em mar, por navios especiais(no Brasil não utilizamos extração de mar). Também são utilizadasdragas especiais para o bombeamento e o transporte de areiasextraídas de aluviões

• Método da escavadeira e caçamba clamshell em curso d’águanavegável por pequeno navio

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AGREGADOS PARA CONCRETOExtração Fluvial ou Marítima – Método do Bombeamento

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Extração Fluvial ou Marítima– Método da escavadeira e caçamba clamshell

Lavra de areia/cascalho em curso d’água navegável (pequeno navio)

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B.1.2 Extração de cava• Areia de cava = areia que se depositou através de

milhares de anos- Extração por aspersão de água com certa pressão, contra os

barrancos de areia desagregando os mesmos. A areiatransportada pela ação da água escoa para um local dedeposição e daí então é bombeada para silos, passandoanteriormente através de peneiras que retém os grânulosmaiores

- Também se pode extrair por retroescavadeiras

NOTA- As areias naturais apresentam-se normalmente associadasa outros materiais conforme o ambiente de formação dodepósito; é freqüente a mistura com materiais finos, restosorgânicos ou não. A areia do mar por sua vez contém sais

- Matérias orgânicas e sais, entre outros materiais, influenciam, namaioria das vezes, negativamente nas propriedades dasargamassas e concretos.

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AGREGADOS PARA CONCRETO

B.2 Produção - Agregados naturais britados Fatores na seleção de jazidas:

- volume disponível para extração- qualidade da rocha para aplicação em concreto- proximidade de centros urbanos- disponibilidade de estradas- energia elétrica e água

Processo de extração e beneficiamento – as usinas de processamentode pedras/rochas britadas podem assumir diversas soluções e plantascontendo:- Desmonte da jazida (detonadores ou outros)- Britador de um ou mais tipos (adequados ao tipo de rocha)- Operação de classificação granulométrica (peneiramento)- Operação de limpeza (lavagem)

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Esquema geral do processamento de agregado natural britado

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Processamento de agregado natural britado

B.2.1 Seleção da jazida de rochaA seleção é feita por geólogos onde se considera fatores economicamente etecnicamente viáveis, e se determina o tipo de processo de extração ebeneficiamento para que as pedras possam ser utilizadas em concreto.

B.2.2 Remoção da camada estérilOperação de limpeza – retirada de toda a vegetação e a camada de solo sobrea rocha, deixando-a “nua”, isto facilita na obtenção dos agregados sem que hajaa presença de impurezas.

B.2.3 Perfuração da rochaFeita com máquinas perfuratrizes constituídas de hastes acopladas entre si,cada qual com três metros de comprimento, podendo assim perfurar aprofundidade planejada. A extremidade da 1ª haste leva uma coroa diamantada,ou de aço vídia, sendo a responsável pela perfuração da rocha. O número defuros e a altura das bancadas é em função da capacidade de produção ecomercialização da jazida.

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Processamento de agregado natural britado

B.2.4 Desmonte da rochaDefinida a perfuração e a linha de fogo

- a carga detonante (dinamites ou uma mistura de nitrato de amôniocom óleo diesel) é introduzida nos furos. As ligações são feitas porcordéis detonantes a um pavio mestre que deve ser aceso para adetonação

NOTA: O desmonte também pode ser efetuado com o auxílio da calvirgem, uma vez que, esta ao ser introduzida nos furos e com posterioradição de água expande seu volume em 100%, ocorrendo assim odesmonte pela pressão interna gerada nos furos. Existem ainda outrosmeios, entre elas a das cunhas hidráulicas, porém estas são maisutilizadas no desmonte para pedras ornamentais

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Processamento de agregado natural britadoB.2.5 Fragmentação secundária

Após o desmonte parcial da jazida, os grandes blocos de rocha resultantes podem ainda necessitarde novo desmonte a fim de alimentar o britador primário. Essa operação poderá ser realizada por:

- detonações (fogachos) devido a pouca carga detonante, ou- meios mecânicos, como o dropp ball (grande bola de aço suspensa por um guindaste), ou- ferramentas pneumáticas como marteletes

B.2.6 TransporteApós extração e fragmentação, o material é transportado até ao britador primário. Dependendo dascondições locais particulares de cada usina o meio de transporte poderá ser diferente, tais quais:esteiras, cabos aéreos, etc. O transporte rodoviário costuma ser mais caro

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Processamento de agregado natural britadoB.2.7 Britadores (primário ou secundário) – rebritadores

O tipo de britador é função do produto esperado. Na fabricação de agregados para concretodevem ser avaliados, pelo geólogo, fatores importantes como: a forma do fragmento, a presençade micro-fissuras ou o excesso de pó, que são prejudiciais à qualidade do mesmoNOTA- O material de uma jazida produzirá agregados de formas distintas conforme o tipo debritador utilizado no fraturamento da rocha

- Além dos britadores primários e um secundário, em alguns casos ainda são necessários a adoçãode um terceiro britador que poderá funcionar como rebritador para a produção do material fino.

- Os britadores podem ser:- de movimento alternativo ou de mandíbula (lisa, dentes grossos, finos, etc.)- de movimento contínuo- giratório ou de rolos- de martelos, bolas ou de barras

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Processamento de agregado natural britadoB.2.8 Transporte entre britadores• Caso os britadores estejam separados exigirá o transporte do material britado.

Valem as mesmas considerações já citadas anteriormente

B.2.9 Peneiramento• Granulometria - um dos elementos mais importantes para as propriedades do

concretoDepois de britado o material passa por uma série de peneiras, a fim de separá-lopor grupos de granulometria determinada. A escolha das peneiras é efetuada após oconhecimento do material obtido na saída do britador, ou seja, dependendo dagranulometria total deste agregado produzido (percentagens em cada dimensão) éque poderá ser definida uma série de peneiras para sua seleção

NOTA- A escolha indevida de uma peneira poderá acarretar num proporcionamentoinadequado do material final

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Processamento de agregado natural britadoB.2.10 Lavagem• O agregado obtido pela fragmentação de rocha possui uma excessiva

quantidade de finos, muitas vezes de argila, o que vem a prejudicar suaqualidade. É comum utilizar lavadores ou aspersores acoplados àspeneiras, de forma que a água com as impurezas são colhidas após aúltima peneira. Em alguns casos os aspersores são colocados nas pontasdas esteiras quando do empilhamento dos agregados

NOTA- Mesmo após boa lavagem, o agregado apresenta certa quantidade depó, devido a este ficar preso na corrente transportadora e ser lançado emalgum lugar da pilha. Formam-se desta maneira concentrações de finosprejudicando a homogeneidade do material

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Processamento de agregado natural britado

• A água, em ambos os casos, contendo os finos é coletada emtanques de decantação onde um fluxo de água provoca aseparação entre o material utilizável (areia artificial) e as impurezas.Como a areia é mais densa que as impurezas, ela se deposita nofundo e então é arrastada por meio de um parafuso sem fim, que aconduz até a um silo de estocagem

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Processamento de agregado natural britadoB.2.11 Estocagem• O agregado que sai do peneirador é transportado até seu correspondente silo por meio de uma

esteira transportadora.• Cuidados extras devem ser tomados quando da entrada do material no silo de estocagem, para

que este não venha a ter sua granulometria comprometida. Ao ser lançado de certa altura oagregado tende a segregar-se conduzindo o material graúdo para baixo. Neste caso recomenda -se a adoção de esteiras móveis, adaptação de xicanas na ponta da esteira, etc. para manter oagregado com granulometria uniforme.

• Muitas vezes, a arrumação dos agregados é feita através de pás mecânicas, no entanto, éimportante cuidar para que o veículo não venha a subir no agregado, pois, ademais de ser umfator contaminante de sujeiras, argilas trazidas pelas rodas ou mesmo lubrificante, ainda poderiaalterar a granulometria por ruptura dos agregados com a pressão das rodas.

• Em alguns casos se faz necessário a cobertura e a drenagem dos silos.

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Recebimento e armazenamento de agregados

Os agregados devem ser fornecidos ao consumidor em lotes, cujas unidadesparciais de transporte devem ser individualizadas e identificadas, mediante umaguia de remessa e que conste os dados:

– nome do produtor / fornecedor– procedência do material– graduação (identificação da classificação granulométrica)– massa do material ou seu volume aparente– data do fornecimento

No canteiro de obras do cliente devem:- Permanecer preferencialmente na central de dosagem- Estarem separados fisicamente desde o instante do recebimento até a mistura- O depósito construído de maneira que evite o contato direto do agregado com o

solo e impeça a contaminação com outros sólidos ou líquidos prejudiciais aoconcreto. A base deve ser de fácil escoamento da água livre de modo a eliminá-la.

- Todos os agregados devem estar completamente identificados inclusive quanto asua liberação ou não para uso

NOTA- Os agregados somente devem ser liberados para uso após recebimento dosresultados de caracterização favoráveis vindos do laboratório que realizou os ensaios.Os documentos comprobatórios da origem e as características destes agregadosdevem ficar arquivados no escritório do canteiro para eventual consulta.

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Caracterização do Agregado

• A extração ou a produção de agregados miúdos egraúdos, ou mesmo o reaproveitamento de outrosmateriais por si sóNÃO garantem que o material extraído ou

produzido esteja adequado para uso em concreto,para tal ele deverá atender a alguns requisitosmínimos para a obtenção e manutenção daqualidade e a durabilidade do concreto

Neste caso a NBR 7211 estabelece:• Para a validação dos resultados é necessário que a

amostra seja representativa de um lote deagregados, miúdo ou graúdo:- coletada de acordo com a NBR NM 26, e- reduzida para ensaio de acordo com a NBR NM 27

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Agregados para ConcretoCondições Gerais (NBR 7211)

Os agregados devem ser compostos por:• grãos minerais duros, compactos, estáveis, duráveis, limpos e,• não devem conter substâncias de natureza e em quantidade que

possam afetar:- a hidratação e o endurecimento do cimento- a proteção da armadura contra a corrosão- a durabilidade ou- o aspecto visual externo do concreto (quando for requerido)

Informações Adicionais:• Características físicas e mecânicas compatíveis com o tipo de

concreto

• Características homogêneas (variações naturais)

• Características químicas e mineralógicas estáveis com os produtosda hidratação do cimento, com a água e o ar

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NBR 7211• Aborda ensaios de caracterização com ou sem

requisitos especificados

• Os com requisitos especificados dizemrespeito aos ensaios cujos resultados influemdiretamente na qualidade do concreto produzido

• Os ensaios especiais (ou facultativos) sãoensaios cujos limites e métodos ficam a critériodo consumidor a fim de atendimento àscondições de projeto e condições de aplicação /ajustes do concreto no canteiro

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Tabela Geral dos Ensaios de Caracterização - NBR 7211

X-FacultativoDNER ME 89Durabilidade de agregados5.4

XXFacultativoNBR 9917Teor de sulfatos5.3

XXFacultativoNBR 9917 e 14832Teor de cloretos5.2

XXFacultativoASTM C 1260 ouNBR 9773

Reatividade álcali -agregado / Apreciaçãopetrográfica

5.1

Durabilidade - Ensaios recomendados5

-XRequisitoNBR 7221Qualidade da areia4.5

-XRequisitoNBR NM 49 e 7221Impurezas orgânicas4.4

XXRequisitoNBR NM 46Material fino4.3

XXRequisitoASTM C 123Materiais carbonosos (*)4.2

XXRequisitoNBR 7218Argila em torrões e materiais friáveis4.1

Substâncias Nocivas4.

X-RequisitoNBR NM 51Desgaste abrasão “Los Angeles”3.

X-RequisitoNBR 7809Indice de forma dos grãos2.

XXRequisitoNBR NM 248Granulometria1.

GraúdoMiúdoEnsaios com limites de norma

AGREGADO(X = aplicável)

(- = nãoaplicável)NBR 7211

MÉTODO DEENSAIO

ENSAIO / DETERMINAÇÃOITEM

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Tabela Geral dos Ensaios de Caracterização - NBR 7211

MÉTODO DE ENSAIOAGREGADO

(X = aplicável)(- = nãoaplicável)

NBR 7211ENSAIO / DETERMINAÇÃOITEM

Rocha-FacultativoNBR 6953Resistência à compressão da rocha6.15

Rocha-FacultativoNBR 12042Desgaste por abrasão6.14

Rocha-FacultativoNBR 9938Resistência ao esmagamento6.13

Rocha-FacultativoNBR 10341Módulo de deformação estático ecoeficiente de Poisson de rochas6.12

X-FacultativoNBR 12697Ciclagem com etilenoglicol6.11

X-FacultativoNBR 12696Ciclagem artificial água – estufa6.10

X-FacultativoNBR 12695Ciclagem natural6.9

XXFacultativoNBR 9936Teor de partículas leves6.8

-XFacultativoNBR 6467Inchamento6.7

XXFacultativoNBR NM 30 (Miúdo)NBR NM 53 (Graúdo)Absorção de água6.6

-XFacultativoNBR 9775 (Miúdo)DNER ME 52 (Miúdo)Umidade superficial (Chapman)6.5

X-FacultativoNBR 9939 (Graúdo)Umidade total (por secagem)6.4

XXFacultativoNBR 7810Massa unitária – compactada seca6.3

XXFacultativoNBR 7251Massa unitária em estado solto6.2

XXFacultativoNBR NM 52 (Miúdo)NBR MN 53 (Graúdo)

Massa específicaAgregado graúdo6.1

GraúdoMiúdoEnsaios especiais6.

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C.1 Granulometria (NBR NM 248)Composição Granulométrica:• Distribuição percentual, em massa, das várias frações dimensionais de um

agregado em relação à amostra total. É expressa pela porcentagem individualou acumulada de material que passa ou fica retido nas peneiras da sérienormal e intermediária

NOTA- A busca pela composição granulométrica adequada se faz no sentido de se obterum concreto com maior compacidade, com conseqüente menor índice de vazios,maior economia de cimento, maior ganho de resistência e também maiordurabilidade

• Através dos resultados da composição granulométrica podemos: classificar as partículas de uma amostra pelos respectivos tamanhos e medir

as frações correspondentes a cada tamanho extrair valores que auxiliarão nos estudos de dosagem do concreto, tais como:

- a determinação do Módulo de Finura que indicará possíveis variações desuperfície nos agregados, e

- da Dimensão Máxima que permitirá selecionar o agregado graúdoadequado segundo as dimensões das peças a serem concretadas,espaçamento entre ferragens, diâmetro mínimo de tubulações nobombeamento, etc.

• A classificação de um agregado é determinada comparando sua composiçãogranulométrica com as faixas granulométricas especificadas na NBR 7211

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C.1 Granulometria (NBR NM 248)a) Agregado miúdo - Limites da distribuição granulométrica

do agregado miúdo

PORCENTAGEM, EM MASSA, RETIDA ACUMULADAPENEIRA COM

NOTAS: O módulo de finura da zona ótima varia de 2,20 a 2,90;O módulo de finura da zona utilizável inferior varia de 1,55 a 2,20;O módulo de finura da zona utilizável superior varia de 2,90 a 3,50

100959085150m

95856550300m

70553515600m

50302051,18 mm

25201002,36 mm

105004,75 mm

70006,3 mm

00009,5 mm

Zona utilizávelZona ótimaZona ótimaZona utilizável

Limites SuperioresLimites inferioresABERTURA DEMALHA

(NBR NM ISO3310-1)

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C.1 Granulometria (NBR NM 248)Zonas granulométricas da areia

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b) Agregado Graúdo – Tabela - Limites da composição granulométrica

1) Zona granulométrica correspondente à menor (d) e a maior (D) dimensão do agregado graúdo2) Em cada zona granulométrica deve ser aceita uma variação de no máximo 5 unidades percentuaisem apenas um dos limites marcados com 2). Essa variação pode também estar distribuída em váriosdesses limitesd corresponde à menor dimensão do agregado, definida pela maior abertura da peneira da sérienormal ou intermediária em que fica retida a fração mais fina da distribuição granulométrica doagregado, de acordo com a NBR 7217D = maior dimensão do agregado, definida pela menor abertura de peneira das séries normal ouintermediária que permite a passagem de todas as frações granulométricas, de acordo com a NBR7217d/D define a zona granulométrica do agregado

---95 - 1002,36 mm

--95 – 10080²) –1004,75 mm

---92 – 10040²) – 65²)6,3 mm

--95 – 10080²) – 1002 – 15²)9,5 mm

--92 – 10040²)- 65²)0 – 512,5 mm

-95 – 10065²) - 952 – 15²)19 mm

-87 – 1005 – 25²)0 – 525 mm

95 – 10075 – 1000 – 531,5 mm90 – 1005 – 3037,5 mm75 – 1000 – 550 mm

5 – 30-63 mm0 – 5-75 mm

37,5 / 7525 / 5019 / 31,59,5 / 254,75 / 12,5

Zona granulométrica d/D¹)

PORCENTAGEM, EM MASSA, RETIDA ACUMULADAPENEIRA COM ABERTURA

DE MALHA(NBR NM ISO 3310-1)

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C.1 Granulometria (NBR NM 248)Zonas granulométricas dos agregados graúdos

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75mm -- 63mm- 50mm

37,5mm -- 31,5mm- 25mm

19mm -- 12,5mm

9,5mm -- 6,3mm

4,75mm -2,36mm -1,18mm -600μm -300μm -150μm -

NBR 7211:2004 / NBR NM 248:2001 / NBR NM ISO 3310-1Agregado – Determinação da Composição

Granulométrica

Série NormalSérieIntermediária

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C.1 Granulometria (NBR NM 248)• Controle de manutenção das características de um concreto

– Um concreto é dosado em função da granulometria dos agregadosexistentes. A mudança do agregado para outra faixa granulométrica sópoderá ser realizada após novo estudo de dosagem e, se durante afabricação de um concreto anteriormente estudado este apresentaralterações em suas características, esta alteração poderá estarrelacionada com a alteração da granulometria dos agregados que oconstitui

c) Módulo de finura = Soma das porcentagens retidas acumuladasem massa de um agregado nas peneiras da série normal, divididapor 100

NOTA- Quanto maior o módulo de finura, mais grosso o agregado.Comumente uma diminuição de 0,2 do módulo de finura doagregado miúdo, num determinado concreto, implica numasubstituição de ao redor de 3% da massa desse material por massaequivalente de agregado graúdo, para manter aproximadamenteconstantes as características do concreto

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C.1 Granulometria (NBR NM 248)

d) Dimensão máxima característica (dmáx) =abertura nominal, em milímetros, da malhada peneira da série normal ou intermediária,na qual o agregado apresenta umaporcentagem retida acumulada igual ouimediatamente inferior a 5 %, em massa

NOTA- A dmáx serve como base para a produçãode concretos homogêneos e compactosdestinados a preencher diversas formasestruturais dentro de cada projeto(limites operacionais relativos ao transporte e

lançamento do concreto)

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C.1 Granulometria (NBR NM 248)A NBR 6118 + boas práticas executivas recomendam os seguintes limites para a (dmáx)do agregado graúdo

Notas: - Adotar sempre o menor dos valores.- Geralmente os concretos correntes levam agregados com dmáx = 25 mm (brita 2)- Peças delgadas e armadura densa dmáx = 19 mm (brita 1)- Em certos casos utiliza-se dmáx = 9,5 mm (brita 0)

o diâmetro da tubulação (concreto bombeado)X0,25a espessura das lajesX0,33espessura nominal de recobrimentoX0,20a menor distância entre duas faces opostas das formasX0,25

a distância entre as barras de aço na direção horizontal Nota- Para armaduras ativas(pré-tração) adotar sempre 0,83 X distância entre as barras (ambas as direções)

X0,83a distância entre barras de aço na direção verticalX2,00

A DIMENSÃO MÁXIMA CARACTERÍSTICA (dmax) DO AGREGADO DEVE SER≤QUE:

espaç. horiz 2,0 cm

dmáx≤0.83 espaç.horize

dmáx ≤2 Xespaç.vert

espaç. vert2,0 cm

Espaçamento entre ferragens de uma viga

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C.2 Índice de Forma (NBR 7809)• A forma das partículas influi na trabalhabilidade

• No Item A.3.4 vimos que a melhor forma para aplicação emconcreto é aquela em que as dimensões das partículas (espessura,largura e comprimento) sejam equidimensionais (ou seja, as maispróximas), favorecendo no manuseio e operação, maiorcompacidade e maior resistência do concreto. Ou seja, a melhorforma é a que se aproxima de:– uma esfera para o seixo rolado– um cubo para as pedras britadas

• Pela NBR 7211 o IF3, acima deste valor a mistura irá requerermaior fator argamassa para espaçar os fragmentos entre si egarantir a mobilidade do conjunto. Este fato como sabemosaumenta a superfície específica do concreto exigindo maiorquantidade de água e simultaneamente será necessário maiscimento para compensar a perda de resistência

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C.3 Desgaste por abrasão Los Angeles(NBR NM 51)• Quanto mais resistente é a rocha de origem do agregado, melhor será a sua atuação

no aumento da resistência do concreto

• Através deste ensaio podemos estimar a durabilidade do agregado frente à abrasão,seja dentro da betoneira enquanto é efetuada a mistura do concreto, como também,quando sujeito a esforços abrasivos em sua superfície depois de endurecido,exemplo: pavimentos de concreto, pista de aeroportos, barragens, etc. Há regiões noBrasil em que os agregados naturais disponíveis são bastante frágeis, exemplo aLaterita na Amazônia

• O ensaio de abrasão de agregados graúdos utiliza a máquina “Los Angeles” que éconstituída por um tambor cil índrico, ôco, com aproximadamente 500 mm decomprimento e 700 mm de diâmetro, tendo seu eixo horizontal fixado a umdispositivo externo, que lhe permite transmitir um movimento de rotação ao redordele próprio, com uma velocidade periférica uniforme. Dentro deste cilindro écolocado a graduação desejada de agregado e onde também é inserido uma cargaabrasiva (esferas de aço) pré-determinada. Todo o conjunto é posto então a umarotação pré-determinada conforme a graduação do agregado utilizado. Geralmentesão 500 ou 1000 ciclos

• A abrasão máxima especificada pela NBR 7211 é de 50%.

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C.4 Substâncias nocivas• Do ponto de vista físico e mecânico algumas

substâncias podem ser consideradas deletéreas nosagregados e são prejudiciais à qualidade do concreto.Estas podem ser divididas em três grupos:– impurezas que interferem na hidratação do cimento (ácidos

húmicos, sais minerais)– substâncias envolventes do agregado, formando películas

(argila, silte e outros finos)– partículas frágeis e defeituosas (torrões de argila, carvão, linhito)

• Podem instalar-se, ainda, certas reações químicasentre o agregado e o cimento, que geram expansão,anulando a coesão existente entre os materiais. Taisconsiderações serão tratadas no item C.5 Durabilidade

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AGREGADOS PARA CONCRETO

C.4 Substâncias nocivas

C.4.1 Argila em Torrões e materiais friáveis (NBR 7218)

C.4.2 Materiais Carbonosos (ASTM C 123) / Partículasleves (NBR 9936)

C.4.3. Material fino que passa através da peneira 75 µmpor lavagem (NBR NM 46) (antigo MaterialPulverulento)

C.4.4 Impurezas Orgânicas - AM (NM 49)

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C.4.1. Teor de argila e materiais friáveis (NBR 7218) Partículas presentes nos agregados, susceptíveis de serem

desfeitas pela pressão dos dedos polegar e indicador

• Os principais constituintes das argilas e folhelhos são osargilominerais que têm pouca dureza e se desmancham empresença da água. Algumas argilas são expansivas em presença deágua e podem estar presentes como contaminantes de umagregado natural

• A argila é nociva por ser coloidal (forma uma espécie de gel) e porisso requer maior quantidade de água para envolvê-la, alterandoa dosagem adequada

• O efeito da presença da argila depende de como esta estádistribuída no agregado. A argila pode estar na forma de torrõesdistribuídos uniformemente por toda a massa ou na forma de umapelícula revestindo os grãos. Neste último caso a presença de argilaimpede a perfeita ligação entre cimento/agregado reduzindo aresistência do concreto

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C.4.3. Material fino que passa através da peneira 75 µmpor lavagem (material pulverulento) (NBR NM 46) São partículas minerais finas que passam pela peneira de 0,075 mm. Estas podem ser:

- argilas (com dimensões inferiores a 2)- silte- pó de pedra (com dimensões entre 2e 75), proveniente de britagem- materiais solúveis em água, presente nos agregadosA presença desses materiais em quantidades excessivas podem:- exigir maior quantidade de água de amassamento para manter a mesma consistência- revestir as partículas dos agregados impedindo a perfeita liga ção entre este e o cimento com

queda da resistência do concreto

Ainda, os finos de certas argilas, em particular, propiciam:- maiores alterações de volume nos concretos- intensificam a sua retração- reduzem sua resistência.- diminuem a resistência do concreto endurecido ao desgaste (maior problema)

NOTAS- O agregado graúdo com uma parcela muito grande de pó e argila, pela falta de lavagem, aumenta

o teor de material fino do concreto alterando sua dosagem. Se o teor de pó fosse constante, poder-se-ia corrigir o traço, o que na verdade não ocorre

• Evitar agregados com alto teor de argila, pois, mesmo que aparentemente custem menos, narealidade exigirão correções de traço como: aumento do consumo de cimento, com custos finaismaiores, e ainda com variabilidade de características do concreto no decorrer da produção

• A presença de silte ou pó de pedra interferem menos no crescimento e colagem dos cristais docimento hidratado, por isto, as limitações para o pó de pedra são mais brandas, tolerando-se umaumento do teor de material pulverulento caso seja proveniente do britamento da mesma rocha

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C.4.4. Impureza orgânica (NBR NM 49) Provém da decomposição de vegetais sob a forma minúscula de

húmus ou lodo orgânico. Geralmente em maior quantidade nosagregados miúdos naturais chegando, por vezes, a escurecer oagregado

• Sua ação prejudicial se dá na combinação dos ácidos orgânicos com ohidróxido de cálcio liberado durante a hidratação dos compostos docimento. Podendo causar:– diminuição do pH da solução de contato– retardo ou mesmo impedimento da hidratação, provocando um

retardamento do endurecimento do concreto e conseqüente diminuiçãode sua resistência

Conforme a cor da solução de contacto com o agregado em estudoteremos:

• mais clara que a solução padrão de referência - considerar (≤300 ppm.) ea areia aprovada

• mais escura que a solução padrão - condicionar à execução do ensaio dequalidade da areia pela NBR 7221 (comparativo da resistência àcompressão). Se a areia suspeita apresentar resistência média ≥90% quedos resultados médios obtidos com a areia Padrão IPT, considerar oagregado miúdo aprovado

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Tabela Resumo - Limites máximos aceitáveis de substâncias nocivas nosagregados com relação à massa do material (NBR 7211)

(*) Material fino constituído totalmente de grãos de britagem de rocha (comprovado por apreciaçãopetrográfica - NBR 7389 que os grãos constituintes não interferem nas propriedades do concreto. (ex.de materiais inadequados: os materiais micáceos, ferruginosos e argilo-minerais expansivos)(**)Para agregados produzidos a partir de rochas com absorção (NBR NM 53) inferior a 1%

-10 %máx. aceitável entre os

resultados de resistência àcompressão comparativos

NBR 7221

-A solução obtida no ensaiodeve ser mais clara do quea solução padrão

NBR NM 49

Impurezas orgânicas

5,0 (*12,0)Concretos protegidos dodesgaste superficial

1,0 (**2,0)3,0 (*10,0)Concreto submetido a

desgaste superficialNBR NM 46

Material fino que passaatravés da peneira 75 µm

por lavagem (materialpulverulento) (*) e (**)

1,01,0Concreto não aparente

0,50,5Concreto aparenteASTM C 123Materiais carbonosos

3,0Outros concretos

2,0Concreto sujeito a desgastesuperficial

1,0

3,0

Concreto aparente

NBR 7218Torrões de argila emateriais friáveis

graúdomiúdo

QUANTIDADE MÁXIMA RELATIVAÀ MASSA DO AGREGADO MIÚDO (%)MÉTODO DE ENSAIODETERMINAÇÃO

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AGREGADOS PARA CONCRETO(NBR 7211)

C.5 DurabilidadeProjetamos o concreto armado para ser o mais durávelpossível. Devemos, no entanto, considerar que este material,assim como muitos outros, pode:

• ser vulnerável a determinados agentes químicos agressivos(cloretos e sulfatos)

• estar favorável a ocorrências de reações entre os materiaisutilizados (reação álcalis-agregado), ou mesmo

• o agregado sofrer fraturamento após o concreto apresentar-seendurecido

A homogeneidade e a resistência de um concreto sãoafetadas quando:

• ocorrem reações químicas resultando em expansões doscompostos presentes ou

• alterações de forma dos agregados fazendo com que anulem acoesão entre os materiais

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C.5 DurabilidadeOs agentes químicos podem estar:no meio ambiente de entorno, no qual o concreto está

exposto, oupresentes junto aos materiais constituintes

normalmente, provocam a degradação e a reduçãodo desempenho e o surgimento de patologias nasestruturas de concreto, tais como:a fissuraçãoa lixiviaçãoa descamação do concreto ea corrosão das armaduras

NOTA- Tais patologias elevam o custo com manutenção e reparospodendo chegar até mesmo a uma situação terminal quando aestrutura entra em colapso ou ainda necessita ser demolidadevido aos sérios problemas apresentados

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C.5 DurabilidadeNBR 7211 - agregados extraídos de:

• regiões litorâneas, ou• águas salobras ou ainda• locais suspeitos por contaminação natural (regiões onde ocorrem

sulfatos naturais como a gipsita) ou• locais com contamiação industrial (água do lençol freático

contaminada por efluentes industriais)podem conter cloretos e sulfatos prejudiciais ao

concreto armado (ver itens C.5.2 e C.5.3)

As reações expansivas também podem ocorrer no concretodecorrentes das características dos agregados, e se enquadramem três tipos diferentes:

• reação em meio úmido, entre álcalis do cimento e a sílica nãocristalizada do agregado

• reação dos álcalis do cimento com o carbonato de magnésio decertos calcários dolomíticos

• reação de determinadas formas da alumina do agregado (ex.feldspatos sódicos alterados ou caulinizados), com sulfatos, empresença de elevada alcalinidade proveniente da hidratação docimento

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C.5 DurabilidadeC.5.1 Reação Álcalis Agregados (RAA)NOTA- A RAA é uma reação que se manifesta, em geral, após

décadas da concretagem, Trata-se de uma reação lenta, e namaioria das vezes pode ser detectada com antecedênciasuficiente a uma intervenções corretivas

• Para que ocorra uma RAA expansiva, além dos agregadosreativos e dos álcalis, presentes no cimento, em concentraçãosuficiente, é necessário que haja pelo menos 80% de umidaderelativa ou umidade

• Entre os minerais indesejáveis presentes nos agregados quepodem provocar expansões temos:

– a sílica hidratada sob a forma de opala, calcedônia, tridmite oucristobalite

– dolomite– fedspatos potássios, sódicos ou calco-sódicos alterados– calcários dolomíticos argilosos

A RAA tem sido comumente dividida em três tipos:• Reação Álcali-Sílica (RAS) (a que mais ocorre no Brasil)• Reação Álcali-Silicato (RASS) e• Reação Álcali-Carbonato (RAC)

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C.5 DurabilidadeC.5.1.1 Reação álcali-Sílica (RAS)

• Os vários tipos de sílica reativa presentes nos agregados reagem com os íons hidroxilapresentes nos poros do concreto. A sí lica, reage com os álcalis sódio e potássio formandoum gel sílico-alcalino, altamente instável. Uma vez formado, o gel começa a absorver águae a expandir-se, ocupando um volume maior que os materiais que originaram a reação.(REVISTA CONCRETO)

C.5.1.2 Reação álcali-silicato (RASS)

• Consiste na reação entre os álcalis disponíveis e alguns tipos de silicatos eventualmentepresentes em certas rochas sedimentares, rochas metamórficas e ígneas. É uma reaçãoque está basicamente relacionada à presença de quartzo tensionado, quartzomicrocristalino a criptocristalino e minerais expansivos do grupo dos filossinicatos. Éo tipoque mais encontramos nas barragens construídas no Brasil e agora em Blocos defundações na região do grande Recife. (REVISTA CONCRETO)

C.5.1.3 Reação álcali-carbonato

• Há na literatura, registros de fissurações e danos a concretos em decorrência de reaçõesentre álcalis do cimento e agregados carbonáticos, em concretos expostos a temperaturaselevadas e variações de umidade, como por exemplo, em barragens. Os dados até agoradisponíveis mostram que, entre as rochas calcárias, as mais favoráveis aodesencadeamento deste processo são as sedimentares, ricas em argilominerais e comrazão calcita (CaCO3) : dolomita (MgCO3) próxima a 1, ou com teores elevados de Mg.(MINEROPAR)

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C.5 Durabilidade• NBR 7211 - Recomendações:

– Realizar apreciação petrográfica do agregado para se conhecer a naturezamineralógica e se esta é potencial reativa ou não

Se potencialmente reativos:– ensaiar segundo a ASTM C 1260, cuja expansão nas barras de argamassa

deve ser menor que 0,10 %• Agregados com expansões superiores podem ser utilizados somente em

concretos com teor total de álcalis menor ou igual a 3 kg/m³ ou• quando for comprovado que o cimento utilizado atua como inibidor da reação

álcali-agregado (ex. cimento Portland de alto-forno e ou pozolânico)

– verificar alternativamente a reatividade do agregado segundo a NBR 9773,tendo os limites também registrados na Tabela Resumo a seguir

Prescindir do ensaio de reatividade se:• a apreciação petrográfica indicar que o agregado não é reativo frente aos

constituintes do cimento Portland e• não houver histórico de comportamento deletério do material em obra

NOTAS-- Recomenda-se que os produtores realizem periodicamente os ensaios para verificar a

reatividade potencial dos agregados (Coleta conforme NBR NM 26)- Estudos para prevenção de RAA e, nos casos em que se façam necessários

intervenção corretiva, devem ser conduzidos criteriosamente por especialistas daárea

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C.5 Durabilidade

C.5.2 Teor de Cloretos (NBR 9917 e 14832)• A ação dos íons cloretos podem afetar fortemente as estruturas de

concreto

• O cloreto proveniente de exposição a atmosferas marinhas, ouquando utilizado material contaminado como: a areia, a água, oumesmo os aditivos a base destes, há de se ficar extremamenteatentos quando a estrutura contém armaduras ativas. Esses íonspodem se deslocar com grande facilidade entre os poros doconcreto e, uma vez em contato com as armaduras, provocam oprocesso corrosivo. Alem disto, os íons cloretos atuam comocatalisadores das reações eletroquímicas podendo, mesmo empequenos teores, causar um grande aumento da intensidade dacorrosão

• A NBR 7211 estabelece limites para a presença destes provindoatravés dos agregados. As dosagens estão indicadas na TabelaResumo a seguir

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C.5 DurabilidadeC.5.3 Teor de sulfatos (NBR 9917)• Concentrações elevadas de sulfato na água (mistura, cura ou contato com

o concreto), provocam reações expansivas com deterioração. Omecanismo de desintegração do concreto pode ser químico ou físico

• Em vez de destruir o concreto por dissolução de seus componentes, ossulfatos reagem quimicamente com outros componentes formando ummineral expansivo. O hidróxido de cálcio liberado na hidratação doscompostos do cimento é um dos envolvidos na reação. A desintegraçãotambém pode ser formada pelo crescimento de cristais de sais de sulfatoocasionando aqui um fenômeno físico

• Os meios agressivos sulfatados são:– redes de esgotos de águas servidas ou industriais– água do mar e em– alguns tipos de solos

• Se o meio envolve freqüentes ciclos de saturação e secagem emambientes com sulfatos é conveniente reduzir a permeabilidade doconcreto impedindo a entrada destes. A NBR 5737 especifica os requisitospara o cimento Portland resistente aos sulfatos (RS)

• A concentração de sulfatos a ser introduzido no concreto através dosagregados está limitado aos valores especificados na Tabela Resumo aseguir

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C.5 Durabilidade

C.5.4 Durabilidade de agregados (DNER ME 89)• A exposição do concreto a constantes variações climáticas,

especialmente o gelo-degelo, pode provocar em alguns agregadosuma fraturação / desitegração interna comprometendo a união dosmateriais e conseqüente redução das resistências do concreto. Afraturação ocorre principalmente se as micro-fraturas, resultantes deprocessos de britagem ou a existências de falhas cristalinas virem aacumular água e que durante o congelamento terá seu volumeaumentado criando tensões que poderão romper os fragmentos

• O ensaio é realizado simulando não o congelamento, mas sim, oacúmulo de sais de sulfato de sódio ou sulfato de magnésio, nointerior destas falhas quando o agregado é submetido à condiçãode saturação e secagem. Caso o agregado apresente uma estruturacomprometida irá romper-se

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Durabilidade – Tabela Resumo - Limites máximos para a expansão devida à reaçãoálcali-agregado e teores de cloretos e sulfatos presentes nos agregados

1) Ensaio facultativo, nos termos do item 5.3.2.2) Agregados que excedam os limites estabelecidos para cloretos podem ser utilizados em concreto, desde que

o teor total (água, agregados, cimento, adições e aditivos químicos), verificado por ensaio realizado pelométodo NBR 14832 (determinação no concreto) ou ASTM C 1218, não excedam os seguintes limites, dadosem porcentagem sobre a massa de cimento:

concreto protendido0,06%concreto armado exposto a cloretos nas condições de serviço da estrutura0,15 %concreto armado em condições de exposição não severas (seco ou protegido da umidade nas

condições de serviço da estrutura) 0,40%outros tipos de construção com concreto armado 0,30 %.

3) O método NBR 14832 estabelece como determinar o teor de cloretos em clínquer e cimento PortlandNeste caso específico, o método pode ser utilizado para o ensaio de agregados

4) Agregados que excedam o limite estabelecido para sulfatos podem ser utilizados em concreto, desde queo teor total trazido ao concreto por todos os seus componentes (água, agregados, cimento, adições eaditivos químicos) 0,2 % ou que fique comprovado o uso no concreto de cimento Portland resistentea sulfatos conforme a NBR 5737

< 0,1 %NBR 9917Teor de sulfatos4) (SO4

2-)

< 0,01 % concreto protendido

< 0,1 % concreto armado

< 0,2 % concreto simplesNBR 9917

NBR 148323)Teor de cloretos2) (CL -)

Expansão 0,10% aos seis meses

Expansão 0,05% aos três mesesNBR 9773 1)

Expansão 0,10 % aos 14 dias de cura agressivaASTM C 1260Reatividade

álcali-agregado

LimitesMétodo de ensaioDeterminação

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C.6 Ensaios especiais ou facultativos

C.6.1 Massa específica (NBR NM 52 - AM e NBR NM 53 – AG)

• A massa específica de um agregado é a relação entre a sua massa secae o seu volume

• A massa específica é uma característica do material pelo qual ofragmento é constituído. Sendo assim, é uma propriedade absoluta domaterial e independente do método utilizado para sua determinação, desdeque, o agregado durante o ensaio esteja na condição saturado de água,superfície seca (SSS)

• Importância do ensaio: Permite determinar o volume ocupado peloagregado no concreto, nos cálculos de volume e consumos dos demaismateriais utilizados na confecção do concreto

• Exemplos: Como exemplo as areias de rio e ou de cava constituídas emsua maioria por sílica têm massa específica entre 2,60 e 2,62 g/cm³

• Observação: Quando não se tratar de agregado leve - a massa específicatambém serve como indicador da alterabilidade do agregado. Baixosvalores indicam má qualidade do agregado devido ao aumento daporosidade, alteração e muitas vezes a presença de argilominerais

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C.6 Ensaios especiais ou facultativosC.6.1 Massa específica (NBR NM 52 - AM e NBR NM 53 – AG)

Método EmpíricoMassa Específica pela Balança Hidrostática(Agr. Graúdo)

NBR NM 53Massa Específica, Massa Específica Aparente eAbsorção (Agr. Graúdo)

NBR NM 52

Massa Específica e massa específica aparentePicnômetro (Agr. Miúdo)

massa específica: Relação entre a massa doagregado seco e seu volume, excluídos os vaziospermeáveis

massa específica aparente: Relação entre a massado agregado seco e seu volume, incluindo os porospermeáveis

Massa específica relativa: Relação entre a massa daunidade de volume de um material, incluindo os porospermeáveis e impermeáveis, a uma temperaturadeterminada, e a massa de um volume igual de águadestilada, livre de ar, a uma temperatura estabelecida

MétodoPropriedades físicas

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C.6 Ensaios especiais ou facultativosC.6.2 Massa unitária no estado solto (d) (NBR 7251)

• É a relação entre a massa de agregado lançado em um recipiente, sem compactar, e o volumedeste recipiente, ou seja, o volume observado dos agregados também inclui os vazios entre osfragmentos, os vazios permeáveis e vazios impermeáveis contidos nos grãos

• A massa unitária pode apresentar variações decorrentes de(a):– forma dos fragmentos e de sua granulometria– forma do recipiente– umidade dos materiais– forma de lançamento

• A NBR 7251 propõe a determinação da Massa unitária em estado solto, utilizando para isto umrecipiente em forma de paralelepípedo, de material metálico, reproduzindo assim a situação tal qual éutilizado em uma obra

• Importância do ensaio: Para conversão da massa em volume (e vice versa) quando os agregados sãocubicados em volume, conforme realizado nas dosagens em pequenas obras ou para aquisição demateriais e de controle de estoque

• Exemplos: As massas unitárias dos agregados comuns se situam entre 1,35 e 1,6 kg/dm³ (agregadosde massa específica de 2,65 kg/dm³). No caso de agregados miúdos a umidade tem influência muitogrande na massa unitária, devido ao fenômeno de inchamento. As areias médias quartzozas, quandosecas, têm massa unitária em torno de 1,5 kg/dm³, porém, com cerca de 5% de umidade, esse valor caipara 1,2 kg/dm³

• Observação: Agregados muito alongados e lamelares tendem a apresentar massas unitárias menores,devido à maior dificuldade de acomodação dos fragmentos

Massa dos grãos/ ³

Vol grãos + Vol vazios entre grãos + outros vaziosd kg dm

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C.6 Ensaios especiais ou facultativosC.6.3 Massa unitária do agregado em estado compactado seco (NBR7810)

É a relação entre a massa do agregado lançado e compactado, de acordocom o estabelecido na NBR 7810, e o volume do recipiente, ou seja, ovolume observado dos agregados também inclui os vazios entre osfragmentos, os vazios permeáveis e vazios impermeáveis contidos nos grãos

A NBR 7810 propõe a determinação da massa unitária em estadocompactado, utilizando para isto um recipiente cilíndrico, de material metálico,onde o material é colocado seco em três camadas adensadas com 25 golpescada uma.

Observação: O presente método apresenta menos variação que o anteriorsendo considerado referência para a determinação do volume de vazios dosagregados, principalmente, quando da adoção de uma mistura ótima deagregados num estudo de dosagem do concreto

Massa dos grãos compactados/ ³

Vol grãos + Vol vazios entre grãos + outros vaziosd kg dm

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C.6 Ensaios especiais ou facultativosC.6.4 Umidade do agregado graúdo (NBR 9939 – Agregado Graúdo)• A umidade é uma condição do agregado e se refere à água livre que os fragmentos

carregam. Por água livre entende-se a água que não faz parte da constituição doagregado e que pode ser retirada, por secagem, e reposta novamente por molhagem

• Definições: Agregado na condição saturado superfície seca (SSS): São as partículas de

agregado que culminaram suas possibilidades de absorver água e mantém a superfícieseca.

Vazios permeáveis: Descontinuidades diretamente ligadas à superfície externa doagregado que, na condição SSS são passíveis de reter água.

Teor de umidade total: Relação percentual entre a massa total de água que envolve asuperfície e preenche os poros permeáveis do agregado e sua massa seca.

NOTA- Todo o material presente na natureza encontra-se úmido. Para que estejatotalmente isento de água deve permanecer a uma temperatura superior a 100 grausaté que indique constância de peso da amostra ensaiada. A NBR 9939 especifica o usode uma estufa como fonte de calor constante

Absorçãoparcial

Absorçãototal

Umidadelivre

Completamenteseca

Seca aoar

Saturadosuperfícieseca (SSS)

Saturadosuperfícieúmida

Representação esquemática dascondições de umidade e absorção

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C.6.4 Umidade do agregado graúdo(NBR 9939 – Agregado Graúdo)

• A umidade, portanto, refere-se ao aumento da massa do agregado devido aopreenchimento de seus poros e superfície por água, e é expressa emporcentagem definida pela relação entre a massa de água e a massa de materialseco

• onde: Mu = Massa do agregado úmido (Mi = Massa inicial)Ms = Massa do agregado seco (Mf = Massa Final)Mu – Ms = Massa de água que acompanha o agregado

• Importância do ensaio: Para correção da massa de materiais secos em úmidos(ganho de massa) e ajuste da quantidade de água a ser adicionada no concreto

• Exemplos: Geralmente a umidade do agregado graúdo é baixa, e a menos que aumidade se apresente maior que 1,0 a 1,5% (normalmente encontradas depois deuma chuva), não se faz necessário considerar a umidade deste quando do ajuste detraços

100 (%)Mu Ms

U xMs

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C.6.5 Umidade Superficial do agregado miúdo

a) Método NBR 9775 - Determinação da umidade superficial emagregados miúdos por meio do frasco de Chapman

• A Umidade Superficial é a água aderente à superfície dos grãos e éexpressa em porcentagem da massa do agregado úmido em relação àmassa do agregado seco

• A umidade superficial presente no agregado miúdo, deve ser calculadapela seguinte expressão:

Importância do ensaio: Para correção da massa de materiais secosem úmidos (ganho de massa) e ajuste da quantidade de água aser adicionada no concreto

onde: h = porcentagem de umidadeL = leitura do frasco (volume ocupado pelo

conjunto água-agregado miúdo)= massa específica do agregado miúdo

(NBR NM 52)

100.[500 ( 200). ].( 700)

LhL

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C.6.5 Umidade Superficial do agregado miúdo

b) Método DNER ME 52 – Determinação da umidade com o emprego do“SPEEDY”

• Determinação expedita (rápida) do teor de umidade de um agregadomiúdo pelo uso em mistura com carbureto de cálcio, colocada emdispositivo medidor de pressão de gás denominado “SPEEDY”. (Nota- Aágua presente no agregado reage com o carbureto formando um gás)

• Para determinar a umidade h, em relação ao peso da amostra deagregado miúdo seco, utiliza-se a fórmula:

• Importância do ensaio: Para correção da massa de materiais secosem úmidos (ganho de massa) e ajuste da quantidade de água a seradicionada no concreto.

1

1

100(%)100

hh x

h

onde: h = teor de umidade em relação ao peso da amostraseca, em percentagem

h1 = umidade dada pelo aparelho “Speedy” emrelação à amostra total úmida, em percentagem

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NBR 9936Teor de partículas leves:

NBR 6467

Inchamento: Fenômeno da variação dovolume aparente, provocado pela adsorção deágua livre pelos grãos e que incide sobre a suamassa unitária

NBR NM 30

Absorção de água: Aumento damassa do agregado devido ao preenchimento deseus poros por água, expresso comoporcentagem de sua massa seca

C.6 Ensaios especiais para agregado miúdo

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C.6 Ensaios especiais para agregado graúdo

DNER ME 89Durabilidade dos agregados (Soundness -

Emprego de Soluções de Sulfato de Sódio oude Magnésio). Item C.5.5

NBR 6953Resistência à compressão da rocha

NBR 12042Desgaste por abrasão

NBR 9938Resistência ao esmagamento

NBR 10341Módulo de deformação estático e coeficientede Poisson de rochas

Propriedadesmecânicas

NBR 9939Umidade total (Umidade por secagem)

NBR 9936Teor de partículas leves

NBR 12697Ciclagem com etilenoglicol

NBR 12696Ciclagem artificial água – estufa

NBR 12695Ciclagem natural

NBR NM 53Massas específicas absoluta e aparente eabsorção de água

Propriedadesfísicas

MétodoDeterminação

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOS

AGREGADOS PARA CONCRETOAmostragem (NBR NM 26)

amostra de campo: Porção representativa de um lote de agregados, coletadoseja na fonte de produção, armazenamento ou transporte. A amostra decampo é formada reunindo-se várias amostras parciais em número suficientepara os ensaios de laboratório

amostra parcial: Parcela da amostra de campo. Porção deagregado, coletada em um determinado tempo ou local do lote deagregado, obedecendo a um plano de amostragemamostra de ensaio: Amostra de agregado representativa daamostra de campo, obtida segundo a NBR NM 27, e destinada àexecução de ensaio(s) de laboratório

Coletar uma amostra representativa do agregado

Formação de lotes (mesma origem):- a cada 300 m3 ou 12 h ininterruptas de produção

Pequenas obras (Vc<100m3 e A < 500m2):- a cada 80 m3

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOS

AGREGADOS PARA CONCRETO - Procedimentos

Amostragem (NBR NM 26)

Agregado de massa específica entre 2 g/cm³ a 3 g/cm³

Amostras parciais (mín. 3AM)

Quantidade de Amostras para ensaios físicos ou químicos

Dmáx ≤9,5 mm - 10 kg ou 15 dm3

9,5 < Dmáx ≤19 mm - 25 kg ou 40 dm3

19 < Dmáx ≤37,5 mm - 50 kg ou 75 dm3

37,5 < Dmáx ≤75 mm - 100 kg ou 150 dm3

75 < Dmáx ≤125 mm - 150 kg 0u 225 dm³ (definido acada caso específico e com no mínimo 20 Am parciais)

Coletar as amostras parciais de diversos pontos, 30cm abaixo dasuperfície

NOTA- Umedecer previamente o material se este estiver seco

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOSAGREGADOS PARA CONCRETO - Procedimentos

Amostragem (NBR NM 26)

• Identificação da AM e remessa para o Laboratório:

- Embalagens limpas e adequadas para evitarperda de partes da AM

- Designação do material- Número de ordem- Procedência- Especificações a serem cumpridas- Local e data- Responsável

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOS

AGREGADOS PARA CONCRETO - ProcedimentosRedução da amostra de campo (NBR NM 27)

Método A - Separador mecânico (AM seca ≤SSS)

- Abertura calhas = 1,5 X dmáx- Colocar a amostra no separador- Recolocar o material de um dos recipientes coletados até que se

forme a quantidade desejada

Método B - Quarteamento (AM úmida)- Colocar a amostra sobre um encerado de lona (≈2,0 x 2,5 m)- Revolver 3 vezes formando uma pilha- Achatar a pilha até D/8 < h <D/4- Dividir em quatro quadrantes- Coletar dois e desprezar dois....

Método C - Pequenos estoques (AM úmida)Não é permitido para mesclas AGR AM+AG ou AGR AG

- Colocar a amostra sobre um encerado (≈2,0 x 2,5 m)- Revolver o material 3 (três) vezes- Formar um cone e achatá-lo (h = d)- Tomar pelo menos cinco tomadas iguais

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOS

AGREGADOS PARA CONCRETO - Procedimentos

Granulometria (NBR NM 248)

Ensaio:

1. 2 amostras reduzidas conforme a NBR NM 27 (formando aqtde de massa mínima para ensaio)

2. Preparar jogo de peneiras3. Abertura crescente de baixo para cima4. Preparar recipientes para frações parciais5. Colocar o material sobre as peneiras (cuidado com a qtde

de material sobre a tela m= 2,5 x a (mm) x s (m²) = kg)6. Peneirar durante um certo tempo7. Medir as massas retidas em cada peneira8. Repeneirar cada fração até que em um minuto o material

passante seja < 1% do retido

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOS

AGREGADOS PARA CONCRETO - Procedimentos

Granulometria (NBR NM 248)Verificações:1. Massa acumulada nas peneiras, deve ser inferior a 0,3% em relação

à massa inicial (m)2. Massa retida em cada peneira não deve diferir mais que 4% em entre

as duas amostras (m1 e m2)3. As amostras devem apresentar o mesmo Dmáx4. Balança calibrada5. Precisão da balança: 0,1% da massa da amostra

Cálculos: Porcentagem retida em cada peneira com precisão de 0,1% Porcentagens retidas e acumuladas, em cada peneira, com precisão

de 1% Dimensão Máxima Característica Módulo de finura, com precisão de 0,01

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOS

AGREGADOS PARA CONCRETO - ProcedimentosMateriais pulverulentos NBR NM 46Definição:Partículas minerais < 75 μm, inclusive solúveis em água, presentes nos

agregados

Massa mínimas por amostra:Dmáx < 4,75mm 0,5 kg

4,8mm < Dmáx < 19 mm 3,0 kgDmáx > 19 mm 5,0 kg

Ensaio:1. Formar duas amostras conforme a NBR NM 272. Secar o material em estufa a 105-110°C3. Montar peneira de #1,18mm sobre #75μm4. Cobrir a amostra com água em um recipiente5. Agitar o material para promover a separação das partículas mais finas6. Despejar a água sobre as peneiras até que a água de lavagem se

torne limpa7. Repor o material retido de volta8. Deixar em repouso até a sedimentação do material em suspensão9. Comparar a água de lavagem com a água natural

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOS

AGREGADOS PARA CONCRETO - ProcedimentosMassa específica AM - Chapman NBR 9775(Norma Cancelada)Verificações:

1. Calibração das balanças2. Precisão das balanças: 1g3. Aferição dos Frascos

Ensaio:1. Formar duas amostras conforme a NBR NM 27, com massa igual a 500g2. Secar as amostras em estufa entre 105-110°C3. Preencher o frasco de Chapman até 200 cm34. Introduzir a amostra no frasco usando um funil de colo longo5. Agitar até expulsar o ar aprisionado6. Deixar em repouso até a completa sedimentação das partículas7. Efetuar a leitura do volume final8. Determinar a massa específica: = 500 / (L-200), com precisão de

0,001NOTA - A diferença entre duas determinações não deve ser maior do

que 0,05

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOS

AGREGADOS PARA CONCRETO - Procedimentos

Impurezas orgânicas AM NBR NM 49Verificações:

1. Calibração da balança e vidraria2. Precisão da balança: 0,01g

Ensaio:1. Preparar amostra conforme a NBR NM 272. Preparar as soluções de hidróxido de sódio (3%) e ácido tânico (2%)3. Em um erlenmeyer de 250ml, colocar o agregado junto com 100ml da

solução de hidróxido de sódio4. Agitar e deixar em repouso por 24h5. Preparar solução padrão com 3ml da solução de ácido tânico e 97ml

de hidróxido de sódio, agitar e deixar em repouso durante 24h6. Filtrar a solução que ficou em contato com a amostra7. Comparar com a coloração da solução padrão8. Caso mais clara OK9. Caso mais escura Fazer o ensaio de qualidade da areia

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOSAGREGADOS PARA CONCRETO - Procedimentos

Massa unitária em estado solto NBR 7251

Verificações:

1. Calibração dos equipamentos2. Precisão da balança: 0,5% da massa a determinar3. Aferir e tarar o recipiente metálico

Ensaio:1. Escolher o recipiente compatível com o Dmáx:

Dmáx4,8 mm - 316x316x150 - 15 dm3

4,8 < Dmáx<50 mm - 316x316x200 - 20 dm3

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOSAGREGADOS PARA CONCRETO - Procedimentos

Massa unitária em estado solto NBR 7251

Ensaio:

2. Preparar uma amostra de acordo com a NBR NM 27

3. Homogeneizar e lançar o material de uma altura de 10 a 12 cm

do topo do recipiente.4. Regularizar a superfície

5. Determinar a massa do conjunto

6. Determinar a massa unitária, como uma média de 3

determinações (Massa de agregado/Volume do recipiente)NOTA- Resultados individuais não devem diferir entre si em

mais do que 1%

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOSAGREGADOS PARA CONCRETO - Procedimentos

Massa unitária em estado compactado NBR 7810Verificações:

1. Calibração dos equipamentos;2. Precisão da balança: 0,5% da massa a

determinar.3. Aferir e tarar o recipiente metálico

Ensaio:1. Escolher o recipiente compatível com o Dmáx:

4,8 < Dmáx12,5 mm 150 x 170 3,0 dm3

12,5 < Dmáx< 38 mm 250 x 360 20,0 dm3

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COMITÊ BRASILEIRO DE CIMENTO,CONCRETO E AGREGADOS

AGREGADOS PARA CONCRETO - ProcedimentosMassa unitária no estado compactado NBR 7810

Ensaio:

1. Preparar uma amostra de acordo com a NBR NM 27, seca emestufa entre 105 e 110°C

2. Encher o recipiente em três camadas iguais, aplicando-se 25golpes em cada camada

3. Regularizar a superfície4. Determinar a massa do conjunto5. Determinar a massa unitária, como uma média de 3

determinações (Massa de agregado/volume do recipiente)6. Expressar a MUC com precisão de 0,01kg/dm3

NOTA- Resultados individuais não devem diferir entre si emmais do que 1%

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AGREGADOS PARA CONCRETONormas Técnicas gerais:• ABNT NBR 6467:1987 - Agregados - Determinação do inchamento de agregado miúdo - Método de ensaio

• ABNT NBR 6953:1989 Lastro-padrão - Determinação da resistência à compressão axial – Método de ensaio

• ABNT NBR 7211:2004 - Agregado para concreto - Especificação

• ABNT NBR 7218:1987 - Agregados - Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis - Método deensaio

• ABNT NBR 7221:1987 - Agregados - Ensaio de qualidade de agregado miúdo - Método de ensaio

• ABNT NBR 7251:1982 - Agregado em estado solto - Determinação da massa unitária - Método de ensaio

• ABNT NBR 7389:1992 – Apreciação petrográfica de materiais naturais, para utilização como agregado em concreto– Procedimento

• ABNT NBR 9775:1987AgregadosDeterminação da umidade superficial em agregados miúdos por meio do frasco deChapman –Método de ensaio

• ABNT NBR 7809:1983 - Agregado graúdo - Determinação do índice de forma pelo método do paquímetro - Métodode ensaio

• ABNT NBR 7810:1983 - Agregado em estado compactado e seco - Determinação da massa unitária - Método deensaio

• ABNT NBR 9773:1987 – Agregados –Reatividade Potencial de álcalis em combinação cimento-agregado

• ABNT NBR 9775:1987 - Agregados - Determinação da umidade superficial em agregados miúdos por meio dofrasco de Chapman - Método de ensaio

• ABNT NBR 9917:1987 - Agregados para concreto - Determinação de sais, cloretos e sulfatos solúveis - Método deensaio

• ABNT NBR 9935:1987 – Agregados –Terminologia

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AGREGADOS PARA CONCRETONormas Técnicas gerais:• ABNT NBR 9936:1987 - Agregados - Determinação do teor de partículas leves - Método de ensaio

• ABNT NBR 9938:1987 - Agregados - Determinação da resistência ao esmagamento de agregados graúdos - Métodode ensaio

• ABNT NBR 9939:1987 - Agregados - Determinação do teor de umidade total, por secagem, em agregado graúdo -Método de ensaio

• ABNT NBR 10341:1988 – Agregados – Determinação do módulo de deformação estático e coeficiente de Poisson derochas – Método de ensaio

• ABNT NBR 12042:1990 – Materiais inorgânicos– Determinação do desgaste por abrasão – Método de ensaio

• ABNT NBR 12695:1992 – Agregados – Verificação do comportamento mediante ciclagem natural – Método deensaio

• ABNT NBR 12696:1992 – Agregados – Verificação do comportamento mediante ciclagem artificial água-estufa–Método de ensaio

• ABNT NBR 12697:1992 – Agregados – Verificação do comportamento mediante ciclagem acelerada com etileno-glicol – Método de ensaio

• NBR 14832:2002 – Cimento Portland e clinquer – Determinação de cloreto pelo método seletivo

• ABNT NBR NM 26:2001 – Agregados – Amostragem

• ABNT NBR NM 27:2001 - Agregados - Redução da amostra de campo para ensaios de laborat ório

• ABNT NBR NM 30:2001 - Agregado miúdo - Determinação da absorção de água

• ABNT NBR NM 45:1995 – Agregados – Determinação da massa unitária e dos espaços vazios

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AGREGADOS PARA CONCRETONormas Técnicas gerais:• ABNT NBR NM 46:2003 - Agregados - Determinação do material fino que passa através da peneira 75 mm por

lavagem

• ABNT NBR NM 49:2001 - Agregado fino - Determinação de impurezas orgânicas

• ABNT NBR NM 51:2001 - Agregado graúdo - Ensaio de abrasão “Los Angeles”

• ABNT NBR NM 52:2003 - Agregado miúdo - Determinação da massa específica e massa específica aparente

• ABNT NBR NM 53:2003 - Agregado graúdo - Determinação de massa específica, massa específica aparente eabsorção de água

• ABNT NBR NM 66:1998 –Agregados – Constituintes mineralógicos dos agregados naturais - Terminologia

• ABNT NBR NM 248:2003 - Agregados - Determinação da composição granulométrica

• ABNT NBR NM-ISO 3310-1:1997 – Peneiras de ensaio – Requisitos técnicos e verificação. Parte 1: Peneiras deEnsaio com tela de tecido metá lico

• DNER ME-52:1994 - Solos e agregados miúdos - Determinação da umidade pelo método expedito Speedy

• DNER ME-89:1994 - Agregados - Avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de sulfato de sódio ou demagnésio

• ASTM C123:1998 – Standard test method for lightweight particles in aggregate

• ASTM C 1218:1997 – Standard test method for water-soluble chloride in mortar and concrete

• ASTM C 1260:2001 – Standard test method for potential alkali reactivity of agregates (mortar-bar method)

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ROSSETTO, C. M. - FATEC-SP(atualização 25 04 2007)

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AGREGADOS PARA CONCRETOReferências Bibliograficas diversas:

• Associação Brasileira de Cimento Portland. Manual de ensaios de agregados, concreto fresco, concretoendurecido (MT-6). São Paulo: ABCP, 2000.

• BAUER, L.A. Falcão. Materiais deconstrução. 2v. Coordenação de L.A. Falcão Bauer. São Paulo: Livros Técnicose Científicos Editora S.A., 5ª ed., 1994. 935p.

• BUEST NETO, G.T. Estudo da substituição de agregados miúdos naturais por agregados miúdos britados emconcretos de cimento Portland. Curitiba, 2006. 120p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Paraná.

• Embu S.A – Engenharia e Comércio. http://www.embusa.com.br/

• GUIMARÃES, José Epitácio Passos. A cal – Fundamentos e aplicações na engenharia civil. São Paulo:Pini, 2ªed., 2002. 341p.

• Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais – CETEC. CAMPOS, Edson Esteves; FERNANDES, Lúcia E. V. A.Controle ambiental aplicado à produção de agregados.

• http://www.cetec.br/agregados/conteudo/Contribui%C3%A7%C3%A3o%20Edson%20Esteves%20e%20L%C3%BAcia%20Fernandes.PDF

• ____– CETEC. PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES DE EMPRESAS MINERADORAS DEAGREGADOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL. FRAZÃO, Ely B. Panorama da produção e aproveitamento deagregados para construção.http://www.cetec.br/agregados/conteudo/Contribui%C3%A7%C3%A3o%20Ely%20Borges%20Fraz%C3%A3o.PDF

• GIAMMUSSO, Salvador E. Agregados para concreto – Revista A Construção – São Paulo – Encarte Concreto 25 e26.

ROSSETTO, C. M. - FATEC-SP(atualização 25 04 2007)

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AGREGADOS PARA CONCRETOReferências Bibliograficas diversas:

• INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO. Concreto: Ensino, Pesquisas e Realizações. 2v. Coord.Geraldo C. Isaia. São Paulo: IBRACON, 2005. 1600p.

• METHA, Povindar Kumar; MONTEIRO, Paulo J. M. Concreto, Estrutura, Propriedades e Materiais.São Paulo: Pini, 1999. 616 p.

• PETRUCCI, Eládio G.R. Concreto de cimento Portland. Enciclopédia Técnica Universal Globo, 5ª ed.1978. 307 p.

• Metso minerals – Engenharia completa de sistemas para processamento de agregados – Catálogodigital.

• http://www.metsominerals.com/inetMinerals/MaTobox7.nsf /DocsByID/0D057B2A1ECA712CC1256F0100479B62/$File/systems_por.pdf

• MINEROPAR – Minerais do Paraná. http://www.pr.gov.br/mineropar/htm/rocha/carctconcreto.html

• PETRUCCI, Eládio G. R. Materiais de construção. Porto Alegre: Globo, 1998, 11ª ed.

• http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/introducao.html#Utilidade%20das%20rochas

• REVISTA CONCRETO. Reações expansivas em estruturas de concreto. São Paulo, IBRACON, AnoXXXIII, n. 39, 2005. p.30-32.